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Quinta-feira, 7 de Jutho de 2022 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 2.720,00 Tain + sarap SAC NATUR Opa Tela pla nr Da relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* © 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para da Republica», deve ser dirigida # lmprensa |. ces sries Kz: 1675 106,04] a 3. serie Kz: 95.00, acrescido do respective Nace = ED, Ln, i Henig de ee a ED see 9015667 | impo desl, dgendends a publica conempremmaceal ys Bal ey, f 82 se ke s1799239| "sede dg sitopivion fein ms termi degree, AB ee Kzcai1om.6¢| datngrnaNaciol-E F SUMARIO Atendendo is recamendagdes da Associgto Inter nacional © do Comité de Seuros, Valores Mobilirios © Assembleia Nacional Tnstiuigdes Fiunectas Nio-Bancarias da Alvica-Austal Lein’ 1922: (CISNA), onde se detemina que a regulagao do mercado de Dn Acide Senior Resear — Revs a Len’ 100, separ deve assur como chjectivos centrais a promasa0 (de 3 de Foverieo — Dy Actividad Segara, o Deerto n° 02, {de 9 de Abril, © Desreto Exceuivo n° 6103, de 24 de Jmxiv, © Desrto Exeekivo n° 7407, de 29 de abo, ¢ oDesreto Exective ‘n° 464/16. de I de Dezenbro, Leta 192) Sobre Reaine Cera das Contr-Ordenagies — Revoun a Lein® 12/1, “ke 16 de Fevereiro, e ton Tessie 0 que entaieo disposi presente Le ASSEMBLEIA NACIONAL ‘Tendo em consideragio 0 imperative constitucional que determina que o Sistema Financeiro deve ser organizado de forma a garantir a formagio, a captagao, a capitalizagao & a seguranga das poupangas, bem como a mobilizagao © a aplicagao dos recursos financeiros necessérios a0 desenvol- vimento economic e social Atendendo que, em linha com tal desiderato, procedeu- -se a uma reforma do Sistema Financeiro Nacional, dando destaque ao fomento do mercado segurador, reconhecido conto elemento fandamental para a mitizagao ¢ redistribui- 80 eficiente dos riscos, eficaz complemento da seguranca social e proteceso efectiva das pessoas, das empresas € dos respectivos patriménios; ‘Considerando que aLein® 1/00, de 3 de Fevereiro —Lei da Actividade Seguradora, representou um passo impor- tante na regulagae do mercado de seguros que agora wae actualizar, tendo em conta o estidio de desenvolvimento da, economia nacional; dda sa concorréncia, a protecgio dos tomadores de seguros, @ promogao da estabilidade ¢ regular funcionamento do mer- ‘cado, assim como a prevengao do risco sistémico, Tendo em conta a necessidade de regular de forma clara, ‘entre outras matérias, as condigdes de acesso a actividade seguradora e resseguradara, os ramos € modalidades de ‘seguros, a® garantias financeiras, o regime de supervisio © regulagao, bem como o regime sancionatorio, penal e trans- aressional, do regime ora estabelecido; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo. nos termos da alinea b) do artigo 161.°, da alinea e) do n° 1 do artigo 165° e da alinea d) do n.° 2 do artigo 166°, todos ‘da Constituigao da Republica de Angola, a seauinte: LEI DA ACTIVIDADE SEGURADORA. E RESSEGURADORA. TITULOL Disposicoes Gerais, Ramos de Seguros e Supervisao ¢ Regulaciio da Actividade Seguradora CAPITULO I DisposicBes Gerais ARTIGO 1 Objecto) 1. A presente Lei regula: a) As condigoes de acesso € de exervicio da activie dade seguradora ¢ resseguradora: b) O processo de que depende a autorizagio para 0 estabelecimento, no exterior, de quaisquer for- ‘mas de representagao por parte de empresas de seguros ou de resseguros com sede em Angola 4230 DIARIO DA REPUBLICA 0) As vieissinides no exercicio da actividade seaura- dota e resseguradora por empresas de seguros € de essegnros com sede em Angola; @ A recuperagio © a liquidagio das empresas de seguros e de ressesuros, ©) Aactividade de micro-seauros, f Oresitne sancionatério aplicavel a ecividede seau- radora ¢ resseguradora. 2. As disposigdes da presente Lei aplicéveis as empresas de seanros, aplicamse isualmente as empresas de ressest- +08, em tudo quanto no seja contrério natreza destas ARTIGO 2° ‘Cmbita de ating 30) A presente Lei aplica-se: 4a) As empresas de seguros e de resseguros com sede «in Angola que exergam ou pretendam exercer a sua actividade em territério nacional: by As sucursais de empresas de sequros € de resse- ‘sures de um pais estrangciro que exeryam ou pretendam exercer a sua actividacle em teritorio angolano; 0) As sucursais de empresas de seauros € de resse- ‘sures com sede cm Angola que exergam ou retendam exercer a sua actividad fora do ter- ritério angolano; As sociedades gestoras de participagdes no Sector dos Seguros, ©) As empresas de micro-seguros. ARTIGO 3* Detwigoes) As definigses dos termos usados nna presente Lei cons- tam do anexo, da qual faz parte integrante ARTIGO 4° (Detesa da concorréncia) 1B vedada as empresas de seguros a adopeto de prati- cas concertadas de qualquer natureza, tendentes a assegurat uma posicdo de dominio sobre o mercado seaurador ou pro- vocar alteragdes nas condigdes normais de fimcionament. 2. As empresas de seguros niio devem aplicar condigdes discriminatérias em apotices do mesmo ramo ot moda- lidade, salvo existindo justificacao objectiva de risco ou solvabilidade ARTIGO 5° (Regime fea) 1. As empresas de segnros e de ressesuros esto sujcitas a0 pagamento de impostos ¢ taxas em vigor, bem como a0 pagamento de uma taxa de registo € de uma taxa anual de supervisio. 2. Compete ao Titular do Poder Executivo estabele- cet, sob prévio parecer do Organismo de Supervisiio da Actividade Seguradera, © montante € 0 destino das taxas previstas no miimero anterior. 3. Os premios dos contratos de seuturo que eubram riscos situados em teritério angolane estio sujcitos aos impostos ¢ taxas previstos na lei angolana, independentemente da lei aplicavel a0 contrato. 4. Para efeitos do presente artigo, os bens moveis con- tides num imével situado em territorio angolano, com cexcepeio dos bens em transito comercial, constituem um risco situado em Angola, ainda que o imével eo set con- terido nao estejam cobertos pelo mesmo contrato de seguro. ARTIGOS* Lingua) 1. Os documentos ¢ informagves previstos na presente Lei ou respectiva regulamentagao destinados a divulgagao pblica sao elaborados ou prestados em lingua portuguesa ou ‘em lingua estrangeira, devidamente tradizidos legalizados, 2. Salvo disposigio especial, os documentos e informa- ‘ses previstos na presente Lei ou respectiva regulamentagao nfo destinados a divulgagio piiblica so elaborados on prestados em lingua portuguesa ou devidamente tradhzi- dos € leaalizados, salvo dispensa expressa do Organistno de ‘Supervisdo da Actividade Seguradora CAPITULO IT Ramos de Seguros ARTIGO7* (Ramos Nao Vida) Os seguros Nao Vida incluem os seauintes ramos: «@) «Acidentes» — ineluindo os acidentes de trabalho € as doeneas profissionais, nas modalidades de prestagdes convencionadas, prestagbes indem- nizatorias, combinagoes dos dois tipos de prestagdes ¢ pessoas transportadas; ) «Doengay — que compreende as modalidades de prestagdes convencionadas, prestagies indem- nizatorias © combinagdes dos dois tipos de prestagves; ©) eiculas Terrestres» — com exclusio dos veiculos ferroviirios, que abrange os danos softides por veiculos terrestres motorizados € por veiculos terrestres niio motorizados; @) «Weiculos Ferrovidriosy — que abrange os danos softidos por veiculos ferroviario ©) «eronanes» — que abrange 08 dans sofridos por A «Bmbarcagoes Marttimas, Lacustres ou Fliviais — que abrange os danos softidos por embarca- 8s maritimas, lacustres ou fhuviais; 8) Mercadorias Transportadasy — que abrange os anos softidos por mercadorias, bagagens ou outros bens, qualquer que sea omieio de transport, I) cdncéndio ¢ Elementos da Nawrezo — que abrange 0s danos sofridos por outros bens que no 0s teferidos nas alineas €) a 2), quando cat saudos por: i Incéndio; di, Bxplosio, iti Elementos da natureza; iv Eheraia nuclear I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 231 8 «Outros Demos em Cots — que abrange os dancs, softides por outros bens que nao os referidos nas alineas €) a 2), quando causados per evento dis- tinto dos previstos no niimero anterior; J) “Responsabilidade Civil de Veiculos Terrestres Motorizadosy — que abrange aresponsabilidade resultante da utilizagio de veiculos terrestres motorizados, incluindo a responsabilidade do transportador: 8 «Responsabilidade Civil de Aeronavesy — que abrange a responsabilidade resultante da utliza- ao de aeronaves, incluindo a responsabilidade do transportador; Dy «Responsabilidade Civil de Embarcacdes Mart times, Lacustees ou Fliviaisy — que abrange a responsabilidade resultante da utilizagao de embarcagses maritimas, lacustres ow faviais, inchuindo a responsabilidade do transportador, 1m) «Responsabilidade Civil Geraly — que abrange qualquer tipo de responsabilidade que nio os referidos nas alineasj) al) n) «Crédion — que abrange as sesuintes modalidades i Insolvéncia, it, Credito a exportagao; iit Vendas a prestagdes, iv Crédlito hipotecério, 1 Crétlito agricola, 0} «Cau én —queabrange as seextintes modalades i Capa directa; 4 Caugio indirecta p) «Perdas Pecunidrias Diversasy — que abrange 2s seauintes modalidades: 1. Riscos de emprego; ii, Insuficiéncia de receitas, ik Mau tempo, iv Perda de incros; 1 Persistencia de despesas gerais; ‘i, Despesas comereiais imprevistas, vii Perda de valor venal;, viii, Perda de rendas ou de rendimentos, ‘x, Outras perdas comerciais indirectas: x. Perdas pecuniérias nao comerciais, Ai, Outras perdas pecuniias, @) «Proveccdo Juridica» — que abrange a cobertura de despesas ¢ custos de assistencia juridica, 1) «Assisténcioy — que abrange as seauintes moda lidades i. Asistencia a pessoas em dificuldades no decurso de deslocagdes ou auséncias do domicilio on do local de residéncia habitual; ii, Asistencia @ pessoas em élficuldades em circunstancias dstintas das eferidas na suba- linea anterior, 5) «Responsabilidade civil por riscos cibernéticas» ARTIGO 8 (anno Vida) (© ramo Vida inclui os seguintes seguros e operagdes: , ot oulros que sugiram a ideia do exercicio da actividade seauradora ou resseguradora, 3. As entidades auterizadas a exercer a actividade segu- radora nos termos da presente Lei nfo podem usar na sua denominagao, titulos ou expresses que induzam 0 pblico ‘em erro quanto ao ambito das operagaes que estdo autoriza- das a praticar. ARTIGO 2. (Exploracio cumulative dos ramos eV» eNto Vida») L.A autorizagao para o exercicio da actividade sesura- dora s6 & concedida para exploragao conjunta dos ramos ‘obtigatérios e facultativos tanto para 0 sexuro directo como para o ressegure, excepto para exploragao exclusiva de seauros de vida ou de um tinico ramo de seguos, naqueles ‘casos em que a técnica seguradora assim o aconselhe e haja, a competente anuencia. 