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Será a ética de Stuart Mill a mais viável?

Este trabalho teve como fio condutor analisar a ética utilitarista, a partir de suas
contribuições no que toca à aplicabilidade das suas propostas no tempo. Assim, procuro
trazer, a partir da busca de precursores do utilitarismo, como, quando, e em que condições
epocais se deram as discussões que trouxeram à baila a possibilidade de consolidação e
transformação de tal debate em uma teoria moral. Desta forma podemos vislumbrar melhor
a importância da teoria utilitarista na nossa tradição capitalista, que fundamenta as nossas
relações no mundo até hoje.

O utilitarismo de John Stuart Mill caracteriza-se por defender que:


i) a única coisa que tem valor intrínseco é a felicidade;
ii) a ação correta é aquela, de entre as alternativas disponíveis, que mais promove a
felicidade.
De entre as principais críticas à ética de Mill, destacam-se as seguintes:
- o hedonismo é falso, pois não estamos apenas interessados em obter o maior saldo
possível de experiências aprazíveis;
-não tem em conta a separação entre os indivíduos;
- implica que é sempre possível melhorar um estado de coisas apenas aumentando o
número de indivíduos com um nível minimamente positivo de bem-estar;
- é demasiado exigente, pois, por maiores que sejam os sacrifícios pessoais que isso
implique, nunca é permissível fazer menos do que maximizar a felicidade geral;
- é demasiado permissiva, pois considera que é permissível cometer injustiças em
nome da promoção da maior felicidade.

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