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WILTON ORMUNDO

CRISTIANE SINISCALCHI

MANUAL DO SE LIGA
PROFESSOR
NA LÍNGUA
LEITURA, PRODUÇÃO

9
DE TEXTO E LINGUAGEM

o
ano

Componente curricular:
LÍNGUA PORTUGUESA
ia ão
.
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ão
al ç
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ç
lg
vu
av
di
à
a
de
id
et
al
bm
ri
su
e
at
ão
rs
m
ve
Pré-requisitos
• EF67LP27
LO
• EF07LP12 CAPÍTU
• EF07LP13

5 CHARGE:
• EF67LP02
• EF67LP08

Materiais digitais que delícia de provocação


Sequência didática 1: Prono-
mes relativos
Milhares de sites são criados, Quem resiste a um desenho relacionado a uma frase bem-humorada?
modificados e desativados
CG: 3 diariamente. É possível que,
Imagine uma leitura despretensiosa de jornal: passamos os olhos pelas
quando forem consultados, páginas, lemos as manchetes, vemos as principais fotos. Deparamos,
CEL: 2
aqueles indicados neste ca- então, com a charge do dia e, muito provavelmente, vamos parar por alguns
CELP: 3 pítulo não estejam mais dis-
poníveis ou tenham mudado
instantes para lê-la. Para muitos de nós, esse gênero textual é irresistível.
Habilidades: EF09LP11,
de endereço. Vamos estudá-lo neste capítulo.
EF69LP51, EF89LP33,
EF89LP36 Leia, a seguir, uma charge publicada em um jornal de Manaus.

Material Digital Audiovisual


Leitura 1
• Áudio: Audiodescrição de

© MYRRIA
uma charge De quem é o texto?

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


ACERVO PESSOAL

Orientações para o
professor acompanham o
Material Digital Audiovisual

CG: 4; CEL: 1, 2; CELP: 3


Habilidades: EF69LP05,
EF89LP03
Foto de 2018.
O roraimense Carlos
Leituras 1 e 2 Myrria é jornalista, ilus-
CG: 1, 2, 3, 6, 7 trador e designer gráfi-
CEL: 1, 2, 4, 5 co. Suas charges saem
CELP: 1, 3, 6, 7 diariamente no jornal
Habilidades: EF69LP03, A crítica, de Manaus.
EF69LP05, EF89LP01,
EF89LP03, EF89LP04
Desvendando o texto
Para iniciar os estudos da char- 1 Observe os elementos que compõem a imagem.
ge, sugerimos a apresentação
de uma reportagem sobre o 1c. O macacão e o capacete
a) Que espaço está sendo representado? Um ringue de luta.
trabalho do chargista Régis de operário identificam o b) Quais são os personagens presentes? O trabalhador, o patrão e um repre-
sentante do Ministério do Trabalho.
Soares, criador do projeto trabalhador, e o terno, com a c) Que detalhes identificam os dois personagens menores?
estampa “Ministério do Tra-
“Charge na Rua”, realizado balho”, o funcionário público. d) Que tipo de calçado o personagem representado em tamanho
em João Pessoa. Exiba a repor- maior está usando? Botas de lutador de boxe.
tagem e pergunte aos alunos
o que é possível saber sobre o 2 A charge foi publicada em uma época em que foram definidas novas
gênero charge com base no 2a. Sugere que haverá dispu- regras para o trabalho no Brasil, as quais permitiram que os acordos
que foi exposto. Disponível tas, lutas entre os dois lados.
entre patrões e empregados valessem mais que algumas leis.
2b. Sugere-se que os patrões
em: <https://globoplay.globo. a) O que o chargista sugere ao representar o “novo ambiente das
têm mais força que os em-
com/v/6348587/>. Acesso em: pregados. relações trabalhistas” como esse espaço específico?
21 jul. 2018. 2c. O uso de botas de lutador
de boxe mostra que ele está
b) O que é sugerido pela diferença entre o tamanho dos personagens?
Veja informações sobre a abor- preparado para o confronto. c) Como o tipo de calçado do personagem maior contribui para essa ideia?
dagem do gênero charge na 144
introdução deste MP.

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Como funciona uma charge? 1a. O exagero aparece no tama-
nho usado para a representação
Reflita, agora, sobre o gênero. do patrão e na própria represen-
tação do conflito como luta em
um ringue.
1 Releia a charge. 1b. A reflexão ou a indignação.
a) Como foi empregado o recurso do exagero na charge? 1c. Associar a situação retra-
tada ao contexto político, iden-
b) Além do riso, que outra reação o exagero produz no leitor? tificar um dos personagens e
explicitar o posicionamento dele
c) Quais são as funções da linguagem verbal na charge? por meio da fala.
2 Reflita sobre o tema abordado na charge. É correto afirmar que o chargista 2. Sim. O chargista é
crítico em relação às
revela sua opinião? Justifique sua resposta. mudanças de que trata,
uma vez que representa
3 A charge costuma circular, principalmente, em jornais impressos e on-line. as novas relações tra-
a) O que torna as charges semelhantes às notícias, que também circulam em balhistas como uma luta
entre forças desiguais.
jornais? As charges, como as notícias, referem-se a fatos recentes que
interessam à sociedade.
b) O que torna o conteúdo das charges diferente do exposto nas notícias? 3b. Diferente das notí-
cias, as charges revelam
c) Leia alguns títulos de artigos de opinião que foram publicados na mesma uma crítica e expressam
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

