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TDMM Cap17
TDMM Cap17
Visão Geral
Introdução
A proteção elétrica das instalações de telecomunicações é uma parte essencial das
responsabilidades do projetista de distribuição para telecomunicações. Este capítulo consolida
as informações sobre proteção elétrica freqüentemente necessárias para uso em
recomendações e/ou construções.
É um fato que outros países têm suas próprias normas, padrões, métodos e práticas.
Entretanto, as referências a normas, etc. utilizadas neste capítulo são relevantes em
corporações e publicações nos Estados Unidos, tais como o National Electrical Code ®
(NEC®), o American National Standards Association (ANSI), e o Institute of Electrical and
Electronics Engineers, Inc.® (IEEE®). É importante notar que muitos países têm requisitos
específicos relativos a aterramento, a conexão e a proteção elétrica que podem discordar do
conteúdo deste capítulo..
As informações neste capítulo são resultado de uma investigação técnica e profissional, de
uma pesquisa e análise destinada a uma larga faixa de aplicações.
Nenhuma das informações neste capítulo é única; é, isto sim, baseada em referências
existentes. Situações especiais (projetos de escritórios centrais, depósitos a prova de incêndio,
instalações elétricas, salas blindadas, etc) não são especificamente tratadas. Para maiores
informações e detalhes sobre situações especiais, veja Métodos de Proteção Específicos e
Referências neste capítulo.
Todos os esforços têm sido feitos para assegurar que estas recomendações sejam tecnicamente
precisas e que forneçam a necessária segurança do local e do pessoal. Entretanto, as
condições locais podem necessitar de pesquisa profissional adicional, de modificações ou de
salvaguardas para atender aos requisitos específicos de segurança, do local, do equipamento,
do ambiente ou da região.
Essas informações não substituem as regulamentações, leis ou códigos aplicáveis local,
estadual, federal ou internacionalmente. Aplicações específicas podem conter variáveis que
estão além do controle ou do escopo deste documento.Como resultado, não se pode garantir
que a aplicação desta informação irá produzir o resultado técnico ou a segurança
originalmente esperada.
Segurança
A responsabilidade fundamental do projetista é resguardar o pessoal, a propriedade, e os
equipamentos de tensões e correntes elétricas externas. “Externas” refere-se às tensões
elétricas ou correntes anômalas, que não são normalmente conduzidas ou esperadas pelos
sistemas de distribuição de telecomunicações.
O resultado destes distúrbios pode ser:
• Morte ou ferimentos.
• Destruição de equipamentos eletrônicos.
• Parada do sistema.
• Degradação do trabalho e/ou de processos.
Segurança, continuação
O projetista tem que considerar:
• Relâmpagos.
• Aumento do potencial de terra.
• Contato com circuitos de energia.
• Indução.
Exemplos de algumas condições que originam aquelas perturbações são ilustradas na figura
seguinte.
Figura 17.1
Condições gerando perturbações
Planejamento
As crescentes solicitações dos clientes para deslocamentos de pessoal e de equipamentos e o
uso de equipamentos eletrônicos altamente integrados, mais novos e mais sensíveis, impõem
um ambiente onde a proteção elétrica tem que ter prioridade total. Um projetista tem que
recomendar práticas de proteção e produtos listados (veja Tabela 17.4, Referências, sob
Padrões de Segurança) que minimizem o risco para o pessoal e para a propriedade.
Nem todos os sistemas de proteção para um edifício são da responsabilidade de um projetista.
Entretanto, é importante fornecer informações durante o processo de projeto e estar
familiarizado com o sistema de proteção que está sendo instalado.
O melhor período para projetar um sistema de proteção para uma estrutura é durante a fase
inicial de planejamento.O melhor período para instalar o sistema é durante a construção.
As vantagens de ter um sistema com componentes planejados, projetados, e incorporados
desde o início são:
• Há um melhor acesso às áreas de instalação.
• Os componentes do sistema podem ser protegidos contra deslocamentos físicos e efeitos
ambientais.
• Melhorias estéticas podem ser obtidas pelo encobrimento.
