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CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

RELATÓRIO TÉCNICO

ESTUDO DE DISPERSÃO ATMOSFÉRICA

TRABALHO DE P3

DISCIPLINA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Elaborado por:

Elísio Fernandes

Luana de Carvalho

RIO DE JANEIRO

2018
RELATÓRIO TÉCNICO

TRABALHO DE P3

Elaborado por:

Elísio Fernandes

Luana de Carvalho

Relatório Técnico elaborado para a disciplina Poluição


Atmosférica, do Curso de Engenharia Ambiental e
Sanitária do Centro Universitário Celso Lisboa, como parte
dos requisitos necessários à aprovação na disciplina.

Orientador – Prof. Lázaro

Rio de Janeiro
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................... 5

1.1 LEGISLAÇÃO UTILIZADA COMO REFERÊNCIA ..................................................... 5


1.2 METODOLOGIA .............................................................................................................. 6
1.3 ÁREA DE INTERESSE PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........... 6
1.4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ......................................................... 6
2 CÁLCULOS PARA PRODUÇÃO ...................................................... 8

2.2 CONSUMO DE ÁGUA .................................................................................................... 8


2.3 CONSUMO DE COMBUSTÍVEL NA PRODUÇÃO .................................................... 8
2.4 OPÇÃO DE FROTA PARA TRANSPORTE DA PRODUÇÃO ................................. 9
3 EMISSÔES ATMOSFÉRICAS ........................................................ 10

3.1 FROTA ............................................................................................................................... 10


3.2 PRODUÇÃO ................................................................................................................... 10
4 MODELAGEM DE DISPERSÃO ATMOSFÉRICA ................................. 11

4.1 CARACTERÍSTICAS DAS FONTES FIXAS.............................................................. 12


4.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO................................................................................... 12
4.3 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS UTILIZADAS NA MODELAGEM ................. 13
4.4 RESULTADOS DE AMOSTRAGEM DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ............. 15
4.4.1 Monóxido de Carbono (CO) .................................................................................... 15
4.4.2 Óxido de Nitrogênio (NOx) ...................................................................................... 18
4.4.3 Partículas Inaláveis (PM10) ........................................................................................... 21
4.4.4 Partículas Totais em Suspensão (PTS) .................................................................... 23
4.4.5 Dióxido de Enxofre (SO2) ............................................................................................. 27
5 TABELA DE CONCENTRAÇÕES LIMITANTES DO ÍNDICE DE QUALIDADE
DO AR .......................................................................................... 30

6 OS GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) ........................................... 30

6.1 A IMPORTÂNCIA DE SE EVITAR AS EMISSÕES DE GEE.................................. 30


7 INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA .................................. 31

3
7.1 VALORES ESTIMADOS DOS GASES DE EFEITO ESTUFA PARA O
EMPREENDIMENTO EM ESTUDO...................................................................................... 31
7.2 PLANOS DE MITIGAÇÃO DAS EMISSÕES DE GEEs .............................................. 32
8 CONCLUSÃO ............................................................................... 33

REFERÊNCIAS ............................................ Erro! Indicador não definido.

4
1 INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta os resultados da avaliação referente à modelagem de


dispersão atmosférica, no entorno do empreendimento, realizada pela Meatos
Consultoria Ambiental, iniciados em abril de 2018, para implantação de indústria
alimentícia, com produção exclusiva de molhos de tomate.

Os serviços em referência objetivaram estimar através de cálculos e modelagem de


dispersão atmosférica, os níveis de poluição, originados pela implantação do
empreendimento na área de interesse, bem como em áreas adjacentes, que possam
afetar a qualidade do ar e respectiva avaliação de impactos ambientais da emissão
originada pela queima de combustível na fabricação.