época em que a charge circulou. um posicionamento


particular.
3c. O primeiro título é
Senado aprova reforma trabalhista que acaba com direitos. semelhante à charge,
porque prevê dificulda-
Luis Nassif. Disponível em: <https://www.mackenzie.br/liberdade-economica/artigos-e- des para os trabalha-
videos/arquivo/n/a/i/reforma-trabalhista-um-passo-necessario/>. Acesso em: 21 set. 2018. dores ao caracterizar
a reforma como aque-
la que tira seus direi-
Reforma trabalhista: um passo necessário. tos. O segundo título
defende a reforma,
ELtoN DuartE BataLha. Disponível em: <https://www.mackenzie.br/liberdade-economica/ entendendo ser algo
artigos-e-videos/arquivo/n/a/i/reforma-trabalhista-um-passo-necessario/>. que precisava ser feito
Acesso em: 21 set. 2018. para uma melhora do
país. O terceiro título
questiona como serão
as relações entre pa-
Reforma trabalhista: impasse ou oportunidade de diálogo? trões e empregados,
sugerindo que talvez
EDuarDo MachaDo Dias. Disponível em: <https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/ possa ser aberto o
reforma-trabalhista-impasse-ou-oportunidade-de-dialogo-09032018>. Acesso em: 21 set. 2018. diálogo entre eles.

Qual dos títulos expressa um posicionamento semelhante ao da charge de


Myrria? Responda analisando os três títulos.
d) Considerando a charge e os títulos, o que você pode concluir sobre o fun- 3d. Pode-se concluir
cionamento da imprensa no Brasil? Qual é a importância disso? que há liberdade de
expressão, já que são
expostos diferentes
Da observação para a teoria posicionamentos, in-
clusive alguns críticos
As charges são compostas, geralmente, de um quadro único e associam várias lingua- em relação ao governo.
gens: palavras, imagens, diferentes tipos de balões de fala, cores e tamanhos de letras
etc. Costumam apresentar desenho simplificado, apenas com pormenores necessários
à caracterização de personagens e ambientes, para que seja possível reconhecer a figura
pública, o comportamento ou o fato satirizados. Dois recursos são comuns na charge: o
ridículo e o exagero, que enfatizam defeitos ou erros e ampliam o humor.

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Leia, agora, esta charge publicada em um jornal do Espírito Santo.
Ela aborda um problema urbano comum em todo o país.

Leitura 2

© AMARILDO
De quem é o texto?

© AMARILDO
Autocaricatura de 2014.
O capixaba Amarildo

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Lima é cartunista, cari-
caturista e editor de
imagens em jornais des-
de 1990. Seus trabalhos
mais conhecidos abor-
dam fatos políticos.

Refletindo sobre o texto

1 Para ler uma charge, é preciso conhecer aspectos da vida social do 1. O leitor precisa saber que
momento em que ela foi produzida. O que o leitor precisa saber para os usuários dos ônibus costu-
mam esperar longos interva-
ler essa charge? los de tempo entre a chegada
de um veículo e outro.
2 Por seu caráter conciso, as charges transmitem informações funda-
2a. A teia indica que o perso-
mentais com poucos recursos. nagem ficou muito tempo no
a) O que a teia de aranha informa sobre a situação retratada? ponto de ônibus.
2b. A teia de aranha constrói
b) A teia de aranha exemplifica o recurso do exagero. Explique quais a crítica e, simultaneamente,
são os objetivos desse recurso. produz o humor.

3 Reflita sobre a construção da crítica na charge.


a) Por que o personagem vestido de Batman se surpreende ao ver o
outro personagem? Porque o outro personagem não está vestido de pa-
lhaço, conforme havia combinado.
b) A resposta “Então!” tem, no contexto, o mesmo sentido de qual
das alternativas a seguir? II. Eu vim de palhaço.
I. Eu mudei de ideia.
3c. O personagem confirma
II. Eu vim de palhaço. estar “fantasiado” de palhaço
III. Eu não achei a fantasia. não no aspecto externo, mas
no interno, já que é assim que
c) Considerando a fantasia que o leitor vê, como pode ser explicada se sente como usuário do
a resposta do personagem? transporte público.

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4 As charges são textos assinados, e os leitores do jornal em que elas Se essa charge fosse minha... –
são publicadas acabam reconhecendo os traços e os temas preferidos Alguns chargistas optam por
de um chargista. Veja esta charge de Myrria, que também produziu a repetir personagens e cenas,
charge da “Leitura 1”. alterando apenas os balões de
fala para criar novos contex-
tos. É o caso de Pancho, que
publica na Gazeta do Povo,
do Paraná. Você pode mostrar
alguns exemplos aos alunos e
oferecer cópias com os balões
em branco para que criem no-
vas charges. Para conhecer mais
o trabalho de Pancho, aces-
se o site da Gazeta do Povo,
disponível em: <https://www.
gazetadopovo.com.br/opiniao/
charges/pancho/>. Acesso em:
29 set. 2018.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

