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Apelação 39872 (1975) RJ - V. 1
Apelação 39872 (1975) RJ - V. 1
___ _
.. H.o.............................
39 872
. ..... ................................ .............
SU?fiJII JRimli MJLfTAI
ESTADO DO RIO DE J.lNEIIO
..........................................................-............................. ... ................................................. ...................J. .. t...N-QV.--t91S
- DIVISÃO DE ACORDAO
· k 11- :JCU/v ~- ~) E JURISPRUDtNCIA
•····························· ································Q···········r-·····t··········--··.... ··········~····································:···········
~:_~~~~k~k-f-~gQ~~i:-~~~~~~~~n~~·b·s;~-~~~~~;-~a?.tZ·~~e~~u!
sete an.os... .e...oi.to .. mes.e.s ...de .. .reclusão.,....i.n.cur.sos. ..ncs .. a:r-ts- -- 20~,- - ---§. ·-··-2",
irciso 'III , e 209, caput, q/c o art 79, com a pena acessÓria de
perda de ····posto···-e···patente-;·-·nu-s···tê-rmo·s···cro···a:r-t·--98·;····1rrc1s·êr··r;····c:/c····· o
art 99 t ....~~S9....49....9~~~.i....ªJp~~J ..9:~~-ª-'·· .I.VAá.. E~fEIL...~....OLI.1lEI P4......RUBENS
l!J1RT:::NS DE SOUZA, 3 ~ sargentos, JO~ AUGUSTO CRUZ e CEI4SO G0~1ES
.!F FRFI -TAS---Fil.RO-,-----Gabes·;·····eondenad-o-s·;-··ead.:a···um-;···· a:··-cinquenta:··-anos·
· e
nv-ve mêse s de r e clu são, incursos no~----~-~-~.. .:?.Q.5..t....1 . _2~_, ____mç_;i,_ª_9_.))~1 e
2 9, ca_pü·t·;····c."/éf'"õ"s···a:r•ts···· 5J..if""79·;····com a pena acess ória àe exclus~o
do Serv.iç.o....do ...Exé.r.cit.a.,.... nos. ...tê~s ...d.o. ..ar.t.---J..:0.2-,-···:tud0-··d.-0···G-Fl-~....-·--·-
:~~~L.....º-.. Aç_q_~Q,ªº--··ª-º----ª:1J.P~r.i..Q.r. ...~!i.bunª~---Hilitar,. ... de ..2l ..~de ... j.unho
;. dvagad:os·:-- --n"i~s...1liiUs.ta· ··suss.~k"ind..11~;~~-~-..il~-g~~---&ii~~~d:~---~1i"~~da
Filllo, -Ma-ri·o·-Ma·ttos·;···~-ottri:va.l····Nogu-e±ra-···tirmr;····j_>e-~íõ····t.ifrrs····e·--s·iTva,
!-rthur ..~Y,1-:_gP.:~----~·--·-~~-~-~á-.9.....HQ.~ª-'!':···-···-···-···--·····-··---~--···"""-·-·····--•- ..··---~----~--·-
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AUTUAÇÃO
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19.....7..~---·-·
0S-z r~ . .
~.:!................................~/2. ~....... . . . . . . . .... .................. .. . . . . . . . .,.... . . . . .
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~evídor: c.Sr. 1flínifi1·0
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; ) i tao D.:-_:::,GIO r".!:ltL..':9.!:.. ~J::;::E3US, condenado a oi tenta e rrua-
a.r~o ::;.....d;a ....r--e-e·l'}J;eã-e-·;····2·º
··-·i!e n-..·3/2.....pJ,.ULO ....FEiHAUD···i'1TR.~·/:3·:r· ..·:IJ:{""SIL'i.r.!1., /
o 1denaCc a setenta e sete _a~o.s . ~~ -~-~-~-~~-~-~.9. .;....9.§..~.S~D.J.2.ê .....JJ};Q_;:N.9.J.~--E
- -..
Df.i ·::;ou=~~-·e·"-I7A'T"Z:;:-~L... ':J~-- 'O I 1V2l:=ut, Cabo JOS.: ~'L"Güu :oo (;!~wz. cem
s ..a... s.~.s.s.e~1..:.a ...e ..~ ..doi.s ... an.o.s.... d.e.....p.e.G-l.lsão,......i-ne·U:Pso-s·..·Ee·s....·a·r=ts·~..20 5-:-
2Q,III 209, § lQ, 26~, n. I e 352, c/c os arts 53 e 79; Sar~ento
IJ:3: I 'ü'2:f·~s--· e ....ci ···c~·l:To ..·c:n;tSO··--:rul"i·-:s··..DE···l?'flliiT~ItS''"FTC'HO'~......C'ónde·~ado·s a
_ n t?, ....e....Qi.t.o....ano.3.....d.e.....r.e. clu..s.ão..,. .....i nc.1IT.s.o.s .....nos ....ar.t.s ....2o.5.,.......§.... 2 Q., I I I 1
9, § 12, c/c os arts 53 e 79; ~en Cel GLP.DS?iY~:: :c>-:.;_..=c.~.:E':'T · '2:'~::: (E,1
, cc·Jdf'··1ad:o....2......s~·~.;-e·..·-ar::os ....de··..re-c·::::us·?.:o·;.....i'~cliT'S·o ....nos....·ar•·t ·s .... 2ok;·....·n·~ I e
, cI c. . . ?......~-~:.~.....23..i .....~......9.~.....çJ7-'b.e.....N~~§QN. ... ~.J.;J.::;.r.RO....P.;.:;... .L~O!.J.RA.....e .....IB.L~I.JES ?EE
, condenac.os: respectiva:"1el:te, a dois anos e um ano de recli.lSao,
!1CUrSO S.... fl0·.. ·B:P·t·.. ·-3-rJ.2....eJe..··0""'aT't"..5}·;-.... ·tUÜ'O""'dO""():PJ:1·~ ....................................................................
P:!LA· A :.... ,.~.....S.e..r...t a.2.1.ç;.a ... d.o....Cons.e.::....-:"1.o.....Es.o.e.c.i al .... de.....Jus;..;i.ç.a..... dg.... 2.::-..... ~:.:udi..to ri. a do
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fÜ :·o;ueir.;. Li~na, Be2.la:::'mindo t!:.. randa Fº, Fuad H'a::-::lini, Tlto Liv-io de
'igueir·'jdo Junior e José Uruba tan Coelho de Abreu.
AUTUAÇÃO
.Act:~ ..............l$......................diat:l do méJ de.................... j ..'Uilb.o..................... de 19...........:,7..]. ..
FI. 1
19 ..1?....... .
2.a A U D I TO R I A DO E X É R C I TO
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RÉUª,, ~tJI~§?~..~~t~B~M~l~MRAttBils:tf~;~~ ·~~.
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IVAN ETEL DE OLIVEIRA, RUBENS MARTINS DE SOUZA, SIDENI :-:n
.......................... g~:!.~:P~.s t .... ~?.-.~g-~A~<?.ê. t.....~9.~.~...4:0:~.'G:ê~.O....OR:O:Z., ....O.~.S.O....G:O~S......DE....
FREITAS FILHO, Cabos, e NELSON RIBEIRO DE MOUP~ e IRA-
NIDES FERREIRA, civis.
AUTUAÇÃO
Aos ...Y.iA:t.~ ....~ .. f?..~:t.~.... .C.~7.l .... dias do mês de ................marQ.O...............................do ano de
mil novecentos e ... ª -~-t.e.n.ta ...e ...do.i s... Jl9.7.2) .............................. , nesta cidade do Rio de Janeiro,
em meu cartório, autuo o.... :p.r.es.en.t .e....;proc.esso .......................................... que adiante se segue;
-
EXMO. SR. DR. AUDITOR DA 21l AUDITORIA DO EXÉRCITO DA lA CJM
J
17/?2
fls. ?5';
J 6. 30 Sgt. SIDENI GUEDES, qualificado ~s fls. 1?~;
7• C&bo JOgg AUGUSTO CRUZ, qualificado~s fls.l5'8;
8e Cabo CELSO GOMES DE FREITAS FILHO, qualificado/
, ' .fls.- 131;
as
9~ Civil NELSON RIBEIRO DE MOUBA, qua~ificado ~·s /
fls~.. 292;
10. Civil IRANIDES FERREIRA, qualifi~do as' fls.291 ,
,
pela pratica dos atos delituosos abaixo descritos.
j ...
Em meados domes de .dezembro do ano
de 19?1, a policia de Volta Redonda prendeu e lavrou um auto
de prisão em flagrante traficante de maconha EXPEDI
TO BOTELHO LUIZ, vulgo
I
~==========~~~~~~--------~~------~ - - - .
-·
'. Conduzido~ presen~Doutor
de Direito daquela cidade, CAPARA disse ter recebido maus -/
JUiz
.
Os soldados
A
detidos eram interroga-/
dos e mantidos presos numa dependencia conhecida como "ARQUI-
VO", que é um pavilhão afastado dos demais, que compoõem o -1
complexo de edificações do 1~ B.I.B.
No dia 31 de dezembro de 1971, ocor-
reu um rato importante no desenDolar daqueles tristes aconte-
cimentos - o Sd BOTELHO, apesar de ferido, arranbou o teto do
arquivo e conseguiu fugir.
Os soldados presos eram barbaramente
espancados pela "equipe do Cap NIEBUS"o
.. .
Os acusados confessaram ~s fls; 12~,
1~9, 81, 7~, 158 e 131 que usavam para espancar os presos:-
CANO DE FERRO ( cap NIEBUs, Ten MIRANDA e Cb CRUZ); AP2RTO =
. . DOS pgS NUMA PRENSA (Sgts RUBENS e GUEDES); SURRAS COM CllfO
NA ( Sgts ETEL e RUBENS); CHOQUES E~TRICOS, SOCOS, TAPAS E
PON'lA-pgS eram aplicados por tÔda a equipe, sendo que o Cb -
CRUZ, chegava ao requinte lça~ uma luva para socar os -
Sds presos•
Desses
~
espancamento~tais, resul-
3.-
tou o saldo de onze feridos e quatro soldados mortos.
NE, os acusados Cap NIEBUS, Ten MIRANDA, Sgt ETEL, Sgt RUBENS
e Cb CRUZ dan!ficaram otelhado do arquivo do 10 BIB, a fim
de simUlar a fuga.. dos
.
Sds MONQ'O e VANDERLEI, causando7 1esta
forma prejuizos a Fazenda Nacional.
IX- os acusados Cap NIEBUS, Ten MIRANDA, Sargentos
ETEL e RUBENS e Cb CRUZ,com a autorização do acusado Ten Cel
GLADSTONE, retiraram do "A~quivo" os cadáveres dos Sds MONÇIO
e VAKDERLEI, . esquartejando o deste Último e largando os res-
tos de ambos, nas Estradas de Rio Claro e Angra dos Reis, a
fim de inutilizar material probante.
X- os acusados Ten MIRANDA e civis NELSONe IRONI-
DES removeram o cadaver de MONçAO para a Estrada de Bananal,.
no Estado de são Paulo, onde tentaram destruir o referido
material probante, ateando-lhe embebê-lo com gaso-
lina.
= = = = -- - - -~ - - -- ~--~---=----......___,....-.........~-=--~~~-=--=-----:-:;;=~---
f'az~ndo, os acusV41ng~-
~/
3 Assim
ram os seguintes dispositivos do Cõdigo Penal Mi~:.
I- Ten Cel GLADSTONE PERNASETTI TEIXEIRA infringiu
os artigos 264 n~ero I e 352 c.c. artigo 53, tudo do c.P.11.;
II- Cap DÍLGIO MIRA.NDA NIEBUS, 20 Ten R/2 PAULO REY=
NAUD MIRANDA DA SILVA, 30 Sgt IVAL ETEL DE OLIVEIRA, 30 Sgt
RUBENS MARTINS DE SOUZA e o Cabo JOSg AUGUSTO CRUZ infringi-
ram -os artigos 205 § 20 n~eros III e VI; 209 §. lC; 264 núme-
ro I e 352, tudo c.c; com o artigo 53 do CPM;
III- 30 Sgt SIDENI GUEDES e Cabo CELSO GOMES DE FREITAS
FILHO ~ringiram os artigos 205 § 2D números III e VI e 209
§ lD, c.c. artigo 53, tudo do C.P.11.;
z;
TESTEMUNHAS:
?LI })
3a Sgt FRANCISCO LE_ONARDO NETO. • J• • • • • • • • :tls"tl.63
1-fO 2. Cap AMI!i ELIAS. • • • • • • • • • • • • •
,"
• • • n 380
Jo2
•
~ Cb LUIZ ANTÔNIO GARCIA NOVAES • • • • • •
4. Cb EUG~NIO GONZAGA TOMA.Z. •• • • • • • •
• • • • 202
• • • • 168
Informantes a
APARECIDO DIAS MACHADO. • t . • • • • • • •
5;~ • • • • t1s."'69
6. JOát GETÚLIO NOVO PAUFERRO.. • • • • • • • • • • • n 102
7.- NILSON SENHORINHO MARCA TO ' • • • • • • • • • • • " 100
~ l 8.- GERALZELIA RIBEIRO DA SILVA ~ . • • • • • • • • • • " 307
Estado da Guanabara,
N.O
~~---··········································· ..
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex 5ª Bda C Bld
o
.. 152 R C.. Mec IRRecMe.c ) ...... . .
o
. . ..SEC Ç ÃO 19 .. 7.2....
INTERESSA DO -~-º......§:r. . G:~J:!.....Q~t....~~ .5.~.. .J3..g~----º···-~-~ª- .. ............................. ............. ................... ... ... ....
MOVIMENTO DO PROCESSO
2 20
----
-~
3 21
- -- - -
4
--- - 22
5 23
-- --
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6 26
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30 I
I
~v
MINIST!RIO DO ExeRCITO
I Ex 5 I Bda C Bld
152 RCMec ( RRecMec )
Indiciado:
AUTtJAQÃO
JUNTADA
;4
Aos 20 dias do mes de Janeiro de 1972 , nesta cida
de do Rio de Janeiro, no Quartel do 15Q Regimento de Ca va
laria Mecanizado, faço juntada a êstes autos dos documen-
tos que adiante se vêem; do que, para const ar, lavrei o
presente t&rmo. Eu, lQ Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, ser-
vindo de Escrivão, o escrevi e assino.
Servindo de Escrivão
PORTARIA
:&n, 1972
11
~~c
CÓPif~ AlJT1~iiTICN 1 - r·UIHSTiRIO DO 3JGRCIT O - PRTI-!EIRO EX!iT:tCITO - 5{1
BRIG.d.DA DE CAV 3LD - 15º RC 1-lEC (R REC I-BC) - !tiO DE ~LU7"JLlO , ~STADO
DA GU.tJe3AlU - 2ª FEL'tA, 31 DE J_lF:IRO DE 1972 - BOIBTTI~ IIJTERUO N2/
21 - P_..?:..-L CC1TI-'3CTI3HTO DO :l:~Gr.iEHrO 3 D3VIDA EXSCUÇÃO , PUBL:CO O SE-
GUIIH,E: 1ª PARTE = =
S:C'RVIÇOS DIAtliOS- ••• 2 ª P.tillTE EISTRUÇÃO- ••• 3f'-/
'"'f.RTB ::.: .'~..18lliT0;1 G&l:l.I.S 'S XDIIIITISTR..\.TIVOS- ••• 4a PA.tlTE = JUSTIÇ~ E /
:JIBCIPLIITA - I = ESCRiy)IQ D~ I,FH - Designação - Transcrição - L'm Of/
nQ 01-IPU, de 20 Jan 72, o Cel BÁRI O 01L..4.HDO RIB~I30 SAJ:1P_.!.IO , Cmt do
15º R C Eec (n Rec ~1e c), encarregado de un IPH participou a designa-
ção do lQ I'en Co.v JGSDL GOI:F.S ::n:J3I30, daquela 'Unidade, p:::.ra servir
como escrivão do Inquérito que é encarregado. (Transcri to do BI/5ª I
Bda C Bld nQ 17, de 25 J~ 72) • (as) !-1Á..l1IO ORLlllE>O RIB3IRO S_\.HP.à.IO -
..J..!i:l-2 . I
I CO~OIGf. COUAlTDA.l _E. COITFR.1E COH O ORIGHt L. Quartel en Campinho-GB,_
--~~~~~~{;~~:~~~---
I •
-
e de cumprir fielmente as determinaçÕes do C6digo de Proces
ao Penal Militar.
(Servindo
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
1ª DIVISÃO DZ xé:.=tCITO
ª BRIGAD
·····-----5-----------·················
···················
.8. -------------·············································
·····-·-··
D3 CAV..\.LARIA BLINDAD.t ·------···········--················
.aio____d e ___J_anair_a_,______GB.,.....l 9 J an 7 2
·;k_ f~
/ / . ; ; )/ ~-1/-
MINISTERIO DO EX!RCITO :BARRA MANSA, EST~RIO DE JANEIRO
I EXERCITO = DB
12 BI B - 2 B SEÇÃO EM 14 de janeiro de 1972
r
CONf IDEt~ CIAL )f;? f~~
(Continuação do Relatório Es pecial de Informações do {/!!!.;;- Fl 2 ).
I I -'
/ L .: I. - - J '> (') } :. I ~ f
~
I EXÉRCITO
DIVISÃO BLINDADA
•
1. ASSUNTO : - TUFICO DE ENTORPECENTE , :BAIXA. E MORTE DE SOLDADCB:E%4 -
5!! :Bda c :B].d
11CIRCUNS WCIAS· ·WVI·DOSAS
- - //'
2. ORIGEM: -
CO FIDENCIAL -
.
contilma - <~
·
__)
.--:;-- -- - -- - - - - - CONFIDENCIAL
ikz_f~~
00
-----
77"({!!:7
~~"""7"""---
~L---:
Bld deslocou-se, por ordem do Gen cmt da Bda, para Barra Mansa -
RJ a fim da levar uma dtietriz de comando ao cmt do 12 BI:B, bem -
co.mo verificar o andamento das dilig~ncias procedidas pelo Ten cel
Inf GLADSTONE PERNASETI TEIXEIRA que, segundo constava, estaria
procedendo a um IP.M por orde~ do cel cmt do lR BIB.
-
Das diligências procedidas pelo Ten Cel E/2 no qua:tel do
12 BIB, naquela ocasiao, ficou constatados ':
- Que o soldado HtLIO BOTELHO LUIZ, do lg BIB, quando pr3so
para averiguações, haVia fugido e o fato não havia sido informado/
à 2~ seção da Bda;
- QUe o soldado ROBERTO VICENTE DA SILVA, que se encontrava
pr~so no mesmo recinto com os soldados GECHA.R RIBEIRO DA SILVA, que
faleceu, VANDERLEI DE OLIVEIRA e JUAREZ MONÇÃO VIROTE, que fu81ra,m,
havia baixado ao HCEx em 14 de janeiro de 1972, coa escoriações ge
neralizadas, apresentando ind!cios de espancamento e tal fato, tam -
bém, não havia sido informado;
- uma vinda ao Rio de Janeiro ( G:B), em 13 de _janeiro de
1972, do cap S/2 do 19 ~Il3, DllGiq MI~'IDA NIEBO'S para tratar de -
"assuntos particulares"• No dia seguinte, 19 de janeiro de 1972, -
foi constatado que o cap S/2 viera manter contato com o cap Médico
-
Dr QTJ!RINO PEREIRA NETTO, do HCEx, visando a baixa de soldados pr3
.
aos para aver1guaçoes; -
- Ind!cioa bastante acentuados de espancamento de presos no
quartel do lg BIB por elementos da 23 seção;
Em 19 de janeiro de 1972, tendo em vista a gravidade dos
fatos que estavam ocorrendo na q~tel do lo BIB, o Gen cmt da 5~ 1
Bda C 3ld determinou que o cal cav 1:ÚRIO ORLANDO .··RIBEIRO SAMPAIO -
procedesse a um IEM para apurar as circunstânciás que cercaram a -
morte do soldado GECM.AR RIBEI~O DA SILVA e a baixa ao HCEx do sol-
dado ROBERTO VICENTE DA SILVA. .
outrossim, esta Ag~ncia informa que o Gen cmt da Bda de -
te~ou, em 18 de janeiro de 1972, ao cmt do lQ ~IB a substitui -
ção do cap Inf D.ÚGIO MIRANDA NIEBUS das funçÕes de S/2t bem como
a de todos os graduados da 2~ seção do 1D BIB.
OoOoOoOoO
'f,j. :...
'rr-- ~-\-
·8).§
:;,--'
· -- - -- - - - - -----CONFIDENCIAL ----------...::::::::.J--~...!
-
Of n. 42-Sec. Do Cooandante do l Q B I B.
. __,__,_
.• - -1- 1.--.
-- ---- - ~
inistério do Ex '
I Exército
PRIMEIRO BATALHÃO DE INF.A.J.~TARIA BLINDADA
Indiciados:
Ofendido: -
- Sd n. 349 - GEOMAR RIBEIRO DA SILVA,
falecido em 13 Jan 72o
!U_!!IAQ!Q
Aos 14 dias do mês de janeiro do ano de 1972, nesta cidade
de Barra Manoa., Esta-'~o do Rio de Janeiro e no quartel do Pri--
meiro Batalhão de Infantaria Blind2da, autuo a Port~ria n. 01-
Sec, de 14 Jan 72, do Comandante do 1º BIB e demais documentos
que a este junto e me foram entregues pelo encarregado do pre-
sente inquérito, do que, para constar, la.vro êste têrmo.
JOS~ F~L
SERVINDO DE ESCRNÃ~~ 7
. DA SILVA - 2° TENENTr;
- ------.-
JUl TADA
PORTARIA
~
~~
~
~
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex D B
PRIMEIRO BATALHÃO DE INFANTARIA BLINDADA
Barra Mansa, RJ, 14 Jan 72.
Portaria Do Comandante do lQ B I Bo
n. 01-Sec.
''"~tA ~k4~/
MI~~DA NIEBUS - CAPITÃO f'
SECRET1RIO.
T~RMO
l
~
~ digo, diveraies_que e stava em Volta Redenda._ PergQDtad quais os eo!
dado s de Batalhao que tem CGaheoimemto que sao viciadoa respo eu &
que FERREIRA, PERY, SENHORINHO, GETO'LIO, ALVES, GONZAGA . SOARES, AP!
RECIDO, cem quem fum•u m·a.conha 'ne Bairro N. s. das Graç • em VR, co,!
forme foi dite acima, EVALDO, SIMXO são viciados em mac. nha. Per _
_ tado se j~ comprou maconha dG Sd BOTELHO no interior. do quartel~ re
poudeu que não, e6 fora do quartel oonfo.rme foi di t• acima. Pe~
tado se co•hece e cidadão EXPEDITO ~TELHO LUIZ, vulgo "CAPARA", re.!.
pondeu que a6 veio a conhecê•!• por ocasião de sua prisão (do .depoeA
te). Perguntado ende o Sd ~OTELHO ceatumav~ ~ardar maconha ~entr!
do quartel, respondeu que nao sabe, por que nao tinha amizade c~m· e7
~ le, nem fera gu dentro do quartel, que . apenas comprou maconha. dele
juntamente cem o seu am~go JORGE CABELUDINHO. Perguntado quauta• ve
zes já fumou maconha, res·p~ndeu que cêrca de 50 vêzes. Perguntado !e -
j~ ee utilizou de outros ·tipoa de enterpeoeutee, .respendeu que ' nao
somente da maconh:a• Perguatado se., dige, ·quando fumou maooRha pela
,
(Centinuação do Têrmo de Declarações
'
Última vez, respo~deu que f9i no dia 26 Dez 71, juntamentec~ os Sd/ SOA
RES E FERHEI-RA n• parque de diversões em V•l ta Redonda, maconha da,'d a T
pelG Sd. SOARES. Pe rgufttade quais os · traficantes · que o•nhece, com jeeus
respectivos l ocais de venda ( "pont0s") 1. ·. reependeu que l LUIZ, vulgo "P~
de )late'', que faz "ponte" uas imeidaç, digo, imediaçies do Edi.ticio Sá-
vioGama a Boate Marie quei~; GARIBALDI' que faz "l(~ntt•'' na Rua 545, nca
Bairre N. S das Graças; JORGE "BODINHO , que faz 1fento" nas proximid~
.. des do Mercado d• Bairre N. S. das Graça•; WALTER 'GAMBA•, que faz pontt
nos apartamentos do BairroN.s. das Graças; HENRIQUE, que faz "ponte" 1l8.
Vila Stl Cecília, Pra~a Bras il e Bairr• N. S. das Graça•; HiLIO"MOCOTO"
(Sd Bot elho da 21 Cia), ua· Praça Brasil; ~~ENGO•, na Praça Brasil, nas
proximidades do buste de Getlilio Vargas; "BINGA", que faz •pont~" na
rua S, Bairre Jardim Paraiba; Perguntado se tem mais alguma coisa a
delca,digo, declarar, respondeu que certa vez fumou maconha com um jo~
dor de futebol conhecido p or ADIDTON (do Fluminense FC da Guanabara) • .
Pe ..:guutado s e presta o presente depeimento livre de qualquer tipo de coa
ção, respondeu que •im, E como nada mais disse e nem lhe fGi perguntado-
---
deu G encarregade da - InqUírição por findo • presente, que assina, jUJlt§
meatecem • depoente, 'ua preser.l\Ja de duas testem.Wlha•.
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15 Jun 52
CASTIGOS DISC I P L INARES
11
DO OOlrpOrtameD'tO OJ(• •
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123 ~ ~~-c_.ú_~----~f~_,_·-~-·__t=_____________________
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7 Comportamento ~~(
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no comportam.e nto -
ao t'orma
-- ~-- - -- - - - - - - -
Proce êocia_----l~LI.L--~<S---#-4~~~--
71 ldr 1ti.l;'de_ -=-:=--..!..:=.::~~~~-:::>"'.e::::..__ _ __
Sa •uínco Grupo "B Poa
52 Engaj./Re~ , ._Qonec
c IPLINA"'ES
ZE D 8:- Por
1 ~do
TO
- D B
____...ERIMEIILO....BATALRÃO....D.E__~nf.F..ANT.,A;R_l_A___J~LJNDADA
Barra Mansa, RJ, 14 Jan 72.
... O:f n.l-IPM. Do Ten Cel Gladstone Pernasetti Tei
xeira, Enc do IPM. -
DESPACHO:- Nomeio o 2º Ten
José Félix da Silva para - Ao Sr Cel Cmt lQ B I B.
servir como Escrivão do -
IP.M · dicado. Pu ~ique-se.
Assunto Solicita nomeação de Escrivão.
PL "':' 'C'AOO
Bol No _Q_~ ---·····················
Em, ):/!Jt~"' 2..
------- -- . .,0
~ 0·~
- --~=-~·-r--~~====~~~~~--~-=~------=======-~------------~--------~--
COMPROMISSO LEGAL
Quartel
LAUDO DE NECROPSIA
N.o_ _ _ __ _ __ _
os peritos, médicos -legistas, Dr.oL> Sebcud:i..:;o c..e ;l.'??.e.i..ch.. e J~ CaJrl.o.t. fit:..?DJ Fwri.a.
o neow~o da San:!:.a Ca.tx.! c!e. fY....J'IAa i a/'tAa. onde /aJr,Uz a ne~~J.ói.a • .[m.· ~;_ d.ea..'1.1'7.d.ol
,~; encon;úr.ei.. o cad.c: e.ll. L>oblte a a :ze.:~ de nRouSpL>ia • wai..do . e .'XI/.> \€'i.. G: e.xa::un:.-
l.o • Ser;.u.e a ~;:o dt' av;t/md.a •
( ,.,.daveA em d.ecu..bv~o clo/UJa.t • CÚV.,IJ.i..t:!o de 6tV'-6 ve.d€..6 e l:!obr..e.
a -zcv.c. d.e. necJu:m.ói.a • /li.ru:.a 6e·.z .rJ..rri.d.e.~ e com._ M lrJpeb~t.".L> L>e'1i.- cervr:cl.a..ó d.ei..x-n.d.o
ve.n ""L> .ou.piJ..a.L> c!.J..ln;tcr.dcu, e M c ;lr./'l.ea/.J Or.x:tea..ó • (~e.u c:la.L> ,~·to.. chM de IU.I'Jod ·e ncL>I
ICI?.(u_;Z.õ pod:.€JU.oll.e6 • líMenci..a. de l..eL>; €..6 CJJU7i..L> e ;~o.-1 l'].eni.:l:::-i..L> er..:ávtn.o.õ L>e>: anolt
r.v-.....i..clc.de • V~.:L> ?...OIU1.1 de necr..oõe e J..oc::.i..w.d.cu, na :O.ce ani..ell.O-exf..el'll70. do ar.:f..ebl't!7.
co ~o , na ;_,:~ce an;/:.c;r;_o"- do ,'l.e.v...X.Orú.iX dJtei:f.o • no Uwco di..r.ei.:to .i..nv('di.nd.o n
i o-6/.:Ja .iLi...a.c..o. ac.rr.eda • no :t.Ju:.o n~'-o aM i.ace.L> anf.eJUJJlf..:Z..ó olz.L> COXIl.L> • 8 7! crr.;br h aL>
ltC.Oi..;CL> ~€a.6 .i..nv :a.'.Uu O a JU!.t]-:.:W L>aCN I. • VCJcJ..li.....car:i0-6 ed.r.L.ó J..~e.L> • f.Xl, '·M.n.0-6 ao
ex .e i.nfe.r.;w •
I n~'.O r;ze;·v~o-ouh.i.mw.. co.:z l'l.€ha.:tll:zerd:..o do olr/:Ji:Jcro v.:teJr.ncl/
P"'l".r:. n..be.Jdu.ira OJn.ol.a da.-6 cvi...dad.e..ô i.o~ e a6d.o.nü u:J . /to .6er... r:l.i.L>.6ec:C:.- a oele I
~ JW:;Li...o€..6 <vu:i..or.a.dc...t, co~Fi.OL> Ulna e.-; ui.."ZO.õe d.o i.ecú:i.o c e.f..t.d.J:Vr.. .1u6-~eo I
r ruoL .i.nvr~di.n. :iaílbem a riUJ/.>cu.)..,·:f..wr.a do abG..o7i.ei7. e da prvr.ede a.rd:.~lt do ::tor.rx • I
eL>.IY.!r":f...and.o- .óe {XUC. rt. !iU.l..t>c:.dai:ur<Ll d - /Y.vr.ede an:/:.e/U..olt do peóCOCO • Ob.õcVLV:.:t:f.c.ó edo.ó
LeMe~:> i:JM.t>OU:-óe p~:Nt. 01:> ;~1:> ini:Jra c.o..vi..:fl::.JU..o~:>.
pul.m~VJ de a~:>pe.c;lo e coruJ.h..-
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ten.eú" nolt'llrM , plte/Jencc de wn :Um.o co 1 ') CJ,"'./:> de exi:.~ p olt 3 de lmrJ;rwrri e I e
i.'..eLO c..~ ei:>JJe.l:>óWUJ • de a tl?o.ô o/.l l..obo.ô c/.iJrej_;:to e ei:>Ç' ~vu:i.o. O coN"c:;_O C!llmc:>n:!:.ado
nho e con.ôi..dencia. n.o~r.no.J...I:> : ~Cir.ea/.> can i:nd.a.1:> 0.1:> .óiJ.Ç:l.6 poltC;;e.D ( cabeça • COil.{.JO e
Cl:'u.da ) .i._çp_taim.erd.e nomnai...l:> , ILi.n.o 1J...o..ei...rPl'lerd:.e @wf;..cuLo.ô e ap~r.eD~ o.ô 1..obo.61
i.n.f..e;U.-o!t€1:> er;ui;:wMCI.olJ • er.;u.i..rno.ôe.D r::.O ~ da cap.6Ula como i:a!lZbem. do rr1tenavi.Jn.a ; I
be.xiq.o .6eJlZ wri.nc ; capmJ.c.l:> ~ • ~o.ô • .61.J..r.)JU1.lten.cri...6 ,;;o aMe.Den;t~ru;f.o hemolt.
MQiF in.:úto cao.õulc.ll. • e de M oedo é co~enci...a no.lTJ,UJiL> ; Meieltel:> bem • A .6e -
auUr. pa..Mr-mot> OCJT.a o exo..me da co.Loi.t::. CIV'l?.eana aue nd.o a_pllE./.)eJ-d:.:va. nen/w.I?IO. on o;r;TI.a. -;-
J.i..d ·d e • com.o Vra~b . :tu::zolte6 • e;tc. . o me../:>,,70 aconi:.eceJU1J' com o teci..d.o ne.~tvoM.
Dnda >:JOit com::l.uJJja a ~PLii..a • o cor...po {.oi.. devi.r:.'amente ne.cor~ • po.I:>Nll7f.'lo-
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gos Mariano sln ·* filho Arlindo Ribeiro\, da Silva e~ : **
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Causa orbs " ........................................................................................T............................................... ..
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Av. Graça. Ara nha, 342 - Rio
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Aos 14 dias do mes de janeiro do ano de 1972, nesta cidade
de Barra Mansa , Estado do Rio de Janeiro e no quart el do Prime_!
ro Batalhão de Infantaria Blindada, faço conclusos os presentes
autos ao---
~
Sr Tenente-Coronel- Arioffivaldo Tavares Gomes da Silva ,
encarregado dêste inquérito; do que, para constar, lavrei o pr~
Sênt~ ~êrmo. Eu, ~osé Fé~ix d: (. ;lva, 2º Tenente, se~ndo de
Escr~vao, o escrev~ ss~noo ~ I I
• I ~- ~
A SILVA - 2º TE~~
I
O DE ESCRIVÃO cJV~ ~
..
STONE PERN
ENC DO
Aos 16 dias do mês de janeiro do ano de 1972, nesta cidade de
Barra Ma nsa , 2sta1o do ~io de Janeiro e no quartel do Primeiro Ba-
talhão de Infantar i a Blindada, recebÍ do Sr Ten Cel Gladstone Per-
·nasetti Teixeira, encarregado dêste inqu érito, os presentes autos,
~
o
do que, para constar lavrei o presen~i ~ tê mo. Eu, J 0 sé Fél ix
Silva, 22 Tenente servindo de E crivao o s evi e assino
I . ,
• ~
S~ FtLIXA DA SILVA - TE~
SERVINDO DE ESCRIVÃO. ~/~
C ERTIDÃO
~
diz respeito ao tráfico de maconha, que é seu desejo, recuperar-se
e àquêles que são dados ao vício. Perguntado qual a sua situação
atual perante à Justiçã,~espondeuque está condenado a 5 anos e 6
mê·s es pela Justiça do Estado de Minas Gerais e que, em Volta Redon
da, está respondendo a processo pelo tráfico de vício de entorpe-=
cente. Perguntado se o Sd VANDERLEI DE OLIVEIRA, além de viciado
era traficante, respondeu que simo Perguntado se sabe a quem era -
--~;;_,
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A VdlY,I& f~
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ligado, respondeu que era ligado ao traficante "WIL.s~cal da
Viação Agulhas Negras, emprêsa de Ônibus que faz a linha 249- VR, e
ainda, o traficante de nome "DENGO"que f a z"ponto" nas proximidade s
da Lignt, em Volta Redonda (durante o dia) e, à noite, na Praça -
Bra sil, juntamente com o traficante "HENRIQUE". Perguntado se co--
nhece o Soldado_JUAREZ MONÇÃO VIROTE, respondeu que sim; a penas co
mo viciado, e nao como trafi cante. E como nada mai s disse nem lhe=
foi perguntado, deu o enoarre~ado do inquérito por findo o presen-
te depoimento, e co~o assim fez a testemunha a referida declaração,
mandou o Tenente-Coronel Gladst one Pernasetti Teixeira, encarrega-
do dêste inquérito l avrar o presente a t o, - lido e achado con-
forme, vai por êle rubricado e ass· ~ o a te temunJ1a comigo,-
2º Tenente José FéliX da Silv s in de Es rivão, e o escre-
Aos 17 dias do mês de janeiro do ano de 1972, nesta cidade de
Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro e no quartel do Primeiro Ba
talhão de Infantaria Blindada, onde se a chava o Tenente-Coronel
Gladstone Pernasetti Teixeira1 encarregado dêste inqué~ito, comi-
=
go, 22 Tenente José Félix da ~ilva, servindo de escrivao, compare
~eu ai, a testemunha abaixo nomeada que foi in~uerida sÔbr~os ~
tos cons~antes das partes que lhe foram lidas (doe de fls jí~), de
clarando o seguinte: Dálgio Miranda Niebus, idade 30 anos, natu-=
ral do Estado do Rio~de Janeiro, l'ilíação José Francisco Niebus e
Irecê Miranda Niebus, casado1 promissão militar (Capitão do Ex~r
ito), servindo no lQ Batalhao de Infantaria Blindada. DISSE que:
No dia 12 de janeiro foram detidos os Sd n. 460 - VANDERLEI DE O-
LIVEIRA e 441 - ROBERTO VICENTE DA SILVA, ambos da 1ª Cia e 577 -
JUAREZ MONÇÃO VIROTE da 2ª Cia por terem sido denunciados como -
viciados em maconha nos depoimentos dos Sd que já tinham sido in-
quiridos pela 2ª secção, ficando os mesmos presos juntamente com
o Sd n. 349 - GEOMAR RIBEIRO DA SILVA, o qual se encontrava deti-
do desde o dia 31 de dezembro de 1971, no Pavilhão da Sala deins-
trução e Arquivo do Batalhão, local destinado a prêses à disposi-
ção da 2ª secção. ApÓs o jantar, iniciaram-se as-inquiriçÕes dos
4 soldados su pra-citados, pelo S/2, pois tinha o mesmo informes -
da PolÍcia de Volta Redonda que os soldados n. 577 -MONÇÃO e 460
VANDERLEI estavam envolvidos com traficantes civis perigosos e -
que, provàvelmente, também faziam tráfico de maconhao Durante as
inquiriçÕes os 4 soldados confessaram ~ue eram viciados , porém ,
os Sd MONÇÃO e VANDERLEI negaram que fossem traficantes, tendo si
do feita, nesta ocasião , a . tomada de depoimento de GEOMAR. Por
volta das 22 30 horas, foram encerrados os trabalhos de inquiri--
=
ção e uma equipe constituÍda pelo depoente e mais 3 homens, diri-
giu-se à cidade de Volta Redonda com a finalidade de efetuar a
prisão, em flagrante, do traficante "WILSON", Fiscal da Viaçao A-
gulhas Negras, pois um elemento da Secção de Informações iria cam
prar Cr$ 100,00 de "maconha" do referido traficante, armadilha
que tinha siâo arquitetada anteriormente, como não lograsse êxito
=
o referido ardil, a equipe regressou ao 12 BIB, mai s ou menos à -
01.30 horas do dia 13 Jan. Foi então procurado o Cabo CRUZ do Pel
Esp, um elemento d~ 2ª Secção , que tinha ficado nas !mediaçõ~s -
da Sala de Instruçao com as chaves da mesma por ocasiao da sa~da
da equipe ~ara a diligência, o qual estava no PC do Pel Esp dor--
mindo, alias, cumprindo ordens do depoente, que mandou o aludido
Cabo aproveitar aquêle espaço de tempo e repousar. Logo após, o
depoente e sua equipe se dirigiram à Sala de Instruç~o a fim de -
verificar se tudo estava em ordem e ao abrir a refe~da~~a ~
cender as kzes, constatou a falta de_~ _prêsos do 4 que lá esta--
yam e ao perguntar aos Sd GEOMAR e VICENTE o ue havia acontecido
êstes declararam qtte-c>s Sõiaa~MONÇAO e VANDERLEI queriam obr~
gá-los a fugir, com medo a:e-serem denunciados, uma vez que ambos
~1\ eram traficantes de maconha e sabiam que o Sd GEmlAR disto tinha-
~ )~ · Conhecimento, pois já ~avia comprado várias vêzes dêles; disse ,
~ também, saber da ligaçao dos fugitivos com os traficantes civis- ·
_ '\'--'
11
DENGO" e o Fiscal de Linha JK-249 de nome "WILSON", ambos da ci-
~ dade de Volta Redonda. Por êste motivos travaram vi21enta luta -
corporal, ~avendo ~ seguir a f~a dos Soldados MONÇAO ~ VANDERLEI
pelo Alcapao que da acesso ao forro da Sala de Instruçao do Bata-
~ lhão, quebrando o telhado e tomando rumo ignorado .Observgu então
o depo~nte que,os soldados GEOMAR e VICETE apresentavam varias e~
oriaçges, porem ambos estavam falando e aparentemente em boas -
ondiç 0 es de saÚde. A seguir, por volta de 0230 horas, o depoente
uniu a Equipe da 2ª secção eefetuou novas diligências para a -
1f~
b ~~t:
captura dos ev dos, as quais ao ograram êxito, ~o
o dep 0 ente ao quartel, com sua equipe, por volta da s 0700 h o- -
r a s do dia 13 de janeiro.ApÓs liberar os homens de sua equipe,
par a tomar café, participou a fuga ao Comandante do Batalhão ,
fazendo um rela to verbal suscinto do ocorridoo 1s lO 00 horas-
retornou ao local onde se encontravam os soldados presos e co-
IUQ.__Q_j3g qEOMA3 s~ g_ueixas s e de dÔ~es na _ba.n-i.ga ,_c_9Jllunicou im.!:,
diatamente ao Dr ~ico Augusto Lo~_,_lLTS:.n§_nt~di.c_o do___Ba-
talhao, que o examinou demoradamente, bem como ao Sd VICENTE ,
prestando-lhes tôda a assistência ~édica de urgência, decidin-
do por internar o Soldado GEOMAR, vindo o mesmo a falecer en--
quanto estava sendo providenciada sua hospitalizaçãooPosterior-
mente, por medidas de precaução, o Soldado VICENTE embora não-
apresentasse nenhum sintoma de gravidade, foi removido para o
Hospital Central do Exército, no dia 14, pela manhã.Perguntado
desde quando os solda dos n. 460 - VANDERLEI, 349 - GEOMAR, am-
bos da 1ª Cia, 577 - MONÇÃO da 2ª Cia e 441 - ViQE!~E, também-
da 1ª Cia, se encontravam detidos para averiguaçoe s, respondeu
que o Sd GEOMAR se encontrava detido desde o dia 31 de dezem--
bro e que, os demais, foram detidos no dia 12 do corrente mês.
Perguntado qual o motivo destas detençÕes, respondeu que, pelo
fato de os soldados supra-citados estarem envolvidos com pro-=--
glemas de entorpecentes e que~ segundo investigações já proce-
didas, os mesmos tinham ligaçoes com outros elementos do quar-
tel e ainda com traficantes existentes nas cidades de Barra
Mansa e Volta Redonda. Perguntado quais os elementos que conta
va para o auxiliar o depoente ncs interrogatórios, respondeu
que eram êles, o 2º Tenente R/2 Pa~lo Reynaud Miranda da Silva,
=
Oficial posto à disposição da 2ª Secção, 3º Sgt Ivan Etel de -
Oliveira, 32 Sgt Rubens Martins de Souza,e Cabo José Augusto -
Cruz da 2ª Cia, todos à disposição da 2ª secção para auxiliar-
nas averiguaçÕes sÔbre o problema de entorpecentes.Perguntado-
se os soldados detidos receberam maus tratos durante os inter-
rogatórios, respondeu que não ; apenas ficaram confinados sem -
contáto com o meio exterior (incomunicável). Perguntado qual e
ra a técnica usada nos diversos interrogatórios para apurar ã
veracidade aos fatos• respondeu que procurava o depoente, me- -
diante ardÍs, confudaÍ~los e joga~los, uns contra os outros,na
afirmativas de de2larações, uma vez que? o depoente notou du--
rante as inquiriçoes que os mesmos tinham receio do que lhe pu
desse acontecer, delatando ou narrando fatos, de elementos im=
plicados no vício e tráfico da maconhao Perguntado se tomou de
clarações, por escrito, dos quatro soldados quere encontravam-
confina~os na Sala de Instrução, na noite de 12 para 13 do co~
rente mes, respond ~u que apenas tomou depoimento do Sd GEOMAR,
'· e que dos demais nao chegou a tomar depoiment os escritos, uma '
vez que se encontravam numa fase preliminar de interrogatório.
, Perg~tado qu~is os três homens que efetuaram a diligência que
visav.a a prisao do traficante 11 WILSON 11 , Fiscal da Viação Agu---
- ~ lhas Negras, respondeu que foram o 2º Tenente MIRANDA e os Sa!
gentes ETE~ e RUBENS. Perguntado quantos e qyais os elementos
\ · da 2ª secçao que vi~am e ouv!ram as declaraçoes dos Sd GEOMAR
~ ~. · e VICENTE por ocasiao do retorno ao quartel, por volta de 0130
~~\ horas, após a malograda diligência, respondeu que, além do de-
~~ poente, os seus auxiliares 2º Ten Miranda, Sgt Etel e Rubens e
· , o Cabo Cruzo Perguntado como foram encontrados os Sd GEOMAR e
VICENTE no interior da Sala no que diz respeito ao seu estado-
ffs±co, r~spondeu que êles se encontravam com pequenas escori~
çoes, porem, ambos estavam falando e andando e bom estado de
lucidez. Peguntado o motivo dessas escoriações apresentadas
=
nos soldad os GE E VICENTE, respo deu que os
~ ~::;t
me~ t~
rem sido provenientes de violenta luta corp 0 ral com os soldados
que se evadiram e que queriam obrigá-los a fugiremo E como nada
mais disse e nem lhe foi perguntado deu o encarr~gado dêste inqué-
rito por findo o presente interro Óriol ma dando lavrar êate têE
mo que, lido e achado conforme, v, · por e sinado, igo, rubrica
do e assinado pela testemunha e g , 2º nente J sé Felix da ~
Silva, servindo de Escrivão, evi
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JUNTADA
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MINIST~RIO
I Exerci to
DO EXÉRCITO
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Ao
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Aos 17 die.s do n ês de ~aneiro do ano de 1::372, nesta cidade de
Barra wansa, =stsdo do Rio de aneiro e no quartel do Pr~e iro Ba-
ta.Llão de Inf'antaria Blindada, recel:;Í do Sr Ten Cel Glz.dstone Per-
nasetti Teixeira, encarreg.:.;.do dêste I P M, os presentes autos; do
q_ue, para constar, lavrei o p~r(' te têrmo. Eu, José élix da Sil-
va, 22 Tenente, sei~in de E cr· aor c e~ revi e ss noo
I .
-- -- - - - - -
CERTIDÃO
JIDlTADA
AOS 17 de janeiro de 1972, nesta cidade de Barra 11 Tansa, :2stado
do Rio de Janeiro e no quartel do Pri2eiro 3atal~ão de Infantaria
Blind~da, faço jun~~1a a êstes autos dos docuoentos que adian~e -
se vêen; do que para constar, lavrei o
José Félix da Silva, servir.d
..
Ao
M. do Exército
12 BIB
At.Cel. Gladistone Pernasetti ·Teixeira
Prezado Senhor:
Cordialmente,
f:if~i;;'- ,. _)
,
~ --~~----~~~~~------- ~
ç~
/ /
RADIO SIDERURGICA zy o- 45
;!$
Volta Redonda,l7 de janeiro de 1 972
D~CL.Il..F \ÇÃO
Ao
M. do Exército
1º BIB
Pre?.ado Senhor:
Cordialmente,
5~
Aos 18
Barr~ Mansa,
di:~o mês de janeiro do ano de 1972
Estado do Rio de Janeiro e no
~~dade
quarte~~!iro
de
Ba-
talhao de Infantaria Blindada, onde se achava o Tenente-Coronel
Gladstone Pernasetti Teixeira, encarregado dêste inquérito, comigo
22 Tenente José Félix da Silva, servindo de escrivão, compareceu -
a{ a testemunha abaixo nomeada, que foi inquirida sÔbre os fatos -
constantes das partes que lhe foram lidas, declarando o seguinte :
Disse chamar-se PAULO REYNAUD MJ:RA1T])A DA SILVA, idade 28 anos, na-
tural de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, filiação Cassiano Fran
cisco da Silva e Marinete Miranda da Silva, solteiro, militar dã
reserva de 2ª Classe, servindo no 12 Batalhão de Infantaria Blinda
da, como convocado, no pÔsto de 22 Tenente, depois do compromisso=
de dizer a verdade, iniciando o seu depoimento às 09 00 horas, pas
sou a ser interrogado, na segui nte forma:DISSE que: No dia 12 de
janeiro foram detidos os soldados n. 460 - Vanderlei de Oliveira e
441 - Roberto Vic~nte da Silva, ambos da 1ª Cia de Fuzileiros e
, 577 - Juarez Monçao Virote, da 2ª Cia de Fuzileiros, por ordem do
Capitão S/2, por terem sido pronunciados anteriormente como vicia-
dos em "maconha" pelos soldados que já tinham sido inquiridos pela
2ª Secção, ficando os referidos soldados, prêsos em companhia do
soldado n. 349 - Geomar Ribeiro da Silva, que se encontrava detido
desde o dia 31 de dezembro p.Passado, no Pavilhão da Sala de Ins--
trução e Arquivo do Batalhão, local destinado a presos a serem in-
quiridos pela 2ª Secçãoo ApÓs o jantar, iniciarem as inquiriçÕes -
dos quatro soldados acima citados, pelo Capitão S/2 e o depoente ,
ois tÍnhamos conhecimento por interméd~o da PolÍcia de Volta Re--
~ . _nda, que os soldados 577 - MONÇÃO e 460 - VANDERLEI tinham liga-
~ I ~' çoes com o traficantes civis conhecidos na cidade de Volta Redonda,
·~ ,\~ e que, provàvelmente, também faziam tráfico de maconhao Durante -
~ ~ as inquiriçÕes, os qua1ro soldados confessaram qu~ eram viciados,-
~ tendo os soldados MONÇAO e VANDERLEI negado que fossem traficantes
sendo feito,nessa ocasião, a tomada do depoimento do soldado GEQ--
MAR. Por volta das 22 , 40 hs, foram dado§ por findas as inquiriçÕes
\ tendo uma equipe constituída pelo Capitao S/2, o depoente e mais -
'- dois elementos da Secção se dirigido à cidade de Volta Redonda,on-
de o traficante de maconha "WILSON", Fiscal da Viação A~lhas Ne--
gras, tinha um encontro marcado com um elemento da Secçao que iria
comprar Cr$ 100,00 {Cem cruzeiros) do referido traficante, ocasião
em que seria detido, em flagrante, pelos demais elementos da equi-
pe; a"armadilha" que havia sido preparada anteriormente, ngo ten--
do porém surtido o efeito desejado, pois o referido traficante não
compareceu ao local combinado, sendo ordenado pelo Capitão S/2 que
a equipe retornasse ao 12 BIB, cêrca de 01 40 hs go dia 13 de ja--
neiro. No quartel, o dep 0 ente esclareceu ao C~pitao S/2 que o Cabo
Cruz,do Pelotão Especial, elemento da 2ª Secçao, que ficara com as
r
chaves da Sala de Instrução, por ocasião da saída da equipe para a
diligência, se encontrava repousando no PC do Pelotão Especial,cum
prindo d~te~inação ,~perior , tendo,o depoente, dado a chave do P~
do Pelotao do qual e o comandante, ao referido elemento. Posterior
~\ mente, quando a equipe se dirigiu à Sala de Instrução para ef etuar
~~~ uma revista nos elementos detidos e, a o abrir a porta e acender as
~ luzes da referida Sala, constatou que, dos quatros soldados deti--
dos9 sàmente dois lá estavam, que eram os soldados GEOMAR e VICEN-
E, tendo os mesmos declarado que os Sd MONÇÃO E VANDERLEI tinham
ugido e queriam obrigá-los a fugirem também, temendo que f~ssem -
pronunciados como traficantes de maconha, pois sabiam que o sd GEO
disto tinha conhecimento, tendo comprado várias vêzes a erva
Aleso Declararam, ainda, os referidos soldados, saber da ligação-
=
~ .
