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NOSSO ANJO - Mafia Fratelli 4.5
NOSSO ANJO - Mafia Fratelli 4.5
homem que salvou não somente sua vida, mas também seu coração. O amor
que cresceu entre ela e Manuele foi único, como um bálsamo se alastrando
por sua pele e alma curando todas as suas feridas.
sempre ameaçou tomar conta do seu amado estava lá outra vez... e ela não
permitiria que isso acontecesse.
pequenino coração...
Sumário
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Beatrice
Dias depois
Manuele
UM
Beatrice
Me sentia como se estivesse flutuando... as sensações que tomavam
conta do meu corpo arrancavam não somente meu ar, mas também meu
raciocínio.
mamilos entre meus dedos e remexia o corpo contra os lençóis num esforço
para prolongar o prazer que era ter meu marido acariciando o meio das
minhas pernas com sua língua habilidosa. Arrastei as mãos para baixo e as
levei até seus cabelos, onde puxei os fios com força calculada.
com a vibração que sua voz causou em meu corpo — Dê-me tudo, querida
— pediu, enrolando os braços em minhas pernas de modo a me deixar
derrubando-me com tanta força que chegou a roubar meu ar. Os espasmos
que me atingiram se tornaram incontroláveis.
Manuele sobre o meu. Afastou minhas pernas com as suas e me penetrou com
lo. Sua boca tomou a minha de assalto. O beijo foi uma mistura de devoção e
fúria. Era como se ele estivesse numa batalha interna com ele mesmo.
ele queria me dar. Gemi em seu ouvido quando deslizou os lábios para meu
sua fonte de vida e de força. Eu adorava a sensação de saber que era tão
pele do jeito que eu sabia que ele gostava. O calor dos seus beijos queimava
outra vez, Manuele afastou o rosto para me encarar nos olhos; ele tinha uma
estranha obsessão em observar minhas reações quando eu estava gozando.
músculos enrijeceram.
ofegante.
Estávamos em sua sala secreta, o local em que ele usava para pintar
seus quadros. Ao olhar ao nosso redor, era possível ver a enorme quantidade
pergunta.
rosto, e beijou a palma. Dei uma risadinha com as cócegas que sua barba
rala me causou.
— Não sei — fiz uma careta. — Estou sentindo você diferente nas
ultimamente.
alta. — Algo está acontecendo com você, mas não quer me contar.
Ele permaneceu me olhando, mas sem nada dizer. Dava para perceber
sua luta interna... seu amor por mim brilhava em suas íris azuis, mas também
Quando abriu a boca para falar, seu telefone começou a tocar. Pedindo
estou indo.
do meu coração.
desenfreada por ela acabou encontrando os irmãos, que compraram sua dor e
problema era que, por alguma razão, Rosa acabou fugindo outra vez.
problema.
entender o que podia estar acontecendo com ele, mas não encontrei nada.
Nada.
Apenas aquela escuridão que me assustava.
— Beatrice...
demais.
minha mãe; seguido da morte do meu irmão e depois a do meu pai, passou a
estudar serviço social. O segmento de atuação que escolhi foi trabalhar com
crianças e adolescentes em situação de abandono familiar. Talvez por causa
qualquer natureza.
atenção cem por cento ali... não quando Manuele se tornava o protagonista
banheiro.
Respirando com dificuldade, saí e caminhei até a pia onde joguei uma
Fiquei preocupado.
mal estar, eu acho. — Franzi a testa, confusa com minha própria declaração.
discretamente. Manuele tinha feito questão disso. E foi uma briga para que o
pai é médico, então se quiser, posso ligar para ele e marcar uma consulta
estou bem.
uma risadinha. Em seguida, levou minha mão aos seus lábios para beijar o
dorso.
qualquer lugar.
Olhei para o lado, puxando minha mão do Lorenzo num movimento
rápido. O olhar do Manuele era tão assassino quanto sua postura indicava.
— O que pensa que está fazendo ao tocar na minha mulher, hein, seu
bosta?! — continuou rugindo, intimidando. — Beatrice é minha.
robusto, pelo contrário, era mais no estilo nerd. Cobri o rosto sentindo as
lágrimas abrilhantando meus olhos.
ouvidos.
— Beatrice...
pelo braço. — Você não podia ter feito isso — avisei, tentando me controlar.
Meu rosto estava banhado de lágrimas. — Não aqui. Não com um dos meus
amigos.
dedo para pegar o Lorenzo. Agradeci que estávamos numa parte pouco
direção ao estacionamento.
— Beatrice...
ficasse bem.
