You are on page 1of 6

Resumo de materiais

Estruturas

CCC – Cúbica de Corpo Centrado (exemplo: Fe)


Célula unitária = 2 átomos: 1 Centro; 8 cada canto
Planos densos = {110};
Direções densas = <111>;
Nº coordenação = 8
+ resistente!
+-48 sistemas de deslizamento

CFC – Cúbica de Faces Centradas (exemplo: Cu, Al)


Célula unitária = 4 átomos: 6 nas faces, pertencendo cada um a 2 células; 8 em cada canto, pertencendo
cada um a 8 células;
4 Planos densos = {111};
3 Direções densas = <110>;
Nº coordenação = 12
+ compacto!

HC – Hexagonal Compacta
Célula unitária = 6 átomos: 3 no interior; 2 nas bases, pertencendo cada um a 2 células; 12 nos cantos,
pertencendo cada um a 6 células;
Planos densos = {111};(iguais a CFC).
Direções densas = <110>; (iguais a CFC).
Nº coordenação = 12
3 sistemas de deslizamento

Mecanismos
Mecanismos de deformação plástica:

 Maclagem: orientação da rede altera-se  translação de planos paralelos uns aos outros 
formação de sistemas de deslizamento  deformação (linhas grossas com 0<y<1)
 movimento de deslocações: quando sujeitos a uma tensão de corte, as ligações partem
progressivamente produzindo deslizamento (deslizamento ocorre mais facilmente em direções com
distâncias interatómicas pequenas e em planos com compacidade atómica alta) (linhas finas x<1)

Até à tensão limite elasticidade: Interação das deslocações com os limites de grão
Depois da tensão limite elasticidade: interação das deslocações com as deslocações

Sistema de deslizamento: conjunto de planos e direções onde é mais fácil o deslizamento


(N = planos densos x direções densas)
A resistência resulta da interação dos deslocamentos com defeitos cristalinos:
 defeitos pontuais: átomos intersticiais, substitucionais, lacunas
 defeitos lineares: deslocação canto, deslocação parafuso
 defeitos planares: juntas de grão
Mecanismos de endurecimento:

 Resistência intrínseca Interação entre deslocações  encruamento


 Precipitados fronteiras de grão  resistente
 Solução sólida menor diâmetro  + defeitos  + resistência
 Encruamento mais carbono  deforma a malha
 Juntas de grão
 Átomos intersticiais (atmosferas de Cottrell são pequenos átomos de carbono que se alojam na base
da deslocação que não permitem a deslocação)
 Envelhecimento por deformação
 Tratamento precipitação estrutural: recozido de homogeneização + envelhecimento (duralumínio)

Mecanismos de rotura por fadiga

O desenvolvimento do dano por fadiga passa por plasticidades localizadas causadas por descontinuidades
geométricas, pela interação com o ambiente ou por acabamentos superficiais insuficientes

 Peças com formas geométricas suaves


 Proteger o material contra oxidação e corrosão
 Tratamentos superficiais
 Escolher um material resistente

Mecanismos de fluência Fluência por difusão:Subida da temperatura multiplica os sistemas


de deslizamento e há escorregamento nos limites de grão
 Material com elevada temperatura de fusão Nas juntas de grão acumulam-se lacunas
 Usar um tamanho de grão elevado que permitem o movimento logo
 Ligas com precipitados nas juntas queremos um tamanho de grão grande
 Nos polímeros utilizar termoendureciveis com Tg elevada
 Nos polímeros aplicar longas fibras

Ensaios
Ensaio de tração: regista-se a força nas ordenadas e o alongamento nas abcissas
εE + εP = εT com εP = 0,2% e εT = Δu / l0
Tensão limite elástico  σ0,2 = F0,2 / s0

Tensão de rotura  σr = Fmax / s0

Curva de tração

Estágio 1: movimento livre das deslocações num só plano (não há este num policristal)
Estágio 2: encruamento aumenta rapidamente entre vários planos de deslizamento
Estágio 3: taxa de encruamento decrescente

Lei de Paris

Dita quantos ciclos a estrutura aguenta até a fenda atingir o comprimento crítico para o qual há propagação
instável. Relaciona o crescimento da fenda por ciclo em função da amplitude do fator intensidade de tensão

dq/dN = A Δk^m

Propagação lenta  Propagação estável (Lei de Paris)  Rotura rápida


Ensaio de dureza: A dureza caracteriza a resistência à deformação (ensaio de Vickers, ensaio de Brinell,
ensaio de Rockwell)

Ensaio Charpy: caracteriza a fragilização de um metal sob a ação de um choque num provete entalhado

Zona frágil  baixa temperatura  absorve pouca energia  superfície brilhante e regular

Ensaio de fadiga: impor N ciclos de tensão periódicos

1. tensões elevadas
2. domínio elástico da fadiga
3. limite de fadiga ilimitado

q = (Kf-1) / (Kt-1)

σa = - σf/σe * σm + σf

Lei de Miner: Curva SN aplicada a um espetro de carga irregular

Ensaio de fluência: Realização de testes de fluência a temperaturas mais elevadas, os resultados obtidos são
extrapolados através do parâmetro de Larson-Miller para a curva mestre

