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Percurso Quimica 2020
Percurso Quimica 2020
QUÍMICA
QUÍMICA
Capítulo 1 - Propriedades dos Materiais, Transformação da 116
Matéria, Atomística e Tabela Periódica
Capítulo 1 - Exercícios 122
Capítulo 2 - Ligações Químicas 132
Capítulo 2 - Exercícios 138
Capítulo 3 - Aspectos Quantitativos da Matéria 1 45
Capítulo 3 - Exercícios 152
Capítulo 4 - Funções Inorgânicas 155
Capítulo 4 - Exercícios 158
Capítulo 5 - Soluções e propriedades coligativas 162
Capítulo 5 - Exercícios 166
Capítulo 6 - Cinética e Termoquímica 17 1
Capítulo 6 - Exercícios 187
Capítulo 7 - Equilíbrio Químico 1 92
Capítulo 7 - Exercícios 20 6
Capítulo 8 - Eletroquímica 212
Capítulo 8 - Exercícios 215
Capítulo 9 - Química Orgânica 2 24
Capítulo 9 - Exercícios 250
Capítulo 10 - Radioatividade 26 4
Capítulo 10 - Exercícios 26 8
Capítulo 11 - Química Ambiental 274
Capítulo 11 - Exercícios 283
Propriedades dos Materiais, Transformação da Matéria, Atomística
CAPÍTULO 1 e Tabela Periódica
TRODUÇÃO À FILOSOFIA
CAPÍTULO 1
Propriedades dos Materiais, Transformação da
Matéria, Atomística e Tabela Periódica
Na fase líquida, os materiais mantém seu .As misturas são formadas por mais de uma substância e suas
volume constante. Sua forma, porém, é propriedades variam de acordo com a proporção de seus
variável, adequando-se ao recipiente que o componentes.
contém. As partículas estão um pouco mais
distantes - cerca de 1% - e as forças de coesão As misturas podem ser classificadas como homogêneas
são menos intensas que no sólido. Assim, as (apresentam uma única fase) ou heterogêneas (possuem
partículas apresentam maior mobilidade. duas ou mais fases). Lembre-se de que fase é uma porção
do sistema que possui as mesmas características e apresenta
Na fase gasosa, os materiais não apresentam aspecto uniforme mesmo quando analisado por meio de
nem volume nem forma constantes. As forças microscópio.
de coesão entre elas são bem menos intensas,
e as partículas têm grande mobilidade. No caso das misturas não conseguimos definir temperaturas
Quando um gás é liberado em um ambiente ele de mudança de fase, mas faixas, ou intervalos, de temperaturas.
se espalha por todo o espaço disponível. Ao lado temos um exemplo de uma curva de aquecimento
para uma mistura fictícia.
A fase física em que um objeto se encontra depende das
temperaturas de fusão e de ebulição desse material.
Intensivo
Curso
Enem
Enem
2018
2019
| Química
| Química 117
Propriedades dos Materiais, Transformação da Matéria, Atomística
CAPÍTULO 1 e Tabela Periódica
TRODUÇÃO À FILOSOFIA
DESTILAÇÃO FRACIONADA
A Água Potável
A água é utilizada em quase todas as atividades humanas. É a única substância que existe na
natureza nos três estados físicos: sólido, nas geleiras e calotas polares; líquido, nos rios, lagos
e depósitos subterrâneos; gasoso, na forma de vapor de água presente na atmosfera. As
constantes mudanças de estado físico da água, pelos processos de evaporação, condensação,
fusão e solidificação, são responsáveis pelo CICLO DA ÁGUA. É este ciclo que mantém e renova
os suprimentos de água da Terra.
A água muitas vezes deve ser tratada antes de ser usada. Quanto mais contaminada estiver a
água, mais caro será o seu tratamento. Esse tratamento envolve alguns métodos de separação
de misturas.
Na ETA ocorrem processos físicos e químicos para que a água adquira as propriedades desejadas, tornando-a própria para o
consumo humano. Inicialmente ocorre a CAPTAÇÃO da água dos mananciais que apresenta grande quantidade de partículas e
materiais em suspensão. A primeira etapa do tratamento é o GRADEAMENTO (filtração grosseira), que se utiliza de grades para
deter impurezas maiores. A água segue para tanques de FLOCULAÇÃO, quando através de agentes químicos (coagulantes), como
a cal ou o sulfato de alumínio, as partículas de sujeira se aglomeram tornando-se maiores e mais pesadas. A água é levada para
tanques e, por ação da gravidade, os aglomerados formados na floculação depositam-se no fundo do tanque. Esse processo é
chamado DECANTAÇÃO. A floculação e a decantação não são suficientes para eliminar todas as partículas em suspensão na água.
Portanto haverá ainda a FILTRAÇÃO, processo pelo qual a água é conduzida para filtros compostos por camadas de areia. Essas
camadas constituem o meio filtrante que retém as partículas sólidas impelidas pela ação da gravidade. Após a filtração, a água
passa pela CLORAÇÃO (adição de cloro, germicida eficiente na eliminação de microrganismo), FLUORETAÇÃO (adição de flúor
- que protege os dentes contra as cáries) e poderá ter ainda a adição da cal virgem (para ajustar a acidez da água e proteger as
tubulações). Então, a água é levada para reservatórios de armazenamento, dos quais é distribuída à população.
Os processos para o tratamento da água – floculação, decantação e filtração – envolvem métodos de separação baseados nas
diferenças de solubilidade e de densidade dos materiais existentes na água não tratada.
Antes de bebermos a água, costumamos filtrá-la novamente, para retirar partículas sólidas adquiridas nas tubulações que a
conduzem às nossas casas. Geralmente, são usados filtros a vela, material de porcelana porosa que retém as partículas sólidas ainda
presentes na água.
Transformações Físicas e Químicas Grafite (C) + oxigênio (O2) -> gás carbônico (CO2)
6 g + 16 g -> 22 g
Transformações físicas: não alteram a composição do
material e não há formação de novas substâncias. Exemplos: Experiência 2:
a fusão do gelo, quando um vidro é quebrado, uma folha
de papel é rasgada ou uma lataria do carro é amassada. Grafite (C) + oxigênio (O2) -> gás carbônico (CO2)
Há alteração no formato e na dimensão do material e são 12 g + 32 g -> 44 g
mantidas suas propriedades físicas específicas.
Os números da segunda experiência são o dobro da primeira
Transformações químicas: há alteração na composição e são proporcionais, ou seja, a proporção das massas na
química do(s) material(is) e formação de novas substâncias. primeira experiência é de 6:16:22, enquanto na segunda, a
Exemplo: a formação de ferrugem, o azedamento do leite, o proporção é de 12:32:44. Para confirmar se a Lei de Proust
cozimento de alimentos, o apodrecimento de uma fruta, etc. está sendo utilizada, basta dividir os números das massas dos
elementos envolvidos:
Evidências de Transformações Química
Experiência 1: 6/16=0,375 e
Mudança de cor.
Liberação ou absorção de calor Experiência 2: 12/32=0,375.
Liberação de um gás (efervescência/odor)
As reações só ocorrem de acordo com a proporção
Formação de um sólido
definida, ou seja, quando várias substâncias se combinam
Aparecimento de chama ou luminosidade;
para formar um composto ocorrerá sempre uma relação
Existem reações químicas que se processam sem que de massas definidas.
haja uma modificação perceptível entre o sistema inicial
e final. Para saber com exatidão se realmente houve uma PARTE IV – TABELA PERIÓDICA
reação química é preciso pegar os materiais obtidos, isolá-
los e determinar suas propriedades específicas, tais como No século XIX cientistas descobriram que certos elementos
densidade, pontos de fusão e ebulição, etc. tinham propriedades semelhantes. Com base nisso,
construíram tabelas agrupando esses elementos em ordem
Leis Ponderais crescente de massa atômica. A classificação que deu origem à
atual organização dos elementos foi feita por Dmitri Ivanovitch
As leis ponderais relacionam as massas dos materiais que Mendeleev (1834-1907). Em 1869, Mendeleev estava
participam da transformação química. escrevendo um livro de química e anotava as propriedades de
cada elemento em um cartão separado. Em certo momento,
LEI DE LAVOISIER – Lei da Conservação da Massa. ele observou que, se os cartões fossem arrumados na ordem da
massa atômica dos elementos, certas propriedades repetiam-
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
se periodicamente. Em 1913, o cientista inglês Henry Moseley
“No interior de um recipiente fechado, a massa total não (1887-1915) percebeu que muitas irregularidades da tabela de
varia, quaisquer que sejam as transformações que venham a Mendeleev podiam ser corrigidas quando os elementos eram
ocorrer.” agrupados pelo número atômico e não pela massa atômica.
Descobriu assim a lei periódica dos elementos, segundo a
Exemplos qual muitas propriedades físicas e químicas dos elementos
variam de forma periódica (regular), com o número atômico.
Experiência 1:
Os elementos químicos são formados por um conjunto
Calcário (CaCO3) -> cal viva (CaO) + gás carbônico (CO2) de átomos com o mesmo número atômico e, portanto,
100 g + 56 g 44 g quimicamente idênticos. O oxigênio é o elemento mais
comum na crosta da Terra; depois vem o silício.
Experiência 2:
há sete linhas horizontais, chamadas períodos ou séries. Nessas linhas os elementos estão em ordem crescente de número
atômico.
há 18 linhas verticais ou colunas: são as famílias ou grupos. Os elementos de um mesmo grupo em geral apresentam propriedades
físicas e químicas semelhantes.
Características importantes:
os elementos do grupo 1 ou 1A (exceto o hidrogênio), são chamados de metais alcalinos. São metais macios, têm densidade e
ponto de fusão baixo, reagem facilmente com a água produzindo gás hidrogênio e compostos chamados bases ou álcalis, além
de liberar energia.
os elementos do grupo 2 (ou 2A) são chamados de metais alcalino-terrosos e também formam bases ou álcalis.
os elementos do grupo 18 ou 0, os gases raros, têm 8 elétrons na última camada (com exceção do hélio, que tem 2). Esses
elementos dificilmente se combinam com outros. Por isso são chamados também de gases nobres.
os metais ficam no lado esquerdo da tabela ocupando sua maior parte. São geralmente sólidos na temperatura ambiente,
com alto ponto de fusão, são maleáveis (principalmente quando aquecidos), dúcteis (podem ser transformados em fios finos) e
conduzem bem a eletricidade e o calor.
os ametais de maior importância estão no grupo dos halogênios (flúor, cloro, bromo, iodo e astato) e no grupo dos calcogênios
(oxigênio, enxofre, selênio, telúrio e polônio).
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
Potencial de Ionização ou Energia de Ionização: é a energia Uma pessoa é responsável pela manutenção de uma sauna
necessária para retirar um elétron de um átomo neutro, em úmida. Todos os dias cumpre o mesmo ritual: colhe folhas de
estado fundamental e no estado gasoso. Sendo que, para a capim-cidreira e algumas folhas de eucalipto. Em seguida,
primeira retirada de elétron a quantidade de energia requerida é coloca as folhas na saída do vapor da sauna, aromatizando-a,
menor que a segunda retirada, e assim sucessivamente. Quanto conforme representado na figura.
maior o tamanho do átomo, menor será a energia de ionização.
Qual processo de separação é responsável pela aromatização
promovida?
a) Filtração simples.
b) Destilação simples.
d) Sublimação fracionada.
a) fervura.
b) filtração a) filtração.
c) destilação. b) cloração.
d) calcinação. c) coagulação.
e) evaporação. d) fluoretação.
d) A água quente que está em uma caneca é passada para c) coagulação, pela adição de sulfato de alumínio.
outra caneca a fim de diminuir sua temperatura.
d) correção do pH, pela adição de carbonato de sódio.
e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água
que está em seu interior com menor temperatura do que e) floculação, em tanques de concreto com a água em
a dele. movimento.
06. (ENEM) Belém é cercada por 39 ilhas, e suas populações 09. (ENEM) Certas ligas estanho-chumbo com composição
convivem com ameaças de doenças. O motivo, apontado específica formam um eutético simples, o que significa que
por especialistas, é a poluição da água do rio, principal fonte uma liga com essas características se comporta como uma
de sobrevivência dos ribeirinhos. A diarreia é frequente nas substância pura, com um ponto de fusão definido, no caso
crianças e ocorre como consequência da falta de saneamento 183°C. Essa é uma temperatura inferior mesmo ao ponto de
básico, já que a população não tem acesso à água de boa fusão dos metais que compõem esta liga (o estanho puro
qualidade. Como não há água potável, a alternativa é funde a 232°C e o chumbo puro a 320°C) o que justifica sua
consumir a do rio. ampla utilização na soldagem de componentes eletrônicos,
em que o excesso de aquecimento deve sempre ser evitado.
O Liberal. 8 jul. 2008. Disponível em: http://www.oliberal.com.br.
De acordo com as normas internacionais, os valores mínimo
O procedimento adequado para tratar a água dos rios, a fim de e máximo das densidades para essas ligas são de 8,74 g/mL e
atenuar os problemas de saúde causados por microrganismos 8,82 g/mL, respectivamente. As densidades do estanho e do
a essas populações ribeirinhas é a: chumbo são 7,3 g/mL e 11,3 g/mL, respectivamente. Um lote
11. (ENEM) O principal processo industrial utilizado na b) poderão interferir nos processos do ciclo da água que
produção de fenol é a oxidação do cumeno (isopropilbenzeno). envolvem mudanças de estado físico.
A equação mostra que esse processo envolve a formação do
hidroperóxido de cumila, que em seguida é decomposto em c) promoverão o aumento da disponibilidade de alimento
fenol e acetona, ambos usados na indústria química como das espécies marinhas.
precursores de moléculas mais complexas. Após o processo d) induzirão o aumento dos mananciais, o que solucionará
de síntese, esses dois insumos devem ser separados para os problemas de falta de água no planeta.
comercialização individual. Considerando as características
físico-químicas dos dois insumos formados, o método e) causarão o aumento do volume de todos os cursos de
utilizado para a separação da mistura, em escala industrial, é a: água, o que minimizará os efeitos da poluição aquática.
d) solidificação. b) I e III.
e) condensação c) II e IV.
e) os metais reagiram com as paredes do recipiente que c) mais rapidamente na bandeja de plástico, pois ela tem
contém a amostra. uma maior capacidade térmica que a de alumínio.
c) reação das impurezas do produto com o oxigênio do ar. 21. (ENEM) O descarte do óleo de cozinha na rede de
esgotos gera diversos problemas ambientais. Pode-se
d) adsorção de gases atmosféricos na superfície do sólido. destacar a contaminação dos cursos d’água, que tem como
uma das consequências a formação de uma película de óleo
e) reação do hidróxido de sódio com o gás nitrogênio na superfície, causando danos à fauna aquática, por dificultar
presente no ar. as trocas gasosas, além de diminuir a penetração dos raios
solares no curso hídrico.
19. (ENEM) Primeiro, em relação àquilo a que chamamos
água, quando congela, parece-nos estar a olhar para algo que Disponível em: http://revistagaIileu.globo.com. Acesso em: 3 ago. 2012
se tornou pedra ou terra, mas quando derrete e se dispersa, (adaptado).
esta torna-se bafo e ar; o ar, quando é queimado, torna-se
fogo; e, inversamente, o fogo, quando se contrai e se extingue, Qual das propriedades dos óleos vegetais está relacionada
regressa à forma do ar; o ar, novamente concentrado e aos problemas ambientais citados?
contraído, torna-se nuvem e nevoeiro, mas, a partir destes a) Alta miscibilidade em água.
estados, se for ainda mais comprimido, torna-se água corrente,
e de água torna-se novamente terra e pedras; e deste modo, b) Alta reatividade com a água.
como nos parece, dão geração uns aos outros de forma cíclica.
PLATÃO. Timeu-Crítias. Coimbra: CECH, 2011.
c) Baixa densidade em relação à água.
Do ponto de vista da ciência moderna, os “quatro elementos” d) Baixa viscosidade em relação à água.
descritos por Platão correspondem, na verdade, às fases sólida,
e) Alto ponto de ebulição em relação à água.
líquida, gasosa e plasma da matéria. As transições entre elas
são hoje entendidas como consequências macroscópicas de 22. (ENEM) Combustíveis automotivos têm sido adulterados
transformações sofridas pela matéria em escala microscópica. pela adição de substâncias ou materiais de baixo valor
Excetuando-se a fase de plasma, essas transformações sofridas comercial. Esse tipo de contravenção pode danificar os
pela matéria, em nível microscópico, estão associadas a uma motores, aumentar o consumo de combustível e prejudicar
o meio ambiente. Vários testes laboratoriais podem ser
a) troca de átomos entre as diferentes moléculas do utilizados para identificar se um combustível está ou não
material. adulterado. A legislação brasileira estabelece que o diesel,
obtido do petróleo, contenha certa quantidade de biodiesel.
b) transmutação nuclear dos elementos químicos do
O quadro apresenta valores de quatro propriedades do diesel,
material.
do biodiesel e do óleo vegetal, um material comumente
c) redistribuição de prótons entre os diferentes átomos do utilizado como adulterante.
material.
Propriedade Diesel Biodiesel Óleo
d) mudança na estrutura espacial formada pelos diferentes vegeral
constituintes do material. Densidade (g/ 0,880 0,880 0,922
e) alteração nas proporções dos diferentes isótopos de cada cm3)
elemento presente no material. Poder calorífico 33,3 33,3 36,9
(MJ/L)
20. (ENEM) O quadro apresenta alguns exemplos de Viscosidade 4,7 4,7 37,0
combustíveis empregados em residências, indústrias e meios (mm2/s)
de transporte. Teor de enxofre <0,001 <0,001 < 0,001
(%)
Combustíveis Temperatura de Temperatura de
fusão (oC) ebulição (oC) Com base nas informações apresentadas no quadro, quais
são as duas propriedades que podem ser empregadas
Butano -135 -0,5
tecnicamente para verificar se uma amostra de diesel
Etanol -112 78 comercial está ou não adulterada com óleo vegetal?
Metano -183 -162 a) Densidade e viscosidade.
Metanol -98 65 b) Teor de enxofre e densidade.
Octano -57 126
c) Viscosidade e teor de enxofre.
c) Na capacidade térmica dos gases, ou seja, o gás que mais absorve calor separa-se primeiro.
d) Na condutividade térmica dos gases, ou seja, o gás que mais rápido absorve calor separa-se primeiro.
e) Na temperatura de ebulição dos gases, ou seja, o gás com menor temperatura de ebulição separa-se primeiro.
29. (ENEM) As centrífugas são equipamentos utilizados em laboratórios, clínicas e indústrias. Seu funcionamento faz uso da
aceleração centrífuga obtida pela rotação de um recipiente e que serve para a separação de sólidos em suspensão em líquidos ou
de líquidos misturados entre si.
30. (ENEM) No ar que respiramos existem os chamados “gases inertes”. Trazem curiosos nomes gregos, que significam “o Novo”,
“o Oculto”, “o Inativo”. E de fato são de tal modo inertes, tão satisfeitos em sua condição, que não interferem em nenhuma reação
química, não se combinam com nenhum outro elemento e justamente por esse motivo ficaram sem ser observados durante
séculos: só em 1962 um químico, depois de longos e engenhosos esforços, conseguiu forçar “o Estrangeiro” (o xenônio) a combinar-
se fugazmente com o flúor ávido e vivaz, e a façanha pareceu tão extraordinária que lhe foi conferido o Prêmio Nobel.
Qual propriedade do flúor justifica sua escolha como reagente para o processo mencionado?
a) Densidade.
b) Condutância.
c) Eletronegatividade.
d) Estabilidade nuclear.
e) Temperatura de ebulição.
31. (ENEM) Quando definem moléculas, os livros geralmente apresentam conceitos como: "a menor parte da substância capaz de
guardar suas propriedades". A partir de definições desse tipo, a ideia transmitida ao estudante é a de que o constituinte isolado
(moléculas) contém os atributos do todo.
É como dizer que uma molécula de água possui densidade, pressão de vapor, tensão superficial, ponto de fusão, ponto de ebulição,
etc. Tais propriedades pertencem ao conjunto, isto é, manifestam-se nas relações que as moléculas mantêm entre si.
O texto evidencia a chamada visão substancialista que ainda se encontra presente no ensino da Química. A seguir estão
relacionadas algumas afirmativas pertinentes ao assunto.
II. Uma substância "macia" não pode ser feita de moléculas "rígidas".
III. Uma substância pura possui pontos de ebulição e fusão constantes, em virtude das interações entre suas moléculas.
IV. A expansão dos objetos com a temperatura ocorre porque os átomos se expandem.
Dessas afirmativas, estão apoiadas na visão substancialista criticada pelo autor apenas
a) I e II.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
32. (ENEM) O Brasil é um dos países que obtêm melhores resultados na reciclagem de latinhas de alumínio. O esquema a seguir
representa as várias etapas desse processo:
33. (ENEM) O ambiente marinho pode ser contaminado com rejeitos radioativos provenientes de testes com armas nucleares.
Os materiais radioativos podem se acumular nos organismos. Por exemplo, o estrôncio − 90 é quimicamente semelhante ao
cálcio e pode substituir esse elemento nos processos biológicos.
FIGUEIRA, R. C. L.; CUNHA, I. I. L. A contaminação dos oceanos por radionuclídeos antropogênicos. Química Nova na Escola, n. 1,
1998 (adaptado).
Um pesquisador analisou as seguintes amostras coletadas em uma região marinha próxima a um local que manipula o estrôncio
radioativo: coluna vertebral de tartarugas, concha de moluscos, endoesqueleto de ouriços-do-mar, sedimento de recife de corais
e tentáculos de polvo.
a) Concha de moluscos.
b) Tentáculos de polvo.
e) Endoesqueleto de ouriços-do-mar.
34. (ENEM) O cádmio, presente nas baterias, pode chegar ao solo quando esses materiais são descartados de maneira irregular no
meio ambiente ou quando são incinerados.
Diferentemente da forma metálica, os íons Cd2+ são extremamente perigosos para o organismo, pois eles podem substituir íons
Ca2+, ocasionando uma doença degenerativa dos ossos, tornando-os muito porosos e causando dores intensas nas articulações.
Podem ainda inibir enzimas ativadas pelo cátion Zn2+, que são extremamente importantes para o funcionamento dos rins. A figura
mostra a variação do raio de alguns metais e seus respectivos cátions.
Com base no texto, a toxicidade do cádmio em sua forma iônica é consequência de esse elemento
a) apresentar baixa energia de ionização, o que favorece a formação do íon e facilita sua ligação a outros compostos.
b) possuir tendência de atuar em processos biológicos mediados por cátions metálicos com cargas que variam de +1 a +3.
c) possuir raio e carga relativamente próximos aos de íons metálicos que atuam nos processos biológicos, causando interferência
nesses processos.
d) apresentar raio iônico grande, permitindo que ele cause interferência nos processos biológicos em que, normalmente, íons
menores participam.
e) apresentar carga +2, o que permite que ele cause interferência nos processos biológicos em que, normalmente, íons com
cargas menores participam.
35. (ENEM) Com a frequente adulteração de combustíveis, além de fiscalização, há necessidade de prover meios para que o
consumidor verifique a qualidade do combustível. Para isso, nas bombas de combustível existe um densímetro, semelhante ao
ilustrado na figura. Um tubo de vidro fechado fica imerso no combustível, devido ao peso das bolinhas de chumbo colocadas no
seu interior. Uma coluna vertical central marca a altura de referência, que deve ficar abaixo ou no nível do combustível para indicar
que sua densidade está adequada. Como o volume do líquido varia com a temperatura mais que o do vidro, a coluna vertical é
preenchida com mercúrio para compensar variações de temperatura.
GABARITO
1 C 10 C 19 D 28 E
2 C 11 E 20 B 29 A
3 B 12 A 21 C 30 C
4 B 13 B 22 A 31 D
5 A 14 C 23 C 32 E
6 B 15 A 24 A 33 B
7 A 16 E 25 E 34 C
8 A 17 A 26 E 35 E
9 C 18 A 27 B
CAPÍTULO 2
Ligações Qúimicas
Os átomos buscam estabilidade através de uma ligação O ciclo de Born-Haber (item 04) representa todas as etapas de
química para atingir a configuração eletrônica de um gás formação do cristal NaCl.
nobre.
3. Característica
Atenção: H, He e Li são estáveis com 2 elétrons na camada de
valência. Be, B e Al também possuem octeto reduzido. Be com 4 São multidirecionais.
elétrons; B e Al ambos com 6.
São de alta intensidade devido à presença de cargas reais
3. Ligação Química dos íons.
Confere estabilidade ao átomo porque a formação de uma
ligação ocorre com liberação de energia. O sólido iônico é um aglomerado de cátions e ânions.
8. Fórmulas
Todo composto iônico possui carga elétrica, entretanto ele
deve ser eletricamente neutro. Para isso, os íons devem estar
combinados em uma proporção adequada.
F = K . Q1 . Q2
d2
3. Características
A ligação metálica forma substância metálica.
É multidirecional.
LIGAÇÃO COVALENTE
1. Definição
Elevadas temperaturas de fusão e ebulição..
É resultante do compartilhamento de elétrons por átomos,
São dúcteis (formam fios finos) e maleáveis (forma lâminas): geralmente, ametais.
os cátions deslizam-se um pelos outros sem prejuízo das
forças atrativas, já que os elétrons acompanham a distorção. Atenção: lembrem-se de que os ametais possuem altas energias
Veja abaixo: de ionização, dificultando a formação de íons.
2. Formação
6. Polaridade da Ligação
a) Apolar: a diferença de eletronegatividade entre os átomos
ligantes é nula. Portanto, ela ocorre quando esses átomos
c) Ligação Tripla (ordem 3): dois átomos compartilham três forem iguais. Esse tipo de ligação tem 100 % de caráter
pares de elétrons. Exemplo: covalente. Exemplo: F-F. Veja que a nuvem dos elétrons
ligantes não está distorcida:
4. Interpenetração de Orbitais
a) Ligação sigma (σ): sobreposição frontal de orbitais
atômicos. Veja o esquema abaixo:
H-F
fonte: www.saberenemquimicaefisica.com.br
Fonte: https://www.iupac.org/publications
11. Alotropia
O fenômeno alotrópico ocorre quando um mesmo
elemento químico forma substâncias simples diferentes.
Essas substâncias são chamadas de alótropos ou variedades
alotrópicas.
EXERCÍCIOS
01. O resultado da conversão direta de energia solar é uma
das várias formas de energia alternativa de que se dispõe. O
aquecimento solar é obtido por uma placa escura coberta
por vidro, pela qual passa um tubo contendo água. A água
circula, conforme mostra o esquema abaixo.
e) II e III
02. Na fabricação de qualquer objeto metálico, seja um parafuso, uma panela, uma joia, um carro ou um foguete, a metalurgia
está presente na extração de metais a partir dos minérios correspondentes, na sua transformação e sua moldagem. Muitos dos
processos metalúrgicos atuais têm em sua base conhecimentos desenvolvidos há milhares de anos, como mostra o quadro:
Podemos observar que a extração e o uso de diferentes metais ocorreram a partir de diferentes épocas. Uma das razões para que
a extração e o uso do ferro tenham ocorrido após a do cobre ou estanho é:
03. O armazenamento de certas vitaminas no organismo apresenta grande dependência de sua solubilidade. Por exemplo,
vitaminas hidrossolúveis devem ser incluídas na dieta diária, enquanto vitaminas lipossolúveis são armazenadas em quantidades
suficientes para evitar doenças causadas pela sua carência. A seguir são apresentadas as estruturas químicas de cinco vitaminas
necessárias ao organismo.
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
04. Quando colocados em água, os fosfolipídeos tendem a 06. No processo de industrialização da mamona, além do
formar lipossomos, estruturas formadas por uma bicamada óleo que contém vários ácidos graxos, é obtida uma massa
lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa orgânica, conhecida como torta de mamona. Esta massa tem
estrutura tende a se reorganizar em um novo lipossomo. potencial para ser utilizada como fertilizante para o solo e
como complemento em rações animais devido a seu elevado
valor proteico. No entanto, a torta apresenta compostos
tóxicos e alergênicos diferentemente do óleo da mamona.
