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Quinta-feira, de Janeiro de 2021 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Preco deste mimero - K: 2 2.210,00 Ta corepondeci, qua OTA, que ARSTTATUR 1 we de aa Ta pend nos Dn reativa & sco ssinatine do «Diario sins | dina a1 sada Ne Ti te Reeth, dom ww Make A bape peeese se Lavoie] a 4° sene Ke: 99.0), arco oo respect Naciotal EP, om Lien, Run Henrique de ms Ggrekinads ido dia tise Baul iasg, | ALOR 2: 867.681.29 | inmposto do seo, dependendo» publicagao da wirwingrensaacionaLsovao - End. teleg: | A2* seie Ke 48429157 | seve de deptitoprévion eer nateser aia dngreas. Ast sie scx 36050054 | do impensa Nacional -E SUMARIO TET DA RYPROPRIACAO POR HTT ANE PUBLICA Assembleia Nacional CAPITULO I Taras Disposicses Gerals 1s propria por tilde Pblcn — Revogn a Praia 14 07 de 19 de Asolo, e& Praran°28 404, de 17 de uh, be camo AKTIGO 1" tod ego que corre o rete Dilan (Orjecte Resolugton.° 124 Aprova of Planes de Trabalho des Grupos de Depitados Residntes ara o sno povamentsr 2020-2001 ‘ASSEMBLEIA NACIONAL Leine 121 eT deaneiro Considerando que o Estado Angolano, nos termoe da Constituigio da Reptiblica de Angola, pode recorer a0 Instituto Juridico da Expropriago, restringindo o direito de propriedade € os direitos a ela inctentes, das pessoas sin- saulares, colectivas e das conmmidades locais, sempre que a dlfesa do interesse publico constitua uma priotidade inelute- Vel para_aprossecuio dos interesses da colectividades Havendo a necessidade de se defini as regras € as con- digces de utilizagio, pelo Estado, do Instituto Juridico da Expropriacio para prevenir eventuais excessos da Adininistragiio Pablica e garantir a defesa dos direitos das pessoas singulares, colectivas © das comunidades: Jocais afectadas pelo acto expropriative, A Assemibleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos don 2 do artigo $/-~, da linea) do ati € da alinea d) do 11° 2 do attigo 165~°, todos da Constinuigao da Republica de Angola, a seauinte 109 A presente Lei estubelece os principios © as rents ‘observarna Expropriagio por uilidade publica pelos ératios competentes da Administrago Publica. ARTIGO 2° ‘nbicoy 1, A presente Lei incide sobre bens les inerentes, 2, Excluem-se do ambito de aplicagto da presente Lei a desocupagao forgada, as nacionalizagdes, os confiscos, as servidies, o realojamento, a requisigao civil, a Expropriagao por ullidade privada, a ocupayuo Lemporaria de imovets, a noveis e direitos a destruigho por utilidade piblica e o resgate. 3.A desocupagdo forcada eas operages derealojamento sao reattladas em diploma proprio. ARTIGO 3° {Defias Para efeitos da presente Lei, entende-se por; a) «Beneficiaries», entidades a quem o bem objecto da Expropriagio deva ser atribuido para a prossecusio do interesse piiblico subjacente & mesma; +b) «Declaractio de Utilidacke Pibliceny, acto constr tivo do procedimento expropriativo que permite 4 Entidade Expropriante desencadear 0 processo expropriativo, nos termos da presente Lek ©) cEntidade Expropriante», aquela 2 quem cabe a realizago dos fins de ulilidade publica que jus- tificam a Expropringiio: 70 DIARIO DA REPUBLICA @ «Expropriagtion, conjunto de normas, actos € fortalidades, de que resulte, em conformidade com a ei, a extingao de direitos reais © fim- didrios. por interesse piblico. mediante justa € pron indennizagao; ©) «Bxpropriagdio Amigdvel>, aquela que resulta de acordo mnituo, em relagiio ao valor da indemni _zagio, entre a Eatidade Piblica Expropriante © 0 particular ou Espropriado; SP «. A decisao de expropriar e notificada ao Expropriado © aos Interessados, cuja morada seja conhecida, mediante carta, oficioresistado, ou através dos Meios de Conmunicagao, Social ARTIGO 16° {(Compettneia para Detar aga de Wma PaDtCn) 1. ADeclaragio de Utibidace Pablica, nos termos da pre- sente Lei, compete 20 Presidente da Repiiblica, enquanto Titular do Poder Executivo, ¢ visa aimplementagio de pro- Jjectos de interesse piblico 2 © Tinular do Poder Executive pode solieitar parece res aos Orgitos da Administragdo Central e T-ocal do Fstado, as Autarquias € a outras Entidades de direito publico, competentes para o efeito, quando lhe seja requerido oreco- ‘nhecimento de interesse piblico ARTIGD 17° (Fama do acto de Dectaraao de Wilda Paes) 1. ADeclaragio de Utilidade Piblica reveste a forma de Despacho Presidencial 2. A Declaragio de Utilidade Piiblica deve identificar detathadamente os bens sujeitos & Expropriago, com refe- réncia a descricao cadastral. predial e matricial quando estas existam © a identificagao dos respestivos titulares, bem como a indicagio do fim da Expropriagaio. 3. Quando se tratar de Expropriagao por Zonas, 0 acto declarativo de utilidade piblica deve constar a érea total a exoropriar asta divisto de acordo com as fases, os prazes € a ordem de aquisicao, ARTIGO 18° (Publiacao do act de Declaragio de Utitdade Pies) 1. O acto declarativo de utilidade pablica, a sua reno- vvagiio out desisténcia sto sempre publicados em Didrio da Republica € notificados a0 Esptopriado © nos demais Interessados, por carta ou oficio sob registo, devendo, nos casos de terenos urbanos ou rurais, ser averbado no cadastro predial, na Conservatéria do Registo Predial ena Reparti¢ao Fiscal competente, 2 O acto de Declaragao de Utilidade Publica referido no ntimero anterior deve ser igualmente publicado por via de todos os meios de comuicagio disponiveis, bem como por editais a afixar junto do bem Expropriad, nas Acdministragoes Locais do ingar da situagio do mesmo. ARTIOO 19° (its da publcagio