You are on page 1of 16

04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

PLoS Um. 2014; 9(12): e115885.


Publicado online em 22 de dezembro de 2014. doi:  10.1371/journal.pone.0115885

Long-Term Sickness Absence Due to Mental Disorders Is Associated with Individual


Features and Psychosocial Work Conditions
João Silvestre da Silva-Junior
1
,
2
,
*
and Frida Marina Fischer
2

James Coyne, Editor

Abstract

Aims

Sickness absence is a socioeconomic global burden. In Brazil, mental disorders are the third leading cause
of social security benefits payments. The aim of the present study was to compare factors associated with
long-term sickness absence between workers who claimed social benefits due to mental disorders or by
other causes. We investigated individual features and occupational characteristics. In addition, we evalu‐
ated psychosocial factors at work assessed by the Demand-Control-Support (DCS) and Effort-Reward
Imbalance (ERI) models, and whether they were associated with long-term sickness absence due to men‐
tal disorders (LTSA-MD).

Methods

The present case-control study was conducted in Sã o Paulo, Brazil. The sample (n = 385) included work‐
ers on sick leave for more than 15 days. Cases were the participants with disabling psychiatric illnesses,
and controls were the ones with other disabling diseases. Interviews were conducted to assess individual
features (sociodemographic data, health habits/lifestyle, health conditions) and occupational characteris‐
tics. The participants' perception of exposure to dimensions of the DCS and ERI models was also
recorded. Multiple logistic regressions were performed to evaluate the association between independent
variables and LTSA-MD.

Results

All the regression analyses showed that LTSA-MD was associated with female sex, self-reported white
skin color, higher education level, high tobacco consumption, high alcohol intake, two or more comorbidi‐
ties, exposure to violence at work, high job strain and low social support at work, effort-reward imbal‐
ance and high overcommitment to work. LTSA-MD was associated with separate and combined DCS and
ERI stress models.

Conclusions
De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 1/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

Individual features and work conditions were associated with LTSA-MD. Combined analysis of stress
models showed that psychosocial factors at work were significantly associated with LTSA-MD.
Resourceful use of this information may contribute to the implementation of preventive actions and
strategies to facilitate return to work targeting the populations most susceptible to mental disorders.

Introduction

Work is a part of a process of social integration that directly affects the physical and mental health of indi‐
viduals. Sickness absence is an indicator of the state of health of workers [1]. Sociodemographic characte‐
ristics [2]–[4], health habits and lifestyles [2]–[5], environmental work conditions [2], [5]–[6],
psychosocial factors at work [5] and the individuals' state of health [7] are some of the factors associated
with sickness absence.

Sick leave due to mental disorders is a global cause of concern that deserves attention as a function of its
associated costs [8]. In Brazil, sick leaves lasting up to 15 days are paid by the worker's employer, while
workers on longer leaves must claim sickness benefits from the public social security system (National
Social Security Institute - INSS). Applicants are evaluated by medical experts to establish whether the sick
leave benefits should be granted. In recent years, mental and behavioral disorders became the third lea‐
ding cause of temporary sickness benefits. About 203,000 new sick leave benefits due to mental pro‐
blems were granted from 2008 to 2011, costing more than US$ 90 million to the Brazilian public pension
system [9].

Uma publicaçã o anterior conjunta da Organizaçã o Internacional do Trabalho e da Organizaçã o Mundial


da Saú de (OIT/OMS) chamou a atençã o para a relevâ ncia dos fatores psicossociais do trabalho para o es‐
tado de saú de dos trabalhadores. A exposiçã o prolongada a tais estressores está associada a queixas psi‐
cossomá ticas, sintomas psiquiá tricos e alteraçõ es no bem-estar [10] . Modelos teó ricos foram desenvolvi‐
dos para definir e explicar os efeitos do estresse ocupacional na saú de do trabalhador, dois dos quais re‐
ceberam atençã o especial, a saber, o modelo Demanda-Controle-Suporte (DCS) [11] , que é avaliado por
meio de o Questioná rio Sueco de Demanda-Controle-Suporte [12] e o modelo Effort-Reward Desbalance
(ERI) [13], que também é avaliada por meio de questioná rio específico [14] . De acordo com a literatura,
há sobreposiçã o entre as dimensõ es desses questioná rios [15] . Aná lises combinando ambos os modelos
fornecem melhores estimativas dos efeitos de experiências estressantes no local de trabalho [16] .

Estudos recentes sobre licença médica aplicaram os modelos DCS e ERI à investigaçã o de fatores psicos‐
sociais no trabalho, isoladamente ou em combinaçã o [17] – [20] . No entanto, esses modelos ainda nã o
foram utilizados em combinaçã o para a investigaçã o de tais fatores e LTSA-MD.

Um primeiro período de ausência por doença devido a transtornos mentais está associado ao risco de re‐
corrência de novas licenças por doença [21] . Por isso, o conhecimento acurado dos fatores relacionados
ao afastamento por doença pode aumentar a eficá cia das açõ es preventivas e apontar estratégias para fa‐
cilitar o retorno ao trabalho [22] .

O objetivo do presente estudo foi comparar os fatores associados ao afastamento por doença de longa du‐
raçã o entre trabalhadores que reivindicaram benefícios sociais por transtorno mental ou por outras cau‐
sas. Investigamos características individuais e características ocupacionais. Além disso, avaliamos os fato‐
res psicossociais no trabalho avaliados pelos modelos DCS e ERI, e se estavam associados à variável
desfecho.