Para que a torta possa ser utilizada na alimentação animal, é
necessário um processo de descontaminação.
a) lipofilia.
b) hidrofilia.
c) hipocromia.
Disponível em: http://course1.winona.edu. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
(Foto: Reprodução/Enem) d) cromatofilia.
alternância entre ligações simples e duplas em uma molécula. a) o carvão mineral, ao ser colocado na água, reage com o
Outra propriedade das moléculas em questão é apresentar, benzeno, eliminando-o.
em uma de suas extremidades, uma parte apolar responsável
por reduzir a solubilidade do composto em água, o que b) o benzeno é mais volátil que a água e, por isso, é
impede sua rápida remoção quando do contato com a água. necessário que esta seja fervida.
De acordo com as considerações do texto, qual das molé- c) a orientação para se evitar a pesca deve-se à necessidade
culas apresentadas a seguir é a mais adequada para fun- de preservação dos peixes.
cionar como molécula ativa de protetores solares?
d) o benzeno não contaminaria os dutos de água potável,
a) porque seria decantado naturalmente no fundo do rio.
b)
c) (Foto: Reprodução)
c) ocorrência de halogênios.
12. Partículas microscópicas existentes na atmosfera funcionam como núcleos de condensação de vapor de água que, sob condições
adequadas de temperatura e pressão, propiciam a formação das nuvens e consequentemente das chuvas. No ar atmosférico, tais
partículas são formadas pela reação de ácidos (HX) com a base NH3 de forma natural ou antropogênica, dando origem a sais de
amônio (NH4X) de acordo com a equação química genérica:
FELIX. E. P.; CARDOSO, A. A. Fatores ambientais que afetam a precipitação úmida. Química Nova na Escola, n. 21, maio 2005 (adaptado).
a) ligações iônicas.
b) interações dipolo-dipolo.
d) interações íon-dipolo.
e) ligações covalentes.
13. (Enem 2016) O carvão ativado é um material que possui elevado teor de carbono, sendo muito utilizado para a remoção de
compostos orgânicos voláteis do meio, como o benzeno. Para a remoção desses compostos, utiliza-se a adsorção. Esse fenômeno
ocorre por meio de interações do tipo intermoleculares entre a superfície do carvão (adsorvente) e o benzeno (adsorvato,
substância adsorvida).
a) Ligações dissulfeto.
b) Ligações covalentes.
c) Ligações de hidrogênio.
14. (Enem 2016) Os tensoativos são compostos capazes de interagir com substâncias polares e apolares. A parte iônica dos
tensoativos interage com substâncias polares, e a parte lipofílica interage com as apolares. A estrutura orgânica de um tensoativo
pede ser representada por:
d) A substância X é um metal.
e) A substância Y é um metal.
a) BaF2
b) BeI2
c) SiO2
d) FeCl2
e) KOH
GABARITO
1 E 6 B 11 A 16 C
2 B 7 E 12 D 17 E
3 C 8 E 13 D 18 C
4 E 9 B 14 C 19 A
5 D 10 E 15 C 20 C
CAPÍTULO 3
Aspectos Quantitativos
da Matéria
Como o átomo é uma estrutura extremamente pequena foi necessária a criação de uma unidade de medida de massa para os
átomos denominada de Unidade de Massa Atômica (u).
O isótopo do carbono-12 (C12) foi o átomo padrão escolhido para comparar e calcular as massas dos demais átomos. O Carbono-12
apresenta 12 unidades de massa atômica (12 u)
Massa atômica
A massa atômica de um determinado elemento corresponde a média aritmética ponderada das massas atômicas dos isótopos do
elemento na natureza.
Exemplo:
Calcule a massa atômica do átomo de cloro, sabendo que o isótopo do cloro-35 representa 75% do cloro na natureza e o cloro-37
25%.
MA(Cloro) = (35 x 75) + (37 x 25) -> 2.625 + 925 -> 3.550 -> MA(cloro) = 35,5 u
100 100 100
Massa Molecular
A massa molecular corresponde a soma das massas dos átomos que compõe uma molécula. A massa de uma molécula é medida
em u.
Exemplos:
Curso
Curso
Enem
Enem
2019
2019 | Química145
| Química
CAPÍTULO 3 Aspectos Quantitativos da Matéria
TRODUÇÃO À FILOSOFIA
Massa Molar
A massa molar corresponde a massa em gramas referente a um mol (6,02 x 1023 partículas) de uma substância.
Exemplos:
a) Massa molar do Na: 23 g/mol. Ou seja, um mol (6,02 x 1023) de átomos de Na apresenta uma massa igual a 23 g.
b) Massa molar de H2SO4: 98 g/mol. Ou seja, um mol (6,02 x 1023) de moléculas de H2SO4 apresenta uma massa igual a 98 g.
n = m/MM
Exemplo:
Se em um sistema há 360 g de água. Calcule o número de mol contido nesse sistema.
Volume Molar
O volume molar corresponde ao volume ocupado por um mol de um gás nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP),
0 ˚C e 1 atm.
Relação mol x número de espécies x x massa molar x volume molar nas CNTP
1 mol de A x 6,02x1023 partículas de A x Massa Molar (massa da tabela em gramas) x 22,4 L do gás na CNTP
Cálculos de fórmulas
Fórmula molecular: Informa o tipo de elemento químico e a quantidade de átomos de cada elemento.
Exemplos: H2O e H3PO4
Fórmula Percentual (centesimal): corresponde a fórmula com as porcentagens em massa de cada elemento na fórmula.
Exemplos:
a) CO2
44 g de CO2 -> 100 %
12 g de C -> x x = 27 % de C
b) CaCO3
100 g de CaCO3 -> 100 %
40 g de Ca -> x x = 40 % de Ca
Exemplo:
Uma substância orgânica de massa molecular 42 é representada pela fórmula mínima CH2. CALCULE o número de átomos de car-
bono e de hidrogênios em cada molécula da substancia.
Resolução:
Como a fórmula mínima é CH2, é possível calcular a sua massa mínima. Massa mínima do CH2 é 14 g.
Massa Molecular = massa mínima . n
42 = 14 . n
42/14 = n
n=3
Exemplos:
1. (FUVEST) DETERMINE a fórmula molecular de um óxido de fósforo que apresenta 43,6% de fósforo e 56,4% de oxigênio (porcen-
tagem em massa).
Fórmula mínima: PO2,5 . Como o índice do oxigênio é uma fração, deve-se multiplicar pelo menor número afim de obter o menor
índice inteiro.
PO2,5 x 2 -> P2O5
______________________________________________________________________________________________
Cálculos Estequiométricos
Os primeiros passos para resolver um exercício de cálculo estequiométrico é escrever a reação caso não tenha sido fornecida e em
seguida balanceá-la.
Relação mol x número de espécies x x massa molar x volume molar nas CNTP
1 mol de A x 6,02x1023 partículas de A x Massa Molar (massa da tabela em gramas) x 22,4 L do gás na CNTP
Exemplos:
1. (COVEST) Ácido fosfórico impuro, para uso em preparação de fertilizantes, é produzido pela reação de ácido sulfúrico sobre
rocha de fosfato, cujo componente principal é Ca3(PO4)2. A reação é:
Ca3(PO4)2 (s) + 3 H2SO4 (aq) -> 3 CaSO4 (s) + 2 H3PO4 (aq)
Quantos mols de H3PO4 podem ser produzidos pela reação de 200 kg de H2SO4?
Dados: massas molares (em g/mol): H = 1; O = 16; S = 32; P = 31; Ca = 40.
a) 2107 mol.
b) 1361 mol.
c) 95,4 mol.
d) 954,3 mol.
e) 620 mol
Resolucao:
Resposta: b
______________________________________________________________________________________________
2. (UFLA) o carbonato de sódio, utilizado na fabricação de vidros, é obtido pela reação do carbonato de cálcio com o cloreto de
sódio, representada pela equação:
2 NaCl+ CaCO3 -> Na2CO3 + CaCl2
Considerando um rendimento de 100% para cada tonelada de carbonato de cálcio utilizado, a quantidade de carbonato de sódio
produzido será:
a) 943 kg
b) 1110 kg
c) 1000 kg
d) 1060 kg
Resolucao:
2 NaCl+ CaCO3* massa -> Na2CO3x massa + CaCl2
Resposta: d
______________________________________________________________________________________________
Exemplo:
O inseticida DDT, C14H9Cl5, (massa molar = 354,5 g/mol) é fabricado a partir de clorobenzeno, C6H5Cl, (massa molar = 112,5 g/mol)
e cloral, C2HCl3O, de acordo com a equação:
Partindo-se de uma tonelada (1 t) de clorobenzeno e admitindo-se rendimento de 80%, a massa de DDT produzida é igual a:
a) 1,575 t
b) 1,260 t
c) 800,0 kg
d) 354,5 kg
e) 160,0 kg
Resolução
2 C6H5Cl + C2HCl3O -> C14H9Cl5x massa + H2O
*massa
Exemplo:
Considerando que o processo de ustulação ocorra nas CNTP, é correto afirmar que o volume de SO2 produzido na reação de 600 g
de pirita que apresente 50% de pureza é de:
a) 56 L
b) 112 L
c) 168 L
d) 224 L
e) 280 L
Resolução:
* massa
4 FeS2 + 11O2 à 2 Fe2O3 + 8 SO2 x volume
Resposta: b
______________________________________________________________________________________________
Exemplo:
A liga de estanho e chumbo (Sn-Pb) é empregada como solda metálica. Para a obtenção de estanho, é necessário extraí-lo da
natureza. Uma fonte natural de estanho é o minério cassiterita. A equação química de redução da cassiterita, não balanceada, a
estanho metálico é apresentada abaixo.
a) 12,5 kg
b) 19,7 kg
c) 25 kg
d) 50 kg
Resolução:
2a etapa
*massa
SnO2(s) + 2C(s) -> Sn(s) x massa + 2CO(g)
Resposta: b
______________________________________________________________________________________________
1) Encontre a substância que é produzida na primeira etapa e que é consumida na segunda etapa
2) Coloque a substância selecionada na mesma quantidade nas duas etapas, para isso, multiplique ou divida toda a equação.
3) Substâncias iguais do mesmo lado são somadas, e em lados opostos subtraídas.
4) O resultado é a reação global
Exemplo:
Garimpeiros inexperientes, quando encontram pirita, pensam pensam estar de ante de ouro, por isso, a pirita é chamada "ouro dos
tolos". Entretanto, a pirita não é um mineral sem aplicação. O H2SO4, ácido muito utilizado nos laboratórios de química, pode ser
obtido a partir da pirita por meio do processo:
Qual a opção que indica a massa de H2SO4 obtida a partir de 60,0 kg de pirita, com 100% de pureza por meio do processo equa-
cionado acima?
a) 9,8 kg.
b) 12,4 kg
c) 49,0 kg
d) 60,0 kg
e) 98,0 kg.
Resolução:
2a etapa:
*massa
4FeS2 + 15O2 + 8H2O à 2Fe2O3 + 8H2SO4x massa
480 g de FeS2 -> 784 g de H2SO4
60 g de FeS2 -> x x = 98 g de H2SO4
Resposta: e
______________________________________________________________________________________________
d) 85% e 15%
6. (UFV) Ácido clorídrico pode ser adquirido, de forma bem
impura, em lojas de material de construção e mesmo em su-
2. (IFSUL-2015) Em uma restauração dentária, foi usada uma permercados, sendo vendido sob o nome de ácido muriático.
amálgama que continha cerca de 40% (em massa) de mercú- Esse ácido serve, dentre outras coisas, para remover restos de
rio. Ao usar 1,0 g dessa amálgama no tratamento, quantos áto- massa de cimento em pisos e azulejos. Um dos componentes
mos de mercúrio serão colocados na cavidade dentária? dessa massa é o carbonato de cálcio (CaCO3), que reage com
ácido clorídrico, de acordo com esta equação NÃO balance-
Dados: (MM do Hg = 200,0 g/mol) ada:
a) 2 x 10-3
HCl(aq) + CaCO3(s) -> CaCl2(aq) + H2O(l) + CO2(g)
b) 5 x 10 -3
a) 1,2%. d) 112
c) 272 g.
Dados: massas molares: Al2(SO4)3 = 342 g/mol; Ca(OH)2 = 74 g/
mol d) 204 g.
a) 150 kg e) 102 g.
b) 300 kg
12. (PUC) A fabricação do óxido de etileno, a partir do eteno,
c) 1,0 kg é representada pela equação:
b) 112 L
Ca3(PO4)2 + H2SO4 -> H3PO4 + CaSO4.
c) 168 L
Para obter-se 980g de ácido fosfórico, a massa total dos re-
agentes (massa do H2SO4 + massa do Ca3(PO4)2), em gramas, d) 224 L
que devem ser usados é
e) 280 L
a) 3020. 14. (ENEM-2015) Para proteger estruturas de aço da corrosão,
a indústria utiliza uma técnica chamada galvanização. Um me-
b) 2040.
tal bastante utilizado nesse processo é o zinco, que pode ser
c) 4080. obtido a partir de um minério denominado esfalerita (ZnS), de
pureza 75%. Considere que a conversão do minério em zinco
d) 1510. metálico tem rendimento de 80% nesta sequência de equa-
ções químicas:
11. (PUC-RIO) O sulfato de cálcio (CaSO4) é matéria-prima 2 ZnS + 3 O2 -> 2 ZnO + 2 SO2
do giz e pode ser obtido pela reação entre soluções aquosas ZnO + CO ->Zn + CO2
de cloreto de cálcio e de sulfato de sódio (conforme reação
abaixo). Sabendo disso, CALCULE a massa de sulfato de cálcio Considere as massas molares: ZnS (97 g/mol); O2 (32 g/mol);
obtida pela reação de 2 mols de cloreto de cálcio com exces- ZnO (81 g/mol); SO2 (64 g/mol); CO (28 g/mol); CO2 (44 g/mol);
so de sulfato de sódio, considerando-se que o rendimento da e Zn (65 g/mol).
reação é igual a 75 %.
Que valor mais próximo de massa de zinco metálico, em quilo-
CaCl2(aq) + Na2SO4(aq) -> CaSO4(s) + 2 NaCl(aq) gramas, será produzido a partir de 100 kg de esfalerita?
a) 25 d) 275.
b) 33 e) 303.
2 CaSO3(s) + O2(g) -> 2 CaSO4(s) (2) O rendimento molar da reação, em que 32 g de metanol foram
obtidos a partir de 142,5 g de brometo de metila e 80 g de
As massas molares dos elementos carbono, oxigênio, enxofre hidróxido de sódio, é mais próximo de
e cálcio são iguais a 12 g/mol, 16 g/mol, 32 g/mol e 40 g/mol,
respectivamente. a) 22%.
BAIRD, C. Química ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2002 (adaptado).
b) 40%.
Considerando um rendimento de 90% no processo, a massa
de gesso obtida, em gramas, por mol de gás retido é mais pró- c) 50%.
xima de
d) 67%.
a) 64. e) 75%.
b) 108.
c) 122. GABARITO
d) 136. 1 C 6 B 11 D 16 D
2 C 7 C 12 A 17 C
e) 245.
3 E 8 D 13 B
16. (ENEM-2013) A produção de aço envolve o aquecimento
4 A 9 C 14 C
do minério de ferro, junto com carvão (carbono) e ar atmos-
férico em uma série de reações de oxidorredução. O produto 5 A 10 A 15 C
é chamado de ferrogusa e contém cerca de 3,3% de carbono.
Uma forma de eliminar o excesso de carbono é a oxidação a
partir do aquecimento do ferro-gusa com gás oxigênio puro.
Os dois principais produtos formados são aço doce (liga de
ferro com teor de 0,3% de carbono restante) e gás carbônico.
As massas molares aproximadas dos elementos carbono e oxi-
gênio são, respectivamente, 12 g/mol e 16 g/mol.
a) 28.
b) 75.
c) 175.
CAPÍTULO 4
Funções Inorgânicas
As substâncias químicas foram divididas em grupos Ácido Sulfúrico (H2SO4): é um dos componentes da “chuva
ou funções químicas, que apresentam propriedades químicas ácida” em ambientes poluídos; é muito importante como
semelhantes e estruturas parecidas. As principais funções matéria-prima (fertilizantes, indústria petroquímica, papel,
químicas são as funções inorgânicas e as funções orgânicas. etc).
Antigamente acreditava-se que as substâncias orgânicas
Características dos Ácidos:
eram aquelas que se originavam de organismos vivos e as
inorgânicas seriam as de origem mineral. Isso não era correto, baixo ponto de fusão e ebulição;
pois um grande número das substâncias orgânicas pode ser
sintetizado em laboratório. As substâncias orgânicas passaram conduzem eletricidade em meio aquoso;
a ser identificadas como substâncias que contêm na sua
estrutura o átomo de carbono. incolores;
Ácido acético (CH3COOH): presente no vinagre. Ácido forte: aquele que tem quantidade igual ou acima de
50% de suas moléculas ionizadas.
Ácido carbônico (H2CO3): presente nos refrigerantes e na
“chuva ácida” (ambientes não poluídos); Ácido moderado: a ionização ocorre entre 5% e 50% das
moléculas do ácido.
Ácido cianídrico (HCN): é o gás das “câmaras de gás”;
Ácido fraco: a ionização não ultrapassa a porcentagem de
Ácido cítrico [C3H50(COOH)3]: presente nas frutas cítricas; 5% de moléculas.
Exemplos:
Ácido clorídrico (HCI): encontrado no suco gástrico do
estômago, é também conhecido como ácido muriático usado Ácidos fortes: ácido clorídrico (HCl), ácido iodídrico (HI),
na limpeza doméstica. ácido sulfúrico (H2SO4).
Ácido nítrico (HNO3): usado na fabricação de explosivos, é Ácidos moderados: ácido fluorídrico (HF), ácido fosfórico
também um dos participantes da chuva ácida. (H3PO4), ácido nítrico (HNO3).
Ácido sulfídrico (H2S): produto de decomposição de matéria Ácidos fracos: ácido carbônico (H2CO3), ácido acético
orgânica (cheiro de ovo podre); (CH3COOH), ácido cianídrico (HCN).
Bases (também chamadas de álcali) Óxido de Cálcio (CaO): obtido a partir da decomposição do
calcário, é usado na agricultura para diminuir a acidez do solo
São substâncias que em solução aquosa sofrem dissociação e também na preparação de argamassa na construção civil.
iônica, liberando o íon OH- (íons hidroxila ou oxidrila).
Óxido Nitroso (N2O): Conhecido como gás hilariante, esse
Exemplos de bases:
óxido inalado em pequena quantidade provoca euforia, mas
NaOH (hidróxido de sódio): utilizado na fabricação pode causar sérios problemas de saúde; é utilizado como
de sabão , conhecida como soda caustica (altamente anestésico.
higroscópico).
Peróxido de hidrogênio (água oxigenada): na indústria são
KOH (hidróxido de Potássio): conhecida como potassa usados como clarificadores (alvejantes) de tecidos, polpa
cáustica, é usada para alvejamento e na fabricação de sabões. de celulose, etc. Para essas utilizações sua concentração é
Mg (OH)2(hidróxido de magnésio): faz parte da superior a 30%. A solução aquosa com concentração de 3% de
composição do leite de magnésia – antiácido estomacal. peróxido de hidrogênio é usada como antisséptico e algumas
pessoas a utilizam para a descoloração de pelos.
Ca (OH)2 (hidróxido de cálcio): usado nas construções para
preparar argamassa, além de servir como cal, para pintura de Classificação dos óxidos
casas.
Óxidos ácidos(anidridos): reagem com água produzindo
NH4OH (hidróxido de amônio): a partir dele são um ácido e com base formando sal e água. Exemplo: SO3.
produzidos os fertilizantes agrícolas.
Óxidos básicos: reagem com a água formando uma base e
Características das bases: com ácido produzindo sal e água. Exemplo: Na2O.
conduzem eletricidade em meio aquoso e quando estão Óxidos neutros: Estas substâncias não reagem com água,
líquidas;
ácido ou base. Exemplo: CO e NO.
em altas temperaturas desintegram-se;
Óxidos anfóteros: reagem tanto com ácido quanto com
pH superior a 7; base originando como produto sal e água. Exemplo: ZnO.
sabor adstringente, cáustico, amargo; etc. Óxidos duplos ou mistos: são aqueles que originam dois
óxidos, do mesmo elemento, ao serem aquecidos.
As bases solúveis são compostas pelos metais alcalinos.
Os principais óxidos duplos são:
As bases fortes pertencem à família 1A e 2A (exceto magnésio),
são boas condutoras de eletricidade e apresentam maior Fe3O4: Magnetita - formado pela união de FeO+Fe2O3. É um
poder de dissociação. dos principais componentes do ímã natural.
Óxidos Pb3O4: Zarcão - formado pela união de PbO+PbO2. Quando
São compostos binários (formados por dois elementos) sendo aplicado sobre materiais de ferro, impede o seu contato com
que um deles é o oxigênio (o elemento mais eletronegativo oxigênio, evitando assim a formação da ferrugem, isto é, a oxi-
nos óxidos). dação do ferro.
Principais Óxidos:
Curiosidade: a pedra-pomes tão utilizada para lixar os pés pe-
las pedicures nos salões de beleza é constituída de 70% de
Dióxido de carbono (CO2): gás produto da respiração
humana, liberado no processo de combustão das indústrias dióxido de silício e 30% de óxido de alumínio.
que não utilizam filtros em suas chaminés, responsável
SAIS
pelo efeito estufa
Segundo Arrhenius são compostos que em água se dissociam
Dióxido de Enxofre (SO2): é usado para a obtenção de ácido
sulfúrico, é um dos principais poluentes atmosféricos; em dias num cátion diferente de H+ e num ânion diferente de OH-. São
úmidos, combina-se com o vapor de água da atmosfera e tipicamente o produto de uma reação química entre:
origina a chuva ácida.
Um ácido e uma base (neutralização):
Dióxido de silício (SiO2): é o óxido mais abundante da crosta
terrestre, faz parte da composição dos cristais, das rochas e H2SO4 + 2NaOH -> Na2SO4 + 2H2O
da areia.
Um metal e um ácido:
Monóxido de Carbono (CO): usado na metalurgia do aço. É
Mg + H2SO4 -> MgSO4 + H2
o principal poluente da atmosfera das zonas urbanas; inalado
combina com a hemoglobina das hemácias do sangue, Um óxido ácido e um óxido básico:
neutralizando-as para o transporte de gás oxigênio no
organismo. CO2 + CaO -> CaCO3
são compostos iônicos (formados por aglomerados de íons e não por moléculas);
são solúveis em água (exceções: alguns sulfetos; os cloretos, brometos e iodetos com os cátions Ag+, Hg22+ e Pb2+) e
a) os três tipos de água descritos na legislação são potáveis. É correto afirmar que, dessas consequências, apenas podem
ocorrer
b) toda água engarrafada vendida no comércio é água
mineral. a) I e II.
e) da formação de ácido sulfúrico no riacho a partir dos b) possuem dimensões menores que as de seus átomos
óxidos de enxofre liberados na combustão. formadores.
07. (ENEM) O mármore é um material empregado para c) são pouco eficientes na remoção de partículas de sujeira
revestimento de pisos e um de seus principais constituintes de natureza orgânica.
é o carbonato de cálcio. Na limpeza desses pisos com solução
d) destroem microrganismos causadores de infecções, por
ácida, ocorre efervescência. Nessa efervescência o gás
meio de osmose celular.
liberado é o
e) interagem fortemente com material orgânico devido à
a) oxigênio. sua natureza apolar.
b) hidrogênio. 10. (ENEM) Suponha que um agricultor esteja interessado em
c) cloro. fazer uma plantação de girassóis. Procurando informação, leu
a seguinte reportagem:
d) dióxido de carbono.
SOLO ÁCIDO NÃO FAVORECE PLANTIO
e) monóxido de carbono.
Alguns cuidados devem ser tomados por quem decide iniciar
08. (ENEM) Numa rodovia pavimentada, ocorreu o o cultivo do girassol. A oleaginosa deve ser plantada em solos
tombamento de um caminhão que transportava ácido descompactados, com pH acima de 5,2 (que indica menor
sulfúrico concentrado. Parte da sua carga fluiu para um curso acidez da terra). Conforme as recomendações da Embrapa,
d'água não poluído que deve ter sofrido, como consequência, o agricultor deve colocar, por hectare, 40 kg a 60 kg de
nitrogênio, 40kg a 80kg de potássio e 40kg a 80kg de fósforo.
I. mortalidade de peixes acima da normal no local do derrame
de ácido e em suas proximidades. O pH do solo, na região do agricultor, é de 4,8. Dessa forma, o
agricultor deverá fazer a "calagem".
II. variação do pH em função da distância e da direção da
corrente de água. Suponha que o agricultor vá fazer calagem (aumento do pH do
solo por adição de cal virgem - CaO). De maneira simplificada,
III. danos permanentes na qualidade de suas águas. a diminuição da acidez se dá pela interação da cal (CaO) com a
água presente no solo, gerando hidróxido de cálcio (Ca(OH)2),
IV. aumento momentâneo da temperatura da água no local que reage com os ions H+ (dos ácidos), ocorrendo, então, a
do derrame. formação de água e deixando ions Ca2+ no solo.
a) CaSO3
b) CaSO4
c) CaS2O8
a) II III IV
b) III I IV
c) III IV I
d) II III I
e) I IV III
CAPÍTULO 5
Soluções e propriedades
coligativas
1. Definição
Considera-se solução toda mistura homogênea, seja sólida, líquida ou gasosa. Constitui-se por um solvente (o que dissolve) e por
um soluto (é dissolvido). Quando encontram-se no mesmo estado, o solvente está em maior quantidade.
2. Classificação
Soluções eletrolíticas (iônicas): conduz corrente elétrica devido a presença de íons livres.
Soluções não-eletrolíticas (moleculares): não conduz corrente elétrica. Ocorre, por exemplo, com soluções moleculares, que não
sofrem ionização.
Máxima quantidade de soluto que se dissolve em uma dada quantidade de solvente em uma temperatura definida.
Saturada com corpo de fundo: quantidade de soluto é maior que o coeficiente de solubilidade. O excesso se deposita no fundo/
chão do recipiente.
Supersaturada: solução que contém uma quantidade de solu- rentes aos solutos. As retas ou parábolas podem estar dis-
to superior a solubilidade a uma dada temperatura. A solução postas de forma ascendente ou descendente. Quando estão
supersaturada é instável, e a mínima perturbação do sistema de forma ascendente, indicam que o soluto apresenta disso-
faz com que o excesso de soluto dissolvido precipite, tornan- lução endotérmica (quanto mais quente o solvente estiver,
do-se uma solução saturada com presença de corpo de fundo. mais soluto dissolverá). Se estiverem de forma descendente,
Em geral pode-se obter soluções supersaturadas aquecendo indicarão que o soluto apresenta dissolução exotérmi-
uma solução saturada que tenha parte do soluto não dissol- ca (quanto mais frio o solvente estiver, mais soluto dissolverá).
vido. O aquecimento deve ser realizado até que todo o soluto
presente se dissolva. Um resfriamento lento, com a solução No gráfico abaixo, podemos observar, por exemplo, que os
em repouso, até a temperatura inicial, pode permitir a obten- solutos I, II, IV e V apresentam retas ascendentes (para cima),
ção da solução supersaturada, desde que o soluto não tenha sendo, portanto, considerados solutos endotérmicos. Já o
cristalizado. O mel, o melado de cana de açúcar e os xaropes soluto III apresenta uma reta descendente; portanto, é um so-
são alguns exemplos de soluções supersaturadas usadas no luto exotérmico.
dia a dia.
Veja, a seguir, o gráfico de coeficiente de solubilidade versus a Os gases têm sua solubilidade aumentada em baixas tempe-
temperatura para alguns sais. raturas e altas pressões.
