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Processo enquanto instrumento de tutela de direitos fundamentais

 Não é apenas instrumento de aplicação do direito penal


 Visão inquisitiva teve que ser revista
 Protagonista do réu como sujeito do processo (porém com exagero)

Obrigações Processuais Penais Positivas

 O Estado deve atuar de forma a investigar e reprimir o crime


 É outra visão do garantismo. Não é somente se abster!

Processo Penal Coletivo

 Uso do HC Coletivo
 Não serve apenas para o Ministério Público
 Tutela de DF

LEGÍTIMA DEFESA – Restrições ético-sociais

As limitações ou restrições ético-sociais à legítima defesa são o conjunto de grupos de


casos que, se presentes, condicionam o agir do agredido a tomar certas providências antes de
defender-se, sob pena de esta não ser permitida para uma corrente, ou ser desproporcional ou
imoderada para outra.

Prevalece serem restrições se a agressão: partir de um inimputável; ocorrer entre pessoas


ligadas por relações de garantia como o parentesco; quando provocada pelo agredido com o intuito
premeditado de agredir o agressor legitimamente; ou mesmo quando a ameaça é irrelevante, como
contravenções; delitos de bagatela; de ação privada; contra bens jurídicos desprovidos de proteção
penal (atípicos). Diante de tais situações, antes de defender-se, deve o agredido adotar posturas
prévias, como esquivar-se à agressão; valer-se de meios de defesa não danosos; socorrer-se a
terceiros, incluindo os responsáveis pelo agressor; admitir o dano, quando pouco expressivo. Apenas
subsidiariamente, frustradas as demais alternativas, será permitida a legítima defesa agressiva.

Em outras palavras, tentando aclarar a situação que, reconheço, não é simples: Escapando X,
pessoa em surto psicótico, de uma clínica onde internado, e partindo em direção ao primeiro pedestre
que encontra, este último deve tentar fugir, não podendo, pedir auxílio aos enfermeiros que
eventualmente estejam próximos; inviável, tentar defender-se de modo não violenta; e, não sendo
possível, admitir a agressão caso a lesão seja ínfima (o agressor quer apenas pegar as sacolas de
supermercado que o agredido carrega e jogá-las ao chão, ignorando a integridade física de seu
proprietário). Na hipótese de o pedestre ignorar todas as etapas e de pronto valer-se da agressão
física para repelir a investida de X, não haverá permissibilidade da defesa, incorrendo em excesso, a
ensejar responsabilidade conforme o caso concreto. Veja que, caso o agredido não observe tal
limitação ético-social por achar que no caso concreto elas não se aplicam, estaremos diante da
hipótese de erro de proibição indireto. Já havendo o revide por não conhecer a condição de X, em
surto psicótico, o equívoco estará recaindo quanto aos pressupostos de existência da permissibilidade
defensiva. Ou seja, não sabendo que há alguma restrição ético-social a defender-se (qualquer
daquelas identificadas por Roxin), estaremos diante de erro de tipo permissivo.

CRIMES OMISSIVOS

 Dimensão Objetiva dos Crimes Omissivos PRÓPRIOS


a) Situação de perigo para o bem jurídico
b) Poder concreto de agir
c) Omissão na ação mandada
 Dimensão Objetiva dos Crimes Omissivos IMPRÓPRIOS
a) Situação de perigo para o bem jurídico
b) Poder concreto de agir
c) Omissão na ação mandada
d) Posição de garantidor
e) Resultado caracterizador

Nexo de Evitação: é o dever que o agente tem e impedir o fluxo do processo causal
desencadeador de um resultado mais gravoso

Quanto ao sujeito que cria o risco de ocorrência do resultado (art. 13, § 2°), ele deve, ele
deve conhecer o seu status de garantidor. Logo, se o agente cria o risco, mas desconhece a
sua posição (apesar de poder conhecer sua posição), ele incorrerá em erro de tipo
mandamental vencível, afastando o dolo e punindo-o a título de culpa. Se ele desconhece o
dever de garantidor, ele incorrerá em erro de proibição mandamental.

Sobre uma possível inconstitucionalidade dos crimes comissivos por omissão, a crítica é
que eles ofendem a legalidade, a taxatividade e a proporcionalidade, pois equiparam a
conduta de uma pessoa que se omite à pessoa que de fato realiza a conduta. Imputação de
fato de terceiro.

Crimes Omissivos por Comissão: O agente mediante uma ação, provoca a omissão de uma
pessoa que tinha o dever jurídico de agir. Ex: filho desejando receber a herança do pai,
impede o médico de agir, ocasionando a morte do pai.

Crimes de Conduta Mista: Uma conduta positiva e outra negativa no mesmo tipo penal.
Ex: Apropriação de coisa alheia perdia (art. 169 § único). O agente acha, se apropria e
depois não devolve para a autoridade)

Crimes de Olvido: Quando a omissão do garantidor ocorrer por culpa, restará configurado
o crime de “olvido” ou de esquecimento. O agente negligencia a atenção que deveria dar à
situação em que era o garantidor. Exemplos: (1) Enfermeiro que deveria assistir paciente,
mas e em razão da fadiga, pega no sono, deixando o assistido sem a devida medicação,
razão pela qual este vem a óbito. (2) Salva-vidas que em virtude de uma conversa com
amigos esquece de prestar atenção nos banhistas, ocasião em que um deles morre afogado

Juarez Cirino e sua crítica sobre os crimes omissivos impróprios...

Em face dessas evidentes limitações legais, a única forma de conciliar a omissão de ação
imprópria com a proibição de indeterminação do princípio da legalidade seria reduzir a
responsabilidade penal do garantidor aos bens jurídicos individuais mais importantes, como a vida e
o corpo do sujeito garantido: a extensão da garantia a todos os tipos de resultado de lesão, incluindo
o patrimônio, a sexualidade, ou - ainda mais grave - o sistema financeiro, o meio ambiente-te,
embora tecnicamente possível, implicaria um dever jurídico indeterminável e excessivo,
incompatível com a Constituição da República.

A chamada probabilidade próxima da certeza da omissão imprópria- única possível em


uma causalidade hipotética e, por isso, também denominada quase causalidade - representaria
critério de juízo determinado pela estrutura da omissão de ação imprópria: a atribuição do resultado
ao garantidor do bem jurídico não podes bastar em causalidade real - presente na realização
concreta da ação mandada ausente na omissão de ação-, mas em causalidade hipotética fundada em
juízo de probabilidade próxima da certeza de exclusão do resultado pela realização hipotética da
ação mandada. Assim, se o controlador rede tráfego ferroviário, por exemplo, não comunica a
partida do tremo motoqueiro 'atropelado porque a cancela não foi fichada, poder-se-ia afirmar que
realização da ação mandada excluiria o resultado com probabilidade próxima da certeza, segundo a
teoria dominante.

A hipótese funciona assim: se a realização da ação mandada evitaria o resultado com


probabilidade próxima da certeza, então o resultado atribuível ao autor; em caso contrário, o
princípio in dubio pro reo impede a atribuição do resultado. Mas é preciso esclarecer: a causalidade
hipotética a exclusão provável do resultado, ainda que próxima da certeza, um simples juízo,
portanto, sempre incerto.

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