2. As empresas de seguros devem adoptar ume gestio distinta para a actividade de seguro directo ¢ deresseguro do amo «Vida» € do ramo «Nao Vida», a fim de que: @ Nio possam set causados, directa ow indirec- tamente, quaisquer prejuizos aos interesses respectivos dos tomadores de seguro, segurados e beneficidrios de «Vida» e «No Viden; 4236 DIARIO DA REPUBLICA ) Os Iucros resultantes da exploragao do ramo «Vide» revertam a favor dos segurados ¢ benefi- cidrios desse ramo, como se fosse 0 tinico que a empresa explorasse; ©) As garantias financeiras exigidas e comespondentes ‘cada uma das actividades nfo sejam suportadas pela cutra actividade. 3. As empresas de seguros podem, depois de satisfeltas as garamtias financeiras, nos termos da alinea c) do nimero anterior, e mediante comuicagio prévia ao Organismo de Supervisto da Actividade Seguradora, utilizar para qualquer das duas actividades os elementos explicitos da margem de solvéncia ainda disponiveis. 4. A contabilidade deve ser organizada de modo que os resultados decorrentes do exercicio de cada uma das activi- ddades se apresenter inequivoca ¢ completamente separados, SECgAO Empresas de Seguros com See no Territinte Angolan SUBSECCAOT “Empresas de Segurar om de Ressegurot ARTIGO 27° (Constituicaeelesistyso aplicved) 1. As empresas de seguros ou de resseauros apenas se podem constituir sob a forma de sociedade andnima e ter 0 respectivo capital social epresentado por acgSes nominative. 2 As empresas de seguros abrangidas pelo disposto nesta secgao regemse pela presente Lei, subsidiariamente, pela Lei das Sociedades Comerviais € demais lezislacao omplementar em tuclo 0 que nao contrariea presente Lei ou quaisquer outras disposigdes leans especificas da actividade seguradora ou ressesuradora ARTIGO 28: (Conaigoes eerie para nconcesso da muta ag 0) 1. A autorizagao para a constituigo de uma empresa de seguros ou de resseguros 56 porte ser concedida pelo Organismo de Supervisao da Actividade Sezuradora desde que todos os accionistas findadores da empresa de seanros e de resseguros se comprometam a 4 Adoptar a forma de sociedade enénima; ) Dotar a sociedade com capital social nao inferior a0 minimo estabelecido, devendo, na data do acto da constituigio, encontrar-se realizado 0 referido montante minimo, sendo o restante, se o houver, realizado no prazo de seis meses a contar daquela data: ©) Que 6 Conselhio de Administagao da sociedade seja constitmido por umminimo de trés membros detendo poderes bastantes para, com efectivi- dade, determinar a orientagio da actividade da cmpresa de seauros. 2. A concessio da antorizago depend ainda da verifica- a0 dos sesuintes requisites 4) Aptidio dos accionistas fundadores para garantir a gestio si € prudente da sociedade, directa ou indirectamente, nos termes do artigo 158°, ) Adequagao ¢ sufciéncia de meios humanos aos objectives a ainsi, ©) Adequagao e suficiéncia de meios témices ereetr- sos financeiros, 4) Localizagio em Angola da administragto central da empresa de seguros ou resseguros; ©) Compatibilidade entre as perspectivas de desenvol- ‘vimento da empresa de seguros € a manutenga0 de uma s8 concocréncia no mercado; JP Comprovada viabilidade técnica, economica © finanecira do projecto; 9) Demonstragao de quea empresa esta em condigses de dispor de um Sistema de Govemagao que respeite 08 requisitos previstos no Capitulo do Titulo I; Jn) Inexistencia de entraves a0 exercicio das fangses de supervisao, resultantes das relagoes de grupo entre a empresa e outras pessoas singulares on colectivas; 1) Inexistencia de entraves 20 exercicio das fungoes de supervisio fundadas em disposigdes leaisla- tives, eaulamentares on administrativas de um pais estrangeiro a que estejam sujeitas uma on mais peséoas singulares ou colectivas com as aquais a empresa tenha relagoes de grupo. ARTIGO29° (Unstrugao do requerimentoy 1. 0 pedido de autorizarao € ditigido ao Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora € instruido com os sequintes elementos 4) Acta da reunio em que for deiberada a constitui- (oda sociedade; b) Projecto de contrato de sociedade ou de estatutos; ©) Identificagao dos accionistas inicias,titulares de participagao directa om indirecta, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, com esp. ficagio do capital social e dos direitos de voto comespondentes a cada partcipacdo, ) Deliberagao do éraae competente dos accionistas que revistam a natureza de pessoas colectivas sobre a participacao na empresa de segures; ©) Declaragio de compromisso de que, no acto da constintigao da sociedade, e como sua condigo prévia, se encontraré depositado © montante de capital social minimo; f Declaragao de capacidade financeira, emitida por ‘una instituigo bane, 2) Declaragao de que nem os accionistas fundadores nem as sociedades ou empresas cujo controle tenham assezurado ou de que tenham sido administadores, directores ou gerentes feram declarados em estado de insolvencia ou de falenci I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 237 Wy) Cettificado de reaisto criminal dos accionistas, fundadores, quando pessoas singulares, © dos respectivos administradores, directores ou gerentes, quando pessoas colectivas, emitido ha menos de 90 dias ‘) Estrutura orginica, com especificagao dos meios iatetiais, tecnicos ¢ humanos a utilizar _j/ Descrigio detalhada do Sistema de Governagiio que pennita verificar © cumprimento da condieao prevista na alinea 2) don. 2 do artigo anterior B Informagoes detalhadas sobre 08 ramos de seguro que pretende explorar, bem como as condigaes acrais ¢ especiais das apices, tarifas © as cor respondentes bases teenicas; B Relatorio e contas relativos aos iltimos trés exer- cicios, rm) Informagdes detalhadas que permitam verificar ( requisitos previstos na alinea h) don? 2 do artigo anterior. 2. 0 cettificado referido na alines h) do niimero anterior pode ser, em relago a cidadios estrangeiros, substituido por documento equivalente emitide ha menos de 90 dias. 3. 0 requerimento de autorizagao € ainda instrufdo com ‘um estudo de viabilidade técnica, evonémica ¢ financeira, com previsio dos trés primeiros anos de actividade, que deve incluir, pelo menos, os seauintes elementos ‘a) Condigdes gerais e especisis das apélices, tarifas © as correspondentes bases téenicas, b) Prineipios orientadores do ressewuro, aceite € cedido, que se prope seguir, ) Estrutura orginica da empresa, com especificagao dos meios téenicos, financeiros, bem como dos meios directos e indirectos de pessoal e material a utilizar, od) Previsio das despesas de instalagao dos servigos administrativos e da rede comercial, bem como dos meios financeiros necessarios, ©) Previses relativas a cada tim dos trés primeiros exercicios econémicos, emrelagao aos seguintes aspectos: 4. Balango e conta de ganhos e perdas ii, Capital social subserito € realizado, despesas de constituigao e instalago, investimentos provisbes téenicas de seguro directo, resse- 2uro aceite ¢ resseauro ceitido; 1H, Préanios, proveitos dos investimentos, custos ‘com sinistros ¢ variagdes das provisdes téeni- «as, tanto para 0 seauro directo como para 0 resseairo aceite e cedido; iv Custos de aquisiga0, explicitando as comis- Bes € 0s custos administrativos, ¥ Niimero de trabahadores e respectiva massa salavia; vi. Meios financeiros necessirios & representa- ho das provisées técnicas, vii, Margem de solvéncia © meios financeitos necessérios @ sua cobertura, em conformi- dade com as disposigdes lewais em vi 4. As hipéteses ¢ os pressupostos em que se bascia a laboracao das projeccdes incluidas no programa previsto no nimero anterior devem ser devida e especificamente funndamentados, 5. Todos os documentos destinados ainstruir 0 pedido de ‘antorizagio devem ser redigidos em portngués on devida- mente tradhizidos e legalizados. 6. A mstrugo do processo deve incluir ainda un pare- cer de um actudrio que cumpra os requisites apliciveis a0 responsével pela fungio actuarial, confarme previstos no ‘artigo 68.°, sobre a adequagao das tarifas, das provises € do resseauro. 7, On eerenesdevem deigar, de ene um que a todos represente e vincule perante as autoridades encarreaa- «das de apreciar 0 pedido de autorizagio ou de sobre ele se promunciarem. ARTIGO 30° (Apreciagto do processo de autorizagn0) 1. Caso o requerimento nao se encontre em conformi- dade com o disposto nos attigos anteriores, o Organismo de ‘Supervistio da Actividade Seguradora deve informar o repre- sentante dos requerentes das inregularidades detectadas, 0 ‘qual dispe de um prazo de 30 dias para as suprir, sob pena de caducidade e arquivamento do pedlido findo esse prazo. 