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Até pelamen ssa déca's de 1980, era bastante -comum que oas ingress nssem em seu primeito ‘empregocomos, sdizes e, . medida que fossem adquirindo praticae —4e*’.nentos, pragredissem nace’ ira. Para isso, era necessdrio um compromisso elongo prazo no qual oempregador oferecia opor: unidades» »conheciaa dedicacao do funcionario, Atualmer, apesar de muitos jovens também ~sarem r.o mercada de trabalho na condigaa de apie. as chances de uma longacarreira na mesma ‘empresa sao minimas. A Organizacao Internacional do Trabalho (OI) prevé o aumento de formas de tra- balho informais, de curta duragéo,com pagamentos porcontrato, realizado multas vezes por meio do ‘eletrabalho, A estabilidade no emprego, portanto, 6 cada vez mais rara nas relagbes de trabalho no mundo contemporaneo. Nesse cendrio em transformagao, garantias traba ihistas conquistadas ao longoda tempo estao sendo substituldas paulatinamente porformas de trabalho mais flexiveis que prometem aumentar a eficiéncia dos processos produtivos e promover situagoes de trabalho mais livres, isto & que permitamao profis- sional negociar seus contratos de trabalho e gerir seu tempo esforco de maneiraindependente, Ao mesmo tempo, esse tipo de trabalho sob demanda, solicitado conforme a necessidade do contratante, pode reduzir a capacidade de planejamento finan: ceive e de aquisigdode benspor parte do trabalhador, Pensandonesse cenério,¢ possivel perceber que ha pessoas que se beneficlam do trabalho porcontrato tempordrio e realizado rematamente, pols padem desfrutar da flexibilidade de horério, evitam perder horas do dia para se deslocar nas grandes cidades e podem se dedicara maisde uma atividade, enquanto ‘outras pessoas nio tém acesso as tecnologias, ou no dispdem de ambiente residencial ou configuracao familiar adequados, que Ihes permitam a realiza¢io, por exemplo, deteletrabalho em casa Considerandoo que foiexposto, comase preparar para ingressarem um mercado detrabalhomarcado pela constante mudanga? Como evitar que essas transformagbes aumentem a desigualdade social? Quando pensamos no saber e na a¢ao humana no munda logo nas vér A mente as nocées de técnica, trabalho, lazer e ciéncia, que serao os grandes topicos deste capitulo, Vamos iniciar com a nagéo de técnica, es- sencial para que possamos ‘compreender a capacidade humana de aperfeicoar suas ages. Em seguida, vamos abordar a dimensio do tra- balho, considerando os pro- -cessos de humanizagaoe de desumanizacao envolvidos. ‘0 lazer também vai er discu- ttido, destacandlo-o como mo- mento imprescindivel paraa promacio de nosso bere tat. Por fim, vamos abo. tar a déncia, tendo sociedades tradicionais poss! >lentendermelhor a contradi¢ao entre trabalho. 2a¢30 e trabalho como prisao se aatengao for sitada par. a historia humana, Em algumas sociedades pais, as tarefas saodistribuidas de acordocoma forca eacapacidade de cadaum.Os homens cacam ederrubam vores preparando o terreno para as plantagdes, a0 passo. {que as mulheres semeiamee fazem acoleta. Por seremativ- dades fundadas em cooperagoe com plementacao, em vez dese basearem na exploracao, tanto a terra como os frutos do trabalho pertencema toda a comunidade. © antropélogo estadunidense Marshall Sahlins, que es- tudou sociedades tradicionais nas has do Pacifico, explica que o “trabalho tribal’naoé alienado nem dos instrumentos. e recursos necessarios 4 producao, nem do produto e do interessedas pessoas envolvidasno proceso. ParaMarshall, trabalho nessas circunstancias€ organizado por relaoes ro econémicase & expresso de relagdes preexistentesde parentesco ¢ de comunidade. a0 fato de a atividade produtiva ficar restrita 8 suc ia, como salienta 0 antropélogo francés Pierre Clas Ele explica que, em razio-disso, 0s europeus construiram imagem preconceituosa de ques indigenas seriam pre- ‘uicosos e questions: “O bom senso pergunta enta. yr axe ¢ que os homens dessas 94 iedades [tradici. 