You are on page 1of 34
Emog6es e sentimentos O tempo acalma, o tempo elucida, Ninguém consegue manter o mesmo estado de esptrito o tempo todo. Mark Twain Depois de ler este capitulo, vocé serd capaz de: Diferonciar emogées de sentimentos e identificar as emogées sentimentos basicos, Discutir se as emogées séo racionais e para que server. Identificar as fontes de emogao e de sentimentos. Descrever a teoria de eventos afetivos e identificar suas aplicagées. 1 2 3 4 Mostrar o impacto do esforgo emocional nos funcionarios. 5 6 Compara as evdéncias contra ea favor da intligéncia emociona 7 Aplicar os conceitos sobre emogées e sentimentos a questées especificas do comportamento organizacional, Comparar a experiéncia, a interpretagdo ¢ a expressio de emogées nas diferentes cultures. DOCE VINGANCA vinganga pode ser algo que motive? Ao que indica o exemplo cdo jogador Finazzi, parece que sim. Em 2007, apés boas atua- ;5es no Campeonato Paulista, quando jogava pelo Sao Caeta- ‘no, o jogador foi contratado pelo Corinthians, um dos principais times ‘do Brasil. O atacante chegou para a disputa do Campechato Brasileiro, 2 principal competicgo nacional, e se senta muito satisfeito pela opor ‘tunidade. O desempenho da equipe, porém, frustrou as expectativas dele e dos milhdes de torcedores do clube paulista: 0 Corinthians teve ‘uma campanha muito nuim e foi rebaixado para a Série B do camper ato. Apesar disso, Finazzi destacou-se,figurando entre os dois princ- pais goleadores da competicao. Para 0 ano de 2008, a diretoria dé clube contratou 0 téenico Mano Menezes, que conduriu uma profunds rees- ‘ruturagao no plantel, Em fungao das mudancas, Finazzi foi colocado na reserva do elenco, sendo dispensado pelo tteinador em junho de 2008, Naquele ano, o Corinthians recuperou-se da queda sofida, tetomando a Série A do ‘Campeonato Brasileiro e ganhando o titulo paulista e a Copa do Brasil de 2009. ‘so Angl(Felhapess Comportamento organizacional Enquanto 0 Corinthians se recuperava, Finazzi passava por equipes de menor tradicio. Nesse perlodo, ele entrou na justiga contra o clube, requerendo valores referentes 20 uso de sua imagem quando era jogador da equipe. Pate- cia claro que o atacante guardava certo rancor do time e do treinador que o dispensaramn, No Campeonato Paulista de 2010, 0 atleta reencontraria 0 Corinthians jogando pela Ponte Preta, clube de Campinas. Na época, entretanto, Finazzi estava mal e era reserva do time. Contrariamente, o Corinthians disputava a lideranca da competicao e néo sabia o que era perder no campeonato havia 28 jogos, desde 2008, Quando a partida comecou, Finazzi viu do banco a Ponte Preta sofrer um gol: parecia que ele nao teria a sua vvinganga. Ao longo do jogo, porém, 0 técnico chamou o atacante e ele entrou em campo, substituindo um com- panheiro. Pouco depois, Finazzi sofreu um pénalt, convertido pela Ponte Preta, ¢ fez 0 gol da virada, garantindo a Vit6ria para o time de Campinas. Apés a partida, muitos repérteres correram até o jogador para perguntar se aquele ‘triunfo tinha um sabor de vinganga para ele. Finazzi disse que no, mas afirmou que o gol marcado “foi especial”. Tudo bem, pode até ser que o atleta no queria chamar vinganga o que sentiu, mas que algo diferente o motivou, isso parece inegével.’ ‘Como mostra o exemplo de Finazzi, as emogSes que experienciamos podem nos impulsionar para a acéo. Em virtude do papel ébvio que as emogies exercem em nossa vida, nio deixa de ser surpreendente que, até recentemente, a érea de comportamento onganizacional dava pou- ‘ca importancia ao topico emogies.? Por qué? Existem duas possiveis explicagies. A primeira é 0 mito da racimaldade’ Até muito reeentemente, a norma no mundo do tra- bbalho era reprimir e abafar as emogées. Uma organizagio bem administrada nao permitia que uum empregado expressasse frustragio, medo, raiva, amor, élio, alegria, pesar ou sentimentos semelbantes, considerados a antitese da racionalidade. Apesar de os pesquisadores e gerentes sabcrem que as emogGes eram uma parte inseparével da vida cotidiana, os administradores ten- taram criar onganizagbes isentas de emoco. No entanto, era evidente que isso nfo cra possive ‘A segunda explicaco é que muitos acreditavam que as emogoes fossem perturbacoras* Os pesquisadores davam mais atengo quelas extremamente negativas — principalmente a raiva — que interfriamn na capacidade de um fncionério trabalhar eficzzmente, Raramente viam as «emagées como eonstrutivas ou como algo que contrbuisse para um melhor desempenlo. ‘De fato, algumas emogbes, especialmente quando demonstradas no momento errado, podem atrapalhar o desempenho. Mas os funcionérios trazem a emogio para o trabalho todos os dias, e nenhum estudo de comportamento organizacional seria completo sem con- siderar 0 papel delas no ambiente de trabalho. Faque sdo emogées e sentimentos? Afeto Termo genészo Antes de comegarmos a nossa anise, precisamos conceituar trés termos que estio abrange grande intimamente entrelagados e sio muitas vezes confuundidos: afta, emogies € sentiments. eet ‘Afeto é um termo genérico que abrange grande ntimero de sensagbes experimentadas poston | pelas pessoas, englobando tanto emogies quanto sentimentos. Geralmente, existe a ten ~o-l déncia de associar afetoe, por consequéndia, seus derivados, como aletividade e afeigdo a Emo situagGes ou experiéncias positivas, apesar de poder estar associado igualmente a estados Expressbes aftivas afetivos negativos, como a insatisfagdo ou a tristeza, Por sua vez, as emogées sio expres- irerans Grigio 4 | _sbes afetivasintensas dirigidas a alguém ou alguma coisa.® Podemos dizer que as emoybes | sd0 uma sibita ruptura do equilibrio afetivo de uma pessoa. Quase sempre sfo de curta du- Semimentos rasio ¢ sio geralmente acompanhadas de reagées fisiolégicas, tais como choro, batimento Exmdoeafetvosmanos _cardiaco acclerado, suores frios ou tremor das pernas. Sentimentos (também chamados intensos @ mais duréveis estados de animo ou humores) sao estados afetivos menos intensos ¢ mais durdveis do que oy sremesoeiecve as emogées ¢ que geralmente nio requerem um estimulo contextual para se manifestarem.” goto eo eau” 5 Apesar das diferencas tanto as emogies como os sentimentos so essenciais para expres- para se mandestarem, sarmos a nosta aleividade Coptulo’ — Emogéese sentiments Muitos expecialistas acreditam que as emogées so mais ef@meras que os sentiments Se alguém é agressivo com vocé, por exemplo, voe®ficard com raiva. Essa sensagio intensa provavelmente vem e vai rapidamente, talvez até em questio de segundos. Mas quando voeé esta de mau humor, pode sentir-se mal por varias horas. De modo geral, as emogies sio reagBes a uma pessoa (ver um amigo de infincia pode fazt-lo semtir-se feliz) ou evento (ao lidar com um cliente agressivo, vocé pode sentir raiva). ‘Vocé mostra suas reagies quando esta “feliz com alguma coisa, com raiva de alguém ou com medo de algo”? Os sentimentos, por outro lado, nfo sio normalmente dirigidos a uma pessoa ou um evento, Mas as emogdes podem se transformar em sentimentos quando vot perde 0 foco do evento ou objeto que ativou a reacio afetiva. Da mesma maneira, bons ou maus sentimentos podem fazé-o senti-se mais emotivo ao reagir a um evento, Assim, quando um colega o critica pela maneira como vocé tratou um cliente, vocé pode demons. trara emogdo (raiva) com relago a um objeto (seu colega), mas, medida que a emogao se dissipa voct pode sentir-se abatido. Vocé nfo consegue atribur este sentimento a nenhium evento tio; mas simplesmente nio esté no seu estado afetivo normal. A Figura 4.1 mostra a relagdo entre afeto, emogies e sentimentos Em primeiro lugar, como mostra a figura, afeto € um termo que abrange emoges © sentimentos. Segundo, existem diferengas entre emogées ¢ sentimentos. Algumas dessas diferengas — de que as emoges mais provavelmente serio causadas por um evento s- pecifico e so mais efémeras que os sentimentos — ja foram discutidas. Outras diferencas sio mais suti. Por exemplo, ao contrério dos sentimentos, emogées como raiva, desilusio € medo tendem a ser mais claramente reveladas por expressées faciais ou reagies fsicas, Além disso, alguns pesquisadores sugerem que as emogdes estio mais voltadas para a acio— clas podem nos levar a agir por impulso —, ao passo que os sentimentos parecem ser mais cognitivos, o que significa que eles podem nos levar a pensar ou meditar antes de agin.” Para finalizar, a figura mostra que as emogées ¢ sentimentos estio intimamente li- gados e podem influenciar-se mutuamente, Conseguir 0 emprego dos seus sonhos pode sgerar uma emogdo de alegria, o que pode deixé-lo de bom humor por varios dias. Do mesmo modo, se voce estiver de bom ou de mau humor, isso pode levé-lo a