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Da conceção ao nascimento
Período pré-natal:
o Inicio da fecundação:
▪ união dos gametas;
▪ nova célula- zigoto;
▪ divisão celular do zigoto
o Hereditariedade:
▪ unidade básica de hereditariedade (gene);
▪ DND (instruções bioquímicas [códigos de 4 letras]);
▪ gene (parte funcional do DNA- Cromossoma (23 pares em cada
célula, 46 cromossomas)
o Definição sexual:
▪ 23 cromossomas masculinos
▪ 23 cromossomas femininos
▪ 23 para de cromossomas (22+1) (se receber Y do pai será menino;
se receber X será menina)
o Estádios:
▪ germinal (0-2 semanas);
▪ Embrionário (2-8 semanas);
▪ Fetal (8- nascimento);
▪ processo dirigido geneticamente, crescimento pré e pós-natal:
Princípio Céfalo caudal e princípio próximo distal
o Dificuldades:
▪ 1/3 das conceções termina em aborto espontâneo
▪ ¾ dos abortos e das anomalias congénitas ocorrem no 1º trimestre
▪ Mais abortos nos fetos do sexo masculino
o Principais Características:
▪ Formação da estrutura básica (corpo e órgãos)
▪ Crescimento acelerado
▪ Grande vulnerabilidade ao meio
▪ Formação da vinculação pré-natal
▪ Os fetos interagem com o ambiente intrauterino
▪ Cada vez menor movimento, mas mais vigoroso, alterações da
frequência cardíaca, coordenação dos estados do sono-vigília
▪ Interação do ambiente e da hereditariedade no desenvolvimento
▪ Mas interação diferente conforme os aspetos (ex. inteligência e
personalidade muito permeáveis ao meio)
▪ Hereditariedade- semelhanças
▪ Meio- diferenças
▪ Maior ou menor influência de cada aspeto varia ao longo do
desenvolvimento
o Competências:
▪ Ouvir
▪ Exercitar a discriminação sensorial
▪ Aprender
▪ Recordar
Parto
• Eutócito (“normal”)
• Distócito (“com auxilio”)
Recém-nascido ou neonato
• Tipos de neonato:
o Desde o nascimento até aos 28 dias
o Classificação:
▪ Prematuros ou pré-termo (36-37 semanas)
▪ De termo (37-41)
▪ Pós maturo ou pós termo (>42 semanas)
• Características:
o Secreção do mecónio no trato intestinal (devido ingestão do colostro)
o Colostro (leite) com propriedades laxantes e imunologia
o Perda e recuperação de peso
o Queda do laguno (penugem pré-natal que desaparece nos 1º dias de vida
assim como vérnix)
o Vérnix (camada protetora pré-natal) seca
o Fontanelas encerram no 1º mês
o Independência dos sistemas em relação à mãe (circulatório, respiratório,
gastrintestinal, regulação da temperatura)
• Reflexos:
o Sucção
o Preensão (mãos, pés)
o Babinski (planta do pé)
o Moro (largar o bebé ou som alto)
o Esgrimista (decúbito ventral e rodar a cabeça)
o Marcha automática (segurar pelas axilas e tocar numa superfície)
• Outros indicadores:
o Peso:
▪ normativo: 2,500Kg -4,000Kg (3,500Kg com 40 semanas)
▪ Peso baixo: < 2,500Kg
▪ Perda de peso e recuperação rápida (depende da duração da
gravidez-idade gestacional)
o Estatura: 48-52 cm (final do 1º ano cerca de 74 cm)
o Perímetro cefálico: 34-35 cm no RN (superior-hidrocefalia; inferior,
abrandamento do crescimento-encerramento prematuro dos ossos do
crânio e problemas do desenvolvimento).