1.1 LEGISLAÇÃO UTILIZADA COMO REFERÊNCIA

Legislação utilizada como parâmetro para a elaboração do relatório:

- Resolução CONAMA nº 03, de 28 de junho de 1990, que dispõe sobre padrões


de qualidade do ar, previsto no PRONAR. De acordo com esta resolução os
Poluentes Atmosféricos são:

“quaisquer formas de matéria ou energia com intensidade e em


quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com
os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar Prejudicial à
segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da
comunidade, por ser impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde,
inconveniente ao bem-estar público e causador de danos aos materiais,
à fauna e flora”. (CONAMA 03/90)

- Decreto nº 44.072, de 18 de fevereiro de 2013, que regulamenta os padrões de


qualidade do ar no estado do Rio de Janeiro, tendo por base padrões nacionais e as
diretrizes e recomendações da organização mundial de saúde, e dá outras
providências.

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1.2 METODOLOGIA
A metodologia adotada inclui as seguintes etapas:

• Escolha do local (vista a facilidade de logística e disponibilidade hídrica);

• Localização espacial da área de interesse;

• Visita detalhada da área e inspeção das áreas circunvizinhas;

• Cálculo da demanda hídrica para processo produtivo;

• Tipo de combustível para alimentar as caldeiras de produção;

• Escolha de frota veicular com baixa emissão de CO2;

• Análise parcial dos cálculos dos poluentes identificados na fabricação;

• Utilização do Software AERMOD - (modelo de dispersão atmosférica).

1.3 ÁREA DE INTERESSE PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A área para implantação da indústria situa-se na região metropolitana do Rio de


Janeiro, no município de Magé, onde há disponibilidade hídrica, recurso fundamental
para o processo de produção. O local também possui acesso por estradas, facilitando o
escoamento do produto até o depósito.

1.4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Trata-se de uma indústria de molhos de tomate localizada, conforme coordenadas


mencionadas abaixo, com 28 km de distância entre o Centro de Produção e o
Centro de Distribuição.

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FÁBRICA
Coordenadas: - 22°39'37.0"S, -43°04'27.0"W
Munícipio: Magé / Rio de Janeiro

LOCAL DE DISTRIBUIÇÃO
Coordenadas: - 22º39’44” S, - 43º15’13” W
Munícipio: Saracuruna / Rio de Janeiro

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2 CÁLCULOS PARA PRODUÇÃO

A seguir são apresentados os dados coletados, utilizados para a realização dos


cálculos:

• Produção de molho = 1.150 Kg/dia

• Densidade do molho = 1,05 Kg/m³

• Uso de água por litro de molho = 2 L

• 2 Caldeiras com gás natural

2.2 CONSUMO DE ÁGUA

A produção de molho de tomate requer uma demanda hídrica na razão de ½, ou


seja, para cada litro de molho de tomate produzido serão necessários 2 litros de
água.

Considerando que a produção diária de molho é de 1.150 kg/dia e o molho possui


densidade de 1,05kg/m³, a produção do molho em litros é de 1.095.238,10. Desta
forma, aplicando a razão acima mencionada, foi calculado uma demanda hídrica de
2.190.476,19 litros/dia.

2.3 CONSUMO DE COMBUSTÍVEL NA PRODUÇÃO

O molho de tomate será produzido em duas caldeiras e utilizará como combustível o


gás natural. O gás natural é aliado ao meio ambiente, pois possui combustão limpa e
baixa emissão de poluentes (se comparado aos demais combustíveis).

Após o cálculo da demanda hídrica, foi possível mensurar o calor necessário para
evaporação da água utilizada no processamento do molho de tomate.

Conforme memória de cálculo, utilizando os dados como a massa total, densidade e


o poder calorífico, o volume total de combustível consumido por dia será de
135.565,44 m³, cada caldeira terá o volume de 67.782,72 m³.

8
2.4 OPÇÃO DE FROTA PARA TRANSPORTE DA PRODUÇÃO

Pensando em energia limpa e preocupada com o meio ambiente, a Meatos


Consultoria Ambiental, pesquisou no mercado a melhor forma para transportar a
produção da fábrica até o centro de distribuição. Visando a economia, a
sustentabilidade e tendo em vista a distância entre os dois locais, sugerimos o
caminhão FL Electric (Volvo) de 16 toneladas que tem autonomia para percorrer até 300
quilômetros com uma carga de bateria.

