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er Categorias © - Tradugéo de Ricardo Santos Ps 5s Wwadrrndy | W- 20a ~ UEPE- | | | ; | Paul Vicente Gia ido oe | oe Sm Pvc Paulovi$@hotmall.com Capitulo 1 Chamam-se homénima: mplo, um homem e um desenho sao ambos animais 3s uma Uetinicio difer Chamam-se sinénima onde 0 nome é a mesn © ambos animais. Cada pelo nome comum «animal», e a definiga ser om animal -, daremos a mesma Chamam-se parénimas as coisas que gramético recebe 0 seu nome da © © eorajoso recebe 0 seu nome da coragem. BORO O eee e558 8888939599999 Capitulo 2 Das expressdes que dizemos, umas sio ditas por combinagio ¢ outras sfo-no sem combinagio, As que slo ditas por combinagao sfo, por exem- plo, «0 homem corre», « homem vence>'-as que 0 so sem combinacio siio, por exemplo, zhomeri», «boi, «corre, «venice Das coisas que exister, (1) umas sa ditas de algum sujeito, mas no cexistem em nenhum sujeito. Por exemplo, homem é dito de um sujeito, a Saber, de um certo homem, mas nio existe em nenlum sujeito. {2} Qutras tem mum sujeto, mas niio sfo_ditas de nenhum sujeite (com «num sujeftoy quero dizer aquile Ue existe em alguma coisS ndo como uma sua parte, ¢ que ndo pode exsstir separadamente daquilo em que existe). Por Exemplo, um cero conhecimento gramatical existe num sujito, a saber, na alma, mas nfo é dito de nenum sujeito; ¢ um certo branco existe num sujeito, a saber, no corpo (pois toda a cor existe num corpo), mas néo é dito de nenhum sujlt. [3] Quias so dias de um sujeto e-existem num sujet. Por exemplo.o conhecimnto existe nut sujet, a sabes na alma, e € dito de tum sujeto, a saber, da gramatica [4] Qutras ainda nem existem num sujeito rem sio dias de tm sujto. Por exemplo, um certo homem ou um certo éavalo; pois nen deses existe num sujeito nem € dito de um sujeto. Em ger s coisas individuaise numericamente umas no so munca ditas de um Sujeito, mas nada impede que algumas existam num sujlto; pois um certo conhecimento gramatical ¢ algo que existe num sujeto, Capitulo 3 ‘Sempre que uma coisa se predica de uma outra como de um sujeito, todas as coisas que slo ditas daquilo que € predicado sero também ditas do sujeito. Por exemplo, homem predica-se de um certo homem e animal predica-se de homem ¢, por isso, animal predicar-se-& também de um certo homem; pois um certo homem é um homem e também um animal AAs diferengas de géneros distintos® e no subordinados uns aos outros silo elas também de tipos distintos. Por exemplo, animal ¢ conhecimento: pedestre, voador, aquitico e bipede sdo diferengas de animal, mas nenhuma delas é uma diferenga de conhecimento: pois um conhecimento nao difere de outro conhecimento por ser bipede, No entanto, nada impede que as dife- (2) Aesptamos a wie hate rn vee de hetragenén (1016) rengas de géneros subordinados uns aos outros sejam as mesmas; pois os ‘mais elevados predicam-se dos géneros abaixo deles, de modo que todas as dliferengas do género predicado serdo também diferengas do sujeito, Capitulo 4 Das expressdes que slo ditas sem qualquer combinacio, cada uma sig. nifica ou uma substincia, ou uma quantidade, ou uma qualificago, ou um relativo, ou onde, ou quando, ou estar numa posigio. ou ter, ou fazer, ou set afectado. Para dar apenas uma ideia, uma substincia é, por exemplo: , «corre», «vence>) é verdad QI Capitulo 5 GERBER 06 2 gue chamamos subsincia de modo mais pré- prio pte e principal ~ 6 agua que nem ¢ dito de algun sujeito nem existe em algum sujeto, como, por exemplo, um certo homem a um certo cavalo, Chamam-se substncias segundas as espéces aque as coisas primeiramente cham substancias pertencem e também os zéner0s dessas expécies. Por exemplo, um certo hemem pertence a espécie nouteeh anal 6 pers da etl: por eomepene homer € mal sto chamados ubstnei Eeridente pelo qu fi dit antes, que 0 nome e a defnito da coisas aque so dits de um sueto se predicam necesatiamente do sujeito. Por exemplo, hamem & ito de un suct, a saber, de um certo homem, lao ue o nome se pedi (pois predicars shomem de um ceo homem);e& definigo de homem ptedica-se-4 de um ceto homem (pois um certo homem ¢ também um homer) De mode qne tanta o nome como a dfini- {30 predicar-se-A0 do sujeito. Mas quanto as coisas que existem num sujeito, ‘na maioria dos casos, nem 0 nome nem a definigdo se predica do sujeito. Em. ins casos, nada impede que o nome se predique do