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CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo III

Aula 03 – Arranjos Típicos de


Tubulações

Profº José Aparecido de Almeida


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SUMÁRIO:

1. Disposição Geral das Tubulações


2. By Pass
3. Válvulas de Controle
4. Reduções
5. Posição das Válvulas
6. Drenos e Respiros

7. Válvula de Segurança e Alívio


8. Tomadas
9. Detalhes de Instalações de Instrumentos
10. Arranjos Típicos de Instalações
11. Tubos Verticais Próximos aos Vasos e Torres
12. Espaçamentos entre Tubos Paralelos
13. Tubovias
14. Traçados de Tubulações em Área de Processamento
15. Estações de Serviço
16. Tubulações Aéreas
17. Tubulações Subterrâneas
17.1. Tubulações de Esgotos
18. Referências Bibliográficas

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1. Disposição Geral das Tubulações

O arranjo das tubulações deve ser o mais econômico, levando-se em conta as necessidades de
processo, montagem, operação, segurança e facilidade de manutenção.
Deve ser prevista a possibilidade de ampliação futura nos arranjos de tubulação, reservando-se
espaço para este fim.
O arranjo de tubulação deve ser feito prevendo-se acesso rápido e seguro aos equipamentos,
válvulas e instrumentos, tanto para manutenção como operação.
As tubulações e suportes devem ser locados de forma a permitirem a fácil desmontagem e retirada
de todas as peças que forem desmontáveis.

2. By Pass

Válvulas de controle, válvulas de redução de pressão, filtros, medidores, e alguns outros


equipamentos, onde haja a necessidade de serem removidos temporariamente para manutenção,
devem ter uma tubulação de contorno (by pass) com válvula de regulagem e válvulas de bloqueio,
antes e depois, para que o equipamento possa ser retirado de operação, sem haver a necessidade de
parar todo o sistema.

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3. Válvulas de Controle

As válvulas de controle devem sempre que possível, ficar no nível do piso, em local de fácil acesso.
Quando isso não for possível, podem ser instaladas sobre plataformas elevadas, também de fácil
acesso.
Devem ser previstos suportes adequados nas válvulas de controle, a fim de se evitar, vibrações nas
mesmas.
Existem várias maneiras de se fazer o arranjo de estações de controle. Cada caso será estudado em
função do espaço físico disponível.
Abaixo segue alguns exemplos típicos de instalação:

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4. Reduções

Nas tubulações horizontais as reduções são geralmente excêntricas, niveladas por baixo, para
manter a mesma elevação de fundo dos tubos, simplificando assim os suportes.
Fazem exceção obrigatória as reduções nas linhas de sucção das bombas, que devem ser
excêntricas, niveladas por cima, para evitar a formação de bolsas de ar, e para tubos verticais as
reduções costumam ser concêntricas.

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5. Posição das Válvulas

Nunca se devem colocar válvulas com a haste virada para baixo, porque resultaria em acumulação
de detritos no castelo da válvula.
Nas linhas de sucção de bombas é recomendável não haver válvulas com haste para cima, para se
evitar a formação de bolsas de ar no castelo da válvula. Nestes casos a melhor posição para as
válvulas é com a haste horizontal ou inclinada para cima. Porém deve ser observado que as válvulas
com haste horizontal, além de serem geralmente de manobra mais difícil, podem obstruir passagens
e acessos, causando acidentes.

6. Drenos e Respiros

Em todos os pontos baixos de qualquer tubulação, deve haver sempre uma tomada com válvula
para a drenagem dos tubos. Da mesma forma, em todos os pontos altos, deve também haver uma
tomada com válvula para admissão com purga de ar (respiros, “vents”).
O diâmetro mínimo dos drenos de respiro é de ¾”. Para tubulações de 30” e acima, e também para
líquidos viscosos ou que deixem depósitos sólidos, os drenos e respiros devem ter um diâmetro de
até 1.1/2”.