Mecânica da Fratura

Teoria de Griffith: quando uma fenda cresce, novas superfícies são criadas o que gera o aumento da energia
de superfície. Esta energia deve ser suficiente para criar novas fendas

G = σ^2* aπ/E > 2ϒs + ϒp = Gc

No entanto, os valores de Gc são muito elevados devido à plasticidade na extremidade da fenda: à medida que a
fenda cresce, energia é dissipada para deformação plástica

σ=K/((√ πa )*SF)

 Ligas: deformação plástica à volta das inclusões


 Polímeros: sofrem crazing a uma temperatura superior a Tg (formação de pequenas fendas
esbranquiçadas nas regiões deformadas)
 Cerâmicos: superfícies de rotura lisas
 Metais: romper por clivagem a altas temperaturas (roturas transgranulares)

Interpretação de micrografias

Lamelas paralelas  constituinte eutetóide


Nota: zona escura é perlite
Grãos com elevado diâmetro  hipereutetóide (perlite + cementite secundária) + escuro  + carbono
Grãos com pequeno diâmetro  hipoeutetóides (perlite + ferrite)

Zonamento: eliminam-se as estruturas com gradientes de composição química através de um tratamento


térmico de homogeneização. Esta zona aparece devido ao facto de a velocidade de arrefecimento ser
superior à descrita pelos diagramas.
Influências

Maior velocidade de arrefecimento

 Deslocação para a esquerda do ponto eutetóide


 Estruturas mais finas
 Aumento da tensão limite elástico

Maior percentagem de Carbono

 - Ductilidade
 + resistência
 - Tenacidade
 - Temperatura de transição
 + frágil

Maior tamanho de grão

 Menor tensão
 Menor tenacidade
 - Temperatura de transição
 - Duro
 - Resistente

Mais elementos de liga

 Desloca as curvas para a direita  + temperabilidade

Tratamentos térmicos

 Recozido: obtenção de um estado próximo do equilíbrio (+ resistente, - duro, + dúctil)


o Recozido completo: arrefecimento lento no forno
o Recozido de normalização: obtenção de uma estrutura homogénea
o Globulização: arredonda a cementite (+ macio, + dúctil)
 Têmpera: transformação martensítica (+ duro, + resistência, - tenacidade, - dúctil)
 Revenido: realizado após tempera, transformação da martensite e da Austenite residual (+dúctil, +
tenacidade)
o Dureza da têmpera sofre um pico (os precipitados aumentam a dureza e a transformação da
Austenite residual mas a martensite revenida diminui a dureza)
 Tratamentos superficiais: têmpera superficial, cementação

Materiais

Aços

Aços Ligados

 Melhorar a temperabilidade
 Melhorar comportamento a temperaturas extremas
 Melhorar comportamento em meios agressivos
 Efeito Gamageno (+ zona de estabilidade) e Alfageno (- domínio Austenite)
Aços de ferramentas
 + carbono  + duros
Aços inoxidáveis
 Crómio + Níquel  forma um óxido que protege da corrosão
Ferros fundidos
Ferros Fundidos Cinzentos: Boa colabilidade e baratos
(A Grafite torna o material mais frágil, com maior colabilidade e com mais tensões residuais)
Ferros fundidos Brancos: Boa resistência ao desgaste
Ferros fundidos dúcteis
Ferros fundidos maleáveis: Boa maquinabilidade
Ligas
Ligas de Aluminio: baixo peso, boa condutividade, alta resistência
Ligas de cobre: dúctil, boa resistência à corrosão (latões e bronzes)
Ligas de magnésio: bastante leve
Ligas de titânio
Ligas de zinco
Ligas de níquel

Cerâmicos  ligações covalentes e iónicas e não há eletrões livres.

 Maus condutores
 Alta Resistência: não têm sistemas de deslizamento com deslizamento fácil
 Frágeis
Processos de Fabrico:
Manual
Cerâmicos tradicionais Prensagem
Cerâmicos técnicos Slip Casting
Vidros Extrusão

Polímeros  longas cadeias formadas pela repetição de monómeros (ligações covalentes nas cadeias e
ligações de Van der Walls dentro das cadeias)

 Baixa rigidez
 Dúcteis
 Abaixo de Tg são frágeis (extensão + desenrolamento + deslizamento) e acima de Tg são dúcteis.

Termoplásticos estirenos, acrílicos (van der walls)


Processos de Fabrico:
Termoendurecíveis epóxidos, poliéster (ligações covalentes 3D) Extrusão
injeção
Elastómeros borracha de silicone Vulcanização
Compósitos  união de outros materiais com o objetivo de se obter um produto de maior qualidade

 Leves
 Boa rigidez
 Boa resistencia
 Má condutividade térmica
 Baixo coeficiente de expansão

Reforçados com partículas Processos de Fabrico:


Enrolamento filamentar
Reforçados com fibras Fabrico aditivo

Estruturais

Densidade: metais > cerâmicos > polímeros > compósitos


Rigidez: metais = cerâmicos = compósitos > polímeros
Resistência: metais = compósitos > cerâmicos > polímeros
Tenacidade: metais > compósitos > cerâmicos > polímeros

You might also like