sujito, mas, quanto & \efinigio isso & impossivel Por exemplo; o branco, existindo num sujeito, a saber, no corpo, predica-se do sujeito (pois um corpo é dito branco); mas a finiedo de branco jamais se predicaré do compo. is outras coisas ou sto ditas das substincias primeiras como d jeltos ou existem nelas como cm suieitos. Isto € evidente pelos cxs0s part cuilares que se nos apresentam. Por exemplo, animal predica-se do homem e, Portanto, também de um certo homem; pois se néo se predicasse de nenhum dos homens individuais, nio seria de todo predicado do homem, Do mesmo modo. a cor existe no compo e, portanto, também num certo corpo: pois se ndo existisse em nenhum dos corpos individusis, no poderia de todo existr no corpo. Assim, todas as outras coisas ou so ditas das substincias primeiras ‘omno de sujitos ou existem nelas como em sujitos. Por conseguinte, se as nero, pois esté mais préximo da substincia primeira, Pois se tivermos le dizer ce uma substineia primeira o que ela mais adequadbo indicar a espécie do que indicar 0 uum certo homem s. sera mais informativo & mais infommaivo dae gue'¢ wn bower do Que ue € una@QBD em csso,¢ porgus as substncas primeias $80 delas ou existe nels, que eles sto principemente chamadas baie assim ext também a especie para © aenero (pois eset € sito ¢o GID ries especies dg cero homem cue € umn homer de que dar de umn cero eval que un es, mas as espécies substincia do que outra; pois um certo homem nfo é mais substincia da eee bm Tazo que, além das substincias primeiras, as especies eo éneros Sio as tnicas outras coisas que so chamadas substincias ois a. taneia primeira. Pois se tivemos de dizer de um certo homem o que ele sri adequado responder indicando a espécie ou © género (e mais informa: vo faz8-lo com «homem» do que com «animal»; mas indicar qualquer das sas sera deslocado ~ por exemplo, dizer «branco» ou «corre» ou wands, se predicat qualquer destas coisas. Deste moda, & com ra2io que estas $80 as tink: outras coisas que so chamadas substincias. Além disso, é priamente chamadas substincias, Mas tal como as substincias primeiras 0 para todas ns outtas coisas, assim as espécies e os aéneros das substi is primeiras esto para do o resto; pois tudo o resto se predica deles, Pois cia primeira nem & dita e um sujeito nem existe num sujeito, Da mesm 0 existe num sujeito (pois o homem nfo existe num certo homem). E, d mesmo modo, também animal & dito de um sujeito, a sabe hom nada impede que o nome di predicado do sujei 1 a definigSo das substincias segundas se € impossivel que a definigio o seja, Mas tanto © nome i animal, Portanto, nenhuma substineia existe num sujeito, Todavia renga no existe num sujito, Pois pedestre e bipede so citosd jcam do sujeito: pois pr 1s a definiggo de homem de um certo homem, ¢ tam sém a definigao de o nilo ¢ proprio da substincia, uma vez que também a ifs istem num sujeito (nem o bipece nem o pe m no homem), Ea definigo da di diferenca é dita. Por exemplo, se saiber, do homem, mas 10 «a predivs-se daquilo de que lito do homem, também a defi niglo de pedestre se predicard do homem: pois « homem é pedeste. ( facto de as partes das substincias existirem nos respectivos todos 10 em sujeltos ndo deve perturbar-nos. nem devemos recear ser fore dos a admitir que elas no so substineias. Pois no Foi como coisas que existe em algo como suas partes que definimos as coisus em um sujeito y dISIS, * * *® * 2 a earateristca das substncias e das diferencas que tudo o que & chaado a partir delas 0 seja sinonimicamente, Peis todos os predicados formados a partir delas predicam-se ou dos individuos ou das espécies: a partir da substincia primeira nfo se forma nenhum predicado (uma vez aque ao ¢ dita de nenhum sujeito); das substincias segundas, a espécie predica-se do individuo e o aénera pred €, do mesmo modo, também as diferengas se predicam das espécies e dos individuos. E as substincias primeiras admitem a definigio das espécies ¢ dos géneros, © a espécic admite a do sénero (pois tudo que é dito dlagyilo que € predicado também sera dito do sujeito); do mesmo modo. tamibém as espécies e os individuos admitem a definigao das diferencas. Mas sindnimas eram precisamente aquelas coisas com 6 name em comum © a mesma definiglo. Portanto, tudo o que & chamado a partir das substin- cias.e das diferengas -0 sinonimicamente. se da espécie ¢ do