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7. Válvula de Segurança e Alívio

A descarga de uma válvula de segurança é frequentemente um perigoso e forte jato de gases


quentes, inflamáveis, tóxicos e etc. Quando a descarga se dá para a atmosfera, deve se tomar o
devido cuidado na colocação da válvula, para que a descarga não cause danos a pessoas ou
equipamentos que estejam próximos.
As válvulas de segurança que descarregam para a atmosfera devem ficar a uma altura mínima de 20
metros do solo e no mínimo a 3 metros acima de qualquer piso, situado num raio de 8 metros.
Para qualquer fluído perigoso, é recomendável que a descarga da válvula de segurança seja feita
para uma rede fechada, conduzindo fluido até um local seguro.
Para as válvulas de alívio como a descarga é sempre um jato líquido de reduzidas proporções, a
solução usual é dirigir-se esta descarga para o solo ou para a rede de drenagem.
As descargas de válvulas de segurança devem entrar pelo topo da linha tronco, preferencialmente
inclinada.

Descarga da PSV para atmosfera Descarga da PSV para sistema fechado (tocha)

8. Tomadas

Todas as tomadas de ar, vapor e gases, devem ser feitas pelo topo da linha tronco.

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Todas as tomadas de água de serviço devem ser feitas pelo fundo da linha tronco.

9. Detalhes de Instalações de Instrumentos

Detalhes típicos para manômetros

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Detalhes típicos para termopar flangeado

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10. Arranjos Típicos de Instalações

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11. Tubos Verticais Próximos aos Vasos e Torres

Os trechos verticais de tubos devem, sempre que possível, correr junto às torres e outros vasos
verticais, para facilidade de suporte. Esses tubos devem passar por fora da plataforma de acesso.
Tubos horizontais devem de preferência passar por baixo e não por cima da plataforma.

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12. Espaçamentos entre Tubos Paralelos

As distâncias de centro a centro de tubos paralelos são valores dados em diversas tabelas. Estas
distâncias são valores mínimos fixados de forma a permitir a pintura e a inspeção dos tubos e
também, de forma a deixar as folgas necessárias para os flanges no próprio tubo, ou nos tubos
vizinhos.

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13. Tubovias

Quando houver cruzamentos com ruas, avenidas, ou outras pistas de tráfego de veículos, a solução
mais usual, consiste em colocar um grupo de tubulação abaixo do nível do solo, dentro de uma
trincheira (pipe-way), às vezes denominadas de tubovias.

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14. Traçados de Tubulações em Área de Processamento

¾ Em áreas de processamento a maior parte possível de tubulações devem correr sobre suportes
elevados, ou sobre estruturas de pórtico (pipe-rack), permitindo o livre tráfego de pessoas e de
veículos por baixo.
¾ As linhas pesadas de grande diâmetro devem ficar próximas às colunas de sustentação.
¾ As tubulações de utilidades (vapor, água, condensado, ar comprimido, etc.) devem ficar no
centro dos suportes, e na fileira superior.
¾ Deve ser reservado lugar para passagens dos tubos de instrumentação, também devem ser
previstos espaços para tubulações futuras.
¾ Em áreas de processamento, salvo raras exceções, todas as máquinas (bombas, compressores,
turbinas, etc.) são instaladas próximas ao nível do solo.
¾ A altura ideal para o volante das válvulas de operação manual é de 1,20m acima do piso de
operação. Para as que estiverem acima de 2m de altura, do respectivo piso de operação, devem
ter volante com corrente.
¾ O uso de volante com corrente só deve ser usado para válvulas que não sejam frequentemente
operadas.
¾ O emprego de flanges deve ser evitado sempre que possível, permitindo-se normalmente apenas
para ligações à válvulas, vasos, tanques, bombas ou outros equipamentos. Podem ser flangeadas
as tubulações que necessitem de desmontagem freqüente para limpeza ou inspeção e as
tubulações com revestimento interno.
¾ O traçado das tubulações de sucção deve ser o mais curto e direto possível, sem pontos altos ou
baixos, levando-se em conta, a necessária flexibilidade térmica para as linhas.
¾ Nunca se deve ter nenhum elemento da tubulação a menos de 150mm do solo, inclusive os
drenos e purgadores nos pontos mais baixo.
¾ A distância mínima recomendada entre duas soldas é de 50mm.

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15. Estações de Serviço

Estações de serviços são tomadas com engate rápido, para vapor, água e ar comprimido e
normalmente são de diâmetro de ¾”. Tem por finalidade, auxiliar a manutenção, a limpeza e a
extinção de princípios de incêndios.

