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Seecio DEVERES ACESSORIOS §. 22+ A COMPLEXIDADE INTRA-OBRIGACIONAL E A VIO- LAGKO POSITIVA DO CONTRATO 56 A complexidade intra-obrigacional \da que credor ¢ devedor, procedam de boa fé mpicxa de actuagzo, icfo: da complexidade intra~ por romastas como BR impcesionatis vivamente 2 dovteina do principio (9 Kase vow Auous, roe a O70 Gisens Std ed Heng iv ros dete ‘Rede, SZC 31 (190), 45-50 (0), Aap detenders ea posh em ior ates, (em Pave Pusmicnans, Said und Hafg ie eenden deen Rady ZAR. 7 5 out indica ‘or cstudioss teconheciam a evidéncis ds mpc vs dedi, racatnenc diferenciado ), . No dominio da segunds codifieasio, coube a Hersmicit ‘a defers ¢ divulgagio da complexidade intra-obrigacional. ajungio lingufstica sada jd por Savieny, igagdes (*"), no howve, co imediata entie cla eo sorganisme obri trabalho paulatino (! cestruturae (4) © em aprocessos (25), Com recurso & «esteuturs, ‘jeairade de obviate, pa recann ao gee-cnereto; Mera, eau, que combate, fm gel, © osobegelinivog © we sequela, 590 A haw como sopra de conde pretende tradusie a i we 4 xclagio obrigacional complexe rio redundari antes um sentido global que os transeendem, “A mengio a um spro- cesior permite a Langnz focar sentido final das obrigagées as guais, viradas para um escopo, vio sofrendo aiteragies durante 0 seu perearso temporal, sem prejuizo da idcntidade de base. Tem intereste insistir no aspecto de sestruturas da relagio obrigacional, desde que reportado 20 seu conteddo. De facto, a entender-se 0 vinculo complexo como simples soma dos factares que o integrem, alcangar-se-ia uma nogio apenas sistemitica e nfo dogmitica da obrigagio. Nao se deve, na roconstituigie do contetida desta, cestudar ¢ alinhar os elementos que a compo: € de partie do todo para as partes. Ou, como quer Zeros, movendo-se nos qusdros gestalistas, € um dado fenomenologicos e nfo uma somal”), com que eles se ordenem. “A questio complica-se mercé de flutaagses terminolégicas acentuadas (#9), Fixe-se este aspect. © crédito paradigmatico importa uma situagio relativa, no sentido proprio de cotcespondéncia entre wm direito € umn dever con trapostos. © cere & constituido pela conduta humana a desenvolver trata-se da prest sm todas as obrigagdes do mesmo tipo ‘prestagdes, susceptivcis de set atri- caunstineiss, de modo suténomio, podem estar jcarnente Hgadas complena: quando ums virias secundérias (2). secoreer @ perifsases © conjungics verbs duina operago unitéra, cm sentido social ¢ jaridico, uma projecgio complexa. A necessi= {stica de retratar, de modo apacente compos ages principals ou secun~ dos Factores verbais uci- Tomes 1 enemas o dove do enega, o dever de ewig « ‘chrigagdes em que se is, comprendendo. a pratayoer expres © dever de coos nada quer dicey, e sendo-o, sorge como complexa, pois, 48 opetagies que © compontam. ¢ que dispdem de nominagio pré podem, noutras ciccunstincis, intgrar obrigagSes totalmente aus. rnomas's cargo, até, de pessoas diferentes, a presagio de entegs tem uss cide eipecfco niin, sem peal de operaier compliids, varves cnuoane 07 cst. drvec de citi » cos loca — uma proecto de ene — tage cbtigagie lcatca, complenr © € scum, (2H) Quanta A ioterpetgio tepid a bon Ff ae 8 98 A impotagio des nie dove peovoar ale ocorra. Tanto basta pat lidade de, na obrigacio, apa ago da prestagio, lo devido, Sto os deveres acess6- obrigacional desenvolve-se 02) Quuso 4 exitéaca de apuadtor pci inpoor pela inguagcn, Wane tex, Eleni wid Gresen eesti Denke ci, § 22s A ceomplesidede iuraobrigacions! 