~ --~
~ ~"-,(CQ
7 ~~'(_
de MONÇÃO E VANDERLEI com os traficantes "DENGO" e " 11
(o Fi s
cal), tendo sido travada, por êsse motivo, viol enta uta corporal-
com os soldados que permaneceram no Arquivoo Ficou sabido que tais
elementos se evadiram da Sala de Instrução, onde estavam detidos,-
por um Alcapão existente no teto, tendo êles,quebrado o telhadQ e
tomado um rumo ignoradoo Nesta ocasião, foi observago pel 0 depOen-
te e os demais membros da e~uipe, inclusive o Capitao S/2, quenGEO
MAR e VICENTE estavam com variãs escoriações em decorrência da br!
ga, mas apresentavam bom estado de lUcidezo Em se~id~, por ordem-
do Capitão S/2, saiu a equipe em nova diligência a caça_dos fugit!
vos, regre~sand o ao quartel por v olta de 07 00 ho~as, nao consegu~~
do localiza-los, sendo todos liberados para o cafe, enquanto o Ca-
pitão S/2 dava ciência doAfato ao Sr Coronel Comandanteo Às 10 00 -
horas de 13 do corrente mes, re·tornou o depoente ao local, em com-
panhia do Capitão S/2 e f oi quando o Soldado GEOMAR fêz queixa de
dÔres na barriga, tendo o Capi·tão S/2 ido se comunicar com o Médi-
co da Unidade, o 1º Ten Dr Erico Augusto Lopes, o qual compareceu
ao 1 0 cal e examinou demoradamente o Sd GE~t!R· e o Sd VICENTE, pres-
tando- lhes os primei r os socorros e decidindo, em seguida, pela L~
ternação de GEQ[AR, vind o o mesmo, entrementes, a falecer, q~ando
se providenci ava a sua remoção. Ainda, por motivo de pre cauçao 9
decidiu o médico a internar Vicente, sendo o mesmo removido para o
Hospi·tal Central do Exército no di a 14 de janeiro Pofindoo Pergun-
tado se,durante as inquiriÇÕes processadas, na noite de 12 do cor-
rent• infligiu maus tratos aos inquiridos l Sd GEOM...c\R , MONÇÃO, VI--
CENTE e VANDERLEI), respondeu que não; apenas se limi tand o a inter
rogatório. ~Perguntado s~ quango deixado os sgldados citados, prê-=
sos no Salao de Instruçao, apos o interrogatorio, os mesmos se a--
presentavam em perfeit a s condiçÕes fÍsicas, respondeu que sim. Per
guntado se tomou depoimentos escritos dos soldados GE~~~, MONÇÃO~
VICENTE e VANDERLEI, respondeu que apenas tomou depoimento escrito
do soldado GE01~R, uma vez que os outros ainda se encontravam em -
r ase de interrogatório preliminar. Perguntado, após o interroga tó-
rio, para onde se dirigiu, respondeu qu~ se dirigia o depoente jug
tamente com outr o§ elementos da 2ª Secçao para Volta Redonda a fim
de efetuar a prisao do traficante c2nhecido pelo nome !Wilsan"oPe~
guntado quando regressaram da diligencia, ao entrar no quart el, p~
ra onde se dirigiu, respondeu que foram inicial ao Fel Esp a fim -
de apanhar as chave s que se encontravam com o Cabo C~az para efe--
tuar uma revis~a nos prêsos e, quando lá, chegaram notaram que do-
is dêles (MONÇAO e V~~DERLEI), tinham se evadidos pelo alçapão e--
xistente naquela salao Pergunt ~d o quem fêz o interrogatório dos 2
soldados a respeito da fuga, r e spondeu o depoente que fez o i nter-
rogatÓria, juntamente dom o Cap S/2 e que estavam preBentes também
naquela oportunidade os Sargent os Etel, Rubens e o Cabo Cruzo Per-
guntado como se apresentavam os refe J.• idos soldados no seu aspecto
fÍsico, respondeu que ambos apresentavam escoriações, porém o seu
aspecto geral, bem, porquanto, estavam andando e conversando com -
lucidez. Perguntad o se realizaran diligências para a captura dos -
soldados foragidos, respondeu que sim e que elas se processaram
nos bairros:Saudade, Vila Nova e, em particular, no Lazareto, área
tida como residência de vários marginais. Perguntado a que horas -
foi efetuada tal diligência, respondeu que cêrca de 0200 horas da
madrugada de 13 do corrente, só r egressando ao quartel às 0700 ho-
raso Perguntado se sabe o motivo pelo qual os dois soldados (MON--
ÇÃO e V~nDERLEI) se evadiram do local onde se encontravam detidos,
respondeu que em face dos mesmos estarem seriamente implicados no
caso da maconha, uma vez que êles tinham sérias ligações com os
traficantes WILSON (Fiscal} e "DENGO", de Volta Redonda, ligações
estas,já denunciadas por GEOMARo ~ como nada mais disse nem l he
foi pergunta do, e de como a ssim fez a testemunha a referida decla-
~--------------~~--~~----------~~--------~==~~--------------------~--- ~ ~
/.
_T~~--~~~~~~ST~~~~~-&=-· ~
Aos 18. dias do mês de janeiro do ano de197~ cid a de de
Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro e no quartel do Primeiro -
Batalhão de Infantaria Blindada, onde se achava o Tenente-Coronel
Gladstone Pernasetti Teixeira, encarregado dêste inquérito, comi
go 22 Ten José Félix da Silva, servindo de escrivão compareceu =
aí a testemuru1a abaixo nomeada, que foi inquirida sÔbre os fatos
constantes das partes que lhe foram lidas, declarando o seguinte:
RUBENS MARTINL DJL§OUZA, idage 24 anos, natural do Estado de Mi-
nas Gerais, filiaçao Cristovao SimÕes de Souza e Clarides Martins
de Souza, solteiro, militar,na graduação de 3º Sargento, servin-
do no 12 B I B e 1ª Cia de Fuzileiros, depo~s do compromisso de-
dizer a verdade, iniciado o depoimento às 1650 horas, disse que:
No dia 12 de janeiro do corrente ano, foram detidos os soldados-
460 - Vanderlei de Oliveira e 441 - Roberto Vic~nte da Silva,am-
bos da 1ª Cia de Fuzileiros e 577 - Juarez Mcnçao Virote, da 2ª
Cia de Fuzileiros, por ordens do Cap S/2 devido ao fato de os -
mesmos terem sido denunciados como viciaAos em maconha nos depoi
mentos dos soldados que já haviam sido inquiridos pela 2ª secçeõ,
'icando, os referidos elementos, presos juntamente com o Sd n.349
GEOMAR RIBEIRO DA SILVA, detido anteriormente, no Pavilhão da Sa
la de Instrução e Arquivo do Batalhão. Ap6s o jantar, assistidos
pelo Capitão S/2, juntamente com o 22 Ten Miranda, 32 Sgt Ete1 e
Cabo Cruz, se iniciaram as inquiriçÕes dos quatro soldados- supra-
citados, pois se tinha conhecimento que os Sd MONÇÃO e VANDERLEI
estavam envolvidos com traficantes civis da cidade de Volta Redon
da e provàvelmente também traficavam na épocao No decorrer das -
inquiriç~es, os quatros soldados confessaram que eram viciados ,
mas os Sd MQNÇÃO e VANDERLEI não admiti ram ser traficantes e,
nessa ocasiao, foi feito o depoimento por escrito do Sd GEOMAR •
Logo ap~s o toque de silêncio ( 22 00 horas) foram encerrados os
trabalhos de inquirição e uma equipe contituída,digo, constituí-
da pelo Cap S/2, Ten Miranda,Sgt Etel, juntamente co~ o depoente,
dirigiu-se à cidade de Volta Redonda com a finalidade de prender
em flagrante, o traficante WILSON, Fiscal da Emprêsa de Ônibus -
Agulhas Negras, pois êle,depoente iria .c omprar Cr$ 100,00 (Cem -
cruzeiros) de maconha do referido traficante, pois no dia ante--
rior havia combinado com o mesmo, tal compra, armadilha esta que
tinha sido preparada pelo Cap S/2, no Bar contíguo à Garagem da
Emprêsa acima citada, porém como o ardil não tivesse dado certo,
devido ao fato de o Fiscal traficante não se encontrar no local
combinado, a equipe da Secção de Inf ormações regressou ao quar--
tel do 12 BIB, mais ou menos por volta de 01 30 horas do dia 13-
de janeiro. Foi então determinado ao Sgt Etel, pelo S/2, que pro
curasse pelo Cabo Cruz, elemento da 2ª Sec que tinha ficado no=
quartel co~ as chaves da Sala de Instrução, local onde se encon-
trav~ os presos. Por ocasião da saída da equipe para efetuar a
diligencia na gidade de Volta Redonda, após isso, a equipe da 2ª
Sec, com exceçao do Sgt Ete1 e do Cabo Cruz, se dirigiu a Sala -
de Instrução a fim de aguardar a chegada das chaves e quando es-
ta vieram a referida sala fo~ aberta e foi const~tada a falta de
dois presos dos quatro que la encontravam, ocasiao em que o Cap-
~/2, perguntou aos Sd GEOMAR e VICENTE o que havia acontecido e
estes declararam que os Sd MONÇÃO e VANDERLEI queriam obrigá- los
a fugir com medo de serem denunciados pelo Sd GEOMAR, uma vez
~ que ambos eram traficantes de maconha e já tinham vendido a /"er
va" para sd GEOMAR. Por várias vêzes afirmaram também que sabiam
das ligaçÕes dos foragidos com os traficantes civis conhecidos -
or "DENGO" e o Fiscal de nome WILSON, ambos da cidade de Volta-
Redonda. Pelos motivos acima, travaram violenta luta corporal, -
uma vez que os sd que lá permaneceram não quizeram se evadir com
os fugitivos, os quai~ sairam pelQ A c ao que dá ace
ro da Sala de Instru~ao do Batalhao,_quebrando o t
parecendo na escuridao. Observou entao que os Sd G~.u~~·/
te, ape sar das escor!ações qu~ apresentavam, estav parente--
mente em boas condiçoes de saudeo A seguir por ordem do Cap S2,
foi efetuada nova diligência visando a captura dos evadidos,os-
quais não foram encontrados, retornando a Equipe ao quartel pe-
la manhã do dia 13, ocasião em que o S2 liberou o depoente e os
demais componentes da e~úipe para tomar café e descansar.Pergun
tado, se durante os interrogat6rios que se processaram para a-=
puração do f ato relacionado com a maconha , assistiu alguma ve~,
maus tratos infligidos a soldados implicados, respondeu que naoo
Perguntado se na noite do dia 12 do corrente, assistiu ao inter
rogatório quando foi tomado o depoimento escrito do Sd Geomar,=
respondeu que sim. Perguntado, se ao sair para prender o margi-
nal "WILSON',, êleixou os soldados MONÇÃO, GEQY1AR, VICENTE e V.AN.!
DERLEI em perfeitas condiçÕes de saúde, respondeu que sim. Per-
guntado se teve c onhecimento dos fatos acontecidos na manhã do
dia 13 do corrente, que antacederam a morte do Sd GE<llAR, res--
pondeu que não, uma vez qu.e, ~às07 00 horas da mesma manhã, foi
lebarado pelo Cap S/2, a fim de se recu}.:.erar da noite que pas--
sou em vigÍlia. Perguntado se tem conl~ecimento dos fatos ou ru-
mores que p 0 ssam facilitar a elucidação do presente inquérito,-
no que diz respeito ao falecimento do Sd GEa~, respondeu que
não. Como nada mais disse nem lhe foi pergttntado, deu o encarre
gado do inquéri·to por findo o presente depoimento, às 17 9 25 hs-;"
de 18 do corrente mês, e de como assim fêz a testemunha a refe-
rida declaração, mandou o Tenente- ronel Gl tone Pernasetti
Teixeira, encarregado dêste inqu' · o lav r o r esente to 9 -
que,lido e achado conforme vai p êl ubric do e ass·nado -
pela testemUQ.ha , comigo n-a Jo é Féli da Si r _
s
SERVI:t-l-:DO DE ESCRIVÃO:?!
' f~
p~ ~
==~~~~~~~~~T-ES_T~~=-~HA~ ~
-Aos 19 dias do mês de j aneir o do ano de 1972, nesta cidade de
Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro e no quartel do Primeiro-
Batalhao de Infantaria Blindada, onde se achava o Tenente-Coro-
nel Gladstone Pernasetti Teixeira, encarregado dêste inquérito,
comigo, 2º Tenente José Félix da Silva, servindo de escrivão, -
compa~eceu ai a t e stemunha abaixo nomeada, que foi inqui rida
sobre os fatos constantes das partes que lhe foram l idas, decla
rando o seguinte : PERY SILVARES HENRIQUEp idade 20 anos, natu--=
ral do Est~do da Guanabara, filiação Iracy José Henrique e Esme
raldina Silvares Henrique, solteiro,· militar em serviço no lQ
Batalhão de Infantaria Blindada, co~o 'sold~d o, da 1 ª Cia de Fu-
=
zileiros, r ·e sidente a Praça das Naç 0 e s Unidas n. 94 - Apt 601,-
em Barra Ma nsa , Estado do Rio de Janeiro, depoi s do compromiss o
de dizer a verdade, foi iniciado o depoimento às 1150 horasp e
DISSE que: Perguntado desde que dia se encontra detido e qual o
motivo de sua detenção, respondeu que se encontra detido desde-
o dia 30 de dezembro p.passado por ser viciado em maconha e que
duran~e êste espaço de tempo foi constantemente interroga do _ pe
lo Sgt Rubens e pelo Ca~o Cruz e,posteriorment9, pelo Ca pitao ~
Niebus, S/2 da Unidade, quando o mesmo tomou o seu depoimento -
por escrit o. Perguntado se conhecia os soldados MONÇÃO, VANDER-
LEI, GEOtUR e VICENTE, respondeu que sim, tendo os conhecid o
depois de incorporados ao Batalhão e que, o Sd MONÇÃO j á tinha-
estudado juntamente com o- depoent e , em tun Colégio, anter i ormen
te, no ano de 1969. Perguntado se é vic i~do em maconha e desde=
quando tem êste v í cio, respondeu que inicialmente f umara, pela-
primeira vez, maconha em julho de 1970 e, que posteriormente, -
continuou o vício quando conheceu em Barra Ma nsa elementos tam-
bém viciados. Per5untado se os soldados ~ONÇÃO, VANDERLEI, GEO-
MA..lt e VICENT3 eram vic iados, respondeu que sim o Perguntado se
fumou maconha co~ algum dêles, respondeu que s bnente em compa--
nhia do Soldado GEOMAR, nos fundos quartelo Perguntado se algu-
ma vez deu maconha para compapJ1eiros seus dentro do quartel,res
Pondeu que, certa vez, dera para os Sd VIO~~TE e VANDERLEI.Per=
guntado se durante os interrogatÓrios recebeu maus tratos,res--
pondeu que nã o . Per~Ultado se al~um dia pediu a alguén para com
prar 11 maconha" para ele (depoente) fumar, respondeu que procuroü
adqu.irir maconha dos Sd VANDERLEI, e APARECIDO. Perguntado se -
sabe onde possa se encontrar os Sd VANDERLEI ~ e MONÇAO, foragi - -
dos da prisão desta Unidade, respondeu que nao. Perguntado se
sabe de algvns fatos ou rumores que possam auxi liar a elucida--
ção do presente i nquérito, respondeu que não .Declarou ainda que
está arrependido de ter adquirido tal v Í cio e vai proc~~ar se -
recuperar a fim de não trazer mai s problemas para seus f amilia-
res. E como nada mais disse e nem lhe ·foi ~erguntado, deu enca-
rregado dê ste inquérit o por find o o presente depoimento , de co
mo assim f ez a testemunha a referida de cl a ração, às 1210 hs,man
dou o Ten Cel Gladstone Pernasetti Teix · , encarre do dêste=
inquérito lavrar o present e aut o , que lido e achad conforme, -
vai por êle rubricado e assina~e testemunha e comigo , 2Q
Tenente
, José Félix da Sil s i o de escrivã · o escre-
V...
, 0 ·-·-·-·-·-·-·-·-·-·
• • • • • • • • • • • • 'ti$. .- .· -· .·-·. . .• . _.·-·
-· ·- - · -~ .
·-·-·-·-
I Exército DB
PRL'.IEIRO BATALHÃO DE INF.ô.N~A.RIA BLINDADA
:X
.~----- - - -
/
7 ~~ ~~ t..
--------.....-----~-------~ ~ ) ~
Aos 20 dias do mês de janeiro do ano de 1972,~dade
Barra Mansa , Estado do Rio de J aneiro e no qua r tel do Primeiro Ba
de
talhão de I nf antari a Blindada , onde se a chava o Tanent e-Coronel =
Gladstone Pernasetti Teixeira, encarregado dêste inqu~rito, comi-
go 2º Tenente J osé Félix da Silva, servindo de escri vaoJ compare-
ceu aí a t ~stemu 11ha abe.ixo nomeada, que foi inquir ida sobre os f a
tos constantes das partes que lhe foram lidas, declarando o se--=
guinte : CORINA DOS _SANTOS, idade 50 anos, natrual do Est :::.d o de Mi
n~ s Gerais, f iliaçao Fra~cicco Regina e Francisca ~l aria da Concei
çao, solteira, _I>rofi.?_§ão_ lavadeira 1 residente no Bairro Lazareto-;
a Rua 2 casa 2 , em Barra lansa, depois do compromisso de dizer a
verdade, foi i nici ad o o seu depoimento às 0925 hs e DISSE que :
Perguntado se na madrugada de 12 para 13, algum soldado desta Uni
dade a procurou, resEondeu que sim. Perguntado se o referido sol=
dado ~ntr m.J. er: ligaçao com a me sma (depoente), respondeu qu.e sim,
e que o re::'eri do soldado, pedi"..l-lhe uma roupa civil dando a justi
ficiativa , digo, justificativa qu e queria ir a um baile e que o
mesmo tinha fugi do do quartelo A depoente declarou que foi em ca-
=
sa e apanhou uma roupa de seu filho e:mp::-estando-a ao r eferido sol
dado. Perguntado se conhecia o citado soldado, respondeu que nun=
ca tinha v isto. Perguntado qual o aspec to f Í s ico do ci ta:1o solda-
do, respondeu que era um soldado de estatura mediana ,de côr escu-
ra. Perguntado se precisar o h orár io em que tal fat o aconteceu , -
respondeu que foi mai s ou menos entre 01 00 e 02 00 horas da ma--
drugada. Perguntado se o cit~do s oldado, devolven-lhe a roupa em-
~r estada, respondeu que não e que não o mais viu. Perguntado se
e capaz de identificar o mesmop ca so seja apresentado o referido-
s2ldad o, r 8 sponde~ que não, u~a vez que além de ser noite escura,
nao prestou atençao a fisionomia do solda do. Perguntado o q~e es-
ta fazendo aquela hora acordada, respondeu que , no bairro ha uma
bica para todos os moradores e que, durante a noite, é que apanha
a água na referida bica para o seu consumo diáriooToda a noite, -
executa essa atividade de apanha r água, ficando acordadaoPergu_n -
tado por que razão, resolveu empres ~ar a roupa ao soldad o, sem o
c onhecer, respondeu que, por ser lavadeira do quartel, e con_hecer
vários outros soldados desta Unidade , sempre teve confiança nos -
mesmos. Perguntado se :faz o depoimento por livre espontânea vont~
de, respondeu que sim. Perguntado ainda, se o soldado mudou a
roupa dent r o da sua casa, respondeu que não, e que soldado mudou-
a roupa fora. Perguntado se o referido soldado deixou a farda em
sua casa respondeu que nãooE como nada mais disse e nem l he foi -
perguntad o, deu o encarregado dêste inquérito por findo o presen-
te depoimento às Q940 horas, e c omo de assim fez a testemunha a -
referida declaraçao, mandou o Tenente - Coronel Gladstone Pernasetti
Teixeira, encarregado dêste inquéri , lavr~ resente auto, que,
l ido e achado conforme, vai por êl ubri o e assin o pelas tes
t~munhai e comigo~ 22 Ten José da · ao de e cri-=
vao, que o escrev~. :-:-:-:-
(....
---- -~- ~· ------------------~----------~--------~----------~--------------
~~
Aos 20 dias do :nês de janeiro do ano de 1972, ~de
de
Barra Mansa , Estado do Rio de J a neiro e no quartel do Primeiro Ba
talhão de Infantaria Blindada, faço conclusos os presentes autos
ao Sr Tenente-Coronel Gladstone Pernasetti Teixe i ra, encarregado-
dêste Inq_uérito Policial-Militar; do que, para constar, lavrei o
presente têrmo. Eu, Joase' F.nélix da s i~~
1
· 2~ene;te, se1~~o de
Escrivão, o escrevi 6 8 81 ~j ;jl I. ~~
/ _;té. (,
JOSt FtLI X DA SILVA - 2 º TENErE
SERVI DO DE ESCRIVÃO~tf~
/
..... ~-
MINISTE;RJO DO E X ~RClTO
I Exercito - D B
PRUíEIRO BAT ALHÃO DE I NFANTARI A BLINDADA
Ão Sr Cel Cmt do 12 B I B.
Ref: -
a. Of n. 41-AjG, de 20 Jan 72, do
Exm~ Sr Gen Cmt da 5ª Bda C Bld.
deste
... "
Inquerito; do que , para constar , lavrei o presente
têmo . Eu , 1º Ten Cav JESIEL 'GOMES RIBEIRO , servindo de/
Escri vão, o escrevi e assi no .
Ten
Serv,indo de Escri vão
DESPACHO
---
cacête"; que, inicialmente, o depoente foi agredido a .
sôcos, ponta-pés, bofetadas, desferidas pelos Ten niTRA-~
DA, Sgts RUBENS e ~JEL e cabos CRUZ E FREITAS; que
.
os
-
torturadores do declarante fizeram uma rodinha, em cujo
meio foi colocado, para melhor ser espancado; que, ap6s
mais de meia hora de pancada, foi ordenado ao declaran-
te que tirasse tôda a roupa; que, ap6s ficar desnudo//
~ y~{,
o depoente foi algemado, sentado nuna ca~om as mies
algemadas por trás do espaldar, e a seguir vielentamente I
espancado com um cano de ferro, pelo Cap IITEBUS, que lá//
chegara e pelo Cabo CRUZ; que, na sexta-feira em que foi/
prêso o depoente foi espancado pelo Ten T.'liRANDA, Sgts ETEL
e RUBENS e cabos CRUZ e FEmiTTAS; que, algemado conforme já
descreveu, o declarante foi espancado pelo Cabo CRUZ, com/
o cano de ferro; que,o Cabo CRUZ agredia o declarante nas
regioes claviculares, isto é, em cima dos ombros, e nas c~
xas; que, o Cabo CRUZ também pressionou os escrotos do de-
poente com o cano de ferro, contra o assento da cadeira; /
que, face ao isolar-ento do Arquivo é provável que ninguém/
tenha ouvido os gritos do depoent~; que, depois de meia h~
ra nessa tortura algemada, o depoente foi levado para a
prisao con'hecida por "SITBMA'RINO"; que, nu..1'J'la das celas do
"SUBMARINO", o depoente foi, novamente, espancado da se- //
guinte maneira; foi-lhe ordenado que apoiasse as mãos am/
alto na parede, t endo em seguida o cabo CRUZ desferido//
murros nos rins do depoente, digo, desferido violentas c~
teladas nos rins do depoente; que, em seguida o mesmo ca-
bo CRUZ passou a espancar o depoente no peito e nas cos-/
·- tas com o cano de ferro; que, o Ten l'liRA.lrnÂ. também espan-
j cou o depoente, infringindo-lhe sôcos; que, em seguida,//
o depoente foi espcanda, digo, espancado a golpes de cin-
tos NA, pelos Sargentos ETEL e RUBEl~S; que, pararam de e!
pancar o depoente naqQela sexta-feira, porque êle foi fe-
rido na cabeça pela Iivela do cinto NA; que até hoje per-
manece a marca. dês se ferimento; que, _o cabo TOl.iAZ fêz um/
curativo na cabeça dodepoente; que, durante o curativo /
aplicaram nas canelas do depoente os fios de um magneto I
de aparêlho telefÔnico, passando a dar-lhe violentos cho-
ques elétricos; que, o curativo e os choques elétricos o-
correram na sala do Arquivo para onde fizeram o 1epoente/
retornar ap6s o espancamento na cela do SUBMARINO; que, //
ap6s .o curat1vo e os choques, o depoente voltou a ser traa
cado na cela do"SU:SMARINO", onde permaneceu sem vêr os //
seus torturadores, sábado e domingo, exceto o sargento RU-
BENS, que levava comida para o declarante; que, na segunda
feira, dia dez de janeiro de 1972, desde cêdo voltaram a
espancar o depoente; que, nêsse dia, o depoente foi espan_
. -- - - - -
~~~~
espancado a sôcos e ponta-pés pelo Ca~· ~Ten lliRANDA,
pelos Sgts ETEL e RUBffi{S e Cabos CRUZ e FREITAS, isto pela
manhã, porque na tarae daquêle dia dez, o depoente voltou/
a ser espancado pelas mesmas pessôas, ocasiao em que o Cap
IITEBUS usou uma palmat6ria, aplicando-a na cabeça, nos om-
bros e no ·peito do depeente; que, nêsse dia, o Cap NIEBUS
também usou' tun cano de ferro, o mesmo usado pelo cabo CüUZ,
para espancar o depoente, nos ombros e no peito; que, já/
-
quase desmaiando, o éepoente pediu áBUa, tendo o Cap NlE-
BUS e os demais torturadores acima citados, trazido uma la
ta de 20 quilos cheia de água e nela mergulhado a cabeça I
do depoen t e, alé segurando, digo, alí segurando-a por vá-
rias vêzes até quase afogá-lo; que, já rastejando o depo-
ente disse que queria vomitar e em meio a zpmbaria dos ou
\ -
tros Toi se arrastando até a privada da cela onde começou
a vomitnr, devido a quantidade de água ingerida; que, na
terça-feira seguinte o depoente foi novamente espancado,/
sendo que o cabo CRUZ usava uma palmat6ria, enquanto que/
o Cap l'TIE.BUS o cano de ferro; que, o depoente já tinha os
peitos inchados, tendo levado uma pancada do Cap NIEBUS I
acima do cotovelo esquerdo o que lhe ocasionou um ferime!
to; que êsse espancamento foi ministrado na sala do Arqu1
vo, onde já se encontrava desmaiado e todo arrebentado o
Sd GFOMAR; que, em virtune do ferimento do cotovelo es-/
querdo pararam o espancamento tendo o Cap NIEBUS mandado/
chamar o Cabo TOI/rAZ, tendo vindo em seu lugar fazer o cu-
rativo no depoente o Sd NOVABS, que estava de padioleiro
de dia; que, naqueles dois dias não s6 C) depoente, mais I
os soldados GEOTti.J\R E AMORI:M e EVALDO também foram violen
tanente espca, digo, espancados, a ponto de GE01lA.R já//
não consegQir permanecer de p~, chorando e gemendo, duran
te a noite e pedindo para chamar o cabo FREITAS que dor-
mia numa das dependências do SUB1'.1ARINO; que, o cabo FREI-
TAS não atendeu aos gritos de seus companheiros; que, na
quarta-feira, o Teu liTRANDA, Sgt ETEL e Cabo CRUZ volta-
ram a bater no depoente com uma palmat6ria1 que, GEO~~R /
pediu ao cabo Tür.ti\Z mui tas v~zes para levá-lo para a en-
fermaria, porque iria morrer, limitando-se o cabo TOMAZ
a levar uns comprimidos; que, nêste momento e espontâne-
eapontâneamente o declarante diz que
---
são ãewconhecidos do comando da Unidade, mesmo porque
~omandante estava de férias e certa vêz, sabendo o Cap l~-
EBUS que o major BAR.-"RA estava se encaminhando para a sal1l.
o
f/
nos ombros, nas costas, nas peitos e nas coxas do Sd VI-/
CENTE; que, ~depoente sabe com absoluta certeza que o /I
r
(.
m~dico do Batalhão não tinha permissao de entrar nas de-
pendências do SUBMARINO, sendo o atendimento feito pelo//
)
cabo TOMAZ, enfermeiro, qu; por sua vêz e por qualquer//
motivo desconhecido do depoente, não atendia aospedidos/
que lbe~~ei tos JLel_o_s_d_ GEOF.'IAR para baixa a.__e_nf_arma
ria; que, o depoente,devido ao que sofreu,acredita que o
Sd GEOMftJR morreu em virtude dos espancamentos e por fal-
ta do socorro médico; que , após a morte do Sd GEO:MAR, I •
os espancadores passaram a bajular o depoente e seus co-
legas, fazendo servir leite na refeição e prometendo fu-
turas visitas de seus familiares, passeios a outras par-
tes do Quartel, recomendando que se fôssem chamados pelo
Cel S-~~AIO que negassem haver sofrido qualquer espanca-
mento e afirmassemsempre a mesma coisa; que, essa reco-/
mendaçâo era feita pelo Cap NIEBITS, Ten :MIRANDA, Sgt E-/
TEL, Sgt RUBENS, Cabo CRUZ e Cabo FREITAS; que, sugeri-/
ram ao depoente se utilizar de um acidente que sofreu//
num automóvel em fins de outubro do ano passado para ju~
tificar os ferimentos cujas marcas persistem em seu cor-
po. E como nada mais disse e nem lbe foi perguntado deu/
o encarregado do Inquérito por findo o presente depoimeE
to, e de como assim fizeram, di go, fêz a Testemunha as /
~~~
as referidas declaraçÕes, mandoã o Encarregado dêste In-
quérito lavrar o presente auto, que, lido e achado con-/
forme, vai por êle rubricado e assinado pelas Testemunha
e comigo lQ Ten Cav JF.SIEL GO:i\:IES RIBEIRO, servindo de /
-
Escrivão, que o escrevi.
...
Aos vinte e seis dias do mes de janeiro do ano
de mil novecentos e setenta e dois, na Cidade do Rio de/
Janeiro, Estado à.a Guanabara, no Quartel do Décimo Quin-
to Regimento de Cavalaria Mecanizada, onde se achava o
Coronel de Cavalaria Mi\:IITO ORLAlifDO RIBEIRO SAFv!PAIO, En-/
carregado dês~e Inquérito, comigo 1º Ten Cav JESIEL GO-/
----
MES RIBEIRO, servindo de Escrivão, compareceu RUBENS ~
TINS DE SOUZA~ com vinte e quatro anos de idade, natural
do Estado de Minas Gerais, filho de Crist6váo Simoes de
Souza e Clarides Jfartins de Souza, solteiro, militar, na
..
graduaçao de 3º Sgt, servindo na l~ Companhia de F~zi1e!
ros do 1º BIB, depois do compromisso de dizer a verdade,
disse que; apesar de pertencer ao Pelotão Especial, nor-
malmente era encarregado de escrever as declaraçÕes, di-
go, que apesar de ser do Pelotao Especial foi convocado
~ para rascunhar as declar~oes de elementos acusados de
traficar e usar oaconba;rse encontravamde~idos à disposi
~ ~
çao da 2~ Seçao; que, o declarante teve oportunidade de
-
auxiliar a inquiriçao dos segu.intes elementos GEO:LLI\R, PE
RY, FERREIRA, GETL1LIO, EVALDO E APARECIDO, segundo pode/
se recordar; que, realmente assistiu um cabo, não se re-
..
cordando se o cabo CHUZ ou o cabo FREITAS espa11car GEO-/
.
~~R, na base de tapas e socos; que, a açuo do declarante
~
que o cabo CRUZ tem a mania de calçar uma e ra na
. ~~
mao esquerda, visto ser canhoto, para bat , que, no inter-
rogatório do Sd GETULIO, o depoente al~m de apertar os pás
- ferir, usou o cinto
na prensa, usand_o de precauçao para nao
NA; que, o declarante em EVALDO deu uns tapas na o se recor-
~
'
da nno quem se achava presente; que no interrogatório do Sd
APARECIDO, achava-se presente tôda a equipe já mencionada;
que, APARECIDO foi agredido a tapas e a sôcos; que o cabo
CRUZ utilizou-se de um cano de ferro e de una palmatória ;
que, tudo isso aconteceu, pensa o depoente, por fatalidade,
-
porque achava-se para entrar em fárias, o ue mao ocorreu
porque o Cap requisitou o depoente; que o depoente
~ ---------~--~----~~~--~--~-----
nunca esteve present.e por ocasiào do interrogatório do Sd
-.:
VICENTE; que o depoente reconhece que errou, porém nunca -
concorreu diretamente para causar lesÕes ou morte em quem
---
quer que seja e que tudo que fazia era atender as orde~
do chefe da equipe, o Cap NikBOs; que, o Sd VICENTE foi prê-
~ .
so no dia 12 do corrente; que naquele
-
dia o depoente ~stava
tomando o depoEmento do Sd GE01mR e naquela ocasiao ninguém
agredia GEOnMR; que ap6s ter tomado o depoimento do Sd GEO-
MAR, o Cap ~ITEBUS determinou que o depoente fÔsse à rua, r~
,.,..
solver o problema de um rapaz, de cujo nome nao se recorda,
no momento, mas que poderá fornecer oportunamente, ~ue se -
achava prêso na policia civil, por haver agredido a uma "P!,
ranba"; que o Cap NIEBOS mandou que o depoente fosse fazer
uma sindicância af digo, a fim de apurar tudo sôbre a prisão
do rapaz e se o mesmo fÔra agredido pela polícia, bem como
se a tal "piranha" era ladra; que após essas diligências o
~
-
Cabos CRUZ e PREITAS e o Sgt GUEDES n.ao tomaram parte nessa
missão, a qual não logrou êxito, porque WILSON não foi en-
contrado; que, o depoente ao regressar ao quartel dom o
Cap NIEBUS, o Ten miRANDA e o Sgt ETEL, teve ocasião de com
os mesmos constatar a fuga dos presos Sds MONÇÃO e WANDER-/
LEY; que, por todos êsses fatos o depoen;e não teve contato
com o Sd VICENTE;que, também, nunca ~eve contacto com :MONÇAO
e WA"IDERLEY; que, levou comida para os presos no sábado e -
domingo, dias 8 e 9 de janeiro, evitando que os mesmos ficase
sem sem comer naqueles dias; que, de um modo geral sempre lhe
rcpu@1ava tais espancamentos, 1uando os
_!f;
mes~~v~~
~~~
po~ ao
to de excesso; que o Sgt ?T~L quas~ sewpre u~ naos, por-
que tem mui te fôrça nos braços, pa::-a espn.nc:1r, exceto algt.uras/
vezes que asava ~~ fio elé~rico; QUe usa~~rn paL~ut6ria os aap
NIEBUS, :IP C~bos CRUZ e FTI:;ITT~_s, sendo q_ue .êste último, segun-
do viu o depoente, batia nas maos, en::.un.nto os dois primeiros
batiam nas várias partes do corpo; que se recorda de que o Cabo
cnu~ era quem usava o cano de ferro, para bater nas coxas dos/
indiciados; que, n2o t0mou parte na prisáo e nos interrpgat6-/
rios 1os Sold.·"~dos VICENTE, '''AHDERLEY e IWHÇAO; que, no dia em
I
OHLANDO RI . t•, RO
do IPrJI
o;J~
~ ,Z.:-v
ao Sd GEOMAR o declarante mimitou-se a dar uns bolos de
.J
palmat6ria nas maos e nas nádegas, além de unas correa-
das com o fio elGtrico do rnagneto do telefone; que, ~
~ apanhaou, apanhou na cabeça, nos ombros, nas costas,
'\
nas coxas com a palmat6ria e com um cano de ferro alter
nadamente manejado ora pelo Cap ~TIEBOS, ora pelo ~en Mf.
RANDA, ora pelo Cb CRUZ, ora pelo Cb FREITAS; que , que,
o Sd VICillfTE tamb~m foi interrogado da mesma forma po-/
rém o declarante limitou-se a dar- lhe uns tapas; Que,//
a~indo o declarante por ordi~, digo, sob uma chefia, //
não tinha nada de pessoal contra com quem quer que seja,
parecendo-lhe naquela oportunidade tudo normal e tudo /
-
feito em razão dos serviços de investigação por isso//
nao se recorda em quais dos soldados detidos empregou o
fio de telefone para dar umas espécie de carreadas; que,
o Sd .MONÇÃO morreu, segundo disseram ao depoente, devido
a um problema cardíaco; que, o soldado VMlDERLET morreu
por um mal que o impedia de urinar e que êsse mal era//
agravado pela sêde que o VANDERLEI tinha e que bebia á-
gua e sua barriga ia incbando;que, o Cap ~ITEBUS e o Ten
I·ITRANDA fizeram simular a fuga de MONÇÃO e VANDERLEI~ //
que, o telhado foi arrebentado pelo Sgt RUB~TS, por or-
--
dem do Cap NIBBUS, a fim de parecer que MONÇÃO e VANDEJ!
LEI fugiram pelo referjdo telhadof que, o declarante//
e o S.!rt RUBmTS e o Cb CRUZ, por ordem do Cap NT':-BUs e do
Ten· rt::.IMNDA e juntamente com êsses dois, retiraram os i'
~orpos de MONÇÃO e VANDERLEI, levando-os até a repressa/
!'"
on, digo, até a represa, onde os enterraram; Perguntado/
se tem alguna coisa a alegar em sua 1noccncia, respondeu
que tem absoluta certeza de que nunca bateu em ninc~ém/
mortalmente, tendo mesmo alertado os demais para que eVi
tassem golpear a cabeça, a região do coração, os rins, o
umbigo, os puln1Ões, a parte escrotal; que, acreditava e!!
tar prestando um serviço a sua pátria, mesmo porque não/
prosseguia batendo em quem quer que seja, logo ap6s hav~
rem confessado. Finalmente nunca pretendeu ceusar a mor-
te de quem quer que seja e, como já disse, nunca concor-
reu para a morte de alguém sendo fácil de entender os s~
frimentos morais porque passa o declarante, com tai s fa-
tos. E como nada mais disse e nem lhe foi perguntado deu
t~
~~~
o Encarregado do presente Inqu~rito por findo êste de-
poimento que vai por êle rubri.cado e assinado pelo in-
diciado e comigo 1º Ten Cav JESIEL GOMES lli BEIRO, ser-
vindo de Escrivão, qtJ_e o escrevi, jun.ta.mente com as //
testemunhas.
l\L1R
(Encarregado do IPM)
J
d :(,l.'J ~ Q...J:,...: o_ \ !-c.
L GOMES RIBEIRO - lQ Ten
Servindo de Escrivão
- -~---
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - 1 ª D E 5ª Bda C Bld
Primeiro Batalhão de I nfantaria Blindada.
Quartel em Barra ~~nsa , RJ, 25 Jan 72.
Oi' n. 59-Sec. Do Coman::lante do 1º B I B.
1º B I B.
CONCLUSÃO
.
J
d .tv-f ~> Q..h..·a...
GOMES RIBEIRO - l Q Ten
.~'1:-
Serv,indo de Escrivão
DESPACHO
do IPJI
,.. ~- -- - -~---~--~------~~----~~~-~~-----~-------
·.
R E C E B I ME N T O
...
Aos 2' di a s do mes de J~eo de 1 9 ~2... , n e st a ci dade
do Rio de Janeiro, no Quartel do 15º Regimento de Caval ari a/
Me canizado, r e cebi do Sr Cel Cav MÁRIO ORLANDO RI BEIRO S.AM- /
PAIO, encarregado do inquérito, os pre sente s nut os ; do qu e , /
par a constar, lavrei o presente termo. Eu, 1º Ten Cav JESIEL
A
i i
1::1
o
"'
IG;·s?h
if
2 ct?r 19 BIB - llARP.A JANSA RJ =UU = iniciais do Operadar
. -
BUS; perguntado porque foi prêso, respondeu que foi pr§.
so por estar envolvido no problema da maconha; pergunt~
do onde ficou ~~ê~?' respondeu que foi na cela do Corpo
da Guarda; perguntado por quem foi interrogado, respon-
-=--
deu que foi pelo Ten 1ITRANDA e Sgt LP.Olt~P~O; perguntado
como toi interrogado, respondeu que foi ameaçado e mui-
to aconselhado; perguntado quem espancou o depoente, /1
- ---
respondeu que não foi espan~do ; per guntado como o dep~
ente foi espancado, voltou a respondeR. que não foi es- /
pancado; perguntado q u.ol os, digo, quais os ferimentos /
- -
resultantes dos espancamentos, respondeu que nenhum, //1
-
Põis o mesmo não foi eopancado; perguntado quem _o _depo-
ente viu ser interrogado, respondeu que foi interrogado
sõsinho; perguntado 3u~~tf!._va interrogan_do, respondeu
que eram o Ten '~V.::IRaNDA e o Sgt LEONARDO; perguntado se /
-
viu algu~m ser espancado e por quem e como, respondeu 11
q ue viu o· Sd VICErTTE tomar choque dado pelo Cabo CRUZ ;II
~ ~~.~
per guntado se viu algu~m r·erido e com~"'ndeu que viu
o Sd APARECIDO com as costas tÔda arra~ um machuca-
do na cabeça; perguntado~~~ alguém, ou se soubr da//
morte de algú~m, respondeu que soube da morte do Sd GEO-/
MAR, por intermédio de comentários no xadrêz; voltado a
ser perguntado por quem o depoente foi espancado e como,/
respondeu que le~ou-uns sôcos desferidos pelo Cabo CRUZ.
E como nada mais e nem lhe foi perguntado, mandou o EncaE
regado do pres ente I nqu~rito dar por findo êste depoimen-
to que vai por êle rubricado e assi nado pela Testemunha e
comigo 1º Ten JESIEL GOIV::ES RIBEIRO, servindo de Escrivão,
que o escrevi.
(Encarregado do I P M)
deu ::;_ue foi espancado pelo Cap ::::::::BUS, Ten ~ITP....~liDA. , Sgt /
E§L , SGt 3.uB-:T::> , Sg+. "'IVA:.D""', Cb C1fuZ e Cb :F~."ZJ:l2'\ 0 ; per-
guntado como foi o depoente es~ancado respondeu que con /
um cano de fer1.. o , palmat6Tia, choque, correiada coCI. ci::1to
I:A, tapas, sôcos~ e :J.l.gemadas na cabeça, declarou :::inda /
o de";;)oente que est&ve algemado lurante vários dias; per-/
guntado quais os ferir'2ntos resultantes dos espaucc::w-nentos
reEJ..;OllC€Lc qne ~oram causados um corte 11!:1 cabeça, 8.l~Ln:-:s/
marcas nas l)ernas, corte no braço esquerdo e alGuns côr-
tes no pc:tto dos pés ocasi::maJ.os ~ela ~rensa; perGUn ~ado/
qtlen o -: epoentc viu ser inte~rogado, respo·1c1.eu que assis-
-
--
G--:or:to _
LUIZ e G::-:~'.t:::.ro; perg:....
va i'Yl"!ierrosan.do os referidos soldaàos rcs-;o.1deu que erar.1
o Cap :í:TTEBUS, Te!1. r.r.-rw._:.,.~A, Sgt :8TBL, S_;t T?.Ul3-:T3, Cb CRUZ
e Cb :::nr:ITAS; pe.r:;;untado se viu algu6m ser espancado e I
por ~uem c como, resrond.eu que pre,3enciot..l os Sds G:;::;or::.ill_,/ 1
P:CIIT, GONZAGA, EVALDO, 'í.P.:"· nECiro , LUIZ c GET';1LI_O serem/I
espancados pelo Cap HIEJ3US, Ten r.:::m...l\:lTDt:.., Sgt "";TEL, Sgt I
:::::rB=7s, Cb C!IDZ e CiJ :::'~..=:I~.A.S com cano de ferro, choque /
cinto NA, prensa, sôcos e palmat6ria; rer~untado se ~nujI
alguém ferido e como, respondeu que sim, "'riu o Sc1 .\P~\.:ffi-
--
8IDO ferido no õraço ezquerdo, o Sd smrr:o=r~r.eo no Ôlbol/
esquerdo, o Sd GEOI.:'\R no peito , :1.a8 costas, na cabeça e
nas pernas, o Sd PJ:RI encontrava-se ferido na canela e/!
esquerdo;
-
nos pés e o Sd EVA!.DO nas pernas, nas costas e no braço /
pc r ~untado se viu alguém ou se soube da morte I
de o.lguém, respondeu que sira por meio de comentários no/
xadrês de que os Sds GZOI~n e 7ICZNTE haviao falecido. E
como nada r_ais J.inse e ner:. lhe foi perguntado, deu o En-
carregado do Inquérito por i i ndo o presente depoimento/
cue
... vai por
- êle rubricado e assinado uela - ~eotemu~ha comi -
go 1º ~en J:L:.":;I:::;::. G07::zs ""'T3~I::10, servindo de =:sc:-i va.ot que
o escrevi.
Soldado
r6~~~
.--
---
GZI'u~~LDO ~'REITAS;
::L c-o:;::cs
~ra:::r~0-12 .... '"'en
tse!:'vindo de Lscri vao)
T!:illlO DE IITQUIF.I ÃO D:C TESTEi..
-
~L; per~tado por que foi prêso, respondeu que foi por
est~r envolvido no problema da naconha; perguntado onde
-x
ficou prêso, respon1eu que ficou tres dias no arquivo e
o restante no xadrêi ; perguntado por quem foi interrog_ê;
-
do. respond~u que :!?oi pelo Ten rfilP...I\.JIDA, Sgts RUBENS' e E
TEL e Cabos ihBVZ e FEET~AS; perguntado como foi interr~
gado, respondeu que foi com torturas; perguntado que~es
- -
pancou o depoente, respondeu que foram os Sgts RUB~~s e
-
ETET~ e Cabo CWZ; perguntado coEo o depoente foi espane~
do 1 respondeu que foi com o cinto NA, sôcos, tapas, cho
-
que , cano e palmat6ria; perguntado quais os ferimentos/
-
--
resultan~es dos espan~amentos,respondeu que ficou com /
------ a.
-
ferimentos na mao e na cabeça, Sd GEO~~R com marcas no
-
co~po, ferimentos/1 inchaçÕes e passando mal, Sd PEHI /
com f0rim.entos no .Pé e na canela 9 Sd SIDmORINHO, com o
Ôlbo machucado e Sd LUIZ com marcas ~elo corpo; pergun-
,-
tado se viu alguém, ou se soube da morte de alguém, res
pondeu que soube das mortes dos Sd GBOM:AR e VI~~Ij1E a-/
travéz de comentários dos soldados da Guarda . E como na
da mais disse e nem l~e foi per;untado mandou o Encarre
gado ao Inquérito dar por findo o presente depoi~cnto I
que vai por êle rubPicado e as~inado pela Testemunha e
comigo 1º Ten JF.SIBL GOI1.1ES RIBEIRO, servindo de Escrivão
que o escrevi.
( :Zncarregado Jo I P 11 )
-
no xadrês do Corpo da Guarda; perguntado por quem foi
interrogado, respondeu q~c foi pelo Cap NTEJ3US, Ten n'IT-
RAND.t\. e Cabo C2UZ; perguntado como foi interrogado, res
pondeu que foi -por neio de espancamento e torturas; pe!: ...
guntado que.., espancou o depoente, respondeu que foi 0
l
Cap NIEBUS, C~p VOLTAIRJ_, Sp;t ETEL e Cabo CRUZ; pergunt.ê:.
do como o depoente foi espancado, respondeu que foi com
- -
cano de ferro na cabeça, aparêl~o de choque e soco no
A
....
Ôlho; perguntado ':UéÜS os ferimentos resultantes dos es
paucamentos, respondeu que resultaram derrame de sangue
- -
no Ôlbo esquerdo e incho.çâo nas::-•ernas; perguntado quem/
o àeroente viu ser interrogado, respondeu que viu os Sd
c--:Tt1LIO, GO:TZAGA e FEim.:E:IR.t\; :perguntado quem estave. in-
terrogando, respondeu que eram o Cap úiEBUS e Ten IIT~!!
DA; perguntado se viu alguém ser espancado e por quem e
como, r .,::.pondet..l que viu os Sd GET11LIO, GONZ-1\.GA e Fr:RR:!I
R!\, serem espancados pelo Cap NIEBCS, Cap VOLTAIR~, ~en
er:- ....
