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Terapia Cognitivo-

Comportamental dos
Transtornos da
Personalidade
Prof. Eduardo Antonio Moreira
REFERÊNCIAS
 Conceito;

PERSONALIDADE  Personalidade normal versus


patológica;

 Características comuns aos TTPP


O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
O QUE SERÁ E que me faz mendigo, me faz suplicar

(CHICO) O que não tem medida, nem nunca terá


O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar.
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será

O que não tem descanso, nem nunca terá


O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
O QUE SERÁ Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
(CHICO) Que todos os tremores me vêm agitar

E todos os suores me vêm encharcar


E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar

O que não tem vergonha, nem nunca terá


O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
Podemos estudar os perfis e os
TTPP em função de como os
VETORES
indivíduos se posicionam com
relação às outras pessoas;
VETORES
Constituintes:
 Temperamento (díatese);
 Caráter (ambiente = estresse).

PERSONALIDADE O perfil pode se desenvolver:


 Compensação;
 Evitação;
 Modelo pais/irmãos;
 Estilo parental*
PERSONALIDADE
ASSIMILAÇÃO
OUTRAS PERSONALIDADES
CATEXIZAÇÃO
MODELO COGNITIVO

Perfil de personalidade: um conjunto de esquemas


sobre o conceito que as pessoas tem de si, do mundo
(incluindo as pessoas) e do futuro;
 “Guia de interpretação da vida”, “um manual”;
MODELO COGNITIVO: pers. obsessiva

Como eu O que eu Em
Como eu
vejo os geralmente situações
me vejo faço
outros de conflito

Irresponsáveis; Aplico regras; Eu sei o que é


Responsável;
Incompetentes; Perfeccionismo; melhor;
Confiante;
Casuais; Avalio; Detalhes são
Competente. cruciais.
Indulgentes. Controlo.
MODELO
COGNITIVO:
Personalidade e
processamento da
informação
MODELO
COGNITIVO:
Personalidade e
processamento da
informação
MODELO COGNITIVO LINEAR:
MODELO COGNITIVO:
person. diferente > resposta diferente
MODELO COGNITIVO:
Padrão Hiperdesenvolvido x Subdesenvolvido

 As características deficientes (falta) são a


contraparte das características fortes (excesso);
 Fornece dados para trabalhar com o paciente
TTPP E TERAPIA

 RARAMENTE buscam tratamento para o TTPP;


 Não relacionam o modo de ser com os seus
problema relacionais;
 Não sabem como chegaram a ser como são;
 Não sabem que podem mudar;
 Os transtornos do Eixo I levam o cliente a terapia.
SINAIS HEURÍSTICOS DE T.P.

 Egossintonia: “eu sempre fui assim”,


“não me vejo de outra forma”;
 Falta de aderência ao tratamento;
 Súbita parada na terapia;
 Desconhece os efeitos do seus cpt´s;
 Resistência e evitação de qualquer mudança;
CRITÉRIOS GERAIS PARA O DIAGNÓSTICO
DOS TTPP
A. Prejuízo moderado ou grave no funcionamento da
personalidade;
B. Um ou mais traços de personalidade patológicos;
C. “A” e “B” são relativamente inflexíveis e gerais;
D. “A” e “B” são estáveis ao longo do tempo, seu início
remontando no mínimo o início da adolescência;
E. “A” e “B” não são mais bem explicados por outro TM;
F. “A” e “B” não são unicamente atribuíveis aos efeitos
fisiológicos de uma substância ou a uma CMG;
G. “A” e “B” não são normais para a L.N.D. ou para o seu
ambiente sociocultural
Excêntricos:
– Paranóide;
– Esquizóide;
– Esquizotípico

GRUPOS
Volúveis e impulsivos
– Antissocial;
– Narcisista;
– Histriônico;
– Boderline
Medrosos:
– Dependente;
– Esquiva;
GRUPOS – Obsessivo – Compulsivo.

Outros (renegados)
– Passivo-agressivo;
PERSONALIDADE PARANÓIDE
O DESCONFIADO
PARANÓIA (Rodrigo Barbosa)

Andamos loucos pela estrada,


com medo, de tudo Verdade ... Sentimos mentira
ouvimos vozes sorrateiras, E temos medo dela, cad-ela!
maldosas, e cruéis. Porque devemos desvairar lucidez
Num deserto esperto e certeiro?
Olhamos para trás,
não vemos. Um nada!
Queremos correr e... E pior! Temos medos de nós!
Correr, e correr, e andamos. De nós mesmo! O que faremos?

Muda paranóia, Nada? Por isso temos medo.


nos ouve, mas não fala
se cala diante de tanta... E os nossos marasmos?
Expressão de suor nas mãos, ... São nada também?
geladas.
 Intimidade gera maior
vulnerabilidade;
 O problema central é de auto-
eficácia com relação às I.S.´s
 Paranóia não é racionalização para
lidar com o isolamento social
Visão de si: diferente, justo, inocente,
PARANÓIDE •
nobre, vulnerável e superior
• Visão dos outros: injustos, maliciosos,
ameaçadores, imprevisíveis e
abusados
• Estratégia interpessoal: precavido,
busca motivos ocultos, protege-se ou
acusa, contra-ataca e vinga-se.
CARACTERÍSTICAS

• Avaliam as pessoas antes de estabelecer uma relação com


elas (são reservados e cautelosos em suas relações, sem ser
antipáticos nem evitar situações, não se entregam por
completo em suas relações íntimas);
• São fiéis (ótimos pais, ciumentos [ironia]);
• Independentes e se defendem;
• São exímios avaliadores do cpt humano;
• Controladores, não reconhecem os erros, ambiciosos,
diplomáticos, provocadores e de aparência fria;
• Hipervigilantes nas I.S.´s = “serei maltratado”;
• Não se intimidam com as críticas = levam a sério;
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade

• Obstinado (características obsessivas): pró-ativo, inflexível,


teimoso, rabugento, mal-humorado, legalista e evita o
conflito;
• Fanático (características narcisista): crenças irracionais de
grandiosidade, arrogante, pretensioso, orgulhoso,
reivindicações extravagantes e fantasiosas;
• Isolado (características evitativas): recluso, isolado
socialmente, hipervigilante e na defensiva
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade paranóide

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
ETIOLOGIA:
Modelo de Tukart
Cobrança em
Estilo parental Crenças
Estilo de
parental “sou especial,
cumprir com Perfil
perfeccionsta inaptidão
perfeccionsta os outros me
expectativas paranóico
“sem erros” “semsocial
erros” invejam”
dos pais

Estilo parental Estilo parental


V Sofrimento
de valorização deIsolamento
valorização Isolamento Pensamentos
do isolamento
“vc é social
“vc é social paranóicos
social
diferente” diferente”

Cobrança em Buscam
Preocupação Preocupação Crenças de
cumprir com Rejeição gera explicações
com a crítica com a crítica inaptidão
expectativas ansiedade racionais para
do outro do outro social diminuir ansied.
dos pais
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

