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  • Rondo Cameron Pp. 308 A 337

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    Rondo Cameron pp. 308 a 337

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    ul © CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL Embora o comércio a longa distancia tena existido desde pelo menos os primérdios . "Designate comet osu xx ds propels andes rusian est doi ih, qe cond sna, arepo da peazeazads abled daser vidio pusrl ma Evop, 3 ete, om ecb ¢ ‘Sto fin da Gus At mately de crt ena sobre os uabaodoes aes. (do E 316 RONDO CAMERON (s interesses proceccionistas em Franga, nunca conformades com o-Tratado de CCobden-Crrevalier, genharam forga politica com a derrotena Guerra Franco-Pru ainda mais com 2 trifa alemi de 1789. Em 1881, conseguiram obter uma nova lei tariféria que reintroduziuexplictamenteo principio do proteccionismo. Meso assim, ‘0s adeptos do comércio live continuaram ter uma inluBncia politica considerével,e, em 1882, novos tratados de comércio com sete pafses continentais mantiveram os principics basicos do Tratado de Cobden-Chevalier. Além disso, a tarifa de 1881 nto ‘correspondeu As exigéncias proteccionistas dos agrérios. A agricultura francesa, a0 ccontrrio dada Prissia Oriental, era dominada por pequenos camponeses proprictérios Aue, Sob sistema politico da It Repablia, detinham os prvilégios eo poder politic. Depois das eleigSes de 1889, uma maioria proteccionista regressou & Clara dos ‘Depotados foi aprovadaainfame tarifa Metine de 1892. Atarifatem sido caracterizada ‘como extremamente proteccionista, mas um temo mais correcto seria «proteccionismo refinado». Embora garantisse proteccio a alguns sectores da agricultura emantivesse 4 proteegio industrial da tarifa de 1881, também continha varias earacteristicas ‘pxa as vas-frteas, mina evanchos americanos (os vagusios merieanos foramen grande parte financlados por capitis brtinios, especialmente escoceses) para Investimenossemelhantes na Amétien Latina, acima de tudo, parao Império Biico Em 1914, os dominios autSnomos absorviam 37 pr eento des investimentos extemos beitnieos, a india outros 9 por cent; os Estados Unidos absorviam 2! por ceato © ‘3Améeica Latina 18 por cento. Aperas 5 por cent do cal dos investimentos bianicos no estrangsiro se cenravamn na Buropa 'A Fraga (ou os Franceses) era o segundo maior nvesidor no estrangeto,¢ em 1914 nha investments totais de mais de 50 mil milhBes de fancos (cerca de 10 mil milhdes de dolaes). Na verdade, a Franga incioso século contraindo empréstines exteros, prinipalmente na Gra-Bretanha ena Holand, para pagar aavutadainderni- ‘ago de veparaeio exigida pelos Allados apés a detcota de NapoleSo. Come ji se referv, os investidoces britinios também ajdaram a fnanciar alguns dos primeicos Caminhos-de-fero franeeses. Mas a Franga rapidamente estabeleccu um grande excedente de exportaeio no comércio de mereadarias, que providencioo o gross des ‘ecursos pra o investimento no exterioraté 3 década de 1870. Depots disso, os genhos os investimentos anteriores, como aconecera com a Grl-Bretatha, mais que fnan- ciaram novos investimentos. 'Na primeira metade do sézulo, os Franceses invetiram principalmente nos seus vizio: nes tiles emitides pelos governs eacciondies erevoluicnériosem Espanha, Portugal enos virios Estados itallans (0s empeéstimos os partidos derrotados exam penalizaos, € claro); em obrigag6es do nove estado da Relgiea depois da revolugso ‘bm sucedida do 1890;em mings cours empress industiaismaBélgcs, antes e depos e 1830; eeminvestmentossemelhantes, embore menos vulados, na Sufga, 1a Aust nos Estados Alemes, especialmente na Alemania Ocidenal. Bnue 1851 e apro- Ximadamente 1880, os investdores e engenheirosfrancesescomecarsm a consiar26 redes de caminhos-de-ferco de grande are da Europa Meridionale Oriental. Também invesiam emempresas industas nas mesma reicesfinanciusm os perenes dfiees ‘ocgamenais desses pases, bem como 0 do Impetio Otomane cdo ipo — do gue se Aependeriam, quando esses dois Estados deciararam falencia parcial em 1875-76. Depois da aliangs franco-rusta de 1894, os investidoresfranceses, activamente encorajados pelo seu Goveeno (¢ mesmo antes, em esse