individuc: fo que res Substancias prineiras, € incontestavelmente verdade que elas uum certo 7s10; pois a coisa revelada & individual ¢ numerica- mente uma, Mas, quanto as substincias segundas, embora pareca. pela forma como sio nomeadas ~ quando dizemos ehomem» ou «animal» -, gualmente uri certo isto, isso ndo & de facto verdade, O que elas significa & antes uma certa qualificagio, pois 0 sujeito niio & lum como a substaneia primeira, mas homem e animal sio ditos de muitas coisas, No entanto, nfo significa simplesmente uma certa qualificagao, como «braneo» 0 faz. Pois branco ndo significa nenhuma outra coisa semio a qualificagdo, enquanto a espécie e 0 género determinam a quali ficagio da substincia ~ significam uma substineia de um-certo tipo. Com 0 género. a determinaco que & feita & mais vasta do que com a espécie, pois ao falar de animal abrangemos mais coisas do-que ao falar de hhomem. Or ois qual seria o contrério de uma substincia primeira? Um certo homem. por exemplo, nfio tem qualquer contrario; assim como homem ‘ou animal também mio tem qualquer coatririo. Contudo, isto nao & pré- prio da substancia, mas verifica-se também a respeito de muitas outras coisas, como, por exemplo, da-quantidade. Pois dois cOvados no tem qualquer contrério. nem de2, nem nenhuma desta coisas, ano ser que se diga que muito & 0 contrério de pouco ou que grande € o contritio de pequeno, Mas. ainda assim, nehuma quantidade definida tem qualquct contritio. peit significa GRMN 2220, 150 adie mais ¢ menos. Neo quero dizer com isto que uma substanca no seja mais substinca do que outa {Geis folio qo asic 6, ras, qusjcada substi nap 6a manson menos aqulo que ela . Por exemplo, se esta substincia & um hornem, ele ndo' ser mais ou menos homem do que ele mesnio ou do que outro Pron FB alors Ames eee tke mp ara s utes apes Amel rancu dey cara. taco els mi ita fue outa, Euma coisa € dita mais ou menos do que ela mesma, come por exemple o compo que, sendo branco, é dito mais branco agora do que antes e sendo quente, 6 dio mais ou menos quente, Mas a substncia naa disto se diz. Pois um homem nfo ¢ dito mais homem agora do que anes, nem nenhuma outa coisa que ej substancia, Potato, asubstin- eee ‘nenhuma outra coisa que se possa apresentar e que, sendo numeticamente uma, seja capaz de receber contréios. Per exemplo, uma cor que é nume~ ricamente uma ¢ a mesma no poderé ser branca e negra; nem uma mesma acco, qumericamente uma, poder ser m4 ¢ boa: ¢ do mesmo ‘modo para as outras coisas que no sejam substincias. No entanto, a subs- Cncia, sendo numericamente uma ea mesma, € capaz de receber cont rios. Por exemplo, um certo homem, que é um e 0 mesmo, toma-se ora branco ora moreno, ora quente ora frio, ora mau ora bom. Em nenhurna coutra coisa se verifica o mesmo, a no ser que alguém objecte, afitmando que as declarages e as apinides sio também assim, Pois a mesma decla- ragdo parece ser verdadeira e falsa. Por exemplo, se ¢ verdadeira a decla- ragdo de que uma certa pessoa estd sentada, depois de a pessoa se Tevantar, esta mesma declaragio ser falsa. E 0 mesmo se passa também com as opinises. Pois se alguém tem a opinido verdadeira de que uma certa passoa esti sentada, depois de a pessoa se levantar, tendo a mesma opinido acerca dela, esta opinidio serd falsa. Todavia, ainda que admitisse- ‘mos esta objecgiio, hé uma diferenga no modo como os contririos sio recebidos. Pois, no caso das substincias, € mudando elas mesmas que as substncias sio capazes de receber os contrérios. Pois aquilo que se tor- now frio em ver de quente, ou moreno em vez de branco, ou bom em vez de mau, mudou (uma vez que se alterou). Do mesmo modo. também nos outros casos é sofrendo ela mesma uma mudanga que cada coisa € capaz ide receber contritios. Enquanto as declaragdes e as opinides se mantém elas mesmas completamente sem mudanga de qualquer tipo: € por a prOpria coisa mudar que o contro ines advém. Pois a dectaragdo de que luma certa pessoa esti sentada mantém-se a mesma; é pela mudanca na propria Coisa que ela se toma ora verdadeira ora falsa. © mesmo se passa ‘ambém com as opinides. Portanto, pelo menos o modo como é capaz de receber os contrrios ~ através de uma mudanga em si mesma seria pro- prio da substincia, ainda que admitissemos que"as opinides e as declara- {es so capazes de receber contririos. No entanto, isto nio é verdade. Pois nao é por