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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Visão Geral
Introdução
A proteção elétrica das instalações de telecomunicações é uma parte essencial das
responsabilidades do projetista de distribuição para telecomunicações. Este capítulo consolida
as informações sobre proteção elétrica freqüentemente necessárias para uso em
recomendações e/ou construções.
É um fato que outros países têm suas próprias normas, padrões, métodos e práticas.
Entretanto, as referências a normas, etc. utilizadas neste capítulo são relevantes em
corporações e publicações nos Estados Unidos, tais como o National Electrical Code ®
(NEC®), o American National Standards Association (ANSI), e o Institute of Electrical and
Electronics Engineers, Inc.® (IEEE®). É importante notar que muitos países têm requisitos
específicos relativos a aterramento, a conexão e a proteção elétrica que podem discordar do
conteúdo deste capítulo..
As informações neste capítulo são resultado de uma investigação técnica e profissional, de
uma pesquisa e análise destinada a uma larga faixa de aplicações.
Nenhuma das informações neste capítulo é única; é, isto sim, baseada em referências
existentes. Situações especiais (projetos de escritórios centrais, depósitos a prova de incêndio,
instalações elétricas, salas blindadas, etc) não são especificamente tratadas. Para maiores
informações e detalhes sobre situações especiais, veja Métodos de Proteção Específicos e
Referências neste capítulo.
Todos os esforços têm sido feitos para assegurar que estas recomendações sejam tecnicamente
precisas e que forneçam a necessária segurança do local e do pessoal. Entretanto, as
condições locais podem necessitar de pesquisa profissional adicional, de modificações ou de
salvaguardas para atender aos requisitos específicos de segurança, do local, do equipamento,
do ambiente ou da região.
Essas informações não substituem as regulamentações, leis ou códigos aplicáveis local,
estadual, federal ou internacionalmente. Aplicações específicas podem conter variáveis que
estão além do controle ou do escopo deste documento.Como resultado, não se pode garantir
que a aplicação desta informação irá produzir o resultado técnico ou a segurança
originalmente esperada.

Segurança
A responsabilidade fundamental do projetista é resguardar o pessoal, a propriedade, e os
equipamentos de tensões e correntes elétricas externas. “Externas” refere-se às tensões
elétricas ou correntes anômalas, que não são normalmente conduzidas ou esperadas pelos
sistemas de distribuição de telecomunicações.
O resultado destes distúrbios pode ser:
• Morte ou ferimentos.
• Destruição de equipamentos eletrônicos.
• Parada do sistema.
• Degradação do trabalho e/ou de processos.

© 2000 BICSI® 17-1 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Segurança, continuação
O projetista tem que considerar:
• Relâmpagos.
• Aumento do potencial de terra.
• Contato com circuitos de energia.
• Indução.
Exemplos de algumas condições que originam aquelas perturbações são ilustradas na figura
seguinte.

Figura 17.1
Condições gerando perturbações

Relâmpago Potencial de terra elevado

Cabo elétrico em contato Indução de cabos elétricos sobre


com cabo de telecomunicações cabos de telecomunicações

Manual TDM, 9ª edição 17-2 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Planejamento
As crescentes solicitações dos clientes para deslocamentos de pessoal e de equipamentos e o
uso de equipamentos eletrônicos altamente integrados, mais novos e mais sensíveis, impõem
um ambiente onde a proteção elétrica tem que ter prioridade total. Um projetista tem que
recomendar práticas de proteção e produtos listados (veja Tabela 17.4, Referências, sob
Padrões de Segurança) que minimizem o risco para o pessoal e para a propriedade.
Nem todos os sistemas de proteção para um edifício são da responsabilidade de um projetista.
Entretanto, é importante fornecer informações durante o processo de projeto e estar
familiarizado com o sistema de proteção que está sendo instalado.
O melhor período para projetar um sistema de proteção para uma estrutura é durante a fase
inicial de planejamento.O melhor período para instalar o sistema é durante a construção.
As vantagens de ter um sistema com componentes planejados, projetados, e incorporados
desde o início são:
• Há um melhor acesso às áreas de instalação.
• Os componentes do sistema podem ser protegidos contra deslocamentos físicos e efeitos
ambientais.
• Melhorias estéticas podem ser obtidas pelo encobrimento.
• Geralmente é menos dispendioso atender aos requisitos de proteção durante o início da
construção.

Contratos
Designação de Responsabilidades
Existem muitos sistemas distintos para fornecer diferentes, mas complementares, capacidades
de proteção. O projetista deve estar certo de que a responsabilidade de cada sistema de
proteção está estabelecida. Onde o cliente ainda não tem instalado sistemas de proteção, o
projetista deve tomar nota. Proteções adequadas devem ser recomendadas seja como parte de
uma oferta ou como parte de trabalhos sob a responsabilidade de outros profissionais. As
proteções em telecomunicações podem ser severamente comprometidas se não houver um
esforço coordenado entre todos os projetistas dos vários sistemas de proteção.
Em geral, cada peça de um sistema de distribuição de telecomunicações instalado valoriza o
edifício do cliente. As peças para proteção, aterramento e conexão não são exceção. Os
clientes deveriam conhecer exatamente o que eles estão adquirindo.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Definições Chave
Introdução
Esta seção define os termos chave utilizados em proteção elétrica. Para mais termos, veja
capítulo 3: Definições, Abreviações, Acrônimos e Símbolos.

Exposição Elétrica
A exposição elétrica nem sempre pode ser examinada acuradamente.O projetista deve
considerar as normas, padrões e registros locais quando estiver avaliando um local com
relação à exposição.
NOTA: As definições a seguir do NEC e ANSI/NFPA 780 não estão em conflito entre si.
Elas cobrem diferentes sistemas e os requisitos baseados em cada uma são úteis
para o projetista.

NEC Section 800-30


O NEC Section 800-30(a) cobre as exigências do código de segurança para protetores e define
como exposto a condição onde um “circuito está em uma posição tal que, no caso de falha dos
suportes ou da isolação, pode resultar em contato com outro circuito.”
O NEC requer um protetor primário listado (em ambas as extremidades) sempre que um cabo
para telecomunicações aéreo é lançado através de uma rua (para um quarteirão adjacente), e
sempre que um circuito de um campus, subterrâneo ou aéreo, pode ser exposto a contatos
acidentais com condutores de energia operando a mais de 300 Volts.
Esta definição cobre somente contatos acidentais com condutores de energia, mas o texto do
NEC mais adiante mostra que as medidas de proteção especificadas são agora necessárias
(conforme discutido abaixo) para proteção contra relâmpagos e são também recomendadas
para proteção contra indução por falha no circuito elétrico.
Exposição basicamente refere-se à suscetibilidade de um cabo de telecomunicações externo a
falta de isolamento do sistema de energia elétrica ou a relâmpagos e outros transientes. Um
cabo é também considerado eletricamente exposto se quaisquer de suas ramificações ou
circuitos individuais estão expostos.
Um guia para exposição a relâmpagos está incluída como uma nota impressa em pequenos
caracteres (FPN-fine print note) no NEC, Section 800-30(a). Ela estabelece que:
“Circuitos entre edifícios são considerados expostos a relâmpagos a menos que uma ou mais
das condições a seguir exista”:
“1. Circuitos em grandes áreas metropolitanas onde edifícios estão muito próximos e são
suficientemente altos para interceptar os relâmpagos.”(Estes circuitos estão dentro das
zonas de proteção; veja ANSI/NFPA 780 neste capítulo).
“2. Passagem de cabos entre edifícios de 42,7 m (140 ft) ou menos, diretamente enterrados ou
em conduíte subterrâneo.” A blindagem ou o conduíte devem ser conectados às hastes da
malha de terra do edifício em cada extremidade. (Esta é outra zona de proteção
simplificada, assim como prática de conexão apropriada.)
“3. Áreas com uma média de cinco ou menos dias por ano de temporal com trovões e
resistividade da terra menor do que 100 Ohm-metro.”

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Exposição Elétrica, continuação


ANSI/NFPA 780
A ANSI/NFPA 780 cobre sistemas de proteção contra relâmpagos e define exposto como
qualquer coisa acima do solo e fora da zona de proteção (uma área debaixo ou proximamente
debaixo de um sistema de proteção contra relâmpagos). Veja Sistema de Proteção contra
Relâmpagos a seguir neste capítulo.
A ANSI/NFPA 780 também descreve uma zona de proteção simplificada que pode ser
considerada para pequenos edifícios (geralmente chamada de cone de proteção). A
simplificação permite aos projetistas utilizar uma visada direta ao invés de estimar
complicadas zonas com formas curvas.
As figuras a seguir ilustram a zona de proteção e um cone de proteção.

Figura 17.2
Zona de proteção

Circuito
energizado

Figura 17.3
Cone de proteção

Circuito
energizado

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Exposição Elétrica, continuação


A ANSI/NFPA 780 tem um Guia de Avaliação de Risco que permite aos projetistas estimar
o risco de perdas devido a relâmpagos.Os fatores utilizados neste cálculo simples são:
• Tipo de estrutura e construção.
• Localização relativa.
• Topografia.
• Ocupantes e conteúdo.
• Freqüência de relâmpagos.
Esta avaliação de risco é diretamente relacionada com a vizinhança, o ambiente, e a localização
(p.ex. alta atividade de trovoadas, edifícios adjacentes mais altos, estruturas de aço).

Informações Adicionais
Em geral, a escolha de cabos enterrados não elimina a exposição. Os projetistas devem estar
cientes de dois fatores:
• Cabos aéreos geralmente têm um cabo de energia que passa acima deles, que irá
interceptar e desviar os relâmpagos diretos. Isto ajuda, mas não nega a necessidade de
protetores.
• Cabos enterrados são atingidos pelas conseqüências dos relâmpagos dentro de uma
distância determinada pela resistência do solo (tipicamente de 2 a 6 m [7-20 ft]). A alta
resistência do solo intensifica este problema.
A figura abaixo é útil para estender o conceito de zona de proteção para configurações
subterrâneas. Note que:
• Isto implica em uma zona subterrânea protegida menor.
• Grades de metal, condutores blindados subterrâneos e outras estruturas condutoras podem
afetá-la desviando os golpes para longe ou para dentro das zonas protegidas.

Figura 17.4
Prolongamento das zonas de proteção

Cabo
subterrâneo
exposto

Zona de proteção
subterrânea menor
Distância
do efeito
do relâmpago

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Exposição Elétrica, continuação


Informações locais históricas e registros de danos de relâmpagos são muito úteis.
O projetista deve utilizar bom senso assim como experiência prática ao interpretar as
exigências de normas e padrões.Consultar os fornecedores de equipamentos é importante
porque muitos têm seus próprios critérios e interpretações. Para riscos questionáveis e/ou
suporte para proteção geral, os especialistas podem ser consultados.Acima de tudo, opiniões e
exigências de autoridades locais têm de ser verificadas antes do projeto ou instalação.
Se a exposição de um cabo está em dúvida, considere-o exposto e anote isso como tal na
resposta ao pedido de cotação (RFQ).