• Conceito:
• Avaliação:
 Você tem percebido se alguém tem tentado aborrecê-lo de
propósito?
 Poderes especiais;
 Temos habilidades que os outros não tem?
 Você tem percebido a inveja das pessoas?
 Do que as pessoas poderiam ter inveja?
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de


modo que suas motivações são interpretadas como
malévolas, surge no início da vida adulta, é global e
caracterizado por pelo menos 4 dos 7 critérios;
B. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso
da esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos ou outra psicose e nem devido aos
efeitos fisiológicos de uma substância ou C.M.G.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou
enganado por outros;
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de
amigos e sócios;
3. Reluta em confiar nos outros devido ao medo infundado de que as informações serão
usadas contra si;
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos
benignos;
5. Guarda rancores de forma persistente;
6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e
reage com raiva ou contra-ataca rapidamente;
7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro
sexual.
TRATAMENTO

 O tratamento é realizado com os problemas do cliente e não


com as idéias paranóides:
– A paranoia deve ser vista como uma variável que
atrapalha os objetivos do paciente;
– O psicólogo deve evitar contestar diretamente as crenças
paranóicas.
 Atenção explícita sobre a relação terapeuta-cliente.
TRATAMENTO

• Quando o paranóide se sente mais capaz, fica menos


vigilante e menos defensivo e passa a adotar estratégias de
enfrentamento;
• Estratégias que mostram que as pessoas não são
universalmente maldosas não surtem efeito;
• A hipervigilância é a principal defesa:
– As pessoas são maldosas e enganadoras;
– Você só estará bem se estiver sempre alerta.
• O medo de errar é secundário.
TRATAMENTO

• AUMENTAR A COLABORAÇÃO = O terapeuta deve:


– Aceitar abertamente a paranoia;
– Corrigir imediatamente qualquer mal-entendido;
– Reconhecer erros abertamente;
– Focar no estresse e não na paranóia;
– Dar mais controle do que o usual da sessão ao cliente;
– Eventualmente marcar sessões maiores;
– Trabalhar sempre visando o aumento da auto-eficácia
TRATAMENTO:
Intervenções específicas

• Continuum Cognitivo para reavaliar:


– A visão de competência;
– Confiança nos outros;
– Senso de vulnerabilidade.
• Terapia de casal para casais paranóicos;
• Treino de assertividade e de empatia = melhorar a
comunicação social e o conceito das outras pessoas;
• Técnica de vantagem e desvantagem para a confiança
PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE
O ASSOCIAL
A MOST PECULIAR MAN (Simon e Garfunkel)
Era um homem muito estranho
Vivia sozinho, dentro da sua casa
Dentro de seu quarto, dentro de si mesmo
Não tinha amigos, mal falava
E ninguém, por sua vez, falava com ele
“Por que não era simpático e não se preocupava em sê-lo”
E não era como os outros
Morreu no sábado passado
Abriu o gás e foi dormir
Com as janelas fechadas, de modo que nunca mais acordou
Em seu mundo silencioso e em seu minúsculo quarto
E todos diziam: “Que pena que tenha morrido”
Mas, não era um homem muito estranho?
 Os esquizóides apresentam
uma história em que se
destaca o tema de rejeição e
de intimidação por parte dos
pares = solidão e ausência de
relacionamentos como
solução para o problema.
ESQUIZÓIDE  Seus interesses costumam
residir mais em objetos
materiais ou fantasias nos
quais não estão incluídos
outros seres humanos.
 A solidão não gera tédio =
não se cansam de ficar
sozinhas.
•Visão de si: solitário, auto-
suficiente e independente;

ESQUIZÓIDE •Visão dos outros: intrusos,


estranhos e diferentes;

•Estratégiainterpessoal: afasta-
se e prefere a solidão
CARACTERÍSTICAS

 Encontram o prazer na solidão = independentes;


 IS não é geradora de ansiedade;
 Temperamento desapaixonado e pouco sentimental;
 São indiferentes aos vínculos emocionais;
 Não se deixam levar nem por elogios nem por críticas e
aparente def. cognitiva;
 Raramente se aborrecem (não há hostilidade);
 Ausência de expressão facial e pouco contato visual;
 Bons trabalhadores (exceção para grupo e relaç. públicas).
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade

• Remoto (características evitativas): distante, inacessível,


solitário, isolado e sem rumo;
• Sem afeto (características obsessivas): desapegado
emocionalmente, frio, indiferente, baixa excitação, frio e
imperturbável;
• Dissociado (características esquizotípicas): desvinculado,
despersonalizado.
ETIOLOGIA

 Estilo parental:
famíliaformal e rígida = pouca expressão afetiva e falta de
vínculo;
comunicação familiar fragmentada = baixas H.S.´s
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade esquizóide

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

• Conceito
– Caso do Rio
• Dicas:
– De difícil comunicação: respostas de sim ou não;
– Empatia não funciona;
– Você não sabe o que incomoda ele;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e


uma faixa restrita de expressão de emoções em contextos
interpessoais, que surge no início da vida adulta, é global e
caracterizado por pelo menos 4 dos 7 critérios;
B. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso
da esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos ou outra psicose e transtorno do
espectro autista e nem devido aos efeitos psicológicos de
uma C.M.G.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma
família;
2. Quase sempre opta por atividades solitárias;
3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra
pessoa;
4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes nenhuma;
5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares em
primeiro grau;
6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros;
7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico diferencial

 Transtorno de personalidade esquiva;


 Autismo;
TRATAMENTO

• Dicas:
– De difícil comunicação: respostas de sim ou não;
– Empatia não funciona;
– Você não sabe o que incomoda ele;
TRATAMENTO

• O humor deprimido e a ansiedade devem ser tratados


primeiro;
• Terapia = relação interpessoal = dificuldade em se envolver;
– Ficará ambivalente com relação ao tratamento =
vantagens e desvantagens tanto para as técnicas quanto
para o tratamento;
 Elaborar colaborativamente a lista de objetivos;
INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS

• Examinar as crenças sobre motivação para mudança e para


que mudar;
• Trabalhar o embotamento e distanciamento afetivos;
• Trabalhar a crença “eu não sou normal”;
– Registro de dados positivos (o que vc faz que sugira que vc
é uma pessoa normal?)
 Experimentos comportamentais;
• Conversar com alguém na fila do banco
PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
O EXCÊNTRICO
CETICISMO (Ana Mangeon)
Quando peço verdades, tu me vens com teus dilemas;
E quando quero discurso, perpetuas teu silêncio;
Mendigo certezas, tu me dás estratagemas;
Confusa, contento-me com o que nem sei se tenho.
Preciso saber, mas não queres me contar.
Quero entender, mas tens confusão.
Inconvicto, tu me deixas muito solta.
Atormentado pela dúvida, o meu amor te escapa.
 Evitam relacionamento
interpessoal pois têm reduzida
capacidade para eles;
 Experienciam, muitas vezes,
sintomas psicóticos sub-clínicos;
ESQUIZOTÍPICO  Ficam ansiosos em situações
sociais e se comportam de
maneira que os outros julgam-
nos esquisitos;
 Os estudos mostram a
presença de déficits cognitivos
e prejuízo atencional no TPET;
 Foram ridicularizadas ou
rejeitadas;
 Podem ter sofrido abuso físico
ou sexual que a fizessem se ver
como pessoas anormais;
ESQUIZOTÍPICO  Como
experimental
consequência
crenças
incomuns (pens. mágico) ou
alucinações e adotam
estratégias como
hipervigilância e relutância
em confiar nas pessoas para
compensar estas crenças.
• Visão de si: diferentes,
especiais, interessantes e
independentes;

