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Ge enn ees eee Per err tT Re ey Terre cr ornare tit Toe * ue estes textos foram enunciados em contextos diversos PRO or ae Oe ee ee SCN a econ nt is com toda a certeza, ¢ ainda bem, ana Seri t ety Conn PU TOSS Or ee eee eT fe JOAO WANDERLEY GERALDI Seen copyright © do tor “Tilo o dion pao Quer pate dot aa pees epradi Irae gu gedaan or vane cro eo dota ~ —K Joo Wanderey Gerald ‘Aula como acnteciment Si Calor: Pdr Jao Etre 2010208, Isa 97e45 795.018 1. Ear de lngugem. 2 Fase pipes 3 Palas de inc, aturs ect 8 Astor Tia. u seem my ‘rns ll que ma vida ei a. ‘Capa: Marcos Antonio Bessa-Otiveita (© mundo ¢ wma folhs eee ae cet, ere Miotello 0 ‘o mundo tem alma automa, free a i ee cae 22 pak here ete ees ‘Roberto LeiserBaronas (UPSCarfasl Nai F. Gargel do Amaral snesse papel praia, escent mo Sate ce er Seas eo ‘ et eae Ser enmee iy ‘equ no far diferensa aac Bec | eco ere a (Na vor de Frei Canes) Spends. Ni ¢ pre pani do capital extn 4 segundo. cptal exci Volume mapa ear ei emumiel Reon }sob omanto do recente, do-nove, do atual. a Deis fra, encanto um dens ne ‘ormative rencontra sua tranqutidade, smpland, a fo sua extensio pars linguas para incl VIL . A AULA COMO ACONTECIMENTO® chee no ple yerdaelemente die, a & ‘mone ae paver sens oo qs mosr 3 ee Get prepri.que oglu dee! opi aparece st ‘mais edge ele (Matin edo) _As falas sio sempre associagies, lames, teceduras do aqui ¢ com o i dito, com o jf conhocido, que reeche das creunstincias ras novas cores © novos senidos. Por iso 0 novo nie est se diz-mas no ressurgimento do jé dito que se renova, que é /e que vive porque se repete, Por isso agul nBo se tratard de algo ‘mas da articulagio de questéesjé conhecidas,fazendo emergir incins das tomadas de posigio 9 respeito destas mesmo: 5, consequincias nem sempre explicitadas ¢, 3s vezes, até iveis para nos quando da formulagho de respostas nos estudos .questdes sobre que nos debragamos. Gostaria de defender 2 ideia da aula como acontecimento, ¢ vou- aproximar desta ‘ese 9 partir de certos Angulos que, ente, S30 distantes, para no final tenar costur-les, numa go que dé sentido esta tese, por sua articulagso a. um “um encontro ritual, por isso corh gests ¢fazeres predeterminados, “de transmissdo de conhecimentos. fea rac «pre de psa poke Soman Pdi do CIFOR — ‘Uniteosdode de Aver 25, eg tanseco nso ot pubnado pia eas Unive, bo mesmo ra Ceo "Tee poi pein er 20 a Pedagoxica, isto & a rela expicie de achego, de aprox ‘utr destes rs pos. se constrait, essencislmente, pela” sua relagio. com a Palavias, estou querendo dizer que 9 Putte como conhecinento, mais do que a. propre clase to com os aprendentes, desenhou os iferenes pects profssionais cua sequéncia const a Histna oe Bowes Profissdo. Anda hoje reagulcios desta relagi cea Senbeciment, indicts da sua presenca, sustentam nossa forma,» Sie poms wm repo ncremante nota que Coménio vva 1 cnt de ‘eco de et, no epics que data 0 pader emi caro oni iva na pers Oral et ao inde ute: at ages ie ttaboram as metforacomtatvn dome dag que tl pore 8 TW ouvinte ndo interesa saber se 0 excouor & cipaz GA ra, onde Wwe acompanbe com macstia. parti Teeric, Onde tudo js est composto. & aplicando o= rmetdfora 2 aividade de ensino ~e portanto a atividade ue se enameramn as caractersias idendras dessa fecnde Sm retin c comnia (enon) : a ra a prsnsa mente 0 6 180 ee pap Stefano, sete dna os: © 0 aa pris comes) ey pro de sducn se a mo stu re leu xen una parte Pose at ober dno que deve fr ec "ado me wn pls detour prepreiam 0a nie © sagem etm ose produit te uc abe aber prune Po as eae ier ne eran means da evade rs detuaanae prs come 0 profes ee or cheese ca ee sempre ais ds suo prota por os Bech 8 I rare bend use pd de n0%0 a mal ode ering psc oto poems de Sit orem enti de erie. a So eto do peor xc an a cero a ae, aan, mo come 2 clo ta ser prec pl scsi a : Mega de pre merge asia meer bo eee Marto de embecimenier « Faron de See osc mmlemiade lo den aptundat os nda ong sertygnmos qu ata segunda relia ii. ee man ira ee cnr: «pele 0 a iain come one urbe in treed fot Fl et ez lu, © modo deconsher 8 e ¥a ts a cede ul a om qe SEER ss Tt dead scl 0 ofr 0 sto qu sate o Predurido por curs « que ¢ anomie pena avon