TRÊS
Beatrice
Minha cabeça estava uma verdadeira bagunça, assim como meu corpo.
meu próprio irmão — causada por mim — era um cenário o qual jamais
conversar ali.
— Familiares do paciente Lorenzo? — O médico surgiu, verificando
as informações na ficha.
Me coloquei de pé.
Pigarreei, nervosa.
além de mim. Segui seu olhar e me deparei com Manuele bem atrás de mim.
com ele agora? Preciso saber se ele quer que eu avise a família.
— Claro. — Sorriu. — É o primeiro leito daquele corredor. —
Apontou.
Pude notar seu rosto escurecendo, mas pouco me importei. Ele não era
dado a aceitar comandos, além dos que recebia do irmão mais velho.
Manuele não gostava de ser contrariado.
Lorenzo estava.
Posso me aproximar?
Assentiu.
Jamais imaginei que meu marido fosse fazer isso com você.
Como eu estava perto da maca em que ele estava, senti sua mão
***
para ele; minhas mãos espalmaram seu peito e pude sentir a velocidade em
já que tive que garantir que Lorenzo não contasse a ninguém sobre o
custei a fazer, considerando toda a dificuldade que tenho, e você sabe disso.
— Querida...
argumentei, séria.
acontecendo e temi perder meu marido para a escuridão que rondava sua
alma.
QUATRO
Beatrice
Dentro do banheiro, tirei minhas roupas e abri a porta do box. Regulei
sangrando no peito, apenas com a mágoa por estar distante do homem que eu
amava.
Manuele era minha alma gêmea, mas também era a única pessoa com o
levasse com ela toda sensação ruim. Odiava essa sensação. Odiava me sentir
começou a murchar.
corpo. Voltei a sentir náuseas, entretanto, consegui controlar o mal estar sem
ter que vomitar outra vez.
Estava de costas para ele, mas senti quando se colocou de pé. Seu
desespero era visível.
lingerie.
— Por que você está... — sua voz se perdeu no instante em que retirei
calor que seus olhos causaram em meu corpo. —, fazendo isso comigo? —
Bufei indignada.
me pedir perdão?
— Juro que não sei o que deu em mim — alegou, amparando meu
rosto. Seus olhos estavam desesperados nos meus, causando-me dor. Odiava
seu lado feio. — Ergui uma das mãos e toquei seu rosto. — Se descontrolou
e me deixou assustada.
problemas vem enfrentando para deixá-lo tão estressado desse jeito, hein?
quentes. Senti seus beijos em meu pulso. — Converse comigo, meu amor.
Podia visualizar sua luta em se abrir comigo, o que apenas servia para
me desesperar um pouco mais. Sentia-me de mãos atadas.
Não quero que encha sua cabecinha linda com essas coisas.
— Mas...
Meu coração sangrava com o fato de saber que não estava sendo capaz
Maya e do Benjamin.
sentia com essa nova realidade da Paola, a quem eu considerava como uma
atenção. Seu olhar era duro em minha direção. — Você nos impôs esse
distanciamento, que apenas está nos fazendo sofrer. Nem estou conseguindo
Fiz uma careta para a fatia do bolo de chocolate que tinha pegado para
No fim das contas, vinha bebendo apenas líquidos, pois qualquer outra
levantou da mesa. — A hora que quiser ir, saiba que já estou pronto.
chorar.
***
— Você está com uma expressão triste, Bea. — Observou Maya,
enquanto pegava seu filho dos meus braços. Eu tinha ficado um tempo com
ele para que ela pudesse descarregar as energias na sala de treinos da Paola.
— Aconteceu alguma coisa? Se quiser conversar, saiba que estou aqui pra
você.
ligação que Paola e eu tínhamos, mas éramos unidas pelo forte elo da
amizade.
era mentira.
Benjamin começou a beijar seu rosto, sugando sua pele e a fazendo rir.
família, anos atrás, as coisas levaram um tempo para acontecer entre ela e
com ele, demorou a aceitá-lo em sua vida. Por isso, quando a via com o filho
— Tem certeza?
de piano. — Vou dar comida para o Ben — avisou. — Quer me ajudar com
isso?
foquei minha atenção nas teclas diante de mim. Uma das maneiras de se
por minhas próprias mãos. A música era capaz de ativar nossas emoções de
uma maneira que quase nenhuma outra arte conseguia — tanto que, no
em frente a enorme vidraça que tomava conta de uma das paredes. Percebi
algum tempo.
declaração. Mais cedo, Luca e Rosa tinham saído com a intenção de irem
para o México. O plano era que ele levasse a garota, em segurança, para seu
irmão.