Material e métodos De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 2/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

O presente estudo caso-controle foi realizado na maior agência pú blica de previdência social da cidade de
Sã o Paulo, Brasil, em 2011. O grupo de pacientes atribuídos a cada perito médico foi considerado como
um cluster. Todos os dias ao longo do período de estudo, e a cada turno de trabalho, foram sorteados con‐
glomerados para compor a populaçã o do estudo. Apó s a realizaçã o da avaliaçã o médica previdenciá ria, os
participantes dos conglomerados selecionados aleatoriamente que atendiam aos critérios de inclusã o fo‐
ram encaminhados para entrevista com um dos pesquisadores.

Os participantes devem ter trabalhado em carteira assinada e solicitado auxílio-doença apó s afastamento
superior a 15 dias. Foram excluídos os que possuíam dupla atividade ou estavam afastados do trabalho
há mais de 12 meses.

Um total de 438 indivíduos elegíveis foram convidados a participar do estudo, sendo que 53 recusaram.
Nã o foi encontrada diferença de sexo e diagnó stico médico entre os indivíduos que aceitaram ou se recu‐
saram a participar, porém, os primeiros eram mais jovens que os segundos (p<0,05), sendo a média de
idade de 34,8 (±9,5) e 38,0 (±9,44 ) anos, respectivamente.

A populaçã o final do estudo foi composta por 385 participantes. Como casos foram definidos 160 volun‐
tá rios que solicitaram auxílio-doença apó s terem sido diagnosticados com um dos “Transtornos Mentais
e Comportamentais” listados na Classificaçã o Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saú de - 10ªRevisã o (CID-10) Capítulo 5. A maior parte da amostra foi caracterizada como
tendo: “Transtornos [afetivos] do humor - F30-F39” (53,7%) e “Transtornos neuró ticos, relacionados ao
estresse e somatoformes – F40-F49” (32,6 %). Outros transtornos mentais e comportamentais encontra‐
dos foram: “Transtornos mentais e comportamentais orgâ nicos, inclusive sintomá ticos F00-F09) -
(1,9%), “Transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de substâ ncias psicoativas - F10-
F19” (5%), “Esquizofrenia, esquizotípica e transtornos delirantes - F20-F29” (4,9%) e “Transtornos da
personalidade e comportamento do adulto - F60-F69” (1,9%).

Os controles foram 225 participantes que solicitaram auxílio-doença por doenças listadas em qualquer
outro capítulo da CID10, sendo sua distribuiçã o da seguinte forma: capítulo XIX - Lesõ es, envenenamen‐
tos e algumas outras consequências de causas externas (36,9%), XIII - Doenças do aparelho musculoes‐
quelético e tecido conjuntivo (19,6%), XI - Doenças do aparelho digestivo (7,6%), IX - Doenças do apare‐
lho circulató rio (5,3%), II - Neoplasias (5,3%) e outras (25,3%).

Todos os participantes assinaram um termo de consentimento informado em conformidade com a


Declaraçã o de Helsinque. O estudo foi autorizado pelo INSS e aprovado pelo comitê de ética da Faculdade
de Saú de Pú blica da Universidade de Sã o Paulo, Brasil.

Foram realizadas entrevistas para preenchimento dos formulá rios utilizados para coleta de dados sobre
covariáveis ​que pudessem apresentar associaçã o com afastamentos por doença [2] – [7] ; [17] – [20] ;
[23] . As características individuais investigadas foram dados sociodemográ ficos (sexo, idade, cor da pele
autorreferida, estado civil, escolaridade), há bitos de saú de e estilo de vida (tabagismo, etilismo, atividade
física) e condiçõ es de saú de (comorbidades, índice de massa corporal).

Para avaliar os há bitos de saú de e estilo de vida dos participantes, foram validadas as versõ es validadas
para o português brasileiro dos seguintes questioná rios: Fagerströ m Tolerance Questionnaire for taba‐
gismo [24] , Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) para nível de ingestã o de á lcool [25] e
Questioná rio Internacional de Atividade Física (IPAQ) [26] .

As morbidades que necessitaram de atendimento médico no ano anterior à coleta de dados foram investi‐
gadas para estabelecer as condiçõ es de saú de dos participantes. A altura e o peso dos voluntá rios foram
De volta ao to
aferidos no momento da entrevista para cá lculo do índice de massa corporal (IMC).

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 3/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

Os dados ocupacionais avaliados foram: natureza do trabalho e situaçã o empregatícia, cargo atual e vio‐
lência no local de trabalho. Os fatores psicossociais no local de trabalho avaliados pelo modelo DCS foram
investigados por meio da versã o validada para a língua portuguesa do Brasil [27] do “Swedish Demand-
Control-Support Questionnaire” (DCSQ). Uma versã o curta de um questioná rio ERI em português do
Brasil foi usada para avaliar as dimensõ es do modelo ERI [28] .

O diagnó stico das doenças relacionadas aos afastamentos foi obtido a partir dos laudos emitidos pelos
peritos médicos da agência do INSS onde foi realizado o estudo. A alocaçã o dos participantes que relata‐
ram mais de uma doença ao grupo de casos ou controles foi decidida com base no diagnó stico principal,
conforme estabelecido pelo examinador do INSS.

Modelos de regressã o logística univariada foram construídos incluindo o desfecho e as variáveis ​indepen‐
dentes. Variáveis ​com valor de p igual ou inferior a 0,20 na regressã o univariada foram selecionadas para
o processo stepwise forward utilizado para ajuste de mú ltiplos modelos logísticos. Uma matriz de corre‐
laçã o foi elaborada para avaliar o potencial efeito de sobreposiçã o das variáveis. Valor de p menor que
0,05 foi considerado significativo no modelo final.