¾ Engates rápidos
São conexões destinadas às interligações entre tubos rígidos, máquinas e equipamentos por
meio de condutos flexíveis onde se deseja facilidade e rapidez na ligação e desmontagem com
operações freqüentes.
Essas conexões são fabricadas por meio de forjaria, fundição ou usinagem e os materiais
freqüentemente empregados são o aço carbono, aço inox, ferro fundido, bronze, latão e o
alumínio, mas ainda podem ser empregados outros materiais.
A vedação interna entre a conexão macho e a fêmea é proporcionada pelo aperto de um anel de
vedação fabricado de elastômero, que pode ser buna-n, neoprene, viton, teflon ou silicone. Esse
tipo de vedação é estanque.
São fabricados nos diâmetros de ½” a 6”.

¾ Tipos de Engate rápido

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¾ Arranjos Típicos de Estação de Serviços

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16. Tubulações Aéreas

Dentro dos limites de uma instalação industrial, quase todas as tubulações costumam ser aéreas,
pelos seguintes motivos:

¾ São mais seguras e de confiabilidade.


¾ Facilmente inspecionáveis e reparáveis quando necessárias.
¾ Mais econômicas.
¾ Construção e manutenção mais fáceis.

17. Tubulações Subterrâneas

Dentro de uma instalação industrial, são raras as tubulações subterrâneas. As linhas de esgotos
(pluvial, sanitário, industrial, etc.) que normalmente funcionam por gravidade, costumam ser deste
tipo.
Este processo algumas vezes é utilizado em linhas de distribuição de água potável e de ar
comprimido.
É usual colocar enterradas, todas as tubulações de incêndio para evitar a possibilidade de colisões e
outros acidentes.
Este tipo de construção é praticamente inviável em tubulações com isolamento térmico ou com
aquecimento.
Todas as tubulações subterrâneas que sejam de materiais sujeitos a corrosão pelo solo, devem
receber um revestimento ou um tratamento externo protetor (pintura com tintas betuminosas e
envolvimento com fita impermeável).
Nas tubulações subterrâneas de pressão, em que se empreguem ligações de ponta e bolsa, devem
haver blocos de concreto e de ancoragem em todos os pontos de mudanças de direção, defronte das
derivações importantes, e de espaço em espaço nos trechos retos, para impedir um possível
desengate, dos tubos por efeito da pressão interna.

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17.1. Tubulações de Esgotos

Como as tubulações de esgoto sempre carregam uma certa quantidade de sólidos, devem ter
em determinados pontos caixas de decantação, denominadas “caixas de visita”.
Na presença de gases inflamáveis, explosivos ou tóxicos na tubulação, as caixas de visita
devem ter:
¾ Tampa fechando hermeticamente.
¾ Tubo de respiro levando os gases até local seguro.
¾ Septo dentro da caixa, formando um selo de água, para evitar a passagem dos gases
perigosos através da mesma.

Todas as derivações em tubulações de esgotos, devem ser feitas à 45º no sentido do fluxo.
Para ramais pequenos usam-se tês ou cruzetas e para ramais grandes usam-se caixas de
visita.
Em quaisquer tubulações de esgoto, devem ser colocadas caixas de visita nos seguintes
pontos:
¾ Pontos de derivações importantes.
¾ Ponto de mudança de direção.
¾ Todos os pontos de mudança de elevação.
¾ Todos os pontos extremos.
¾ Em determinados pontos, ao longo de trechos retos e compridos.

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Nos sistemas de esgoto pluviais e em alguns esgotos industriais em que os líquidos são
coletados no piso, usam-se caixas de coleta com tampa gradeada, que servem também como
caixas de decantação.
Quando houver presença de gases inflamáveis, explosivos ou tóxicos, as caixas de coletas no
piso devem ter selo de água.

Em instalações industriais, os sistemas de esgotos pluvial, industrial e sanitário são quase


sempre independentes e projetados de forma a não permitirem a contaminação entre si.
Em respeito ao meio ambiente os efluentes de esgoto industrial e sanitário, devem em geral,
receber algum tratamento antes de serem lançados fora.

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18. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

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Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

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