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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Química Orgânica: Historial da Química Orgânica; A Química do Carbono;
Hidrocarbonetos

Nome: Fanito Alberto Código: 708221888

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Química Básica
Ano de Frequência: 1º Ano
Turma: N
Tutor: Jerusalém Alberto Maibeque

Nampula, Novembro de 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota
Subtotal
máxima do tutor
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
Estrutura
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização (indicação
2.0
clara do problema)
Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
escrita cuidada, 3.0
Conteúdo
Analise e coerência/coesão textual)

discussão  Revisão bibliográfica nacional


e internacional relevante na
2.0
área de estudo

 Exploração dos dados 2.5

 Contributos teóricos e práticos


Conclusão 2.0
 Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos
Formatação letra, parágrafo, espaçamento
1.0
gerais
entre linhas
Normas APA 6a
Referências  Rigor e coerente das
edição em
bibliográficas citações/referências 2.0
citações e
bibliografia bibliográficas

1. Folha de Feedback

2
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................6
Capítulo I: História da Química Orgânica..................................................................................7
1. Fundamentação Teórica..........................................................................................................7
Capítulo II: A Química do Carbono..........................................................................................10
2.1. Descoberta do carbono.......................................................................................................10
2.2. Principais características do carbono.................................................................................10
2.3. Ligações do carbono..........................................................................................................11
2.3.1. Tipos de ligações possíveis e a hibridização do carbono em cada caso.........................11
2.4. Alótropos do carbono.........................................................................................................12
2.5. Aplicações do carbono.......................................................................................................13
2.6. Ciclo do carbono................................................................................................................14
Capítulo III: Hidrocarbonetos...................................................................................................15
3.1. Conceitos............................................................................................................................15
3.2. Propriedades dos hidrocarbonetos.....................................................................................15
3.3. Classificação dos hidrocarbonetos.....................................................................................15
3.3.1. Hidrocarbonetos alifáticos..............................................................................................16
3.3.2. Hidrocarbonetos cíclicos.................................................................................................16
3.3.3. Hidrocarbonetos saturados..............................................................................................16
3.3.4. Hidrocarbonetos insaturados...........................................................................................17
3.4. Nomenclatura.....................................................................................................................17
3.5. Tipos de Hidrocarbonetos..................................................................................................17
3.5.1. Alcanos...........................................................................................................................17
1. Características dos alcanos................................................................................................18
3.5.2. Alcenos...........................................................................................................................18
1. Características dos alcenos................................................................................................18
3.5.3. Alcinos............................................................................................................................19
1. Características dos alcinos................................................................................................19
3.5.4. Alcadienos.......................................................................................................................19
1. Características dos alcadienos...........................................................................................19
3.5.5. Ciclanos...........................................................................................................................20
1. Características dos ciclanos...............................................................................................20
3.5.6. Ciclenos...........................................................................................................................20

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1. Características dos ciclenos...............................................................................................20
3.5.7. Ciclinos...........................................................................................................................21
1. Características dos ciclinos...............................................................................................21
4. Conclusão..............................................................................................................................22
5. Referência Bibliográfica.......................................................................................................23

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1. Introdução

A Química é uma disciplina integrada nas Ciências Naturais que estuda a matéria, as
substâncias que a constituem e as suas transformações. Ela tem por objectivo proporcionar
aos estudantes a possibilidade de facilitar a compreensão de alguns processos relativos ao
mundo vivo.

Para atingir este propósito, as actividades foram organizadas em capítulos que serão
desenvolvidas de forma individual na cadeira de Química Básica. No primeiro capítulo
encontramos o “Historial da Química Orgânica”, onde ira-se abordar resumidamente sobre os
precursores da química orgânica, suas acções e contribuições neste ramo. No segundo
capítulo encontramos a “Química do Carbono” aqui ira-se apresentar as principais
características do Carbono e Alotropia do Carbono. E no terceiro ou último capítulo vamos
encontrar os “Hidrocarbonetos: Alcanos; Alcenos e Alcinos. Aqui finalmente vai-se abordar
sobre a ocorrência na natureza; propriedades; nomenclatura; obtenção; aplicações.

Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica que, segundo Marconi e Lakatos (2002),
coloca o pesquisador em contacto directo com o material já publicado em relação a química
básica. A bibliografia consultada foi composta de livros, dissertações, teses e artigos
científicos, publicados nas áreas de química orgânica, sem delimitação do período de
publicação.
Inicialmente foi feita uma leitura exploratória, que determinou qual material tinha relevância
para a pesquisa, seguida por uma leitura analítica que foi fundamental para a ordenação das
informações obtidas, de forma que viessem a responder os problemas da pesquisa (GIL,
2010). Os dados obtidos na análise do material foram utilizados para a construção de uma
narrativa que caracteriza e explicar a relação entre o estudo da química orgânica e os
compostos do carbono.

Estruturalmente, o trabalho apresenta elementos pré-textuais (capa, folha de feedback, índice)


textuais (introdução, desenvolvimento e conclusão) e pós-textuais (referencias bibliográficas)
que serviram de suporte para a elaboração do presente trabalho.

Para além da parte introdutória, há outros elementos que constam no desenvolvimento e na


conclusão do trabalho.

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Capítulo I: História da Química Orgânica

1. Fundamentação Teórica

A história da química orgânica começa por nos dizer que é uma divisão da química que foi
proposta em 1777 pelo químico sueco. A química orgânica foi definida como uma empresa
química que estuda compostos extraídos de organismos vivos. Em 1807, a teoria da força vital
foi formulada por Jöns Jacob Berzelius. Baseou-se na ideia de que os compostos orgânicos
requerem uma força (de vida) mais elevada para serem sintetizados.

Em 1828, Friedrich Wöhler, um estudante de Berzelius, a partir do aquecimento do cianato de


amónio, produziu ureia; iniciando assim a queda da teoria da força vital. Este feito ficou
conhecido como a síntese de Wöhler.

Mais tarde, Pierre Eugene Marcellin Berthelot realizou uma série de experiências que
começaram em 1854 e em 1862 foi o epítome do acetileno. Em 1866, Berthelot obteve por
aquecimento a polimerização do acetileno em benzeno e assim perturbou a teoria da força
vital.

Note-se que a definição Bergman para química orgânica não era apropriada, então, o químico
alemão Friedrich August Kekulé propôs uma nova definição actualmente aceite: “A química
orgânica é o ramo da química que estuda compostos de carbono”.

Esta afirmação é correcta, contudo, nem todos os compostos contendo carbono são orgânicos,
por exemplo dióxido de carbono, um ácido carbónico, uma grafite, etc., mas todos os
compostos orgânicos contendo carbono.

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Essa parte da química, além de estudar a estrutura, propriedades, composição, reacções e
síntese de compostos orgânicos que por definição contêm carbono, pode também conter
outros elementos como o oxigénio e o hidrogénio. Muitos deles contêm azoto, halogéneos e,
mais raramente, fósforo e enxofre.

A química acreditava que os compostos obtidos de organismos vivos eram demasiado


complexos para serem sintetizados. De acordo com o conceito de vitalismo, a matéria
orgânica era dotada de uma “força vital”.

Estes compostos foram designados como “orgânicos” e a investigação foi dirigida


principalmente a materiais inorgânicos que pareciam ser mais facilmente estudados.

Durante a primeira metade do século XIX, os cientistas descobriram que os compostos


orgânicos podiam ser sintetizados no laboratório. Em 1816 Michel Chevreul preparou
sabonetes feitos de gorduras e álcalis.

Em 1828, Friedrich Wöhler produziu ureia, um componente de urina do cianato de amónio


com sal inorgânico, NH 4 CNO, esta preparação é agora chamada a síntese de Wöhler.

Embora Wöhler tenha sido sempre cauteloso ao afirmar que teria refutado a teoria da força
vital, este acontecimento tem sido frequentemente visto como um marco para o
estabelecimento de uma química orgânica. Em 1856, William Henry Perkin, enquanto tentava
fabricar quinino, fabricou acidentalmente o corante orgânico conhecido como malvaina.

