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TEXTO II
A cana-de-açúcar
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século
XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina,
onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições
favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de
Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em
parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como
fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada
ao uso do álcool como combustível.
(Comentários sobre os textos: “O açúcar” e “A cana-de-açúcar”.)
04. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do seguinte texto.
Para um maior entendimento da literatura, Aristóteles, na obra Arte Poética, definiu os gêneros
literários. Cada um deles reúne um conjunto de obras com características análogas ou parecidas de forma e
conteúdo. Tais gêneros se dividem, na classificação aristotélica, em épico, lírico e dramático. Atualmente,
entretanto, os textos literários são classificados, quanto à forma, em prosa ou em poesia; quanto ao
conteúdo, em narrativos, líricos e dramáticos. No gênero ___________ há a presença de um _________,
responsável por contar uma história em que os personagens atuam em um determinado espaço e tempo. Já
os textos do gênero __________ têm predominância da função poética da linguagem. Os textos
classificados como ___________ são próprios para a representação ou encenação teatral e têm __________
como base.
(MARQUE APENAS UM ITEM.)
A) épico ou narrativo – eu lírico – lírico – dramáticos – os personagens
B) épico ou narrativo – narrador – lírico – dramáticos – o diálogo
C) narrativo – autor – lírico – dramáticos – o palco
D) épico – herói – poético – narrativos – o narrador
E) lírico – eu lírico – dramático – narrativos – as falas dos personagens
05. A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias
finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das
variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua
nas mais diversas situações comunicativas.
Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas
empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego.
Ao redigi-la, você:
A) fará uso da linguagem metafórica.
B) apresentará elementos não verbais.
C) utilizará o registro informal.
D) evidenciará a norma padrão.
E) fará uso de gírias.
Quero vivê-lo em cada vão momento Eu possa me dizer do amor (que tive):
E em seu louvor hei de espalhar meu canto Que não seja imortal, posto que é chama
E rir meu riso e derramar meu pranto Mas que seja infinito enquanto dure.
Ao seu pesar ou seu contentamento.
(Vinicius de Moraes)
6. Considere verdadeiro (V) ou falso (F):
( ) O poema é formado por quatro estrofes.
( ) Duas estrofes são chamadas de quartetos e duas de duetos.
( ) As rimas dos quartetos estão na seguinte disposição: ABAB e AABB.
( ) As rimas dos tercetos estão na seguinte disposição: CDE e DEC.
( ) Trata-se de um poema com versos brancos, pois não há rimas.
07. Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que
a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
(MARQUE APENAS UM ITEM.)
A) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade
B) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
C) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
E) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em
1928.
[…]
ADMINISTRAÇÃO
Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro
considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que prefeitura do interior não ponha no arame.
proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não
precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha – um
telegrama; porque se deitou pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela – um
telegrama.
Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929.
GRACILlANO RAMOS,
Viventes das Alagoas .
São Paulo: Martins Fontes, 1962.
08. O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é
destinado ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial, o texto chama a atenção por contrariar
a norma prevista para esse gênero, pois o autor
(MARQUE APENAS UM ITEM.)
A) emprega sinais de pontuação em excesso.
B) recorre a termos e expressões em desuso no português.
C) apresenta-se na primeira pessoa do singular, para conotar intimidade com o destinatário.
D) privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar conhecimento especializado.
E) expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte carga emocional e uso de recorrências.
09. O Museu da Língua Portuguesa, em 2010, fez uma exposição cujo título era “Menas: o certo do errado,
o errado do certo” e publicou alguns dos textos lá expostos como exemplos de variação linguística.
Uma das situações relatadas era a de um rapaz que fora convidado a fazer uma viagem em um fim de
semana para uma casa de praia de um amigo. Ele aceitou o convite e precisou enviar mensagens avisando
a ausência dele nesses dias para os seguintes interlocutores: o chefe, a mãe, um churrasqueiro, a namorada
e um outro amigo.
Fonte: MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Menas: o certo do errado, o errado do certo. 2010. (Adaptado) Disponível em:
<http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/files/mlp/texto_31.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2015.
Marque o item correspondente à variante adequada a cada interlocutor: (MARQUE APENAS UM ITEM.)
A) “[...] Informo que, por motivos pessoais, necessitarei ausentar-me de minhas atividades por um período
de dois dias – os quais me comprometo a repor em momento oportuno. [...]” – Interlocutora: mãe do
rapaz.
B) “Tô indo p/ praia c/ o Paulo e a galera. Vai rolar um churrasco. Vamos ficar na casa da tia de um dos
meninos. Não precisa se preocupar! [...]” – Interlocutora: namorada do rapaz.
C) “Tamo indo p/ curtir o fds. Vc tem q colar la. Vamo fica nakela ksa mó loca da tia do cabelo. Vai rolar
um churrasco.” – Interlocutor: outro amigo do rapaz.
D) “Não deu p/ te avisar, mas o Paulão me chamou p/ ir p/ praia hoje. É um pouco ‘clube do Bolinha’ e,
como vc tem trabalho, não vi problema em aceitar. Quando tiver uma oportunidade, te ligo. Ou pode me
ligar! [...]” – Interlocutor: churrasqueiro.
E) “O Paulo pediu pra falar com vc, pq vai precisar de ti nesse fim de semana. A casa é aquela mesma
do Carnaval, com a mesma quantidade de pessoas.” – Interlocutor: chefe do rapaz.
10. Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que
algumas expressões bastante utilizadas não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno
revela que:
A) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
B) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.
C) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
D) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.
E) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.