Quatro modelos finais de regressã o foram construídos para avaliar os fatores psicossociais no trabalho e
sua associaçã o com LTSA-MD. A aná lise de regressã o (A) avaliou a associaçã o do LTSA-MD com a intera‐
çã o de três dimensõ es psicossociais avaliadas pelo modelo DCS. A aná lise de regressã o (B) investigou a
associaçã o do desfecho com a interaçã o das três dimensõ es avaliadas pelo modelo ERI. A aná lise de re‐
gressã o (C) incluiu os dois modelos separadamente como covariáveis ​associadas ao desfecho. Por fim, a
aná lise de regressã o (D) avaliou a interaçã o de ambos os modelos e sua associaçã o com LTSA-MD.

Para a coleta de dados foi utilizado o software Epidata versã o 3.1. Os dados foram tabulados e analisados ​
por meio dos softwares Epi-Info versã o 3.5.2 e SPSS versã o 19.

Resultados

A populaçã o do estudo foi composta majoritariamente por mulheres (56,6%), com média de idade de
34,8 (±9,5) anos. A maioria dos participantes se referiu ser branca (49,1%), morar com alguém
(casado/relaçã o estável) (51,4%) e ter cursado 11 anos ou mais de educaçã o formal (67,7%) (tabela 1).

De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 4/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

tabela 1

Distribuição dos participantes segundo características individuais, São Paulo, Brasil, 2011 (N = 385).

Caso (N = % Média Controle (N = % Média valor p


160) (SD) 225) (SD)

Sexo

Macho 48 28,7 119 71,3

Fêmea 112 51,4 106 48,6 <0,001

Idade 34,21 35,17 0,325


(8,13) (10,37)

Cor da pele autorreferida

Branco 92 48,7 97 51,3

Preto 46 32,4 96 67,6

Outro 22 40,7 32 59,3 0,053

Estado civil

Solteiro 54 40,0 81 60,0

Casado/relacionamento estável 83 41,9 115 58,1

Separado/divorciado/viú vo 21 27 0,625

Educação (escolaridade formal


em anos)

<11 34 27,4 90 72,6

> = 11 126 48,3 135 51,7 0,001

Uso do tabaco

Nenhum 130 41,5 183 58,5

Baixo 13 26,5 36 73,5

Alto 17 73,9 6 26.1 0,1617

Ingestão de álcool

Nenhum 143 45,1 174 54,9

Baixo 12 19,7 49 80,3

Alto 5 71,4 2 28,6 0,036

Atividade física

Nenhum 36 36,0 64 64,0

Sim 124 43,5 161 56,5 0,191

Comorbidades

0 ou 1 17 15,5 93 84,5

>=2 143 52,0 132 48,0 <0,001

Índice de massa corporal

Baixo peso 7 58,3 5 41,7

Peso normal 58 38 2 94 61 8

De volta ao to
Um total de 81,3% dos participantes eram nã o fumantes e 82,3% relataram ser abstêmios. A atividade
física no mês anterior foi relatada por 74% dos participantes (tabela 1).

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 5/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

A maioria dos participantes trabalhava no setor privado (82,6%), sendo que “prestador de serviço” foi o
grupo profissional mais prevalente (61,6%) (mesa 2).

De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 6/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

mesa 2

Distribuição dos participantes segundo características ocupacionais, São Paulo, Brasil, 2011 (N = 385).

Caso (N = % Controle (N = % valor p


160) 225)

Emprego e status

Setor privado (terceirizado) 19 38,0 31 62,0

Setor privado (regular) 129 40,6 189 59,4

Setor pú blico* 12 70,6 5 29,4 0,103

Grupos ocupacionais

Operacional-fabricaçã o 11 17,7 51 82,3

Cargos de gestã o** 7 33,3 14 66,7

Técnico-administrativo* 30 46,2 35 53,8

Provedores de serviço* 112 47,3 125 52,7 0,046

Violência no local de trabalho

Nenhum 9 12,0 66 88,0

Sim* 151 48,7 159 51,3 <0,001

Quadrante Demanda-Controle

Alta tensã o* 92 53.2 81 46,8

Baixa tensã o 7 19,4 29 80,6

Trabalho ativo** 55 37,9 90 62.1

Trabalho passivo 6 19,4 25 80,6 <0,001

Suporte social

Baixo* 86 69,9 37 30.1

Alto 74 28.2 188 71,8 <0,001

Modelo DCS

Sem exposiçã o 99 32,7 204 67,3

Alta tensã o + baixo apoio social 61 74,4 21 25,6 <0,001

Relaçã o esforço-recompensa

<1,00 64 26,8 175 73,2

> = 1,00 * 96 65,8 50 34.2 <0,001

Comprometimento excessivo

Baixo 21 15.2 117 84,8

Alto* 139 56,3 108 43,7 <0,001

Modelo ERI

Sem exposiçã o 41 18.2 184 81,8

Alto índice de ER + alto comprometimento 93 58,1 67 41,9 <0,001


excessivo

Nota: DCS = demanda-controle-suporte; ERI = desequilíbrio esforço-recompensa; ER = esforço-recompensa


De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 7/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

A violência no local de trabalho foi mencionada por 80,5% dos participantes (mesa 2), correspondendo a:
abuso verbal (61,8%), assédio (53,8%), ser alvo de piadas e discriminaçã o (48,6%), ameaças de agressã o
(35,1%), agressã o no trabalho ou a caminho do trabalho (29,3% ), assédio sexual (12,2%), agressã o física
(9,3%) e violência sexual (1,0%).