© MYRRIA

a) Quem responde personagem mostrado na cena? O que explica seu Se essa charge
comentário no balão à direita? A resposta é dada pela Lua, que não quer fosse minha...
ficar na frente do sol manauense por ele ser muito forte.
b) As charges costumam abordar fatos políticos ou econômicos, sa- Copie o persona-
tirizar personalidades públicas, mostrar problemas cotidianos ou gem criado por Myrria
simplesmente tratar de eventos curiosos. Quanto aos interesses e insira-o em um novo
do chargista, existe semelhança entre essa charge e a estudada na contexto para criar
“Leitura 1”? Explique sua resposta. uma charge inédita.
c) O personagem dessa charge é idêntico àquele visto na charge da
4b. Não. A charge da “Leitura
“Leitura 1” e se repete em outras charges de Myrria. Quem ele 1” trata de um fato político,
representa? O homem comum. enquanto essa trata de uma
situação curiosa.
d) Que recursos Myrria emprega para adaptar o personagem a esse
novo contexto? A sombra do corpo, as gotas de suor e as linhas que representam transpiração constroem
a ideia de que o personagem está sob o forte sol de Manaus.
e) Que diferenças você observa na composição artística das charges
Questão 4e – Chame a atenção
de Myrria e de Amarildo? Sugestão: Amarildo detalha mais o cenário e as vestimentas, usa cores mais para o fato de Amarildo ser
fortes e aumenta o tamanho da cabeça dos personagens em relação ao corpo,
o que é menos perceptível no caso de Myrria. caricaturista.
Da observação para a teoria
O gênero textual charge refere-se a fatos de natureza política, social e Da observação para a teoria –
cultural recentes, que estão circulando em jornais e revistas. Para finalizar essa etapa, mos-
O humor produzido pela charge tem como objetivo o riso seguido de reflexão. tre charges recentes publicadas
O gênero exige um leitor que consiga reconhecer os fatos e as ideologias (pontos em jornais de sua região. Veja,
de vista) envolvidas neles para que possa entender a sátira e a crítica feitas pelo com os alunos, quais são os
produtor do texto. temas que mais mobilizam
esses artistas.

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CG: 2, 5, 10
A cobertura de imprensa
CEL: 2, 6
CELP: 3, 6, 10
Habilidades: EF08LP01, A charge é um gênero que se relaciona diretamente com os fatos que
EF09LP02, EF67LP03, estão sendo noticiados pela mídia. Esses fatos são cobertos por vários
EF89LP01 órgãos de imprensa, que têm diferentes orientações e expressam, de
modo mais ou menos explícito, o seu ponto de vista. Uma cobertura de
imprensa geralmente surge de um fato pontual e se desdobra em outras
notícias, que trazem novas informações; e em reportagens, que aprofun-
dam a investigação.
Veja parte desse processo acompanhando essa sequência de textos rela-
tivos à vacinação das crianças brasileiras.

ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


BUSCAR

Venezuela registra caso de pólio


após 29 anos da erradicação
Criança indígena de 2 anos foi diagnosticada com poliomielite.

Por France Presse


09/06/2018 21h36 Atualizado 09/06/2018 21h36

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) reportou um caso de


poliomielite em uma criança indígena de dois anos no leste da Venezuela,
país onde a doença viral foi erradicada há 29 anos.
[...]

Venezuela registra caso de pólio após 29 anos de erradicação. France Presse.


Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/venezuela-registra-
caso-de-polio-apos-29-anos-da-erradicacao.ghtml>. Acesso em: 21 set. 2018.

O caso de poliomielite citado na notícia chamou a atenção no Brasil


por dois motivos: o ressurgimento de uma doença considerada erradicada
(eliminada) e o fato de muitos imigrantes venezuelanos estarem chegando
ao país naquele momento.

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ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL
BUSCAR

Brasil quer meta de 95%


de vacinação contra paralisia infantil
após caso na Venezuela
Criança de comunidade indígena venezuelana
contraiu doença erradicada das Américas desde 1994.
Hoje, média de cobertura vacinal da poliomielite no país está em 77%.

Por G1 14/06/2018 09h18


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Atualizado 14/06/2018 09h26


Ministério da Saúde quer que todos os municípios brasileiros atinjam
a meta de 95% de crianças vacinadas contra a paralisia infantil. O alerta
veio após uma criança não vacinada na Venezuela contrair o vírus da
poliomielite no início do mês. Toda a América Latina, inclusive o Brasil,
recebeu certificado de erradicação da doença em 1994.
Atualmente, a média de cobertura contra a poliomielite está em 77,5%
de crianças vacinadas. No entanto, a literatura científica postula que
campanhas de vacinação precisam atingir ao menos 95% do público-alvo
para que uma doença fique sob controle.
ADFOTO/SHUTTERSTOCK

Brasil quer meta de 95% de vacinação contra paralisia infantil após caso na Venezuela. G1.
Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/brasil-quer-meta-de-95-de-vacinacao-
contra-paralisia-infantil-apos-caso-na-venezuela.ghtml>. Acesso em: 21 set. 2018.
ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

1. A constatação 2. Porque já se sa-


de que a cobertura A notícia sobre a criança venezuelana provocou uma reação do bia das taxas baixas
contra a doença Ministério da Saúde brasileiro, fato relatado na notícia acima. de cobertura, mas
estava abaixo do
que é recomendado 1. Que contexto justificou uma reação rápida do Ministério da Saúde? os órgãos respon-
e a existência de um sáveis não haviam
2. Por que tal contexto poderia levar a um questionamento sobre a iniciado ações para
caso de poliomielite
em um país vizinho, eficiência dos órgãos que cuidam da saúde pública no Brasil? resolver isso até
mostrando haver então.
risco.

