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Desenvolvimento psicomotor e e abordagem

psiconeurológica.
FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

http://peque-nino.blogspot.com.br/2014/05/entendendo-o-desenvolvimento-infantil.html

A conduta humana organiza-se em esquemas de ações ou de representações


adquiridos, elaborados pelo indivíduo a partir de sua experiência individual, que podem
coordenar-se variavelmente em função de uma meta intencional e formar estruturas de
conhecimento de diferentes níveis. A função que integra essas estruturas e sua mudança é a
inteligência.

 A Inteligência é definida por dois aspectos

Organização: forma determinada de organização do conhecimento. Exemplo: não pensamos


em como caminhamos, simplesmente caminhamos, ou seja, tenho uma estrutura conhecido, a
ação é o plano representativo deste esquema.

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Adaptação: realiza-se através da assimilação e acomodação.
 Assimilação e Acomodação

Assimilação: transforma o objeto de conhecimento de acordo com o que temos construído.


Exemplo: comer maçã o organismo absorve, faz parte dele.

Acomodação: adaptar-se ao objeto de conhecimento através do sujeito. O sujeito se


transforma para acomodar o objeto. Exemplo: a criança difere que existem vários tipos de
cães, pequeno, grande, feroz, amigo.

http://coral.ufsm.br/edu.especial.pos/unidadeA_cog.html

Estágio Sensório-Motor (0-2 anos)

Desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre ações, início de


diferenciação entre o próprio corpo e os objetos; aos 18 meses, mais ou menos, constituição
da função simbólica (capacidade de representar um significado a partir de um significante).
No estágio sensório-motor o campo da inteligência aplica-se a situações e ações concretas.

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 Subestágios do estágio sensório-motor:
o Subestágio 1 (0-1 meses);
o Subestágio 2 (1-4 meses);
o Subestágio 3 (4-8 meses);
o Subestágio 4 (8-12 meses);
o Subestágio 5 (12-18 meses);
o Subestágio 6 (18-24 meses).

http://psicologiad13.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html

Reação Circular

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Segmento de conduta que o bebê associa a uma consequência que tenta reproduzir repetindo
tal conduta. O resultado deste exercício é o fortalecimento do esquema motor, que tenderá a
conservar-se e a aperfeiçoar-se.
 Reações Circulares primárias
São esquemas simples, descobertos fortuitamente pelo bebê e circunscritos a seu próprio
corpo. Exemplo: chupar a mão;

 Reações Circulares secundárias


São coordenações de esquemas simples cujas consequências são inicialmente casuais. Ao
contrário das primeiras, os efeitos associados à conduta ocorrem não mais no próprio corpo,
senão no meio físico ou social. Exemplo: adulto tamborilar os dedos sobre a mesa, o bebê se
agita e o adulto entende que deve repetir o ato.

 Reações Circulares terciária


Resultam da coordenação flexível de esquemas secundários, experimentando novos meios
que levam a um efeito desejado, servem para "ver o que acontece". Exemplo: a criança usa
um objeto para lançar outro.

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http://www.mundinhodacrianca.net/2012/05/as-fases-do-desenvolvimento-infantil.html

Subestágio 1 (0-1 meses)

O exercício dos reflexos inatos


O bebê relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da ação. Os reflexos inatos
proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para sobreviver.
A conduta reflexiva é desencadeada quando ocorre uma determinada estimulação.
Exemplo: sucção.

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http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Amamentacao/noticia/2015/07/mauricio-de-souza-faz-desenho-para-apoiar-campanha-de-aleitamento-materno.html

Este estágio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos. O processo
fundamental na adaptação é a assimilação: a experiência derivada do exercício do reflexo
permite ao recém-nascido adaptar-se a novas condições de estímulo repetindo
assimiladoramente o mesmo esquema de ação; ou seja, reagindo de modo semelhante a
ambas, a assimilação nova à anterior.

A Assimilação apresenta 3 aspectos:


 Repetição: assimilação funcional ou reprodutora, que assimila o objeto à função.
Exemplo: suga o mamilo sempre que este é aproximado;
 Generalização: assimilação extensiva a objetos novos e variados. Exemplo: suga todo
objeto colocado próximo a boca (fralda, bico)
 Reconhecimento: a duração, intensidade ou os componentes do esquema motor reflexo
diversificam-se em função das características do estímulo; por isso dizemos que o
indivíduo reconhece o objeto. Exemplo: diferenciar o- chupável-que-alimenta do o-
chupável-que-não alimenta.

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http://revistacrescer.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/0,3916,447067-2219-2,00.html

Subestágio 2 (1-4 meses)

As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular primária


Formação das primeiras estruturas adquiridas: os hábitos. Exemplo: quando o bebê faz algo
intencional que o agrada/atrai tenta repetir a ação;
Esta é uma reação circular primária porque, por um lado, o efeito inicial produziu-se de
maneira fortuita e porque, por outro, as ações que a criança repete de modo rotineiro e
invariável estão concentradas em seu próprio corpo. Começam a surgir as primeiras
coordenações motoras como pressão-sucção, visão-audição.

Contágio Condutual
O assimilador antecedente à assimilação: a criança só imita o adulto quando a conduta a ser
imitada existe previamente no seu repertório. Exemplo: imitar um som que o adulto faça, que
por sua vez imitou uma vocalização que a criança já produzia.

Subestágio 3 (4-8 meses)

A reação circular secundária


Reações circulares secundárias: A reação circular secundária envolve objetos externos;
ex: casualmente o bebê alcança o móbile de seu berço; este movimento tende a ser repetido; o
bebê começa a recuperar objetos escondidos.

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Neste estágio a criança já interage com o meio, sua estrutura já não é mais só
biológica, os novos esquemas são mais ricos e variados e possibilitam uma atividade mais
liberada.
A assimilação generalizadora com os objetos é muito ativa, a criança explora com
curiosidade aplicando esquemas conhecidos associados a efeitos que já é capaz de antecipar
tais como: chupar, sacudir e bater.

 Coordenação de esquemas secundários


A criança já é capaz de encontrar objetos escondidos; no subestágio anterior, o bebê
descobre o objeto por acaso; agora, desde o início, existe um objetivo; o bebê demonstra
originalidade e procura utilizar esquemas antigos; seria o que Piaget chama de "assimilação
generalizadora".

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A assimilação recognitiva também está relacionada com êxitos posteriores, pois neste
subestágio aparece o reconhecimento motor ela já associa um objeto ao movimento, ao
sacudir o braço ela faz soar o chocalho. Agora a atenção e o interesse da criança deslocam-se
até o resultado das suas ações, ela não faz mais só por fazer, a criança é cada vez mais
sensível as mudanças da realidade, fonte de desequilíbrio e novas acomodações.
Os avanços na conduta mostram a proximidade da atividade intencional, porém ainda
não foi estabelecida a coordenação entre meios e fins.
 O efeito produzido pela reação secundária acontece com repetições casuais e também
acontece casualmente. A relação entre a conduta e a meta, por exemplo espernear para
conseguir mexer com os pés um brinquedo pendurado.
 No terceiro subestágio, a criança imita somente a conduta visível em seu próprio
corpo. A existência do objeto continua ligada as ações e percepções da criança ela só o
procura se ele está parcialmente oculto, o espaço está restrito a ação momentânea pois nesta
fase existe a ausência da conservação do objeto.