2. O Orwanismo de Supervistio da Actividade Seauradora pode solicitar quaisquer esclarecimentos ou elementos adi- ccionais que considere tteis ou necessarios para a andlise do processo, bem como levar a efeito as averiauagGes que con- sidere necessarias, ARTIGO 31° (Noten da decistoy L. A decisio deve ser notificada aos interessades no prazo maximo de 3 (trés) meses a contar da recepgao do equerimento ou, se for 0 caso, a contar da recepgio das infrmagoes complementares solicitadas aos requerentes, mas nunca depois de devorridos 6 (seis) meses sobre a data da entrega inicial do pedido. 2. A falta de notificagao da decisfo no prazo maximo referido no nimero anterior constitui presungiio de indefe- rimento técito, 3.0 Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora consulta © Banco Nacional de Angola ou a Comissio do ‘Mercado de Capitais previamente a concessto de una auto- rizagio a uma empresa de segntos ou de resseguros que seja a) Une filial de uma instituigao financeira banciia ou de uma sociedade gestora de organismos de investimente colectivo mobiliério autorizada on registada em Angola por essa antoridade, b) Uma filial da cmpresanae de uma instituieao financeira bancaria, de uma sociedade gestora de corganismos de investimento colectivo mobilid- rio autorizada ou reaistada em Angola por essa smitoridade: 4238 DIARIO DA REPUBLICA ) Controlada pela mesma pessoa singular ou colec- tivo que controla uma instituigio financeira baneéiria ou uma sociedade gestora de orga nismos de investimento colectivo mobilidrios autorizada ou registada em Angola por essa autoridade. 4.0 Organismo de Supervisto da Actividade Seguradora consulta as autoridades de supervisio meneionadas no rmiimero anterior para efeitos de avaliagio da adequagao des accionistas para garantir a gestio sa e prudente da empresa de seguros ou de resseguros, e de avaliagio dos requisites de ualifiengzio e de ideneidnde referentes as pessoas identifica dasnosn= 1 e11 do artigo 51.°, bem como quanto a matérias que sejam de interesse para a concessao da autorizagao, 5, © Banco Nacional de Angola ¢ a Comissto do Mercado de Capitais dispdem do prazo de dois meses para efeitos da resposta no émbito da consulta prevista nos nime- ros anteriores, ARTIGO 32° (Caductdade da sutrtzaga0) 1A autorizagao cadtuca se os requerentes expressamente a renunciarem, bem como se a empresa de sezures nao se constitu formalmente no prazo de 6 (seis) meses om nao der inicio efectivo é sua actividadeno prazo de 12 meses, conta- dos a partir da dato da publicagao da autorizagio. 2. Em casos devidamente justificados, 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora pode prosrosar, por uma s6 vez, os prazos do nimero anterior 3. Compete ao Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora a verificagao da constituigao formal © do ini- cio da actividade dentro dos prazos referidos no mimero anterior. ARTIGO 31° (nplementasio de estudo de vabitiade) 1. Durante os trés exercicios econdmicos que sio object das previsbes referidas na alinea e) do n° 3 do artigo 29°, a empresa de seguros deve apresentar, semestralmente, 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora, um. relatorio circunstaneiado sobre a forma como o estudo de Viabilidade esta a ser executado, acompanhado de certfica- 0 por parte do auditor extemo, 2. No caso dese verificar desequilibrio na situagao finan ceira da empresa de segtros, 0 Orzanismo de Supervisto da Actividade Seguradora deve impor medidas de reforgo das respectivas garantias financeiras, cujo incumprimento pode determinar a revogagao da autorizagao. 3. Quaisquer alteragdes 20 estudo de viabilidade refe- rido non.’ 3 do artigo 29° carecem de autorizagao previa do Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora, sendo- -lhes igualmente aplicéveis, com as devidas adaptardes, as demais condigdes que impendem sobre o programa, 4. Nos casos previstos no mimeo anterior, o Organismo de Supervisio da Actividade Seemradora prommnciar-se-A no prazo de 30 dias apés a commnicario. supsecgAom ‘Regime Especial para Nao Residentes ARTIGO M* (Norms mptehvels) Sea constituigdo de empresas de seauros for requerida, no todo ot em parte, por pessoas singulares ou colectivas no tesidentes, aplica-se 0 disposto na subseegao anterior, ‘com as especificidades constanies da presente subseco, ARTIGO 35° (nstruge do requeriments) 1. Relativamente a accionistas fundadores estrangeiros, ‘quescjam empresas de seguros ou cutras pessoas colectivas, ‘opedido de autorizagao deve ainda ser instruido com os ele- rmentos seguintes: @) Cartificado.emitido pela entidade competente do Estado de origem, da qual conste que 2 requerente se acha ai lezalmente constituida ¢ autorizada a exercer a sua actividade, tratando- -s6 de entidades reguladas no pais de origem; b) Estatutos ou pacto social da requerente, cer- tificados dos balangos aprovados referentes 10s 3 (ts) tltimos anos e extracto darespectiva conta de Iueros e perdas; ©) Relagio, acompanhada de notas biogréficas, das pessoas que intearam os Grados de Administra 80 ou de Direcgao da requerente; @) Distribuigao do capital social da requerente e rela- so dos accionistas titulares de mais de 5% do mesmo capital, &) Relagio das empresas de seguros, de ressesuros € outras empresas em euro capital a requerente participe: A Deliveracao do draio competente da requerente, ot de representantes legais com poderes bastan- tes, relativa a participagao no capital social da empresa de seguros a consti 5) Meméria explicativa da actividade da requerente no fmbito intemacional ¢, nomeadamente, das relagies de empresas de seguros, de resseauros cu de outro tipo mantidas com empresas ou enti- dades angolanas. 2. Todos os documentos destinados a instruir 0 pedido «de autorizagao devem ser devidamente traduzidos ¢ lezali- zados, salvo dispensa expressa do Organismo de Supervisio dda Actividade Seeuradora SECCAO Mt Ssucursats,Delegages om Aina SUBSECCAOT Sucursais, Delezaroes ou Azéncias de Empresas de Seauros de Resseguros com Sede em Angola ARTIGO 36° (Cuntorizaeae prévia) A abertura de sucursais, delegagGes ou agéncias no tarritorio angolano, dependem de autorizagio prévia do Onganismo de Supervistio da Actividade Seguradora. I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 239 ARTIGO 37° (tastrue do process de sutorizage) 1. Orequerimentoa apresentar ao Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora é instruido com os segnintes clement: 4a) Exposigao dos motivos pelos quais se pretende estabelecer uma delesario, b) Tipo de operagves a realizar, ©) Bnderego do estabelecimento, 4 Identificagao do responsavel pelo estabelecimento « descrigao dos poderes que Ihe sao confiados, ©) Cattificado do registo criminal do responsavel meneionado na alinea anterior, emitido ha menos de 90 dias, f Programa de Actividades, no qual sejam indicados, nomeadamente o ramo de actividade de seguro a realizar ea estrutura de organizaao da sucursal, dclegagao ou agéncin A alteragao de qualquer dos elementos mencionados hho niimero anterior deve ser comunicada previamente a0 Orzanismno de Supervisio da Actividade Seauradora, SUBSECGAOT Representacdesno Exterior do Tervitério Angolan ARTIGO 38° (Abertura de representasoes fra do eritnio mgctane) 1A abertura de agéncias, sucursais ou quaisquer outras formas de representagio fora do terrtério angolano, por empresas de seguros ¢ de resseguros com sede social na Repiblica de Angola, depende de autorizacao previa do Oraanismo de Supervisio da Actividade Seauradora. 2. O requerimento da autorizagao prevista no mimero anterior deve ser instmido com os segitintes elementos € especificar: 4a) Fotocépia autenticada da acta da Asscmbleia Geral, na parte que delibera o estabetecimento darepresentacio no exterior, b) O Estado em cujo teritério se pretende estabelecer a agéncia, sucursal ou outra forma de tepresen- tagao, com indicagio do respective enderego onde os documentos the pessam ser reclamados € entreaues, entendendo-se que para 0 men- cionado enderego devem ser enviadas todas as comnnicagses dirigidas ao mandatirio geral designado; ©) Estudo de viabilidade, apresentado nos termos do 1n.°3 do artigo 29. com as devidas adaptagses, @) Wentificagio ¢ curriculo profissional do respon- sdvel pela axéncia, sucursal ou outra forma de representacao, bem como dectaragao de que este tem poderes suficientes para obrigar a empresa de seguros perante terceiros ¢ pata a representar perante as autoridades e os tribunais do Estado da sucursal ou representagae. 3. Aos requerimentos de autorizagao previstos neste pre ceito € aplicavel, com as necessirins adaptagses, 0 disposto nos artigos 30.° a 33.°e 164° 0 166° SUBSECGAO MI Sueursals de Empresas de Seguros de Resseguras ‘cum Sede ue Eatrangsiro ARTIGO 39° (ulorizacao epee € previa) 1. O estabelecimento an Angola de sueursais de empre- sas de seguros e de resseguros com sede fora do territorio angolano depende de autorizago, a conceder caso a caso, pelo Organismo de Supervisao da Actividade Seauradora 2. As stctrsais apenas podem ser aitorizadas a explorar ‘os ramos ¢ modatidades para as quais a empresa se encontra ‘atorizada no pais onde tem a sua sede social ARTIGO 40" (Regime) 1. As sueursais ficam sujeitas & legislagio em vi teritério de Angola no que respeita a todas as operagies a cle referentes, sendo-Ihes apliciveis as disposigdes da presente Lei, salvo no que para essas entidades for expressa- mente preceituado. 