·t/1 ~
/
~ ~,~-c..-
:f;:IRANnl\., Sgt ETEL, Sgt RUBENS e Cb CRÚZ~a prensa~ I
~no de ferro nâ cabeça~-choqÜe elétriêo,-pa.ihma t6ria, ./I
cinto NA e sôcos; perguntado se viu alguém ferido e como
respondeu que viu o Sd FERREIHA com a orelha tÔda roxa I
te tapas que levou, Sd AMORTI.'I com a cabeça machucada, Sd
APA2BCIDO com um machucado na cabeça e as costas tôda ma
----~
-
chucada,
'
Sd PER! com macbudado no peito do pé e tornoze-
-
lo produzidos pela prensa,; pe~guntado se viu alguém, ou
se soube da morte ie alguém, respondeu que soube das mo~
tes dos Sd GEOI1lAR e Vicente por meio de comentários de I
outros soldados no xadrês. Z como nada mais disse e nem/
lhe foi perguntado mandou o ::;ncarregado do Inquérito dar
por findo o 1)resen te depoimento que vai por êle rubrica-
do e nssinado pela Testemunha e comigo 1º Ten J~SIEL G0-
1-IES RIBEIRO, servindo de :Sscri vão, que o escrevi .
1MR
Cel Encarresa,do do IPI·J
Aos vinte e oito dias do mês de janeiro do ano
de mil novecentos e setenta e dois, nesta Cidade do Rio/
de Janeiro, Estado da Guanabara, no Quartel do Décimo//
Quinto "Regimento de Cavalaria Me canizado, pregente o Cel
Ca.v MlUUO 0RL..t\.NDO HIB3IRO S.A!.ITAIO, Encarrêgado do Inqué-
rito, conigo 12 Ten Cav JESTEL Gür.'IES :2.IBEIRO, compareceu
aí a Testemunha abaixo nomeada a fim de eer inquirida s.§.
bre os fatos que originaram o relat6rio de, digo , especi
al de informaçÕes número 2/72 ae 14 Jan 1972, do Coman-/
dante do 1º BIB, que ap6s o comrromisso de dizer a ver-/
dade disse: JOS~ GE~O NOVO PAUFERRO, com 19 anos de /
idade, solteiro, filho Manoel da Costa Pauferro e de Ali
Cf-! Iovo J?auferro, militar, na graduaçao de soldado, ser-
~
-
1ue foi no xadrês do Corpo da Guarda. Pergun~ado por quem
foi interrogado, respondeu que foi pelo Cap ~ITEBUS, Ten /
!ITR:'\lmA, Sgt m:JBDTS, Sgt ETEL, Cb CRUZ, Cb FREITAS, Sgt /
l''.m'E'":!SES e Sgt GE:?. .A..JJ])().
. Respon, digo, Perguntado como ±'oi /
interrogado, respondeu que foi com torturas. Perguntado / \
quem espancou o depoente, respondeu que foi o Cap NIE3US,
Sgt RUBENS , Sgt ETEL, Cb CRUZ e Cb FREITAS. Perguntado I
como foi espancado, respondeu que com o cano na cabeça, /
choques, sôcos e ponta-pés. Perguntado quais os ferimentos -
resultantes dos espancanentos, respondeu que deu algumas/
/J ...-
i( {
/) / -----:-----
~-o~~,#(} /'lf~ ~,·~~
INOUIEICÃO :JB
-- -
espancou, .lecl 'J.rou ;uc foi o Sgt L ~'C'B::::rTS, Sgt :s:r~:G e Cabo
C:::.LJZ; pergun·~ado CO:r.:l.O O de-poente foi espancado, dec~_n.rou
que: cor.1 ~ cano -:1e i'erro, com cinto NA, com um cinto ele
couro, con choque e~é" rico, cor.J. uma :yrensa on1e o dcc::!..a-
rante tinha os pés apertados; :::;er.su.;.1tac~o 1u.ais os f'ny>.;_!l
- ' - - .._ I I
~~~
Sgt :2.U331iS, S,:~ CRUZ e
Cb F~~~~S; pcrgun~ado se viu alguém ser espancado e
por quem c co~o, respondeu (Ue sL~, viu os Sds G=Oicin,
_\ ·-o~r - , :~P"-I~CIDO, IUIZ, pelos Sgt :r..u:snrs, SGt ETF.JJ, I
Cb CRUZ, com cinto, cano de ferro e com cboque elétri-
co; pergunt<J.do se ·viu alçuém ferido e com.o, res~vn]eu/
que sbl.: o 3d _'U;IORIK, com f:::ri:nentos na cabeça, rulso,
coxa esq_uerda e pés; :Jd '~PA~BCI:OO, com fcrim.en to na I/
mão, nas C')stas e no p;i to; Sd s~:H0:'1Irm:o, com contu-/
são na cabeça e Ôlho esquerdo e Sd EVALDO com ferimen-
to no cotovelo esquerdo ~c ontusÕes generalizar]as; per- /
gu.ntn.do se viu a.lguém, ou se soube ela morte de alguém,
respondeu que se>ube da morte do Sd G:COI:I.t~. R e do Sd VICEN
TE, pe>r int-::rmédio de soldados que estavam ele sual"'Tl.ição.
:S co:no nada ma:.s d:..::;se e nen lhe foi pert;untado deu o I
:Gncarregado do Inquérito por findo o ljresente der-oime!:!
to q_u.e vai por ele rubricado e ::l':'·Si:J.ado pcla Tcstcmunb<:t
comigo 1º ?cn , 'S.igo, 1º Tcn Cav JESIEL f}QI.,:ES RIBEI-
~en
RO, ~crvindo de Escrivão, que o escrevi.
anos de idade , JJG • ..~..u .•:~l J.a ci dade de K_\:fl:.:PO , Estado de :i-/
n~s Gerais, filho de ·,-iccn te de Paulo P~ .:.:•eira e de Jurs.ndi
ne Lui z , c1i&o, Ii7Uni z T"<.:...!'eira , soltei ro , re .. : i dcnte à r.~arcí
r.:;spon leu que .foi por estar envolvido l~.o problemo do.. n:a c o-
rilla; pe~:unta do onJe ficou prê~o , respondeu que ini ci~:meg
te xadrês àc. Uni dade -= ?OStcr::..ormente na sala do Arq_l:..i-
.10
-
->a.:o , rcspor, eu. que foi .".,>{) •• es-pancamen GO e tortux as ; per-
g'..lntado quem esp::~.ncou o 4 e;'oente , respo!1 , C'..l g:.1e ·"'oram o
ê Caoos C!W'Z e
FR.....,I~'\S ; pL::. gt...r .:.;ado co:w.::t o depoente foi ezpancn.do, respon-
con sôcos, cano de ferro , cinto rA e choques /
dctl ~u:? ..?oi
elétricos; pergun-tado quais oz ferimentos rc~ul t-~ntes dos
lerimentos , renpondeu que sofr eu a::enas uma fcri5a na ca-
-
beça; pergunt8.do 1uen o dcpoent2 viu ser i t1'terl"'o.;ado , res-
--
pondeu Q.t.le viu os e< l G:E':'l!LI O, FJ::IIT'-;:IEA, _4J,IORIK , GEOI";.II..R e
SE::-TI-IO::'INEO; pergu.n ta ao q_'.lcm esta-va interrog.:;;.ndo , 2..,e3poc:de11
q_u.e crom o Cap NI .T,.e< , ':lelJ
DES e Cacos
;rr::. 1.!illA , -
Sgts ETEL, R T"i'):Z"~ , C""T~
%
:~os ~~
--
..
---=---------
espancado e po~ ~ueD t co~o, resuondeu
s-::""Urr:rm:o e
...
-
co~po ,
__
gado, respondeu. que foi pelo Ten T~T!?cANDL'., Sgt GUEDES e p~
'
lo S.: st RlJBEI'TS; perguntado co:r1o foi interrogado, respondeu
...
aue foi com torturas; pergunatado, dieo, pcrgruJtado quem
o espancou, respondeu que foi o Cap HIEBUS, Sgt ETEL e
Cb CRUZ; perguntado como o declarante foi espe.ncado, rcs-/
pondeu q~e foi algemado ntuna cadeira, com os pés na pren-
sa sendo apertada pelo Sgt ~L, o Cb CRUZ dava choque //
elétrico nas pernas do depoente sendo a nanivela rodada /
--
pelo Sgt RUBENS enquanto o Cap lTI-miTS dava sôcos e com o
cano de ferro na cabeça e nas pernas do depoente; pergun-
tado quais os ferioentos resultantes dos espancamentos,/
respondeu que somente dores no peito do pé , nas pernas,/
r-· ~cl»r o~
nas costas e na barriga além das marcas das algemas; per-
guntado Q.~e~ o depoente viu ser interrogado, respondeu que
) {1- ~
;;;;::;y /~~<
nao, pois foi levado para o Al~QUIVO onde ~ depoi-
mento sendo posteriormente levado de volta ao xadrês; I
per._sunto.do quem entava interro~ando, respondeu que fo-/
ram. o Ten J.!IRANDA, Sgt GUEDES e Sgt RTJTIB:l:TS; pere;untadol
se viu algu~m ser espancado e por quem e como, respondeu
que nao viu ninguém ser es~ancado porque nao ficou prêso
no SUBIM.RINO; perguntado se viL1 aã.guén ferido e como, o
decl.aran.te respondeu Q.Ue viu o Sd AP.A.REüLtJU I·erido nas I
costas, o Sd AJ::IORII~: ferido na cabeça, no pulso e na per-
Da e o Sd SEI,illORI!THO ferido no Ôlho esquerdo; perguntado
se vci, rJigo, viu aleuém ou se soubre, digo, soube fla I/
norte d.:? alguém, o élepoente respondeu que sim por r.:1eio I
de comentá,rios dentro do xadres e _1e.lo pe s ~oal da guarda
que o Sd GEOMAR e o Sd VIC'Sr·J·J:E h~viam falecido e que os
S ds VAHD:im.LEI, M0:1TÇÃO e BOT:zLHO, h a viam fugi do. E c omo I
nada mais disse e nem lbc foi per,:;untado deu o '2ncarre-
eado do presente Inquérito por findo êste depoimento que
vai por êle ru_bricado e assirJado pela Tc::Jtemunha, comigo
1º Ten Cav JBSIEL GOT'mS RIB"':'IRO, servindo de Escrivão, I
que o escrevi.
(Te stemunha)
J
Se~ndo de Escr ivão
DESPACHO
RIBEIRO SAMPAIO
-···-...::0~ RLANDO
Cel - Encarregado do IPM
R E C E B I ME N T O
.
Aos ~'.}- dias do mês de ~~~ de 19 1-.2.... , nesta cida de
do Rio de Janeiro, no Quartel do 15º RegimGnto de Caval ari a/
Mecanizado, recebi do Sr Cel Cav MÁRIO ORLANDO RIBEIRO S.AM-/
PAIO , encarregado do in~uérito, os presentes autos; do ~ue, /
para constar, lavrei o presente termo. Eu, lQ Ten Cav JESIEL
4
Servindo de Escrivão
I Ex - 51 Dda Ca:vnl-
15º R C :r.tec
Rio, <m, 27 Jo.n 72
Of nG 00 3/IPI~ Cel ~IO ORLANDO llllRIRO SAM-
PAIO-Rnco.rrec;ado do IPM
oria de Procu_~dor
I • ( SO.:.~-.~'I TA)
Remessa de docum~nto
(FAZ)
- -
NAUD MIRAND.~ DA &1:LVA, do 19 :<albão d Inf'an~ria m.ind!l
da, contra quea se cata.o procedendo a. i.n"Wstigaçoes pol.ic.!
is para a puzar- se o f to d~ bo.micíd~o de 4(qnatro) sol -
dos- e o desaparecimento de m;1 óutro, todos daquela Unidade,
cu3a a11toria l.he ' atribuída .
1 EX - 5~ :Bda. C Bl.d
J.5g R c Mec (RRecUoc)
Rio, GB, ll Fev 72
Of n9 18/IPM Coronel M!RI O ORLANDO RIBEIRO
SA.I.."'PAIO-Encarregado do IPM
Sr Comandante do 1º Resimen~o
de carros de Combate
Remessa de documento
(FAZ)
. .__,._,...__Encan--egndo
~
I
....-..-;;:.·--=
;. -=· -=~
·· - -
CERTIDÃO
RIBE!R0-12Ten Cav
Servindo de Escrivão
1
- ~ ------ --
trei o Cap NIEBUS, o Sgt RUBENS e o Cb CRUZ que.ndo recebi
- -
ordens de transportar o trafice.nte ac"ima mendionado dei-/
~~~~~~~~~~~~~~~~~
xando-o '
incomun1cávE:l ne. Un1dade_, Posteriormente soubemos
das ligaçÕes do traficante com seu irmão o Sold~do BOTE-/
LHO, ocasião em que f oi efetuada a sua prisão. Nos interr~
gat6rios do Sd :BOT~LHO (traficante que vendia Dacon.ha no
.Quartel), começamos a saber que existia na Unidade grand~
~--!.,
---'1~. \~{01
J/--:tÇ Zí-
Pl Ydt.l-
quantidade de soldados viciados e alguns
:4/ ~
~antes. F~
ram efetuadas várias prisÕes dentre as quais as dos sol-
dados G:EOI!LA.R, APARECIDO, AIVTORIM, MONÇÃO, VA1'IDERLEI , VI•/
(
CENTE, GONZAGA, PBRI, GBTlt'..JO, ZVALDO, SOARES, ALVES, S~
NHORI~THO, FEr~RA, BOTELHO e outros envolvidos. Os sol-
eyf~ tA~.q:--
•'
s::ído na. 1 ora do a-:r.:ôço 'f ~ ra cunprir um~ m:ssno " mando /
~
.....
co;::: os depotmentoB, ~u'1.nd.o vel..ificamos qD.e os Sd acima c.i,
-
tãdos n:io nEt!ren i-:'1 r,..,.. bom eGtado de saúde, ::;endo €1. t~o /I
-
!'rovi ienciado um paili ole.:.r·o par~ visitá-los , coüJ.o o Sd V"r
c::-::-:r:: 'tinha um co:::-te na cabeça e o ref~rido p::..dio"leiro /
n=::) tinha prática para. àn::=- p~ntos .:tandamo::: bu-c"J..::::- o cs..Jo/
~=SltR :.::, ~ Z .... cmento m:Lis c::1paci t<J.uo. L~ chet anuo o ~~f e r~ 4
)
dQ se recuperar . Tudo foi inútil vindo o solr~ o a fale-/
cer n n ~inb presença, ào Sgt E~EL, v Jb CTIUZ e ào refe-
::!:'ido c~~~~~eiro. As atençÕe3 foram vol"adas então ~~D. o
soldado . . rAr iiillLZI preocupa os que? estávamos que a2._;o de/
ruim acontecer e t~~bém porque o soldado VIC~TE /
v~csse
ap~rentcrncmte s6 liinhs a preocupar o 'corte na cs 1-.CÇ "'1•• F::li
---
G301It<2 ..... VIC~!TE '"'Ue diziaT'l s2ntir falta de ar
~ i lr-~ or e colocado para
·r:"' i :~·-ciad~ ~ ve. ....-.--::--
-
_ ~~ .:>'3
~~~~o a id~ia na~
curp'"'S :"" Ao ..... ~ -~a a eq_ ..dpe
S gu
-'- -'-'l:.cJ.Jf
sei _
c~.
~vem de esc~ude~-/
J .... 0 ... 1 '1 do ( C'ip NIE-1
rrJ-:"TZ) • .
V e:;_O
::::_ ""'"'"n~ ~_;·, --U.!J.~..) e v
....,,.Te<
~..J._ ,
.,
!.'-
~~
-·t
=r:1~ co ~ -.---o ~ b v!i.V
~o:~~ , que foi feito por mim e pelo Cap NIRBUS em Volta
l'elatamos o :o.to dizendo q"e ill!l soldado
estn.va pa<Jsando mal ccso o mesJ"'~O ·..rie~se a fé!lecer ir~-
t... ~ I
~os "'lcnnder o corp~ +e~ o .ce~r:.i 1 ,., Cor"n el ~ or:1ado 1
·:...""" s~-~-o. ""'.'-" . . .! .. ~o t:!n-:e-~C' .rela+2~os ,._ue o soldado já havia
os
---
·- .. - . .•J ------- ~ ------ ...
os corpos em rirçao, ~igo, ~ircçao à Repressa D~ scio //
João] a~cos, no 11 ~uni;:Ípio_d_e Rio Claro. :\ntes pcrcn!, t
o ~-
»
caminho de Bananal, ~st3do de Sao Paulo, tendo o de~o
ente regressado ao Quartel por volta das 0~00 horas e
.saído !lOSteriormente pa_!'a cumprir tal mi~.8 Por vol- /{
ta das 1000 horas eu e o Cap riTE3ITS fomos ver os solda
dos GEOri.AR c VICEfiTEI tend.o o soldado 0EOMAR realmente/
se queixado de iores na barriga e o soldado VICENTE de
dÔres na cabeça. O Cap NI<;BUS f'oi chamar o médico que/
consultou os soldados aproximadamente durante 30 ninu-
tos, achando que o sol"lado GFOJ11!:L\R in8rirava maiores cui
dados e deveria ser i nternado ocasiao ~m que o Cap IIT~
--
-
"',....._.__,__, - ~
3US mandou que o médi co falasse com o Sub- Cmt para que
f Ôsse provid~nciada a sua internação . Como o Cap NIR•//
BUS viesse ao Rio para tratar de assuntos particulare~
me retir~j 1o Quartel ciente que os referidos soldados
estavam entregues aos cuioados médicos . Devo dizer que
presenciei o TDédico da Unidade falar._ao Cap NI~US que r
os soldados necessi t:;.vam de internaçao porém nao corri
am perigo de vida. Aproximadamente às 1900 boras che- /
guei ao Batal ha o, q_ua.ndo fui chamado pelo Sr C.el A.:-UOS-
W'AL.DO par~ que fÔs s e ao Aruq, digo, Arquivo juntamente
com o médico da Unidade e trouxesse o Sd V'ICENTF. que /
ainda se ercontrava lá para a enfermaria,o que foi fei
to pelo depoente, pelo médico da Unidade e pelo Cb PREI
·.rAS. Posteriormente, o ren~rido Cel, dete.rminou que eu
fÔsse à :>rocura do dono da .fn~wrária local e que o me~
mo :'Ôsse levado a sua presença. Chegando ao Quartel o
Sr TUNICO foi cientificado pelo Comandante que um sol-
dado bav~a falecido , e que o mesmo não sabia as atitu-
des que deveriam ser tomadas, tendo o Sr TUNICO expli-
cado que o normal s~ria chamar 9 nédico legista da 5ª
!_A~ .!2/-
~ }J-/M~
® ~~G
Rcgião,t2ndo sido travado contáto com ~ferido Dr //
que nandou levar o corpo para a Santa Casa onde foi e
~ fetuada a necr6psia. Soube também~or oc~sião 1a mo;=
te do Sd GEOI:IAR, o Cb TO'HAZ estava p:restando socorro /
~ ~
ao ~em, digo, mesmo por determinaçao do Dr t.P.ICO, te~
do o S::l GEür.:AR falecido nos braços do Cb TOI'.'IL\Z e do /
Cb Ffu~TAS. Que o referido soldado faleceu aproÃ~mad~
mente às 1330 horas.f que I quando o Dr chegou a Unidade,
soube do fato c deu conhecinento do mesmo, :r~ravéz po.,r
te ao Sub-Cmt por volta de 1530 horas. Declara o dep~
ente que o Sd SOARES con~essou tudo sem q~Ôsse pre-
ciso qualquer ato ae ~no1ência ou ameaça.~clara ain-
da que t~dos os componentes da eqJipe ficaram sabendo
que o Ce1 GLADSTONE fÔra cLPntjfi c ~da a~ no~te do sol I]
dado mONÇÃO e do soldado VA1'f.iJ8RLEI tendo concordado /
com a idéia de sumir com os corp~~B como n9c1a mais//
disse e nem lhe foi perguntado deu o encarregado dês-
te inquérito pDr fintlo o j?resente depoimento, mandan-
do lavrar êste têrmo que, depois de lido e acbado con-
forme , assine. com o indiciado, com as testemunhas e co
-
migo 1º Ten Cav JJ~SIEL GOMES .BI.BEIRO, servindo de Bscri
vao, que o escrevi.
Ao prineiro 1ia 'O mês re Feve=eiro do ~no }e mil nove-
centos e octen"".;r: c dois, nest:1 cidade do Tiio de J~neiro, /
=stado àa Gu~nabara, no Quar~ê l do Déci~o Quinto Pegincnto
de CavalS~.riaJíecanizado, pres::nte o ~el Jav .,..'!..trnro O:::nJAI-illO/
:n~:SIRO SAr:iPAIO, encarre<~do a~s"".;e Inqué:... i to, C"''"'ligo 12 //
Ten Cav J:?SI:sL '1-QTSS PI~~IRf\ servindo âe escri \rUO, cor::.:pa-
receu :o!.:,"'TO .. "T ...:...: TTJ.A IIT:83US, Ca.pi tão do rxérci to, a fi:::1 de
ser interrogado zôt_e os ;atos co~~tantes do r.clat6~io Zs-
pecial ne Infom.uçÓt::s mi'"7lero 2/72, de qt..A+orze de .7:::meiro/
de mil e ::::cte11ta e dois, do 0""mando.nte do 12 Ba
r')~""ecentos
---
e
dem verbal do ~~t do B~talhão, sob a supe~~sao do ~epoen
te. O Sd noT~~~C foi colocQdo na ce~a existente no Pa~~lhão
r~ Sala de Instru_ção e -·-~qLo.iVO porém./ CO::"!O o traficante Ifti.PA
RA, seu i1~ao foi transferido para o
levado à rrcs ença do Juiz se queixou dos naus tratos da
~1 Po:íc~~ ... e ~s7e" i~ concede ~ "Hapeas-Corpus'' i ~orém, por //
~/v coJ.ncl.u~:ncl.a. , nes ~.~e dia o Cr:lt do Da talhão comJ?c.receu ao .F·.2.,
rum para falar com o JUIZ e então pediu ao mesmo pare nao
conceder a ordem de "Habeas-Corpus", ficando em consequê!?;
cia o Kfl_PAFA rrêso no BI B. Assim sendo foi me dada a ordem
pelo Cnt para transportar o referido traficante pa~ o//
Quartel, tendo então o depoente mandado a equipe já citada
t!'a!lS ..... o:!:"tá-lo, o que foi feito. Como s6 eriste'f duas celas
- - - -- - - ..--
que haviam falecido j( os Sd liiONÇÃO e VAITDZRLEI. O Sd VIC3E.
T~ tinh~o, di~ ti~ecebido curativos na ca~eça /
pela Cb CEZAR LUIZ . e os Sd VA:IDERLEI e IiiONÇÂO, o enfemei
----------------------------~
r õc1e(Üa nada ~Ôde fazer. O Sd GEDMAR pediu par8. sair da
-
cela e ficou no co1~edor juntamente com o Sd VICTirTE. A
porta do cor redor foi fec~:~ada e lá dentro foi colocado wn
ventilaãor/ porque o Sd iliC:ZH~E estava com falta de ar. Os
dois soldados mortos ficaram então na sala do Arqui vo que
estava vazi a , poi s eu tinha conseguido dois dias Gntes mu
dar o Ara uivo do Ba~a~hão para o local do angi , di go, an-
~ - JJ!W~ {e~r
-~----
tigo armazém, por lo ~o~nndante.
orde~
Angra dos _~.t.i s. ::e . . . orl:~mos &o Qu~rtcl ""'01' volta à.as /, '/
'"'7:0 ·- Jr'".S e depois iC tc:._:l.!' c:..fé I.Ja- .: iiDei ~ . . .:- ~ü~ ,... O
Ce: .•.: :SYAL:W ~n l;c. por !.'! ~"'ç_ l.:i co
~-::.. " -:;-::.e ci " ncio. do -1..1 ... ..:v: fei to .
nou ~s doi- nolds. ~ os ..... . . , _.. 6:-! ze ueteve 1:0 3d G....O "".!_.
se::;pcrD. ::1 ~"', J. t... J~ 1m.:..:1do iu. ._ o 'T-e E-mo ~ . .r::! '-' corria .l:"C:.x-: ...,-:> .•::.e
viJa . ~oi -n~~ 0 i i to ~n Dr que p3rt~~i passe ao Cel ~ ne-
ce-s :. ~2dc de i at _!'ll'"' _ ~..., ..:o ~d GBO: _•_T'I • o c1epocnte a j u.- /
o .Jb : ": :.11. '7 Cl~ '"' crneiro ficou !?nc,.. l"rc )J. o de prr· i ~e ci.a r
o. c.mb ~ 1~ •4'-' ia , .... ~;i s ~ :." pe 1, J i :o , :1vi s;:.do ~ J.o ~ e1- o I; e e
_'--2. o jJr da s i tu"' çao . Por Yo l ~.oP -:.'"' = ,130 hor as o depoent e
u.e~ conileci:w.cnto ao T~n :;cl rJLADS~') --:-' da. si tuaç3.o dos '3d
Gi]Oi:!\R e VI GK'-TE e · (.; l i n auliol~izaçÕ v -,o nesmo p~r3. ir ê.
Ju.anabara a f i ::u de tl. a "t::lr ele a ssunto par "i cu lar e t'l~b éi:J.
.
respondeu que .:'oi a prir.c::ira vez que o depoente clesenpe-/
nhou as fm1ç'óes de 0:-?ic ial de Ini'ornaç'Oes e pelo tempo de
h ouve d z ~lnt1a
• ,, par-1-"e ln
apro;n.::lac.:.ar.J<?n ... e sels r.wses. fi ~:r
-
• :'] .L • A '
!'lU..n~a
rnlJ .~ H"'-t~
Jtk~~
Lu~Z, por todos os elenentos da equipe • Dt::!!jjl
os inter
.ro~at6rios usávamos da violência, cada um batendo da na-
neira que achava conveniente para obter a info~ção de-
sejada.Presenciei êste clima de violência até o dia 12
};'OI' volto. das 1500 horas, quando fui dispensado nelo Cap
-
a:J<.;;.n.bou bD.st:2nte, tendo L1cl1.1si ve fi lc:;;"i:3o um desmaio pe.-
r::1 na o G.panhar nais, o Sd ·~·~,_J.;:c-.:::rcr;r tinh';l. o.pannado ?Ouco,
v€.,.. .:i o inc::.usi ve sai do ~u .'.. rqui vo pc..rg, 2.pan 1ar uma la ta no
~· ~ r(W _
Pelotão :t:s:_Jecial, a mr::.ndo do Cap lUJ'!.BUS,
viria para colocar a cabeça dos l·ri s i onciros dentro cl' água,
o que foi fo i to no soldado APARFCI:O ielo depoente e ~elo/
Sgt :BTEL. :Declarou o.inda o depoente , ~ue
- ~n6s a tortura coo .
a la ta c1 1 á.:;uc., o Cnp iiT:'BUS e o :'en r.rr:::_;.]~, estavam discu-
tindo qu91 seria a melhor ::;.c..n~ira para i nstalar un:. "pau de
arara" e uu:.a cadeira. de ferro para d~r cúoques. Di~se o ~e
poente qLle nesta ocasi ão , '9erliu licença ao Cap iU:::-::ms, di-
go, ,ec.iu. di:3pensa ao Cc.p IIT-r.:FL'S pa::-a. tratar de problemas/
par~ic~lares, no ~ue foi a~endido ~elo mesmo, que lhe rec~
mcndou que se apresentasse no ~uartel, no :.ia seguinte (13
de Janeiro). Disse ainC.a o rlcpoente que r:.o afq,s7c.r-S0 do I
..:\rqui ·ro, às 1500 l~oras rlo ·~ia 12 de Janeiro, os :t:risionei-
ros estavam vi vos, scr:;::1o que os sa GBOT.::.tG. e l\IOITÇÃO aprescg
tavan o:-- corpos bastante ca.sti:::;o.::.tos, oas nunca l!le pa3sou/
pela caheç!l, J_uc os tJ.esmos estavam correndo ricco de vida.
~u'lna. o o depoente voltou ao .:;Juartcl nn r::.'lnhã do \.~ia 13 de
J oneiro, encontrou o Sgt RUBI;TiS e o Jb cnuz dei tc..Joc j_10 n-
loja.Iaento ·-lo Pelotão .Espcci81, co:: rol)_pas }.:::tisnnas G sujas
-:le l::.ma. Os r·:=feridos elemGntos disseram ao iepoente, que/
1To:-çÃo e Y.t.iDE3LEI havie.m fugido e que êles haviam passado
a no i te inteira procurando os fue;i ti vos. De:::; ois o depoente
:~'oi para o Arquivo, vêr se encontra·.ra o Cap IITZLUS ou o
:20D : ..J.Rlü~I.i.A, para vêr se tinh~ algwnn. ord<='11. Chegando ao
Arquivo, o :::1epoente 2Dcontrou u."n ventils.c1or li.:;~do :10 ch!io
G .:lei tndos em co leilÕes , o3 nolda-1os CEOi.:\n e ~n: C'G-:1TE, w:-/
"'1"o
J
-~o"'lrr~
- .. ,,. -
z fo-i .... 1---
..L. '-"- .. ...
~ -o ~r",.) n,... •
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.:~-~ ,-'"'
-' ~
Co···-
.t·-··•'ld~
U
n.,., .,......,...
.t-·.:,._ , , ..... I"'
'"'-r ••"_..., _ (,J. I I
c o:;_ e> ..-:L.: :hll.ICO; en see'.lid'l ~ 2.2::,0 ~10r::. ;:; 'lproxil:-.o. ~~o..m.::nte)
~Jl·~a:.":J.<~ c.o A:'-..}'..l::..vo o Cb :'~"'':.:1~ c o Gb r'E:JSIAS, .Jvrazcni:i'1/
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(Testemunha )
Cap tão
é'q., jGC?fJ-:5"~
( ~estet1unha ) ~
L
CONCLUSÃO
J
Serv,indo de Escrivão
DESPACHO
- Nos têrooa do Art 321, comblnaào com os A1..t 328, ~30 letra. "!!"
e 331, tu.do do CP'PM, apresento à V Exn, os soldnaos: EVALDO LUIZ I I
LIMA,. LUIZ GONZAGA l?RREIRA, ;mSON SMri"ORilffiO MARCAT.O, VA!JrER SOA-/
RES DE r!ATOS, GE~:'\1J'.IO NOVO PATTPERRO, S.• GIO AULOI?Tiq~ VIrr.IRA, JO~ RO-
DRimJES AJJVES, Cltt,IO F:F!F..P..EIRA e PRRY SILVAR"CS HENRIQUE, todos do
1~ Batalhão ae Infantaria Blindada ( 12 BI3), e. :fim de que oejan su!l,
metidos a exame . de lesÕes corporais, bem como o subsequente cncnmi-
~~amento doa respectivos laudos a êste Inqu6rito.
oa.uda.çoee
N
f' OI'ITOCO~v 4
Ent~ [ .... ~---f t,
1
f N.• I o8q
' - - - - - - . --·- ..
I Ex - 51 Dela Cav Bld
152 llCMeo ( R Rec Meo)
Rio, GDt 31 Jan 72
Of n9 005/IH CcJ. !UI..IO ORLA.lillO riBEIRO SAg
PAIO - F.ncarre do do mJ
Sr Col!landante do 12 Bo.talbão/
de PoJ.!cia do Exército
..
cio,o auto de corpo· de dc1ito e autopsie do soldado RO~TO VICEN-
TE DA SILVA, do 1º ~IB, faic cido nesse Hospita~ dia 24 p . p .
CERTIDÃO
-
v<:, cunpr-.lmc.ntoc ;t-ie o depoente re c ebeu en fnce lc
ç<... o c c Jrri;l?. no ~ i -: ~4 de dczer::bro ú 1 tino ; c.tue , int::: iro u-.>e da
'>U'J. prom.o-
::.::ben.-
.to , lnc :.uz i v .; que eDtava acnc1o c:)lOc'"' ln lh....,~ .2;r'1dc n -:;. ::._uele l o- /
cal ps.:>:.:l cvi tar noV<?.G eV'O.sÕ.:-s ; q_.Je , n ã o fo i conu.nic.., Jo ao de-
•
rocnte tercn ::: i d o à i 3p-: r ndos t i rof' , f!U<J.n:1o c1-: fu_:;']. Jo Sd :BOTE-
L~~-; , f!l·C'o t_tuc i gaorJ.v%.t ~ a pre-:;ente chta ; •: uc , no -lia J 3 de / -
1))~1. ol- ~"n~iro, cê rca das l O hor1s , o';tava o Jo::oen to para pc.rti r :9c.ra
(f a ,} u:Jn':'.1nr3 , ODüc i 1•i a :::.pr e::entar-s c por ter r es.ss·)..mido o co-/
r.-.o.nde> do 1 9 J3I:S; -:_uc , 'J.prc-tavn- ;c :9- ra p·J.rtir e ::::.p6s fazer W"
l>J.nc:1e no _,_.. e :'c i orio , di v i sou o carr.J :lo C::-.!_) l'"!I"S3uS c o::-2. suq ,-/
i r: to 6 , com .:: esp3.:·s. do C;:.p iiT ~BUS em. ::>eu interior , 211'J,U8.T':o
ê.::;te ..::.l tino ::;ali e i t~",rc;. !l O Ten Cc l GLAD:::;TQlT:G pcroin:;Õ:o ~J..,.::::•!J ~v-l 'l-
j,..,.::.... >, Gu.., nabar2. ; :,:,ac , o de~oc:nte nr>zoc .i. ou t~l -.liag"cm, no ver n
-
(;, "1~- .... do Cap HI~BU"' }~- rc:ceh tc oper::-:-~ .J c i r ú r.:;;icr: -::_ue ':'. LIC:Sm:J.
-
b!.l'\-i:-, ~ido ~·Jbrr:.cti d<:..; CJ.\.le , :.1'1-::ucla oc~:: i,~o , 0 C'1p :L-IT~U 8 ')?.!'ti-
c i pou. :::0 d f"\!."'O~r4te c f u ga d oG 0ds J:o:··~ \0 e · ··.~.?:DE.:"{L-:Y, o 1u0 de i-
""
xou o dc-:_~oont:- -'v r cme nà am~ntc :-:borr ~c i do , ·;;.o ~e i tan<Jo •J.ll"..l :u.er
ju~·ti fi c :::..ti -"-n do ·J·""'.p liT -:1JG '""; que , o Co.p IITETIU3 i nforrJou · que n.
e quipe <1:::. 2a ~cc~ ::: o G ~; t'"'·vu ou::: c ::--; irrten~ i vn.s par a locc.1i-
à 'J.lY1o
~uc: , :> .:: _;:-ocnte .Loi
z~r '::].Ue l es Joi s ,'J o l dqdos ; GU'1iJ.U0ara, pn-
~,.., o~ fins j~ mcnc i on~do , de 11 r~ ~r cssonlo ao fi~ a~ ·~arie, di
ri~inQo-so ~ ir0t~oente parn 2 su~ -~s ~ · 3 ,~ ia, onde cteco~ :::o
eccurc: c er ; que , em ~un. res i ~~~c i" ú.: -< o • ,..: j .'\.1- "t 1"V1.
.:,
.. ,.., -'"0
V.J.,
~ '1.(~0
- - - .l
buqucrque :,oli c i t-;nclo c. prc .~.=nç:- ~~o ,1epo2::1te no B:. t c.l :CJê:o , ::~o:."q_ue
v.-:n _.. on ::>ol d'". :os pr e~oo b-:. vi " í~lcci do ; -~.w , j1 no qu.,rt c. l, r eu-
"'1 .. ·1o b~ .. r.-~ elmo-: Jo, r,:')o;1v-:J
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~t~::.l à.:·~erc.inou u ·3!''"D ~: r:~ . i r Jo
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ordem ,,,., ...,c ,- '..,+(.-
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/
1e in 2o. ,..,J.çocs
.....
,. ·-r.
.J...., ~~~f
.
. ., :'"\ ·s:: co2 o nr:ce .... -::~ ,.,io c .::-í cic ; ~, ", ' f·.( c i l 0'J.tc'i- e::- o - uc.n"·o
ia , tomnc1u
no ' i.., 17 de ~ .... ,~c ir o à c 1972;
3. ~ a,-ooni;o :~ '1"0 c-~i-,cro., ~.- " :wnto, :•o_·~c~5e
::'éri::s; ,uc, .:_-... -:;~u.-·iv~ a :>:>ef'"'rir'lo F'Vi~h;..;o ·<-'oi ~ÍJito, '"'O t-:!!!
.,..
... G do "vun IH.~ -"'P..l~c. n. ,. ~r.J.r c"~:_,.' · co~jtl"'"'. c. ';e_--;L~r:::ng:;,
- ::,.., ci ;n:-.1, COi1-
e.:;~..l~'l.-1;,!'"' •lo 1~ 131""3, o ,..~~:'Cl""ntn l.prov:i -:;0L1. ;-: ·"te ..:10 :-:'"'~.-2.;..]-:::o, po-
r:- 11~;.--. j_rr~t<l...,r '"'.1:::t de iYJ "'truç~"'s, ~ ,,'1 ::c: r-"..cio-: '"'tr·i~.i·"'re-:: c1c
-'
crrta OC';~ÍRO ~Oi rr')~ur-~0 rcls.
Jo refcl"'2. " :::> prê.::c, :'ic...,n-=~o coDrt':'7.flr'To r:_ue :~a.::1 ocorrer'"' ~e·r:::.-..i!J. 21-
:;um'"' 0 8 ÍITI :uc :1 f'.:'"'2sa, -;om ~'"" r.:lgf?IDUS ll1:l tnnto Tp:::-rtr- àn.s, êle
nosr':), C''Y: eç~:rn :'Or e::fr: :-;.r ccu~ bro..ços, 9 .fim llc ~iíl:ul'1r c2v-í-/
cics; ·uc, ·-ô~re êP.s...= r._,.,~,ro :f"' +o fo-: i~,tcr~·?l"r10 pelo então ::::~t
da :D:3, o Gcm :r.~~)qr;, :21 ~_ ...__.,1 Vt?io " O 1º 3IJ3 , -~·~t e ir"n(o-!:~e ê2e }_n~6-
cl,.., pr>r~,:unt-~ -::_ue enscj g, esta rc"';-oF;to., SOL1'bc o ·1ej?0·::?11t(? q_ue 0co~-
rc:u -i ~u J.·:.ç;: O :1o :'u._;~ d..c ~O:~Ç-~0 L ;_.,. _!\)-'":)""":.,. ., ~""'~:", U."TT." VC7 ~Ue O" T'!GS-/
MOi' j -< ·:';.·'i.m:i L.O ,...Í'i ~':>, CLrÍ1'! , r;~·:r:lcll-'~(' ""''Ori1 <"'')U:,0 O r11"'\:oentc QG.
r.10rt~ "~ ~;.:;e" <::<o:!_~..., 40'"" ': rlc: r:_ue a fUb' HO T.lC'_;r;l() <-'Ôr':.
pela c-~nipc ]o C··p 1'T ~FJ3; \t·-:c, i:J10r'""~clo c. ~~o:-.·!;e ele "':OHÇii.S' c de
p~-
r~ ~ o:rrer:ent~ç:~o ou p?ra a c':::..y-tur:: dos "~""s>~T.:lC''~, lJcn cono -')o Scl :30=
r:l,::"_-c.:o; c;_ue, :.i'lc2.D"i vo . . .oi pl:'o~ur"' " :> pelo ~ ff'~Íliarcs -los 31.:::-. J :O~T-
'c-,..,_,
-' - - n:.-
.., u~ 1· ~-- ·" 1· --rn'- ....r-_, "'-"' !"_ r'"'.· ·-·• e...
.J..~-r.b .t'r"' 1-=-., ....,..,.,.,ul'"'r"'n
~,.. o.. "'
"n~ 1 O<::' '
···.:. "'" -
oc!"> íon,
~~i.J.;._ ele: ~"i.,tu~ s e .... t-1 sc~-;:'rc ~Joc -ri:-;o,...o-::o ce>ntrole -}o :::i··ca1 Ar-1-
--------
...
r.-tÍJ1Í'".:tr:ti·,-o,),
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C7CCÇ'J.O r]!J,S ·vi:::.tu.~"J.S ~ ~or-.-iço 1n °8 Secçõo, r'loi~
~2 c; Q_,j,_:=..-=a_~"o.:.~:·=-----
J:;SIEL GOM:SS RIBEIRO lQ Ten
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ntr"' 1
'"' = ""':>id~ ne vi"'tu.r3.G 110 .u"~tel, fo:."': ·"' o
~----r.-:>.-'li_ ro!J -1-C '10'""'1<'11; "'''lC, 0 c-:;.idr-1 de ·;-i::l"tur-:c:! r:n ho~r~o :10:.""E,...,l é
,...,utori ...::'d::> _elo O+'ici~L-d"'-:DÜJ., en:u:::li.'tO :ur ,..,.s "'"id.,.; "f::,.." :'"' C7.-
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'"'0 L.. tro,,.,
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;,-iz"n'""c-,
u .....V---.1.. --·.;1
.........
ucrco de que , anse""'c~n.;
A •
... ic'"'nte e ir'T1'J0. de out.ro ~ eri"'oso tr.. fic-:nt_ ·lc -:1c.conbu, conh~ci
rlo pele ,,ll ;o r1e "CAPAR.~", f'l}.a captura c r!?. tr"J.ncedent'l.l , , i,:o, /
;s~#:: ~~
2. sua c2ptura era transcendental para a averig~~os implicados
no uco e tráfico d~aconha dentro da quartel;~ Sd BOTELHO
era ti1o cono elemento peri0oso; que , ~uanto à saida de viaturas
do quartel, deseja bem esclarecer que, em se tratando de saídas
normais, a saber para fazer conpras, socorrer outras viatur~as «n
q_uartel podem ser autorizadas pelo Oficial-De-Dias, porém, a sai-
do. de vie.turas a fim de atc=nder a solici to..ções da Polícia Rodovi-
é"tria, quer para a tender a veículos de outras unidades, quer para.
socorrer veiculos particulares troobados na estrada, deve o Ofi-
cial-de-Dia pedir autorização ao Comandante, ao Sub-Comandante ou.
ao Fiscal A a.mlnistrati vo; que, a fuga do Sd BOTEL~IO nao·;foi comuH
~
--
na casa àe um O.Lligo, em Volta Redonda, quando lá chegaram o Cap
--
NI'SBUS e o Ten Hiranda; que, o depoente ne.o se recorda bem da d~
ta, porém, recorda-se q\J.e 'oa38Ui1to tratado foi a realização de
diliGências pc.ra captura r um. traficante de maconha de nome ·..:rLSO:t-~
contra o qual j11 se realizara uma diligên~ia , sem êx_i to; que, na-
quela OC<:!.Sic.o, voltou o Cap NIBBUS e o Ten IIIRAI'IDA a solicitar -
permissão para efetuar diligências a fim de capt\J~r o cit~do -/
traficante, responsável, também, pelo uso de maconha por solda-/
dos do 1º BIB, dentro de seu ~ua rtel; que, o depoente autorizou
--
~Cap ~ITEBUS que efetuasse esse. diligência, pe1~ane cendo o depo-
trega 2.0 3º ·Sgt PAULO CES.ili ~'OS S1:...rrro.g ' co 15 ~'"1 :l c 1-fec' a cópi:'.
do D.uto Corpo éle """'c li to n c~ue foi subnetido o 3oldado ROB2RTO I
VIC . . . 11'1:'~ :9::~. s- LVA' ê.o 1~ 3ID' f n.l ecit.J nôste :-:Jspitc.l' no di a 24
do corrente 7"1ês .
2. Outrossim' informa [!Ue p0r csb:.r depcnclonco do resultado
co ~xnne nistop~tolÓgico remeterá posteriormente ~ cópia àe n~
(CÓPIA)
HOSPITAL CENTRAL DO
Médico- Leg?-t
,
por delegação' do senhor Gen Bda Meciice Dr. RUben de Nascillente Pai va ,
•
diretor do referido ho"spital, comigo Ant•n1• da Cesta Pereira ele Brite , lQ Sgt,
,
Esp. ele Saúde
~
,
serv.indo de escrivão; os per itos nomeados, doutores Quirine Pereira Net e 1Majer Ma-
dice e Rubens Peclre M!cuce Janini , M,41ce Legista •
.
t ( - '
resultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofendido de poder exer~er o seu
trabalho; ao 6.2- si pode a lesão por sua natureza e sede, ser causa eficiente da morte
e ao 7.2- si foi ocasionada por imprudência ou imperícia na a:rte ou profissão d..o , acl-!sado.
' ..
- -::o;;......~...,;;:-"---._ - -, ~~~- ~'-.o...-..;'---~--=--.,-------
-
&as na face externa des braçes,face externa àe antebraçe esquerde;
face ranter!er das cexas regia• ãelteiãeana
' d.ireita;regiees dersa- -
is e peiteral esgueràa;esceriaçies irregulares recebertas per cre~
cenclu!ae ;ste laude àe exame ie Aute Ce;pe ae ' Del!te,gue vai assi
nade e rubricade pela auteridade que presidiu • exame,peles perites
nemeades e pelas testemunhas referidas que assistir.aa • exame
,
àe Saude,servinde 4e escriva~e -
e seu in!cie cemige,Antenie àa Cesta Pereira de Brite,lQ Sgt.
e
e mandei 4at1legrafar e que
t
Esp.
de
tude deu fé.llh Francisca Meurãe Carrllhe Card.ese,que e •atllegrafel.
Ca).Dr.Jesé Amade,Majer Médice,Chefe 4e S.M.L.
,
(a)-Dr.Quirine Pereira Nete,Majer Med!ce,
,
<t)-Dr.Rubens Pedre Macuce Janin1 1 Med!ce Legista,
(a)-Antan!e da Cesta Pereira àe Brite,lg SgtoEsp. de SaÚde,
Cal-Francisca Meurãe Carr1lhe Car4ese,tuncienár1a,n4Vel 13-A,
(a)-Jes' Pereira I,Aux de Pertaria 1nÍvel 8,
de Aute Cerpe ãe
CONCLUSAO
:
DESPACHO
~AIO~
Cel - Encarregado do ~&,. /
•••
\
R E C E B I ME N T O
Servindo de Escrivão
r
CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
.r\os três di8.s rio
centos e setenta e ~ois, nesta cidade do Ric ue Janeiro,
~studo d~ Guanabu ~, n~ ~uartel do Décimo Quinto Regime~
to de Cavnlaria ·'"ccenizado, nrc5=:E"
- -
1te Cel Cav i'.'!.ttrJO "::::'!-"N
DO RIB~IRO SM'iPAIO, encarregaclo dês te inquérito, coni3o/
1º T:n Cuv J~SIEL GOI~S RIB~IRO, servindo de escrivQo, /
conparcceu JOS~ AUGUSTO CRUZ, cabo do Exército, a fim de
ser interrogado sôbre os fatos constantes do Relnt6ric /
Especial ie InformaçÕes m5..me:ro 2/72, àe q_u~torze de Ja-/
neiro de 1972, do Corn~ndante do 1º "Batalhão de In::~nta-1
ria Bl.:.r:clada, que J. .... e :':oi lido. ~m seguida passou aquela
autoridade a interrogá-lo .la ranneira se ;uin te: qual o //
seu nome, idade, filiação, estado civil, .naturalidade, I
pôsto e a que corpo o militar pertence. Respondeu que
chama-se JOS:ii AUG"u~'.rO CRUZ, com 21 anos de ida 1e, filho/
de José Pereira Cruz e de -ayde Peres Sampaio Cruz, so:..-
t-:iro, naturo..l de Volta Re ,onrla, istado c1o Rio de Janei-
ro, cabo do Exército, servindo na 2ª CoMpanbia de ~uzi-/
leiros do 1!1 :aa talhão de Infantaria 31L1dada; pere;un-tads>
c~mo ~c dera onarrado no ~elEt6rio Especial de In-
f~to
-
que tais fatos ocorriam na &~o3 sujeita à adn:nistraçãol
o lQ BIB; :ue, essa convoc ç~~ ocorreu em v~rtude me8mo
do se=--.r:.. ""O externo ~o ,epoente, serviço êssc que enseja-
va conhec~rnentos aôbre trafic.Jncia de entorpecentes; //1
!ue, devidamente auto~izado ~010 Cap IITE.BüS ~oi ouvir os
in5iciadoc ArAHECIDO, GO TZAGA e =vALDO; -,~.ue, o de~-o0nte/
já tinh'l exato conlcciment~J de que ês ... es -'c.r~s cl:;me1tos/
er-.m .riciados em nconha , r.JOti vo ;elo qu~l causou a· orre
cin:.ento a.o "epoentc a nce;a.ti-;a daquêles t!:' " s; _ue, l;nica-
~ente r- a obter daJos necessá:ios a erradicaçã~ üo trá-
uns/
tap<J.s, uns bolos de pa111at6ria c
ro ::10 .'..:'A-r~CIDO e 2cu uns ta:::>2s no 8-Jr:ZAGI\ e no EV.\:SDO o
~ue le~~u à obten~~o da confiss;o ~&ss4s ele~~ntos; di8-
se !!i:1cb o dcpoer.te -1ue o 3d G30I.~-'-~ apanhou mui to de to-
dos os c::!.e:"entos d8. equipe, ~-:rin~ipo.Jnente J.o Jo.p ~IT~ü8,
-
" ~-.-y ~ç 4he
u.GS 1•1'..,.-~ .q ,
·-~ .,,..........,1"1.,.. 7."T e .,.,.
V"·iLJ.J:,_'\.LJ.t..J.
,......,_Tr:-1.,..,
'; J.'...iLI -.
.L"J • .!..ll8SC
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O.lllC~2.