Subestágio 4 (8 - 12 meses)

Coordenação de Esquemas Secundários Aplicados a Relações Meios / Fins


Esquema Sucessão de ações que possuem uma organização de ações e que são sucessíveis
de repetição em situações semelhantes.

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Ex: Sacudir um chocalho para fazê-lo soar.

Relações Meios / Fins


Um esquema media o êxito de uma meta associada a outro esquema. Ex: Agarrar um
brinquedo, retirando um obstáculo que está entre a criança e o brinquedo.

Passagem ao subestágio 4
 Aparecimento da intencionalidade.
 Acentua-se a atenção que ocorre no meio.
 Aparecimento das primeiras coordenações do tipo meios-fios.
 As reações secundárias coordenam-se em função de uma meta não imediata.
 Meios adequados para a consecução do objetivo proposto.

Esquemas do Subestágio 4
 Procedem do repertório prévio da criança, havendo a coordenação intencional.
 Sacudir um chocalho para produzir um som.

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 Os esquemas ainda não possuem a mobilidade necessária, a conduta se repete
tipicamente como foi aprendida.
 Encontrar um objeto que foi escondido, quando isso é feito diante dela.
 Progressos nas habilidades de imitação aproximada. Entre chocar de mãos quando
deve bater palmas.
 Progressos nas habilidades de imitação análoga. Abrir e fechar as mãos quando
deve abrir e fechar os olhos.
 Possibilidade de imitar movimentos invisíveis. Mover os lábios. Tocar o nariz, a
orelha. Mostrar a língua.
 Coordenação dos esquemas de representação facilitando a compreensão de objetos e
fatos.
 Disposição de sair de casa quando lhe colocam determinada roupa.
 Quando sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho.
 Esquemas de conhecimento têm progressos, como os relativos à captação do espaço.
 Observação e provocação de deslocamentos de objetos.
 Distinção das pessoas (6 - 8 meses)
 Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem conhecida e
protetora esteja presente.
 Repetição de conduta tal como foi aprendida.

http://galeria.colorir.com/familia/bebae-chorando-1-pintado-por--1175037.html

Subestágio 5 (12 - 18 meses)

Reações Circulares Terciárias

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É o descobrimento de novas relações instrumentais como resultado de um processo de
experimentação ajustada à novidade da situação.
A assimilação agora não é mera repetição pois na reação circular terciária o esquema
sensório-motor está integrado por elementos móveis e variáveis em cada repetição, à medida
que as condições da ação são modificadas.
A busca ativa de uma nova relação entre meios e fins inicia-se de modo intencional,
mas é atingida normalmente de modo fortuito: quando um esquema prévio não é eficaz, a
criança ensaia procedimentos aproximados até que o tateio leve à resposta correta.

A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e realiza
verdadeiros atos de inteligência e de solução de problemas.
 Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo uma manta
ou uma almofada.
 A conduta do barbante é semelhante e consiste em atrair um objeto puxando o
prolongamento do mesmo que pode ser um barbante;
 A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um objeto
afastado.

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 Puxar um lençol sobre o qual está de pé até compreender que precisa sair de cima
para poder pegá-lo.
 Tentar passar um boneco horizontalmente através das grades verticais do parque
até entender que precisa fazê-lo girar para conseguir fazê-lo passar.
 A criança descobre o uso correto do ancinho como instrumento para aproximar
objetos, brinca aproximando-os e afastando-os alternadamente.

Desaparece o erro de subestágio 4


 Já que o esquema de busca prévio não é eficaz, a criança ensaia outros procedimentos,
até obter o resultado desejado. Ex: quando a bola desaparece sob a mesa, nós buscamos ali e
não embaixo do sofá.

Erro de transposição no estágio V


 A criança não consegue ainda enfrentar os deslocamentos invisíveis do objeto.
 A criança é incapaz de inferir que, se o objeto não está na mão do experimentador,
deve estar embaixo do lenço.
 Ainda pesam muito as evidências perceptivas diretas; por isso a elaboração da
permanência do objeto ainda é vista com dificuldade quando ocorrem deslocamentos dos
objetos com trajetórias ocultas para a criança.
 A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório imitativo
novos esquemas.

http://www.tudodesenhos.com/d/bebe-com-bola

Subestágio 6 (18 - 24 meses)

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Invenção de novas combinações de esquemas a partir de suas representações

Caracteriza-se pelo aparecimento da representação e, então, os problemas podem começar a


ser resolvidos no plano simbólico e não mais puramente prático.

 Esquemas e ações suscetíveis de ser realizadas com ou sobre os objetos que


compartilham alguma propriedade (por exemplo agarrar objetos de certo tamanho, pode-se
girar objetos redondos ou cilíndricos) assim, os esquemas assimilam os objetos.
Os esquemas de ação proporcionam o primeiro conhecimento sensório-motor dos
objetos como são sob o ponto de vista perceptivo; e o que pode ser feito com eles no plano
motor.
Através da ação dos esquemas, a criança vai elaborando o seu conhecimento dos
próprios objetos e das relações espaciais e causais que colocam em contato certos objetos e
acontecimentos com outros.
O sujeito já não resolve, então, os problemas por tateio, mas parece fazer uma reflexão
prévia.
 A criança tentar subir num banquinho, mas, ao apoiar-se nele, ele se desloca. Em um
momento determinado, a criança se detém na sua ação, parece refletir, pega o banquinho e o
apoia na parede, evitando, assim, seu deslocamento e, a seguir, sob novamente.
 A aquisição da linguagem mudará as relações da criança.
 Com o seu aparecimento entramos em uma nova etapa representativa, que abrirá
novas perspectivas para o seu desenvolvimento intelectual.
 As novas habilidades são exercitadas em ações predominantemente assimilatórias, tais
como jogo simbólico, baseado na aceitação do "como se". Ex: Brincar com uma caixa "como
se" fosse um carro.

ORIGEM DA FUNÇÃO SIMBÓLICA

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Evolução da inteligência sensório-motora

Os símbolos originam-se da ação tanto como significantes; quanto como significados.

 SIGNIFICANTES
Procedem predominantemente da imitação, são dados por práticas sociais das quais o
indivíduo se apropria através da imitação: diferida ou internalizada (manejo de imagens
mentais).