experimentar ‘emogdes mnais positivas ou mais negativas, Se estiver de mau humor, por exemplo, voce Ns ‘Afeto, emocbes @ sentimentos ‘Afeto Definido como uma ample exensBo de sensagBes eipeimentadat pelas pessoas, © afta pode sor vivenciado na forma de ‘mages ou sentiment = Emos ‘+ Causades por um even expeciico * De breve duraréo (segundos 98 mines) *+ Eepeciicas e de vérios naurezos Imuitas emogdes especficas, como foiva, medo, Wstz0, felicidad, ‘verséo surpreso) * Normalmenle acomparhadas ‘expresses fociols ot reagdesfsicos *Voliedas 8 ado. a Sentimentos + Geralmente causa néo 6 specifies ‘um evenio ou objeto + De dorogdo moior que as amos {horas ob dics) + Mois gers (ds dinenéesprincpas ~dflidade postive eoetvidade gatvo~ que x80 compesios do inlplas emogtesespactica) + Geralmene ndo demonsrados por meio de expresses ov reardes 3 dsinon + De natreza cogntiva CComportamento organizaconsl pode ‘estourar’ em resposta a um comentario de um colega quando normalmente teria, | tuma reagio moderada, i Embora afeto, emogies ¢ sentiments seam teoricamente dstintos, na pritica a di- Ff tingao nao € tio clara. Em algumas areas, os pesquisadores estudam prindpalmente os | sentimentosc, em otras, concentram-se nas emogdes. Assim, quando retomarmos tépicos de emog@es ¢ de sentimentos em comportamento organizacional, voce verd que hd mais pesquisa sobre as emoges em uma area e mais sobre sentimentos em out As emogées basicas Quantas emogdes existem? Ha dezenas delas, incluindo raiva, desprezo, paixio, en- tusiasmo, inveja, medo, frustragio, decepgo, constrangimento, aversio, felicidade, écio, esperanga, ciime, alegria, amos, orgulho, surpresa ¢ tristeza, Intimeros pesquisadores tém tentado limité-las ¢ agrupé-las em um conjunto basico.!' Alguns, porém, argumentam que no faz sentido pensar que existem emogoes ‘bisicas’, porque mesmo as emogbes que ra- ramente experimentamos, como surpresa, por exemplo, podem ter um poderoso efeito sobre nés.” Outros pesquisadores, até mesmo 0s filésofos, argumentam que ha emogdes uuniversais que so comuns a cada uum de nés. René Descartes, conhecido como precursor da filosofia moderna, identiicon seis ‘paixdes simples e primitivas’ — admiracio, amor, 6dio, desejo,alegria tristeza —c argumentou que “todas as outras so compostas de uma dessas seis ou derivadas delas”.® Embora outros filésofos, como Hume, Hobbes e Spinoza, tenham identificado outras categorias de emogGes, a comprovacéo da existéncia de um conjumto basic de emogées ainda é um desafio aos pesquisadores contemporancos, Paicélogos tém tentado identificar emocées basicas ao estudar expressbes faciais."" Um problema que essa abordagem apresenta é que algumas emogGes siio muito complexas, para serem representadas por expresses faciais ou reagSes fsicas. Muitos pensam que 0 ‘amor, por excmplo, é a mais universal de todas as emogGes," mas ainda assim nfo € fécit ‘demonstré-lo com uma expressio facial apenas. Por outro lado, diferentes culturas também tém regras diferenciadas que governam as expresses emocionais, Assim, a maneira como vivenciamos uma emogao nao a mesma como a denonstramas. E muitas empresas também oferecem programas de administragio da raiva para ensinar aos trabalhadores ¢ executivos ‘a conter ou até mesmo a esconder sens sentimentos mais intimos.® £ improvavel que os psicélogos ou filésofos venham a concordar totalmente em algum, momento sobre um conjunto de emogies bésicas, ou mesmo sesso existe. Ainda assim, muitos pesquisadores esto de acordo sobre a existincia de seis emogies universais — raiva, medo, tristeza, felicidade, repulse surpresa."” Alguns deles até as organizam em uma série continua: felicidade ~ surpresa ~ medo ~ tristeza ~ raiva ~ repulsa.'® Quanto mais préximas estiverem ‘quaisquer das emogBes neste continuon, mais provavel sera confundi-las. As vezes, confundi- mos félcidade com surpresa, mas raramente confundimos felicidad com repulsa. Além disso, ‘como veremos mais adiante, fatores culturais também podem influenciar essas interpretacGes. io slo apenas 08 funcionétios que experimentam emogées negativas quando a empresa na qual trabalham comega a demiti A maioris dos executivos responsdvels por comunicar a noticia e escolher as pessoas que irko recebé-la também se sente mal por ter de fazé-lo, Em outubro de 2008, Valdecir Bersaghi, diretor-goral para o Brasil da fabricante de tubos de ago ‘Tyco Dinaco, experimentou forte tristeza eraiva por ser Obrigado a cortar 30 por cento de seus funcionéios. Ele tentou encontrar urna saida menos dolorosa, mas ‘io foi possivel. “Foi uma daciséo muite diffi”, conta ogestox™ Captulod —Emogdesesentimentos Os sentimentos basicos: afetividade positiva e negativa ‘Uma maneira de classificar as emogSes é se classi postivas ou negativas As emo- Ges positivas — tais cgmo alegra e gratido — expressam umn estado ou avaliagto afetiva favordvel. As negativas — tais como raiva e culpa — expressam o oposto. Tena em mente que as emogdes nao podem ser neutras. Ser neutro € 0 contréio de ser emocional.” Quando agrupamos as emogdes em categorias positivas ¢ negativas, elas se tornam sentimentos, pos olhamos para elas de maneira mais gencraizada em vex de isoladas em uma emogio em particular. Como podemos observar ao analisar a Figura 4,2, 0 entusias- ‘mo sinaliza uma alta afetividade positva, ao passo que otédioé indicativo de baixa afetvi- dade positiva, Do mesmo modo, nervosismo é um exemplo de alta afetividade negativa, 20 passo que o relaxamento & uma emogo que caracteriza uma baixa afetividade negativa Para finalzar,algumas emoges — tais como satisfacio (uma mistura de alta afetividade postiva e baixa afetividade negativa)e tristeza (uma mistura de baixa afetividade positiva e toes alta afetividade negativa, — estio no meio-termo. Vocé notard que esse modelo nko inclui todas as emogdes discutidas anteriormente. Algumas, como a surpresa, nfo se encaixam, pois nko slo claramente positivas ou negativas. Metividade postve- _‘Podemos, entlo, pensar em afetividade positiva como uma dimensio dos senti- Dimensse dos ‘mentos que consistc em emogdes positivas especificas,tais como entusiasmo, autoconfianga ears e alegria, ng topo da escala, e tédio, preguiga e cansago na parte mais inferior dela. Por Scaemons outro lado, & afetividade negativa é uma dimensio dos sentimentos que inclui estados {ai como entusiasmo, afetivos como nervosismo, estresse ¢ ansiedade, no topo da escala, ¢ a calma, a tranquil autoconfianga ealear, dade © o equilfbrio, na parte mais inferior dela, (Observe que as afetividades positivas ¢ ‘e0minimo de tédio, Preguiga © cansoso, nnegativas sdo sentimentos, Utilizamos esses rotulos ¢ no sentimentas psiions © negatioos, pois & assim que os pesquisadores os classficam,) As afetividades positiva © negativa afetam 0 nosso trabalho, pois enviesam nossas per~ Afetividade negativa cepgies, e estas podem se transformar na propria realidade. Um comissério de bordo, Dimenséo dos rensSo dos por exemplo, eriou um dg andnimo na Internet que diza: “eu trabalho em um tubo de Suuceeubeeone _aluminio pressurizado e o ambiente externo ao meu ‘escritrio’ no pode sustentar a vida -nervosismo, estresse & ‘humana. Por essa raz%o, algumas vezes nfo vale a pena sustentar a vida humana no am- Besedade @ominimo bent interno J, na verdade os passageros podem ser estipidoseidiotas, Matas veaes de relaxamento, ‘trancuillidace e | equllbvio. | sou trataco com falta de respeito, ninguém me ouve (J até que eu ameace jogélos para fora do avido”.* Claramente, se um comissiio de bordo est de mau humos, so influene cme claré sua percepcio dos passageiros, que io, por sua vez, influenciar seu comportamenta. ‘A estrutura dos sentimentos Teno Alta Ala fetividede Ennsiasmade Positive Bate fy fot Triste © Salsleito Deprimido Sereno Go Reloxado, Bein atidede Canad cele Saba afdade Compentagio de positividade Tendncia da maioria dos individuos ern ‘experimentar um sontimento svavemerte postive quando hada de espacial ext8 ‘contecendo, Comportamentoorganizaconal ‘As emogGes negativas tendem a provocar sentiments negativos, Estudos mostram que, as pessoas pensam cinco vezes mais tempo nos eventos que criaram fortes emocées nega- tivas do que nos que criaram fortes emogdes positivas. Portanto, devemos esperar que as pessoas se lembrem das experiéncias negativas mais prontamente que das positivas. Talvez ‘uma das razies seja que, para muitos de nés, elas também so mais incomuns. De fato, as pesquisas mostram que hé uma compensacao de positividade, significando que, ‘quando hé um input zero (quando nada de especial est4 acontecendo), a maiotia das pessoas experimenta um sentimento positive moderado."