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ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL
Vacinação contra a pólio
começa em 6 de agosto
Publicado em 15/06/2018 - 12:40 Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Brasília

Em meio ao aumento de casos  de poliomielite identificados na


Venezuela, o Ministério da Saúde informou que a campanha de vacinação
contra a doença no Brasil deve ocorrer de 6 a 24 de agosto.
Por meio de nota, o ministério informou que, atualmente, a cober-
tura vacinal no Brasil contra a poliomielite é de 77%. Diante de casos

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

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identificados na Venezuela, a pasta enviou nota de alerta para estados e
municípios sobre a importância de alcançar e manter cobertura maior ou
igual a 95%, além da necessidade de notificação e investigação imediata
de todo caso de paralisia flácida aguda que apresente início súbito em
indivíduos menores de 15 anos.

CHIKALA/SHUTTERSTOCK

Paula l aboissière. Vacinação contra a pólio começa em 6 de agosto. Agência Brasil.


Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-06/vacinacao-
contra-polio-comeca-em-6-de-agosto>. Acesso em: 21 set. 2018.
Essa notícia informa a existência de mais
de um caso de poliomielite na Venezuela
3. A cobertura da decisão do governo é ampliada nessa e as ações do governo brasileiro: cam-
notícia. Quais são as novidades em relação à informação panha de vacinação e a obrigatoriedade
anterior? de notificação e investigação imediata de
casos relacionados à doença.

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ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL
OMS descarta poliomielite
em caso suspeito na Venezuela
16/06/2018 - 06h31min

A poliomielite não está na origem de um caso de


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paralisia infantil na Venezuela, como algumas pessoas


chegaram a suspeitar no país, onde a doença foi erradi-
cada há décadas, anunciou a Organização Mundial da
Saúde (OMS).
Depois do anúncio em 8 de junho de uma eventual
“suspeita de ressurgimento da doença na Venezuela, os
exames realizados no laboratório global especializado
(sequenciamento genético) descartaram a presença tan-
to do poliovírus selvagem como do poliovírus derivado
da vacina”, explicou a OMS em um comunicado.
[...]

OMS descarta poliomielite em caso suspeito na Venezuela. Gauchazh. Disponível em: <https://
gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2018/06/oms-descarta-poliomielite-em-caso-
suspeito-na-venezuela-cjih7d9mg00et01lvz0yxd695.html>. Acesso em: 21 set. 2018.

4. O aumento Um novo fato surge na última cobertura: o caso de paralisia não se 5. Ele deveria ter
de casos de po- deu por conta da poliomielite. mencionado que
ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

liomielite, pois
a notícia suge- havia a suspeita,
4. Compare as notícias lidas. Que informação imprecisa tinha sido e não a confirma-
ria haver vários, transmitida na notícia do dia 15 de junho?
quando, na verda- ção, de um caso
de, apenas uma 5. A última notícia corrige o que foi dito na primeira notícia (do dia de poliomielite e
criança estava 9 de junho). Como o produtor dessa notícia deveria ter procedido que estudos se-
sendo analisada. para evitar que seu texto divulgasse uma informação incorreta? riam feitos para
analisá-lo.

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ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL
Vacinação de crianças no país
atinge índice mais baixo em 16 anos
Meta é imunizar 95%, mas cobertura variou
entre 71% e 84% contra sarampo

Natália Cancian

DIDESIGN021/SHUTTERSTOCK
BRASÍLIA 19 jun. 2018 às 2h00

Em meio ao alerta sobre o risco de retorno de

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


doenças quase esquecidas, os índices de coberturas
vacinais de bebês e crianças tiveram nova queda em
2017 e já atingem o nível mais baixo do país em ao
menos 16 anos.
Pela primeira vez no período, todas as vacinas
indicadas a menores de um ano ficaram abaixo da
meta do Ministério da Saúde, que prevê imunização
de 95% deste público. A maioria tem agora índices
entre 70,7% e 83,9% – a exceção é a BCG, ofertada
nas maternidades, com 91,4%.
Os dados são do PNI (Programa Nacional de Imu-
nizações), estratégia reconhecida internacionalmente
pelo sucesso no controle de doenças no país. Até o
ano passado, o ministério afirmava que ainda era cedo
para verificar uma tendência de queda na vacinação.
Agora, o governo federal já admite o problema.
[...]

Natália CaNCiaN. Vacinação de crianças no país atinge índice mais baixo em 16 anos. Folha de
S.Paulo. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/vacinacao-de-
criancas-no-pais-atinge-indice-mais-baixo-em-16-anos.shtml>. Acesso em: 3 jul. 2018.