• Visão dos outros: estranhos,


ESQUIZOTÍPICO ameaçadores e hostis;

• Estratégia interpessoal:
suspeitam, isolam-se,
seguem pautas diferentes
dos outros.
CARACTERÍSTICAS

 Presença de idéias paranóides (atribuições externas de


eventos negativos);
 Sentem-se atraídos pelo extrasensorial, místico, oculto e por
novas experiências;
 Se baseiam em seus próprios sentimentos e crenças (irreais do
ponto de vista cientifico), não importando se os outros
compreendem sua forma de ver o mundo;
 São muito independentes (buscam companhia de similares a
eles),
CARACTERÍSTICAS

 Se sentem incompreendidos e rejeitados (relações de apego


ansiosas e ou evitativas);
 Incapaz de organizar os pensamentos de forma lógica;
 Pensamento psicótico transitório;
 Preferem a liberdade do que coisas materiais;
 Passam a impressão de serem loucos;
 Não suportam os convencionalismos;
 Sua auto-estima não depende da aprovação dos outros, mas de
suas próprias convicções;
 Possuem linguagem estranha e idiossincrática;
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade
• Insípido (características esquizoides e dependentes):
• Passividade exagerada;
• Sensação de não ser (despersonalização);
• Faixa restrita de expressão emoc., indiferente e insensível;
• Receoso (características evitativas):
• Apreensivo, atento e desconfiado;
• Alienado;
• Evitação esquemática e viés de pensamento negativo.
ETIOLOGIA

 Sãovariantes fenotípicas leves da esquizofrenia = transmissão


familiar do perfil;

 Hipótese:o perfil surge como uma tentativa reparadora para


compensar os sentimentos de vazio e indiferença que o
esquizoide tem para com os demais.
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade esquizotípica

Prazer Controle Alternância


Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito:

 Avaliação:
 Pensamento mágico dificulta o entendimento do paciente
pelo terapeuta;
O terapeuta não deve rejeitar sua visão para as coisas, por
que senão o esquizotípico se retrai = psicólogo sempre
empático, compreensivo e apoiador;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado
por desconforto agudo e capacidade reduzida para
relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou
perceptivas e cpt excêntrico, que surge no início da vida
adulta, é global e caracterizado por pelo menos 5 dos 9
critérios;
B. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso
da esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos ou outra psicose e transtorno do
espectro autista.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”

1. Idéias de referência (excluindo delírios de referência);


2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam
o cpt e são inconsistentes com as normas subculturais (ex:
superstições, crença em telepatia e clarividência);
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões
corporais;
4. Pensamento e discurso estranhos (vago, metafórico,
excessivamente elaborado ou estereotipado);
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
5. Desconfiança ou ideação paranóide;
6. Afeto inadequado ou constrito;
7. Cpt ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar;
8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam
parentes de primeiro grau;
9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio
e que tende a estar associada mais a temores paranoides
do que a julgamentos negativos sobre si mesmo.
TRATAMENTO

 Costumam ter crenças positivas sobre seus sintomas =


dificulta a elaboração da agenda;
 Trabalhar vantagens e desvantagens em se manter
sintomas.
 A desconfiança pode se estender para o terapeuta:
 Evidências contra e a favor de confiar;
 A Ansiedade Social pode ser trabalhada com RPD;
TRATAMENTO

 Negociar colaborativamente a lista de problemas:


 Objetivos realistas, mensuráveis, atingíveis em tempo curto;
 Estabilizar o sono usando auto-controle e diário de atividades
 Utilizar teste histórico de crenças, diário de dados positivos
sobre si = flexibilizar crenças centrais arraigadas;
 Desenvolver pelo menos um relacionamento social em que
possa confiar e revelar informações sobre si
 Treinar assertividade e postura corporal.
PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Mísantropo inveterado
Adestra o cão por companheiro
Infringe a crença na humanidade
Exime em si a responsabilidade
De trocar amor por dinheiro
Compulsiva ausência de valores
Estrídula a voz da consciência
De herança o espasmo da ilusão
Pedra em lugar de coração
Alma sem paz, vive em quebranto
Céu de vertigens, solidão...
“Um psicopata ama alguém da
mesma forma como eu, digamos,
amo meu carro — e não da
forma como eu amo minha
mulher. Usa o termo amor, mas
não o sente da maneira como
nós entendemos. Em geral, é um
sentimento de posse, de
propriedade”
“O psicopata é como o gato,
que não pensa no que o rato
sente. Ele só pensa em comida.
A vantagem do rato sobre as
vítimas do psicopata é que ele
sempre sabe quem é o gato”
 Podem procurar tratamento
voluntariamente com
queixas somáticas ou com
queixas falsas do eixo I para
ANTISSOCIAL obterem drogas
controladas;

 Nem todos são criminosos


• Visão de si: solitário,
autônomo, forte e
independente;

• Visão dos outros: hostis,


ANTISSOCIAL desafiantes, vulneráveis,
indivíduos a ser explorados;

• Estratégia Interpessoal:
Agride, mente, rouba,
engana, manipula, seduz e
exige.
CARACTERÍSTICAS

• Persuasivos, encantadores, sem remorso e influenciadores;


• Tem um código de valores próprio;
• São irresponsáveis e socialmente ameaçadores;
• Arriscam-se em diferentes âmbitos da sua vida;
• São independentes e esperam isso que dos outros;
• Comportamento sexual promíscuo;
• Vive o aqui e o agora e não tem remorsos pelo passado nem
fazem planos futuros;
• Expressam abertamente seus sentimentos;
CARACTERÍSTICAS

• Não possuem autocontrole e são impulsivos;


• Adoram burlar as regras e não são de confiança;
• Não tem empatia;
• São vingativos, provocam brigas e discutem,
• Mostram-se resistentes à autoridade;
• Baixa tolerância à frustração;
• Ao planejar algo não levam em consideração as
consequências negativas nem os direitos dos outros (o que
está alterado é a ética e não a capacidade de juízo de
valores – cognição clara e lógica)
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade
• Nômade (características esquizoides e do evitativo):
• Se sente rejeitado e isolado pelas pessoas;
• Se vê como um andarilho maltrapilho;
• Alta impulsividade;
• Hostil (características paranóicas e sádicas):
• Provoca conflitos regularmente;
• Rancoroso, vingativo, maldoso;
• Destemido e insensível
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade
• Vaidoso (características narcisistas):
• Busca ser admirado;
• Crítico
• Intransigente;
• Irresponsável (características histriônicas):
• Corajoso, destemido, impulsivo;
• Ousado, audacioso e indiferente;
• Prazer com o risco.
ETIOLOGIA

 Alterações no lobo frontal;


 Estilo parental:
Uso excessivo de punição;
Pais sem coerência e delinquência familiar;
Consumo de drogas e violência física;
Pais negligentes = criança não aprende a desenvolver
vínculos
Falta de empatia
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade antissocial