Concentração de Soluções
C=m/V
Onde:
C = concentração comum, em g/L
m = massa do soluto, em g
V = volume da solução, em L
Não confunda a concentração comum com a densidade, que
relaciona a massa e o volume da solução. A densidade é cal-
culada da seguinte forma:
No gráfico fornecido, podemos observar que, no eixo x (hori-
zontal), temos a temperatura e, no eixo y (vertical), o coeficien-
d=m/V
te de solubilidade e ainda a presença de uma reta. Como esse
d = densidade, em g/L
gráfico apresenta apenas uma reta, refere-se exclusivamente
m = massa da solução (massa do soluto + massa do solvente),
a um único soluto. A reta ou parábola sempre indicará a sa-
em g
turação que o solvente pode sofrer em uma determinada
v = volume da solução, em L
temperatura (coeficiente de solubilidade). Se quisermos saber
o coeficiente de solubilidade do soluto em 100 g de solvente,
b) Concentração Molar ou Molaridade
a 5oC (dados do gráfico abaixo), por exemplo, basta pontilhar
a partir de 5oC do eixo x até a reta e, em seguida, pontilhar até
o eixo y. Assim poderemos chegar à conclusão de que 100 g A concentração molar ou molaridade é a relação existente en-
de água a 5oC dissolverão aproximadamente 23 g (seta rosa) tre a massa de soluto em número de mols e o volume de uma
de soluto, já que o gráfico não permite definir um valor com solução.
precisão.
A molaridade é expressa através das seguintes fórmulas:
Um aspecto relevante no estudo gráfico do coeficiente de
solubilidade é a disposição das parábolas ou retas refe- M = n1 / V ou M = m / M1.V
e) Concentração Percentual em volume (%v/v): volume em Exemplo: Qual a molaridade de uma solução de NaOH forma-
mL do soluto em 100 mL de solução. da pela mistura de 60mL de solução a 5mol/L com 300mL de
solução a 2mol/L.
f) Concentração em partes por milhão em massa (ppm): quan-
tidade, em gramas, de soluto presente em 1000000 (106)gra-
mas da solução. É uma grandeza que serve para relacionar a
massa do soluto com a de soluções que estão muito diluídas.
4. Diluição de Soluções
Diluir uma solução consiste em adicionar a ela uma porção de
solvente puro. Atividades comuns do dia a dia, como acres-
centar água a um suco de fruta, misturar o detergente na água
durante a lavagem de roupas, adicionar água a um medica-
mento ou aplicar solventes próprios às tintas para deixá-las
mais fluidas são bons exemplos de diluição. O procedimento
inverso à diluição é a concentração de soluções. Ao diluir uma
solução, a massa (m1) do soluto não se altera, sendo a mesma
na solução inicial e na final. O volume da solução aumentará
(de V para V'), uma vez que será adicionada uma porção de
solvente. A concentração, por sua vez, diminuirá (diluição e b) Com reação química
concentração são processos opostos). Logo, pode-se concluir
que volume e concentração são grandezas inversamente pro- Ocorre reação entre as substâncias que compõem a mistura.
porcionais, ou seja, o primeiro aumenta à mesma proporção Para que a reação seja completa entre os solutos, os volumes
que o outro diminui. misturados devem obedecer a proporção estequiométrica
Para calcular, utilizamos: que corresponde à reação química. Veja as fórmulas utilizadas:
para a concentração inicial: C = m1 / V Exemplo: Juntando-se 300mL de HCl 0,4mol/L com 200mL de
NaOH 0,6mol/L, pergunta-se quais serão as molaridades da
para a concentração final: C' = m1 / V' solução final com respeito:
Dado que a que a massa do soluto (m1) continua constante, a) ao ácido :
chega-se à fórmula: b) à base:
c) ao sal formado:
CV = C'V'
6. Titulação
2. Principais Efeitos Coligativos
A titulação é um procedimento laboratorial utilizado para de-
terminar a concentração em quantidade de matéria (ou con- a) Tonoscopia: abaixamento da pressão de vapor do solvente
centração em mol/L) de uma solução que contém um ácido pela adição de um soluto não volátil.
ou uma base. Durante a titulação, sempre ocorre uma mistura
de soluções contendo solutos diferentes com ocorrência de
A pressão máxima de vapor de um líquido é a pressão exerci-
reação química. Como as soluções misturadas apresentam
sempre um ácido e uma base, logo, a reação química que da pelos seus vapores quando em equilíbrio dinâmico com a
ocorre é uma neutralização. Observe a figura a seguir massa líquida. Assim, líquidos mais voláteis, possuem menor
temperatura de ebulição e, consequentemente, maior pres-
são máxima de vapor.
Fonte: www.saudecomciencia.com.br
3. Estudo do Gráfico
chega-se a um momento em que esse vapor atinge uma satu- diretos, como a redução de produção da lavoura. Solos com
ração, ou seja, um ponto máximo em que não é mais possível processo de salinização avançado não são indicados, por
comportar mais moléculas no estado de vapor. Assim, algu- exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água do
mas moléculas começam a passar pelo processo inverso, que solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes
é a liquefação, retornando para a massa líquida. Desse modo, são superiores às forças com que a água é retida no solo.
atinge-se um equilíbrio dinâmico, por isso, se uma molécula
passa para o estado de vapor, imediatamente outra molécu-
la passa para o estado líquido. Como esse fenômeno ocorre WINKEL, H.L.; TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: salinização de solos
sem parar e como não conseguimos ver as moléculas de água, em cultivos de arroz.
parece-nos que o sistema está parado. Mas, na verdade, o
volume não se modifica porque a quantidade de líquido que Disponível em: http//agropage.tripod.com/saliniza.hml.
Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado)
evapora é a mesma quantidade de vapor que se condensa.
O vapor dentro de um sistema fechado, como nessa garrafa A presença de sais na solução do solo faz com que seja difi-
tampada, exerce uma pressão sobre a superfície do líquido.
cultada a absorção de água pelas plantas, o que provoca o fe-
Assim, a máxima quantidade de vapor possível exerce a pres-
são máxima de vapor. nômeno conhecido por seca fisiológica, caracterizado pelo(a)
a) O grupo que se contaminou somente com atrazina. poluição ambiental. Para a ocorrência de resíduos de naftale-
no, algumas legislações limitam sua concentração em até 30
b) O grupo que se contaminou somente com diazinon. mg/kg para solo agrícola e 0,14 mg/L para água subterrânea.
A quantificação desse resíduo foi realizada em diferentes am-
c) Os grupos que se contaminaram com atrazina e malation.
bientes, utilizando-se amostras de 500gde solo e 100mLde
d) Os grupos que se contaminaram com diazinon e água, conforme apresentado no quadro.
malation.
e) Nenhum dos grupos contaminados com atrazina, Ambiente Resíduo de naftaleno (g)
diazinon e malation.
Solo l 1,0 x 10-2
3. (Enem 2015) A hidroponia pode ser definida como uma
Solo lI 2,0 x 10-2
técnica de produção de vegetais sem necessariamente a pre-
sença de solo. Uma das formas de implementação é manter as Água I 7,0 x 10-6
plantas com suas raízes suspensas em meio líquido, de onde
retiram os nutrientes essenciais. Suponha que um produtor Água II 8,0 x 10-6
de rúcula hidropônica precise ajustar a concentração de íon
nitrato (NO3- ) para 0,009 mol/L em um tanque de 5.000 litros Água III 9,0 x 10-6
e, para tanto, tem em mãos uma solução comercial nutritiva
de nitrato de cálcio 90 g/L. O ambiente que necessita de biorremediação é o(a)
d) água II.
a) 26
b) 41 e) água III.
c) 45
d) 51 6. (Enem 2013) A formação frequente de grandes volumes
e) 82 de pirita (FeS2) em uma variedade de depósitos minerais favo-
rece a formação de soluções ácidas ferruginosas, conhecidas
4. (Enem 2014) Diesel é uma mistura de hidrocarbonetos que como “drenagem ácida de minas”. Esse fenômeno tem sido
também apresenta enxofre em sua composição. Esse enxofre bastante pesquisado pelos cientistas e representa uma gran-
é um componente indesejável, pois o trióxido de enxofre ge- de preocupação entre os impactos da mineração no ambien-
rado é um dos grandes causadores da chuva ácida. Nos anos te. Em contato com oxigênio, a 25°C, a pirita sofre reação, de
1980, não havia regulamentação e era utilizado óleo diesel acordo com a equação química:
com 13 000 ppm de enxofre. Em 2009, o diesel passou a ter -> 2Fe2 (SO4 )3 (aq) + 2H2SO4 (aq)
4FeS2 (s) + 15O2 (g) + 2H2O( ) →
1 800 ppm de enxofre (S1800) e, em seguida, foi inserido no
mercado o diesel S500 (500 ppm). Em 2012, foi difundido o FIGUEIREDO, B. R. Minérios e ambiente. Campinas: Unicamp,
diesel S50, com 50 ppm de enxofre em sua composição. Atu- 2000.
almente, é produzido um diesel com teores de enxofre ainda
menores. Para corrigir os problemas ambientais causados por essa dre-
nagem, a substância mais recomendada a ser adicionada ao
Os Impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro. Disponível meio é o
em: www.cnt.org.br.
Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado). a) sulfeto de sódio.
A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele di- b) cloreto de amônio.
fundido em 2012 permitiu uma redução percentual de emis-
são de SO3 de c) dióxido de enxofre.
d) dióxido de carbono.
a) 86,2%.
e) carbonato de cálcio.
b) 96,2%.
7. (Enem 2013) A varfarina é um fármaco que diminui a agre-
c) 97,2%. gação plaquetária, e por isso é utilizada como anticoagulante,
d) 99,6%. desde que esteja presente no plasma, com uma concentração
superior a 1,0 mg/L. Entretanto, concentrações plasmáticas
e) 99,9%. superiores a 4,0 mg/L podem desencadear hemorragias. As
moléculas desse fármaco ficam retidas no espaço intravascu-
5. (Enem 2014) A utilização de processos de biorremediação lar e dissolvidas exclusivamente no plasma, que representa
de resíduos gerados pela combustão incompleta de compos- aproximadamente 60% do sangue em volume. Em um me-
tos orgânicos tem se tornado crescente, visando minimizar a dicamento, a varfarina é administrada por via intravenosa na
forma de solução aquosa, com concentração de 3,0 mg/mL. soluto é denominada solvente; por exemplo, a água é um sol-
Um indivíduo adulto, com volume sanguíneo total de 5,0 L, vente para o açúcar, para o sal e para várias outras substâncias.
será submetido a um tratamento com solução injetável desse A figura a seguir ilustra essa citação.
medicamento.
a) 1,0 mL
b) 1,7 mL
c) 2,7 mL
d) 4,0 mL
e) 6,7 mL
Suponha que uma pessoa, para adoçar seu cafezinho, tenha
8. (Enem 2012) Osmose é um processo espontâneo que utilizado 3,42g de sacarose (massa molar igual a 342 g/mol)
ocorre em todos os organismos vivos e é essencial à manu- para uma xícara de 50 mℓ do líquido. Qual é a concentração
tenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaC! (cloreto de final, em molℓ, de sacarose nesse cafezinho?
sódio) possui a mesma pressão osmótica das soluções presen-
tes nas células humanas. a) 0,02
d) no suco de limão, cujo pH varia de 2,5 a 3,6. 15. (Enem 2000) O esquema ilustra o processo de obtenção
do álcool etílico a partir da cana-de-açúcar.
e) no charque (carne salgada e seca ao sol).
a) 1,7 x 108
b) 1,2 x 109
c) 1,7 x 109
d) 1,2 x 1010
e) 7,0 x 10,10
d) 124 kg.
e) 162 kg.
Dessas explicações, são plausíveis somente: c) o aumento, nos campos irrigados, da concentração de
sais minerais na água presente no solo.
a) I e II.
d) a perda, nas plantas, de substâncias indispensáveis à
b) I e III. manutenção da vida vegetal, por meio da respiração.
b) 4,5 kg.
c) 96 kg.
CAPÍTULO 6
Cinética e Termoquímica
CINÉTICA QUÍMICA
Cinética é a parte da química que estuda a velocidade da reação, os fatores que a interferem e suas expressões.
VELOCIDADE DA REAÇÃO
Velocidade média = ∆ quantidade de substância (reagente ou produto) V = ∆q
∆ tempo (tempo final – tempo inicial) ∆t
Obs: a variação da quantidade de reagente ou produto pode ser medida em massa, volume, quantidade de matéria ou concentração.
Exemplo:
N2(g) + 3H2(g) à 2NH3(g)
Observa-se que a partir do tempo 20 minutos, as concentrações das substancias ficaram constantes, podendo concluir que trata-se
de uma reação reversível que atingiu o equilíbrio.
Obs: O sinal negativo representa que trata-se de um reagente, como é consumido, a quantidade final é menor que a inicial. Esse
sinal pode ser facultativo dependendo do processo seletivo.
Quanto aos produtos o sinal sempre será positivo já que são formados com o tempo.
A velocidade média da reação é calculada dividindo o valor da velocidade média da substância em um determinado tempo pelo
seu coeficiente estequiométrico.
Exemplo:
Velocidade média da reação acima com base no NH3 no tempo de 5 a 15 min = 0,6 mol/L.min = 0,3 mol/L.min
2
GRÁFICOS:
Concentração x Tempo Velocidade x Tempo
Concentração x Tempo
Curva A: representa um reagente já que a concentração diminui com o tempo devido ao seu consumo. Trata-se de uma curva com
velocidade variável.
Curva B: representa um produto pois a sua concentração aumenta com o tempo devido a sua formação. Trata-se de uma curva
com velocidade constante.
Velocidade x Tempo
Velocidade x Tempo: a velocidade é máxima do início do processo devido ao maior numero de moléculas reagentes que possuem
uma maior probabilidade de realizarem colisões efetivas. Com o tempo a velocidade tende a zero devido a tendência ao consumo
total dos reagentes.
Exemplo:
RESPOSTA:
As substâncias C e D são produtos, pois, estão sendo produzidos com o tempo, podendo ser observado pelas curvas crescentes no
gráfico. C corresponde ao H2O pois é produzido mais rapidamente que CO2, já que a proporção estequiométrica entre eles é de 2
: 1 respectivamente.
As substâncias A e B são reagentes pois estão sendo consumidos com o tempo, podendo ser observado pelas curvas decrescentes
no gráfico. B corresponde ao O2 pois é consumido mais rapidamente que CH4, já que a proporção estequiométrica entre eles é de
2 : 1 respectivamente.
Reagentes Produtos
Complexo ativado
Colisão efetiva
Para uma reação ocorrer as moléculas reagentes devem se atrair e se chocarem efetivamente com energia igual ou maior a energia
de ativação e com orientação espacial favorável. O choque efetivo forma o complexo ativado, um composto intermediário alta-
mente instável devido ao alto valor energético. O complexo ativado então libera energia para formar os produtos mais estáveis.
Energia de ativação (E.A.): Energia mínima necessária que deve ser absorvida pelos reagentes para formar o complexo ativado e
então ocorrer a reação. É calculada diminuindo a entalpia do complexo ativado pela entalpia dos reagentes.
Gráficos
Hreagentes: 20 kJ
Hprodutos: 10 kJ
Hcomplexo ativado: 60 kJ
Variação de entalpia (∆H): ∆H = Hprodutos – Hreagen-
tes. ∆H = 10 – 20 à ∆H = - 10 kJ.
Energia de ativação: E.A = Hcomplexo ativado – Hrea-
gentes. E.A. = 60 – 20 à E.A. = 40 kJ.
Energia de ativação da reação inversa: E.A.inversa =
Hcomplexo ativado – Hprodutos. E.A.inversa = 60 – 10
à 50 kJ.
Classificação da reação: exotérmica, pois a entalpia dos
produtos é menor que dos reagentes.
Catalisador
O catalisador possui a função de acelerar uma reação por meio da diminuição da energia de ativação.
Propriedades:
• . É altamente especifico.
• . Não altera o valor de ∆H, já que não interfere nas entalpias dos produtos, nem dos reagentes.
• . Representação do catalisador: é representado em cima da seta da equação ou entrando e saindo das reações que ocorrem
em etapas.
Gráfico:
Tipos de catálise
• Autocatálise: Um dos produtos da reação atua como catalisador da sua própria reação.
• Inibidor: Possui a função de retardar ou impedir com que uma reação ocorra, ou seja, apresenta função contrária a do catalisador.
Exemplo:
2. (UFOP) Considere o gráfico a seguir, que mostra a variação de energia de uma reação que ocorre na ausência e na presença de
catalisador.
Responda:
b) O valor da energia de ativação da reação direta não catalisada. Resposta: E.A. direta catalisada = 200 – 100 = 100 kJ.
c) O valor da energia de ativação da reação inversa catalisada. Resposta: E.A. inversa catalisada = 150 – 80 = 70 kJ.
d) A reação absorve ou libera calor? JUSTIFIQUE através dos cálculos. Resposta: Libera calor. A entalpia dos produtos é menor
que a entalpia dos reagentes, logo é uma reação exotérmica.
Quanto maior a concentração dos reagentes, maior é a probabilidade de ocorrer colisões efetivas e consequentemente aumentar
a velocidade da reação.
Obs: O aumento da concentração dos reagentes aumenta a velocidade da reação e a quantidade de produto formado simultane-
amente.
Temperatura
Quanto maior a temperatura de um sistema, maior é a energia cinética das moléculas e o número de moléculas com energia igual
ou maior a energia de ativação, assim, maior é a velocidade da reação.
Superfície de contato
Quanto maior for a superfície de contato entre as moléculas de reagentes, maior é a chance de ocorrer colisões efetivas e maior
será a velocidade da reação.
Obs: O aumento da superfície de contato aumenta a velocidade da reação mas não altera a quantidade de produto formado no
final do processo.
Pressão
O aumento da pressão de um sistema gasoso gera uma diminuição do volume e do espaço entre as moléculas, fazendo com que
a velocidade da reação aumente devido a um maior número de choques efetivos.
Catalisador
A utilização de um catalisador especifico em uma reação aumenta a velocidade da reação devido a uma diminuição da energia de
ativação da reação.
Outros fatores como luz, corrente elétrica e pH também influenciam na velocidade de uma reação.
Exemplo:
3. (FUVEST) Foram realizados quatro experimentos. Cada um deles consistiu na adição de solução aquosa de ácido sulfúrico de
concentração 1 mol/L a certa massa de ferro. A 25 ˚C e 1atm, mediram-se os volumes de hidrogênio desprendido em função do
tempo. No final de cada experimento, sempre sobrou ferro que não reagiu. A tabela mostra o tipo de ferro usado em cada experi-
mento, a temperatura e o volume da solução de ácido sulfúrico usado. O gráfico mostra os resultados.
Guldberg e Waage enunciaram a lei da ação das massas por meio de experiências analisando a influência de cada reagente na
velocidade de sua reação.
A velocidade da reação é calculada a partir do produto de uma constante específica (K) e das concentrações dos reagentes eleva-
das aos seus respectivos expoentes. Esses expoentes são calculados experimentalmente em uma temperatura específica.
Para a reação: 2A + B à C + 3D
Foram obtidos os seguintes dados sobre velocidade inicial com respeito às concentrações iniciais dos reagentes:
Os expoentes dos reagentes A e B são calculados com base nos experimentos 1, 2, 3 e 4 acima.
A B
Identifique de qual experimento para qual a concentração Identifique de qual experimento para qual a concentração de
de A altera e a concentração de B permaneça constante. B altera e a concentração de A permaneça constante.
Conclusão: experimento 1 para o 2. Conclusão: experimento 2 para o 3.
Ordem da reação
A ordem de uma substância corresponde a sua influência na velocidade da reação e é numericamente igual ao expoente dessa
substância na expressão da lei da velocidade. A ordem da reação é a soma dos expoentes dos reagentes presentes na expressão
da lei da velocidade.
Exemplo:
Ordem com relação a A = 1
Ordem com relação a B = 2
Ordem da reação = 3
Após encontrar a expressão da lei da velocidade, escolha um experimento (1, 2 ou 3) para relacionar com o experimento da velo-
cidade x (experimento 4).
Normalmente é mais fácil relacionar o experimento 1 com o experimento da velocidade x (experimento 4 nesse caso).
Passo a passo:
1. V = k . [A] . [B]2
2. (3) . (4)2
3. 3 . 16 à 48 x
4. x = 48 . 1,5 à x = 72
TIPOS DE REAÇÕES
Reação Elementar
A reação elementar ocorre em apenas uma etapa, e portanto, os expoentes dos reagentes na expressão da lei da velocidade são
numericamente iguais aos seus respectivos coeficientes estequiométricos.
Obs: Somente substâncias gasosas ou em meio aquoso entram na expressão da lei da velocidade. Substâncias sólidas e líquidas
(solventes) não entram pois apresentam concentração constante.
Exemplos:
A reação não elementar ocorre em duas ou mais etapas. Como a etapa lenta que determina a velocidade da reação, a expressão da
lei da velocidade e a ordem da reação são dadas a partir dessa etapa.
Exemplo
Etapa 1 (lenta): NO2(g) + NO2(g) à NO3(g) + NO(g)
Etapa 2 (rápida): NO3(g) + CO(g) à CO2(g) + NO2(g)
Equação global: CO + NO2 à CO2 + NO
Ordem da reação: 2
Molecularidade
Representa o número mínimo de moléculas ou íons necessários para se chocarem e realizarem uma reação em uma etapa.
Molecularidade das etapas: 1ª etapa: 2 2ª etapa: 2 .
Exemplo:
(Unirio) Num laboratório, foram efetuadas diversas experiências para a reação: 2H2(g) + 2NO(g) à N2(g) + 2H2O(g)
Com os resultados das velocidades iniciais obtidos, montou-se a seguinte tabela. Em seguida responda:
RESOLUÇÃO
b) Não elementar. Os expoentes dos reagentes na expressão da lei da velocidade são diferentes dos seus respectivos coeficientes
estequiométricos na reação.
c) v = k . [H2] . [NO]2
(4x) . (3x)2
4.9 à 36 x
x = 36 . 0,10 = 3,6 mol.L-1.s-1
EXERCÍCIOS
1. (UFPI) O dióxido de nitrogênio, NO2(g), é um gás tóxico, pois sua inalação provoca irritação nas vias respiratórias. Analise os re-
sultados expressos no gráfico abaixo e a reação de sua obtenção a partir de pentóxido de dinitrogênio, N2O5(g), na temperatura de
308 K e, em seguida, marque a alternativa CORRETA.
2. (UFSM) Para que ocorra uma reação química, é necessário que os reagentes entrem em contato, através de colisões, o que se
chama Teoria das Colisões. Essa teoria baseia-se em que
Estão CORRETAS:
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas I, II e IV.
3. (PUC-MG-2014) A figura ilustra a cinética de uma reação química com e sem a presença de catalisador.
Numere a segunda coluna de acordo com a primeira coluna e, a seguir, assinale a sequência CORRETA encontrada.
1. H1 ( ) Energia liberada pela reação
2. H2 ( ) Energia de ativação da reação catalisada
3. H2-H1 ( ) Energia de ativação da reação não catalisada
4. H3-H1 ( ) Energia dos produtos
5. H4-H1 ( ) Energia dos reagentes
a) 3 – 4 – 5 – 1 – 2
b) 2 – 4 – 5 – 1 – 3
c) 3 – 4 – 5 – 2 – 1
d) 2 – 5 – 4 – 1 – 3
4. (UFMG) Três experimentos foram realizados para investigar a velocidade da reação entre HCl aquoso diluído e ferro metálico.
Para isso, foram contadas, durante 30 segundos, as bolhas de gás formadas imediatamente após os reagentes serem misturados.
Em cada experimento, usou-se o mesmo volume de uma mesma solução de HCl e a mesma massa de ferro, variando-se a forma de
apresentação da amostra de ferro e a temperatura. O quadro indica as condições em que cada experimento foi realizado:
Assinale a alternativa que apresenta os experimentos na ordem crescente do número de bolhas observado:
a) II, I, III.
b) III, II, I.
c) I, II, III.
d) II, III, I.
e) I, III, II.
Baseando-se na tabela acima, podemos afirmar que a lei de velocidade para a reação é:
a) v = k [H2]
b) v = k [NO]
c) v = k [H2]. [NO]
d) v = k [H2]2.[NO]
e) v = k [H2] .[NO]2
6. (ENEM) A deterioração de um alimento é resultado das transformações químicas que decorrem, na maioria dos casos, da intera-
ção do alimento com micro-organismos ou, ainda, da interação com o oxigênio do ar, como é o caso da rancificação de gorduras.
Para conservar por mais tempo um alimento deve-se, portanto, procurar impedir ou retardar ao máximo a ocorrência dessas
transformações.
Os processes comumente utilizados para conservar alimentos levam em conta os seguintes fatores:
Caso uma pessoa não siga as instruções, principalmente no verão tropical, o leite se deteriorará rapidamente, devido a razões
relacionadas com:
a) o fator I, apenas;
7. (ENEM) Alguns fatores podem alterar a rapidez das reações químicas. A seguir destacam-se três exemplos no
contexto da preparação e da conservação de alimentos:
1. A maioria dos produtos alimentícios se conserva por muito mais tempo quando submetidos à refrigera-
ção. Esse procedimento diminui a rapidez das reações que contribuem para a degradação de certos alimentos.
2. Um procedimento muito comum utilizado em práticas de culinária é o corte dos alimentos para acelerar
o seu cozimento, caso não se tenha uma panela de pressão.
3. Na preparação de iogurtes, adicionam-se ao leite bactérias produtoras de enzimas que aceleram as
reações envolvendo açúcares e proteínas lácteas.
Com base no texto, quais são os fatores que influenciam a rapidez das transformações químicas relacionadas aos exemplos 1, 2 e
3, respectivamente?
GABARITO
1 A 3 C 5 E 7 C
2 C 4 A 6 C
vizinhança 51,9 kj
2c(s) + 2h2(g)
sistema
Reação Exotérmica
A reação exotérmica ocorre com liberação de energia térmi-
Entalpia ( H ): é o calor trocado entre sistema e meio. A ental-
ca. A temperatura da vizinhança aumenta, pois, o sistema
pia corresponde a quantidade de energia que cada substân-
cia contém. Como não há uma maneira de determinar o valor libera sua energia para o meio. Os reagentes, portanto, são
da entalpia de uma substância, normalmente, utiliza-se o mais energéticos que os produtos.
conceito de variação da entalpia nas reações e nas trocas de
estado físico. A entalpia não depende dos estados interme-
diários e portanto é calculada pela diferença entre a entalpia vizinhança
dos produtos (final) e dos reagentes (inicial).
Variação de entalpia ( ∆H )
∆H = Hprodutos - Hreagentes
sistema
TIPOS DE REAÇÕES
Reação Endotérmica
A reação endotérmica ocorre com absorção de energia tér-
mica. A temperatura da vizinhança diminui, pois, o sistema
absorve sua energia.
A energia cinética aumenta e a potencial diminui.
Os produtos, portanto, são mais energéticos que os reagen-
tes. Se Hp > Hr, e ∆H = Hp – Hr, conclui-se que ∆H > 0 para Representação das reações endotérmicas
reações endotérmicas.
Exemplo:
vizinhança
CH4(g) + 2O2(g) à CO2(g) + 2H2O(l) com variação de entalpia da
reação de combustão do metano igual à 890,0 KJ/mol.
sistema
Formas de representação:
1) CH4(g) + 2O2(g) à CO2(g) + 2H2O(l) ∆H = - 890,0 KJ/mol
2) CH4(g) + 2O2(g) à CO2(g) + 2H2O(l) + 890,0 KJ/mol
3) CH4(g) + 2O2(g) - 890,0 KJ/mol à CO2(g) + 2H2O(l)
A energia cinética diminui e a energia potencial aumenta.