• Geralmente é menos dispendioso atender aos requisitos de proteção durante o início da
construção.
Contratos
Designação de Responsabilidades
Existem muitos sistemas distintos para fornecer diferentes, mas complementares, capacidades
de proteção. O projetista deve estar certo de que a responsabilidade de cada sistema de
proteção está estabelecida. Onde o cliente ainda não tem instalado sistemas de proteção, o
projetista deve tomar nota. Proteções adequadas devem ser recomendadas seja como parte de
uma oferta ou como parte de trabalhos sob a responsabilidade de outros profissionais. As
proteções em telecomunicações podem ser severamente comprometidas se não houver um
esforço coordenado entre todos os projetistas dos vários sistemas de proteção.
Em geral, cada peça de um sistema de distribuição de telecomunicações instalado valoriza o
edifício do cliente. As peças para proteção, aterramento e conexão não são exceção. Os
clientes deveriam conhecer exatamente o que eles estão adquirindo.
Definições Chave
Introdução
Esta seção define os termos chave utilizados em proteção elétrica. Para mais termos, veja
capítulo 3: Definições, Abreviações, Acrônimos e Símbolos.
Exposição Elétrica
A exposição elétrica nem sempre pode ser examinada acuradamente.O projetista deve
considerar as normas, padrões e registros locais quando estiver avaliando um local com
relação à exposição.
NOTA: As definições a seguir do NEC e ANSI/NFPA 780 não estão em conflito entre si.
Elas cobrem diferentes sistemas e os requisitos baseados em cada uma são úteis
para o projetista.
Figura 17.2
Zona de proteção
Circuito
energizado
Figura 17.3
Cone de proteção
Circuito
energizado
Informações Adicionais
Em geral, a escolha de cabos enterrados não elimina a exposição. Os projetistas devem estar
cientes de dois fatores:
• Cabos aéreos geralmente têm um cabo de energia que passa acima deles, que irá
interceptar e desviar os relâmpagos diretos. Isto ajuda, mas não nega a necessidade de
protetores.
• Cabos enterrados são atingidos pelas conseqüências dos relâmpagos dentro de uma
distância determinada pela resistência do solo (tipicamente de 2 a 6 m [7-20 ft]). A alta
resistência do solo intensifica este problema.
A figura abaixo é útil para estender o conceito de zona de proteção para configurações
subterrâneas. Note que:
• Isto implica em uma zona subterrânea protegida menor.
• Grades de metal, condutores blindados subterrâneos e outras estruturas condutoras podem
afetá-la desviando os golpes para longe ou para dentro das zonas protegidas.
Figura 17.4
Prolongamento das zonas de proteção
Cabo
subterrâneo
exposto
Zona de proteção
subterrânea menor
Distância
do efeito
do relâmpago
Aprovado
Este termo é utilizado em uma variedade de formas, cada uma tendo um significado único,
mas todos relacionados.
Componentes, dispositivos e equipamentos aprovados são testados por um laboratório de
testes reconhecido nacionalmente (NRTL) conforme discutido em “Padrões de Segurança” na
tabela 17.4. Este tipo de aprovação é geralmente chamado “Listado” desde que o laboratório
forneça listas de componentes aprovados para os propósitos da inspeção local.
O NEC e a ANSI/NFPA 780 definem aprovado como “aceitável pelas autoridades que têm
jurisdição”, e eles fornecem discussões de uma vasta gama de possíveis autoridades (federal,
estadual, local, departamental, e mesmo, possivelmente, o proprietário/cliente). As aprovações
são tipicamente determinadas pelo modo como as leis e regulamentações são escritas.
Na maioria dos casos, o inspetor local interpreta as normas e aprova as instalações baseando-
se no uso sensato de componentes marcados como listados. As práticas e os procedimentos
que ficam de fora destas normas (bem como os componentes associados) também necessitam
normalmente de uma aprovação tal como essa.
Outra variação da aprovação é a aceitação final do cliente de contratos ou de trabalho
contratado.
Regulamentos
É responsabilidade do projetista conhecer quais códigos e regulamentos se aplicam e quais
variações locais podem ser necessárias.