encomjamento),invesam «quanti astroninieas em tlosrusos, tanto pblices como privades — também com usTORU ECONOMICA DO UNDO 2 srandes prejuizos, quando o governo bolchevigue de Vl Lenine negou todas as divas, piblicas¢ privadas contrafdas durante o regime czarista. Em 1914, noeclodir da I Guerra Mundial, um quarto de todo oinvestimentoexterno francés estavaconceatado na Réssia, Cerca de 12 por centocentravamse emicada une das regibes da Europa Mediterrinica (Peninsula Ibéca, Ilia, Grécia), do PrOximo Oriente (Império Otomano, Egipto, Suez) ¢ da Amética Latina, ¢ proporgbes mais baixas nos Estados Unidos, nos paises escandinavos, na Austria-Hungria, nos Balcss ‘e nouttos pases. Ao contrrio dos Britinicos, os Franceses apostaram menos de 10 por cento do seus investimentos nas colénias Francesas. Globalmente 0 contsibuto francs para o desenvolvimento econémico da Eoropa foi substancial, mas, devido a guerras, fevolugdes¢ outros desastres naturas e provocados pelo homem, ¢ especialmente a enorme catistofe da I Guzrra Muncial, os investidores ¢0s seus herdeitos sofreram ‘consequéncias dramatic. ‘A Alemanha spresenia 0 interessante caso duma nagfo que, a0 longo do século, sofreu a transiglo de devedora liquida para credora lguida. Desunidos e pobres no principio do século, os Estados Alemiestinham poucas divides externas e ainda menos eréditos no estrangeir. Nas décadas imermécias do sécalo, s provinciss ocigenais beneficiaram dura influxo de capital francés, belga e britinico; este capital ajudou a esenvolver insti poderoras eum fore excedente para exporagdo qué providenciou «0 fandos com que a Alemanharepariou ocopital esangcio © acomulou investments no exterior. A maior parte desis investimentos fi feta nos vizinhos mais pobres da Alemanha, aleste€sudeste(incluindoo se aliado, a Monarquis Hatsburga), emibora ‘0s Alemes também tivessem investimenios dispersos pelos Estados Unidos, América Latina enoutr paises (inelvindo quantis insignifcantes nas coloniasafticenas edo Pacifica). O Governe Alemio, como o francés, tentou por vezes socorret-se do investimento privadoestrangeire como arma de polticaextema;em 1887, vedou abolsa de valores de Berlim 20s ttulos russos ¢ forgou, mais tarde, o Deutsche Bank a empreender a construgoo da lina-férrea da Anaisla (chamada Berlin-Bagdade). ‘As mais pequenss das nagGes desenvolvidas da Europa Ocidentsl —a Bélgics, os Palses Baixose' Suiga— odes tendo 20 longo do seul, beneficiado deinvestimentos «strangeiros nas suas economias, tornaramse de igual modo eedoras iguidas no final do sécalo. Bm 1914, os seus investimentos externas combinados ascendiam a cercade 6 mil midhdes de délares, quase tanto como os da Alemanka, A Austria, a metade ocidental da Monarquia Hatsburga, nvestu na Hungriae também nes Bald, embors, em balance, olmpétio fosse devedor liquido. De entre 0 beneficirios de investimentoestrangeiro, os Estados Unidos eram, de longe, os maiores (Fig 11.4). Como j oi dio, o eapital estrangeiro, especialment= © britinico, ajadou a construir vias-féreas, a explorar recursos mineras, a financiar tanchos de gado ea apciar indmeros outros empreendimentos, Porém, depois de Guerra Civil, e om particular a partir do final da década de 1890, investidores americans ‘comecaram a compra tiulos estrangeirose, ainda mais importante, empresas ame- reanas comegaram a investirdirectamente no estrangeiro numa diversidade de operagées industais,comerciis eagrcolas. A malor pare dests investimentos efec- twou-se no Hemistério Ocidental (América Latina ¢ Canads), mes alguns efeetuaram-se 1a Europa, no Préximo e Médio Oriente € na Asia Oriental. Em 1914, quando os af iouna 114 — Disridnigéode investment estrongsires em 1914: (A) porpatesivecidres; (8) por benfcirios. HISTORIA ECOHOMICA DO MUNDO ns investments estsngeros tas nos Estos Unidos ascendiam apouco mais eit milhses de délazes, os nveridoes smercenos Unter ivestidoguase metade desea {quanta no extrangeio. Nos quatro anos sepunte da | Guera Mala, em resltado deempresimos americanos aos Aliados, es Estados Unidostormaram-seamaior noo tredora do mundo 'Na Europa, o msior bnefsiro singular deinvestimento esrangelro ea a Russia ‘A redorussa zcaminhos-de-era, como a arericana, fi