Os resultados do alfa de Cronbach para as dimensõ es do DCSQ foram: demanda, 0,73; controle: 0,56; e
apoio social, 0,84. Alta exigência no trabalho foi o quadrante mais prevalente no modelo DCS (44,9%). O
apoio social foi relatado como alto por 68,1% dos participantes.

O alfa de Cronbach para as dimensõ es do questioná rio ERI foi: esforço, 0,79; recompensa, 0,86; e sobre‐
comprometimento, 0,85. A condiçã o de ERI foi relatada por 37,9% dos participantes. O alto comprometi‐
mento com o trabalho foi relatado por 64,2% dos participantes (mesa 2).

A maioria dos participantes (91%) relatou ter procurado atendimento médico no ú ltimo ano. Os princi‐
pais problemas de saú de que motivaram essas consultas médicas foram: distú rbios emocionais (48,3%) e
dores nas costas (35,6%). O IMC médio dos participantes foi de 28,84 kg/m 2 (±5,58 kg/m 2 ) represen‐
tando uma tendência ao excesso de peso (mesa 2).

As características individuais selecionadas para modelagem mú ltipla foram: sexo, cor da pele autorrefe‐
rida, escolaridade, nível de uso de tabaco, nível de ingestã o de á lcool e atividade física e nú mero de mor‐
bidades relatadas no ano anterior (tabela 1). As variáveis ​selecionadas correspondentes aos fatores ocu‐
pacionais foram: situaçã o de emprego, grupo ocupacional, violência no local de trabalho, modelo DCS,
modelo ERI, modelos combinados DCS e ERI (mesa 2). Embora a variável idade dos participantes nã o te‐
nha apresentado valor de p igual ou inferior a 0,20, ela foi mantida no modelo final, pois poderia modifi‐
car a variável desfecho.

Todas as aná lises de regressã o mostraram que o LTSA-MD esteve associado ao sexo feminino, cor da pele
autorreferida branca, maior escolaridade, alto consumo de tabaco, alto consumo de á lcool, duas ou mais
comorbidades relatadas no ano anterior, exposiçã o à violência no trabalho (Tabela 3).

De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 8/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

Tabela 3

Análises de regressão logística múltipla e fatores associados ao afastamento prolongado por doença por
transtornos mentais a , São Paulo, Brasil, 2011 (N = 385).

De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 9/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

Regressã o A Regressã o B Regressã o C Regressã o D


OU (IC 95%) OR (IC 95%) OR (IC 95%) OR (IC 95%)

Sexo

Macho 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

Fêmea 2,22 (1,27– 2,09 (1,21– 2,07 (1,18– 2,30 (1,32–


3,87)** 3,62)** 3,64)* 4,01)**
Cor da pele autorreferida

Branco 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

Outro 0,50 (0,29– 0,51 (0,30– 0,49 (0,29– 0,49 (0,29–


0,84)** 0,86)* 0,84)** 0,83)**
Educação (escolaridade formal em anos)

<11 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

> = 11 2,61 (1,45– 2,41 (1,34– 2,51 (1,39– 2,43 (1,35–


4,70)** 4,32)** 4,56)** 4,37)**
Uso do tabaco

Nenhum 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

Baixo 0,66 (0,29– 0,65 (0,28– 0,70 (0,30– 0,66 (0,29–


1,51) 1,50) 1,62) 1,49)
Alto 8,85 (2,44– 7,16 (2,01– 8,66 (2,33– 8,08 (2,24–
32,10)*** 25,48)** 32,11)** 29,19)**
Ingestão de álcool

Nenhum 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

Baixo 0,29 (0,12– 0,36 (0,16– 0,31 (0,13– 0,30 (0,13–


0,69)** 0,83)* 0,74)** 0,69)**
Alto 10,04 (1,18– 11,05 (1,42– 9,98 (1,16– 9,07 (1,05–
85,63)* 85,90)* 86,11)* 78,12)*
Comorbidades

0 ou 1 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

2 ou mais 5,55 (2,81– 4,64 (2,36– 4,77 (2,38– 5,35 (2,73–


10,95)*** 9,13)*** 9,56)*** 10,49)***
Violência no local de trabalho

Nã o 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

Sim 4,43 (1,96– 3,60 (1,59– 3,47 (1,51– 4,36 (1,94–


9,99)*** 8,14)** 7,97)** 9,79)***
Modelo DCS

Sem exposiçã o 1.0 (Ref) 1.0 (Ref)

Alta tensã o no trabalho + Baixo suporte social 4,43 (2,33– 3,37 (1,71–

Nota: a ajustado para idade; *p<0,05; **p<0,01; *** p<0,001; OR = razã o de chances; IC 95% = intervalo de confiança de
95%; DCS = demanda-controle-suporte; ERI = desequilíbrio esforço-recompensa.

Fatores psicossociais percebidos no trabalho foram associados com LTSA-MD. As aná lises mostraram que
os modelos DCS e ERI estiveram associados ao desfecho. Nã o foi encontrada diferença estatística entre a
De volta ao to
aná lise separada ou combinada das dimensõ es desses modelos (Tabela 3).

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 10/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

Discussão

O desenho caso-controle selecionado para o presente estudo permitiu detectar que as características in‐
dividuais e as condiçõ es psicossociais do trabalho estavam significativamente associadas à LTSA-MD em
comparaçã o com outras causas de afastamento. Além disso, as dimensõ es do estresse ocupacional avalia‐
das pelos modelos DCS e ERI foram significativamente associadas ao LTSA-MD.