da Decarasto de Utidade Pubes A publicagaio do acto de Declaragao de Utilidade Publica confere poderes a Entidade Expropriante, para desencadear ‘© proceso expropriativo com base no estipuladona presente Lei, tomando o bem indisponivel para terceiros mesmo que rio haja posse administrativa imediata ARTIGO 20° Oiliaéncias) 1. As diligéncias do processo expropriative sao rea lizadas junto do titular do bem ou do direito objecto da Expropriagao com os demais Interessados. sem prejuizo do dispostonon’ 5 2. A Entidade Expropriante apenas considera titular do bem e demais Interessados quem como tal fiz 2 tos ptiblicos ou em documentos oficiais que demonstrem a prestnicao de tal ttularidade. salvo prova em contro, 3. Sempre que se tratar de iméveis nao cadastrados, registados ou que haja manifesta desactualizagio dos reais tos e das inscrigdes, consideram-se Interessados aqueles que publica e notoriamente constem como tais ou que apresen- tem titulos bastantes de prove onde figurem como titulares dos direitos a que se referem os niumeros anteriores 4, Nos casos reteridos na parte final do numero ante rior, deve procederse ao levantamento cadastral, predial € ‘matricial 5. Fin caso de conflitos de ttularidade da propriedade do ‘bem imével ou dos demais direitos registados no Cadastro das Adnministragées Locais, na Conservatoria do Registo Fredial € na Repartigio Fiscal, ¢ obrigatéria a citagao de todos aqueles que se arroguem de tais direitos, sendo que a resolu final compete ao tribunal ARTIGO 21 (Dever de carmunieaeae) 1. Os Interessados devem conmmicar a Entidade Expropriante, por eserito, qualquer alteragao da sta residén- cia habitual ow sede, apos a notificagao da Declaragao de ‘Uiilidade Publica, 2. A alleragio da resdéncia habitual ow da sede dos Interessados que nao tenha sido comunicada nos termos des- critos no nimero anterior nfo pode constituir fundamento para a repetigao de quaisquer termos ou diligencias. ARTIGO 2 (Vistria) 1, Apés a publicagto do acto de Declaragtio de Utilidade Publica, a Fntidade Expropriante deve, no prazo de 30 dias, requerer os Peritos e marcar a data, a hora e 0 local do inicio da vistoria necessaria para a descrigao do bem a expropriar, notiflemdo de tal facto og Interessados, com antecedéncia minima de quinze dias titeis, por carta, oficio registado ou. através dos meios de comuicagito social 74 DIARIO DA REPUBLICA 2. A nofificagdo referida no mimero anterior deve ser acompanhada de cépin dos elementos « que se referem as alineas 2) € b) do n° 1 do artigo 60.°e, sempre que possivel, de indicacdo da descricio predial © da inscrigio matricial dos prédios. 3. Os Interessados © a Entidade Espropriante podem comparecer a vistoria € formula, por escrito, as quests aque julaarem pertinentes, as quais devem ser respondidas ‘Dor Peitos no respectivo relat de avaliaga0 do bem 4. Da vistoria referida no nimero antevier deve ser clabo~ radoum auto, contendo, pelo menos, os sesuintes elementos a Deserigio pormenorizada do local, referindo, designadamente, a8 construyoes ou Areas pro- Antivns evintentes, as earacteristiens destas, a estado de conservagio ¢, sempre que possivel, as reas totais construidas; b) Mengo expressa de todos os elementos suscepti- veis de infienciarem na avatiagao do bem, nos ©) Plantas de localizagao do bem com as conftonta- Ges actualizada @ Fotosrafias ou qualquer outro suporte de capta- io da imagem do bem Expropriade ¢ da area envolvente na data da publicagiio do acto de Declorasio de Utilidade Pablica: ©) Resposta as eventuais questoes referidas no n° 3° 5. 0 Perito que pretenda pedir escusa pode fazé-lo a Enfidade Expropriante nos dois dias segnintes & notificagio revista non.® 1, mediante fundamentagio legal ARTIGO 25 (elaine sobre obem a expreprie) 1. OPerito elabora um relatsrio, no prazo de 30 dias apés a conclusit da vistoria, que inchii uma descrigto concreta € individualizada do bem a expropriar, no qual descreve, em todos os seus aspectos materras euridicos, 0: bens ou diter~ tos que considere necessirios a Expropriagao, 2. Recebido o relatério, Entidade Expropriante, no prazo de 10 dias, notfica 0 Expropriado € os Interessados or oficio, carta registada com aviso de recepeao ou atraves dos Meios de Comunicagao Social, remetendo-lhes eépia do relatorio e dos respectivos anexos, para apresentarem, que- redo, reclamagao contra o seu conteido, no prazo de 30 dias 3.0 Patito deve promunciar-se no prazo de oito dias, em relatério complementar, quando haja reclamagao. 4. A commicagao aos Tnteressados deve ser acompa- nnhada de cépin dos elementos a que se referem 0 n° 4 do atigo 22° e as alineas a) ¢) don: 1 do artigo 60°, sempre ue possivel, de indicagao da descrigao cadastral e predial, 5. Em casos devidamente justificados, nomeadamente pelo miimero de vistorias, © prazo a que se refere o n° 1 pode ser prorrogado pela Entidade Expropriante, por mais 15 dias, a requerimento do Perito 6. Entidade Espropriante notifica os Interessados por carta ou oficio registado, no prazo de 10 dias apos a recepeno do relatério, remetendo-Ihes c6pia do mesino e dos respec- fivos anexos, para podetem apresentar reclamacio contra 0 sau contetlo, 7. Bn caso de reclamagao, a Eatidade Expropriante deve pronunciar-se no prazo de 8 dias, em relaterio complemen tar, do qual nao cabe nova reclamagao, (nopontitidade de transnisses) As transmisstes de propriedade ou de quaisquer outros direitos ou interesses nao impedem a continuagio do expe- diente destinado a efectivar a Expropriagiio, (Gn encargos) 1. 0 bem objecto da Expropriagao deve estar livre de ‘nus ou encargos. 