Devido ao grande sucesso financeiro desta descoberta, o interesse no estudo da química


orgânica aumentou significativamente. O conceito de estrutura química foi crucial para o
desenvolvimento das teorias da química orgânica e tem funcionado simultânea e
independentemente por Friedrich August Kekulé e Archibald scott Couper em 1858.

Ambos sugeriram que átomos de carbono tetravalentes (que são quatro ligações) poderiam
unir-se para formar uma rede de átomos de carbono, e os padrões destas ligações poderiam ser
discernidos através de interpretações apropriadas das reacções químicas que tinham ocorrido.

A história da química orgânica continuou com a descoberta do petróleo e a sua separação em


fracções de acordo com a diferença no ponto de ebulição dos seus componentes. A indústria
farmacêutica já começou na última década do século XIX, com o fabrico de ácido
acetilsalicílico (mais conhecido como aspirina) pela Bayer na Alemanha.

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Embora os primeiros exemplos de reacções e aplicações orgânicas fossem muitas vezes tão
bons por acaso, a segunda metade do século XIX testemunhou estudos altamente sistemáticos
de compostos orgânicos.

A síntese total de compostos naturais começou com ureia e aumentou em complexidade com
a obtenção de glucose e terpineol. Em 1907, a cânfora obtida por síntese total foi
primeiramente comercializada por Gustaf Komppa com cânfora. A partir do século XX, o
progresso da química orgânica permitiu a síntese de moléculas de alta complexidade.

Ao mesmo tempo, os polímeros e enzimas foram reconhecidos como grandes moléculas


orgânicas e o óleo provou ser de origem biológica.

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Capítulo II: A Química do Carbono
2.1. Descoberta do carbono.

O carbono foi descoberto na Pré-História, aproximadamente, em 3750 a. C. Na época


sabia-se do composto em forma de brasa ou fuligem.  Foi designado como carbono,  nome
que provém do latim carbo, que significa carvão,  em 1789, por Antoine Laurent Lavoisier,
mas apenas no século XIX que suas propriedades físico-químicas, suas interacções
moleculares e seu comportamento atómico começaram a ser estudados por Friedrich August
Kekulé e Archibald Scott Couper. Em 1857,  August Kekulé criou a teoria da
tetracovalência do carbono, a qual fala sobre a possibilidade do composto realizar múltiplas
ligações. Em 1865, inspirado por um sonho, Kekulé propôs como seria uma estrutura
molecular hexagonal de carbonos, que hoje conhecemos como benzeno.

Archibald Couper, em 1858, publicou sua “nova teoria de química”, que, em suma, trata da
tetravalência do carbono. De acordo com Couper, os átomos de carbono poderiam unir-se,
formando moléculas carbônicas conforme a valência do átomo. Perceba que se trata do
mesmo conceito proposto por Kekulé, no entanto, ambas as teses são desvinculadas.

Couper teve um desentendimento com o educador Charles Adolphe Wurtz, da Escola de


Medicina de Paris, instituição onde Couper desenvolvia suas pesquisas. Nesse conflito,
Couper foi desacreditado e posteriormente expulso do laboratório, fazendo com que sua tese
perdesse a notoriedade para a de Kekulé.

Cientistas soviéticos descobriram, em 1917, uma nova forma alotrópica do carbono,


chamada carbino, como uma promissora aplicação comercial e tecnológica devido à
resistência de sua estrutura. Além dos alótropos, temos arranjos moleculares de carbonos com
outros átomos. Hoje se tem catalogados mais de três milhões de espécies de compostos com
carbono em sua estrutura.

Um famoso alótropo do carbono é o diamante, cuja maior jazida está na Rússia e foi
descoberta em 2012. Outra espécie alotrópica do carbono é o grafite, as primeiras minas de
grafite foram encontradas na Alemanha, em 1400.

