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Instituto Superior de Transportes e Comunicações.

Dpto. de Tecnologias da Informação e Comunicações.

Sistemas de
Comunicações
Ferroviária

Inocêncio Zunguze
Sistemas de Comunicações Ferroviária: Estrutura didáctica

Sistemas de
comunicação IV.-Tráfego Telefónico
Analógica

a. Termos e definições básicos engenharia de


tráfego.
b. Caracterização do tráfego telefónico.
c. Conceitos básicos.
Sistemas de d. Características do tráfego telefónico.
comunicação
Digital

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

O serviço telefónico resultou muito chamativo e começou


aumentar rapidamente o número de pessoas e meios que
queriam comunicar-se.

Isto implica muita quantidade de cabos e ou enlaces o que


traz consigo aumento de custo e complexidade.
Economicamente é impraticável e impossível a sua
manutenção.

Critérios de solução:
 Não haverão conexões permanentes entre assinantes;
 Todos os assinantes não vão se comunicar numa única
vez, portanto reduz-se o número de meios de comunicação
 TEORIA DO TRÁFEGO TELEFÓNICO;
 Os assinantes partilharão os mesmos equipamentos de
rede.

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Engenharia ou Gestão de Tráfego  Diferentes funções


necessárias para planificar, desenhar, dimensionar, projectar,
desenvolver e supervisionar redes de telecomunicações em
condições óptimas de acordo com:
 a demanda de serviços;
 margens de benefícios da exploração;
 qualidade da prestação de serviço e;
 entorno relatório e comercial.

Engenharia ou Gestão de Tráfego  Consiste em adaptar fluxos


de tráfego aos recursos físicos da rede, de tal forma que exista
um equilíbrio entre os recursos.

Orientada ao Tráfego  Melhorar os indicadores relativos ao


transporte de informação ( minimizar perdas, minimizar retardo,
maximizar rendimento)

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Orientada a recursos  Optimização dos recursos da rede


(largura de banda)

Minimizar a Congestão

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

TELETRÁFEGO (Teoria de Tráfego):

Aplicação da teoria das probabilidades à solução


de problemas concernentes à planificação,
avaliação do rendimento, operação e manutenção
dos sistemas de telecomunicação.

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Engenharia de Teletráfego - Teoria de Tráfego

Objectivos

Dimensionar sistemas com um


custo mínimo e com uma
Qualidade ou capacidade de tal modo que
Grau de Serviço cumpram com um grau de serviço
predefinido e satisfaçam a
demanda de tráfego futura.

Engenharia
de
Tráfego Teletráfego
Recursos
Oferecido
da rede

Desenvolver modelos que descrevam a relação entre as diferentes partes

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Podem ser os utilizadores (telefones, computadores, etc.) que


geram solicitações / pedidos de comunicação (chamadas,
pacotes, sessões, etc.)

Fontes de
tráfego
Recursos
Fontes de da
tráfego rede

Fontes de
tráfego
Servidores / conexões;

Linhas de troncas;

Rádio-canais.

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Tráfego oferecido em Sistemas com Comutação de


Circuitos
S seg /Comunicação
S1/
C1
Intensidade
de chamadas Tempo médio de
S1/
λ comunicações C2
serviço por
/seg. chamada (S/C)

Sn/
Cn

n - Comutadores

A - tráfego oferecido
A= λ . S λ - intensidade de chamadas
S - tempo médio de serviço por chamada

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Tráfego oferecido em Sistemas com Comutação de


Pacotes
Trabalho/Tarefa dispostos em
fila para prover-lhes serviço

λ
Servidor
chamadas / seg
L
φ
Transferências de Capacidade do
Unidades (bits ou sistemas (bps)
Bytes)

L
ts   Tempo de serviço – tempo de transmissão de um trabalho

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Tráfego oferecido em Sistemas com comutação de


Pacotes
Trabalho/Tarefa dispostos em
fila para provê-lhes serviço

λ
Servidor
trabalhos / seg
L
φ
Transferências de Capacidade do
Unidades (bits ou sistemas (bps)
Bytes)

L
  t s    Tráfego

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Central
Telefónica

Como caracterizar o uso de um recurso ?


É a ocupação de um circuito, medido pelo
⇒Tráfego tempo desta ocupação, em segundos,
minutos, horas, etc.