2, Em casos excepeiontis podem ser conservados direi- tos reais sobre o bem Exproprindo, desde que tal se revele compativel com © nove destino a dar ao bem, ARTIGO 26° (Consttigav de servis adminstattvas) 1, Nos imoveis publicos ou privados podem consttuir- 80 8erv1does administrativas necessarias & realizagao de Tins de interesse priblico, sence devida ma indlemnizacio, nos tenmos da lei, pela constituigio das mesmas, salve nas situa ses em que a entidade detentora do imével & piblica 2.A constituigao de servidves administrativas, resultan- tes de Expropriagao, dao lugar a indemnizagao quando: @) Inviabilizem a utilizagao que o bem considerado na sua slobalidade vinha tendo; ') Inviabilizem qualquer utilizagio do bem, nos casos ‘em que estes nfo estejam a ser-utilizados, ©) Anulem completamente 0 valor econémico do bem, 3. Nao € reconhecido qualquer direito a indemnizagio quando se tratar da desocupagto de serviddes administrati- vas sobre as quis incidiram construgdes ilesais antigo 27" (owenio ae oeupasao de prettos wantos) 1. A Declaragto de Utilidade Puiblica da Expropriagiio confere Entidade Expropriante © aos Beneficidrios da Expropriagio, mediante notificagao prévia ao titular do bea, ‘1 nos Interessados afectados, o direito de ocupar tempora- riamente prédios vizinhos e de neles efectuar os trabalhos necessatios ot impostos para a execusto dos fins a que se destina a Expropriagao. 2, Aos Interessados prejudicados pela ocupagio so devidas indemnizagies pelos danos cansados, nos termos da legislago em vigor. 3. A indemnizacio referida no inimero anterior deve ser definida pelo Estado antes de iniciada a ocupacao, I SERIE —N°4— DB 7 DE JANEIRO DE 2021 5 ARTIGO 28° (Catucidade da Dectaracso de Wide Pics) 1, A Declaragao de Utilidade Publica eadca se nao for promovido o inicio da execugao do projecto num petfodo de cinco anos, para a Expropriagio Ordinaria, e de trés ‘anos para a Expropriagao Urgente, a contar da data da sua publicagao, 2. A exeeugio do projecto inicia-se mediante a decisio de contratar proferida pelo éraiio competente para a autori- zagtio da despesa inerente ao contrato a celebrar. 3. A declaragio de caducidade pode set arguida pelo Expropriado on por qualquer outro interessado & Entidade Expropriante ou a0 Tribunal da situagao do bem, no prazo de 90 dias a contar da data do vencimento dos prazos pre vintws num" L 4. A Declaragao de Utilidade Publica pode ser praro- ‘gada, em casos devidamente fimdamentados, pelo prazo mdimo de win ano, a contar da data da sin caducidade, se esta nio for invocada pelo Expropriado om por qualques outro interessado, aproveitendo-se os actos jd praticados 5. A caducidade nfo pode ser invocada depois do inicio dda execugio do projecto. ARTIGO 29: (Desistancia da Expropriago) 1, AEntidacle Expropriante pode desistir total ou parciale mente da Expropriacio, mediante declaracao publicada em. Ditério da Repiiblica 2 No caso de desisténcia, o Expropriado © demais Interessados so indenmizados pelos prejuizos softides nos termos serais do Direito, considerando-se, para o efeito, ini- ciada a Expropriacio a partir da publicagio no Didrio da Repiiblica do acto declarative de utitidade publica, ARTIGO 30 ExpropriagaoUirgente) 1. No proprio acto dectarativo de uilidade piblien, pode ser atribuido carder de uraéncia a Expropriagio. 2. A Expropriagivo referida no ntimero anterior aplicam= se, com as devidas adaptagdes, os procedimentos previstos nna presente Lei 3. A Expropriagiio Urgente deve ser flandamentada, € confere, de imediato a Entidade Expropriante a posse adi nistrativa do bem Expropriado, desde que observados os seauintes pressupostes 4@) Bimissio de uma declaragto pelo Departamento ‘Ministerial responsivel pelo Sector das Finan- «a8 Poblicas, confinmando que este vai suportar © pagamento da indemnizacao devida, b) Programagao dos trabalhios elaborados pela Enti- dade Expropriante, bem como a respectiva fundamentagao, 4. A Expropriagio Ungente eaduea quando as obras no perimetro nao tenham inicio no prazo fixado pelo n° 1 do artigo 28°, salvo se ocorrer motivo devidamente justificado. 5. A declaragio de cadhcidade aplica-se o regime geral 6, Nas ExpropriagGes Urgentes, qualquer interessado tem a faculdade de requerer a vstorin para perpetuar a meméria «do bem imevel, destinada a fixar os elementos susceptiveis de desaparecerem cujo conhecimento interesse para efeitos de avaliagio do bem Expropriado. SUBSECCAOL Ped de propor Tt ARTIGO 31° (Caos de admisibtidadey Quando a Expropriagio recair sobre parte de um pré- dio, o titular do bern poe requerer a Expropriagio total nos seguintes casos: @® Se a parte restante nao assegurar, proporcional- mente, 08 mesmos cémodos oferecidos pelo prédio todo; +) Se os comodos asseaurados pela parte restante nao tiverem interesse econdmico. ARTIGO 32° eeaertmentad 1.0 pedido de Expropriagi total deve ser requerido no prazo de 15 dias a contar da recusa da proposta de aquisigao pot via do diteito privado, 2. A Entidade Expropriante deve responder ao pedido dle Expropriagse total no praze de 30 diac «, cave concorde, deve efectuar o dep ésito complementar do montante indem- nizatorio apés decretada a Expropriaco total 3. O Expropriado pode recorter a0 Tribunal da area da localizagao do bem, quando nio haja acordo entre a Entidade Expropriante ¢ 0 Expropriado quanto a necessi- dade da Expropriagao total, o que tem efeitos meramente devolutivos em relagio a0 processo expropriativo. ARTIGO 38° (Expropriacio por Zonas ou Atihamentos) 1. Quando se trate de execugio de obra ou de