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Remedio Contitucional
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
1.1. CONCEITO ............................................................................................................................ 4
1.2. OBJETIVO ............................................................................................................................. 4
1.3. CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................... 4
1.3.1. Judiciais ........................................................................................................................ 4
1.3.2. Administrativos ............................................................................................................. 4
1.4. INFUNGIBILIDADE COMO REGRA ......................................................................................... 4
2. HABEAS-CORPUS .................................................................................................................... 5
2.1. ORIGEM HISTÓRICA ............................................................................................................. 5
2.2. NATUREZA JURÍDICA ........................................................................................................... 5
2.3. OBJETO ................................................................................................................................. 5
2.4. ALGUMAS HIPÓTESES DE CABIMENTO ................................................................................ 5
2.4.1. Para desentranhar prova ilícita em processo penal ..................................................... 5
2.4.2. Contra quebra de sigilo bancário ................................................................................. 6
2.4.3. Contra a imposição de sursis ........................................................................................ 6
2.4.4. Contra convocação de Comissões Parlamentares de Inquérito ................................... 6
2.4.5. Contra excesso de prazo em prisões cautelares ............................................................ 6
2.4.6. Trancamento da ação penal ou do inquérito policial ................................................... 6
2.5. ALGUMAS HIPÓTESES DE DESCABIMENTO .......................................................................... 6
2.5.1. Imposição de sanção administrativa ............................................................................. 6
2.5.2. Decretação de seqüestro de bens .................................................................................. 6
2.5.3. Determinação de perda de patente militar ................................................................... 6
2.5.4. Impetrações sucessivas e supressão de instância ......................................................... 6
2.5.5. Contra decisões do STF ................................................................................................ 7
2.5.6. Inabilitação para o exercício de cargo público ............................................................ 7
2.5.7. Pena de multa ............................................................................................................... 7
2.5.8. Pena restritiva de direitos ............................................................................................. 7
2.5.9. Pena integralmente cumprida ....................................................................................... 7
2.5.10. Suspensão de direitos políticos ................................................................................... 7
2.5.11. Punições disciplinares militares (art. 142, §2 o).......................................................... 7
2.5.12. Guarda de filhos menores ........................................................................................... 7
2.5.13. Impeachment ............................................................................................................... 7
2.5.14. Inquérito policial ........................................................................................................ 7
2.6. TIPOS .................................................................................................................................... 8
2.6.1. Preventivo (antigo salvo conduto) ................................................................................ 8
2.6.2. Liberatório ou Repressivo ............................................................................................. 8
2.7. LEGITIMIDADE ..................................................................................................................... 8
2.7.1. Pólo ativo – Impetrante ................................................................................................ 8
2.7.2. Beneficiário – Paciente ................................................................................................. 8
2.7.3. Legitimidade passiva (autoridade coatora ou impetrado): .......................................... 9
2.8. OUTRAS QUESTÕES IMPORTANTES ...................................................................................... 9
2.9. COMPETÊNCIA: .................................................................................................................... 9
André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 2
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
1. INTRODUÇÃO
1.1. CONCEITO
Os remédios constitucionais, também conhecidos como “tutela constitucional
das liberdades”, são direitos-garantia que servem de instrumento para a efetivação
da tutela ou proteção dos direitos fundamentais. Em geral, são ações judiciárias
que procuram proteger os direitos públicos subjetivos.
São direitos de defesa de primeira geração quando visam uma omissão e de
segunda geração quando visam uma prestação positiva, social do Estado.
1.2. OBJETIVO
Exigir do destinatário (normalmente o Estado) uma ação ou omissão que
seja suficiente para evitar uma lesão ou reparar a lesão causada.
São direitos de defesa de primeira geração quando visam uma omissão do
Estado, ou seja, quando procuram resguardar a liberdade de agir ou não agir
conforme as liberdades públicas e são direitos de segunda geração quando visam
uma prestação positiva ou social do Estado, como a realização de um direito social.
1.3. CLASSIFICAÇÃO
Os remédios constitucionais são tradicionalmente conhecidos como ações
judiciais, porém, pode-se fazer a seguinte distinção:
1.3.1. Judiciais
São as tradicionais ações judiciais previstas no Art. 5º dos incisos LXVIII a
LXXIII, em ordem: Habeas Corpus (HC), Mandado de Segurança (MS), Mandado
de Segurança Coletivo (MSc), Mandado de Injunção (MI), o STF aceita o Mandado
de Injunção Coletivo (MIc), Habeas Data (HD) e Ação Popular (AP).