2. As empresas de seauros ¢ de resseutros com sete no «estrangeiro nio podem exercer actividade nem realizar ope- ragdes em teritério angolano, ainda que previstas nos seus estatutos, que sejam contririas a presente Lei ott as demas Ici vigentes 3. As alteracGes, incluindo © encerramento, dos locais dos cscritérios das sucursais autorizadas nos termos desta seco, devem ser previamente comunicadas a0 Onganismo de Supervise da Actividade Seguradora, salvo sea mudanga se realizar dentro da mesma provincia, caso em quepode ser ‘comumicada no prazo de cinco dias apés a ocorréncia, no ARTIGO AL (Comaigaeseertxin para aconcess da attorzagse) 1. A antorizagao para o estabelecimento de sucursais de ‘empresas de seauros ¢ de ressesuros com sede no exterior depende da sua constituigao e inicio de actividade ha, pelo menos, cinco anos, ¢ da afectagao as operagdes da suew= sal de um fundo de estabelecimento no inferior ao capital social que seria exigivel para a constinuigdo de uma empresa de seauros com sede em Angola. 2. A concessio da autorizagio mencionada no nimero anterior depend, ainda, da apreciagae sobre os sesuintes critétios: a) Forma ¢ tau de realizagio das aeges de super- visto, coordenagao e fiscalizagao da actividade seguradora no pais ou teritério onde se encontra a sede da empresa de seguros ou de resseatuos, ) Indicadores econémico-financeiros da requerente, respeitantes @ sua evoluggo em termos de pro- dugio, capital proprio, aplicagées e capacidade de retengao, ©) Esquema adequado de resseauro para as suas ope- rages em territrio angolano. 4240 DIARIO DA REPUBLICA 3. As condigoes minimas a estabelecer quanto & conces- sao de qualquer autorizag ao sio as seguintes: 4) Estabelecimento efectivo da nova empresa de seguros ou de resseguros, através da sua sucur- sal, traduzido pela suficigncia de instalagses préprias, meios técnicos ¢ recursos humanos € financeiros; b) Preenchimento, por um residente no tetritorio angolano, de cada dois postos de trabalho a criar nno inicio da actividade da sucursal, devendo ficar devidamente assegurada a respectiva for- magio técnica, 4.0 fundo de estabelecimento deve estar, em qualquer momento, aplicado locabnente, em certas categorins de actives a definir por norma regulamentar do Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora, ARTIGO 42 (tandatsio sera) 1. A geréncia da sueursal deve ser confiads a um mandlatério geral dotado de idoneidade moral e profissio- nal comprovada perante o Organismo de Supervisdo da Actividade Sesuradora 2 Quando © mandatério geral for uma pessoa singular, 1 empresa de seguros deve designar também o respectivo subsituto, devendo ambos preencher os seauintesrequisites, 4 Terem residéncia habitual em Angola; by Satisfazerem, com as necessérias adaptegdes, os rrequisitos estabelecidos non? 1 do artigo 57°; ©) Possuirem conhecimentos bastantes da lingta por- ‘uauesa 3. Quando o mandatario geral for uma pessoa colectiva, esta deve 4) Ser constituida nos termos da lei angolana: b) Ter por objecto social exclusive a representagao de empresas de segaros € de ressesnros estran- eiras, 6) Ter sede principal e efectiva da administragio em Angola; @ Designar uma pessoa singular para a represcatar © © respectivo substituto, devendo ambos preen- cher 05 requisitos estabelecidos no n° 2, 4. © mandatério geral e, quando este for wma pessoa singular, o respective substtuto devem dispor dos podercs necesstrios para, em representago e por conta da empresa de seguros, resolverem definitivamente, com qualquer enti- dade publica ow privada, todos os assuntos referentes a0 exercicio da respectiva actividade em teritério angolano celebrarem contratos de seguro, resseguro e contratos detra- batho, asstumindo os compromissos deles decomrentes, bem como para a representarem judicial ¢ extrajudicialmente. 5. A empresa de seguros nfo pode revogar 0 mandato sem designar simultancamente novo mandatario, 6. Em easo de insolvencia ou faléncia do mandatario geral on de morte da pessoa que o representa ou do manda tério geral pessoa singular ou dos respectivos substitutos, 3 regularizagao da situagdo deve ocorter no prazo méximo de 15 dias. ARTIGO 43° (nstrugto do requerimento de autora) 1. As empresas de seguros e de resseguros com sede ‘em territério estrangeito que pretendam autorizagio para a abertura de tina sucursal em Angola devem apresentat a0 ‘Onanismo de Supervisio da Actividade Seguradora um requerimento instruido com os seguintes elementos: 4) Exposicio fimdamentada das razoes justificativas do estabelecimento da sucursal em Angola, ») Acta da reunito em que foi deliberada a consti 80 da sucursal, ©) Meméria explicativa da actividade da requerente no fmbito intemacional ¢, nomeadamente, das relagbes com 0 mercado segurador angolano: @ Estatutos ©) Descrigao detalhada do Sistema de Govemagao que permita Verificar 0 cumprimento das exigen- cias impostas pela lei angolana nesta materi J Programa de actividades da sociedade; '8) Parecer sobre os elementos relevantes a emitir pelo responsdvel pela fngao actarial;, hn) Compesigao da estrutura accionista, 1) Caso existam relagdes estreitas entre a empresa e coutras pessoas singulares on colectivas, infor- magoes defalhadas que permitam verificar a inexisténcia de entraves a0 exercicio das fim- Bes de supervisio: {Lista dos seas administradores, devidamente identi- ficados, bem como identificagao do responsével pelo processo de autorizagio, Nome ¢ enderego do representante para sinistro D Balangos ¢ contas de exploragao ¢ de ganhos © perdas relativamente aos trés itimos exercicios; 1m) Cetificado, emitido ha menos de 90 dias pela auto- ridade competente do pais da sede, atestando que se encontra legalmente constituida ¢ funciona de acordo com as disposigdes legais em vigor, bem como atestando os ramos ¢ modalidades que se ericontra autorizada a explora 2. O requerimento de autorizagao € ainda instnuido com um estudo de viabilidade, que inclu, pelo menos, os segnin- tes elementos: 4) Netureza dos riscos a cobrit ou dos compromissos a assumir, com a indicago do ramo ou ramos, ‘modalidadtes, seauros ou operagoes a explorar by No caso de se pretender explorar o ramo «Vidar, € para supervisionar a observancia das disposigoes apliciveis em matéria de principios actuariais, as bases técnicas € elementos a utilizar no calculo das tvifas, das prestagdes, das contribuigdes e das I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 pat provisbes téenicas, tendo em atengao as normas reaulamentares sobre @ matéria, ainda que esta comunicacio no constitua condigao de autori- ado para 0 exercicio da actividade seauradora, ©) Plano de ressexuro que se propde sexuir, d) Fxpecificagao dos meios tecnicos, financeiros e, ainda, dos meios directos e indirectos de pessoal material a utilizar; ©) Previsio das despesas de instalagao das servigos aadministrativos e da rede comercial, bem como dos meios financeiros necessarios; f Previsdes relatives a cada um dos trés primeiros exarcicios sociais da sucursal, em relacio acs seguintes aspectos: 4. Balango € conta de ganhos perdas previsio- nais, com informagao separada, pelo menos, para as seguintes nubricas: ‘Capital social subscritoe realizado, despesas de constitu instalaao, investimentes € provisoes técnicas de seauro directo, res- sequro accite eressexuto cedido; b, Frémios, proveitos dos investimentos, cus- ‘os com sinistros e variagdes das provisoes téenicas, tanto para o seguro directo como para o resseguro aceite e cedido, «Custos de aquisiclo, explicitando as comis- sBes € 0s custos administrativos, ii, Nimero de trabalhadores e respectiva massa salar, 1H. Demonstragao dos tuxos de caixa; iv Meios financeiros neces a representacio das provisbes téenicas, ¥. Margem de solvéncia © meios financeiros necessarios sta eobertura; vi, Em conformidade com as disposigdes legais em vigor: vii Previsio de outros meios financeiros desti- nnados a garantir os campromissos assumidos em Angola #) Declarago de compromisso de que, no momento do inicio de funcionamento, 0 sucursal satisfaré os seguintes requisitos: 4. Existencia de um eseritorio em Angola; € it, Nomeagao de um mandatario geral, em con- fomidade com o disposto no artigo 42° iti A instrugao do pedido de autorizagao € apli- cavel, com as necessirias adaptagdes, 0 disposto nos n." 4a 7 do artigo 29° ARTIGO 44° (Aprecingto do processo de autorizarao e noienste da dels) A apreciagao do processo de autorizagao de sucursal apresentado ao Organismo de Supervisto da Actividade Seguradora por empresa de seauros estrangeira ¢ nolifica- 490 da respectiva decisto, aplica-se, respectivamente € com as necessarias adaptagSes, mas sem diminnigao do gran de cexigéncia, odisposto nos artigos 30.° e 31,° da presente Lei ARTIGO SS C2evorgtoda autoriaacto) 1A autorizaglo pode ser revogada, sem prejuizo do dis- posto na presente Lei em matéria de sangses aplicdveis a infiaccdes ou as consequéncias da insuficiéncia de garantias financeiras minimas, nas sewtintes circunstancias 4@) Nos termos das alineas a), b) € c) don 1 do antigo 164°, b) No caso de inobserviincia do disposto no arti- 20 42° ©) Nao ser requerida ou nao ser concedida a autoriza- 80 prevista no n°3 do artigo 33.