MAX WEBER

(1864-1920)
Sociologia compreensiva
 Max Weber
(1864-1920)
• Indivíduo e sociedade
Weber é um autor que estuda a sociedade a partir das ações dos
indivíduos e suas relações. A sociedade é o conjunto das ações dos
indivíduos relacionando-se reciprocamente.
A ação social é o ato de se comunicar, de se relacionar, tendo
alguma orientação quanto às ações dos outros (um indivíduo
apenas, ou vários, indeterminados ou até desconhecidos). Um
exemplo é o do uso do dinheiro: trata-se de uma ação orientada
quanto à ação dos outros. O dinheiro tem valor porque os indivíduos
atuam na expectativa de que os outros indivíduos também
consagrem valor àquele objeto.
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• Existem quatro tipos de ação social:
• A ação tradicional “tem por base um sentimento arraigado, a
tradição familiar ou um hábito. É um tipo de ação que se adota
quase automaticamente, reagindo a estímulos habituais. Expressões
como “Eu sempre fiz assim” ou “Lá em casa sempre se faz desse
jeito” exemplificam tais ações”. (Tomazi, 2007, p.25)
• A ação afetiva “tem por fundamento os sentimentos de qualquer
ordem. O sentido da ação está nela mesma. Age afetivamente
quem satisfaz suas necessidades, seus desejos, sejam eles de
alegria, de gozo, de vingança, não importa. O que importa é dar
vazão às paixões momentâneas. Age assim aquele indivíduo que
diz: ‘tudo pelo prazer’ ou ‘o principal é viver o momento’”. (Tomazi,
2007, p.25)
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• A ação racional com relação a valores “fundamenta-se em convicções,
tais como o dever, a dignidade, a beleza, a sabedoria, a piedade
ou a transcendência de uma causa, qualquer que seja o gênero, sem
levar em conta as conseqüências possíveis. O indivíduo age
baseado naquelas convicções e crê que tem certo ‘mandado’ para
fazer aquilo. Se as conseqüências forem boas ou ruins, prejudiciais
ou não, isso não importa, pois ele age de acordo com aquilo em
que acredita.
• A ação racional com relação a fins “fundamenta-se numa avaliação
entre meios e fins. Nesse tipo de ação, o indivíduo pensa antes de
agir em uma situação dada. Age dessa forma o indivíduo que
programa, pesa e mede as conseqüências e afirma: ‘se eu fizer isso
ou aquilo, pode acontecer tal ou qual coisa; então vamos ver qual é
a melhor alternativa’. (Tomazi, 2007, p.26)
 Max Weber
(1864-1920)
• Estratificação social
Há uma contribuição importante de Weber no que diz
respeito ao estudo da estratificação social. Esta geraria
desigualdades de riqueza, prestígio e poder.
Existem três formas de estratificação social:
• Econômica – baseada na quantidade de riqueza (posses e
renda) que as pessoas possuem.
• Social – baseada no status ou prestígio que as pessoas ou
grupos têm, seja na profissão, seja no estilo de vida;
• Política – baseada na quantidade de poder que as
pessoas ou grupos têm nas relações de dominação em uma
determinada sociedade.
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• Poder e dominação

Enquanto o poder é a oportunidade de um

indivíduo ou grupo de fazer triunfar no seio de
uma relação social sua própria vontade contra
resistências, a dominação é uma capacidade de
influência específica sobre pessoas dispostas a
obedecer à ordem que lhes é dada.
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(1864-1920)
• Os três tipos de dominação legítima:

I. Tradicional: A autoridade tradicional baseia-se em costumes e regras

passados de geração para geração;
II. Carismática: O carisma é definido como “uma certa qualidade que
caracteriza uma personalidade individual, e em virtude da qual esse
personagem é considerado extraordinário e tratado como se fosse dotado de
poderes ou qualidades sobrenaturais ou, pelo menos, excepcionais”. Como se
pode concluir, a dominação carismática é caracterizada pela capacidade de
cativar e envolver pessoas.
III. Racional-legal: Neste caso, o indivíduo fala em nome de regras
impessoais características do Estado e da organização burocrática. A
legitimidade da dominação reside em normas escritas que definem as
atribuições de cada membro da burocracia.
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(1864-1920)
• Segundo Weber, o poder é a oportunidade de impor uma
certa vontade, no interior de uma relação social, mesmo
contra resistências. E a política é a atividade que se propõe
garantir pela força, fundada geralmente no direito, a
segurança externa e a concórdia interna de uma unidade
territorial particular (principalmente o Estado).

• O Estado é a instituição política que, dirigida por um

governo soberano, reivindica o monopólio do uso legítimo
da força física em determinado território, subordinando os
membros da sociedade que nele vivem.