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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO DIE-MPINDA

CURSO DE CIÊNCIAS FÍSICAS-BIOLÓGICAS

TRABALHO CIENTÍFICO DE GEOLOGIA

EROSÃO

Luanda, Outubro de 2022.

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COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO DIE-MPINDA

CURSO DE CIÊNCIAS FÍSICAS-BIOLÓGICAS

TRABALHO CIENTÍFICO GEOLOGIA

EROSÃO

Classe: 12ª.
Turma: B.
Turno: Tarde.
Sala nº 8.

Integrantes:
Alberto Panguila;
Luter Cristóvão;
Luzineth Mitongo;
Maria Rosa;
Nóe de Cristo.
Docente
______________________________
Evaristo Gando

Luanda, Outubro de 2022.

1
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
II. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4
1. Noção da Erosão...................................................................................................................4
2. Principais Tipos de Erosão...................................................................................................6
2.1 Erosão marinha.............................................................................................................7
2.2 Erosão eólia ou eólica...................................................................................................7
2.3 Erosão fluvial................................................................................................................8
2.4 Erosão geológica:..........................................................................................................8
2.5 Erosão glaciária.............................................................................................................9
2.6 Erosão pluvial ou pluvierosão.....................................................................................10
2.7 Erosão química............................................................................................................11
2.8 Erosão costeira............................................................................................................11
3. Agentes Erosivos................................................................................................................12
3.1 Os Principais Agentes Naturais Causadores da Erosão..............................................13
4. Fatores que intensificam ou retardam os processos erosivos.............................................14
4.1 Formas de evitar a erosão do solo...................................................................................14
CONCLUSÃO..............................................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................17
ANEXO.........................................................................................................................................18

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1. INTRODUÇÃO

A erosão é um processo natural e presente na dinâmica do planeta há milhares de anos


(tempo geológico). Esse fenómeno consiste no desgaste do solo e das rochas de áreas mais altas
para áreas mais baixas, ocasionando a sedimentação dos detritos.

Ao longo dos anos, esse desgaste altera paisagens, cursos de rios, relevos, entre outros.
Percebemos que o planeta é um ser vivo, mutável e que se modifica a cada momento. Tudo que
fazemos está interligado com essas mudanças. A erosão é um processo de transformação
ocorrido no exterior da crosta terrestre, sendo classificada no grupo de fatores exógenos de
modificação do relevo.

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2. DESENVOLVIMENTO

3. Noção da Erosão

Erosão é a acção de processos superficiais, (tal como a acção do fluxo de água ou vento) que
remove solo, rochas, ou material dissolvido de um local na crosta da Terra, que então o
transporta para outro local. Enquanto a erosão é ação desses processos superficiais, a
gliptogênese é a formação da superfície terrestre como consequência dos processos erosivos que
provocam a destruição do relevo preexistente. Os dois termos são ocasionalmente usados como
sinónimos mesmo na literatura académica.

A ruptura de partículas provenientes de pedra e solo em sedimento clástico é denominado


como meteorização física ou mecânica; isso contrasta com a meteorização química, onde o solo
ou material de rocha é removido através da dissolução, promovido por um solvente (tipicamente
água), seguido pelo fluxo da solução. Os sedimentos ou solutos erodidos podem ser
transportados apenas por alguns milímetros ou para milhares de quilômetros.

As taxas naturais de erosão são controladas pela acção de agentes geomórficos, como chuva;
desgaste rochoso em rios; erosão costeira pelo mar e ondas; delapidação glacial, abrasão;
inundações locais; abrasão do vento; processos de água subterrânea; e processos de movimento
de massa em paisagens íngremes como deslizamentos de terra e fluxos de detritos. As taxas a
que tais processos actuam controlarão a velocidade da erosão de uma superfície.