* Assim, para a maioria das pessoas, os estados afetivos positives séo de algum modo mais comuns que os negativos. A compensa- io de positividade também parece que funciona no trabalho, Um estudo com atendentes cde um call ener (provaveimente um trabalho no qual dificlmente alguém desenvolva um sentimento positive) revelou que as pessoas relataram sentir um estado de espirito positivo em 58 por cento do tempo.” No entanto, como outros estudos sugerem que “niio é bom estar sempre de bom hu- mor", de fato, apesar de sentimentos positivos faciitarem a criatividade, aflexibilidade e a ‘cooperagio, os sentimentos negativos podem também contribuir para melhorar a atengio « faclitar julgamentos mais prudentes ¢ precisos.”” ‘A fungao das emogées ‘As emogées nos tornam irracionais? Com que frequéncia voc? jé ouviu alguém dizer: “Ah, vocd s6 esta agindo com a emogio”? Voct deve ter se ofendido. O famoso astré- ‘nomo Carl Sagan uma ver. escreveu: “Onde residem as nossas mais fortes emogdes € onde temos mais chance de nos enganarmos”. Essas observagdes sugerem que racionalidade ‘¢ emogio estio cm confiito entre si e que, se voce demonstrar emogao, provavelmente demonstraré irracionalidade. Alguns autores argumenta que demonstrar emogdes como tristeza a ponto de chorar é tao prejudicial para uma carreira que deveriamos nos ausentar a sala nesse momento, afim de no permitir que os outros testemunhem esse fato.”” Essas perspectivas sugerem que a demonstracéo ou mesmo a experiéncia das emogdes tendem a nos fazer parecer fracos, inseguros ou irracionais. Essa crenga na ‘fragilidade da emocio’ tem sido confirmada em varias pesquisas. Por exemplo, quando pesquisadores pergun- taram a exccutivos de grandes empresas sobre a expressio ou controle de emog6es em negociagio, a maioria deu preferéncia a uma postura de controle e repressio das emogdes. (On seja, os entrevistados tendem a entender a negociagio como um processo puramente racional, no qual a emogio é considerada uma distragio.”” No entanto, as pesquisas, cada vez mais, mostram que as emogbes, na realidade, so importantes para o pensamento exitico. Existem evidéncias deta ligaglo h4 muito tempo. ‘Um estudo brasileiro, por exemplo, a0 analisar cerca de 80 equipes de trabalho, conieluiu ‘que a cooperagéio nos grupos é tanto maior quanto maiores forem os niveis de competéncia emocional entre os seus membros. Considere, agora, o exemplo de Phineas Gage, um funciondtio ferrovidrio nos Estados Unidos. Em um dia de setembro de 1848, enquanto ele instalava uma carga explosiva, uma barra de ago de aproximadamente nove centimetros voou em direcio a seu maxilar inferior caquerdo até 0 topo de seu crénio, Por mais incrivel que possa parecer, Phineas sobreviveu 0s ferimentos. Ele ainda podia ler e falar etinha desermpenho bem acima da média em tes- tes de habilidades cognitivas. No entanto, ficou claro que ele tinha perdido sua capacidade de experimentar emogSes. Ele no demonstrava emogio nem nos eventos mais tristes nem ‘nos mais felizs. Essa inabilidade para expressar emogées acabou por eliminar sua capacida- de de raciocinar. Ele comecou a fazer escolhas irracionais para sua vida, frequentemente se ‘comportando de modo instavel e contra scus préprios interesses. Apesar de ser um homem inteligente,cujas habilidades intelectuais nao haviam sido prejudicadas pelo acidente, Phineas andou de um emprego a outro até parar em um cco. Ao comentar sobre a situagio dele, lum especialista observou: “A razio pode nao ser tio pura quanto a maioria de nés pensa ou dlesejaria que foss... As cmogies ¢ 08 sentimentos podem no ser intrusos no baluarte da razio: cles devem estar enredados em sua trama, para o bem e para o mal”. Ceptulos —Emogbes esentimentos ‘Ao estudar danos cerebrais, tas como os ‘oxperimentados por Phineas Gage, pesquisadores descobrizem uma ligagao importante entre emogies e pensemento racional. Eles descobriram que perder ‘a habilidade do se emocionar levou perda da habilidede racional. A partir dessa descoberta, os pesquisadores aprenderam que nossas emogées nos proporcionam informagSes valiosas que auxliam © nosso proceso cognitive, Image SouesDve Gotan (Ocxemplo de Phineas Gage e muito outros estos sobre danos cerebrais so importantes para pensamento racional. Temos de conseguir experimentar as emogGes para podermos ser racionais Por qué? Porque as nossas emogGes fornecem informagées importants sobre como entendemos o mundo que nos cerca, Gostarlamos realmente que um gestor tomasse uma deci- so de demitr um fmcionério sem levar em conta seus sentimentos ou os dele? O segredo para uma boa tomada de decisio € utzar moa cognigao ea azo quanto a emocfo eo sentimento, #Fontes das emocées e estados de animo Alguma vez voc® ja disse: “eu acordei com o pé esquerdo hoje”? Vocé ja brigou com ‘um colega ou alguém de sua familia sem razio aparente? Se as respostas foram positives, talvez voce jé tenha se perguntado de onde vém as emogGes ¢ os sentimentos. Discutiremos aqui algumas das influéncias basicas para 0 surgimento deles. 4¥Personalidade A maioria das pessoas tem tendéncia a experimentar alguns sentimentos e emoges com mais frequéncia que outras. As pessoas também diferem quanto & intensidade com que experimentam as mesmas emogGes. Por exemplo, compare Dunga, téenico do Brasil na Copa de 2010, « ill Gates, presidente da Microsoft. Um é facilmente movido pea riva, 20 pase so que o outro érelativamente distantee no emocional. Dunga e Bill Gates provavelmente so Intensidads sfetiva diferentes no que se refere A intensidade afetiva ou 8 forga com que experimentam suas emo- Diforengasnaintonsideds ges * Pessoa aftivamente intensas experimentam as emogSes pasitivas e negativas mais pro- Hee ventg | fandamente: quando esto tistes, esto muito uistes,¢ quando esto flzes, esto muits eizs. suas emogsen | Dia da semana e hora do dia As pessoas esto no seu melhor Animo nos finais de mem semana? Como mostra a Figura 4.3, as pessoas tendem a estar no seu pior humor (maior afetividade negativa e menor afetividade positiva) no comego da semana e em seu mélhor humor (maior afetvidade positiva e menor negativa) no final da semana. E quanto & hora do dia? (ver Figura 4.4), Sempre pensamos nas pessoas como ‘matuti- nas’ ou ‘noturnas’, no entanto a maioria de nés segue o mesmo padrio. Independentemente do horério que as pessoas vo dormir & noite ou que se levantam pela manh, os niveis de ‘afetividade positva tencem a atingir seu pico no meio do periodo entre a hora de se levantar a de se deitar. A aetividade negativa, porém, mostra pouca flutuaco durante o dia. que isso significa para 0 comportamento organizacional? Significa que segunda- -feira de manhi provavelmente no é 0 melhor momento para pedir um favor ou dar més noticias. Nostas interagdes no ambiente de trabalho provavelmente serio mais positivas 2 partir do meio da manhi ¢ também mais proximo do final da semana. Clima Quando woe? acha que seu humor é melhor: quando faz.25 graus em um dia ensola- ado on em um dia fro, escuro e chuvoso? Muitas pessoas acreditam que seu humor est igado ao clima. No entanto, uma revisio detalhada de varios estudlosrealzades por diversos pesquis ddres sugere que o clima tem pouca influéncia nos nossos sentimentos.* Um especialsta chegou Comportamento organizaclonal © senlimentos negativos #80 mlores 20s domingos & Km s2aundas © coom durante o resto do semana 2 ‘Os sentimentos positives a Domingo Segunda Tera Quarta. Quinta. SexteSébado ‘hia ena ero iro ero Dia da semana —O— Aleividade postive —— Afetvidede negatvs Fonte: ‘Our Moods Are Afected by the Day ofthe Week", em Mood and Temperament, de D. Watson. Republics (Nova Yor: com permisBo de Gulford Pes In, 2000, A seguinte conclusio: ‘Ao contrario da visio cultural predominant, esses dados indicam que as pessoas néo relatam a presenga de bom humor nos dias de sol rilhante (ou, inversamente, um Correlagio iuséria ‘mau humor em dias escuros ¢ chuvosos)”."' A correlagato iluséria explica por que as pessoas Tendéncia das pessoas _tendem a achar que melhoram de humor quando o clima est agradvel. Ela ocorre quando se tevaworlr do eos _« aoiam dais eventos que, a verde, pasha mosram que nm Tiga, Nirwacioenzecles | yEstresse Como voce pode imaginay, eventos estessantes no ambiente de trabalho (como “tm e-mail desagradével, um prazo prestes a terminar, a perda de uma grande venda, ser repre- endido por seu chefe)afetam negativamente os &nimos dos funcionarios. Os efeitos do estresse aumentam com o tempo. Como observam os autores de um estudo: “uma ‘dieta’ constante, ‘mesmo que seja de eventos de niveis baixos de estresse, tem o poder de fazer que os trabatha- dores experimentem aumentos do nivel de desgaste com o tempo”. Tas niveis crescentes de cstresse e tensio no trabalho tendem a piorar nossos &nimos, e assim experimentamos mais, emogies negativas. Considere a seguinte postagem em um dlag de um fincionério: “estou num tipo de humor sem graga hoje .. fiicamente me sinto estranho, mais o ambiente de trabalho, combinado com a quantidade de trabalho e coisas pessoas que tenho de fazer, tudo isso est me jincomodando”. Embora algumas vezes consigamos ser bem-sucedidos por causa do estrese, muitos de nés, como esse bbge, acham que o estresse estraga o nosso humor” Atividades sociais Vocé tende a se sentir mais feliz. quando sai com amigos? Para a ‘maioria das pessoas, as atividades sociais aumentam positivamente 0 Animo e t&m pouco feito no humor negativo. Mas sio as pessoas com Animo positivo elevado que procuram {nteragées sociais ou sio as interagdes sociais que fazem que as pessoas fiquem de bom Jnumor? Parece que ambas as afirmagies so verdadeiras.