Fonte:https://g1.globo.com/carros/noticia/volvo-lanca-seu-primeiro-caminhao-100-eletrico.ghtml

Segundo a fabricante, o modelo pode ser usado principalmente em entregas urbanas ou em


lugares fechados, já que não há emissão de poluentes.

A Meatos Consultoria Ambiental entrou em contato com o departamento comercial


da Volvo, e o veículo será disponibilizado com a caçamba tradicional de carga, onde
atenderá plenamente nossos ideais ecológicos e atendimento do percurso entre a
fábrica e a distribuidora com enorme economia de combustível e zero de emissões
atmosféricas. Sugerimos ainda a instalação de placas solares para recarga da
bateria, podendo utilizar energia 100% renovável.

9
3 EMISSÔES ATMOSFÉRICAS

3.1 FROTA

Com base no Proconve, não foram encontradas referências sobre emissões


atmosféricas por veículos movidos à energia elétrica. Tendo referências para
veículos hídricos com dois motores, um à etanol e o outro motor movido à energia
elétrica. Informamos que no empreendimento não existem nenhum tipo de fonte
geradora destes.

De acordo com o PROMON - Fumaça Negra, pela frota não ser a diesel, a mesma
não se enquadra nos parâmetros referentes a tabela (exclusivo para óleo diesel).

3.2 PRODUÇÃO

Conforme memória de cálculo (anexo 1) e de acordo com a legislação pertinente,


(CONAMA 03/90), selecionamos os poluentes para o gás natural. Os poluentes
presentes no CONAMA estão citados qualitativamente e através da quantificação
saberemos as emissões atmosféricas para cada poluente.

Através do consumo do gás natural para cada caldeira (vide item 2.3), as emissões
atmosféricas de cada poluente considerado para o estudo, os valores foram
calculados através de parâmetros das tabelas 1.4.1 e 1.4.2, USEPA-42 c01 s04, em
grama por segundo, são:

Monóxido de Carbono (CO) 1,056 g/s


Óxidos de Nitrogênio (NOx) 1,257 g/s
Partículas Totais em Suspensão (PTS) 0,096 g/s
Partículas Inaláveis (PM10) 0,072 g/s
Dióxido de Enxofre (SO2) 0,008 g/s

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4 MODELAGEM DE DISPERSÃO ATMOSFÉRICA

Foi selecionado para utilização nos estudos o modelo de dispersão atmosférica


AERMOD, desenvolvido e recomendado pela Agência de Proteção Ambiental dos
Estados Unidos (US-EPA), que admite a dispersão da pluma gaussiana. Com o
resultado do modelo, foi possível verificar as condições de cada poluente emitido
pela fonte fixa para comparação com os padrões de qualidade do ar estabelecidos
na legislação.

Figura 1 - Modelo Gaussiano de dispersão atmosférica

Para o modelo simular a dispersão atmosférica, informamos a concentração (QSg/s)


de cada poluente de acordo com os dados abaixo da planilha calculada (memória de
cálculo), as características das fontes fixas (dados obtidos junto ao empreendimento
em estudo), mapa de uso e ocupação do solo e os dados meteorológicos da região.

CARACTERÍSTICAS DAS EMISSÕES DAS CALDEIRAS

Equipamento Poluente Taxa de emissão medida (g/s)

CO 1,056
NOx 1,257
CALD 1 e 2 PTS 0,096
PM10 0,072
SO2 0,008

Figura 2 - Concentração dos poluentes calculados

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4.1 CARACTERÍSTICAS DAS FONTES FIXAS

Altura da chaminé (Elevação) 16 m


Diâmetro da chaminé (DS) 0,75
Combustível Gás Natural
Temperatura do gás (TS) 568,85 k
Velocidade ou vazão do gás (VS) 2,99
Coordenadas em UTM das Caldeiras 69787918 E, 749280484 S

4.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

O estudo de uso e ocupação do solo é importante para verificação do que se tem em


torno do empreendimento, pois dependendo do uso, haverá diferenças na dispersão
do poluente em função do vento.