constufds coma grande parte de capital estrangiro, que fot canalizado para tslos privador (acgdes © ‘Sbrigagbes)e pre obigsgdes Jo Estado ou com aval do Estado. Os estangeios, tspeciaimente bances estrangeiros, também investiram fortemente em Bancos _comerciais russos ¢ nas grandes empresas metaltirgicas da bacia do Donetz, de Krivoi_ Rog edoutros locais. O que contraia mais empréstimos era, todavia, o Governo Russo, ‘ue utlizavaodinhcro nao 36 para consruir vias-féreas as também para finaelat O sev exeretoe maria, Os matoresinvestidoresforamos Franceces, mas o Alem, 0: Betinicos, os Belgas os Holandesese outros fambém parieiparam. Claro qu, dcpois Ue 1917, os invesidoresperderam tudo. A maior parte das nagées europeias contraiu empréstimos uma ou outra vez ao longo do século xix. Como se disse, a Alemanha e algumas das mais pequcnas nagoes desenvlvidas Rieram atransigo de devedorsigeda paracredre gues, De ence fs que no oconseguiram, as uilizagGesprodulva dos ndos oe eembolsos tera 4 marca mais baixa nos paises meditercnicas nos do sudesto da Burops. Fre- ‘uentemat,o produto dos investimentos privades dos cmprstimos pobics era mpregadoinosameric¢ por vezescoruptment, Como como investienointerno, ‘uminvestentoextero, para conrbur por o desenvolvimaentaeconémizo, em ce ‘serarum xo derendimentosufcente para cbr ba taxa de entabiidade posiiva ‘evenivalments, ecupear investment ica Em nto contrate com a fraca mara de mits invstimentos na Europa Met sional ed Leste (en impéro Oromano, nop no norte de Alia) amar parte dos investmentos nos piss eseandinavos nto 86 se pagow a3 pepria como eve centribuigSespoitivas no desenvolvimento daseconomasoas qos o\efeloada, Na ‘erdade, moro montanes absolutos force relatives bos, 8 ivestimentoe {svangeies na Susi, va Dinamacea e na Noriega foram, numn base per cap ‘aires da Europa. AS quantasemprestads foram senswamentc invests, dos elevados nveis edvacionais das poulagSes esses pas, deve hes set © eiido desenvolvimento aquelas economic ro inal do séclo xx. Come os paises escandinavos, também a Austria, a Nova Zelindia © 0 Canadé tisham volumosos investments estrangecosrelativamente 8 dimensio das suss opulabes, oque ajuda apereber a suas elevades acs de rescimentoc toe padites fe vide no comego do seeulo xx. Em 1914, 0 Canada una recetid o eqivalentes 5,85 mul mihbos edslars (valores de 1914), parcipalmene da Geb-Bretaah,embora «dads cepresas dos Estados Unidos ivessem invest cerca de 900 mies de ‘blazes, A Austiatiarecebido 1,8 mil mlhgesde dares ea Nove Zenda crea ‘4300 mies de déares em ambos ox casos, mis de 95 por cento da Gr Beta, ‘Nostees ato, a maior parte dos fundos fl investidaem tule plies (€o Estado) ¢destinon-e 3 financarinfa-estrutaesecondmices erciisexminhos-de ero, 2 RONDO CAMERON instalagies portuérin, servigos piblicos, et.), embora também se tenham aplicado somas substanciais na indsria mineira na Austrdliae no Canada. Bste padrao de investimento exterro permitu que o investimento interno fosse canalizado directs- ‘mente para actividades produtivas nos sectores mals promissores da economia. Tendo ‘em conte as populagGes dispersts as grandes drcas tetrtorais destes és paises, 0, E surpreendente que se tivessem especializado na produto de bens que exigissem ‘pouca mio-de-obra em relagio tera: 18 (¢0 seu subproduto, a carne de carneito) na AustrAliae na Nova Zelandiaetrigo no Cenad, Estes produtos eacontraram mercados \isponiveis na Europa, especialmente na Grd-Bretanha, ¢representaram @ maior parte ‘das exporiagoes desses pafses. A Austrélia também exportava algum trigoe metals em brato e © Canads exportava metais, madeira e outros produtos florestais. Com rendimentos per capita relativamente altos, os its pafses desenvolveram indiistris tercidrias demésticas ¢alguma capacidade fabri, mas continuaram dependentes da ‘Buropa, sobreiudo da Grd-Bretanha, para a maior parte dos bens de consusmo fabricados fe, em especial, dos bens de capital (Porém, no principio do século xx, os Estados Unidos tinham substituido a Gri-Bretanha como maior fornecédor e mercado estrangeiro do ened.) (Os investimentos na América Latinae na Asia, ernbore no total substanciais, exam, ‘em selagio as populagbes das nagSes