 SIGNIFICADOS
Tem seu valor como elementos de assimilação.
Dar significado ou compreender um objeto é assimilá-lo aos esquemas disponíveis.

http://lengua.laguia2000.com/general/el-significado-de-las-palabras

Significantes e significados
Diferenciam-se, facilitam-se mutuamente, enriquecem-se e coordenam-se no desenvolvimento
sensório-motor do mesmo modo que o fazem as funções de assimilação e acomodação.
A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório imitativo novos
esquemas.
A inteligência sensório-motora depois de Piaget

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A descrição da fase sensório motora de Piaget foi feita com a observação de seus três
filhos, então outras pessoas quiseram pesquisar se este processo ocorre igualmente em
populações diferentes. E foi constatado que Piaget tinha razão, embora algumas diferenças
cronológicas foram constatadas, mas por causa da estimulação, do meio e da forma como as
crianças eram criadas.
Após muitas pesquisas os psicólogos descobriram a capacidade dos bebês nas
primeiras semanas de vida demonstrando uma conduta mais precoce do que Piaget supunha.
A coordenação intersensorial aparece desde os primeiros dias de vida e a conservação do
objeto ocorre antes do que Piaget supunha, principalmente se o objeto é algo significativo
para a criança. O que Piaget interpretou em função da competência cognitiva foi interpretado
posteriormente em função da execução motora. Piaget dizia que crianças não procuram o
objeto, pois não tem uma representação do mesmo, enquanto outros autores dizem que a
criança não tem é a habilidade motora para pegar o objeto, ex: bebês de nove meses levantam
um obstáculo para buscar um objeto escondido sob. E um de 5 meses não o faz, mas é porque
os de 9 já desenvolveram uma habilidade motora para tal.
Na função simbólica os estudos de Piaget fecham com os novos dados coletados, a
construção da função simbólica é a elaboração do conhecimento sobre a realidade e os dois
aspectos principais são: a representação e a comunicação. Os símbolos são instrumentos
criados a serviço da relação interpessoal e a permanência do objeto adianta-se quando o objeto
é uma pessoa relacionada a criança. O final deste estágio é paralelo a existência de ajustes
entre mãe e filho a comunicação pré- linguística e a aquisição da linguagem.

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA

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http://pedagogiccos.blogspot.com.br/2011/08/desenvolvimento-psicomotor-de-criancas.html

Padrão motor: é uma série de movimentos inter-relacionados, para alcançar um


objetivo. Ocorre em 3 fases: preparatória, ação e contínua
Os elementos do movimento são 4: 1
- Tempo;
2 - Peso;
3 - Espaço;
4 - Forma.

Fatores que afetam as respostas motoras:


-Conhecimento do espaço
-Qualidade da força
-E seu inter-relacionamento

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Estágios do desenvolvimento motor
e estágios de aprendizagem

http://www.bastosmaia.com.br/noticias/os-diferentes-estilos-de-aprendizagem/

Para a criança estar pronta para movimentos perceptivos motores e voluntários é necessário
seguir o desenvolvimento dos movimentos básicos, que são fundamentais como pré-
requisitos.

Movimento voluntário (2 a 6 anos – saindo do corpo vivido entrando no corpo percebido)

Os movimentos reflexos são involuntários. São elementos fundamentais para o


desenvolvimento motor

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Movimentos reflexos são executados sem o pensamento consciente em resposta a um
estímulo. O desenvolvimento básico dos reflexos baseia-se em: posturais, segmentares e
de preensão.
-equilibrar-se num pé só
-andar sobre uma linha em diferentes curvas e formas
-hiperestender o corpo em vários níveis e direções
-transportar objetos na cabeça
- correr para perto e para longe de objetos em movimento

Movimentos básicos
Essa é a fase mais crítica para que o desenvolvimento motor seja correto. Normalmente a
criança desenvolve pela prática
Podem ser:
-Locomotores: Rastejar, andar, saltar, pendurar, rastejar
-não locomotores: puxar, empurrar, virar, curvar
-Manipulativos: Em sala de aula (preensão, cópia, etc.)

1- perceptivo motor:

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Baseia-se nos estágios anteriores, acrescentando outra dimensão: a percepção que antecede a
resposta motora. A criança interpreta antes de responder a um movimento. Importantíssimo
para o desenvolvimento da inteligência

2- habilidades físicas:
Estas determinam adequação ao movimento. A criança muito nova não tem essa adequação.
Adquire essas habilidades na fase do corpo percebido (5-6 anos). Essas habilidades são
relativas ao esporte e à dança. Em habilidades mais complexas as crianças nessa idade ainda
não têm maturidade total

3- movimentos criativos:
É a resposta ao "movimento" através da comunicação. Aqui ocorre o desenvolvimento motor
expressivo e interpretativo. Estímulos do ambiente são motivadores nessa faixa de idade. São
desenvolvidos também em classe (artes visuais- música)

Estágios de aprendizagem

1- Imitação:
A criança observa e executa uma imitação do que está vendo (ação)
Esse movimento é carente de coordenação (ou controle muscular) - é uma forma imatura e
imperfeita. Ocorre com crianças até 3 anos.

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2- Manipulação:
A criança desempenha a ação de acordo com orientações dadas; não se baseia somente na
observação
3- Conceituação:
Nessa fase a criança alcança exatidão, equilíbrio e outras habilidades de precisão podem
ser alcançadas (na pré-escola)

4- Discriminação:
Coordenação de uma série de ações com sequência adequada.
Começam a surgir as habilidades motoras rítmicas e a complexa coordenação óculo- motora
-bater na bola de soprar com as mãos abertas procurando mantê-la no ar
-Arremessar uma bola de meia ou pequenos sacos de areia num balde ou caixa com abertura de
tamanho igual ao da bola
-Em sala de aula: encaixar pinos de madeira- jogar bilboquê, etc.

5- Naturalidade:
Atinge o desempenho mais alto de capacidade e a ação quase não requer energia psíquica
(pensamento). As respostas são automáticas e espontâneas
Ex: andar é uma ação motora que se desenvolve na criança até o nível de maturidade

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Movimentos e atividades de dança

A execução das atividades motoras grossas ocorre paralelamente ao


desenvolvimento integral da criança.
Para estimular o auto- conceito: movimentos com conhecimento das partes do corpo e do que
o corpo pode executar

Imagem corporal (melhorar o autoconceito)


-Esconder partes do corpo (nariz, orelha, etc.)
-mover braços, cabeça, pernas e pé de maneira ritmada
-colocar objeto sobre diferentes partes do corpo
-Transmitir mensagens usando as diferentes partes do corpo
-Desenhar partes do corpo num papel (em classe)
-mover parte do corpo em determinada direção
-tocar diferentes partes do corpo com os olhos fechados
-Brincadeiras, como: "o macaco disse"- o professor dá os comandos
- espelhar-se num parceiro imitando seus movimentos

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https://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-desenhos-animados-movimentando-se-da-famlia-image13137573