receberem elas mesmas alguma coisa que se diz que as opinives e as declaragées so capazes de receber contrérios, mas sim pelo ue acontece a alguma outra coisa, Pois é por a prépria coisa ser ow nio Ser que a declaragio é dita ser v ideira ou falsa, € no por ela mesma az de receber os contrarios. Na realidade, as declaragdes e as opi niges no so mudadas em nada por nenhuma coisa, de modo que elas no so capazes de receber contritios, uma vez que nada acontece em si ‘mesmas. Mas a substincia, por receber ela mesma os contririos, é dita capaz de receber contrivios. Pois ela recebe doenga e saiide, brancura ¢ egrura, € porque ela mesma recebe cada uma destas coisas, ela ¢ dita ser capaz de receber contrétios. Portanto, € proprio da substincia, sendo Capitulo 6 : + conitéias. Sobre a Das quantidades. umas so discretas.e outras continuas: © umas sio compostas por partes que tm posigio umas em relagio as outras, enquuanto outras ndo sJo compostas por partes que t&m posigdo, ‘io quantidades discretas, por exemplo, o némero e a linguagem; so uantidades continuas a linha, a superficie, o corpo e, além destas. 0 tempo ¢ 0 lugar. Pois as partes do ntimero nao tém nenhum limite comum onde se unam. Se, por exemplo, cinco é uma parte de de2, os dois cincos nao se unem em qualquer limite comum, mas estio separa dos; nem o u8s e 0 sete se unem em qualquer limite comum, Nem, em geral, serd possivel encontrar, no caso do niimero, um limite comum das suas partes, mas elas esto sempre separadas. Por isso, 0 niimero é uma quantidade discreta. Do mesmo modo, também a linguagem & uma quan- tidade disereta (que a linguagem é uma quantidade, isso ¢ evidente: pois ela € medida por silabas longas e breves; refiro-me aqui a linguagem falada). Pois as suas partes nao se unem em qualquer limi somum, Pos, ro hi nenhum limite comum onde as silabas se unam, mas cada uma esta separada em si mesma, A linha, por seu lado, € uma quantidade con- tinua, Pois é possivel encontrar um limite comum, a saber, uin ponto, onde as suds partes se unem, E, para as partes da superficie, uma linha: pois as partes de um plano unem-se num certo limite comum. Do mesmo ‘modo, também no caso do corpo ¢ possivel encontrar un limite comum, ‘a saber, uma linha ou uma superficie, onde as partes do corpo se unem Bo tempo e © lugar sdo também deste tipo. Pois o tempo presente une-se 40 tempo passado ¢ ao tempo futuro. E o lugar é também uma quantidade continua. Pois as partes de um corpo ocupiim um certo lugar e unem-se num certo Timi que sio ocupadas por cada uma das partes do corpo, se unem no mesmo limite em que se unem as partes do corpo. Portanto, o lugar é também Além disso, umas quantidades so compostas por partes que tém posigo umas em relagiio as outras, enquanto outras niio so compostas por partes que t&m posiglo. Por exemplo, as partes de uma linha tém posicdo umas em relagdo as outras; pois cada uma delas esta situada algures, ¢ & possivel distingui-las dizer onde, no plano, cada u situada e a qual das restantes partes ela se une. Do mesino modo, tam bbém as partes de um plano tém uma certa posigSo; pois é igualmente possivel dizer onde cada uma delas esta situada, e quais se untem entre si E verifica-se o mesmo com as partes de um s6lido, e também com as Mas jé no caso de um niimero nfo ¢ possivel ver se as par sma posigBo umas em relagdo as outras, ou onde esto situa ‘comum, Por conseguinte, também as partes do luga tidade continua, pois as suas partes unem-se num limite de um lug: res tm al ddas, ou quais das partes se unem entre si, Nem isso € possivel com as partes de um tempo. Pois nenhuma parte de tempo perdura; ora, como poderia 0 que no perdura ter gue elas tém uma certa ordem, pelo facto de uma parte do tempo ser anterior outra posterior. E no caso do numero verifica-se o mesino. uma vez que se conta um antes de dois e dois antes de trés; deste modo, cles podem ter uma certa ordem, mas nio é de todo possivel encontrar Tee pais eg manne vec sm, Pois nenhuma ddas suas pares perdura, mas, uma vez pronunciadas, jd no & possivel apreendé-las, de modo que as suas partes ndo podem ter posigio; visto que nenhuma perdura, Portanto, umas quantidades sfio compostas por partes que tém posigdo, enquanto outras no so compostas por partes que tm posigao. sma posicao? Mas melhor seria dizer

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