histria, mais ou menos do sec ‘ é sou menos do sub XVI ino d ul XX _que pais digam aos professores: Plo de castigo" E por este ‘tutorizado a falar a impor discipina ecomportamentos seriar um conjunto de conhexim ‘ortodona escola, ‘profundada hoje pelas novas tecnol rtd ol pl 'enologias da informasio: 0 professor Por ste ober pound os a . dates a se slow mls ne ooo tae spltum anno dein etl dea certo sen numa mers enna evade do protec €s tae cp do eee Sens Cartan do cre do oc de speogem cage silent anor ain meta passe : at documents se dd ho tp de nea | Profesor ps «repo do shun com @ ceatecenen soa ee ‘organiza e tranamite i Be Nese tempo, cube ecole as prtere de arma ma menos eonstanie, mas sempre cm ders mates ess fos ue a tad, ep consdero ecmider canes fomatia dea ureminto do prior, as Sin pal tae lo spender caberda 0 profewor 0 conte wn tes eds computers dos luns duran la thccomnie avoves do taki didacico, hem dara dite Ao prewor compete dt 0 Mate me peons © vec 2 houve “Tas! 40 Septum npsas don aprnlze com 0,79 do Fea ci rete sto roolios oem + Toit acqulger der. Num mesmo gs, 9 nova mana doseni. ean we oerazx 0 profens mesmo “io ass pecan pose alos te "dad 08 Pere rans pnoo aaa em rrp olde ¢ sat mero ca de esponsbidade dense 9 noua do consent em concio deesio~ Mc. dg nro do stores So material id 8 fr fiican cae, ce Resa 20 profesor con 0 Be ae ahao com 0 mai confer eponlas ae sce dado, cham 2 stemio doe eaves enna Teese eta eave oapendis¢ocnecinent aa dow dlc So materi dco, 0 eve 9 sce ge ve ene yore mbar ae alia cep Gem aon, carn em roe emia ae fetes Prt teen Nis min pres aon cide rr ees puna nde visas teal pert + Oa tena: ges dad tl profes ford mee een Peas cco ro teal eo nus cae nbn do ee ee es cidne ie Se Pala Hs alunos de segundo mu at Meee tlt cm ese pen rebel sion como wat SE cue tango de profesor om ui cipace de Hace de Fee ee amu epee eterna qi ps inp dae. Enwanien anne rr petasoe ees ance Ata besa pede 9 Sn re a pcr, mana fe 0 nese, or 0 rk Solin wn mura do prof aes cm atin SEPT NT occ io ri omae eS osm om 0108 Nr a sae etl co gui diction pa feihnsdesun oman! ” material indimeras mazelas que tim sido denunciadas pelo discurso erties ‘culpabilizacso do aluno pelo insucesso escolar, reproduio. das ‘alidades socais, desvalorizacio das culturas escolarmente. nie rentives te {odo o espaco para um teenicismo da transmiasto don conhecimentos feitos contetdos de ensino®. Mas 0 que me parece mais sul, «que ¢ Produto deste processo’ de: transformagso dos conheclmentos en: condos de ensno & que aquces sho hipoteses formuladar para responder a. perguntas, enquanto os conieddos de ensino odo transmitidos como verdades. O que se consti na cléncia coms hipdtese na escola vira verdad E 0 modo de exposigio desta verdade & uniforme - como a Pripria verdade se existente 0 seria. Quer dlzer, 0 prestgio da ‘suposta “verde cientifica”* se transfere tambtim para o mado de sus * sows mit vane eds dos ston de Focal oe a a ado dos. Foucault propio tun acces rou fs Gur sipn Syeras ce anes Fork too enanameno iin da fee « soe ote en ‘sere dln. "im ln sh verde no ro dew oe verde da deena tem er seu prim 4 waa em pov nmr enpnns Ue Stan vor epg cae oa cy a sce aprendizes. E como alguns aleangem 0 sce om o material que thes ¢entegue, quando hi neues, do aluno. As avaliaghes de aprendizagem, que deveriam ios de ages a serum executadas no proceso de ensin de caminhos 9 serem percorrides no aprender a ensinar coma verifieages de Fxagio de contetdos quando 0 surge culpe € do aluno e ndo do material com que ele ‘aprender. & que ensinar nfo ¢ mais ums modo de constitu -cvlizag, mas um modo de contol resringi sents. E defou de ser uma afiagS civiliacional para se tomar um es pelo qual é responsive opripro aprendie pars melhor aprendou & ‘no estudou, nio quis aprender, tem deficiéncns por iso le 60 culpado por sua consequentesituagio social, enunciado resume o sucesso deste modelo de exercicio prfissonal fessor, ede forma de existéncia da escola, & proferido por pais dizem "Meu filo no nssceu para estudar”. A escola consegui ss culpabilizar o aluno, mas também ideologizar ses pals Escrevese uma historia de incucagho da ideologia da ‘operacdo que atinge preferencialente sujitos de sla clase social. E