1.3.2. Administrativos
São também remédios constitucionais, porém, possuem natureza de petição
administrativa já que não são dirigidos ao judiciário e sim ao administrador público
(ou qualquer autoridade pública). Estão previstos no Art. 5º XXXIV: Direito de
Petição (DP) e Direito de Certidão (DP).
2. HABEAS-CORPUS
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Regulado no Art. 647 e seguintes do Código de Processo Penal
2.3. OBJETO
Protege a liberdade de locomoção (em sentido amplo) embora seja
necessário perceber a locomoção como direito fim e não como direito meio. A
locomoção é o direito de ir, vir e permanecer ainda que de modo reflexo, indireto ou
oblíquo.
Art. 5º XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
No passado o Habeas Corpus já foi utilizado com maior amplitude, protegia
todos os direitos líquidos e certos, porém, com a entrada do Mandado de
Segurança em 1926 o HC foi restringido para o seu objeto próprio que é a
locomoção.
2.5.13. Impeachment
Como é sanção de índole político-administrativa, não pondo em risco a
liberdade de ir, vir e permanecer também não há hipótese de habeas corpus.
2.6. TIPOS
2.6.1. Preventivo (antigo salvo conduto)
Alguém, pessoa física, se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção por ilegalidade (particular) ou abuso de poder
(particular ou poder público).
Cabe ressaltar que não é qualquer ameaça, esta deve ser grave, iminente,
possível, determinada... Ou seja, exige-se o justo receio e não só a ameaça.
2.7. LEGITIMIDADE
Diz-se legitimidade quanto aos participantes do processo de HC. Vejamos:
1
O STF entende que as Leis dos Juizados Especial Estadual e Federal prevalecem sobre a
disposição do Estatuto da OAB.
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2.9. COMPETÊNCIA:
o 102 I d;
o 102 I i;
o 102 II a;
o 105 I c;
o 105 II a;
o 108 I d;
o 108 II;
o 109 VII;
o 121 §3o
o 121 §4o V
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3. HABEAS DATA
Art. 5º LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
Regulado pela Lei 9.507/97.
3.5. LIMINAR
Não está prevista na lei, mas, a princípio seria possível a concessão mesmo
sendo um processo célere. A regra é a de que o Judiciário pode conceder
cautelares e liminares sempre que houver os pressupostos.
3.8. COMPETÊNCIA
o 102 I d;
102 II a;
102 III;
o 105 I b;
105 II;
o 108 I c;
108 II;
o 109 VIII;
o 121 4o V;
o 125 §1o;
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4. MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5º LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público;
O mandado de segurança é regulamentado pela Lei n. 1533/51 e 4.348/64,
além disso, subsidiariamente aplica-se o Código de Processo Civil.
4.1. CONCEITO
Ação constitucional para a tutela de direitos individuais – sejam de natureza
constitucional ou de natureza infraconstitucional.
4.3. RITO
Especial e sumaríssimo. Rito diferenciado que procura fazer com que
prestação jurisdicional seja rápida e efetiva.
4.4. OBJETO
Direito líquidos e certos não amparados por habeas corpus ou habeas data.
Diz-se que tem alcance residual ou encontra seu âmbito de atuação por exclusão.
Não se aplica ao direito de locomoção ou ao direito de acesso ou retificação de
informações relativas à pessoa do impetrante já que estes possuem remédios
próprios. Logicamente também não se aplica para a proteção de direitos
constitucionais prejudicados pela falta de norma regulamentadora, até porque não
haveria o direito líquido e certo!
4.5. HISTÓRICO
O Estado de Direito surgiu em oposição ao Estado Absolutista. No Estado
Absolutista o soberano era irresponsável pelos seus atos em relação aos súditos,
sendo assim, os atos por ele praticados não eram impugnáveis por aqueles aos
quais se dirigiam. Michel Temer lembra da palavra Soberania que hoje é
características do Estado e antigamente era característica do monarca (soberano).
Acrescenta que após a doutrina da separação das funções estatais os indivíduos
deveriam ter meios de proteger seus direitos que foram declarados inclusive contra
o próprio Estado.