Coordenação

Falhas na coordenação motora podem ser causadas pela deficiência de movimentos desde o
período de amamentação até a 1ª infância
Andar (explorar diversas maneiras de andar, correr saltar)
-Andar de lado
-Andar com artelhos para fora e calcanhares unidos
-Correr com as mãos sobre a cabeça
-Correr com as mãos nos quadris
-Correr com as mãos presas às costas
-Correr na ponta dos pés
-Saltitar nos dois pés
-Saltitar num pé só
-Saltar para frente
-Saltar para trás
-Saltitar para o lado direito, para o esquerdo

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Empurrar e puxar
-Cabo de guerra- dois a dois usando corda curta
-Cobra: deitar em decúbito dorsal, braços estendidos sobre a cabeça, deslizar o corpo no solo,
inclinando o quadril na linha da cintura, para a esquerda e para a direita
-Peixe: em decúbito dorsal, no solo, executar movimentos de nadar
-Urso: andar em quatro apoios, movimentando ao mesmo tempo, braço esquerdo, perna
esquerda, braço direito, perna direita
Atividades de equilíbrio
-subir escada, elevando o joelho o mais alto possível
-passo de elefante: inclinada para frente na altura da cintura, deixar os braços e mão soltos
imitando o elefante. (Propor outras imitações)
-andar de joelhos: a criança anda ajoelhada com as mãos no ar
-passo de pato: com as mãos seguras nas costas, em forma de cauda, andar inclinada ou
agachada para frente ou qualquer outra variação
-pulo do coelho: saltitar para frente sobre dois pés e apoio com as mãos no solo

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http://cantinhodatialilica.blogspot.com.br/2011/03/criancas-brincando.html

Atividades de Conscientização do Corpo


A criança necessita de atividade que envolvam os dois lados do corpo, para se obter o
máximo de eficiência nos movimentos.
-deitada em decúbito dorsal, com os pés elevados do solo, executar círculos
-deitada em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, deslizar os dois braços ao
mesmo tempo até tocar a cabeça com as mãos.
-Deitada em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, deslizar o braço esquerdo
para cima e perna esquerda para cima, perna direita para fora
-Deitar no solo, com os olhos fechados e tocar as partes do corpo que forem citadas
Atividades de consciência espacial
Usar a imaginação da criança. Não dar exemplo.
Pedir à criança:
-Ser uma árvore
-Procurar ser mais alta que possa
-Procurar ser menor que possa
-Apontar a uma parede. Tocar e voltar
-Apontar uma parede. Correr até ela e voltar
-Sem sair do lugar, mover os pés rapidamente
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http://br.freepik.com/vetores-gratis/criancas-brincando-esboco-vetor_722157.htm

DESENVOLVIMENTO HUMANO

O desenvolvimento humano é muito rico e diversificado. Cada pessoa tem suas


características próprias, que as distinguem das outras pessoas, e seu próprio ritmo de
desenvolvimento.
Por mais que estudemos e nos esforcemos para compreender o comportamento
humano e seu desenvolvimento, ele sempre reserva surpresas e imprevistos. A singularidade
do ser humano, que foge a padrões pré-estabelecidos é que produz o avanço, o progresso e a
mudança. Como diz Piaget, “é o desequilíbrio que gera o desenvolvimento, pois este, é uma
equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um
estado de equilíbrio superior”.
O que faz a vida valer a pena é essa constante incerteza quanto ao momento seguinte; é
isso que nos estimula a inventar, a criar, a realizar, a tentar melhorar nosso mundo. Entretanto,
apesar das diferenças e da incerteza que marcam o desenvolvimento humano, alguns
pesquisadores estabeleceram fases de desenvolvimento, as quais obedecem a certa sequência,
válida para todos. Isto é, todas as pessoas, ao se desenvolverem, passam por essas etapas
embora varie a idade e as características.

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http://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que-e-a-psicologia-do-desenvolvimento-humano/

FASES DO DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento humano, não apresenta momentos de modificações radicais; a


evolução é gradual e contínua. Entretanto, em alguns momentos ocorrerão maiores alterações
como por exemplo, o crescimento físico na infância e na adolescência e mais acentuado, e
perceptível do que na idade adulta, que é um período de maior estabilidade.
Mesmo considerando-se o desenvolvimento contínuo, para estudá-lo dividiu-se o
processo em cinco fases, cada uma com características próprias.
1. Pré-natal
2. Infância de zero a 12 anos
3. Adolescência - dos 12 a 18 anos ou 21 anos)
4. Idade adulta - dos 21 aos 60 anos
5. Velhice - dos 60 ou mais.

A divisão das fases vai depender dos critérios que se estabelecem para se concluir que
alguém é adulto. No entanto estaremos focando apenas a fase da infância

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por ser esta a população atendida pelas atividades. A idade não pode ser o único critério na
avaliação do grau de desenvolvimento do indivíduo, muito mais importante que a idade são as
várias dimensões da maturidade, emocional, social, intelectual e física.

http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002249/224987por.pdf

Maturidade significa o nível de desenvolvimento em que a pessoa se encontra, em


comparação com a maioria das pessoas de sua idade. Os vários tipos de maturidade estão
interligados; um não se desenvolve sem que os outros também se desenvolvam. A maturidade
pode ser dividida em quatro dimensões principais:
· Maturidade emocional – diz respeito à expressão e ao controle das emoções nas diversas
idades. Parte fundamental da vida humana.
· Maturidade social – compreenda a evolução da sociabilidade, no sentido de superação do
egocentrismo infantil, na contribuição para o bem-estar social e a participação nas decisões de
interesse social.
· Maturidade física – engloba o desenvolvimento das características físicas, estatura, peso,
sexo, ser canhoto, índio, etc.
· Maturidade intelectual – refere-se à maneira como a pessoa vai conhecendo a si mesma e ao
mundo que a cerca.

O desenvolvimento mental envolve:

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- A ampliação dos horizontes: o indivíduo torna-se sempre mais capaz de compreender e de
pensar o passado, o presente e o futuro, a criança pequena só tem condições de perceber e
viver o presente.
- Há um aumento da capacidade para lidar com abstrações e símbolos.

O exemplo mais característico é o da linguagem, por volta dos 2 anos a criança usa 150
palavras; aos 7 anos pode utilizar aproximadamente 2500 palavras e com o desenvolvimento
torna-se cada vez mais complexa e rica em expressões e ideias.

http://www.ideiadela.com/2013/04/chegou-o-famoso-terrible-twos-o-que.html

- A capacidade de atenção e concentração por períodos cada vez mais longos; quanto mais
nova a criança, menor sua capacidade de atenção e concentração em uma tarefa. Ela se cansa
mais facilmente e tende a mudar de atividade.
- Um declínio do devaneio e fantasia; os sonhos devaneios e fantasias infantis não constituem
fuga da realidade, mas são normais e necessários para o desenvolvimento da criança.