projec- tos de cquipamentos ou infia-estruturas de interesse piblico, podem ser expropriadas de uma s6 vez, ou por zonas ou ali= nhamentos, as reas necessarias & respectiva execu, 2. No caso de Expropriagio por Zonas ou Alinhamentos, ‘o acto de Declaragio de Utilidade Publien deve determina, além da area total, @ divisao desta, a ordem € os prazos para inicio da aquisic, 3. Os bens abrangidos pela segunda zona ou alinhamento € seauintes continuam na esfera juridica dos seus titulares até serem objecto de Expropriagiio Amigivel ou Litigiose, 4, Para o céleulo da indemnizagao relativa a prédios nto compreendidos na primeira zona definida nos termos do nL 2, sdo atendidas as benfeitorias necessarias neles intro- ‘uzidas no periodo que mediar entre a data da Declaragio de Utilidade Piiblica e a data da aquisigao da posse pela Entidade Expropriante da respectiva zona ou alinhamento. 5. © titular do bem ¢ os Interessados tém direito a indemnizagio pelos prejuizos que directa e necessariamente resultem do facto de o bem estar sujeito a Expropriagtio, 76 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 34° (storia especi) Apos a publicagio do Despacho de Declaragio de Utilidade Pablica, a Entidade Expropriante deve, de ime- diato, proceder a vistoria necesséria para a descrigao do bem 1 expropriar, notificando de tal facto os Interessados, com. antecedéncia minima de cinco dias ites, por carta ox oficio rregistado, em que se indica, ainda, se a Expropriagao € total ouparcial ARTIGD 45° de sistorin especial) (Rett 1. O relatctio de vstoria especial eontém o seauinte: 4) Descrigéo pormencrizada do local, referindo as construgtes existentes, as caracteristicas destas, 2 época da edificacio, o estado de conservagio e, sempre que possivel, as areas totais construidas, 1b) Mengio exptessa de todos os elementos suscep tiveis de influenciarem na avaliago do bem vistoriado: ©) Plantas, fotografias ou outro suporte de captacio 4daimagem do bem Expropriado eda area envol- vente, 4 Elementos referidos no n° 2 do artigo 22° ©) Perauntas © respostas refetidas no n® 3 do arti. 20 22° B Deserigao do valor do bem a expropniar: 2.0 relatétio do bem a expropriar deve ser entreaue pelo Perito no prazo de 15 dias a contar da data do inicio da vistoria 3. Em ensos devidamente jusifieados, nomeadamente pelo mimero de vistorias, 0 prazo a que se refere o mimero anterior pode ser protrozado, pela Fntidade Expropriante, por mais 15 dias, arequerimento do Perito 4. Recebido 0 relatério complementar do Perito, a Enlidade Expropriante pode utilizar o prédio para os fins «da Exptopriagao, lavrando 0 auto de posse adminiswativa € dando inicio aos trabalhos previstos: stogAo mt Expropringao Amisive ARTIGO 36° iste neo Antes da Expropriago Litigiosa, a Batidade Expropriante deve procurar chegar a acordo com o Expropriado © os Interessados, nos termos dos artigos seguintes, ARTIGO 37° (Conteude uo acardoy 1. Nas Expropriagées Amigaveis podem consti- twit objecto de acordo entre a Entidade Expropriante Expropriado ou os Interessados: 4) Omontante da indemnizagio; ) O pagamento de indemnizagio on de parte dela em prestages, os juros respectivos € 0 prazo de agamento destes: ©) O modo de satisfazer as prestagdes: d) A indeamnizacdo através da cedéencia de bens ou direitos, €) A Expropriacio total no caso das expropriacoes parcial P Condigoes acessorias. 2.0 acordo apenas vincula © Estado apos a aprovagio pela Entidade indicada no acto de Declaragao de Utilidade Piibliea para proceder 4 Fxpropriagao ARTIGO 38° (@roposta de neordo da Enda Expropriante) 1. A Entidade Expropriante, através de carta ow oficio registado com aviso de recepeao, dirige a proposta do mon- tante indemnizatério ao Expropriado © aos Interessados cujos enderegos sejam conhecidos, no prazo de 15 dias, a contar da data da publicagio da Declaragio de Utilidade Piblica 2, Os Interessados dispdem do prazo de 30 dias para res- ponder. podendo fimdamentar a sva contraproposta em valor constante de relatrio elabarado por Perito de sua escolha 3. Na falta de resposta ou de interesse da Entidade Expropriante em relagao & contraproposta, esta da ini cio @ Expropriagto Litigiosa, notificando deste facto os Interessados que tiverem respondido. 4. Os Interessados devem esclarecer, por escrito, dentro lo prazo de 30 dias a contar da data em que sejam neti ficados para o efeito, as questdes colocadas pela Entidade Expropriante ARTIGO 39° (Ferma do acordoy © acordo entrea Entidade Expropriante e os Interessados deve ser celebrado por escritura piblica ARtIGO40" (Prana da esritars) 1 Aescritura ¢ lavrada dentro dos 15 dias subsequentes faquele em que 0 acordo estabelecido for comumicado pela Entidade Expropriante ao Notério, em conformidade com o disposto no Resime Iuridico do Notariado. 