7. O texto analisa os
6. A reportagem tem níveis de cobertura ao
como tema a imu- 6. Como a reportagem acima se relaciona às notícias anteriores? longo do tempo e trata
nização abaixo do 7. O gênero reportagem tem o objetivo de aprofundar e ampliar não apenas da taxa de
recomendável e o a investigação daquilo que é expresso nas notícias. Como isso vacinação referente
receio do retorno de se revela nesse texto? à poliomielite, como
doenças considera- também da de outras
das erradicadas. doenças.

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ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL
Deixar de vacinar filhos
é ilegal no Brasil
Você faria algo que pudesse fazer adoecer ou matar seus filhos?

Cláudia Collucci
SÃO PAULO 19 jun. 2018 às 2h00
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Há muitas hipóteses para explicar a queda histórica nos índices de co-


berturas vacinais de crianças, entre elas a influência dos movimentos con-
trários à imunização e o avanço de informações falsas nas redes sociais.
Embora se questione o real impacto desses movimentos, uma vez
que eles se concentram em nichos muito específicos da população, não
se pode negar o estrago feito pela disseminação de “fake news” nesse
campo da saúde.
No mês passado, a epidemiologista Laurence Cibrelus, da OMS (Or-
ganização Mundial da Saúde), disse que os boatos tiveram influência na
baixa cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil.
[...]

Cláudia ColluCCi. Deixar de vacinar filhos é ilegal no Brasil. Folha de S.Paulo. Disponível
em: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/deixar-de-vacinar-filhos-
e-ilegal-no-brasil-falta-mensagem.shtml>. Acesso em: 21 set. 2018.
8. O fato de que os pais, muitas vezes seguindo boatos, deixam de vacinar os filhos.
9. Sim. A informa- 10. A evidência de
ção de que a va- Diferentemente da reportagem anterior, essa é mais analítica e apre- que a vacinação é
cina recebida na senta um ponto de vista claro a respeito do fato. obrigatoriedade no
maternidade tem país, pois deixar
8. Segundo o texto, o que está determinando a redução do índice de
ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

mais adesão suge- de vacinar contra-


coberturas vacinais de crianças? ria a lei.
re que, posterior-
mente, os pais se 9. Havia, na reportagem anterior, algum dado que sugerisse esse
tornam mais dis- mesmo motivo? Justifique sua resposta.
plicentes ou mais 10. Que informação do título indica que os pais devem vacinar seus
influenciados por filhos? Por quê?
grupos que rejeitam
a vacinação.

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Se eu quiser aprender mais
Se eu quiser aprender mais
CG: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9
CEL: 1, 2, 3, 5, 6
CELP: 1, 2, 3, 6, 7, 9, 10 A intertextualidade
Habilidades: EF69LP03, Como você viu, o ridículo e o exagero são recursos importantes na
EF69LP05, EF08LP04, construção das charges. Ao lado deles está a intertextualidade, que é a
EF89LP24, EF89LP32, relação implícita ou explícita entre textos.
EF89LP33, EF89LP36, A intertextualidade exige um leitor com conhecimento prévio e é um
EF09LP04 recurso usado também na produção de outros gêneros textuais. Vamos
estudá-la nas atividades desta seção.

1 Observe a charge do cartunista paranaense Paixão, publicada em


um jornal do Paraná.
Sabia?

PAIXÃO/AGÊNCIA GAZETA DO POVO


A recriação de uma
obra com a intenção

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


de provocar um efeito
cômico ou crítico é cha-
mada de paródia.

A charge vale-se de uma relação de intertextualidade com o


famoso quadro do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944),
reproduzido a seguir. Observe-o e responda às questões propostas.
EDVARD MUNCH - THE NATIONAL MUSEUM, OSLO

Biblioteca cultural
O Museu Munch fica
em Oslo, na Noruega.
Você pode acessar o
site dessa instituição e
conhecer outras obras
do famoso pintor de
O grito em: <https://
munchmuseet.no/en/>.

Edvard Munch. O grito. 1893. Óleo sobre


tela, têmpera e pastel, 91 × 73,5 cm.
A tela tem como tema a sensação de
desespero. O estado interno da figura
humana estilizada se reflete na distorção
da paisagem, ganhando ênfase.