como a escola ensina ‘verdades de forma im, pode-se propagar a ideologia de que a escola (¢ a sSo que ela fornece) & 0 eapago privilegiado de construgso das aldades socais entre sujeitos desiguals. Sea alguém Ihe fot dada 3 © asim mesmo ele nio aprende, tratawe de lade, qualquer que ela sje, em consequéncia a insergio wa da sociedade, mas um problems individual, “incompeténcia para construir 0 sew priprio cuidado de s, 6 que a “sociedade estruturada como esté teria oferecid, através da escola, a ‘oportunidade de equalizaglo das desigualdades produridas pela ‘struturs soca Foi neste modelo que nds nos cramos, seguramente ao menos a ‘minha geragio. A escola como um lugar de aacensso soca que setrutura na verdsde permitiu 2 uns poucos para poder continir ‘mantendo sua propria reproducio. Hi que haver exemplos, mini » ‘0 problema da exclusio foe eonjuntural ¢ 4 chamada 2 responder um desafio que nio é seu, ‘nfo € mais um desatio proposto pula relagdo enlre fe conhecimentos, mas posto pela wertiginosa ide saberes pritcas peodutivas. Em consequincia [no mundo inteiro reformas currculares, surgimento de pidos de treinamento.profisional antes xealizados no Tis fbrias. Chase uma presia de formacio te chama-se escola para tuma vocagSo que no € a sua: fanamento provisério de mio de obra descartada pelos égioos obalizados de produgSo. O paradoxal destes ique apareniemente defendom uma sélida formagio, ¢ © ento de que estao no desemprego inimeros profissionais fompetentes: estio A procura de emprego também irom, ontem chefes de producio; estdo a procura de emprege Jos, ontem diigentes empresarsis. A sanha do Hvero corta 05 [altos saliros,e mais altos precisamente porque mais produtivos leompetentes. Estes gerentes, chefes de stores, administrador, fatados exccutivos perderam a competéncia de um dia para fro? Numa noite? Com esse discurso, di-se a entender que 0 prego ésomente nos nivets mais baixes, quando os corts esto Pindo todos os niveis da nerarquia empresari. Obviamentes € Taqueles que constituem a base da piramide social que mais se a exclusio. sempre coube & pobreza de muitos sustentar ¢ waa de poucos TNesse contexio, a escola se fz, discursivamente, uma insituigho ide salvacio. E como “salvagio' nilo_sobrevive enquanto to sem associarse& ‘culpabilizagio, escola tem sido culpada ipo insucesso de sua formacio facets exgeneas do mercado. E a8 Polticas educacionais neoliberis. para além de suas reformas Corriculares que se constituiram easencialmente pela definicio de FParimetros de contwidos a serem ensinados e depois ‘cobrados’ nap rallages nacionais e internacional, no souberam fazer mais do Titan © ainincaanindo de Pao Fre (97) (4 o ateal « Toluca Sinn Go mode do melberlime ” propor sistemas de avaliagio e avaliagies de sistemas/redes ‘ensino,cujos resultados produzem hieranquizagies das institugtes ‘ensino, sinalzando para 0 ‘mercado consumidor” quais nivel A, quais as redes mais preparadas, quais as reides aquinhoadas, Estou fazendo roferéncia & expenéncia brasileira, cxttamente 0 modelo nao ¢ brasileiro (© mercado de trabalho estise tomando diminuto porque esenvolvimento humano esti permitindo cada ver menos tribal para a obtengso dos mesmos resultados. O desempregoestrutural- | exclusio social como dejeto do modelo de produgSo -é apenss malt ‘um indicio de que estamos numa eneruzilhada no nosso modelo de pensar o mundo e nol habitar Seria absolutamente tolo imaginar que no entreeruzamento dis ‘rises a escola no estariaimpliada. E a identidade da profisio de profesor permancceraintocada, Felizmente estamos ultrapassando 0 ‘modelo de professor ‘controlador do processo de aprendizagem do luno,, operador da parafemlia diditico-pedagigica. Na cise, gest HS crise nos processos de producio de conhecimentos, hi crise nas formas de insergSo social da jventude sufocada pela destruigao dos lugares possiveis de trabalho e convivio. NSo poderia deixar de hhaver crise na identidade da prfissio de professor. F a constrigio de tuma nova identidade nio se processari simplesmente na redefinigio ‘das formas de relagdes entre atriade professor, alunos, conheciments E como nossa forma de conhecer 9 mundo, as pentose ua rlacies &

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