Aprovado
Este termo é utilizado em uma variedade de formas, cada uma tendo um significado único,
mas todos relacionados.
Componentes, dispositivos e equipamentos aprovados são testados por um laboratório de
testes reconhecido nacionalmente (NRTL) conforme discutido em “Padrões de Segurança” na
tabela 17.4. Este tipo de aprovação é geralmente chamado “Listado” desde que o laboratório
forneça listas de componentes aprovados para os propósitos da inspeção local.
O NEC e a ANSI/NFPA 780 definem aprovado como “aceitável pelas autoridades que têm
jurisdição”, e eles fornecem discussões de uma vasta gama de possíveis autoridades (federal,
estadual, local, departamental, e mesmo, possivelmente, o proprietário/cliente). As aprovações
são tipicamente determinadas pelo modo como as leis e regulamentações são escritas.
Na maioria dos casos, o inspetor local interpreta as normas e aprova as instalações baseando-
se no uso sensato de componentes marcados como listados. As práticas e os procedimentos
que ficam de fora destas normas (bem como os componentes associados) também necessitam
normalmente de uma aprovação tal como essa.
Outra variação da aprovação é a aceitação final do cliente de contratos ou de trabalho
contratado.

Regulamentos
É responsabilidade do projetista conhecer quais códigos e regulamentos se aplicam e quais
variações locais podem ser necessárias.
A maioria das informações aqui fornecidas é baseada nos padrões e normas dos Estados
Unidos, assim como nas práticas dos fabricantes e de entidades de utilidade pública. Estas são
baseadas em considerável experiência histórica, apoiada em justificativas técnicas. As normas
são fundamentalmente documentos técnicos que não são exigidos até que sejam tornados
válidos juridicamente pelas leis e/ou regulamentos. . A maioria das jurisdições dos Estados
Unidos adota o NEC e a ANSI/NFPA 780 completamente, enquanto alguns locais adotam
aquelas referências condicionalmente ou com alterações específicas.

© 2000 BICSI® 17-7 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Regulamentos, continuação
Até mesmo quando a jurisdição local não adota esses regulamentos, algumas companhias
seguradoras podem exigi-las.
Observe que os documentos e leis, não são sempre atualizados uniformemente e jurisdições
diferentes podem fazer uso corrente de diferentes versões de normas.
Métodos, equipamentos e requisitos diferentes podem ser aplicados em outros países. Se
regulamentos diferentes são adotados, o projetista deve utilizá-los, e algumas das práticas
aqui apresentadas podem não ser aplicáveis.
Se nenhum regulamento é referenciado, siga o NEC, ANSI/NFPA 780, ANSI/TIA/EIA-607, e
ANSI/IEEE Std. 1100.

Vinculação
O NEC em seu Artigo 100 e a na Seção 250-90 define vinculação como “a união permanente
de partes metálicas para formar um caminho eletricamente condutivo que irá assegurar a
continuidade elétrica e a capacidade de conduzir com segurança qualquer corrente que possa
vir a surgir”.
Os condutores utilizados para se fazer a vinculação não são intencionalmente feitos para
transportar cargas de corrente elétrica sob condições normais mas devem conduzir surtos de
corrente de tal forma que a proteção elétrica (interruptores de circuito) seja operada
apropriadamente.
Embora o tamanho deste condutor pode depender do tamanho dos condutores de energia
elétrica, existem muitas aplicações específicas onde o NEC requer condutor de cobre de bitola
6 AWG [4.1 mm (0.16 in)]. Por esta razão, as práticas de vinculação em telecomunicações
para grandes edifícios comerciais muito freqüentemente contam com um condutor de cobre de
bitola 6 AWG [4.1 mm (0.16 in)]. Os fabricantes de equipamentos, o cliente e as autoridades
locais devem ser consultados sobre requisitos locais específicos.
NOTA: As dimensões mostradas em associação com AWGs representam o equivalente ao
diâmetro do condutor sólido. Quando utilizado em associação com fios flexíveis, o
AWG é utilizado para representar cabos cuja área de seção transversal (circular
mils) é aproximadamente equivalente às dimensões fornecidas do fio sólido.
Outra aplicação de segurança importante para a vinculação é limitar a diferença de potencial
perigosa entre sistemas diferentes durante relâmpagos ou anomalias da energia conforme
descrito no NEC Seção 800-40(d) (FPN No. 2) e ANSI/NFPA 780. Isto protege contra
centelhamento entre sistemas diferentes (ou equipamentos) aterrados e protege o pessoal que
pode vir a ter contato com ambos os sistemas.
A vinculação tem aplicações adicionais conforme tratado em Aterramento e Vinculação para
Telecomunicações neste capítulo.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Proteção do Pessoal
Evitando Choque Elétrico
O choque elétrico mais comum ocorre por contato inadvertido ou acidental com circuitos ou
dispositivos energizados. Outros choques comuns perigosos a serem evitados são:
• Tocar um componente elétrico defeituoso ou aterrado impropriamente.
• Ficar sobre um piso molhado enquanto trabalhar em, ou próximo a, um equipamento
elétrico.
• Pouca iluminação e/ou distância insuficiente.
• Usar, ou estar próximo a material condutor durante uma tempestade de relâmpagos.

Nível de Choque Elétrico


Os efeitos de uma corrente elétrica sobre o corpo humano são principalmente determinados
pela magnitude da corrente e pela duração do choque. Correntes alternadas (ac) e correntes
contínuas (dc) de somente algumas poucas centenas de miliamperes podem ser fatais. A
quantidade de corrente que pode ser forçada através do corpo é muito freqüentemente
determinada pela tensão elétrica ou pelo pico do potencial transiente. Enquanto um forte
choque elétrico pode ser fatal por danificar órgãos vitais ou atacar o sistema respiratório,
níveis de corrente mais baixos podem causar ferimentos e morte por provocar reações reflexas
em músculos involuntários.

Prevenindo o Choque Elétrico


CAUTELA: Até que seja verificado, sempre assuma que um equipamento está energizado.
Projetistas de distribuição de telecomunicações devem observar especialmente as condições
perigosas durante a fase de construção de um projeto. Utilize medidas prudentes de segurança
elétrica tal como luvas de borracha isolada para proteção pessoal e utilize equipamentos de
teste apropriados para verificar a ausência de tensões perigosas em todos os itens abaixo que
estiverem expostos:
• Cabos.
• Cabos Mensageiros
• Fios condutores.
• Metais.
O cabeamento de telecomunicações instalado apropriadamente quase nunca é perigoso, mas
durante a instalação verifique que os condutores expostos, a blindagem dos cabos, e os
equipamentos metálicos sejam aterrados ou estejam livres de potenciais perigosos (que são de
outras formas geralmente seguros) antes de entregar a instalação para outros funcionários ou
para o cliente.
Execute uma inspeção completa do aterramento ao término de cada trabalho.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistemas de Proteção Básica


Geral
Os sistemas listados abaixo devem ser reconhecidos como desempenhando uma só função
dentro de um edifício. A combinação de todos estes sistemas fornece a proteção completa para
o edifício e para seus ocupantes. O projeto, coordenação e instalação apropriados dos
sistemas a seguir são necessários:
• Sistema de proteção contra raios/relâmpagos
• Sistema de malha de terra
• Aterramento e vinculação elétricos
• Proteção para energia elétrica
• Aterramento e vinculação para telecomunicações
• Protetores para circuitos de telecomunicações
• Métodos de proteção específicos
O projetista é geralmente responsável pelo aterramento e vinculação de telecomunicações e
pelos protetores dos circuitos de telecomunicações.
Embora o projetista não seja geralmente responsável pelos outros sistemas, não é seguro
trabalhar em um edifício sem o reconhecimento e a compreensão dos propósitos dos outros
sistemas.Uma compreensão clara desses sistemas também fornece uma base para posterior
treinamento e trabalho com especialistas quando surgir a necessidade.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistema de Proteção Contra Relâmpagos


Geral
Um sistema de proteção contra relâmpagos é descrito na “Norma de Proteção Contra
Relâmpagos ANSI/NFPA 780”. Um sistema de proteção contra relâmpagos consiste de
múltiplas hastes aéreas (pára-raio) no telhado, condutores de descida, condutores de
equalização e terminais de aterramento que cercam um edifício com o propósito exclusivo de
interceptar, desviar e dissipar o choque direto do relâmpago (veja a figura seguinte). Alguns
sistemas são projetados dentro da estrutura do edifício para que a estrutura de aço funcione
como o condutor de descida e sirva de equalizador.

Figura 17.5
Sistema de proteção contra relâmpagos

Terminais aéreos
(para-raios para
interceptar relâmpagos)
Condutores de equalização

Condutores de descida

Terminais terra

© 2000 BICSI® 17-11 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Geral, continuação
Os relâmpagos são substancialmente impedidos de atingir diretamente dentro e sob as pontas
dos terminais do pára-raios, formando assim uma zona de proteção (veja Figura 17.2). Em
muitos locais, esses sistemas são parte integral da estratégia de proteção completa. A ANSI/
TIA/EIA-607 referencia um sistema de proteção contra relâmpagos.Entretanto, este sistema
não é geralmente de responsabilidade de projetistas.
A ANSI/NFPA 780 especifica os requisitos para o espaçamento e a interconexão com o
aterramento dos sistemas de comunicação. O aterramento para telecomunicações deve ser
conectado ao aterramento do sistema de proteção contra relâmpagos dentro de 3,7 m (12 ft)
da base de um edifício e pode necessitar de conexões adicionais dependendo de:
• Espaçamentos.
• Dimensões do edifício.
• Construção.
O pessoal responsável pelo sistema de proteção contra relâmpagos deve fornecer uma
avaliação e pode também executar o trabalho, uma vez que condutores contra relâmpagos de
determinado tamanho e métodos associados possam ser exigidos.
A avaliação de risco contra relâmpagos é tradicionalmente executada conforme descrita no
ANSI/NFPA 780, Appendix 1. Entretanto, o Appendix 1 conta com o uso de mapas de curvas
de nível dos dias de tempestade (índice ceráunico), os quais são agora considerados
metodologia antiquada. Na última década, os sistemas de monitoramento eletrônico de
abrangência continental que detalham exatamente a densidade de descarga para a terra até
mesmo para áreas geográficas pequenas (microdensidade) têm sido desenvolvidos e
implementados.Os mapas de curvas de nível de áreas muito grandes que detalham a densidade
de descargas para terra a partir de uma macro aproximação (macrodensidade) já se encontram
disponíveis.Tais mapas e informações sobre a microdensidade detalhada estão agora
disponíveis nos Estados Unidos, Canadá, e parte da Europa, e os de outras áreas se seguirão.
Um destes recursos para dados de densidade para aterramento é largamente reconhecido pelo
serviço de meteorologia dos Estados Unidos (Global Atmospherics, Tucson, AZ). Outros
fornecedores podem estar disponíveis na área local de interesse do leitor.
Se o aterramento de comunicações conta com o sistema de aterramento do serviço elétrico,
então a mais comum das práticas de aterramento de telecomunicações pode ser aplicada.(Veja
Práticas de Aterramento para Telecomunicações neste capítulo.) Ainda assim, o pessoal do
sistema de proteção contra relâmpagos deve ser consultado.
Encontram-se no NEC Section 800-13 orientações diretas para o espaçamento do condutor se
o pessoal do sistema de proteção contra relâmpagos não puder ser consultado.Os condutores
para telecomunicações não devem ser lançados mais próximos do que 1,8 m (6 ft) de qualquer
condutor do sistema de proteção contra relâmpagos. Se a estrutura de aço do edifício for
utilizada como condutor de aterramento, então tal separação é impraticável e geralmente não
necessária.
O UL lista os fabricantes e instaladores, e também oferece inspeções no local fornecendo um
Relatório de Resultados em conformidade ao ANSI/NFPA 780 ou emite uma Master Label
(Etiqueta Mestre) para conformidade com a sua própria UL96A.
O Instituto de Proteção Contra Relâmpagos certifica os instaladores e sistemas para seus
padrões LPI-175 e LPI-176. Uma placa de metal do Sistema Certificado LPI é anexada ao
edifício em um local claramente visível. Uma manutenção em curso e uma reinspeção estão
também disponíveis.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistemas de Energia Elétrica


Geral
A ilustração de um sistema de energia elétrica típico (pequeno) é mostrada abaixo.Para
informações adicionais, veja Capítulo 16: Distribuição de Energia.)