LTSA-MD e recursos individuais

A tendência das mulheres em demonstrar maior preocupaçã o com a saú de pode explicar o fato de o sexo
ter sido uma das variáveis ​sociodemográ ficas associadas à ILPI-DM. Esse traço cultural feminino pode ser
refletido em uma busca precoce por ajuda médica, porque as mulheres consideram relatar sintomas psi‐
quiá tricos mais aceitáveis ​do que os homens [29] . Além disso, a frequente assunçã o por parte das mulhe‐
res da “dupla carga” de conciliar trabalho e família também é considerada um fator fortemente associado
aos episó dios de afastamento por doença [23] .

A associaçã o de LTSA-MD com cor da pele autorreferida branca e alta escolaridade pode ser explicada
pelo maior acesso desses grupos de indivíduos à s informaçõ es de saú de no Brasil. Trabalhadores mais
informados podem detectar com mais facilidade situaçõ es que representem uma ameaça à sua saú de
mental [30] e, assim, buscar açõ es adequadas que possam exigir licenças médicas. Apesar desses fatos, a
relevâ ncia do nível educacional é controversa. Uma revisã o recente descobriu que altos níveis educacio‐
nais eram protetores, mas também um fator de risco para afastamentos mais longos devido a transtornos
mentais [22] .

A licença médica devido a distú rbios psiquiá tricos é descrita em homens etilistas e mulheres fumantes
[31] . O presente estudo mostrou que tanto o alto consumo de á lcool quanto o alto consumo de tabaco es‐
tiveram associados à LTSA-MD independentemente do sexo. No entanto, em funçã o do desenho do es‐
tudo, nã o foi possível estabelecer a precedência temporal entre esses há bitos e o sofrimento mental.

Mú ltiplas queixas de saú de [32] e autoavaliaçã o do estado de saú de ruim [7] sã o considerados fatores de
risco para afastamentos, e nossos resultados corroboram essa hipó tese. Relatar duas ou mais comorbida‐
des no ano anterior foi associado à LTSA-MD. A deterioraçã o autopercebida do estado geral de saú de pro‐
vavelmente representa mais um estressor psicoló gico que aumenta a fadiga mental dos trabalhadores.
Essa situaçã o pode eventualmente predispor os trabalhadores ao absenteísmo.

LTSA-MD e condiçõ es psicossociais de trabalho

A percepçã o das condiçõ es de trabalho caracterizadas por baixo controle, alta exigência, baixo apoio so‐
cial, alto esforço, baixa recompensa e alto comprometimento apresentou associaçã o significativa com
LTSA-MD. Em conjunto, esses estressores podem denotar sobrecarga cognitiva, decorrente do excesso de
demandas no trabalho, do esforço associado à multitarefa e da falta de perspectivas de crescimento
profissional.

Estudos anteriores mostraram que o LTSA de todas as causas está associado a alta tensã o no trabalho em
trabalhadores de meia-idade [20] . O LTSA também foi associado a dimensõ es avaliadas pela combinaçã o
dos modelos DCS e ERI entre profissionais de enfermagem [17] . Um estudo recente realizado no Canadá
mostrou que apenas a ERI foi independentemente associada a licenças médicas por problemas de saú de
mental [19] .
De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 11/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

O controle do trabalho no trabalho faz parte da construçã o teó rica dos dois modelos aqui utilizados para
avaliar o estresse ocupacional. Esse tipo de fator psicossocial no trabalho combina o desempenho da ta‐
refa (aspecto micro) com questõ es mais amplas relacionadas à s recompensas, como salá rio e progressã o
na carreira (aspecto macro) [33] . Baixo controle e/ou baixa recompensa podem piorar o sofrimento
mental e a fadiga. Um estudo recente realizado na Bélgica mostrou que apenas a baixa recompensa no
trabalho foi independentemente associada ao LTSA-MD, embora outras dimensõ es dos modelos DCS e
ERI também tenham sido incluídas na aná lise [18] .

No modelo ERI, o esforço pode se comportar como extrínseco (como, por exemplo, atividades laborais) e
também como um componente intrínseco ou pessoal (como, por exemplo, alto comprometimento) susce‐
tível de afetar a saú de mental dos trabalhadores. A combinaçã o de baixo esforço e alta demanda está sig‐
nificativamente associada à ausência medicamente certificada por problemas de saú de mental [19] .

A alta tensã o no trabalho é um importante fator associado à LTSA [20] e esse achado concorda com nos‐
sos resultados em relaçã o à s licenças médicas por transtornos mentais. No entanto, os resultados do es‐
tudo Belstress III nã o encontraram associaçã o de LTSA-MD com alta tensã o no trabalho ou suporte social
no trabalho [19] .

Tanto o baixo apoio social quanto o comprometimento pessoal excessivo foram associados à LTSA-MD no
presente estudo. Os trabalhadores podem, por vezes, sentir-se sozinhos, tendo que se comportar de
forma resoluta diante de demandas excessivas em relaçã o à s quais têm pouco poder de decisã o [34] .
Assim sendo, pode-se levantar a hipó tese de que os casos deste estudo com LTSA-MD podem ser desenca‐
deados pelas tentativas feitas pelos trabalhadores de se destacar em um emprego instável e ou competi‐
tivo [35] – [36] . Outros estudos podem investigar o efeito de avaliaçõ es subjetivas de produtividade ou
falta de reconhecimento por pares e superiores sobre o absenteísmo por doença mental.