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito:
 Psicopatia, Sociopatia ou T. P. Dissocial;
 Avaliação:
– Escala Hare
– padrão geral de desprezo e violação dos direitos dos
outros que existe desde da infância ou início da adolesc.;
– a pessoa tem mais de 18 anos;
– presença de T.C. com início antes dos 15 anos;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Tipos

• Primária: aparente ausência de culpa ou ansiedade em


relação ao cpt ilegal ou imoral;
– Menor ansiedade e excitação somática quando há má
intenção para com o outro, maior agressividade;

• Secundária: aparente culpa ou ansiedade em relação ao


cpt ilegal ou imoral.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico
A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos
direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de
idade e caracterizado por pelo menos 3 dos 7 critérios;
B. A pessoa tem pelo menos 18 anos;
C. Há evidências de T. C. com início antes dos 15 anos;
D. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso
da esquizofrenia ou transtorno bipolar.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a cpt´s
legais, conforme indicado pela repetição de atos que
constituem motivos de detenção;
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras
repetidas, uso de nomes falsos ou de trapaça para ganho
ou prazer pessoal;
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por
repetidas lutas corporais ou agressões físicas;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”

5. Descaso pela segurança de si ou dos outros;


6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha
repetida em manter uma conduta consistente no trabalho
ou honrar obrigações financeiras;
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença
ou racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou
roubado outras pessoas.
TRATAMENTO

 SÃO TRATÁVEIS? não


 O QUE FAZER?
 Melhorar o manejo dos cpt´s disruptivos;
 Diminuir danos = pode fazer o que quiser sem prejudicar os
outros

 Não adianta indução de vergonha e culpa;


 A aliança terapêutica é frágil;
 Estresse e esgotamento do terapeuta;
 Deve haver um contrato (horários, atrasos, faltas e pagamentos).
TRATAMENTO

• Trabalhar manejo da raiva, desonestidade e problemas de


relacionamento;
• Mostrar para o paciente que seu transtorno é crônico =
perdas de longo prazo;
• Não há motivação para o tratamento = participação ativa
do paciente na sessão;
• Desenvolver HS no lugar da manipulação;
– Tolerar a frustração e assertividade;
• Ensinar que pens. negativos são passageiros e que pode
enfrentá-los em vez de agredir ou manipular.
TRATAMENTO

• Ligar P.A.´s distorcidos com os cpt´s desadaptativos:


• Justificação;
• Pensar é acreditar: “meus sentimentos são exatos”;
• Infalibilidade pessoal: “sempre faço boas escolhas”;
• Os sentimentos se constituem em fatos: “sei que está certo
porque sinto que o que faço está certo”;
• Impotência dos outros: “o que eles pensam é irrelevante a
menos que possam me controlar”
TRATAMENTO

• Manejo da raiva:
1. Identificar pens. e emoções;
2. Avaliar a percepção;
3. Decidir se vale a pena responder;
4. Gerar possíveis respostas;
5. Escolher a melhor resposta;
6. Responder.
PERSONALIDADE NARCISISTA
O APAIXONADO POR SI MESMO
GITA (Raul Seixas)
"Eu que já andei Talvez você não entenda
Pelos quatro cantos do mundo Mas hoje eu vou lhe mostrar...
Procurando
Foi justamente num sonho Eu sou a luz das estrelas Das telhas eu sou o telhado
Que Ele me falou" Eu sou a cor do luar A pesca do pescador
Às vezes você me pergunta Eu sou as coisas da vida A letra "A" tem meu nome
Por que é que eu sou tão calado Eu sou o mêdo de amar...
Não falo de amor quase nada Dos sonhos eu sou o amor...
Nem fico sorrindo ao teu lado... Eu sou o medo do fraco Eu sou a mão do carrasco
Você pensa em mim toda hora A força da imaginação Sou raso, largo, profundo...
Me come, me cospe, me deixa O blefe do jogador Euuuuuu!
Eu sou o seu sacrifício Eu sou, eu fui, eu vou.. Mas eu sou o amargo da
A placa de contra-mão língua
O sangue no olhar do vampiro Perguntas não vão lhe mostrar
E as juras de maldição... Que eu sou feito da terra A mãe, o pai e o avô
Do fogo, da água e do ar... O filho que ainda não vei
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga Euuuuu sou o início
Você me tem todo dia
Eu sou a beira do abismo O fim e o meio
Eu sou o tudo e o nada... Mas não sabe se é bom ou ruim
Euuuuu sou o início
Mas saiba que eu estou em você
Por que você me pergunta? O fim e o meio...
Mas você não está em mim...
 Querem ser o número um:

 Buscam a admiração das


pessoas;

NARCISISTA  As ameaças à autoestima


são insultos narcísicos que
geram agressividade e
autoproteção;

 Auto-estima elevada não é


o mesmo que egocentrismo.
 Acredita que somente sendo
superior escapará da
inferioridade;
NARCISISTA  Os ataques de raiva tem a
função de fazer a pessoa se
sentir poderosa e para
restaurar o senso de
superioridade.
 Os estudos sobre auto-
estima rebaixada nos
narcisistas não são
conclusivos;
NARCISISTA  A questão é: eles têm baixa
auto-estima ou têm um “viés
ilusório positivo” criado e
mantido por uma auto-
estima inflada?
• Visão de si:
• Especial, único, merece
tratamento especial;
• Superior, acima das regras;
• Visão dos outros:
• Inferiores, admiradores e
NARCISISTA fracos;
• Sujeitos a serem explorados,
usados.
• Estratégia Interpessoal:
• Usa os outros, burla as regras;
• Manipular, coerção, mente,
engana e seduz
CARACTERISTICAS

• Acreditam neles e em sua capacidade e pensam que sao


extraordinários = auto-estima elevada;
• Ambiciosos, líderes e empreendedores;
• Aproveitam os pontos fortes das pessoas para atingir seus
objetivos pessoais;
• São afetados pelas críticas dos demais = sentem vergonha, raiva,
ira, humilhação ou negam totalmente os erros pessoais.
• São extrovertidos e muito competitivos e sabem delegar funções;
CARACTERISTICAS

• Não compartilham os méritos;


• Precisam estar rodeados pelos outros e sentir-se necessário = não
são generosos no amor e nem amam de forma desinteressada;
• A rejeição é insuportável;
• Olham para o seu interior para obter reforço e gratificação;
• Punem as pessoas que não satisfazem as suas necessidades;
• Percebem-se sempre na vitrine, acreditando serem notados
positivamente;
• Podem violar os limites de todos os tipos, pois se sentem muito à
vontade;
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade
• Sem princípios (características antissociais): sem ética moral,
inescrupuloso, desleal, enganador, arrogante, explorador,
charlatão, controlador, desdenhoso e vingativo;
• Amoroso (características do histriônico): sexualmente sedutor,
atraente, tentador, inteligente, desenvolve vínculos reais,
hedonistas encantador e mentiroso;
• Compensatório (características do evitativo): busca
neutralizar ou anular os sentimentos de inferioridade e baixa
auto-estima; fantasias de superioridade, excepcionalidade e
de que são admirados.
ETIOLOGIA