393 IV. Como foi antecipado, a complexidade intra-obrigacional no se queda pela posigao do devedor. Bla atinge a do cxedor. Fate bravado pela determinaggo e pelo estudo da mora ‘Numa leitara liberal pura, © credor, ccular de wm orreria em deveres ou cucargos: contra ela, impOs-se idéncia de que, merce de actuagSes inadequadas ou de pura pasividade, 0 beneficiério podia difcultar ou impedic 0 cumpri- iento da obrigagio, deirando o devedor, para sempre, vinculado. [A solugio pritica deste problema (oi encarada através da consignacio ein depésito — B41,* ss, — ou, no caso de prestages inconsigniveis, dos sas eoquisos, ou potcapaclGcor— cE Ravan, Zetkaeichug wid Zerit i ‘Bi an (2), won tam sateen © Lanse, SehuldRfAT! cic, em eden da Aled a gars debates come ‘ofr, er ondetn a Sterne» pnpoibtdade ou + aera do ‘aposibiase, de ceva igre reports ors do redor — Ean Kets, Le deve f Bh rechoverlthende Sie sun Vrraget(148), 245, — comma 28 perutagte, em erly pootapio. cauadas pel ciedor—af, Ha, Leotgetinagen dich Caio Ind, b,c ou como ces cosrguincis da sus previo, cou exemplo ma epuricho bo tnce ec Girwrtin Hons, Zar Doge der Rideau n Clebigeverag. bei CCatrriabales, Ae? 177 QT), SA? (88 oo A Be FE cme rea através da fisagio, 29 credor, de um prazo razodvel para que posix bilice o cumprimento, des 808.*/1, por analogia (@ rio se faria esperar: querenda evitar as consequéncias desagradiveis co. A anilise atenta ibilitas 0 cumprimentoe cedo cevelou que estava em a abstengio de acivudes impeditivas, mas ainda a nnecessidade de, por formas activas, facultar a actuagio do deveder. ‘Chegou-se, assim, aos deveres de colaboragio por parte do credor. A boa fé estava fasada para intervir, pela impossibilidade de, de ris deveres, dar mais do que uma vectorizacio geral (7). O § 242 BGB manda que o devedor realize 2 prestagio tal como 0 cxija 2 boa #6, com consideragia pelos costumes do trifogo. Essa disposicle joga, 2 seu favor: deve desenvolver 0 esforgo requerido pela boa fé, mas no mais do que isso ou, se se quiscr, nao the pode ser att, 34.5, © piso deli- toda uma série de deveres de decaldados dos do devedor scendente om eclagio 20 mero aceitar da pres- ‘agio. Foi dado 57, A violagio positiva do contrato 1. A complexidade inus-obrigacional, no sew nascimento © ‘em boa pacte da sua evolugio, obedecct mais a imperativos de coportunidade teorética do que a verdadeiras necessidades sistemsticas, $228 A empleviide innacbrigainal 595, postes por geral que cla vivide de questies terminolégicas ¢ de ficiais. Nao obstance, © numa 6 ignagio de violasio positiva segue pretendte demonstré-lo, icagio do BGB ). Come tantas teses zar o credor cuja prestagio impossbilite € no § » eredor pelos danos advenicntes de mora sus ‘odor eesponde pela nio realizagio da prestagio, Em compen- sagio, © BGB nada em que o dovedor vi integrada pola aplicagio analégica do § 326 do BGB —o regime da mora. 536 A fo fe ce ree de conta Heamany Stave pacte, para a sua construgio, de numerosos casos Prins em que existe violcio de um vinculo, auavés de acruagies it presinga de danos exigiria um resarcimento; flea, isposigio quo, no BGB, incegease devidamente estas rebate ‘virias jaldas, jf encomeradas, ma época, pars a bua pura © simples fo no inrieato. aim iecesidades das hipbteses présfiguradas (9). A solacio csuria em, por aplicaclo analigica do regime dx mora, reconhecet 2 parte leab 20 contrato a possibilidads de escolher entre etermos: man fer 9 contrato ¢ cxigit uma indemnizagio por cada violagio singular, cexigit uma indemninagio gezal pelo incumprimeato do contrat ou cei cindito @}. © reso do escrivo ocupa-se, em actescentos de STAUD ou de B. MUnues, de observagBcs ¢ erties: feitss, pela dowtrina, & prix mira publicagio daguele A. sobee vpe (27). Tl, © escrito de Sraun teve uma repeccussio larga imediata, cidade © a imprcso da ese musbianapostiiteveae cana margem porta ‘coneretiza¢io no €aso ¢ Jo ade a que no é extranho ura cemaneicente ritieas diversas. \aG30 unitiria de realidade, fendmen: Bnet Zreaaiay, Nihefillng wad Seeing, FSP, Kee $222 A