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C~CPO•:?TI Ge;
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,_rY:i..::c c.:... r r: ,...:.c ~-;p , ':!.c:c ~:: _._ i., -:::,:m.:1'1at1~ '-".:.co t .., rde,/
c-:- eça e '"'S "O"' o ~,..~os . n ... _.. su.:;cstão 1-::> :cn ::I:-_,._:-
... i.lr" :'.,l"OU, o :;~ . r:2IPc:< .... ~ ::::e-·1 ·'I-•.A:~7lA s--~ .... ..., .::~.!11 c p:-r-
c-l"'l"Cl'.::u:l o terreno cc- 2--nJ- rn~, qu""'n o o Te.1 T"'"'l.'I.~TDJI_ / /
om. o Gup liT~:Y...J'"' . . oltou
-
.,_,., -·-c ue -:s ~le
-
:.. equipe ter co: .., .:.; . . . do
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~'"'ra":).
ac
~cl "'-;rr A:' : ::~ ""GC.n.do no.l e o ""':lp ~"'I~U3 :mo topou ":..zcr , 11
_u.e ::."'"'--'\..,..,·.-.-'i.'"' fu~·ido -':'"'r:-bém. Po:" volts de. .... ltr30 :wr-:s~
.ri~ o )cr·t;o v.-:n in.au6ri to c _qu em iri~ r.:res idir o :i-1 auéri to
seri2. o ':'en Ccl GT.l\D.~~f"l~ J)isse o de)ocnte que nao foi/
/i lJ.terro~~ · o ~elo Tc:n Ccl J.:!:._:.::--sm0----:, e o rcst"'nte rl'1 cqu1:_
1
I
cl~ra.çoes -::1or cscri to pn."""l o ~cn Cel, c enqU.'li1to crf-·:rsa
.. ·~-:2 o i7len ffiTIX ')a tia oc- · en:.i'""~.n..L.~ I o os ê::-- -es :iepoi- 1
.,...c'Jtos fora.n nonta 'los _llC:lo C.::.}) :-r-r--ou::; c J:cn -!::_'i..22.ft, que
inclusive fnr "stram o dcpo~e~ di<;0, o 1c""'"i. . . ento ::..e UJ'1EJ
,. , c donn :;o;r ·r.., t•1c1o -..ri.sando .,....::. .,-.'lr c. fv za. .da f:. 1Jrisi
l .
t~l
fb /f~~
apurar a morte do Sd GEOllfAR, havia sido ~pela 5§ //
Bda C Bld, o Cap NIEBUS perguntou ao depoente se o mesmo /
conhecia o Cel ruu~AIO, dada a condiçÕes de ter o declaraa
te servido no Rio de Janeiro; que, o depoente respondeu//
negativamente e notou que o Cap NIEBUS continuava a~~
nervoso, procurando aparentar uma, calma i~existente;~Di~-/
------- -
Segundo apuro~ o de~oente, 'estes depoimentos foram feitos/
- -
-----
pelo Cap NIEBUS para servirem de declaraçoes no IPM que se
-
ria feito pelo Ten Cel GLADSTONE. Disse ainda o depoente,/
-
ao lne serem mos~adas as fÔlbas 28, 29, 30, 38, 39, 40, /
41, 42,43 e 44 do IPM feito pelo Ten Cel GLADSTONE, que os
textos eram idênticos aos dos depoimentos que êle havia ba
tido, sendo que os constantes do IP.M, deveriam ter sido da
-
..._ ti lo grafadas por outra pessôa. Disse que, no dia 20 de Ja-
neiro, o depoente tomou conhecimento através de um Sargen-
---
to da Unidáde, seu particuJ.ar amigo ( Sgt ISMAEL), que o I I
Bispo DOM VALDIR CALHEIROS DE NOVAES, Bispo da Diocése de
Barra Mansa, digo, Barra do Piraí e Volta Redonda, havia I
feito questão de celebrar a missa de 72 dia na data ante~
or, em sufrágio da alma de GEOMAR e que no seu sermao, de-
-~
!])f; (~~
conforme, vai por êle rubricado e assinado~estemu-
nha e comigo 1º Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, servindo /
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de escrivao, que o escrevi.
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MPAIO- Cel
Encarr!gado do IPM
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r';es dados por · br .:..J e:"' .ieira, pe~~_:, ·r;t::mdo oun.ntas vêz0s o
0.0
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dcc::!..arante h-::.\rio. fu.:-:1auo . Em s~ ....... iJa o 1ien :.::I!U..::'JA di::se(
-tepoente que o D':'via cha.ru::.do paro. fo.zcr L..ns ctJ..ra"'civos
alguns .::;olJ!"., '1"" _ue havis..m b1 i..:;-:- cio entre si. Disse 1 1
oiz-J<lO. ':_lllC 3e encJ."J~rc.vnm. r_o c..rquivo os segu1.nÇes c.le~en-
l~o: :..'..R e oc.. ·:ros qu..e n::to ;:c :.:-ecorda 'J~ ;J ..... J1J.E:s 12 que n;.o/
con:·~ece " .. l'J.iori:;. pelo nome. DissE; Q.ü'- fêz clJ.r'1 ci vos no
Sd :\. . . . _'_::::;,::,r:co que m.= ~r~~o11 t;ravn '.::::s -'.:::.ntc ; ,::::.ch...!co.do; o
3: . \:'A::~:-GI_i) c!·t::va con o.rr::..nhÕt:cm L:v..i tn.3 r1.ecas !.':>x:::.s/
peJ.. o cor:9o e cortt~3 -:i_U-2 cstc:.v~.J!l s::.::..~;l,::ndo c ;Lt'. C?nquan-
to fazia os f'eferi elo::; ctn...: ·; -.r;:;s ou vin o i~n ... ~::.·"--DA di-
~ois ...J.i- ~ ~-
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eLfel...,~: =-~, o ,'?p:Jcn-te 12ncontrot1. o :;- p J\1"";"1US qu2 pr::r-/
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t,e cs :.~ ~m b<Jst"nte --~~!1~ c..., "'0s. Disse o r1cp ente \I.UC/2_!!
cn1u:::.n~.:;o ~azia :;ur ...:;i -,ç; na c- "CÇo. 1o _'_n_\. -_-:"'r~o, " "':1-::s-
"'J o C...,'Jo
se Juita o · c:"locnte :oi po.r8. o. .::'11'"1.. ·1e i LJ-.'
t-rucão ~l1'1 C :Jc c:·contravc.m, o :"d -;.~o-:A::, ;:-: iaril~ clo '/1
pro~tanr1n r1r:-~J-s.ra?·Óes ao <:t~t :_--:,......,-<) ~ o Sd ·-n·;"ÃO ec-
:?ic')·; c--rc.:r"l ·1dO .õen~:Jr o ,. .,_,.,.,..., r:esinha. :::;j C"~ \:' qt; ._, er.: "'?
_;uid::, c'-:_.:;cu o :::.p ·rr ~r ~ -:-_t;_-; ~ ::1.r·nou ... so,..,,... c..,r '"' ::-., 1
t-.;r "'riste o se
.
tcn o rn::ns . tn
;n.:-; .(
-=-p-..~s
"' -L. c '·:La
0s , .
o rcicr:i.
.... ' d o so d'1élD. Lis
,.
se o dc:?ocnte u c . r:: o _,.; :-• 13 ~oi c• tra vez c~aM~ o ?C
di~-
::;e !"li'!1da uc
e v; .J-.. 11~::::' ~uc cota-,rCJ:rn bc::;tunte -m:> 0.hucados, sendo /
_~'f,\.R
-
~ cnf·~I'I:laria pal~a onde "!i2'"'bé""'l. se cmcardnbavc o Dr 1tr'u-
CO • qt:e o :Dr sepo.rou 2 arpÔlas de Cornto11 e mandou que
fÔssem misturadas no sôro para a aplicaç~o no Sd G?O-/
oZ~
yt;;J
-~~<
~~~~
Mil'?..; q_ue ao ten-';ar c.plicar o sôro não ~iu ach"if1~
veia.. que pc:rmi tisse tal aplicação e que GEOI:-.ATI. vomitava I
mui to; c: que saiu em busca do Dr -rm:rco para cl'J:lunrcar ês-
se fato; gue ,~l,CO'ltrou o Dr fRICO trocanclo 1e roupa( ferda
para traje ci\~l) _ e ~e o mesmo, ciente da imuosnibilida-
de de a.~licaçcio do sôro na vr=ia ma:tdou ç ue o rlenoente ·vol
tas se e fizesse a_plicaçno r1e uma inj ecao c1e "Cora"!;on" c I
uma r}c "1::spasnot'lex" no DÚSC\..110 de G-BOKAR' o que foi fei-
to; Q.UC! c Sd GT:('I"'~.:i. -rz, n.proxin.ndomcnt·e cinco minutos ar6s I
as arlicaçocs veio a falecer na su.2. -yresença; que imedia-
tamente saiu do a!.~quivo para comunicar o fato no Dr :cP..ICO
tc:ndo (?nC011~rado o Cb ~-r:I~AS nas proxinidades, no r:;.ncho
tendo 'li to a êle que o Sd GT'Ol~l\.P.. bo:via faleci :lo . Que cn-1
C0U trou o J)r rnrr;o ainc1a ter!!linanào de se arrumar para II '
sair, tenc1o í'Onunicn.c"'o nl1e o Sd h'"1Via falecido; q_ue o
Dr NUCO falou. ~L:.:? 'Y}n."'ir:.r.J :='cito tudo :-·era salvar o Sc1 GE-
OJ.Lt\TI n:J.s, ii1felizrwnte nê:C' tinha sido possível; que em se
e;tlida, o :Dr ~ICO mandou q_ue o der,oc-mte entrasse eill seu//
~
r~ .. _-;no :-.I"J:J:n;
( ~ .~. co.rre.:_:n.J.o do
::r:r:IRO- 1r ::cn
•le 2s cri ·.-no)
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/'.. '::>S q_t::..a:~ro üias do .rres de Fevereiro do o.no 'ie n i l no-
vcccn~os e seten-v:..~ c -Jois, ne.1t2 Cidade lo Hio de Jo.nciro
no ~uartel do :0écino ~1.-i T'-o Re.3i ~en.to ele Crpr!J.l::ria ~'.~~'c:c-;.lli
h8. viu ~orri do '..1:":1 soldauo, ·..1u.ere ..1.do r-:?ferir-s: "" · ·J... ~Xo O v.
.t2 r-: ~ j ... J J.J.." 'Í .,o ' .:aquêle:o.; qti.e .;c encontr::1 r r.'
cc.~-:- ·:r~:aus .!'ela t,:r ac
r J.::.n2 j c. r1 o sir...v.l;::.~" uma fi..<.ga d&o:;c
~ fir: d.e durr-.n
~c ~ noite ~ctir~r o cor~o ::. fin de ocu:t~r d2 quem :uer
ro:Zcriao Jol.tal:J; c~ue, 8. c ::n:.-,e .rsa 1
I
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do 'J~p :rr~:~U3 ~om o :::'0n :; .l G~'.. -;):_·ilQ·;z, p r . _, _ e;::. "..u:~ ;;e la,'
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v-:::cei1 . . . "'S e se tente. c dois, ne~ te. cidac1e !lo :::i o à. e Janeiro,
no 1ua:!.""tel ~1o :Décim.o ~uinto Re ~"inento Qe C~vcl-:ria IIec~~-:i
zado, p.r..::i :-ntc o Oel 0.'1..7 1'""_(!?10 OTI.ü!'.:T:JO TII1JEI:JO S!ti.:.?P.I':J, /
----
_/r.:-.:L;HO LUIZ,
---
Volto P.eú<>-1::.':1, ~s vê::cs p<J.l'::. o baile ã.o I7~u_tico, u:-.12 ,.. '
Vt. ;:,/
ZLe :::!L.'"G.\, co:- o q ll.'::.~- o a.cpoen ~:;~ pe>ueric. adq_uirir ;._ .lCC' 'f1P
,e 1 aente tinbn.. Jinclr, cli-
r1c d::-vo. n.
'Y
_;o, Ji11~ei:co ~-a_;~_y .., qU'"~lldO :·~o .~..L1tK! o ~J?TG_
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r o bai le no Clube "los "?L1nCi0~1tír:.os ela ""iderúr_:i cg_, na
f!"' rmácia JOFIL, :u.e foi ~-'-6 fec,... ';l.da; que, "" e, e !'(; spei-
-~o ocorreu LJ..m f~ to -ui -'-o in-t-eres 3ante em p_cm:J. luz do -ia
nu época do cQ.rrav...,l: - "achava-se tL'Ll ~rJ.po de viciados I
e "Br.-n:rriAS" n'1 fr'?.1tc dn M.)T.ICA, lugar a_ reunião r~c I!
,.
\d. ciados, a uanõ o um deles corocçou a [;ri tar ".-\1 V3T 11 A R.I\I-
·-g. COH '::C'>~A A ser A. CC~T~ . n;'..!~~"~ ,.,~8EB:s-n A ··~.Ar':!.." • ~ VO- /
C~~ 'KO TIQFT.J:T EU VOu S Zil- TO . 1 T'U NA:;)AHDO ~mSI!O II_Q ~·-CON
TRO DA Rl\_T''TTI\. 11 • E, apesar rle s0.un colr.>g;t:='s ~cntarcm ir:pe- 1
dir, C -~cia"io debaixo r1 s::.ue~ '"'ln~i~"l(''=' O tirou tÔdll a 11
roupa :eica1~r1o de ounga e ::'az cndo wn gesto d.c quem vai se
atirar de LlJil •-r~ Jlim clcn r o '1 ' 6.-.·uu, meret-"tl1ou da calça-
d~ ~10 meio da rua , onde rleu aln-wnas braç<;:.cln.s para desm.ai-
ar em seguida~. Que , eziste uma boite n o boir~o do A:~:~Li
A A
presente depoi -·ento ::ta:l.Jando l?...vrar c ~te termo que , iepois
d'? :.:.do e achado confor""..- , assina coT!l. o in ~ici'J.'1 'l , com as
Tes-;;emunhas abaixo . . ue '1."''1in:.::.11!. o rese:::1te têrr:o 1epois de
ouvir o in ,i-..;i:.:1o declarr-~r que t-TI-Jém. o +'2'3 oem qnalqucrí
co- ção c :lc l:.. ...-.i"'e c e;~rontô.ne~ -.-o __ -:;.., ~c c cv ,l::C> 1 !2 ..... €.1.... / /
,.,
Cav J:::':I~L ..:-o:--::::;3 ... I CI20, s~:..rvindo de cscri -r:- o (!Ue o c J-;I
crevi.
~~~~--~~--~~------------------~~~--------~~--------------------~--------------
JUNTADA
,_ J
. . ~---· ' 0 I - -,
~ I .. -· '-.J L._ ..)l,··. l;.. -: -..- .,- J .d ,
l "..., v. I '
- • ..:; • ' • -. 1 ~ \ •
- ' I '" I .__,_ \
'' I - I
~
w
I MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
EX - V~ DE - 5 " BDA C BLD
PR TMEIR d BATAETl. O DE INFANTARIA BLINDADA
····················---·················
··················
········-··
-········-··
············································
·········--····-- --·····-·············
··-
Do Comandante do 1º BIB.
SUPERIOR TRIBUNAL
..
Senhor Comandante :
U GENTE
Mod. STM-fl
Exmo Sr Ministro Presidente do
•HABEAS-CORPUS"
IMPETRANTE a Bacharel NEWTON LOBO DE CARVALHO
PACIENTES: DALGIO MIRANDA NIEBUS, PAULO ru;YNAUD MIRANDA DA SILVA, SI-
DENI GUEDES, CELSO GOMES DE FREITAS -FILHO, EUGbiO GONZAGA
- v
TOJUZ 1 PERY SILVARES HENRIQUE, JOSE RODRIGUES ALVES 1 NIL-
SON SENHORINHO" MARCATO, C!LIO PERREIRA, LUIZ GONZAGA" FERE!
RA, VALTER SOARES DE MATTOS, EVALDO LUIZ LnL\ 1 S:!BGIO AMO-
BIM VIEIRA, JOSE GET11LIO /NOVO PAUFERRO e WIZ ANTONIO GAR-
CIA NOVAES.
AUTORIDADE COATORA: Coronel de Cavalaria M.<RIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO.,
Comandante do 15G Regimento de Cavalaria Mecanizado, sedi_
do em Campinho, GB .
1 - BREVE RELATORIO
A digna autoridade coatora, designada para presidir um 1nqu6rito
policial lllili tar, solicitou ao Comandante do li Batalhão de Infanta-
ria Blindada, sediado em Barra Mansa-RJ, Unidade na qual servem oe
Pacientes, fÔssam êstes encaminhados imediatamente, prêsos e sob es-
i "
1q&
J;;fJJ .
4v
colta , à presença e à disposição da autoridade co~Que os
Pacientes malgrado a posição declarada de testemunhas, foram
encaminhados e apresentados àquela autoridade coatora, onde se
encontram até o presente momento, presos e incomunicáveis.
Evidentemente, a atitude tomada pela digna aut~
rldade coatora traduz - se em n!tido constrangimento ilegal, até
porque os Pacientes são meras ·testemunhas e, nessa qualidade,
serão ouvidos no inquérito policial militar e ainda que fossem
indiciados as suas prisões teriam de ser procedidas de ato for
mal, regular, previsto em lei e devidamente fundamentado.
2 - O PEDIDO
Dest'arte , como a prisão dos Pacientes consti-
tua constrangimento ilegal, é a presente para que o · Egrégio I
Tribunal lhes conceda uma ·Q?DEMEe Habeas-Corpus 1 se por all
não estiverem presos.
Requerem, afinal a intimação da digna autorida-
de coatora p ara que preste as informações de estilo , que lhes
forem solicitadas , no prazo concedido e sob pena de responsab!
lidade .
Ita Speratur
SUPERIOR TRIBUNAL
Rio de JWro,
~/ v. ~ .
~~i.-
o/' Em ol I Fev I 1972
Senhor Comandante:
De ordem
. do Exmo. Sr. Ministro
.
Gen. Adal-
berto dos Santos, relator do habeas corpus n2 30 714, impetr~
do em favor de IVAN ETEL DE OLIVEIRA, RUBENS ~iRT I NS DE SOUZA,
JOSE AUGUSTO CRUZ e APARECIDO DIAS MACFL~O , solicito a V. Sa.
informações sObre as alegações dos pacientes, · constantes da p~
tição inicial cuja cópia acompanh~ o presente.
~RGt:NTE
Mod. STM·B
jatf'
E:no. Sr. Presidente do Supo:•ior Tribunul lül1ta r lj
~q;:_
~
/(0
!lEi-JTON LOBO DE C.4RVALHO, bra silei:!:·o, aclvog2.do,
inscrito nu o.A.3. sob o rrº 6.991 e con escritÓrio na
a v. Chm~chill n. 60 a partanento 12o4 ,quer in~?trnr ur.m
6RDEH DE H..4BKL'iS-CORPUS, en favor de IV.AH ETEL
D~ OLIVEIRI\ , 3 '1 sarr;ento, ido!.1tidnde 36-258 464/.11 - RIT-
BEHS l~',ST IITS DE SOUZA, 3(, s o.rgento , iclentide.de 16-405
~JOIA_ JJS~ AUGU~TO c=uz, cnoo, i dentidade 16-720 D78/~
e APA~G"'IDO DI AS l>t~ CTI.ADO , soldado, i do.:1tida de 16-925 03ü/~~ ,
todos servindo no 1 0 Bo.t nl~lÕ.o de I.!Y'"'o.ntnrin :9lindado.., on Bâ
rn Ho.ns~ , RJ c ut unl ;.:Jcnte recoli1idos c prêsos, ao 1 5º
Rcgi:o.ento de Infnte.ria, di.::;o , RegiQcnto de Cava l n.ria Iie-
canizo.do.. (antigo Re c.!.ioc.), en CruJpi nho , GB, nos preci-
sos tZ'nos do § 20, do artigo 1 S;3 da Consti tuiçÕ.o Federnl,
conbino.do con cs o.xtigos 466 o 467, nlineas 11n 11 b"ctt e 11d 11
do Céd. Proc. ~en~l Ililinar, on f a ce do co3strru1gioento
ilegal en sua liberda de de ir c vir quo ven " sofrendo da
parte d .:Coro:1el do Cavalaria :I.l\ RIO 0:\1.-IIIJJO ~I:EI RO IL-\CIIA-
22,, Co;:1::mdctl.te de ja
o.ludido 15º Re ::;iocnto de Caval aria
!Ieco.nizada, cntigo Hec. !Iec., unidade sedinda en Ce.rJJ1inho
GB o pertencente ~ 5~ B.:.."igada. de Cavo.l a ria Hecc....r1 izade. , GJ."lii
ga Divisão Blindada, conforne pass a a denonstrar:
1 - 3REVE REL..'~TÓRIO
A dienn a.uto::L~o.cle coatora, dosigno.do. pa::.~a
. "
pl"esidir un 2nauorito
~1c licio.l. O:Í.li tar no 1 G .I:!<.:..tüli1:'.o dú L-rt'c.i.:t ..21c. :Jlindc.da, scC.ic.do e::1
Bm"':,a Hnnsa, RJ ,. po.r G. lu, se deslocou e, apos , ouv:~.r,
os pacientes, fez con que os :.:.1e snos fosseo recolhidos n s olitario.,
.
.
come t es t ontmna.s
.. ,
.
pre conto.c.:;ão dos Po.ciontes, :)or ofÍcio, ao Coronel COlJ..111do.rlte do. Uni-
do.de, solicitcnc.o, todo..via, qu J fizesse o.presont21.. os !Jeswos Pa.ci-
,. ..
cn"':;os, o.in-=.a naquela dia, ns l ü hor as, rro l5 C! Reeio.onto de Cave..lc.-
ria IlecOJ.1izuda, na G:J, o. f io de s eron os nnciontes ouvidos nov2.::1e.:.1-
TE? COliO TESTZilillTH!'S.
Encaoinhndos os paciantes àquela Ltnidade, ficarnw desde logo
e continuao lá retidos, n
orden e disposição da autoridade coatorn, o ~
auc se constitue en nitido constrru1ginento ilegal, pnssivel do ser re p
pabo.do pelo reoédio herÓico do "hagea.s-corpus".
2º - O P.EDIDO
~-?'í
~
ti No-.rton Lobo de Ca:rvalho
à Insc. 6.991
CONCLUSÃO
- s~~~~~
M.l~NDôRIBEIRo f SAMPAIO
Cel - Encarregado do IPM
R E C E B I ME N T O
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I Ex - 5§J3daCavBld
D 152 RCrTEC (R REC :"EC)
Rio, GB, 07 Fev 72
Of n2 07/IPU Coronel Encarr.gado do IP.M
Sr Dr Auditor da 1~ Auditoria
do Rx~rcito da lA arM
Detenção de indiciados
(COMUNICA)
-
O Coronel de Cavalaria JUR!O ORLANDO RIBEIRO SAM
PAIO, EncaiTegado do Inqu~ri to Policial Militar, manda/
na forma da Lei e com fundamento no Art 18 § unico, do
Código de Processo Penal Militar, aeja mantido detido o
3~ Sargento RUBENS MARTINS DE SOUZA, do 112 13atalbão de
Infantaria Blindada, indiciado nêste Inqu~rito Policial/
Militar.
Rio, GB, de 1972
..---
l?"C1'13
... ,. ·~ ..:..,.:o
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Em.·.
LP~ e~- -
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BOt.EílM ~-- - - - - -
~---~--~·~--~~~--------------~~------~~------~---------=~-----------
KA.lmADO DE PBISÃO
I
PUEL!C/., DO ~
Em~de ....& _ GlG 19 l
SCLETlM N° d 8 l
JlANDADO DE PRisiO
~ a_})
~lliiROSAlll>uõ I
Cel - Encarregado do IPM
I EX - 5 t l3da. C :B1d
l5g R C ~ec (~eCMec)
Remessa de documento
(FAZ)
-
Inf PAULO Rt."'"'YITAUD AIIRANDA. DA SILVA e ao C:l.bo JOS~ A.UGUS
TO CRUZ, e , como envolvido o cabo crELSO GO!.IES DE FREI-
..,
TAS FILHo.; mando a.o Comandante do 12 D1 ta.ll1ao de Infan-
taria Blindada, para. que o mesmo designe um oficial . com
/I
du.aa testcmu.nbas, a qu.am êste aol.'á apresentado, i.ndo
por mim asnm.do, .qu.~ , em aou. cumprimento, áe diri;lanVI
aos á?mdrios dêsseá e1emen.tos, ..a fim de que se possa./I
proceder l . buaca e ~preeneão de poae!veis instrumentos
doa crimea, qualquer prova o~ objetos comprometedores,/
que s~gundo se supÕe possam se achar a! escondidos , e
b aaatm mando qn.c se prooeda. tÔdas aa d:Uigênoi.WJ n.c-
oessária.s e ee empreguem os neios in:d:ispensdveis, como/
sejam, arrombamento de po.rta:s e I.:16veie, de modo a ser
fci.ta a a}Jreen.aão do referi.do materla.l., usando de to.dos
os_.meioa permi-tidos em lei }.XU'a execução do presente //
mandado, incl usive a priooo em flagrante de qu.cn ofere--
N
CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
11. os sete .:.i" r- ~_1.0
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jf""·'·os; cou o.bcl~Jm:5tl <::. -t::tva fl6ciào, c1o::!.oroso a D.J.x-1:·'1 ;:;o 11') , ' /
i'2..'1l,CO lir:-~;;o c o ::í _;ac.lJ ---·m-:nt:·Jo 1c vJ~ ·une r.'1L: IL' .?nos
c:::.. c~ 1e do,;_- :. ::~--os 'll>-:i.Ao 1:t reborc12. costa.l 1irei·~e . :i 1~.--ce
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~:rac·r-o~ t10 ~a · c.:tucna ·~:n . . . rl,a~ia iD~c-118. ou e o ..:t.:."O ··ro-
'::lr~r,l:::l ·le.,..,_,ático, como .;r·c.um~ t::..::nc Jc .:::-.: ado ou '"'.t~ ...,..c<)ro ·:Ul-:t?.
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o depoente que o Cap NIEBUS determinou ao T~NDA que
apanhasse o Dr JOSt CARLOS para auxiliar a necr6pcia,pois
o referido Dr e o Ten nrrRANDA são muitos amigas. A necro~
cia foi feita pelo Dr EROS auxiliada pelo Dr JOS~ CARLOS.
Disse ainda o depoente que nesta ocasião o Cap NIEBUS co-
mentou: "eu sou mui to vivo". Disse o depoente ter o Cel /
Cmt pedido ao Dr EROS, considerado na cidade um grande//
cirurgião que fi, digo, viesse at~ o Quartel e examinasse
o Sd VICENTE. O Dr EROS achou que o referido soldado est~
va em boas condiçÕes, inclusive não necessitando de inte~
nação, tendo nesta ocasião o depoente lhe dito que ira, /
digo, que iria interná-lo, fato êste presenciado pelo Maj
BABRA. Disse ainda o depoente qu.e no inquérito feito pelo
Ten Cel GLADSTONE, poucas perguntas lhe foram feitas, se~
do que algumas respostas do depoente foram anuladas, pois
as mesmas não seriam convenientes, opinião esta do depoeE
te. Ap6s o depoimento ter sido batido, o depoente ainda /
relutou em assiná-lo, fato êste presenciado pelo Sgt ROR!
CIO que nesta ocasião se pronunciou da seguinte maneira:/
"Dr o senhor está com mêdo?". Disse ainda o depoente que
o Cb TO~Z recebera ordens do Cap NIEBUS para que disse~
se que o depoente não se encontrava no Quartel na hora do
falecimento do Sd GEON~R, o que nao foi feito pelo; Tefe-
- I
rido cabo, digo, o que não seria feito pelo referido ca-
bo segundo seuas próprias declaraçÕes ao depoente. O Cap
NIEBUS, ap6s ter sido o inqu~rito avocado pelo Exmº Sr /
• Gen Cmt da 5§ Bda Cav Bld, começou a ter atitudes amea-
çadores, tendo inclusive de certa feita, engatilhado uma
•'"
pistola, na Secreta1~a da FSR para o depoente, fato este
presenciado pelo Sgt JI~NTOVANE. O Cap NIEBUS perguntou /
certa vêz ao depoente onde o mesmo iria dizer que aten-
deu aos soldados feridos, ao que o depoente respondev//
que diria a verdade. O cap NIEBUS espalhava pelo Quar-/
tel que o depoente era am pssim, digo, péssimo médico,
que trabalhava no pronto socorro e mandava os doentes//
voltarem no dia seguinte e que o culpado da morte do Sd
GEOMAR havia sido o depoente. O Cap NIEBtJS certa vêz, //
pouco antes dos acontecimentos, perguntou ao depoente f/
onde poderia comprar um bisturi pa1~ dar de presente ao
Cap Dentista ~fiN, muito seu amigo. Dias ap6s, perguntou
ao depoente como se ao que o mesmo res
abri~ga,
--------------------~----~--
. [{~~~
pondeu que na cirurgia se faz abrindo a pe~~o celu-
lar subcutâneo, aponeurose, músculos, peritôneo, etc. Ou-/
tra vêz antes da morte de GEO~~R disse ao depoente que///
quando tivesse que matar alguém cortaria as pontas dos de-
dos e jogaria os pedacinhos longe, disse também como faria
com a cabeça, porém o depoente não se recorda o que foi /
di to nesta ocasião, tudo isto era di to pelo Cap NIEBUS com
a fisionomia sempre ris onha e em tom de brincadeira. Certa
"'
v~z pouco antes dos acontecimentos o Cap NIEBUS pediu. ao
depoente o seu carro emprestado, dizendo: "o meu está mui-
to man;ado", no que não foi atendido pelo depoente. O Teq/
EIANO, noivo da filho do Ten Cel GL~CIO, certa v~z ao en-/
trar no alojamento dos oficiais, disse que o culpado da//
morte do Sd GEOMAR tinha sido o depoente. Pouco antes do
depoente prestar suas declaraçÕes ao novo àncarregado do /
inquérito, o Cap NIEBITS disse ao depoente que todo o Quar-
tel estava do seu lado (Cap ~ITFjffiJS),inclusive o Cmt e o
Sub Cmt, e que ~le tinha pistolão com o Senador FELINTO //
MULLER que mandaria arquivar o processo se o mesmo chegas-
se na auditoria, e aconselhou o depoente que pensasse no/
que iria dizer e que pensasse também na sua família, poi~
pensando desta maneira o mesmo iria se complicar. O depo-/
ente respondeu-lhe em tom ~spero que iria dizer a verdade'
e que topava qualquer parada,tendo em seguida o depoente//
mandado sua família para o Rio. Ap6s o depoimento feito p~
lo depoente ao novo encarregado do iqquéri to, o Ten Cel // {
GLADSTONE mandou que o depoente entrasse em entendimento / I
/ com o Cap NIEBUS, tendo o depoente se esquivado de fazê-//
lo. Disse ainda o depoente que antes de serem prestados os
depoimentos ao novo encarregado do inqu'ri to , o Cap NIEBrJS/
disse ao depoente o seguinte: 11 êsse Cel é muito burro,pois
o Sd PERY está levando- o na conversar ao que o depoente//
respondeu: acho-o muito inteligente. fiesta ocasião o Ten/
Cel GLADSTONE, disse: "ué, você não ~ mais inteligente do
que êle?". Disse o depoente que no dia 23 de Janeiro, às
1100 horas da mahbã, o Ten Cel GLtCIO, acompanhado do Sr
IRAN, vice-prefeito de Volta Redonda, apareceu no Pronto/
Socorro, onde o depoente estava de plantão. Nesta ocasião,
re
o Cel GL!CIO um pouco nervoso, disse que queria falar com
o depoente, e perguntou-lhe então se iria dizer, digo, se
havia di to em SellS depoim;] S t• nba havidO espancame.!! \
~· f~~
;;;tj?/~~ 1
to, ao que o depoente respondeu que sim, qu~ conclu.-
ido que os ferimentos apresentados pelos soldados deveriam \
ter sido provocados por espancamento. Disse o depoente ter
perguntado várias vêzes ao Cap NIEWJS se podia passar a ~
sita médica nos prêsos, ao que o mesmo sempre respondia//
que nanhum soldado precisava de assistência médica. Certa/
vez o Cap riTEBUS chamou o depoente para atender um solda-
do que estava na sala do S/2, tratava-se do Sd SENHORINRO
que apresentava uma hemorragia sug digo, subconjuntival em
um dos olhos (esquerdo). Perguntei ao referido soldado o
que era aquilo, tendo o mesmo nada respondido, e o Cap NI!
BITS ~isse que o soldado havia brigado com outro prêso. Fui
a 0 Ten Cel GLADSTO~m, digo, O depoente foi ao Ten Cel GL\D~
TONE e perguntou se podia fazer a visita médida nos prêsos,
ocasião em que o depoente citou o caso do soldado SENHORI-
NHO. Disse o depoente ter começado a fazer a vis~ta médica
apenas através das grades, pois sbmen·te o Sd SENI-IORINHO re
clamava a vista, os outros presos nada reclamavam. Isto a-
A
::fljl;
p6s a morte do Sd GEOn~R, o depoente teve oportunidade de
ficar a s~s com os prêsos, ocasião em que pÔdde,digo, po-
de constatar algumas lesÕes, haviam escondi
~ . f~~
do até o presente momento. Disse ainda o~te que n~
ca havia sido informado da pancadaria existente no Quar-/
tel, E como nada mais disse e nem lbe foi perguntado,deu//
o encarregado do inquérito por findo o presente depoimen-
to, e de como assim fêz a testemunha as referidas declara
çÕes, mandou o Cel Cav rJL(RIO ORLA.liDO RIBEIRO SAMPAIO, en-
-
carregado dêste inquérito lavrar o presente auto, que, l i
do e achado conforme, vai por êle rubricado e assinado p~
la testemunha e comigo 12 Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, /
servindo de escrivão, que o escrevi.
do IPM
Servindo de escrivão
TmiO
~~
D~ REINQUIRIÇÃO D~ INDICIA~ ~\~.(..
-
berto a "bÔca. de fumo" e a"moçadau jogou a "nota" em ci:ma/
rt1-·
dile que passou a receber a "propina" periódica para dar a
-~==~~~~~~=~~---------~~· -
f~~ ,~
os
...
presos com o cano de ferro, observando o declarante que
essa violência era tão maior quanto maior era o conhecime~
to dos prêsos sôbre as atividades de maconha; que, o Can//
NIEBUS com tais espancamentos chegava a impedir que os pr!
soa tivessem oportunidade ou condiçÕes de confessar qual-/
quer coisa, porque ficavam imp~ssibili~dos at~ de falar/,\
chegando a desmaiar; que, ~AO e V~ foram espan-
cados tão violentamente pelo Gap NIEBUS que morreram em
poucas horas, sendo que VANDERLEI apanhou. de uma só vêz /
----=----
at~ desmaiar e morrer logo depois; que, ambos foram espan
-
I
cados pelo Cap NIEBUS com o cano de ferro e com uma palma
~
t6ria especialmente feita por encomenda do C~p NIEBOS ao
-
Sgt CORIOLANO; que, essa palmatória pesava cerca de dois /
quilos e tinha o cabo tão grosso que eram necessárias as
duas mãos para segurá-la; que, para maior impacto o Cap /
NIEBUS batia com o disco da palmatória, em quina, agredi~
...
do o peito, no plexo, umbigo e pescoços dos presos; que,
no dia 13 de janeiro, dia seguinte ao da morte de MONÇÃO
e WANDERLEY, o Ten MIRANDA contou ao declarante que tinha
voltado ao lugar onde haviam deixado o corpo de MOlTÇÃO, e
junt? com os policiais de Barra :Mansa de nomes NELSINHO e
"NEGAO'' levaram o corpo de MONÇÃO para a área da cidade /
de BA.NANAL; que, o Ten MIRANDA contou, tamb~m, ao decla-/
rante que êle, MIP..ANDA, NELSINHO e ":t-illGÃO" procuraram de~
tru.ir o corpo de MOUÇÃO, queimando-o com gasolina, isso,
após "NEGÃO" haver quebrado a arcada dentd:ria do cadaver
de IYIONÇÃO; que, "NEG.A.O" usou a coronha do revolver para /
quebrar a citada arcada dentária; e, como nada mais dis-/
se e nem lhe foi perguntado, deu o encarregado do inquér!
to por findo o presente depoimento, e de _como assim fêz /
a testemunha as, digo, e de como assim fªz a indiciado as
declaraçÕes, mandou o Cel cav M.J{RIO ORLANDO RIBEIRO SMA-/
PAIO, em tempo, recorda-se o depoente de que o Ten MIRAll-
DA lhe dissera que já havia passado por inqu6rito, sem//
dar outros detalhes. E como nada mais disse e nem lhe foi
perguntado, deu o encarregado do inquérito por findo o
..
presente depoimento, e de como assim f~z a ~diciado as
referidas declaraçÕes, mandou o Cel cav MltRIO ORLANDO RI-
BEIRO &~AIO, encarregado dêste inqu~rito lavrar o prese~
f#'
~
te auto, que, lido e achado conforme, vai por êle rubri-
cado e assinado pelo indiciado e comigo 1º Ten Cav JESI-
EL GOMES RIBEIRO, servindo de escrivão, que o escrevi.
Encarregado do IPM
Indiciado
CONCLUSÃO
.
~ .....e c::..__, Q...h-·12.- ... -.:.
L
GOMES RI BEI RO - 1 º Ten
Serv,indo de Escr i vão
DESPACHO
-
Determino seja feito ofício solicitando prorrogaçao
do prazo do IPM.
Determino Seja expedião um pedido de busca a 11 DE/
solicitando a localização do iesertor HELIO LUIZ BOTELHO,
do 12 BIB.
Determino sejam ouvidos em uma acareação a testemu-
nha Ten Cel Inf GLADSTONE PERNASETTI TEIXEIRA e o indici!.
do Cap Inf DALGIO MIRANDA NIEBUS, no dia 09 Fev 72, ~a //
...
0900 bs, no Quartel do 15~ R C Meo(RRecMec).
Determino sejam ouvidos em uma acare,ção a testemu-
-
nha Ten Cel Inf GLADSTONE PERNASETTI TEIXEIRA e o indicia
do 22 Ten R/2 -Inf PAULO REYNAUD MIRANDA DA SILVA, no dia/
09 Fev 72, 's 1130 ha, no Quartel do 15º R C Meo(RReCMec).
Determino seja reinquirido o indiciado 2º Ten ~2 /
In:f PAULO REYNAUD MIRANDA DA SILVA, no dia 09 Fev 72, ls
1230 hs, no Quartel do 15~ R C Mec (RReaMec). Providencie
o senhor Escrivão.
Rio, GB, 08 de 1972
....
'
!-........._'
~ - - ---~- ------------~------~~~--~----------~------------
I Ex - 5 I Bda C Bld
15G R C Uec (RRe~lec)
Rio, GB, 08 Fev 72
Of n2 13/Il?.M Coronel MltRIO ORLANDO RIBEIRO
SAMPAIO - Encarr~@ado do IPM
Prorro
Im
-
çao de prazo de
Pedido de Busca
_ (SOLICITA)
Apresentação de teaiiru;nmba
(SOLICIU) .
7 ~v / -!12
CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
TtffMO DE ACAREAQÃO
Início 0915 horas
Término 1045 horas
Aos nove dias do mês de Fevereiro do ano de mil nove-
centos e setenta e dois, · nesta cidade do Rio de Janeiro, /
no Quartel do 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado, pre-
sentes a testemunha Ten Cel Inf GLADSTONE PERNASETTI TEI-
XEIRA e o indiciado Cap Inf DALGIO MIRANDA NIEBUS, já in-
quiridos neste sumário, comigo escri~o, p;esente o Cel/
Cav JvL{RIO ORLANDO P.IBEIRO SAMPAIO, encarregado do inqué-
rito, por êste foram, à vista das divergências existentes
nos seus depoimentos, e debaixo do compromisso prestado,/
repergantadas aos mesmos uma em face da outra, para ex-//
plicar as ditas divergências. E, depois de lido perante/
elas os depoimentos referidos nas partes contradit6rias~/
foi dito pela testemunha Ten Cel Inf GLADST011E que con-/
firma integralmente o seu depoimento de dois de Fevereiro
de 1972 prestado no 1º B[B e que lhe foi lido nêste mome~
to nas partes divergentes com aquelas constantes das de-/
claraçÕes do Cap Inf NIEBUS. Pelo indiciado Cap Inf DAL-/
-
GIO 1\ITR!tN'DA. NIEBUS foi declarado que confirma integralm.en
te o seu depoimento do dia 1º de Fevereira de 1972, pres-
tado nesta Unidade, assim como as declaraçÕes manuscritas
que espontâneamente elaborara no 1º RCC, onde se encontra
prêso, no dia sete do corrente e as encaminhara .ao encar-
regado do IPM, ap6s ouvir a leitura integral destas últi-
mas declaraçÕes e a leitrua, digo, leitura do seguinte tr~
xo de suas declaraçÕes de primeiro de Fevereiro: 11 Quando
retornei cêrca das 1830 hs foi-me comunicado pelo Ten MIRA-.T\f
-
DA que haviam falecido os Sds rn:o~ÃO e VANDERL:m!. oO Sd VI-
-
CENTE tinha recebido curativos na cabeça pelo cabo CESAR /
LUIZ e os Sds VAI'illERLEI e MONÇÃO, o enfermeiro de dia nada
pÔde fazer. Os Sd GEOMAR pediu para sair da cela e ficou /
no corredor·juntamente com o Sd VICENTE. A porta do corre-
dor foi fechada e ~ dentro foi colocado um ventilador P~r
que o soldado VICENTE estava com falta de ar. Os dois Sds
mortos ficaram entao na sala do arquivo que estava vazia,
pois eu tinha conseguido dois dias antes mudar o arquivo/
,fli!;
do Batalhão pa o local do antigo armazém, por ordem do
a equipe e expost~==~~~-~--
i!- mr::::
~~ '~S.
%J Y!}t:
ma a todos, antes porém CEZAR LUIZ foi em~o se nada
tivesse acontecido. Na ocasião as soluçÕes para o problema
foram ventiladas e debatidas, chegou-se a conclusão então,
não por ordem minha mas sim por acÔrdo entre todos que os
corpos seriam transportados numa PiCk-Up para serem enter-
rados. Por volta das 2200 bs o depoente e o Ten 1fiRANDA sai
-
ram no carro do áltimo e foram procurar o Ten Cel In~ GLADS
TONE para dar conhecimento ao mesmo do ocorrido e que foi I
-
feito tendo sido encontrado o Ten Cel nas imediàçÕes do 11
bairro são João numa casa aonde se encontrava jogando bura
co, pois na. ocasião o Ten Cel Ini" GLADSTOiffi comandaDa o ~
talhão, pois o Cel ARIOSVALDO se encontrava de férias; foi
lhe então explicado os fa l ecimentos dos d.o is soldados e
sugerido ao mesmo a solução j~ descrita acima, tendo então
o Ten Cel Inf GLADSTONE concordado e mandado executar. Re-
comendou entretanto que fôsse simulada uma fuga, pois os
dois soldados falecidos seriam dados como foragidos". Vol-
-
tinuando ê1e NIEBIJS, a falar "Cel, o mel.hor é dizer que bou.
ve uma briga fictícia entre os prêsos e que os dois solda-
dos mortos haviam fugido" ao que o Cel então lembrou que f#
para desenvolver essa idéia seria necessário simular uma I
fuga, o que realmente foi feito conforme já descrito em 11
seus depoimentos anteriores. Que, naquêle momento , o Ten
Cel GLADSTONE tou ao depoente por todos os detalhes
daquêle havia visto a morte dos doi~
soldados, como ela havia ocorrido de
que êle NIEBtJS no momento não se recorda. Qeu NIEBUS não
mencionou o nome dos dois soldados mortos ao Ten Cel ///
GL..I\DSTONE, por~ se tratava dos soldados MONÇÃO e VANDER
LEI. Que no meio da conversa entre êle NIEBUS e o Ten Cel
GLADSTONE apareceu o ex- cabo ALBERTO, atual informante do
Batalhão, para falar com êle NIEBUS. Que, o Ten MIRJ\.NDA /
dirigiu-se para receber o ex-cabo ALBERTO, por~m êste se
aproximou tendo êle BIEBUS dito à aquele ex-cabo, mais //
ou menos o seguinte: que estava tratando de um assunto//
muito importante com o Ten Cel, que êle passasse posterio~
mente no Batalhão para falar com êle, NIEBUS. Que a chega-
da do ex-cabo ALBERTO não impediu que o Ten ftiTRANDA ouvis-
se tôda a conversa que ~le,NIEBUS ouvisse,gigo, manteve /I
com o Ten Cel GLADSTONE, conforme relatado acima. Dado a
~. palavra ao Ten Cel GLADSTONE para delcar, digo, declarar o
que entender, por êle foi dito o seguinte: que na noite do
dia 12 foi procurado de fato pelo Cap NIEBUS entre 2200 e
2300 hs na casa do Sr ZICO, onde me encontrava jogando bu-
~co com outros companheiros civis. Que, ao ser chamado ao
-
Servindo de escrivao
TtRMO DE ACAREAÇÃO
Início: 1130 horas
T~rmino: 1230 horas
----- - -
sentes a testemunba Ten Cel Inf G~~DSTONE PERNASETTI TEI-
XEIRA e o indiciado 22 Ten R/2 Inf PAULO REYUAUD MIRANDA
~~ SILVA, já inquiridos neste sumário, comigo escrivão,//
.._..
~
,....- --
dois soldados, isto é, o rliOr-TÇÃO e o VANDERLEI, "o -Cap NIE-/
BUS s6 -comunicou a morte deum dêles, conforme redatou_aci-
ma; que, regressando ao lQ BIB, deram ciência aos demais /
componentes d~ equipe de que o Ten Cel G~~DSTONE já se en-
contrava ciente do que pretendiam fazer, ou seja simular a
fuga de r~mNÇÃO e VANDERLEI, bem como inventarem que tal f11
.
ga seguiu-se a uma briga entre os pr~sos. Que, no dia se-/
guinte a esses fatos todos, o Ten Cel· G~~DSTONE mandou o
ttepoénte esconder um corpo, pois soubera que o mesmo não i
havia sido bem escondido, quando entao o depoente, êle Ten
MIIV\NDA foi buscar o corpo de 1VIONÇÃO e levá-lo para a área
da cidade de BANANAL; que, o corpo de MONÇlO haVia sido //
largado perto de Rio Claro; que, todo êsse serviço foi fei
to sbzinho por êle Ten 1TIRANDA. A seguir, dada a palavra/ -
ao Ten Cel GLADSTONE, por êle foi confirmado o seu depoi-/
mento anterior e que tudo o que foi di to pelo Ten lVITR.'\.NDA
são inverdades e mentiras. Que na realidade o que o Cap /
NIEBUS e o Ten MIRANDA falaram a êle Ten Cel GLADSTONE, I
foi sôbre a diligência para prender o traficante \ITLSON,/
conforme já se acha bem relatado na acareação entrê êle,
Ten Cel GLADSTONE e o Cap ~TIEBUS, feita aá alguns minu-//
tos atrás. Que, não soube de MO. e VANDERLEI
até recentemente, pois pa 1~. Cel GLADSTONE oiJ //
~ êA-1 JA~#h<?l'~
PAULO REYNAUD MIRANDA~LVA
2º Ten B/2 - Indiciado
-
Mansa; que, sôbre êste assunto nada mais tem a declarar, I
a nao ser o retorno a Barra Mansa, a devoluçao ~
da rural a'
oficina do JOSt e a saída do declarante de lá com o seu I
automóvel para almoçar num restaurante perto da delegacia
H~~-
r
em companbia do policial NOCA ou LOCA, uma
~/~
vê~ NELSI-/
NHO havia sido~ à ~el;ga~i='=tQue, nunca tomou •bol!,
nha", porém, usava um medicamen o c amado TEMIRAN, que é /
um moderador de apetite; que, ganhara de 20 a 40 caixas I I
dêsse produto do Dr BELCHIOR, médico de Barra Mansa, bá 1/
cêrca de oito mêses; que, ap6s comumir essas amostras, o
declarante passou adquiri-la algumas v~zes nas farmácias I
locais; que, realmente entregou hum mil e quatrocentos///
cruzeiros aos Sgts. UBIRATAN e JIJJ:ELLO para que trouxeswem/
illlHISKY d·e FOZ DO IGUAÇU, o que não aconteceu, não recebe!!
do, inclusive, o declarante todo aquele dinheiro e sim -
cêrca de novecentos e cinquenta cruzeiros; que, à época I
dessa viagem, UBIRATAN achava-se em férias, enquanto que
MELLO conseguira uma licença, para desconto em férias;que,
anteriormente, êsses dois sargentos jd haviam ido a FOZ de
IGUAÇU para buscar WEISKY para o Cap PAIVA,' de quem o de-/
clarante adquiriu umas duas garraras da citada bebida;Uqe,
-
que, na ocasião em que o declarante deu dinheiro aos dois,
,.estes nao trouxeram WHISKY alegando que em FOZ DE IGUAÇU -
havia sidofiapreendido um contrabando com uns marinheiros e
que não "êstava dando pé" para trazer contrabando; que, s~
gundo soube o declarante, os sgts Uill.RATAN e MELLO encost~
vam o carro em Foz de Iguaçu e lá"abasteciam" o carro com
o fffiTSKY; que, inclusive, em Barra. Mansa, existe um elemea
to que compra todo o 1VHISKY que ~ trazido de contrabando e
que o Sgt UXITRATAN conhece êsse elemento;que, em tÔdas as
buates de NOVACAP, os militares de um modo geral e os pol!
ciais gozam de 50% de abatimento; que, para o declarante o
Sd ;BOTELHO continua vivo, nada sabendo do paradeiro domes
mo. E como nada mais disse e n~ lbe foi perguntado, deu o -
Encarregado por finda a presente reinquirição, mandando re
duzí-la a têrmo que, depois de lido e achado confoJne, va~
por êle assinado, pelas testemunhas e pelo indiciado e por
mim 12 Ten Cay JESIEL GOMES RI • RO, servindo de escri vao,
~
que o escrevi.-
JUNTADA
Anexo:
10 (DEZ) Autos de Corpo de Delito.