“A intenção foi impedir que o monarca, com o seu agir, vulnerasse direito
individuais. Prevaleceria a „vontade geral‟, expressa na lei”. Para isso o poder de
soberania seria passado ao Estado e aos indivíduos seriam dados meios ou
instrumentos assecuratórios dos direitos individuais.
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4.8.4. Preventivo
Quando houver o justo receio de sofrer a violação ao direito líquido e certo.
Forte risco ou ameaça concreta, ou seja, tem de haver atos concretos ou
preparatórios de parte da autoridade impetrada, ou pelo menos indícios de que a
ação ou omissão atingirá o patrimônio jurídico da parte.
Como ainda há a possibilidade de lesão, não há que se falar em decadência
em 120 dias. Esta conta para efeito de interposição de MS repressivo.
4.8.5. Repressivo
Contra ilegalidade (ato vinculado) ou abuso de poder (ato discricionário)
cometidos por ação ou omissão. O preventivo transmuda-se para repressivo se já
houve a violação no curso do processo.
4.9.4. Acórdãos
A impetração do mandado de segurança deve fundamentar-se em direito líquido e
certo, provado documentalmente ou reconhecido pelo coator, nunca em simples conjecturas
ou em alegações que dependam de outras provas, incompatíveis com o processo expedito
na Lei 1.533/51 (RE 75.284 STF).
O direito líquido e certo amparável pelo mandado de segurança supõe
demonstração em prova pré-constituída, sem margem a controvérsia e incerteza,
pressuposto que aqui não se configura” (MS 20.562).
4.10.1. Súmula
266 do STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese;
4.10.2. Acórdãos
O impetrante, na causa de pedir, precisa narrar fato concreto, que afronta direito
líquido e certo. Em se restringindo a argüir a ilegalidade de Portaria, investe contra norma
jurídica em teste. Impossibilidade do pedido (RT 676/180);
É plena a insindicabilidade, pela via jurídico-processual do mandado de segurança,
de atos em teste, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais,
têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas.
O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade e nem
pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua
verdadeira função jurídico-processual (RT 657/210);
4.12.2. Acórdão
A autoridade administrativa que executa o ato administrativo considerado ilegal e
contra o qual se dirige o mandado de segurança é parte legítima para responder à ação.
Para tais efeitos, consideram-se atos de autoridade não só os emanados de autoridade
pública propriamente dita como, também, os praticados por administradores ou
representantes de autarquias e de entidades paraestatais e, ainda, os de pessoas naturais
ou jurídicas com funções delegadas (RT 640/62).
4.12.3. Súmula
510 do STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada,
contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
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4.13.1. Acórdão
Concede-se a liminar no mandado de segurança quando seus fundamentos são
razoáveis, isto é, quando o pedido é viável à primeira vista e se o direito do impetrante, em
razão de sua transitoriedade, corre o risco de perecer caso não seja acautelado. A liminar é
de direito estrito, só se justificando sua concessão nos casos em direito admitidos (MS
242.143 TJSP);
o
O art. 7 da Lei 1.533/51 fala em juiz poderá conceder a suspensão do ato ao
despachar a inicial, porém, o termo juiz aqui foi empregado incorretamente e deve ser
interpretado em sentido lato, ou seja, como membro do Poder Judiciário, ou seja, como
Magistrado. Posto que qualquer instância está autorizada a conceder a liminar em mandado
o
de segurança e não só o juiz de 1 grau.
Por outro lado, se for retirado o efeito suspensivo, haverá uma chuva
de cautelares em sentido contrário, ou seja, pedindo efeito suspensivo ao
recurso de apelação.
4.16.3. Súmula
405 do STF: Denegado o mandado de segurança pela sentença, ou no julgamento
do agravo, dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da
decisão contrária.
que estejam presente os dois requisitos estabelecidos na Lei 1.533/51, art. 7 o, II,
ainda que já tenha havido manifestação do juízo de 1 o grau denegando a
segurança.
Entende o jurista que só assim o Judiciário dará a posição que se espera
dele, ou seja, de ser uma medida paralisante da eficácia do ato administrativo,
impedindo lesão irreparável a direito individual, até final pronunciamento daquele
Poder.
4.16.5. Lei
1.533/51, Art. 7º - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
...
II - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido quando for relevante o
fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso
seja deferida.
4.17.1. Lei
1.533/51, Art. 5º - Não se dará mandado de segurança quando se tratar:
I - de ato de que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independente de caução.