complesidide itrabnigacionel 597 tigagdes posteriores, impulsionadas polas necessidades préticas, foram rmultiplicando as modalidades iniias. A ponto de se tornar invidvel uma nogéo afirmativa de violagla positiva do conteato: esta acabaria apenas por exctusio, como abrangende todas 2s as de uma vinculagio que ndo pudessem integrar nema impossibilidade, nem a mora do devedor(™*). ‘Outre exitca de relevo consiatiu em negar a presenga de uma lacuna, @ que estava na origem de coda a construgio subsequente: ss varias realidades unificadas por Staus ¢ seus seguidoces recon- dusir-se-lam a diversas disposiqdes do BGR. O préprio Srava, através dos seus exemplos *), distinguia j4 hipdtees de violagio de um dever de non facere, de cumprimento de una prestagao em termos de causar danos 20 credor (), de mau cumprimento de ura dever de prestar comum e de mi execugio de uma prestagio numa sequéncia sucesiva de deveres, em tezmos de afectar © con junto (2). Nama enumeragio mais cuidadosa, e aproveitando 0 Sraun, Heixricit Stout € levado imento de uma obrigacio ), © pdr em perigo 0 escopo ual numa rclagdo duradowra, & filha numa prestagio tiniea erator de fornccimenta sucessivos de bens c a recusa de Gamprimento por parte do devedor (*"). Tomando esta enumeragio como significstiva, pode contraporie 0 que segue. A actuacSo contra tum dever de omissio seria um vulgar incumprimento (°). Te ‘mandariam ay regras sobre impossibilidade parcial; soja 2 omissio Hence Srote, Abus Len onder pov Viwapentecang, EP 136 conhesimeato do peige, ido, aia provocne-s danoccouiderivcis dete, Ch Zirmass, Silhinllng Ge, T5277 VE" ct 2. (G9) Hpaped Stow, PPP ) Tanto msi que 9 BGB docara notes § 24, logo & abe do lito I> BG, qu 4 pezag pode come nama nfo asta; of HL Laman, PPV ci, 8 A bow coms rear de cond depenidente, ditada apenas pelo principio da boa é » caberia i pres- tacio propriamente dita decidir do destino da violagio @™). Este modelo de raciocinio pode aplicar-se as demais modafidades de vio~ lacio potitiva do contrato: em todas as fathas enumeradas, haveria sempre 0 nio-comprimento de deveres, ou a criagio, pelo devedor, de uina situagio tal que o seu eamprimento no faria jd 0). Em qualquer dos casos, haveria que recocrer as rege ‘ou &8 da impossibilidadc, ambas tratadas pelo BGB ( Hawnren Stott, num estude que prenunciaria o deseavolvi- inento contemporineo do tema, entende, em especial, que a cate~ goria staubiana da eviolago positiva do conirato» deve ser suplan— ‘ada, celebrando-se a sua despedida (2). Na base desta posigio esti o constatar de que falta, 20 conezite, qualquer capécic de unidad: [Emm aprofandamento importante, He, Stor distingue, na obrigasao, tum intetesse de prestagio e um interesse de proteegio. Ao servigo do primeiro, resultam deveres do stexpretar ¢ a comple mena segundo 4 boa £6 que igagio, de devere sresse do credor deveres de protcesio gerada pela exis- fra das partes (*). uw cxtremo, HR, STOUL ia da vielagio positiva do prevaricagées obrigacionais, sein dos denees de potesto deve 2 Kom. $.22_A compesidade inrs-obrigcional 59 junto da mora e da immpositilieaglo do dever de prestr: indepen= Aentizados os deveres de cumprimento ¢ de prestacto, asisti-sc-ia seja i impossibilidsde, mo sen cumrimento (4), 2 oportunidade de cetomnar esta sua concepgao (2). Mh, As criticas a Stavn eA violagio positiva do conteato 36 ganhariam peso decisive se The fossem contrapowtas coustrySes alternativas, Fique assente no que representa um ponto impor- tante ¢ favor de Sraus—que a existincia do problema por ele eis, com li wants do DOB € confirmed cito ow explicit. Houve tentativas; praticamente, foi eoberto todo 0 espectro |. Num primeire tempo, pretendeu reconduzir-se a violagio iva do contrate —partanto as violagdcr que 0 duo morz-imposi dominio 42 responsi