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- O desenvolvimento da memória; não é na infância que a pessoa tem maiores possibilidades
no campo da memória, pois a linguagem, as experiências, as percepções e a compreensão
infantis estão longe de ter atingido o seu desenvolvimento máximo para essa possibilidade.
- Um aumento da capacidade de raciocínio; o raciocínio será mais ingênuo e egocêntrico na
fase infantil.

http://sitededicas.ne10.uol.com.br/jogo4.htm

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LEITURA COMPLEMENTAR

AUTOR: TARCILIA TUANI DOS SANTOS CARDOSO E LUIS CARLOS FARIA DA SILVA
DISPONÍVEL EM: http://www.dfe.uem.br/TCC-2014/TARCILA.pdf
ACESSO: 12 de julho de 2016

A importância da linguagem oral no desenvolvimento da leitura

Tarcilia Tuani Dos Santos Cardoso


Luis Carlos Faria da Silva

RESUMO

O final do século XX e início do XXI assistiram, respectivamente, à formação e à consolidação de um consenso


sobre os procedimentos eficazes de alfabetização. Esse consenso incluiu o conhecimento de que sistemas de
escrita, alfabéticos ou não, codificam unidades sonoras da fala em unidades gráficas de escrita. Ficou evidente
também que à competente comunicação oral em língua materna se chega fácil e automaticamente sem
necessidade de escolarização, ao contrário do que ocorre com as competências em leitura e escrita. Por fim,
descobriu-se que uma ampla e diversificada experiência de estimulação linguística é crucial para o sucesso na
alfabetização. No intento de contribuir para a difusão dos achados da ciência cognitiva da leitura entre os
educadores no país esse trabalho resume e apresenta achados científicos recentes sobre a importância da
experiência linguística durante a préalfabetização.

Palavras-chave: Alfabetização; Estimulação linguística; língua materna.

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The importance of oral language in reading development

ABSTRACT

The late twentieth century and early twenty-first attended, respectively, to the formation and consolidation of a
consensus on effective literacy procedures. This consensus included the knowledge that writing, or non
alphabetic systems encode sound units of speech in graphical units of writing. It also became evident that the
competent oral communication in the mother tongue comes easily and automatically without the need for
schooling, contrary to what occurs with the skills of reading and writing. Finally, it was discovered that a broad
and diverse experience of linguistic stimulation is crucial for success in literacy. In an attempt to contribute to the
dissemination of the findings of cognitive science of reading among educators in the country this paper
summarizes and presents recent scientific findings on the importance of language experience during pre-literacy.

Keywords: Literacy; Linguistic stimulation; mother tongue.

1 Introdução

Ao fazer uma análise geral da sociedade é possível notar que por anos buscase uma
resposta para as dificuldades de leitura e para uma concordância sobre os melhores métodos
alfabetizadores. Entretanto, ao final do século XX e começo do século XXI a sociedade
assistiu a formação de um consenso sobre a alfabetização e os procedimentos mais eficazes
para que essa aconteça. Assim, obteve-se o consenso de que para se chegar à alfabetização era
preciso passar por uma sequência de ensino, e que uma vez fragmentada umas das partes desse
seguimento, obteria consequência na leitura e na escrita. Deste modo esse consensual incluiu
o conhecimento de que sistemas de escrita, alfabéticos ou não, codificam unidades sonoras da
fala em unidades gráficas de escrita.

33
As capacidades de processamento fonológico parecem desempenhar um papel
importante no desenvolvimento desse conhecimento e da habilidade do indivíduo de
reconhecer palavras. No entanto, decodificar palavras impressas não é suficiente
para a competência em leitura. O leitor precisa ser capaz também de interpretar os
significados do texto impresso, de uma forma muito semelhante àquela pela quais
enunciados são interpretados quando são ouvidos. As habilidades envolvidas neste
ato de compreender a leitura são muito semelhantes ou iguais àquelas utilizadas na
compreensão auditiva (TOMBLIM, 2011, p.2,).

O mesmo raciocínio segue a autora Rosemary Tannock (2011) que ao analisar o


processo de linguagem e alfabetização evidenciou que um dos artifícios fundamentais para o
sucesso da leitura era o desenvolvimento da Linguagem oral. Sendo assim, sabemos que esta
modalidade de linguagem tem seu início nos primeiros anos de vida, no qual se manifesta
conforme o “meio” em que a criança vive, esta aparece como uma necessidade de
comunicação, sendo que se desenvolve sem precisão de escolarização.

Segundo Bruce Tomblin (2011) o desenvolvimento da linguagem exige um sistema de


habilidades para que essa aconteça. Para o autor é importante que o sujeito tenha intimidade
com a língua materna e que entenda a função e significado desta, pois só assim a criança
obterá sentido sobre as coisas em sua volta.

A competência em linguagem falada envolve diversos sistemas. A criança precisa


dominar um sistema de representação do significado das coisas de seu mundo.
Precisa também adquirir familiaridade com as formas da língua, desde a estrutura
sonora das palavras até a estrutura gramatical das frases. Além disso, esse
conhecimento precisa ser combinado com sua competência social (TOMBLIN,
2011, p.1).

O que estamos enfatizando é que essa “consciência fonológica” adquirida nos


primeiros anos de vida é essência do desenvolvimento e aprendizado da leitura. Uma vez que
na leitura é necessário que se identifique o significado da palavra, assim como

34
na Linguagem oral, portanto ambas se complementam. Compreendemos então que as
capacidades de Linguagem oral desenvolvida durante os anos iniciais estão de certa forma
associadas ao sucesso e desenvolvimento da leitura nos anos posteriores, no entanto, é preciso
considerar as dificuldades de fala e de audição que envolve a Linguagem oral e,
consequentemente, o desenvolvimento e aprendizado da leitura. O autor aponta que, “Os
déficits de percepção fonológica colocam as crianças em risco de dificuldades para
desenvolverem habilidades de decodificação, e os problemas de compreensão geram riscos de
problemas de compreensão da leitura” (TOMBLIN, 2011, p.3).

Sendo assim e tendo em vista o tão impactante que é a “língua falada” e motivados
justamente pelo desenvolvimento desta e como ela é importante no contexto social,
profissional e pessoal. Buscamos analisar como a Linguagem oral está relacionada ao
desenvolvimento da leitura, sendo que este tema se insere exatamente nos problemas atuais de
leitura e o porquê deles. Deste modo realizaremos uma pesquisa de cunho bibliográfica, em
que esquadrinharemos resposta e explicação sobre a influência deste tipo de linguagem no
desenvolvimento da leitura.