2.2. Principais características do carbono

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O carbono é um não metal do grupo 14 ou família 4A, segundo período. Possui seis
electrões, seis protões e três isótopos naturais de massa 12, 13 e 14, sendo o último
radioactivo. Apresenta-se em estado sólido para condições normais de temperatura e pressão.
Sua distribuição electrónica é 1s2 2s2 2p2.
O carbono possui raio atómico pequeno e afinidade com muitos outros elementos
pequenos, além de ser um composto tetravalente, ou seja, pode estabelecer quatro ligações
com outros átomos. Essas características possibilitam a formação de uma enorme diversidade
de moléculas, como dióxido de carbono, hidrocarbonetos, haletos orgânicos, entre outras.

2.3. Ligações do carbono

O carbono pode realizar quatro ligações com átomos diferentes ou realizar dupla e tripla
ligação com o mesmo átomo, isso se deve às diferentes hibridizações que o átomo assume, e
a interacção entre os orbitais ligantes define se a ligação será forte ou fraca. Teremos,
portanto,  dois tipos de  ligação sigma (σ) ou pi (π). A ligação do tipo sigma é mais forte e
será a primeira a ser realizada; a ligação pi é mais fraca, também conhecida como insaturação
de uma cadeia carbónica.

2.3.1. Tipos de ligações possíveis e a hibridização do carbono em cada caso

O carbono é o quarto elemento mais abundante do Universo, está presente em toda espécie
viva, e em quase toda matéria orgânica, além de minerais e combinações moleculares.
Possui diversas combinações estruturais ou alótropos, com diferentes propriedades físico-
químicas, tais como grafite, diamante, fulereno e grafeno.

Moléculas de carbono, estão presentes nos combustíveis que usamos em nossos veículos, nos


vasilhames de plástico, nos alimentos com carboidratos, glicose, óleos e proteínas etc.
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2.4. Alótropos do carbono

O carbono é um elemento capaz de ligar-se e formar moléculas de diferentes estruturas e


propriedades físico-químicas, esses diferentes compostos são chamados de alótropos do
carbono. Existem muitas espécies diferentes de alótropos de carbono, e, a cada década,
descobre-se mais delas, além de suas possíveis aplicações.

 Carbono amorfo:  não possui estrutura cristalina definida e é composto por hibridização
do tipo sp2 e sp3. Estudos mostram a possibilidade da utilização dessa substância na
fabricação de baterias e eletrodos, devido as suas propriedades catalisadoras e
absorventes.
 Diamante: é o alótropo de ocorrência natural, composto de elevada dureza, com átomos
em hibridização do tipo sp3, o que faz com que não haja electrões livres na sua estrutura e
que, portanto, não seja um bom condutor. Tem densidade de 3,51 g/cm3 e ponto de fusão a
3550 °C. Nele cada átomo liga-se tetraedricamente a quatro outros átomos de carbono.
Trata-se de uma forma de cristalização que acontece quando o elemento é submetido à
alta pressão e temperatura. Possui alto valor agregado e é comercializado como pedra
preciosa.
 Grafita:  é um mineral com camadas de carbono que se ligam formando arranjos planares
em formato de hexágonos. Seus átomos possuem hibridização do tipo sp 2, sendo, portanto,
um bom condutor eléctrico. É usado industrialmente na produção de lâmpadas, peças
eléctricas e materiais refratários. Possui baixa dureza e alto ponto de fusão.
 Fulereno:  é uma substância sintética obtida pela vaporização da grafita em atmosfera de
gás hélio. Possui densidade de 1,65 g/cm3, menor do que dos demais alótropos do
carbono. Sua estrutura é composta por 60 átomos de carbono ligados em forma de
hexágono, assim como a grafita, porém organizados esfericamente, gerando-lhe aspecto
semelhante a uma bola de futebol. É utilizado medicinalmente como antioxidante,
antiviral e contraste para processos de diagnóstico.
 Grafeno:  é considerado o material mais fino do mundo, pois sua estrutura é da espessura
de um átomo de carbono e sua organização é uma folha planar. Constituído de ligações do
tipo sp2, é um ótimo condutor e possui alta resistência. O grafeno é extraído pela
esfoliação mecânica da grafite, trata-se, portanto, de um material sintético.

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Representação da estrutura molecular de alguns alótropos do carbono.