— Mandei Fillipo ir atrás deles, mas isso não muda em nada a
explodir, e pela primeira vez depois de muito tempo, eu estou com medo.
separava.
máximo que pude. Escondi o rosto em seu pescoço onde enchi de beijos.
estou aqui.
perfume dos meus cabelos. Consegui sentir o alivio emanando de seus poros.
meus braços. Ela tinha acabado de chegar em minha casa, depois de ter
deixando-a sem jeito. — Está cansada de saber quão especial é para mim.
aqui? O que eu perdi, além do que aconteceu com Luca e a tal garota
mexicana?
Manuele, mas de nada adiantaria. Isso era algo íntimo. Algo para
resolvermos sozinhos.
— Não sei — murmurou. — Foi só uma pergunta, ora. Por que ficou
Virei meu rosto para ela, que continuava sentada, mas deixando nítido
a sua preocupação.
— Nós dois estamos passando por uma crise sim, mas sinto que logo
ausência de um esforço maior por parte dele, que não se abria comigo. — O
raciocínio.
doloridos.
Franzi o cenho.
certeza.
tornou puro caos. Meu casamento com Manuele estava balançado, então
como ele receberia uma notícia dessas? Ainda mais com tanta coisa
maravilhosa — declarou.
Não tinha tanta certeza disso, mas resolvi não falar nada.
***
quarto. Não fazia ideia do horário, mas sabia que já era de madrugada.
estava acordada. Pelo aroma que invadiu o cômodo, deduzi que ele tinha
Podia sentir a tensão emanando do seu corpo, deixando claro que seu
dia tinha sido difícil, e eu sabia que tinha sido mesmo. Não fiquei sabendo
de todos os detalhes, mas entendi que algo ruim tinha acontecido assim que
Mariano ligou para Paola, que estava comigo, pedindo para que ela fosse até
a casa de Luca e levasse a Simona, garota que fazia parte da sua equipe.
Me sentei rapidamente.
equiparando-se ao meu.
Seus olhos ferozes brilharam nos meus com uma emoção nova.
Deslizando a mão do meu rosto a minha nuca, logo senti o calor dos
gritinho agudo.
coração se apertar por ele cogitar que eu pudesse ter esse tipo de dúvida.
testas.
ninguém.
asas.
precisava dar um jeito de resolver nossos problemas, pelo nosso bem e...
pelo nosso bebê.
SETE
Beatrice
— Quer me contar o que aconteceu hoje? — soprei a pergunta,
quebrando o silêncio que nos invadiu há alguns minutos desde que nos
delegado, então não pudemos ajudar em nada. Quando a notícia chegou até
Desesperei-me.
— Pior? Como assim, Manuele?
se sentou, e se inclinou para poder pegar sua calça no chão, onde começou a
fuçar nos bolsos atrás da carteira de cigarros. Seu nervosismo era evidente.
história.
no sofrimento da minha mais nova amiga. Nas poucas oportunidades que tive
de conversar com ela, Rosa me pareceu ser uma garota muito doce. Não
***
enganar dizendo que não era nada. — Revirou os olhos, irritada. — Olha, eu
amo aquele homem, mas tem hora que tenho vontade de esganá-lo com
apertado.
você.
Sorri.
expliquei.
— Meu Deus! Será que não temos notícias boas nessa família?! —
volta.
pigarreou, nervosa — você sabe como ele reage quando as coisas saem do
controle.
De todos os irmãos, Rossi era o que mais sofria com a perda da irmã
caçula. Infelizmente, ele não sabia lidar com a culpa e se automutilava para
foi.
você está?
Rossi — ditei. — Você não poderia ter impedido o ataque, porque foi pego
Ele não falou nada, continuou com o olhar para a claridade das
janelas.
ao imaginar meu marido com outra. — Mas falo sobre Manuele querer
abraçar o mundo todo sozinho, sabe? Estou sentindo que todo o peso das
preocupações, não somente com a máfia Fratelli, mas também com a Unità
está o empurrando para longe, entende? Para longe de mim.
— quis saber.
Na mesma hora, ele gemeu e suas mãos desceram para apertar meu
traseiro pressionando-me contra sua protuberância.
suas carícias. — Eu quero que você acabe com esse calor entre minhas
pernas. — Me esfreguei sobre sua dureza, sem pudor. Estávamos juntos há
os bicos rijos dos meus seios, num esforço para aplacar todo aquele tesão
que estava me dominando.
mesa de modo a poder encará-lo sob meus olhos pesados de luxuria. Pude
ver que sua braguilha estava aberta, e que, com uma das mãos, se acariciava.
antes de me penetrar com tudo e até o talo. Ambos gememos com a conexão
única e deliciosa.