Normalmente, a erosão física prossegue mais rapidamente em superfícies inclinadas, e as


taxas também podem ser sensíveis a algumas propriedades controladas climaticamente,
incluindo quantidades de água fornecida (por exemplo, pela chuva), a velocidade do vento, a
busca da onda ou a temperatura atmosférica (especialmente para alguns processos relacionados
ao gelo).Também são possíveis entre as taxas de erosão e a quantidade de material erodido que
já é transportado, por exemplo, um rio ou uma geleira. Os processos de erosão que produzem
sedimentos ou solutos de um lugar contrastam com os de deposição, que controlam a chegada e
colocação de material em um novo local.

Enquanto a erosão é um processo natural, as atividades humanas aumentaram entre 10-40


vezes a taxa em que a erosão está ocorrendo globalmente. Em regiões bem conhecidas da
agricultura, como as Montanhas dos Apalaches, localizada nos Estados Unidos, práticas

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agrícolas intensivas aumentaram a taxa de erosão em até 100x da velocidade em relação a taxa
natural de erosão na região.

A erosão excessiva (ou acelerada) causa problemas "no local" e "fora do local". Os impactos
no local incluem diminuição da produtividade agrícola e (em paisagens naturais) colapso
ecológico, tanto por causa da perda das camadas do solo superior ricas em nutrientes. Em alguns
casos, o eventual resultado final é a desertificação. Os efeitos fora do local incluem
sedimentação de vias navegáveis e eutrofização de corpos d'água, bem como danos causados por
sedimentos em estradas e casas. A erosão causada pela água e vento são as duas principais
causas de degradação. Um arco natural produzido pela erosão do vento de rochas diferenciadas
Jebel Kharaz, Jordânia.

Um penhasco marinho produzido pela erosão costeira, no Geoparque Nacional costeiro de


Jinshitan, Dalian, província de Liaoning, China da terra; que combinados, são responsáveis por
cerca de 84% da extensão global da terra degradada, tornando a erosão excessiva um dos
problemas ambientais mais significativos em todo o mundo.

A agricultura intensiva, o desmatamento, as estradas, as mudanças climáticas antropogênicas


e a expansão urbana estão entre as atividades humanas mais significativas em relação ao seu
efeito na estimulação da erosão. No entanto, existem muitas práticas de prevenção e remediação
que podem reduzir ou limitar a erosão de solos vulneráveis.

Em solos constituídos pela presença de vegetação densa, tais como árvores (florestas densas)
o processo de erosão é diminuído, mas não inexistente, pois a erosão é um processo natural
sempre presente e de suma importância para a formação de relevos. O processo de erosão é
intensificado com a retirada demasiada de vegetação para uso agrícola, deixando o solo
desprotegido e exposto aos agentes intempéricos.

Com o passar do tempo, a atuação do intemperismo e consequentemente a erosão sobre solos


desprotegidos, pode levar à desertificação dos mesmos, pois ocorre a lixiviação descontrolada
dos constituintes minerais desses, acentuando-se com a utilização de insumos e maquinários
agrícolas.

A erosão não atua continuamente sobre um primeiro e único relevo. Os agentes internos são
construtivos, trabalham alternadamente com os agentes externos com tendência a estabelecer o
equilíbrio. São os agentes internos que contribuem para a formação de novos relevos subjacentes

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à superfície terrestre. É a fase de orogénese. A seguir, os agentes externos actuam com toda a
energia, tendendo a nivelar os relevos. É a fase erosiva ou gliptogénese.

O material resultante da meteorização que se mantém desagregado no local de origem está


sujeito a diversas forças. Umas são passivas ou protectoras, como a resistência das rochas aos
agentes geológicos, cuja variabilidade depende dos componentes da rocha e do cimento que as
liga. A altitude a que se encontra a rocha também é um fator que influencia a erosão,
considerando se o nível do mar como o ponto zero da erosão, isto é, o local onde está se detém,
não prosseguindo a partir desse nível.