Figura 17.6
Sistema de energia elétrica (pequeno) típico

Receptáculo

Eletroduto
vinculado
Condutor de na ramificação
aterramento do circuito
Detalhe
Estrutura
Proteção metálica
contra predial
Painel de serviço
sobrecorrente elétrico principal
(QDC) Sistema de
aterramento

Tubo
para água
Detalhe metálico
Rodapé aterrado

Note que todos os eletrodos de aterramento (o sistema de eletrodos de aterramento, estrutura


de aço do edifício, tubos metálicos para água fria, e o solo base) são conectados juntamente.

Sistema de malha de terra / Malha de Terra


O sistema de malha de terra é descrito no NEC Article 250, Part C. Um eletrodo de
aterramento é um condutor metálico (p.ex., haste, tubo, prato, ou outro objeto metálico) em
contato com a terra, utilizado para estabelecer um caminho de baixa resistência para a
corrente até a terra.Um sistema de malha de terra (veja a figura abaixo) é uma rede de
eletrodos conectados eletricamente para obter uma baixa resistência melhorada até o terra, e
em muitos casos, auxiliar na equalização de potenciais em torno de um edifício.
Um aterramento funcionando apropriadamente é essencial para a proteção elétrica na medida
que ele:
• Conduz qualquer energia elétrica excessiva para a terra sem causar centelhamentos
perigosos, aquecimento ou explosão durante os relâmpagos.
• Estabelece a tensão de referência para sistemas elétricos no edifício.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistemas de Eletrodos para Aterramento, continuação


Estes sistemas não são geralmente de responsabilidade do projetista.
O NEC Section 250-58 requer um sistema de eletrodos de aterramento comum para diferentes
serviços elétricos no interior de um edifício. O NEC Section 250-92(b) requer uma conexão
das ligações entre os sistemas acessível no quadro principal de elétrica. Esta conexão é a
melhor escolha para o estabelecimento de um aterramento para telecomunicações. (Veja
Utilizando o Aterramento do Serviço Elétrico neste capítulo.).

Aterramento e Conexão Elétrica


O aterramento e a conexão elétrica são descritos ao longo de todo o NEC Article 250. Painéis
metálicos e dutos de distribuição são ligados ao condutor de aterramento do equipamento e
estes todos conectados ao neutro aterrado do serviço elétrico. Um condutor de aterramento do
equipamento é tipicamente co-lançado com os condutores de linha (viva) e neutros.
Os sistemas elétricos e os equipamentos metálicos são interligados e aterrados para limitar as
tensões perigosas devido a:
• Anomalias da energia elétrica (faltas).
• Relâmpagos.
• Outros transientes elétricos.
Um propósito fundamental para isso é o de facilitar a operação da proteção contra
sobrecorrente em caso de falha nos circuitos elétricos que poderia, de outra forma, colocar
tensões de risco em pontos perigosos. Curto-circuitos inadvertidos de condutores de energia
para o terra do equipamento ou para outro metal ou condutores fazem com que um disjuntor
(proteção contra sobrecorrente) atue e desconecte a energia.
Estes sistemas não são geralmente de responsabilidade do projetista.

Proteção para Energia Elétrica


A proteção para energia elétrica é tratada no NEC Capítulo 2, que inclui requisitos para
conexão e aterramento elétrico. A seguir os requisitos para a completa proteção elétrica:
• Protetor contra surto (Desvia surto de corrente originado em condutores do serviço
público de energia).
• Meios para desconexão de serviço (disjuntor principal: fornecem um método para
interrupção de todo o fornecimento de energia baseado em emergências ou manutenção).
• Proteção contra sobrecorrente (disjuntores: abre circuitos de energia individuais, se a
corrente alcança um nível não seguro, predeterminado).
NOTA: Outros componentes que melhoram a qualidade geral da energia elétrica incluem
condicionadores de linha de energia, UPS e sistemas de reserva de energia. (Veja
ANSI/IEEE Std. 1100 e Capítulo 16: Distribuição de Elétrica.)
A proteção para energia elétrica não é geralmente da responsabilidade do projetista, mas deve
ser conhecida e compreendida por ele, uma vez que a maioria dos locais tem proteção para
energia projetada especificamente para equipamentos de telecomunicações.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Aterramento e Conexão para Telecomunicações


Geral
O aterramento e a vinculação para telecomunicações são o aterramento e as conexões
adicionais instalados especificamente para os sistemas de telecomunicações. Do ponto de vista
de um regulamento de segurança, o NEC e ANSI/NFPA 780 já cobrem tais vinculações e
aterramento. Entretanto, esses códigos são estabelecidos fundamentalmente para segurança.
Existem muitas situações onde estes regulamentos podem ser interpretados e/ou
implementados de diferentes formas. Algumas destas formas podem não ser tão adequadas
quanto outras para a confiabilidade e o desempenho do equipamento.
O desempenho e a confiabilidade do equipamento são tratados pelas orientações específicas
adicionais do fabricante do equipamento. Uma larga faixa de diferentes soluções pode ser
encontrada nos locais aderindo aos mesmos regulamentos por causa de:
• Variações locais.
• Interpretações do fabricante.
• Projetos dos equipamentos.
As práticas são também afetadas em muitos casos comuns tais como:
• Aplicações multifornecedores.
• Edifícios pré-cabeados.
• Vida útil dos equipamentos.
• Sistemas centrais de distribuição.
• Dispositivos eletrônicos sensíveis e de alta velocidade.
Muitos desses fatores adicionais não podem contar somente com a segurança dos métodos de
aterramento. Estes fatores adicionais são tratados considerando as necessidades de
aterramento e conexão diretos e dedicados dos sistemas de telecomunicações.
Isto não substitui os requisitos para aterramento de energia elétrica, mas suplementa-os com
conexões adicionais que geralmente seguem os caminhos dos cabos para telecomunicações
entre a sala de entrada para telecomunicações (SET), a sala de equipamentos (SEQ), e as
salas para telecomunicações (AT).

Princípios de Conexão para Telecomunicações


A maioria dos edifícios têm baixa impedância geral (muitos são projetados como parte de um
sistema de proteção contra relâmpagos para conduzir com segurança impactos diretos de
raios). Entretanto, diferenças significativas em potenciais de terra podem existir ao longo de
um edifício durante transientes elétricos. Condutores adicionais para conexão são uma forma
efetiva de melhorar as situações marginais, especialmente em edifícios nos quais falta uma
efetiva estrutura geral de conexões.
Se uma estrutura de aço contínua já existe próxima ao longo do mesmo caminho, então ela
pode ser pouco melhorada. Mas mesmo assim uma certa segurança é obtida pela conexão
direta dos condutores que pode ser verificada por inspeção.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Princípios de Vinculação para Telecomunicações, continuação


São três os princípios científicos nos quais se baseiam os condutores de vinculação para
telecomunicações:
• Equalização—Potenciais entre pontos de terra diferentes são muito dependentes da
impedância entre eles. A equalização do terra é melhorada pelo fato de a conexão
adicional diminuir a impedância entre diferentes pontos do solo. O caminho mais curto e
mais direto utilizando condutores grossos fornece uma baixa impedância (resistiva e
indutiva). Múltiplos condutores ou fitas largas proporcionam impedância mais baixa (veja
Redes em Data Center neste capítulo).
• Desvio—Pelo fato de os condutores de conexão seguirem os cabos de telecomunicações e
de serem diretamente conectados ao sistema de aterramento em cada extremidade, os
transientes elétricos que descem pelo caminho do cabo podem ser desviados (levados) pelo
condutor de conexão e têm menos possibilidade de influenciar os condutores de
telecomunicações.
• Acoplamento—Quanto mais perto o condutor de conexão estiver do cabo de
telecomunicações, maior será o acoplamento eletromagnético mútuo. Durante os
transientes elétricos, este acoplamento tende a cancelar parcialmente o transiente quando
ele alcançar o equipamento de telecomunicações na extremidade. Um condutor para
conexão estreitamente acoplado ou uma blindagem para cabo primário é freqüentemente
chamado de condutor para conexão acoplado (veja Condutor para Conexão Acoplado
[CBC] neste capítulo).
Cada um destes três efeitos é alcançado em graus variáveis, dependendo de uma grande
variedade de fatores. É freqüentemente difícil predizer ou medir resultados específicos, mas
qualquer combinação destes três é geralmente benéfica para o equipamento de
telecomunicações.

Manual TDM, 9ª edição 17-16 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Práticas para Aterramento em Telecomunicações


Geral
Estabelecer um aterramento adequado para telecomunicações é crucial ao aterrar
equipamentos de telecomunicações. Um terra para telecomunicações é sempre necessário, e é
tipicamente encontrado em um dos seguintes locais:
• Instalações de entrada para telecomunicações em locais com cabos expostos.
• Sala de equipamentos (SEQ)
• Sala de telecomunicações (AT)

Opções para Aterramento


A junção direta ao ponto mais próximo da malha de terra do serviço elétrico do edifício é o
ideal porque os sistemas de telecomunicações são energizados a partir daquele serviço e o
cabeamento de telecomunicações e o cabeamento elétrico devem ser efetivamente
equalizados.(Consulte o NEC Section 800-40.)
Nos edifícios:
• Com serviço elétrico, conecte a um terra acessível do serviço elétrico. (Veja Utilizando o
Aterramento do Serviço Elétrico neste capítulo.).
• Sem serviço elétrico, instale uma haste de terra que tenha um mínimo de 12,7 mm
(0.50 in) de diâmetro e 2,4 m (8 ft) de comprimento (conforme descrito em “Instalando
um Eletrodo para Aterramento” neste capítulo) e NEC 250-52.
Se uma exposição significativa for detectada, instale um sistema aprimorado de malha de
terra. (Para uma explicação sobre exposição significativa, veja Exposição Elétrica neste
capítulo. Para maiores informações sobre sistema de malha de terra, veja Métodos de
Proteção Específicos neste capítulo).

Utilizando o Terra de Serviço Elétrico


Um terra de serviço elétrico direto é um dos melhores pontos para o aterramento de sistemas
de comunicação. Em novas construções, um empreiteiro elétrico deve fornecer meios
acessíveis. O NEC Section 250-92(b) requer uma conexão intersistemas acessível no
equipamento de serviço elétrico, tal como:
• Eletrocalha exposta de distribuição de serviço (utilizando um conector de conexão
aprovado).
• Condutor do eletrodo de aterramento.
ATENÇÃO: O condutor do eletrodo de aterramento é crítico para a segurança do
sistema de energia elétrica. Não o mude de posição, modifique, ou o
desconecte sem uma participação direta do pessoal responsável pelo
sistema.
• Conexão externa aprovada no painel de serviço elétrico. O NEC permite a conexão direta
a um cabo de cobre de bitola 6 AWG [4,1 mm (0.16 in)] .
NOTA: Verifique com o empreiteiro elétrico se o sistema de malha de terra está
instalado apropriadamente.