As investidas começaram a ganhar um ritmo acelerado conforme o
meus seios, mordendo os mamilos por cima do vestido mesmo, já que ele
apenas o ergueu embolando-o em minha cintura.
meu interior.
Era tão gostosa a maneira sexy como ele gemia em meu ouvido.
de volta.
Arqueei as sobrancelhas.
— Está reclamando?
pernas, para limpar o resquício de seu gozo. — Sou louco por você e todas
momento íntimo.
Podia sentir minha pele suada, pois alguns fios de cabelo estavam
Franzi o cenho.
— Não faço a menor ideia, só sei que envolve a todos nós, irmãos.
— Que esquisito.
meus lábios.
língua quente e macia pela pele do meu rosto. — E eu mal posso esperar
um ar brincalhão.
— Sou capaz de tudo pela família, meu anjo. — Deu uma piscadinha.
chegamos.
***
Maya, sorrindo.
— A sua mãe não veio? — Rosa questionou ao Luigi, que foi brincar
tapete.
— Paola não pôde vir, pois está trabalhando numa missão importante.
cama.
— Luigi pediu para vir junto quando soube que iria ver você. Ele
encarando a Rosa. — Seu semblante está diferente da última vez em que nos
vimos.
Sorriu.
Apontou. — Ela está comigo desde que fui trazida para cá.
Nos cumprimentamos.
estou feliz que tudo tenha terminado da melhor maneira possível. Apesar de
olhos.
Maya deu uma risadinha.
risos. — Ele ficou muito puto em ter que aceitar, mas aqueles irmãos são
doidos um pelo outro, então era óbvio que aceitariam. — Rolou os olhos,
mas dava para ver o orgulho em seu olhar. — Admito que estou ansiosa para
adoram uma boa dose de perigo — zombei. — Se eu for te contar tudo o que
ela já aprontou...
filho estava com saudades do pai. Rosa pediu para que Belinda a
sobre ela. — Não me admira que Luca tenha se apaixonado por você.
estava perdida, não somente da minha casa, mas de mim mesma, sabe? —
tinha muitas dúvidas. Mas... Luca me mostrou que o amor é o elo que nos
do jeitinho que sou. E essa foi a melhor prova de amor que alguém poderia
— Minha história com Manuele foi parecida com a sua, mas com a
diferença de que eu tive que lutar para fazê-lo entender que era merecedor
do meu amor. Ele não aceitava. Todos eles possuem um coração de ouro,
mas escondem muitos traumas e dores — expliquei com pesar. — Rossi, por
ser pai um dia, pois colocou na cabeça que não merecia tal dádiva.
Suspirei.
casada com Manuele há alguns anos, mas ainda sinto que, às vezes, as
sombras tendem a puxá-lo para longe de mim, sabe? É como se eu fosse o
tentou conversar com ele sobre isso? Talvez, ele esteja passando por alguma
— Sim, eu vejo que ele anda bastante atarefado. Quando nos casamos,
ele tomou a frente dos negócios que herdei do meu falecido pai, então
— É por isso que ainda não contou a ele sobre sua gravidez?
Abri a boca diversas vezes para falar, mas acabei hesitando em todas
elas.
quando ele souber que está esperando um filho dele, garota... — sorriu
largamente — aquele homem será o mais feliz deste mundo.
esperançoso.
ajudar a cuidar.
Ambas rimos.
Belinda.
***
Dias depois
O prazer de assistir à cerimônia do casamento de Luca e Rosa foi tão
braço em minha cintura e me puxou para si. Com o lenço que eu lhe dei — na
minha segunda noite em sua casa, anos atrás — pressionou o tecido abaixo
vida.
seu pescoço e inspirando seu cheiro gostoso. Manuele era minha alma
gêmea.
E eu sabia que precisava dele forte, e com a mente cem por cento em
nós — nosso bebê e eu — para que as coisas dessem certo.
me coloquei de pé.
fortaleza. Mais cedo, nos reunimos todos ali quando Simona conseguiu abrir
outra pasta do pendrive. Ao todo, somavam-se duas pastas abertas. — Quero
notei inquieto com algo fora da família. — Engoli em seco, absorvendo suas
palavras. Rossi caminhou até estar em minha frente, onde depositou uma das
mãos em meu ombro. — Saiba que estamos aqui. Estamos sempre prontos
para lutarmos as batalhas um do outro se for preciso. Não lute sozinho
bem.
Devolveu o sorriso.
causa da culpa pelo que houve com nossa irmã caçula, então não o
mim.