CH 4 + 2O
CH4(g) + 20 2(g)
(g) 2(g)
-890- kj
890 kJ
CO (s) + 2H
+ 2h2(g)2O(l)
2c2(g)
CO2(g) + 2H2O(l)
CH4(g) + 2O2(g)
Q = m . c . ∆t
Expressão de cálculos de quantidade de calor:
Q =QQuantidade
= Quantidade dede matéria
matéria emem cal.cal.
m = massa da solução em g. Q = m . c . ∆t
m = massa da solução em g.
c = calor específico em cal/g.˚C.
c =∆tcalor específico
= variação em cal/g.˚C.
da temperatura (Tfinal – Tinicial) em ˚C.
Q = Quantidade
∆t = variação de matéria
da temperatura em –
(Tfinal cal.Tinicial) em ˚C.
Exemplo:m = massa da solução em g.
c = calor específico em cal/g.˚C.
Exemplo: ∆t = variação da temperatura (Tfinal – Tinicial) em ˚C.
Com a dissolução de determinada quantidade de NH4NO3 em água, foram obtidos 250 g de solução. Após a dissolução, a tempe-
Com a dissolução
ratura de determinada
da solução baixou de 23 °C paraquantidade
17 °C. Calculede NH4NO3 em
a quantidade água,
de calor foram obtidos
absorvida durante a250 g de solução.
dissolução do NH4NOApós a e
, em cal
3
dissolução,
em J. Exemplo:
a temperatura da solução baixou de 23 °C para 17 °C. Calcule a quantidade de calor absorvida
durante a Com a dissolução de determinada quantidade de NH4NO3 em água, foram obtidos 250 g de solução. Após a
dissolução do NH4NO3, em cal e em J.
dissolução,
(Dado: calor específiaco
temperatura
da água: c =da1solução baixou de 23 °C para 17 °C. Calcule a quantidade de calor absorvida
(Dado: calor específico da água:
durante a dissolução do NH4cNO=cal/g . °C)
1 cal/g . °C)
3, em cal e em J.
RESOLUÇÃO (Dado: calor específico da água: c = 1 cal/g . °C)
Q =RESOLUÇÃO
m . c RESOLUÇÃO
. ∆t
Q = 250 . 1Q.=(17 m . c . ∆t
– 23)
Q =
Q = m . c . ∆t 250 . 1 . (17 – 23)
Q =Q250 . 1 . 6
= 250 .Q1=. (17
250–. 23)
1.6
Q =Q1.500
= 250 .Qcal
1=. 61.500 cal 1500
1500cal
cal xx 4,18
4,18==6.270
6.270
J J
Q = 1.500 cal 1500 cal x 4,18 = 6.270 J
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
VARIAÇÃO DE ENTALPIA NAS MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
VARIAÇÃO DE ENTALPIA NAS MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
VARIAÇÃO DE ENTALPIA NAS MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
Processos endotérmicos
Processos endotérmicos
fusão vaporização
sólido líquido gasoso
solidificação liquefação/condensação
vaporização
fusão
sólido líquido gasoso
solidificação liquefação/condensação
Processos exotérmicos
Processos inversosinversos
Processos como fusão
comoe fusão
solidifiecação apresentam
solidificação a mesma
apresentam variação
a mesma de entalpia
variação em módulo.
de entalpia em módulo.
ExemploExemplo
1: H2O(s) 1: H2HO2(s)O(l) ∆H
H2O=(l) 6,0 kJ/mol Processos exotérmicos
∆H = 6,0 kJ/mol
Para fundir um mol de água é necessário que ocorra
Para fundir um mol de água é necessário que ocorra a absorção de 6,0 de
a absorção kJ de
6,0energia (∆H = (∆H
kJ de energia + 6,0
= +kJ/mol)
6,0 kJ/mol)
Para solidifi
Para carsolidificar
um mol um de água
mol é necessário
de água é que ocorra
necessário que a liberação
ocorra a de 6,0 de
liberação kJ de
6,0energia
kJ de (∆H =(∆H
energia - 6,0=kJ/mol)
- 6,0em
kJ/mol)
Processos inversos
Gráfico: Gráfico:
como fusão e solidificação apresentam a mesma variação de entalpia módulo.
H20 (I)
+ 6,0 kj -6,0 kj
H20 (s)
Exemplos:
H2(g) + ½ O2(g) à H2O(l) ∆H= - 286,0 kJ/mol
Cgrafite + O2(g) à CO2(g) ∆H= - 393,0 kJ/mol
6Cgrafite + 3H2(g) à C6H6(l) ∆H= + 49,0 kJ/mol
COMBUSTÃO
Combustão, também conhecida como queima é uma reação exotérmica de oxirredução. Nessa reação existem reagentes deno-
minados combustível (sofre oxidação) e comburente (sofre oxidação). O comburente mais utilizado é o gás oxigênio, O2.
• Combustão completa: é aquela que forma pelo menos um produto com NOx máximo de um dos elementos que compõem
o combustível.
Obs: Na combustão completa de um combustível que possui carbono e hidrogênio há a formação de CO2 e H2O na presença de
O2.
• Combustão incompleta: é aquela que forma algum produto que não possui o NOx máximo de algum dos elementos que
compõem o combutível.
• Calor padrão de combustão: corresponde ao ∆H envolvido na combustão completa de um mol do combustível nas CNTP.
Exemplo:
(UEA-AM-2016) Octano, C8H18, um dos componentes da gasolina, pode ser obtido sinteticamente a partir dos gases butano,
C4H10, (UEA-AM-2016)
e 1-buteno, C4H8, por meio deCum
Octano, processo catalítico conhecido como Alquilação. Essa síntese pode ser representada pela
8H18, um dos componentes da gasolina, pode ser obtido sinteticamente a partir
equação:
dos gases butano, C4H10, e 1-buteno,CCH 4H8, por
+ Cmeio
H de à CumH processo catalítico conhecido como Alquilação.
4 10(g) 4 8(g) 8 18(l)
Essa síntese pode ser representada pela equação:
C4Hque
Sabendo + entalpias-padrão
10(g)as C4H8(g) ! C8H18(l) de formação do butano, do 1-buteno e do octano são, respectiva e aproximadamente, em kJ/
Sabendo
mol, iguais quezero
a – 2.880, as entalpias-padrão
e – 5.470, é CORRETOde formação
afirmar do butano,
que a síntese dode1-buteno
de 1 mol octano poreessa
do octano
reação: são, respectiva e
a) absorve 2.590 b) absorveem
aproximadamente, 8.350 c) libera
kJ/mol, 2.590
iguais a – 2.880, zerod)elibera 5.470
– 5.470, e) libera 8.350
é CORRETO afirmar que a síntese de 1 mol
de octano por essa reação:
RESOLUÇÃO
a) absorve 2.590 b) absorve 8.350 c) libera 2.590 d) libera 5.470 e) libera
8.350
∆H = S Hoformação produtos - S Hoformação reagentes
oC H ) – (HoC H + HoC H )
∆H = (H 8 18 4 10 4 8
∆H = (-RESOLUÇÃO
5.470,0) – (- 2.880,0 + 0,0)
o o
∆H = -∆H = Σ +H2.880,0
5.470,0 formação produtos - Σ H formação reagentes
o o o
∆H = -∆H = (H
2.590 kJ C8H18) – (H C4H10 + H C4H8)
∆H = (- 5.470,0) – (- 2.880,0 + 0,0)
Resposta:
∆H =c - 5.470,0 + 2.880,0
∆H = - 2.590 kJ
2º Caso) Envolvendo Lei de Hess
Segundo Hess, a variação de entalpia de uma reação depende apenas da Hfinal dos produtos e da Hinicial dos reagentes, sendo
Resposta: c
a reação ocorrendo em uma ou várias etapas.
• Coloque a substância selecionada do mesmo lado e na mesma quantidade que na global, para isso, multiplique, divida, inverta
Passo a passo para resolução de exercícios utilizando a Lei de Hess:
e/ou mantenha toda a equação.
. Encontre em cada etapa a substância que está presente na global e que não está presente nas outras
• O que for feito com a reação deve ser feito com o valor de ∆H de cada etapa.
etapas.
• . Coloque
Caso não hajaauma
substância selecionada
substância do mesmo
a ser selecionada ladoetapa,
em alguma e na utilize
mesma as quantidade quepara
substâncias dessa na global, para
simplificar isso,
com as das
multiplique,
demais etapas. divida, inverta e/ou mantenha toda a equação.
. O que for feito com a reação deve ser feito com o valor de ∆H de cada etapa.
• Substâncias iguais de um mesmo lado são somadas e em lados opostos subtraídas. O resultado deve ser a global.
. Caso não haja uma substância a ser selecionada em alguma etapa, utilize as substâncias dessa para
simplificar
• O ∆H da global com as das ademais
corresponde etapas.
soma dos ∆H’s das etapas.
. Substâncias iguais de um mesmo lado são somadas e em lados opostos subtraídas. O resultado deve ser a
Exemplo:
global.
(UFF-RJ) Quando o benzeno queima na presença de excesso de oxigênio, a quantidade de calor transferida à pressão constante
. O ∆H da global corresponde a soma dos ∆H’s das etapas.
está associada à reação:
ΔH = Hquebra – Hformação
Utilizando os dados constantes na tabela anterior, marque a opção que contém o valor correto da variação de entalpia verificada,
em kj/mol.
a) a) + 104
b) b) + 71
c) c) + 52
d) d) – 71
e) e) – 104
Resolução:
∆H = Hquebra – Hformação
∆H = (Cl – Cl + 2 O – H) – (H – Cl + O – H + O – Cl)
∆H = (243 + 464) – (431 + 205)
∆H = 707 – 636
∆H = - 71
Resposta: d
EXERCÍCIOS
1. (Fatec-SP) Fazer a mala para uma viagem poderá ser tão simples como pegar algumas latas de spray, que contenham uma
mistura de polímero coloidal, para fazer suas próprias roupas “spray-on”. Tanto faz se é uma camiseta ou um traje noturno, o tecido
“spray-on” é uma novidade para produzir uma variedade de tecidos leves. A fórmula consiste em fibras curtas interligadas com
polímeros e um solvente que produz o tecido em forma líquida. Esse tecido provoca uma sensação fria ao ser pulverizado no corpo,
mas adquire a temperatura corporal em poucos segundos. O material é pulverizado diretamente sobre a pele nua de uma pessoa,
onde seca quase instantaneamente.
A sensação térmica provocada pelo tecido “spray-on”, quando pulverizado sobre o corpo, ocorre porque o solvente
2. (F. M. Catanduva-SP) A reação de combustão do butano, usado como propelente em aerossóis está descrita na equação apre-
sentada a seguir:
A combustão total do butano contido em uma embalagem do tipo aerossol liberou uma quantidade de energia equivalente a
1.439 kJ. A massa de butano contida nessa embalagem é, aproximadamente, igual a:
a) 87 g
b) 58 g
c) 29 g
d) 14 g
e) 7 g
3. (Mackenzie) Considerando a reação de combustão completa de 1 mol de gás butano no estado-padrão e as informações exis-
tentes da tabela abaixo, assinale a alternativa que descreve a afirmação correta.
b) O somatório dos coeficientes estequiométricos para a equação que representa esse processo é de 26.
c) A entalpia dos produtos é menor do que a entalpia dos reagentes, pois o processo é classificado termoquimicamente como
endotérmico.
d) O carbono existente no CO2 encontra-se em seu estado intermediário de oxidação, possuindo nox +2.
e) O valor da energia liberado nesse processo é de 2.877,3 kJ.
4. (UFRGS) O carbeto de tungstênio , WC, é uma substância muito dura e, por essa razão, é utilizada na fabricação de vários tipos
de ferramentas. A variação de entalpia da reação de formação do carbeto de tungstênio a partir dos elementos CGRAFITE e W(s) é
difícil de ser medida diretamente, pois a reação ocorre a 1400 °C. No entanto, pode-se medir com facilidade os calores de com-
bustão dos elementos CGRAFITE, W(s) e do carbeto de tungstênio, WC(s):
Pode-se, então, calcular o valor da entalpia da reação abaixo e concluir se a mesma é exotérmica ou endotérmica:
a) + 317,5 kj e endotérmica.
b) – 317,5 kj e exotérmica.
c) – 38,0 kj e exotérmica.
d) + 38,0 kj e endotérmica.
5. (PUC-RJ) Considere o processo industrial de obtenção do propan-2-ol (isopropanol) a partir da hidrogenação da acetona, re-
presentada pela equação abaixo.
C=O 745
H-H 436
C-H 413
C-O 358
O-H 463
Fazendo uso das informações contidas na tabela acima, é correto afirmar que a variação de entalpia para essa reação, em kJ/mol,
é igual a:
a) - 53.
b) + 104.
c) - 410.
d) + 800.
e) – 836
6. (ENEM) Nas últimas décadas, o efeito estufa tem-se intensificado de maneira preocupante, sendo esse efeito muitas vezes
atribuído à intensa liberação de CO2 durante a queima de combustíveis fósseis para geração de energia. O quadro traz as ental-
pias-padrão (∆H) de combustão a 25 °C, do metano, do butano e do octano.
À medida que aumenta a consciência sobre os impactos ambientais relacionados ao uso da energia, cresce a importância de se
criar políticas de incentivo ao uso de combustíveis mais eficientes. Nesse sentido, considerando-se que o metano, o butano e o
octano sejam representativos do gás natural, do gás liquefeito de petróleo (GLP) e da gasolina, respectivamente, então, a partir
dos dados fornecidos, é possível concluir que, do ponto de vista da quantidade de calor obtido por mol de CO2 gerado, a ordem
crescente desses três combustíveis é
7. (ENEM) As mobilizações para promover um planeta melhor para as futuras gerações são cada vez mais frequentes. A maior
parte dos meios de transporte de massa é atualmente movida pela queima de um combustível fóssil. A título de exemplificação
do ônus causado por essa prática basta saber que um carro produz, em média, cerca de 200 g de dióxido de carbono por km per-
corrido.
Um dos principais constituintes da gasolina é o octano (C8H18). Por meio da combustão do octano é possível a liberação de ener-
gia, permitindo que o carro entre em movimento. A equação que representa a reação química desse processo demonstra que
8. (ENEM) No que tange à tecnologia de combustíveis alternativos, muitos especialistas em energia acreditam que os alcoóis
vão crescer em importância em um futuro próximo. Realmente, álcoois como metanol e etanol têm encontrado alguns nichos
para uso doméstico como combustíveis há muitas décadas e, recentemente, vêm obtendo uma aceitação cada vez maior como
aditivos, ou mesmo como substitutos para gasolina em veículos. Algumas das propriedades físicas desses combustíveis são mos-
tradas no quadro seguinte.
Considere que, em pequenos volumes, o custo de produção de ambos os alcoóis seja o mesmo. Dessa forma, do ponto de vista
econômico, é mais vantajoso utilizar
a) metanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 22,7 kJ de energia por litro de combustível queimado.
b) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 29,7 kJ de energia por litro de combustível queimado.
c) metanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 17,9 MJ de energia por litro de combustível queimado.
d) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 23,5 MJ de energia por litro de combustível queimado.
e) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 33,7 MJ de energia por litro de combustível queimado.
9. (ENEM) Um dos problemas dos combustíveis que contêm carbono é que sua queima produz dióxido de carbono. Portanto,
uma característica importante, ao se escolher um combustível, é analisar seu calor de combustão (∆Hc0) definido como a energia
liberada na queima completa de um mol de combustível no estado padrão. O quadro seguinte relaciona algumas substâncias
que contêm carbono e seu ∆Hc0 .
Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado completamente, libera mais dióxido de carbono no ambiente pela
mesma quantidade de energia produzida?
a) Benzeno.
b) Metano.
c) Glicose.
d) Octano.
e) Etanol
10. (ENEM) Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas são usadas no
meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado com “algo quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um
corpo”. Esses significados, no entanto, não conseguem explicar diversas situações que podem ser verificadas na prática. Do ponto
de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiro s de calor e temperatura?
a) A temperatura da água que pode ficar constante durante o tempo em que estiver fervendo.
b) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água.
c) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da água em uma panela.
d) A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim de diminuir sua temperatura.
e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu interior com menor temperatura do que a dele.
11. (UEFS)
Substância Química Entalpia-padrão de combustão, ΔH°c (kJ/mol) 25° C
Metano, CH4(g) - 891
Butano, C4H10(g) - 2.878
Etanol, C2H6O(l) - 1.367
O valor da entalpia-padrão de combustão, é medido com uma bomba calorimétrica e serve para avaliar a quantidade de calor
envolvida na combustão de substâncias orgânicas, a exemplo das apresentadas na tabela, utilizadas como fonte de energia.
Um dos problemas ocasionados pelo uso dessas substâncias químicas, como combustível, é a produção do dióxido de carbono,
CO2(g), um gás que contribui para o aumento do efeito estufa.
Com base na análise dessas informações, associadas aos conhecimentos sobre termoquímica, é correto afirmar:
c) A energia liberada na combustão de 2,0 mol de metano é menor do que a envolvida na combustão de 46,0 g de etanol.
d) O valor da entalpia de combustão independe do estado físico das substâncias químicas envolvidas na reação química.
e) A reação de 3,0 ´ 1023 moléculas de gás butano, com oxigênio suficiente, libera para a atmosfera 89,6 L de dióxido de carbono,
medidos nas CNTP.
12. (ENEM) O aproveitamento de resíduos florestais vem se tornando cada dia mais atrativo, pois eles são uma fonte renovável
de energia. A figura representa a queima de um bio-óleo extraído do resíduo de madeira, sendo ΔH1 a variação de entalpia devi-
do à queima de 1g desse bio-óleo, resultando em gás carbônico e água líquida, e ΔH2 a variação de entalpia envolvida na conver-
são de 1g de água no estado gasoso para o estado líquido.
A variação de entalpia, em kJ, para a queima de 5 g desse bio-óleo resultando em CO2(gasoso) e H2O(gasoso) é:
a) -106.
b) - 94,0.
c) - 82,0.
d) - 21,2.
e) - 16,4.
GABARITO
1 B 5 D 9 B 13 A
2 B 6 D 10 A 14 A
3 B 7 B 11 C
4 C 8 A 12 A
CAPÍTULO 7
Equilíbrio Químico
Um sistema fechado tende a entrar em equilíbrio, pois essa 2) Concentrações de produtos e reagentes ficam constan-
condição permite uma maior estabilidade do sistema devido tes, não necessariamente iguais.
a uma menor quantidade de energia.
Gráficos
Condições para que um sistema entre em
equilíbrio
Para um sistema entrar em equilíbrio, ele deve obedecer duas
condições:
1) Reação Reversível
2) Sistema fechado
Gráfico
Constante de Equilíbrio
A constante de equilíbrio pode ser expressada com base nas concentrações dos participantes da reação. Supondo a reação de
produção de HI conforme a equação abaixo:
Vd = Vi
Kd = [HI]2
Ki [H2].[I2]
Exemplos:
[N2].[H2]3
Exemplo
PN2 . (PH2)3
PCO2
Relação de Kc e Kp Kc = Kp . (R . T)∆n
3) (UFCE) Um estudante introduziu 0,8 mol de NH3 gasoso em um recipiente fechado de 1,0 L a 25 ºC e observou as va-
riações de concentração das espécies que participam do equilíbrio químico: 2 NH3(g) 3 H2(g) + N2(g), ilustradas no gráfico
abaixo:
a) Qual foi o tempo em que esta reação atingiu o equilíbrio? JUSTIFIQUE com poucas palavras.
Resposta: 16 segundos. Foi o momento em que as concentrações dos produtos e dos reagentes se igualaram.
Resposta:
4) A síntese de HI é um processo exotérmico que, no equilíbrio, pode ser representado pela equação:
Resposta:
5) (PUC-RS) Um equilíbrio envolvido na formação da chuva ácida está representado pela equação:
Resolução:
6) (PUC) Em um recipiente de 2,0 L, colocou-se 2 mol de PCl5. Suponha o sistema PCl5 PCl3 + Cl2, homogêneo e em tem-
peratura tal que o PCl5 esteja 80% dissociado. Calcule a constante de equilíbrio para este sistema.
Resolução:
Cálculo de Kc de uma reação global com base nas etapas que a constitui
• Quando a reação é dividida por um valor y, o valor de Kc deve ser tirado a raiz com potência do valor de y.
Exemplo:
7) O valor da constante de equilíbrio com base na concentração pode ser determinado com base nos valores das constantes
das etapas que envolvem tal reação. Sabendo dessa informação calcule o valor de Kc da reação de combustão do metano.
Resolução:
1o passo: Modificar ou manter as reações para obter a global:
2o passo: Obedecer os comandos do passo 1. E somar substâncias iguais do mesmo lado, e em lados opostos subtrai-las
DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO
Princípio de Le Chatelier
Segundo Le Chatelier, quando uma reação ocorre em um recipiente fechado, tende a entrar em equilíbrio e permanecer nessa
condição a menos que um fator externo exerça uma perturbação. Entretanto, o sistema se reorganiza na tentativa de anular tal
perturbação e reestabelecer o equilíbrio, porém com novas composições.
1) Concentração
• Aumento da concentração de reagente desloca o equilíbrio no sentido de formação de produtos, favorecendo a reação direta
(direita).
• Aumento da concentração de produto desloca o equilíbrio no sentido de formação de reagentes, favorecendo a reação inversa
(esquerda).
Obs: A alteração da concentração de um produto ou reagente não altera o valor da constante de equilíbrio.
Exemplo:
1) A produção de Iodeto de hidrogênio (HI) nas indústrias é realizada conforme o equilíbrio químico representado abaixo:
Resposta: Quando diminui a concentração do gás H2 do meio, desloca o equilíbrio para a esquerda na tentativa de repor esse gás.
Resposta: Quando aumenta a concentração do gás I2 do meio, desloca o equilíbrio para a direita na tentativa de consumir esse gás.
Resposta: Quando aumenta a concentração do gás HI do meio, desloca o equilíbrio para a esquerda na tentativa de consumir esse
gás.
2) Temperatura
Alteração do valor de Kc: É o único fator que é capaz de modificar o valor da constante de equilíbrio.
Exemplo:
2) A produção de amônia (NH3) nas indústrias é realizada conforme o equilíbrio químico representado abaixo:
Resposta: Como o ∆H da reação direta é negativo, essa reação é exotérmica, portanto, a reação inversa é endotérmica.
Ao aumentar a temperatura, favorece a reação endotérmica (inversa nesse caso), deslocando o equilíbrio para a esquerda no sen-
tido de formação de reagentes.
Resposta: Kc diminui. Como a concentração dos reagentes aumenta, o valor de Kc abaixa, pois são inversamente proporcionais.
3) Pressão
• Aumento da pressão total do sistema desloca o equilíbrio no sentido que apresenta o menor número de mol de substâncias
gasosas.
• Diminuição da pressão total do sistema desloca o equilíbrio no sentido que apresenta o maior número de mol de substâncias
gasosas.
• Em um sistema onde o número de mol de gases nos reagentes e produtos são iguais, a alteração da pressão total do sistema
não é capaz de causar um deslocamento de equilíbrio.
Alteração do valor de Kc: Alteração no valor da pressão total do sistema não modifica o valor da constante de equilíbrio.
Exemplo:
3) A produção de amônia (NH3) nas indústrias é realizada conforme o equilíbrio químico representado abaixo:
Resposta: O aumento da pressão total do sistema desloca o equilíbrio no sentido de menor número de mol de gases.
Resposta: Ao aumentar a pressão parcial de NH3, ocorre o aumento da concentração desse gás deslocando o equilíbrio para a
esquerda no sentido de formação de reagentes.
4) Catalisador
A adição de um catalisador em um sistema aumenta a velocidade tanto da reação direta, quanto da reação inversa na mesma
proporção. Portanto, não desloca o equilíbrio.
O catalisador faz apenas com que o equilíbrio seja alcançado mais rapidamente
5) Gás Inerte
Embora a adição de um gás inerte altere o valor da pressão total do sistema, não modifica os valores das pressões parciais dos
gases, portanto, não causa um deslocamento do equilíbrio.
Exemplo:
• Temperatura: Deve diminuir a temperatura. Ao diminuir a temperatura, há um favorecimento da reação exotérmica no sentido
de formação de CO2.
• Pressão: Deve aumentar a pressão. Ao aumentar a pressão total do sistema, ocorre um deslocamento no sentido de menor
número de mol de gases, ou seja, no sentido dos produtos (2 mol de gases) quando comparado aos reagentes (3 mol de gases).
Se adicionar CO não haverá alteração no valor de Kc. O único fator capaz de modificar o valor da constante é a temperatura.
• Base: São compostos que em meio aquoso liberam íons OH-. Exemplo: NaOH.
Exemplo
De acordo com as equações abaixo, DETERMINE os pares ácido-base conjugados de acordo com a teoria de Brönsted-Lowry:
Obs: Se o ácido for forte, a sua base conjugada é fraca. Se o ácido for fraco, sua base conjugada é forte. O mesmo ocorre com as
bases.
Constante de acidez
Supondo um ácido hipotético HX e a sua ionização em água:
Grau de ionização
O grau de ionização (a) corresponde ao número de moléculas que ionizam com base nas moléculas dissolvidas.
A concentração de íons [H+] pode ser calculada com base na equação abaixo:
[H+] = C . a
Ka = C . a x C . a à Ka = C2 . a2 à Ka = C . a2
C – C . a C (1 – a) 1–a
Para ácidos fracos: Como o valor de a para os ácidos fracos é pequeno, o denominador da fórmula de Ka é 1, pois 1 menos um
número muito pequeno (a) é praticamente 1. Portanto, a expressão para os ácidos fracos é Ka = C . a2
Conclusão:
Como Ka é uma constante, quanto menor for a concentração da solução (C), ou seja, mais diluída, maior é o grau de ionização (a) e
consequentemente a quantidade de íons livres no meio. Assim, uma solução mais diluída apresenta maior condução de corrente
elétrica devido a maior quantidade de íons livres.
Constante de basicidade
1) O grau de ionização de uma determinada ácido fraco HA em solução 0,05 mol/L é 4 %. E sabendo-se que este ácido apre-
[H+] = C . a
[H+] = 0,05 . 0,04
[H+] = 0,002 mol/L
b) A tonalidade da solução aumenta ou diminui quando se adiciona limão ao equilíbrio? JUSTIFIQUE com poucas palavras.
Resposta:
A tonalidade da solução aumenta. A adição de limão, que é uma substância ácida, libera íons H+ no meio fazendo com que a
concentração do íon na reação em equilíbrio aumente. O aumento da [H+] desloca o equilíbrio para a esquerda, aumentando a
concentração de HA que apresenta coloração violeta.
2) A metilamina, H3C–NH2, proveniente da decomposição de certas proteínas, responsáveis pelo desagradável cheiro de
peixe, é uma substância gasosa, solúvel em água. Em soluções aquosas de metilamina ocorre o equilíbrio:
Resposta:
A adição das substâncias ácidas limão ou vinagre liberam íons H+ que reagem com os íons OH- que fazem parte da reação em
equilíbrio. A diminuição da concentração dos íons OH- desloca o equilíbrio para a direita fazendo com que a concentração de me-
tilamina (H3C–NH2), responsável pelo cheiro desagradável, diminua.
AUTOIONIZAÇÃO DA ÁGUA
A água ioniza-se conforme a equação abaixo:
Constante de equilíbrio da água: Kc = [H+] . [OH-] à Como a [H2O] é praticamente constante: Kw = [H+] . [OH-]
[H2O]
Kw nas condições ambiente (1 atm e 25 ˚C) apresenta o valor igual a 1,00 x 10-14
Temperatura °C Kw
0 0,11 x 10-14
25 1,00 x 10-14
40 3,02 x 10-14
80 23,4 x 10-14
100 51,3 x 10-14
Com base na análise do experimento acima conclui-se que a reação de autoionização da água é endotérmica, já que aumenta o
valor com o aumento da temperatura.