o Transição complexa da vida intrauterina para a extrauterina
o Elevado risco para o bebé (cerca de 65% das mortes no 1º ano ocorrem
neste período)
o As primeiras observações são fundamentais
o A primeira consulta de pediatria após o regresso a casa (1ªsemana) –
avaliação do bebé e informações básicas de saúde
o A queda do coto do cordão umbilical (resulta do cordão e é negro) deve
ser acompanhada; provoca uma pequena ferida que levará 2 ou 3 dias a
cicatrizar
o Entre o 4º e o 7º dia deve realizar no centro de saúde o teste do pezinho e
as vacinas ainda não realizadas (BCG e anti- hepatite B)
Parentalidade
Adaptação à parentalidade
Pertinência:
Cuidados pós-Natais
• Centrados na família
• Individualizados
• Multidisciplinares
• Holísticos
• Culturalmente contextualizados
Ciclo de desenvolvimento de um casal
(dificuldades)
Tarefas da parentalidade
Infância
• Nos 3 primeiros anos de vida, o bebé começa a adquirir controlo sobre os seus
movimentos corporais
• As competências motoras desenvolvem- se segundo uma determinada sequência
conforme a maturação, mas também da experiência
• Competências simples combinam-se em sistemas de ação, progressivamente mais
complexas.
• Desenvolvimento progressivo devido a:
o Evolução da estrutura corporal ao longo do primeiro ano de vida
o Aumento acelerado do peso (cerca de três vezes mais)
o Rigidez dos osso e tonicidade corporal
o À modificação da proporção corporal (a cabeça parece maior
relativamente à restante parte do corpo e o tronco é relativamente maior
que os braços e pernas
o Inico da dentificação (por volta dos 3-4 meses)
Levanta a cabeça 1M ½ A 2M
momentaneamente
Gatinha 9½M 7 a 13 M
Anda quando lhe seguram 10M 8 a 12M
as mãos
Salta 18M
Sobe as escadas, 3A
alternando os pés por
degrau
Salta ao pé-coxinho 3 3A
vezes
Motricidade fina Idade média Intervalo
Imita um círculo 3A
2-3 anos Já consegue enfiar contas e abotoar a roupa, desde que os botões
sejam grandes e as casas não sejam muito apertadas
4-5 anos Consegue copiar muito bem um círculo e uma cruz; evolui muito
em termos de destreza manual (e.g. põe a mesa, come sozinho com os
talheres adequados, lava a cara e as mãos, pinta tendo cuidado de
começar a obedecer aos contornos do desenho; usa pincel para desenhar
e pintar, etc.)
Desenvolvimento cognitivo
Para tal necessita dos esquemas mentais, presentes desde o nascimento, que se vão
tomando cada vez mais abstratos e complexos.
• Função simbólica
o Estratégia baseada no uso de palavras, números, imagens, gestos e
outros sinais para representar acontecimentos passados e recentes,
experiências e conceitos, para resolver problemas práticos.
o Tem subjacente a representação simbólica
o Ao falar, ao brincar ao faz-de-conta, ao desenhar, a criança exerce
a função simbólica (representa uma coisa por outra, muitas vezes
atribuindo vida a objetos inanimados- animismo; não se deve pôr
em causa a sua representação), mas ainda não consegue pensar
logicamente
o Exemplo: desenha uma roda e diz que é um carro; desenha um pau
e diz que é um cavalo; ralha à boneca porque se portou mal;
improvisa um palácio no seu quarto de brinquedos
• Pensamento e linguagem
• Pensamento irreversível
• Egocentrismo
• Pensamento intuitivo
• Baseado em regras, mas muito influenciado pelos dados da perceção; inico
do estabelecimento de regras baseadas na perceção, por exemplo, pede um
brinquedo, dizem que não há dinheiro, mas depois vão à caixa multibanco
levantar dinheiro; é importante explicar à criança
2 subestádios:
A partir dos 4 anos o desenvolvimento é noutro sentido, a criança vai saindo, lentamente,
de si mesmo, começa a descentrar-se de si próprio e nós devemos de a ajudar
• Pensamento intuitivo: >4 <6/7ª;
o descentração cognitiva permitindo uma maior aprendizagem e resolução