A maioria das informações aqui fornecidas é baseada nos padrões e normas dos Estados
Unidos, assim como nas práticas dos fabricantes e de entidades de utilidade pública. Estas são
baseadas em considerável experiência histórica, apoiada em justificativas técnicas. As normas
são fundamentalmente documentos técnicos que não são exigidos até que sejam tornados
válidos juridicamente pelas leis e/ou regulamentos. . A maioria das jurisdições dos Estados
Unidos adota o NEC e a ANSI/NFPA 780 completamente, enquanto alguns locais adotam
aquelas referências condicionalmente ou com alterações específicas.
Regulamentos, continuação
Até mesmo quando a jurisdição local não adota esses regulamentos, algumas companhias
seguradoras podem exigi-las.
Observe que os documentos e leis, não são sempre atualizados uniformemente e jurisdições
diferentes podem fazer uso corrente de diferentes versões de normas.
Métodos, equipamentos e requisitos diferentes podem ser aplicados em outros países. Se
regulamentos diferentes são adotados, o projetista deve utilizá-los, e algumas das práticas
aqui apresentadas podem não ser aplicáveis.
Se nenhum regulamento é referenciado, siga o NEC, ANSI/NFPA 780, ANSI/TIA/EIA-607, e
ANSI/IEEE Std. 1100.
Vinculação
O NEC em seu Artigo 100 e a na Seção 250-90 define vinculação como “a união permanente
de partes metálicas para formar um caminho eletricamente condutivo que irá assegurar a
continuidade elétrica e a capacidade de conduzir com segurança qualquer corrente que possa
vir a surgir”.
Os condutores utilizados para se fazer a vinculação não são intencionalmente feitos para
transportar cargas de corrente elétrica sob condições normais mas devem conduzir surtos de
corrente de tal forma que a proteção elétrica (interruptores de circuito) seja operada
apropriadamente.
Embora o tamanho deste condutor pode depender do tamanho dos condutores de energia
elétrica, existem muitas aplicações específicas onde o NEC requer condutor de cobre de bitola
6 AWG [4.1 mm (0.16 in)]. Por esta razão, as práticas de vinculação em telecomunicações
para grandes edifícios comerciais muito freqüentemente contam com um condutor de cobre de
bitola 6 AWG [4.1 mm (0.16 in)]. Os fabricantes de equipamentos, o cliente e as autoridades
locais devem ser consultados sobre requisitos locais específicos.
NOTA: As dimensões mostradas em associação com AWGs representam o equivalente ao
diâmetro do condutor sólido. Quando utilizado em associação com fios flexíveis, o
AWG é utilizado para representar cabos cuja área de seção transversal (circular
mils) é aproximadamente equivalente às dimensões fornecidas do fio sólido.
Outra aplicação de segurança importante para a vinculação é limitar a diferença de potencial
perigosa entre sistemas diferentes durante relâmpagos ou anomalias da energia conforme
descrito no NEC Seção 800-40(d) (FPN No. 2) e ANSI/NFPA 780. Isto protege contra
centelhamento entre sistemas diferentes (ou equipamentos) aterrados e protege o pessoal que
pode vir a ter contato com ambos os sistemas.
A vinculação tem aplicações adicionais conforme tratado em Aterramento e Vinculação para
Telecomunicações neste capítulo.
Proteção do Pessoal
Evitando Choque Elétrico
O choque elétrico mais comum ocorre por contato inadvertido ou acidental com circuitos ou
dispositivos energizados. Outros choques comuns perigosos a serem evitados são:
• Tocar um componente elétrico defeituoso ou aterrado impropriamente.
• Ficar sobre um piso molhado enquanto trabalhar em, ou próximo a, um equipamento
elétrico.
• Pouca iluminação e/ou distância insuficiente.
• Usar, ou estar próximo a material condutor durante uma tempestade de relâmpagos.