° on ser retirada 1 aprovagao do estudo de viabitidade nos termos do mesmo preceito, @) Ocomerem imrezularidades araves na acstao, ona nizagio contabilistica ou fiscalizagao intems da sucursal, por modo @ por em risco os interesses dos segurados on as condigdes normais de fin- cionamento do mercado seaurader angolano; ©) Ser revogada pelas mutoridades do pais da sede da eanpresa a autorizagao de que depende o exerci- cio da actividade, A A sucursal violar as leis ou os regulamentos que disciplinam a sua actividade, por modo a por « risco os interesses dos segurados ou as con- digdes normais de fimcionamento do mercado seaurador an zolano, 2. A revosagao da auterizagao das sucursais a que se refere a presente secgao aplica-se, com as devidas adapta- (es, odisposto nos n* 1, 2, 3 €5 do artigo 165° ARTIGO 46" Reporte dos documentos de prestay de conta das scars) 1. As sucursais de empresas de seauros ¢ de resseauros ‘coin sede em territorio estrangeiro devem @) Apresentar anualmente a0 Organismo de Super visto da Actividade Seguradora, em relagao as operagdes realizadas no terttério angolano no exercicio anterior, os documentos de prestagio de contas, bem como os demais elementos efinides por norma regulamentar da mesme autoridade: b) No minimo trimestralmente, elaborar a demons- ‘raga da posigao financeira ¢ a conta de ganhos e perdas; ©) Enviar periedicamente ao Organismo de Supervisio dda Actividade Seauradora a documentagio neces- saria a0 exercicio da supervisto ¢ os documentos estatisticos que lhe sejam solictados, 2. Os documentos referidos na alinea a) do nimero ‘anterior s0 remetices a0 Organismo de Supervisto da Actividade Seauradora até 30 de Abril. 3. As contas € os elementos a definir nos termos da ‘linea a) don 1, bem como as informagses previstas na ‘linea ¢) do n° 1 relativas & situagio a 31 de Dezembro, 4242 DIARIO DA REPUBLICA so apresentados a0 Organismo de Supervisto da Actividade Seguradora devidamente cettificades por um auditor extemo, aplicando-se, com as devidas adaptagoes, 0 disposto no n° 6 do artigo 74° 4. Compete ao Orsanismo de Supervisito da Actividade Seguradora, sem prejuizo do disposto na Lei Geral sobre a Publicagio dos Documentos de Prestagio de Contas, defini por noma regulamentar, os elementos, os meios, os tenes © 0 prazo de publicagao dos documentos de prestagio de contas SBOGAOTV Capital Social e Reservas ARTIGO 47° (Capital social minino) 1, As empresas de seguros ¢ de resseguros devem res- Deitar, para a constituigao do capital social, © capital social ‘minimo estabelecido por norma regulamentar do Organismo de Supervisdo da Actividade Seguradora, © qual € intei- ramente subscrito no acto da constituicio e, nessa data, inteiramente realizado em dinheiro. 2. Caso 0 montante do capital social exceda o refetido capital social minimo, as empresas de seguros ¢ de resse- ‘gures devem indicar as condigdes da respectiva realizasa0. ARTIGO 48° (Reserva egal otras) 1. As sociedades a operar no mercado de seguros ¢ de resseguros devem ainda constituir reservas legais nos mol- des que vierem a ser estabelecidos por norma regulamentar do Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora, 2. Para além das reservas legais, as empresas de segues podem ainda consttuir cutras que julauem necessarias para © seu bom desenvolvimento ARTIGO 48: (Altera do capital socal) © aumento ou a redugio do capital social das empresas de seguros carece de autorizagao previa do Organismo de Supervisto da Actividade Sesuradora, Registo Especial ARTIGO $0° (Resist das eampresas de segures¢ de resseuros com sede em Angc, espectvasscursis,deegay es © nena) 1. As empresas de seauros e de ressewuros com sede em Angola, as respestivas sucursais, delegagdes € axéncias no territério ¢ as representagdes daquclas no exterior, © ainda as sucursais em terrtério angolano de empresas de sesu- ros com sede no exterior, estio sujeitas a resisto especial a efectuar junto do Organisino de Supervisio da Actividade Seguradora, sem o qual no podem iniciar a sua actividade. 2.0 disposto no niimero anterior nao prejudica quaisquer outras obrigagdes de registo a que as empresas de seguros € empresas de ressesnros estejam leaalmente sujctas. 43. O teaisto deve ser requerido no prazo de 30 dias a con- tar consoante 0 caso 4) Da data da constituigae, no temitério angolano, de cmpresa de seguros, de resseguros, das sucursais intemas destas ¢ das sucursais de empresas de seguros € de resseguros com sede no exterior, ) Da data da autorizagao para o estabelecimento de delegagdes ¢ agéncias intemnas das empresas de seguros ¢ deresseguros ¢ do estabelecimento no exterior de Angola de representagio de empresa de seguros ou de resseguros nacional 4. Os averbamentos das alteragves a0 registo que nao cstejam dependentes de autorizagio devem ser requeridos no prazo de 30 dias a contar da cata em que as alteragdes se vetificarem, 5. Do reaisto € das suas alteragdes sto passadas certi- «dOes sumarias a quem demonstre interesse legitimo para as requerer 6. Por norma regnlamentar, 0 Organismo de Supervisio dda Actividade Sesuradora determina, designadamente @) Os elementos sujeitos areaist; b) A informagio a divulgar no respectivo sitio na intemet, ARTIGO SL (Resistodox membros dos Srzios sins) 1. #8 obrigatério © registo junto do Organismo de Supervisio da Actividade Seguradera dos membros dos Omaos de Administragao c de Fiscalizagio das empre- sas de seauros ¢ de ressexuros com sede em Angola, das respectivas sucursais, delegagoes e agéncias, inchsindo os Adininistradores Nao Executives, 2. Oregisto referido no mimero anterior deve ser solici- tado a0 Onmanismo de Supervisto da Actividade Seguradora, no prazo de 15 dias apés a designagao dos respectivos mem- bros ¢ responsaveis, mediante requetimento da sociedade ‘ont dos interessados, juntamente com as provas de que s€ ‘encontram preenchidos os requisitos estabelecidos no n° 1 do artigo 57° 3. Podem, a sociedade ou os interessados, solicitar © teaisto provisorio antes da designagio, devendo a conversio do registo em definitivo set requerida no prazo de 30 dias a contar da designagio, sob pena de cadcidade 4. Bin caso de recondugio, é esta averbada no rezisto, requerimento da sociedade ou dos interessados, 5.0 Organism de Supervisto da Actividade Seauradora deve, no prazo de 30 dias, analisar os documentos recebidos ‘em cumprimento do disposto nos niimeros anteriores 6. Oreaisto considera-se efectuado caso o Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora nio se pronuncie no prazo de 30 dias a contar da data em quereceber orespectivo requerimento devidamente instruido, ou, se tiver solicitado informag6es complementares, nfo se pronuncie no prazo de 30 dias apds a recepo desta. 7.0 Orsanismo de Supervisio da Actividade Sesuradora, para verifiengio dos requisitos @ cumprir para efeitos de reaisto, consulta o Banco Nacional de Angola ota Comissio I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 243 do Mercado de Capitais sempre que a pessoa em causa esteja registada junto dessas autoridades. 8. 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora deve atestar formalmente o reaisto dos membros dos Orgies de Administragao e de Fiscalizagao efectuado nos teimos dos ntimeros anteriores, 9. Sem prejnizo do que resulte de outras disposigdes legais aplicaveis, a falta de registo nao determina, por si 56, «a invalidade dos actos praticados pela pessoa em causa no exercicio das suas fungSes, 10. 0 registo definitivo de designagio de membro dos Orgios de Administragio ou Fiscalizagio junto da Conservatéria do Registo Comercial depende do registo efectuado nos termes do presente artigo. 11.0 dispostono presente artigo aplica-se, com asneces- srias adaptaeses, aos responsiveis por fimg6es de gestio relevantes ¢ aos mandatétios gerais, tendo, neste timo caso, em atengho os requisitos dfinidos no artigo 42° 12, Pernorma regulamentar, ao Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora determina, designadamente: ‘410 conteiido e formato do requerimento; b) Os elementos sujeitos a registo: 6) Os documentos que suportam os elementos a resis- ta @) Os requisitos especificos de independéncia que ever cummprir 0s membros dos Oraaos de Fis- calizagho para efeitos do reaisto. ARTIGO 52: (Calta superveniente de adequacao) 1. As empresas de seguros ou de resseguros, ot as pes- soas.a quem os fectosrespeitarem, comunicam ao Orgemismo de Suparvisio da Actividade Seguradora, logo que deles tomem conhesimento, quaisquer factos supervenientes 20 registo que possam afectar os requisitos de idoneidade, qua lificagto profissional, independéncia ou disponibilidade da pessoa reaistada, nos mesmos termos em que estes deveriam, ter sido on seriam comunicados para efeitos da apresentaga0 do pedo de resisto. 2. Consideram-se supervenientes tanto os factos ocorti- dos posteriormente ao registo, como os factos anteriores de ue s6 aja conhecimento depois deste. 3, Caso, por qualquer motivo, dexem de estar preenchi- dos 08 requisitos de idencidade, qualifcagao profissional, indep endencia ou disponibilidade da pessoa registada on, n0 seu conjunto, do Orgao de Administragao ou Fiscalizagio, © Organismo de Supervisio da Actividade Seguradera pode adoptar uma ou mais das seauintes medidas: «a Fixar um prazo para a adopgio das medidas ade- quads 20 cumprimento do requisito em falta; b) Suspender 0 resisto da pessoa em causa, pelo period de tempo necessario a sanagio da falta dos requisites identificados; ©) Fisar um prazo para alteracoes na distribu pelouros; a0 de @ Fisar tum prazo para alteragoes na composigao do rao em causa ¢ apresentacio ao Orgamistno de Supervisio da Actividade Seguradora de todas as informagdes relevantes € necessarias para a avaliagio da adequagio e registo de membros substitutos 4. Nao sendo regularizada a situagio referente no prazo fixado € cancelado 0 respectivo resist. 