recipientes, muito inferiores aos efectuados nos paises aeabados de analiser. Para mais, nfo tinham as notévels dimenses de capital ‘humano para trabalhar como as ovtras as estruturas institucionais das suas economnias (excepto as do Jnpdo)néo foram conducentes zo desenvolvimento ccondmico, Nestas regiées e, num grav ainda maior, em Africa, o resultado principal do investimento esirangeiro foi o desenvolvimento de fontes de matérias-primas pera indstrias teuropeias, sem iransformagio da estutura interna da economia. Em 1914, 0s inves- \imentos estrangeitos ascendiam a aproximadamente 8,9 mil milhées de déleres na ‘Amézica Latina, «7,1 mil milkGes de d6lares na Asia ligeiramente mais que 4 mil rmilhies de délares em Aftica. Em todos os casos, « Gri-Bretanha foi a maior fonte singular de fundos, ascendendo «42 porcentona América Latina, a.50 por centona Asia ‘©. mais de 60 por cento em Africa. ‘Um exame um pouco mais pormenorizade dos investimentos britinicos na Amética ‘Latina proporcionaré uma melhor compreenso da importinciado investimentoextemo ‘Baca. 0s pases menos desenvelvidos em geral e para economia mundial como um todo, Os investimentesbritinicos totais na regido subiram de menos de 25 milhdes de libras, em 1825, para quase 1200 mihies deIibras, em 1913. Nesteltime ano, a Argentina fi delonge, a maior benefiidra, com mais de 40 por cento dototal, seguidado Brasil, com 22 por cento, edo México, com 11 por cento. Chile, Urvguai, Cuba, Colémbiae outros receberain montantesinfetores, mas no havia um nico pais sem algum investimento britdnico. Do total, quase 38 por cento thm sido investidos em utulos do Estado e mais 16 por cento (isto é, no todo, mais de 50 por cento) em obrigagSes dos caminhos -de-ferro ¢em itulos semethantes. A maioria destesfundos, como na Austria, na Nova Zeldndiae no Canad, destinou-se a construgo de vias-féreas€a outros investimentos {nfra-estrutrais. Dos investimentos estrangeiros directes (sto &, aqueles nos quais 0 Investidorfiscalizava a utilizagio dos funds), a maior parte destinov- — ‘totalmente er tectériebitnico. O presidente Kruger, de Repablica da Africa do Su, ‘io aderira «um nidosuFafricanae também se recusou a aulrizar que 0 eamiaho- “e-ferro atravessasseoTransval. Rhodes urdu eno um plano para dtrubar Kruger @ anenaro seu pals O plano falhou;o govern bitaico em Londres negou qualguet Conhecimento da consptacso ¢ brigou Rhodes a demiti-se. Ele pretendia, genie ‘namente, evilar a guerzacom os Béeres, mas extremists de artbos os lados leva {queso até ea fatal conelsto, Bm Outubro de 1899 comegou a Cues Su-Afd- cane, ou dos Béeres, ‘Os Britnicos, que nbam apenas 25 mil soldados na Aircado Sul quando a guerra . Os Franceses completaram seu império norte-aticano em 1912 ‘stabelecendo um protectorado na parte mais larga de Marrocos (a Exponha reclamou ‘Extremo Norte, msis pequeno) apés prolongadas negociagées diplométicas, ‘especialmente com a Alemanha Eniretanio, ocomeram outs facos iiiatvo no extero lst a Aca sin ‘A ertura do canal de Suez por uma empresa francesa, em 1869, revolucionew ocomércio ‘mundial. Também pBs em perigo 0 ecorceder vital britnico par a India —ov assim pparecia 2s Bricnicos. A Gra-Bretana nfo tina partcipado a consrugdo do canal, "averdade, tinha-se at oposto a projeco. Mas, uma vez aberioo canal, ornouse al¥o _pmozdial da politica extra blinia conseguir domingo os seus acesos, paracvitar ‘ue cafssem nas mies dumapoléncia esangeirairimiga Esteobjecivo foi fortutamente fvorecido plas cificuldadesfinanceiras do quediva (tei) do Egipto. Quediva os seus nepassados, num esforgo para clevarem o Hpto wo egao de grace ptéaa nam onda enormes divides com invesidresenrpeus(sobetuda fancesesebinicos) para. objectivs ais como uma tenatva fustada de industrializagio, a constugio do fanal de Sueze uma tetativa de conqusta do Sudo. Esta earénciafneneireperitix 2 Benjamin Disracli,o primeiro-minisio brinico, aduicr, em nome do Goverro Britnio, as aogbes do Quediva na Companhia do Canal no fim de 1873. Numaesforgo pamper alguma ordem as fnangasdestogadns do pas (que suspendeu os pagamentos tua dvids em 1876), 08 Governos Britinico e Francés nomeacam conselheiros financcios que em breve constituiram o