2.5. Aplicações do carbono

O carbono está presente em diversos materiais de uso quotidiano, como vasilhames de


plásticos e garrafas PET, isso porque o polietileno (matéria-prima do plástico) é constituído
de cadeias carbónicas. O mesmo ocorre com as margarinas, os carboidratos, os combustíveis
fósseis, o etanol, os óleos e graxas, cada um com sua respectiva função orgânica.

Estrutura molecular e fórmula geral do polietileno tereftalato (PET)

No sector tecnológico,  temos os nanotubos de carbono, que são óptimos condutores


eléctricos, térmicos e mecânicos. Outro exemplo é o isótopo carbono 14, usado como aliado
da ciência investigativa, pois, por meio de seu decaimento radioactivo, estima-se a idade de
um fóssil ou objecto, técnica muito utilizado na arqueologia. Devido à diversidade de
moléculas possíveis com o elemento carbono, temos também infinitas aplicações.

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2.6. Ciclo do carbono

Visto que o carbono é um dos elementos mais abundantes do Universo e que está presente na
constituição da vida terrestre, temos a participação dele também na manutenção da vida. Nos
processos metabólicos, na respiração celular, na decomposição e na fermentação, há liberação
do dióxido de carbono (CO2), um gás de efeito estufa.
O CO2 acumulado na atmosfera produz uma espécie de filtro que permite a energia solar
entrar, mas não a permite sair,  retendo seu calor na superfície da terra.  Até certo ponto,
isso é bom, foi esse processo que permitiu o desenvolvimento da vida terrestre. No entanto,
com o surgimento das indústrias e a utilização de combustíveis fosseis, provocou-se um
aumento da emissão de gás carbónico, tornando a retenção de calor prejudicial ao
ecossistema. A absorção do dióxido de carbono só é feita por organismos fotossintetizantes.

Imagem representativa do ciclo do carbono.

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Capítulo III: Hidrocarbonetos
3.1. Conceitos

Os hidrocarbonetos são compostos formados apenas por carbono e hidrogénio, com fórmula
geral: CxHy.

Trata-se de uma extensa quantidade de substâncias, cujas mais conhecidas são constituintes
do petróleo e gás natural.

A cadeia principal de um hidrocarboneto é formada de carbono e, por sua vez, os átomos de


hidrogénio se ligam por meio de ligação covalente.
São largamente utilizados na indústria química, sendo essenciais na produção dos derivados
do petróleo: combustíveis, polímeros, parafinas, dentre outros.

3.2. Propriedades dos hidrocarbonetos

Interacção São compostos praticamente apolares e suas moléculas se


molecular unem por dipolo induzido.
Ponto de fusão e São baixos em comparação aos compostos polares.
ebulição
Gasoso: compostos de 1 à 4 carbonos.
Estados de
Líquido: compostos de 5 à 17 carbonos.
agregação
Sólido: compostos com mais de 17 carbonos.
Densidade Possuem densidade menor que a da água.
Solubilidade São insolúveis em água e solúveis em substâncias apolares.
Baixa: compostos de cadeia aberta e ligações simples.

Reactividade Média: compostos de cadeia aberta e ligações duplas.


Alta: compostos cíclicos de 3 aos 5 carbonos.

3.3. Classificação dos hidrocarbonetos

Quanto à forma da cadeia carbónica principal, os hidrocarbonetos são classificados em:

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3.3.1. Hidrocarbonetos alifáticos

Formados por cadeias carbónicas abertas ou acíclicas, as quais possuem carbonos terminais.
 Alcanos  Alcinos
 Alcenos  Alcadienos

Exemplo:

2,2,4-trimetilpentano

3.3.2. Hidrocarbonetos cíclicos

Formados por cadeia carbónica fechada ou cíclica as quais não possuem carbonos terminais.
 Ciclanos  Ciclinos
 Ciclenos  Aromáticos

Exemplos:

Quanto às ligações das cadeias carbónicas, sejam elas simples, duplas ou triplas:

3.3.3. Hidrocarbonetos saturados

Os compostos são formados por ligações simples entre os átomos de carbono e hidrogénio.