Meu dia podia ser o mais infernal do mundo, entretanto, eu sabia que
encontraria descanso em seus braços de amor. Então quando ela nos impôs
encontraria coragem para abrir o jogo e expor a ela a face de todos os meus
Por isso optei pelo silêncio. Optei por continuar me mantendo calado,
mesmo sofrendo com seu afastamento; mesmo sofrendo com a dor que
Minha mente e meus dias foram preenchidos com a tensão dos últimos
acontecimentos, o que de alguma forma, ajudou a amenizar a dor da sua
ausência.
Meu bálsamo.
exatamente isso.
Droga!
entre eles.
entrosamento com um colega. Tinha consciência do meu erro, uma vez que,
impossível não sorrir junto, contagiado pela sua beleza e pela alegria de
Somente minha.
Não demorou para seus olhos me encontrassem. Rapidamente, se
Acariciando seu rosto com meus dedos, entendi que nada teria sentido
Nada.
Com isso em mente, peguei sua mão e me afastei da porta para poder
abri-la.
***
— Por que estamos aqui? — indagou ela assim que descemos até
minha sala secreta, o local em que eu usava como meu ateliê de artes.
saltos. Estava usando uma blusa de alças, folgada, e uma saia que ia até a
altura dos joelhos. Linda. Estava linda. — Por acaso fez algum quadro novo
Nervoso, me servi com uma dose de uísque e bebi tudo num único
gole.
— E o que mudou?
fixaram nos meus e pude ver que já estavam marejados. Minha garota era
muito sensível. — Finalmente entendi que somos uma dupla, e isso significa
que devemos ser cúmplices em todas as situações, sendo elas boas ou ruins.
Mesmo que eu me esforce para privá-la das partes feias. — Sorri fraco. —
Eu realmente não me sinto confortável em apresentar-lhe meu lado escuro,
querida.
— Sei que se esforça para me manter dentro de uma bolha protetora o
tempo todo, Manuele, mas sou a sua mulher — afirmou, firme. — Sou a
Medo de perdê-la.
— Por quê?
— contei, sentindo a dor esmagar meu peito. Beatrice arquejou, mas não fez
nenhum comentário. — Você sabe que estou me esforçando para expandir os
negócios deixados pelo seu pai, então preciso cortar e criar novas alianças.
— Me calei por um momento. — Contratei os serviços de uma empresa de
um tempo.
Me calei.
pé, inquieto demais para continuar sentado. — Foi quando planejei uma
emboscada, e reuni os melhores homens da Unità — contei. — Mattia tinha
— Mattia?
dentro para fora. — Morreu deixando o filho que acabou de nascer. Deixou a
mulher que amava...
— A culpa não foi sua. — A ouvi dizer, afastando o rosto para poder
me olhar nos olhos. — Não há como prever as ações de outras pessoas.
trazer essa parte sombria para você. Não queria enxergar a decepção em
seus olhos.
sua. Você não deve carregar esse peso, porque não escolheu nada disso.
Você não o mandou se jogar na frente de uma bala por você, embora, nesse
para mim — pausou, me encarando fixamente nos olhos. — Vivo para nós.
— Segurou minha mão e a pressionou em sua barriga.
Pisquei, assustado.
completamente.
Amor.
Euforia.
Susto.
Alegria.
— Você está dizendo que... e-eu vou ser pai? — indaguei, meio débil.
ajoelhando também. — E não tenho dúvidas de que nosso bebê será tão
amado quanto eu.
FIM
CONHEÇA OUTROS TRABALHOS
Disponíveis no site: https://amz.run/3cyZ
Eu sou dela — 3
Depois da Despedida — 4
(SÉRIE CAFAJESTE)
Um Cafajeste em Apuros — 1
Um Cafajeste no meu pé — 2
(TRILOGIA PECAMINOSO)
A paixão do CEO — 1
A obsessão do CEO — 2
A redenção do CEO — 3
A proibida do CEO — 4
(LINHAGEM GONZÁLEZ)
Protetor — 1
Libertino — 2
(CONTOS)
Identidade G
(HISTÓRIAS ÚNICAS)
Insolente
De repente Casados
(DUOLOGIA SOMBRIOS)
Amarga solidão — 1
Doce libertação — 2
Box da duologia + conto fofo
Anjo negro — 1
Anjo indomado — 2
Anjo selvagem — 3
Anjo perdido — 4
Facebook — /SaraEster
Instagram: @autorasaraester
Wattpad: @SaradoJonas
[1]
Caixa de Pandora é um objeto da mitologia grega, peça central do mito de Pandora, a
primeira mulher criada por Zeus, um dos mais conhecidos dentre as histórias míticas. Embora
popularizado como uma "caixa" nas versões primitivas do mito tem-se que o recipiente seria um jarro.