No caso do empreendimento em estudo, foi verificado em um raio de 3km o uso e


ocupação do solo para verificação de empreendimentos próximos, residências e
áreas proteção conforme Figura 3 abaixo:

Figura 3 - Área de Estudo com raio de 3 km

Os primeiros 3 km a partir do ponto de lançamento da fonte emissora são os


quilômetros mais importantes para a dispersão atmosférica.

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A direita do empreendimento foi identificado um centro urbano, com densidade
populacional moderada. Segundo fonte do IBGE (2017), a densidade demográfica
do Município de Magé é de 585,13 hab./km². De acordo com a Figura 4, o
empreendimento fica a 2,6 km do centro urbano e esse é o ponto de maior
preocupação, pois pode ocorrer concentração de poluentes. A topografia da região
também influencia a circulação de massas de ar, ajudando ou dificultando sua
dispersão.

Figura 4 - Distância do Empreendimento para o Centro de Magé

4.3 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS UTILIZADAS NA MODELAGEM

Uma atmosfera estável limita a dispersão de poluentes e favorece picos de poluição.


As condições climáticas possuem importante papel na dispersão dos poluentes, pois
é fundamental para o transporte de poluentes na atmosfera.

CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO
Direção do vento Predominantemente Sudoeste
Média da velocidade do vento 8km/h
Temperatura média 26 °C
Cobertura de Nuvens Dispersa (Figura 5)

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Figura 5 - Gráfico Climatológico – Fonte: INMET

Dependendo da relação temperatura e cobertura de nuvens, o modelo identifica o


sol. A dispersão de poluentes de dia é maior, devido a temperatura ser mais
elevada, apresentando mais ventos e ocorrendo o fenômeno chamado convecção
(O ar sobe e quanto mais alto, mais forte são os ventos).

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4.4 RESULTADOS DE AMOSTRAGEM DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Os resultados gerados pelo modelo referem-se às concentrações máximas e médias


dos poluentes, que podem vir a ocorrer ao nível do solo na região.

4.4.1 Monóxido de Carbono (CO)

A legislação vigente define esse poluente nos limites fixados para proteção da saúde
humana. Assim sendo, o valor de 40.000 µg/m3 , concentração máxima de 1 hora, foi
estabelecido como padrão de qualidade do ar, além do valor de 10.000 µg/m3 como
concentração média de 8 horas.

Figura 6 - Pontos de Concentração de CO

O Quadro 1 e a Figura 7 apresentam os resultados e a localização das dez


concentrações máximas de 1 hora obtidas através da modelagem e o Quadro 2 e a
Figura 8 mostram as maiores concentrações médias de 8 horas.

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Quadro 1: Concentração máxima de 1 hora de CO

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 732,96 698933, 7492399
2 732,96 698933, 7492399
3 518,56 698933, 7492399
4 516,19 698933, 7492399
5 510,03 698933, 7492399
6 508,75 698933, 7492399
7 474,59 698933, 7492399
8 427,66 698933, 7492399
9 426,27 698933, 7492399
10 422,77 698933, 7492399

Figura 7 - Concentração máxima de 1 hora de CO

16
Quadro 2: Concentração Média de 8 horas de CO

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 120,34 698933, 7491899
2 103,37 697933, 7492899
3 97,17 697933, 7492899
4 97,03 697933, 7492899
5 95,46 697933, 7492899
6 94,99 697933, 7492899
7 92,57 697933, 7492899
8 92,46 697933, 7492899
9 79,46 697933, 7492899
10 79,03 697933, 7492899

As concentrações máximas calculadas são bastante inferiores ao limite fixado


pela legislação ambiental vigente.

Figura 8 - Concentração Média de 8 horas de CO

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4.4.2 Óxido de Nitrogênio (NOx)

A legislação vigente define esse poluente nos limites fixados para proteção da saúde
humana. Assim sendo, o valor de 320 µg/m3, concentração máxima de 1 hora, foi
estabelecido como padrão de qualidade do ar, além do valor de 100 µg/m3 como
concentração média anual.