Kw = [H+] . [OH-]
Se à 25 ˚C Kw = 1,0 x 10-14 à [H+] . [OH-] = 1,0 x 10-14
Se a concentração de H+ for igual a 1x10-8, a de OH- é igual a 1x10-6. Portanto, a [H+] < [OH-] à solução BÁSICA
Se a concentração de H+ for igual a 1x10-5 , a de OH- é igual a 1x10-9. Portanto, a [H+] > [OH-] à solução ÁCIDA
Se a concentração de H+ for igual a 1x10-7, a de OH- é igual a 1x10-7. Portanto, a [H+] = [OH-] à solução NEUTRA
pH
pH corresponde ao potencial hidrogeniônico
pH = - log [H+]
Faixa de pH = 0___________________________7___________________________14
ÁCIDA NEUTRA BÁSICA
pOH
pOH = Potencial Hidroxiliônico
pOH = - log [OH-]
Indicadores ácido-base
São substâncias que mudam de cor dependendo do caráter do meio em que se encontram. Isso ocorre devido a um deslocamento
de equilíbrio iônico quando uma substância ácida ou básica é adicionada no sistema favorecendo ou não a formação de um com-
posto com determinada cor.
Exemplo:
1) (UNESP – 2008) Dois fatores que podem alterar o pH sanguíneo são: a intensidade da respiração (quanto maior a intensi-
dade, menor o teor de CO2 no sangue) e o teor de bicarbonato na urina (quanto maior o teor de bicarbonato na urina, maior
a diminuição de sua concentração no sangue).
quais os efeitos do aumento da intensidade da respiração e do aumento do teor em bicarbonato na urina sobre os valores do pH
sanguíneo?
Resposta: Quanto maior o teor de bicarbonato (HCO3-) na urina, menor é a sua concentração no sangue. A diminuição na concen-
tração desse íon, desloca o equilíbrio para a direita, aumentando assim a [H+] e como resultado ocorre a diminuição do valor de pH
.
HIDRÓLISE SALINA
A hidrólise salina corresponde a reação entre os íons do sal com a água, modificando as concentrações dos íons H+ e os íons OH- da
água deixando o meio ácido ou básico.
Hidrólise Básica
A hidrólise básica ocorre com um sal de caráter básico, ou seja, que possui origem de uma base forte e de um ácido fraco.
Ocorre uma diminuição na [H+] da solução devido a uma reação desses íons com os ânions do sal, formando um ácido fraco que
ioniza pouco e, portanto, “captura” os íons H+ da água deixando-a básica já que a concentração de OH- será maior que a de H+.
NaF
• NaF(aq) à Na+(aq) + F-(aq)
Constante da hidrólise
Kh = [HF] . [OH-] à Kh = Kw
[F-] Ka
Hidrólise Ácida
A hidrólise ácida ocorre com um sal de caráter ácido, ou seja, que possui origem de um ácido forte e de uma base fraca.
Ocorre uma diminuição na [OH-] da solução devido a uma reação desses íons com os cátions do sal, formando uma base fraca que
dissocia pouco e, portanto, “captura” os íons OH- da água deixando-a ácida já que a concentração de H+ será maior que a de OH-.
NH4Cl
• NH4Cl(aq) NH4+(aq) + Cl-(aq)
Constante da hidrólise
Kh = [NH4OH] . [H+] à Kh = Kw
[NH4 ]
+
Kb
Exemplo: NH4F
Constante da hidrólise
Kh = Kw
Ka . Kb
Obs: Para saber o caráter ácido ou básico da solução quando ocorre esse tipo de hidrólise basta comparar os valores de Ka e Kb do
ácido e da base respectivamente. O maior valor define o caráter da solução.
SOLUÇÃO-TAMPÃO
Uma solução tampão possui a função de evitar variações bruscas de pH na adição de uma pequena quantidade de ácido ou de
uma base.
Essa solução é formada por um ácido fraco e um sal correspondente ou por uma base fraca e um sal correspondente
Solução-Tampão ácida
Formada por um ácido fraco e um sal correspondente
Exemplo: HCN / NaCN
O sal NaCN foi adicionado para aumentar a concentração dos íons CN-, cuja função é consumir ácido. É necessário esse procedi-
mento pois como o HCN é um ácido fraco, libera pouco H+(aq) e CN-(aq) no meio.
Solução-Tampão básica
Formada por uma base fraca e um sal correspondente.
Exemplo: NH4OH / NH4Cl
O sal NH4Cl foi adicionado para aumentar a concentração dos íons NH4+, cuja função é consumir base. É necessário esse procedi-
mento pois como o NH4OH é uma base fraca, libera poucos íons NH4+(aq) e OH -(aq) no meio.
Exemplos:
1) Em estudos ligados à medicina e à biologia é muito importante o conceito de solução tampão, pois os fluidos biológicos
(animais ou vegetais) são, em geral, meios aquosos tamponados.
Quais dentre os seguintes pares de substancias, quando em solução aquosa, produzem uma solução tampão? EXPLIQUE o critério
que você usou na escolha:
I. HCl + KCl
II. NaOH + NaCl
III. NaCN + HCN
IV. NH4Cl + NH4OH
V. CH3COOH + CH3COONa
VI. Mg(OH)2 + NaNO3
Resolução:
I. NÃO. Pois HCl é um ácido forte, embora o sal KCl seja um sal correspondente.
II. NÃO. Pois NaOH é uma base forte, embora o sal NaCl seja um sal correspondente.
III. SIM. HCN é um ácido fraco e NaCN é um sal correspondente.
IV. SIM. NH4OH é uma base fraca e NH4Cl é um sal correspondente.
V. SIM. CH3COOH é um ácido orgânico fraco e CH3COONa é um sal correspondente.
VI. NÃO. Pois embora o Mg(OH)2 seja uma base fraca, NaNO3 não é um sal correspondente.
2) Descubra o pH de uma solução tampão formada por acido acético 0,01 mol/L e acetato de sódio 0,02 mol/L.
Dado Ka = 4 x 10-5, log2 = 0,3
Resolução:
1o passo: Escrever a equação de ionização do ácido
CH3COOH(aq) H+(aq) + CH3COO-(aq)
Ka = [H+] . [CH3COO-]
[CH3COOH]
Ka = [H+] . [CH3COO-] à 4 x 10-5 = [H+] . 0,02 à 4 x 10-5 . 0,01 = [H+] à [H+] = 2 x 10-5
[CH3COOH] 0,01 0,02
pH = - log[H+]
pH = - log 2 x 10-5
pH = - (log 2 + log 10-5)
pH = - (0,3 – 5)
pH = 4,7
EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE
Uma solução saturada com corpo de fundo apresenta um equilíbrio dinâmico entre o sólido presente no fundo do recipiente e os
íons dissolvidos na solução. O sistema entra em equilíbrio quando a velocidade de precipitação dos íons igualar com a velocidade
de dissolução do sólido precipitado.
Kc = [Fe2+] + [S2-] à Como FeS é sólido e apresenta concentração constante, Portanto, será incluído no
[FeS] valor da constante. Kc . [FeS] = [Fe2+] + [S2-]. Essa constante será denominada como
constante produto de solubilidade (Kps)
Obs: Para comparar as solubilidades de diferentes substâncias, utilize os valores das solubilidades como fator de comparação, e
não os valores de Kps.
Exemplos:
1) (UFTT) Encontre o valor do produto de solubilidade do sal de FeBr3 à temperatura de 25 °C, sabendo que a solubilidade
do brometo de ferro III é 1,0x10-4.
Resolução:
1o passo: Escrever a equação de dissociação/ionização da substância
FeBr3(s) à Fe3+(aq) + 3Br-(aq)
2) Sabendo que o produto de solubilidade do Ca(OH)2, a 25 °C é igual a 1,08x10-10, determine o pH dessa solução. Dados:
log2 = 0,30 ; log3 = 0,47
Resolução:
Nesse caso o exercício informou o valor do produto de solubilidade (Kps) e pede a solubilidade.
pOH = - log[OH-]
pOH = - log 6 x 10-4 (como 6 = 2 x 3)
pOH = - log 2 x 3 x 10-4
pOH = - (0,30 + 0,47 – 4)
pOH = 3,23
Como pH + pOH = 14 à pH + 3,23 = 14 à pH = 10,77
EXERCÍCIOS
1. Quando uma reação química exotérmica atinge o equilíbrio, são válidas todas as afirmativas abaixo, EXCETO:
2. Em um recipiente de 1 L foram colocados 3,00 mols de PCl5 a uma dada temperatura. Nessa temperatura, o pentacloreto de
fósforo se decompõe em cloro e tricloreto de fósforo, conforme a equação abaixo:
Depois de atingido o equilíbrio, verifica-se que o recipiente a concentração de Cl2 1,6 mol/L. As quantidades, em mol/L, de PCl5, PCl3
e a constante de equilíbrio aproximada da reação nessa temperatura são, respectivamente:
3. (ENEM) Vários ácidos são utilizados em indústrias que descartam seus efluentes nos corpos d’água, como rios e lagos, podendo
afetar o equilíbrio ambiental. Para neutralizar a acidez, o sal carbonato de cálcio pode ser adicionado ao efluente, em quantidades
apropriadas, pois produz bicarbonato, que neutraliza a água. As equações envolvidas no processo são apresentadas:
Com base nos valores das constantes de equilíbrio das reações II, III, IV a 25°C, qual é o valor numérico da constante de equilíbrio
da reação I?
a) 4,5×10-26
b) 5,0×10-5
c) 0,8×10-8
d) 0,2×10-5
e) 2,2×1026
4. (UFMG) A amônia, NH3 (g), é obtida, industrialmente, pela reação entre os gases hidrogênio e nitrogênio, representada nesta
equação:
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) ∆H < 0
O processo industrial é feito em alta pressão e alta temperatura, em condições de equilíbrio. Obtida a amônia, a mistura de gases é
borbulhada em água líquida, o que permite separar a amônia do nitrogênio e do hidrogênio que não reagiram. Considerando-se
essas informações, é CORRETO afirmar que
a) o princípio de Le Chatelier prevê que se forma mais amônia num equilíbrio em alta temperatura.
b) a reação de formação da amônia é mais rápida que sua decomposição pela reação inversa, no equilíbrio.
d) o borbulhamento da mistura dos três gases em água retém, nesse líquido, em maior quantidade, os reagentes nitrogênio e
hidrogênio.
5. (ENEM) O abastecimento de nossas necessidades energéticas futuras dependerá certamente do desenvolvimento de tecnolo-
gias para aproveitar a energia solar com maior eficiência. A energia solar é a maior fonte de energia mundial. Num dia ensolarado,
por exemplo, aproximadamente 1 KJ de energia solar atinge cada metro quadrado da superfície terrestre por segundo. No entanto,
o aproveitamento dessa energia é difícil porque ela é diluída (distribuída por uma área muito extensa) e oscila com o horário e as
condições climáticas. O uso efetivo da energia solar depende de formas de estocar a energia coletada para uso posterior.
Atualmente, uma das formas de se utilizar a energia solar tem sido armazená-la por meios de processos químicos endotérmicos
que mais tarde podem ser revertidos para liberar calor. Considerando a reação:
e analisando-a como potencial mecanismo para o aproveitamento posterior da energia solar, conclui-se que se trata de uma es-
tratégia
a) insatisfatória, pois a reação apresentada não permite que a energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema para
ser utilizada posteriormente.
b) insatisfatória, uma vez que há formação de gases poluentes e com potencial poder explosivo, tornando-a uma reação perigosa
e de difícil controle.
d)
d) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com absorção de calor e promove a formação das substâncias combustíveis
que poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e realização de trabalho útil.
e)
e) satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com liberação de calor havendo ainda a formação das substâncias combustíveis
que poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e realização de trabalho útil.
6. (ENEM) Hipoxia ou mal das alturas consiste na diminuição de oxigênio (O22) no sangue arterial do organismo. Por essa razão,
muitos atletas apresentam mal-estar (dores de cabeça, tontura, falta de ar etc.) ao praticarem atividade física em altitudes elevadas.
Nessa condições, ocorrerá uma diminuição na concentração de hemoglobina oxigenada (HbO22) em equilíbrio no sangue, confor-
me a relação:
Hb(aq)
(aq)
+ O22 (aq)
(aq)
à HbO22 (aq)
(aq)
a)
a) elevação da pressão arterial
arterial
b)
b) aumento da temperatura corporal
c)
c) redução da temperatura do ambiente
d)
d) queda da pressão parcial de oxigênio
e)
e) diminuição da quantidade de hemácias
7. (ENEM) Os refrigerantes têm-se tornado cada vez mais o alvo de políticas públicas de saúde. Os de cola apresentam ácido fosfó-
rico, substância prejudicial à fixação de cálcio, o mineral que é o principal componente da matriz dos dentes. A cárie é um processo
dinâmico de desequilíbrio do processo de desmineralização dentária, perda de minerais em razão da acidez. Sabe-se que o princi-
pal componente do esmalte do dente é um sal denominado hidroxiapatita. O refrigerante, pela presença da sacarose, faz decrescer
o pH do biofilme (placa bacteriana), provocando a desmineralização do esmalte dentário. Os mecanismos de defesa salivar levam
de 20 a 30 minutos para normalizar o nível do pH, remineralizando o dente. A equação química seguinte representa esse processo:
Hidroxiapatita
Ca55(PO44)33OH(s)
(s)
5Ca2+
2+
(aq)
(aq)
+ 3PO443-3-(aq)
(aq)
+ OH-(aq)
(aq)
Hidroxiapatita
Considerando que uma pessoa consuma refrigerantes diariamente, poderá ocorrer um processo de desmineralização dentária,
devido ao aumento da concentração de:
a)
a) OH––, que reage com os íons Ca2+
2+, deslocando o equilíbrio para a direita.
b)
b) H++, que reage com as hidroxilas OH––, deslocando o equilíbrio para a direita.
c)
c) OH––, que reage com os íons Ca2+
2+, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
d)
d) H++, que reage com as hidroxilas OH––, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
e) 2+, que reage com as hidroxilas OH––, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
e) Ca 2+,
8. (UEPI) É muito comum as donas de casa, após a limpeza do peixe, usarem limão para remover o cheiro deixado em suas mãos.
A maioria delas não tem uma explicação científica para o fato. Entretanto, sabe-se que o cheiro é causado pelo composto metila-
mina, de fórmula CH33 – NH22, cuja equação de equilíbrio é representada a seguir:
CH3 ─
⇄ NH2(aq) + H2O(l) <-> CH3 ─⇄ NH3+(aq) + OH–(aq)
Segundo o Princípio de Le Chatelier, o cheiro desaparece por que:
a)
a) A adição do limão (H++) neutraliza íons OH––, deslocando o equilíbrio para a direita, consumindo a metilamina.
b)
b) A adição do limão (H++) neutraliza o íon OH––, deslocando o equilíbrio para a direita, consumindo o CH33 ─
⇄ NH33++.
c) A adição do limão (H+) neutraliza o íon OH–, deslocando o equilíbrio para a esquerda, formando solução aquosa.
c) A adição do limão (H+) neutraliza o íon OH–, deslocando o equilíbrio para a esquerda, formando solução aquosa.
d) A adição do limão (H++) neutraliza o íon OH––, deslocando o equilíbrio para a esquerda, retirando a metilamina.
d) A adição do limão (H ) neutraliza o íon OH , deslocando o equilíbrio para a esquerda, retirando a metilamina.
e) A adição do limão (H++) neutraliza o íon OH––, deslocando o equilíbrio para a esquerda, diminuindo a concentração de H2O.
e) A adição do limão (H ) neutraliza o íon OH , deslocando o equilíbrio para a esquerda, diminuindo a concentração de H2O.
9. (FGV-SP) A água participa em reações com diversas espécies químicas, o que faz com que ela seja empregada como solvente e rea-
9. (FGV-SP) A água participa em reações com diversas espécies químicas, o que faz com que ela seja empregada como solvente e rea-
gente; além disso, ela toma parte em muitos processos, formando espécies intermediárias e mais reativas.
gente; além disso, ela toma parte em muitos processos, formando espécies intermediárias e mais reativas.
I. HNO2 + H2O à NO2–– + H3O++ II. NH3 + H2O à NH4+ + + OH–– III. O2–2– + H2O à OH–– + OH––
I. HNO2 + H2O à NO2 + H3O II. NH3 + H2O à NH4 + OH III. O + H2O à OH + OH
De acordo com a teoria de ácidos e bases de Brönsted-Lowry, a classificação correta da água nas equações I, II e III é, respectivamente:
De acordo com a teoria de ácidos e bases de Brönsted-Lowry, a classificação correta da água nas equações I, II e III é, respectivamente:
a) base, base e ácido.
a) base, base e ácido.
b) base, ácido e ácido.
b) base, ácido e ácido.
c) base, ácido e base.
c) base, ácido e base.
d) ácido, base e ácido.
d) ácido, base e ácido.
e) ácido, base e base.
e) ácido, base e base.
10. (ENEM) Sabões são sais de ácidos carboxílicos de cadeia longa utilizados com a finalidade de facilitar, durante processos de lava-
10. (ENEM) Sabões são sais de ácidos carboxílicos de cadeia longa utilizados com a finalidade de facilitar, durante processos de lava-
gem, a remoção de substancias de baixa solubilidade em agua, por exemplo, óleos e gorduras. A figura a seguir representa a estrutura
gem, a remoção de substancias de baixa solubilidade em agua, por exemplo, óleos e gorduras. A figura a seguir representa a estrutura
de uma molécula de sabão.
de uma molécula de sabão.
CH
CH33(CH
(CH22))1616COO
COO-++HH22O
-
O CH
CH33(CH
(CH22))1616COOH
COOH++OH
-
OH-
Uma vez que o ácido carboxílico formado é pouco solúvel em agua e menos eficiente na remoção de gorduras, o pH do meio deve ser
Uma vez que o ácido carboxílico formado é pouco solúvel em agua e menos eficiente na remoção de gorduras, o pH do meio deve ser
controlado de maneira a evitar que o equilíbrio acima seja deslocado para a direita.
controlado de maneira a evitar que o equilíbrio acima seja deslocado para a direita.
Com base nas informações do texto, é CORRETO concluir que os sabões atuam de maneira:
Com base nas informações do texto, é CORRETO concluir que os sabões atuam de maneira:
a) mais eficiente em pH básico.
a) mais eficiente em pH básico.
b) mais eficiente em pH ácido.
b) mais eficiente em pH ácido.
c) mais eficiente em pH neutro.
c) mais eficiente em pH neutro.
d) eficiente em qualquer faixa de pH.
d) eficiente em qualquer faixa de pH.
e)
e) mais
maiseficiente
eficienteem
empH
pHácido
ácidoou
ouneutro.
neutro.
11. (ENEM) Uma dona de casa acidentalmente deixou cair na geladeira a água proveniente do degelo de um peixe, o que dei-
11. (ENEM) Uma dona de casa acidentalmente deixou cair na geladeira a água proveniente do degelo de um peixe, o que dei-
xou um cheiro forte e desagradável dentro do eletrodoméstico. Sabe-se que o odor característico de peixe se deve às aminas
xou um cheiro forte e desagradável dentro do eletrodoméstico. Sabe-se que o odor característico de peixe se deve às aminas
e que esses compostos se comportam como bases.
e que esses compostos se comportam como bases.
Material
Na tabela são listadas as concentrações Concentração
hidrogeniônicas de alguns materiais encontrados na de H3o+ (mol/l)
cozinha, que a dona de casa
pensa em utilizar na limpeza
Sucoda
degeladeira.
Limão 10 -2
Leite
Material 10de
Concentração
-6
H3o+ (mol/l)
Vinagre
Suco de Limão 10
10
-3-2
Álcool
Leite 10 -8
10-6
Sabão
Vinagre 10-12
10-3
Carbonato de sódio / barrilha
Álcool 10 -11
10-8
Sabão 10-12
Carbonato de sódio / barrilha 10-11
Intensivo Enem 2018 | Qúimica 215
Dentre os matérias listados, quais são apropriados para amenizar esse odor?
a) Álcool ou sabão.
12. (ENEM) Em um experimento, colocou-se água até a metade da capacidade de um frasco de vidro e, em seguida, adicionaram-
se três gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Adicionou-se bicarbonato de sódio comercial, em pequenas quantidades, até
que a solução se tornasse rosa. Dentro do frasco, acendeu-se um palito de fósforo, o qual foi apagado assim que a cabeça terminou
de queimar. Imediatamente, o frasco foi tampado. Em seguida, agitou-se o frasco tampado e observou-se o desaparecimento da
cor rosa.
MATEUS, A. L. Química na cabeça. Belo Horizonte: UFMG, 2001 (adaptado).
A explicação para o desaparecimento da cor rosa e que, com a combustão do palito de fósforo, ocorreu o(a)
13. (PUC-SP) Uma solução saturada de base, representada por X(OH)2 cuja reação de equilíbrio é:
a) 5x10-13
b) 2x10-13
c) 6x10-12
d) 1x10-12
e) 3x10-10
14. (ENEM) Em um experimento, colocou-se água até a metade da capacidade de um frasco de vidro e, em seguida, adicionaram-
se três gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Adicionou-se bicarbonato de sódio comercial, em pequenas quantidades, até
que a solução se tornasse rosa. Dentro do frasco, acendeu-se um palito de fósforo, o qual foi apagado assim que a cabeça terminou
de queimar. Imediatamente, o frasco foi tampado. Em seguida, agitou-se o frasco tampado e observou-se o desaparecimento da
cor rosa.
MATEUS, A. L. Química na cabeça. Belo Horizonte: UFMG, 2001 (adaptado).
A explicação para o desaparecimento da cor rosa e que, com a combustão do palito de fósforo, ocorreu o(a)
GABARITO
1 B 5 D 9 B 13 A
2 B 6 D 10 A 14 A
3 B 7 B 11 C
4 C 8 A 12 A
CAPÍTULO 8
Eletroquímica
1. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO
São aquelas em que há transferência de elétrons entre as espécies químicas envolvidas, ocorrendo simultaneamente a oxidação
e a redução entre átomos. A oxidação ocorre quando o elemento perde elétrons e o seu número de oxidação (Nox) aumenta, a
redução ocorre quando o elemento ganha elétrons e o seu número de oxidação diminui.
O Número de Oxidação (Nox) é a quantidade de elétrons perdida ou recebida, de cada átomo das espécies químicas presentes
na reação.
Observação:
a soma de todos os Nox dos elementos de um composto (substância neutra) sempre dá igual a zero;
e a soma de todos os Nox dos elementos em um íon composto é sempre igual à carga do íon.
A espécie química que sofre o fenômeno da oxidação é denominada agente redutor e a espécie que sofre o fenômeno da re-
dução é denominada agente oxidante.
Exemplo:
Cu = ΔNox = 2 – 0 = 2
N = ΔNox = 5 – 2 = 3
CAPÍTULO 8
Na pilha, os elétrons fluem do anodo para o cátodo, sendo que o sentido da corrente elétrica, frequentemente utilizado na Física,
se dá do cátodo para o ânodo. Esse fluxo espontâneo de elétrons pode ser aproveitado para geração de energia elétrica.
Potenciais de redução: correspondem a tendência de determinado composto a sofrer redução, são determinados com base na
comparação com o potencial de redução do cátion hidrogênio, o qual é definido como 0,00 V. A tabela abaixo ilustra alguns po-
tenciais de redução:
Os potenciais podem ter seus sinais invertidos de acordo com o sentido da perda ou do ganho de elétrons, mas seus valores não
podem ser multiplicados ou divididos, pois são medidos nas mesmas condições de temperatura, pressão e concentração de es-
pécies (25 oC, 1 atm e 1 mol/L). Quanto maior for a diferença de potencial (ddp) envolvida em uma reação de oxidação-redução,
maior será sua espontaneidade.
Pilha de Daniell
sofrem redução e se transformam em cobre metálico (Cu0(s)), que se deposita na placa. Com o passar do tempo, a massa da placa
de cobre vai aumentando, a cor azul da solução de sulfato de cobre que se deve à presença dos íons Cu2+ vai diminuindo.
O zinco metálico tem maior potencial de oxidação que o cobre, o zinco metálico (Zn0(s)) sofre oxidação e se transforma no cátion
zinco (Zn2+(aq)), que fica na solução. É por isso que a placa de zinco vai perdendo massa com o passar do tempo e a quantidade de
cátions Zn2+ vai aumentando.
3. ELETRÓLISE
Processo não espontâneo provocado pelo fornecimento de energia elétrica (ocorre a tranformação de energia elétrica em ener-
gia química – o inverso da pilha), é muito utilizada na indústria, pois possibilita a obtenção de algumas substâncias fundamen-
tais, utilizadas no nosso dia a dia como: o alumínio, o cloro, o hidróxido de sódio, etc. É também um processo de purificação e
proteção de metais.
Eletrólise Ígnea: ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em uma substância iônica fundida. Esse tipo de reação é
muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais.
Eletrólise Aquosa: fazem parte dessa eletrólise os íons da substância dissolvida e da água.
Foram formados dois cátions (Na+ e H+) e dois ânions (Cl- e OH-), apenas o cátion (H+) e o ânion (Cl-) sofreram as descargas do ele-
trodo, os outros íons foram espectadores.
Para determinarmos quais serão os participantes e quais serão os espectadores, existe uma ordem de facilidade de descarga.
CAPÍTULO 8
Eletrodeposição
Diversos objetos são recobertos por uma camada de um metal mais nobre, esses revestimentos podem ser produzidos mergu-
lhando o objeto em questão, no metal de revestimento fundido ou realizando a eletrólise de uma solução aquosa de cátions do
metal com o qual se deseja revestir o objeto.
Dependendo do metal utilizado para revestir a peça, o nome do processo de galvanoplastia (eletrodeposição) muda. Ao reves-
tir uma peça de níquel, temos um processo chamado de niquelação; se for com cromo, cromação; se for com prata, pratea-
ção; com ouro, douração, etc. No caso de peças de ferro e de aço revestidas com zinco, temos a galvanização, e os materiais
obtidos nesses processos são chamados de ferro galvanizado e aço galvanizado.
Na eletrólise com corrente elétrica controlada os cátions sofrem redução e recobrem o objeto, que deve ser conectado ao cátodo
da célula eletrolítica. Utiliza-se no ânodo o próprio metal que será utilizado no revestimento, para que ocorra a oxidação do me-
tal que fará a reposição dos cátions que sofreram a redução no cátodo, mantendo constante a concentração da solução.
Na galvanoplastia é importante o controle da espessura da camada do metal depositado, seja pelo custo, seja pela adesão dessa
camada ao metal. Faraday em seus trabalhos concluiu que a massa de uma substância transformada por eletrólise é diretamente
proporcional à quantidade de carga elétrica do sistema. Isso significa que quanto maior for a intensidade da corrente elétrica
maior será a quantidade formada de massa do produto.
Onde: i = corrente elétrica, sendo sua unidade o ampére (A); Δt = tempo de passagem da corrente em segundos (s); a unidade
usada para a carga elétrica é o Coulomb (C).
A quantidade de carga elétrica transportada por 1 mol de elétrons equivale a 96500 C.mol-1 e é denominada constante de Fara-
day.
EXERCÍCIOS
1. (ENEM) A eletrólise é um processo não espontâneo de grande importância para a indústria química. Uma de suas aplicações é
a obtenção do gás cloro e do hidróxido de sódio, a partir de uma solução aquosa de cloreto de sódio. Nesse procedimento, utili-
za-se uma célula eletroquímica, como ilustrado.
a) vapor de água.
b) oxigênio molecular.
c) hipoclorito de sódio.
d) hidrogênio molecular.
e) cloreto de hidrogênio.
Biocélulas combustíveis são uma alternativa tecnológica para substituição das baterias convencionais. Em uma biocélula micro-
biológica, bactérias catalisam reações de oxidação de substratos orgânicos. Liberam elétrons produzidos na respiração celular
para um eletrodo, onde fluem por um circuito externo até o cátodo do sistema, produzindo corrente elétrica. Uma reação típica
que ocorre em biocélulas microbiológicas utiliza o acetato como substrato.