4s] quereriam trabalhar ¢ produzifmais, quands trés ou quatro horas cotie’=sene atividade pacifica bastam para assegurs « do grupo? Pra que Ihes serviria isso? ara que serviriam os excedentes acu- mulados? Qual Seria o seu destino? [...] Doravante re] pos admuitir, Pppx qualtficar a organizagao eco- non. dessas socicdladles, a expresso de economia sie su sisténcia, descle que se entenda par isso nio-a sucagio de uma caréncia, de uma incapacidade, Li les a esse tipo de saciedade e a sua tecnologia, mas contrario a recusa de um excesso inutil, avon ade de adequar a atividade produtiva a satis Facdo de suas necessidades. F nada mais.” CLASTRES, P.A sociedade contro Estado. Porto ‘Alrontamenta, 1975. p. 189, Cena de filme britinica Eu Danel lake, digido por KenLoach, 2016 No filme, o personagern Daniel Bake, muitodoente esem candicées de trabalhar vé-se desamparado pelo Estada, que ndolhe concede rnenhum tipade auxtio ouaposentadaria.O filme aborda, demaneira critica e questionadoraarelagso entre trabalho ehhumanizar30. ‘Otrabathoe atéenica Ivan Domingues. Sao Paula: Martins Fontes, 2016. (Colegao Flosofias ~ 0 prarer do pensar) No livro,0 professor an Domingues constréium quadro his \érleo-flloséfice da téeniea e da tecnologia, O autor trata desde ‘oiniclodarelagiode ser humano coma técnica, no Paleoltico, até os dias de hoje, em que problematiza © avanco da tecno: logia. Para © autor, apesar de permitira ampliagio do tempo livre, que poderia ser ocupado com ciéncia, Filosofia, arte ou religido, a tecnologia passou também a dominare preencher 0s momentos de hzer. » Ocio e negécio Porqueesse estado de coisas, em que o resultado do trabalho de subsisténcia pertencia a toda a comunidade, se alterou? Para Jean-Jacques Rousseau, filésofo que viveu no século XVIII, a desigualdade surgiu quando alguém, ao cercar um terreno, lembrou-se de dizer“Isto ¢ meu’ crianda assim a propriedade privada, Nesse momento, abriu-se 0 caminho para a divisio social, as relagées de dominagéaea desigual apropria¢ao dos frutos datrabalho, conforme o filésofo afima na obra Discurso sobre aorigem € 0s fundamentos da desigualdade entre os homens. A divisio entre aqueles quemandam eos que s obe deceme executam existe desde as mais antigasciviizacées € caracteriza a ruptura entre a concepeao ea execucdodo trabalho, A divisdo de funcoes pode parecernatural para quem pensa sera atividade de mando atribute-do talento pessoal, ao passo que outros sd teriam competéncia para atividades bragais, Um olhar mais erttico, no entanto, per mite coneluir que nose trata da natureza dos individuos, mas de mecanismos que definem as fungées de acordo coma classe social a que eles pertencem Entreos gregos da Antiguidade, que viveram em s0t.- dades escravagistas,a educagao era uma instincia qu pc marcava adivisiodepapéisa desemp.cnhar, Nio por ac. 50, a palavra “escola” (do grego skolé).< cava, literalmen & lugar dodcio’ ondeas criancas eos. A gindstica jogos, musica # retbrica (a ar. bem falar). Preparavam-se, assim, pe‘awtbco digno ote -olivre para se dedicar s fungd er nabres diy pensar, decidir, guerrear & fazer politica, Enty’ .romanos, dpalavra “bcio" (do latim otium) manteve sé.» original cego, tanto que aativi dadede trabalho para ss \+aray dlaeraidentificada com negdcio* (nec-otiun, nao dcio*). a dedicavam-se a palawr 2 Teoria. ‘a modernidade dernida.ie ou aldade Moderna surgiucom abase Wino Renascimento, consolidandoimportan- tes teorias cientificas a0 longo dos séculos XVII e XVIII. Os principais representantes que valorizavamo espiritocrtico @ a racionalidade da ciéncia nessa época foram Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes e John Locke. cultura, Inserido no espirito cientifico de sua época, o inglés Francis Bacon(1561-1626),naobra Novum organum, rejel- tou.as concepgées tradicionais de ciéncia de