 Indulgência parental e supervalorização;


 Comportamentos exploradores aprendidos;
Para garantir a admiração que acreditam terem direito;
 Filho único;
 Separação parental na infância.
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade narcisista

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito:

 Comorbidades: transt. do humor, anorexia, abuso de


substâncias, TPH, TPB, TPAS, TPP.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou cpt),


necessidade de admiração e falta de empatia que surge
no início da vida adulta e está presente em vários contextos
e é caracterizado por pelo menos 5 dos 9 critérios;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (ex.:
exagera conquistas e talentos);
2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder,
brilho, beleza ou amor ideal;
3. Acredita ser especial e único e que pode ser somente
compreendido por, ou associado a, outras pessoas (ou
instituições) especiais ou com condição elevada;
4. Demanda admiração excessiva;
5. Demonstra cpt´s ou atitudes arrogantes e insolentes;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
6. Apresenta sentimentos de possuir direitos (i.e. expectativas
irracionais de tratamento especialmente favorável ou que
estejam automaticamente de acordo com as próprias
expectativas);
7. É explorador em relações interpessoais (i.e. tira vantagens
dos outros para atingir os próprios fins);
8. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se
com os sentimentos e as necessidades dos outros;
9. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou
acredita que os outros o invejam.
TRATAMENTO

 Acredita que só sendo superior escapa da inferioridade =


compensação;
 As ameaças à auto-estima são insultos narcisícos que geram
agressividade e autoproteção;
 Os ataques de raiva na sessão, servem para restaurar o senso
de superioridade;
 O locus de controle para os problemas é externo;
 A terapia deve ser vista como um processo de automelhora;
TRATAMENTO

 Lista de problemas objetiva;


 Visar estratégias mais adaptativas ao invés de focar na
construção de pensamento altruísta e de humidade.
 Priorizar cpt´s destrutivos e sintomas do Eixo I
 Reestruturar crenças através de Téc. Cpt´s e Desc. Guiada;
 Vantagens e desvantagens para a crença de merecimento;
 Conquistar objetivos e não apenas fantasiá-los;
 Reinterpretar crenças para restauração da autoconfiança.
PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
O DRAMÁTICO
ALOWWWW, TEM ALGUÉM AÍ?!

Oi? Oi? Eu tô falando oi! Me escuta, poxa! Eu preciso


falar. Eu preciso dizer. Eu preciso contar. Eu preciso
qualquer sinônimo de pronunciar palavras. Poxa! Eu
quero atenção.
Acho que estou ficando louca!!! Sofrendo de psicose.
Eu sou a Mara Maravilha. Prazer. Eu sou psicótica e
ninguém precisa saber. Ontem eu roubei o gatinho
do meu vizinho e coloquei ele pindurado - pelo rabo -
no varal da bruxa do 71.
 A questão central é ser o
objeto das atenções dos
outros (a aparência é um
aspecto fundamental);
HISTRIÔNICO  São vulneráveis a
ansiedade de separação;
 As tentativas de suicídio
(ineficazes) ocorrem depois
de episódios de raiva e
desapontamento;
• Visão de si:
• impressionante, encantador,
atraente e sedutor;
• Visão dos outros:
• sedutivos, receptivos,
admiradores e protetores;
• Estratégia interpessoal:
HISTRIÔNICO • teatraliza, encanta;
• dá chiliques ou chora,
manipula e tem gestos
suicidas (não colocam em
risco a vida e ocorrem depois
de episódios de raiva e
desapontamento).
CARACTERÍSTICAS

• Preocupação com a atratividade física;


• Sedução e encantamento exagerados;
• Sentimento de bem-estar por ser o centro das atenções =
ansiedade de separação;
• Emotividade exagerada, inadequada, instável e superficial;
• Fala global e impressionista;
• Avaliam as pessoas em função das emoções que lhes
provocam (não são rancorosos);
• Resposta comportamental e emocional desproporcional ao
estímulo;
CARACTERÍSTICAS

• São percebidos como superficiais, excitáveis, exigentes,


dependentes e de difícil convívio.
• Sua vida está sempre cheia de cores, onde ocorrem muitas
coisas;
• São impacientes, se cansam facilmente de qualquer coisa
que estejam fazendo;
• São impulsivos e extrovertidos, buscam ativação constante;
• São esquecidos e desorganizados;
• Não reconhecem que são dependentes das pessoas.
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade
• Apaziguador (características do dependente): conciliador,
político, habilidades de moderação e de resolução de
problemas interpessoais;
• Vivaz (características do narcisista): charmoso, espirituoso,
irreverente, impulsivo; alegre, brincalhão, aventureiro, animado
e entusiasmado;
• Falso (características antissociais): dissimulado, mal-
intencionado, astuto, egocêntrica, enganador e calculista;
• Infantil (características do borderline): humor lábil, ansioso,
exigente, exagerada, excessivamente vinculado e apegado.
ETIOLOGIA

 Reforço parental dos cpt´s histriônicos;


Punição mínima, R+ contingente ao cpt histriônico e R+
intermitente;
 Pais histriônicos;
 Concorrência com os irmãos;
O cpt histriônico garante a atenção e a aprovação dos
pais.
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade histriônica

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito:

 Comorbidades:
 Transt. de pânico com ou sem agorafobia, abuso de
drogas, transt. conversivo e transt. de somatização.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção


em excesso que surge no início da vida adulta e está
presente em vários contextos e é caracterizado por pelo
menos 5 dos 8 critérios;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”

1. Desconforto em situações em que não é o centro das


atenções;
2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada
por cpt sexualmente sedutor inadequado e provocativo;
3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das
emoções;
4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção
para si
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”

5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente


impressionista e carente de detalhes;
6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão
exagerada das emoções;
7. É sugestionável (i.e. facilmente influenciado pelos outros ou
pelas circunstâncias);
8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na
realidade são.
TRATAMENTO

 utilizar a agenda para ensinar o paciente a focar a atenção e


evitar divagações;
 mostrar os objetivos terapêuticos como algo excitante, para
que não percam o interesse pela terapia. O segredo é
conseguir benefícios de curto prazo para motivá-los a
continuar na terapia.
TRATAMENTO

• Usar RPD para distinguir realidade de fantasia;


• Contestar os PA´s a fim de diminuir a impulsividade e melhorar a
regulação da emoção;
• Usar o vocabulário dramático do paciente (prestam mais
atenção ao terapeuta);
• Dessensibilização;
• Treinar assertividade e empatia;
• Descatastrofizar a rejeição;
• Aumentar o senso de auto-eficácia: THS e contestação de
Crenças e PA´s
PERSONALIDADE BORDERLINE
O INSTÁVEL
VIRA LATA DE RAÇA

Eu sou só um bicho carente de carinho


Uma criança problema no meio de um dilema
Ou choro sozinho num canto na hora do espanto
Ou banco o palhaço e faço estardalhaço
No fundo, no fundo, no fundo sou um vagabundo
Um vira-lata de raça, raposa no dia de caça
Eu quebro o protocolo, me atiro no seu colo
Eu salvo sua vida quando você se suicida
Minha dor não dói, sou marginal, sou herói
Não faço papel de santo nem pra minha família
Não posso ser outra coisa se não James Dean
Eu sempre fui mais bonzinho quando sou ruim
BORDERLINE