® E o tipo de atividade social é importante? Na verdade, sim. As pesquisas sugerem que atividades fisicas (esquiar ou fazer caminhadas com amigos), informais (ir a uma festa) ou gestrondmicas (comer com outras, pessoas) so mais fortemente associadas a aumentos no humor postivo do que os eventos formais Gr a uma reunio) ou sedentérios(assistir televisio com amigos)” Sono Segundo a Sociedade Brasileira do Sono, 43 por cento dos brasileiros dormem mal durante a noite. Essa falta de tempo e de qualidade de sono faz que as pessoas fiquem mais Capitulo Emogées esentimentos Picos de bom humor na motede do dic | (© maw humor opresenta: povca variagdo durante o dia 9h00-—-Meiodia’ 15h —-18K00.-—«-21h00—- Meionnite Hora do dia ¥ 0 Aievidedepoitia 48 — Aled nogatna # Fonte: "Our Moods Are Affected by the Day af the Week", em Mood and Temperament de D. Watson, Republeado com permis de Gullo Press, ne invitadas? A qualidade do sono realmente aftta o humor. Universitérios e trabalhadores adultos que dormem menos do que o necessério relatam maior cansaco, raiva ¢ hostiida- de Uma das razdes para isso & que menos tempo de sono ou sono com qualidade rim debilitam a tomada de decisio, dificultando o controle das emoges." Um estudo recente suugere que a mé. qualidade do sono também prejudica a satisfacio no trabalho, pois as pessoas se sentem cansadas,irrtiveis e menos alertas.” “fAtividade fisica Frequentemente, ouve-se dizer que as pessoas deveriam se exercitar para melhorar o humor. Mas seté que a terapia do suor realmente funciona? Parece que sim, As pesquisas mostram consistentemente que os exercicis fisicos melhoram os fnimos positives «las pessoas. Apesar da relacao entre exercicio fsico e sentimentos nao ser muito forte de ma- neira geral, os efeitos terapéuticos dos exerccios parecem ser maiores para aqueles que estio deprimidos. Ou seja, a atividade flsica pode ajudé-lo a melhorar o seu estado de anim, mas ao espere milagres. Até porque a pritica intensiva de excrcciofsico, como é a dos atletas de alta competigio, pode gerar alteragbes de humor com caréter depressivo.® Idade As pessoas mais jovens experimentam emogdes mais extremas ¢ positvas (a cha- ‘mada exuberincia da juventude) do que as mais velhas? Se voeé respondeu que sim, esti cerrado. Um estudo com pessoas de idades entre 18 ¢ 94 anos revelou que as emogGes ne- gativas parecem ocorrer menos vezes & medida que as pessoas vio ficando mais velhas. Os periods de muito bom humor duravam mais para individuos mais velhos eo mau humor desaparecia mais rapidamente para eles. Os resultados do estudo sugerem que a expe- Héncia emocional tende a melhorar com a idade de modo que, ao ficarmos mais velhos, ‘xperimentamos um nimero menor de emogBes negativas. GéneroMuitos acreditam que as mulheres sio mais emotivas que os homens. Existe a: guma verdade nisso? As evidéncias confirmam que as mulheres demostram maior expresso Comportamentaorganizaional MITO OU CIENCIA? As pessoas ndo podem prever Suas préprias emogdes com preciso pessoas tendem a se equivocar 20 prever como se sentiréo quando algo acontecer. As pesquisas a respeito deste tépico — chamado previséo de estados emocionais — revelam que nosso insucesso na previséo corre de duas formas. Primero, tendemos 2 superestimar a satisfagéo que teremos em um futuro evento positive. Nossa tendéncia pensar, 20 contrério do que realmente acontece, que seremos mais felizes com um carro novo, que sermos pro- prietirios da casa propria nos faré sentir melhor e que até 0 casamento nos faré mais felizes. Superestimamos tanto a intensidade dos futuros eventos positivos (o quar- to nos sentiremos mais felies) quanto sua duragéo (por ‘quanto tempo). Quando Josy Oliveira, exparticipante do Big Brother Brasil, foi entrevistada por um reporter, ela disse ser "louca por gordinhos" e que seu maior sonho cra “pegar naquela papa do Fausto". Pode até ser que 1 ex-BBB tenha grande carinho pelos gordinhos e ame o aptesentador da Rede Globo Fausto Silva, mas & pouco provével que ela se sinta to feliz como imagina ao agar Taras gordurinhas do pescogo do Faust. E= afirmagéo é, em sua esséncia, verdadeira. As 1Nés também no somos bons em previsso de esta- dos emocionais em eventos negativos. Da mesma ma- neira que os eventos positivos ndo nos fazem sentir téo bem quanto achamos que o fardo, os negativos no nos fazem sentir tio mal quanto prevemos. Vitios estudos tém respaldado nossa incapacida- de de prever estados emocionais: 0s universtérios su- pperestimam quao felizes ou infelizs sero 20 saberem ¢ 0 alojamento er que ficardo seré bom ou ruim, as pessoas superestimam quao infelizes sero dois meses apés um rompimento afetivo, professores de faculdade com pouco tempo de casa superestimam quio felizes sero com mais estabilidade e mulheres superestimam 0 impacto emocional de resultados inesperados em testes de gravider.” ‘Assim, temos uma boa e uma mé noticia nessa histé- ria: € verdade que os bons acontecimentos nao sio tao bons quanto pensamos, mas os acontecimentos ruins também néo so tao ruins. A questio € que o futuro nao 6 t8o bonito quanto voeé espera que seja, mas também 1n8o 6 tao ruim quanto teme, emocional do que os homens. Elas experimentam as emogSes mais intensamente, tendlem a conservéclas por mais tempo que os homens e demonstram com mais frequéncia tanto | cemogies positivas como negativas, com exceco da raiva."” Apesar de possivelmente haver diferengas inatas entze os sexos, os estudos sugerem que as diferengas emocionais também se ever & maneira como homens e mulheres sa0 socializados. Os homens sio criados para se- rem drdes € corajosos, e mostrar as emogdes nfo € condizente com essa imagem. As mnulhe- +, por outro lado, sto criadas para cuidar dos outros. Por exemplo, espera-se que as mulheres expressem mais emogies positivas no trabalho {por meio de sorrisos) do que os homens. No laborstério de manipulago Buenos Ayres, 0 exercicio fisico € visto como uma stvidade capar de integrar seus funciandrios e torné-los pessoas mais animadas e bem dispostae para o trabalho. Nas noites ide segunda e quarta feta, um dos proprietérios dda empresa, Sérgio Marques, promove passeios de biciclet pelos ruas de Sao Paulo, Como outras ‘empresas maiotes, que disponibilizam centros de ginéstica aos empregados, olaboratério Buenos Ayres acrecita que o exercicio aumenta o &nimo dos {uncionérioe, resultando em empregados mais felizes, mais soudaveis © male produtivos Captulod —Emogoesesentimentos COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL INTERNACIONAL Reconhecimento emocional: universal ou culturalmente especifico? leem as emogdes com base nas expresses facials e fisicas acreditavam que todos os individuos po- deriam teconhecer a mesma emoséo. Um franzir de testa indicara tristeza, independentemente da origem da pes- soa e do lugar onde ela estivesse, Recentemente, porém, rovas pesquises passaram a sugerir que algumas emo- Ges s40 mais amplamente identificadas que as outras, Por exemplo;,uma pesquisa concluiu que pessoas de:culturas mais coletivistas, como 0 Japio, tendem a interpretar as erioges expressas nas reagées facials das, pessoas examinando contexto social (as expresses faciais de outros individuos no grupo), 20 passo que pessoas de cuturas mais individualistas, como os Esta- dos Unidos, interpretam as eriogées focando apenas as cexpressdes facials da outra pessoa. Outro estudo analisou a rapidez © a preciso com {que uma pessoa consegue ler as expressdes faciais das pessoas de diferentes contextos culturais. Embora os individuos fossem, em um primeiro momento, mais ré- pidos em identificar as expresses emocionais de pes- soas de sua prépria cultura, ao viver em uma cultura diferente, a rapidez e a preciso aumentavam & medida ue se familirizavam mais com a nova cultura. Chine- 85 que moram nos Estados Unidos, por exemplo, 20 adaptarem-se a0s seus