pensadores gregos, segundo ele, “sempre prontos para tagarelar’, porém “incapazes de-gerar, pois a sua sabedoria é farta de palavras, mas estérilem obras", Com seu lema"saber é poder; criticoua base metafisica da fisica grega-e medieval, realgando, ao contrario, o papel histérice da cidneia e do saber instrumental, que permitiria dominar a natureza De maneira semethante, René Descartes,contemm# ra. neo de Bacon, afirmou: *Pois elas [as nogées gerais da fisica] me flaerar ver que é possivel chegar a conhecimentos que se jam muito utes & vida, e que, em vez dessa flosofla especulativa que se ensina nas esas, se pode en contrar uma outra pritica, pela 1...) poderidmos empregé-losda mesma manéira —odos os | os para os quais sto préprios, ¢ assim 1 rnar ¢smo que senhores ¢ possuidres da nature DESCARTES, R. Biecilyn ai Cultural 1973. 9 Observeasidelas ow. . 0 discurso dosdois fildsofos mencionados: Yaberé poder" (Bacon) e*senhores © possuidoresdanatureza \Descartes), Ambos esperavam que, pow. laccitncia e eu técnica, a natureza fosse domi aina. a oquechamamos de ideal prometeice, Esta € so remete ao mito de Prometeu, figura da mitologia a que roubouofogodos deuses para entre girloaos set. 0 disso, foi condenado a suplicio ete ode, acorrentada, ter seu figado-comido persistentemente por um abutre, pois, pela natureza do Orga, seria sempre regenerado, © fago simboliza a téc nica eo trabalho humano, por isso representou amitodo Qresso como um bem emsi mesmo, Sabemos, nos tempos atuais,comoa promessadefelic! dade, vinculada a ideia de progresso, se cumpre em parte, pois trazconsigo os desastres do desequilibrio ecolagico, entre outros problemas, ‘anos e,em razi Prometeu acomrentado, escultura deNicalas Sebastien Adam, século XV ‘eration she Ce ar a 9414s 19 tao Reconhecimento juridico do trabalho no século XVII Sena idade Média privilegiava-se o S3B8FEOMeMplaive em detrimento da pratica, no Renascimento e na Idade Moderna ocorreu a valorizagio da técnica e do conhe- cimento alcancados por meio da pritiea. Nos campos politico e econémico estavam sendo elaborados os principios do liberalismo e do capitalismo, que se refletiriam em todos of dominios da vida humana. Quais foram as consequéncias das ieias liberals parao trabalho? Depois de superadas asrelagoes de daminagao entre senhoresfeudas, € servos, instituiu-se o contrata de trabalho entre individuos livres, a que significouo posterior reconhecimento do trabalhador no campo juridico. Uma das novidades ideias liberaisfoi, portanto, a valorizacéo dotrabalho. Assim disse ofildsofoinglés Locke em obra publicada em 1689: “Embora a terrae todas as criaturas inferiores sejam comuns a tod cada homem lem propriedade em sua propria pessoa: a esta ninguém tem qi direito sendo ele mesmo. O trabalho do seu corpo ea obra de suas miios. dizer, so propriamente dele. [..] Desde que esse trabalho é do trabalhador, nenhum outro homem pode ter direito ao quando houver bastante e igualmente de boa qualidade LOCKE. J. Segundo tratado sabre 0 governo. Sio rt] Cu ural. 1973. riqueza significava a posse de terras e os proprietarios pertenciam & nobreza au 20 alto dero.a0 passo.que naidade Moderna cor se amonetarizagdodaeconomiacom as atividades mercantis.¢ manufatureiras, Jue a riqueza passou a significar também a posse dodinheira. Essesaconteci naascensioda burguesia enriquecida Osburgueses constitulam um s dos antigos servos liber- tos que, por sua vez, emancipat ram as inquietages que levaram os trabalhadores a de seus interesses, © impacto das organizacées de € 05 principios do pensamento politico do século XIX. Industrial, esponsavel por uma ordem propriamente Nocontextodo século XK, 0 Iberalsmo democritico configurou-sediantedas novas exigéncias de igualdade que consistiam em estender a liberdade a um numero cada ‘vez maior de pessoas por meio da legislagio e de garantias juridicas, ao paso que os