de alguns problemas;
o compreensão do conceito de identidade; alguma noção da sua entidade
(interesses, características, etc.) e nesta fase é importante dar várias coisas
a conhecer à criança
o relações causais;
o inicio da classificação; princípios de contagem e quantidade
o pensamento é irreversível: não compreende a diferença entre
transformações reais e aparentes; foca-se nos estados e não nas
transformações; não compreende os princípios de conservação devido à
centração (ou incapacidade em se descentrar);
o ex. a régua deslocada é maior que a outra, e raramente dira que são iguais
porque houve deslocamento da régua
• reversibilidade e descentração
• pensamento logico recorrendo a objetos concretos
• domínio das noções de conservação da matéria, peso e volume, ex. da água dos
dois copos diferentes, a criança já identifica que a quantidade é a mesma
• capacidade de fazer seriações e classificações
Indicadores
➢ 0-6 meses
o Fase pré-linguístico; vocalização; começa a dar significado aos
seus sons; treino de vocalização sem grande sentido
o Desenvolvimento de um reportório elevado de vocalizações
o Primeiros sons: choro, balbucios (sobretudo após as refeições e o
sono)
o Capacidade de reconhecer e compreender os sons da faloa e usar
gestos providos de significado
o Na 6ª semana de vida, o bebé vocaliza um vasto conjunto de sons;
só mais tarde começa a imitar os sons que ouve
➢ 6-12 meses
o 6 meses - exibe lalações (que habitualmente se iniciam depois dos
4m), isto é, os sons básicos transformam-se em combinações de
consoantes e vogais repetidas em cadeia: ex.: (ba-ba-ba; ma-ma-
ma)
o 9.º mês - imita os sons do seu ambiente, sons emitidos pelos pais;
reconhece algumas palavras; reage adequadamente ao ouvi-las
compreensão antecipa a produção
o 12.º mês - pronuncia a primeira palavra, iniciando o discurso
linguístico (apenas representado por uma ou duas palavras ou até
mesmo algumas sílabas)
➢ 12-24 meses
o 13 meses - compreende que uma palavra representa um objeto ou
acontecimento específico; rapidamente aprende o significado de
uma nova palavra
o o vocabulário começa a aumentar rapidamente
o padrões e tendências fonológicas para atingirem um objetivo de
comunicação: simplificação fonológica (uso partes mais
acentuadas de uma palavra em vez da palavra inteira (e.g., maçã:
“çã”); repetição de consoantes principais (avó: “vovó”; telemóvel:
“ lelê ”).
o 18 - 24 meses: junta duas palavras para expressar uma ideia;
primeiras frases relacionadas com acontecimentos do quotidiano,
objetos, pessoas, ou atividades familiares
o 2 anos - o vocabulário aumenta para incluir centenas de palavras.
➢ 2-3 anos
o Fase de aperfeiçoamento fonológico progressivo e no final do
período pré-escolar apresenta as seguintes características: uso da
forma correta das palavras; desaparecimento gradual das
simplificações fonológicas; melhoria da pronúncia e articulação.
A partir dos 3 anos é só aperfeiçoamento
Como psicólogo o que posso fazer para ajudar a criança e a família nesta transição do
pré-escolar para o 1ºciclo?
Nesta transição o sistema muda completamente. Isto torna-se um desafio tanto para as
crianças como para os pais. Alguns dos desafios que se encontram nesta vão são: a
importância excessiva que é atribuída o que pode causar alguns medos; pré-requisitos (as
diferenças entre as crianças que vão para a mesma turma); as expectativas que os pais
criam dos filhos também tem impacto nesta transição; pode haver alguma ansiedade
devido ao reforço dos medos das crianças, algo que acontece, mas devemos “acalma-las”;
comparação com irmãos/pares começa a ocorrer nesta fase; a relação com o professor
também afeta a criança; características desenvolvimentais da criança e ciclo de vida da
família.
