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Alunas:
Beatriz Marques Castilho Bastos Matrícula: 02210232
Mariana de Oliveira Matsuda do Nascimento Matrícula: 02211192
2º CNA
INTRODUÇÃO
Conforme prevê a Carta Magna e o próprio Estatuto do Idoso, é garantido à pessoa idosa:
Art. 2º A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-
lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual,
espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público
assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária. (ESTATUTO DO IDOSO, 2022)
Forró
O forró é uma expressão artística genuinamente nordestina. Por ser uma forma de manifestação
cultural ampla, o termo forró tem diversos significados e pode servir tanto para designar o ritmo
musical, o estilo de dança e mesmo a festividade em que acontece. (AIDAR, 2022).
Sua origem tem relação com bailes populares que eram realizados no final do século XIX e eram
chamados de "forrobodó", "forrobodança" ou "forrobodão".
Naquele tempo era preciso molhar o piso do local onde essas festas aconteciam, pois eles eram
feitos de "chão batido", ou seja, não havia revestimento, somente terra.
As pessoas costumavam dançar arrastando os pés a fim de evitar que a poeira levantasse, daí o
termo rastapé ou arrasta-pé.
Há ainda influência de ritmos holandeses e portugueses, além das danças de salão europeias.
Um suposição para o termo o nome do termo “forró”, mas sem comprovação histórica, é que tal
nome teria sido criado a partir de uma expressão inglesa.
Segundo essa teoria, os engenheiros britânicos que se fixaram na região de Pernambuco durante a
instalação da ferrovia Great Western, costumavam promover festas para figuras ilustres.
Entretanto, em determinados momentos, tais eventos eram abertos ao público e levavam em seus
convites o termo “for all”, que quer dizer "para todos" em português.
O povo local começou a pronunciar então "forró".
Mas foi apenas em 1950 que se começou a usar de fato o nome "forró".
O que realmente difundiu o estilo pelo Brasil foi a migração nordestina para outros estados do país,
sobretudo nas décadas de 1960 e 1970.
Atualmente, o forró é apreciado em todo o Brasil e celebrado no dia 13 de dezembro, data de
nascimento do famoso sanfoneiro Luiz Gonzaga.
A partir dos anos 80, o forró sofreu algumas modificações. Nessa época, foram introduzidas
também a bateria, a guitarra e o baixo elétrico.
Já na década de 1990, outros elementos foram incorporados por algumas bandas, como o teclado e o
sax, e a zabumba foi retirada. Esse subgênero passou a ser chamado de forró eletrônico ou estilizado
e sofreu críticas por estar transformando o forró tradicional em um produto superficial da indústria
cultural.
Nos anos 2000, esse tipo de música ganhou nova repaginada e surgiu na forma do forró
universitário, que acrescentava ao estilo original algumas mudanças instrumentais.
Benefícios para a Terceira Idade:
Segundos estudos científicos realizados acerca da temática, conclui-se que a dança de salão e
especificamente o forró é indicado para todas as idades e é um dos mais indicados para os idosos.
Existem diversos artigos defendendo e enumerando seus diversos benefícios para a terceira idade
como por exemplo: incentivo à autonomia, independência, amenizando os efeitos do passar dos
anos e atenuando o desgaste do organismo, proporciona a inserção do idoso aos meios social,
intelectual e cultural, consequentemente resultando em uma vida mais saudável, prazerosa e com
melhor qualidade.
É um instrumento que contribui para o equilíbrio ou minimizar o impacto das perdas biológicas e
maximizar os ganhos psicológicos e sociais no envelhecimento. O estilo de vida ativo deve ser visto
como uma forma de quebrar o círculo vicioso do avanço da idade – sedentarismo-doença-
incapacidade. O importante é manter o movimento como parte constante do dia-a-dia das pessoas,
pois, o sedentarismo é a condenação a uma vida mais curta e com menos felicidade, dignidade e
qualidade.
Proporciona a junção do lazer e divertimento com atividade física, melhores níveis de autoestima,
autoimagem, melhoria nos padrões de sono, relaxamento muscular, mudança e melhora de humor, a
sensação de bem estar e de relaxamento, o consequente reflexo da diminuição de episódios
depressivos, superação de limites físicos e a dedicação de tempo para si mesmo, consequentemente,
reduz as angústias, medo e inseguranças, o reencontro consigo mesmo, é considerada uma
verdadeira terapia, auxilia na reabilitação dos movimentos, mais equilíbrio, agilidade, ganho de
massa muscular, melhor coordenação motora, estímulo à memória, melhora a respiração e
circulação, a sustentação, equilíbrio, resistência aeróbica.