© 2000 BICSI® 17-17 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Instalando um Eletrodo de Aterramento


O NEC Section 250-52 (c) (3) fornece orientações para a instalação de um eletrodo de
aterramento. A instalação de um eletrodo de aterramento em telecomunicações é permitida se:
• Não existir terra de serviço elétrico, ou se
• Aterramento adicional for necessário (NEC Section 250-54). Então, o eletrodo instalado
deve ser ligado ao sistema de malha de terra existente.
Como último recurso, o NEC Section 800-40 (b) (3) especifica uma haste de terra com
diâmetro mínimo de 12,7 mm (0.50 in), e 1,52 m (5 ft) enterrado completamente em terra
úmida (utilize um condutor sólido de bitola 6 AWG [4,1 mm (0.16 in)] para aterramento).
ATENÇÃO: Qualquer eletrodo para aterramento instalado deve estar afastado pelo menos
1,8 m (6 ft) de outros eletrodos.
Eletrodos ou condutores de descidas que são parte de um sistema de proteção
contra relâmpagos não são permitidos para este propósito.
Tubos de gás, tubos de vapor, ou tubos de água quente não são permitidos
como eletrodos de aterramento (mas devem ser ligados como descrito acima).
Todos os outros terras de sistemas elétricos, aço estrutural do edifício e
sistemas de tubulação metálica devem ser ligados juntamente. Isto é exigido
pelo serviço elétrico e geralmente já está feito, mas deve ser verificado.

Proteção Física
Se existir alguma chance de danificar o condutor do aterramento, então alguma forma de
proteção física é necessária. Se a proteção for constituída por um conduíte ou duto de
distribuição metálicos (eletrocalha), ele deve ser ligado ao condutor de aterramento em ambas
as extremidades (NEC Section 800-40[a][5]).

Antena de Televisão a Cabo (CATV)


Ligue o terra construído, a terminação do terra pretendido, ou a blindagem externa condutora
de um cabo coaxial CATV da mesma forma que outros cabos de telecomunicações, para
ajudar a limitar as diferenças de potencial entre esses sistemas e outros sistemas metálicos
(NEC Article 820, Part C).

Tubos para Água


Historicamente, a primeira escolha para um eletrodo de aterramento era um tubo de água fria
metálico subterrâneo conectado a um sistema público de distribuição de água. Isto já não é
verdade há tempos. Existe um crescente uso de tubos não metálicos, e os sistemas elétricos
não devem depender de sistemas hidráulicos. Tubos para água devem ser ligados a um outro
tipo de eletrodo.
Por razões similares, deve-se exercer cautela quando tubos de água são utilizados como um
condutor para conexão intersistemas. O NEC Section 250-50 cobre tal uso, mas evite esta
prática e use um condutor para conexão de cobre de bitola 6 AWG [4,1 mm (0.16 in)] no
mínimo.

Manual TDM, 9ª edição 17-18 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Práticas para Vinculação em Telecomunicações


Geral
As vinculações nas telecomunicações dependem de caminhos curtos e diretos que tenham
resistividade e impedância indutiva mínimas:
• Os condutores de vinculação devem ser lançados com um mínimo de curvas ou mudanças
de direção.
• As conexões de vinculação devem ser feitas diretamente nos pontos que estão sendo
ligados.
O fluxo de qualquer corrente de falha deve ser direcionado diretamente para o barramento de
terra. Evite que o condutor volte sobre ele mesmo, dado que o campo elétrico resultante do
fluxo de corrente pode causar um efeito de estrangulamento que irá degradar a impedância do
cabo para a terra. O condutor de aterramento deve ser tão curto e direto quanto for praticável.

Conexões para Vinculações


Evite conexões ou emendas desnecessárias em condutores para vinculação, mas quando
necessário utilize uma conexão aprovada e posicione-a em um local acessível.
Muitos conectores de alumínio ou de aço inoxidável são aprovados (NEC Section 800-40
[a][2]) e disponíveis para uso, mas os conectores ou emendas devem ser um dos seguintes:
• Cobre com camada de alumínio
• Cobre
• Cobre com liga de outro metal
NOTA: Conexões de cobre e cobre com liga de outro metal devem estar limpos e revestidos
com um antioxidante antes da conexão.
Conexões típicas são feitas:
• Parafusando ou fixando: conectores, braçadeiras ou terminais. Onde possível, utilize
conexões do tipo compressão e terminais com dois furos.Utilize sempre produtos listados
e testados em laboratórios.
• Por Soldagem Exotérmica (veja NEC Section 250-50). O processo de solda exotérmica é
adequado para aplicações descritas em Métodos Específicos para Proteção neste capítulo.
Ele é comumente aplicado:
– Dentro do sistema de malha de terra.
– Em locais que necessitam de uma manutenção mínima.
– Em partes de um sistema de aterramento que estão sujeitos à corrosão ou que devem
conduzir altas correntes de forma confiável.
– Em todas as conexões que são enterradas.
Todas as conexões de vinculações devem seguir as orientações dos fabricantes.

© 2000 BICSI® 17-19 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Condutores para Vinculação


Recomenda-se que sejam utilizados condutores de cobre para vinculação. Alguns condutores
para vinculação devem ser protegidos contra danos físicos.A proteção física preferida é a não
metálica. Se um eletroduto ou tubulação de metal (eletrocalha) são utilizados, o condutor de
vinculação deve ser ligado a eles em ambas as extremidades conforme NEC Section 800-
40(a)(5).
O NEC Section 800-40(a) requer pelo menos um condutor isolado de bitola 14 AWG [1,6 mm
(0.063 in)] (sólido ou flexível) para conectar os protetores de telecomunicações e as
blindagens metálicas de cabos associados ao terra escolhido, mas outros requisitos para o
terra no NEC geralmente indicam um condutor de bitola 6 AWG [4,1 mm (0.16 in)] como
mínimo (para a haste de terra e para a conexão intersistema). Um condutor flexível de bitola 6
AWG [4,1 mm (0.16 in)] deve ser utilizado uma vez que este acomoda requisitos para
exigências de diferentes códigos e futuras alterações.
Na maioria das aplicações, o tipo de junção selecionado depende da aplicação e da capacidade
necessária para suportar o surto de corrente, mas um condutor de cobre de no mínimo 6 AWG
[4,1 mm (0.16 in)] é geralmente utilizado em edifícios comerciais típicos.De acordo com a
ANSI/TIA/EIA-607, considerações devem ser feitas afim de dimensionar condutores tão
grandes quanto 3/0 AWG [10 mm (0.39 in)].

Inspeção
A integridade das conexões de vinculação não pode ser sempre facilmente determinada devido:
• À distancia
• Ao acesso
• A outras conexões ligadas em paralelo que freqüentemente existem
A inspeção visual pode, geralmente, revelar problemas, tais como:
• Conexões frouxas.
• Corrosão
• Danos físicos.
• Modificações de sistema.
Durante qualquer trabalho, o projetista de distribuição de telecomunicação deve inspecionar
visualmente as conexões da vinculação (similarmente à inspeção visual de pressão de pneu
quando se aproximando de um automóvel).
Se não se espera que o pessoal de serviço retorne ao local, o cliente deve ser notificado:
• Que a conexões específicas de telecomunicações devem ser reinspecionadas regularmente,
ou
• Quando ocorrerem alterações ou danos.
Em alguns casos, os terras aprovados são acessíveis somente para um eletricista licenciado. O
cliente e/ou o pessoal responsável deve ser consultado.

Manual TDM, 9ª edição 17-20 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Cabos Expostos
Conecte e aterre cabos blindados expostos e elementos de blindagem metálica segundo as
instruções de instalação do fabricante..
Eles devem ser aterrados tão perto quanto possível do ponto de entrada, e os condutores de
aterramento devem ser lançados diretamente para o ponto de terra aprovado mais próximo.
Isto se aplica a cabos de fibras ópticas contendo elementos metálicos, tais como blindagem e
elementos de controle.
ATENÇÃO: Correntes geradas durante tempestade ou falhas de energia podem ser
induzidas sobre cabos blindados e seus condutores de aterramento.

Práticas de Sistema
Introdução
Existe uma larga faixa de diferentes (mas comuns) práticas.Cada fabricante, provedor de
serviço (SP), inspetor, e/ou cliente pode ter necessidades peculiares. As práticas do sistema
descritas aqui são geralmente aplicadas a edifícios comerciais e foram originadas de práticas
de instalação de centrais de comutação privativas (private branch exchange - PBX).
Veja Métodos para Proteção Específica neste capítulo para uma breve discussão de outras
práticas. O projetista deve determinar se as necessidades locais ou do cliente exigem outras
práticas.

Sistemas de Pequeno Porte


Em pequenas salas de equipamentos e instalações de entrada, o terminal de conexão do
aterramento no equipamento instalado (painéis protetores, PBX, gabinetes, etc.) são
geralmente conectados diretamente aos aterramentos aprovados mais próximos (geralmente
disponibilizados pelo pessoal de serviços elétricos).
Todo cabo exposto deve ser terminado diretamente nos protetores associados.(Veja Protetores
para Circuitos de Telecomunicações neste capítulo.).
Quaisquer blindagens de cabo exposto são vinculadas diretamente ao mais próximo:
• Terminal terra do protetor, ou
• Terra aprovado do protetor.
Além disso, as orientações do fabricante do equipamento devem ser seguidas.Geralmente, um
condutor para vinculação acoplado (veja Condutor para Vinculação Acoplado [CBC]) neste
capítulo) é instalado diretamente entre o terminal de terra do protetor e o terminal de terra do
PBX (ou outro equipamento).

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistemas Pequenos, continuação


Um arranjo típico de sistema de pequeno porte é mostrado abaixo.

Figura 17.7
Arranjo típico de sistema de pequeno porte

Quadro Painél
elétrico de proteção

gnd gnd

Condutor de aterramento
TMGB para o protetor
(Veja Nota 2.)
Entradas
de serviço Condutor
de terra de vinculação

Condutor
de vinculação
PBX

Estrutura
metálica gnd
predial

gnd = Ground
PBX = Private branch exchange
TMGB = Telecommunications
main grounding busbar

NOTAS: Necessidades do cliente podem especificar que as instalações para sistemas de


pequeno porte atendam à ANSI/TIA/EIA-607 (veja ANSI/TIA/EIA-607 neste
capítulo).
1. Este desenho mostra somente a fiação para aterramento e vinculação.
2. Se um barramento principal para aterramento de telecomunicações (TMGB)
não for utilizado, um ponto para aterramento elétrico adequado tal como o
aterramento do painel elétrico deve ser utilizado.O aterramento do painel
elétrico deve originar-se do terra da entrada de serviço.