Figura 9 – Localização do ponto de maior concentração do NOx de 1 hora

O Quadro 3 e a Figura 10 apresentam os resultados e a localização das dez


concentrações máximas de 1 hora obtidas através da modelagem e o Quadro 4 e a
Figura 11 mostram as maiores concentrações médias de 8 horas.

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Quadro 3: Concentração Máxima de 1 hora de NOx

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 434,03 698933, 7492399
2 434,03 698933, 7492399
3 306,69 698933, 7492399
4 305,29 698933, 7492399
5 301,65 698933, 7492399
6 300,89 698933, 7492399
7 281,67 698933, 7492399
8 253,84 698933, 7492399
9 252,09 698933, 7492399
10 250,02 698933, 7492399

Figura 10 – Concentração Máxima de 1 hora de NOx

Para a queima de gás natural, os dois primeiros resultados para as


concentrações máximas de 1 hora de NOx, estão acima do padrão
estabelecido pelo CONAMA de 320 µg/m3 e os demais resultados estão
também bem próximos ao estipulado pela legislação.

Ranking Concentração µg/m3


1 434,03
2 434,03

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Quadro 4: Concentração Média Anual de NOx

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 5,82 697933, 7494899
2 5,70 697933, 7492899
3 2,04 697433, 7493399
4 1,99 697433, 7495399
5 1,95 695433, 7494899
6 1,87 697433, 7492899
7 1,81 697433, 7494899
8 1,73 696933, 7493399
9 1,55 698933, 7491899
10 1,41 694933, 7497399

As concentrações médias anuais de NOx apresentam-se muito abaixo do


padrão estabelecido pelo CONAMA de 100 µg/m3.

Figura 11 - Concentração Média Anual de NOx

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4.4.3 Partículas Inaláveis (PM10)

A legislação vigente define esse poluente nos limites fixados para proteção da saúde
humana. Neste estudo, considerou-se o material particulado emitido como sendo
PM10 (fração inalável do material particulado menor que 10µm). Assim sendo, o
valor de 150 µg/m3 , concentração máxima de 24 horas, foi estabelecido como
padrão de qualidade do ar, além do valor de 50 µg/m3 como concentração média
anual.

Figura 12 – Ponto de Concentração de PM10

O Quadro 5 e a Figura 13 apresentam os resultados e a localização das dez


concentrações máximas em 24 horas obtidas através das simulações e o Quadro 6
e a Figura 14 mostram as maiores concentrações médias anual.

Quadro 5: Concentração Máxima de 24 horas de PM10


Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)
1 5,70 697933, 7492899
2 4,43 697933, 7492899
3 3,98 697933, 7492899
4 3,96 697933, 7492899
5 3,59 697933, 7492899
6 2,99 697933, 7492899
7 2,95 697933, 7492899
8 2,92 697933, 7492899
9 2,83 697933, 7492899
10 2,66 697933, 7492899

21
Figura 13 - Concentração Máxima de 24 horas de PM10

Observa-se que a concentração máxima de 24 horas, cerca de 5,70 µg/m3,


encontra-se bem abaixo do padrão estabelecido pela legislação ambiental
vigente – 150 µg/m3.

Quadro 6: Concentração Média Anual de PM10

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 0,64 697933, 7492899
2 0,21 697433, 7493399
3 0,20 697433, 7492899
4 0,18 696933, 7493399
5 0,15 695433, 7494899
6 0,13 698933, 7491899
7 0,13 696933, 7493899
8 0,12 696933, 7492899
9 0,10 696433, 7493899
10 0,10 696433, 7494399

22
Figura 14 - Concentração Média Anual de PM10

4.4.4 Partículas Totais em Suspensão (PTS)

A legislação vigente define esse poluente nos limites fixados para proteção da saúde
humana. Assim sendo, o valor de 240 µg/m3 , concentração máxima de 24 horas, foi
estabelecido como padrão de qualidade do ar, além do valor de 80 µg/m3 como
concentração média anual.

23
Figura 15 – Localização do Ponto de Maior Concentração de PTS

O Quadro 7 e a Figura 16 apresentam os resultados e a localização das dez


concentrações máximas em 24 horas obtidas através das simulações e o Quadro 8
e a Figura 17 mostram as maiores concentrações médias anual.