ambientes, podiam reconhecer mais rapidamente emogdes de pessoas que nasceram nos Estados Unidos. Na verdade, os estrangeiros so, as vezes, melhores ‘em reconhecer emocées entre os cidados do pais para ‘© qual se mudam do que esses mesmos cidadios. Ein- teressante notar que esses efeitos comecam a ocorrer cde modo relativamente répido. Por exemplo, estudantes, chineses que moram nos Estados Unidos por 2,4 anos ps==. que estudaram como as pessoas ‘em média eram melhores no reconhecimento das expres- 608 facials de cidados norte-americanos do que em ler a8 expressbes facais dos cidadios chineses, Por que isso acontece? De acordo com 0s autores do estudo, pode ser porque, ao estarem limitados no sentido de falar a lingua, confiam mais na comunicagao no verbal. Finalmente, outra pesquisa buscou analisar quais as reagdes emocionais que a miisica desperta em pessoas de diferentes culturas. Para o efeito, foram selecionadas pessoas de etnia Mafa (nativos africans), com caracte- Tisticas muito tradicionais e sem nenhum contato. com a misica ocidental, © pessoas de cultura ocidental para ‘ouvirem pequenas pecas de piano. Da observacao do comportamento dos dois grupos, o estudo conclui que existe na misica algo que contém informacso de caré- ter emocional que pode trenscender os limites culturais 0 ponto de ser reconhecido por diferentes culturas, In- teressa ressaltar que misica serd sempre misica, onde. estamos agora ou em qualquer outro: lugar. Ouve-se a sintonia dos instrumentos, sente-se a emocio das pes- 025 que a criaram, aprende-se a sua esséncia como se fosse linguagem. Uma linguagem que, por ser um trago inerente ao homem, ter forca para ser universal No seu conjunto, essas evidéncias sugerem a geneta- lizagéo do reconhecimento de algumas expresses emo- cionais, mas também algumas dlferencas cuurais. De fato,¢ importante ressaltar que, 20 interagir com pessoas de diferentes cultura, a habilidade para reconhecer cor- retamente as emogées alheias pode facta as interagées evitar desentendimentos nas comunicagdes. Caso con ‘tério, um leve sorrso que deveria comunicar desinteres- s@ pode ser mal interpretado como flicidade, Fontes Baseado em H. A. Elfenbein © N. Ambady “When Famiiaty reeds Accuracy: Cultural Exposure and Facial Emetion Recognition”, Journal of Personality and Social Psychology, ago, 2003, p. 276-290, J Tracy © RW. Resins, 1 Nornwerbal Expression of Pride: vdance fot Crosecutural Recognition”, Joura of Personality and Social Pychaloay, 98,0. 3,200, p, 516-530. Masuda, Elenort, 8, Mesquite Leu 5. Tandae E Vande Veerdonk, “Pacing the Face is Catext Cultural Diferencer inthe Perception of Facil Emotion”, lounal ot Peronsliy aed Social Paychology 94,3, 208, p. 345-281; e eabela Mocaibere lane Valchan “Sera msi uma emoclo universal nse de Bitica Caros Chagas Filho, Universidade Feral do Rio de Janeiro, ¢ Leticia de Olver « Mites Garcia Pereira, do Departamento de Feiolagia © Farmacologa, Univesidade Federal Fluminense, isponvel em CCaptulo —_Emocbes esentimentos ‘em paises coletivstas, as pessoas do mais propensas a acreditar que a manifestagiio emocional de alguém tem a ver com a relagdo entre elas, ao passo que as pessoas de culturasindviduae listas néo acham que as expressbes emocionais do outro sejam dirigidas a clas. Nos Estados Unidos, ha um preconeeito contrério & expressio das emogées, especialmente aquelas nega- ‘vase intensas J 08 vendedotesfranceses, pelo contrévio,tém ma fama por serem grossciros com os clientes (¢ um relatério do proprio governo frances confirma isso). Também hé boatos de que clientes sisudos na Alernanha desconfiam dos cordias funcionérios do Walmart.” Em geral, € no ¢ de se surpreender, & mais ficil para as pessoas reconhecerem as cemogées com exatidio dentro de sua propria cultura do que em outras. Para um homem de negécios chinés, é mais provavel classficar com exatido as emogies implicitas nas ex- pressdcs faciais de um colega chinés do que nos colegas norte-americanos."" Para algumas culturas faltam palavras para traduzir termos usados para classificar emogies no Brasil, tais como ansizdad depresio e culpa. Outro exemplo surge na Kngua portuguesa, em que existe uma palavra sem correspondéncia direta em outros idiomas ( sentimento traduzido pela saudade se mostra por meio de express6es como ‘I miss you’, 2 em inglés, ‘Ik mis je’, em holandés, “Tu me manques’, em francés, ou ‘Ich vermisse dich’, em alemio, mas nfo por meio de uma palavra substantiva. Também os taitianos no tém uma palavra diretamente equivalente para tristeza; quando esto trstes, seus colegas atribuern este estado a uma doenga fisica."® A nossa discussio ilustra a necessidade de se levar em considerago que os fatores culturais influenciam o que os gestores pensam ser emocionalmente apropriado.!® © que accito em uma cultura pode parecer totalmente incomum, ¢ até mesmo problematic, em outra. Os exccutivos precisam conhecer as normas emocionais em cada cultura com a ‘qual tem relagdes de negécios © onde atuam, de modo que no emitam sinais sem intengio znem interpretem mal as reagGes dos outros. Por exemplo, um executive brasileiro no Japao deve saber que, enquanto a cultura brasileira tende a ver o sorriso como algo positivo, os Jjaponeses attibuem 0 sorriso frequente & falta de inteligéncia,* ~~ Flesumo e implicagées para os gestores 8s sentimentos e as emogdes sto semelhantes, jf que ambos sio estados afetivos por natureza. Contudo, sio também diferentes ~ os sentimentos sio mais gerais ¢ menos con- textuais do que as emogGes. E 0 contexto € de fato importante! O horario do dia eo dia da semana, eventos estressantes, aividades sociais e padro de sono slo alguns dos fatores que influenciam as emogdes ¢ o humor. Os sentimentos e as emoges provaram ser relevantes para cada tépico do comporta mento organizacional que estudamos. Cada vez mais, as organizagbes esto sclecionando fanciondrios que clas acreditam ter altos niveis de inteligncia emocional. As emogies e hx ‘mor postivo parecem faciltar a tomada de decisio eficaz e a criatividade. Pesquisas recentes sugerem que 0 estado de dnimo esta ligado & motivagio, especialmente por meio do,feback, que os lideres confiam nas emogées para aumentar a eficicia. A manifestagio de emogies também é importante para a negociagao e para oatendimento ao cliente ea experiéncia com as emogées est estritamenteligada as atitudes e comportamentos no trabalho que resultam das attudes, tais como 0 desvio de comportamento no ambiente de trabalho, (Os gestores podem controlar o humor ¢ as emogdes de seus colegas ¢ funciondios? Certamente hi limites préticos ¢ éticos. O humor e as emogées so uma parte natural do modo de ser de um individuo, Ignorar as emogGes de seus colegas e funcionarios ¢ avaliar 0 ‘comportamento dos outros como se fosse completamente racional & 0 ponto em que os ges ‘ores normalmente falham. Conforme um consultor colocou de modo muito apropriado: “Vooé no pode fazer com que as emogdes se divorciem do local de trabalho porque no pode fazer com que as emogies se divorciem das pessoas”.™ Os gestores que entendem a fungi dos sentimentos e das emogies de maneira signifcativa melhorario suas habilida- des de explicar e prever melhor 0 comportamento de seus colegas ¢ funcionsrios. Comportamento organizacional Poe Os custos e beneficios das regras de interagao tualmente, as organizagées perceberam que um A= servigo de atendimento 20 cliente significa 1um bom negéco. Afnal de contas, quem quer finalizar uma compra no supermercado com um caixa groseeio? As pesquisas mostram claramente que as OrganizagBes que oferecem um born serigo de atenc- mento 20 cliente tim lucros mais altos do que aquelas com servgo ruim."® Una parte essencial do treinamen- to para serigo de atendimento 20 ciente-€ mostrar normas de apresentacSo para ensinar os funcionérios a interagir com os dientes de modo cordial tile profi sional —e as evidénciasindicam que ais ormasfuncio- nam, Ter norms de apresentago aumenta as chances de 0 funcionéros mostarem as emogiesesperadas deles.