2.A Entidade Expropriante devefacultar aos lnteressados copia autenticada da escritara de Expropriagao Amigavel, qiano solcitada ARTIGOAL® (Atrbnicao da ndermnzacio) 1. A indemnizacio acordada pode ser atribuida, individtualmente, acada um dos Interessados on fixada global- mente, 2. A indeminizagdo global acordada € entreaue aquele «que € designado por todos, out consignada em deposito no Iugar do domicilio da Entidade Expropriante, a ordem do ‘Tribunal do lugar da situagio dos bens ou da maior extensio deles, efectuando-se a partilha nos temos aerais do Direito, quando ni haja acordo entre os Interessados sobre a parti- tha da mesma I SERIE —N°4— DB 7 DE JANEIRO DE 2021 7" ARTIGO 42° (teressaes desconhecidon) 1. Salvo em caso de culpa grave imputada & Entidade Expropriante, © aparecimento de Interessados desconhe- cidos @ data da celebragao da eseritura, apenas dé lugar & reconstiuigao da sittagao que existria se tivessem partici= ado no acordo, nos termos em que este foi eoncluido, 2 No caso de admissio de Interessados desconheci- dos, areconstiuuigdo do processo € a celebragao da eseritura publica deverdo ser efectuadas no prazo de 30 dias, stocaory Espropriaci Liigosa ARTIOD 43" (ibaa Jutta Na falta de acordo, as partes ter lest a0 Tribunal de Comarca para fixar o montante da indemni- _zagio, salvo quando optem pela arbitragem, nos termos da legislagdo em vigor sobre a materia ARTIGD.44" ‘Caaeao) 1, Deve ser aberto um processo de Expropriagio com referéncia a cada um dosimeveis abrangidosp ela Declaragio de Utildace Publica 2 Quando dois ou mais bens iméveis pertengam a0 ‘mesmo titular ou conjunto de titulares ¢ obrigatéria a apen- sa¢a0 dos processos ei que nao se verifique acordo sobre os ‘montantes das indemnizagaes. jade de recorver ARTIGD 48° (Promosao da arbitrage) A Entidade Expropriante, 0 Expropriado © os demais Interessados podem promover, a qualquer momento, a cons- titwigo de um tribunal arbitral, de acordo com a Lei da Arbitragem em vigor, para fixar 0 montante da justae pronta indemnizagao resultante da Expropriagao. SECCAOV Pagamento da Indemnizacao ARTIGO 46° (uta demnizaga0) 1. © Estado garante o pagamento da justa © pronta indemnizagio, nos termos previstos na Constituico © na presente Lei 2. A justa indemnizagao nao visa compensar 0 benefi- cio aleangado pela Entidade Expropriante, mas ressarcir 6 prejuizo do Expropriado que advén da Expropriagao, cor- responddente ao valor real e corrente do bem de acordo com © seu destino efectivo ou possivel mama utilizagio econé= nica normal, a data da publieagio do acto de Deckaragao de Utilidade Poblica, tendo em consideragao as circunstancias € condigdes de facto existentes naquela data, 3. Na determinagao do valor dos bens Expropriados no se pode ter en conta as niais-valias que resultem: 4) Da propria Declaragio de Utilidade Publica da Expropringio; +b) De obras ou empreendimentos piblicos coneluidos hha menos de dois anos; 6) De benfeitorias votuptaarias ou utels posteriores & notificacao da praposta de Declaragao de Uiili- dade Publica; )Deinformagdes deviabilidade, icengas ou autoriza- es administrativas requeridas posteriormente ‘notificago da iniciativa de expropriar, ¢) De qualquer cireunetinein posterior a casa docla ragto independentes da vontade do Expropriado on de tereeiros, 4. Na fixagio da justa indemnizacio no sto considera dos quaisquer factores, circunstincias ou situagdes criadas com o prepésito de munentor © valor da indemnizastio, 5. Sem prejuizo do disposto nos n.* 3 € 4, 0 valor dos bens, caleulado de acardo com os critérios constantes da presente Lei, deve corresponder a0 valor real do bem & data da Declaragao de Utlidade Publica 6. © Tatade, quando satisfage © indemmizagio, tem diteito de rearesso sobre 0 Beneficiério da Expropriacio, podendo, independentemente de quaisquer formalidades, proceder a retengio de transferénicias orgamentais até n0 valor da divida, incluindo os juros de mora que se mestrem, Aevidos desde a data do pagamento da indsmnizagao. (cites do mont inde) 1. O montante da indemnizagao para as expropriagoes «que incidam sobre o direito de propriedade calcula-se com base no valor do solo, acrescido do custo de edifiengses, de acordlo com a lesistagao em vigor. 2, Para os casos de expropriagdes de direitos funclidrios Timitados, © mantante da indenmizagao é caleulado com base no custo de aquisigao do solo e de edifieagao, de acotdo com a leaislagao em vigor 3. Na determinagt do valee dos edificios ou das coustar- $0es com autonomia econémica atende-se, designadamente, aos seauintes criterios a) Valor da construgio, considerando o seu custo actualizado, a localizagio, © ambiente eavol- vente € 0 antigvideds +) Sisteinas de infra-estmuturas,transportes publicos e proximidade de equipamentos sociais, 6) Nivel de qualidade arquitecténica da constragio € estado de conservagio, nomeadamente dos pavimntos ¢ cobeaturas, ds pasedes extaienes, partes comuns, portas e janelas; ) Prego das aquisigses anteriores erespectivas datas €) Valor de iméveis proximos, da mesma qualidade; Ai Declaragbes feitas pelos contribuintes ow avalia- es para fins fiseais ou outros, -g) Avaliagaio dos Peritos avaliadores inseritos no registo cadastral 78 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 48° (Ctasineagto dos stor) Ossolos sto clasificados de acordo coma lexislacao em vigor sobre a matéria para efeitos do calculo da indemniza- 0 por Expropriagao. ARTIGO 49° (Cleat do valor dos solos A definigo do valor dos solos € rexulada por diploma proprio. ARTIGO $0" (Cateao do yalr nas expropriacoes paras) 1. A Enitidade Expropriante ou 0 Perito calcula sempre, separadainente, 0 valor € 0 rendimento totais do prédio € das partes abrangidas ¢ nao abrangidas pela Declaragao de Uiilidade Pablica, nas expropriagses parciais 2 Quando a parte nao expropriada ficar depreciada ou desvalorizada pela divisio do prédio, ou desta divisto resultarem outros preiuizos ou encargos. incluindo a neces- sidade de construgto de vedagves identicas as demolidas om fs subsistentes, especificam-se tambem, em separado, os montantes da depreciagio € dos prejuizos on encargos que acrescem ao valor da parte expropriaga -ARTIOD SL* {ldemnizarie Fespeitante a0 arrendaento) 1. O arrendamento para habitagao, comeércio, ou exercicio de profissao liberal, bem como 0 arrendarnento rural sto considerados encarzos auténomos para efeito de indemnizagio dos inquilinos. 