Quadro 7: Concentração Máximas de 24 horas de PTS

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 7,61 697933, 7492899
2 5,90 697933, 7492899
3 5,30 697933, 7492899
4 5,28 697933, 7492899
5 4,78 697933, 7492899
6 3,99 697933, 7492899
7 3,93 697933, 7492899
8 3,89 697933, 7492899
9 3,77 697933, 7492899
10 3,55 697933, 7492899

24
Figura 16 – Concentração Máxima de 24 horas de PTS

Quadro 8: Concentração Média Anual de PTS

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 0,86 697933, 7492899
2 0,28 697433, 7493399
3 0,27 697433, 7492899
4 0,24 696933, 7493399
5 0,20 695433, 7494899
6 0,17 698933, 7491899
7 0,17 696933, 7493899
8 0,16 696933, 7492899
9 0,13 696433, 7493899
10 0,13 696433, 7494399

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Figura 17 – Concentração Média Anual de PTS

As concentrações médias anuais obtidas por meio da modelagem matemática


revelam valores significativamente baixos quando comparados ao padrão
estabelecido pela Resolução CONAMA 03/90 de 80 µg/m3.

26
4.4.5 Dióxido de Enxofre (SO2)

A legislação vigente define esse poluente nos limites fixados para proteção da saúde
humana. Assim sendo, o valor de 365 µg/m3 , concentração máxima de 24 horas, foi
estabelecido como padrão de qualidade do ar, além do valor de 80 µg/m3 como
concentração média anual.

Figura 18 – Ponto de Maior Concentração de SO2

O Quadro 9 e a Figura 19 apresentam os resultados e a localização das dez


concentrações máximas em 24 horas obtidas através da modelagem e o Quadro 10
e a Figura 20 mostram as maiores concentrações médias anual.

Quadro 9: Concentrações Máximas de 24 horas de SO2

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 0,63 697933, 7492899
2 0,49 697933, 7492899
3 0,44 697933, 7492899
4 0,44 697933, 7492899
5 0,39 697933, 7492899
6 0,33 697933, 7492899
7 0,32 697933, 7492899
8 0,32 697933, 7492899
9 0,31 697933, 7492899
10 0,29 697933, 7492899

27
Figura 19 – Concentração Máxima de 24 horas de SO2

Quadro 10: Concentração Média Anual de SO2

Ranking Concentração (µg/m3) Localização (Coord. UTM)


1 0,07 697933, 7492899
2 0,02 697433, 7493399
3 0,02 697433, 7492899
4 0,02 696933, 7493399
5 0,01 695433, 7494899
6 0,01 698933, 7491899
7 0,01 696933, 7493899
8 0,01 696933, 7492899
9 0,01 696433, 7493899
10 0,01 696433, 7494399

O SO2 é um importante indicador de atividades industriais e tem sido


monitorado devido aos seus efeitos na saúde da população.

28
Figura 20 – Concentração Média Anual de SO2

As concentrações máximas de 24 horas e as médias anuais estimadas pelo


modelo para o SO2, encontram-se muito abaixo do padrão vigente de 365 µg/m3
para 24 horas e de 80 µg/m3 para média anual.

29
5 TABELA DE CONCENTRAÇÕES LIMITANTES DO ÍNDICE DE QUALIDADE
DO AR

Fonte: INEA, 2002

6 OS GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE)

Alguns gases de efeito estufa ocorrem naturalmente na atmosfera, como o vapor


d’agua (H2O), o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e
o ozônio (O3). Esses gases atuam como uma cobertura natural, mantendo a
temperatura na terra, e sem essa condição, teríamos temperaturas negativas.
Devido ao efeito estufa, a temperatura média no planeta chega a 15º C, ou seja,
aproximadamente 33º C mais quente. Os estudos relacionados ao aquecimento
global concentram suas análises nas emissões de CO2, N2O e CH4.