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1b. A charge insere a cena no 1d. Ele obteve um efeito de humor ao associar uma situação do 1e. Resposta pessoal. Os
espaço de um supermercado. dia a dia – a percepção de que os preços estão subindo muito – a alunos devem perceber que
uma cena tradicionalmente relacionada ao desespero profundo. é possível compreender a
a) Que elementos permitem ao leitor relacionar a charge a esse charge mesmo sem conhecer
quadro? A charge utiliza as mesmas figuras humanas estilizadas e a mesma
distorção da paisagem.
o quadro, porque a expressão
da figura é suficiente para
b) Explique de que maneira a charge altera a cena do quadro. revelar o horror diante da alta
Denunciar a alta de de preços. Porém, o humor é
c) O que o chargista pretendia com sua imagem? preços. acentuado quando se percebe
d) Que efeito o chargista obteve com o uso da intertextualidade? a brincadeira entre essa obra
tradicional – que é símbolo do
Como o conseguiu? desespero profundo – e uma
e) Em sua opinião, o recurso da intertextualidade prejudica a com­ vivência corriqueira.
1f. Sugestão: Para tratar da
preensão da charge pelos leitores? Por quê? reação dos consumidores
f) desafio de escrita Escreva, agora, uma análise da charge, asso­ diante da alta de preços, o Desafio de escrita
ciando os elementos que você levantou nos itens a a d. Siga o chargista Paixão valeu-se da
intertextualidade com o famo-
Organize duplas para a cor-
roteiro: so quadro O grito, de Edvard reção. Peça aos alunos que
• Identifique o tema da charge e mencione o uso da intertextua­ Munch. Assim como na tela, observem especialmente a
desenhou figuras humanas segmentação dos períodos, o
lidade como forma de construí­lo. distorcidas, mas mudou seu
uso da vírgula e a utilização
• Mostre como foram construídas a semelhança e a diferença contexto ao inseri-las no ce-
nário de um supermercado. de conjunções e outros arti-
em relação ao quadro. A sugestão do sentimento de culadores textuais para criar
• Descreva como são produzidos o humor e a crítica na charge. desespero desloca-se, assim, períodos compostos. Enquan-
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para uma situação corriqueira to a atividade é feita, escolha


• Preste atenção à segmentação e ao uso das vírgulas no interior e resulta em humor e crítica. uma ou duas produções que
das orações. você possa apresentar como
• Procure usar períodos compostos. exemplo de boa realização do
que foi solicitado.
2 Leia o poema “Quadrilha”, do poeta mineiro Carlos Drummond de
Andrade.

Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
GALVÃO BERTAZZI

que não tinha entrado na história.


Carlos DrummonD De a nDraDe. Quadrilha. Poesia completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 26.
© Graña Drummond – <http://www.carlosdrummond.com.br>.

a) Esse poema retoma a ideia central da quadrilha, uma dança típica 2a. A quadrilha é uma dança
das festas juninas. Que semelhança existe entre eles? marcada pela alternância
de parceiros, o que também
b) Com exceção de Lili, o que há de semelhante entre as histórias aparece no poema.
de amor vividas pelos personagens? 2b. As histórias não têm um
c) Observe a diferença nos nomes dos personagens. O que o uso final feliz, porque os persona-
gens amam pessoas que não
do sobrenome em “J. Pinto Fernandes” revela sobre ele? sentem o mesmo por eles.
d) Por que o poema revela uma visão pessimista sobre o amor? 2c. É, provavelmente, um ho-
2d. Porque a única pessoa a se casar é Lili, que parece escolher seu parceiro pela posição mem rico, com posição social
de destaque.
social e não por sentimento. Ela é justamente a personagem que “não amava ninguém”. 155

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A canção está disponível em 3 A letra da canção “Espinho na roseira”, do músico paulista André
alguns sites. Se possível, apre- Abujamra, dialoga com o poema de Drummond. Conheça-a.
sente o áudio aos alunos.

Espinho na roseira/Drumonda
Tem espinho na roseira
Cuidado vai cortar a mão
Pedro Alcântara do Nascimento amava Rosa Albuquerque Damião
Biblioteca cultural
Pedro Alcântara amava Rosa, mas a Rosa não amava ele não
André Abujamra é
Rosa Albuquerque amava Jorge, amava Jorge Benedito de Jesus
um músico inventivo.
E o Benedito, Bendito Jorge, amava Lina que é casada com João É bastante conhecido
E o João, João sem dente, amava Carla, Carla da cintura fina no meio musical por
E a Carla, linda menina, amava Antônio Violeiro do Sertão compor trilhas sono-
ras para filmes e para
E o sertão vai virar mar programas televisivos
E o mar vai virar sertão como o Castelo Rá-tim-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