Figura 17.5
Sistema de proteção contra relâmpagos
Terminais aéreos
(para-raios para
interceptar relâmpagos)
Condutores de equalização
Condutores de descida
Terminais terra
Geral, continuação
Os relâmpagos são substancialmente impedidos de atingir diretamente dentro e sob as pontas
dos terminais do pára-raios, formando assim uma zona de proteção (veja Figura 17.2). Em
muitos locais, esses sistemas são parte integral da estratégia de proteção completa. A ANSI/
TIA/EIA-607 referencia um sistema de proteção contra relâmpagos.Entretanto, este sistema
não é geralmente de responsabilidade de projetistas.
A ANSI/NFPA 780 especifica os requisitos para o espaçamento e a interconexão com o
aterramento dos sistemas de comunicação. O aterramento para telecomunicações deve ser
conectado ao aterramento do sistema de proteção contra relâmpagos dentro de 3,7 m (12 ft)
da base de um edifício e pode necessitar de conexões adicionais dependendo de:
• Espaçamentos.
• Dimensões do edifício.
• Construção.
O pessoal responsável pelo sistema de proteção contra relâmpagos deve fornecer uma
avaliação e pode também executar o trabalho, uma vez que condutores contra relâmpagos de
determinado tamanho e métodos associados possam ser exigidos.
A avaliação de risco contra relâmpagos é tradicionalmente executada conforme descrita no
ANSI/NFPA 780, Appendix 1. Entretanto, o Appendix 1 conta com o uso de mapas de curvas
de nível dos dias de tempestade (índice ceráunico), os quais são agora considerados
metodologia antiquada. Na última década, os sistemas de monitoramento eletrônico de
abrangência continental que detalham exatamente a densidade de descarga para a terra até
mesmo para áreas geográficas pequenas (microdensidade) têm sido desenvolvidos e
implementados.Os mapas de curvas de nível de áreas muito grandes que detalham a densidade
de descargas para terra a partir de uma macro aproximação (macrodensidade) já se encontram
disponíveis.Tais mapas e informações sobre a microdensidade detalhada estão agora
disponíveis nos Estados Unidos, Canadá, e parte da Europa, e os de outras áreas se seguirão.
Um destes recursos para dados de densidade para aterramento é largamente reconhecido pelo
serviço de meteorologia dos Estados Unidos (Global Atmospherics, Tucson, AZ). Outros
fornecedores podem estar disponíveis na área local de interesse do leitor.
Se o aterramento de comunicações conta com o sistema de aterramento do serviço elétrico,
então a mais comum das práticas de aterramento de telecomunicações pode ser aplicada.(Veja
Práticas de Aterramento para Telecomunicações neste capítulo.) Ainda assim, o pessoal do
sistema de proteção contra relâmpagos deve ser consultado.
Encontram-se no NEC Section 800-13 orientações diretas para o espaçamento do condutor se
o pessoal do sistema de proteção contra relâmpagos não puder ser consultado.Os condutores
para telecomunicações não devem ser lançados mais próximos do que 1,8 m (6 ft) de qualquer
condutor do sistema de proteção contra relâmpagos. Se a estrutura de aço do edifício for
utilizada como condutor de aterramento, então tal separação é impraticável e geralmente não
necessária.
O UL lista os fabricantes e instaladores, e também oferece inspeções no local fornecendo um
Relatório de Resultados em conformidade ao ANSI/NFPA 780 ou emite uma Master Label
(Etiqueta Mestre) para conformidade com a sua própria UL96A.
O Instituto de Proteção Contra Relâmpagos certifica os instaladores e sistemas para seus
padrões LPI-175 e LPI-176. Uma placa de metal do Sistema Certificado LPI é anexada ao
edifício em um local claramente visível. Uma manutenção em curso e uma reinspeção estão
também disponíveis.
Figura 17.6
Sistema de energia elétrica (pequeno) típico
Receptáculo
Eletroduto
vinculado
Condutor de na ramificação
aterramento do circuito
Detalhe
Estrutura
Proteção metálica
contra predial
Painel de serviço
sobrecorrente elétrico principal
(QDC) Sistema de
aterramento
Tubo
para água
Detalhe metálico
Rodapé aterrado
Proteção Física
Se existir alguma chance de danificar o condutor do aterramento, então alguma forma de
proteção física é necessária. Se a proteção for constituída por um conduíte ou duto de
distribuição metálicos (eletrocalha), ele deve ser ligado ao condutor de aterramento em ambas
as extremidades (NEC Section 800-40[a][5]).