6.1 A IMPORTÂNCIA DE SE EVITAR AS EMISSÕES DE GEE

Os GEE provocam um bloqueio na atmosfera fazendo com que a terra se aqueça


mais que o normal, causando uma série de problemas climáticos. O problema está
no aumento das concentrações desses gases na atmosfera, devido a intensificação
das atividades humanas e não na existência natural deles. Ao aumentar a
quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera, maior é a retenção de calor.
30
Sendo assim, percebe-se a importância de se prevenir eventos climáticos extremos,
mitigar as emissões de gases de feito estufa e promover estratégias de adaptação
aos seus impactos. Na indústria é preciso incentivar o uso de equipamentos e
processos mais eficientes, do reuso de materiais, bem como do controle das
emissões de gases, e o sequestro de carbono (RIO DE JANEIRO,2010).

7 INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

O inventário de emissões de Gases de Feito Estufa (GEE) é uma forma de identificar


as fontes de emissão e quantifica-las para uma atividade. Este inventário pode ser
usado como uma ferramenta de gestão ambiental, permitindo à empresa controlar
suas emissões de GEE. Foram contemplados no Inventário os GEE listados no
Protocolo de Quioto: CO2, N2O e CH4. As emissões apresentadas na unidade de
CO2equivalente, referem-se às emissões de equivalência em dióxido de carbono. A
equivalência leva em conta o potencial de aquecimento global dos gases envolvidos
e calcula o quanto de CO2 seria emitido se todos os gases GEE fossem emitidos
como esse gás.

7.1 VALORES ESTIMADOS DOS GASES DE EFEITO ESTUFA PARA O


EMPREENDIMENTO EM ESTUDO

Foi feita a verificação das emissões de fontes antrópicas de gases de efeito estufa
incluídos nos limites do empreendimento.
Fonte de GEE calculados: Combustão Estacionária (Caldeiras); Combustão Móvel
(frota de caminhões e carros da empresa); Energia Elétrica (Compra de energia) e
Transportes de colaboradores.
A tabela a seguir apresenta o total das emissões em Giga grama por ano de dióxido
de carbono equivalente (Gg/ano CO2eq).

Resumo das emissões totais


(Gg/ano CO2eq)
GEE
Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3
CO2 47,56 0,00 0,00
CH4 0,40 0,00 0,00
N2O 83,79 0,00 0,00
TOTAL 131,75 0,00 0,00
Fonte: Memória de Cálculo

31
Utilizando a conversão para CO2e (CH4 multiplica-se pelo fator numérico 21 e N2O
pelo fator numérico 310), a contabilização final das emissões deste inventário foram
de 131,75 Gg/ano de CO2eq.

7.2 PLANOS DE MITIGAÇÃO DAS EMISSÕES DE GEEs

Considerando o lançamento na atmosfera de 131,75 G g/ano de CO2eq no processo


de produção do empreendimento, o plano para mitigar as emissões será feito com o
plantio de árvores de eucaliptos, pois as mesmas absorvem grandes quantidades de
CO2. Conforme a Embrapa, cada hectare (10.000 Km2) comporta 250 pés de
eucaliptos e com 4 anos de idade absorverá 0,000015 G g/ano de CO 2.

Para mitigar as emissões totais dos GEE gerada por ano no empreendimento,
indicamos para efeito da liberação do Licenciamento Ambiental pelos órgãos
competentes (INEA), como condicionante de operação, o plantio de 883.018 mudas
de eucaliptos equivalente a área de 3.532 ha.

No mercado de crédito de carbono, pessoas jurídicas que utilizam extensas áreas


com o plantio de eucaliptos, de acordo com os anos da árvore a absorção de CO2
aumenta, conforme planilha de cálculo, uma árvore de eucaliptos com 15 anos de
existência mitigará, considerando 250 árvores por hectare, 0,0012 G g/ano de CO2,
voltando aos valores das emissões de GEE pelo empreendimento na ordem de
131,75 G g/ano de CO2, encontraremos a redução para 448 Hectares (112.067
árvores).

32
8 CONCLUSÃO

Com base na vistoria realizada ao empreendimento, juntamente com a análise dos


estudos apresentados e as condicionantes propostas neste Parecer Técnico, o
processo desenvolvido pelo empreendimento apresenta medidas que irão mitigar os
impactos gerados pelo seu processo produtivo e proteger o meio ambiente.