 O perfil de personalidade borderline não deve ser usado


como alternativa para casos de indecisão clínica ou
diagnóstica, mas sim como um padrão de comportamento
e funcionamento estável e duradouro caracterizado pela
instabilidade e busca incessante de aceitação e
aprovação;
 A auto-estima depende da emoção que estão sentindo
(sentir é a tônica da vida);
 Padrão e intensidade emocional altamente instáveis (fogo e
gelo): lei do tudo ou nada (dicotomias) = sentem mais que
os outros perfis.
• Visão de si mesmo:
• Instável, desvalido,
dependente e vazio;
• A auto-estima depende da
emoção sentida.
• Visão dos demais:
• Fortes, protetores, suspeitos
BORDERLINE (ou todo o contrário);
• Cruéis, perseguidores (ou
todo o contrário).
• Estratégia interpessoal:
• Manipula, discute, se fere;
• Ataques de ira, move-se
por impulsos.
CARACTERÍSTICAS

• Vivem o presente e não planejam o futuro;


• Precisam estar vinculados de forma intensa;
• Precisam de demonstrações de afeto, nada é supérfluo =
comportamento paradoxal (buscam a atenção e o afeto
mas fazem de um modo contrário e manipulador, suscitando
a rejeição);
• São espontâneos, buscam o risco (diversão sem limites);
• Fogo e gelo: as dicotomias estão sempre presentes (amam
como ninguém e odeiam como ninguém, saem do pranto
para o sorriso facilmente)
CARACTERÍSTICAS

• Relações emocionais flutuantes e efêmeras;


• São impulsivos , imprevisíveis e provocam conflitos com
freqüência (chantagens emocionais, suicídio, jogo, uso de
substancias e ataques de gula);
• São transparentes nas suas relações, afeto + estão
desinibidos, afeto – estão introvertidos;
• Buscam incessantemente prazer e emoções (diminuir o vazio
existencial): emoções vividas de forma plena;
• Preenchem seu mundo com o do outro;
CARACTERÍSTICAS

• Reações emocionais desproporcionais à demanda ambiental =


Ira intensa (se arrependem);
• Comportamentos de automutilação e suicídio;
• Sentimentos de vazio ou tédio = momentos de ansiedade, medo e
depressão = hostilidade e ira descontrolada para consigo mesmo;
• Baixa tolerância à frustração;
• Regressam a etapas anteriores do desenvolvimento em situações
estressantes;
• Podem boicotar-se no momento em que vão atingir um objetivo.
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade

• Desanimado (características do dependente e do evitativo):


dócil, submisso, fiel, humilde; se sente desamparado,
impotente e vulnerável a rejeição, é desesperançado;
• Impulsivo (características do histriônico e do antissocial):
superficial, frívolo, distraído, sedutor, impaciente, irritável e
potencialmente suicida;
ETIOLOGIA

 Separação ou perda parental;


 Relações inadequadas com os pais;
Mãe distante e pai sem envolvimento;
 Família desorganizada que não apoia;
 Abusos na infância
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade borderline

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito:

 Comorbidades: quase todos os transtornos se associal ao TPB;


 Transt. do humor, abuso de drogas, transt. de ansiedade
(especialmente TEPT), hiperatividade, transt. alimentar e
transt. bipolar.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão difuso de instabilidade das relações


interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de
impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta
e está presente em vários contextos e é caracterizado por
pelo menos 5 dos 9 critérios;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou
imaginado (não incluir cpt suicida ou de automutilação
coberto pelo Critério 5);
2. Um padrão de relacionamento interpessoais instáveis e
intensos caracterizado pela alternância entre extremos de
idealização e desvalorização;
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e
persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo;
4. Sentimentos crônicos de vazio;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
5. Recorrência de cpt, gestos ou ameaças suicidas ou de cpt
automutilante;
6. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente
autodestrutivas (ex. gastos, sexo, abuso de substância,
direção irresponsável, compulsão alimentar) (Nota: não
incluir cpt suicida ou de automutilação coberto pelo C. 5);
7. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade
de humor (ex. disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade
intensa com duração geralmente de poucas horas e
apenar raramente de mais de alguns dias)
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”

8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la


(ex. mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas
físicas recorrentes);
9. Ideação paranóide transitória associada a estresse ou
sintomas dissociativos intensos.
TRATAMENTO:
estratégias de colaboração

 Se o objetivo for resolver problemas emergenciais, opta-se por


um relacionamento interpessoal distante e apoio em crises;

 Se o objetivo for alterar o padrão borderline, deve-se


desenvolver uma relação pessoal para recriar a relação de
apego com o paciente, estabelecendo-se limites;
 Visa trabalhar a crença de que limite significa
desaprovação total da pessoa.
TRATAMENTO

 Usar uma abordagem hierárquica para decidir a agenda:


I. Questões que ameaçam a vida;
II. Relacionamento terapêutico;
III. Questões autoprejudiciais;
IV. Outros problemas;

 Em situações de crise (crenças negativas de se experimentar


emoções) = evitar a automutilaçao:
• Falar brevemente ao telefone diariamente;
• Gravar áudio com frases tranquilizadoras;
TRATAMENTO

 O foco está em reestruturar as experiências infantis;


 Diários das emoções;
 Cartões de enfrentamento;
 Técnica da cadeira vazia;
 Visão em perspectiva para o pens. dicotômico;
 Técnicas cpt´s (role play) e experimentos cpt´s para se testar
as crenças borders.
PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA
O PERFECCIONISTA
PERFECCIONISMO
Medo de ser, Medo do que eu imagino,
Medo de não ser o que espero, ser muito aquém
Medo de não ser sempre igual, Meu perfeccionismo me
sempre perfeita como quero. amedrontava,
Medo de mudar, medo de ar(riscar), dava medo ruim, paralisante,
Medo de criar, de re(começar), que não me alertava
Medo de me encontrar de novo, dos reais perigos da vida.
Medo do novo, medo de desacomodar. Ele não deixava eu conhecer o
Medo de estar mal, desconhecido,
para depois estar bem. me impedia de viver o não vivido.
É dificil aceitar,
que o perfeito possível
é o imperfeito.
OBSESSIVO-COMPULSIVO

 O objetivo do obsessivo é eliminar os erros e não diminuí-los,


resultando em um total controle de si mesmo e do meio;
 Valorizados pela cultura ocidental;
 Comorbidade principal = ansiedade;
 TOC predispõe ao TPOC mas não vice-versa.
Visão de si:
• Trabalhador e responsável;
• Competente e organizado;

Visão dos outros:


OBSESSIVO- • Incompetentes e irresponsáveis;
• Preguiçosos e ociosos;
COMPULSIVO
Estratégia interpessoal:
• Trabalha, comanda e organiza;
• Avalia, critica e repreende de
maneira voraz (não delega
funções)
CARACTERÍSTICAS