Inspeção
A integridade das conexões de vinculação não pode ser sempre facilmente determinada devido:
• À distancia
• Ao acesso
• A outras conexões ligadas em paralelo que freqüentemente existem
A inspeção visual pode, geralmente, revelar problemas, tais como:
• Conexões frouxas.
• Corrosão
• Danos físicos.
• Modificações de sistema.
Durante qualquer trabalho, o projetista de distribuição de telecomunicação deve inspecionar
visualmente as conexões da vinculação (similarmente à inspeção visual de pressão de pneu
quando se aproximando de um automóvel).
Se não se espera que o pessoal de serviço retorne ao local, o cliente deve ser notificado:
• Que a conexões específicas de telecomunicações devem ser reinspecionadas regularmente,
ou
• Quando ocorrerem alterações ou danos.
Em alguns casos, os terras aprovados são acessíveis somente para um eletricista licenciado. O
cliente e/ou o pessoal responsável deve ser consultado.
Cabos Expostos
Conecte e aterre cabos blindados expostos e elementos de blindagem metálica segundo as
instruções de instalação do fabricante..
Eles devem ser aterrados tão perto quanto possível do ponto de entrada, e os condutores de
aterramento devem ser lançados diretamente para o ponto de terra aprovado mais próximo.
Isto se aplica a cabos de fibras ópticas contendo elementos metálicos, tais como blindagem e
elementos de controle.
ATENÇÃO: Correntes geradas durante tempestade ou falhas de energia podem ser
induzidas sobre cabos blindados e seus condutores de aterramento.
Práticas de Sistema
Introdução
Existe uma larga faixa de diferentes (mas comuns) práticas.Cada fabricante, provedor de
serviço (SP), inspetor, e/ou cliente pode ter necessidades peculiares. As práticas do sistema
descritas aqui são geralmente aplicadas a edifícios comerciais e foram originadas de práticas
de instalação de centrais de comutação privativas (private branch exchange - PBX).
Veja Métodos para Proteção Específica neste capítulo para uma breve discussão de outras
práticas. O projetista deve determinar se as necessidades locais ou do cliente exigem outras
práticas.
Figura 17.7
Arranjo típico de sistema de pequeno porte
Quadro Painél
elétrico de proteção
gnd gnd
Condutor de aterramento
TMGB para o protetor
(Veja Nota 2.)
Entradas
de serviço Condutor
de terra de vinculação
Condutor
de vinculação
PBX
Estrutura
metálica gnd
predial
gnd = Ground
PBX = Private branch exchange
TMGB = Telecommunications
main grounding busbar
Figura 17.8
Sistema de grande porte típico
Telhado
Área de
treliças
Caminho primário
Área acima do forro falso
Estrutura metálica
Estrutura metálica
TR TR
TBBIBC
TGB TGB
Área de
treliças
Caminho primário
Parede externa
TR TR
Parede externa
(TBB)
TBB TGB TGB
Área de
Manga/ treliças
tubo
Caminho primário
Área acima do forro falso
TBB dentro ER
(TBB)
EF
ACEG de eletroduto
Proteção Painél
(TBB)
primária
Entrada de
serviço TMGB TGB
elétrica
GEC
ACEG = Terra para equipamento de correte alternada
BC = Condutor de vinculação
Sistema de BC para EF = Entrada de serviço
eletrodos telecomunicações ER = Sala de equipamento
GEC = Condutor de eletrodo de aterramento
TBB = Sistema primário de vinculação
para telecomunicações
TBBIBC = Condutor de vinculação interconectando o sistema
primário de vinculação para telecomunicações
TGB = Barramento de aterramento para telecomunicações
TMGB = Barramento de aterramento para
telecomunicações principal
TR = Sala para telecomunicações
ANSI/TIA/EIA-607
Geral
O ANSI/TIA/EIA-607 cobre as necessidades de aterramento e vinculação para
telecomunicações como sendo um sistema. O projetista deve estar familiarizado com eles.