O artigo é constituído da seguinte maneira: na primeira parte, é explicado


sucintamente o desenvolvimento da linguagem oral. Já segunda parte é consagrada à descrição
da influência da Linguagem oral no desenvolvimento da leitura. Na terceira parte aborda
métodos que contribuem para o desenvolvimento da linguagem oral e consequentemente da
leitura. Na quarta parte, por fim, destina-se às considerações finais sobre o que foi discutido.

2. O desenvolvimento da Linguagem oral

A observação crítica de fatos históricos e científicos revela o porquê que o desenvolvimento


da linguagem oral é um fator determinante no aprendizado e

35
desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva, torna-se necessário fazer um estudo mais
detalhado sobre como acontece o desenvolvimento da Linguagem oral e qual é a influência
que esta recebe no meio em que está sendo estimulada.

Tamis-Lemonda e Rodriguez (2011, p. 1), ressaltam que, “A linguagem habilita a


criança a compartilhar significados com outras pessoas e a participar da aprendizagem
cultural com recursos sem precedentes [...]”.

Em outras palavras, a Linguagem oral tem seu início nos primeiros anos de vida, ela
aparece como uma necessidade de comunicação e expressão. Entretanto há fatores que
influenciam o desenvolvimento desta linguagem, como o “meio” em que a criança vive, a
audição da criança, a escolaridade dos pais, complicações neurológicas e, principalmente, o
nível socioeconômico da família.

Os autores ainda ressaltam o quanto o ambiente familiar influencia no desenvolvimento da


linguagem oral, pois as crianças que convivem em ambientes mais estimulantes em
comunicação conseguem obter uma linguagem mais ampla e de qualidade, pelo fato de serem
mais instigadas verbalmente, e pontuam, “[...] as crianças que têm seu desenvolvimento
inicial em um ambiente familiar sensível e cognitivamente estimulante encontram-se em
situação vantajosa no processo de aprendizagem” (TAMIS-LEMONDA; RODRIGUEZ,
2011, p.1).

Há registros científicos que comprovam que crianças de nível socioeconômico baixo falam
menos palavras do que crianças de nível socioeconômico mais alto, porque em um ambiente
familiar de renda baixa, na maioria dos casos vem acompanhado de uma baixa escolaridade e,
por conseguinte, uma linguagem desfavorecida em qualidade e estímulo, que reflete
diretamente na criança envolvida. Por outro lado, há criança que convive em ambientes
socioeconômicos mais altos, na maioria dos casos os pais possuem um nível de escolaridade
superior e logo uma linguagem mais rebuscada, diversificada e de qualidade, ou seja, domina
a norma culta da língua. Em concordância a tal excerto, consideramos o seguinte,

36
Crianças de famílias de baixa renda apresentam desde cedo um atraso em relação a
seus colegas em habilidades de linguagem e desenvolvem o vocabulário a um ritmo
mais lento em comparação com crianças de famílias economicamente mais
favorecidas (TAMIS-LEMONDA; RODRIGUEZ, 2011, p.12).

Deste modo a linguagem oral desempenha um papel fundamental, pois esta se torna a
base da comunicação do indivíduo e, consequentemente, o alicerce para o desenvolvimento da
leitura e escrita. No entanto, é imprescindível ressaltar que esta se desenvolve de diferentes
maneiras, sem contar que sofre influência de diversos fatores que em conseguinte também
resultarão em impactos na fala e em dificuldades psicossociais.

Joseph Beitchman e Elizabeth Brownlie (2011) em seu texto “Desenvolvimento da


linguagem e seu impacto sobre o desenvolvimento psicossocial e emocional da criança”
fazem uma análise sobre o impacto da linguagem na criança e quais são as que obtêm
problemas de linguagem e o porquê deles, asseguram que:

A linguagem é fundamental para a vida social. O desenvolvimento da fala e da


linguagem é um alicerce para resultados positivos na vida futura. No entanto, a
competência de fala e de linguagem não progride normalmente para um número
considerável de crianças, e as pesquisas mostram que essas crianças correm mais
riscos de apresentarem problemas psicossociais posteriores do que aquelas que não
têm comprometimentos da fala ou da linguagem (BEITCHMAN; BROWNLIE,
2011, p.1).

Beitchman e Browlie (2011) ao examinarem alguns indivíduos em idade adolescente


e adulta constataram que os problemas sociais e as dificuldades de aprendizagem entre outros
fatores estavam diretamente ligados ao nível de linguagem do indivíduo. Todavia, é
importante relembrarmos que a Linguagem oral sofre influência do meio, ou de problemas de
audição ou até problemas neurológicos. Contudo como já foi observado anteriormente um dos
grandes problemas atuais é a falta de estímulos adequados e de qualidade no
desenvolvimento da linguagem,

37
porque é por meio desses estímulos que a criança realizará o processo apropriado que irá
contribuir no aprendizado da leitura e da escrita.

Crianças que têm comprometimentos de linguagem apresentam resultados


relativamente precários na infância e na adolescência. Têm maior probabilidade de
apresentar distúrbios de ansiedade, que têm impacto negativo sobre a qualidade de
vida dos adultos afetados e custos econômicos e de cuidados de saúde substanciais.
Além disso, os comprometimentos de linguagem na infância tendem a persistir, e
seu impacto pode ser observado da infância até o início da vida adulta
(BEITCHMAN; BROWNLIE, 2011, p.4).

Judith Johnston (2011) argumenta que a língua falada é uma das grandes realizações
referentes aos anos inicias de vida. Ela descreve o quanto é intenso o desenvolvimento da
linguagem oral, pois acontece de forma natural e rápida, já que as crianças aprendem palavras
e frases a todo o momento durante suas interações sociais “Em questão de meses, e sem
ensino explícito, as crianças passam de palavras hesitantes para frases fluentes, e de um
vocabulário reduzido para um vocabulário que aumenta em seis novas palavras por dia”
(JOHNSTON, 2011, p.1).

Diante disso, fica claro que a “Linguagem oral” quando desenvolvida e instigada,
contribui para o processo de ensino e aprendizado futuro da criança, “O desenvolvimento da
linguagem é ainda mais impressionante quando consideramos a natureza do que é aprendido”
(JOHNSTON, 2011, p.1). Desta forma, uma criança que possui maior vocabulário e estímulos
verbais obterá maior facilidade no desenvolvimento e aprendizado da leitura e escrita. Este
assunto será abordado com mais afinco no próximo tópico.

2.1 A influência da Linguagem oral no desenvolvimento e aprendizado da leitura

38
O desenvolvimento da leitura tem sido alvo de muitos pesquisadores, sendo também de
conhecimento geral que a sociedade vem lutando contra as dificuldades de leituras
encontradas nas escolas, portanto, uma vez que entendemos que a Linguagem oral é o alicerce
da leitura faz-se necessário o estudo e análise sobre até que ponto a linguagem oral pode
contribuir no desenvolvimento e aprendizado da leitura.