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I
I ()vy-./1. v
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GE~ :BDA MED DR RUBEN DO NASCIMENTO PAIVA
DIRETOR DO HCE
(CÓPIA)
HOSP.ITAL CENTRAL
.(
H C Ex .SM L
ser vindo de escriyão; os perit os nomeados, doutores Al.f~·· Carles Bele Lisbea,
-
cargo e com verd::tde de·c lararem 'O que descobrirem e encontrarem e o que de sua consciên cia
___ _ _ ___ , que r espondessem aos quesitos seguintes: ao 1.º- si houve lesão corporal;
.
ao 2.º - qual a ,,espécie do instrumento que a ocasionou; ao 3.º- si a lesão é de natureza
a p'roduzir no paciente, in~ômodo de ~úde -que o inabilite para o serviço ativo por mais
de trint a dias mas não para sempre; ao 4.º- si da lesão resultou ou pode resultar mutilação,
deformidade ou privaçã~ permanente do uso de algum órgão ou membro que prive p ara
sempre o ofendido de poder exer cer o seu trabalho; ao 5.º- si da lesão resultou ou pode
resultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofendido de poder exercer o seu
trabalho; ao 6.º- si pode a lesão por sua natureza e sec c, ser causa eficiente da mort e
e ao 7·º- si foi ocasionada por imprudência ou imperícia nêl arte ou profissão do acusado.
Passando os peritos a fazer os exames ordenados e as diligências que julgaram necessárias,
declararam o seguinte :
àe SML.
bY~ ~~
(CÓPIA)
HOSPITAL CENTRAL Dó&&iRCITO
cargo e com verdade declararem d que descobrirem e encontrarem et o que de sua consciêhcia
declararam o seguinte :
,
trizes rosadas irregulanna parte media àas regioes parietªis. E~
•.............................................................................................................................................................................................................................................................
..
'
. . . . . . . . .. .do
~
.
presente .o senhor .....l1.~j--~~. :-_ :M~-~-!.~~. :.P.~ !.~~-~-~----~!. !'.~.~: . . .. .. .~~~-~J.:J.:!. ~--- -º~-~f.~..J.~ - - ~-~~...
_ ;içl'. .M-'"-1~-~-~-~-'-~-'---·---~-- - - - -:. . . . . .·. . . . . . . . . . . ..=. ~. . . . . .:. .-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .:. . . . . . . . . . .:.:. . . . .
~or - delegação d~ sen:bof ....G.en~u.à... Mé.a.ie~tJ).r......l\ub.~n_'__( t..~ ..N-~scille~t•.....P.rl:v:.a., ..
................................................................................................................................................................................................................................................................
-- .... f . .
.. Maur..ae .... Carr.l ln.a ....C.ari•.s•..,~.:uu.c.i•na.r.i&....n v:el .... l,;M:.~....e..... J.•se.....P.er.eir.a.... .,.... .
ti.--· , "Z'lA ,
'\
seu cargo e com ve:fdade declararem o qúe descóbiirem e encontr arem e o que áe sua
'\,
•
... . -.
.................................... e que respondessem aos quesitos seguintes: ao 1." - si houve lesão corporal;
ao 2. qual a espécie do instrum-e nto que a ocasionou; ao 3." - si a lesão é d~ natureza
0
-
~ produz~r no paciente, incômodo de saúde que o inhabilite para o serviço ativo por mais
~e trinta dias,mas não para sempr~; -a·o·4."-- si da .l esão -resuliou ou podê rêsuitar mtitílàçao,
\ . ' . '\
• deformidade ou privação permanente d:o uso de algum órgão ou· membro que prive para
_ _Jiempr~ . Q de
-
poder exercer
.. . .
·o seu trabalho;
- · -· ·
ofe~qido ao 5. si .da lesão
·· - -- · - - . .
- -
resultou ou pode
- .. -
0
-
. -
resultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofendido de poder exercer o seu
. . - .
trabalho ; ao 6." - si pode a lesão por sua natureza e séde, ser causa eficiente da morte
e ao 7.".., si foi ocasionada por imprudência ou imperícia na arte ou profissão do acusado.
Passando os peritos a fazer os exames ordenados e as investigações que julgar-a m
necessárias, declararam o- seguinte:
N.I.L.S.ON....S.INHO!li.N.RO....M.Al\C.4.T..O.,.... J?.t.l.j_~jt_.,_ª-,.l.t.~-~r...__, _____ª-~-!.Y.-~~-~----º ····-~-ª-~.f~~--- ..
Ba.talhãa ....ie.....Infantari.a.... Blinia4l.a,....re.t.er.e..... q;uo.... n•....J..ta ...Y..~t.~.....~L..f..~~ ...-......~
.ie.zemhr.e....à.e....mil ... nev.ec.e.nte.s ....e ....se.t.enta....e....mn.,....r .•i ....te.t .ii.t....na ....aua....un1f...&
.te.....J.ar.a....av.ex.i cuaçãe.....se.br.e ....táxic.a.s.t····.sencl•....e.sp.anc..ait..,..J.•-r.....~.~nt...,.Q._t.n:t.•L
~ ( .
-NoA. .....&ur-ant•----quatr.a.,.....:a....c.1nc.e.....ãia.s....:pe1.•.:..-,.es.s.•.a l....ta....s.~z....t.~-----ª-~:U. .. J1.~r.-
.t.el......O....EXAME...D.I:aET.O....AP.ID.\A.t.~.---J-e.qu~n.a....b.~.~r.:r.~c.~.~----ª~~----º-~~-j-~~JY..~~----!~-
.que.r.ia.,....aancha ....esv.e.rie.ai.~...cas.tanha... na....r ..e~.1.i.......l.:r.lt.1.t.,r.~.@. ....~.ª-q~~;r.~-~'--~-~-
.car1açies... l.1near.es ....em. ... r.ec.eneraçãa ...na. ....f.ac.e.........ex.t~u~.n.a....-.a.....Q.f.~.-......~-ª-q~~-:r.~
-
.e....fac.e ....ant.er.;a.r.....ia....c.exa....iiraita.... .....i .... JI.•r.t~t.•.....r..~.ª-P'-.n.J.:.~...-....ª··--'--~-r.-~-~-~-ª-··.1.
\. .
_a•.s .....que.s1.tas.....ta...f .•r.ma.... s.ecu1nte.t.~.....at.....J.r.1JA.~t;r_,__, _____ª_ª_;_ _ _
~-~-----ª~'-~-!-~_,_~ç-~~
..., , .
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-i&nar.a~.s.e.E....f .•.r.am...est~s....as.....àecla.r.aç.ie.s.....que. ....~.m....ª~~-ª-----º-'-º-ªç-~~-º'-º-~-~-~----~---
.ieltaixa....ie.....c.em,~•mi.ssa._.:pr.e.s.ta••----.tiz.er.am.i....p.t.r.....n.~•a...JPJ~-~-ª----h~Y.~.r..... ~.~~::-
... • c .
--S-$----p•r.....c..•n~.l.u!.-........~.s.t.~....la.Y:J..t......... ~.... -~-~~-----~-~----~~-~~ . .9.~-~-'--~----~-~---·P.·~-~--~~!.t _ _ q~-~--
(
.y..ai....as.s.ina!l•-----e....~:ir..1.c..att.....~-~l~----~'ªt-~.r.-~•~~-~-----q~~----'-~-~-~-~~~~----~-----~!~~-'-'-~~-
J.~-~----•-~-~-~~~-~---~-~~-~~~~-~----~-
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--'--~!:-~. -~----~~~~-~-~-~----~:~_::.~~~-~----~~~---~~-~-=~~~-~-~-
. ( .
• exame ies•e • seu 1n1oie ce~ce,Se~astiãe ie Oliveira Cesta,2 Q
..............................................................................................................................................................................................................................................................
. s,t......E.sp,..à.e....Saú«.e.,.....ser.v.:1nt.•.....t~.....~J~çr..iv.:i~....q:g_~----~----~~~-~~---~~~!.~-~-~-~-~~:r;
__e....( .que....ãe......tuàe.....i.en.... t.é•..... Eu... T~r.e.z1nba...P.wt.1~
(
....~~-l'b.~~~-~--'--,--9.~~----~-----~!.~.~~-~-
..
..
'
--car.t.e.i.....:..................................................................................................................................................,..............._............_..............................................
, ,, '
~:~~:·~::2:!:":e2::·-~ ~
.Dr....Lu1z....P..ér.es...M•ur.ell ......Maj.e.r.....M.éj_ic..._,_Qhe.f~ .............ê~;r.y_~_ç_~----~~~-~-~-! ... ~-~-~ __
. . . . . . -~ . . - ~ . . ... .kr:: . . • . I : .. . .......................
..............................................................................................................................................................................................................................................................
~ (t~~~
(CÓPIA)
HOSPITAL CENTRAL DO ~ÉRCITO
H C Ex SML
. '... (
~on f.e re com Original
G - Médico- Legal_
•
• o
servinde ne 1Q B I B,
prestado pelos peritos o compromisso de bem e fielmente dese.m penharem os deveres do- seu
'\ '
cargo e 'Com verdade detlararem o que descobrirem e encontrarem e o que de sua consciência
'
entenderem, aquela autoridade r encarregou-os. de procederem exam~ · de corpo de '·delito - em
• A
de côr preta
(
_ __ _ _ _ , que respondessem aos quesitos seguintes: ao 1.º- si houve lesão corporal;
ao 2.º- qual a_...,espécie do ir;strumento que a ocasionou; ao 3.º- si a lesão é de natureza
a produzir no paciente, incômodo de s!t\Íde q,ue o inabilite para o serviço ativo por mais
de trinta dias mas não para sempre; ao 4.º- si da lesão resultou ou pode resultar mutilação,
deformidade ou privação permanente do uso de algum órgão ou membro que prive para
sempre o ofendido de poder exercer o seu trabalho; ao 5.º - si da lesão resultou ou pode
resultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofendido de poder exercer o seu
trabãlho; ao 6.º- si pode a lesão por sua natureza e sede, ser causa eficiente da morte
e ao 7.º- si foi ocasionada por imprudência ou imperícia na arte ou profissão do acusado.
Passando os p eritos a fazer os exam es or denados e as diligências que julgar am necessárias,
declararam o seguinte :
te e ,sext~ ·,nae;e
~ , '
ao setiple,ignora-se.j; feram estas as declaraçees
""
que em suas censciencias e debaixo do cor~premisso prestado f~ze -
... f •
ram.~ per nada mais haver deu-se per cenclu~G.• este laud• de exame
de Auto Cerpo de DelitD 1 que vai assinado e rubricado pela . aute~id&
- -
referidas que assistiram • exame desde • seu inicie,comig•,Sebasti
as de ,
Oliveira Cesta,2G Sgt,Esp.de Saude,servindo de Excrivae,que
e mandei datilegrafar e que de tud• deu ré~~ Francisca Meurãe CAt
rilho Camose,que • ciatilagrafei.'
(a)-Dr.Luiz Peres }.fcmrel 1 e,Majer Hédico,Cbefe dct S.M.L •
"\ ...
<~a
~ )~~
--r
~ · ~--~~~~--~~-·~-~·~
· ~~~---------~~--~--~~~~-~~~
Cal-Dr.Bubens Pedre Macuco Jan1n1,Méd:tc• Legista ,
Cal-Sebastião de 011ve1 ra Cesta,?G Sgt,Esp. de SaÚde,
(a)-Francisca Meurãe Carrilhe Card•s~,tuncionária,n{vel 13-A,
~.Iesé Pereira I,Aux Parta,..ia,n{vel "8",
de
•J
. ~o f..ú~J
~/~~·
(CÓPIA)
HOSPITAL CENTRAL DO ~XÉRCITO
,, '
Aos UJ11 ·· dias do mês de ·revere ire ·- · do ã.no de mil novecentos e
setenta
JEDM'IC[ e · cie!s ~ , nesta cidade do Rio de J aneiro, nci Hospital Çentral do Exército, presente o
prestado pelos peritos o compromisso de" bem e fielmente deseÍn-penhárem os deveres do seu
cargo e com verdade declararem . o que descobrirem e encontrareiJl_e.. ? _que .de sua CQJ?.SCiência
• < • • ( t
entenderem, aquela autoridade encarregou-os de procederem exame de corpo de delito em
.
J_O....:::S='=--=G=E=T'-=-l1=LI=Q=--=N::....:O:....:V-==O~P~AUi'~ERR=~O~ti..!!Si.:!!!!
- . ct.•xse~l""-t~·u.~·~....er.._.a.l..::::G:._·-.B_I.....__..B~-'---- de côr branca
com 19 anos de idade, natural de___.JE~s::i-l.>tG8.tldLAe..___.à~•-~B~l1~•J..•.--------------
•
declararam o seguinte :
clá S c2 ele seu quartel.O exame direta apura: nãe se encentra sinais
&e lesies vielen~recentes eu vestÍgies ãe ant+gas.Os perit,s nãe
tem elementes para afirmar se heuve lesies em relaçãe a• alegai• •
E per nad.a mais haver deu-se per cenclUÍãe êste laude de exam& i.e
Aute Cerpe àe Delit•,que vai ass.inade e rubricade pela ·auteriiaie
que' presidiu • exame,p,les perites n'meades e pelas testemunhas I
referidas,que assistiram • exame desde • seu inicie cem!ge,Seba~
' , ,.
tiãe -de Oliveira Cestat2g Sgt,Esp. de Saude,servinde &e escrivae,
gue e mandei dat1legrafar t que ãe tu4e deu fé.Eu Francisca Meurit
Carrilh• Cardese,que • •atilegrafei.
(a)-Dr.Luiz Peres Meure1le,Majer ~dic•,Chefe àe S.M.~.
(a)-Dr,Al:freà.e Carles Be1• Lisbea,Capitãe Méd.ice,
' # ...
(a)-Dr.Bubens Pedre Macuc• Janini,Medico Legista,
(a)-Sehastiã• de 011ve1ra_Casta,2Q Sgt,Esp. de Sa~,
Cal-Francisca Meurãe Carrilhe Cardese,tuncienária,Dlvel 13-A,
CONCLUSloz-Julge
....
exame de t Oirpe àe Del!-
.....
s ML.
(COPIA)
HOSPITAL CENTRAL
~ r..1 L
'
Serviço Médico-Legal
( '
. AUTO DE . CORPO DE DELITO . . de ..........S.~G.I.O
~
.
. ( .....S•làaà•·,.....
.... AM.O.l\IM.......VI E!.ftA, s. lt.. ..e1 r.• ,
. . . '
Pr tm.~.1.r................
s.~.r.Y..1n!i.t.... nt............. ( Ba t.~lhi:~ I nf.mt.ar..1.a....l3llni.a._a.,...................................................
.., .....t..~........ t· •
..
Jr
..............................................................................................................................................................................................................................................................
. ' . . .
Aos...........Jr..1me.1r•.............. dias do mês de ........t.eve.r.eir•.....................do ano de mil novecentos e
setenta · : · : · "'
lllU9a•«wxa ..~....~.~.~.~.... nesta cidade do Rio de Jan~iro, no Hospital Central do Exército,
. " . ....... . ...,.
, . .
~or delegação do senhor .....J~~~a.:el.i:...M~i.ic.. ....Dr .......ltult.en ...à•....Nase1men~• ....P.a.1va.,
................................................................................................................................................................................................................................................................
. " . .
dirétor do referido hospital, comigo ..... S.~.b.as.ti.ã.•....i a ....Oli veir.a ...C•sta.,.zg....s,t..ESf.
.C ap.itãa....&di.c.... .e.....Ru.b.e.n.s.·..J~e.t,.r.~.....~.Q~.Q'-....~~~~.,~~.i.ç.t.....~!'-g..t~.~.,...............'............ ,
--deformidade ou privação permanente do uso de algum órgão ou membro .. qu.e. prive .para
.sempre o ofenaido de· poder exercer o ~ eu trabalho; ao 5. si· da lesão resultou ou pqde 0
-
r esultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofen dido de poder exercer o seu
..... ..,. - ' ...
-
....... ... '\
- -traballío; ao 6. 0 - si pode a lesão por ·sua natureza e séâe, ser Musa efici-ente- da morte
"'\..
..... ' . .
• e· ao 7. si foi ocasionada por imprudência ou imperícia na arte ou profissão do acusado.
0
.-
Passando os peritos a fazer os exames ordenados e as investigações qu·e julgaram
.c.r..•antqni.en.te.;._
.~.se ...E
. ....a•s.ter.c.e~•..,.quar:tt..,.q.uint•.....e.....s.ext•.., .... n.i .t..;.e.....a.f......ª.' -t.i.Jnf.., .t.cnJ.
. .! .•ram....e.s.ta.s....as.....i .ec.laraç.ies.....que.. ..e.m ....su~s.....C..f.U.§.~.1.i.n~i.~.~L.~. •-~•-~1-
( - .
. c
x. ....te.....c.•lDJtr.•.mis.sa....pr.e.s.taie.....f.izeram•....i ....,.•.r .... naia ...ma.i .s. . . bav.:~.:r.....i.~u~.§.~ ....J•r
f • ' .
t .....s.eu .... ~ic1•....c.• m1c•.,.S.e:B.a.s tiãe.....tl.e....Ol1v..e ira....C.•. s.ta;,· 2~...J~ct .•.~ª-'·~•-~~-ª- ~Ji•e,
t .
s.erv.inàa....àe ....eser.ivãa.....que....•m...manàei... ia.tilacr.af.ar .....e....que....tl.e.....tui•....Õ.u....ré.
\ t . ~ •
Eu....Ther.e zinha,....... Cani.ia. ... Gal.ha.r..te~ ....que.... .... maniei ...iice........ia.t1l•.c.r..a.f.e.1.. ........ ~
~-······ · ·············· ·· · · ···· · ···· · · · ·· · · · ····· · ·· · · · · · · · · · ········ · ····· ·· ············ · ···· · ···· ..·..;····.................................................................................................................................................
(COPIA)
HOSPITAL CENTRAL
. (
- . . .
diretor do referido hospital, comigo ······ª-~--~ª.t.1it........~.....QliY.:~.1r.a....C.t.s.t.a.,Z~L.S,t.E.SJ.
. . .
.
..i.e.... Saui e., .........................................................................................................................................................................................................................
~-
. .
servfn.do. de escrivão; os peritos nomeados, doutores ...Al.t.r.~.'-•····Çar.l....S.....~~• ....L...i.sb•a,
' ,. , , ~ ' .. .
Ca.pi .t a •.....Me.d1.c• ....e ....Rube.ns......P.e..G.r.•.....~.c.uc.•..... J.mi.u1.•.Mé.4i~.•-···Legis.t.a.t···························
'
. ,.. .
l,.. . . . .
corpo de delito em .....J..9P.t.....~QP.~.l..GUS.S..._ALVES.,s.u"aàe.,ª~lteir.~.,.i•....l:~----BIB.,__.......
de côr ... M..r.ena. ..............com ..... anos de idade, natural de ....E.s.t.a.i.• ....u . . ltie.•..........................
,.
- .~......................~..........• e que respondessem aos ·quesitos ·s eguintes: ao 1.0·- si houve· lesão corporal;
ao 2. 0 - qual a ' espécie. ·do instrumento· qpe a ocasionou; ao 3. 0 - si a lesão ' é de natureza
a produzir no paciente, incômodo de saúde que o inhabilite para o serviço ativo por mais
de trinta dias mas não para sempre; ao 4. si da lesão resultou ou pode resultar mutilação, 0
-
-4eformidade ·ou privação permanente do ut:Jo de algum•órgão -ou membro que pFive pai'a
~sempre o ofenâido de poder exercer o seu trabalho; ao 5.0 - si da lesão resultou . ou pode ~
resultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofendido de poder exercer o seu
trabalho; ao 6. si pode a lesão por sua natureza e séde, ser causa eficiente da morte
0
-
....l.~i.~---·~-~----~-P.!.~.~~!.~~---;ê~-~~~~-
. ~-~ -~-~r..~~-~----·q~~----~~---
. - ~-~-~----~~-~-~-~----~~----~-~-~-~~~~-~---
----~-~----~l.....~!.Y..~_Ç._~t..'-.~-----~-----ª~~-~~~-~----~---~-'-~!J.._.~~~~-~-'-----~~----~-'g-~----~-~~-~~-~----·~-~~
. .. ~Y..~.r..~&~~ç_i, . . .
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ª!. ..r..~.....~!.~_ç_'--~-t-----~-~~~-~--. .l~.§-ª'·---''--;r.....Ç.~!
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.....r.....~_s.o. . .~ ....f.-..r.'-JP. ....e.s.t~.s. ....a$.....i .e.c.lar.aç.i.e..s. . ..que.....e.m. ...s.ua.s....ç.t_M_o._1.imç_1~.$.. ~.~----•e-
c
. J~aixt. ....l.~....c.t..llJ.r •mis.s.....)r..e..s.tai•..... riz.e~am......B.....J.e.r...na«.a....mai$....hav.~r.....f.o.u~
t • • •
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H C 'Ex ~ .
erviço :. Médico-Legal
. . . '- . . . ' ,·
•
...
. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ooOoo ooo o o oo oooo oooooo••• o• ooooooo o oouoo ouooooo ooo ooo oo o . . . .. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . .. . . . . . . . .. .. . . . . . . . . .
a, o 2.: :- quªl a _~spécie do instrum.e nto que a _o casionou.; ao. 3. si .a . lesão é .de natureza . 0
.
-
.
a produz_ir n,o pacien~e,. inc.ômodo de saúde que o inhabilite para o serviç.o ativo por mais
. ( . ( .
de trinta dias mas não par~ sempre; ao 4. si da lesão. resultou ou pode resultar mutilação, 0
-
deformidade ou privação ·permanente do· uso de ·àlgum ·órgão •Õu·"m'embre :que prive' para
,eiJ,l.pJ;e O ofenaid01,de poder exercer 9 · SeU. trabalho ~ ao 5. Si da lesão resultou OU pode 0
-
resultar enfermidade incurável que prive para ~empre o ofend ido de poner exercer o seu
trabalho ;· ao 6.0 - si pode a 'lesão por sua natureza e/ séde; •ser causa eficiente da morte
e ao .7. si foi ocasionada por imp:r:.udên cia ou imperícia na arte ou profissão do acusado.
0
-
L
!!h f~~~
(CÓPIA)
HOSPITAL CENTRAL DO ~RCITÜ
SML
tOnfere c-o~ Ori g inal
8m erv1ço Médico- ~egal
s
'
ambos com exf!rcício profissional neste estabel~cimento e as testemunhas_--=F,_,r"-'an,.,...,c,_,i....,s""c,._a,.__
,.,
Meurae rCarrilht
~ .
CarjtstífUnOienaria , n~el
,, , .IJ-k,
Ij.Aux de "Pertaria,.nÍvel na il;
prestado pelos peritos o compromisso de bem e fielmente desémpenharem os é1everes do seu
cargo e com vêrdad~ declarar em o que descobrirem e encontrarem e o que de sua cpnsciêRcia
... .:
entenderem, aquela autóridade encarregou-os de procederem exame de corpo de delito - em
: :_,ERY=.........,.S~I,..,L~V~ARES~~~HEN""""-!.R~I,..QUE~,...,S.. .,!..........
. .P S s....e..,lo..Jt.._......àu•............J~Q~B.__.I__..B.__ __ de côr branca -
com 20 anos ére idade, natutal de" Esta d:e da Guan aiiara •
., '
_ _ _ _ __ , que respondessem aos quesitos· seguintes: ao 1.'º- <Si houve lesão corpo-ral;
ao 2 .~ - qual a. espécie do instrumento que . a ocasionou; ao 3.º:- si a lesão é.. ;de" nat~eza '·
a produzir no paciente, incômodo de saúde que o inabilite para o serviço ativo por mais
t
de trinta dias mas não para sempre ao 4.º- si da lesão resultou ou pode- resultar m\ttilação,
deformidade ou privação permanente do US<? de:-- algum órgão ,_ou membro que prive para
" .- c r { ~
sempre o ofendido de poder exercer o seu trabalho; ao 5.2- si da lesão resultou ou pode
r esultar enfermidade incurável que prive para sempre o ofendido de poder exercer o seu
trabaJ.ho; ao 6.2..:· si pode a lesã o por • sua patureza ~ sede, ser causa eficiente ·da morte
e ao 7.º- si foi ocasionada por imprudência ou imperícia na arte ou profissão do acusado.
Passando os peritos a fazer os exames ordenados e as diligências que julgaram necessárias,
declararam o seguinte :
direita,~sceriaçies
pel~s testemunhas~
41 SML.
· ~?~~
HOSPITAL CENTRAL DO WÉRCITO
(COPIA)
H C Ex · .S M L
- Confe re com Or i g ina l
-·tm~~~±Z:::
- . ' . . . - .......
AUT?cDE JüRPO DE
.
DELIT~
. de .....~~~~9.f..P9. ~.P.!~ª
'
. . . . ~.9.~-º-l~~J.~.~~:!.t.~-~.l~.~-~.! t
\ $..erv.
.
1ni~ ....P..t .....~.ª~~.r.~. .·...;ê~~-~-º-~-~ ..J.~. . J~~~-~-~-~-~. --~~-~~-~!.~.t........................ ~ .......................
. ~
........._.......................................:··~·-·········· ··· ·· ·~·· ·· ········ ··················: ···:··~· ·· · ·· · ·· ····· ····· ········ ·············-~· ..··········· ··· ····· ············ ················· ··· ···· · ··· ·· ········ · · ·············~· -..····:····
. .............:.
1.c.'-....P.r:...·.:.~P..en.......it.·...N.a.s.c.i.mentt.....Pa.i~a,
. . por delegação do senhor ·...G.m.:.....l3j.a. .Méj_
~ ' '
.
o ooo o o ooo oo o o o o o ooo••• ••••• • •••• •• • • • ••••• ••• •• • • ·• • ••ooo oo oooo ooooo oo ooo oooOoooooooo oo oooo o oooo o oooo o ooooo oo oo ou o oo oo o oo oo ooo ooo oo oo o oo ooo ooo o o• o ••••••••• • ••••••••••• •••• • +• O Oo ooo oo o ooo oooo oooooo oo•••••••••••• •••• •••••••• • •••••••• • o ooooo oo +•o oo ooo oo••• ••
I '
servindo \!e escrivão; .os peritbs no·meados, do~~or~s . ~lf.~~-~.t.....G.ar.l.,. s~.. B.e l.• ....LÍ~.b.ea. ,
' ' . r· , • • • .
de côr .........................................
' . .. .
1'
'Estaae àe 'Minas Gerai$.
' .
•ran~a~ · com ........................... án~s de id~de·' natural de ......................................................................................
.
..
'
..................................... e 'que respondessem aos quesitos 'seguintes: ao 1:0 : si hou~~ lesão·corpõral;
.ao 2. qual a espécie do instrumento que a ocasionou; ao 3. si a lesão é de natureza
0
-
0
-
a produzir no paciente, incômodo de; s~aúde que o inhabilite para o serviço ativo por mais
de trinta dias mas não para sempre; ~o 4.0 - si da lesão resultou ou pode resulta~ mutilação,
deformidade ou privação permanente do uso de algum ór gão oh membro que prive para
sempre o ofendido 'de poder exercer ·o s·e u trabalho; ao 5. si da lesão resultou ou pode 0
·-
resultar enfermidade incurável que pdve para sempre o ofendido de poder exercer o seu _
trabalho; ao 6. si pode a lesão p~r sua natureza e séde, ser causa eficiente dâ inorte
0
-
' ...
Passando os. peritos a fazer os exames ordenados e. as inv:estigaçoes que . fulgaram
nec-essáriàs, declararam· &-- seguinte:·- ·.· ... . - ·~ .. --~ - - -· .. ·-····· ···· ·- -~-- -· ·· - · ··:.:·-- ---- - - . ---...:-- - - · · :
..
tulle.f'.i..ç i•....n~.... b.~1.~.~i.s.a..... ~ª-ç;r._,_t~.:-·····-~§.q'Q~-~~-~-t-~~-~.f..~ç_i.,.....~.....J.~q~~-º-~---~-~~.i
c ~ ,. ~
t~.1.~....;r,..$~•-~ i..t .....P..!Y.'-l ..... .~ ....f..~_ç _~....e.~t.ern~............ t.i.~ .ç•---·~f..~.r.~.~-.r. . o.~.~ ---·)~~ç-~ .... -~ .~-
(.
tP.a«.t."" . ~----r.qP.r..1.~.a.«.. t. . _J~J~...... ~Y.t.,.r..i. ..i.• .~. ....;.~~- ... :P..r.~ªJ.~~P.:"'.~. ...... ~~
t...,......qu~.... v..ai . ..as.ª. ~
~::·;~~~:~;k~=~==~~~~3==
Car~u
. {!!.I, llr.U!'re.d•
~~~~=~ · ~ ~~~~~ ~:~~~: i?~f"'
,.~1 Beb .l.isbu.•C.apitã• Méd1c•, ,.,z ,.. IP:):y.al',/- .
.
(a).-. .D r..l!ub.en.s Peà.r.e....Mac.uca .... J:anini,Meàic.e..:.L.ecis.t.a. ...Civ.il.., ..........................~ ~ ~
i:~~ :::~!::~~!~~::~~::~~::~:::;!!:~:~~;.!~:~~-~;;;;;~·· · · · :~
(a)- Auxo je Pertar1a n!vel "8,................................................................
Jes' Pereira I J ......................................................................................... 11 rh
. .... . . iª_t.~. . l..~Y·-~-----..~-----~~-ª-~. --~-~-. -~~~~...9~!P~....-~-~---····
....................................................................... • - .
- SMIL
R ERVA O
ª
MI NISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex 5 BDA C BLD
PRIMEIRO BATALHlO DE INFANTARIA BLINDADA
SSI O MARTI NS D
Ten Cel Cmt do
(/kq~
R
~------~~~------~------------------~--------~··~--
· ----
·· ~------~-----=--------- ------
CONCLUSÃO
RIBEIRO - 1º Ten
SerV,indo de Escrivão
DESPACHO
SAMPAI~
-~~~~~~---,----~~~~~~~
IPM ~ I - --~
~- -
~ ~~
- ~
· ~--~~~~--~~----------~~-------=======~~~--~----~----------~~
R E C E B I ME N T O
Servindo de Escrivão
.
r " .
I
I
I Ex - 5B Bda C TIJ.d
l5g R C tleo (ImaC:lcc)
Rio, GB, 09 Fev 72
Of no 14-A/IPM Cel. M.(H! O Olffi.~NDO RI BEIRO SAM-
PAIO - Encarregado do IPil
Sr Cacandante do l~ ][B
Rcnessn ue documento
(FAZ)
""
- Ane~o , rc•pet~voo o :~andadt;> d~ Busca e \p~ccnoao, de obje~os
que se estejan rroxtoidades da Ponte
Ali
seg~ro su~o ~ eeo~~didoa Da3
Uil.o Peçarun, sôbre o !1io Pa.mítia.
OTIULNDO TI! • no
SAMPAIO
Ca~rregado do IPM
JlANDADO DE IDSCA E AP:REENsXO
-
N N
execuça.o do prese-nte mandado, 1ncilusive a pri.sao em fJ.a
erar-t~ de quem ofere~er reaitência ou quizcr impedir o
cumprimento do mesmo. De tudo será J.av.rad po~ on dos/
enel.!rregadoa de diligêno~., o campete!lta auto, aerd por
mim, m forma. da. lei , auteni;icado e assi nado por duns /
tcaT~ttnha~ qu~ tenha. assistido à õiligência desde o
seu. in:!c'io . O qu.~ se ~t~p:"a . Indo e passado no Quartal/
c1o 152 llegimento de C!avJ...'lr, dieo, Co.ve.ln...rie. ~ecanizado,
•
I ~
I Ex - 5t Bda C :Bl.d
1.52 R C Meo (RReOMeo)
Rio , GB, 09 Fev 72
Of n 2 14/IPLI Cel J[l{RI O ORLANDO RIBEIRO SAM-
PAIO - Encarr eeado do IPM
Exame Pericial
(SOLICITA)
INFORMAÇIO (PRESTA )
Ref: Habeas Corpus nº 30716
Infomação (l'RESTA)
Regresso de Testemunhas
~ - :r~~EkJ~7c
I EX - la. DE
159 REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO
,,
I EX la. D E
150 REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO
Rio de Janeiro , GB, lO Fev 72
~
0::: :; N. 02/Il'M de l O_ PE"L. 72- SOiiiCITO VOSSAS PROV SEN~OO
(.9 ~ 0::
o ó
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Q)
I-
-
::!E
APRES CA.P VOLTAIRE DIA 18 PEV 72 VG 61 FEIRA VG ]
o o
o
Cf)
<X
't:l
os
Q) o. IPLI
r.• ._.;.;·
~
<I> X
CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
'r.t!FJ.íO D:: REINQUIRIÇÃO D3
;$~
INDICIADO~
Aos dez dias do M&s de Fevereiro do ano de mi l nove
centos e seten·~.a e dois, nesta cidaà.e do ?.io de Janeiro, /
no Quartel do 15º !J.egimcnto de Cavalaria Mecanizado , onde
se achava o Cel Ca-v :r..~:rro OEL.'\.UDO :IT3~IRO SA.L.i?A.IO, 3r..carr~
gado dêste inqu~rito, comigo 1º Ten Cav JESIEL GOMES RIB3l
RO, servindo de Escrivão, compareceu aí o _3º Sgt RliBENS / /
1~\RTINS DE SOUZA, a fim de ser reinquiriJo sôbre os fatos
que originaram o Rela.t6rio Especial de InfomaçÕes ni :/72
de 14 de Janeiro de 1972, do Cmt do 1º BIB, de fl nº 007 ,
o qual lhe foi lido, declarando o seguinte : O Cap NI:mtJS /
ditara o meu depôimento para o que eu dizesse, quando .fÔs-
se ouvido, c que fÔsce coerente com os demais depoimentos.
O depoimento fÔra datilografado pelo 3º Sgt LEOHA?..DO, na
presença do 2º Ten ?/2 riTRA.NTh'\. 1 Sgt ETEL e Jo Cabo CRUZ. O
Cap :IT3BUS, mandou que eu decorasse todo o teor do que di-
tarEi, para que quando eu fÔsse inquirido sei:1:1re dizesse a
mesma coisa. ""'sse Jeroi!l"ento arquitetado pelo Cap :-r:i:!BUS /
fora o que declarei para o Coronel G~\DSTONE, quando fui /
chamado a presença do ~esmo. Do referido depoimento a úni-
ca verdade ~ a que diz que eu chegara ap6s o jantar , mais/
ou menos relas 1930 horas do dia 12 de Janeiro . O restante
do depoim(::nto ~ tu.do blefe . Ainda recebi orde!J.S do Cap NI.§
.1.ms para ~.1em qv.er (ue fÔsse me ouvir, eu dizesse que nun-
ca vira, ou-v~ra ou oesmo tivesse batido em algum soldado.
Disse ainda que ap6s tôdas as v~zes que fÔsse prestar de-/
claraçÕes, ~ntes de assinar lêsse tôdas as declaraçÕes. Co~
1elação a luva, a única coisa que sem se refere ao Cabo//
,.
CRUZ, pois o mesmo tÔdas as vezes que ia bater em algum//
soldado tinba a mania de calçar uma luva esco~a. Quanto ao
soldado BOTELHO o que sei é o segui~te: Disseram-me que o
~JT~LHO fora rreso por causa ue um revolver, numa data e
)( A I
por um Cmt de Pa trulba que eu não oe lembro. Como o SU. 30-
:::L...trO ~ irmão do ".ru\.PARJ\ 11 , que estava prêso na Delegacia /
de VOL!DA REDONDA e é conheciJo co... o trafica .~.te de ...aconha
o C;;;.p .NIZ3US achb.va que o BG~LHO também era traficante. /
Levou-o para o Arquivo e o 'rendera nuca das celas lá exis
tentes. Fui chamado ao referido local pelo Cap !ITEBUS jun-
-
tamente co~ o Sgt Ei~L, Sgt G~L~ES, o Cabo /
Carimbo da Estação
~ Espécie
.Q
OFI CI AL Número ····················
·-·········--·········--
......... Data ......................
E
""l Origem ........................................... Palavras ....................................................... .
l ndlcac;:oes de
Hora da Transmissão
Ser v iço T axadas
o
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., cr.tT 11 :mn RJ iniciais do Operador
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APRES CAP VOLTAIRE DIA 18 :PEV 72 VG 61 FEIRA VG FI /
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~ <t PRESTAR DEPomEllTO IPll COlO !i.!ESTmumtA PT CEL SAMPAIO ENC
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- 1-
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~* f,b~
C~JZ rzra au)~liá-lo naz inquiriçoes do
,.., ~~
soldado.
reieri~o
qJit{Oifu-Rlt5tW:-xr'fen
Servindo de Escrivao
:t"•ru.TO DE R2Il'TQUIRICÃO DE
~r
__J
~ -=~=---------~~~~-=~----------------------~~=====-~~~--------------------
-
entre 1930 bs e 2000 hs foi info~ado por um soldado que/
nao se recorda bem que seja, mas que teru uma pequena lem-
brança de qua seja um soldado do cassino dos oficiais, //
que lá nos fundos do Quartel haviam dado mn tiro, ocasião
em que para lá se dirigiu, já encon~ndo lá perto do Ar-
quivo, o Oficial de Dia (Ten l.'Ili.GALRlBS), tendo então per-
guntado ao T!lesmo o que tinba havido, sendo infamado -pelo
referido Tenente, que tinha saído uma pessoa pelo muro, e
que as sentinelas do Paiol e dos Fundos, disseram que esta
pessoa tinha saído de tráz do Arquivo, ocasião em que o /
Oficial de Dia (Ten W\GALH.~:.SS), levantou a hip6tese se não
teria sido algmn prêso, tendo então o declaronte junta.I:len-
te com o o:icial de Dia (~en LL~GALHÃ~S) se dirigido para o
Arquivo para vêr se não havia nenhuma late, digo, altera-/
ção, ocasião ~ que o Ten J':AGALHÃES, forçou as portas ex-/
ternas, para verificar se tinha alguma delas aberta, sendo
então notado pelo Ten !'IT.'\GALBÃES, que seg~do lhe parecia /
um dos basculhantes estava aberto e que tinha visto o mes-
mo fechado. Nessa verificação o declaDante perguntou ao Ten
MAGALHÃES se êle tinha as chaves do Arquivo, tendo o refe-
rido Tenente respondido negativamente, dizendo que talvez/
estivesse com o :'en J>,ITRANDA que se encontrava ausente do /
Quartel naquêle monento. Disse o declarante, que na hora /
da revista do recolher o Ten 1.URI\NDA chegou ao Quartel de
carro, acompanhado de uma mulher, ocasiao em que o Ten 1'~-
~
rf!?I
nha alguém prêso naquêle local, porque
PC do Pelotão Especial nao ficou sabendo para onde tinham/
levado o Sd BOTBLHO, ficando em dúvida quem poderia ser//
que fugira. S6 ficando esclarecida essa dúvida ~o primeiro
dia útil, qnc se>gundo se recorda o dE-clarante, foi :lllla se-
gunda-feira, dia 03 de Janeiro de 1972, que voltou ao Ar-/
quivo, encontrando lá o Cb PREITAS e posteriormente che-/
gou o Sgt GUEDES. Verificaram en.tao se tudo estava bem, //
quando a~riram a cela e cha~aram pelo Sd BO~?QIO, pois a
referida cela estava escura devido a falta de luz, é que o
declarante ficou sabendo que tinha sido o soldado BO::'-:IT.HO/
que ~Javia fuóido. Que, o Babo F~EIT.'I.S e o Sgt mr:sDES diss~
ra.:n que um amário .,'Je lá· estava, não se ercontrava no la-
gar, e sim en:nostado à ~rede, embaixo do alçapão. Hais 1/
+arde ~hegaram .,o Ar'luivo o Ten ~ITP-1\.~TDA.. e o Cap tT!EIDS, o-
casião em que foi m0strado por oude o Sd ~OTFLHO tinha sa-
ido. Disse ainda o dec:!..arante que a")6s o rancho riirigiu-se
juntamente corn o P ~ jun+o :para o P~vi 1'1áo de Co.,..,ando, por /
volta das 1900 hs, p0is tinha ~cdido ao mesmo para falar I
com o O~i ial de Dia e pedir-lhe permi~~ao para ir em ca-
sa tendo e::- vista a passagem de ano, "tonto o ;,' C:j1.0nto o I I
mesmo, digo, lá chegando a\~staram-se com o Oficial de Dia
( Ten !:AGALHÃ--:;s), oca.sião en. g_tJ.e o Aujunto expôs ao Oficial
de Dia o pedido ào Jeclarante, tendo o O:icial de ~ia (Ten
r.:.AGAL1 10:::2S) co:;. . . cordado em que o declarc.nte fÔost e~ casa, I
dando para. 1.sso o prazo de quinze tlir_utos, em virtude de I
ser dia àe festa e quere1.· C.1.Lle todos os S2rt;e.Ttos àe servi-
ço eGtivC?ssem em condiçÕes de serem. ernpregadaos, digo, em-
preg~dos. Declarou ai~lia, que quanto ao que o Cabo JKJZ ,1/
lbe cdsse ua11.do o declarante ~erc:;untou pe:!.o Sd B'J7:::::L...B:O, I
disse o re.feriJo Ca...>o g_ue quanto a êsse i'roblema ~o era /
para se preocupar, pois o Cap ~~~nJS iria telefonar ~ara o
Delegado de ~c., Ícia, se assir.1 o Cap liTEBJS fez rno ficou I
... -
sabendo, poürnao, digo, poic nao pt:r~untca. mais n.n.da. Isso
o Cb CRUZ havia dito ao declarante quando ambos se lirigi-
am para o Arquivo, não se lembrando bem, mas parece ao de-
,. -
clar:J..nte que o Cap liT2BUS, havia. dito a êle (Cb em;:) que/
este assunto nao era para ser come~~ado. Diss~ ainda o de-
claran~e, que um dia, r~o se récordando qual seja, via o
Cap ~~=FJS, conversun~o com o Tielt: 6 ado de Polícia de VOL~A
~f)J~
RI:DO:!DA, não sabendo entretanto o declaran~l o asstJ!!
to tratado, pois êles (:ap ~~:~BUS e o Delegado) se dirigi-
an para o estnciona~ento de carros c quando chega1~ a al-
tura ele uma quadra de v-oleibol, o Capitão NI::!BUS chamou o
decla~nte, tendo neste momento interrompido a convGrsação
com o delegado, e disse ao declarante que o esperanse no I
Pavilhão de Comando, tendo o declarante se dirigido para I
aquêle local e permanecido bastante tempo. Mais tarde, 111
qu~ndo o Cap IIT~BUS voltou, disse que não precisava lliais I
elo declarante, não sabendo mesmo ~ra que havia sido c1:1a.I!l~
do. :8, como nada mais e nem lhe foi perguntado, à. eu o en-1
carregado do inquérito por findo o presente C:epoim.ento, e
de como as3im fêz o indiciado as referidas declaraçÕes, 1/
mandou o Cel Cav Iv~RIO OELUTDO RIBEIRO SAMPA.IC, :::ncarrega-
do dêste inquérito, lavrar o presente auto, que, lido e a-
chado conforme, vai por êle rubricado e assinado pela tes-
temunha, digo, vai por êle rubricado e assinado pelo indi-
ciado e comigo lQ Ten Cav JZSIEL GOMES RIBEIRO, servindo I
de escrivão, que o escrevi.
Indiciado
Aos dez d~as do rr.ês de ~evereiro do ano de mil nove
certos e seten~~ e dois, nesta ci1ade do iio ~e Janeiro, 7
no 0uarte1 do 15º ~egimento de Ca·~l~ria MecanizaJo, onde/
se a.eha·va presente o Gel Cav MÃP..IO Of.J....AiillO PI.:::iRIRO C'!\J,:J?.AIO
Encarregado dêste inquérito, comigo 1º Ten Cr>v J=::SIEL GO-/
H~S PJ::B~I::o, servindo de Zscri vão, compareceu aí o Cabo //
JOS~ AUGUSTO CRUZ, já qualificado nos presentes autos, a
fim de ser reinquirido sôbre os fa~os que originaram os f~
tos, digo, a fim de ser reinquirido sôore os fatos que or,i
giPBram o ~elat6rio Zspccial de In~ormacÕes nº 2/72, de 14
de Janeiro de 1972, do Cmt do 1º IITB, de :fl nº 007 , o qual
lhe foi lido, declarando o seguinte: LOGO ap6s nossa cheg!::
da ao Quartel na 5ª Feira, o Cap IT"SBUS ,1os liberou, dizen
do que depois falaria conosco, para que ficássemos ·t:ran.qn,i
los. Na 6 ª ::::'eira, eu fui falar cor1 o Cap ITIFBUS em sua ca-
sa, à noite, pois eu estava muito nervoso. Quando êle (Cap
ia?BUS) ne disse que estava ar~unanio tudo, que os dois ra
pazes (!1!0NÇÃO E VAlill~) tinham fugido, não entrando en
detalhe, pois teria que sair, não me dizendo aoiLde ia. l'Ta.r
cou tuna reunião pafu domingo à tarde na 1ual eo~pareceu /
al6m do Cap ~rrB:s-Js, o ~en I.:I:S.\NTIA, Sgt ET2L, C' c:-t
:J C.:J "":?:T"DV"'T~
_..,'...) .D..L..I.a. ._ f
I
Sgt 'HJ:SDZS, Cb Fit"SITAS e eu, o Cap 1ITFBUS entao 0isse-nos/
aue já tin~a .Jolado o que deveríamos dizer quando fôssemos
chamados para depôr. Que o Cap 1IT~BUS nos apresentou uma /
fÔlha de papel datilografada, da q•.J.a.l nan.dou que eu gra-va~
-
vi qtte o ~ap ~IT~HIJS fêz o depoimento dos S6t .ETEL, Sg t :::.u
~;s c Tcn :rrr..lNJJA, fêz o à.êle baseando-se no do Cap NI:u-
-
:aus. Quem bateu os depoimeDtos citados pelo Cap lliEBUS I I
foi o Sgt LEONARDO, Disse :tamb~m que i sso ia ser barbada .
Quanto ao caso ta luva, sei que antes ela r.tor te dêstes so];
dados , no p1 incípio de tl.'::la semana, a qual não r-osso dizer
com exati dão pois não ree recordo, o Cap :ITBB:S estava no
..A_rqui vo qt:t~nclo pereuntoiJ_ ao Cabo ~HOT~Z ·.tUa!:'to custava I I
UJ-n.c luva cirÚ:::-t."ica e êE:te respoLueu que deveria custar /I
~ns ~10,00 (dez cruzeizos) , cnt~o o Cap !IT3EuS disse que
l he daria o dinheiro para que o Cabo :;:r:or.i.-12 : be conprasse
u.~..1'1a, o Cabo ~HOIT1~Z pergiJ_
;J.tou- ....be que cor que e:!.e Cap NIB-
·~ , A A (
vil foi em vão, não eJ..."isti a ni nguém no parque com êsse n_2
me. Peguei um.onibus com o Sd BO~~LHO e fui a casa do Cap
l'l"'I:SBUS , chegando lá o .ren r..rr:::ANDA. estava conversqndo com/
êle ( Cap NIEBUS) , então expliquei a o Cap NIEBUS , que rlãol
não conse5ui encontr ar o tal c i vil ; o Cap IIT:t:BUS então fa
lou oom o l:en :rqRt:m~~ e vol tam.os ao parque nova.--nente , da_!!