Estes padrões podem ser referenciados e/ou exigidos em contratos. As orientações principais
são as seguintes (veja Sistemas de Grande Porte neste capítulo):
• Uma infra-estrutura permanente de aterramento e vinculação para telecomunicações é
especificada para ser independente do cabeamento para telecomunicações.
• Conexões para vinculação de telecomunicações são sempre implementadas em locais
acessíveis com componentes aprovados.
• Condutores para vinculação de cobre isolado com bitola de, no mínimo, 6 AWG [4,1 mm
(0.16 in)] (parte do sistema primário de vinculação para telecomunicações [TBB]) são
instalados através de cada caminho principal de telecomunicação (caminho primário) e
vinculados diretamente a uma barra para aterramento de telecomunicações (TGB) em
cada local de aterramento de telecomunicações. De acordo com a ANSI/TIA/EIA-607,
considerações devem ser dadas ao dimensionamento de condutores tão grandes quanto 3/0
AWG [10 mm (0.39 in)]).
• Cada TBB que passa por um local que tenha um TGB deve ser conectado ao TGB.
• Um TMGB é conectado diretamente ao terra do serviço elétrico. Todos os TBBs
terminam neste barramento.
• Geralmente, cada TBB deve ser um condutor contínuo desde o TMGB até o mais distante
TGB . TGBs intermediários devem ser conectados ao TBB por meio de um condutor
curto (rabicho).
• Cada TGB é também conectado diretamente à estrutura de aço do edifício e outros
sistemas metálicos permanentes, se próximo e acessível.
• O TGB e o TBB devem ser visivelmente etiquetados e firmemente fixados.
• Cada uma das barras para aterramento é utilizada por equipamentos de telecomunicações
e pelos instaladores de cabos como o local de aterramento aprovado.
Aterramento de Equipamentos
Aterramento de Equipamentos em Ponto Único (Separado
Alguns fabricantes de PBX (private branch exchange) e outros fornecedores de equipamentos
de grande porte exigem aterramento de equipamento em ponto único (separado). Quando o
equipamento é aterrado através de um só ponto, surtos que são conduzidos através do terra do
edifício têm menos probabilidade de passar através do equipamento.A documentação do
fabricante deve fornecer detalhes para implementações aceitáveis.
NOTA: Qualquer esquema de aterramento com ponto único não deve conflitar com a NEC.
Tecnologia de Protetores
Protetores Primários
Existem muitos componentes diferentes utilizados pelos fabricantes para implementar funções
de proteção. Os componentes seguintes são tipicamente de protetores primários.
Tabela 17.1
Protetores primários
Componentes Descrição
Blocos de Carvão Estes são os captores de proteção originais. Uma lacuna de ar entre
elementos de carvão é ajustada para um arco voltaico de 300 a 1000 volts
e leva o surto da corrente para um condutor de aterramento.Quando o
surto de corrente finalmente cai o suficiente, o arco pára e o protetor
reinicia seu isolamento normal de terra.
Tubos de gás Estes são captores melhorados que basicamente operam da mesma forma
como os blocos de carvão, formando um arco voltaico sobre uma
abertura que leva ao condutor de aterramento. Eles têm uma abertura
larga por causa do gás especial, e, portanto, uma segurança maior. Eles
também têm tolerâncias mais limitadas para as tensões decorrentes de
arcos voltaicos e são tipicamente ajustados para uma tensão baixa,
fornecendo uma proteção melhor do que os blocos de carvão.
Estado Sólido Este é o mais novo tipo de captor que conta com tecnologia de
semicondutores de alta potência. Eles podem ser mais caros do que o
bloco de carbono ou o tubo de gás, mas essa despesa é recuperada
através da vida útil do protetor. Eles são muito rápidos e bem
balanceados. Eles não deterioram com o tempo, quando expostos abaixo
de um surto máximo de corrente especificado.