[...] evidências recentes indicam que o comprometimento da fala pode ser um fator
de risco para o processamento fonológico, a aprendizagem fonológica e a
alfabetização. Não só os comprometimentos persistentes (que se mantêm depois dos
seis anos de idade) da fala estão associados a resultados precários de alfabetização,
mas também até mesmo crianças com comprometimentos da fala aparentemente já
resolvidos apresentam problemas marcantes de alfabetização, embora tenham
habilidades de linguagem relativamente intactas (TANNOCK, 2011, p.2).

O aprendizado da leitura não acontece naturalmente como o desenvolvimento da Linguagem


oral. A leitura em si exige mediações e uma sequência didática para que se chegue a ela. Já a
Linguagem oral acontece como uma necessidade, no entanto, para que essa seja de qualidade
é preciso ser estimulada de maneira correta e ampla. Assim, ficou evidenciado por algumas
pesquisas que crianças que são verbalmente superiores obtêm sucesso na leitura e, por
conseguinte, na escrita.

O papel da Linguagem oral no desenvolvimento da leitura aparece de forma natural, há


criança que fala mais, por isso, conhece mais palavras, por consequência disso, terá um
arcabouço maior de significados, os quais contribuirão durante o aprendizado da leitura,
porque é mais fácil aprender aquilo que você já se conhece do que o desconhecido.

Essa influência da linguagem sobre a leitura envolve, primariamente, dois aspectos


de habilidade de linguagem – o processamento fonológico e a compreensão auditiva.
Crianças que apresentam limitações em processar informação fonológica correm
risco de problemas precoces de decodificação,

39
que podem, depois, resultar em problemas de compreensão da leitura. Crianças com
problemas de compreensão auditiva correm risco de apresentar problemas de
compreensão da leitura, ainda que consigam decodificar palavras (TOMBLIN, 2011,
p.3-4).

João Batista Araujo e Oliveira (2011) argumentam que a leitura é algo amplo e
diversificado e com o poder de “abrir várias portas”, pois esta habilidade aborda não somente
a perspectiva da leitura, mas também a meditação, concentração, imaginação entre outros
fatores que agem diretamente na ampliação e conhecimento de mundo. Assim sendo, o autor
analisa que o aprendizado da leitura deve acontecer desde “o berço”, em uma relação
fraternal, em que a leitura sirva como abertura para relações benéficas, por exemplo, por meio
dela é possível desenvolver amizade, dedicação e veracidade, onde a criança sinta a
necessidade e o prazer para desvendar as oportunidades em sua volta.

A ideia de leitura não é apenas a ideia de ler – é a ideia de interagir, de brincar, de


estimular a criança a conhecer e se interessar pelos objetos, animais, pelas outras
pessoas, pelo que se encontra no seu horizonte visível e pelo que está fora do aqui e
do agora (OLIVEIRA, 2011, p.10).

Assim, o que é pautado e discutido por Oliveira (2011) é que a leitura é algo que vem
do berço e dos estímulos dos pais, a leitura mesmo com livros infantis é rica em conteúdo e
em palavras novas. Proporciona que a criança relacione e interaja com o mundo em sua volta.
O contato com a escola só amplia e qualifica esse conhecimento, a relação com a pessoa que
está lendo é algo imprescindível, pois o incentivo vem desta pessoa. É preciso o contato com
os livros desde pequenos, uma vez que estes possuem uma linguagem rica em estímulos e
sentimentos, que posteriormente irão contribuir para diversos fatores sociais, para a linguagem
escrita e acima de tudo para o desenvolvimento da leitura.

Desta forma, a criança que obtém uma linguagem mais desenvolvida e diversificada
obterá o interesse maior no aprendizado da leitura individual, pois este

40
aprendizado é adquirido com estímulos de leituras amplos e de qualidade que é a “leitura
desde o berço”. Entretanto, é necessário reforçar que os contatos com os livros são somente
um caminho para chegar-se ao mundo alfabetizado com sucesso, o propósito da leitura desde
“o berço”, segundo o autor “[...] é introduzir a criança ao mundo dos livros e da leitura, ao
mundo das palavras, dos conceitos, das ideias, da imaginação, dos sonhos (OLIVEIRA, 2011,
p.15)”.

Monique Sénéchal (2011), por seu turno, no texto “Alfabetização, linguagem e


desenvolvimento emocional” aborda sobre a importância da linguagem no desenvolvimento
da leitura e como ambas se relacionam. A autora discute que quanto mais amplo o vocabulário
maior a captação da leitura, e que o desenvolvimento do mesmo é algo que, conforme já
discutimos, tem início com os pais, e na escola, principalmente, na educação Infantil, pois é o
período que tem como responsabilidade a ampliação e qualificação dessa linguagem, e
explana, “Crianças que têm melhor consciência da estrutura da língua aprenderão a ler mais
facilmente do que crianças que têm menos ou nenhuma percepção dessa estrutura”
(SÉNÉCHAL, 2011, p.4).

A partir deste arcabouço teórico entendemos a linguagem como fator determinante no


desenvolvimento e aprendizado da leitura, sendo considerado também um elemento de grande
influência no desenvolvimento social do indivíduo. A leitura exige medição específica, já
linguagem acontece naturalmente de acordo com o meio em que a criança est á inserida, mas
ambos se completam e se aperfeiçoam de acordo com a medição que estes recebem, isto é,
quanto mais qualificada, estimulada e aperfeiçoada a leitura, mais ampla esta se qualifica,
acontecendo o mesmo com a Linguagem oral. Neste âmbito, quanto mais desenvolvida a
Linguagem oral, maior a compreensão da leitura e quanto mais estimulada maior será a
designação da Linguagem oral, por parte da criança.

2.2 Métodos que contribuem para o desenvolvimento da linguagem oral da


leitura

41
José Morais (2013) em seu livro “Criar Leitores” discute sobre os estágios da leitura,
debate a base da leitura e em que momento esta tem início. O autor enfatiza métodos de
leituras e ressalta que o alicerce para esta habilidade “vem de casa”, o contato com escola só
amplia e qualifica o aprendizado da leitura. Na educação infantil as crianças começam a
aprender os sistemas alfabéticos, ampliam o processo de consciência fonológica e,
posteriormente, a relação grafema e fonema. O autor argumenta que assim como a escola, os
pais também têm responsabilidades no desenvolvimento da leitura, deste modo é preciso que
as crianças obtenham o contato com a leitura desde muito pequenos.

Já Morais (2013) ressalta que o modo de ampliar a linguagem e ao mesmo tempo o


estímulo para a leitura é o contato com ela desde os primeiros anos de infância, mesmo que de
forma modesta como o manuseio de livros ou leituras partilhadas. É importante dar
oportunidade para que a criança entenda e se interesse pela leitura, entretanto, este primeiro
interesse e contato surgem dos exemplos dos responsáveis envolvidos. “[...] a criança tem
consciência de que assim seja-a tornarse como a mãe ou como pai, a ser adulta ou adulto
como eles são” (MORAIS, 2013, p.1).