proletsrios, organizados em sindieatos, reivindicavam melhores condicées de trabalho € moradia, muitas vezes influenciadas por ideias sodalistas e anarquistas.. Destacaram-se nesse contexto 05 filésofas do liberalismo inglés Jeremy Bentham @ John Stuart Mill defensores da tendéncia filoséfica utlitarista, que via como justo estender a todas as pessoas os beneficiosde confortoe bem-estarresultante dariqueza ‘gerada na logica do capitalismo industrial. Stuart Mill, tento 20 sofrimento das massas oprimidas, defendeu a coparticipago de trabalhadores nos lucros da industria, bem como a representa; do proporcional na politica afimde possibilitar a expresso de opinides minoritarias, como-os movimentos reivindicatérios dos direitos das mulheres. Saber lative: conceite ‘visi sentidos. No context, Puramente teria, restr abordagem que nio considerauma finabdade prdtica imediata ‘Tercairo: juridicamente ¢ a pessoa ‘estranhaa uma rebg3o processual ‘2 que, a principig.n3o tem poder para interfent nessa rel3e30.No ‘contexto, significa “terceira pessoa" ‘ou timplesmenteoutea pestos Critica ao trabalho como mercadoria Embora compreendesse o trabalho come condicio de liberdade, economi: fildsofo alemao Karl Marx criticau a viséo otimista predominante do capitalismo liber no século XIX por entender que a nova ordem econémica do liberalismo seria incapaz de possibilitara igualdade entre as partes nos navascontratos. sso porque, nas relagdes de trabalho estabelecidas, o trabalhador perde mais do que gan! para outto e nao para s. de seu trabalho, Comandado de forapor foreasque naoconti “alheio"a si propria, fendmeno que o fildsofo der salirlo, o trabalhador transforms-se.e duplo de fetichismoda ‘mercadoria e de reifica¢o do traball «+ Fetichisma ¢ 0 processor de troca tornam-se superiores mercadoria ganha prioridade: os valores lores de uso edeterminam as relagdes hu- manas. Desse moda, a relagéo e' dutores nao se faz entre eles préprios, mas entre os produtos de seu trabar_. Por exempla, as relagdes ndo so entre alfaiate e carpinteiro, mas entre casaco emesa,equiparados conforme uma me- devalor, latino oriundo do latin res, coisa’; nocantexto, significa sformacao de seres humanos em coisas, Em outras la mercadoria leva 4 desumanizacio da pessoa, 8 sua O conceito de ideologia ainda hoje é comumente aceito como conjunto de ideias, /¢05 OU opiniées sobre algum ponto sujeito adiscus do, por exemplo, com referénciad ideologia de uma escola ou de um partido politico, Para Marx eEngels, porém, a ideologia¢ justamente oque impede a classe dominada de tomar cansciéncia da dominagao, Sob esseaspecto,eles entendiam aideologiacomo conjunto de representagdes ¢ ideias, bem como normas de conduta por meio das quais 05 individuos de determinada so ciedade so levados a pensar, sentir eagir de maneira conveniente classe que detém 0 poder. Mais precisamente,numa sociedade dividida em classes, cominteresses antagénicos, muitas vezes as representa gbes ideoldgicas aparecem como conhecimento ilusdrio que apresenta a sociedade como se fosse una @ harmonica, mascarando os canflitas socials. ‘Aganalisaro conceltade Estado, Mare argumentava que. ideologia esconde o fato de que ainstituigo estatal, por ser burguesa, expressa osinteresses daclasse dominante © 56 aparentemente visaria ao bem comum, Trata-se de uma concepgao negativade-Es- tado, pela qual seriam perpetuadas.as contradi¢6es socials Portanto, apropasta marxista era radical por estimulara luta pela revolugao, para instalar a ditadura do proletariado, perfodo de fortalecimento da classe operaria e enfraquecimento da burguesia até o desaparecimento do Estado. Essasideias estimularamdiversos movimento s proletérias de reivindicagao de melhores condigdes detrabalho, culminando no século seguinte na revolugao socialistana Russia em 1917, que resultouna formagio da Unido Soviética. Em 1989, a queda do Muro de Berlim pprenunciou