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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

TEORIAS E SISTEMAS EM PSICOLOGIA

Nome: ANNA BÁRBARA MOCELIN e BRUNA GOMES CASAVECHIA KOTSIFAS


Turma e Turno: 3º Semestre matutino Professor: Eduardo Chierrito
Valor: 1,5 pontos Nota:

TEMA 01 - TEORIAS E SISTEMAS EM PSICOLOGIA

1. Entre as décadas de 30 e 40 o pensamento sistêmico começa a ser descrito e analisado


por diversos pesquisadores. Eles possuem objetivos semelhantes que visam compreender
a dinâmica da natureza, respaldados pela uma filosofia romântica e escolas humanistas.
Segundo Gomes (et al., 2014) cite as três teorias que embasam a Teoria Sistêmica.

Resposta: Teoria Geral dos Sistemas, Cibernética e Teoria da Comunicação.

2. As transições presentes na mudança paradigmática, que propiciaram o pensamento


sistêmico, foram marcadas por contextos históricos e modelos específicos. Elabore uma
breve dissertação argumentativa (10 linhas) sobre a origem da teoria sistêmica.
Lembre-se de considerar as transições entre os modelos científicos e culturais. Aqui você
pode utilizar Gomes (et al., 2014) ou Capra (1982).

Resposta:

Desde a Antiguidade até a Idade Média, as pessoas viviam em pequenas


comunidades e vivenciavam o mundo a partir de uma perspectiva orgânica, sendo
interdependentes os fenômenos materiais e espirituais. A partir de uma visão
aristotélica, a natureza era notada a partir de sua forma, ou seja, sua essência só
seria real se representada na matéria. Por sua vez, a Igreja instituiu sua visão de
mundo em torno das percepções espirituais. Fé e razão coexistiam entre si.

Com o final da Idade Média, o mundo se volta a uma visão mais racional e
progressista, com o positivismo e mecanicismo cartesiano. Tudo aquilo que era
espiritual passou a ser vislumbrado como uma máquina em funcionamento com os
estudos de Descartes, Galileu e Newton. Apesar de fundamentais as descobertas da
química, física e biologia para o desenvolvimento humano e para o rompimento com
ideias alienantes da Igreja (instituição dominante à época) o excesso do racionalismo
e enfoque somente no conhecimento científico trouxe impactos negativos de
dominação e destruição. Além disso, não se alcançaram todas as respostas buscadas
acerca do funcionamento do Universo.
Do final do século XVIII até o final do século XIX, o Movimento romântico
predominou em produções de poetas e filósofos, que focaram na natureza e sua
forma orgânica, móvel e harmoniosa.

Foi a partir do conhecimento das teorias biológicas unicelulares, da ecologia em


sua percepção organísmica (partes essenciais formam um todo) e da física quântica,
contrariando o pensamento de que a matéria poderia ser reduzida a partículas
rígidas e sólidas, mas seria formada de ondas em interconexão, encontrou-se uma
nova forma de visão de mundo não mais limitada à fragmentação, mas que buscava
integrar as unidades, formando um todo maior do que a somatória de partes.
Surgiram, assim, no século XX, as bases para a teoria sistêmica, paralelamente à
cibernética e em conjunto à teoria da comunicação humana.

Sendo assim, a teoria sistêmica buscou uma visão global, integrada, na qual a
verdadeira compreensão do universo e da sociedade deve ser observada a partir de uma
ótica que integra fatores econômicos e ecológicos, valores e ideais, relações cíclicas e
inconstantes.

3. Disserte sobre as sugestões de Capra (1986) frente à possibilidade de passar


por períodos de crises de forma harmoniosa. Para este fim utilize no mínimo cinco linhas.

Para Capra, a coletividade pode passar por crises de forma mais harmoniosa
reduzindo as discórdias e rupturas oriundas de mudanças sociais, demonstrando os
comportamentos e valores que não mais são úteis a nova fase que se busca construir
em detrimento aos conceitos e dogmas em ruína. Faz-se necessária a comunicação da
transição e conscientização das mudanças fundamentais e inevitáveis, a fim de que
as alterações geradas pela crise ocorram de forma mais espontânea e natural, sem
grandes danos.

Resposta:

4. Entre os conceitos básicos da teoria sistêmica (Gomes et al., 2014) caracterize:

a) a globalidade;

b) a não somatividade;

c) e a homeostase.

Resposta:
A globalidade atua gerando um sistema coeso, no qual as mudanças em uma parte
acarretam mudanças no todo. Já a não somatividade indicada que a totalidade não é
formada pela soma de partes, mas sim por diversas unidades complexas e íntegras
em si mesmas. Por fim, a homeostase indica a autorregulação que mantém um
sistema estável, sendo contrária à morfogênese (que admite a absorção de aspectos
externos para alterar a organização interna).

TEMA 02 - PSICOLOGIA ANALÍTICA

1. Jung (2017, p. 12): “A consciência é um dado peculiar, um fenômeno intermitente. Um


quinto, um terço, ou talvez metade da vida humana se desenrola em condições
inconscientes”. A partir das discussões em sala de aula, descreva os conceitos de
complexo do eu (ego) e complexos ideoafetivos.