Manual TDM, 9ª edição 17-22 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistemas de Grande Porte


Uma barra coletora ou múltiplas barras coletoras de aterramento são utilizadas para locais com:
• Amplas salas de equipamentos.
• Instalações de entrada separadas.
• Muitas conexões.
Requisitos e orientações para este método estão detalhadas na ANSI/TIA/EIA-607 (veja
ANSI/TIA/EIA-607 neste capítulo).
Múltiplas barras coletoras são vinculadas diretamente com condutores de no mínimo 6 AWG
[4,1 mm (0.16 in)], e interconexões em grade podem ser adequadas (dependendo do layout).
Em toda barra coletora, ou em posições adequadas dos condutores de equalização, é
necessário fazer a conexão direta para o mais próximo aterramento (ou aterramentos)
aprovado do edifício. Para grandes edifícios, isso deve ser feito uma vez para cada
barramento se os aterramentos aprovados estiverem disponíveis.Isto resulta num conjunto
conectado de aterramentos para telecomunicações distribuídos através do edifício.
Os barramentos devem ser:
• Posicionados de tal forma que os condutores de equalização sigam geralmente o
cabeamento para telecomunicações.
• Posicionados próximos ao equipamento associado.
• Isolados do suporte.
O barramento designado para os protetores, o TMGB, deve conduzir com segurança
correntes de falha e descargas atmosféricas. Ele deve ser posicionado adjacente aos protetores
e diretamente entre os protetores e o terra do edifício que é aprovado para a operação de
proteção. Condutores de equalização, ou sistema primário de equalização de telecomunicações
(TBB) de outros barramentos devem terminar neste barramento.
Conexões em barramentos devem ser agrupadas, com protetores, equalização de barramentos
e condutores para aterramento predial aprovado voltados para uma extremidade, enquanto que
os condutores para aterramento de equipamentos devem ser voltados em direção à outra
extremidade.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistema Grandes, continuação


Um arranjo de sistema típico é mostrado na figura seguinte. Este é somente um exemplo e os
requisitos do fabricante do equipamento devem ser seguidos.

Figura 17.8
Sistema de grande porte típico

Telhado
Área de
treliças

Caminho primário
Área acima do forro falso

Estrutura metálica
Estrutura metálica

TR TR

TBBIBC

TGB TGB

Área de
treliças

Caminho primário
Parede externa

Área acima do forro falso

TR TR

Parede externa
(TBB)
TBB TGB TGB

Área de
Manga/ treliças
tubo
Caminho primário
Área acima do forro falso

TBB dentro ER
(TBB)

EF
ACEG de eletroduto
Proteção Painél
(TBB)

primária

Entrada de
serviço TMGB TGB
elétrica

GEC
ACEG = Terra para equipamento de correte alternada
BC = Condutor de vinculação
Sistema de BC para EF = Entrada de serviço
eletrodos telecomunicações ER = Sala de equipamento
GEC = Condutor de eletrodo de aterramento
TBB = Sistema primário de vinculação
para telecomunicações
TBBIBC = Condutor de vinculação interconectando o sistema
primário de vinculação para telecomunicações
TGB = Barramento de aterramento para telecomunicações
TMGB = Barramento de aterramento para
telecomunicações principal
TR = Sala para telecomunicações

Manual TDM, 9ª edição 17-24 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Salas de Telecomunicações (ATs)


Em uma sala de comunicações, o terra aprovado pode ser:
• O aço estrutural do edifício.
• Um terra de tomada elétrica.
• Uma conexão aprovada em eletroduto metálico. (Assegure-se de que o eletroduto é
eletricamente contínuo até o terra de serviço.)
• Uma combinação destes que seja acessível.
• Um terra para telecomunicações já estabelecido.
Para salas de comunicações necessitando de um grande número de conexões ou necessitando
de flexibilidade para troca de equipamentos, deve ser instalada uma barra para aterramento
(veja ANSI/TIA/EIA-607).

ANSI/TIA/EIA-607
Geral
O ANSI/TIA/EIA-607 cobre as necessidades de aterramento e vinculação para
telecomunicações como sendo um sistema. O projetista deve estar familiarizado com eles.
Estes padrões podem ser referenciados e/ou exigidos em contratos. As orientações principais
são as seguintes (veja Sistemas de Grande Porte neste capítulo):
• Uma infra-estrutura permanente de aterramento e vinculação para telecomunicações é
especificada para ser independente do cabeamento para telecomunicações.
• Conexões para vinculação de telecomunicações são sempre implementadas em locais
acessíveis com componentes aprovados.
• Condutores para vinculação de cobre isolado com bitola de, no mínimo, 6 AWG [4,1 mm
(0.16 in)] (parte do sistema primário de vinculação para telecomunicações [TBB]) são
instalados através de cada caminho principal de telecomunicação (caminho primário) e
vinculados diretamente a uma barra para aterramento de telecomunicações (TGB) em
cada local de aterramento de telecomunicações. De acordo com a ANSI/TIA/EIA-607,
considerações devem ser dadas ao dimensionamento de condutores tão grandes quanto 3/0
AWG [10 mm (0.39 in)]).
• Cada TBB que passa por um local que tenha um TGB deve ser conectado ao TGB.
• Um TMGB é conectado diretamente ao terra do serviço elétrico. Todos os TBBs
terminam neste barramento.
• Geralmente, cada TBB deve ser um condutor contínuo desde o TMGB até o mais distante
TGB . TGBs intermediários devem ser conectados ao TBB por meio de um condutor
curto (rabicho).
• Cada TGB é também conectado diretamente à estrutura de aço do edifício e outros
sistemas metálicos permanentes, se próximo e acessível.
• O TGB e o TBB devem ser visivelmente etiquetados e firmemente fixados.
• Cada uma das barras para aterramento é utilizada por equipamentos de telecomunicações
e pelos instaladores de cabos como o local de aterramento aprovado.

© 2000 BICSI® 17-25 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Proteção do Cabo Primário


Geral
Cabos dentro de um edifício são geralmente considerados não expostos, mas existem situações
que exigem medidas de proteção. As orientações seguintes devem ser aplicadas:
• O cabeamento de energia elétrica não deve ser lançado diretamente ao lado do cabo para
telecomunicações. O cabeamento elétrico está geralmente dentro de eletrodutos que
fornecem blindagem adicional; entretanto, os cabos elétricos que conduzem dc podem ser
lançados em bandejas para cabos sem proteção adicional. Veja NEC Section 800-52 para
separação e exceções.
• O cabo para comunicação deve ser lançado próximo ao centro do edifício para ser
cercado pelo aço estrutural do edifício ou por um sistema de proteção contra descargas
atmosféricas que fornece blindagem e desvia as correntes transientes.
• Um sistema de proteção contra descargas atmosféricas deve ser instalado (veja Sistema de
Proteção contra Relâmpagos neste capítulo).
• Os outros cabos expostos que entram no edifício devem ser protegidos e aterrados.
• Alguma forma de vinculação deve ser instalada ao longo de cada caminho de cabo
primário (veja Sistemas de Grande Porte e ANSI/TIA/EIA-607 neste capítulo).
Em edifícios muito altos e em edifícios baixos e largos (particularmente se localizados em
uma área com alta atividade de relâmpagos e/ou alta resistividade do solo), estas medidas de
proteção são vitais.O mesmo pode ser verdade para edifícios que estão próximos de uma
subestação elétrica ou instalação industrial pesada, e locais com torres de antena.

Condutor Primário para Vinculação (TBB)


Um TBB é um condutor para vinculação de bitola 6 AWG [4,1 mm (0.16 in)] ou maior que
fornece vinculação direta entre diferentes locais em um edifício, tipicamente entre a sala de
equipamentos e as salas de telecomunicações. Um TBB é geralmente considerado parte de
uma infra-estrutura de aterramento e vinculação (parte dos caminhos e áreas de
telecomunicações em uma estrutura predial), mas é independente do equipamento ou cabo.
Vincular para limitar diferenças de potenciais têm sido por muitos anos uma prática em
centros de comutação de telecomunicações (por exemplo: equalizadores; veja Centrais de
Comutação em Telecomunicações neste capítulo) e é recomendado nas seções do NEC:
• 250-92(b) (FPN 2).
• 250-60 (FPN 2).
• 800-40(d) (FPN 2).
A ANSI/TIA/EIA-607 fornece requisitos padrão para TBBs e equipamentos associados.

Manual TDM, 9ª edição 17-26 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Condutor para Equalização Acoplado (CBC)


Um CBC é um condutor para equalização acoplado que fornece equalização semelhante a um
TBB, mas também fornece uma forma diferente de proteção através do acoplamento (grande
proximidade) eletromagnético com o cabo de telecomunicações. O CBC é geralmente
considerado como parte do cabeamento para telecomunicações instalado, não parte de uma
infra-estrutura de aterramento e vinculação. Alguns fabricantes de equipamento PBX
especificam um CBC entre seus equipamentos e protetores de circuitos expostos.
Existem duas formas básicas de CBC: um cabo blindado, ou um condutor de cobre separado
e enlaçado a intervalos regulares em um cabo não blindado. É tipicamente especificado como
10 AWG [2.6 mm (0.10 in)], mas é recomendado que seja utilizado um condutor de bitola
mínima de 6 AWG [4.1 mm (0.16 in)] para ser consistente com a ANSI/TIA/EIA-607 e para
ser potencialmente utilizável como um TBB. Para trabalhar apropriadamente, o CBC deve
estar conectado diretamente ao terra do protetor e ao terra do PBX.

Cabo Primário Não-Blindado


Para o cabo primário não-blindado, um condutor para vinculação (TBB) co-lançado deve ser
instalado conforme segue:
1. Lance um condutor de cobre de bitola 6 AWG [4.1 mm (0.16 in)] ao longo de cada rota de
cabo primário.(Assegure que uma separação mínima entre o condutor e os cabos ao longo
de todo o percurso atenda aos requisitos do fabricante do equipamento para o CBC.).
2. Una cada extremidade ao aterramento aprovado mais próximo na área na qual terminam
os cabos associados ou são emendados/conectados-cruzados em outros cabos. Tal
equalização deve ser feita em uma barra de aterramento.

Blindagem para Cabo Primário


Muitos cabos primários internos têm uma blindagem revestindo o cabo.Esta blindagem serve
como:
• Proteção física
• Um condutor de equalização acoplado
Esses cabos devem ser conectados diretamente seguindo as orientações do fabricante,
tipicamente até o aterramento aprovado mais próximo em cada extremidade. A malha do cabo
não precisa necessariamente satisfazer os requisitos de um TBB.

Cabo de Equalização Adicional


Algumas instalações tem cabos primários que terminam em uma sala de telecomunicações
com pares alimentando:
• Para cima e para baixo para pisos adjacentes, ou
• Horizontalmente a outra sala de telecomunicações que atende a uma área diferente.
Para equalizar o potencial elétrico tanto quanto possível, equalizações adicionais podem ser
incluídas em outros pisos ou salas de telecomunicações que são alimentadas. O cabo primário
para equalização deve ser estendido tão diretamente quanto possível para cada terra do piso
aprovado.

© 2000 BICSI® 17-27 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Sistema de Cabeamento Blindado


Alguns sistemas para cabeamento interno (especialmente aqueles com coaxial, twinax,
screened, ou par trançado blindado) contam com a blindagem como um fator integrante do
seu desempenho de transmissão de sinais. Os cabos primários blindados são tipicamente
aterrados através de conectores de cabo padrão a um conector/painel-de-administração em
cada extremidade, de tal forma que até mesmo após as mudanças administrativas os cabos
blindados estão aterrados em ambas as extremidades.O painel de administração deve ser
conectado diretamente ao terra aprovado mais próximo com um condutor para aterramento
direto de comprimento mínimo. A diferença de potencial do solo não deve exceder um volt,
valor eficaz, rms (root mean square ). Potenciais maiores do que um volt rms devem ser
corrigidos antes da blindagem ser conectada ao terra em ambas as extremidades. Consulte a
CENELEC EN 50174 ou códigos e normas específicos de outros países.A blindagem do cabo
secundário deve ser conectada ao terra na conexão cruzada secundária (HC [distribuidor de
piso (FD)]).
Utilize as instruções do fabricante e acessórios para a terminação e aterramento desses tipos
de cabos.
Um TBB pode também ser exigido para instalações de cabos primários blindados. Isto pode
depender do cliente ou dos requisitos do fabricante. (veja ANSI/TIA/EIA-607 neste capítulo).