~Ôdas as buscas em negativo . O capitão NIEBUS tinha/
~-~- - ~--~--- ~--·. --- -- ~------------
~~f~~
4JP/ ~
dito que se nao "" houvesse naãa de positi vo o~o~niO i a
doroir no Quartel e eu que i~ia :evá-lo; foi então que//
de ixamos que deixamos o ~en í.:IR'-JLA no Bar e I.c nchonete /
:BBRI:B.J\.U (hoje C07A 70) para jan-ta...· con sua mulher e mais
um casal que desco~heço , e seu amigo CLEUSE foi nos le~~r
ao Quartel (eu e o Sd BOT=LHO), antes passamos na casa do
Sd BOJ:ELHO r,ura que êle trocasse de roupa, logo ap6s di1.-:!,
gimo- nos ao Quartel, cheganão lá entreguei o Sd BOTELHO/
nas nãos do Oficial de :Jia (:ren ~R.tl.NCO) . Depoi s diss o vi
o Sd BO~LHO du~s ou três vêzes , pois o Cap ?U~BUS , r~o /
sei porque motivo me esquivava o a s sunto sd BO~ZLHO , dan-
do-me missÕ~s. No fim de Dezembro foi que passei a i r ao
Batalhão tôdas as manhãs , foi então que no ~ia 31 de de-/
zemtro par~ 01 de Janeiro, se deu a =uga do Sd BOTELHO, o
qual na tarde de 31 de dezembro vi que guardavam o Sd /
BCT~LHO n~ cela nº 2, cela esta em que estava o mimi 6gra-
fo, a porta da cela fui eu quem feche i, e per~untei a o //
Cap IITEBUS se não ia algemar o Sd BOTELHO, e êle disse//
que não e que êste n2o conseguiria fugir dal i . To~ei co-
nhecimento da fuga Jo Sd BOT=:LHO na manhã do dia 3 ( 3 ~ //
Peira) de Janeiro, por intermédio do Sgt GUEDES . Foi quan
do fizemos, eu, ~en I·.ITill\lill-"!. e o lllOGorista da 2ª Seçã o uma
busca y~ra ver se localizav~ o Sd BOTELHO , busca fei~a na
-
casa dêle e 11a casa de sua irma"" , se nao me e11onano situada
na rua 52 (Vila). 7ornei a vêr o Sd BOTELHO uns qutro , d!
go , Tornei a vêr o Sd BOTELHO uns quatro ou ci nco di as d~
pois quando me deslocava para frente do escrit6rio Cen-//
tral, foi quando o vi saltar de um onibus da Cidade do//
Aço, êle me viu, colocou a mão na. cin'tura e ..:orreu, fo i /
quando dei fa l ta Je minha arma, corremos , êle (30TZLHO) /
pela frente do pôsto Atlantic e eu por tráz , foi -}.Wlndo o
Sd BOTJ:";LHO desapareceu co:c.o por e.. canto , disquei vnri as I
vêzes para a casa do Cap iiTEBUS , não conseguindo entrar /
em con táto com o mesmo, fui a minha casa peguei a arma e
vinha voltando di sposto a ir na casa do Cap NIEBUS~ para /
lhe relatar o ocorrido , quando ~le passou !)Or mim, então
chamei-lhe e contei o fato. ~le (Cap !ITEBUS) virou- se pa-
ra mim e disse que faltava w1s dias para que o Sd BCrELHO
passasse a desertor, então êle (Cap TII~uS) telefonari a;
ao Dcle5ado JLCQL~S de Volta Redonda c diria que o homem
já cstav~ ,ibcrado. Recordo-me ainda
que quando êle (C~p lã~BUS) me Jeixou em casa, qu&nJo sa-
imos C. o ~t..s.r tel .íléssa noite, ê::!.e ( 8ap !U:CBU3) IL.C ú.isse //
<!_.le i_'ia ~a1 ar .::o~~ o C:.elegado de Vo: ta ?..edonda, se falou/
mesmo não sei pois 11ão !Le levou. i'Turn.a da::; vêzeo que f.J.i a
casa do Cap :rr3roS i:Lformar-lhe o ocorrido durante o dia/
(mizsÕes c1adas a mim), falei ao Cap riTEJ3US aue se êle qui
zesse a gente vuidava do :so:::LHO. Lr..tÕ.o é:::!.e ( 8cp :u::::::3US)/
me disse que se precisasse faz2r alguma coisa, a ~o~ícia
de Volta Redonda, :aria, (quer t1izer, êle r:'Jr:..::.ú.va êles f,ê;
zerem), pois Milita~ n~o envrsva neooa jogada. O que ainda
tenho a dec:.e.ra.r ;; :_ü.e na
o tinba l.:.gação cor:. a :-o::.ícia de
~rolca ~e~vnda, ch~f~sda ~elo Ticleb~do JACQU3S, pois o G~pf
IIT1~uS ~o o :emitia, pois os ~~~cos policiais con qü.cm /
eu "'dnha lig· ~~o erur.1 loi:::; invcsti;-adores d~ CSU, são ~:'..c::;
'::;_"..:2?08 e TOlli,ES, êles ectão pr.J. ticru.'lente inteirados de -:u-
do que se r'lssa em Volta ~edorJ.da. ~'o.rarn. êases dois inves-
tigadores qLlC de:!_ ~.m D. :~ista de MAHO:::L CAl.~Eifu\, traf::..cante
ZE:::rn:ro (:Ja.i:--1 o
ias 3-ra.ç~s', traficante'!:', inclusive /
~~. ~.
tinh~ ~lantaç;o e outros ~ue nao ~e rccorüo. ~u3nto ao Sd
J.ençois achados ~H' ? :;_ a.:.:~:_·io, ·1ão sei iis to )Ois rllO a-/
bx-o neu O.l"l'!lário desde o i.lês à.e outubro se ~".lO me engano, /
pois o Cabo :::R..L--;::!.3 pode c.lizer isto. Qu';ndo foram en:J.l--c-//
,:::-:r as camas ç_t.._e e::"'.;:.vam r.o "lr u.l vo c~ apanhe:.. 1J.-'il colcha,
'IDa i'rori-J::t e t:u":l cs.pacete '3Llj os de sDn,;u.e, levei e: coloquei
..-:.e:J3.ixo df! poltrona do p:; <la P:8, c1epoi.3 o Tcn T::IR'':JillA r..an-
lci.l -tiJ.'? eu o;s colacasoc no carro dêle, pois (J.e('::cn I.IT2AN-
!);~)li.sse que iria da.l' sur~iço nêles. ~udo o r.!J is que fiz /
.2oi ct.unprindo orue..1s c1o ~s.p :ITEBUS. E, ~ono nc. :lo. m<:.is dis-
se e nem lhe foi pe:;:-gun-;g_do, deu o c:-:carrcuo.do elo i~qu.éri
~o ::o_-. findo o presen-G'3 depoir::en~o, e de? como a;;;,s:L"::! ::êz 0
~~~~~~~~~~~,~v-~~~e~
Aos dez dias do ~ês de Fevereiro do ano de ~il nov~
centos e settnta e dois, nesta cidade do Ric de Janeiro, /
no Quartel do 15º Regir:.ento de Cavalaria ~!ecanizado, onde/
se achava o Cel Cav :.~I'uO ORLJ\NDO RIB.T·.IHO S.AJ/iPAIO, :C:ncarr~
gado dêste inquérito, comigo 1º Ten Cav JESIEL GOI.:ES RIBE!,
RO, servindo de Eacrivão, compareceu ai CELSO GOThlliS DE///
FREITAS FILHO, Cabo do Ex~rcito, já qualificado nos prese~
tes autos, a fiffi de ser reinquirido sôbre os fatos que or!
ginaram o Relat6rio Especial de InformaçÕes nº 2/72, de 14
de Je.neiro de 1972' do em t do 1º mB, de fl nº 007 ' o I I I
qual lhe foi lido, declarando o seguinte: O Cap NTEBUS, //
instruiu-me como responder no IPM da seguinte maneira: que
eu deveria negar que bati em qualquer dos soldados inquiri
dos a respeito do caso da maconha, para falar que os inter
rogat6rios eram fei tos jogando LW~ soldados con~ra os o~-1
tros, dizendo que uns haviam denunciado os outros . ~isse-/
me ainda que talvez eu ficasse fora do inquérito, pois no
dia effi que êle (Cap NIETIUS) foi inquir~do r elo Cel SM.WAIO
lá no 1º BIB, não havia havia citado o meu nome, pois no
dia da fuga dos soldqdos VANTIERLEY e IJOJ:TÇÃO, eu não me en-
contrava no Quartel a partir das 1500 horas e que quanto /
menos gente fÔsse para o inquérito seria melhor. Isso foi-
me dito no dia 15 de Janeiro de 1972 (domingo), ap6s a mor
te do soldado GEOMAR, numa reunião feita na casa do Cap N!,
EBUS, na qual estavam presentes todos os elementos da equi
pe. Disse ainda que certa vêz em que estavam no Arquivo o
Cap NIEBUS, mandou que o Gabo THOT..:.!.~Z comprasse 1 ou 2 pa-/
res de luvas cirúrgicas, não ficando entretanto sabendo//
qual a finalidade das mesmas, ocasião em que o Ten MIRANDA
dissera que iria vêr se conseguia arrumar com un méclico, /
seu conbecido(do Ten 1IT~NDA). Que o que sabe sôbre o Sol-
dado BO~DLHO, é que o mesmo estava prêso nwma cela do Ar-/
queivo, digo, Arquivo e fugiu n~ noite de 3l·de Dezembro/
de 1971 para 01 de Janeiro de 1972 e que foi a procura do
Soldado APARECIDO para apanbar com o nesmo u.ma arma que o
RPARECIDO havia guardado ; que, nesta ocasião BO~E~~O bavia
• I
-
quipe que lá estavam prêsos, e que o assunto tratado nessa
conversa nao sabe qual foi, pois ficou vigiando da jane~
para avisar caso alguém se aproximasse daquêle local. A//
respeito dos lenç3is o Ten illRAN])_'\. mandou que o declarante
os qaeimasse no incinerador, tendo então o declarante quei
mado os lenç3is que estavam forrando as camas e~ que esta-
va..-11 os soldados VICSl'âE E GEOIV!ATI, os quais estavam sujos /
de sangue; que, o lençol que ficou no armário do declaran
te, era o que estava. cobrindo o corpo do Soldado G:20:MAR, /
-
acreditando o declarante que as rJancbas existentes no refe
rido lençol nao eram de sangue e sim do líquido que o Sol-
dado G:LOI'IL'cR vomitara antes de morrer. E, como n:.JJa mais //
disse e nem lhe foi perguntado, deu o el;Carregado do inqu_!
rito por findo o presel.i.te de:;?oi:mento, e de como assil'J fêz/
o indiciado as referiaas declaraçÕes, Mandou o Cel Cavala-
ria JI,'Lt!:RIO ORL'!.HDO RI:B:i:IRO SAMPAIO, I:ncarregado dêste inqué
rito, lavrar o presente auto, que, lido e achado conforme/
vai por êle rubricado e assinado pelo in~i~iado e comigo
1º Ten Cav õ~SIEL GOT~::s RIB:t:TJ.O, servindo de esc.:::-i vão, /
que o escrevi.
1º Ten-Serv de Escr
JUNTADA
I
~ não tinha conhecimento, e uma bÔlsa de feira, que se encontravam no inte-
rior de seu autom6vel; disse-lhe ainda o TEN MIRANDA que escolhesse um//
soldado de confiança para auxiliá-lo; que foi até o "quiosque" do Pelotão
e chamou o Sd 406-LUIZ CESAR DE OLIV·EIRA, que o acompanhou sem nada per-/
guntar; que recebeu as chaves do carro do TEN MIRANDA e partiu para Volta
Redonda, às imediações do Drink Bar Beira-Rio, às margens do Rio Paraíba,
mas como chovia e o estado da estrada não era dos melhores, al~m de perc~
ber a presença de civis nas proximidades, rumou para a Rodoyia Presidente
Dutra, procurando um rio, para atirar o material que recebera; que, não /
encontrando um lugar adequado, voltou para Barra Mansa, detendo-se nas //
proximidades da ponte Nilo Peçanha, por volta das 1500 horas, onde, jun-
tamente com CESAR, desembarcou e, ap6s verificar se não havia ningu~m //
por perto,. atirou o material ao rio; que, ap6s isto, voltou para o quar-
tel, onde se apresentou ao TEN MIRANDA, tendo relatado a execução da mi~
são, sendo então liberado pelo TEN MIRANDA. Perguntado se tomou conheci-
mento do material contido no saco, respondeu que sim, pois havia parado/
num lugar êrmo da Rodovia Presidente Dutra para colocar a bÔlsa no saco,
assim como uma pedra pesada, para afundar ràpidamente; perguntado o que
havia no interior do saco e dabÔlsa, digo, da bÔlsa, respondeu que se //
lembra de ter visto um (l) uniforme de passeio de soldado, cuja jaqueta
estava manchada de sangue, um (1) uniforme de instrução, sem o cadarço /
• de identificação, uma camisa branca de meia-manga, suja, carimbada, digo,
'0)
v
com o nome "Sd Vicebte" no peito, um (1) lençol, uma (l) colcha e l(uma)
fronha, manchados de sangue, l (um) par de coturnos e um (l) rÔlo de fias
que julga ser de telefone. Perguntado se percebeu buracos de balas nos /
uniformes, respondeu que não. Perguntado se tem mais alguma coisa a de-/
c-ara r, respondeu que, alguns dias depois, percebendo a gravidade do fa~
procurou, juntamente com CESAR, o TEN CALLICCHIO, atual Comandante do//
Pelotão Especial, a quem narrou todo o fato. Como nada mais disse nem //
lhe foi perguntado, deu o Encarregado da presente inquirição por findo o
seu depoimentm. Sd 406-LUIZ CESAR DE .OLIVEIRA, reso, digo, residente à /
Rua Jos é Hi p6lito, n2 542, bairro Cotiara, em Barra Mansa-RJ, filho de /
Joaquim Batista de Oliveira e de Maria de Paula de Oliveira, nascido a/
~
Continuação das Declarações dos Sd 161 ROSENEURG e 406-~ -
7 de dezembro de 1952, natural do Estado do Rio de Janeiro, ident.idade nº
lG-924.999-A, servindo no 12 BIB, declarou que no dia 25 ão corrente fÔra
procurado pelo Sd ROSENBURG, que lhe dissera que o TEN MIRANDA o estava I
chamando; que acompanhou o Sd ROSENBURG na direq:.ão do PC, e viu o TEN MI -
RA1~A pr6ximo ao seu carro, que estava estacionado nas imediações; que c
TEN MI RANDA lhe disse para acompanhar ROSENBURG, dizendo ainda as seguin-
tes palavras "Voe~ n2.o viu nac1a, hein! ••• "; que entrou no carro e, ap6s I
saírem do quartel, ROSENBURG l he disse que o TEN MI RANDA mandara que êleE
fizessem desaparecer com um material que estava àentro do carro; que se-/
guiram para Volta Reà.omda, até às proximidades do Drink Bar Beira-Rio, / /
mas como chovia e havia muita lama, além de civis por pert o, partiram pa-
ra a Ro dovia Presidente Dutra, à procura de um rio, onde atirariam o mat~
rial; não encontrando um bom lugar, resolveram voltar para Barra Mansa, I
até a ponte Nilo Peçanha, qme se encontra abandonada há a nos, onde atira-
ram o saco com o material no rio Paraíba; que, depois disto, voltaram pa-
ra o quartel, onde se pa , digo, apresentaram ao TEN MIRANDA, dando conta/
da missão, o qual não fêz comentários, tendo-os liberado. Perguntado se /
sabia o que havia jogado ao rio, respondeu que sim, pois haviam parado //
num local êrmo da Rodovia Presidente Dutra para colocar dentro do saco a
bolsa e uma pedra grande, e tiveram a curiosodade de verifjcar o nateria1
constatando que se tratava de peças de uniforme, sendo 1 (um) uniforme de
passeio para soldado, 1 uniforme de i ns trução sem o cadarço de identifi-/
cação, 1 (uma) camiseta branca com a inscrição "Sd Vicente", 1 lençol, 1
colcha, 1 fronha, 1 par de coturnos e um rÔlo de fios. Perguntado se pe~
cebeu manchas de sangue naquêle materi al, per, digo, respondeu que sim,/
por~m não pode preeisar em quais peças. Perguntado se percebeu buracos /
de balas nos uniformes, respondeu ~ue nãoo Perguntado se tem mais alguma
coisa a declarar, respondeu que, algum tempo depois do acontecido, per-/
cebendo a gravidade da situação, procurou, juntamente com ROSENBURG, o/
TEN CALICCHIO, atual Comandante do Pelotão Especial, a quem narraram os
fatos p, digo, os fatos acima. Como nada mais disse nem lhe foi pergunta
do, deu o Encarregado desta. inquirição por finda a presente declaração,/
que assina, juntamente com os depoentes, uma testemunha e comigo, LUIZ /
CARLOS TONA, 3º Sargento, Escrivão.
e~
Sgt Escrivao
R SERVA
I .
MINISTÉRIO DO EXt:RCITQ
I Ex - 5~ BDA C BLD
PRIMEI30 BATALHÃ O DE INFANTARIA 3LINDADA
R s R o
AUTO DE BUSCA E APREENS!O
Aos ias do mês de fevereiro do ano de 1972, nesta cidade de Barra
Mansa, RJ, no quartel do 1º Batalhão de Infantaria Blindada, em cumpri-/
mento do mandado retro, nos dirigimos às proxi~idades da ponte 1~LO PEÇA
NHA, situada sÔbre o Rio Paraíba, a fim de procedermos à busca e apreen=
são ordenada e constante do referido mandado; ao que convidamos para as-
sistir às diligências desde o seu início as testemunhas 2Q Sgt-HELIO PIN
TO DE ARATIJO e Cabo ALVARO n~~ANDA DA SILVA, abaixo assinadas; e do fun-
do do Rio Paraíba, sob a ponte NILO PEÇAlTF~, retiramos u~a (1) colcha//
branca e um (1) saco de estopa, que apreendemos e ficam em juizo; não /
foi possível salvar os demais objetos em virtude de o saco se hav er ras-
gado pelo peso da pedra que continha, da profundidade e da correntezP do
rio naquele local, tendo sido baldados os esforç os do soldado que mergu-
L~ou para o salvamento; do que, para constar, se lavrou o presente auto,
o qual vai assinado por mim, Cap CARLOS JOSE VIDAL DE A~giDA, que o es-
crevi e por 2Q Ten PEDRO 1UGUEL CALICCHIO, tembém encarregado da diligên
º
cia e pelas testemunhas já declaradas. -
Cap ~
ijA1. ~~ Testemunha
~~~ ~e
Testemunha
•
AUTO ~E BUSCA E AP3EENS!O
Aos sete dias do mês de fevere i ro do ano de 1972, nesta cidade de Barra
Mansa, RJ, no quartel do 1º Batalhão de Infantaria Blindada, em cumpri-/
mente do mandado retro, nos dirigimos aos a l ojamentos do 22 Ten R/2 Inf
PAULO REYNAUD :MI RANDA DA SILVA e dos Cabos JOS:l AUGUSTO CRUZ e CELSO GO-
}.ffiS DE 8REITAS FILHO, todos desta Unidade, a fim de procedermos às dili-
gências ordenadas e constantes do referido mandado; ao que convidamos pa
ra assistir às diligências desde o seu início as testemunhas 2º Sgt-HE-7
LIO PINTO ~E ARAtlJO e 3º Sgt-1~UZAR LOURENÇO DA SILVA FILHO, abaixo assi
nadas; e entrando nos locais supra declarados, procedemos à mais minucio
sa busca, examinando todos os lugares, fazendo abrir portas, gavetas e 7
armários, e aí, no armário de banheiro do 2Q Ten PAULO REYNAUD ~ITRANDA /
DA SILVA, encontramos um (1) par de algemas e uma (1) faca; no armário /
do Cb JOSE AUGUSTO CRUZ, encontramos dois (2) lençois, e u~ (1) lenço e
cinco (5) Car , 45 M4-55; no armário do Cb CELSO GOI~S DE F?~ITAS FILHO ,
encontramos um (1) lençol, uma (1) escova de dentes , um (1) canivete, um
(1) colar de contas, duas (2) chaves e uma (1) ficha vermelha, que apre-
endemos e ficam em juizo; do que, para constar, se lavrou o presente au-
to, o qual vai assinado por mim, Cap CARLOS JOS~ YIDAL DE ALMEIDA, que o
escrevi e pelo 2º Ten PSDRO MIGUEL CALICCHIO, também encarregado das di-
ligências e pelas testemunhas já declaradas.
---- - -- -~ -
JUSTIÇA MILITAR
1.' CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.' AUDITORIA DO EXÉRCITO
~,..,
' I
.....,
RIO DE JANEIRO, GB l (' -.·e ~ p l
-.
-'1 '7. '/
N .'....................... Do Auditor
.'"li. .. r: - ro s ,.-... p
- ..... • -
r -
Mod. 257
·- · --- ---------- --
~~-~~~----~~-~-?.:~-~.J..... ~-~--~------~-~----!..ev 72
Do Cmt do 1º BIB
E· o
- ------
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - 5ª BDA C B~
PRTI/íEIRO BATALHÃO DE I NFANTP...RIA ELINDADA
1. - SncamiP-~o-vos
dos que se seguem:
as i nfornações
- abaixo referentes aos ex-solda
' -
- .Ti.JAREZ KONÇÃO VIROT3 (lG-925 .226- A), filho de Pedro Paul o Virote e
Efigênia IV'onç·ão Viro te, nascido em 02 Dez 52, natural do 1\:un i c í~i o de
Barra Mansa, Estado do Rio de Jane iro, solteiro, cútis prêta, cabelos/
pretos carepinhos, barba e bigo des raspados 1 olhos castanhos escuros,/
.1ltura 1,67m, Tipo Sanguíneo Grupo 11 0 11 -Fator .Rh Posi tivo .
- V.4.NUERLLI :DE OLIVEI RA (lG- 925.048-A), filho de J ocelino él.e Oliv eiv ei
ra e Adelai de · de Jesus Ol iveira , nascido em 20 Fev 52, natural do Wun~
cipio de Vo lta Redon~a, Estado do Rio de Janeiro, solteiro, cúti s pre=
ta, cabel os pretos carapinhas, barba e bigodes ras pados, olhos casta-/
nhos escuros, altura 1 ,8l m, Tipo Sanguíneo Grupo "B" - Fator Rh Pos it i
vo.
2 . - Outrms s i m, informo-vos que a Uni dade não possue Ficha Bi omá
trica, bem como Ficha Datilosc6p i ca, esta reme tida a o Serviço de en-
tificaçso do Exército.
JO
SER DO
R s
MINISTÉRIO DO E XÉRCITO
I Ex - 5ª BDA C BLD
PRIMEIRO BATALHÃO DE INFANTARIA BLINDADA
I
lg BIB ~eito pelo Perito Alo~sio Júlio por via telefonica, tendo o' Oficial'
de Dia solicitado que fosse aguardada a chegada de uma patrulha daquela UQ1
·Às
I.
I dade para irem .. juntos ao ·-looal~· DO§ EJW1ES ..EXTER.t~ÓS DA REêiDtNCIA: ··16:30
hs (Dezessei s horas e trinta min~tos) do _dia 08/02/72, em companhia : do 20
Tenente Cali c chio que .comandava A
a patrulha, o Peri to AloÍsio. ,
JlÍ:l:i_o_.d i..r :igiu-.
se para o supracitado en,dereço, passando aos exames necessarios: , foram en-
contrados. no pátio da garagem 2 · (dois) .pedaços de madeira atirados · ao chão.
.. ' . . . . , . . . . . . . . ..
- ~ exame da janela lateral constatava-se a quebra de varias r~pas da vene~
ana direita, bem como 2 (duas) marcas' caracter!sticas de arrombamento,. es-
.
. .
".lo no entanto, a mesma fechada. . .
Numa das j·a nelas da parte
.
dos fundos, - 1'\Q
tava-se a falta da duaf partes do basculhante, sendo esse de madeira, não •
. podendo precisar se ~oram as mesmas · arrancada~. ou joga_d as para o · int~rior. •
Na parede dos fundos, abaixo da janela já mencionada, eram visíveis marcas
que demonstravam por ali ter subido ou tentado subir alguma ou algumas pes-
soc..:· -'Vo basculhante do quarto de serviço, o qual encontrava-se semi-aberto
notav;-se o empenamento do madeiramento, em virtud~ da fÔrça empregada no
sentido de . arrombá-lo. DOS EXAMES INTERl"'IOS DA . RESID~i~CIA: Em virtude da re-
r ferida r'esidência estar com suas portas e janelas trancadas, não foi possí-
vel, de imediato, realizarmos a·perícia da parte interna, sendo de.ixadQs, a
. - ----~---
.
se COJ:?.S_~a~ou o -~rancamento . dos ·bascul;hantes • . CONCLUslo: ·,-~ace ao ~_po~to , no.
corpo
.
do. presente.. LAUDO -pelos exames .. efetuados
. externa. e , .internamente
..- . -na r.e. '
ferida ·resideiJ.cia,. concluem. os Peritos ter sido ' a mesma -violada, .tudo , levé)Jl
do a ·crer que~ _o ele!!le_n to o-g elemento~ não conçreti~aram seus intentos! . -. P~r
estarem as .portas do in~eriQr da :t:esidência . devidamente trançadas, -como ta.m
~_ém, pelos exames . e~etuados . n?
interior, os quais demo~st~~vam q~e-,· 0~ ·a po :.-
sentes aparentavam e star em ordem. E como nada .- mais ·houvesse .. a . rel tar . ou
examinar, . encerr~os ·o :presente LAUDO, ·o , qual . v ai . dev i~~ente_.. :í.lus··~p.o. por_·
fot ograma s · para -maiores detalhes e . esclarecimentos dos . fatos • .- E~-~~~---
- . N I . . • ' : ' .... ' I
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......
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
C e r t i d ã o:
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. . • ' ...~
.,..C'. RUBENS FEIJO BOTELHO,Escrivão classe"Q"
' ·"
~ do Q.P.S. com exercicio na Delegacia de
_,_,.P olicia do Muriicipio de Volta Redonda,'
·'
.
fielmenté , se.ndo dada e passada nesta cidade de Volta. Redon,
.-.-~
• ·-·-·-·-·-·-·-·-
- . -·-·-·-·- · -·-·-·~·-·-·- .- .......-·-·-·
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I.
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----------·~----------=---~~--====-~
-~;
mê s d: fevereiro, j~o ano de . mil novecentos e setent~ e
dois •.l!;u,_:_ /~_t-.-/ ) _,Escrivão,d atilografei, su - ·
bscrevi,d~t~~ssino.
. I
I
Volta
I
,)
JACÔUES- SODRÉVW1NA~=-----=
q3 g a do de Pol:Í.ci~~~ . . . .• ~A
OHEGA<í.~ De h:.d~.u~ \OU A REDONDA. · ...··
I! .. · cARTORIO .
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~ ESTADO DO RIO DE JANEIRO·
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· SECRETARIA DE SEGURANÇA
Delegacia de Polícia de Volta Redonda
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DE SERVIÇQ
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Volta Redonda• 8 de fevereiro de 1972 .
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LeARLO SILVEIRA OSA
COMISSA" O ·,' .
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o Se~indo de Esêrivão
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DESP~_CHO
RECEBIMENTO
Ten
Escrivão do IPM
I Ex • 5e Bda C Bld
15n R~ec - (~cmlEC)
Rio, GB, l8 Fev 72
Cêl 11JA.I!l0 ORLANDO RIBEIRO SM'I
-- -- ·- PA:tO - > Enoarregado do IRI -
Dr Delegado de PoUcia de ~r
.ro Mansa
·.
t ~
- T
i: o
RI · I:O MI.:P.. IO
OTI.LA~
-~do doiPM
CERTIDÃO
,.
Aos dezoito dias do nes de Fevereiro do ano de nil
novecentos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de Jane,!
ro, no Quartel do 15º Regi:n.ento ele Cavalaria r.iccanizado,/
onde se achava o Cel Cav I.llt:UO ORLANDO RIBEIRO SAI.TPAIO, /
encarre5ado dêste inqu~rito, comigo 1º Ten Cav JESIEL GO-
llES RIBEIRO, servindo de escrivão, compareceu aí a teste-
munha abaixo nomeada, que foi inquirida no presente Inquf
ri to Policial l.tili tar, declarando o seguinte: IRA:ITD.ES //
FEF~EIRA, brasileiro, casado, com 38 anos de idade, natu-
ral de Carrancas, Minas Gerais, filho de José Ferreira e
de Abigail Ferreira, Fiscal Auxiliar de Censura d~ Secre-
taria de Segurança PL1blica do Estado do Rio de Janeiro, /
lotado na 5ª Região, com séde na Delegacia de Bl\.F..RA ~!ANSA,
que depois do compromisso ue dizer a verdade, disse que
se encontrava na Delegacia de B'lrra r~ansa, num dia que não
se pode lembrar, quando cheeou no Bar do Sr Manoel, o Ten
Miranda, o que chamou o declarante;que, atendendo o Ten. In:i
rnnda, por êste foi convidado para fazer ~ serviço; que,
ei!l. virtude do decla rante auxiliar a Secçao de Roubos e Fur-
tos daquela Delegacia, perguntou ao Sr NELSON RIB~RO D:3 /
POUR..I\, chefe daquela secção, o qual ia saindo naquele mo-
mento, na viatura da delegacia; que, o Sr N :~.LSOl'T disse ao
decbrante para não ir porque era uma "fria", no ti vo ~elo/
qual o declarante voltou ao Tenente 1ITRI\NDA e disse que não
podia ir; que, o Ten IITP.AND.I\ disse ao declarante que então
iria ter que apanhar "os meus meninos''; mais tarde, naquele
mesmo dia, o Ten r,'!IRAND.I\. voltou ~ port~ da Delegacia pedin-
do o endereço da funerária e procurando pelo médico legis-/
ta, porque havia morrido um sold2do no Quc.r-tel. E, como na-
da mais disse,nen lhe foi perg~Ltado, deu o Encarregado do
Inqu~rito por findo o presente depoimento e de como as s im/
fêz a testemunha as referid~ s declaraçÕes, mandou o Cel Cav
It~RIO ORLANDO ~BEIRO S.A.MPAIO, Encarre.:sado dês te inqu~ri to,
lavrar o presente auto, que, lido e achado conforme, vai /
por êle assinado c pela testemunha e conigo 19 Ten Cav ~~
SIEL GIDJ\ffiS RIBEIRO,
r -· -------~~----------~=-------~~~~~~~----------------------
IJ
'
• Testemunha
/,
"'~ (
Aos dezoito dias do mês de Fevereiro do ano de mil
novecentos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de Ja-/
neiro, no Quartel do 152 Regimento de Cavalaria Mecaniza-
do, onde se achava o Cel Cav tMRIO ORLANDO RIBEIRO SAM-//
PAIO, encarregado dêste inquérito, comigo 1º Ten Cav JE-
....
SIEL GOMES RIBEIRO, servindo de escrivao, compareceu aí
a testemunha abaixo nomeada, que foi inquirida sôbre os
fatos que originaram o Relatório Especial de InformaçÕes/
nº 2/72, de 14 de Janeiro de 1972, do Cmt do 1º BIB, de
fl nº 007 , o qual lhe foi lido , declarando o seguinte://
VOLTAIRE ANTONIO DE CARVALHO, com 31 anos de idade, na tu-
ral de São João Del Rei, Mi nas Gerais , filho de Sebastião
de Carvalho e de Antonieta Betoni de Carvalho, Capitão//
de Infantaria, casado, servindo no 12 BIB em lhrra. Mansa,
Estado do Rio de Janeiro, na ·função de Cmt da 1~ Cia Fz,~/
depois do compromisso de dizer a verdade, disse que no//
dia 27 ou 28 de Dezembr o de 19711 fui procurado pelo Capi-
tão NIEBITS o qual solicitou- me a presença do So~dado PERY,
que tinha sido acusado ou melhor apon~ado por um seu com-
panheiro como fumante de maconha no interior do Quartel./
Queria que o Soldado PERY, comparecesse,e para isso o Ca-
pitão NIEBUS toam, digo, tomaria as providências, sem que
os outros compa~~eiros de sua Cia tomasse comhe, digo, c2
nbecimento pois poderi a haver outros maconheiros na minha
Cia. Mais tarde compareceu a minha presença o 3º Sgt GUE-
DES que solicitava a presença do soldado PERY no arquivo/
da Unidade. Quem levou o soldado PERY foi o sargento JOSt
da minha Cia, justamente para n~a despertar suspeitas nos
outros soldados. Vinte a trinta minutos após do Sgt JOS~
ter me informado que levara o Sd PERY êste compareceu ao
meu PC com aspectos chorosos dizendo que queria falar co-
migo. Mandei que o Sd que limpava a geladeira se retiras-
se e dei atenção ao Sd PERY. ~ste disse-me: "Capitão eu/
não tenho nada a ver com o negócio fui acusado de fumar /
maconha e eu nem conheço e apanho na cara". Falei com o
Sd PERY par~ que não se preocupasse pois seus companheiros
náo saberiam de nada. O Sd PERY respondeu: 11lttas Capitão o
caso não é meus minha moral, como eu. -vou/
- ~-ft
apanhar na cara por uma coisa que nao fiz?'' Tranquilizei
o Sd e minutos ap6s dispensá-lo dirigi- me aosfundos do
Quartel a procura do Arquivo,interessado em saber o qu~
estava ocorrendo e porque motivo um soldado meu apanhara.
Como sou novo na Unidade com informaçÕes descobri que o
Arquivo ficava nos fundos da Sala de Instrução. A porta/
estava fechada, bati e foi aberta por um Sgt que estava/
na primeira saleta, cujo nome não me recordo. Nessa sal~
ta havia ~ soldado sentado em uma cadeira e de costas /
para a porta . Estava sendo interr ogado. Perguntei a êle//
se fÔra êle mesmo quem acusara o PERY e respondeu que//
sim mas que se enganara. Ao mesmo tempo que respondia //
levou um tapa de mão aberta no lado esquerdo e na base do
pescoço, cujo barulho me impressi onou e desarmou- me . Che-
gou um outro Sgt que deu- lhe um tapa no peito desnudo. D~
sarmado tentei conversar com êsse soldado sentado para a-
liviá- lo dos tapas que vira comeJ;ltando o segui nte : rapa~
deixa diss o conta log~ a verda de ~ Você fuma? Conta que i~
ao não é problema. 6 que êles estão queren.do é quem traz a
maconha aqui para o Quartel. Não é você, não é mesmo? O//
soldado respondeu que nao sabi a nem o que era aquilo . Um
Sgt retirou-se enquanto o outro deu um novo tapa dizendo/.
;
·'responde - \ Tentei a i nda dizer-lhe:rapaz eu j á//
ao Capi tao.
fui d~sse meio p6onta que bá recuperação, eu me recuperei.
Cheguei inclusive pegar o cigarro que fumava,pelo filtro/
e com a brasa voltada para a palma de minha mão, levei- o à
bôca oferecendo-o à sua para que fumasse, fingindo com ê~
se gesto que a quêle ci garro era maconha e que fumava no /
momento. Fiz isso para vêr se acreditava que eu fumava~
conha e que nao haveria problema confessar que êle também
fumava. ~alvez com êsse gesto o aliviaria de apanhar. Le-
vantei-me, digo, bateram à porta e o Sgt que estava na s~
la ao abrir deu passagem a um outro Sgt que trazia um ou-
tro soldado com uniforme de instrução. Foi colocado atrás
da cadeira que estava sentado o pr!meiro soldado e ao mes
mo tempo passaram-lhe uma rasteira o que obrigou- o a sen-
tar. Retiraram., digo, At·asa, digo,Afastei- me para o inte-
rior do Arquivo enquanto substituiam na cadeira o soldado
que lá estava pelo que chegara. No interior do Lrquivo vi
uma sala cont!gua aque~fJ ta que estava vazia e
c f riUWf:k;f•
~f~
um corredor à esquerda pelo qual entrei. A ultima porta/
no fim dêsse corredor à esquerda foi aberta por mim e
aí vi um soldado de pigmentação escura com o unifo~e de
passeio sentado no chão encostado à rarede . Fechei a por-
ta e voltei. O primeiro soldado, que vira sentado na ca-/
deira estava em outra sala, a mesma que vl à direita qua~
do entrei para o interior do Arquivo. Na saleta de entra-
da estava o soldado de uniforme de ins trução sentado na
cadeira. Abri a porta e me afastei. No dia 30 de Dezembro,
digo, No Arquivo fiquei poucos minu~os . No dia 30 de De- /
zembro de 1971, ap6s o a~ôço oferecido ao Comandante fui
dispensado até o dia 2 de Janeiro de 1972, quando foi pu-
blicada em BI as minhas f~rias até o dia 17 de Fevereiro/
do corrente ano. Como solicitara que fÔsse me avisado o
dia da passagem de Comando para que comparecesse, no di~
19 de Janeiro recebi um telefonema do meu soldado orde-
nança, que tomava conta de minha casa em Volta Redonda,//
que a passagem de Comando seria dia 20 de Janeiro . Nêsse
dia compareci ao Quartel antes das 0800 horas quando tive
conhecimento que o Soldado GE011~ll da minha Cia fÔra enco~
trado morto numa sala e que um outro soldado estava em e~
tado de coma no hospital. Soube ainda que quem dera o a-/
testado de 6bito foi um m~dico civil; que corria pelo///
Quartel um IPM para esclarecer os fatos e que dois solda-
dos haviam fugido do Arquivo pelo teto. Disse ainda o de-
clarante que não tomou parte nos espancamentos dos solda-
dos que viu no Arquivo e que seus gestos e sua intenção/
eram apenas para evitar que apanhassem mais. E, como nada
mais disse e nem lhe foi perguntado, deu o encarregado do
inquérito por findo o presente depoimento, e de como assim
fêz a testemunha as referidas declaraçÕes, mandou o Cel /
Cav r,I../(PJO ORLANDO RIBEIRO SAM.PAIO, encarregado dêste in-/
quérito lavrar o presente auto, que, lido e acbado confo~
me , vai por êle rubricado e assinado pela testemunha e
comigo 1º Ten cav JESIEL GOThffiS RIB, RO, servindo de escri
vão, que o escrevi.
JUNTA D A
DELEGACIA
.
DE . POLICIA DE BARRA MANSA
Em 17 de Fevereiro de 1972
Senhor Coronel,
~
Atenciosamente
Mauricio Co
Del. Res. p/ exp. do Del. Reg.
I
R E C E B I ME N T O
Detenção de policiais
{COMUNICA)
....J.SA::PA
......,. ..
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PUE1.... '! CADO - I
Em~de ~ _de 1~~
B ot.ETIM N°_ _;:..,3
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CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
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-~-~-l~. .(._O_DF._·._R_EI~~l~Q-.UI-l_"'U_Ç.._-
...
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_:\_O_D_~_·_TF_-,_sm_....EI_.t-.IID_l_,i!I_IA ~ I v
RI BEIRO - l Q Ten
Servindo de Escri vão
p~==============~~~========~--------------------------~--------~-------------=-----------------
0
IT 171\., ~ue m:>rrc'.l no di--=1 13 d:: ~..,~,,.,i::."o d0 1972, e:a rlecor-
.,.,?ncia -lo espancamento que sofreu, ao que cabe a de!'oente,
nini.str-3.:10 pelo '"'~:"' ~rr~•11TS e o ...1tros . ·ili tareE"; que , no lia
3~ :e~·~~ cc1~72, seu. i~~~~ Ceixou o ecr~rêgo na Ci2 2i-
a~cr...,,(r~~c"'
..l õ• c.;. .._,:-
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rsm t.mla vêz que 1:avi::. e:Y-cesso .::e con·éin'"'en.te; CJ.U.e, seu ir-
n:;.c tinh-::t vo..:·d.<:.ueira. "loucura" p'l:.,-; ~ervir '.:lC -:x1.:-c.:. to, D2
ti~ o ,.1e1o qual inz:.::tiu e foi ir...corpor2.do; ::_UL, a vonts.C.e
'!.LJ.0 ::::::o:.: . .r~. exibia ::;uq f~u"'da 'J.Os .scu3 fo.miliar:[.; . ue, ::'O /
C. ia 31 Je clcz cmbro de 1971, c: .~ca cle!.s 1030 hs do r.a.:. .~1a, a-
1art:cev. 11.'J. co.sa da depoente urna Fick-Ur elo P~r-:c-"T', com u.:na
-
pa tru:?.he., e. qu.., l :ç7e .• .J. :u r.: eu i_-Z".o; que, no di? 02 de j2.-
_ .... .:..~.,o üe 1972, p:>r ~:..,o .rece'Jc:r· qu'"'lqncr notioi::-. de .:;eu ir-
-::) e. de.::-oc'lte cons -...; 1ia que o :cn Dr .c,RICO
4 medico
, do ;,'
1º BIB, ~ msse à c ..... sa. elo rnep ~IT:SFJS; que, n-:tquelc dor.'li2.
='-r.::
""'o i.ia ')2 C.e jane.l.r,..·, ..:. Ccpo:-::t-';: cl~c:...O..L n.a ca:m. do ~a.p NI:::
.Bü"' cor.- u .0r :;rico, c~rca de 1315 Hs, de l!.i r::;.inclo o Dr :C...
-
en~ue1nto que a ücpoente
continuou a l)']..lestrar com o Cap HI~BUS; que: , ...... J? ~IT :.JJS 1/
Ct} •• ~ordou pen:i tir q_u.co a clcc1ar~!-~;e .Je acistaooe con seu. / ·
irmão, desde que el2. fizesse o C80tli!lte: "D.:.zcsse a G:SC!:..R
que ela e os demais uer1bros de s ..:I i'amíliB. J' o mniz que~iam
(
jl~ll~~~~
saber dêle porque êle havia rr,anchado
E!lf'im, a decla:r·onte nada .t-'oC:eria l'he dizer de c~rinhoso s6
p2::!'!."'-ras brtJ.tas"; q_ue, a depoente .::. fim de vêr seu irmão I
concordou, tendo e1 ..tqo o Cap :~-:~s telefonado pa1"a o Ofi-
cial de Dia, dand.o-lbe instruçÕes a respeito; que, a d.e-
cla:rante, naquele ":: e"'no C:.i8. 02, compareceu o.o Quartel avi.s
tando-..,c com deu iJ.Tião na rresençc. do Oficial ele Dia; g_ue,
~ de;oeute nada ~iose a scü i~ão Jc fonna áspera; que, o
Oficial de :Dia e .... a o Ten CALICIIIO, o quc.l, inclusive inter
rc:;ow, r;.::::OI.1'\.R, ue"'1dO ê:::te respondiJo ao i'en CALIC!ITO que na
,.
da fez ele errado dizendo-lhe L.J.clu.si ve: "Que '3e hoL..v esse /I
feito al~umc coisa de errado eu. diria ao Senhor, porque a-
pes'lr do senhor ser superior a 1.im uqui dentro o senhor tem
sido meu ail.Ligo"; que, depois dêsse dia 02 a declarante s6 I
viu seu ir..:1~o depois de morto, contudo no dia 08 de janeiro
~oi com su2 mãe a casa do Cel \r~OSVALDO, 3 quem pedi1~m p~
ra intervir no caso; que, o Cel ARIGSVALDO, naquela oportu-
...
nid.adc, . . ranqLtilizou a depoente e a S:.l.G. ""'l~e; qüe, finalmen-
te~ no dia 13 de ja.~iro, digo, no dia 11 ae janeiro a de~~
di ~o ~ necró:. .... i'"'. J e d issc-lbe ' 1 " c:o:-J' or ta~bém 'lu. _:::-iu a bi-
..., ,.
-
oc_·i~:.J.? O Senhor fo:i. co r~a.~? C: _..... ·.'lr n.~o v-c t.u~ o n~u
jaoiaek ~ cb Sd~
-.:. t.J ~:'"'
,
CClUC~
d o r:as .,_ue . . .::-r~-- -.u·-r::.. 0
.
r~<".! ' o ..."' lQc...
, tT,... ;t•• O (::.
~ o _o_ ... ::-::l."'
""'!. __ ,., '"' .,..., '"'
::.u: tJ i:.c:m.clo; '!ue , o ceu ~~.~ ~'}t·.., nte aborrt~i . e1~to x.eria
~e~ siJo ~ ca~sa ~c
j :.~~tc
-
~e~
-
J.iCS'O , '1 JC?:_-'QC.n '-e rê:; 'ü'l .'!:'C .:..::l.tO Qc to.:o.J ê snes i n tos a //
.!Jv~: v.~IDIR , o .l. u_ l vol-:;cu à cC~sa u:: depoente al__, uns dias/
m!"lis tarde, ~o_, .,x '"' 1ido-l \._e Ll.TI! rc1.at6rio, :J.:.z .. nc1r-l !"'l2 _ ...t.'-
h~via rc~etido à váriao "" c. ~ori ' 8.dcs rnl.bl i c~ .... e eclesi á.:>t.:.
ca; _-e , o rcferi~o Bi·:o ~~ z i nclusive quc3~~ o d e ~e:;o.r a
n:.o:s:l ,:i_ 7f.. - ::_., "o i.t:·~" ela dcpoccte, o~ ... ~ ocorr eu !lO / //
-...:;,.:: 1: tlc ~"'ne.:..ro tle ~:::72 ; q_v~.e , .inclus .:.v e o :B.:.e;o :DO~.: 1l..L-
"-- . . . -
..LI!.J.L .... (;. u l. Ll : c:rr:n.rosn~ no }?::l.l ua '-'-- oe!l •Ge rnre 1__e .v:..;.
-L
-
, ...,
.....:..
~
_o ~ •
_.1.0
?J~Y ~.
@ ~t;
ta. E, como nada mais disse e nem lhe foi ~tado, deu
o Encarregado do inqu~rito por findo o presente depoimen-
• a testemunha as referidas declara-
to, e de como assim fes
çÕes, mandou o Cel Cav MJ(RIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO, En-
carregado dêste inqu~rito lavrar o presente auto, que, 1!.
do e achado conforme, vai por lle rubricado e assinado p~
la testemunha e comigo lQ Ten cav JESIE'L GOMES RIBEIRO,- /
-
servindo de Escrivao, que o escrevi.
Testemunha
Servindo de Escrivão
Aos vinte e três dias c1o mês de Fevereiro do ano
de J.!lil novecr;ntos c seten.tR e dois, nc.sta cidade de R"J.r
ra mc.nsa., no Quartel do 1º B~talha.o de Infantaria Blin-
daua, onde se achava o Cel Cav r;IltRIO on::r_I\I~DO :i1IB3I!=:O II
SA:.:PAIO, Encarregado dêstc inqu~ri to, comi,go 1º Tcn Cav
JESIEL GOI.~:2S BI"J.I:IRO, servindo de 'Zscrivão, compareceu/
ai a testemunhe. abaixo nomeada, que foi inquirida sÔbre
os fatos que originaram o ~clat6rio 2special de Inform~
-
a entrega J.os referidos bilhetes, e ante a sua hesita-/
ç~o o Cap IIT=BUS di sse que aquilo tudo era por ordem do
Ten Cel GL!~SDSJ:ONE; (.lisse ainda o depoente que os bilhe
tes diziam ou melhor reconen-:1 avan aos Sargentos e ao Ca
bo que os me ~moo afir.masseo os depoimentos ~nteriores;/
Jisse ainda o deroente que entregou os bilhetes :ruando/
entrou na sala onde e::;taTI.~ detidas as praças com a fi-
nalidade de levar cigarros e fósforos para os mesmos; /
disse ainda o depoente tér ficado co~ urL dos Li~betes,/
o qual lhe foi devolvido ap6s t•::r sido lido pelo 0e.bo I
C:2.UZ; que, o depoente entregou o bilhete ao '1en QUADROS,
seu c:1efc direto, não sabendo q,ual o destino uado att me~
mo. E, como nada r:.!"'liG c1issc e n:?m lhe foi rerguntado, deu
o encarregn.do do inquérito por f.i.ndo o ;resen-ue depoime_g
to, ~ de cor.,o assir:t fêz a testemunha as referidas decla-
-
raçocs, r o.n d o~.;.- o ce_
.. co..v ,.,,.....,,o
J"'----...1. u,_,
~ u.
c;L•"TDO "I7>7.'I
.t1. .w..~ -'"L' O c-< ~T· 'iT.'I\IO
;JL.LL:-· 1- , ,I
servinio -
.::~:.. 33cri~ro.o, que o escre ...ri.
Cel -
Sollc~c:o
SC?~"'.rin;:";.o -
.::.e Bscr-:."r :.
Aos -,rinte e ~rês .:1ias Jo rn.~s de Jever·:dro L',o ano
de m.iJ: novecentos e setento e dois, ne.sta cid'lde de Bar-
ra no Qllartcl do 1º 3a ta:!.hf) o ..1:} In::'antaria 32.ind~
r.~o..r.:sa,
da, onC:c se ach::.va o ::;el C:::..v !'J./(P..IO •'"'::IT.L.:'\:00 ::113~RO Sl\]ot-/
!'~IO, lncarregado dês+e inquérito, corric:o 12 Ten Cav .JE-
SI=r G01ES RIB~IR0, servindo de Esc~v;o, coffipareccu aí
c. testci:lUl!ha ao3.ixo nomeadc po.rc.. ser reinquirida no pre..:.
sente inquérito. SIDE:TI c:r.s:0:::s, já qw:lificaclo nos prc-/
Genrss ::n,_tos, clepoiP do compronisso de di zer a verdade,/
disse q_ue cêrca u::: dois anos atcls es-tando o declarante
de S!:3J"'~to Jz :Dia, q_u::-nd.o passava pel?s proxir;lidades do
Pelotão 2special, teYe sua a tençã-, ..rol tada para L'L":: ::tzlo-
ncra d o d~c m1"l"t ....
1 a.res que se :;nconvravam .,í ; ~uc, -..~.J..rJ..glE;
'J..L ., . . .
se iX:.ra e.quêle loco.l e viu no intel"'ior do 'llojn.:r:.:ento d.o
FBLESP ~ois soldados, Jos quais nao se recorda os no~es,
---
óUir, rc.,.·olta do com o que r:resenciara, retirou-se do lo-
cal; -: ue, lo._:sf') ~~sim que come c; ou. a trabalhar na 2 g. Seção
.'?r.J
--
- à -um Pedido de 3usca se apreseütou
cu."TT.p.:!."'imento ~1a Uni-
daJ.e tL."ll operlrio da Ci'J S~derúre;ic~ :i3arbará ~ .. u.e :foi inte!:
.ro.;a io pelo 8ap ~ITE3U~ ~-_;::: B esr.ancou na minha prc:.:~ença /
.~o _"..rqtüvo, lá, perr.1a~'1ecen:lo 2té o rUa seguinte, quando//
foi liberado. Por ocasião Ja liberação, o di to civil esta
va com uma mancha de s8ngue nas cost:J.s da camisa, ocasio-
nada pelas pa.nca0as de c:;J.a cabeça de encon-tro a :_'n.rcde; /
q11e, a c~ins saja foi lava àa. pelo (di to civil et1 minha pr~
SA:T!.I~
IPI.:
- -
a necessidade da testemunha; a seguir o C&p NIEBUS orien-
tou o d~oente, no sentido de instruir Dona CORIBA pela /
.
---
forma pela qual ela deveria p•estar o depoimento; mandou
o C&p NIEBUS que o declarante instruisse dona CORINA no I
sentido de dizer que foi procarad&,· em sua residência, por
um soldado crioulo alto,· sem precisar o nome e que êsse 11
soldado teria pedido a dona CORINA ama roupa para vôr no
lugar da farda que estaria usando, a fim de ir a um baile.
Seguindo as ordens do C&p o declarante procurou a dona CO
RINA a quem transmitiu o pedido do Capitão; Dona CORIWA,
-
atendeu, veio ao Capitão,~ digo;' Dona COHINA atendeu,veiol
ao Batalhão, e prestou o depoimento dentro daquela orien-
tação; que, inclusive o Cap NIEBUS mandou. assegurar a Do- J
na CORINA que estaria a sua disposição para qualquer tavor//
que ela precisass!:)r, como nada mais disse e nem lhe foi
perguntado, deu o encarregado do inqu~rito por findo o pr~
sente depoimento, e de como assim fêz a testemunha as réfe
ridas declaraçÕes, mandou. o Cel Cav JI!RIO ORLANDO RIBEIRO
-
SAMPAIO, encarregado dêste inqu~rito lavrar o presente au-
., . W/l~.;;_d,wu~
J ~i>~-
' - -- - ~ -- -. - .-
..
JUNTA D A
Servindo de Escrivão
ESTADO DO RIO DE J ANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
nhas
"
lB ..revereiro ... 19'(~, faço retornar a presença d.e v. So ~s testemu
N.h;IDN RIBl.. IrlO DE MOURA e IRANID!!.~ F'<:KR~IRA,
# -
que ja presta.-.
ram aepoimento nesso unidade, poro que contlnu~m reep~ndendoo que
lhes perguntarem, no tocante ao menciont'ldo IPIJ!.