™ como um administrador da Starbucks di: "O que faz a Starbucks ser diferente é a nossa paixio pelo que fazemos. Estamos tentando oferecer uma grande expe- riéncia 3s pessoas, com um grande produto. & com isso que todos nés nos preocupamos" Os caias eo sim- piticos e vio conhecé-o pelo nome se for um cliente assiduo. A Starbucks pode ter um bom café, mas boa parte do crescimento da empresa se deve a experéndia como senvigo de atancimonto ao cliente. Pedi 20s funconsrios para serem gents é bom para les também, Os funconérios das orgerizagSes: aos Quzis se pede para mostrar emagées positives sen- tem-se de fato melhor com os resuitados." Alem do mais, se uma pessoa se sente mal por alguém ihe pedir {que soma, antes de mis nada, &alguém que no deve ttabalhar no setor de senvios. i § empresas no deveriam ser ‘a polis do pen- As ‘¢ forcar os funciondrios a sentit ¢ agir ide maneiras que servem apenas as necessidades «das organizacées. Os funcionérios do setor de servicos ever ser profisionais e corteses, sem dtvida, ras ‘muitas empresas esperam que eles sofram abusos se privem de se defenderem. Isso esté errado. Como pro- [B65 0 flésofo Jean-Paul Sartre, ternos a responsabilida- ‘de dé ser auténticos — verdadeiros para nés mesmos — |e, dentro de limites razoaveis, as organizacdes nao tém | 6 direito de nos pedir o contri. -Muitos clientes provavelmente preferiiam que os funcionérios fossem eles mesmos em vez de agir como pacotes de sorisos, Naturalmente que os funcionérios N86 deve. ser abertamente desagradeveis e hosts, ‘Has quem é que gosta de um somiso falso? Pense que ‘vocé esté experimentando uma roupa em uma loja © 0 ‘Vendedor automaticamente diz que ficou ‘maravlhoso’ quando vocé sabe que nao ficou e que ele est men: tindo, Além do mais, se um funcionério nao esté com ‘vortade de colocar no rosto um soriso artifical, isso $6 iiaré dissondncia entre ele © 0 seu empregador.” Finalmente, impor normas de apresentacdo 20s fun- cionsrios deica sérias sequelas emocionais,' Nao & ne- “tural esperar que alguém sorria o tempo todo ou, pas- sivamente, sofra abuso dos clientes ou dos colegas. AS + ‘otganizacdes poder melhorar a sate psicol6gica de S24 funcionarios encorajando-os a serem eles mesmos, dentro de limites razoaveis. Creerre nec Quis fo as semelhansaseierengas entre os sehtimen- tove as emogiest Quis so as emogtea blsicas¢ an metas dos sentimente? 22 Onsentmentos eas emogSes to raclonais? Quai so as fangBes don venimentos¢ da emogdes? 3. unis asfontesbdscas ds ventmentonedasemogbex? 4. O que écsfogo emocionale por qu ele importante na cnretai do conoportanento organzadonal? , © que teoria dos eventos fever? Que consbuigBes ela feree pars compreende as emogBex? Lt io em grupo ‘Quem consegue pegar um mentiroso? Pesquisas extudaram a postilidade de se diner se siguém estémentindo com base na expresso facial, Va- tos er quem é bom em pega mentowos, Dividan-s em grupos de sis pestoase sigam estas instrugées |. Escohaaleatoriamenteslgaém para sero onganizador do grupo. Een pessoa deve ecrover, cm ts pelagos de papel, RS 1.000,00 e, em outros ts, RE 1050. Poste- Forment, of papéis devtn ser misturadas ¢ cada umn doe participants deve retrar um dels. importante (que todos os membros do grupo mantenham em segredo o que esd no papel Cada pestoa deve ectever of nomes dos membros do grupo ein uma fo de papel. Posteriormente, um par Cipante deverdairmar quanto postu olkando nos olhos das outras pestoax, Os outros membros, entio, ecreve- ro no papel ao ldo do nome da peso, se consideram =x Os romances no ambiente de trabalho sdo antiéticos? Um grande percentual de individuos easados se conhe~ ‘eu no local de trabalho. Uma pesquisa de 2006 revelou que 40 por cento de todos os fancionsirios jé tiveram um roman- ce no escrtério. Outra pesquisa com solteiros mostrou que ‘a maioria dos funcionatros estar aberta a esse tipo de #0- ‘mance. Dada a quantidade de tempo que as pessoas passam no local de trabalho, iso nfo € uma surpresa. Mesmo ass 0s romances nos escritrios apresentarm questies éticas sen- siveis para empresas e funciondrios. Quais os direitos e res- Capitulo moses esentimentos 6. O que é inteligéncia emocional e quais sio 08 argumen- tos a favor e contra sua importincia? 7. Que efeitos os sentimentos © as emogies tm sobre as diferentes questdes do comportamento organizacional? Como gestor, quais os passos que daria para melhorar 0 humor de seus fimcionstios? 8. O grau em que as pessoas experimeram as emogiics vatia de cultura para cultura? As intaprtaes das emogies dos ‘povos variam entre as diferentes culturas eas normasdife- rentes entreas culturas governam a expressio de emogies? aafirmagio verdadeira (V) ou falsa(F). O processo se re ppetiré outras cinco vezes para que os outros participantes digam quanto possuem. Ao final, as pessoas atribuirso os seguintes pontos as suas escolhas + Seapessoa disse a verdade ¢ voeé acreditou: 5 pontos + Seapessoa disse a verdade e vocé desconfiou: 5 pontos + Seapessoa mentiu € voce acreditou: ~15 pontos + Scapessoa mentiu e voce desconfiou: 12 pontos 3. Agora, cada pessoa deverd guardar seus lépis ¢ canetas «© mostrar 0 papel com o valor que possuia, Entlo, cada uum deverd mostrar os papéis com os nomes dos partci- pantes e somar seus pontos. 4. Quem conseguiu somar mais pontos? Como se saiu 0 seu grupo em pegar os mentirosos? Alguns foram bons men- tirosos? Como procarou saber quem estava mentindo? ponsabilidades que as organizagdes ttm em regular a vida amorosa de seus funciondrios? Veja o exemplo de Ricardo Gruz, gerente de projetos da Ghemtech, que comesou 2 namorar Luciana Costa, der de projetos da empresa. Apés realizarem uma longa viagem a trabalho pelo Sudeste Asidtico, eles comecaram a namo- raz Segundo Luciana, 0 grupo de flancionétios na viagem niio desconfiou, mas, a0 voltarem, as suspeitas comecaram, ‘a aparecer. Ricardo conta que, um tempo apés retornarem, {oi chamado A diretoria: “Fiquei um pouco assustado por- {que na época vigorava © Cédigo Quatro”. Comportamentoorganizaional (© Cédigo Quatro era um conjunto de regras informais {que deveriam ser seguidas pelos funciondirios da Chemtech, Entre essas normas estava a proibigSo a relacionamentos en- tre 0s funcionarios. A explicacio de Daniel Moczydlower, _gerente sénior da empresa, € que “relacionamentos pessoais no fariam bem a um grupo to pequeno e fechado”, com cerca de 30 pessoas. Diante disso, preocupagiio de Ricardo pparecia bastante justificada. “Apesar da regra, nenbum problema ocorreu ¢ Ricardo ¢ Luciana puderam continuar seu namoro tranquilamente, A ‘empresa jé havia crescido e normas como o Cédigo Quatro estavam sendo flexibilizadas. “A situago ficou mais Hberal «ha varios casos de casamentos ¢ namoros", conta Moczyello wer. Na verdade, 0 casamento de Ricardo e Luciana, que ‘ocorren posteriormente, foi duplamente comemorado na Chemtech. Primeiro, pela felicidade deles ¢ de seus colegas de trabalho, mas também por ter facilitada a abertura do cseritorio de Porto:legre, para onde eles foram transferidos em 2006, sem nenbuma reclamagio de seus cénjuges. A saga da Chemtech, Ricardo Cruz ¢ Luciana Costa mostra que, embora o¢ romances nos locais de trabalho se- Jjam problemas pessoais, édiffeil manté-os fora das comple- ‘xidades politicas da vida organizacional. Fonte: Regina Alves, “Namorar na empresa, cs aq | Se Um banqueiro pode ter emogées? eestereétipo tipico dos gestores do mercado financei- 10 € 0 de pessoa fria, impessoal ¢ extremamente racional. ‘Os exemplos dos ex-presidentes do Bradesco, que ocupou a posigio de maior banco privado brasileiro durante muitos ‘anos, sendo ultrapassado pelo Ttaéi Unibanco em novem- bro de 2008, confirmam essa ideia, O fundador, Amador ‘Aguiar, e seus substitutos, Lazaro Brandio ¢ Marcio Cy- priano, ex-dirigentes da instituicio financeira, eram execu ‘tos bastante eficientes ¢ focados nos resultados quantitati- vos da organizagi Em margo de 2009, no entanto, Cypriano precisaria ser substitado, de acordo com o estatuto da empresa, por com- pletar 65 anos. Diante disso, um novo presidente foi nomea- do pelo Conselho de Administragin: Luiz. Carlos ‘Trabuco Capi. Esse executivo possui caracteristicas bastante dife- rentes das de seus antecessores ¢ da maioria dos gestores do mercado financeiro. Muito comunicativo, Trabuco (como & conhecido no mercado) acredita que a motivacio dos fun- ciondrios é uma das principais maneiras de aleancar bons resultados. Demonstrando esses tragos, 0 gestor mostrou-se um lider de equipes nato, capaz de compreender as atitudes cages das pessoas ¢ de manter boas relagdes com um vas- to grupo de pessoas infiuentes para o banco, como grandes clientes, financiadores ¢ politicos. Questées 1. Aproximadamente és quartos das onganizagées no possuem politicas que administrem os romances nos lo- cais de trabalho. Vocé acha que as empresas deveriam ter tais politicas em vigor? 2. Vocé concorda com a politica do Cédigo Quatro da Chemtech contra relacionamentos roménticos no local de trabalho para empresas pequenas? Por qué? Qual se ria.a diferenga entre um relacionamento em uma peque- nae em uma grande empresa? 