Figura 17.9
Ligação de Fusível
Fusível de linha
Interruptor
Par de
Par de cabos
cabos protegidos
energizados
(Para o protetor
secundário ou
equipamento)
Protetores Secundários
Os protetores secundários são necessários para coordenar com as necessidades dos transientes
de descarga atmosférica e falhas de potência dos protetores primários.Em alguns casos, os
protetores secundários, podem incluir um dos componentes captores previamente
descritos.Por esta razão, o custo-benefício da proteção secundária é tipicamente uma opção
disponível nos protetores primários (qualificado pela UL 497 e UL 497A). Os protetores
secundários devem manejar as correntes parasita. Os componentes utilizados para manejar as
correntes parasita são diferentes dos utilizados para proteção primária e são identificados
abaixo.
Tabela 17.2
Componentes para manejar correntes parasitas
Componentes Descrição
Bobinas de Esta tem bobinas que detectam prolongadas correntes de baixo nível
aquecimento por aquecimento. O aquecimento derrete uma mola falsa fechando
um contato que une permanentemente a linha ao terra, necessitando
de inspeção manual e substituição.
Fusível para Este é um fusível que abre a fiação do circuito da estação sob
corrente parasita corrente prolongada de baixo nível, requerendo inspeção manual e
substituição. Este sistema de fusível fica no lado da estação do
captor e não deve ser confundido com o sistema de fusível em linha
do protetor primário.
Proteção Melhorada
A proteção melhorada utiliza componentes adicionais para fornecer proteção que é
tipicamente adequada para circuitos de dados de baixa tensão. Na maioria dos casos, os
fabricantes de equipamentos têm projetado tal proteção embutida em seus equipamentos, mas
muitos preferem utilizar protetores externos disponíveis.
Em alguns casos, estes protetores são qualificados pela UL 497 e podem substituir em um
painel de protetores primários as aplicações especiais de circuitos expostos individualmente.
Em outros casos, os protetores podem ser qualificados de acordo com a UL 497A para uso
em locais de escritório onde a estação ou terminal protegido está energizado, ou logo após os
protetores primários.
Tabela 17.3
Proteção Melhorada
Componentes Descrição
Diodos de corte e varistores Estes componentes limitam as tensões e são de ação rápida. Eles
estão disponíveis em uma faixa de limiares de tensão muito
baixos (abaixo de 50 volts).
Transformador de isolação Estes fornecem uma alta impedância para surtos longitudinais e
(Transformador de isolação para potenciais induzidos. Eles podem também balancear sinais
e abafamento longitudinal) de dados. Muitas interfaces de sistemas de dados usam esses
transformadores em terminais para rejeitar interferências afim de
conseguir transmissão de dados de alta velocidade confiável.
Filtros Estes podem ser projetados para limitar a largura de banda dos
circuitos e podem também fornecer uma impedância adicional
contra surtos.
Bases
Alguns edifícios podem ter uma estrutura de aço tão significativa e uma conexão estrutural
voluntária que as considerações sobre o aterramento adicional poderia não ser crítico, mas
este não é sempre o caso. Em algumas aplicações, existe um freqüente compromisso entre o
projeto de:
• Sistema de aterramento e equalização com baixa impedância, e
• Isolação adequada de distúrbios graves.
Esta é a base para o método de proteção exposto nesta seção.
Separação
Um assunto geral nas topologias de aterramento é: onde utilizar um sistema de conexão
comum e onde utilizar um sistema de equalização separada.
A segurança, conforme descrito pelo NEC, requer aterramento e vinculação/equalização, mas
existem casos onde precauções adicionais são necessárias. Isso pode não ser desejável para
certos condutores de aterramento conduzir correntes específicas e existem situações que
devem ser projetadas para impedir o arco voltaico ou choques perigosos. Um bom exemplo é
a orientação de separação de 1.83 m (6 ft) de condutores de sistemas de proteção contra
descarga atmosférica (NEC Section 800-13). Um outro exemplo é o terra do equipamento em
ponto separado (veja Aterramento de Equipamento em Ponto Separado neste capítulo),
exigido por muitos fabricantes de equipamentos.
Estes requisitos de separação não permitem a separação completa dos aterramentos, mas
especificam o local certo para a equalização comum o qual evita expor sistemas ou pessoas a
transientes de tensão e corrente destrutivos e potencialmente perigosos.