o fim do socialismo como alternativa ce modelo econd mico naquele contexto. » As transformagoes do trabalho na contemporaneidade A partir da Revolucio Industrial, as dificuldades dos operdrios tornaram-se explicitas: extensas jornadas de trabalho, péssimas instalagbes das fabricas, baios salirios, arregimentacio de mulheres ¢ criangas como mio de obra barata Com frequéncia greves opersrias nosEstados Unidos reivindicavam methores concicoes de trabatho a0 mesmo tempo que buscavam fortalecer 0 movimento operdrio por meio da organizagso de diversas grupos trabalhistas de alcance nacional Em 1886, foi fundada a Federa¢éo Americana do Trabalho, que mais tarde seria o maior agupamento de sindicatas, com forca parareivindicaraumento de salérios € methoria das condicées de trabalho, além de outros beneficios. Desa manera, podemos dizer que, no inicio do século XX, atenuaram-se as condicoes precirias das fbricas em razio da organizacio de sindicatos, Da fabrica para o escritorio Na segunda metade do século XX, al destocamento da mio de obra para o setor Je aumentando o numero de trabalhadores no\corierc no transporte e nos escritérios,ao passo que dninuiam nas fabrieas ou no campo. Aci \idades agricolas paidus triais, por sua vez, tornararnse mente dependentes do desenvolvimento das técnica pinformacio e de comunicacio, tipics"(do setor de ser De fato, o consumo de servicas de comércioginancas, salide, educacio, lazer, turismo e publicidad ova a comunicagio cada vez mais Sgil no cotidianoe, ise instantaneamente, a informagéo era veiculada em arm. ‘mundial pela expansio de redes de telefonia e infovias A partir da década de 199 mudangas mdicais no modo de trabalhar repercutiram nas cida )>s como. no campo,o quelevouaenfraquect in dossindicatos, fatoque.semduvidasistoua capacidac. )YSemanterem conquistas rabahistas jabicancadas e também propiciou a diminuigo dt sorelhindicaciode novos direitos. ‘Ags poucos ecorrel uit uddcentralizacio dos lacais de trabalho em virdede da terceirizagao das economias, abrinillljpossibilidaddln deslocar industriase prestagso eéserv. para qualquer lugar, o que levou d procura de CEN menor custo de trabalho e baixa tributacao, ale. Vp afrouxamento de exigéncias trabathistas e de cuidae pro ambiente. Outro: padrées de produtividade surgiramem decorrén- ciade tecnologiasde automacSo, robsética e microeletronica, Esse processo exige polivaléncia da mao de obra, uma vez que o trabalhador passa a controlar diversas mquinas € processos.ao mesmo tempo, descentrakzando suainiciativa, oquepodedemandaracolaborac So de outros profissionais eum trabalho em equipe. Além disso, a automacio da producéonos paises economicamentemais desenvolvidos tem substituide.o trabalho humano por robés que desern- penham sozinhos fungées programadas ‘As wanslormacdes prove: cadas pelas tecnologias criaram outras formas de trabatho. Emalgumas delas a erganizagie do espaco ¢ regida por uma ideia de regularidade e simetria na disposicso dos postos de trabahho. Analise a imagem. Qual setia.a sua sensago em trabalhar em urn ambien: te como este? Centra de stendimerto telefono 1 cidade de Sio Patso GP), 2019 A era informacional-digital ¢ a precarizacao do trabalho ‘A expansio do uso de internet, ct advente data da década de 1960, ganhou imputsocoma publicagdedaprimeira pagina aberta da rede mundi (world wide web = chamada de web, em 1 dindmicadaciesulagio dein = (0 século XXI, entra~ aplicativos, que promoveu a TEAR anton ‘smartphones, para realizar variadas agées mo solicitar servicos de transporte, reser= Prestador de serigo por meio . Acesso emt abe. 2030, “Os indios nao consagravam efetivamente sendiopouco tempo quilo aque se chara tra- balho. E no morriam de fome, no entanto. As cronicas da época so undinimes em descrever a bela aparincia dos adulios, a boa saide das numerosas criancas a abundincia ea variedade dos recursos alimentares. Por