5. Caso 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora verifique que o registo foi obtido por meio de falas declaragdes ot outros expedientes iicitos determina ‘quea empresa de seguros ou de resseguros proceda a respec- tiva substinuigao imediata e cancela orespectivorregisto, sem prejuizo das sauces penais aplicéveis, ‘6.0 cancelamento do resisto tem como efeito a cessagio de fungdes no prazo fixado pelo Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora, devendo Onsenismo de ‘Supervisio da Actividade Seguradora conmmicar tal facto & referida pessoa e a empresa de seauros ou de ressexuros, a ‘qual adopta as medidas adequadas para que aquela cessa¢ao ‘ocorra no prazo fixado, devendo promover, sendo 0 caso, 0 reaisto da cessagdo de fangdes do membro em causa junto dda conservatéria do registo comercial. ARTIGO 33° Ausubcienciss) Quando © requerimento ou a documentagao epresen- ada manifestarem insuficiéncias ou irregularidades que possain ser supridas pelos interessados, estes so notifica- {dos para procederem ao suprimento, no prazo que thes for fixado, sob pena de, no o fazendlo, ser recusado o reaisto on ‘oaverbamento. ARTIGO St (Reeusa deresistoy 1, O registo € respectivos averbamentos s80 recusados: sempre que nao se mostre verificada qualquer das condi- (es de que depende a autorizagao para a consitnigao da ‘empresa de seguros, de resseguros ot sucrsal, para 0 res- pectivo estabelecimento em Angola ot no exterior ou para 0 ‘exercicio darespectiva actividade. 2. Oregisto dos membros dos Oraios de Administragio, « de Fiscalizagio das empresas de seguros e de resseauros ‘com sede em Angola, das respectivas sucursais, delegagies ‘eagéncias, bem como dos seus responsivers por fungies de sgestio relevantes, é recusado com fandamento na falta de alum dos requisites definidos no n° 1 do artigo 57° ARTIGO 55° (eistode acordospurnsociais) 1. Os acardos parassociais entre accionistas ce empresas de seanros e de ressesuros relatives ao exercicio do direito de voto devem ser resistados no Organismo de Supervisio a Actividade Sesuradora, sob pena de ineficicia, 2. Sem prejuizo do regime aplicavel as participagses qualificadas, © registo referido no nimero anterior pode ser requerido por qualquer das partes no acordo ou pela ‘empresa de seautos ot de ressesutos até 15 dias apés a sua celebragio. 4244 DIARIO DA REPUBLICA TirvLo mn “toma ansioose legac dae pesos gue ripe fecivanent a mprest, x nage dered Acne Semadarn i ue 1. Os membros dos Onwios de Administragio © capiTuLot Fiscalizasio das empresas de seguros, incluindo os Sistema de Governaciio das Einpresas de Seguros ¢ de Resseguros com Sede em Angola ARTIGO $6° (Responsabiidadee requisites gels em matérn de xovermag0) 1. Os Oraios de Administragto ¢ Fisealizagao tém ares- ponsabilidade de garantir 0 ctmprimento das disposigBes lesais, regulamentares e administrativas aplicaveis a activi- dade das empresas de seguros e de resseguros. 2. As empresas de seauros e deresseguros devem possuit uum Sistema de Govemagto efieaz, que garanta uma gestio sf eprudente das suas actividades. 3. Sem prejuizo do disposto nos artigos $7.° a 71°, 0 Sistema de Govemagio deve cumprir, no tes requisitos 4) Assentar numa estrutura orgenizacional adequada € transparente, com responsabilidades devi damente definidas © searcgadas ¢ wm sistema eficaz de transmissa0 de informagao; i) Ser proporcicnal 4 natureza, dimensio e complex dae das actividades da empresa de Seguros 01 deresseguros. 4. 0 Sistema de Govemagio ¢ revisto periodicamente pela emprese de seguros ou de resses 5. As empresas de seguros e de resseguros devem definir « implementar politica: intemas devidamente documentadas relativas, nomeadamente a gestdo de riscos, abrangendo as freas referidas no n° 3 do artigo 62.°, 20 controlo interno, & augltoria intema, & remumeragio ¢, nos casos aplicdveis, & subcontrataga0, 6, Sem prejuizo do necessidade de aprovaeto por outros «orgaos sociais legal ou estatutariamente prevista, as politieas intemas referidas no niimero anterior sao previamente apro- vadas pelo Orgiio de Administragiio, e adaptadas sempre que se verifique uma alteracdo sisnificativa no Sistema de Govemagiio onna iren em causa, sendo revistas, nominimo, anuabmente. 7. As empresas de sesuros e de ressesnros deve utilizar sistemas, recursos e procedimentos adequados e proporcio- tnados que thes permitam adoptar as medidas necessérias para assegurar a contimtidade e a regularidade do exercicio das suas actividades, inchiindo o desenvolvimento de planos de contingéncia 8, 0 Organismo de Supervistio da Actividade Seauradora pode determinar que o Sistema de Govemagao seja melho- rado erefergado. fim de sarantiro cumprimento do disposto no presente capitulo, bem como, através de nora regula- mentar, detalhar os requisitos do Sistema de Governagao, mo, os seguin- Adininistradores Nao Exeeutivos, os directores de topo € 08, responsdveispor fuungdes de gestio relevantes, tam de preen- cher os seznintes requisites: 4) Pessuirem qualificagao adequada, nomeadamente através de experigneia profissional ou de graus academicos, b) Terem reconhecida idoneidade; ©) Gozarem de adequada disponibilidade € independéncia de acordo com 0 disposto, res- pectivamente, nos artizos 59° € 60° 2 Entre outras circunstincias atendiveis, considera-se indiciador de falta de idoncidade o facto de a pessoa: 4) Ter sido condenada por roubo, furto, abuse de con fianga, emissio de cheque sem cobertura, bua, falencia, flsificacao dolosa ou extorsio: b) Ter sido declarada, por sentenga transitada em Jiulando, falida ow insolvente ou julgado respon- savel pela faléncia de empresas cujo deminio haaja assegurado ou de que tenham sido adminis iradores,directores ou gerentes; ©) Ter desempenhado as fimgdes referidas na alinea anterior em empresa cuja faleneia tena sido prevenida ou suspensa por intervengao do Estado, concordate do Estado, concordata ou meio equivalente; @) Ter sido condenada pela prética de infracgoes as rearas legnis ot regulamentares que rege as actividades das empresas de seguros € das in ‘uigGes financeiras em geral, quando a gravidade cm a reiteragao dessas infrac des o justifique 3. Presume-se existir qualificagio acequada para efei- tos do disposto na alinea a) do n° 1 do presente artigo, ‘quando a pessoa em causa demonstre deter as competéncias qualificagses necessarias a0 exercicio das suas fungbes, adquitidas através de habititagto académica ov de forma ‘0 especializada apropriadas ao cargo a exercer, ou, através de experigncia profissional tenha previamente exercido, com ‘competéncia, fngdes de responsabilidade no dominio finan cciro ¢ téenico, devendo a duragio dessa experiéncia, bem ‘como # natureza e gra de responsabilidade das fiungbes antes exercidas, estar en consoniincia com as caracteristicas «¢dimensio da empresa de scauros. ARTIGO 38° (vaiagto peas empresas de egures¢ de reseauros) 1. Cabe as empresas de seguros e de resseguros verificar ‘que todas as pessoas identificadas no n.° 1 do attigo anterior reine os requisitos de adequagao necessirios para o exer- cicio das respectivas fungSes. I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 nas 2. A Assembleia Geral de cada empresa de segros ou de resseguros deve aprovar uma politica intema de selecgtio ¢ avaliagao da adequagio das pessoas identificadas no n.° 1 do artigo anterior, da qual constem, pelo menos, a identificagao dos responsiveis na empresa pela avaliagdo da adequagdo, os procedimentos de avaliagao adsptados, os requisitos de adequagao exigides, as regras sobre prevengiio, comu- nicacdo e sanagdo de conflites de anteresses e os meios de formagiio profisional disponibilizados. 3. As pessoas @ designar devem apresentar & empresa de seguros ou de resseguros previamente & sua designacao, uma declaracao escrita com todas as informagées relevantes necessrias para a avaliagio da sua adequacio, incluindo as que forem exigidas no ambito do processo de rezisto junto do Organismo de Supervisao da Actividade Seguradora. 4. As pessoas designadas devem commnicar a empresa de seanros ou de resseanros quaisquer factos supervenientes G0 ot ao Tegisto que alterem o contetido da declara- 0 prevista no nimero anterior ARTIGO 59° (Acumutacao de cargos dos membros dos Orgies ‘de Aaainistragno ou Five) 1, 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora pode opor-seaque os membros dos Oras de Administragao ou Fiscalizagto das empresas de segnros on de resseanros exergam fungSes noutras sociedades, caso entenda que a acumulagao ¢ susceptivel de prejudicar o exercicio das fim- ges que o interessado j4 desempenhe ou as que venha a desempenhar, nomendamente por existirem riseos graves de contlito de interesses ou por nio se verificardisponibilidade suficiente para o exercicio do cargo. 2. Na sua avalingao, 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora atende as circumstancins concretas do caso, as exigencias particulares do cargo e a natureza, imensio € complexidade da actividade da empresa de seat 10s ou de ressestros. 3. As empresas de seguros ou deresseguros devem dispor de reatas sobre prevengao, comtinicagao e sanagao de situa- ces de contlitos de interesses, em termos @ regulamentar pelo Organismo de Supervisio da Actividade Sezuradora, 4. No caso de fangies a exercer em entidade sujeita a supervisao do Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora, o poder de oposigio exeree-se no ambito do pedido de autorizagao do membro para o exercicio do cargo. 