Aterramento de Equipamentos
Aterramento de Equipamentos em Ponto Único (Separado
Alguns fabricantes de PBX (private branch exchange) e outros fornecedores de equipamentos
de grande porte exigem aterramento de equipamento em ponto único (separado). Quando o
equipamento é aterrado através de um só ponto, surtos que são conduzidos através do terra do
edifício têm menos probabilidade de passar através do equipamento.A documentação do
fabricante deve fornecer detalhes para implementações aceitáveis.
NOTA: Qualquer esquema de aterramento com ponto único não deve conflitar com a NEC.

Aterramento no Receptáculo de Tomada


Alguns equipamentos contam somente com um condutor para aterramento (segurança) no
receptáculo de tomada, cordão de energia e plug conforme coberto pelo NEC Sections 250-
114(4)(b) and 250-138(a). Isto é típico de equipamentos pequenos, e pode fornecer um
desempenho confiável se o contato do terra do receptáculo for adequadamente conectado e
livre de distúrbios elétricos.
O terra do receptáculo deve ser adicionalmente ligado a outros sistemas metálicos se o
receptáculo não estiver localizado próximo ao equipamento de serviços elétricos aterrado.
O aterramento de equipamentos através de receptáculo de tomada não é adequado para
equipamentos de grande porte, ou para equipamentos fabricados com terminais de conexão.

Manual TDM, 9ª edição 17-28 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Garantia do Fabricante de Equipamento


O projetista deve familiarizar-se com os requisitos do fabricante do equipamento para
aterramento de equipamentos. Um projeto impróprio de aterramento de equipamento pode
resultar em danos a equipamento caro e anular a garantia do fabricante. Se o projetista
encontrar um conflito entre uma norma de segurança local, orientações da BICSI e requisitos
do fabricante do equipamento, o mesmo deve ser solucionado antes de prosseguir. A
arquitetura de aterramento específica do fabricante não deve conflitar com o NEC.

Proteção do Equipamento Manufaturado


Os procedimentos a seguir são explanados aqui para o benefício dos projetistas, mas não são
métodos para projetos de distribuição.
Os fabricantes de equipamentos dependem de equalização, aterramento, e proteção de
circuitos expostos para limitar a gravidade dos surtos que atingem o equipamento. Além
disso, os três métodos diferentes de projeto de equipamento que são costumeiramente
utilizados pelos fabricantes para proteger equipamentos de telecomunicações de grande porte
de surtos residuais em circuitos de telecomunicações são:
• Isolamento do circuito de telecomunicações—As portas dos equipamentos para
telecomunicações são isoladas internamente do resto do equipamento. Os surtos em
circuitos de telecomunicações são bloqueados por este isolamento, e o dano provocado
pelo surto de corrente é evitado.
• Proteção e equalização de equipamentos—As portas do equipamento para
telecomunicações têm proteção interna que aceita surtos limitados sem sofrer danos e
leva-os ao terra do equipamento.
• Aterramento de circuito de telecomunicações isolado—As portas dos equipamentos para
telecomunicações são aterradas internamente através de um condutor para aterramento
dedicado do equipamento. O equipamento tipicamente tem mais do que um terminal de
terra (possivelmente três: terra de gabinete/quadro, terra do sistema eletrônico e terra da
porta de telecomunicações). Os fabricantes geralmente especificam o roteamento do
condutor para aterramento, e todos estão tipicamente conectados diretamente a um só
terra aprovado do edifício.
NOTA: É recomendado que o comprimento dos condutores do aterramento isolado seja tão
curto quanto possível.

© 2000 BICSI® 17-29 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Protetores para Circuitos de Telecomunicações


Geral
Nos Estados Unidos, o NEC Article 800, Part C cobre as proteções dos circuitos de
telecomunicações, uma responsabilidade fundamental do projetista.As funções básicas dos
protetores são:
• Captar surtos ou sobretensões procedentes de pares de circuitos expostos (desviando-os
para o terra).
• Proteger contra correntes perigosas prolongadas que podem ser impostas.
Baseado nos padrões da UL, existem três tipos de protetores para circuitos de
telecomunicações:
• Protetores primários conforme qualificados pela UL 497—Estes são destinados a
aplicações em circuitos expostos de acordo com os requisitos do NEC. Eles devem ser
instalados o mais próximo possível do ponto no qual os cabos expostos entram no edifício
e o condutor para aterramento deve levar de forma segura as correntes de falta
(provocadas por defeito) e as descargas atmosféricas.
• Protetores secundários conforme qualificados pela UL 497A—Estes não são exigidos pelo
NEC, mas são tipicamente utilizados para proteção adicional logo após os protetores
primários. Além da proteção para tensão, este tipo deve proteger contra correntes
parasitas. Correntes parasitas podem ser causadas por:
– Falhas da energia que são muito baixas em tensão para operar protetores primários.
– Equipamentos terminais que podem extrair corrente em excesso e super aquecer o
cabeamento local—Alguns fabricantes também projetam características de proteção
adicionais e podem também especificar estes para sistemas sensíveis normalmente
considerados não expostos e sem proteção primária. Estes protetores poderiam ser
instalados em qualquer lugar em um edifício, alguns para instalação diretamente após
o protetor primário, e outros para instalação na estação ou terminal.(Veja Proteção
por Zona neste capítulo.).
• Protetores para dados e alarme de incêndio conforme qualificado pela UL 497B—Estes
não são exigidos pelo NEC, mas devem realizar proteção primária contra transientes de
descargas atmosféricas.Eles não têm a habilidade de proteger contra falhas de energia.
Eles devem ser utilizados de acordo com as orientações do fabricante.
Pode haver alguma sobreposição de funções dos produtos disponíveis e os fabricantes devem
ser consultados para aplicações específicas, mas as regras seguintes geralmente se aplicam:
• Onde um circuito está exposto a falhas elétricas e descargas atmosféricas, um protetor
primário é necessário. Outros tipos de protetores não são qualificados para proteção sob
essas condições.
• Onde um circuito está exposto a surtos devidos a descargas atmosféricas, um protetor
primário ou um protetor para dados/alarme é necessário conforme determinado pelos
fabricantes dos equipamentos.
• Onde correntes parasitas são perigosas, um protetor secundário ou protetor primário com
proteção secundária é necessário conforme determinado pelos fabricantes dos
equipamentos.A função básica do protetor secundário (proteção contra corrente parasita)
pode ser incluída pelos fabricantes em alguns protetores primários.
• Fabricantes podem incluir funções adicionais de proteção, algumas vezes designada
proteção melhorada, para aplicações específicas.
Manual TDM, 9ª edição 17-30 © 2000 BICSI®
Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Tecnologia de Protetores
Protetores Primários
Existem muitos componentes diferentes utilizados pelos fabricantes para implementar funções
de proteção. Os componentes seguintes são tipicamente de protetores primários.

Tabela 17.1
Protetores primários

Componentes Descrição

Blocos de Carvão Estes são os captores de proteção originais. Uma lacuna de ar entre
elementos de carvão é ajustada para um arco voltaico de 300 a 1000 volts
e leva o surto da corrente para um condutor de aterramento.Quando o
surto de corrente finalmente cai o suficiente, o arco pára e o protetor
reinicia seu isolamento normal de terra.

Uma função de parada em caso de falha leva o bloco de carbono a causar


um curto circuito permanentemente para o terra quando um surto
prolongado ou uma falha de corrente permanente aquece demais estes
blocos. Eles são tipicamente instalados em pares e são a opção de menor
custo. Os blocos de carbono tendem a se desgastar rapidamente sob
condições extremas e podem causar ruído e dispersão em circuitos de
voz.

Tubos de gás Estes são captores melhorados que basicamente operam da mesma forma
como os blocos de carvão, formando um arco voltaico sobre uma
abertura que leva ao condutor de aterramento. Eles têm uma abertura
larga por causa do gás especial, e, portanto, uma segurança maior. Eles
também têm tolerâncias mais limitadas para as tensões decorrentes de
arcos voltaicos e são tipicamente ajustados para uma tensão baixa,
fornecendo uma proteção melhor do que os blocos de carvão.

Outro tipo, o de dupla abertura, fornece uma câmara de arco voltaico


comum que aterra ambos os fios de um par juntos e minimiza os surtos
metálicos que, de outra forma, teriam origem em operações individuais de
captura.

Estado Sólido Este é o mais novo tipo de captor que conta com tecnologia de
semicondutores de alta potência. Eles podem ser mais caros do que o
bloco de carbono ou o tubo de gás, mas essa despesa é recuperada
através da vida útil do protetor. Eles são muito rápidos e bem
balanceados. Eles não deterioram com o tempo, quando expostos abaixo
de um surto máximo de corrente especificado.

© 2000 BICSI® 17-31 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Fusíveis e Ligações Fusíveis


O NEC identifica os dois tipos de protetores primários como “com fusíveis” e “sem fusíveis”.
No caso de situações com sobrecorrente prolongada, o lado exposto deve abrir o fusível sem
danificar o condutor terra ou o circuito interno. O tipo “com fusível” executa isso com um
fusível de linha integral. O tipo “sem fusível” deve ser instalado com um fio tipo fusível de
bitola fina (uma ligação fusível) no lado da linha exposta (fornecido pelo fabricante). Ambos
os tipos, quando instalados, irão operar da mesma forma. Veja a figura seguinte.

Figura 17.9
Ligação de Fusível

Fusível de linha

Interruptor

Par de
Par de cabos
cabos protegidos
energizados
(Para o protetor
secundário ou
equipamento)

Condutor para aterramento

Manual TDM, 9ª edição 17-32 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Protetores Secundários
Os protetores secundários são necessários para coordenar com as necessidades dos transientes
de descarga atmosférica e falhas de potência dos protetores primários.Em alguns casos, os
protetores secundários, podem incluir um dos componentes captores previamente
descritos.Por esta razão, o custo-benefício da proteção secundária é tipicamente uma opção
disponível nos protetores primários (qualificado pela UL 497 e UL 497A). Os protetores
secundários devem manejar as correntes parasita. Os componentes utilizados para manejar as
correntes parasita são diferentes dos utilizados para proteção primária e são identificados
abaixo.

Tabela 17.2
Componentes para manejar correntes parasitas

Componentes Descrição

Bobinas de Esta tem bobinas que detectam prolongadas correntes de baixo nível
aquecimento por aquecimento. O aquecimento derrete uma mola falsa fechando
um contato que une permanentemente a linha ao terra, necessitando
de inspeção manual e substituição.

Fusível para Este é um fusível que abre a fiação do circuito da estação sob
corrente parasita corrente prolongada de baixo nível, requerendo inspeção manual e
substituição. Este sistema de fusível fica no lado da estação do
captor e não deve ser confundido com o sistema de fusível em linha
do protetor primário.

Resistores PTC Resistores PTC (Positive temperature coefficient- Coeficiente de


temperatura positivo) são utilizados em lugar do fusível para corrente
parasita e irão limitar a corrente prolongada à medida que aquecem.
A vantagem deles é que não necessitam substituição após a correção
da falha de corrente.