Assim sendo, segundo o autor José Morais (2013) a leitura partilhada obtém vários
benefícios, esta proporciona à criança o estimulo para leitura de diversas maneiras, mas deve
ocorrer a mediação do adulto, pois é necessário que ele saiba interceder de maneira
construtora, de modo que as crianças explorem as imagens, frases e palavras. Dessa forma
quando pais e filhos participam da leitura de caráter partilhado onde o pai lê para o filho e
compartilha aquele momento, o ato de ler tornase mais interessante e incisivo para criança,
assim como o conteúdo da leitura. “A leitura partilhada de livros de imagens, em que
aparecem também palavras ou frases, aumenta a exposição ao vocabulário e a conceitos que
só muito raramente são utilizados nas conversas correntes” (MORAIS, 2013, p.2).

Ainda de acordo com José Morais (2013) o processo de alfabetização necessita de


intervenções especifica, de modo que possa conduzir a realização do aprendizado de forma
satisfatória e significativa. Uma das maneiras de se alcançar isto é por meio da leitura
partilhada com estimulo e mediação, pois consequentemente a criança que

42
obter mais contato com livros e textos, também obterá uma linguagem mais desenvolvida e
diversifica.

Quando o processo de aprendizagem reúne as condições que conduzem ao sucesso


(p. ex., interesse e atenção à leitura por parte da criança, bom desenvolvimento da
linguagem), a satisfação que sempre o acompanha aumenta ainda mais o
envolvimento da criança e contribui para um maior desenvolvimento da linguagem,
gerando uma espiral positiva (MORAIS, 2013, p.5).

Assim como a linguagem está para a leitura, a leitura está para linguagem, pelo fato de
que quando se obtém uma linguagem ampla em vocabulários e sentidos, a leitura será mais
significativa assim como o processo de aprendizagem. O modo de se ampliar a linguagem
também acontece pelos livros, entretanto o procedimento de leitura exige intervenções e
tempo como já foi mencionado. Já a Linguagem oral acontece de maneira natural sem
mediações específicas e sofre influência do meio em que a criança vive.

O processo de aprendizado da leitura é longo e difícil. O processo de aquisição da


língua materna também é longo, mas não é difícil. Ele não exige uma intervenção
especifica. Nenhum governo se preocupa em criar escolas para ensinar as crianças a
compreender a fala e a falar (MORAIS, 2013, p.9).

Para a ampliação da linguagem é preciso estimulo e mediação, assim como para a


leitura. Contudo o processo de aprendizado de leitura é longo e complexo, e a linguagem é o
retrato do que a criança recebe do meio em que ela vive. Nesta perspectiva, a leitura estimula a
linguagem, assim como a linguagem estimula a leitura, portanto a leitura é um processo que
deve iniciar-se “no berço”, pois os estímulos influenciarão na linguagem posterior do
envolvido, a criança que lê mais obtém a linguagem mais ampla e diversificada. Além disso,
ela possuindo maior repertório de linguagem, consegue alcançar compreensão na leitura com
mais facilidade.

43
[...] a leitura desde o berço é um instrumento potencialmente poderoso para romper
o círculo vicioso da pobreza que passa pela linguagem e compromete o
desenvolvimento do vocabulário, da sintaxe e, consequentemente, do
desenvolvimento cognitivo, da curiosidade e do conhecimento do mundo.
(OLIVEIRA, 2011, p.11).

Portanto, entendemos a Linguagem oral e a leitura como fatores que se interligam e se


influenciam, uma vez que um é o alicerce para outro. Dickinson em seu texto “Por que a
leitura de livros com crianças desde o berço promove sucesso na leitura a longo prazo” aborda
sobre a Linguagem oral, a seriedade e o peso que ela exerce na leitura e aos outros fatores do
desenvolvimento social do ser humano nos quais a linguagem verbal ou não verbal
desempenha papel fundamental. O autor argumenta a importância da leitura “desde o berço” e
quais são os fatores que essa influencia. Deste modo, como discute que a linguagem é a base
para um bom desenvolvimento e aprendizado da leitura.

O estudo da linguagem tem recebido enorme atenção devido à sua importância para
o desenvolvimento integral do ser humano e, em particular, para o desenvolvimento
da leitura – isso fortaleceu as premissas de que a linguagem é fundamental para o
sucesso na leitura (DICKINSON; GRIFFITH,2011, p.23).

Dickinson e Griffith (2011) no artigo “leitura desde o berço: Políticas Sociais

Integradas para a Primeira Infância”, organizado pelo autor João Batista Araújo e Oliveira
discutem no primeiro capítulo que o artifício da leitura é constitucional para o
desenvolvimento acadêmico do indivíduo, entretanto, esse é condicionado à Linguagem oral
do indivíduo. Sendo assim para obter uma Linguagem oral desenvolvida é necessário ter
estímulos de qualidade e aperfeiçoados, que acontecem por meio da leitura,
consequentemente, para adquirir uma boa compreensão da leitura é preciso obter uma
Linguagem oral ampla e qualificada, para, desta forma, conseguir desenvolver o domínio e
habilidade da norma culta da língua.

44
Considerações Finais

Durante o estudo deste trabalho de conclusão de curso, tivemos o objetivo de analisar


a importância da Linguagem oral no desenvolvimento da leitura. Portanto, uma abordagem
sobre a Linguagem oral e seu impacto sobre a leitura por diversos ângulos.

O desígnio deste estudo foi explicar de forma consista a importância da Linguagem


oral e seu impacto sobre a leitura, de modo que definiu esta modalidade de leitura e analisou o
desenvolvimento desta com base na língua-falada.

Desse modo ficou evidenciado que a Linguagem oral é um fator que sofre influência
do meio, e que ela é determinante no desenvolvimento e aprendizado da leitura. A leitura tem
que ser estimulada desde os primeiros anos de vida, pois esta é um dos principais meios para
se ampliar o vocabulário, de modo que o processo também acontece inversamente, o
indivíduo que obtém vocabulário amplo e de qualidade, também tem maior facilidade no
aprendizado ou até mesmo na ampliação da leitura em seus mais diferentes níveis.

Com base nos autores que sustentaram este artigo, a Linguagem oral e a leitura estão
ligadas e se completam, mas o processo de desenvolvimento destas acontece de maneira
diferenciada.

A Linguagem oral ocorre naturalmente, e sofre influência de diversos fatores. Deste


modo, não necessita de mediações especificas. Já a leitura é um processo de ensino, que não
acontece naturalmente, exige mediações especificas. Todavia a Linguagem oral e a leitura se
completam, ambas se sustentam e qualificam o desenvolvimento uma da outra.

7 Referências

45
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sobre o desenvolvimento psicossocial e emocional da criança. Enciclopédia
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47

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