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Enquanto estudante transferida, imaginava que o atravessamento na

universidade pública se daria de modo diferente ao que se revelaria para aqueles que
estavam ingressando, mas fui surpreendida de diversos modos, pois diferente das
minhas colegas que também são oriundas de instituições particulares, eu optei por não
realizar o aproveitamento da maioria das disciplinas cursadas na outra instituição, mas
acompanhar minha turma o que resultou num sentimento de pertencimento e entrega; o
que foi essencial para o processo de adaptação a nova cidade.

A universidade é um local de possibilidades, de novas vivências,


aprendizagens, com relação a isso, percebo as extensões e atividades que são
promovidas para além das salas de aulas, como locais favoráveis para aquisição de
novos saberes, amizades, além de ajudarem nas escolhas de quais caminhos serão
trilhados durante o curso, visto que o curso de psicologia é bastante abrangente nas
áreas de conhecimento, logo a identificação com determinadas áreas de saber ocorre no
percurso da graduação.

À vista disso, notava que nos primeiros semestres não havia oferta de muitas
extensões que integrasse teoria e prática, atividades voltadas para a comunidade,
práticas que pudessem nos proporcionar o contato com a população, e enquanto futuros
profissionais de psicologia, a falta de retorno para com a comunidade por meio dos
nossos serviços, visto que estamos inseridos, o prédio da universidade, num bairro
socioeconômico pobre, em que os moradores que nos cerca nem mesmo sabem do que
se trata tal prédio, desconhecendo os serviços que são prestados para eles, bem como o
direito que eles também têm de ocupação daqueles espaços.

Além disso, a interdisciplinaridade é algo pouco incentivada no Projeto


Politico Pedagógico do curso de psicologia, apesar de que o contato com outras
profissões é importante para o exercício da profissão, uma vez que a prática do
psicólogo corriqueiramente se dá em equipes multiprofissionais, e durante a graduação
o contato que temos com os demais cursos da universidade são raros, não havendo
promoção de diálogos interdisciplinares, logo, a idealização dessas vivências
interdisciplinares, oportunizaria espaço para apropriação de conteúdos e lugares não
contemplados nas disciplinas.

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