• Perfeccionista, cpt rígido e disciplinado consigo e exigente


com os outros (emocionalmente frio e formal);
• Privilegiam o trabalho em detrimento da família e amigos e
lazer (dominadores e inflexíveis);
• Não se satisfaz com seu próprio desempenho;
• O perfeccionismo gera uma pessoa indecisa e ansiosa nas
mudanças, que detém-se nos detalhes;
• Geralmente fazem tudo por achar que os outros farão errado
(teimoso);
CARACTERÍSTICAS

• São formais e apegados a normas sociais;


• Relutância em desfazer-se de objetos por achar que serão
úteis algum dia (mesmo sem valor sentimental);
• São bons cônjuges (fiéis e preocupados com a família);
• A emotividade é sinal de imaturidade (não são românticos);
• Dificilmente elogiam;
• São ambiciosos e críticos;
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade

• Consciente (características do dependente): sistemático, sério,


trabalhador, meticuloso, minucioso, indeciso, inflexível e teme erros;
• Burocrático (características do narcisista): prefere trabalhos técnicos,
controlador, arrogante, intrusivo, curioso, mesquinho, intrometido;
• Puritano (característica do paranóide): austero, hipócrita, intolerante,
dogmático, zeloso, intransigente, crítico, recatado, controlador;
• Parcimonioso (características esquizóides): avarento, mesquinho,
egoísta, teme a exposição dos defeitos pessoais.
ETIOLOGIA

 Supercontrole parental;
 Estilo parental punitivo e inflexível;
 Punição por qualquer comportamento;
Obediência como reforço negativo;

 Aprendizagem vicária;
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade obsessivo-compulsiva

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito: é uma preocupação com ordem, perfeccionismo


e controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade,
abertura e eficiência.
 TPOC x TOC
 TOC = presença de obsessões e compulsões verdadeiras;
 Avaliar: início, visão de si, fusão pensamento-ação;
 O diagnóstico pode ser duplo.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão difuso de preocupação com ordem,


perfeccionismo e controle mental e interpessoal à custa de
flexibilidade, abertura e eficiência que surge no início da
vida adulta e está presente em vários contextos e é
caracterizado por pelo menos 4 dos 8 critérios;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem,
organização ou horários a ponto de o objetivo principal da
atividade ser perdido;
2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de
tarefas;
3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade
em detrimento de atividade de lazer e amizades;
4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível
quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo
quando não têm valor sentimental;
6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas
a menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer
as coisas;
7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a
outros, o dinheiro é visto com algo a ser acumulado para
futuras catástrofes;
8. Exibe rigidez e teimosia.
TRATAMENTO

 Sofrem constantemente de dores de cabeça, zunido no


ouvido, dores nas costas e problemas gastro-intestinais;
 Vulneráveis a problemas cardiovasculares, especialmente se
estiverem frequentemente zangados e hostis;
 Têm problemas interpessoais = indisponibilidade emocional e
cpt workaholic = pouco tempo para a família;
TRATAMENTO

 Podem gerar respostas emocionais no terapeuta:


 Secos, chatos, lentos, focado no detalhe;
 Problemas com tarefas de casa que acham irrelevantes e
com às técnicas específicas.
TRATAMENTO

 A TC deve ser mais objetiva e focada no problema;


 Apresentam pensamento dicotômico e que geralmente gera
culpa;
 Organizar uma lista de objetivos em função da importância
para o paciente (motivação) para depois identificar pens. e
esquemas associados aos problemas;
 Usar distração para pensamentos ruminativos e improdutivos.
TRATAMENTO

• Priorizar tarefas de dificuldade crescente para reestruturar os


P.A.´s;
• A sessão deve favorecer examinar PA´s ligados à indecisão,
perfeccionismo e procrastinação;
• Ansiedade: relaxamento e meditação;
• Vantagens e desvantagens;
• Continuum cognitivo para o pensamento dicotômico;
• Técnicas cpt´s para pens. compulsivos;
PERSONALIDADE ESQUIVA
O SENSÍVEL
“Os esquivos não encontram liberdade nem
consolo em seu próprio interior...uma pessoa não
pode fisicamente evitar a si mesma, não pode
ocultar-se, sair correndo ou fugir de ser quem é e
como é”. (Millon & Davis, 1998, p. 276).
ESQUIVA

 A maioria das pessoas emprega a evitação para aliviar a


ansiedade frente a escolhas e situações difíceis, no esquiva
isso é uma constante, mesmo quando esta evitação impede
objetivos pessoais;
 Evitação cognitiva, comportamental e emocional;

 A eles supõem que mostrar seu verdadeiro eu ou se expressar


assertivamente despertará rejeição;
 Dão muitas desculpas e rodeiam muito nas I.S.´s
Visão de si:
• Vulnerável ao desprezo, à
rejeição e às críticas;
• Socialmente inapto, pouco
interessante e incompetente;

Visão dos outros:


ESQUIVA • Críticos, superiores e
humilhadores;

Estratégia interpessoal:
• Evita situações de avaliação e
distancia-se socialmente;
• Evita sentimentos ou
pensamentos desagradáveis.
CARACTERÍSTICAS

• Reticentes para estabelecer novos vínculos = preferem o


conhecido (amáveis, corteses e distante emocionalmente
com os desconhecidos;
• Têm poucos amigos e são unidos à família = auto-estima
aumenta em relações sólidas (parceiro para a vida toda);
• Desenvolvem suas faculdades em um ambiente seguro, com
poucos amigos e familiares;
• Preocupam-se com o que os outros pensam ao seu respeito =
precisam da aprovação dos outros;
CARACTERÍSTICAS

• Buscam a privacidade e são de hábitos fixos;


• Introvertidos, tímidos, desconfiados e muito conscientes de si
mesmos;
• Emocionalmente instáveis, sentimentos de vazio,
despersonalização, solidão e tristeza;
• Desvalorizam suas conquistas e enfatizam seus fracassos;
• Têm comportamento social educado e comedido;
• Embora queiram se relacionar, seu medo de rejeição os
fazem evitar situações sociais;
CARACTERÍSTICAS

 Investem muita energia para explorar o terreno da fantasia,


imaginação e da criação = pensamentos divagatórios que
dificultam a comunicação social;
 Percebem-se a si mesmos como socialmente ineptos,
pessoalmente pouco interessantes ou inferiores aos demais
(auto-estima depende da aprovação dos demais);
 Os dados positivos são descartados;
Inclusive as evidências de aceitação e afeto dos outros.
CARACTERÍSTICAS:
vídeo
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade

• Medroso (características do dependente): apreensão


generalizada e evitativo;
• Hipersensível (características do paranóide): cauteloso,
desconfiado, frequentemente com medo, nervoso, tímido e
petulante;
ETIOLOGIA

 Superproteção parental;
 Pais frios, indiferentes e pouco afetuosos;
 Bullying na infância.
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade esquiva

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito: é um padrão difuso de inibição social, sentimentos


de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa;

 TPE x FS
 Conceitos alternativos das mesmas condições;
 TPE = ansiedade social generalizada;
 FS = ansiedade social específica;
 Avaliar: início, fator desencadeante, visão de si
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de


inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa
que surge no início da vida adulta e está presente em vários
contextos e é caracterizado por pelo menos 4 dos 7 critérios;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Evita atividades profissionais que envolvam contato
interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação
ou rejeição;
2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que
tenha certeza de será recebido de forma positiva;
3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a
medo de passar vergonha ou de ser ridicularizado;
4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”