Proteção Melhorada
A proteção melhorada utiliza componentes adicionais para fornecer proteção que é
tipicamente adequada para circuitos de dados de baixa tensão. Na maioria dos casos, os
fabricantes de equipamentos têm projetado tal proteção embutida em seus equipamentos, mas
muitos preferem utilizar protetores externos disponíveis.
Em alguns casos, estes protetores são qualificados pela UL 497 e podem substituir em um
painel de protetores primários as aplicações especiais de circuitos expostos individualmente.
Em outros casos, os protetores podem ser qualificados de acordo com a UL 497A para uso
em locais de escritório onde a estação ou terminal protegido está energizado, ou logo após os
protetores primários.

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Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Proteção Melhorada, continuação


Outros nomes comuns para essa proteção melhorada são:
• Fora do edifício.
• Na faixa e fora do edifício (In-range out-of-building IROB).
• Híbrido.
• Linha de dados.
• Dispositivos protetores contra surto (Surge protective devices SPDs).
Vários tipos de proteção melhorada estão disponíveis, geralmente utilizando (mas não
limitados a) combinações de primário, secundário, e as seguintes tecnologias:

Tabela 17.3
Proteção Melhorada

Componentes Descrição

Diodos de corte e varistores Estes componentes limitam as tensões e são de ação rápida. Eles
estão disponíveis em uma faixa de limiares de tensão muito
baixos (abaixo de 50 volts).

Transformador de isolação Estes fornecem uma alta impedância para surtos longitudinais e
(Transformador de isolação para potenciais induzidos. Eles podem também balancear sinais
e abafamento longitudinal) de dados. Muitas interfaces de sistemas de dados usam esses
transformadores em terminais para rejeitar interferências afim de
conseguir transmissão de dados de alta velocidade confiável.

Filtros Estes podem ser projetados para limitar a largura de banda dos
circuitos e podem também fornecer uma impedância adicional
contra surtos.

Manual TDM, 9ª edição 17-34 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Práticas para Instalação de Protetores Primários


Geral
ATENÇÃO: Não posicione protetores primários ou aterramentos associados próximos de
quaisquer materiais perigosos ou facilmente inflamáveis.
A lista seguinte contém sugestões para práticas de instalação:
• Antes de selecionar qualquer forma de proteção, o projetista de distribuição de
telecomunicações deve rever:
– As necessidades do cliente.
– As exigências do fabricante do equipamento.
– As especificações dos protetores.
• Projete 3200 mm2 (5 in2) por par de circuito.
• Assegure-se de que não exista obstrução em volta ou em frente dos protetores e que a
localização dos protetores não será utilizada para armazenamento temporário.
• O projetista deve alocar uma quantidade pequena de espaço adicional (parede) na
instalação de entrada do edifício e dentro da sala de equipamentos para acomodar
proteção adicional mesmo se tal proteção não é necessária para os equipamentos
existentes..
• Os protetores primários devem ser instalados imediatamente adjacentes ao ponto do cabo
exposto da entrada. O condutor para aterramento associado deve ser lançado o mais
direto possível para o aterramento aprovado mais próximo. Ver NEC 800-30 (b) Nota em
tipos muito pequenos, Fine Print Note (FPN).
• Um ambiente não corrosivo é necessária para a confiabilidade a longo prazo.
• Iluminação adequada é importante para segurança pessoal nos locais dos protetores.
• Quando um protetor é instalado em uma caixa de metal, conecte a caixa diretamente ao
terra do protetor utilizando um condutor de aterramento aprovado.
• Quando um cabo novo e protetores são instalados em um edifício ao lado de protetores já
existentes, conecte diretamente os novos protetores aos antigos e adicione condutores de
aterramento separados para os novos protetores.
• Para protetores instalados fora do edifício, utilize gabinetes, caixas e equipamentos de
montagem listados com o propósito de impedir a degradação ambiental.

© 2000 BICSI® 17-35 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Método para Proteção Específica


Geral
Os métodos que são identificados nesta seção são arranjos de equalização, aterramento,
isolação, e proteção projetados especialmente para um ambiente crítico ou para equipamentos
sensíveis. Algumas vezes esses métodos são exigidos pelo cliente ou podem ser necessários se
uma suscetibilidade especial for identificada.
Estes métodos são descritos aqui para informação geral, mas um treinamento adicional é
importante; consulte os especialistas para um projeto real. A complexidade de edifícios típicos
e os múltiplos requisitos de fabricantes e de normas tornam difícil determinar quando e como
aplicar tais métodos, e, portanto, a experiência é um fator importante.
Situações tais como centros de dados em pisos superiores, locais de fabricação, locais com
torres de antenas, com subestação de energia, etc., podem sugerir que uma destas formas de
proteção melhorada deva ser utilizada.

Bases
Alguns edifícios podem ter uma estrutura de aço tão significativa e uma conexão estrutural
voluntária que as considerações sobre o aterramento adicional poderia não ser crítico, mas
este não é sempre o caso. Em algumas aplicações, existe um freqüente compromisso entre o
projeto de:
• Sistema de aterramento e equalização com baixa impedância, e
• Isolação adequada de distúrbios graves.
Esta é a base para o método de proteção exposto nesta seção.

Separação
Um assunto geral nas topologias de aterramento é: onde utilizar um sistema de conexão
comum e onde utilizar um sistema de equalização separada.
A segurança, conforme descrito pelo NEC, requer aterramento e vinculação/equalização, mas
existem casos onde precauções adicionais são necessárias. Isso pode não ser desejável para
certos condutores de aterramento conduzir correntes específicas e existem situações que
devem ser projetadas para impedir o arco voltaico ou choques perigosos. Um bom exemplo é
a orientação de separação de 1.83 m (6 ft) de condutores de sistemas de proteção contra
descarga atmosférica (NEC Section 800-13). Um outro exemplo é o terra do equipamento em
ponto separado (veja Aterramento de Equipamento em Ponto Separado neste capítulo),
exigido por muitos fabricantes de equipamentos.
Estes requisitos de separação não permitem a separação completa dos aterramentos, mas
especificam o local certo para a equalização comum o qual evita expor sistemas ou pessoas a
transientes de tensão e corrente destrutivos e potencialmente perigosos.

Manual TDM, 9ª edição 17-36 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Códigos
O NEC e ANSI/NFPA 780 fornecem requisitos específicos para a equalização, o aterramento
e a separação, mas também permite uma larga faixa de implementações possíveis.O NEC
Articles 250 e 800 permitem um julgamento local, enquanto que a solução fornece condução
adequada e confiável para a terra e para todos os sistemas de aterramento.
Entretanto, o projetista não deve implementar métodos de proteção alternativa a menos que
tais projetos sejam baseados em experiências e padrões.

Terra Isolado
O NEC Sections 250-146(d) e 250-96 permite um condutor para aterramento isolado para
configurações de equipamentos e edifícios que podem necessitar disso para redução do ruído
elétrico (interferência eletromagnética [EMI]) entre sistemas incompatíveis ou proveniente de
transientes externos ( veja ANSI/IEEE Std. 1100, Section 9.10.12). Este é implementado
algumas vezes com um receptáculo para terra isolado (geralmente colorido na cor laranja ou
marcado com um triangulo laranja).
O condutor para aterramento isolado deve ser vinculado ao sistema de malha de terra em
algum ponto, tipicamente na origem. Este tipo de aterramento pode ser difícil de implementar
e pode causar problemas adicionais. Os projetistas devem evitar criar um terra com alta
impedância e devem garantir confiabilidade uma vez que, neste caso, só existe um condutor
para terra em uso. Veja capítulo 16: Distribuição Elétrica.

Terminações de Capas de Cabo Exposto


Os cabos para planta externa tipicamente têm componentes com capa metálica ou com
blindagem metálica. Eles são geralmente conectados juntamente no ponto de entrada e
aterrados no mais próximo terra aprovado.
Sob alta incidência de descargas atmosféricas, algumas vezes é projetada uma partição na
isolação. A capa do cabo lançado por dentro de um edifício é isolada da capa do cabo que
entra na edifício. Ambos os lados da partição da isolação são isolados com condutores de
aterramento individual.
Sob condições que causam corrente de terra dc, uma junta de isolação é projetada algumas
vezes.Uma interrupção de isolação é feita na capa do cabo similar à partição de isolação, mas
o lado do campo (externo) não é aterrado diretamente, e sim através de um capacitor que
bloqueia a corrente dc.

© 2000 BICSI® 17-37 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Malhas em Data Center


Uma exigência comum é a de uma malha de aterramento ou estrutura de referencia de sinal
dentro de um data center ou de uma sala de equipamento que fornece uma baixa impedância
entre muitos armários ou racks de equipamentos sensíveis (veja ANSI/IEEE Std. 1100,
Section 9.10.13). Nesse caso, tipicamente é utilizada uma malha de cabos de vinculação ou de
tiras de cobre chato. O reforço de aço do piso poderia fornecer tal malha (ou plano) exceto
pelo fato de que ligações adequadas para a conexão não são usualmente acessíveis.
Orientações típicas especificam conexão direta para qualquer caminho condutor que chega até
a malha.
Para maiores informações, veja FIPS PUB. 94, Guideline on Electrical Power for ADP
Installations. Disponível no U.S. Dept. of Commerce/National Institute of Standards and
Technology, este documento destina-se a instalações de processamento eletrônico de dados,
mas é também aplicável a telecomunicações.
As orientações e os componentes destes sistemas estão disponíveis em muitos fabricantes.
Utilize somente produtos fabricados para este propósito de acordo com as orientações do
fabricante.

Sistema de Eletrodos para Aterramento Melhorado


Um sistema de eletrodos para aterramento melhorado é sugerido para locais com:
• Torres de antena ou outras estruturas altas.
• Grandes quantidades de equipamentos eletrônicos sensíveis.
• Muitos cabos expostos.
• Sem solo ou resistência de solo não satisfatória.
Freqüentemente é feita uma inspeção de local, medindo a resistência da terra, e avaliando
outros elementos condutivos ou não-condutivos (cabeamento, tubulações de água, cercas,
fundações, terras, rochas, túneis, etc.).
O mais simples melhoramento pode ser o da instalação de um eletrodo adicional (NEC Article
250, Part C), mas alguns projetistas fornecem cobertura para uma área ampla e até mesmo a
integração com o sistema de proteção contra descarga atmosférica. Dependendo da
necessidade, um sistema pode:
• Fornecer uma resistência para a terra mais estável e mais baixa.
• Equalizar os transientes através do edifício.
• Equalizar os transientes entre diferentes cabos expostos.
• Equalizar transientes entre estruturas ou edifícios adjacentes.

Manual TDM, 9ª edição 17-38 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Torres de Antena
As torres são especialmente suscetíveis a descargas atmosféricas.As antenas com linhas de
alimentação entrando em um edifício deveriam ser cuidadosamente protegidas. A ANSI/NFPA
780 e a ANSI T1.313 fornecem esses requisitos.Os fabricantes de antenas devem também ser
consultados.
Um sistema de proteção contra descargas atmosférica é tipicamente instalado utilizando os
seguintes métodos:
• Sistema de proteção contra descarga atmosférica para ambos, a torre e os edifícios
associados —A torre de aço (completamente conectada) é tipicamente utilizada como um
condutor de descida da torre.
• Sistemas de eletrodos de aterramento em anel cercam a torre e o edifício, tipicamente
melhorados com múltiplas hastes de aterramento.
• Medidas de proteção tomadas em todos os serviços de comunicação e de energia do
edifício—Os serviços públicos têm estabelecido práticas especializadas para tal proteção.