Coloca-se diante do intérprete o conflito entre esta norma e a norma do texto
constitucional que diz ser inafastável do Poder Judiciário uma lesão ou ameaça de
lesão a direito (Art. 5o, XXXV da CF);
4.17.7. Súmula
429 do STF: A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não
impede o uso do mandado de segurança contra omissão de autoridade.
430 do STF: Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o
prazo para o mandado de segurança.
4.20. CABIMENTO
Contra atos administrativos de qualquer dos poderes;
Para a tutela jurídica do direito de reunião;
Para a tutela jurídica do direito de obtenção de certidões;
Contra o processo legislativo que desrespeita as normas
Constitucionais (inclusive para EC – controle concreto concentrado e
preventivo);
Leis e decretos de efeitos concretos;
Contra a omissão diante de uma petição ao administrador público;
4.21. DESCABIMENTO
Não cabe contra lei ou ato normativo em tese; Porque a lei em si não
causa lesão, os atos administrativos que efetivam ou concretizam a lei é
que podem ser atacados por MS; Lembre-se que o MS não pode ser
substitutivo do controle de constitucionalidade abstrato;
Não pode ser substituto da ação popular (STF, Súmula: 101) e nem
serve para tutelar direitos difusos – salvo o MS coletivo;
Não cabe contra sentença que transitou em julgado; Não pode ser
utilizado como substitutivo da ação rescisória;
Não cabe contra ato judicial passível de recurso ou correição (STF,
Súmula: 267); Abrandou-se para aceitar se a decisão for teratológica ou
se a impetração for de terceiro que não foi parte no feito e deveria ter
sido, para evitar que sobre ele venham a incidir os efeitos da decisão
proferida;
Contra ato que caiba (e foi utilizado) recurso administrativo com efeito
suspensivo: Se quiser usar o MS pode, porém, abre-se mão do recurso
administrativo;
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Objeto:
Direito dos associados, independentemente do vínculo com os fins próprios
da entidade impetrante, exigindo-se, entretanto, que o direito esteja compreendido
na titularidade dos associados e que exista ele em razão das atividades exercidas
pelos associados, mas não se exigindo que o direito seja peculiar, próprio, da
classe.
Competência:
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6. MANDADO DE INJUNÇÃO
Ação constitucional de caráter civil e de procedimento especial – instituído
na CF 1988.
Quando a omissão legislativa for relevante para se desfrutar de direitos
individuais referentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Ex: Art. 37 VII e
7º XXI; Curar a síndrome da inefetividade das normas constitucionais, porém em
âmbito individual e concreto;
Tem como pressuposto norma constitucional de eficácia limitada
(previsão constitucional) – É possível a criação de MI no âmbito estadual para
controlar as omissões que prejudiquem o exercício de direitos previstos na
Constituição Estadual.
É possível o MI coletivo com os mesmos legitimados para o MS coletivo; não
cabe liminar;
Sujeito passivo
CN ou PR para lei nacional ou federal e demais autoridades para outros
casos;
É possível de ser criado/previsto em âmbito estadual;
O próprio MI é auto-aplicável, pode-se utilizar as regras para o MS.
Posições
Concretista
Declara a omissão e implementa o exercício;
Exemplo
o
Art. 195 §7 – MI-232-1 RJ
o o
Art. 8 §3 ADCT – MI-283-5/DF e MI 384
Geral
Terá efeito erga omnes. (não aceita – violação à separação dos
poderes)
Individual
Efeito só para o autor da ação (aceita excepcionalmente);
Direta
Implementa imediatamente – efeitos concretos para o autor da
ação – não aceita;
Intermediária
Fixa o prazo de 180 dias (ou outro) para a implementação e se
não regulamentado no prazo o autor passa a ter o direito – aceita pela
doutrina e excepcionalmente (dois casos) aceita no STF (há
necessidade de fixação de prazo pelo constituinte e nos dois casos o
poder público estava no pólo passivo da obrigação);
Não concretista
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O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (25), por unanimidade, declarar a
omissão legislativa quanto ao dever constitucional em editar lei que regulamente o exercício do
direito de greve no setor público e, por maioria, aplicar ao setor, no que couber, a lei de greve
vigente no setor privado (Lei nº 7.783/89).