A exposiçã o à violência no local de trabalho destacou-se como um importante fator associado ao afasta‐
mento por doença, como também encontrou um estudo europeu [37] . O bullying, mais particularmente,
está associado à LTSA-MD [18] . Este fato deve-se provavelmente à deterioraçã o das relaçõ es de trabalho
vertical (supervisor-subordinado) e horizontal (entre colegas de trabalho). A exposiçã o à violência no lo‐
cal de trabalho e o baixo apoio social no trabalho foram associados à LTSA-MD no presente estudo.

Aná lises combinadas de diferentes escalas de avaliaçã o de fatores psicossociais no trabalho têm a vanta‐
gem de diminuir as limitaçõ es inerentes a cada modelo individual [30] – [31] , [38] – [40] . No presente
estudo, o modelo que apresentou os maiores valores de odds ratio foi aquele que incluiu interaçõ es entre
dimensõ es dos dois modelos teó ricos de estresse utilizados. No entanto, os resultados da comparaçã o das
quatro aná lises de regressã o nã o indicaram diferenças estatisticamente significativas. Até onde sabemos,
o presente estudo foi o primeiro a utilizar as aná lises do modelo supracitado para avaliar os fatores psi‐
cossociais no trabalho associados à licença por doença mental de longa duraçã o em trabalhadores solici‐
tantes de benefícios previdenciá rios.

Nã o existem valores-limite legais disponíveis para a exposiçã o ocupacional a fatores psicossociais no tra‐
balho, apesar de suas reconhecidas consequências negativas sobre a saú de mental. Esses fatores devem
ser discutidos pelos gestores e subordinados no planejamento das açõ es de retorno ao trabalho, em con‐
junto com as medidas preventivas. Estudos sobre as relaçõ es entre condiçõ es de trabalho e recorrência
de LTSA-MD sã o necessá rios [21] .

Embora dados autorrelatados tenham sido utilizados na investigaçã o de fatores associados ao absen‐
teísmo e doença [17] , estudos sobre ausência prolongada por doença devem dar preferência a dados de
registros oficiais [41] ou confirmados por um médico [42] . Um dos pontos fortes do presente estudo
Deé volta ao to
que tanto os casos quanto os controles foram selecionados com base em diagnó sticos médicos confirma‐
dos por um perito médico previdenciá rio altamente qualificado.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 12/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

Os questioná rios utilizados para investigar a exposiçã o dos participantes a fatores psicossociais no traba‐
lho apresentaram validade interna satisfató ria, conforme demonstrado pelos valores de alfa de Cronbach.
No entanto, pode-se questionar se entrevistar indivíduos com condiçõ es de saú de mental precá rias pode
nã o ter interferido nos resultados. Com certeza, alguns dos participantes podem ter julgado suas condi‐
çõ es de trabalho como menos favoráveis ​do que teriam quando estavam ativos no trabalho [31] , resul‐
tando em superestimaçã o dos fatores psicossociais desfavoráveis ​percebidos no trabalho.

Embora a amostra do estudo tenha sido composta por uma populaçã o trabalhadora urbana com empre‐
gos formais em uma grande cidade brasileira, os resultados sã o semelhantes aos de outros estudos reali‐
zados em diferentes partes do mundo [23] , [31] , [38] – [39 ] .

Conclusõ es

O presente estudo mostrou que as características individuais e as condiçõ es psicossociais do trabalho es‐
tiveram associadas ao afastamento prolongado por doença por transtorno mental. A aná lise combinada
de modelos de estresse mostrou que os fatores psicossociais no trabalho foram significativamente associ‐
ados com LTSA-MD. A condiçã o de alta tensã o no trabalho, baixo suporte social, desequilíbrio esforço-re‐
compensa e alto comprometimento excessivo podem representar uma ameaça à saú de mental dos traba‐
lhadores. O uso engenhoso dessas informaçõ es pode contribuir para a implementaçã o de açõ es preventi‐
vas e estratégias para facilitar o retorno ao trabalho visando as populaçõ es mais suscetíveis aos transtor‐
nos mentais.

Agradecimentos

Os autores agradecem: ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Ministério da Previdência Social,
pela autorizaçã o para a coleta de dados; ao Laborató rio de Estudos Populacionais (LEP) e ao Programa de
Pó s-Graduaçã o em Saú de Pú blica da Faculdade de Saú de Pú blica da Universidade de Sã o Paulo, Brasil,
pela assistência técnica e financiamento, respectivamente.

Declaração de financiamento

Os autores nã o têm apoio ou financiamento para relatar.

Disponibilidade de dados

Os autores confirmam que todos os dados subjacentes aos achados estã o totalmente disponíveis sem res‐
triçõ es. Os dados estã o disponíveis no Figshare: http://dx.doi.org/10.6084/m9.figshare.1232203 .