delta") sida nfo provs a ntuens agents do dei eetes sem, cepacia sistema que distinga as res- ‘onal, recomenda uma regulagio me 28 on der Latagatieuges (930). Exe ett integrase epic, com ite de peomance wie eferin do Dice Se — onde, de Cat, Go ogite dogmas, com © nevi Se impor dada » una reagSo de dovees de prowasio — Lesuapotounge Hace, aubéc: Mi (OM) CF ie, 626697 600 casos de © devedor responde por dolo o Sraus havia feito nota orma que, uma vez violada, gora respousabilidade; o1 a formagio dos juizos de valor legais correspondentes a violagies ‘operadat 1 cs. Fxplocada com ccrta profusio foi a via Tai de reconduair a categoria staubiana i mors ibilidade @*) ou ainda 2 ambas 9), Deve reconhecer-se que, nesse dami mais comple 6 ainda, a de Hiiwnicst Stor. Como se vin suceder na culpa in contrahendo, a resposta defi- stdes postas pelo diferendo, acima anotado, depende ss que cranscendem o universo restrito bisico da violagio positiva do consrato. Este x80 suportaria mais do que derivagées aniomdticas ow disso pré Pode, porém, precisarse jf um provacado boa a tentative nitiva as, ‘Srnals be ieupeinente 3 inponbilide § 2S A complexidade inset se viu, HEC antes um © Cédigo — prevé cegras para @ Ia possivel e enquanto 0 for do cumprimento {grar-se na mora naguele algo fot prestado © 0 erro pode, até, rigivel — enquanto 2 aplicacio das prescrigSes referentes patente. A comprovar 2 2spiragio do sistema a unt regi lo para a chissica violagio pasicva do «io specifica para fathas aparccem, walquer regime gené~ fazer inter ceder elementos exdgenos mais pro! Seja qual for a solugio final propugnada para o tema, cla exige uma discussio prépria apres espace. hasta Chega para justifiear urna auto) WV. A evoluci desde Staus a Ha. Srou, reve © dot deveres a figuras sortidas que, formas consagradas © aprofundar logmition do ten van, Jogo. char mou A colagio as violagées de deveres que acompanham 2 prestagto 139 Bongo, 0.0 95 2 — nn donde — at ma locate — art 100255 2 me enpreada —at. PIR 6 ne. A bow fi come reseed cola sendo, de base, propds-se utilizada por Hr, Sroi, gute, om t iva do contr ‘A violacio positiva do con figuea 0, le. Do ponto de vista .duz a laboragio doutringria ¢ jurispradencial peri- wea que, pactindo de problemas coneretes reais, elaborou um ‘ido efectivo para o que, de oucro modo, se conservaria mum nivel de caboragio central toérica. Num prisma dogmético actual, 12 do conteato, sendo, de inodo predominante, um conceita descritivo a abter pela negativa, compreende um Ambito rio te com o dos deveres acess6ries. Deve considerar-se ‘cama integrando hipétescs de violagao positiva do contraco, os casos de comprinento defeituoso da prestagio principal, de incusmprimento i itagao de prestagdes secundirias e de violagio de deveres referéncia, 3 indemnizagio pelos danos, a post a prestagio © a de mover a excepgio do contrato nko cumprido — r Ja sua uniformidade de pr a neko. da rerpretagio © de ee na sua genese. mo aspecto, yrtados a boa fe, traduzem, deste 5 quadras da terceira sistema wquente, entre ac reorécieos da complexi- blemas reais ¢ coneret do conttato, ta parte relevante desta, para o ofeito cm causa ‘O att. 762.*f2 recebe, nos seus diversos aspectos, toda esta cla boragio. Cabe averiguarlhe os aspectos substanciais. cnt, 4, pode Yee a erica 1b deotnn pomopees, suave de MAWR DE ANDAADE © de Var Simin, see Seo I entre os deveres acess que perguntar pelo sentido sas figuras, Na I6gica comu mada concretizagio da boa anatcrial implicado tancialidade advi gominagSes abstractas, tecidas em somo da esceu “obrigacion neds em precisio, 20 set conectadst com a boa fé, mas antes da aproximagio entre a violacko a0, ditada pelas necessidades pr: rém side objecto di tude dos deveres in conrahende, pode

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