2. 0 inquilinc labitacional ourural cbrigadoa desocupar © imovel em consequéncia da caducidade do arrendanento resultant de Expropriaga, pote optar entre uma habitac ao outerreno, cujas caracteristicas de localizagio e renda sejam. semelhantes as da anterior ou por indemnizaho satisteita de ‘uma 86 vez, 3. Na fixagio da indemnizagao a que se refere o n° 1 atende-se ao valor do imével ¢ das benfeitorias realizadas pelo inquilino, a relacio entre as rendas pagas por este € as praticadas no mercado e, para os casos de arrendamento rural, ao valor dos frutos pendantes ou das colheitas inu- tilizedas, ao valor das benfeiterias @ que o rendeiro tena diteito € aos demais prejnizos emerzentes da cessagto do amendamento, calculados nos temmos gerais do Direito. 4. Na indemnizagiio reopeitante ao arrendomente para o coméreio, para a industria ou qualquer outra actividade de caracter economico, exercicio de profissdo liberal ou para fins agricolas atende-se as despesas relativas @ nova insta Ingo, incluindo os difereneiais de renda que o inquilino ira agar e aos presuizos resultantes do periodo de paralisa¢a0 da actividade necessario para a transferéncia dos servigos, calculados nos termos getnis do Direito, ARTIGO 32° (emnizac pela interrupeto da atividade consi ‘roy ou tbe) 1, Nos casos em que o proprietirio exerga qualquer acti- vidade comercial, mdustial, liberal ou auivola no présio, 4 indemnizagio pelo valor do prédio acresce-se 0 valor que comresponder aos prejuizos resultantes, quer da cessagto inevitavel, quer da interrupcao e da transferéncia dessa acti- vidacle, pelo period de tempo necessério, 2A indemnizagao acrescida € caleulada com base na ‘altima declaragao de rendimentos entreaue as repartigdes fiscais ou nos montantes que fundamentadamente se prove «que deixaram de ser auferidos, caso nao existam declaragoes de rendimentos. (iceman pl appa de lio dere “da propriedade) Na Expropriagio de direitos diversos da propriedade, @ indemmizagio é determinada de harmonia com os critérios ficados para aquele imével, na parte em que sejam aplicé veis, sem exceder © montante devido quando se trate de propriedade. ARTIGO s4° (Pagamento da indermizacdo) 1. A atribuicaio das indemnizacdes aos Interessados € titulada por um documento escrito de quitagio assinado pelo {xpropriado e reconhecido pelo notario. 2. O pagamente da justa ¢ pronta indemnizasao é condi- io de eficdcia do acto de Expropriagio, ARTIGO S5* (Ofeios de pagan) 1, O pogamento das indtemnizabes devidas pelos expro~ priagdes por utilidade publica € feito em dinheiro ou em espécie através da cedéncia, de uma sé ver, de bens equiva lentes, salvo as excepgSes previstas nos niimeros seauintes 2. Nas expropriagdes amiaveis, a Entidade Expropriante, © Expropriado e os Interessados podem acordar no paga- mento da indemnizagio em prestagdes ov na cedéncia de bens ou direitos 3. O disposto no miimero anterior aplica-se a transac- $40 judicial ou extrajudicial na pendencia do processo de Expropriagio. 4 As indemnizagbes a pagar por expropriagses efectua- das a0 abrigo da presente Lei podem ser satisfeitas atraves do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector das Finangas, ARTIGO 56° (Cede de bens ou deetos) 1, As partes podem acordar que a indenmizagio seja satisfeta, total ou parcialmente, através da cedéncia de bens ‘au de direitos ao Expropriado ou aos Interessados. 2..No caso de indemmnizagao através da cedéncia de bens iméveis, a Entidsde Espropriante € responsivel pela iden- tifiengtio de um imével com caracteristicas semelhantes a0 I SERIE —N°4— DB 7 DE JANEIRO DE 2021 imével Expropriado, dentre os iméveis do dominio privado do Estado, bem como pelo pagamento dos encargos relati- vos a transmiss0. 3. A cetlencia de direitos sobre hens pela legistagdo aplicavel a ulilizagao do don Estado. AgTiGo 57° (Forma de pagamento da tndemaizacto) 1. Fixadu 0 valor da iudlenuizayav, & Baise Espropriante deve notificar © Tribunal ou outra Entidade que esteja Ligada ao processo da Expropriagao, bean como a0 Beneficiério da Expropriagio para que este, no prazo de 30 dias, proceda ao pagamento do valor devido pela Expropriagao eremera o documento comprovative. 2. A Bitidade Espropriante notifica 0 Expropriado eos Interessados da realizacio do depésito feito em seu nome junto de uma insttuigao financeira 3. © Expropriado © os Interessados podem levan- tar os montantes depositados, sem prejuizo do direito de impugnaciio ARTIGO 58° (Cmmpugnarso dos mentantes depositades) 1, © Expropriado e os Interessados podem impusnar judicialmente os montantes recebidos pela Expropriago, especificando os valores devidos, bem como apresentar € requerer tosos os meios de prova quando nfo se-faga © page= mento da indemnizago no valor devido. 