Referências

1. Vahtera J, Kivimä ki M, Pentti J, Theorell T (2000) Efeito da mudança no ambiente psicossocial de trabalho na ausência por
doença: um acompanhamento de sete anos de funcioná rios inicialmente saudáveis . J Epidemiol Community Health 54 ( 7 ):484–493.
[ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

2. Krokstad S, Johnsen R, Westin S (2002) Determinantes sociais da pensã o por invalidez: um acompanhamento de 10 anos de
62.000 pessoas em uma populaçã o do condado norueguês . Int J Epidemiol 31 ( 6 ):1183-1191. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

3. Burr H, Pedersen J, Hansen JV (2011) Ambiente de trabalho como preditor de ausências prolongadas por doença: ligaçã o de
De volta ao to
dados DWECS autorrelatados com o registo DREAM. Scand J Saú de Pú blica 39(7 Sup) : 147–152. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

4. Markussen S, Knut R, Ole JR, Simen G. A anatomia do absenteísmo . J Health Eco 2011; 30 :277-292. [ PubMed ] [ Google
Acadêmico ]
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 13/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

5. North F, Syme SL, Feeney A, Head J, Shipley MJ, et al. (1993) Explicando as diferenças socioeconô micas na ausência por doença: o
estudo Whitehall II . BMJ 306 :361-366. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

6. Fischer FM (1986) Estudo retrospectivo sobre absenteísmo entre trabalhadores em turnos . Int Arch Occup Environ Health 58 ( 4
):301–320. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

7. Ferreira RC, Griep RH, Fonseca MJM da, Rotenberg L (2012) Uma abordagem multifatorial do absenteísmo por doença entre a
equipe de enfermagem . Rev Saude Publica 46 ( 2 ):259–268. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

8. Dewa CS, Loong D, Bonato S (2014) Resultados do trabalho de afastamento por doença relacionados a transtornos mentais: uma
revisã o sistemá tica da literatura . BMJ Open 4 ( 7 ):e005533. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

9. Silva Junior JS, Fischer FM (2014) Invalidez por doença mental: benefícios previdenciá rios no Brasil 2008–2011. Rev Saude
Publica 48(1) :; 186-190. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

10. OIT - Escritó rio Internacional do Trabalho . Fatores psicossociais no trabalho: reconhecimento e controle. Relató rio do Comitê
Conjunto OIT/OMS de Saú de Ocupacional – Nona Sessã o. Genebra; 1984.

11. Karasek RA (1979) Exigências do trabalho, latitude de decisã o do trabalho e tensã o mental: implicaçõ es para o redesenho do
trabalho . Adm Sci Q 24 :285–307. [ Google Acadêmico ]

12. Sanne B, Torp S, Mykletun A, Dahl AA (2005) O Questioná rio Sueco de Demanda-Controle-Suporte (DCSQ): estrutura fatorial,
aná lises de itens e consistência interna em uma grande populaçã o . Scand J Public Health 33 ( 3 ):166–74. [ PubMed ] [ Google
Acadêmico ]

13. Siegrist J (1996) Efeitos adversos à saú de de condiçõ es de alto esforço/baixa recompensa . J Occup Health Psychol 1 :27–41. [
PubMed ] [ Google Acadêmico ]

14. Siegrist J, Starke D, Chandola T, Godin I, Marmot M, et al. (2004) A mediçã o do desequilíbrio esforço-recompensa no trabalho:
comparaçõ es europeias . Soc Sci Med 58 :1483-99. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

15. Calnan M, Wadsworth E, May M, Smith A, Wainwright D (2004) Estresse no trabalho, desequilíbrio esforço-recompensa e
estresse no trabalho: modelos concorrentes ou complementares? Scan J Public Health 32 :84–93. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

16. Belkic K, Landsbergis PA, Schnall PL, Baker D (2004) O estresse no trabalho é uma fonte importante de risco de doença
cardiovascular? Scand J Work Environment Health 30 ( 2 ):85–128. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

17. Griep RH, Rotenberg L, Chor D, Toivanen S, Landsbergis P (2010) Além de abordagens simples para estudar a associaçã o entre
características do trabalho e absenteísmo: Combinando os modelos DCS e ERI . Estresse no Trabalho 24 ( 2 ):179–195. [ Google
Acadêmico ]

18. Janssens H, Clays E, De Clercq B, Casini A, De Bacquer D, et al. (2014) A relaçã o entre fatores de risco psicossociais e ausência
por doença de longa duraçã o por causa específica . Eur J Public Health 24 ( 3 ):428–433. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

19. Ndjaboué R, Brisson C, Vézina M, Blanchette C, Bourbonnais R (2014) Desequilíbrio esforço-recompensa e ausência
medicamente certificada por problemas de saú de mental: um estudo prospectivo de trabalhadores de colarinho branco . Ocupar
Environ Med 71 ( 1 ):40–7. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

20. Wang MJ, Mykletun A, Møyner EI, Øverland S, Henderson M, et al. (2014) Estresse no trabalho, saú de e ausência por doença:
resultados do Horland Health Study . PLoS One 22 9 ( 4 ):e96025. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

21. Koopmans PC, Bü ltmann U, Roelen CA, Hoedeman R, van der Klink JJ, et al. (2011) Recorrência de afastamentos por doença por
transtornos mentais comuns . Int Arch Occup Environ Health 84 ( 2 ):193–201. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

22. Cornelius LR, van der Klink JJL, Groothoff JW, Brouwer S (2011) Fatores prognó sticos de incapacidade de longo prazo devido a
transtornos mentais: uma revisã o sistemá tica . J Ocupe Reabilitar 21 :259–274. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

23. Allebeck P, Mastekaasa A (2004) Conselho Sueco de Avaliaçã o de Tecnologia em Cuidados de Saú de (SBU). Capítulo 5. Fatores de
risco para licença médica - estudos gerais . Scand J Publ Health 32 (Suppl 63) 49–108. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
De volta ao to
24. Halty LS, Hü ttner MD, Oliveira Netto IC, Santos VA, Martins G (2002) Aná lise da utilizaçã o do Questioná rio de Tolerâ ncia de
Fagerströ m (QTF) como instrumento de medida da dependência nicotínica [Aná lise do uso do Fagerströ m Tolerance Questionnaire
como um instrumento para medir a dependência de nicotina] . J Pneumologia 28 ( 4 ):180–186. [ Google Acadêmico ]
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 14/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