Texto II
Em sistemas bioeletroquímicos, os potenciais padrão (E ° ') apresentam valores característicos. Para as biocélulas de acetato, con-
sidere as seguintes semirreações de redução e seus respectivos potenciais:
Nessas condições, qual é o número mínimo de biocélulas de acetato, ligadas em série, necessárias para se obter uma diferença de
potencial de 4,4V?
a) 3
b) 4
c) 6
d) 9
e) 15
3. (ENEM) A invenção do LED azul, que permite a geração de outras cores para compor a luz branca, permitiu a construção de
lâmpadas energeticamente mais eficientes e mais duráveis do que as incandescentes e fluorescentes. Em um experimento de
laboratório, pretende-se associar duas pilhas em série para acender um LED azul que requer 3,6 volts para o seu funcionamento.
Qual associação em série de pilhas fornece diferença de potencial, nas condições-padrão, suficiente para acender o LED azul?
a) b)
CAPÍTULO 8
c) d)
e)
4. (ENEM) A calda bordalesa é uma alternativa empregada no combate a doenças que afetam folhas de plantas. Sua produção
consiste na mistura de uma solução aquosa de sulfato de cobre(II),CuSO4 com óxido de cálcio, CaO e sua aplicação só deve ser
realizada se estiver levemente básica. A avaliação rudimentar da basicidade dessa solução é realizada pela adição de três gotas
sobre uma faca de ferro limpa. Após três minutos, caso surja uma mancha avermelhada no local da aplicação, afirma-se que a calda
bordalesa ainda não está com a basicidade necessária. O quadro apresenta os valores de potenciais padrão de redução (E0) para
algumas semirreações de redução.
a)
b)
c)
d)
e)
a) Cu(s).
b) Pt(s)
c) AI3+(aq).
d) Sn(s)
e) ZN2+(aq)
c) mantém um gradiente térmico no material para promover a dilatação/contração térmica de cada filme de polipirrol.
d) permite a condução de elétrons livres, promovida pela aplicação de diferença de potencial, gerando corrente elétrica.
e) promove a polarização das moléculas poliméricas, o que resulta no movimento gerado pela aplicação de diferença de
potencial.
7. (ENEM) Eu também podia decompor a água, se fosse salgada ou acidulada, usando a pilha de Daniell como fonte de força.
Lembro o prazer extraordinário que sentia ao decompor um pouco de água em uma taça para ovos quentes, vendo-a separar-se
em seus elementos, o oxigênio em um eletrodo, o hidrogênio no outro. A eletricidade de uma pilha de 1 volt parecia tão fraca, e,
no entanto podia ser suficiente para desfazer um composto químico, a água…
O fragmento do romance de Oliver Sacks relata a separação dos elementos que compõem a água. O princípio do método apre-
sentado é utilizado industrialmente na
CAPÍTULO 8
8. (ENEM) A eletrólise é muito empregada na indústria com o objetivo de reaproveitar parte dos metais sucateados. O cobre, por
exemplo, é um dos metais com maior rendimento no processo de eletrólise, com uma recuperação de aproximadamente 99,9%.
Por ser um metal de alto valor comercial e de múltiplas aplicações, sua recuperação torna-se viável economicamente.
Suponha que, em um processo de recuperação de cobre puro, tenha-se eletrolisado uma solução de sulfato de cobre (II) (CuSO4)
durante 3 h, empregando-se uma corrente elétrica de intensidade igual a 10A. A massa de cobre puro recuperada é de aproxima-
damente
a) 0,02g.
b) 0,04g.
c) 2,40g.
d) 35,5g.
e) 71,0g.
b) converte a energia química contida nas moléculas dos componentes em energia térmica, sem que ocorra a produção de
gases poluentes nocivos ao meio ambiente.
c) transforma energia química em energia elétrica, porém emite gases poluentes da mesma forma que a produção de energia a
partir dos combustíveis fósseis.
d) converte energia elétrica proveniente dos combustíveis fósseis em energia química, retendo os gases poluentes produzidos
no processo sem alterar a qualidade do meio ambiente.
e) converte a energia potencial acumulada nas moléculas de água contidas no sistema em energia química, sem que ocorra a
produção de gases poluentes nocivos ao meio ambiente.
10. (ENEM) O boato de que os lacres das latas de alumínio teriam um alto valor comercial levou muitas pessoas a juntarem esse
material na expectativa de ganhar dinheiro com sua venda. As empresas fabricantes de alumínio esclarecem que isso não passa
de uma “lenda urbana”, pois ao retirar o anel da lata, dificulta-se a reciclagem do alumínio. Como a liga do qual é feito o anel con-
tém alto teor de magnésio, se ele não estiver junto com a lata, fica mais fácil ocorrer a oxidação do alumínio no forno. A tabela
apresenta as semirreações e os valores de potencial padrão de redução de alguns metais:
Com base no texto e na tabela, que metais poderiam entrar na composição do anel das latas com a mesma função do magnésio,
ou seja, proteger o alumínio da oxidação nos fornos e não deixar diminuir o rendimento da sua reciclagem?
c) Somente o potássio, pois ele possui potencial de redução mais próximo do magnésio.
d) Somente o cobre e o zinco, pois eles sofrem oxidação mais facilmente que o alumínio.
e) Somente o lítio e o potássio, pois seus potenciais de redução são menores do que o do alumínio.
11. (Enem) Para que apresente condutividade elétrica adequada a muitas aplicações, o cobre bruto obtido por métodos térmicos
é purificado eletroliticamente. Nesse processo, o cobre bruto impuro constitui o ânodo da célula, que está imerso em uma solução
de CuSO4. À medida que o cobre impuro é oxidado no ânodo, íons Cu2+ da solução são depositados na forma pura no cátodo.
Quanto às impurezas metálicas, algumas são oxidadas, passando à solução, enquanto outras simplesmente se desprendem do
ânodo e se sedimentam abaixo dele. As impurezas sedimentadas são posteriormente processadas, e sua comercialização gera
receita que ajuda a cobrir os custos do processo. A série eletroquímica a seguir lista o cobre e alguns metais presentes como impu-
rezas no cobre bruto de acordo com suas forças redutoras relativas.
Entre as impurezas metálicas que constam na série apresentada, as que se sedimentam abaixo do ânodo de cobre são
b) Au, Pt e Ag.
c) Zn, Ni e Pb.
d) Au e Zn.
e) Ag e Pb.
12. (ENEM) A obtenção do alumínio dá-se a partir da bauxita (Al2O3 x 3H2O) que é purificada e eletrolisada numa temperatura de
1.000oc. Na célula eletrolítica, o ânodo é formado por barras de grafita ou carvão, que são consumidas no processo de eletrólise,
com formação de gás carbônico, e o cátodo é uma caixa de aço coberta de grafita.
CAPÍTULO 8
e) cátodo, com fluxo de elétrons das barras de grafita para a caixa de aço.
13. (ENEM) Pilhas e baterias são dispositivos tão comuns em nossa sociedade que, sem percebermos, carregamos vários deles
junto ao nosso corpo; elas estão presentes em aparelhos de MP3, relógios, rádios, celulares etc. As semirreações descritas a seguir
ilustram o que ocorre em uma pilha de óxido de prata.
d) tem como reação da célula a seguinte reação: Zn(s) + Ag2O(s) → ZnO(s) + 2Ag(s).
14. (ENEM) O Instituto Luiz Coimbra (UFRJ) lançou o primeiro ônibus urbano movido a hidrogênio do Hemisfério Sul, com tec-
nologia inteiramente nacional. Sua tração provém de três fontes de energia, sendo uma delas a pilha de combustível, na qual o
hidrogênio, gerado por um processo eletroquímico, reage com o oxigênio do ar, formando água.
A transformação de energia que ocorre na pilha de combustível responsável pelo movimento do ônibus decorre da energia ciné-
tica oriunda do(a)
15. (ENEM) As baterias de Ni-Cd muito utilizadas no nosso cotidiano não devem ser descartadas em lixos comuns uma vez que
uma considerável quantidade de cádmio é volatilizada e emitida para o meio ambiente quando as baterias gastas são incinera-
das como componente do lixo. Com o objetivo de evitar a emissão de cádmio para a atmosfera durante a combustão é indicado
que seja feita a reciclagem dos materiais dessas baterias.
Uma maneira de separar o cádmio dos demais compostos presentes na bateria é realizar o processo de lixiviação ácida. Nela,
tanto os metais (Cd, Ni e eventualmente Co) como os hidróxidos de íons metálicos Cd(OH)2(s), Ni(OH)2(s), Co(OH)2(s) presentes na
bateria, reagem com uma mistura ácida e são solubilizados. Em função da baixa seletividade (todos os íons metálicos são solubi-
lizados), após a digestão ácida, é realizada uma etapa de extração dos metais com solventes orgânicos de acordo com a reação:
a) as moléculas X e Y atuam como extratores catiônicos uma vez que a parte polar da molécula troca o íon H+ pelo cátion do
metal.
b) as moléculas X e Y atuam como extratores aniônicos uma vez que a parte polar da molécula troca o íon H+ pelo cátion do
metal.
c) as moléculas X eY atuam como extratores catiônicos uma vez que a parte apolar da molécula troca o íon PO22– pelo cátion do
metal.
d) as moléculas X e Y atuam como extratores aniônicos uma vez que a parte polar da molécula troca o íon PO22– pelo cátion do
metal.
e) as moléculas X e Y fazem ligações com os íons metálicos resultando em compostos com caráter apolar o que justifica a eficácia
da extração.
16. (ENEM) O alumínio é um metal bastante versátil, pois, a partir dele, podem-se confeccionar materiais amplamente utilizados
pela sociedade. A obtenção do alumínio ocorre a partir da bauxita, que é purificada e dissolvida em criolita fundida (Na3ALF6) e
eletrolisada a cerca de 1000oC. Há liberação do gás dióxido de carbono (CO2) formado a partir da reação de um dos produtos da
eletrólise com o material presente nos eletrodos. O ânodo é formado por barras de grafita submergidas na mistura fundida. O
cátodo é uma caixa de ferro coberta de grafita. A reação global do processo é:
Na etapa de obtenção do alumínio líquido, as reações que ocorrem no cátodo e ânodo são:
a)
b)
c)
d)
e)
17. (ENEM) Após o desmonte da bateria automotiva, é obtida uma pasta residual de 6 kg, em que 19%, em massa, é dióxido de
chumbo (IV), 60%, sulfato de chumbo(II) e 21%, chumbo metálico. O processo pirometalúrgico é o mais comum na obtenção do
chumbo metálico, porém, devido à alta concentração de sulfato de chumbo (II), ocorre grande produção de dióxido de enxofre
(SO2), causador de problemas ambientais. Para eliminar a produção de dióxido de enxofre, utiliza-se o processo hidrometalúrgico,
constituído de três etapas, no qual o sulfato de chumbo (II) reage com carbonato de sódio a 1,0 mol/L a 45°C, obtendo-se um sal
insolúvel (etapa 1), que, tratado com ácido nítrico, produz um sal de chumbo solúvel (etapa 2) e, por eletrólise, obtém-se o chum-
bo metálico com alto grau de pureza (etapa 3).
ARAÚJO, R. V. V. et al. Reciclagem de chumbo de bateria automotiva: estudo de caso. Disponível em: www.iqsc.usp.br. Acesso em: 17 abr. 2010.
CAPÍTULO 8
Considerando a obtenção de chumbo metálico a partir de sulfato de chumbo(II) na pasta residual, pelo processo hidrometalúrgi-
co, as etapas 1, 2 e 3 objetivam, respectivamente,
18. (ENEM) A grafita é uma variedade alotrópica do carbono. Trata-se de um sólido preto, macio e escorregadio, que apresenta
brilho característico e boa condutibilidade elétrica.
d) Lubrificantes, brocas odontológicas, condutores de eletricidade, captadores de radicais livres e cátodo de baterias alcalinas.
e) Ferramentas para riscar ou cortar materiais, nanoestruturas capazes de transportar drogas com efeito radioterápico.
GABARITO
1 D 6 B 11 B 16 A
2 B 7 C 12 E 17 A
3 C 8 D 13 D 18 A
4 E 9 A 14 E
5 D 10 E 15 A
CAPÍTULO 9
Química Orgânica
Em 1858, Kekulé propôs a Teoria Estrutural. De acordo com Atenção: lembre-se da ordem decrescente do comprimen-
ela, a química orgânica estuda os compostos do carbono. Vale to da ligação: C-C > C=C > C�C, sendo a energia de ligação
ressaltar que essa divisão entre química orgânica e inorgânica inversamente proporcional ao comprimento.
é puramente didática, e em diversos pontos da bioquímica es-
C. REPRESENTAÇÃO
sas vias se encontram.
a) Fórmula Molecular: C5H12. Mostra a quantidade de
Atenção: todo composto orgânico possui carbono, mas átomos, porém não mostra as ligações entre eles. Além
nem todo composto com carbono é orgânico. Exemplos de disso, ela não é muito utilizada na química orgânica
compostos que são inorgânicos: CO2, HCN, CCl4, CaCO3, devido à existência de isômeros.
entre outros.
b) Fórmula Estrutural Plana:
B. CARBONO
O carbono possui orbitais do tipo s e p que acomodam os elé-
trons. Quimicamente, orbital é entendido como a região mais
provável de se encontrar o elétron. Entretanto, de acordo com c) Fórmula Estrutural Condensada:
a Teoria da hibridização, esses orbitais podem se misturar (do
grego hybris = miscigenação, mistura) e originar orbitais híbri- CH3 - CH2 - CH2 - CH2 - CH3 ou CH3 – (CH2)3 – CH3
dos (misturados). No estado fundamental, o carbono possui 4
a) Fórmula Estrutural de Linhas:
elétrons, estando dois no orbital s e dois no orbital p, portanto,
ele é tetravalente (realiza quatro ligações). Após a hibridiza-
ção, são possíveis 3 tipos de orbitais de acordo com o quadro
a seguir (Quadro 1):
C) CLASSIFICAÇÃO DO CARBONO
a) Quanto ao número de átomos de carbono ligantes:
Indique todos os carbonos assimétricos presente na
vitamina C, representada abaixo:
Classificação do Carbono Definição
Primário Ligado a, no máximo, um
outro átomo de carbono.
Secundário Ligado a 2 outros átomos de
carbono.
Terciário Ligado a 3 outros átomos de
carbono.
Quartenário Ligado a 4 outros átomos de
carbono.
D) CADEIA CARBÔNICA
Definição: conjunto de átomos de carbono e heteroátomos.
ou
e) Aromática ou Alifática
b) Homogênea ou Heterogênea
ou
ou
c) Saturada ou Insaturada
Observações:
• Cadeia fechada = cadeia cíclica;
F) FUNÇÕES ORGÂNICAS
Define-se função orgânica como um grupo de compostos com
d) Normal ou Ramificada propriedades químicas semelhantes. A criação desses grupos
facilitou o estudo e o entendimento dos compostos orgânicos.
As substâncias pertencentes a uma mesma função possuem
uma conectividade de átomos em comum, denominados gru-
po funcional. A seguir, veremos as principais funções.
ou
F1) HIDROCARBONETOS
DEFINIÇÃO
diferentes, sugerindo, portanto, funções diferentes. Abaixo, estão listadas as principais funções orgânicas consideradas dentro do
grupo hidrocarboneto.
Hidrocarbonetos Alcanos ou Para- Há apenas
alifáticos fínicos ligações simples
entre os átomos
de carbono.
Fórmula Geral:
CnH2n+2
Atenção: a ordem crescente de reatividade entre os hidrocarbonetos alifáticos é alcanos < alquinos < alquenos.
NOMENCLATURA
As provas do ENEM não cobram com detalhes nomenclaturas. Exige-se que o aluno tenha noções gerais sobre o assunto. Basica-
mente, a nomenclatura de compostos orgânicos possui um prefixo, infixo e sufixo. O prefixo é dado pelo número de carbonos, o
infixo depende do tipo de ligação realizada pelo carbono e o sufixo dá a função orgânica. Para os hidrocarbonetos, o sufixo é o “o”.
Veja o Quadro 4 abaixo:
Fonte: www.todamateria.com.br.
A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) realizou uma reforma na nomenclatura em 1994, porém alguns autores
ainda utilizam das regras antigas. Neste material, será adotada a nomenclatura sugerida após 1994.
Pentano
Hepta-2,4-dieno
Cicloexeno
É importante que se tenham em mente as principais ramificações utilizadas. Observe a Figura 3 abaixo :
r.
2,4-dimetilpentano
3,4,7-trimetildecano
1-etil-2-metilcicloexano
PARTE II
F.2) FUNÇÕES ORGANICAS OXIGENADAS
DEFINIÇÃO
São os compostos orgânicos que possuem ao menos um átomo de oxigênio em sua estrutura química. Abaixo estão representadas
as principais funções oxigenadas (Quadro 5).
Quadro 5 – Principais funções orgânicas oxigenadas e os grupos funcionais que as classificam Fonte: www.quimica-cem02.
com.br
1) Álcoois
São compostos orgânicos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais átomos de H de um carbono sp3 por
um grupo –OH (hidroxila). A nomenclatura desses compostos dá-se pela atribuição do sufixo –ol ao hidrocarboneto de origem.
PRINCIPAIS ALCOÓIS
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
CH3-OH METANOL Solvente industrial para a produção
de polímeros, extração de produtos
animais e vegetais e como solvente em
reações de importância farmacológica
no preparo de colesterol, vitaminas
e hormônios, no processo de
transesterificação da gordura para a
produção do biodiesel.
CH3-CH2-OH ETANOL Anidro - teor alcoólico máximo de 99,3
°GL (INPM), sendo composto apenas de
etanol ou álcool etílico. É utilizado como
combustível para veículos (Gasolina C)
e matéria prima na indústria de tintas,
solventes e vernizes.
Atenção: os enóis configuram uma função muito semelhante a dos álcoois, pois possui uma hidroxila, entretanto ligada à
um carbono sp2. Aqueles compostos não são estáveis e passam por um processo de isomerização, especificamente tauto-
merização.
2) Fenóis
São compostos originados da substituição de um átomo de H, ligado diretamente ao anel benzênico, por um grupo –OH. A no-
menclatura desses compostos normalmente se dá pela palavra hidroxi antes do nome do núcleo benzênico de origem. É muito
comum que se use também nomenclatura usual.
PRINCIPAIS FENÓIS
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
HIDROXI-BENZENO • Desinfetantes (fenóis e cresóis);
(FENOL COMUM)
• Preparação de resinas e polímeros,
como a baquelite;
3) Éteres
São compostos derivados dos álcoois pela substituição do H por grupos arila ou alquila. Apresentam sempre um átomo de oxigê-
nio como hETERoátomo. A nomenclatura considera o grupo menor+radical OXI e o nome do hidrocarboneto maior corresponden-
te. Há uma nomenclatura usual que utiliza o radical -ílico.
PRINCIPAIS ÉTERES
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
ETÓXI-ETANO Substância líquida volátil e altamente
inflamável. Utilizado inicialmente como
(ÉTER DIETÍLICO) anestésico, foi abandonado pelo risco de
explosão. Atualmente serve como ótimo
solvente para laboratório e experiências
químicas para a ação de explosivos;
METÓXI-TERCIOBUTANO Mais conhecido pela sigla MTBE. Usado
como antidetonante na gasolina, au-
(METIL-T-BUTIL-ÉTER) mentando a sua resistência à compres-
são e aumentando a sua octanagem. O
Conselho Nacional do Petróleo (CNP) au-
torizou a Petrobrás a aditivar a gasolina
usando o composto MTBE até 7% (v/v)
para aumentar o índice de octanagem.
Constitui um líquido incolor, de ponto de
fusão igual a -110ºC e ponto de ebulição
igual a 55ºC.
4) Funções carboniladas
Neste ponto, iniciam-se os estudos das funções orgânicas carboniladas (Figura 4). A carbonila é formada pela dupla ligação entre
carbono e oxigênio. Os radicais R podem assumir quaisquer átomos.
4.1) Aldeídos
São os compostos orgânicos que apresentam a carbonila na extremidade da cadeia, em posição inicial. Um ligante deve ser –H,
ao passo que o segundo ligante deve ser –H ou –C. A nomenclatura oficial recomenda a utilização do sufixo –AL ao nome do HC
correspondente.
PRINCIPAIS ALDEÍDOS
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
O formaldeído é um dos mais comuns
produtos químicos de uso atual. É o alde-
ído mais simples, de fórmula molecular
H2CO e nome oficial metanal. A solução
aquosa de formaldeído, em regra diluída
a 45% (v/v), denomina-se formol.
METANAL É utilizado também na produção de re-
sinas ureia-formol, fenol-formol e me-
(FORMALDEÍDO)
lamínica, é matéria-prima para diversos
produtos químicos, é agente esterilizan-
te, funciona de maneira a preservar pro-
dutos cosméticos e de limpeza, promove
a embalsamação e conservação de cadá-
veres e peças anatômicas, entre outros.
4.2) Cetonas
Compostos orgânicos em que a carbonila encontra-se entre átomos de carbono. A nomenclatura oficial sugere a utilização do
sufixo –ONA ao hidrocarboneto correspondente.
PRINCIPAIS CETONAS
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
característico. Evapora facilmente, é in-
flamável e é solúvel em água. A acetona é
frequentemente o componente primário
na remoção de esmalte de unha. Atual-
mente o acetato de etila tem sido utili-
zado em substituição à acetona para re-
moção de esmaltes. Acredita-se que seja
PROPANONA
menos prejudicial e nocivo às unhas e à
(ACETONA) pele. A acetona é também usada como
um removedor de supercola. Ele pode
ser usado para polimento e limpeza de
resinas de fibra de vidro e epóxi.
A benzoquin-1,4-ona é um composto
orgânico de fórmula química C6H4O2. É
um anel de seis carbonos, não aromático,
correspondente à forma oxidada da hi-
droquinona. As quinonas são dicetonas
cíclicas que possuem grande importân-
cia industrial. Por exemplo, a quinona
comum (p-benzoquinona) é usada em
revelação fotográfica, e a antraquinona é
BENZO-1,4-QUINONA usada na fabricação de corantes.
(P-BENZOQUINONA)
Compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional carboxila. A nomenclatura oficial sugere o sufixo –oico ao hidrocarbo-
neto correspondente precedido da palavra ácido. Obviamente, ácidos carboxílicos são ácidos e reduzem o pH quando em solução
aquosa.
4.4) Ésteres
Derivam-se da reação entre um álcool e um ácido carboxílico com eliminação de uma molécula de água. A principal reação de
obtenção de ésteres é a Esterificação de Fischer (1895), formando grupo funcional (R-COO-R´), conhecido como carboxilato.
A regra de nomenclatura sugere que se acrescente a terminação –ato à porção acídica seguido da palavra “de” e do nome da rami-
ficação do grupo substituinte, oriundo da porção alcoólica.
PRINCIPAIS ÉSTERES
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
Éster responsável pelo aroma de abacaxi
em refrescos artificiais.
BUTANOATO DE ETILA
São os compostos orgânicos que possuem ao menos um átomo de nitrogênio em sua estrutura química. Abaixo estão repre-
sentadas as principais funções nitrogenadas. (Quadro 12).
Quadro 12 – Principais funções orgânicas nitrogenadas e os grupos funcionais que as classificam. Fonte: www.quimica-
cem02.com.br
1) Aminas
São compostos orgânicos derivados da amônia (NH3) pela substituição de um ou mais átomos de H por um grupo alquila ou arila.
Quanto à nomenclatura desses compostos, dá-se o nome ao grupo ligado ao nitrogênio seguido da palavra amina.
PRINCIPAIS AMINAS
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
FENILAMINA Composto orgânico líquido, incolor e
ligeiramente amarelo, de odor caracte-
(ANILINA) rístico (que como muitas aminas aromá-
ticas, lembra o cheiro de peixe podre) e
de sabor aromático cáustico, de veneno
amargo. Não evapora facilmente à tem-
peratura ambiente, sendo facilmente
inflamável. A anilina é levemente solú-
vel em água e dissolve-se facilmente na
maioria dos solventes orgânicos e inor-
gânicos.
ÁCIDO 4-AMINOBENZÓICO Também conhecido como ácido para-a-
minobenzóico ou PABA, é um composto
orgânico com fórmula molecular C7H-
7
NO2. Trata-se de um pó cristalino de cor
branca ou branco-amarelado, inodoro,
de sabor amargo e ligeiramente solúvel
em água, porém altamente solúvel em
álcool absoluto. A sua molécula consis-
te de um anel de benzeno ligado a um
grupo amina e a um grupo carboxila. É
essencial para algumas bactérias e às ve-
zes designado vitamina B10, no entanto,
como não é essencial para os seres hu-
manos, não é considerado uma vitamina.
2) Amidas
São compostos orgânicos derivados dos ácidos carboxílicos pela substituição do grupo -OH por um grupo amino -NH2. A nomen-
clatura desses compostos dá-se pela atribuição do sufixo -amida.
PRINCIPAIS AMIDAS
ESTRUTURA NOMENCLATURA IMPORTÂNCIA
Forma-se principalmente no fígado, sen-
do filtrada pelos rins e eliminada na urina
ou no suor, excretas onde é encontrada
abundantemente; constitui o principal
produto terminal do metabolismo pro-
teico no ser humano e nos demais ma-
URÉIA
míferos. Em quantidades menores, está
presente no sangue, na linfa, nos fluidos
serosos proveniente da decomposição
das células do corpo bem como das pro-
teínas dos alimentos. É solúvel em água
e em álcool.
Os barbitúricos pertencem à família de
fármacos derivados do ácido barbitúrico
(combinação de ureia e ácido malônico)
responsáveis pela depressão do sistema
nervoso central (SNC). Os barbitúricos,
BARBITÚRICOS dependendo de sua fórmula e dosagem,
podem apresentar um efeito sedativo
(tranquilizante), hipnótico (induzem o
sono), anticonvulsivo e anestésico. Exis-
tem variedades com diferentes efeitos,
vida média e toxidade.
3) Nitrilas e nitrocompostos
Nitrilas são compostos orgânicos que possuem um grupo ciano (-CN) ligado ao grupo alquila ou arila, ao passo que os nitrocom-
postos possuem o grupo funcional –NO2. Fonte: www.infoescola.com.br
Quadro 16 – Grupos funcionais das demais funções orgânicas relevantes para a indústria farmoquímica.
Fonte: www.quimica-cem02.com.br
PARTE III
ISOMERIA
1. DEFINIÇÃO
É o fenômeno que ocorre quando substâncias diferentes possuem a mesma fórmula molecular. Essas são substâncias são chama-
das de isômeros.
a) De função
b) De cadeia
c) De posição
Obs: Não se fala isomeria de posição quando a posição de um heteroátomo é alterada. Deve-se falar isomeria de compensação ou me-
tameria.
O caso seguinte não é metameria, e sim isomeria de cadeia, pois na primeira molécula não existe heteroátomo, uma vez que o nitrogênio
não está entre átomos de carbono. Veja:
Obs: sempre há um equilíbrio químico envolvendo um enol e aldeído ou enol e cetona, e, como o enol é uma espécie muito instável, o
equilíbrio sempre estará deslocado no sentido de consumir essa espécie química.
a)Geométrica ou Cis/Trans
Exemplo:
Os carbonos devem fazer somente ligações simples e devem possuir ligantes diferentes. Exemplo:
Obs: o isômero trans é mais estável que o cis devido à menor repulsão das nuvens eletrônicas dos grupos ligantes.
b) Óptica
Condição: possuir carbono assimétrico (quiral) ou a molécula como um todo ser assimétrica.
Os isômeros ópticos são capazes de desviar o plano da luz polarizada. Observe o esquema:
Quando a luz atravessa a solução sem sofrer desvio, a substância é opticamente inativa. Quando a luz atravessa a solução e sofre
desvio, a substância é opticamente ativa e apresenta isometria óptica. Se o desvio foi à direita, o isômero é chamado de dextrogi-
ro; se o desvio foi à esquerda, o isômero é chamado de levogiro.
A assimetria molecular é encontrada em moléculas que apresentam carbono assimétrico, também chamado de quiral.
Para determinarmos o número de isómeros opticamente ativos, devemos utilizar a fórmula 2n, em que n é o número de carbono
assimétrico. Veja:
Como a molécula acima possui 1 carbono assimétrico, existem então, 21= 2 isômeros opticamente ativos. São eles:
Observe elas são substâncias diferentes opticamente ativas e que se comportam como objeto e imagem, mas não são sobrepo-
níveis. Nesse caso, fala-se que elas são enantiômeros.