-bum. Conheça o tra-
E o Antônio, cabra da peste, amava Júlia que era filha de Odete balho desse artista em:
E a Odete amava Pedro, que amava Rosa que era prima de Drumond <http://andreabujamra.
E o Drumond era casado com Maria que era filha de Sofia, mãe de net/>. Acesso em: 30
[Onofre e de José jul. 2018.
E o José era casado com Nazira que era filha de Jandira, concubina
[de Mané
E o Mané tinha 17 filho 10 homens e 6 menina e um que ia resolver.
Fala aí! – Permita que os alunos Fala aí!
se expressem acerca da ques- E o rapaz tava já na adolescência tinha brinco na orelha e salto alto
tão, alertando-os sempre que [pra crescer. Releia os versos so-
a fala resvalar em comentários Tem espinho na roseira bre um dos filhos de
preconceituosos. Comente que, Cuidado vai cortar a mão Mané: “[...] um que ia
embora não haja nada explíci- resolver./E o rapaz tava
to, o fato de produzir humor E o Rodolfo que já era desquitado era homem mal amado não já na adolescência tinha
com base na identidade de [queria mais viver brinco na orelha e salto
gênero pode ser considerado E encontrou Maria Paula de Arruda que lhe deu muita ajuda alto pra crescer”. Você
preconceituoso. Mencione que [fez seu coração nascer acha que o comentário
a canção foi lançada em 1995 e é preconceituoso?
que, desde então, a sociedade E são essas histórias de amor
evoluiu rumo à tolerância e ao
respeito para com todos.
Que acontecem todo dia sim senhor
a NDré a BujaMra. Espinho na roseira/Drumonda. Intérprete: Banda Karnak.
In: BaNDa K arNaK. Karnak. Tinitus. 1995. Faixa 7.
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3e. Há duas referências possíveis: a canção “Sobradinho”, de Sá e Guarabira, e a profecia
“O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”, atribuída ao beato Antônio Conselheiro,
líder do povoado de Canudos.
a) Explique a intertextualidade existente entre a letra da canção e 3a. Assim como em “Quadri- Questão 3e – Essa questão
lha”, a letra da canção cita
o poema “Quadrilha”. personagens que amam, vai precisar da sua mediação.
mas não são amados. Os É pouco provável que os alunos
b) Que pista o compositor dá para que o leitor reconheça a conversa pares também se alternam.
com o poeta de “Quadrilha”? O compositor chama um dos personagens conheçam a canção “Sobradi-
de sua canção de “Drumond”. 3c. Espera-se que os alunos
nho”, cuja letra diz “O sertão
c) Retome a resposta que você deu ao item d da questão 2. respondam negativamente. No
poema, mencionam-se amo- vai virar mar. / Dói no coração. /
Você acha que essa canção revela a mesma visão sobre o amor? res frustrados e o casamento
O medo que algum dia / o mar
Explique sua resposta. de Lili e J. Pinto Fernandes,
que provavelmente ocorre por também vire sertão”. Também
d) Como podemos relacionar a imagem do “espinho na roseira”, interesse financeiro, criando não é provável que citem a pro-
uma visão pessimista do sen-
título do poema, com a ideia de amor? timento. Já na letra da canção, fecia. Sugerimos uma pesquisa
e) Além da intertextualidade com “Quadrilha”, há uma referência o personagem Rodolfo, que rápida, usando ferramentas de
havia se frustrado com um
a outro texto na letra da canção. Qual é? amor anterior, encontra uma busca, de expressões como “o
4a. A paródia é uma recriação da obra, que retoma nova chance de amar, vivendo sertão vai virar mar” e “o mar
a estrutura original e dá novo sentido, com efeito de com Maria Paula. Há, portanto,
uma visão otimista. vai virar sertão”.
humor, como acontece nesse poema. Já “Espinho
na roseira” retoma do poema a ideia e alguns recur- 3d. O amor é bonito, como as
sos expressivos, como o emprego do sobrenome, rosas, mas também oferece o
mas os insere em outra construção, que é original. risco de sofrimento, represen-
tado pelos espinhos. Investigue em Arte – É espe-
rado que os alunos mencio-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

GALVÃO BERTAZZI
nem, em seus comentários, que
(1) Mona Lisa (1977), de Fernan-
do Botero, apresenta a principal
Investigue em característica do estilo do au-
ARTE tor – o trabalho com o volume,
Investigue em Arte – As obras são Mona Lisa, de Fernando Botero (1977), e as formas “rechonchudas”; (2)
Mona Lisas, de Vik Muniz, 1999.
A famosa tela Mona
Lisa, de Leonardo da Vin- Mona Lisas, de Vik Muniz, foi
4 Veja a seguir uma paródia do poema “Quadrilha”. ci, serviu como mote para feita com geleia de morango e
a produção de inúmeras pasta de amendoim, seguindo
obras intertextuais. Duas a tendência do artista de pro-
Outra Quadrilha bastante conhecidas são duzir com material inusitado. A
as obras produzidas por obra foi exposta inicialmente no
João colava de Teresa que colava de Raimundo que colava de Maria Masp, em São Paulo, e esteve em
Fernando Botero e Vik
que colava de Joaquim que colava de Lili que não colava de ninguém. várias exposições internacionais,
Muniz. Pesquise uma de-
João virou mendigo, Teresa indigente, Raimundo morreu de las na internet. Anote o reproduzida em fotografias.
burrice, Maria não passou no vestibular, Joaquim virou jumento e título, o nome do artista Se desejar, amplie a atividade.
Lili passou no concurso público juntamente com seu amigo Carlos e o ano da produção e A busca livre de imagens da
que não tinha entrado na história. faça um breve comentá- Mona Lisa na internet leva a
rio sobre as modificações muitas produções interessan-
Disponível em: <http://profirmeza.blogspot.com/search?q=quadrilha>.
propostas pelo artista. Se tíssimas, que podem motivar
4b. “Quadrilha” está sendo usado como coletivo de Acesso em: 21 set. 2018.
contraventores, já que se refere a estudantes que colam. possível, imprima uma observações produtivas. En-
reprodução da obra e tretanto, aparecem também
a) Por que é correto afirmar que esse poema é uma paródia do texto cole-a junto dos dados. imagens que não consideramos
de Drummond, enquanto “Espinho na roseira” não é? pertinentes à situação escolar e,
b) Nesse poema, a palavra “quadrilha” tem outro sentido. Qual? por isso, sugerimos a pesquisa
Se essa paródia com o seu acompanhamento:
Explique sua resposta. fosse minha...
use uma ferramenta de busca na
c) A paródia foi produzida por um professor. Como essa característica Nesta atividade, internet e vá projetando apenas
do produtor aparece nas escolhas que fez? você deve fazer uma as imagens adequadas. A Mona
d) Qual recurso comum na charge e em outros textos humorísticos paródia de “Quadri- Lisa aparece em produções de
foi empregado por ele? O exagero. lha”. Troque os per- Mauricio de Sousa, em peças
e) De que maneira o produtor da paródia homenageou o autor de sonagens, as ações, o publicitárias etc.
“Quadrilha”? Incluindo seu nome (Carlos). contexto etc.
4c. A paródia introduz o poema de Drummond no contexto escolar e oferece uma visão crítica
dos alunos que não estudam e preferem colar, prevendo consequências desastrosas no futuro.
157 Se essa paródia fosse minha –
A atividade pode ser feita em
duplas. Destaque as paródias
que construíram contextos
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interessantes com as modifica-
ções, como retomar uma obra
cinematográfica ou remeter a
uma situação da vida política
(corrupção, por exemplo) ou
social (fofoca, por exemplo).