Resposta:

2. (Adaptado de TRE-BA, 2017). Possibilidades de representação herdadas, formas


instintivas de imaginar. São matrizes arcaicas pelas quais configurações análogas ou
semelhantes tomam forma. Assinale a alternativa que corresponde ao conceito
explicado:

a) Sombra
b) Arquétipo
c) Anima/us
d) Persona
e) Complexos afetivos

3. Sobre o inconsciente pessoal de Jung, assinale a alternativa correta:

I. O inconsciente pessoal para a psicologia analítica possui caráter de compensação, é


objetivo e autônomo frente ao complexo do eu/ego.

II. Os conteúdos do inconsciente pessoal são formados pela historicidade do indivíduo,


abrange temas sociais e pessoais.

III. Os complexos ideo-afetivos perturbam a consciência e produzem reações que não


estão de acordo com a vontade do complexo do eu/ego.
a) As assertivas I, II e III são verdadeiras.
b) As assertivas I e II são verdadeiras, e a III é falsa.
c) As assertivas I e III são verdadeiras, e a II é falsa.
d) A assertiva III é verdadeira, e a I e II são falsas.
e) Nenhuma das assertivas são verdadeiras.

4. Analise a afirmativa de Carl Gustav Jung (2000, p.15):

“Uma camada mais ou menos superficial do inconsciente é indubitavelmente pessoal.


Nós a denominamos ________________. Este porém repousa sobre uma camada mais
profunda, que já não tem sua origem em experiências ou aquisições pessoais, sendo
inata. Esta camada mais profunda é o que chamamos _____________________”.

Identifique a alternativa que complete os espaços:

a) Inconsciente pessoal e inconsciente total


b) Inconsciente familiar e inconsciente coletivo
c) Inconsciente pessoal e inconsciente coletivo
d) Inconsciente pessoal e inconsciente completo
e) Inconsciente pessoal e subconsciente

5. O inconsciente coletivo corresponde à camada mais profunda da psique, trata-se dos


limites entre a história individual e a história coletiva da humanidade. Considerando Jung
(2017) e as discussões em sala de aula. Aponte a/s alternativa/s correta/s.

I. Arquétipos são representações de imagens psíquicas gerais, compartilhadas no


decorrer da história coletiva.
II. As imagens arquetípicas representam as possibilidades simbólicas de estudar e
compreender esses aspectos coletivos da psique, visto que é impossível trabalhar ou
entrar em “contato direto” com o arquetípico.
III. O inconsciente coletivo é dotado de imagens mitológicas e padrões compartilhados ao
longo da historicidade. Contudo ele não pode ser lido como apessoal, visto que a
cultura tende a nutrir esses aspectos no indivíduo.

a) As assertivas I, II e III são verdadeiras.


b) As assertivas I e II são verdadeiras, e a III é falsa.
c) As assertivas I e III são verdadeiras, e a II é falsa.
d) A assertiva III é verdadeira, e a I e II são falsas.
e) Nenhuma das assertivas são verdadeiras.
6. A partir dos estudos sobre a psicologia analítica, disserte sobre:

a) O conceito e a formação da Sombra:


b) O conceito e a formação da Persona
c) O conceito e a formação de Anima/us
d) O conceito de individuação.

Resposta:

De acordo com a teoria junguiana, os complexos que orbitam em torno do ego


podem acarretar diversas posturas e condutas do ser humano, por vezes divergentes. Ao
contrário do início da vida, em que a personalidade é uma simples unidade, no decorrer
dos anos, a partir das relações que construímos, passamos a somar em nossas estruturas
características daqueles que nos rodeiam, ensejando a existência de diversas
subpersonalidades, ou melhor, de diversos traços de personalidade. Duas dessas
estruturas antagônicas mais importantes na teoria analítica são a sombra e a persona.
A sombra é caracterizada como tudo o que não está na consciência, o
inconsciente incontrolável em grande potencial. Aquilo que o ego rejeita, torna-se
sombra, sendo ela composta por traços e qualidades opostos à persona, em regra
qualificada como elementos malignos e rechaçados socialmente.
Semelhante ao id da concepção freudiana, à medida que é negada pelo ego
fixado em uma persona, a sombra toma mais força e invade a estrutura geral do
indivíduo. Difícil de ser visualizada pelo próprio ego, é costumeiramente projetada em
outra pessoa que manifesta exatamente a característica que se quer negar.
A persona, por sua vez, é a personalidade publicamente revelada, resultante da
educação, cultura, moral e adaptações do indivíduo. Conforme o ego se relaciona com
o outro e busca alcançar suas expectativas, forma-se uma espécie de máscara,
expressando condutas aceitas por aqueles com quem o indivíduo interage. Refere-se ao
desempenho do papel de uma pessoa perante a sociedade, como um conjunto de
códigos de conduta, comportamentos, que dão referência ao ser humano.
Formada pelas aspirações do indivíduo e pelas demandas da sociedade, a
persona pode sofrer diversas modificações ao longo da vida, mas possivelmente
carregará aspectos da infância, em decorrência dos fortes complexos materno e
paterno.
Também como estruturas internas, Jung revelou que, habitualmente, animus
(masculino) representava a estrutura psíquica obscura da mulher, e anima (feminino)
representava a estrutura psíquica obscura do homem, como polaridades opostas
àquilo que era externamente vivenciado.
São os arquétipos de alteridade, ou seja, aquilo que é do outro, diverso.
Representa a capacidade interna de se reconhecer a partir do outro e da observação
das diferenças. São energias yin e yang que estão dentro de nós, e que nos levam ao
equilíbrio e à completude.

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