Num contexto de intervenção, esta deve ser multidimensional, ou seja, deve-se considerar
a criança assim como todo o seu contexto. Alguns aspetos que esta intervenção deve ter:
As famílias devem mudar as rotinas quando a criança entra para a escola e isto é
facilmente gerido se a criança for desejada. O desenvolvimento é dos filhos, mas
também dos pais e nem todos tem “capacidades” para ser pais.
Papel do psicólogo:
➢ Prevenção
➢ Promoção de competências
➢ Envolver os vários intervenientes (pais, filhos, educadores)
➢ Normalizar: “não se preocupe que isto vai-se resolver”; incentivo aos pais,
estes também precisam de orientação
➢ Freud:
o Centrado no aparelho mental
o Desenvolvimento centrado na infância
o Desafios nos primeiros anos de vida
o Em cada estádio diferentes zonas erógenas
o Desde o nascimento até aos 18 meses- período fundamental na
vinculação especialmente entre mãe/bebé (1ª relação afetiva com a
mãe)
Identidade de género
normativas concebidas
• os comportamentos universais
• os específicos de uma determinada espécie ou que se modificam através
da cultura.
• os comportamentos que são adaptativos em diferentes momentos do ciclo
de vital (no bebé o estar próximo da mãe, na criança mais velha a
exploração mais independente…).
O que é:
Estádios de vinculação
Começa a
Resposta Generaliza a
organizar a
indiscriminada resposta
resposta
Padrões de vinculação
1. Vinculação insegura
Numa situação de separação (bebe separa-se) inicialmente reage, mas depois
adapta-se, quando o adulto regressa procura-o ativamente e fica muito
contente/ satisfeito; consegue lidar com a situação nova, mas quando a figura
de vinculação regressa fica muito satisfeito
2. Vinculação insegura
Vinculação evitante: quando a figura de vinculação sai o bebe
raramente chora e no seu regresso evita o contacto
Vinculação ambivalente/resistente: comum em consulta; antes da saída
da figura a criança já se encontra ansiosa, fica muito perturbada
durante a sua ausência; e quando regressa procura a figura, mas
apresenta alguma resistência (fica sentida); pouco segura; pouco
consistente; pais que estão e não estão
3. Vinculação desorganizada/ desorientada
Após ter sido separada da sua figura, o bebé apresenta comportamentos
contraditórios face ao regresso da mesma; apresenta uma desorientação;
contradição, falta de congruência quando a figura regressa
O ideal é a vinculação segura, mas pode acontecer de em curtos períodos passar para
outros padrões de vinculação (normal em casos de divorcio, mas é importante ajudar a
regressar)
Freud e vinculação
Erickson (1976)
A obtenção ou não de confiança pelo bebe nas pessoas e objetos que o rodeiam esta
intimamente relacionada com a interação com a mãe.
Referencial social
O referencial social a partir dos 2 anos tem grande influência, existe uma mudança
significativa, procura o referencial, pergunta ao adulto. É durante o 2.º ano que adquirem
as competências necessárias para procurar informação de rs antes de esta ser oferecida.
Áticas parentais
Desenvolvimento moral
debater os problemas
ser ouvido
argumentação das decisões
Incentivar a criança a argumentar
De que forma a criança se situa em diversas situações (participar nas
decisões)
Sentido de dever
As responsabilidades que assumimos devem ser levadas até ao fim
É estimulado pela interação social na família e no grupo
Manifesta-se:
o Funcionamento em diferentes situações
o Demonstração de empatia
o Sentido de dever
o Hierarquia de valores
o Atitude de valores
o Atitude face às regras
o Sentido de responsabilidade
Existe 3 tipos de julgamento associados a 6 estádios (Kohlberg)
Adolescência
Mudanças vocacionais
Consciência Vocacional
Atitude exploratória alargada (agora integrada)
Autonomia: Importância do papel de estudante
Identidade Pessoal
Estabilização de valores e interesses
Atitudes positivas, de confiança face ao futuro
Expetativas vocacionais realistas