govern efectvo. O rssentimentoegfpcio contra o dominio exrangeio scartou sublevagBes generalizas ea peda de vidas bens europeus, Para sesiauraraordeme prolegerocanal, os Bios omibardaram ‘Alexandtit er 1882 e desembarcaram uma frga expedicionsria. ‘© primeiro-ministro briténico, ums vez mals o liberal Gladstone, assegurou 20s Exipcios ea outas grandes potécias (qu nam sido convidadas para paticipar ‘ocupagdo mas ina declinad oconvite) ques ocupagao sri empordra.Todavi, depois de I estarem, os Brittnicos,desagradads, chegaam Bconclusto de que no poderiam retirarse fel ou elegantemente.Além da constanteaptagfo nacionalist, 0s Brinicos hedararn do governo do Quediva a conquista inacabadacesteitimo ao [HISTORIA ECONOMICA DO MUNDO 331 ‘Sudo. Paraalcangar este objective, que paresia se justifeado pela importncia do Nilo Superior para a ezonominegtpea, os Brittsicos viraram-se contra os Frances, que ‘esiavam a expandir-se pata leste a partir dos seus dominios da Africa Ocidental. Em Fachoda, em 1898, forgas sivas francesase briGnicas defrontararase de sabres em pune, mas rpidasnegociagbes em Londres e Paris evitaramhostilidades mais acesas. Por fir, os Frances tetiraram, abrindoo caminbo para 0 Geverno Britdnico 0 que se tornou conhecido como o Sud&o Anglo-Eaipci ‘Uma um, os Estados vassals nominais de Suligoturco a0 longo da costa do norte se Attica foram arrebatados até s6 restr Trfpol, uma longa falxa de terra costeira Improdutivae que delineava um hinterland ainda mais infil. A alia, 0 Seu vizinno ‘europeu mais préximo, era uma das mais recentes nagdes imperialistas. Tinha apenas. conseguide conquisiar umas quaatas fixes estes na costa da Africa Osentaletinha do hsaihaterenterechagada numa tentativa de conqusta da Exiépia em 1896, ‘ovaobservar, com uma inveja amargae_impolete, enquantooutasnagoesficavam coms partes deiedo dor imperios. Em 191, tendo cautelesamente obtidocara-bronca as outs grandes poténcias, a Itdliaencetou urna deputa coma Tureua, fez um ult- rato imposs(vele ocupou imediatamente Tripoli guerra. ama sutentic fas, pois ‘nenhuma da partes eta sufilentement forte para vence a outa Porém, 2 ameaga ‘doma nova insuregao nos Bales persvadi os Turcos aasinara pozem 1912. Cede- ‘am Tipe Ilia, 8 alanos derem-Ihe 0 nome do Litia. ‘A Africa Central foi a itima regio do «Continente Negro» a ser aberta & penetraglo ceucopeia. A sua inacessibilidade, lima iodspito e fora e fauna exsticas foram responstveis pelo seu epfteto e formiddvel reputagso. Antes do século xix, as tnicas, relvindieagGes europelss na regido eram a8 de Portugal: Angola na Costa Oeideatale\ ‘Mogambique na Costa Oriental. Exploradoret como o missiondrio escocés David § Livingstone ¢ 0 jornalista anglo-americano H.M. Stanley suscitaram algum interesse durante as décadas de 1860 ¢ 1870. Em 1876, o rei Leopoldo da Bélgica organizou a “Associag Iceracional para a Explorao e Ciili2agde da Africa Central econeatou ‘Stanley para estabelecer colénias na Congo. Na Alemanha, estimulos 20 empre- endimento colonial resultram na formasio da Sociedade Germano-Africana em 1878 ‘ena Sociedade Colonial Alemi om 1862. Um celutante Bismarck, or razbes de politica ) interna, deixou-se converter & causa do colonialism. A deseobenta de damantes a do Sul estimulow a exploragao na esperanca de descobertas semelhantes na ‘Atsca Ceara. Por fim, a ocupago francesa ce Tunes, em 1881, ea ocupagao britiniea 4 Egipto, em 1882, desencadesram uma luta de revindicagSes e concessGes ‘A sibita procura de teritrioserouficgGes que poderiam ter levado guerra. Para afasiar essa possibilidade — , incidentalmente, para impedir as reivindicagées ‘itdease portuguesas —, Biamareke Jules Ferry, o primeiro-minstro (rancés, convacaram uma conferéncia internacional robre azzuntos aficanos a realiear em Berm, em 1884, Catorze nagSes, ineuindo o Estados Unidos, enviaram represen \ ‘antes, Os cougressisas acordaram em vias resolugbespiedosas, ncluindo una que sapelava 8 supresso do comércio de esravose da esravatura, ainda florescene em ‘Aitica. Mais importante, reconheceram o Estado Livre do Conge, encabegado por / Leopold, ri dos Belgas, una decorénciada soa AssociagoIneacioal langsa j ss regras bisicas de posteriores anexag6es. A