conseguinte, a economia de subsisténcia que era a das tribos Indias ndoimplicava de modo algum a procura angustiada, o tempo inteiro, de alimento. Por- tanto, uma economia de subsisténcia é compa- tivel com uma considerdvellimitagSodotempo consagrado ds atividades produtivas.” CLASTRES, PA sociedade contra o Estado. Porto: Afrontamento, 1975. p. 187 ¢ PD 3) L 2 4. Registre nocaderna, Faca um levantamento de tipos de lazer que mais atraem os jovens. Em. seguida, explique em que sentido a mesma atividade pode ser alienante para uns, mas significativa e enriquecedora pa ra outros Freud define apsicandlise como um procedimen- to de investigagio dos processes psiquicos, os quais, de outra forma, dificilmente seriam aces siveis e que se fundem em uma nova disciplina cientifica, Outros pensadores discordam dessa visio, preferindo nao associar a psicanilise & ciéncla, justificando que a hipétese do incons- ciente nao apresenta condigées de ser compro- vada, 0 que ¢ imprescindivel em qualquer teoria que se pretenda cientifica, Essas posigées ex: pressam duas tendéncias da configuracio dos métodos das ciéncias humanas, Quais sio essas tendéncias? A invengio do computador levantou a hinétese de que 0 aperfeicoamento dessa maquina se levé-la a pensar como um ser humano. que come John Searle refutou essa possibili Leia o texto a seguir de Jona se 0 exemplo fornecido pi processos de humanizagio por meio do trabalho. “Quem jé vivéima costa oeste . América do Norte de ue, em funguo das esta~ des. todo, especies de pissaros migram ‘a 0 Sul, perfazendo distancias continental, O ingo da plataforma ‘coroa branca é uma rte, Diferentemente da maioria dos ros, esse pardal tem a capacidade ria de permanecer acordado por jas durante as migragdes, 0 que thes ie Vaur © navegar de noite, e procurar por alimen to de dia, sem descansar. Nos dlti- mos cinco anos, 0 Departamento de Defesa dos Estados Unidos gastou uma expressiva soma, de dinheiro para estudar essas criaturas. Com recursos do governo, pesquisadores de diversas universidades, notadamente em Madison, no ‘estado de Wisconsin, tém investigado a ativida~ de cerebral desses passaros durante os longos periodos de vigilia, coma esperanca de obter conhecimentos apliciveis aos seres humanos ¢ descobrit como as pessoas poderiam fear sem dormir e funcionar produtiva e efieientemente, 0 objetivo inicial é tio somente a criagio de um soldado que nda durma - ¢ o estudo dos pardais de coroa branca é s6 uma fragie de um, amplo esforgo militar para obt algum controle, mesmo que limitado, sob: ” no humal 5. Com base no texto io ndo aparece somente no resultado, ibém no ato da produciio, no interior da atividade produtora, Como o opersirio estranbo a st mesmo? Com efeito, 0 produto é 86 ‘o resumo da atividade da produc. Seo preduto do trabalho 6 espoliagio, a prépria produce deve ser espoliagiio em ato, espoliagio da atividade, da atividade que espolia, A allenagéio da abjeto do trabalho 6 s6 o resumo da alienagio, da espoliagio, a prépria atividade do trabalho,” ENGELS. F.Esboga de uma critica di econamia paitica, In: Ox dso atravia dos foxtos. de Platho a Sartre Sto Paulo: Paulus. 1997. p. 250 [Espoliag oda latim spoka to, ‘pthagen, toubo!“usurmigsc 6 Lela o texto a seguir e comente os novos desafios enfrentados pelo trabalhador com 0 advento do mundo digital. “LJ de um lado deve existir a disponibilidade perpétua para o labor, facilitada pela expansio do trabalho on-line e dos ‘aplivativos’, que tornam invisivels as grandes corporagdes globais que comandam 6 mundo financeito € dos negéeios. De outra, expande-se a praga da precariedade total, que surrupla ainda mals os direitos vigentes.. [.lexemplo mals do que emblemitico: traba~ Ihadores ¢ trabalhadoras com seus automdvets, isto é, com seus instrumentos de trabalho, arcam ‘com suas despesasde seguridade, com os gastos de manutengio dos veiculos, de alimentacio, limpeza