A decisão foi tomada no julgamento dos Mandados de Injunção (MIs) 670, 708 e 712, ajuizados,
respectivamente, pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo
(Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem) e
pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sinjep).
Ao resumir o tema, o ministro Celso de Mello salientou que "não mais se pode tolerar, sob pena de
fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva
inércia do Congresso Nacional, cuja omissão, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis
- a quem se vem negando, arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto
constitucional -, traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e
pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República".
Celso de Mello também destacou a importância da solução proposta pelos ministros Eros Grau e
Gilmar Mendes. Segundo ele, a forma como esses ministros abordaram o tema "não só restitui ao
mandado de injunção a sua real destinação constitucional, mas, em posição absolutamente
coerente com essa visão, dá eficácia concretizadora ao direito de greve em favor dos servidores
públicos civis".
inércia estatal - posição que expressamente assumi, nesta Suprema Corte, no MI 164/SP, de que fui
Relator
(DJU de 24/10/89) -, devo reconhecer que a jurisprudência firmada na matéria pelo Pleno do
Supremo Tribunal Federal orientou-se, de modo claramente restritivo, em sentido diverso.
A jurisprudência que se formou no Supremo Tribunal Federal, a partir do julgamento do MI 107/DF,
Rel. Min. MOREIRA ALVES (RTJ 133/11), fixou-se no sentido de proclamar que a finalidade, a ser
alcançada pela via do mandado de injunção, resume-se à mera declaração, pelo Poder Judiciário,
da ocorrência de omissão inconstitucional, a ser meramente comunicada ao órgão estatal
inadimplente, para que este promova a integração normativa do dispositivo constitucional invocado
como fundamento do direito titularizado pelo impetrante do “writ”.
Esse entendimento restritivo não mais pode prevalecer, sob pena de se esterilizar a importantíssima
função político-jurídica para a qual foi concebido, pelo constituinte, o mandado de injunção, que
deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais
frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Congresso Nacional, impedindo-se, desse
modo, que se degrade a Constituição à inadmissível condição subalterna de um estatuto
subordinado à vontade ordinária do legislador comum.
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7. AÇÃO POPULAR
Reprimir ou impedir dano aos bens públicos por atos ou contratos, protege
interesses difusos – inserida na Constituição de 1934 e regulamentada pela Lei
4.717/65;
Poder de vigilância do povo. Forma de exercício da soberania popular –
democracia direta e participação política (há quem defenda que a natureza seria
coletiva e por isso não seria um direito do cidadão);
Ação popular é assim, um meio do qual se pode valer qualquer
cidadão do povo, para comparecer perante o estado juiz, referindo-lhe a
existência de ato lesivo ao patrimônio público, onde quer que esteja e
independentemente de quem o detenha, estendendo-se ao ataque à
imoralidade administrativa ou que fira qualquer outro bem entre os que
pertencem ao grupo dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.
Cidadão: Pessoa natural, brasileiro nato ou naturalizado, maior de 16 (não
precisa de assistência e não precisa comprovar direito subjetivo, basta o interesse
geral, difuso, justamente o que faz diferir do MS coletivo) e o português equiparado
(O português equiparado é considerado cidadão); gozo dos direitos políticos – título
de eleitor ou certificado de equiparação; Se tiver com direito políticos perdidos ou
suspensos não há legitimidade. O MP pode continuar uma ação, jamais propô-la –
o MP detém a ACP que é concorrente para os efeitos da AP;
Os requisitos normais para uma ação judicial: interesse e legitimidade
ficam mitigados na ação popular, pois basta a legitimidade (cidadão) e não o
interesse subjetivamente considerado;
Objetivo (basta a potencialidade lesiva e não o dano em concreto):
a) Patrimônio histórico e cultural;
b) Patrimônio público;
c) Meio ambiente; e
d) Moralidade pública (amplia muito – admite-se mesmo sem lesão
patrimonial).
Tipos: Pode ser preventiva ou repressiva e admite concessão de liminar;
Pode ser contra ação ou omissão;
Não cabe contra atos jurisdicionais porque estes possuem meios próprios
de impugnação;
Pode ser utilizada como meio de controle de constitucionalidade
incidental ou difuso, mas, não pode ser utilizada como controle abstrato,
ou seja, contra lei em tese;
Se julgada improcedente haverá o duplo grau de jurisdição
(remessa obrigatória);
Custas: Valores cobrados no curso de um processo judicial.