Aproveitando o ense~o, reitero o v. s.
meus protestos de cons1dereç8Ó e respeito.
Tir::ldentes Costa
DELEGADO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
~;,~~
OfÍcio nº 27/72
~ ~1--
Rio Claro, 21 de fevere~ro de 1972
Assunto: Encaminhamento de
inouérito(faz)
o - lp~
,- _,~ ~~
v/ vfi'
~ r.a: ~
o/'
.l~
Vo
• ~ Sr. Coronel
es~~
JOEL :MACHADO
DELEGADO
Ao IlmQ Sr.
Coronel Ma rio Orlando Ribeiro Sampaio
15º Regimento de Cavalaria r'lec anizado
Estado da Guanabara.
ESTADO DO R!O DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
o 031"':!
N. ···································
·-·
-T1'
'O oooo+ooooooooo••••••••••••••••••••••-"• • ••Oooooooooooo o OOooooooooooooooooooooooooooo oooooooooooooooooonooo oooO .,o oooo ooooooo o u o ooo oooooo o ooo oo oooooo ooo ooooooooooo oo oo ooooooooouoo oo ooooooooooooooo oooooooOooooooOoooooooooooo
=- I Aoo-.1. •..•~:1
.,. .,.~
AUTUAÇÃO
... ..
Aos ... ~-~-~t.~ ~ .W.:-. ...... dias do mês de ..........J.:.. ~.~....;,,r.Q...........................................................................
-,--r-..,fPTO - . ·
····················•··············································
···················· ue ad>ante s~.......do que
···························;·····················q
e :.:r
r:1o··
- .d "'--
ü- G.· ~ --i.:;w
___ '"'· ,..,rr;:(O
_,c v --· , •T.' ~s
• ce 1 te
., ~ ::. ça e -_ e c: c a. q 'L'.e, no e.::a. 20 .::.o "
~les
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--C: -~-lo o
:""\.,--- .., •• T""-
t.l '-
"'):TI,~G-'.DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA PUBLICA
.
r>B2•....:.:.~=~---·: -<.Jr=...~,.. 0.7................................................... ......... -......... ........ onde fui vindo, eu..... ~:'.::'.~---···
::Q.':',.':_' :::L.....J .e....~.~o~:::.3.::: ....?..e.::::L:~:>.. ..................................................................nomeado ''esc ri vão ad- hoc "
pe ~,.......P.Q;:~~~-.::O.:'..a...............................................................de folhas , para funcionar no presente
M od. 348
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
0co:•::-epci2.s A
veri::':!.c-::tc.:::s r..o :plé:P-.t3.o -
dest::. ~ p L-.-., 1-:o :.:e...,:!.oC'o
f
co!r.-
p::-eendido, entre 2.2 ho.:::'~c 2.o dic.. 21 , f..s :J.es.:.Jas :_o!'as do "'i.:. 22 de j~
neiro :lo c.no e;:: curso. OCORR~i"CL". =~º 5J/72:- :-esJcr.. ("'.a~a, c:_e.:;ou ao
, • e .J.. -
C0:1..'eC::.:l :1Lo0 :.8.3Gc~ ~-t:~C.:·_C'•.-;c _e ,
.J'"' ,t-~ --· _., ~r"~ ..,.t..,, __ ,
.v..:..::.íT8S :'.
.,e CO:.:l.•.,_;_,~c..,- ~
.I':' ,·.J-,.. ~e os
__._ '-Si.:..O _e_vc:.. :.. ; -1
ge.l l).!J.~. O~S....!Y :;:::-t.T:.:.;:~."l. parcial, 9o:.s de.. _les:JB. faltav2 _ ca.')eça e,:pos-
:::-: o::i':li.dé:.d.es
3c Jictr::.to -
-:>r-·.-e nn- ,..~·~-.o
.. ""'
""'--wv
' .... . l
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-......- .-o- c~""' .._. -""ese·
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........ Co,.,.,u· -..., ~,__· --·4-. " R;o ;.; E.t 1 ::• I -•·
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,_.,~...,cl- O"' e·-~-,os necer--: ...,;os
....•oi...:-- OJ -'"'---......, - .,~.
.... '•
·1e o o ·'·o'~" -.er-··cJ·-
-- ...... - . , - - 5-"-'V ~· ...
~i1:o. ::ed:J. . .!.~::.s ~!?.-v-endo, ence'~"l··~-se
- - -- - .. ....
o ....-~,.,....... <=>~on·'·e
- - -·-"
t;;;.
.., ...
·o c- -eo- .,..,.v --· -"SC'~ ....,_
. .., •• ·~
:e:!.. o ::>o:.ic:L:-1 ête servigo te pl ~:1t~o. -:i o Cl::- :... o, '2? :e j r:ei!'o c~ e 1 ~~
(__,.·s.) Os~"E.2.~.o :':.os C"'21'Gos Pereire.• :n-F·-c-··o: I:r;.st--ure--se .~:.r~ué·:ito ,e
o::':.c:i.e-se ... o:":.... '"'e~e.= .. üo "'!.E.:;'!.o.1:2.. o ao .Jr: • ..... eJ.e_;.·o ·e ~-o2cfdics,
enc~ ... i2.i.:. '11-~o-se cÓ:'ia c: esta. (T-:'~c-:-.- ;; .:~ •• ) =- =-= =-= - =- -
Co,.., --=-e' -'~"e f)'"'O.., o v... __
~- -
,....; ·1a1- •
-,~,..J_._J.
ú~~'cri•r.lo
.... d-hoc.
_j
Qt,cie n . 010a2. h 25 de jnne lret de 1972
4SSUlfl0t
Caaumieoçtro (t1z).
• Bel ~L M~CH~DO
- DElEGADO -
SECRETARIA DE · SEGURANÇA
I4~.J~~~-Y.4~----~~---ª -~-Y.~.,....Pa....l.'.Q_r.:-
ma ab~ iXo: ~ - - - - - - - - -
PJ.rr~ ~~ ~scrivão.
ESTADO DO R IO DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
······················----·······················································
··········-·
da ....... ;?..~_l-~_gê:çJª····ª·ª···:P..9.l..J..o.;i.,ª·································································································································
onde se encontrava o respectivo .......Dout.or.........Delegado ......B.:tcha.r .e l. ... J.OE.L...i::;..GaW..O..................
.
anos de idade, estado civil de.....9.ª-êJl,Q..9..................................................................:.......................... c~m a profissão
de..... º'~~~- .
·ª-~ );~:9Y.~.~~-- ............................ . . exercendo-a presentemente~ ..J:TQ.S.....S.e.rv.ir;o.S....de.....~l~
t.r;i.,ç_~.9:ªQ.~....g.ª ... G.9.mP.?-nhia...L.igtb..J... ne.s.te ...:J.tm.ic.ipio.,............... sabendo ler e escrever
Oficio n º 22/72
As~unto: Sugestão
?-=.z •
...
Senhot ~e l egado,
es tndo 6ssó.o. ,
Que o cnmunicnnte n..1':> snbe n que ntribuir o cit"ld~>
~tencios=1s snudnç~as
•
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
························
·····················
·························--······················
,,
Aos _______t_~in.t~ ____e.L .um ...................:...... dias do mês de ....~311.Ciro.........._...........................................
adiante nomeado, aí presente ..a ... t..'}S.t.enunha ....J.C.S.~ ... F.'3JliC:::SC.O... FILE.O..........................................
.........e ..................sob o compromisso legal, DISSE: que ...no....dia... vint.c.... e ...o.ito....d.es.te... ne.s.,.....o Ao "'
SECRETARIA DE SEGURANÇA
•
02 rla rovcreiro de 19'/2
.. Comuniooção (.faz) •
41.ç_s· J.1 TO ;
C'3.lll1nll::·..e:ltc d.~ .
Ossada. H~ (fuz) .
<'-.!.ilO-ue .1..
u.c"l o~">O,~-c
1
:u.1ic' C!.e
"
, • r8. •
!'ai·~cl.~l.. a 1:'
v. • t"
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s.eE~ ..t. ~ •.
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ~ PÚBLICA
mês
Mod. 348
M~
. · .;q~ ·
u·
RTE DE SERVI ÇO
Dr. Delegado:
SECRETARIA DE SEGURANÇA
DA POLICIA CIVIL
SUPERINTEND~CIA
Senhor Delegado:
~\0tt::~
Gen. PAULO TEIXEIRA DA SILVA
Secretário de Segurança
MM. Juiz
Joel Machado
Delegado
Ao ExmQ Sr.
Dr. José Maria Valadares
DD.Juiz de Direito.
DLLZG ~ CIA DE POLICIA DB RI( CLARO
Oficio n~ 29/?2
Rio Olaro,21 de fevereiro de 19?2
Sr.Oorregedoo de Po1!cia:
Joel Machado
Delegado
.........
Ao Ilm9
Dr.Luiz Aoetti
DD.Corregedor de Policia
Secretaria de Segurança.
~ '
JOEE MACHADO
Delegado
'llt
ESTADO DO R IO DE JANEIRO
j .J.o -:'.-'-
:' • ) f · -=-~ }
·-~- . · -
~1-,.d ~.~.
·- --<-<~=·--
RELATÓRIO-
de cadáver no municÍpio de Bananal.
fSECRETOl
namorada em Barra Mansa, sendo que seu pai, de côr preta, es-
taria desesperado. Quando na Delegacia , referidas pessoas ob-
servaram o aparêlho de rádio, elogiando a sua marca, demons -
trando possuir conhecimentos sÔbre aparêlhos utilizados pela
Polícia. Na ocasião, serYiam-se de um veículo marca "Volkswa-
gen", chapas "EA-2801-GB", de côr beije. Neste carro, enquan-
to estavam na Delegacia, foram observados mais dois elementos
que per~aneceram o tempo todo no interior do veículo.
O Delegado de PolÍcia de Bananal ins -
taurou inquérito policial a respeito, tendo tomado tÔdas as
provid;ncias que o caso requer, inclusive, encaminhando as in
dividuais dactiloscÓpicas das impressões possíveis à Divisão
de Identificação Civil e Criminal e Instituto Felix Pacheco
da Guanabara, para possível identificação do cadáver.
Anexo cÓpias das principais peças que
instruem o referido inquérito policial.
~ste o nos s relatÓ~io.
São Paulo, de ~ereiro de 1972.
O FERREIRA.
Delegado ·Adjunto ao "SI"
- DOPS -
Pro e a-se to a s
wa.s àu cadáver, er~amir.hardo-as a segu r Dep r a
Ir.vePtigaçÕes de São Paulo, Inst tuto Felix Pa .eco, e I
Pereira Faustino.-
c u 1. p = S E .-
. ..1
)
DESCOimECmO
e responper aos quesitos guinf.es:
..
guinte I udo:
nac1ona1.1dad ,
I
SECRETARIA DA SEGURANÇA PúBLICA
• f.
que o escreva.
TESTEMUNHAS
jRLEfOO AGUIAft,_ br sileiro, casado, motorista, natur-al de B.:ma-
nal-SP., com -53- an de idade, filhO de Damião Gonç lves de-
Aguiar e de Regina 111 1 r, de côr branca, sabendo lêr e
escre er, r sidente e t cidd e à Rua Carlos P reira da Sllva
Port no 81. ls p rguntas de costum disse nada. conípromissa-
do na forma da lei diss o que adiante se segue:- que no dia -/
15 do corre e na parte da manhã, encontr~do-s n Bua el -
de u , qua do êle achegou-se pe sôa conhecida de vista1
da qual or o no e e moradia; que esta pàssô encontrava-se -
dentro re um Jeep c~ cinza, e que d1rig1ndo-se ao depoente,
assim lhe falo~:- • olha qu ndo me dir1g1a'pnra c', parei em c1-
ma da subida do Meneres par toiDllr agua e, la" chegando senti um
mau che ~ro dana&> 11 e explicou o depoente o lugar certo cnde -
ti~a estacionado seu carro e continuando a narr3tiva assim se -
expressou:-. '1 nroourando de onde vinha o mau cheiro dei com o -
cadaver de uma pess"' a., que no loc:ll tinha vestigios ãe fogo e ..
exalava um mau cheiro ter.rivel "; que apÓs esta convers o de-/
poente afastou-se do loc1l; que du~ante o dia o depo 1 sncro
1...000
I
,
esperou at · a tard ;
conhecimento do r tos ma
...
na cidade e um ca o d s
mais af':!s t ar
onde comunic
e ao escr ivão
mesmo deformado.
e h do c on or
SECRETARIA DA SEGURANÇA
DEPENDÊNCIA Delep.cf a de Pollci"l d Bananal
•
Coatinua&ão do Q§»otmento de SilviP ••• * • •
assina a autoridade, o depoente, ··a>mÍgo,_ _ _ _~~..........____ ,
escrivão •que o d~ t~ografei.
..., -
-
tado. Lido e aphado conforme, assina a autoridade, o depoente,
comigo, , escrivão que o dati:to~afei.
Em tempo:- Diz ainda o depoente que quando passo~ pelo local, -
deviam ser mais ou menos 1~,~ horas.• • * • * • • • * * • • *
!ut~~~~----~--~--~--~~~~--~
DeP·-~~~-"~~~-.........:::;;._--1
Esc·-------.~--~--------------------1
r
'
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I EX - 1~ D E - 5~ BDA C BLA
-------l.A·----REG-D,.rEifrO----DE----GARROS----D-E----GOJ\!BAT-E-------------------
~ LUSTOS.A DE OL!VE!RA
T~~~oaRcc
-4
S ECR :: tA~ I A
1/j;--ev/
urp
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - 5~ Bda C Bl d
1º BIB
RS ~-
r
o
Continuação do Têrmo de Declarações de Beltrão
SerT,indo de Escrivão
- ,
DESPACHO
R E C E E I ME N T O
Servindo do Escrivão
. . .·
I Ex - 5A Bda. C B1d
152 RCMeo ( P..RecMeo )
Rio , GB, 23 Fev 72
Of nº 22- IPM Cel wtRIO ORWTDO RTBEIRO SAM-
PAIO - Encarregado do IPM
Sr Dr Delegado de Pol!cia de I
Jhrí:oa :rta.nsa
Regrooao de testemunha
Sr Cmt do 19 BIB
~e~ '
~ tV.Í-hf 1t
rL ~~L;----
GCe.-f~.
r -·-- - -----..... -- .--- ---- - ~~--~-------
MANDADO DE PRISÃO
d; EL
Barra Mansa, RJ, 24 de fevereiro de 1972
Testemunha
~) Q_.Q._.
Ten
Servindo de
...
Eecrivao
ThJIO DE INQUIRIÇÃO DE TEST
....
Aos vinte e quatro dias do mes de Fevereiro do
ano de mil novecentos e setenta e dois, nesta cidade/
de Barra Mansa, no Quartel do 12 Batalhão de Infanta-
ria Blindada, onde se achava o Cel Cav MRIO ORLANDO/
RIBEIRO SAMPAIO, Encarregado dêste inqu&ri to, comigo/
10 Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, eerv.Lndo de Escrivão
compareceu a! a testemunha abaixo nomeada, a fim de
prestar deel.araçoee neste Inqu~rito. J08BLI:RO DE OLI-
- A
por duas vêzes; que, a primeira vez DOM VALDIR 1.4 apa-
receu com duas freiras, pedindo ao depoente uma s~rie
de informaçÕes sôbre o desaparecimento de seu filho e
dizendo que ia tomar as providênciaa; que, a segunda /
,. , ~
vez DOM VALD[R foi ~ sostnho, limitando-se a pergun-
tar se VANDERLE[ ji havia dalo notícias ; que, sabedor
agora de que seu filho deve e•tar morto, o declarante
s6 espera que êle, digo, s6 espera que lbe sejam en~
gues seus restos mortais; que, atra~s de alguns sold~
dos cujos nomes o depoente não sabe tomou conhecimento
de que seu filho fôra bastante ferido, sendo que um dê
-
les falou ter ouvido do pr6pri o VANDEBTiKf q u.e o Capi-/
tao
-
ameaçara de dar um tiro na cabeça se ele
A
nao
-
trou-
xesse um balde ; que, o Sd BOTELHO, que ~ o traficante
encontra-se em liberdade, ao que sabe o depoente, tra-
balhando numa loja de discos em SANTOS e vindo Voirias
vêzes l VOLTA REDONDA, tudo conforme declaraçÕ.S de sua
pr6pria mãe. E, como nada mais disse e
~~
~foi pe!:
guntado, deu o Encarregado do inqu~rito por findo o//
presente depoimento, e de como assim fêz a testemunha/
as referidas declarac;ees, mandou o Cel cav IUBIO ORLA!
DO RIBEIRO SAMPAIO, Encarregado dês te inqu~ri to lavrar
o presente auto, que, lido e achado conforme, vai por
êle rubricado e assinado pela testemunha e comigo 12 /
Ten cav JESIEL GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, I I
que o escrert.
JôCELINo DE OLIVEIRA
Test•unba
~1~ c~
~~~
TRO DE PERGUNTAS AO INDICIADO /r ~-___.,~ ~-..,
'
~e~ffl~· }c~ /
Aos vinte e quatro diaa do m~~ de ~~eVro do ano
de- mil novecentos e setenta e dois, nesta cidade de .Barra
Manlla, na Quartel do 12 Batalhão de Infantaria Blindada,/
onde se achava o Cel cav IURIO ORLANDO RIBEIRO SAXPAIO,//
\ Encarregado do inqu,rito, comigo 12 Ten Cav JESIEL GOMES
RIBEIRO, servindo de Escrivão;· cCDpareceu ai o indiciado
EUGRR!O GONZAGA TOMAZ, j ' qualificado no• presente• au~
to• (flsn2 168 ) a fim de ser inq.rl.rido nêste inqu&rito,/
declarando o seguinte: que, confirma o seu depoimento aa
terior datado de 3 do corrente; que, se recorda que cer-
ta: vêz entrando no Arquivo ~ · se encontravam, •egundo se
lembra ·oa Sd• AllORIX, VICENTE, GEOMAR e APARECIDO; que,/
\
recebeu ordem do Sgt RUBENS para cantar um" samba"; que,/
o declarante cantou trechos do "OL!L~PEGA NO GABZt" e
"DEl'fllECIA", sendo que esta 4ltima mdsica o decl..arante c~
tou no programa do "CHACRIJIIHA." onde foi consi4erado o
melhor calouro da noite, tendo ganho uma televisão; que,
enquanto o declarante cantava no arquivo o Cb CRUZ e ou-/
tro•· faziaa a batucada, enquanto que o Sgt RUBENS regia
çom a pal.mat6ria pequena m mão; que, AJroRDI, WI.CJEHTE,//
Indiciado
Aos vinte e quatro dias do aas de fevereiro do ano
de mil novecentos e setenta e dois,' nesta Cidade de Ea~
Mansa~ no Quartel do 11 BIB, onde se acbaw. o Cel Cav K!RIO
ORLABDO ~EIRO SAJIPAIO, Encarregado dêste IPJI, comigo, 11
Ten Cav JESIEL GOKES RIBEIRO, servindo de Escrivão~; compa-
receu o indiciado GLADSTOBE PERRASE!!r
. - TE!XEIRA,r j ' quali-
. -
ficado nos presentes autoa (fls. 148 ) , declarando o se-/
guintea que ratifica toaaa as suas declaraçoes anteriores;
que, a testemunha CORIBA, lavadeira antiga do quartel,foi
levada l presença do declarante pelo Cap BIEBUS; ~ue, NIE-
:BUS disse ao declarante que am doa soldados que havia fugt
go tinha ido l casa de CORIBA, a fim de mudar de roupa, sem
-
contudo especificar nomes; que, o declarante fêz um intez-
rogatcSrio preliminar, •ia tarde reduzindo a têrmo o depo!
mento de CORIBA, confor.ae se acha nos autos do IPM, de que
en Encarregado e consti tu1 a primeira fase do presente i!!
qu~rito; que, inclusive, o declarante tomou as providên-/
-
cias no sentido de que fossem tOIIUldas as declaraçoes do Sd
VICENTE, que se achava bai1ado no HCE; que; o ato não se -
realizou porque o IPK fc;>i a.voc:a.do pelo Sr Cmt da DB~' que
nomeou novo Encarregado. PERGUNTADO o que tem mais a decla
rar, disse que suas declaraçÕes anteriores constituem a -1
-
eJPressão da verdade e que tôdas as declaraçÕes em co~tr4-
rio nada mais são do que uma forma de tumu.l-tuar o IPJI~ E,
como nada mais disse nem lhe for! perguntado, deu o Encar-
regado por findo o presente depoimento e de como assim fêz
o indiciado as referidas declaraçÕes,' mandou o Cel cavM4-
.
RIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO, Encarregado dêste IPM, lavrar
o presente termo, que, depois de lido e achado conforme,vai
.
Simmi GUEDES
Indic o
~J
~
~ Q.j,_, a... 1'?-.::..
GBE!k6 - _12 Ten
Servindo de Eacrivao
~~
nRMO DE INQUIRIÇÃO DE IlfDI CIA:OO
-~
Aos vinte e quQtro dias do mês de Fevereiro do
ano de mil novecentos e setenta e dois, nesta cidade /
de Barra Mansa; no Quartel do 1.º Batalhão de Infanta-
ria :Blindada, onde se achava o Cel cav MlRI O ORLANDO /
RIBEIRO SAMPAIO, Encarregado dêste Inqu'ri to~· comigo/
lg Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, servindo te Escrivao -
compareceu aí o indiciado IRANIDES FERREIBA, j ' quali
ficado nos presentes autos (Fl.a ng 291.), declaranlo /
-
o seguinte: que,~ confirma tôdas as declaraçÕes anteri
ore• do dia; digo, prestadas no Quartel do 152 Regi-/
-
men.to de Cavalaria Mecanizado; que, realmente se esqu!
ceu de dizer ao Encarregado do inqu'ri to que a sua fun
ção na Polícia era sem ônus para o Estado; que, foi n.2.
-
meado no ano de 1.965 e que esti aguardando a aprovação
de um projeto qu.e i.ri efetift-l.o nêate cargo ou em ou-
tro qaalqu.er; que, consegue manter sua família, atra-/
v's da renda proveniente de um barzinho de sua propri-
edadel que,. embora não esteja babil.i tado, concorre na
ronda externa da Del.egacia por ordem do Del.egade e do
Censor Cbefe da Região (51); que, esta escala, esti i~
cl.uisi ve afiada na Censura que tem a sua s'de na Del.e
gacia de Barra Mansa. R, coao nada maia disse e nem//
-
lhe foi perguntado, deu. o Encarregado do inqu.'ri to por
.
findo o presente depoimento, e de como assim fêz a tea
-
-
.
temunha, digo, e de como assia fez o indiciado as refa
ridas declaratões, mandou. o Cel. Cav JllBIO ORLA.RDO BI=/
BEIRO SAMPAIO, h-carregado dês te inqucfri to, lavrar o
presente têrmo, qu.e, l.ido e achado conforme, vai por /
êl.e assinado e rubricado pel.o indiciado e comigo lQ !en
cav JESIEL GOMES RI:BEIRo,· servindo de Escrivão, que o
escrevi.
Indiciado
·~ {2,b_; 0....
J~ervindo RIBEIRO
L' ~~
-.D ten CâT ·
de Escrivao
~~~
Aos vinte e cinco dias do mês de fevereiro do ano de
mil novecentos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de
Janeiro,- no Quartel do 152 Regimento de Cavalaria Iec&n!_
zado, onde se achava o Cel Cav BRIO ORLANDO RIBEIRO SA!
PAIO, Encarregado dês te inqu'ri toí comigo lQ Ten Cav J . .
SIEL GOMES RIBEIRO,' servindo de Escrivão, compareceu. aí
o indiciado NELSON RIBEIRO DE MOURA, ji qualificado nos
--- -
presentes autoe, afim de prestar depoimento, declarando/
qu~ por volta das 1000 hs da manhã de um dia de janeiro o
qual o depoente não se recorda foi procurado em sua resi-
dência pelo Ten :MIRAWDA a fim de auxiliar em am "serviço"
para o qual o •CHEFE" havia detenninado; que, por se t~
tar de um elemento bastante conhecido e ser um oficial do
Ex~rcito não hesitou o depoente e.m penetrar no carro do
Ten MIRANDA passando a dirigi-lo ap6s a explicação do ci-
tado Oficial de que teriam que se deslocar para RIO CLARO
e que o Tenente não tinha Carteira de Habilitação; que, /
durante a viagea o Ten MIRABDA lhe dissera , digo, 1he //
perguntara se conhecia a.lgu.s na Pol.íck de RIO CLARO, /
pois teria o depoente que perguntar naquela Delegacia se
havi4 aparecido por lrL algum cadiver; que, em RIO CLARO/
o depoente avistou-se em ama praça em frente l Dele~cia
com um elemento conhecido~ da Pol!•ia J.ocal/ ao .qual per~
to11 se havia existido aparecimento de algum corpo naquela
região; que, o citado elemento informou ao depoente que /
nada de anormal nêsse sentido havia ~ido constatado; que,
ap6s essa resposta o depoente em companhia do Ten MIRANDA
retornaram l Estrada pa~ ANGRA DOS REIS sendo,nessa oca-
sião, sido cientificado pelo referido oficial da realida-
de da missão que lhe fÔra imposta, isto ,, o Ten MIRANDA/
dissera ao depoente que,na realidade, existia um cadiver
na Estrada para ANGRA DOS REIS o qu.al não poderia apare-
cer de jeito nenhum pois êsse fato) caso constatad~iria /
dar uma tremenda confusão; q11e, o depoente se recorda ter
o Ten MIRANDA ter feito referência a uma viol.enta luta //
ma conheiros q . -
corporal que teria tido lugar no Quartel do 12 BIB entre
se achavam presos para averiguaçoes; que,
7
em determinad cal d~strada, indicado pelo Ten MIRAN-
'
~~.v
DA, o depoente constatou a existência de um cadiver de um
cidadão moreno vestido apenas com um calção e que apresen
-
• I
./ '
que foi paga pelo depoente uma vez que o Ten
Â
nao
-
'
a vol.ta do Ten MIRANDA e do IRAlf.IDES
MANSA, dirigindo-se ao bar vizinho ~ Delegacia onde, o
Oficial. e o "LOCA" permaneceram tomando uma cerveja eqn,
digo, enquanto o depoente ãe dirigia a sua repartição; I
que, min~tos mais tarde o depoente, digo, que, cêrca de
quarenta minatos mais tarde, o depoente foi chamado para
conduzir a Ru.ral. de volta a oficina do Sr JO~, o que //
foi feito em companhia sbmente do Ten MIRANDA; qu.e, ap6s
a entrega da Rural regressaram outra vez " Delegacia, a-
.... a
n:
das 1630 bs com uma c6pia, digo, com o laudo cadavérico I
assinado pelo Dr OS e pel_o/ JO~ OARLOS FRANCO FABIA,
se~ "teor do mesmo"estava bom" ao
'
-
que o depoente respondeu que para a finalidade desejada
... "nao estava bom"; que,~ o depoente se reco~
pelo Capitao,
da que o Cap NIEBUS estava bastante agitado e nervoso //
tendo declarado que ainda teria que reconhe~er a firma /
daquele documento a fim de que o mesmo fÔsse anexado aos
autos do iqn, digo, do inqu~rito que havia sido instaura
do no Quartel; que, em seguida o Cap NIEBUS retirou-se /
-
da Delegacia; que, digo, PERGUNTADO se tem fatos a ale-/
gar ou prova~ que justifiquem a sua inocência, respondeu
que os atos cometidos pelo depoente foram apenas por, d~
-
-
go, os frutos de uma influência que, a muitos anos ~/
sentindo a repartiçao policial por parte do Quartel do
11 BIB, digo, de elementos do Quartel do 11 BIB; que, //
tamb~ tal influência se acentua atra~s do espírito de
cooperação que tem havido de parte a parte, iwto ~. dos
elementos da Polícia e dos elementos do ~rcito sedia-
dos em BARRA MANSA; que, em momento a1gum, solicitou de
quem quer que fôsse permissão para realizar tais atos;/
que, volta a insistir ter sido prltioamente impelido pe-
lo Ten MIRANDA para ajudar na empreitada acima descri ta.
E, como nada mais disse e nem lhe foi perguntado, deu o
Encarregado do inqu~rito por findo o presente depoime~
to, e de como assim fêz o indiciado as referidas dec~
çÕes, mandou o Cel Cav M!RIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO, E!f
earregado dês te inqu~ri to lavrar o presente auto, que, /
lido e achado conforme, vai por êle rubricado e assinado
pelo indiciado e comigo 12 Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO,
servindo de Escrivão, que o escrevi.
rvindo de Escrivao -
.,
CO N CLUS Ã O
Ten
Ser v,indo de Escri v ão
•
DESPACHO
SAMPAIO~
IPM
I
1
R E C E B I ME N T O
1º Ten
Servindo de Escrivão
~----------------~--~----------~~-------=========~~~------------~--- -·
I Ex - 5 t Bda C Bld
15º RCMec (RRecl.tec)
Rio, GB , 28 Fev 72
Of nº 25-IPM Encarre3'1clO do Inquérito Po-
licial rTili tar
Detenção de indiciados
(co mm:cA)
Ref: Ofnº 207, de 10 Fev 72
Sr Comandante da 51 B~ C Dld
Prorrogação de prisão de /
--
indiciados {SOLICI TA )
-E7go.do do
ORLANDO RI'BE RO SJJ.tFAIO
Il'!.l
CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
~O DE INQUIRIÇÃO DE INDICIAD
..
T1i:RJro DE INQUIRIÇÃO DE INJJICé!ADOW
~~ ~~
...
Aos vinte e nove dias do mes de fevereiro do ano de
mil novecentos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de
Janeiro, no Quartel do 152 Regimento de Cavalaria Meca-
nizado, onde se achava o Cel Cav M!RIO ORLANDO RIBEIRO /
SAMPAIO, Encarregado deste inqu~rito, comigo 12 Ten Cav
A
---- - -
guinte: PEDRO MIGUEL CALICCHIO, com 20 anos de idade, na
tural do Estado da Guanabaraifilbo de Luiz Caliccbio e
de Isabel Paratela Caliccbio, solteiro, 22 Ten B12 Inf,/
servindo no lg BIB, sediado em BARRA MANSA, Estado do / /
Rio de Janeiro. Disse que efetivamente por várias v;zes,
isto ~' por duas vêzes conduziu presos ao Arquivo, por I
ordem do Cap NIEBUS; que, se recorda que na segunda vez
A -
-
Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, set, digo, servindo de Es-
crivao, que o escrevi.
~1 - carre~4o
do IPM
( ~~ - '-"-'\': (Z C'-À.- l
__ -PEDRo M!dimt CA~ ) Ten
;te ~ , ~ Indiciado
~L. o ~) Q..h_.a.. .~-c..
3@1( GÕMEs RIBEIRO - ti Ten cav
Servindo de Escrivao
TÊMO DE INQUIRIÇÃO
e ::Z. e?
r:_//() ~ Vo; z ~); ÇdU? ~ ev
v1z~zi
~
ÇÃO, tendo tamb~m aplicado uma injeção
citado soldado; que, ao depoente, pareceu que o sold~
do MONÇÃO ji estava morto uma vez que não conseguira/
encontrar sua pulsação enquanto tomava aquelas provi-
dências; qué, deu conhecimento dessa sua suspeita ao
Cap NIEBUS e Ten MIRANDà os quais disseram ao depoen-
te que deixasse MONÇÃO e fÔsse atender "aquele criou-
lo que est' l i dentro, se não êle tamb~m iria apagar",
o que foi feito pelo depoente; que, o crioulo citado,
era o Sd VANDERLEI, o qual, a pedido do depoente, foi
retirado da cela para uma sala mais arejada onde o de
poente pôde tirar a pulsação que estava bastante difí
cil de ser encontrada e, tamb~m, pÔde aplicar uma re~
piração artificial, tendo notado que o seu coração b!
tia a intervalos muito longos, dando a impressão que
iria parar a qualquer momento; que, tendo em vista e!!.
ta situação o depoente disse ao Cap NIEBUS que ele t!
ria que comunicar esses fatos imediatamente ao m~dico
da Unidade; que, o Cap NIEBUS reagiu violentamente a
essa id~ia, dizendo que jamais faria isso pois, caso
assim procedesse, estaria irremidiavelmente perdido;/
que, ele, Cap NIEBUS, preferia comunicar a fravidade
do estado de saúde dos soldados ao C&p AMIM, pois es-
te era de fato seu amigo; que, em seguida, recebeu O!
dens do Cap NIEBUS para atender o Sd VICENTE que se//
encontrava deitado no corredor e apresentava um grande
ferimento na cabeça o qual sangrava mui to; que, o C&p
NIEBUS e o Ten MIRANDA queriam que o depoente fizesse
uma sutura no ferimento fato esse que ~oi evitado pelo
depoente com a alegação4 de que sb.mente o m~dico pode-
ria realizar tal atendimento; que, em seguida, chegoq/
o Cap AMIM que passou a examinar o Sd VICENTE e Sd GE-
OMAR, sendo que este último encontrava-se sentado em/
uma das celas reclamando dores no tornozelo; que, o//
Cap AMIM determinou ao depoente que raspasse a cabeça
de VICENTE no local do ferimento, fizesse ali um cura-
tivo com pressão e aplicasse um coagulante; que, o ci-
tado Capitão determinou ~b~ que fizesse uma aplica-
çao de gelo no tornozelo de GEOMAR, recomendando, final
-
- A
/
;fi~
a situação desses soldados ao ap6s es-
sa recomendação o C&p AMIM retirou-se do Arquivo; que, I
antes de retirar-se,aquele oficial solicitara ao Cap NI-
EBUS que dispensasse o depoentt uma vez que este nada 11
maia poderia fazer alí, alS! de não ter avisado em sua I
residencia o seu paradeiro atual; que, o depoente se re-
corda ter sido ameaçado de "ser desertado", pelo Cap 11
NIEBUS, caso "abrisse o bico" a respeito do que havia I I
alí presenciado; que, no dia seguinte, por volta das 11/
0900 hs, o depoente participou ao Dr lRICO ter sido cha-
mado na noite anterior para atender a ' am soldado que se
achava ferido na cabeça, no Arquivo; que, o Dr OOCO pe~
guntou a quem mais ele havia atendido ao que o depoent~
respondeu ter sido o Sd GEOMAR que lhe pedira aplicação
de gelo para o seu tornozelo; que, o depoente se r•corda
também de que o Dr ~co lhe perguntara porque não o ha-
via chamado, tendo o depoente respondido que havia sido/
em razão do Cap NIEBUS não lhe ter autorizado, ao que o
Dr !RICO nada comentou; que, o depoente ainda se recorda
que pE>r volta de 2100 hs do dia 12 de ja-n eiro, ap6s COil!,
tatar a imobilidade e a frigidez dos soldados MONÇÃO e
VANDERLEI, sugeriu ao Ten MIRANDa e ao Sgt ETEL amarrar/
os pulsos e o quijo, digo, queijo, digo, queixo dos ref~
ridos soldados pois , imaginava, que ambos seriam sepulta-
dos no dia seguinte. E, comonada mais disse e nem lhe 1/
foi perguntado, deu o Encarregado do inquérito
,.
por findo
o presente depoimento, e de como assim fez o indiciado I
as referidas declaraçÕes, mandou o Cel Cav ~RIO ORLANDO
RIBEIRO SAMPAIO, Encarregado dêste inq11éri to lavrar o pr.!!.
sente auto, que, lido e achado conforme, vai por êle ru-
bricado e assinado pelo indiciado e comigo 12 Ten Cav J!
SIEL GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, que o escrevi.
. -- -- - -- - - - - -
____ ___
].9 BIB, de fls nº 007, o qual lhe foi lido, declarando/
JUNTAD A
l- ,-
Aos .2~ di as do me s de Uv~Qe.\a.o de 19 ~2.. , n est a cida
~
I
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - 1ª D E - 5ª Bda C Bld
Primeiro Batalhão de Infantaria Blindada
,·
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE SEGURANÇA
DELEG~C L":.. DE POLfCLI\. :::>A 5ª REGiitO A:::>líiNISTR..Il.. TI V!.. o
R Z C ~ B I D o,
CONC L USÃO
de 1972
Servindo de Escrivão
I Ex - 5~ Bda C Dld
152 R C J1lec(RReCMec )
Rio, GB, 01 Mar 72
Of nº 26-m Encarregudo do Inqu6ri to Poli
cial. Militar -
A~res~ntação da policiais
( PAZ)
'
-Atendendo solicitação de VExa, feita através do Exmg Sr Gcn
Cmt da 5B Bela C Dld, apresento o Perito Crirlinal NELSON RIBEIRO I
DE MOURA e o Auxiliur de Censura IRANIDES FERRF.IRA, ambos lotados
ne Delegacia de Polícia de BariU Mansa .
-Aproveito a oportunidade para apreoentar à V Exa, maus pro-/
testos de est~a e consideração.
I Ex - 51 13&.1 C :Bld
l5R Rcttec (m~ec:r.tec)
Rio, GB, 02 Mar 72
Of n9 27-IP!il Enca rregado do Inquérito Poli
ela~ li:'.. l i ~r -
dos
noite de 12 pera 13 de j~neiro , solicit~voa providenci ar o
...
ci do doc~ .nto, dele nd~vos , paL tanto, aa atribuiçoea que
me cc;>mpetez:t.
2 . Solicito-vos, outrossim, qu.e a ci tac}c AUTO DTI AVAIJ.AÇÃO//
seja remetido dentro da urgência poss!vel.
I Ex - 5§ Bda C Bld
152 RCr.teo (RRecl.tec)
Rio, GD, 01 Mar 72
Of n2 28-IPM Encarreg::tdo do Inqut!ri to Pol i
cial Nilita.r
Q.b..·Q.. I~
Ten
Servindo de Escrivã. o
...
Ao primeiro dia do mes de março do ano de mil no~
centos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de Janei-
ro, no Quartel do 15º Regimento de Cavalaria Mecaniza-
do, onde se achava o Cel Cav ~RIO ORLANDO RIBEIRO SAM
PAIO, Encarregado dêste inqu~rito, comigo 1º Ten Cav /
JESIE'L GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, compareceu
a! a testemunha abaixo nomeada que foi inquirida sôbre
os fatos que originaram o Relatório Especial de In:for-
maçÕes námero z/72, de . l4 de janeiro de 1972, do Cmt /
do 1º BIB, de fls nº 007 , o qual lhe foi lido, decla-
rando o seguinte: GERALDO JOS~ PEREIRA, com 38 anos de
idade, filho de Horácio Jos' Pereira e de Rosa Aur~lia
de Jesus, natural do Estado de Minas Gerais, casado, /
12 Sargento, servindo no 12 BIB, sediado em Barra Man-
sa, depois do compromisso de ~izer a verdade, disse//
que entrou de f~rias no dia 13 Dez 71 para termini-//
las no dia 13 Jan 72; que, mais ou menos entre 05 e //
10 Jan 72, o declarante, passeando com seus quatro fi-
lhos, eventualmente foi ao Quartel a fim de abastecer
o seu carro, cerca das 0900 bs; que, no Quartel encon-
trou o Cap NIEBUS, que determinou ao declarante fosse/
ao Arquivo; que, o Cap NIEBUS esclareceu ao depoente/
que iria mostrar-lhe os elementos que ewtavam envolvi-
dos no t~ico e consumo de tóxicos; que, chegando ao/
Arquivo o declarante teve a oportunidade de ver dois /
soldados sendo interrogados, um pelo Cap NIEBUS e ou-/
tro pelo Cb FREITAS; que, 1 o Cap NIEBUS interrogava o
Sd GE~O em quem aplicava golpes na cabeça com o ca-
no de ferro enqwa.nto o Cb FREITAS interroga-q o Sd ~
REIRA, no interior de uma cela sem contudo agred!-lo,/
pelo menos no momento em que o depoente lá estivera; //
que, a única participação do depoente foi aconselhar ao
soldado FERRElRA que dissesse a verdade; que, o Sd FE~
BEIRA inclusive pediu ao . f~o~nte para permanecer~/
~ porque ~e ele, depoente~ FERREIRA seria espancado;
Testemunha
-
baver cantado na qasa daquele Cel, na Ilha do Governador.
Que o declarante nao se recorda, no momento, de mais nada,
exceto, de que, para tentar cativar o Cb TOMAZ permitiu que
êste manobrasse seu carro no interior do quartel, tendo -/-
mesmo permitido que êste trouxesse, certa vez, seu carro
ao Rio de Janeiro, na companhia do declarante, ou melhor que
isso ocorreu no retôrno l Barra Mansa, porque a vinda ~ mais
difícil, face ~ descida do mon ento. Que, essa viagem ocor-
f u~~.~·~( ~.
w f3l
)/.;;) / f~
reu. num .fim de semana. Que, TOMAZ era "pe~o Cel
G~CIO segundo pensa o declarante. Que, o declarante
admime tamb~m que todo esse pretígio de TOM, digo, I
que todo esse prestígio de TOMAZ não ~ devido tão s~
mente ao fato de ele cantar. Que, TOMAZ nada entende
de enfermagem, ou melhor, que TO~~Z é mau enfermeiro
inclusive .faz prezepada at~ para dar injeção e que I
desde o declarante foi para o Batalhão já tinha in-
tençio de trocar o Cb TOMAZ pelo Cb CEZAR LUIZ e que
desde entã0 já sentia uma aversão até em olhar para/
o Cb TOMAZ. Pelo Cb TOMAZ foi declarado que nunca 11
usou 6culos algum no Quartel que tão pouco é mentir~
so. E como nada mais declararam, lavrei o presente I
têrmo, que assinam, depois de lhes ser lido e achado
conforme, com o Encarregado do inquérito e comigo 12
Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão I
que o escrevi e subscrevo.
- lºTen M~d
GOMES
. RIBEIRO- 12.... Ten Cav
ServLndo de Escrivao
Ao primeiro dia do mes de março do ano de mil nove-
A
SAMPAI~
- Encarregado do IP.M
~.~,-cfi:#Jú
WCIDO ~ 00
MESSIAS . SUHETT
Cabo - Testemunha
>
RIBEIRO-lQ Ten Ca v
Servindo de Escrivão
TtRMO DE INQUIRIÇÃO DE INDICIADO
,.
Ao primeiro dia do mes de março do ano de mil nov~
centos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de Janei-
ro, no Quartel do 15º Regimento de Cavalaria Mecaniza-
do, onde se achava o Cel Cav M!RIO ORLANDO RIBEIRO SA!
PAIO, Encarregado dêste inquérito, comigo 1º Ten Cav I
JESIEL GOA~S RIBEIRO, compareceu o indiciado lQ Ten 1/
Méd Dr ~co AUGUSTO LOPES, já qualificado nos presen-
tes autos, a fim de ser interrogado sôbre os fatos que
originaram o Relat6rio Especial de InformaçÕes, número
2/72~ de 14 de janeiro de 1972, do Cmt do 1º BIB, fls/
nº007 , que lhe foi lida. Disse que confirma suas de-/
claraçÕes prestadas no dia 07 Fev 72 e as declaraçÕes
feitas no termo de acareação realizada no dia 01 Mar I
72. E, como nada mais disse e nem lhe foi perguntado,
deu o Encarregado do inquérito por findo o presente//
depoimento, e de como assim fêz o indiciado as referi-
das declaraçÕes, mandou o Cel Cav MARIO ORLANDO RIBEI-
RO SAMPAIO, Encarregado dêste inquérito lavrar o pre-1
sente auto, que, lido e achado conforme, vai por ele /
rubricado e assinado pelo indiciado e comigo 1º Ten //
v
Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, qlfe o
escrevi.
Cav
Servindo de Escrivão
JUNT A D A
Ao s A!' dia s do m~ s de ~~
f
de 19 i-2- , n est a ci da
de do Rio de J ane iro 9 n o Qu a rt el do 152 Re gimento de Cava
laria Me c aniz a do , f a ç o junta da a ê ste s aut os dos docUQen-
t os que adi ant e s e vê em ; do que , para constar, l avre i o
pr esent e t Grmo . Eu, 12 Ten Ca v JESIEL GOMES RIBEIRO, se r-
vindo de Escrivã o, o e screvi e a ssino .
Servindo de Escrivão
,. -
--
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
1~ DEx - 5~ Bna C Bl à
1~ B I B
Ba r r~.....!.1.~.~~-~-=y-;~--~·-····?.-~.... !..~Y..._.7..?.
D~ C~t ào lQ BI B
SECRETARIA DE SEGURANÇA
SUPERINTEND~CIA DA POLICIA CIVIL
OFÍCIO Nº 72/72
Atenciosamente,
~\~~~~0\À~
~en~l Chefe de Gabinete.
SENHOR CORONEL:
,
ILMO. SR. CORONEL MARIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO
5íil, BRIGADA DE CAVALARIA BLINDADA
150 REGIMENTO D3 R3CO~CIM3NTO MECANIZADO - I ExmRCITO -
NE S T A
Mod. "$TM-I\
iJsn. -
ESTADO ~A GU A NABARA
Em 11 de março de 1972
,
Do: Diretor do Instituto de Criminalistica
Ao: Cele MARIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO - Ence do IPM -
I Ex - sa Bda C BLD - 151 R C Mec(RReeMec)MlNISTiRIO DO !
XERCI'IO
Assunto: Presta informaçao -
Ref. Prot. 09/752.841/ 72
,
Anexos copia da inform•çao
-
Sr.
sos trabalhos, e que por essa razão inexistem em nosso l ebor a t &r1o.
Sugerimos, assim , que o material em ca usa, aind~ em
·invÓlucro l acrado e n!ío viol!:do , sejF envia.do ao Ins t ituto Hádico-
Lega l , o qual se encontra aparelhado para ta l , digo, para a r ea li-
~ação de tal tipo àe exames .
' 1tenc1osament e
esto Gomes
médico- CHM/GB l O. 591~
Perito Criminal
De .ecôrdo ~~
SE#r g i o JS •.Pessoa
Qu.1mo CRQ-3 453-S
. Chefe do SPFQ
Perito Crimi nnl,
MINISTÉRIO DA GUERRA
OF!CIO N2 9 GAB
: Sr Cel Hário Orlando Ribe i ro
s~~ ~ Ao
Sampaio Encarregado de IPN
{L'~
Remessa de Auto de Necrópsia.
~:;ç;, ·
Assunto :
~
GEN BDA H~D DR RUBEN DO NASCIMENTO PAIVA
DIRETOR HCE
(CÓPIA)
HOSPITAL CENTRAL DO
. C Ex S M L
H '
'
c
rVIÇO M é dico- Legal
•• t
t • . . - . . . • -
,
AUTO DE AUTóPSIA de ROBERTO VICEJ\lTE DA SILVA, Sel daàe ,se l tei re , de lg
<: \ •
por delegaç~o do senhor Gen Bda . !~dic • Dr. Rube)l de Nascimente Pa iva ,
Hele , Cap itão Méd i co e Rllbe n s Pedro ~cuc~ ·T&ninl, Mêdice Legi s ta ,
prestado pelos peritos o compromisso de bem e fielmente ' desempenharem os deveres do seu
cargo e com verdade declarar~m p que descobrirem e encontrarem e o que de sua c~msciência ~
• ____:::.....:._..:.__e que respondessem aos quesitos seguintes; l.Q si houve morte; 2. 0 qual o }l~.eio
'
_que a ocasionou; ao ·3.0 , si foi ocasionada por veneno, substância anestésica ou asfixia; 4. 0 , si a
lesão observada, por sua natureza e sede, foi' causa eficiente da morte; 5.0 , si a constituição ou
\
estado mórbido do ofendido, concorreu para tornar a lesão irremediàvelmente mortal; 6. 0 , si a morte
resultou das condições personalíssimas do ofendido; 7. 0 , si a morte sobreveio não porque o golpe fôs-
se mortal, sim por ter o ofendido deixado de observar o regimen médico e higiênico reclamado_ pelo
'" ou imperícia na arte ou
seu estado; 8:0 , si a morte ocasionada por imprudência, negligência
profissão do acusado. .. .
r
declararam o seguinte :
f~ "'
externa do braç• e face pesterior d~ terça superier do anteb~
' .
ç• esquerdes e areas recoberta_s per cresta,s ave.rmelhadas escuras na
~
-------
face externa d• 'têrçe m~di•d• braçe e ao n! vel do berde rad~al ne
terçe inferler de antebraçe esquerdo;manchas vermelhe anegradas ir-
A
cabeludo mostra
. r ~·
,.,
infiltr~çao hemorragic~_verme~ho escura,u~
, tanto extensa
.
• . . , -' . • - n
aos cortes
...
com superfÍcie brilhante com aumento de brilhe e tonalidade
"'
esêura ias piramides e cortical com riscos avermelhades;percebe-s~ p~
'
quena infiltraÇão hmorrágica ae n!vel àe hile de rin direite;bexiga cem
parede Íntegra e sem rotura na mucesa;pâncreas c•m discréte infiltrado
hemorrágico de tecido mele tu• • recobre e sua estrutura é de aspécto I
normal macroscepicamente;alças intestinais cem pequ8na infiltração hem~
f
ragica e laceraçao peritenial ao d" contate cem tubo de pelieti-
, N
n~vel
far e' qu~ de tudo dou fe.Eu Francisca Meura• Carrilho Cardeso,que • d~~
~Bv"- 6JJ
graf-e!. . . , .. ~
c ~,.u. ' 1,1-
(a)-DroOs:r.taJ.d&_~ q~l·:.~O..l'.~ira,Ten Cel.Medico,Chef,e de S.M.L~f ~.).(;, ~u
(a)-Dr.Guilherme Achilles dj Faria 1-Jele,Capitão Medico,
(a)-Dr.Rubens Pedro Macuc• anini,Medico Legista, ,
Qo r r.-,-
o~q.. r'\.J> ~flt ·
~
(a)-Antenio da Cesta Pereira de Brito,lg Sgt.~sp. d~ · Saude, 1
•• u/~
(a)1'Fra!Jcisca. M.urãe Carrilhe Cardose,'f'qncionaria,nivel 13-A, (S)J.-r;. ,.