Uma solução equimolar dos enantiômeros forma o que é chamado de mistura racêmica, que é uma solução opticamente ina-
tiva, ou seja, não desvia o plano da luz polarizada.
Agora, observe a molécula abaixo que possui 2 carbonos assimétricos e, consequentemente, 4 isômeros opticamente ativos:
A e C, A e D, B e C, B e D, como não se comportam como objeto e imagem, não são enantiômeros. Nesse caso fala-se que são dias-
tereoisômeros. Pode-se definir diastereoisômeros como sendo isômeros espaciais (cis/trans ou óptico) em que um não é a imagem
do outro.
Obs: Composto meso é um composto que possui carbono assimétrico, porém por ter um plano de simetria, esse composto é op-
ticamente inativo. Exemplo:
PARTE IV
H) REAÇÕES ORGÂNICAS
1. INTRODUÇÃO
A quantidade de compostos orgânicos conhecida é maior do que a de compostos inorgânicos. Assim, maiores também são as
possibilidades de reações orgânicas. No entanto, estas seguem padrões melhor definidos, sendo possível agrupá-las, o que torna
o seu estudo uma tarefa menos árdua.
• Adição
• Eliminação
• Oxidação
• Substituição
a) REAÇÕES DE ADIÇÃO
As reações de adição são características de compostos insaturados. Ocorrem pela quebra de ligações pi (π), sendo adicionadas
duas espécies à molécula para cada ligação pi (π) quebrada.
Essas reações são muito importantes do ponto de vista industrial, destacando-se a hidrogenação catalítica de óleos vegetais para
a fabricação da margarina.
Hidrogenação catalítica:
Embora as reações de hidrogenação sejam características de alquenos e alquinos, os cicloalcanos que apresentam anéis com 3 e
4 átomos de carbono (ciclopropano e ciclobutano) também podem ser hidrogenados. Esses não apresentam ligações pi (π), mas
seus anéis são muito tensionados. Isso gera instabilidade nos compostos, o que favorece a ruptura dos anéis e sua hidrogenação.
Cicloalcanos maiores, tais como ciclopentano ou cicloexano, apresentam conformações que lhes garantem maior estabilidade;
logo, eles não são facilmente hidrogenados.
Halogenação:
Os alquenos, assim como os alquinos, podem ser convertidos em haletos orgânicos por adição de halogênio (X2) à ligação dupla
ou tripla. Nesse processo, a ligação pi (π) entre os átomos de carbono é rompida, e cada um dos átomos da molécula de X2 liga-se
a um carbono que continha a ligação pi (π).
Os haletos de hidrogênio apresentam ligações H—X (sendo X, principalmente, Cl, Br e I) muito polarizadas e podem reagir facil-
mente com compostos que apresentam ligações múltiplas carbono-carbono.
A adição de H—X a um alqueno pode levar à formação de dois produtos. No entanto, um predomina sobre o outro.
Regra de Markovnikov: Na adição de H—X a um alqueno, o átomo de hidrogênio liga-se ao átomo de carbono da dupla-ligação
que tem o maior número de átomos de hidrogênio.
Observação: sempre que, em uma das etapas da adição, houver a formação de um carbocátion, a adição do halogênio vai ocorrer
preferencialmente no carbono positivo do carbocátion mais estável. Por isso o 2-bromopropano é o produto principal.
Mas cuidado: se a adição de HBr ocorrer na presença de peróxidos (seja ele inorgânico, tal como H2O2, ou orgânico, tal como
CH3CH2—O—O—CH2CH3), ela será anti-Markovnikov, ou seja, o hidrogênio liga-se ao carbono menos hidrogenado. De acordo
com Kharasch e Mayo, a reação ocorre segundo o mecanismo a seguir:
A adição de água, catalisada por ácidos (usualmente ácido sulfúrico ou fosfórico diluído), à dupla-ligação de um alqueno constitui
um importante método industrial para preparação de álcoois de baixa massa molar. A reação segue a Regra de Markovnikov, logo,
não possibilita a obtenção de álcoois primários.
Para alquinos, é possível adicionar apenas uma molécula de água por ligação tripla. A reação é catalisada por sais de mercúrio e de-
ve-se ao equilíbrio cetoenólico ou aldoenólico. Como a presença da carbonila, seja da cetona, ou do aldeído, permite ao composto
maior estabilidade em relação ao enol equivalente, o enol se converte.
B) REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO
As reações de eliminação constituem outro importante grupo de reações orgânicas. Envolvem a remoção de átomos ou grupos
de átomos de uma molécula sem que sejam substituídos por outros. Na maioria dos casos, os átomos ou grupos são removidos de
carbonos adjacentes, resultando na formação de uma ligação múltipla.
A desidroalogenação constitui um bom método na síntese de alquenos. A reação consiste em remover um átomo de hidrogênio e
um átomo de halogênio ligados a carbonos adjacentes. Para tal, utiliza-se um solvente adequado, entre eles o hidróxido de potás-
sio dissolvido em etanol (denominado potassa alcoólica).
Regra de Saytzeff: Na desidroalogenação, o produto da reação que se forma, preferencialmente, é o alqueno que tiver o maior
número de grupos alquila ligados aos átomos de carbono da ligação dupla.
Desidratação de álcoois:
A desidratação de um álcool consiste na eliminação do grupo hidroxila de um carbono e um hidrogênio de outro átomo de carbo-
no (ou outro grupo reagente) com formação de uma molécula de água.
2. O átomo de hidrogênio que se liga ao grupo hidroxila pertence a outro grupo hidroxila.
Os dialetos vicinais são compostos dialogenados que têm os halogênios ligados a átomos de carbonos adjacentes.
Os dibrometos vicinais podem sofrer desbromação quando tratados com iodeto de sódio dissolvido em acetona, ou por uma
mistura de pó de zinco dissolvido em etanol.
Esse processo é semelhante ao processo de desidratação intermolecular entre álcoois. Os principais agentes desidratantes são
H2SO4(conc.), P2O5 ou H3PO4(conc.), todos sob aquecimento.
C) REAÇÕES DE OXIDAÇÃO
Reações de oxidação são aquelas que envolvem aumento no estado de oxidação (NOx) dos átomos presentes em uma molécula
ou um composto. Em outras palavras, uma espécie oxida quando perde elétrons. Assim, a oxidação necessariamente será acompa-
nhada por uma redução, ou seja, haverá outra espécie que ganhará elétrons.
As substâncias inorgânicas mais frequentemente usadas como oxidantes são: permanganato de potássio (KMnO4), dicromato de
potássio (K2Cr2O7), ozônio (O3) e oxigênio molecular (O2).
Oxidação de álcoois:
• Álcoois primários:
A oxidação envolve a remoção de um hidrogênio do carbono que contém a hidroxila e a formação de uma carbonila; logo, há
produção de um aldeído.
Como os agentes oxidantes empregados são fortes, dificilmente a reação para nessa etapa. Observe que o composto resultante
ainda apresenta um hidrogênio no carbono que agora contém a carbonila e, assim, pode haver uma nova oxidação com formação
de uma hidroxila.
• Álcoois secundários:
Assim como na oxidação de álcoois primários, a oxidação de álcoois secundários envolve a remoção de um hidrogênio do carbono
que contém a hidroxila e a formação de uma carbonila. Entretanto, nesse caso, haverá produção de uma cetona.
· Álcoois terciários:
Álcoois terciários não apresentam hidrogênio ligado ao carbono que contém a hidroxila, logo, não é possível, por métodos discu-
tidos aqui, produzir carbonila. Isso implica dizer que álcoois terciários não reagem com KMnO4 ou com K2Cr2O7, em meio ácido.
Oxidação em alquenos:
• Oxidação branda:
Os alquenos convertem-se em dióis (álcoois que apresentam dois grupos hidroxilas) por vários métodos. Nesse caso, a reação de
oxidação consiste apenas na ruptura da ligação π e é denominada oxidação branda.
Essas condições brandas são essenciais para impedir a subsequente oxidação do diol.
A oxidação de alquenos também pode ser feita utilizando-se KMnO4 aquecido e em meio ácido. Nesse caso, a oxidação é conhe-
cida como oxidação enérgica, e haverá clivagem da ligação dupla carbono-carbono. Dependendo da posição da ligação dupla,
poderão ser produzidos ácidos carboxílicos, cetonas e até gás carbônico. O KMnO4 pode ser substituído por K2Cr2O7 também em
meio ácido.
• Ozonólise:
Os alquenos também podem ser oxidados pela reação com ozônio. Nesse caso, há formação de compostos instáveis denominados
molozonídeos, que se rearranjam para formar o ozonídeo. Este, por sua vez, ao ser tratado com zinco e água, forma compostos
carbonílicos (aldeídos e / ou cetonas).
D) REAÇÕES DE SUBTITUIÇÃO
Substituição nucleofílica:
As reações de substituição nucleofílica ocorrem a partir de um reagente deficiente de elétrons que será “atacado” por um nucleó-
filo.
Nucleófilo é uma espécie que apresenta par(es) de elétrons não compartilhado(s), portanto, apresenta afinidade com o centro
deficiente em elétrons.
Essas reações consistem em substituir um haleto de uma molécula orgânica por outro átomo ou grupo de átomos.
Formação de álcoois:
Formação de aminas:
Formação de éteres:
• Esterificação:
Os ácidos carboxílicos reagem com álcoois, formando ésteres. A reação envolve uma desidratação intermolecular e é denominada
esterificação.
Eletrófilo é uma espécie que apresenta deficiência de elétrons, seja um cátion ou uma espécie com um orbital vazio, e, portanto,
possui afinidade pelo centro rico em elétrons.
As substituições eletrofílicas aromáticas possibilitam a introdução de uma grande variedade de grupos no anel benzênico, o que
permite a síntese de diversos produtos importantes na indústria. Essas reações ocorrem em duas etapas: adição eletrofílica e eli-
minação.
Reação de halogenação:
Em condições ambiente, o benzeno reage com os halogênios (cloro ou bromo) apenas na presença de ácidos de Lewis, tais como
FeCl3, FeBr3 ou AlCl3.
Reação de nitração:
Reação de sulfonação:
Grupos ativadores: Os grupos ativadores orientam as substituições eletrofílicas para as posições orto-para do anel benzênico e
são denominados orto-para orientadores ou orto-para dirigentes. Alguns exemplos são:
Grupos inibidores: Os grupos desativadores orientam as substituições eletrofílicas para as posições meta do anel benzênico e são
denominados metaorientadores ou metadirigentes.
Reação de saponificação:
A reação de saponificação é responsável pela fabricação de sabão. Consiste na hidrólise básica de triacilglicerídeos (lipídeos, óleos
vegetais ou gorduras) em presença de base forte e aquecimento. A molécula de triglicerídeo quebra-se em uma molécula de gli-
cerina (glicerol) e em seus ácidos graxos. Quimicamente, o sabão resultante é um sal de ácido carboxílico que possui uma longa
cadeia carbônica, sendo capaz de se solubilizar tanto em meios polares quanto em meios apolares. Assim, o sabão é um tensoativo,
ou surfactante, que reduz a tensão superficial da água, fazendo com que ela interaja melhor nas superfícies. Abaixo está represen-
tada a equação genérica de obtenção dos sabões:
Éster de ácido graxo + Base forte → Álcool + Sal de ácido graxo (sabão)
No exemplo abaixo, a reação ocorre com a soda cáustica (NaOH), sendo um processo muito usado industrialmente e em nível
doméstico. Os radicais R1, R2 e R3 representam cadeias carbônicas longas, características de ácidos graxos.
b)
c)
d)
a) provoca ferimento na pele do paciente ao serem 3. Vários materiais, quando queimados, podem levar à forma-
introduzidos os eletrodos, rompendo o epitélio. ção de dioxinas, um composto do grupo dos organoclorados.
b) aumenta o risco de estresse nos pacientes, causado pela Mesmo quando a queima ocorre em incineradores, há libera-
aplicação da corrente elétrica. ção de substâncias derivadas da dioxina no meio ambiente.
Tais compostos são produz idos em baixas concentrações,
c) inibe o mecanismo de ação dos medicamentos no como resíduos da queima de matéria orgânica em presença
tecido-alvo, pois estes passam a entrar por meio da pele. de produtos que contenham cloro. Como consequência de
a) absorve a irradiação de partículas carregadas, emitidas 9. As moléculas de nanoputians lembram figuras humanas e
pelo aquecimento elétrico dos filmes de polipirrol. foram criadas para estimular o interesse de jovens na compre-
ensão da linguagem expressa em fórmulas estruturais, muito
b) permite a difusão dos íons promovida pela aplicação de usadas em química orgânica. Um exemplo é o NanoKid, repre-
diferença de potencial, fechando o circuito elétrico. sentado na figura:
e) hiperpolarização.
a) Éter e éster.
Em que parte do corpo do NanoKid existe carbono quaternário?
b) Cetona e éster.
a) Mãos.
c) Álcool e cetona.
b) Cabeça.
d) Aldeído e cetona.
c) Tórax.
e) Éter e ácido carboxílico.
d) Abdômen.
12. O benzeno é um hidrocarboneto aromático presente no
e) Pés. petróleo, no carvão e em condensados de gás natural. Seus
metabólitos são altamente tóxicos e se depositam na medula
óssea e nos tecidos gordurosos. O limite de exposição pode
10. No processo de industrialização da mamona, além do óleo causar anemia, câncer (leucemia) e distúrbios do comporta-
mento. Em termos de reatividade química, quando um eletró-
que contém vários ácidos graxos, é obtida uma massa orgâ-
filo se liga ao benzeno, ocorre a formação de um intermedi-
nica, conhecida como torta de mamona. Esta massa tem po- ário, o carbocátion. Por fim, ocorre a adição ou substituição
tencial para ser utilizada como fertilizante para o solo e como eletrofílica.
complemento em rações animais devido a seu elevado valor
proteico. No entanto, a torta apresenta compostos tóxicos e
alergênicos diferentemente do óleo da mamona. Para que a
torta possa ser utilizada na alimentação animal, é necessário
um processo de descontaminação.
a) lipofilia
b) hidrofilia
c) hipocromia.
d) cromatofilia
Disponível em: www.sindipetro.org.br. - Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
Com base no texto e no gráfico do progresso da reação apre- ta diária, enquanto vitaminas lipossolúveis são armazenadas
sentada, as estruturas químicas encontradas em I, II e III são, em quantidades suficientes para evitar doenças causadas pela
respectivamente: sua carência. A seguir são apresentadas as estruturas químicas
de cinco vitaminas necessárias ao organismo.
a)
a)
b)
b)
c)
d)
e)
e)
Dentre as vitaminas apresentadas na figura, aquela que necessita de maior suplementação diária é
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
15. Em uma planície, ocorreu um acidente ambiental em decorrência do derramamento de grande quantidade de um hidrocar-
boneto que se apresenta na forma pastosa à temperatura ambiente. Um químico ambiental utilizou uma quantidade apropriada
de uma solução de para dodecilbenzenossulfonato de sódio, um agente tensoativo sintético, para diminuir os impactos desse
acidente. Essa intervenção produz resultados positivos para o ambiente porque
b) a hidrólise do para-dodecil-benzenossulfonato de sódio produz energia térmica suficiente para vaporizar o hidrocarboneto.
c) a mistura desses reagentes provoca a combustão do hidrocarboneto, o que diminui a quantidade dessa substância na
natureza.
e) o reagente adicionado provoca uma solidificação do hidrocarboneto, o que facilita sua retirada do ambiente.
16. Duas matérias–primas encontradas em grande quantidade no Rio Grande do Sul, a quitosana, um biopolímero preparado a
partir da carapaça do camarão, e o poliol, obtido do óleo do grão da soja, são os principais componentes de um novo material para
incorporação de partículas ou princípios ativos utilizados no preparo de vários produtos. Esse material apresenta viscosidade se-
melhante às substâncias utilizadas atualmente em vários produtos farmacêuticos e cosméticos, e fabricadas a partir de polímeros
petroquímicos, com a vantagem de ser biocompatível e biodegradável. A fórmula estrutural da quitosana está apresentada em
seguida.
a) o uso da quitosana é vantajoso devido a suas propriedade, pois não existem mudanças em sua pureza e peso molecular,
características dos polímeros, além de todos os seus benefícios ambientais.
b) a quitosana tem em sua constituição grupos amina, pouco reativos e não disponíveis para reações químicas, com as vantagens
ambientais comparadas com os produtos petroquímicos.
c) o polímero natural quitosana é de uso vantajoso, pois o produto constituído por grupos álcool e amina tem vantagem
ambiental comparado com os polímeros provenientes de materiais petroquímicos.
d) a quitosana é constituída por grupos hidroxila em carbonos terciários e derivados com poliol, dificilmente produzidos, e traz
vantagens ambientais comparadas com os polímeros deprodutos petroquímicos.
e) a quitosana é um polímero de baixa massa molecular, e o produto constituído por grupos álcool e amida é vantajoso para
aplicações ambientais em comparação com os polímerospetroquímicos.
17. Sabe-se que a ingestão frequente de lipídos contendo áci- que apresentam efeito tóxico agudo para os seres humanos.
dos graxos (ácidos monocarboxílicos alifáticos) de cadeia car- Esses pesticidas contêm um átomo central de fósforo ao qual
bônica insaturada com isomeria trans apresenta maior risco estão ligados outros átomos ou grupo de átomos como oxi-
para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo gênio, enxofre, grupos metoxi ou etoxi, ou um radical orgâ-
que isso não se observa com os isômeros cis. Dentre os cri- nico de cadeia longa. Os organofosforados são divididos em
térios seguintes, o mais adequado à escolha de um produto três subclasses: Tipo A, na qual o enxofre não se incorpora na
molécula; Tipo B, na qual o oxigênio, que faz dupla ligação
alimentar saudável contendo lipídeos é:
com fósforo, é substituído pelo enxofre; e Tipo C, no qual dois
a) se houver bases nitrogenadas, estas devem estar ligadas oxigênios são substituídos por enxofre.
a uma ribose e a um aminoácido. BAIRD, C. Química Ambiental. Bookman, 2005.
b) se contiver sais, estes devem ser de bromo ou de flúor, Um exemplo de pesticida organofosforado Tipo B, que apre-
pois são essas as formas frequentes nos lipídios cis. senta grupo etoxi em sua fórmula estrutural, está representa-
do em:
c) se estiverem presentes compostos com ligações peptí-
dicas entre os aminoácidos, os grupos amino devem ser a)
esterificados.
d)
e)
O monofluoracetato de sódio pode ser obtido pela
a) dissolvem-se na água.
a)
e)
b)
28. Você já ouviu essa frase: rolou uma química entre nós! O
25. Um método para determinação do teor de etanol na ga- amor é frequentemente associado a um fenômeno mágico ou
solina consiste em mistura volumes conhecidos de água e de espiritual, porém existe a atuação de alguns compostos em
gasolina em um frasco específico. Após agitar o frasco e aguar- nosso corpo, que provocam sensações quando estamos per-
dar um período de tempo, medem-se os volumes das duas fa- to da pessoa amada, como coração acelerado e aumento da
ses imiscíveis que são obtidas: uma orgânica e outra aquosa. O frequência respiratória. Essas sensações são transmitidas por
etanol, antes miscível com a gasolina, encontra-se agora mis- neurotransmissores, taiscomo adrenalina, noradrenalina, feni-
cível com a água. Para explicar o comportamento do etanol letilamina, dopamina e as serotoninas.
antes e depois da adição de água, é necessário conhecer
a) poliéster.
b) poliamida.
c) polietileno.
d) poliacrilato.
e) polipropileno.
a) éter.
b) álcool.
c) amina.
d) cetona.
e) ácido carboxílico.
29. Sais de amônio são sólidos iônicos com alto ponto de fusão, muito mais solúveis em água que as aminas originais e ligeira-
mente solúveis em solventes orgânicos apolares, sendo compostos convenientes para serem usados em xaropes e medicamentos
injetáveis. Um exemplo é a efedrina, que funde a 79 ºC, tem um odor desagradável e oxida na presença do ar atmosférico formando
produtos indesejáveis. O cloridrato de efedrina funde a 217 ºC, não se oxida e é inodoro, sendo o ideal para compor os medica-
mentos.
De acordo com o texto, que propriedade química das aminas possibilita a formação de sais de amônio estáveis, facilitando a ma-
nipulação de princípios ativos?
a) Acidez.
b) Basicidade.
c) Solubilidade.
d) Volatilidade.
e) Aromaticidade.
30. O poli(ácido lático) ou PLA é um material de interesse tecnológico por ser um polímero biodegradável e bioabsorvível. O ácido
lático, um metabólito comum no organismo humano, é a matéria-prima para produção do PLA, de acordo com a equação química
simplificada:
a) Poliéster.
b) Polivinila.
c) Poliamida.
d) Poliuretana.
e) Policarbonato.
31. O Nylon® é um polímero (uma poliamida) obtido pela reação do ácido adípico com a hexametilenodiamina, como indicado no
esquema reacional.
Na época da invenção desse composto, foi proposta uma nomenclatura comercial, baseada no número de átomos de carbono do
diácido carboxílico, seguido do número de carbonos da diamina. De acordo com as informações do texto, o nome comercial de
uma poliamida resultante da reação do ácido butanodioico com o 1,2-diamino-etano é
a) Nylon 4,3.
b) Nylon 6,2.
c) Nylon 3,4.
d) Nylon 4,2.
e) Nylon 2,6.
32. A figura representa uma embalagem cartonada e sua constituição em multicamadas. De acordo com as orientações do fabri-
cante, essas embalagens não devem ser utilizadas em fornos microondas.
e) geração de centelhas na camada de alumínio, que pode levar à queima da camada de papel e de polietileno.
33. Uma forma de organização de um sistema biológico é a presença de sinais diversos utilizados pelos indivíduos para se comu-
nicarem. No caso das abelhas da espécie Apis mellifera, os sinais utilizados podem ser feromônios. Para saírem e voltarem de suas
colmeias, usam um feromônio que indica a trilha percorrida por elas (Composto A). Quando pressentem o perigo, expelem um
feromônio de alarme (Composto B), que serve de sinal para um combate coletivo. O que diferencia cada um desses sinais utilizados
pelas abelhas são as estruturas e funções orgânicas dos feromônios.
a) álcool e éster.
b) aldeído e cetona.
c) éter e hidrocarboneto.
34. O permanganato de potássio (KMnO4) é um agente oxidante forte muito empregado tanto em nível laboratorial quanto indus-
trial. Na oxidação de alcenos de cadeia normal, como o 1-fenil-1 propeno, ilustrado na figura, o KMnO4 é utilizado para a produção
de ácidos carboxílicos.
1-fenil-1-propeno
35. Hidrocarbonetos podem ser obtidos em laboratório por descarboxilação oxidativa anódica, processo conhecido como ele-
trossíntese de Kolbe. Essa reação é utilizada na síntese de hidrocarbonetos diversos, a partir de óleos vegetais, os quais podem
ser empre gados como fontes alternativas de energia, em substituição aos hidrocarbonetos fósseis. O esquema ilustra simplifi-
cadamente esse processo.
Com base nesse processo, o hidrocarboneto produzido na ele- LE COUTEUR, R; BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas que
trólise do ácido 3,3-dimetil-butanoico mudaram a história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006 (adaptado).
a) baixa polaridade.
c) ocorrência de halogênios.
37. (ENEM – 2018) O grafeno é uma forma alotrópica do car- O produto A é favorecido em relação ao B, por um fator de
bono constituído por uma folha planar (arranjo bidimensio- 105. Em um estudo de possível substituição do uso de hidroxi-
nal) de átomos de carbono compactados e com a espessura lamina, foram testadas as móleculas numeradas de 1 a 5.
de apenas um átomo. Sua estrutura é hexagonal,conforme a
figura.
a) 1
b) 2
c) 3
Nesse arranjo, os átomos de carbono possuem hibridação
d) 4
a) sp de geometria linear.
e) 5
b) sp2 de geometria trigonal planar.
40. Tensoativos são compostos orgânicos que possuem com-
c) sp3 alternados com carbonos com hibridação sp de geo- portamento anfifílico. Isto é, possuem duas regiões, uma hi-
metria linear. drofóbica e outra hidrofílica. O principal tensoativo aniônico
sintético surgiu na década de 1940 e teve grande aceitação
d) sp3d de geometria planar. no mercado de detergentes em razão do melhor desempenho
comparado ao do sabão. No entanto, o uso desse produto pro-
e) sp3d2 com geometria hexagonal planar.
vocou grandes problemas ambientais, dentre eles a resistên-
38. As abelhas utilizam a sinalização química para distinguir a cia ã degradação biológica, por causa dos diversos carbonos
abelha-rainha de uma operária, sendo capazes de reconhecer terciários na cadela que compõe a porção hidrofóbica desse
diferenças entre moléculas. A rainha produz o sinalizador quí- tensoativo aniônico. As ramificações na cadela dificultam sua
mico conhecido como ácido 9-hidroxidec-2-enoico, enquanto degradação, levando ã persistência no melo ambiente por
as abelhas-operárias produzem ácido 10-hidroxidec-2-enoico. longos períodos. Isso levou a sua substituição na maioria dos
Nós podemos distinguir as abelhas-operárias e rainhas por países por tensoativos biodegradáveis, ou seja, com cadeias
sua aparência, mas, entre si, elas usam essa sinalização quí- alquílicas lineares.
mica para perceber a diferença. Pode-se dizer que veem por PENTEADO, J. C. P.; EL SEOUD, O. A.; CARVALHO, L. R. F. […]: uma abordagem
meio da química. ambiental e analítica. Química Nova, n. 5, 2006 (adaptado).
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TOMA, H. E. A nanotecnologia das moléculas. Química Nova na Escola, n.21, maio 2005
TOMA, H. E. A nanotecnologia das moléculas. Química Nova na Escola,(adaptado).
n.21,
maio do(a)
O fenômeno de movimento molecular, promovido pela incidência de luz, decorre 2005 (adaptado).
a) movimento vibracional dos átomos, que leva ao encurtamento e à relaxação das ligações
O fenômeno
b) isomerização deN=N,
das ligações movimento
sendo a forma cismolecular,
do polímero maispromovido pela inci-
compacta que a trans.
dência dedasluz,
c) tautomerização decorre
unidades do(a)
monoméricas do polímero, que leva a um composto mais compacto.
d) ressonância entre os elétrons π do grupo azo e os do anel aromático que encurta as ligações duplas.
e) variação conformacional das ligações N=N, que resulta em estruturas com diferentes áreas de superfície.
a) movimento vibracional dos átomos, que leva ao encurta-
mento e à relaxação das ligações
c)
D
1 tautomerização
2
E
3
D
4das unidades
B
5
A D
6 monoméricas
7
B
8 do polímero,
E
9
A
10
B
11 que
12 leva 13
a um composto
14 15 mais
16 compacto.
17 18 19 20
B A A C D C D D E D
21 22 23 24 25 26 27 28
d)
A
ressonância
B D
entre
A
os elétrons
E B
π do grupo
A
azo
C
e os29Bdo anel
30
A
31 aromático
32 33 que encurta
34 35as ligações
36 duplas.
37 38 39 40
D E A A C A B A D C
41
e)
D
variação conformacional das ligações N=N, que resulta
em estruturas com diferentes áreas de superfície.
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CAPÍTULO 10 Radioatividade
TRODUÇÃO À FILOSOFIA
CAPÍTULO 10
Radioatividade
1. INTRODUÇÃO
A radioatividade é um fenômeno nuclear. Quando um núcleo é instável, o elemento é radioativo. Para atingir a estabilidade, o
núcleo emite partícula ou radiação. Veja o esquema:
2. ESTABILIDADE NUCLEAR
É sabido que o núcleo atômico é constituído por prótons e
nêutrons. Essas partículas subatômicas são denominadas nú-
cleons. A estabilidade nuclear está relacionada à energia de
ligação nucleônica. Quanto maior for a energia dessa ligação,
menor será a energia armazenada no núcleo e, consequente-
mente, maior será a estabilidade no nuclídeo.