5. Nos demais casos, as empresas de seguros ou de res- seguros devem comuicar 20 Organismo de Supervisio da Actividade Sexnradora a pretensio dos interessados, com a antecedéncia minima de 30 dias sobre a data prevista para 6 inicio das novas funeSes, entendendo-se, na falta de deci- sio dentro desse prazo, que © Orgamismo de Supervisio da Actividade Seguradora nao se opoe & acumulagao. ARTIGO 60* adepenincin ds membros dos Orgton ‘de Administragso on Fisclizacao) 1.0 requisito de independéncia tem em vista prevenir 0 risco de sujeigo dos membros dos Omios de Administragio ou Fiscalizagio & influéncia indevida de outras pessoas ou entidades, promovendo condigdes que permitam o exercicio das suas fungdes com isengao. 2. Na avalingdo sao tomadas em consideragao todas as situagses susceptiveis de afectara independéncia, nomeada- mente as seauintes, 4) Cargos que o interessado exerga ou tenha exer- cido na empresa de seguros ou de ressesuros 0 causa ot noutra empresa de sexuros ou de ) Relagoes de parenteseo ou anslogas, bem como relagoes profissionais ou de natureza econésiica que o interessado mantenha com outros mem- dros do Orgio de Administrago ou fiscalizagio da empresa de seguros ou de resseguros, da sua cemnpresa-miie ou das suas fli: ©) Relagdes de parentesco ou analogas, bem como relages profssionais ou de natureza econdmiiea que 0 interessado mantenha com pessoa que detenha participagao qualificada na empresa de sequros ou de resseguros, na sta empresa-mae cou nas suas fis. 3. 0 Oraito de Fiscalizacio das empresas de seguros e de resseguros deve ser composto por uma maioria de membros independentes, ARTIGO «i {Suypensioprovisinta de fns5e9) 1. Em situagses de justificada urséneia ¢ para prevenir © risco de grave dano para a gestio sa prudente de uma empresa de seguros ou de resseguros ou para a estabili- dade do Sistema Financeiro, o Organismo de Superviséo da Actividade Segnradora pode determinar a suspensio pro- visoria das fimgoes de qualquer membro dos respectivos Onios de Administrago ou de Fiscalizagio. 2 A comumicagio a realizar pelo Organismo de Supervisio da Actividade Seguradota & empresa de seauros e em causa, na sequen cia da deliveragio tomada ao abrigo do disposto no mimero ‘anterior, deve conter a mengio de que a suspensto provisé- ria de fimgdes reveste coricter preventive 3. Asspenstio proviséria cessa os seus efeitos: «@ Por decisio do Orwanismo de Supervisio da Acti- vvidade Seguradora que o determine; ») Bim virtude do cancelamento do registo da pessoa suspensa, ©) Ein consequéncia da adopeto de uma das medidas previstas no n° 3 do artigo 52°; @) Pelo decurso de 30 dias sobrea data da suspensio, sem que seja instanrado procedimento com vista 1 adoptar algnma das decisdes previstas nas ali- nieas b) € €), de cujo inicio deve ser notificada a empresa de sezuros ott de resseaios € 0 tiar do cargo em causa, ARTIGO «2° (Sistema de Gestho de Rison) 1. As empresas de seguros e de ressezuros devem dispor «de um Sistema de Gestao de Riscos eficaz que compreenda cestrategins, processos e procedimentos de prestagio de infor~ 4246 DIARIO DA REPUBLICA mag que permitam, « todo o tempo, identificar, mensurar, monitorizar geri €comunicar os rscos, de fora individual € agregnda, a que estio ou podem vir a estar expostas as respectivas interdependéncias. 2. 0 Sistema de Gestio de Riscos deve estar integrado nn estruturaorganizacional eno processo de tomnada de devi- so, considerando as pessoas que ditigem efectivamente a empresa de sewuros ou de resseguros ot nela sto respons- vveis por fimgBes-chave. 3. 0 Sistema de Gestao de Riseos abrange, pelo menos, as sequintes reas 4) Subserigio e provisionamento, ) Gestio activo -passivo; ©) Investimentos, cm particular instrumentos finan- ceiros derivados e compromissos anslogos, 4) Gestito doisco de concentragio e de liquide, 2) Gestao do risco operacional; Lf Resseaniro ¢ outrastéenicas de mitizngio do rise 4, Enquanto componente do Sistema de Gestao de Riscos, as empresas de seguros e de resseauros devem defi- nir uma politica inlema de preven, deteceio exeporte de tuagves de fraude nos seguros, stabelecendo o Orzanismo de Supervisio da Actividade Seauradora, por norma reau Jamentar, os principios geras a respeitar no eumprimento deste deve ARTIGO 63 (une de gest deriso) 1. A empresa de seguros deve estabelecer na sua estrutura organizacional uma fimgao de gestio de riscos ade- quada a dimensio, natureza e complexidade das respectivas operagaes 2A fnetio de gestio de riscos deve ser exercida por pes- soal competente € qualificado, com uma clara compreensio do seu papel etespnsabildades 3. A funciio de gestio de riseos deve desempenhar as suas competéncias objectivamente © de forma indepen- dente relativamente as actividades operacionais da empresa de seguros, podendo, no entanto, no caso de empresas com reduzida amplitude de nezdcio € redzida dimensio dos ris- os associados a sua actividade, ser utilizada uma tipologia estrutural que nio verifique completamente © requisito de independéncia, desde que sejam implementados procedi- mentos adicionais de controlo que garantam tima seguranca equivalent, 4.0 pessoal que executa a fimgio de gestio de riscos deve ter acesso pleno a todas as actividades da empresa de seguros, pelo que Ihe deve ser disponibilizada toda a infor- magiio necesséria a0 desempenho das suas competéncias. 5.A fiungao de gestio de riscos deve conctetizar as poli ticas internas definidas pelos directores de topo ¢ aprovadas pelo Oruao de Administragao, através do plancamente, ané- lise, monitorizagio e reporte do impacto dos riscos a que a empresa de seguros esta exposta, e deve propor planos de Iitigagao ou transferéncia de riscos para fazer face as dife- rentes sitnagdes. 6.A fungao de gestao de riscos deve ser adequadamente documentada e reportada aos intervenientes e areas funcio- nais apropriados e, no minimo, aos directeres de topo e 0 Orgio de Administracio, 7.0 Onganisno de Supervisto da Actividade Seauradora define, por norma reaulamentar, os procedimentos a respei- tarno cumprimente desta mga. ARTIGO st (Stviema de ContrloInterno) 1. As empresas de seguros e de resseauros devem dispor cde um Sistema de Controlo Intemo eficaz, 2. 0 sistema, referido no niimero anterior, abrange, no ‘minim, procedimentos administrativos, statisticos € conta- bilisticos, uma estnatura de controlo intemo, procedimentos addequados relativos & prestagao de informagao a todos os niveis da empresa de seguros ou de resseguros ¢ uma fianga0 de verficagdo do cumprimento, 3. 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora define, por norma rexalamentar, os principios germs € pro- cedimentos a respeitar para 0 cumprimento do previsto no presente artigo. ARTIGO 6s? ‘rune de compiiancey 1. As empresas de seguros € de resseauros deve for- malmente instituir uma fangio de compliance para, com ‘caricter auténomo, controlar 0 cumprimento das suas obri- -gagoes legais ¢ das politcas ¢ directrizes interns, 2. As instituigoes devem nomear um responsive! pela funcio de compliance, quem dever concede estatuto ade- ‘quado, poderes suficientes para o desempenho do cargo © prestagio de informagao directa ao Oraao de Adiministragao. 3.A fungo compliance abrange @ Aassessorin do Oraio de Administracio relative mente a0 cumprimento das disposigdes legais, regulamentares ¢ administrativas aplicaveis, ) Aavaliagio do potencial impacto de events alte- ragoes do enquadramento legal na actividade da empresa de seguros ou de ressezuros, ©) A identificagio e avaliagao do risco de incumpri- mento: @) Avaliar 08 provessos de prevengio e detecgao de actividades criminosas, ineluindo a prevengio do branqueamento de capitais ¢ do financia- ‘mento de terrorismo, assim. como assegurar as comunicagGes legalmente devidas neste dmbito com as autoridades competentes; € ©) Elaborar relatorios periédicos para 0 Orgao de Administragio sobre matérias de compliance, designadamente indicios ou situagées concretas de incumprimento das regras de conduta no rela- cionamento com os clientes ¢ sobre as situacGes em que @ instituiglo ou os seus colabaradores possam ficarsijeitos a processos transaressionais, I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 nar 4.0 Organismo de Supervisto da Actividade Seguradora define, por norma regulamentar, os procedimentos a respei- tar no cumprimento desta fang. ARTIGO 66° (Fane de auditor interna) 1. As empresas de seguros e de ress de uma fungao de auditoria intema eficaz. 2. Compete a fangao de auditoria interna aferir a adequa- ¢f0 © a eficdeia do Sistema de Controlo Intemo € dos outros, elementos do Sistema de Governagio, 3. A fimglo de anditoria interna deve ser objectiva e \dependente das fing es operacionais, 4, As conchisées e recomencagées da auditeria intema so comunicadas ao OreAo de Administraedo, que determina ‘as medidas a adoptar relativamente @ cada uma das conchi- ses e recomendagses ¢ assegura que tais medidas sejam, executadas, 5. 