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico
Conceitos Importantes
Tráfego Oferecido: Tráfego apresentado na entrada do
sistema de acoplamento;
Não necessariamente o tráfego oferecido na entrada da central resultará
em ocupação de órgãos de conexão;

Tráfego Escoado: Tráfego oferecido menos as perdas por


congestionamento.
É o tráfego escoado ou cursado  ocupação de órgãos de conexão;

Tráfego perdido: aquele oriundo de uma desistência do


assinante chamador ou de uma demanda não oferecida
pela central.

Congestionamento: Ocorre quando todos os órgãos de


Conexão do sistema selector encontram-se ocupados;
Nessa condição, qualquer tráfego oferecido adicional será recusado ou
entrará numa fila.

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

A falta de recursos de comutação disponíveis na central 


Origina o Congestionamento do Sistema.
Acção tomada
1. Sistemas de perdas (a 2. Sistemas de espera (o usuário entra
tentativa da é descartada) numa fila de espera, até que algum
circuito de comutação seja libertado).
Sistema de perda
É um sistema de comutação em que uma tentativa de chamada é
imediatamente rejeitada se nenhum dispositivo (órgão) está livre para
servir a ligação desejada. As chamadas rejeitadas "são chamadas” que
não podem ser servidas devido ao congestionamento.

Grupo de Tráfego Escoado


Tráfego Oferecido
Dispositivos (Cursado)

Congestão
Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Sistema em espera
É um sistema de comutação em que uma tentativa de chamada
deve aguardar, se nenhum dispositivo está livre para servir.
Quando um dispositivo é libertado, uma ligação automática é
feita com uma das chamadas que estão na fila. A chamada é
perdida se exceder o tempo máximo de espera predefinido.

Grupo de Tráfego Escoado


Tráfego Oferecido Dispositivos (Cursado)
Fila Assinante desiste
Fila Cheia
Liberta por tempo

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

A partir de uma modelagem estatística do tráfego


oferecido à central pelos usuários do sistema telefónico, é
possível definir a quantidade de circuitos de comutação
necessários para que os usuários consigam aceder o
sistema (originando chamadas), com um grau de bloqueio
aceitável.

O bloqueio ocorre quando um usuário tenta originar uma


chamada e não há mais circuitos de comutação
disponíveis na central. Todos os circuitos de comutação
encontram-se ocupados.
Num sistema de perdas (sistemas telefónicos), o grau de
bloqueio, também chamado de grau de serviço, expressa o
percentual do tráfego oferecido à central (ou seja, as tentativas
de originação) que é rejeitado por congestionamento do
sistema, ou seja, falta de circuitos de comutação livres.
Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Central
Telefónica

Grau de Serviço (GOS) em sistemas de perdas: É o percentual


do tráfego oferecido que é recusado por congestionamento do
sistema acoplador;

A = tráfego oferecido
B = tráfego escoado/cursado

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

HMM (Hora de Maior Movimento) Período de 60 (duas


meias horas) minutos consecutivos durante os quais o
volume de tráfego é máximo.
Pode-se medir a HMM: na central, numa rota, num grupo de recursos

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

PARÂMETROS DA TEORIA DE TRÁFEGO

Tempo de Retenção ou Ocupação (t)  É o tempo durante o qual uma


chamada ocupa um circuito;

Tempo médio de retenção (tm)  É a duração média das


ocupações num circuito ou conjunto de circuitos

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Volume de Tráfego (V)  É o somatório dos tempos de retenção


de circuito ou um conjunto de circuitos durante o periodo de
observação;

ti  é o tempo de retenção da i-ésima chamada


n  é o número de ocupações

Intensidade de Chamadas (I)  É o número de ocupações (n) que


ocorre durante o período de observação (T)

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Intensidade de Tráfego (A)  É a razão entre o volume de


tráfego e o período de observação

[Erlang]

A intensidade de tráfego é uma grandeza


adimensional, em homenagem ao
Matemático dinamarquês A. K. Erlang (1878-
1929).
1 Erlang é atribuida para o caso em que o
tempo de observaçao seja uma hora (e que
seja na hora activa)

Agner Krarup Erlang (1878 - 1929)


Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Intensidade de Tráfego (A)  É a razão entre o volume de


tráfego e o período de observação

O Erlang é uma unidade de


intensidade de tráfego
telefónico;

1 Erlang é igual ao
volume de tráfego (V)
escoado num período
de observação T=1h;

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Intensidade de Tráfego (A)  É a razão entre o volume de


tráfego e o período de observação

Ausuário   . tocupação λ  Taxa de pedidos;


tocupação  Tempo de retenção
Para um sistema com N usuários

Atotal  N . Ausuário
Num sistema com C canais (tráfego com distribução uniforme)
Tráfego por canal:

N . Ausuário
Acanal 
C

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Cálculo do número de usuários

O número de usuários suportado para uma dada taxa de bloqueio

A A A é determinado pela
M  taxa de bloqueio
Ausuario  . tocupação desejada

Congestionamento de Tempo: Somatório dos intervalos de


tempo de congestionamento e o período de observação

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Central
Telefónica

Congestionamento de chamadas: A Impossibilidade de


escoar imediatamente as chamadas que se apresentam a um
grupo de órgãos
Chamadas perdidas
Congestion amento de chamadas  x100%
Chamadas oferecidas

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Tráfego Tráfego Escoado


Oferecido ou cursado

Comutador
Tráfego
Perdido

Ao = A c + Ap

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Dimensionamento de Capacidade de Tráfego em


Sistemas de Perdas  Fórmula de Erlang B

Fórmula de Erlang.

Utilizada para calcular a perda ou a


probabilidade de bloqueio em sistemas
de perda. Pode ser aplicada a:
 Sistemas com plena acessibilidade
 Sistemas com acessibilidade limitada

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Fórmula de Erlang.
A fórmula permite calcular o tráfego oferecido
permissível (Capacidade de tráfego do sistema) a
partir da perda ou probabilidade de bloqueio em
sistemas de perdas.
n
A Fórmula usada no dimensionamento dos
centros de comutação onde:

 n!  Pb: probabilidade de bloqueio;


PB n Ax  A: O tráfego total;


x  0 x!
 n: Número total de órgãos.

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

A0  Ac  Ap
Ap
B  Ap  B  A0
A0
A0  Ac  B  A0
Ac  A0  B  A0
Ac  A0 (1  B )
B = Grau da qualidade de serviço ou bloqueio

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Tabela Erlang B
A tabela Erlang B relaciona, de acordo com as
premissas anteriores, os seguintes valores:
Grau de serviço (B)
Intensidade de tráfego (A)
Quantidade de canais (N)

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Dimensionamento de Capacidade de Tráfego em


Sistemas de filas  Fórmula de Erlang C
Trabalho ou Servidores ou intervalos
tarefa de tempos

φ  Capacidade
(bps)
λ  taxa de
chegada L  transferência Recursos  Dão
de n unidades serviço (atendem
(bits ou Byte) pedidos). Limitados
em quantidade e
qualidade.

Fontes  geram pedidos


de comunicação (Pacotes,
sessões, etc.)

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Servidores ou intervalos
de tempos
φ
λ

L
L (bits)
t s  ttx 
 (bps)

Tempo de serviço  tempo


de transmissão dum
trabalho ou tarefa
Fontes  geram pedidos
de comunicação (Pacotes,
sessões, etc.)

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Servidores ou intervalos
de tempos
φ
λ

L
L
   .ts  

Intensidade de Tráfego  é a
utilização do sistema pelo servidor
Fontes  geram pedidos
de comunicação (Pacotes,
sessões, etc.)

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Um sistema de comutação de pacotes é um sistema de filas

λ φ

L
Fila
Como calcular a probabilidade que
um trabalho seja enfileirado?
Rearranjando temos que: Fórmula Erlang C
1
p  C ( N , A)  N 1 i
 A  N ! A
1  1   N 
 N  A i 0 i!
Congestionamento do tráfego “C”  fracção do tráfego oferecido
que não é transportado
Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Um sistema de comutação de pacotes é um sistema de filas

λ φ

L
Fila
O tempo médio de espera ou
demora
ts
t d  p(  0 ).
NA
A probabilidade de que o retardo seja superior a um
tempo t
 ( N  A )t d

p( t d  t )  p( t d  0 ).e ts

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Um sistema de comutação de pacotes é um sistema de filas

λ φ

L
Fila
O Grau de serviço será:

 td 
 ( N  A ). 
GoS(%)  100 .C( N , A ).exp  s 
t

Lembrar que A=ρ

Inocêncio Zunguze
Engenharia de Tráfego – Tráfego Telefónico

Tabela Erlang C
A tabela Erlang C relaciona, de acordo com as
premissas anteriores, os seguintes valores:
Congestionamento(C)
Intensidade de tráfego (A)
Quantidade de canais (N)

Inocêncio Zunguze

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