A presente metodologia aplicada se mostrou apropriada para modelar o transporte


de poluentes na atmosfera para avaliação de impactos ao meio ambiente e à saúde
pública decorrentes da operação de fontes fixas poluidoras. Foi analisado um total
de 10.248 horas no cálculo de dispersão, com 528 horas de calmaria (sem vento) e
2,57% de dados inválidos. Para os poluentes estudados, CO, NOx, PM10, PTS e
SO2, houve violação dos padrões para o poluente NOx (óxido de nitrogênio) relativo
a concentração máxima de 1 hora (434,03 µg/m3), de acordo com os valores
estabelecidos na Resolução CONAMA 03/90 (Padrão 320 µg/m3), da Agência de
Proteção Ambiental dos Estados Unidos (US-EPA) e dos valores que causam efeito
a saúde humana e ao meio ambiente.

Facilitada pela configuração topográfica da região de instalação do empreendimento,


o Centro de Magé, local onde possui maior aglomeração de pessoas, não sofrerá
impactos significativos de acordo com o estudo de dispersão apresentado, se
comparado com a legislação. Deste modo, pode-se afirmar o baixo nível de
influência na qualidade do ar atmosférico na região com a operação do
empreendimento em questão.

Durante as amostragens as emissões das chaminés estavam em conformidade com


a norma utilizada como referência. Recomenda-se basicamente um sistema de
monitoramento automático e contínuo para medir as emissões dos gases do
empreendimento como forma preventiva de acidentes.

As informações de GEE para o período de 1 ano, contendo as emissões de 131,75


Gg/ano de CO2eq foram verificadas a nível razoável de confiança.

33
Como forma de reduzir os efeitos dos gases de efeito estufa na atmosfera e
gerenciar as emissões positivas e negativas dos processos de produção do
empreendimento, o inventário baseou-se em sequestro de carbono, por meio de
plantio florestal, com o uso de espécies de eucaliptos. Concluiu-se que a mitigação
das emissões através de plantio é muito importante para o combate ao aumento da
temperatura terrestre.

34
REFERÊNCIAS

https://g1.globo.com/carros/noticia/volvo-lanca-seu-primeiro-caminhao-100-
eletrico.ghtml - Acessado em 10 de abril 2018, às 15h.

PROCONVE: PROGRAMA DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR POR


VEÍCULOS AUTOMOTORES disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/proconve_163.pdf - Acessado em 6
de abril 2018, às 20h.

Programa de controle de emissões veiculares (Proconve) disponível em:


http://www.ibama.gov.br/emissoes/veiculos-automotores/programa-de-controle-de-
emissoes-veiculares-proconve - Acessado em 23 de março 2018, às 19h.

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 31 DE AGOSTO DE 1993 disponível em:


http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res93/res0793.html - Acessado em 23 de
março 2018, às 19h.

RESOLUÇÃO/CONAMA/N.º 003 de 28 de junho de 1990 disponível em:


http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.html - Acessado em 23 de
março 2018, às 19h.

AP – 42: Compilation of Air Emissions Factors disponível em:


https://www.epa.gov/air-emissions-factors-and-quantification/ap-42-compilation-air-
emissions-factors - Acessado em 06 de abril 2018, às 19h

RIO DE JANEIRO (Estado). Lei nº 5690, de 14 de abril de 2010. Institui a Política


Estadual Sobre Mudança Global do Clima e Desenvolvimento Sustentável e dá
outras providências.

IPCC, 2006, IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories – Volume
5: Waste. National Greenhouse Gas Inventories Programme, Edited by Eggleston,
H.S., Buendia L., Miwa K., Ngara T., Tanabe K.

PROGRAMA BRASILEIRO GHG Protocol. 2016. Disponível em:


<http://www.ghgprotocolbrasil.com.br>. Acessado em 20 de junho 2018, às 15h.

35
EMBRAPA, SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS. Disponível em:
https://www.embrapa.br/solucoes-tecnologicas - Acessado em 23 de junho 2018, às
9h.

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