mais importante especificava qué uma Py : RONDO CAMERON nagio deve acupar efectivamente um tervtério para ver asua id, A sua maneira, o «Continente Negro» foi entalhado © acabou por ver a luz. Antes docelodit ds I Guerra Mundial, apenas a Biiépia ea Libéria, colonizadas por eseravos ‘americanos emancipados na década de 1820, mantiveram aindependéncia. ain ambas Tormalmente ests. Todavia, a anexaglo era uma cose, co extabelecimento efective ‘eo desenvolvimento outra completamente diferente. Os povos africanos teriam de ‘esperar muito tempo antes de colherem os frutos, ¢ 0s houve, da tutelaeuropei vindieaglo reconhe- Asia (Fig. 11.8) ‘A decadéncia interna tinha enfraquecido seriamente @ dinastia manchy, gue governava a China desde meados do século xvi Esse facto deu 20s Ocidentais 2 ‘oportunidade para forgarem a entrada no Impéro, de onde durante tanto tempo tinham sido excluidos. Os interesses comerciais britinicos proporcionafam a ocasioinicial ‘paraa inlerveaglo. As sedss eo chi chineses encontaram um bom mezcado ma Europa, mas os comerciantes brildnicos tinham muito povco para oferecer em troca, até ‘descobrirem que os Chineses tinham am aprezo especial por épio. © Governo Chines proibiu a sua imporiago, mas o comércio florescou através de contcabandiatas e fancionétios alfandegérios corrupts. Quando um honesto funciondvio apreendeu © queimou, em Cantio, um grande cartegamenta de 6pio em 1839, os comerciantes britinicos exigicam relaiapdo. ord Palmerston, o ministro dos Negécios Estrangeiros, informou-os de que 0 Govern no poderiaintervir com ofim de permitir que sbitos britGnicos violessem as leis do pais com que comerciavam, mas 05 representantes ailitaresediplorndticos no local desrespeitaram essas instrugtes, e tomaram medidas punitivas contra os Chineses. E assim comegou a Guerra do Opio (1839-42), que tecminou com oimposto Tratado de Nanguim, De acordo com esse tatado, a China deu ’Gr5-Bretanha a tha de Hong-Kong, concordou com a abertura de mais cinco portes ‘para comerciar sob supervisto consular, criou uma tarife de importagio uniforme de ‘por cento e pagou uma substancial indernnizacBo de reparacio. O caméscio do 6pio ‘continuo, ‘A faciidads com que 0s Britdnicos dominaram os Chineses encorajou outras nagdes ‘8 tentarem watadosigualmente favoriveis, que foram concedidos. Esse sinalée fraqueza do Governo Chinés provocou demonsirarses simultancamente antigovernamentais ¢ antiestrangeras levou & Rebeliio dos Ta’i-p'ing? (1850-64). Forgas governamentals acabaram por derotar os rebeldes, mas, entreanto, a anarquia geral deu 2s pottncias ‘cidentais oura desculpa para nterviter. Em 1857- cota ceupou vétiaseidades principas forgou ama Unidos ¢ a Rissia também participaram. Kiera Suprema Pa» Ese ea um movimesio mens opts crmponeses uj undo se gous planer iaperaor Os sAdotadees de Deus, come cw earbecdes Scan econ. ‘ema fi us tags cues com clement exists, nomentament protean. (0 de B) ‘I #1 enuiang ou 9 ory mu ousyouraduy ~ 5 4 vung oo1aNy ONVEI0 a ‘Ronbo CAMERON No resto do século x1, a hist6ria da China seguiu um padtio deprimentemente, semelhante. As concessbes a estrangeiros provocaram renovades surtos de violencia contra estrangeiros ea anarquia por sua vez conduzindo a mais represdlas econcessBes ‘esangeiras. No fim, a China evitou acisio completa pelas grandes poténcias apenas na China, nio fazendo discriminagéies 20 comércio doutras nagBes nas suas proprias esferas de influncia, HumilhagSes continuadas resultaram num surto final desesperado de violéncia antiestrangeira conhecido por Rebelido dos Boxers (1900-1901), «Boxers» era onome popular dado aos elementos da Sociedade Secreta dos Punhos Harmoniosos, cujo bjectivo era expulsar todos os estrangeicos da China. Em sublevagSes ocorridas em visias regibes do pas, atacaram chineses convertidos ao Cistiaismoe assassinarem centenas de missionérios, vabalhadores dos caminhos-ce-ferro, homens de negécios ovlros estrangeiros, incluindo o ministoalemao ecreditado.em Pequim. As primeiras ‘eotativas das forgas militares bitiniea eouleas para ocupar Pequmm foram rep Uma segunda expedigio, maior, ocupou a capital, exerceu severas tepresélias © extorquiu mais indemaizagées e concess6es. Dai em diante,o Impétio Chinés entrou num estado de decadéncia quase visivel, Sucumbiu, em 1912, a uma revolugio conduzida pelo Dr. Sun Yat-sen, médico formado no Ocidente, cajo programa era senacionalismo, democracia e socialismon. As poténcias ocidentais nfo tentaram Interferir na revoluedo, nem iSo-pouco ficaram preceupadas. A nova Republics da China permaneceu fracaedividida, com as suas esperangas dereforma eregeneragio adiades por muito tempo. 