Códigos
O NEC e ANSI/NFPA 780 fornecem requisitos específicos para a equalização, o aterramento
e a separação, mas também permite uma larga faixa de implementações possíveis.O NEC
Articles 250 e 800 permitem um julgamento local, enquanto que a solução fornece condução
adequada e confiável para a terra e para todos os sistemas de aterramento.
Entretanto, o projetista não deve implementar métodos de proteção alternativa a menos que
tais projetos sejam baseados em experiências e padrões.
Terra Isolado
O NEC Sections 250-146(d) e 250-96 permite um condutor para aterramento isolado para
configurações de equipamentos e edifícios que podem necessitar disso para redução do ruído
elétrico (interferência eletromagnética [EMI]) entre sistemas incompatíveis ou proveniente de
transientes externos ( veja ANSI/IEEE Std. 1100, Section 9.10.12). Este é implementado
algumas vezes com um receptáculo para terra isolado (geralmente colorido na cor laranja ou
marcado com um triangulo laranja).
O condutor para aterramento isolado deve ser vinculado ao sistema de malha de terra em
algum ponto, tipicamente na origem. Este tipo de aterramento pode ser difícil de implementar
e pode causar problemas adicionais. Os projetistas devem evitar criar um terra com alta
impedância e devem garantir confiabilidade uma vez que, neste caso, só existe um condutor
para terra em uso. Veja capítulo 16: Distribuição Elétrica.
Torres de Antena
As torres são especialmente suscetíveis a descargas atmosféricas.As antenas com linhas de
alimentação entrando em um edifício deveriam ser cuidadosamente protegidas. A ANSI/NFPA
780 e a ANSI T1.313 fornecem esses requisitos.Os fabricantes de antenas devem também ser
consultados.
Um sistema de proteção contra descargas atmosférica é tipicamente instalado utilizando os
seguintes métodos:
• Sistema de proteção contra descarga atmosférica para ambos, a torre e os edifícios
associados —A torre de aço (completamente conectada) é tipicamente utilizada como um
condutor de descida da torre.
• Sistemas de eletrodos de aterramento em anel cercam a torre e o edifício, tipicamente
melhorados com múltiplas hastes de aterramento.
• Medidas de proteção tomadas em todos os serviços de comunicação e de energia do
edifício—Os serviços públicos têm estabelecido práticas especializadas para tal proteção.
Referências
Geral
A tabela seguinte mostra algumas referências valiosas para o projetista de distribuição de
telecomunicações.
Tabela 17.4
Referencias
Referências Descrição
Aliança para A ATIS emite muitos padrões que são adotados pela ANSI.
Soluções para a Indústria O comitê T1 da ATIS, grupo de trabalho T1.E1 está atualmente
de Telecomunicações desenvolvendo um padrão, Aterramento e Conexão
(ATIS) Equipamentos para telecomunicações em Escritórios Centrais
Tipos de Similares de Instalações. O comitê T1 da ATIS também
produz os seguintes padrões aplicáveis:
• ANSI T1.311, American National Standard for
Telecommunications—DC Power Systems—
Telecommunications Environment Protection.
ANSI/NFPA 780 Lightning Protection Code trata dos requisitos para sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas. Estes sistemas
interceptam e desviam as descargas atmosféricas diretas que
ocorrem nas instalações. Embora tais sistemas não sejam
tipicamente da responsabilidade do projetista, existem
necessidades de separação e conexão em comum com os
equipamentos de telecomunicações. Esta informação também
fornece um tutorial sobre descargas atmosféricas, trata de zonas
de proteção, e discute situações úteis para o projetista.
Geral, continuação
Tabela 17.4
Referencias, continuação
Referências Descrição
Geral, continuação
Tabela 17.4
Referências, continuação
Referências Descrição
Padrões para Segurança Nos Estados Unidos, existem muitos padrões de segurança dos
Underwriters Laboratories Inc.® (UL) que especificam testes de
produtos fabricados para segurança sob várias condições tais como
exposição elétrica, manuseio físico e instalação, umidade, etc.
Geral, continuação
Tabela 17.4
Referencias, continuação
Referências Descrição