3. Vocé acha que em algum momento é apropriado a um(a) supervisor(a) namorar um(a)fancionsria(o) sob a sua su- pervisio? Por qué? 4. Algumas empresas, como a Nike, tentam recrutar ca- sais abertamente ¢ certas organizagoes familiares bra- sileiras incentivam que seus fincionsrios namorem € ceasem para que 0 negécio ‘continue em familia’. Voce acha que essas sio boas ideias? Como voct se sentiria twabalhando em um departamento com um casal? E ‘como seria essa situagdo caso voct fizesse parte do casal fem questo? Gazeta Marantil~21 set 2007. Fim Portal Pao Fiance Brasil. Aceaso em: 9 ex 2010, Ademais, Trabuco mostrou-se um lider carismatico, ‘conquistando a confianga da maior parte dos funcionstrios, Além disso, o executivo € uma pessoa muito criativa, Quando dirigia a Bradesco Seguros, urn dos bragos da organizacio, © gestor conduziu a campanha da empresa para patrocinar ‘a escolhia da Cristo Redentor como uma das ‘Novas Maravilhas do Mundo’. Em fungio desse projeto, muitas ppersonalidades e politicos, inelusve o presidente Luiz Indcio [Lula da Silva, passaram a apoiar a vencedora candidatura, ‘Trabuco ¢ visto ainda como uma pessoa muito bem- morada e que consegue se relacionar com os mais diversos tipos de pessoas. Além de ser presidente do Bradesco, o exe- c:utivo ainda participa de 12 entidades de classe, como a Fe- deracio Nacional de Satide Suplementar (FenaSatide), que reiine diversos planos de assisténcia médica do pais. Essa capacidade politica é favorecida por uma forte qualidade do _gestor: segundo Dorival Bianchi, ex-vice-presidente do Bra- desco, Trabuco “fala muito bem” Todas essas caracteristicas denotam que Luiz Carlos ‘Trabuco Cappi possui uma elevada inteligéncia emocional. Quando dirigia a Bradesco Seguros, essa competéncia foi es- sencial ao apresentar aos liderados as mudancas estruturais conduzidas na organizagio. Segundo Fabio Barbosa, presi- dente do grupo Santander Brasil e da Federagio Brasileira de Bancos (Febrabar), “Trabuco demonstrou enorme capa- cidade de geriv e montar equipes voltadas para a obtengao de resultados”. Resta saber agora se 0 executivo conseguir, ‘conduzir as aquisicBes e fusdes necessévias para que o Bra- . Aceso em: 5 fe. 2010, Dasler Marques, “Carrasco corintiano, Finazzi ‘propte mégua a Mano Menezes”, Pvtal Tera — Esportes 4 fe. 2010, Disponivel em: . Acesso em: 5 fe. 2010. 2. Veja, por exemplo, C.D. Fisher €N. M, Ashkanasy, “"The Emerging Role of Emotions in Work Life: An Introduction", journal of Orgnzaticnl Behr, Baio “Especial 2000, p. 125-129: N.M. Ashkanasy, C. B,J Hartel e W.J. Zesbe (Orgs), Emoto in the Wordplac Research, Thay ond Pate Westport, CT: Quorum Books, 2000;1N.M, Ashkanasy eC. $. Daus, “Emotion in the Workplace: The New Challenge for Managers”, Academy of Management Exec, fe. 2002, p. 76863 eN. M. Achkanasy C. E. J. Harte ¢ C8, Daus, “Diversity and Emotion: The New Frontiers Organizational Behavior Research”, jural of Manageme 28,n.3, 2002, p. 307-388. 3. Vela, por exemplo, LL. Putnam e DK. Murby, “Organizations, Emotion and the Myth of Rationality”, in S.Fincran (Org), Broton it Ongonizatins Thousand Oaks, GAs Sage, 1908, p. 36-57; e]} Manin, K. Knopoff e C. ‘Beckman, “An Alternative to Bureaucratic Imperonality and Emotional Labor: Bounded Emotionality atthe Body Shop", Adniisatiae Since Quarterly, jun. 1998, p. 429-468. 4. BLE. Ashforthe R. H. Humphrey, “motion n the Workplace: ‘A Reappraisal”, Hunan Rains, ew. 1985, p, 97-125. 5. §.G.Banade e DE, Gibson, "Why Does Affect Matter in Organinations?” Acadeny of Managenent Peete, fe. 2007, p. 36-59. 6. Veja NH. Fjda, “Moods, Emotion Episodes and Esotion, In M. Lewis eM. Haviland (Orgs), Hondhook of Emotions Nova York: Guilford Press, 1983, p. 381-403. 7, HLM, Weis e R. Cropanzano, “Affective Events Theory ‘A Theoretical Discussion of the Structare, Causes and Consequences of Aective Experiences at Work” In B. M. Staw eb. Cummings (Orgs), Resarch in Orgniational Behavior. 18. Groenvich: JAL Pres, 1996, p. 17-19. 8. Veja B Ekman e RJ Davidson (Orgs), The Nate of Eman: Pesdanenal Questions. Oxford, UK: Oxford University Pres, 1994. 9. Frijda, “Moods, Emotion Episodes and Emotion”, p. 381. 10, Veja Bhan e Davidson (Orgs), The Nate of Eats 1M. 15, 16. 1. 18. 19, a. 2, 2%, oe ‘Veja, por exemplo, P Blman, “An Argument for Basic Emotions”, Coton and Emotion, mio ul. 1992, p. 169-200; CE Jeard, “Basic Emotions, Reasons Among Emotions, and Emotion-Cognition Relations", Pycoligeal Billa, no, 1982, p. 561-5653 cL. Tracy eR. W.Rebins, “Emerging Insgbis nto the Nature and Funetion of Pid, Cire Diectio in Peal See 16, n. 3, 2007, p. 147-150. R. C. Solomon, “Back to Basics: On the Very Hes of ‘Basic Emotions onl rte Thy of Saal Behar 32,n. 2 jun. 2003, p. 115-144. R. Descartes, Th Paso of the Sou. Tndianpolis: lacket, 1989, B Bhan, Emotions Revol: Recgicing Fees ed Regs to Ingres Cormaricton and Emational Ife Neva York: Times $Books/ Henry Holt and Go, 2008. BR Shaves 1} Morgane §,J. Wi “Ts Love a ‘Basi’ Emotion?” Pesal Reams 3, n mas. de 196, p 81-96. Solomon, “Back o Basis” ‘Weis © Cropanzano, “AMfective Bvents Theory", p. 20.22. Gitado em R. D. Woodwort, Experimental Pyeolgy. Nove ‘York Hol, 1930. LLacas Amorim, ‘A deciso mais diel!”, Prt! Bane — Gestto— 19 fe 2009, Digponive em: “ht//exame. broom br/sevstacxame/ edicocs/ 087 /gstao/notcias/ ‘ecieao-mai-ific-122196>. Aceso em 5 fe 2010. D, Watson, Ie A, Cake A. Tellegen, “Development and ‘Validation of Brit Measures of Positive and Negative Act: The Panas Scales, Joonal of Posmay and Sil Pehla, 1968, p. 1063-1070. A Ben-Ze'e, The Saba of Emotions, Cambridge, MA: MIT Pres, 200, p. 94 “Flight Auendant War Stories. Stewards”, AbeMigohcon, wornalousexjob com / ain. hpSPacion=dsplayardclesart d=2111 Thi, p. 9. {J.T Cacioppo e W. 1. Gardner, “Emotion”, In dal Reso of Paehalogy, 50. Palo Alto, CA: Anal Reviews 1999, p. 191-214. Holman, "Call Cees, In D. Holman D. Wall . Clegg, B Sparrow e A. Howard (Orgs), The Een of the New WorkPlace: A Guide tthe aman bec of Modem Winking Paces Chichestex, UK: Wiley 2005, p. 111-192 “Nau humor melboraintigénca, diz esto”, now £2009, Digponivel em: bp://ejaabriLcor.be/noviia/ ‘Gencia-eenologia/mats-homor-melhor-inteligenca- ‘Seextndo-509786 shun). Acesso em: 2 jul 2010. 27 28 29. 30. 31 2. 3. oh 37 4 2. LM. Poverny eS, Picasia, “There Is No Crying in Business”, Womensmedia.cam. Disponivel em: , Filipe Jonge Ribeiro de Almeida e Flip Joao Bera ‘Azevedo Sobral, “Emozbes, inteligéneia negociagto: ‘um estudo empirio sobre a pereepgio dos gerentes pportugueses", out/des. 2005 ALR. Damasio, Dears” Ero: Emotion, Reason, and the Hanan Brain. Nova York: Qpil, 1994, livia de Souza Costa Neves Cavazotte, “Competéncias ‘emocionais e procesos intragrupaio papel da habilidade para expressar emogoes eda empatia para a cooperacio ‘em grupos de trabalho”, 2004. A.R.Damasio, Dacats ir: Breton, Ras ond he Hunan Brie Larsen ¢ BeDienes “Affect Intensity as an Tndvidual Difference Ohatactesisic: A Review”, Jural of Resch in Pesonaliy 2, 198), p. 1-38. D. Watson, Moid and Tanpownent. Nova York: Guilford Press, 2000 JJ.A. Denissen, L. Butalid, L, Penke e M. A. G. van Aken, “The Effects of Weather on Daily Mood: A Malilevel Approach”, Bnoton 8, n. 5, p- 662-687; M. C. Keller, B, L Fredrickion,O. Yarra, . Coté, K. Johnson, Mikel, A. Conway el Wagner, ‘A Warm Heart and « Clear ‘ead: the Contingent Bets of Weather on Mood and Cognition”, Pochabyial Size 16, 2008, p. Watson, Mond and Temperament. J.A-FillesJ.M. Stanton, 6. G. Faker, ©. Spitzmilles, '8.S, Russell ¢ PC. Smith A Lengthy Look at the Daly Grind: Time Series Analy of Events, Mood, Stress, and Satisfaction”, Journal of Aplcd Pocolgy 88, m. 6, dex. 2008, p. 1018-1038, Veja “Monday Blas", 16 maio 2005. Disponivel em: . A.M. Isen, “Positive Affect as a Source of Human Strength”, In L. G. Aspinwall U Staudinger Orgs), The Paxholgy of Hin Stexght. Washington, DC: American Paychological Associaton, 2003, p. 179-195 Watson, Mood ond Temperament. “Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Sono mostra que 43% dos brasieirs sofrem de distrbios", {jan.20089, Disponivel em: hep:/ /gazetaonline globo.com/_ ‘onteudo/2009/01 /48658-pesquisatrealizada+pelatsocie dade-tbrasiléiratdortsono+mostrstqueH434+dorbrasleit costsofresh-+de+ distrbios html. Aceso em: 2 jul, 2010. ‘M. Lavidos, A. Weller € H. Babkoff, “How Sep Is Related to Fatigue”, Brith Jounal of Health Pcoiegy 8, 2008, p95- 105; eJ-J. Bilchere E. Ox, "The Relationships Between Sleep and Measures of Health and Well-Being in College Snudent: A Repeated Measares Approach”, Bosal Madcin 23, 1988p. VI078 EK. Mills e. D. Cohen, “An Integrative Theory of Preffontal Gortex Function”, Amaal Rew of Nawsiace 24, 2001, p. 167-202, 48.B.A. Scott eT A. Judge, “Insomnia, Emotions, and Job 4. Satisfaction: A Multilevel Study", Journal of Managanet 32, 1. 5, 2006, p. 622-685, BR. Giacobbi, H. A. Hausenblas eN. Bye, “A Naturalistic Assessment ofthe Relationship Between Personality Daily Life Events Lesure-Time Exercise, and Mood”, Pcholegy of Sport & Beacise,n. 1, jn, 2005, p. 67-81. 