 Alcanos
 Ciclanos

Exemplo:

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Metilciclopentano

3.3.4. Hidrocarbonetos insaturados

Os compostos formados possuem ligações duplas ou triplas entre os átomos de carbono e


hidrogênio.
 Alcenos  Alcadienos  Ciclinos
 Alcinos  Ciclenos  Aromáticos

1-penteno

3.4. Nomenclatura

A nomenclatura dos hidrocarbonetos é definida através dos seguintes termos:

Prefixo Intermediário Sufixo


Indica o número de carbonos Tipo de ligação encontrada na Identificação do grupo
presentes na cadeia. cadeia. funcional.

3.5. Tipos de Hidrocarbonetos

Confira os principais tipos de hidrocarbonetos, suas características e os compostos utilizados:

3.5.1. Alcanos

São hidrocarbonetos de cadeia aberta com ligações simples entre os átomos de carbono e
hidrogênio, cuja fórmula geral é CnH2n+2.

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1. Características dos alcanos

 Também são chamados de parafinas ou parafínicos.


 São encontrados na natureza no gás natural e no petróleo.
 São utilizados como combustíveis: gás de cozinha, gasolina, óleo diesel, etc.

2. Utilidade dos alcanos

 Metano O mais simples dos hidrocarbonetos, encontrado no gás


natural e minas de carvão.
 Etano Gás incolor e sem cheiro, utilizado na produção de etileno
 Propano É um derivado do petróleo vendido como combustível
 Butano É um derivado do petróleo utilizado no gás de cozinha
 Hexano Utilizado como solvente e desengraxante na indústria.

3.5.2. Alcenos

São hidrocarbonetos de cadeia aberta e possuem ligação dupla, cuja fórmula geral é CnH2n.

1. Características dos alcenos


 Também são chamados de olefinas, alquenos ou hidrocarbonetos etilênicos.
 São obtidos industrialmente a partir do craqueamento de alcanos presentes no
petróleo.
 São utilizados como matéria-prima na indústria: plásticos, corantes, explosivos, etc.

2. Utilidade dos alcenos

 Eteno Também conhecido como etileno, é produzido por frutos verdes.


 Propileno Ocorre na natureza em processos de fermentação.
 1- Buteno Usado como solvente e combustível.
 2- Buteno Utilizado na fabricação de polímeros.
 2- Penteno Utilizado como solvente e na síntese orgânica,

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3.5.3. Alcinos

São hidrocarbonetos de cadeia aberta e presença de ligação dupla, cuja fórmula geral é CnH2n-
2.

1. Características dos alcinos


 São mais reactivos que os alcanos e alcenos devido a ligação tripla.
 Os alcinos com mais de 14 átomos de carbono são sólidos.
 O alcino mais utilizado é o acetileno, comummente empregado na produção de
borrachas sintéticas, fibras têxteis e plásticos.

2. Utilidade dos alcinos

 Etino Utilizado na fabricação do ácido acético.


 Propino Utilizado na soldadura.
 1- Butino Utilizado na fabricação de borracha.
 2- Butino Utilizado na síntese de hidroquinonas.
 3- Metil-1-butino Tem aplicação como metabólito.

3.5.4. Alcadienos

São hidrocarbonetos de cadeia aberta e presença de duas ligações duplas, cuja fórmula geral
é CnH2n-2

1. Características dos alcadienos

 Também chamados de dienos ou diolefinas


 Na natureza são encontrados nos terpenos, extraídos de óleos essenciais de frutas.
 O composto mais conhecido é o isopreno, encontrado na borracha natural e óleos
essenciais.

2. Utilidade dos alcadienos

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 Isopeno Um dos principais componentes da borracha natural.
 Propadieno Utilizado como combustível para soldagem.
 1,3-Butadieno Monómero utilizado na produção da borracha.
 1,4-Pentadieno Utilizado em sínteses orgânicas.

3.5.5. Ciclanos

São hidrocarbonetos de cadeia fechada com ligações simples entre os átomos de carbono e
hidrogénio, cuja fórmula geral é CnH2n.

1. Características dos ciclanos

 Também são chamados de cicloalcanos ou cicloparafinas.