Ônus da Sucumbência (conseqüências de ser perdedor): Parte
perdedora pagar para a parte vencedora os honorários advocatícios.
Competência: Não há prerrogativa de foro para autoridades;
Coisa julgada: secundum eventum litis – Se a ação for julgada procedente
ou improcedente por ser infundada produzirá efeito de coisa julgada oponível erga
omnes. Se a improcedência se der por deficiência de provas, haverá apenas a
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coisa julgada formal, podendo outro cidadão intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova.
Competência:
o Dependem da origem do ato ou omissão a serem impugnados;
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8. DIREITO DE CERTIDÃO
Não podem ser cobradas taxas.
Natureza individual;
As certidões são utilizadas para declarar fatos ou atos registrados em
documentos, atas, livros e outros instrumentos utilizados pelo poder público.
Obtenção de certidão (somente para situações já ocorridas) para defesa de
um direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal, desde que
demonstrado seu legítimo interesse.
O Estado deve fornecer as informações solicitadas (salvo as de sigilo
constitucional) sob pena de responsabilização civil do Estado e pessoal da
autoridade;
O STF TEM RECONHECIDO O DIREITO DE OBTER CERTIDÃO
INDEPENDENTEMENTE DA DEMONSTRAÇÃO DA FINALIDADE ESPECÍFICA
DO PEDIDO.
Da negativa cabe mandado de segurança; Prazo de 15 dias – LEI 9.051/95;
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9. DIREITO DE PETIÇÃO
―O direito de petição, presente em todas as Constituições brasileiras,
qualifica-se como importante prerrogativa de caráter democrático. Trata-se de
instrumento jurídico-constitucional posto a disposição de qualquer
interessado — mesmo daqueles destituídos de personalidade jurídica —, com
a explícita finalidade de viabilizar a defesa, perante as instituições estatais, de
direitos ou valores revestidos tanto de natureza pessoal quanto de
significação coletiva.‖ STF: ADI 1.247
Peticionar significa solicitar, requerer, pedir, pleitear, também pode ser
exercido com o propósito de reclamar, denunciar, representar.
Legitimados: Pessoa natural, jurídica ou entes sem personalidade
jurídica – não há, a princípio, limitação quanto à idade. Pode ser usada
coletivamente (vários peticionários) ou em nome coletivo (um ente em nome
dos associados);
Âmbito (dimensão) individual e coletivo. É um direito político;
INVOCAR A ATENÇÃO DOS PODERES PÚBLICOS SOBRE UMA
QUESTÃO OU SITUAÇÃO. Não há necessidade de interesse processual ou
lesão a direito individual.
Prerrogativa democrática (não pode cobrar taxas – exceto as
previstas no texto constitucional como as taxas judiciárias);
STF entende que a Reclamação para assegurar sua competência tem
natureza jurídica de Petição.
STF entende que não viola a gratuidade a existência de depósito
prévio para a análise de recurso administrativo;
Não se exige advogado;
Instrumento de participação político fiscalizatório dos negócios do
Estado que tem por finalidade a defesa da legalidade constitucional e do
interesse público geral, seu exercício está desvinculado da comprovação
da existência de qualquer lesão a interesses próprios do peticionário –
apesar de ser informal deve ser escrita e assinada.
Finalidade: Dirigir a quaisquer autoridades públicas petições,
representações, reclamações ou queixas destinadas à defesa dos seus
direitos, da Constituição, das Leis ou do interesse geral.
Exemplo 1: Art. 335 do Código de Processo Penal: "Recusando ou
demorando a autoridade policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém
por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz
competente, que decidirá, depois de ouvida aquela autoridade."
Exemplo 2: Lei 4.898/65 (Lei de Abuso de Autoridade) Art. 1º O
direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa,
civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções,
cometerem abusos, são regulados pela presente Lei”.
Não pode ser utilizado como sucedâneo da ação penal, não pode
ser utilizado para se peticionar em juízo direito próprio sem os requisitos da
ação penal ou sem atender aos requisitos próprios dos atos processuais,
André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 34
como os recursos. Também não pode ser alegado para se postular em juízo
sem a presença do advogado (capacidade postulatória); STF também rejeita
a utilização do direito de petição como ação popular penal, ou seja, o povo
fazer as vezes do Ministério Público.
Se não resolver em prazo razoável (não fala qual) cabe MS;