4, 46, a. a, 50, 51 22 58, c 55, Capitulo Emogdesesentimentos “Marco Aurélio Monteiro Peluso, ‘Ateragéie de humor, astocadas a aividade fia intense 2009. Disponive, tm: . LLL, Cantensen, M. Pasupathi,M. Ubich J. Nesseroade, “Emotional Experience in Everyday Life ‘Acros the Adult Lite Span", jurel of Pramaiy end Sec Pohl 79,2. 4 200, p. 644655. TD, Wilton eD.T. Gilbert, “Affective Forecating: ‘Knowing What to Want", Gren Dats in Pho Si, 2005, p. 131-134 K, eau, "Sex Differences”, In M, R. Rosenzweig e L. Wi Porter (Orgs), mua! Reco of Pca, 26. alo ‘Alo, CA: Annual Reviews, 1985, p. 48-82; M. LaFrance ©M. Banmji, “Toward a Reconsideration of the Gender Emotion Relationship, in M. Clank (Org), Resi of Pasay and Social Pochalogy V4. Newbury Pack, CA Sage, 1992, p. 178-197; € AM. Keinge A.H. Gordon, *Sex Differences in Emotion: Expression, Experience, and Physiology”, journal of Peony and Soil Poly, mas. 1988, p 686-708. L. R. Brody e,. A. Hall, “Gender snd Emotion”, Jn M, Lewis eM. Haviland (Orgs), Handbook of nations. Nova York: Guilford Pres, 1993, p. +47-460, M.G. Card e A. M. Kring, "Sex Diferences in the Time Course of Emotion”, Emotion 7, n. 2, 2007, ps 429-437; e M, Grossman e'V. Wood, "Sex Differences in Intensity of Emotional Experience: A Socal Role Interpretation”, Journal of Psonaliy end Social Pouholgy, now. 1982, p. 1010-1022 Geeta Abate Carmen Nascimento, “O valor da boa vontade", Portal Exame—PME—27 out. 2009, Acesso em: 5 fe 2010, 2B. Elman, W.V. Friesen ¢ M O'Sulivan, “Smiles When Lying” in P Blaman e E. L. Rosenberg (Orgs), What he ace Bea: Basic and Appl Sais of Spntanene Exeton ing the acl Actin Cig Sytem Fes} Lanes: Oxford University Pres, 1997, p. 201-216 ‘A Grandey, “Emotion Regulation inthe eh New Way to Conceptualze Emotional Labo’ Jon! of aj Ocapatina Heal Pyrholay 5, n. 1, 200, p. 98-110; eR. a Gropanzano, D.E, Rupp ¢ Z, . Byrne, “The Relationship of Emetional Exhaustion to Work Atiudes, job Performance, and Organizational Citizenship Behavior’, Journal f Applied Pachaey, fe 2003, p. 160-168 ‘A.R. Hochschild, “Emotion Work, Feeling Rules, and Social Structure”, American ure Siig, no 1878, p. 551-575; W.-C. Ta, "Determinant and Consequences of Employee Displayed Positive Emotions, Jounal of Manogened 27, n. 4, 2001p. 487-312; M. WeKramere). A. Hess, “Communication Roles for the Display of Emotions in Organizational Settings ‘Managennt Communication Quarts, ago. 2002, p. 66-60; eM. Diefendost eB. M. Richard, “Antecedents and ‘Gonsequences of Emotional ipa Rule Pereptions", Jounal f Applied Paco, ds. 200, p. 204204 BM, DePaulo, “Nonverbal Behavior and Sat Presentation” Peele Buln, mar 199, p, 208-248, ©.S. Hunt, “Although I Might Be Laughing Loud and Hear Deep Inside Tm Blue: Tndvidoal Perceptions Regarding Felng and Dipaying Emotions at Work”, trabalho apresentado na Adon of Managnat inom, Gincinnat, ago. 1996. Comportamento organizacional 56. Solomon, “Back to Basics”. 57. G.M. Brotheridge eR. Lee, ‘Development and ‘Validation of the Emotional Labour Seale”, journal of Occupational & Orgerizational Pyebolegy 76,3, set 2093, p. 365-379, 58. A.A. Grandey “When “The Show Must Go On’: Surface ‘Acting and Deep Acting as Determinants of Emotional Exhaustion and Pecr-Rated Service Delivery”, Acadenp of Menage Jounal, ex. 2003, p. 86-96; ¢A. A. Grandey,D. N, Dieter eH. Sin, “The Customer Ip Not Aways Right ‘Gastomer Aggression and Emotion Regulation of Service Employees”, journal of Organizational Ber 25, n. 8, mao 2004, p 397-418. 59, JPTrougakos, D.J. Beal, 8. G. Green ¢ H.M, Weiss, “Making the Brea Count: An Episodic Examination of Recovery Activities, Emotional Experiences, and Positive ‘Affective Displays", Academy of Management jamal 51,0. 1, 2008, p. 131-146 60, LM. Glomb, J.D. Kammeyer-Mueler e M. Rotundo, “Emotional Labor Demands and Compensating Wage ferenils, fara of Applied Payctolgy 89, n. 4, ago. 2004, p. 700-714 61, H.M. Weiss eR. Cropanzano, ‘An Afectve Events Approach to Job Satisfaction”, Recerch in Organizational Babarior 18, 1996, p. 1-74. 62. J. Basch e C. D, Faher ‘Affective Events Emotions Matrix ‘A Clasification of Work Events and Associated Emotions", In NM. Ashlanany C.E.J, Harel e W.J. Zerbe (Orzs), Enns inthe Winiplace, Westport, CT: Quorum Books, 200, p. 36-48, 63, Veja por exemplo, H. M. Weiss R. Cropanzano, “Alfetive Events Theory”; ¢ C.D. Fisher, ‘Antecedents and Consequences of Real-Time Affective Reactions at Work", Moteatin and Eration, mar 2002, p. 3-30. 66, NLM, Ashkanaay C. B,J. Hartel e C S. Dau, “Diversity and Emotion: The New Frontiers in Organizational Behavior Research”, jurnal of Management 28, n. 8, 2002, 828 165, Baseado em D. R. Caruso, J.D. Mayer e P.Salovey, “Emotional Inteligence and Protional Leadership” in R. E. Riggio, . E. Murphy e FJ Prozzolo (Orgs), Mile tnd Leadenhip, Mahwah, NJ: Lawrence Enlbaum, 2002, p 70. 66, Esta seg é baseada em Daniel Goleman, Eatin Inuligence Nova York: Bantar, 1995; P Salovey eD. Grewal, “The Science of Emotional Intelligence”, Curest Dinan in Pochalogil Sconce 14, n. 6, 2008, p 281-285; M. Davies, L, Stankov e KD. Roberts “Emotional Tntligence: in Search of an Blusive Construct”, joural of Feanaliy and Sical Pcl, ox. 1998, p. 988-1015, 1D. Geddes e R. R. Caister, “Crosing the Lines): A Dual "Threshold Model of Anger in Organizations", Aeadeny of ‘Managenent Review 32, 0.3, 2007, p, 721-746; ef Ciarrochi, {J.B Forgas ¢ J.D. Mayer (Orgs), Erotinal blige n “Beery Life ada: Payehology Press, 2001 67. EL Greenstein, The Presidential Diffenc: Lraestip Sple fos FDR to Ginn. Princeton, NJ Princeton University ress, 2001 68. ©. Chemiss, “The Business Cas for Emotional Tntligence”, Comer or Resarch on ExatinalIcligece in Organizations, 1998. Disponivel ere: . 7, 2, 78. Ts 1%. 16. 7. ma. 19, ao. al. 2, a3, KS. Law,C. Wong e LJ. Song, “The Construct and Griterion Validity of Emotional Intelligence and Iis Potential Usty for Management Seadies”, Journal of Applied Peholegy 8, n.3, 2004, p. 483-496, HLA. Elenbein e N, Ambady, “Predicting Workplace Outcomes from the Ability to Eavesdrop on Feelings”, Journal of Applied Pychalagy 87,n. 5, out. 2002, p. 963-971 DL, Van Rooy ¢ C. Viswesvaran, “Emotional Intelligence: ‘A Meta-analytc Kavestigaton of Predictive Validity and ‘Nomological Net”, journal of Vocational Behavior 65, n. 1, ‘ago. 2004, p, 71-98. R Bar-On, D.Tranel, NL: Denburg, A Bechara, “Exploring the Neurological Substrate of Emodional and Social “nteligence”, Bria 126 n. 8, ago. 2003, p. 1790-1800. B.A. Vernon, K. V. Petrides, D. Bratko, J. A. Schermer, A. Behavioral Genetic Study of Trait Emotional Inteligence”, Ention 8, n, 5, 2008, p. 635-542. ‘Ana Luiza Herzog, “Como preparar o préximo piloto”, Portal Exame — Gestio— 08 set. 2008 — Acesso em: 3 fe. 2010. EE. A, Locke, “Why Emotional Intligence Is an Invalid Concept”, journal of Orgenzational Basar 26, n. 4, jun. 2005, p. 4354491. {JLM, Conte, “A Review and Critique of Emotional Tntellgence Measures”, oural of Organizational Boavcr 26, ‘a4, jun, 2005, p, 433-440; e M. Davies, I. Stankov e R. D, Roberts, “Emotional Intelligence”, p. 989-1015. ‘T Decker, “Is Emotional Intelligence a Viable Concept?” Acadony of Managenent Review 28, n.2, abr. 2008, p. 483> 440; ¢ Davies, Stankov e Roberts, “Emotional Intelligence: In Search of an Elusive Construct’ F J. Landy, “Some Historical and Scientific Issues Related to Research on Emotional Intelligence”, journal of Ongrizatinal Behavior 96, n. 4, jun. 2003, p, 411-424, Lacas Amorim, “A selegio mais concorrida do Brasil”, Portal Exame — Gestio — 23 dex. 2008. Disponivel em: , Acosso em: 5 fev. 2010. L.M.J. Spencer, D. C. McClelland e S. Keiner, Competency Asesnent Meads: History and State ofthe Art Boston: iay/ MeBer, 1997. J Parke M. R. Banaj, “Mood and Heuristics: The Tnfluence of Happy and Sad States on Sensitivity and Biss in Stereotyping”, Jounal of Posonaliy and Socal Pyctlogy 78,n. 6, 2000, p. 1005-1023. ‘Veja A. M, Ise, “Positive Affect and Decision Making”, in M, Lewis e JM. Haviland:Jones (Orgs), Handbook of Enotns, 2. ed. Nova Yorke Guilford, 2000, p. 261-277. Lyra, Alexandre. Influéneia dos sentimentos na resolugio de problemas complexos «intuitivos: Implicagdes para ‘atomada de decisio, Dissetagio (Mestrado) em Gestio Empresarial na Bbape-FGV. L.B. Alloy ¢ I. ¥, Abramson, “Judgement of Contingency in Depressed and Nondepressed Students: Sadder but Wiser?” journal of Experimenal Pocilogy: General 108, 1979, p. 441-485, [N, Ambady ¢ H. M, Gray, “On Being Sad and Mistaken: Mood Eifects on the Accuracy of Thin Slice Judgments", Journal of Personality and Scal Pychligy 83, n. 4, 2002, p. ‘347-961,

You might also like