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Minha charge na prática Minha charge NA PRÁTICA
CG: 1, 2, 3, 4, 6, 7
CEL: 1, 2, 4, 5
CELP: 3, 7 Propomos, neste capítulo, a produção de uma charge. Mesmo que você
Habilidades: EF69LP05, acredite não desenhar bem, dedique-se a essa produção: os traços da charge
EF69LP07, EF69LP17 são simplificados e nela vale mais a ideia do que a capacidade de desenhar
com perfeição.
Sua charge, que deverá empregar diversas linguagens, será exposta em
um varal no pátio da escola. Como tema, você pode escolher:
A construção do varal é bas-
tante prática e permite que as • um comportamento social que lhe pareça reprovável;
produções dos alunos tenham • um serviço público que não esteja funcionando bem;
um público efetivo, o que os • uma situação envolvendo pessoas públicas.
motiva.

Momento de produzir
Planejando minha charge

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Veja as orientações a seguir. Elas podem ajudá-lo a construir sua charge.

Da teoria para a... ... prática

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


Examine um jornal impresso ou on-line. Você certa-
O assunto das charges nasce de fatos mente encontrará situações que poderão ser explo-
que estão em destaque na mídia. radas na construção da cena cômica. Faça uma crítica
que, de fato, interesse aos leitores.

Esboce a cena definindo um ou mais personagens e suas


O desenho da charge é simplificado, características. Pense em roupas ou acessórios simples,
isto é, em geral, está reduzido aos capazes de identificar o grupo social a que pertencem os
elementos essenciais. personagens, caso essa seja uma informação necessária.

Além das figuras e de textos verbais, defina outros recur-


A charge costuma associar diversas
sos de linguagem que podem contribuir para o efeito da
linguagens.
charge: enquadramento, cores, divisão dos planos etc.

Na charge, estão associados o hu-


Empregue o exagero intencional, o ridículo ou a inter-
mor e a crítica. É importante que o
textualidade para promover o riso e a reflexão.
texto faça o leitor refletir.

Elaborando minha charge

1. Use uma folha de papel sulfite A4 na posição horizontal. A imagem e


os textos devem ter tamanho suficiente para permitir a leitura da charge
a distância, quando exposta no varal de textos.
2. Desenhe os personagens e o cenário. Cuide para não sobrecarregar
a cena com detalhes desnecessários.
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3. Procure retratar gestos e expressões faciais coerentes com a ação dos personagens.
4. Construa os balões de fala com textos curtos, escritos de maneira bem legível.
Use letras de fôrma (de imprensa), como nas charges estudadas.
5. A linguagem verbal também pode ser usada para identificar algum elemento
do cenário.
6. Utilize cores para tornar sua charge mais atraente.

GALVÃO BERTAZZI
Momento de reescrever
Avaliando minha charge

A avaliação será feita em duplas. Troque sua produção com a de um colega, que,
em um primeiro momento, dirá o que entendeu de sua charge. Você, por sua vez,
confirmará esse sentido ou apresentará o pretendido. Em seguida, ele a avaliará
usando os critérios do quadro.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Há um bom aproveitamento do espaço da folha de papel? O desenho e os textos


A
têm tamanho adequado para uma exposição em varal de textos?
O leitor consegue reconhecer o comportamento social, o problema urbano ou
B
a situação pública que motivou a charge?
Os detalhes de comportamento necessários para a compreensão da ideia são
C
reconhecidos com facilidade?
D Os textos verbais contribuem para esclarecer a crítica e construir a sátira?
E A charge promove o riso e a reflexão do leitor?
A charge faz um uso interessante de um dos recursos estudados: intertextuali-
F
dade, exagero ou ridículo?

Refazendo minha charge

Se for o caso, refaça sua produção para aprimorar alguns aspectos. Lembre-se
de que a charge será exposta à comunidade escolar e, portanto, precisa ser um
trabalho caprichado. Não se esqueça de assinar o trabalho.

Momento de apresentar
Apresentando minha charge

As charges serão colocadas em um varal de texto em uma área de uso comum


na escola.
Além das charges, é interessante que o varal conte com um texto de apresentação,
explicando o trabalho feito pela turma. Um aluno pode se voluntariar para redigi-lo.
Também é interessante que o varal contenha algumas notícias de jornal com as quais
as charges tenham dialogado.
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