5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de


sentimentos de inadequação;
6. Vê a si mesmo como socialmente inapto, sem atrativos
pessoais ou inferior aos outros;
7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se
envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem
ser constrangedoras.
TRATAMENTO

 No início esperam crítica e desaprovação do terapeuta;


 Omitem informações importantes;
 Perguntar sem rodeios se tem medo de revelar alguma
coisa;
 Estão sempre buscando a opinião do terapeuta.
TRATAMENTO

 Os temas dos pensamentos do esquiva são:


• Autodesvalorização: “eu sou chato”;
• Pens. e emoções disfóricos são insuportáveis;
• A certeza da rejeição se demonstrar seu verdadeiro eu ou
ser assertivo.
TRATAMENTO

 Fazem evitação cognitiva, emocional e cpt.;


 Tem solidão, tristeza e ansiedade nas IS´s.
 O progresso é lento pois costumam evitar a terapia;
 Manter expectativas realistas de progresso;
TRATAMENTO

 Acreditam que todos são críticos e rejeitadores e por isso se


esquivam;
• São o centro das atenções;
 Personalização: “se ele me trata mal, é por que sou mau”.
 Acreditam que podem ser rejeitados a qualquer momento
• “Eu preciso agradar o tempo todo”;
TRATAMENTO

• Identificar os pensamentos relacionados à evitação;


• Descoberta guiada para a autocrítica;
• Diagrama da evitação
• Descobrir como a evitação opera e como interrompê-la;
• Hierarquia de tarefas para aumentar a tolerância a emoções
negativas;
TRATAMENTO

• Examinar as razões lógicas para evitar a evitação;


• Oferecer lista de pensamentos possíveis;
• Treino de assertividade para as H.S.´s;
• Testar historicamente a crença, construindo um diário
para cada período da vida.
PERSONALIDADE DEPENDENTE
O APEGADO
MEU CORPO TE ADORA
O que eu faço sem você
Quando dei por mim, já era tarde
Perdi minha cabeça
Baguncei o coração, me deu vontade
O que eu faço sem você
Pensei que essa paixão fosse verdade
E quando eu quis fugir
Não tinha pra onde ir, senti saudade
O que eu faço sem você
Se entreguei todos os meus sonhos em
Seus braços
O que eu faço sem você
DEPENDENTE

 Veem-se como inadequados e desamparados e incapazes


de lidar com o mundo (assustador) sozinhos = se vincular a
alguém;
 Como são desesperados, carentes e pegajosos, isso dificulta
encontrar um parceiro disposto a fazer essas necessidades.
DEPENDENTE

 Buscam uma dependência funcional com as pessoas = tem


dificuldade e relutam em tomar decisões = costumam fazer o
que as pessoas sugerem;

 Objetivo: fazer felizes quem consideram importantes em suas


vidas;
Visão de si:
• Fraco e necessitado;
• Indefeso e incompetente;

Visão dos outros:


• Cuidadores e protetores;
• Apoiadores e competentes;
DEPENDENTE
Estratégia interpessoal:
• Cultiva relações de
dependência;
• Preocupa-se com os outros,
sempre atento as suas
necessidades e desejos.
CARACTERÍSTICAS

• São empáticos = colocam a felicidade dos demais antes da


sua própria;
• Adotam um papel passivo e submisso nas relações;
• Incapazes de cuidar se si mesmos estando sozinhos;
• Amáveis, diplomáticos, sociáveis e emocionalmente
constantes;
• Aceitam críticas, procuram corrigir o cpt;
• Buscam ativamente ajuda e conselho dos demais e
reafirmação;
• São fiéis, modestos, gentis, acríticos e conformistas com os
demais;
CARACTERÍSTICAS

• Minimizam as dificuldades, pensamento pouco crítico;


• São otimistas, ingênuos e não tem confiança em si mesmo;
• Inseguros e ansiosos = sentem-se anulados, usados e
desesperados quando um relação acaba;
• Fundem sua identidade com as dos outros;
CARACTERÍSTICAS:
Variações da personalidade

• Inquieto (características do esquiva): desconcertado,


impaciente, pressente problemas, apreensivo, vulnerável ao
abandono, solitário a menos que esteja perto de figuras de
apoio;
• Ineficiente (características do esquizoide): improdutivo,
incompetente, inútil, procura vida despreocupada; recusa
em lidar com as dificuldades e despreocupado com
deficiências
ETIOLOGIA

 Superproteção parental;
 Deficiência em competir;
 Criança evita confrontação;
Percepção de que é melhor ser submisso que lutador;
Papéis sociais;
Explica maior prevalência em mulheres do que em homens.
CARACTERÍSTICAS:
Protótipo da personalidade dependente

Prazer Controle
Bloqueio
Pouco
Acomodação Mudança Moderado
(passividade) (atitude)
Intenso

Individuação Cuidador
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

 Conceito: é uma necessidade difusa e excessiva de ser


cuidado que a leva a comportamento de submissão e
apego e a temores de separação;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico

A. Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que


leva a comportamento de submissão e apego que surge no
início da vida adulta e está presente em vários contextos e
é caracterizado por pelo menos 5 dos 8 critérios;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma
quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento de
outros;
2. Precisa que outros assumam responsabilidades pela maior
parte das principais áreas de sua vida;
3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros
devido a medo de perder apoio ou aprovação;
4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por
conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu
julgamento ou em suas capacidades do que a falta de
motivação ou energia;
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Diagnóstico: critérios de “A”
5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a
ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis;
6. Sente-se desconfortável ou desemparado quando sozinho
devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si
mesmo;
7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de
cuidado e amparo logo após o término de um
relacionamento íntimo;
8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à
própria sorte.
TRATAMENTO

 Trabalhar maior autonomia e não independência;


• Independência gera medo de ser abandonado;
• Ter autonomia é ser capaz de agir independentemente
dos outros mas ser capaz de desenvolver relacionamentos
íntimos.
• Vantagens e desvantagens de ser autônomo;
• Usar descoberta guiada e QS para dar insights da
dependência
TRATAMENTO

 No início o terapeuta será mais ativo e dará mais sugestões;


 Deve-se estabelecer limites claros entre relação profissional e
pessoal = evitar conversar casuais
 Focar na autoconfiança e auto-eficácia;
 Terapeuta participativo = paciente diz que não dá conta =
evitar conversas casuais;
 Catastrofizam muito;
 Ser diretivo quanto ao uso do tempo na sessão.
TRATAMENTO

 Usar exposição gradual para as crenças de incapacidade e


agorafobia;
 As tarefas de casa devem ser iniciadas na sessão, pois o
paciente dirá que não consegue fazer;
 Treino de auto-controle para impulsividade de depender;
 Ter objetivos claros e específicos = usar os progressos como
evidência de capacidade;
 Continuum cognitivo para pensamento dicotômico;
 Experimento comportamental para explorar crenças e PA´s
catastróficos quanto a perda de relacionamentos.

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