(a)-J"ose Pereira Pe ,I,Aux de,.Portaria,n!~el 8, , .-, .JA
CONCLUSÃO:-J"ulge procedente este laudo de necropsia para que pro 1Prf
efeitos legais~ ~'/
'
'
'
•
CO NC LUS ÃO
Se ~ndo de Escrivão
DESPACHO
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~'a4'- ,J
~RIO ORLANDO RI 1· RO SAMPAIO
Ce1 - Encarregado do IPM
R E C E B I ME N T O
MMtfJ 1
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• Carimbo da Estação
i Espécie OFI CI AL
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E
Origem-------------------------------------------
lndtcaçOes de
Hora da Transmissão
Ser viço Taxadas
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1a:: N. 03-IFIIde "'- _ W.R _ 72 _ INPO APBES SD DES:GRTOR .HELIO BOTE
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I Ex - 5• Bda C 13ld
15g RCMec ( RRecMec) .
Rio, GB, OG Mar 72
Of nO 31.-IPM Cel Encarregado do Inquéri te
Policial Militar
Comandante do 10 Batalhão de
Infantaria 1311ndada
Prisão de indiciados
•
Anexos 3{ tres) Mandados de Pr!,
sao
- N.o.s termos do Art 321, combinado com os Art 328, 330 letra
-
"a• e 331, ttlde do CPP.M, apresento l V ~. o Sd ~o BOTELHO/
LUIZ, do .l2 BIB, a fim de que seja submetido a Exame de Lesõe~
Corporais, com radiograf1.a do aparelho digestive, uma vez que /
alega ter sido obrigado a ingerir uma pedra e uma corrente, at&
agora não _expelidas, bem como o a~bsequente encaminhamento do
reapective laudo a este inqu~rito.
1
I
I
-·
Mindade de Bunca e Apreen
- Anexe, remet._voa
.
o L~ndado de Busca e Apreensão na r~sidên -
,_
citA de n• JOAQUINA DOTELHO LUIZ, mãe do soldade HELIO BOTELHO II
Lmz. i~
.._ ""'"iiííiiA>~AIO
1
Cel - Encarregado do IPil
oi/o3( tJ
MANDADO DE BUSCA E APREENSIO
-
e bf!"' assim, mandl' (lV.e se proceda a tedaa as deilig~neiaa no
cessárias e se empreguem as meios indispensiveia, c~o sejam
arrombamentos de portae e m6veia, de mod• a ser feita a apre
ensâo da referida Piotol&, usando de -~oàos os ~ei~s permiti-
-
dos ~1!l Le'i~ para execução do presBnte manàade, inel.usive a
prisão em flagrante de quam o:!'çrecer rcsistênc1.a ou. qu:izer I
impedir o cumprlm~ntc do m~r.m.o. De t1J/to ner:l lnvrado, por um
dos enc~rre§ados da diligência~ o eompetcnte auto, que se~
por mim, n&. fo:ran da Lei, aut~nticaãc, e assinado por duas /
test~unhRe que teVham assistido a di1ig~ncia desde o se~ 1-
rúcio. O se cumpra. !lado e pa:Jsado neste Quarle1 do J.59 Reg!
mente de Ca~lar:la Mecanizado, aos sete dl&a do mes de marçe
do ano de mil novecentes e setenta e dois . Eu,, 1• Ten JESIEL
GO!ItES Rim:IRO, servindo de Eserivã• o esc vi .
--~
- ~ -~ ~~~-~-----~~---~-
I
~
CERTIDÃO
Servindo de Escrivão
r :;= -m-
Cel -
Indiciado
Servindo de Escrivão
TtliMO DE INQUIRIÇÃO DE TEST~T.HA
,.
mou porque estava .. passando mal do estomago; -
dia 27, levaram caf~ para o declarante o qua~ não ..o to-
que, nao a-
panhou nos dias 27 i - 28, segundo soube mais tarde por-/
que estavam_procurando provas, contra ele, decorrente/
das declaraçÕes de FERREIRA e SENHORINHO; pela ma~ã; do
dia 29 chegaram ao A~QUIVO .QS Sgt GUEDES e NIVALDO. GU!
DES mandou o declarante subir em duas latinhas .de massa
de tomate, posição em que permane~eR por 20 m~nutos, ao
mesmo tempo em que NIVALDO batia no delcarante, por or-
-
N '
dem do Sg~ GUEDES, q~~ , tinb~ as maos ferida~. como s~ ti
vesse .e smurrado algu~. Que,. NIVALDO
.
aplicaa. umas cate-
l.adas nos ombros do declarante,_os quais incharam; que,
nessa altura dos acontecimentos ~ chegaram o Cap NIEBUS
f7!!
o Ten MIRANDA, o Sgt BUBENS, Cb CRUZ e Cb FREITAS_; que.,
ainda sôbre as latinhas, o declarante levou um can.o de
~ p~ MIRUDA, em consequência
do que o declarante acab~u por cair no
seguida passo~ a ser agrãdido pelo T~n MIRANDA com
can.Q de ferra, Cap NIEBUS a socos, _.Qb CRUZ a_ . ~oc.os, ~.a
qu.q.ntp _qu..e Sgt NIVALJ?O dava"telefones" e chinela~s na
face _do declarante; que, naquele mesmo dia 29, mais_//
t11rde trouxeram o Sd FERREIRA, qu.e foi -violentamente
espancado na frente do decla~nte, pelo C~p NIEBUS, Ten
MIRANDA, Sgts mr.BENS, NIVALDO, GUEDES e Cb CRUZ e FREI-
TAS, enquanto qu.e NIEBUS, ta.mb~m apl~caou, di,go, apli-/
cou. socos e "telefone" no declarante. No dia 30 pela//
manhã, novamente, o declarante e o Sd FERREIRA foram e!!_
pancados a socos pelo_Cap NIEBUS, Sgts RUBENS e NIVALDO
e Cbs . (lRUZ e .FREITAS..e pelo Ten MIRANDA com o cano de/
) ferrq, prolongando-se pela ,tarde esse mesmo ~spancame,a
to; qu.e, pela manhã do dia 31 Dez, o declarante com um
calção de física, FERREIR4 com uma sunga vermelha e GE-
TULIO com farda de instrução voltaram a apanha+, s~ndo/
que desta vez o Cb CRUZ deu u.ns "telefones" no declara_a
te em GETUDIO e ferr~, digo, FERREIRA, enquanto 9-Cabo
FRElTAS dava-lhes sooos; mais tarde, j~ tendo GETULrO I
sido retirado lá chegaram o Sgt , digo, Cap NIEBUS, os
Sgts GERA~DO e NIVALDO que pass~ a qar socos no de-
clarante e em FERREIRA; que, o declarante se encontra-
va a1gemado numa cadeira com as mãos para grá, digo, //
trás, e que .enquanto levava os .socos o Sgt RU:aENS dava-
lhe ponta-p~; que, naquele dia 31 Dez, ainda no ARQUIVO
~ Cap NIEBUS fez o declarante engulir uma. corrente gro-
1/:J/;; ~~ ~ - - - -
cerca das 1930 hs; que, ~o saltar o muro
declarante deu sua roupa, digo, sua farda, para uma m~
~her do Bairro LAZARETO, guardar, yestindo roupas civis ;
- ~~
vender maconha pa,ra seu irm.ao; que, o declarante cost~
ma de vez em quando fumar maponha; porém não se julga/
~viciado; que, o declarante alguma~ vezes fumou macE
---------r-evi_(f!t&Jl' ;;dona~
clarante, quando se . acbavam de~idos, ~ra, . logo após a//
e
o Quartel, de sabre
capacete, simulando que
para o bairro do LAZARETO, onde prendiam ~rostitutas, /
digo, onde, iam ao bar e lá 1!omavam. cacpaça, sem pagar,
pois o dono do . b~r tinha _medo de fecharem o seu es~abe
lecimento; que, numa dessas ocasiÕes, o Sd GETULIO, que
se achava detido e que el?ca:gara para o LAZARETO., volto.u
cQ~ uma gar~fa de cachaça e, segundo soube o declaran-
f!l ~)L~
d 1 água", situada na final da rua 207 em
perto da TVR (Transportadora Volta Redonda); que, ne~
s;~._.mina funcionava a "bÕca de fumo" do irmão do decla
~nte EXPEDITO BOTELHO LUIZ, conhecido como CAPARA; //
que, a policia não encontro~ maconha, por~m CAPARA es-
tªva com um revolver HO Cal 38; que, o referido revol-
yer pegado e escondido _pelo Sd P.M de Volta ~~donda, c~
nhe9ido como BETO; que, BE~O pegou e escondeu o ~evol
ver., para aJ.iviar o flagrante_ a pedido de CAPARA, o.//
q_p.al lh~ .9fereceu WPa .:vantagem_qualq_uer,"_ prQvàv~lme~
te; qu~, j~p:tamente,.com CAPARA_,. fo~ presos tres vi-/
ciados, sendo dois irmãos mecânicos, co~ecidos por_//
BAIANINHOS e um outro de nome JUSCELINO, vendedor de /
J.aranjas; que, foram conduzidos por BETO e pelos demais
P.Ms . para a Delegacia de Volta Redonda, onde fo~ sol-/
tos, por não haver qualquer flagrante; que, o declaran-
te tomou conbecimento . desses fatos, atrav~s de seu ir-/
...
m~o, e j ' em sua casa, ql).ando CAPARA pediu_ao declaran-
'
te que fosse ~ Delegacia, buscar o revolver com o PM B!
TO; que, o declarante disse ao BETO que o revolver era/
do . Sgt JONAS e que ele, HELIO BOTELHO LUIZ, era o anne!,
ro, . tendo recebido o revolver para ltmpar, do Sgt JONAS;
que, o declarante inventqu tudo isso, a fim de evitar//
que BETO lhe exigisse dinheiro; que, diante dtsso, BETO
entregou o revolver ao declarante, ap6s o que, foram a
um bar, onde o declarante pagou duas cerveja~ para o PM
BETO; que, ao devolver o revolver, BETO disse ao decJ.a-
rante haver ti~dÇ> uma "b~la '' para . completar a carg.a. dQ .
~eu rev.olver; que, CAPARA, em casa, disse ao dec~rante,
J{'~
{G~ f~
/r~~~
o capataz . do ~arque tinha que vir a Volta Re. onda, Q que
acontece~, vindo o Luiz de carona; que, o declarante deu
Testemunha
J
Servind0 de Escrivão
-· ~-~- · -- - - - - -- - - - -
TtRMO DE ACAF~AÇÃO
-
Q . Sd ImLIO _BOTELHO LUIZ, no arqu.ivo, no PELESP, ou em/
... RESPONDEU que NAO; se o Sgt GE-
qualquer outra _ocasiao,
RALDO agrediu o referido soldado, RESPONDEtLqae Não yia.
o_.Sgt . GERALDO bater 01.1 deixar de bater no Sd BOTELHO.Ao
indiciado Sgt ETEL foi perguntado se vi~ o Cap NIEBUS -
agredir o Sd BOTELHO, RESPONDEU qa.e SIM. Que . o Cap NIE-
BUS agr~diu o Sd BOTELHO, segundo se recorda, com socos
e tapas. Que al~m do C~p NIEBUS, bateram no Sd BOTELHO,
03 S~s RUBENS, GUEDES,. NIVALDO e os- Cabos CRUZ e FREI-
TAS. Que o declarante- não bateu-no Sd BOTELHO, tendo se
limitado ~ aplicação de choques, bem como, digo, que -
não t~ve oportunidade de ver o Sgt GERALDO bater em BO-
TELHO~ Dada a palavra . ao indiciado Cap NIEBUS.,. o . mesmo
-s ~~ ~
~ORLANDO RIBEIRO SAIVIPAI
Cel - Encarregado do IP.M
Indiciado
- Cabo
Indiciado
Servindo de Escrivão
~
'·
CONCLUSÃO
de 1 9 -l-.Z.. , nest a c i da
;o.
•
• •
DETERMINO sejam anexadas as autos as fotografias das
vitimas, dos indiciados e das testeminhas, bem como as do lo-/
cal onde foi queimado o corpo do Sd MONÇAO.
N
â:::~, ,L I'
M!RIO ORLANDO RIBEii{O S.AMJ?AIO -
/
Cel
Encarregado do I P M
'
I
RECEBIMENTO
~~
~·~Olfs-;{ll~O~ ~o Ten
Servindo de Escrivã o
CERTIDÃO
RIBEIR0-1QTen
Servindo de Escrivão
- Nome: GEOMAR RIBEIRO DA SILVA (Soldado)
Vítima
•
-Nome: ROBERTO VICENTE DA SILVA (Soldado)
- Foragido em 31 Dez 71
-Apres entou-se voluntlriamente no dia 06 Mar 72,
no Quartel do 15º RCMec{RRecMec).
·- - .. - - - - ----------~
Indiciado
Indiciado
- Enfermeiro
Testemunha
- Padioleiro
- -- ·~--------------------~
"
Testemunha
•
Vítima
Testemunha
e
Vítima
- Nome: J08m GETULIO NOVO PAUFERRO (Soldado)
Testemunha e vítima
Tes temunha-
e
Vítima
- Nome: JOSl HENRIQUE ALVES (Soldado)
Q..h_·Q. .~-
Ten
Serv,indo de Escrivão
~ --- =--------~
- ======== - ~--
DESPACHO
D E T E R MI N O 1
1- a juntada do relat6rio;
2- providenciar oficio a o Exmo Sr Dr Procurador Geral da Justi-
ça ~litar, comunicando-lhe a conclusão do IPM e o encamiriha
mento dos a utos ao Exmo , Sr Gen Cmt da 51 Brigada a_e CavaJ•rta
Blindada, fazendo referancia ao oficiG de fls 1131
3- providenciar oficio a o Exmo $r Gen Cmt da 51 Bda Cav Bld, en
caminha ndo os autos do I P M.
~ >
_(.~-
.1
i
~L'
Mt<ir~N:OO RIBEIRO SAMPAIO - Cel
Encarregado do I P M
.i!
R E C E B I ME N T O
,.
Aos 8 di as do me s de ,MA~';O de 19r2 , nest a ci da
de do Ri o de J anoiro 9 no Qu artel do 15 º Regimento de Cava
l ari a Mecanizado, f aço junt ada a êstos aut os dos documen-
tos qu e adiant e s e v êem; do que , pa r a c onsta r , l avr e i o
present e têrmo. Eu, 1º Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, ser-
vindo de Escrivão , o e screvi e assino .
~OMESRIBEIRO - 1 º Ten
Servindo de Es crivão
[,
MINISTÉRIO DO EXf:RCITQ
I DEx - t;A ~DP C BLD
PHU.IZIHO BATALHAO :Ó8 lNFAN':::'.\RIA BLINDADA
~~~s:_
O O CASSIO :TAP7I:TS D~ SOUZA SUT<f03
Ten Cel Cmt do lQ BI3
•
AUTO nE AVAL IAÇÃO
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I D Ex 12 Ex 5ª .Bda C Bld
nTitEIRO BA~ALH..'~O DE I N:?AHTA3.IA BLINDADA
s
:V.tAi'!._l)AD O DE BUSCJ0__APREZNS1l O
NANDO ao l !l Ten PA.ULO CESAR FREITAS D:::: OLI VB I EA e 2Q Ten PEDRO l•UGUEL
CALICCHIO, a ~uem este fo~ 3.prese~tado , inQO por mi~ a3sinado, ~ue, em
se•1 cump!'iMento , se dirijar.J. à casa n!l 10 da ~ua 52, nA- c i dade de Volta I
'P.eclonca, onde mo!'a.m os fa:'Ililiares do ex- soldado HELIO BOTELHO LUIZ, e ai,
depois de lhes ter sj.do lido e mostrado o presente mandado, e feita na/
forma d"l lei a devida int:i.'llagão , facilitem a entrada no elite i movel, a I
fim de qu-1 se possH proceder à busca e apreensão de uma Pistola Bereta ,
Calibre 7,65 , o_UI=-, segundo <:1firma a testemun.l-la ai se acha escondido; e l
bem ~ssim, ~~ndo que se proced~ a todas as diligencias necessa!'ias e se/
empreguem os meios indispensaveis, como seja arromb2mento de po~tas e ~
veis e ~uai ~Quer outros obstaculos onde, presumivelmente, possa est~r a
coisa !Yrocu:rada, use~d.o , para tanto , de todos os meios permitidos pelo I
Codigo·Processual retro p~ ra a execução do presente mandado , inclusive a
prisão en flagrante ê.e quem oferecer resis tencia ou quiser ·im9edir o cum
primento ~o mesmo. 'Qe tudo será lavrado por um c<.os Encarregados c'la :Jili-
gencia, o competente auto , QUe será por mim, na form<?. da lei, 2.utent ica-
do, e ~::: sinado por 0uas (2) testemu.nh:::.s que tenb.am assistido 8. él.iligên- /
ciu desde seu inicio . O que se ctunpra . Dado e pe.s sado nesta cidade de I
Barre. '1P.nsa~ Estaão elo "qio õ.e Janeiro, e.os sete dias do mes ce marco do
"'no àe mil novecentos e setenta e dois . Eu, LUI.6 CA:?..LOS TONA , 3º Sargen-
to, servindo de o escrevi .
Ten
AUrO D!!: BUSCA 3 APRH:EHSltO
Ten
~N~O~E~~~~~V~I~I~~~A~~~,~-~~~~Q-~:~~
Testemunha
r
CERTIDÃO
Certifico que,
em cumprimento ao despacho de Fls 477, r"! .) do
Sr Encarregado do Inqu~rito, foram expedidos
os ofícios n2s 33-IPM • 34-IP.M, desta data, I
bem como a juntadA do Relatório.
Servindo de Escrivão
I Ex - 5! :Bda C Blcl
152 RCMec -(RRecMec ) .
Rio, GB, 08 Mar 72
Of n2 33-IHli Encarregado do Inqu~ri to Po-
l.icial. Militar
Encerramento de IPLt
-
ao Exmº Sr Gen Cmt da 51 Bd C l31d,· para o. necessária bomolo-
gaçao.
?étcL ·.... l~ ~~
RIO ORLANDO RIBE!JlO SAMPAIO
~ Encarregado do I1'M
- - - - ----- --
R E L A T CR I O I
i
- 1 "": · I
Exo.mi no.ndo- sc á. tcntD.l!lentc o p r esente Inq ué ri to Polici~ I
I
o.l Mili tn.r 1 verifica- se que no perí odo de 23 Dez 71 a. 12 Jo. n 1
·- / - i
! ~iss~o dos pr~vúvcis implica dos . To.i s métodos~ o.lém de cn.us~~~
rem o. morte dos sol c1o.dos JUAREZ MONÇÃO VIROTE , VANDERLEI DE I
OLIVEIRA, GEO~lAR RIBEIRO DA SILVA c: ROBERTO VICENTE DA SII~"~Cc 1 !
I
- - - ...... I
I
. . 'l
da., o tro.fico.ntc c1c mo.conho. EXPEDITO BOTELHO LUIZ, vulgo " CiL-
----~---~~~·~-~----~----~~----~~~~----~--~-~--
~--
PARA", que o.pontou o seu irmão HELIO ~~ LUIZ, Sol dado do
i
N1IO, GETULIO c FERREIRA no dia. 28 do mesmo mcs, tudo por or- /
dcm
~ ~-:::::::~:7~~--~~~~~~~~~------------------J!
do ~a.p NIEBUS , S/2 do refe ri do Bato.lhÜo . '
I
.I
I
!
Bó.rba.ro.mentc cspo.ncacloss BOTELHO, SEN1IORINHO , ffi.E TULI O o i
. I
FERREIRA, ::2pont o.:ro.m vúri os outros sol c1ndos qUG· t rafi ca.vo.m o:J./!
. '
!
I
I. uso.vo.m
- mo.conho. no i nteri or
- - -- - do Quo.rtcl. O Sd BOTELHO conscguit.J. ;
~ · - -· · ·. I
fugir pelo telhado do Pnvilho.o d~ Arquivo, onde se cncontrnVQ
- 2 -
~f~
noite de 31 Dez 71 para 01 Jan 72 (Fls 082, 120, //
i,
i
265, 270 c 272), passando depois a desertor. !
I
Por ordem a inda do Cap NIEBUS foram pr esos: no dia 30 ._ t
I
Dez 71, os Sds ALVES, PERI c AMORIM; no di a 31 Dez 71, os E'cl
_NOVAES (Fls 071, 169, 170, 172, 203, 383, 384 c 403), uma vez
·. que a prcscnço. do 1º Tcn Méd Dr ~RICO AUGUSTO LOPES era evito.
.. '
I
do. no _fl_rqui vo por ordem do Cap liTEBUS (Fls 211, 384 c 385) -ou 1
010, 011, 012, os1, o82, 083, 094, 096, 100, 102, 104~ 1oi,;;j
' ' I
1o8 c 159). 1
'
10~-) •
•
Os Sgts ETEL o RUBENS utilizo.vnm também um cinto NA, Q] l
•
------------------~--------------------~----~-=~==~~==~--~--------"------- ---
·~ - 3 -
~ -·
~ gn_cto de telefone po.ro. c1o.r choques , sendo que: o Sgt ETEL
usfu. '\T[:/ ·trinc16.: fiosl c·Q..étri'lJOS C~mo clhi 'bu tp. "{pl_r~rú77 (tr "0)3.3) •
·. . ·-· . - - . .. . -
-- . ~ ·- " ·- ,/
p--1±c 13"'\Pl:L- s~ c os •
S c1 VICENTE.
-,
!
...
- .. ----- -
122) •
I .
Delegacia
.. -·
de Barra ManEa , a fim de so l ici tar seu auxíli o pa-
ra essa nova cmprci tada. NEI,SON concordou c acompanhou o Tcn
MIRANDA a- Ri o . Claro, di. r i gi ndo, inclusi v c, o carr o Vol kswa -1
. ~ '
I -
, ...
gcn do Tenente at6 aquel a ci dade (Fl s 369 c 370) .
Naquel
.. ..
a localidade, f i caram
. .
sabendo, por i ntcrm6 c1io
de um elemento da polí ci a l ocal, que não tinha havido apare~ I
' i
cimento de qua l quer cadáver naquel a área. Di r i gi ram- se cnt o.o ,
s~-
•• I
. .A
- 8 -
' ·- I · - •
Nt:r. tarde do dia 13 Jan 72, cerca do.s 1340 hs, mor -
r eu no Pavilhão do ~rquivo~ o Sd GEONh\ R, (Fls 124 , 129 , 207)
sos.
fo.to ~ no
08 :::'~~
.
o que fez o.o 15º R C Me c (RRecr.Iec) , no. lflO.nbo. do c"!.i o. 06 Mo.r 72 2
i
.I
sendo submeti do l ogo em seguido. , a i nq uiri çn o no I PM(Fls 429) .I
I
BOTELHO , o. lém c1e s evicio.do pel o Co.p NI RBUS , Ten JI!IIRANDA 9 Sgt
-. GUEDRS , Sgt NIVALDO , Sgt GERl\..LDO , Sgt RUBENS , Sgt ETEL, Co.bo /iI r
l o engulir umo. corrente de relóg i o c1e bolso, bem como umc. pe-
I
'
- 10 -
, imputaçocs
Quanto as ,. ., contra o Tcn Ccl Glu\DSTOJ:I.TE, I
no que se refere à suo. aprovação no plano da simulo.ção do. I
fuga, êtos Sd MONQÃ.o c Vl~.NDERLEI c conscqucntc ocultação de
I
VOLTi\IRE c Õ.s de Fls 096, 097, 1:)2 c LDO rclati vumcntc o. o
Sgt GERLLDO, passam o. indicia dos nos pres e ntes autos, o.. i ndo.
11
.L'.rt 205 - Nio.tar r..lguóm
.. § 2Q - Se • homicídio 6 cometido:
~-
.... ~ ................... .
1 '
• • • • • • • • • • • • • o .. o •••••••
==~~--:--/ - -
- ll -
-~ f~~
III - Com emprego de -- ve-neno, asfixio. , t ortura,
fog o ·~ explosivo, ou . qualquer out r o mei o /
- . - -
-- '
servi ço 'J
b) LESÃO GRl\.VE
saúde de outrem:
o) ])ANO
"Art 264 - Praticar dano :
- I
f) ABANnOl'~O DE PESSOA
11
Art 212 - 1\.bo.n dono.r o militnr 1 pessoa quo e s tá
r os ultc.ntos d o a ba n do no :'.
-· I
§ 2º - Se r es ulta mort o 11 •
PARTE CONCLUSIVA
I
i
em Barro. riinnsa , ospa ncnro.m os Sds JUl~.REZ MONÇÃO ITIJROTE , VLN
I
-- ----
· ~ - 13 -
",":)/1~/.b~i
{f/ ::Ft<-
~RLEI
ç,r .
~E
. DE OLIVEIRA c ROBERTO VICENTE DA SILVl\. • Quc a mesma
.....
equipe com cxc cçao do Sgt RUBENS, Sgt GUEDES c Cb FRBITAS,
voltou a espancar os referidos so l dados, a partir das 1500
hs do mesmo fri-a (Fls ·127, 159- -c 171:)* que vieram a falecer, /
em virtude dos f~imentos recebidos.
b) Os indici ados Cap NIEBUS, Tcn MIRANDA,
Sgt RUBENS, Sgt ETEL , Cb CRUZ c Cb FREITAS , no pcr:Íodo de
- - - -. I • I
dado .
DA , Sgt ETEL , Sgt RUBENS , Sgt GUEDES , Sgt NIVALDO, Sgt GE-1
~'\.LDO,_ Cb CRUZ G
- § lQ
Cb FREITAS, infringiram o 1Lr t 209, 11. i
. -·
c.c. Art 53 c 70 nQ II, letras §;, ~' ~ c !, tudo do CPM.
I }
- 15 -
Ass im, os indi c i ados Ten Cc l GLADSTONE, Co.p NIEBUS ~
." Tcn liTRANDJ.,_ , Sgt RUBENS , Sgt ETEL c Cb CRUZ infri ngi ram o .Art
I •
-
4. Com r e l açao a oc ulto.çao de objetos probantes
(cadáve r es ) :
provas do crime que havia siido ··com e t i do ~ retiwa!l7élm. os· cor pos dto 1
132 G 1 62.
'
f) O i ndicia do Cb TOJVI.AZ, conforme con fessou o.s II
•- I
--
------
C.~.\.LICCI-ITO, Sgt NIVALDO_, Sgt GEMLDO, Sgt GUEDES, Cb TOM.AZ , I
infring iram o Art 1 76 do CPM.
· · -)
- 17
di sso , nuo providenciou a i medi ata remoção i
~
~ lém
i
VICENTE, pa r a u~ centro médi co com os necessó. ri os re- I
curso s , atrasa ndo em um di a os cuidados médidos, dos quai s I
o referido soldado carecia, urgentemente, verificando- se sua
morte, l O dias mai s tar do 11.0 HCE.
CPM.
indic i ados Cap NIEBUS , Ten MI R.l\J.,TDA, Sgt RUBENS, Sgt ETEL, II
Sgt GUEDES, Cb CRUZ e Cb FREITAS, nos termos do 1\ rt 254 , l o-
I
·j
II
I
I
l
I
1
,..
TERMO DE REMESSA
u"""".....,~'.D' L
GOMES RIBEIRO - lQ Ten
Servindo de Escrivão
i
---
r r clC'~ ti. r·.ln
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-·--
-----•~·-•--
.,..-.----..~....._~w----~-
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•.:."'- p.;_-::·~::
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cv
C*.I"rtiz:~:•.,l G!lo I p 1~.
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{·~·J:"'! I a.~irt'•Jl d~;t~_~rrtt~"i!-:1)
no:!' tt:~rr.v..s C'ii § lO.
Íll.
indiciedós;
-
de ·'"';rt~; / /)
.)
' .
DESPACHO
testemunha.
Ap6s o que deverão ser reàtitufdos a Unidade de ori
gem.
RLANJX) RI
Encarregado
~
R E C E B I ME N T O
Aos ~ di as do me s de
A
,
~tM.. C:.O de 1 91-.2.- , ne sta ci dade
do Rio de JanGiro, no Quartel do 15º Regimento de Cav al ari a/
;
..,
\·. ~- Me canizado, re cebi do Sr Cel Cav MÁRI O ORLANDO RIBEI RO SM'I- /
PAIO, encarr egado do in~uérito, os pr e s ent es aut os; do ~ue , /
...
para constar, lavrei o presente termo. Eu, 1 º Ten Cav JESI EL
GOMES RIBEIRO, servindo da Escrivão, o escrevi e assi n o .
Servindo de Escrivão
.;
_}
I Ex - 51 Bda ·c BJ.d
15Q R~iec ( RReCMec)
Rio, GB, 07 Mar 72
Of nº 29-IPM Cel Encarregado do Inquéri te
Pol.icia1 Mil.itar
Comandante do 12 Batalhão de
Infantaria Blindada
Apresentação de desertor
(FAZ)
Cemandante do 1Q :a:rn
Apresentaçã! de indiciados
e selicitaçao de escolta
Comandante do l«l mB
....
Restituiçao de militares
presos
Restituiçãe e liberdade de
Militares
sa Unidade.
- Selicite-ves, eutresaim, . que es 11 Sgt GERALDO JOS~ PEREIRA,
32 Sgt NIVALDO AMARO DA SILVA, sejam pestes em liberdade por te-/
• I
.
- Selioite ~ V ED., infermar se EXPEDITO DOTELHO LUIZ, vu.lge /
"CAP~" eu HELIO BOTELHO LUIZ, registram antecedentes nessa Seor.!
t aria .
I
I Ex - 5• Bd.a C B:tci
152 R C Mee(RReCMec ) .
R1•, em, 13 Mar 72
Of n2 39-IPM Enoarregade de Inqu~ri te Poli-
cia1 ~iili.tar
Infemação (SOLICITA)
~~~1
Ce - :E."ncarregade de IPM
•
I X - 51 :Bela c :Bld
15A R C ec(RRe ec) .
Ri e , em, 13 Jlar 72
Of nA 41-IIU En rregade de Inqut1ri te 'Pel.i
cial H.lit r· -
Infermaçãe (SOLICITA)
ria .
I Ex - 5• ::Bda C ::Blcl
15G R C ec(RRe ec).
Rio, GB, 13 r 72
Of n2 42- IPM Encarregade do Inqu&ri te P 11-
cial Militar
... ~
. . ~=mõíílJíE:F ·
fr?:
SAJ.TPAIO=J
Ce1 - Encarregado do IR1 .
/i1>cRfo ~
v~~ ~3~
I
'
CERTIDÃO
J RIBEIR0-l2Ten
Servindo de Escrivão
~%14
ThO DE INQUIRIÇÃO DE INDICIADO
1'?~
Aos treze dias do mês de Março do ano de mil novecen
tos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de Janeiro, no
Quartel do 15º Regimento de Reconhecimento Mecanizado, /
onde se achava o Cel Cav MlRIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO,/
Encarregado deste Inqu~ri&~, comigo lQ Ten Cav JESIEL //
GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, compareceu a:( ~ in-
diciado VOLTAIRE ANTONIO DE CARVALHO, Capitão Inf, j;í / /
qualificado nos presentes autos, que foi inquirido sê-//
bre os fatos que originaram o Relat6rio Especial de In-
formaçÕes nº 2{72, de 14 de Janeirl de 1972, do Cmt do
lQ BIB, disse que cenfirma suas declaraçÕes antfriores;
que,nunca agrediu qualquer soldado; que, jamais humilhou
qualquer dos presos; que, nunca, contra eles, praticou/
qualquer ação que os aviltasse. E, como nada mais disse
e nem lhe foi perguntado, deu o Encarregado do inqu~rito
por findo o presente depoimento, e de como assim fêz o
indiciado as referidas declaraçÕes, mandou o Cel Cav M!-
RIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO, Encarregado dêste inqu~ri to
lavrar o presente auto, que, lido e achado conforme, vai
por ele rubricado e assinado pele indiciado e comigo 12
Ten Cav J~SIEL GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, que
o escrevi.
RIBEIRO - 12 Ten
Servindo de Escrivão
Tt'.ImW DE ACAREAÇÃO
Inici~: 0940 hs
T~nnino: 1030 hs
,.
Aos treze dias do mes de Março do ano de mil nove-
centos e setenta e dois, nesta cidade do Rio de Janei-
r~, no Quartel do 152 Regimento de Cavalaria Mecaniza-
:;! .~
-_ ?' ""' ;i·
t
/
;iff~
a declarar. E, come nada mai s declararam, lavrei o pre-
sente têrmo, que assinam, depois de lido e achado con- /
forme, com o Encarfegado do TE~ e comigo 1º Ten Cav JE-
SIEL GOMES RIBEIRO, servindo de Escrivão, que o escrevi
e subscrevo.
do IPM
,.
Aos treze dia• do mes de Março do ano de mil nove
centos e setenta e dois, nesta cidade ~o Rio de Jane!
re, ne Quartel do 152 Regimento de Cavalaria Mecaniza
do, onde se achava e Cel Cav MlRIO ORLANDO RIBEIRO SAM
PAIO, Encarregado do IPM, comige lQ Ten Cav JESIEL GO
MES RIBEIRO, servindo de escrivã•, compareceu aí o in
diciado lQ Sgt GERALDO JOS~ PEREIRA, já qualificade /
nos presentes autos, que foi inquirido sôbre os fatos
que or~g1naram o Relat6rio Especial de InformaçÕes nQ
2/72, de 14 de Janeiro de 1972, do Cmt do lQ BIB, di~
se que, o depoente poderia estar implicado nos fatos/
ultimamente ocorridos no lQ BIB, se tivesse atendido/
as ordens do Cap NIEBUS, o que deixou de fazer, por-/
que estava de f~rias; que, o Cap NIEBUS vivia ordenaE
do ae declarante que fizesse levantamento de carros /
roubados; que, o Cap NIEBUS determinou ao depoente, /
que juntamente com outros elementos ligados à 2ª Se-/
ção, entre estes o Cb CRUZ, Sgt ETEL e cutros procu-
rassem prender um indivíduo que havia deixado, na 11 Te
velândia", da rua são João, Volta Redonda, uma enco-/
menda para fabricação de um transmissor-receptor, de
alta potência; que, e Cap recomendeu que s6 prendes-/
se o homem se ele estivesse com o dinheire para pagar
a encemenda, case cent"ri• s6 deveria ser seguide, •
máximo inclusive até os outros Estados; que, • decla-
rante observeu que ao falar ~ todas as missies • Cap
NIEBUS e~atizava a questãe de dinheire, parecendo ao
declarante que o alve principal dessas missÕes seri~
a apreensão de dinheiro para ser empregado na 2ª Se-/
çãe, segundo era at~ declarado pelo Cap NIEBUS; que,/
o declarante nunca teve oportunidade de cumprir qual-
~uer dess~s missÕes; que, efetivamente, o depoente se l
recorda de haver dado um tapa no Sd BOTELHO; que, não
pode explicar a razão desse s~u ato; que, ap6s a mor-
te de GEOMA.R, o Cap NIEBUS abordou o declarante per-/
guntando porque estava se afastando dele Cap NIEBUS;/
que, o Cap NIEBUS disse ao declarante que agora esta-
va pr~cisandG dele; que, o Cap NIEBUS, então mandou o
- 9b/ ~~
o de:larante fazer uma ligaça~ telefôni~ o Sgt
DAl1IAO e dizer-lhe mais ou menos • seguinte: "que /
caso fossem procurar por ele DAMIÃO, este deveria /
mandar dizer, que não se encontrava no localidade /
porque estava de f~rias e que njo deveria se apre-
sentar, caso fesse chamado"; que, s depoente resol-
...
veu nao cumprir tal ordem, em face do estado em que
se achava o Cap NIEBUS - extremamente nervoso, agi-
tado mesmo; que, salvo engano do depoente, no dia//
15 Jan, quando tirou o seu primeiro serviço, ap6s /
voltar de f~rias, foi procurado pelo Cap NIEBUS que
recomendou ao depoente que conversasse com os sold!
des que haviam apanhade, dizendo-lhes que tudo aqui-
lo não era nada e que dal:! para diante lhes seria //
servido tudo que eles quizessem, inclusive refrescos
do cassino dos oficiais, isto até às 2200 hs; que, /
naquele dia, o Cap NIEBUS disse ae depttente que o 11 ne
g'cie" de carros roubados" iria centinuar e que ele /
não tivesse medo, pois a coisa daí para diante seria
matar os puxadores, porque j~ não havia mais problema
de onde deixar os corpos, poderia ser n• Estado de//
sãe PAULO; que, essa conversa foi assistida pele Cap /
AMIM; que, • depoente pediu ao Cap Ar~ que demovesse
• Cap NIEBUS dess~s idéias, teniee Cap AMIM dite ao/
depoente que ta Cap NIEBUS estava brincando, como se o
quizesse desculpar; que, o t6xice em Velta Redonda e
Barra Mansa é um cas~ s~rie, sendo usado até por men!
res de 10 anos, segundo informaram ao declarante. E,/
come nada mais disse e nem lhe foi perguntade, deu e
encarre§ado do inqu~rite por findo • presente depoime~
te, e de come assim fêz • indiciade as referidas decl!
raçÕes, mandêu e Cel Cav M!RIO ORLANDO RIBtlRO SAMPAIO,
Encarregade deste inquérite lavrar ta presente auto, //
que, lido e achado co~orme, vai per ele rubricade e
assinado pele indiciade e comige 12 Ten JESIEL GOMES A
RIBEIRO, servindo de escrevi.
TtRMO DE REINQUIRIÇÃO DE INDICIADO
..
Aes treze dias do m~s de larço do ane de mil no-
vecentes e setenta e deis, nesta cidade d~ Rio de J~
neiro, no Quartel dD 15º Regimento de Cavalaria Mec!
nizade, ende se achave • Cel Cav M!RIO ORLANDO RIBE!,
RO SAMPAIO, encarregado deste inqu~rito, comigo 12 /
Ten Cav JESIEL GOMES RIBEIRO, servinde de escrivãe,/
compareceu a! e indiciade 3º Sgt RUBENS MARTINS DE /
SOUZA, já qualificado nos presentes autes, a fim de
ser reinquiride nêste inqu~rite, declarando o seguia
-
te: que, recorda-se de ter presenciado, certa ocasi-
a o, o Cap NIEBUS ter obriS&de o Sd BOTELHO, que esta-
va sendo espancade durante uma das iqquiriçÕes, inge-
rir um objete; que, nãG pÔde perceber se esse objete/
era uma corrente eu uma pedra, por~m, não tem dÚvida
de que o Sd BOTELHO enguliu mesmo o citado objete;/
que,tal fato se deu no interior de Arquive; que, tem
a impressão de que esse fate tamb~m fÔra presenciado
pele Cabo CRUZ que estava permanentemente em ativida
de ne Arquivo; que, se recorda perfeitamente de ter
o Cap NIEBUS forçado o Sd BOTELHO a engulir e tal o~
jeto inclusive passando a mãe debaixo de queixo do /
referido sGldade. E, como nada mais disse e nem lhe /
foi perguntado, deu o encarregado de inquérito por//
finde e presente depoimento, e de como assim fêz o //
indiciado as referidas declaraçees, mandou o Cel Cav
Mt(RIO ORLANDO RIBEIRO SAMPAIO, encarregado deste in-
qu~rito lavrar o presente auto, que, lide e achado /
cenforme, vai por ele rubricado e assinade pelo indi-
ciado e comigo 12 Ten Cav JESIEL GOmES RIBEIRO, ser-
vindo de escrivão, que o escrevi.
-
do I' comigo lQ Ten Cav JESIEL GOIVIES RIBEIRO, servindo /
de escrivao, que o escrevi.
o~~3--y/
r:A.i( <~
c{<~~~"=~
// v ,.Al•.-t-
de se encontrava o Cb CRUZ e uma outra pess que o dep~
ente não se recorda se o Sd Padioleiro havia citado nom!
nalmente; que, o Sd EDSON foi barrado a entrada pelo Cb/
CRUZ o qual lhe advertira de que tudo que ele tivesse//
presenciado alí devia ser e~quecido; supÕe ainda o depo-
ente que o citado Sd EDSON lhe afirmara ter sido ameaça-
do e sofrer as consequências caso revelasse a algu~m o
que havia presenciado; que, o depoente retifica como sea
do na porta da Enfermaria e não do Arquivo o local dos /
fatos acima relacionados; que, com relação a uma possí-//
vel ligação mais estreita com, digo, do depoente com o/~
Cap NIEBUS, lembra-se o depoente de ter sido chamado ~ a-
tenção pelo citado Capitão por ter, certa feita, por ini-
ciativa pr6pri~ perseguido um carro sÔbre o qual b~via s!
do alertado por populares em Volta Redonda de que o cita-
do veículo havia sido roubado; que, ~1 perseguição foi/
interrompida em uma das ruas de Volta Redonda onde, por~
coincidência, encontrou o Delegado local que ia sainda com
o seu carro; que, nessa ocasião cientificou o citado Dele
gado sôbre o fato, deixando a partir daí a perseguição /
por conta do Dr JACQUES (Delegado de Volta Redonda); que,
em virtude disso, o Cap ~ITEBUS, ao saber do fato, chamou-
lhe , e o repreendeu severamente dizendo que o depoente//
havia se metido em assunto que dizia respeito somente à
2ª Seção, tendo, inclusive, induzido o Delegado JACQUES
a realizar uma perseguição por julgar que o depoente es~
va a serviço da citada Seção; que, a partir dessa repree~
são, passou a evitar maior contato com o Cap NIEBUS; que,
se recorda que t~l fato se deu mo mês de outubro e que so
mente em dezembro procurou o Cap NIEBUS, que chefiava o
-
PR naquela ocasião, par a solicitar que o mesmo inclui~/
um seu irmao, conscrito 1 no excesso de contingente; que, a
partir desta data at~ hoje não teve qualquer outro conta-
to com o Cap NIEBUS. Perguntado se tem mais alguma a coi-
sa a declarar, respondeu que não sabe de qualquer outro /
fato que constitua crime, infração disciplinar, ou mesmo
irregularidade, ocorrido no 1º BIB, ou com militares da-/
....
quela Unidade, a nao ser quanto ao fato de ter presencia-
do, por diversas vezes, o, então, Ten NIEBUS se ausentar
f
OuuéQ=o~~
lli\MIÃO ALVES ABRANTES- 3 Q Sgt
Testemunha
JUNTADA
J
d . { I.:J G::,.-) 0 •h ·~ ~1:.,
GOMES RIBEIRO - lQ Ten
1
Servindo de Escrivão
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
DGS-OTSEX
·····························
HOSPITAL
·····················-······
CENTB.AL
··························
DO EX.J5RGITO
················
················
··············-·············
·····················
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..:F.\.~_Q_____q,~-----~--ª'º-~J.r.g_,_G.:)3.__,______9___ mar 72
oo Diretor do HCE
P : z a :ção
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DR PAULO CfJRVALHO
Cel Méd Subdiretor do HCE
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EXÉR~
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(COPIA)
HOSPITAL CENTRAL DO
H C Ex $M L ,.
Confe re com Original
ª~ erviço Médic"o-Legal
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diretor do referido hospital, ~omigo ·--~·~·~P1~....4ª-....9.., .$t.~ ....~~.;r..~ .1.±.ª... ·º-·~ --~~ito..,.l.~.Sgt, .
E.s.p.. ..... e:.......
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Sau'de...... .......................................................................................................................
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se~vindo de escrivão ; os peritos nomeado·s, doutores .....9:g..U.h.~.rm~.....AQb.il.l .~.s.... de. .... f..ar.ia
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seu cargo e com verdade declararem o que descobrirem e encontrarem e o que de sua
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con ciência entenderem, aquela autoridade encarregou-os de pt;ocederem a exame de
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.....................................................................................................................................................................
...........................................................................................
....
...................................;e que respondessem aos quesitos seguintes : ·ao 1.•- si houve lesão corpofal;
. ....
ao 2." t' qual a espécie. do.· instrumento que a ocasionou; ao 3." - si a lesão é de natureza
~
a produzir no paciente, incômodo de saúde que o inhabilite para o serviço ativo por mais
•
de trinta dias mas não para sempre; ao 4."- ,si da lesão resultou ou pode resul~ar mutilação,
deformidade ou •privá'ção permanente do uso de algum órgão ou membro que ·pnve para
sempre o ofendldo d_e ' poder e.xercer o seu trabalho; ao 5.~- si da lesão re·sultou .ou pode
resultar enfermidade incurâvt;~l que prive.._ para s~mpre o ofendid~ de poder exercer o seu
trabalho; ao 6." -si podé a lesão por sua •nal:ureza e séde, ser causa eliciente da ~orte
...
e ao .7.•- ~i foi ocasionada por imprud~ncia ou imperícia na arte ou profissão do acuSlLdo.
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... ......
Passando os peritos a fazer os exames ordenados e as investigações que . j ulgaram
tl"ec·esBárias, declar·a·ram · o:: - s e guinte :· · ·. ··. · · -· · ···· -·· -·... :-:-· - - - • - -:·--- ·-:-• M- - ··-:-;::.: •:--:-·· ·- - · --••••
~....... ~ ...m.it.Q. .nha..- Relat.a ....qu.e....f. .L ..espanca.d ....p.el. ....pess .al....de........~, ..c.om........c.i\
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no....d.e .... f.e.rr.e.,..ch .qu.e.... e1etri.co.,.telef. ne,.so.co.s ....e.....ponta~p.es.,.tend ....sid .
•.b.ri.g.a.d .... a ....en.gulir.... uma.....c r.r.e.nte.....
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cr.o.mada...f.ina ... d.e ....uns. ....de.z.....cent.!m.e:tr s
ª-~ ·-··º-'-.W...P.~.1m..~:tt.....e.....P.e.d.r .ª-.... 4..e.....f..t.ma......s.o.me.lhin.t..e... .J~....um.a....b.t.l.~.....~.e. .... gud.e..,.n.Q.S.../
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:t.e..r..c..e.i.r.,. ,.q:u.ª'rt.t .....e.....quint ......dias....ap.• .s . ...w......IJris.ao........ na. ... v.e.sp.e.r.a.....de....An ......Ne~
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v .• .....c. ns.e.gui ...... fugir.... ind .... P..a ra. ...S~.t.o..s......e.... t.r.e.s ....di2.S........ apre.s.enteu~.s.e......~n
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çl~c.imo......q:uinto.....R...C....Me.c.....O.....exa.m~ ....dire,t .... apur.a.:..~.Cic.atri.z....irre.gular.men'!!!'
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com Original
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que preduza es efeitos legais.
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Legal.
do SML.
MONOST<ROO O A GUERRA --~6~
POLOCLINOCA CENTRAL 00 EXÉ1~
p.'r. '1
Região a ser examlnada.J\}:. J..i;)/~.d.-!:\.t...........j,.J)..L.,~...~~-··········\}········ · · · ·· · · · \···· · · "j~· : · · · ·
wagn~stico clínico ou (outras ind~cações) .. o.. ,)....••... ~J\.il.ü. l!-,....f-1..cc..: .(;..f,L<> .
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} 'Ex~tbi aàJm;Q.~· ·~· · l-7r··l·a.~L.~.f +.... 8Filme N .' ...........................
J DIAGNÚSTICO RAQIOLÚGICO :
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• Nas presentes incid;ncias nio foram
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Têonico R. X, Data........................................................................
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:I:ncarrega t1o do I tl!I •.
Assunto Apresentação ele ~-TilitB:::'PS
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),~ de 10 r ar 72.
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Ter- Cel ~mt do lº BI B
MINISTÉRIO DO EX~RCITO
I Ex - 1~ D E - 5ª Bda C Bld
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-~~=-=--~----~-~~--?··---~--~-----~~- ---~ar 72 •
Do Comandante do 12 B I B.
SOUZA SANTOS
TEN-CEL CMT 12 B I B
ÇCJ2w-
I Ex - 5• :Bda C Bld
152 R C r.tec ( RRec1.:e.c)
Rio , GB, 16 Mar 72
Of n9 44-IPl: Encarre,3ado do Inqu6ri to Policial 1-t!
litar
BELA.T<'RI O COMPLEMENTAR
rientação.
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SAIIIPAIO
- Encarregado do IPM
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TtmdO DE REMESSA
JE RIBEIRO - 1~ Ten
Servindo de Escrivão
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - 5ª Bda C Bld
.....................................15..~ ....~L.Q ...M.~·º····L.JWg_ç1~ª-º·L..........................
-~?:-._q_,.....G:~.•....l9....M~.~ ---7.2.........
Of nº 44-TPM Do Encarregado do Inquérito Polici al Mi
litar
- Encarrega o do
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I
J SOLUÇÃO HCLOLOGAÇÃO
======= ============
Pela conclusão Qas averiguações policiais a que uru1dei pro-
ceder pelo Cel Cav LL(RIO CHL~N::JO RI:S"SI?.O .::Ar PAIO, cnt do 15;r RQ:Sec
(R ~ec r:ec), através da Portaria nQ 01- Aj G, de 19 de janeiro de
1972, -;,-erifica-:e que O";) fatos apUl"f!dos cor..stituem cri:wes previs -
tos no CÓdibo Penal I:ilitar em que figuram como indiciados os se -
guir..te7 eleuentos:
A - 'i _ili tares do lQ EIB
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- capitão DL{LGI O !JIR\.NDA NIEBU3
capitão VOLTAI R3 AITTêlHIO :JZ C_.!.RVALHO
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12 Tenente r é dico Dr S;tiCO .AUGU3TO LOP33
2Q Tenente R/2 - PC:JRO 1íiG·UEL CALICCHIO. ~
--
2Q Ten~nte P-/2 - PAtJLO REYHAUD KI::tAN:JA DA ': ILV1~. '-_.Yf
lQ sargento G:"'=:.ALl.)O t.ro::;É E;-::í0IRA ~ I
3Q '3 argent o IVAN ~TEL :J~ OLIV:·:I :RA
3Q sargento RUB=:t;:> l.ILRTI NJ ~E ')OUZA
- 3º sar_;ento '~ I:JEIU GUEDE'3
------ 32 ~argent o NIV<\.LDO AI:ARO DA -_:ILYA
cabo JOS1 AU~USTO CRUZ
cabo C~L30 GOI:E-:3 DE F~UUTA3 FILHO
Cabo EUG~I O GONZAGA TG.::.AZ
de 1972
E ALBUQUERQUE
C 13LD
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TÊRMO DE · ENCERRAMENTO