etc. enquanto 0 “aplicativo’~na verdade, uma empresa privada global de assalariamento disfareada sob a forma de trabalho desregula- mentado - apropria-se do mais valor gerado pelo servica dos motoristas, sem preocupagdes com deveres trabalhistas historicamente conquistados pela classe trabalhadora.” ANTUNES, It 0 privilégio di sewidio: 6 novo proletariado de servigas naera digital So Paulo Boltempa, 2018. p. 34 apron retin rs cn Cee Parte 7. Na tirinha abaixo, 0 que significa o esforgo do cientista Albert Einstein em transformar um ponto de exclamacio em um sinal de interrogagio? ‘& Conectando com Biologia. Leia o texto a seguir, apresentado pela Fiocruz, e responda as questoes. “As doencas negligenciadas sio aquelas eau- sadas por agentes infecciosos ou parasitas ¢ so consideradas GRGHIEES om populagdes de baixa renda, Essas enfermidades também apresentam. indicadores inaceitaveis e investimentos reduzidos em pesquisas. produgio de medicamentos ¢ em. seu controle. [ Um estudo recente sobre 6 financlamento mun- dial de inovaco para doengas negligenciadas (G-Finder2, na sig eminglés) reve 5% deste financiamento foram inves das doencas extremamente negligenci doenca do sono, leishmaniose visceral Chagas, ainda que mais de 500 milhées ser produzidos ¢ comercia- je lucras, Com baixo poder ncia politica. os pacientes ro exigido pela maior parte das empresas volladas ao wero.” VALVERDE R. Doengasnegligenciadas. Disponivel ‘em chil pe /fagenciaflocruz be/doen i C3%ATas- negiigenciadas>. Acesso em: 1¥abr. 2020. Sabendo que varias doencas negligenciadas afe- sobretudo as populagdes pobres da Afric: Asia e América Latina, explique o desinteresse no desenvolvimento de novos tratamentos para essas doengas. ) Com base nos dades apresentades pela Fiocru2, analise as consequéncias sociais e econémicas para os paises emergentes ou para os de extre- ma pobreza. Endémico: estrito 4 determinada reqise geogrifics oposte de pandémica que ¢amplamente dssemmado. Enem evestibulares 9. (Enem-MEC) “O conhecimento é sempre aproximado, falivele, porisso mesmo, suscetivel de continuas corregies. hecimento melhor. O.que ivas. Ela sera antes definivel utifzagdo, por parte dos seus icantes, de instrumentalidades que ocampo tic forjou e tornou disponiveis. Ou sea, cada io no conbecimento que mostre o carter ou insu fiiente de conbecimentos anteriores ete estes kimos para as trevas exteriores nto cifneia, mas apenas para 0 estgio de conhe- imentos clentificos historicamente ultrapassados.” ALMEIDA. J. F. VeBose noves aspectos da ‘episiemctogia das clinchs sociais. Socio: problemas "epriticas,n. 88, 2007 (Adaptado} © texto desmistifica uma visio do senso comum segundo a qual a ciéncia consiste no(aj: 8) conjunto de teorias imutéveis. 1) consenso de dreas diferentes. ¢) coexisténcia de teses antagénicas. 4) avango das pesquisas interdisciplinares. ©) preeminéncia dos saberes empiricos. 10. (Enem-MEC) “A ciéncia ativa rompe com a separacio ant ga entre acciéncia (episteme), 0 saber tedrico. € a técnica {techne), 0 saber aplicado. integrand diéncia e técnica. Do ponto de vista da ideia de diéncia, avalorizagioda observacio e do método experimental opie a ciéncia ativa a ciéncia contem- plativa dos antigos; assim também, a utilizagio da matematica como linguagem da fisica, proposta por Galileusob inspiracio platénicae pitagérica, econtréria & concepgdo aristotéica.” MARCONDES, D. Inicagio i hisnia di fosofa: dos Présocritiaes a Witlgenstein inde Janeiro Jorge Zahat, 2008 (Adapiadod Nesse contexto, a ciéncia encentra seu novo fun- damento n 8) utilizago da prova para confirmacio empfrica 1b) apropriagéo do senso comum como inspiracio. ¢) reintrodugio dos principios da metafisica clissica. 4) construcio do método em separade dos fend. menos. ©) consolidacio da independéncia entre conheci- mentee pritica. =

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