Radioatividade CAPÍTULO 10
• < 30 ≤ 83 possuem isótopos estáveis. Entretanto, nesses isótopos o número de nêutrons é maior que o de prótons (N>Z).
Atenção: o bismuto (Z=83) é o último elemento que possui isótopos estáveis. Para elementos com Z>83, todos os isótopos são
instáveis.
3. TIPOS DE RADIAÇÃO
4. LEIS NUCLEARES
a) Lei de Soddy: quando um núcleo atômico emite uma partícula beta, transforma-se em outro núcleo que apresenta número atô-
mico uma unidade maior e mesmo número de massa.
Exemplo:
b) Lei de Soddy-Fajans-Russel: quando um núcleo atômico emite uma partícula beta, transforma-se em outro núcleo que apresenta
número atômico uma unidade maior e mesmo número de massa.
Exemplo:
c) Emissão de radiação gama: As emissões de radiação alfa e beta, geralmente, são acompanhadas por radiação gama.
Exemplo:
5. SÉRIES RADIOATIVAS
Átomos com elevado número atômico, geralmente emitem sucessivas radiações para atingirem a estabilidade. A sequência dessas
emissões é denominada série radioativa. Veja a do Urânio – 238:
6. TEMPO DE MEIA-VIDA
Também chamado de período de semidesintegração, o tempo de meia-vida é o tempo necessário para que a atividade (ou quan-
tidade) de um elemento radioativo se reduza à metade da atividade (ou quantidade) inicial. Veja o esquema:
Radioatividade CAPÍTULO 10
Atenção:
• , ,em que M é a massa final, Mo a massa inicial e x representa a quantidade de meias-vidas que se passaram.
Atente-se pelo fato de que o tempo de meia-vida é uma característica do elemento radioativo, ou seja, ele varia de um elemento
para o outro.
Atenção: contaminação ocorre quando há um contato direto com um material radioativo. Nesse caso, o ser humano torna-se radioativo.
Já quando o homem é irradiado, ou seja, recebe radiação de um material radioativo ou contaminado, ele não se torna radioativo. Ambas
as situações podem trazer efeitos fisiológicos maléficos para o ser humano.
7. FISSÃO NUCLEAR
É um processo de divisão de um núcleo em dois menores quando o núcleo é incidido por um nêutron, ocorrendo liberação de
grande quantidade de energia. Veja:
Nesse tipo de fissão, o combustível nuclear são os núcleos de átomos de urânio-235 radioativos que são bombardeados por nêu-
trons. Os novos nêutrons gerados fissionarão novos núcleos e o processo se repete.
As bombas atômicas (bomba A) funcionam através desse mecanismo. A primeira bomba atômica foi lançada no Japão em 1945,
encerrando a Segunda Guerra Mundial. Nas bombas atômicas, o U-235 (urânio mais físsil) é encontrado com 92% de abundância.
8. FUSÃO NUCLEAR
É um processo de união de dois núcleos pequenos para formar um núcleo maior, ocorrendo liberação de grande quantidade de
energia (mais do que a fissão).
Veja:
Para que ocorra a fusão, é necessário fornecer muita energia. O primeiro uso desse mecanismo para fins bélicos deu-se em 1952
nas Ilhas de Marshall. Esse foi o único episódio de testes desse tipo de artefato na história. Nesse tipo de bomba (bomba H), o de-
tonador primário, ou espoleta, é uma bomba de fissão nuclear que utiliza como combustível urânio ou plutônio. Ao ser detonada,
a espoleta libera quantidade de energia suficiente para elevar a temperatura e permitir a fusão do deutério e do trítio.
O sol é considerado uma imensa bomba de H, pois nele existem deutério e trítio além de elevadas temperaturas necessárias para
iniciar o processo.
9. REATOR NUCLEAR
Os reatores nucleares utilizam a energia térmica liberada pela fissão nuclear para gerar energia elétrica. Como o processo de fusão
nuclear libera muito mais energia, ele se torna mais vantajoso além de lançar menos lixos radioativos. Entretanto, o homem não
possui tecnologia apropriada para controlar uma reação de fusão.
Nos reatores (fissão nuclear) existem as chamadas barras de controle. que podem ser acionadas pelos operadores a fim de parar a
reação em cadeia da fissão. Essas barras (boro ou cádmio) conseguem capturar os nêutrons produzidos nas reações.
EXERCÍCIOS
1. Leia o texto que se refere ao acidente, causado por uma reação nuclear que caracteriza o fenômeno da radioatividade.
Um estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que o acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima,
causado por um tsunami em 2011, oferece apenas riscos baixos para a população em geral, tanto no Japão quanto nos países vizi-
nhos. No entanto, para quem vivia em regiões muito próximas à usina, o risco estimado para alguns tipos de câncer é maior. Nas
áreas que realmente foram contaminadas, o risco é alto, mas ele já reduz drasticamente mesmo em outros pontos do município
de Fukushima. O relatório da OMS destaca a necessidade de monitoramento de saúde em longo prazo para quem tem alto risco,
assim como a provisão de controle médico e serviços de apoio, completou Maria Neira, diretora de saúde pública e meio ambiente
da OMS. A organização destacou ainda que é preciso oferecer suporte psicossocial às populações afetadas pelo acidente.”
A radioatividade é a capacidade que os átomos de determinados elementos químicos apresentam de emitir espontaneamente
energia sob a forma de partículas ou de radiação eletromagnéticas. Em uma reação nuclear, há
2. No fim do século XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) foi convencido por J. J. Thomson a trabalhar com o
fenômeno então recentemente descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu a elaboração de um modelo atômico que pos-
Radioatividade CAPÍTULO 10
a) I, apenas
b) I e II
c) III, apenas
d) I, II e IV
e) II e IV
O antimônio é um elemento químico que possui 50 prótons e
3. A meia vida do radioisótopo cobre-64 é de ape- possui vários isótopos - átomos que só se diferem pelo núme-
ro de nêutrons. De acordo com o gráfico, os isótopos estáveis
nas 12,8 horas, pois ele sofre decaimento â se transformando
do antimônio possuem
em zinco, conforme a representação
a) entre 12 e 24 nêutrons a menos que o número de prótons.
Considerando uma amostra inicial de 128 mg de cobre-64,
após 76,8 horas, a massa restante desse radioisótopo será de: b) exatamente o mesmo número de prótons e nêutrons.
a) 2 mg c) entre 0 e 12 nêutrons a mais que o número de prótons.
b) 10 mg d) entre 12 e 24 nêutrons a mais que o número de prótons.
c) 12 mg
e) entre 0 e 12 nêutrons a menos que o número de prótons.
d) 28 mg
6. Glicose marcada com nuclídeos de carbono-11 é utilizada
e) 54 mg na medicina para se obter imagens tridimensionais do
cérebro, por meio de tomografia de emissão de pósitrons. A
4. Quanto tempo levará para a atividade do radioisótopo 137Cs desintegração do carbono-11 gera um pósitron, com tempo
cair para 3,125% de seu valor inicial? Dado: Considere que o de meia-vida de 20,4 min, de acordo com a equação da reação
tempo de meia vida do radioisótopo 137Cs seja de 30 anos. nuclear:
a) 150 anos
b) 0,93 anos
c) 180 anos
d) 29 anos
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o
5. Os núcleos dos átomos são constituídos de prótons e nêu- tempo de aquisição de uma imagem de tomografia é cinco
trons, sendo ambos os principais responsáveis pela sua massa. meias-vidas.
Nota-se que, na maioria dos núcleos, essas partículas não es-
tão presentes na mesma proporção. O gráfico mostra a quan- Considerando que o medicamento contém 1,00 g do carbo-
tidade de nêutrons (N) em função da quantidade de prótons no-11, a massa, em miligramas, do nuclídeo restante, após a
(Z) para os núcleos estáveis conhecidos. aquisição da imagem, é mais próxima de
8. (Unesp 2014) O isótopo radioativo Sr-90 não existe na na- Assinale a alternativa que apresenta um decaimento radioa-
tureza, sua formação ocorre principalmente em virtude da tivo correto.
desintegração do Br-90 resultante do processo de fissão do
a)
urânio e do plutônio em reatores nucleares ou em explosões
de bombas atômicas. Observe a série radioativa, a partir do b)
Br-90, até a formação do Sr-90:
c)
90
35 Br → K 90 90
36 r → R 37 b →
90
38 Sr d)
Radioatividade CAPÍTULO 10
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. Sabendo-se que o Césio-137 tem tempo de meia vida de 30
anos, depois de 90 anos, em uma amostra de 1,2g de Cé-
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. sio-137 na atmosfera, restam:
d)
a) O nitrogênio 7N14 proveniente da desintegração do
13. “Os Curie empreenderam uma elaborada análise química
C14, presente no tecido, é um isóbaro do 6C14 e possui 7
da uranimite, separando seus numerosos elementos em gru- 6
e) Se um contador Geiger acusa 12% do segundo período radioativo de ambos os isótopos e assim haveria uma
de meia vida do 6C14 presente no tecido, conclui-se que descontaminação mais rápida.
sua idade é de aproximadamente 660 anos.
e) somente a contaminação por césio seria grave, devido ao
16. No jornal O Estado de São Paulo, de 30 de agosto de 2011, seu maior tempo de meia vida.
foi publicada uma reportagem sobre o acidente nuclear na
usina Daiichi, em Fukushima no Japão “[...] em 33 localidades 18. A elevação da temperatura das águas de rios, lagos e ma-
havia um excesso de césio-137 de 1,48 milhão de becquerel res diminui a solubilidade do oxigênio, pondo em risco as di-
por metro quadrado, […]”. versas formas de vida aquática que dependem desse gás. Se
essa elevação de temperatura acontece por meios artificiais,
Com base no texto acima e nos conceitos sobre processos ra-
dizemos que existe poluição térmica. As usinas nucleares, pela
dioativos, analise as afirmações a seguir.
própria natureza do processo de geração de energia, podem
l. O césio-137 é um material radioativo com tempo de meia causar esse tipo de poluição. Que parte do ciclo de geração
vida curto e não apresenta risco à saúde das pessoas que mo- de energia das usinas nucleares está associada a esse tipo de
ram na região afetada pelo acidente. poluição?
a) Fissão do material radioativo.
ll. A partícula α possui estrutura semelhante ao núcleo do áto-
mo de hélio. b) Condensação do vapor-d’água no final do processo.
lll. Processos radioativos são essencialmente transformações c) Conversão de energia das turbinas pelos geradores.
nucleares, na qual núcleos instáveis emitem radiações.
d) Aquecimento da água líquida para gerar vapor-d’água.
lV. Becquerel é uma grandeza que mede a intensidade de ra-
diação ou a atividade radioativa. e) Lançamento do vapor-d’água sobre as pás das turbinas.
Assinale a alternativa correta. 19. A falta de conhecimento em relação ao que vem a ser um
material radioativo e quais os efeitos, consequências e usos da
a) Todas as afirmações estão corretas. irradiação pode gerar o medo e a tomada de decisões equivo-
cadas, como a apresentada no exemplo a seguir.
b) Apenas II e IV estão corretas.
“Uma companhia aérea negou-se a transportar material mé-
c) Apenas a afirmação III está correta.
dico por este portar um certificado de esterilização por irra-
d) Apenas II, III e IV estão corretas. diação”.
17. Uma das consequências do tsunami ocorrido no Japão foi Física na Escola, v. 8, n. 2, 2007 (adaptado).
c) seriam necessários aproximadamente 3 anos para que a d) absorvem radiação gama e passam a emitir partícula alfa.
atividade devida ao iodo 131 retornasse ao nível normal.
e) absorvem nêutrons e tem sua massa atômica aumentada
d) o aquecimento da amostra aceleraria o decaimento em uma unidade.
Radioatividade CAPÍTULO 10
GABARITO
1 D 7 C 13 B 19 A
2 D 8 E 14 B 20 C
3 A 9 C 15 A 21 A
4 A 10 D 16 D
5 D 11 E 17 B
6 D 12 D 18 B
CAPÍTULO 11
Química Ambiental
Qualquer substância que não seja constituinte do ar atmosférico é considerada poluente. Aproximadamente, a composição do ar
que respiramos é de N2(78%), O2(21%), Ar(0,9%), CO2(0,04%), entre outros (0,6%). Assim, os principais poluentes do ar atmosférico
são substâncias produzidas direta ou indiretamente por processos antropogênicos:
Particulados (fuligem): partículas carbonizadas provenientes da combustão incompleta dos combustíveis (fósseis ou biocom-
bustíveis);
Monóxido de carbono (CO): também oriundo da queima incompleta de combustíveis (fósseis ou biocombustíveis). Esse gás é
incolor e inodoro, entretanto, quando inalado em excesso, causa morte por asfixia, por sua alta afinidade pela hemoglobina, difi-
cultando a ligação do O2, levando à hipóxia.
Óxidos nitrogenados: produzido na queima dos combustíveis que possuem átomos de nitrogênio disponíveis para a queima
(fósseis ou biocombustíveis). Com a água presente na atmosfera, transforma-se em ácidos como HNO2 ou HNO3 que precipitam
como chuva ácida.
O NO2 reage com moléculas de água da chuva e gerar os ácidos correspondentes que se precipitarão como chuva ácida:
Óxidos de enxofre: são aqueles que possuem o enxofre como elemento menos eletronegativo. Assim como os óxidos nitrogena-
dos, causam a chuva ácida pela geração de H2SO3 ou H2SO4.
Hidrocarbonetos: base de toda matéria orgânica que se decompôs ao longo dos anos, podendo ser lançada na atmosfera.
Gás metano (CH4): subproduto da decomposição do lixo e da flatulência dos animais ruminantes.
Ozônio (O3): também conhecido como um dos alótropos do elemento químico oxigênio, é um gás mais denso do que o ar, de
coloração azulada e que pode ser extremamente tóxico por seu alto poder oxidativo.
CFCs – Carbono Flúor e Cloro: são compostos que possuem os átomos de cloro e flúor ligados a cadeias carbônicas, em geral,
pequenas, como ao metano e ao etano. Portanto, eles fazem parte do grupo funcional dos haletos orgânicos. Quando lançados
ao ar, principalmente como propelente dos aerossóis, atingem a estratosfera e, auxiliados pelos raios ultravioleta do sol, geram o
radical livre cloro (Cl•), que ataca o ozônio, destruindo-o.
O2 + UV → O• + O•
O2 + O• → O3
O3 + UV → O2 + O•
Conforme citado anteriormente, os principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio são:
• óxidos de nitrogênio;
• compostos à base de Clorofluorcarbonos (CFCs), como o gás freon, muito utilizado em sistemas de refrigeração e em aerossóis.
Fonte: www.resumoescolar.com.br
O cloro radical é regenerado ao fim do processo, desse modo irá reagir novamente com outras moléculas de ozônio. A falha da
camada de ozônio atingiu cerca de 20.000.000 km2 (o dobro da área do Brasil) no Polo Sul, contribuindo para a redução das calotas
polares. Outras consequências que podem ser observadas são as seguintes:
d) alterações climáticas;
Especialmente no inverno, pode ocorrer um resfriamento rápido do solo ou um rápido aquecimento das camadas atmosféricas su-
periores. Assim, o ar quente funciona como um tampão, impedindo os movimentos de convecção, ou seja, o ar frio não consegue
ascender, por ser mais denso, e o ar quente não consegue descer, por ser menos denso. Isso leva a um acúmulo dos gases e das
fumaças, que não são dissipados pelas correntes de convecção.
Como exemplo, pode-se considerar a cidade de São Paulo, que possui grande concentração de asfalto e concreto. Assim, o calor
concentra-se nesta região, elevando a temperatura em relação aos municípios da região.
Alguns outros fatores podem contribuir para a formação das ilhas de calor, como: poucas áreas verdes e altos índices de poluição
atmosférica. Alguns outros fatores podem contribuir, por exemplo:
a) elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas, como asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de
amianto;
b) falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o albedo, o poder refletor de determinada superfície (quanto maior a
vegetação, maior é o poder refletor), o que leva a uma maior absorção de calor;
c) impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evaporação.
Assim, não se “usa” calor; ele é absorvido;
e) poluição atmosférica, que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (Efeito Estufa);
f) utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da
atmosfera.
Algumas medidas podem ser adotadas para reduzir ou evitar sua formação, como:
a) plantio de árvores em grande quantidade nas grandes cidades. Criação de parques e preservação de áreas verdes;
b) medidas para diminuir a poluição do ar: diminuição e controle da emissão de gases poluentes pelos veículos e controle de poluentes
emitidos por indústrias.
Saúde: pode liberar metais tóxicos no solo que podem alcançar rios e serem ingeridos pelo homem, causando problemas de saú-
de. O seu vapor pode causar sérios problemas respiratórios.
Prédios, casas, arquitetura: pode levar à corrosão dos materiais de construção, comprometendo casas, edifícios e projetos de
arquitetura. Está bem descrita a relação entre a chuva ácida e o mármore (CaCO3) de estátuas. O sulfato de cálcio (CaSO4), que é
constituinte do gesso, formado na superfície da estátua esfarela, deteriorando a escultura:
Lagos: os lagos podem ficar acidificados, reduzindo sua capacidade de acomodar a vida.
Desmatamentos: as clareiras deixadas por árvores destruídas pela chuva ácida podem comprometer toda a vegetação que, até
então, estava protegida. Esse efeito cadeia pode destruir florestas em uma grande extensão.
11.7. Smog
A palavra smog é formada pela união de smoke (fumaça) e fog (neblina, nevoeiro). É caracterizado pela formação de uma neblina
composta por poluição e vapor de água. É formado em grandes cidades, onde a poluição do ar é maior.
Em 1952, Londres ficou recoberta durante 5 dias por uma névoa de SO2 e fumaça, cuja visibilidade era de 5 metros. O ocorrido causou a
morte de mais de 4 mil pessoas.
O clima que precedeu e acompanhou a poluição fez com que os londrinos queimassem mais carvão do que o habitual para lutar contra
o frio. O carvão para uso doméstico do pós-guerra foi, em geral de qualidade bastante pobre, com conteúdo de enxofre, o que aumentou
a quantidade de dióxido de enxofre presente na queima (restrições econômicas fizeram com que o carvão de boa qualidade, "duro", fosse
exportado). Havia também muitas usinas de energia movidas a carvão na região da Grande Londres, incluindo central de Battersea , um
dos Bankside e Kingston , o que contribuiu para aumentar o nível de poluição. A tudo isso se soma a queima e a poluição produzidas pelo
escape dos veículos - especialmente de ônibus movidos a diesel, que veio para substituir o sistema de bondes recentemente demolido -,
bem como por outras fontes industriais e comerciais. Os ventos predominantes também foram levados sobre o Canal no ar poluído das
áreas industriais da Europa.
Isso originou uma neblina sulfúrica, que, ao ser respirada pelas pessoas, acabou originando casos de edema pulmonar (inflação crônica)
e alguns casos morte.
Também é conhecido como smog de Los Angeles, Cidade do México e São Paulo. Ocorre em dias quentes e secos, na presença da luz solar.
Todos os combustíveis (fósseis ou biocombustíveis) necessitam do oxigênio (comburente) que está presente no ar. No entanto, o nitrogê-
nio do ar entra na câmara de explosão do veículo e queima, lançando à atmosfera o monóxido de nitrogênio (NO):
O NO, em presença do oxigênio do ar, oxida-se formando o dióxido de nitrogênio, que possui coloração castanho avermelhado:
Em dias secos e quentes, o NO2 sofrerá uma redução na presença da luz solar, poluindo o ar com ozônio:
O ozônio formado é um gás denso e fica na superfície e, quando respirado, pode causar enfisema pulmonar por ser um poderoso oxidante.
Para o bom funcionamento, deve-se sempre evitar abastecer o motor com combustíveis de qualidade duvidosa. Outro item de
importância é a lubrificação do motor, que, caso não seja adequada, pode levar ao entupimento do catalisador, sendo sua durabi-
lidade média de 80 mil quilômetros.
O “catalisador” é formado por um suporte cerâmico que se encontra revestido com óxido de alumínio e outros metais ativos. Esses
metais convertem os gases tóxicos em vapor d´água, gás carbônico e nitrogênio, por um mecanismo de adsorção.
11.10 Tratamento do lixo Esses locais recebem cobertura de argila e grama e fazem a
captação dos gases e do chorume. O biogás é capturado e
No Brasil são produzidos cerca de 240 mil toneladas de lixo to- queimado, e parte do chorume é recolhida para a superfície.
dos os dias, sendo que apenas 2% de tudo isso segue para re- Os aterros controlados são cobertos com terra ou saibro dia-
ciclagem. O resultado é uma enorme quantidade de resíduos riamente, fazendo com que o lixo não fique exposto e não
que precisa de uma nova destinação após sua vida útil. Entre atraia animais.
todos os rumos possíveis, três destacam-se no país: os lixões,
os aterros controlados e os aterros sanitários. As diferenças en-
tre cada um deles você confere logo abaixo:
Lixões
Aterros sanitários
Os aterros sanitários são espaços preparados para a deposição
final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Esses
locais são planejados para captar e tratar os gases e os líqui-
dos resultantes do processo de decomposição, protegendo o
solo, os lençóis freáticos e o ar. As células são impermeabiliza-
das com mantas de PVC, e o chorume é drenado e depositado
em um poço, para tratamento futuro. O biogás é drenado e
pode ser queimado em flares ou aproveitado para eletricida-
de. Por ser coberto por terra diariamente, não há proliferação
de pragas urbanas.
Aterros controlados
Fonte: Smog industrial e smog fotoquímico. http://www.profpc.com.br
Os aterros controlados são locais intermediários entre o lixão
e o aterro sanitário. Trata-se geralmente de antigas células que
foram remediadas e passaram a reduzir os impactos ambien-
tais e a gerenciar o recebimento de novos resíduos.
c) formação de água.
d) produção de ATP.
e) liberação de calor.
6. (ENEM 2012) Osmose é um processo espontâneo que ocorre b) a hidrólise do para-dodecil-benzenossulfonato de sódio
em todos os organismos vivos e é essencial à manutenção da produz energia térmica suficiente para vaporizar o hidro-
vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaC! (cloreto de sódio) carboneto.
possui a mesma pressão osmótica das soluções presentes nas c) a mistura desses reagentes provoca a combustão do hi-
células humanas. drocarboneto, o que diminui a quantidade dessa subs-
A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L tância na natureza.
de NaC! tem, como consequência, a d) a solução de para-dodecil-benzenossulfonato possibilita
a) absorção de íons Na sobre a superfície da célula.
+ a solubilização do hidrocarboneto.
b) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula. e) o reagente adicionado provoca uma solidificação do hi-
drocarboneto, o que facilita sua retirada do ambiente.
c) diminuição da concentração das soluções presentes na
célula. 9. (ENEM 2012 Sist. Prisional) O desenvolvimento sustentá-
vel rompe com a lógica da organização social vigente, convi-
d) transferência de íons Na+ da célula para a solução. dando a novos modos de pensar e agir. Dessa forma, sustenta-
bilidade implica o uso de recursos renováveis em quantidades
e) transferência de moléculas de água do interior da célula compatíveis com a capacidade de renovação do planeta.
para a solução.
MCT. Prêmio Jovem Cientista: cidades sustentáveis. Caderno do professor, 2011
7. (ENEM 2012) Uma dona de casa acidentalmente deixou (adaptado).
cair na geladeira a água proveniente do degelo de um peixe, o
Um esquema de cidade que pretende atender a esse conceito é:
que deixou um cheiro forte e desagradável dentro do eletro-
doméstico. Sabe-se que o odor característico de peixe se deve
às aminas e que esses compostos se comportam como bases.
Sabão 10–12
Carbonato de sódio/barrilha 10–12
a) hidrelétricas.
b) termelétricas.
c) usinas geotérmicas.
Quimicamente, a destruição do ozônio na atmosfera por ga- alta e composição complexa, principalmente nos processos
ses CFCs é decorrência da de tingimento e acabamento.
a) clivagem da molécula de ozônio pelos CFCs para produ- Visando minimizar os efeitos ambientais nocivos ocasionados
zir espécies radicalares. pela grande quantidade de efluente contaminado, a catalise
- quebra de moléculas - recebeu atenção especial, visto que
b) produção de oxigênio molecular a partir de ozônio, cata-
lisada por átomos de cloro. a) permite a estocagem correta do efluente, evitando a con-
taminação de rios e lagos.
c) oxidação do monóxido de cloro por átomos de oxigênio
para produzir átomos de cloro. b) os catalisadores são substâncias que tem como objetivo
principal a neutralização do pH do meio.
d) reação direta entre os CFCs e o ozônio para produzir oxi-
gênio molecular e monóxido de cloro. c) pode recuperar todos os produtos químicos presentes na
água, permitindo a reutilização desses compostos.
e) reação de substituição de um dos átomos de oxigênio na
molécula de ozônio por átomos de cloro. d) associada a processos oxidativos, pode provocar a com-
pleta mineralização dos contaminantes, formando gás
19. (ENEM 2014 3a Aplicação) O ciclo da água envolve pro- carbônico e água.
cessos de evaporação, condensação e precipitação da água
no ambiente. Na etapa de evaporação, pode-se dizer que a e) permite o retorno do efluente contaminado para o pro-
água resultante encontra-se pura, entretanto, quando em cesso, uma vez que provoca a floculação dos produtos,
contato com poluentes atmosféricos, como os óxidos sulfu- facilitando a separação.
roso e nitroso, é contaminada. Dessa forma, quando a água
precipita, traz consigo substâncias que interferem diretamen-
te no ambiente. GABARITO
1 A 7 C 13 B 19 A
A qual problema ambiental o texto faz referência?
2 C 8 C 14 E 20 D
a) Chuva ácida.
3 B 9 D 15 B 21 D
b) Poluição do ar. 4 A 10 E 16 B
c) Aquecimento global. 5 B 11 A 17 D
d) Destruição da camada de ozônio. 6 E 12 C 18 B
a) o calor
(A) o calorgerado
geradopela
pela reação
reação intensificará
intensificará ooaquecimento
aquecimento global.
global.
(B) aumentará a quantidade de gases causadores do aquecimento global.
(C)
b) a emissão
aumentará dea gases causadores
quantidade docausadores
de gases aquecimento global permanecera inalterada.
do aque-
(D) ocorrerá
cimentoaglobal.
diminuição da emissão de um dos gases causadores do aquecimento global.
(E) os gases liberados na reação podem neutralizar aqueles responsáveis pelo aquecimento global.
c) a emissão de gases causadores do aquecimento global
permanecera inalterada.
16. (ENEM 2014 3 Aplicação) A indústria têxtil é responsável por um consumo elevado de água e de outros produtos, gerando
a
grande quantidade
d) ocorrerá de efluentes
a diminuição com
da emissão deconcentração alta e composição complexa, principalmente nos processos de tingimento e
um dos gases cau-
sadores do aquecimento global.
acabamento.
e) os gases liberados na reação podem neutralizar aqueles
Visando minimizar
responsáveis osaquecimento
pelo efeitos ambientais
global. nocivos ocasionados pela grande quantidade de efluente contaminado, a catalise -
quebra de moléculas - recebeu atenção especial, visto que
21. (ENEM 2014 3a Aplicação) A indústria têxtil é responsá-
velpermite
(A) por um consumo elevado
a estocagem de água
correta e de outros
do efluente, produtos,a contaminação de rios e lagos.
evitando
gerando grande quantidade de efl uentes com concentração
(B) os catalisadores são substâncias que tem como objetivo principal a neutralização do pH do meio.
(C) pode recuperar todos os produtos químicos presentes na água, permitindo a reutilização desses compostos.
(D) associada a processos oxidativos, pode provocar a completa mineralização dos contaminantes, formando gás carbônico e
água. Curso Enem 2019 | Química 287
(E) permite o retorno do efluente contaminado para o processo, uma vez que provoca a floculação dos produtos, facilitando a
separação.