Centro de Comutação para Telecomunicações


Os escritórios centrais para telecomunicações com sistemas de computadores e comutação
eletrônica têm diversas exigências peculiares, devido à considerável energização e à intensa
aplicação de circuitos de comunicação. Os documentos ANSI T1.311, ANSI T1.313, e
Telcordia (Veja referências neste capítulo) fornecem requisitos para tais edifícios. Os métodos
seguintes são freqüentemente combinados no projeto de centros de comutação:
• Os sistemas de eletrodos de terra que fornecem equalização e baixa impedância.
• Proteção para cabo exposto.
• Aterramento para a torre da antena.
• Condutores para equalização vertical de grande bitola (até 750 MCM)—Existe a
necessidade adicional de fornecer um aterramento confiável para uma planta de
considerável energia dc.
NOTA: Para uma discussão do MCM, veja capítulo 16: Distribuição de Energia.
• Sistema de vinculação separado e terra “janela”—Este é um conceito similar ao método
de aterramento de ponto único. Uma pequena área ou janela é definida, e todas as
conexões de aterramento de equipamentos na área isolada do resto do edifício devem ser
feitas em um ponto único ou no barramento nessa janela. Nenhuma outra conexão de
aterramento ou caminhos condutores de aterramento são permitidos.
• Barras para aterramento—A posição de conexão no barramento é específica para a
função. Todas as fontes transientes são agrupadas em uma extremidade, todos os
caminhos para dissipação são agrupados próximos, todos os terras dos equipamentos não
isolados são então agrupados e todos os terras isolados são agrupados na outra
extremidade.

© 2000 BICSI® 17-39 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Proteção por Zona


A proteção por zona é uma aplicação sistemática e estruturada da maioria dos métodos de
proteção discutidos neste capítulo. A coordenação dos diferentes métodos de proteção é
importante (veja Sistemas de Proteção Básicos neste capítulo). Isso é também importante para
assegurar uma referência para aterramento eficiente tanto para energia elétrica como para
comunicações. A maior parte disso é detalhada no IEEE Std. 1100.
Três ou mais níveis (ou zonas) são implementadas para proteção sucessiva:
• Zona 0 (a maioria das condições severas, externas) inclui:
– Serviços públicos de utilidades.
– Cabeamento para campus.
• Zona 1 (interno no edifício, protegido, mas ainda em condições severas)—Um sistema de
proteção contra descarga atmosférica geralmente estabelece o limite. (veja o Sistema de
Proteção contra Descarga Atmosférica neste capítulo).Todas as linhas externas entram no
edifício em um local comum. Os protetores primários estabelecem a interface. A zona 1
inclui:
– Plano de referência para sinal.
– Protetores de circuitos para telecomunicações.
– Dispositivo protetor contra surto (SPDs).
– Vinculação de outros sistemas metálicos.
• Zona 2 ( um segundo nível de proteção: SEQ, AT, área de trabalho) inclui:
– Protetores secundários de circuitos de telecomunicações.
– Painel ou receptáculo supressor de surto ac.
– Equalizador de referência para surtos.
– Vinculação de outros sistemas metálicos.

Manual TDM, 9ª edição 17-40 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Referências
Geral
A tabela seguinte mostra algumas referências valiosas para o projetista de distribuição de
telecomunicações.

Tabela 17.4
Referencias

Referências Descrição

Aliança para A ATIS emite muitos padrões que são adotados pela ANSI.
Soluções para a Indústria O comitê T1 da ATIS, grupo de trabalho T1.E1 está atualmente
de Telecomunicações desenvolvendo um padrão, Aterramento e Conexão
(ATIS) Equipamentos para telecomunicações em Escritórios Centrais
Tipos de Similares de Instalações. O comitê T1 da ATIS também
produz os seguintes padrões aplicáveis:
• ANSI T1.311, American National Standard for
Telecommunications—DC Power Systems—
Telecommunications Environment Protection.

• ANSI T1.313, American National Standard for


Telecommunications Electrical Protection for
Telecommunications Central Offices and Similar Type
Facilities.

ANSI/IEEE Recommended Practice for Powering and Grounding


Std. 1100-1999 Sensitive Electronic Equipment in Industrial and
Commercial Power Systems. Este é também conhecido como o
IEEE Emerald Book.

ANSI/NFPA 780 Lightning Protection Code trata dos requisitos para sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas. Estes sistemas
interceptam e desviam as descargas atmosféricas diretas que
ocorrem nas instalações. Embora tais sistemas não sejam
tipicamente da responsabilidade do projetista, existem
necessidades de separação e conexão em comum com os
equipamentos de telecomunicações. Esta informação também
fornece um tutorial sobre descargas atmosféricas, trata de zonas
de proteção, e discute situações úteis para o projetista.

© 2000 BICSI® 17-41 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Geral, continuação

Tabela 17.4
Referencias, continuação

Referências Descrição

ANSI/TIA/EIA-607 ANSI/TIA/EIA-607 trata de requisitos para aterramento e


conexão em aplicações de telecomunicação no interior de
edifícios comerciais. Está disponível com os documentos ANSI/
TIA/EIA-568-A e 569-A como um conjunto de padrões para
fiação de telecomunicações. Isso não substitui os requisitos do
NEC, mas fornece padrões adicionais para aterramento e
conexão. Note que ali são tratados somente o aterramento e a
conexão e depende de outros padrões para as outras medidas de
proteção importantes. veja ANSI/NFPA -607 neste capítulo.

Canadian Electrical The Canadian Standards Association (CSA) publica o


Code® (CEC®) Canadian Electrical Code (CEC), o CE Code Handbook, e
muitos padrões para teste de produtos compatíveis. É comparável
ao NEC (baseado sobre o mesmo sistema de aterramento e
métodos de proteção), mas os dois códigos não são idênticos.

CENELEC EN 50174 EN 50174 é um padrão europeu em três partes para o


planejamento e a instalação de cabeamento na tecnologia de
informação. Seu escopo inclui segurança, planejamento,
considerações sobre compatibilidade eletromagnética, garantia de
qualidade, praticas de instalação, documentação, administração e
reparos/manutenção.

CENELEC EN 50310 Aplicação de conexão equipotencial e aterramento em edifícios


que abrigam equipamentos de tecnologia de informação.

Lightning Protection O Lightning Protection Institute publica um padrão material


Institute e um padrão para a prática de instalações baseado na
ANSI/NFPA 780.

National Electrical A National Fire Protection Association (NFPA) publica o


Code® (NEC®) ANSI/NFPA 70, geralmente conhecido como o National
Electrical Code (NEC), a qual tem numerosas seções contendo
informações relevantes . O NEC fornece requisitos mínimos para
segurança do pessoal, dos equipamentos e da propriedade.

Uma referencia útil é a versão expandida, o National Electrical


Code Handbook (é o mesmo código, mas tem comentários
explicativos adicionais).

NEC, Chapter 8—Communications Systems cobre os requisitos


gerais para aterramento, conexão e proteção de equipamentos de
comunicação de baixa tensão.

Manual TDM, 9ª edição 17-42 © 2000 BICSI®


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Geral, continuação

Tabela 17.4
Referências, continuação

Referências Descrição

NEC, continuação NEC, Article 250—Grounding trata de circuitos de energia elétrica


e controles de baixa tensão e circuitos sinalizadores.. Embora os
requisitos para aterramento elétrico não se apliquem diretamente aos
circuitos de comunicação, é importante estar familiarizado com tais
requisitos e métodos, uma vez que têm de ser coordenados com a
proteção para comunicações. A mesma familiaridade é importante
para outros sistemas elétricos típicos como os tratados no NEC,
Artigos 645, 725, 760, 770, 810, e 820.

Muito deste capítulo é baseado na edição de 1999 do NEC,


embora muitas jurisdições locais ainda exijam a observância de
edições anteriores.Em algumas situações, requisitos mais
restritos são necessários para assegurar a proteção elétrica
adequada e/ou a confiabilidade apropriada do sistema.Veja a
definição da norma em Definições Chave neste capítulo.

National Electrical The American National Standards Institute (ANSI) e as


Safety Code® (NESC®) publicações do Institute of Electrical and Electronics Engineers
(IEEE), National Electrical Safety Code (NESC), cobrem os
requisitos para distribuição de energia elétrica de sistemas no
âmbito da responsabilidade do serviço público de energia.
Embora os sistemas públicos de energia sejam raramente
distribuídos dentro das instalações do cliente, eles são geralmente
distribuídos através dos locais do tipo campus.Existem
freqüentemente requisitos para fiação de comunicações dentro
das áreas do serviço público de eletrificação.

Padrões para Segurança Nos Estados Unidos, existem muitos padrões de segurança dos
Underwriters Laboratories Inc.® (UL) que especificam testes de
produtos fabricados para segurança sob várias condições tais como
exposição elétrica, manuseio físico e instalação, umidade, etc.

De interesse específico são:

• UL 467, Grounding and Bonding Equipment.

• UL 497, 497A, e 497B, três padrões que cobrem os


protetores de circuitos para comunicação .

• UL 1449, Standard for Safety—Surge Protecting Devices.

• UL 96, Componentes para proteção contra descargas


atmosféricas.

• UL 96A, Installation Requirements for Lightning Protection


Systems.

© 2000 BICSI® 17-43 Manual TDM, 9ª edição


Capítulo 17: Aterramento, Vinculações e Proteção Elétrica

Geral, continuação

Tabela 17.4
Referencias, continuação

Referências Descrição

Padrões para Nos Estados Unidos, a UL é um laboratório independente de


segurança, cont. testes reconhecido nacionalmente (NRTL ) que testa produtos de
acordo com suas aplicações e finalidades. A lista dos produtos
testada é disponibilizada para efeito de seguridade e para
inspeção no local. Os produtos são assim “Listados Para A
Finalidade”. Em todos os casos, os equipamentos devem ter uma
marca visível ou etiqueta identificando-o como listado.

A Occupational Safety and Health Administration (OSHA) agora


registra outros laboratórios independentes para testes afim de
permitir serviços competitivos e muitas marcações diferentes
podem agora ser encontradas (p.ex., CSA, FM, ETL, e MET).
Dispositivos, componentes e sistemas que são testados e listados
devem ser aceitos (ou aprovados, veja Definições Chave neste
capítulo) pelos inspetores locais ou outras autoridades locais.
Existem requisitos para testes similares em outros paises, embora
variem em cada pais (o Canadá tem uma larga faixa de padrões
da Canadian Standards Association [CSA]; o Reino Unido tem
padrões da British Standards Institution [BSI]; a Austrália tem
padrões Australianos; e a Comunidade Européia está
estabelecendo padrões comuns).

Telcordia (Bellcore) Telcordia publica os TR-NWT-001089, TR-EOP-000001, and


TR-EOP-000295 (assim como outros) que especificam práticas
de proteção para centros de comutação de telecomunicações
(escritórios centrais).

Thomas Register O Thomas Register está disponível na maioria das bibliotecas


públicas e é uma fonte excelente de informações sobre produtos
manufaturados e seus fabricantes.

U.S. Government A publicação 94 do Federal Information Processing Standards,


Guideline on Electrical Power for ADP Installations. Disponível
no U.S. Dept. of Commerce/National Institute of Standards and
Technology, este documento trata de instalações de
processamento eletrônico de dados, mas é também aplicável a
telecomunicações

Manual TDM, 9ª edição 17-44 © 2000 BICSI®

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