2. Departamento Ministerial responsavel pelo Sector das Finangas ou a Entidade Expropriante € notificado para responder, apresentar €requerer todos os meios de prova, no prazo de 15 dias, nos termos da lei 3. © Tribunal profere a decisio que fixa a caugao os ‘montantes devidos e determina a realizagao deste depdsito complementar merecide, apéc a proshicin das provas consi deradas necessirins 4. Quando 0 deposito complementar niio for efeetuado no prazo fixado, o Juiz ordena © pagamento por forga da caugio prestada, ou as providéncias que se revelarem neces- sirins, op69 0 notificasie de servige que tem 0 320 cargo © aval do Estado, para que este efectue o dep dso do montante enn falta, em substituigao da Fntidade Expropriante ou do Beneficidrio da Expropriagao 5. Depois de se efectuar 0 pagamento ou assegurada a sun ealizayao, 0 Juiz aulariza otevantamuenty dos montanes tem excesso ot a respectiva restituigo e determina o cance Iamento das caugdes injustificadas 6 No caso de Expropriagio Amigive, decorridos 60 dias apés a data acordada pata o pagamento de qualquer pres Lago sem que a mesma seja realizada, o interessado pode requeter as providéncias a que se referem os nimeros ante riores, devendo juntar edpia da eseritura celebrada, ARTIGO 39° (ose aint) 1, Apés a publicagio do acto de Declaragao de Uiilidade Publica. © Titular do Poder Executive pode autorizar a Entidade Expropriante # tomar a posse administrativa do bem a expropriar, desde que sejam observados os requisitos stipulados na presente Lei 2. A autorizagio de posse administrativa deve mencio~ rar express © claraenle Us mnulives Yue a € 0 prazo previsto para o inicio das obras na parcela expro- priada, de acordo com 0 prosrama de traballios elaborado pelo Beneficiftio da Expropriagao, 3. Se as obras nao tiverem inicio dentro do prazo esta- belecido nos termos do n° 2, salvo par motivo justificado, nomieadamente por atraso nao imputivel ao Beneficiatio da Exproptiagio, o Expropriado ¢ os Interessados tém o direito de ser indenmizados pelos prejuizos que nfo devam ser con- siderados na ficagao da justa indemnizacao. ARTIGO 60* (Requistos présios pes adminis atv) 1, O acto de posse adiministrativa do bem no pode efee- ‘uar-se sem que se observe previamente o seauinte: 4) Anolilicago do acto de pubheagio da Deckaragio de Utilidade Publica a0 Expropriado © sobre a necessidade de se proceder & vistoria do bem a expropriar, +b) Realizagao da avaliagao do bem a expropriar des- tinada a fixar os elementos de facto susceptiveis de desaparecerem ¢ cujo conhecimento seja de interesse ao julzamento do processo; ¢) Efectuado 0 depésito do montante da justa indem- niizagao, nos termos da presente Lei junto de lusttuigay Lacan, & ondeau do Expropriade e dos Interessados, quando estes so conecidos mio houver dividas sobre a titularidade dos aukueatann ites afectados 2. A nolificagio a que se refere a alinea a) do numero anterior deve indicar o dia ea hora a partir da qual tem efeito ‘acto de posse administrativa. 3. Ao Expropriado deve ser concedido um prazo para que este desocupe o bem Expropriado, que no pode ser supetice a 30 ding apse abservancia dos requ cidos no m1, salvo se, por razdes justificaveis, a Batidade Expropriante entender existirem motivos para conceder um prazo superior 4, A Entidade Expropriante pode requisitar as forgas da ‘ordem publica, para repor a legalidade, nos casos em que 0 bem Expropriado nao se encontre livre ¢ desocupado, findo oprazo para a sua desocupagiio, itor estabele- 80, DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO IV Reverso dos Bens Expropriados ARTIGO 61° (Direto de reversioy 1. 0 direito de reversio traduz-se no poder legalmente concedido ao Expropriado de adquirr, preferencialmente, © bem objecto da Expropriagio quando se verifique que © mesmo nio foi aplicado aos fins da Expropriagio, mediante a rectimigiia dae mentantes que tenha rerehids 2. Sem prejnizo do disposto no nikmero ant artigo 29°, hi direito dereversio: 4) Se no prazo de cinco anos para a Expropriagao Ordinatia © tés anos para a Expropriagao ‘Ungente nao se iniciar a execucao do projecto para © qual o bem foi Expropriado, ) Se cessarem as finalidades da Fxpropriagto. 3. Sempre que a realizaciio de uma obra continna deter- ‘minar # Expropriagio de bens distintos, © se inicio em qualquer local do tragado faz cessar 0 direito de reversa0 sobre todos os bens Expropriados. 4. O direito de reversto cessa nos segnintes casos: 44) Quando se dé 20s bens Expropriados outro destino, mediante nova Declaracio de Utilidade Pibtica; 1) Quan aja rensineia de Peppa, ©) Quando a Declaragio de Utilidade Piblica seja protrogada, com fandamento em prejuizo arave para o interesse publico, 5. A revarsio deve ser requerida no prazo de 90 dias a contar da notificagio enviada pelo Beneficiétio da Expropriagio ao abrigo do n° 2, ou do fim do prazo para a referida notifieagao caso a mesma nao se verifique, sob pena de caducidade ior € no ARTIGO 62° (Auulincia da Entidade Expropriante ede outros In 1. © Tribunal competente ordena a notificagao da Entidade Expropriante ¢ dos titulares de direitos reais sobre © imével a reverter ou sobre os imoveis deles desanexados, cujos enderegos sejam conhecidos, para que se pronuiciea, sobre o requerimento nos termos da legislagio aplicavel, apos arecepeio do pedido de reverso 2. A Entidade Expropriante, dentro do prazo para a sua resposta, remete 0 processo de Expropriagio ao Tribunal competente para decidir sobre 0 pedido de reversio om indica o Tribunal em que o mesmo se encontra pendente ou arquivado. 3. Quando 05 factos alewados pelo requerente da rever- sao nao scjam. impusnados pela Entidade Expropriante presume-se que sto verdadeiros, salve prova em contratio, ARTIGO 63 (Publicidad da deisio) 1. A decisao sobre o peslido de reversao € notificada a0 requerente, a Entidade Expropriante e aos Interessados cujo endereco seja conhecido, xd) 2.A decisto € publicada, por extracto, no Jomal de maior circulagao no Pais ARTIGO 64° (cord de reversio) 1, 0 Tribunal deve promover 0 acordo entre a Fntidade Expropriante ov quem posteriormente tenha © dominio do prédio e 0 interessado, quanto aos termos, as condigies e 20 ‘montante da reversio a ser pago A Entidade Expropriante, spi a mitorizagio da reversion 2. Oacordo reveste a forma de auto de reversio ou outra forma previstana lei ¢ contém a garantia de pagamento que ‘0 Estado considere adequada e constinui tio bastante para todos os efeitos levais, incluindo @ inscrigao cadastral © redial 3. O pagamento do montante acordado da reversio & fectuado directamente Entidade Expropriante ou a quem posteriormente adquira o dominio sobre o bem 4. 