No processo de envelhecimento, diante das mudanças biopsicossociais enfrentadas, com relação à
perda de peso, acredita-se que seja possível a dança de salão contribuir, senão com a perda, mas
com a manutenção do peso estável, por tratar-se de uma atividade leve e moderada, pois, verifica-se
na prática que é comum a participação de um grupo de idosos em bailes, com duração de 3 a 4
horas, onde muitos casais dançam quase o tempo todo, e, dependendo do ritmo dançado, sabe-se
que, a partir de 15 minutos de atividade contínua, a dança de salão pode ser considerada uma
atividade física aeróbica.
Entende-se como atividade aeróbica aquela que proporciona melhora do desempenho
cardiovascular por meio da utilização do oxigênio, permitindo que o coração trabalhe com força e
freqüência. Atividades aeróbicas mais indicadas para o público da terceira idade são as de baixo
impacto, tais como: caminhada, natação, hidroginástica, yoga, dança, ou especificamente a dança de
salão.
A agilidade pode ser difícil de ser melhorada com o avanço da idade, mas a prática de uma
atividade física, como a dança de salão, pode ajudar a manter os níveis com o decorrer do tempo,
evitando maiores perdas.
Diante da aposentadoria, muitos idosos se vêem sem saída, não sabem o que poderão fazer,
acredita-se que, uma das atividades bastante procurada é a dança de salão, também pela facilidade
de envolver muitas pessoas nessa atividade, geralmente realizada em grandes salões, e, em horários
alternativos como no período da manhã ou da tarde para grupos de terceira idade e por ser uma
atividade física com intensidade leve a moderada, bastando que a pessoa consiga realizar algum
movimento para ter condições de dançar, existem, inclusive, andadores específicos para auxiliarem
os idosos a dançarem.
Ter uma vida ativa, física e mentalmente, pode retardar o processo de envelhecimento e dar mais
qualidade de vida a todas as pessoas.
Justificativa
Objetivo
Busca-se levar a história da dança de salão e do forró para a vida dos idosos e não somente a prática
da dança, pois vai muito além. Acredita-se que a conexão com a história da modalidade da dança é
muito importante, pois desperta interesse, aprimora conhecimentos, cria uma identidade, além de
gerar conscientização apresentando a dança como uma forma de exercício da cidadania ativa,
acessando o direito à cultura, educação, esporte, lazer, saúde, direitos de todos os idosos.
Disseminar a importância da identidade, da cultura na vida do ser humano como uma ferramenta
poderosa de influência, levando a pessoa idosa a entender que qualquer um pode participar da
dança, a qual deve ser pensada como uma política pública para que todos podem ter o devido
acesso, independentemente de suas peculiaridades, dificuldades e limitações físicas, a exemplo do
idoso com deficiência ou com alguma mobilidade reduzida ou passando por tratamento de alguma
doença.
Desenvolvimento
Ao decorrer das aulas foram feitas diversas pesquisas sobre a temática com o intuito de
posteriormente elaborar uma oficina para os idosos da Faculdade da Terceira Idade (FTI),
relacionando a dança, a cultura, a história e cidadania, além de englobar temas como a participação
de idosos com deficiência, no meu caso, da dança de salão e especificamente o forró. Na oficina, ao
apresentarmos a história da respectiva dança, os convidados eram chamados ao palco para
executarem suas performances e interações com o público, seja para que todos participassem da
dinâmica, seja para dúvidas ou comentários. Acabou que todos participaram amplamente de todas
as dinâmicas e ao final foram feitos vídeos curtos, nos quais os idosos relatavam sua experiência
com a dança e a cultura, tanto na oficina, quanto em suas vidas pessoas, tendo um local aberto para
expressarem seus sentimentos e considerações.
Considerações finais
Por fim, conclui – se a importância da dança na vida da pessoa idosa durante seu envelhecimento
bio, psico e social, com a atividade contribuindo ativamente com os três tipos. Além do mais, foi
possível através das pesquisas e oficinas transmitir aos alunos da FTI a dança como forma de
exercício da cidadania, em relação ao acesso ao lazer e a cultura e sobre a continuidade e
permanência dessas atividades na vida da pessoa idosa, e ainda como promotora de reflexões acerca
de políticas públicas que façam com que esse e outros benefícios sejam acessados, também, pela
população periférica e com deficiência.
Referências
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/120432/paula_dam_tcc_rcla.pdf?sequence
%3D1#:~:text=A%20dan%C3%A7a%20de%20sal%C3%A3o%20ou,geral%2C%20com%20as
%20dan%C3%A7as%20folcl%C3%B3ricas> Acesso em: 11/08/2022
<https://www.sescrio.org.br/noticias/cultura/forro-do-nordeste-para-o-mundo/#:~:text=O%20forr
%C3%B3%20surgiu%20em%20meados,musicais%20sanfona%2C%20zabumba%20e%20tri
%C3%A2ngulo> Acesso em: 16/08/2022
< https://www.sembarreiras.jor.br/2013/10/23/cadeirantes-encantam-e-emocionam-com-dancas-de-
salao/> Acesso em: 06/09/2022