 São instáveis quando submetidos à elevadas pressões.
 Cadeias com mais de 6 carbonos são estáveis, enquanto com menos de 5 carbonos são
reactivas.

2. Utilidade dos ciclanos


 Ciclopropano Utilizado como anestesia geral por inalação.
 Ciclobutano Forma compostos que podem ser encontrados em bactérias.
 Ciclopentano É um hidrocarboneto altamente inflamável.
 Ciclohexano É utilizado como solvente e na síntese de outros compostos orgânicos.

3.5.6. Ciclenos
São hidrocarbonetos de cadeia fechada e com a presença de ligação dupla, cuja fórmula
estrutural é CnH2n-2.

1. Características dos ciclenos

 Também são chamados de cicloalcenos.


 Compostos de 3 à 5 carbonos são instáveis.
 São geralmente encontrados no gás natural, óleo e petróleo.

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2. Utilidade ciclenos
 Ciclopropen É o mais simples cicleno isolado.
o
 Ciclobuteno É utilizado na síntese de polímeros e compostos orgânicos.
 Ciclopenteno Utilizado como monómero na síntese de plásticos.
 Ciclohexeno Intermediário em vários processos industriais.

3.5.7. Ciclinos
São hidrocarbonetos de cadeia fechada e com a presença de ligação tripla, cuja fórmula
estrutural é CnH2n-4.

1. Características dos ciclinos


 Também são chamados de cicloalcinos ou cicloalquinos.
 São hidrocarbonetos cíclicos e insaturados.
 São instáveis devido a ligação tripla e não são encontrados na natureza.

2. Exemplos de ciclinos

 Ciclopentino Ciclino formado por 5 carbonos.


 Ciclohexino Ciclino formado por 6 carbonos.
 Cicloheptino Ciclino formado por 7 carbonos.
 Ciclo-octino Ciclino formado por 8 carbonos.

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4. Conclusão

Durante o trabalho, falou-se dos percursos historicos da quimica organica e seu


contributo para o estudo deste ramo, a prior vale realcar que a química orgânica foi definida
como uma química que estuda compostos extraídos de organismos vivos. Em 1807, a teoria
da força vital foi formulada por Jöns Jacob Berzelius. Baseou-se na ideia de que os compostos
orgânicos requerem uma força (de vida) mais elevada para serem sintetizados. Em 1828,
Friedrich Wöhler, um estudante de Berzelius, a partir do aquecimento do cianato de amónio,
produziu ureia; iniciando assim a queda da teoria da força vital. Este feito ficou conhecido
como a síntese de Wöhler.
Em 1866, Berthelot obteve por aquecimento a polimerização do acetileno em benzeno
e assim perturbou a teoria da força vital. A definição Bergman para química orgânica não era
apropriada, então, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs uma nova definição
actualmente aceite: “A química orgânica é o ramo da química que estuda compostos de
carbono”.
O carbono é um não metal da família 4A, segundo período, com seis prótons, seis
elétrons e três isótopos naturais de massa 12, 13 e 14. É um elemento tetravalente e com raio
atômico pequeno; tem afinidade com muitos elementos, possibilitando a formação de
múltiplas moléculas.
Os hidrocarbonetos são compostos formados apenas por carbono e hidrogénio, com
fórmula geral: CxHy. Trata-se de uma extensa quantidade de substâncias, cujas mais
conhecidas são constituintes do petróleo e gás natural. A cadeia principal de um
hidrocarboneto é formada de carbono e, por sua vez, os átomos de hidrogénio se ligam por
meio de ligação covalente. São largamente utilizados na indústria química, sendo essenciais
na produção dos derivados do petróleo: combustíveis, polímeros, parafinas, dentre outros.

22
5. Referência Bibliográfica

BATISTA, Carolina. (2022). Hidrocarbonetos. Disponíveis em


https://www.todamateria.com.br/hidrocarbonetos/
SÉRGIO (2022) Historia da química orgânica. Disponível em: História da Química
Orgânica - Nossa Historia
GIL, A. C. (2010) Como elaborar Projectos de Pesquisa. 5ed. São Paulo: Atlas.

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