'A Coreia do séeulo xix era umn seino s China, embora os Japoneses hd muito tivessem af pretenses. A acesaivi ‘China © o Japio pelo predominio e a pobreza geral do pafs desencorajsram os diplomatas ¢ comerciantes ocidentais Emibora a Corcia tivesse sido a principal causa da guerra entre a China e 0 Japio em 1894, o tratado de 1895 que The pés fim ndo resullou em anexaglo japonesa. O Japao contentov-se com 0 recanhecimento chinés da xindependéncia» da Coreia. Depois da derrota da Réstia em 1905 e duma série de «ebelides contra os bonifratesimpostos pelos Japoneses,o Jap anexou formalmente a Coreia em 1910. 7 Tndochina 0 nome fequentemente dado vasta peninsula do sudeste da Asia por ‘cultura da regito ser essencialmente um misto das civilizagées indiana e chinesa eldssicas. Durante o século xix, 08 Briténicos, movimentando-se a partir da Indis, estabeleceram o dominio sobre a Birmania e os Estados Malaios e viecam a incor- ppord-los no Impéri Desde o século xvu que missiondries franceses estavam activos na motade oriental da Peningula, mas foram crescentementesujites.a perseguigSes na primeira metade do sfculo xtx, dando ao Governo Francés uma descullpa parainervi Em 1858, uma expedigSo francesa ocupow a cidade de Saigo, na Cochinchina,e quatro ‘anos depois a Franga anexou a prépria Cochinchina, Uma vez estabelecidos na LuisrOA BCONOMICA DO MUNDO 335 Peninsula, os Franceses viram-se envolvides em confit com a8 natives, © que oF cbrigouacstendera sua eprotecgicn a regides mais extensus que nance. Na década do 1880 dispuseram a Cochinchina,o Camboja, Aname e Tonquimna Uni dandochina Francesa, «quo actescetaram o Laas em 1893, 'A Tailanaia (ou Sigo, como era designada pelos Europeus) ene a Birmania a ocidente ea Indochina Francesa a lest, eve a sorte de permanecer um reino inde Pendente, Ficos a dever a sua independéncia a umna série de reis competentes © Esclaesidos e 8 sua posigio de tampao entre as esferas de influéacia francesa © ‘ritnica. Emboreestveste abertaBinlufncia ceidentaléevid a wolades desarmantes, como a maior parte a Asia os seus governantesreagiam com gests conilitrins {220 mesmo empotenlaam aprender como Ocideate & moderia¢oseu reine. POUcaS ‘utras mages nao ovidentais foram 0 aforunada Explicagdes do imperialismo ‘A Asia ea Africa no foram a Gnicas regibes sueitas a exploragto imperial, nem ‘as nagBes da Buropa foram as inicas a pratics-la. Depois de adopiat a tecnologia ‘cidental,o Japao seguin politicas imperialists mvito parecidas com as da Europa. Os Estados Unidos, apesar de fortes criticas interns, embarcaram numa politica de. colonialismo antes do final do século. Alguns (ecritérios britAnicoseramn muito mais, agressivamente imperialisias que a propria metrépole. A expansio da Africa do Sul, por ‘exemplo, efectuou-se principalmente por iniiativa sul-africana, e frequentemente contra oF desejos einsirugbes explicilas do Governo Londrino. A anexacdo britinica do sudeste da Nova Guiné,em 1884, depois de os Holandeses terem reivindicadoa pate ‘ocidental eos Aleindes o Nordeste, fol um resultado directo da agitagéo do governo de Queensland, na Austria, Fase, por Yezes, uma distingo entre imperialismo e colonilismo. Assim, nema ‘Russia nem a Ausiria-Hungria inham colénias ultcamarinas, mas ambas eram cla- ramente impérios no sentido de que governavam povos estrangeiros sem 0 seu ‘consentimento. As poténcias imperiais néo estabeleceram colé6niss na China, , no centanto,a China estava claramente sujeta a domfaio imperial. Os patses da Amética [Latina no softeram novas tentativas de conquista por parte de potéacias estrangeira, ‘mas alegava-se frequentemente que constituiam parte dos impérios informais da Gri-Brelanha e dos Estados Unidos em resultado de dependéncia econémica ¢ subjagagio