0 acordo de reversio deve ser formalizado no prazo ‘ado pela Ftidade Fsspreprinnte on pelo Tribunal ARTIGO 68* ajudiacao peo Tua) 1 Ne falta de acordo entre o Expropriado e a Entidade Expropriante ow Beneficiario da Expropriago, consoante © cabo, © Juiz fixa © montante da reverse ¢ 0 termos da adjudicago do bem imével, procedendo as diligéncias ins- trutorias necessérias, entre as quais a avaliagao com caricter obtigatsrio, 2, Da decisio do Juiz cabe recurso com efeitomeramente devolutivo para o Tribunal competent, nos temas dale 3. 0 Juiz adjudica 0 bem imével ao interessado, com os Gms ou encargos existentes a data da Declaragiio de Uitilidade Publica da Expropriagio que no estejam ead cados € deve ser especificadamente indicados, apds a fectivagao dos depésitos ou as restituigdes devidas. 4, Os depésitos 40 levantados pela Entidade Expropriante ou por quem posteriormente adquira 0 domi nio sobre o bem, conforme 0 caso. 5. A adjudicagio do bem imével & commicada pelo ‘Tribunal a Conservatoria do Resisto Predial para efeitos de rezisto oficioso. CAPITULO V Disposicdes Finais e Transitorias ARTIGO 66° Perit) 1. © modo de organizagio € de fincionamento dos Peritos erewulada em diploma proprio. 2. Os Peritos Avalindores no exercicio da sua actividede ever azir com transparéncia e pautain-se pelos principios a imparcialidade, independéncia, isengao € objectividade. 3. Os Peritos Aveliadores devem escolher, em cada circunstincia, o método que se mostre mais indicado a ava Jiagio do imével em causa I SERIE —N°4— DB 7 DE JANEIRO DE 2021 81 4. Os Peritos Avalindores devem estar inseritos no eadas- tro nacional de avaliadores de iméveis. ARTIOO 67? (expropriagies em curso) (0s casos de Expropriagio em curso efectiados antes da Publicagio da presente Lei ficam stieitos a0 regime nela previsto com as devidas adaptagdes. ARTIOD 68" ‘Revozaga0) E revogada a Portaria n° 14.507, de 19 de Agosto, € a Portaria n° 23.404, de 17 de Junho, que tomaram extensivos aAngola aLein® 2030, de 22 deJimho de 1948, ¢ oDecreto nn 43.587, de 8 de Abril de 1961, bem como toda a legisla- {40 que contratie o presente Diploma, ARTIGD 63° (Davida amiss) As diividas e as omissbes resultantes da interpretagao € dda aplicacao da presente Lei so resolvidas pela Assembleia Nacional. ARTIGO 70° entrada em sien) A presente Lei entra em vigor 180 dias apos a data da sa publicagao. ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘aoe 17 de Junho de 2020, © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedkade Dias das Samios. Promulgada aos 22 de Dezembro de 2020, Publique-se, © Presidente da Reptilia, JoXo Maxuet Goncarves Lovrexco, (20-19816-C-AN) Resolucaion.” 1/21 de 7deJancivo Considerando que os Grupos de Deputados Residentes tm como objectivo a coordenacao da actividade dos ‘Deputados residentes na respectiva provincia, cujas tarefas a realizar devem constar de wm plano aprovado pelo Plentio da Assembleia Nacional; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nnos termos das disposigbes combinadas das alineas a) ¢ €) do artizo 160. e da alinea f) don’ 2do artigo 166, anibos dda Constituicao da Repiblica de Angola, ¢ do artigo 98° do Regitmento da Assembleia Nacional, a seauinte Resolugao: 1° — Aprovar 05 Planos de Trabalho dos Grupos de Deputados Residentes para 0 Ano Parlamentar 2020-2021, que sao parte integrante da presente Kesolugao. 2° —A presente Resolugao entra imediatamente em ir: ‘Vista € aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘05 20 de Novembro de 2020. Publique-se. (O Presidente da Assenubleia Nacional, Fernando da Piedad Dias dos Seantos. PLANOS DE TRABALHO DOS GRUPOS DE DEPUTADOS RESIDENTES, AIO PARLAMENTAR 20202021 (roduya0 © presente Plano de Trabalho apresenta, em confor- ‘midade com o artigo 98° do Regiment da Assembleia ‘Nacional (RAN), as actividades a serem desenvolvidas pelos Gmupos de Deptitados Residentes durante o Ano Parlamentar 2020/2021, que compreende o periodo de 15 de Outubro de 2020 a 15 de Agosto de 2021, nos termos do artigo 102° do Rezimento da Assembleia Nacional Neste sentido, este Plano Geral resulta da consolida- 0 dos Planos de Trabatho dos 17 Gmpos de Depntados ‘Residentes, nomeadamente 1. Grupo de Deputados Residentes da Provincia do Benge: 2. Grupo de Deputados Residentes da Provincia de Benguela; 3. Grupo de Depuitados Residentes da Provincia do Big; 4. Grupo de Deputados Residentes da Provincia de Cahinds 5. Grupo de Deputados Residentes da Provincia do Cando Cubango, 6. Giupo de Deputados Residentes da Provincia do Cuanza-Norte; 7. Gnupo de Deputactos Residentes da Provincia do Cuanza-Sul, 8. Grupo de Deputados Residentes da Provincia do Cunene; 9. Grupo de Deputados Residentes da Provincia do Hu 10. Grupo de Deputados Residentes da Provincia da Huila, 11, Grupo de Deputados Residentes da Provincia da Lumda-Norte; 12, Grupo de Deputados Kesidentes da Frovincia da Lunda-sul; 13, Grupo de Deputados Residentes da Provincia de Malanje; 14, Grupo de Deputados Residentes da Provincia do Moxico; 15. Grupo de Deputados Residentes da Provincia do Namibe; 16, Grupo de Deputados Residentes da Provincia do vie, 17, Grupo de Deputados Residentes da Provineia do Zaire mbo;

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