25. Figlie NB, Pillon SC, Laranjeira R, Dunn J (1997) AUDIT identifica a necessidade de interconsulta específica para dependentes de
á lcool no hospital geral? [O AUDIT identifica a necessidade específica de intervençã o psiquiá trica de ligaçã o para pacientes
dependentes de á lcool em um hospital geral?]. J Bras Psiquiatr 46 :; 589-593. [ Google Acadêmico ]

26. Matsudo SM, Araú jo T, Matsudo VKR, Andrade D, Andrade E, et al. (2001) Questioná rio internacional de atividade física (IPAQ):
Estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil . Rev Bras Ativ Fis Saude 6 ( 2 ):5–18. [ Google Acadêmico ]

27. Alves MGM, Chor D, Faerstein E, Lopes CS, Werneck GL (2004) Versã o resumida da “job stress scale”: uma adaptaçã o para o
português . Rev Saude Publica 38 ( 2 ):164–171. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

28. Chor D, Werneck GL, Faerstein E, Alves MGM, Rotenberg L (2008) A versã o brasileira do questioná rio de desequilíbrio esforço-
recompensa para avaliar o estresse no trabalho . Cad Saude Publica 24 ( 1 ):219–224. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

29. Stansfeld SA, Fuhrer R, Head J (2011) Local de trabalho: Impacto dos transtornos mentais comuns na ausência por doença em
um estudo de coorte ocupacional . Ocupar Environ Med 68 ( 6 ):408–413. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

30. Silva AA, Souza JMP, Borges FNS, Fischer FM (2010) Qualidade de vida relacionada à saú de e condiçõ es de trabalho entre
profissionais de enfermagem . Rev Saude Publica 44 ( 4 ):718–725. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

31. Foss L, Gravseth HM, Kristensen P, Claussen B, Mehlum IS, et al. (2010) Fatores de risco para ausência de longa duraçã o devido a
doença psiquiá trica: um acompanhamento de 5 anos baseado em registro do Oslo Health Study . JOEM 52 ( 7 ):698-705. [ PubMed ]
[ Google Acadêmico ]

32. Roelen CAM, van der Pol TR, Koopmans PC, Groothoff JW (2006) Identificando trabalhadores em risco de ausência por doença
por questioná rio . Ocupa Med 56 :442–446. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

33. Bosma H, Peter R, Siegrist J, Marmot M (1998) Dois modelos alternativos de estresse no trabalho e o risco de doença
coronariana . Am J Public Health 88 :68–74. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

34. Vézina M, Derriennic F, Monfort C (2004) O impacto da tensã o no trabalho no isolamento social: uma aná lise longitudinal dos
trabalhadores franceses . Soc Sci Med 59 :29–38. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

35. Siegrist J. (2008) Desequilíbrio esforço-recompensa e saú de em uma economia globalizada . Scand J Work Environment Health 6
:163–168. [ Google Acadêmico ]

36. Hasselhorn HM, Mü ller BH, Tackenberg P, editores. 2005) Estudo de Saída Antecipada de Enfermeiros – NEXT. PRÓ XIMO
Relató rio Científico – Julho de 2005. EU-project no QLK6-CT-2001-00475. Wuppertal: Universidade de Wuppertal. Disponível:
http://wwwnextuni-wuppertalde/EN/indexphp?articles-and-reports . [citado em 21 de abril de 2014].

37. Niedhammer I, Chastang J, Sultan-Taïeb H, Vermeylen G, Parent-Thirion A (2013) Fatores psicossociais do trabalho e ausência
por doença em 31 países da Europa . Eur J Public Health 23 ( 4 ):622–9. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

38. Rugulies R, Christensen KB, Borritz M, Villadsen E, Bü ltmann U, et al. (2007) A contribuiçã o do ambiente psicossocial do
trabalho para a ausência por doença em trabalhadores de serviços humanos: Resultados de um estudo de acompanhamento de 3
anos . Estresse no Trabalho 21 ( 4 ): 293–311. [ Google Acadêmico ]

39. Lu X, Laaksonen M, Aittomä ki A, Leino-Arjas P, Rahkonen O, et al. (2010) Ausência por doença, histó rico de emprego e
funcioná rios de alto risco: um estudo longitudinal de 10 anos . JOEM 52 ( 9 ):913-919. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

40. Griep RH, Rotenberg L, Landsbergis P, Vasconcellos-Silva PR (2011) Uso combinado de modelos de estresse no trabalho e
autoavaliaçã o de saú de em enfermagem . Rev Saude Publica 45 ( 1 ):145–152. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

41. Svedberg P, Ropponen A, Lichtenstein P, Alexanderson K (2010) O auto-relato de pensã o por invalidez e ausência por doença de
longa duraçã o é preciso? Comparaçã o de dados de entrevistas autorrelatados com dados de registro nacional em uma coorte de
gêmeos sueca . BMC Saúde Pública 10 :763. [ PMC free article ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]

42. Marmot MG, Feeney A, Shipley M, North F, Syme SL (1995) Ausência de doença como medida do estado de saú de e
funcionamento: do estudo Whitehall II do Reino Unido . J Epidemiol Community Health 49 :24–30. [ PMC free article ] [ PubMed ] [
Google Scholar ] De volta ao to

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 15/16
04/05/2022 09:17 Ausência por Doença de Longa Duração Devido a Transtornos Mentais está Associada a Características Individuais e Cond…

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4274157/ 16/16

You might also like