financeira. ‘As causas do imperialism foram muitas ecomplexas. Nto héuma snica eoria que cexpligue todas as causas. Uma das explicagBes mais populares do imperialismo ‘modem envolve anecessidade econémica. De facto, o imperialismo moderne tem sido ‘chamado «imperialismo econSmico», como se formas anteriores de imperialismo nfo tivessem conteddo econdmico. Uma dessos explicagies diz oseguinte: (1) aconcorrén cia no mundo capitalista toma-se mais intensa, resultando na formagio de grandes ‘empresas € na climinagao de empreses pequenas; (2) nas grandes empresas, © capital ‘acumula-se mais e mais rapidamente e, como o poder de compra das massas é insuficiente para adquirir todos os produtos da indstria de largaescala, ataxa de lucro decal; (3) A medida que o capital se acumula e a produgto das indistias capitalists 36 obo CAMERON iio escoada, os capitalists recorrem a0 imgerisismo pare obterern dominio politica sobre regides nus quais podem investi oexcedente decapilele vender os seus produtos ‘Tal 6 esstacia da teria marxista do imperialismo — ov, aber dizer, da teoria leninista, pois Marx nfo previu oripido deseavolvimento do imperialisino, embora tivesse vivido até 1883, Baseando-se nos fundamentos da teoria marxista e modifi ccando-a nalguns casos, Lenine poblicouasvaveria em 1915, no seu muito dfundida panfletoInperialismo, o Esiddio Superior do Capitalisno. Lenine nao foi, de forma alguma, a primeira pessoa a adiantar uma interpretagS0 ‘ondmica do imperialism. Ele ficou dever muito a John A. Hobson, 0 critica liberal britinico do imperialism, que, por sua vez, adoptou, numa Forma evista, muitos dos argumentos dos defenseres do imperalsmo, Um dele fi ocapiti AT. Mahan, oficial a marina nore-americanaeeseritor eo dictum era wo comércio segue a bandcia>. Jules Ferry um politico franeds que fi peimeiro-ministro duas ve2es, ol 0 peincipal responsdvel plas maiores quisigses colonia 6a Franga. interessante que Fery na tenha usado argamentos econémicos para defender os seus actos perante Assembleia Francesa; em vez disso, le realgou opresgio francés e anecessi¢ade militar. $6 depois deter sido pemaanentementeafstadodoarg € que escreveuliveos nos quis enft200 ‘98 ganhos econémicos que aFranga teria supostamente conseguide como seu império estonia (Os defensores do imperialismo slegavam que, slém da oferta de noves mescados de escoadouros para o capital em excess, as colénins proporcionararnnovasfontes ‘de matérias-primas e podetiam albergar as populag6es em répidaascenso das nagées Industrials. O argumento de que as eoldniassetviram de escoadours para populacto cemexcesso é obviament falacioso. A maioia das colénias situava-se em climas que ‘9s Europeus coasideravam sufocantes. A maior parte dos emigrames prefer ir para pafses independentes, como as Estados Unidos © a Argentina, ou para os terilérios ‘uléaomos do Império Britnico,E verdade que alguns cos, es ol6nasforneceram novas fontes de matéras-primas, ras oacesso a essa malétias-pcimas ou a qualquer bem comercisvel) nfo exigia a subjogagao politica, Na verdade, América do Nore do Sule of demos sutGnomos da Austlisia eram os maiores fornecedores Ullcamarinos de matériasrimas par aindisiia europea. ‘A jusificagSo das coldnias come mercados para excedentes da produgio também ‘era falaciosa. AS colénias nfo eram necessarias & este cbjectivo nem para tanto Utlizadas depois de conquistadas. Antes de 1914, pouco reas de 10 por cento das ‘exportagdes rancesas se destinou as calnias francests,apesar do estatul favorecido. ‘AS colénas eram muito pouco densamente poveadas © eram dernsiedo pobres para Sservirem como mercados princigais, Para mais, como no caso Gas malérias-prima, subjagapo politica nf era necessria. A ndia Britfniea era, na verdad, um grande mercado, pols, apesat da sua pobreza, adguitia grandes quantidades de produtos ‘eyropeus — mas nao apenas da Gri-Bretanka. Os Alemies venderam muito mais para 2 India que para todas as suas préprias colénias juntas. A Pranga Yendeu mais 8 india ‘que AArgélia,Apesar de tarifs proteccionisas, as nagbes industria eimpecialsias da Europa continuaram 3 negociar predominanlemente enue si. O maior mereado extemo

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