0 Organismo de Supervisto da Actividade Seguradera define, por norma regulamentar, os procedimentos a respei- tar no cumprimento desta fungao. ros devem dispor ARTIGO 67 Faneso aeaaria 1 As empresas de seguros e de resseguros devem dispor de uma fungao actuarial eficaz 2. Compete & fineo actuarial 4) Cootdenar o céleulo das provisbes técnicas: b) Assegurar a adequacii das metodologias, modelos debase e pressupostos utilizados no eéleulo das provisdes téenicas, ©) Avaliar a suficiéncia e qualidade dos dados utiliza- dos no eileulo das provisoes técnicas, @ Comparat © montante da melhor estimativa das provisoes técnicas com os valores efectivamente observade: «@) Informar 0 Orgao de Administragao sobre o grau de fiabilidade e adequagio do caleulo das provie s0es téenicas, A Emir parecer sobre a politica global de subscrigao: 2) Assegurara conformidade, adequagao estficiencia dos premios: Ih Avaliat a situagao de solvene ‘ Tinitir parecer sobre a adequagao dos acordos de 3. A fungdo actuarial deve ser exercida por pessoas com, conhecimentos de matematica actuarial e financeira ade- quados 4 nanureza, dimensto © complexidade dos riscos jerentes @ actividade da empresa de sesuros ou de resseau~ ros € que demonstrem possuir experiéncia relativamente as rnormas aplicéveis ARTIGO 68° (Responsivel pela fang actuarial) 1. As empresas de seauros com sede em Angola devem subcontratar cu nomear um actuario que seja responsavel, pela fimgao actuarial, registado e aprovado pelo Orgmismo de Supervisio da Actividade Seguradora, 0 qual deve ser pate intearante da fianedo prevista no attigo anterior, com fungoes © poderes em materia de garantias financeitas € ‘outras, nas condigdes a fixar, em norma regulamentar, pelo Organistno de Supervisto da Actividade Seauradora 2. A administragao da cmpresa de seguros deve dis- ponibilizar fempestivamente ao responsivel pela fiancio ‘actuarial toda a informagio necessaria para 0 exercicio das suas fangs. 3.0 responsive pla fang acral deve apretentar ‘a ndministragio da empresa de sestros os relatorios a fixar pelo Organismo de Supervisao da Actividade Seauradora ‘em regulamentagao para o efeito, devendo, sempre que detecte sitnages de incumprimento ot inexactidao mate riakmente relevantes, propor A aministragiio medidas que ppemnitam ultrapassartais situagdes, devendo o responsavel pela fungao actuarial ser informiado das medidas tomadas na sequéncia das suas propostas, 4. Os relatories referidos no mimero anterior devem ser disponibilizados a0 Organism de Supervisto da Actividade ‘Seguradora, nos termos ¢ com a periodicidade estabelecidos por norma do mesmo. 5. O presente artigo aplica-se, com as devidas adapta- ‘oes, ds sucursais de empresas de seguros com sede fora do territério de Angola, ARTIGO 6" (Subcontratagto) 1. As empresas de seguros e de resseguros s40 respon- saveis pelo cumprimento das obrigagGes decorrentes da presente Lei quando subvontratam fingSes ou actividades de seamros ott de resseauros 2. Nio pode ser efectuada a subcontrataglo de fungses ‘ou actividades operacionais fimdamentais ou importantes se sda mesma resutar «@) Um prejuizo significative para a qualidade do Sis- tena de Govemacio, b) Um aumento indevide dorriseo operacional; ©) Um prejuizo para a capacidade do Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora de veri- ficar se a empresa de seguros ou de resseauros cumpre as suas obrigagées; @ Umprejizo para a continuidade ou qualidade dos servigos prestados aos tomadores de segures, segurados € beneficiatios, 3. As empresas de seguros e de ressezuros devem infor- ‘mar previamente 0 Organismno de Supervisio da Actividade ‘Seguradora daintengio de subcontratarem fungBes ou active ‘dads fimdammentais ou importantes, bern como de quaisquer acontecimentos significativos posteriores que afectem essas fungdes ou actividades. 4. A empresa de sesnros on de resseguros que sub- conirate uma fingao ot uma actividade de seguro ou de resseguro adopta as medidas necessarias para assegurar que so cumpridas as seauintes condigdes: 4a) O prestador de servigos coopers com 0 Organi de Supervisio da Actividade Seguradera no fimbito da supervisio da fungio ou actividade subcontratada; 4248 DIARIO DA REPUBLICA ) A empresa de seguros ott de resseauros, 08 respec tivos auditores ¢ o Orsanismo de Supervisio da Actividade Seauradora tém acesso efetivo aos dados relativos as fimedes ou actividades sub- contratadas; ©) © Organismo de Supervisao da Actividade Seau- radora tem avesso efectivo as instalagoes do prestador de servigos. 5. 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seauradora pode, directamente ou por intenmédio de pessoas que tenha manclatado para o efeito, procedler as inspeeges nas instala- ges do prestador de servigos. ARTIGO 70 (Cédigos de conduta) 1. As empresas de seguros e de resseguros dever esta- belecer e monitorizar 0 cumprimento de codizos de conduta que estabelegam linhas de orientago em materia de ética profissional, ineluindo principios para a gestao de contli- tos de interesses, aplicaveis aos membros dos Orgios de Administragio € de Fiscalizago, aos responsiveis por fun- cdes-chave ¢ demais trabalhadores ¢ colaboradores. 2. AS empresas de seguros ¢ de resseguros devem divulgar os cédigos de conduta que venham a adoptar, desig- nadamente através dos respectivos sitios na internet, 3. As empresas de sesuros ¢ de ressesmros podem adop- tar, por adesio, os cédigos de condluta elaborados pelas respectivas associagOes represcntativas ARTIGO 71° (Auaitores externas) 1. A actividade das empresas de seguros e de ressea ros € as suas contas anais esto sujeitas 4 auditoria externa anual, a ser realizada por ume empresa de auditoria lewa- lizada e estabelecida em Angola nos terms da lesislacao aplicivel 2. Os anditeres extemos devem reportar ao Organismo de Supervistio da Actividade Seguradora, na forma que esta determinar, os trabalhos desenvolvidos ¢ respectivs restl- tados, devendo também comunicar, em qualquer momento, as infracgdes as normas legais e resnlamentares detectadas € os factos que possam afectar a continuidade da actividade da institnigao ou que sejam motivo para emissio de reservas tages no parecer da auditoria, 3. Para efeitos do disposto no n° 1 do presente artigo, as empresas de seauros de resseauros devem comunicar a0 Organismo de Supervisio da Actividade Sesuradora a iden- tificapao da empresa de auditoria prop osta on seleccionada, 4. A empresa de auditoria extema contratada pela empresa de seauros ou de ressezuros no pode exercer as referidas funges por um periodo superior a quatro anos, fin- dos os quais, 86 pode vir a ser novamente seleccionavel pela ‘mesma instituigao financeira decerrido igual peviode, 5. 0 Organismo de Supervisio da Actividade Seguradora pode, excepcionalmentee de forma fundamentada, estabele- cer prazos inferiores aos referidos no niimero anterior. CAPITULO IL Reporte e Divulgacao Pablica de Informacao nformacio 2 da Activdade Seguradars) 1. As empresas de seguros ¢ de resseguros sujeitas 8 supervisio do Onzanismo de Supervisio da Actividade Scguradora devem prestar a este a informasao necessiria pata efeitos dle swpervisao, tendo em conta os prineipios szerais da supervisio previstos no artigo 10°, € para 0 ) 1. A provisao de seguros e operagses do ramo «Vida» deve representar © valor das responsabilidades da empresa de seguros ou de resseguros liquide das responsabilidades do tomador do sear, em relago a todos os seautos € ape- rages do ramo «Vida», compreendendo: 4) A proviso matemitica; ) A provisito de seguros e operages do ramo «Vide» «que 0 tisco de investimento € suportado pelo tomador do seguro: ©) A provisdo para compromissos de taxa, 4) A provisio de estabilizagio de cartira 2. A provisio matemitica corresponde 20 valor actua- estimado dos compromissos da empresa de sezuros, incluindo as participagSes nos resultados jé distribuidas € aps dedugo do valor actuarial dos prémios faturos. 3. 0 cileulo desta provisio € realizado com base em meétodos actuariais reconhecides, 4. A provisdo de seguros ¢ operagdes do ramo «Vide» ‘em que o isco de investimento é suportado pelo tomador do seguro € determinada em fungi dos activos afectos ou dos indices ou activos que teaham sido fixados como referencia para determinar o valor das importincias seauras 5. Sempre que nos seguros ¢ operagées referidos no rmimero anterior existam riscos quenio sejam efectivamente assumidos pelo tomador do seguro, deve ser constituida para ‘esses riscos a respectiva provisiio matemitica ¢, se for caso disso, a proviso para compromissos de taxa 6.A provisio matemitica referida no niimero anterior deve ser constituida, nomeadamente, para cobrir 0s riscos dc mortalidade, as despeses administrativas, as prestagocs sgarantidas na data de vencimento ou os valores de resaate garantidos. I SERIE —N° 125 —DE 7 DE JULHO DE 2022 251 7. A ptovisio para compromissos de taxa deve ser cons- tituida relativamente a todos os seguros e operagdes doramo «Vide» em que exista uma garantia de taxa de juro, sem- pre que, mum determinado exercicio,a taxa de rendibilidade cfectiva das aplicagoes que se encontram afectas as provi- ses matematicas desses seguros e operagdes for inferior & taxa téenica de juro média ponderada utilizada na determi- hnagio das suas provisGes mateméticas, 8. Aprovisio de estabilizagio de carteira deve ser const ‘ida relativamente aos contratos de seguro de grupo, antais, renovaveis, zarantindo como cobertura principal o risco de ‘morte, com vista a fazer face ao agravamento do risco ine rente a progressdo da media etaria do grupo sexuro, sempre que aqueles sejam tarifados com base numa taxa tnica, a qual, por compromisso contratual, se deva manter por um. certo prazo, 9. A provisto indicada no mimero anterior é igualmente constituida relativamente aos riscos complementares en idénticas ciremnstincias ARTIGO st (Qutras provisos a constituls para os wguror operacces do ramo «Vid No que diz respeito aos seguros ¢ operagses do ramo Vida», as empresas de seguros devem ainda constitwir:

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