Outras forças são ativas ou destrutivas. Entre estas considera-se a gravidade, que tende a
fazer cair todos os corpos na direção do centro da Terra, a atração lunar, que provoca as marés e
os deslocamentos periódicos das grandes massas de água, e a radiação solar, que é um conjunto
muito variado de radiações luminosas, calorícas, elétricas, magnéticas e corpusculares. Estas são
consideradas forças puras ou primárias.

A erosão tende a reduzir gradualmente as zonas salientes e a transformar a superfície em


peneplanícies (ciclo de erosão). Os produtos de desagregação podem estar no próprio lugar ou
próximo dele, contribuindo para a formação do solo. Alguns são deslocados a maior ou menor
distância. Podem ser transportados em suspensão ou em dissolução na água.

A erosão é o desgaste das massas rochosas seguido de transporte e acumulação dos


sedimentos em outros lugares. Essa alteração das rochas é conseqüência da ação de agentes
erosivos, como o vento, os rios, os oceanos, as geleiras, entre outros. Ocorre por causas naturais
e por meio da intervenção inadequada do homem no meio ambiente, causando a perda da
camada fértil do solo, diminuição da sua fertilidade e, em casos extremos, a desertificação.

4. Principais Tipos de Erosão

Os processos erosivos, em algumas regiões da natureza, são importantes para a dinâmica


ambiental e renovação do solo, pois permitem a movimentação de sedimentos para outras áreas,
o que pode transportar sedimentos férteis e contribuir para o progresso natural da localidade.
Entretanto, algumas erosões prejudicam o ritmo da natureza, pois não podem ser contidas em
curto espaço de tempo. Para compreender melhor essas peculiaridades das erosões, é importante
entender como elas são classificadas.

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5. Erosão marinha

Acontece com a destruição e construção constantes feitas pelas águas dos mares ao longo
das áreas litorâneas, no encontro entre a terra e a água. Essa erosão é conhecida também por
abrasão e pode originar várias formas de relevo, como as falésias, as praias e as restingas.

Ocorre quando as rochas ou o solo litorâneo são desgastados pela água das ondas do mar.
É um processo natural e que se transforma em problema quando habitações ou estradas são
construídas em áreas ocasionalmente ocupadas pelas ondas.

6. Erosão eólia ou eólica

Trabalho realizado pelo vento, é mais importante nas regiões desérticas, nas zonas semi
áridas, ou ainda nas zonas litorâneas. A erosão causada pelo vento é uma importante força
geomorfológica, especialmente em regiões áridas e semi-áridas. É também uma importante fonte
de degradação da terra, evaporação, desertificação, poeira nociva no ar e danos às culturas
especialmente depois de terem aumentado.

A erosão do vento é de duas variedades primárias: deflação, onde o vento levanta e


transporta partículas soltas; e abrasão, onde as superfícies são desgastadas, pois são atingidas por
partículas transportadas por via aérea.

A deflação é dividida em três categorias: (1) rastejamento superficial, onde partículas


maiores e mais pesadas deslizam ou rolam ao longo do solo; (2) saltação, onde as partículas são
levantadas a uma pequena altura no ar, e saltam e saltam através da superfície do solo; e (3)
suspensão, onde partículas muito pequenas e leves são levadas ao ar pelo vento, e muitas vezes
são transportadas por longas distâncias.

A saltação é responsável pela maioria (50-70%) da erosão do vento, seguida da suspensão


(30-40%) e, em seguida, do rastejamento superficial (5-25%). A erosão do vento é muito mais
grave em áreas áridas e em períodos de seca. Por exemplo, nas Grandes Planícies, estima-se que
a perda de solo devido à erosão do vento pode ser até 6100 vezes maior em anos de seca do que
em anos úmidos.

A erosão eólica ocorre em geral em regiões planas, de pouca chuva, onde a vegetação natural
é escassa e sopram ventos fortes. Constitui um problema sério quando a vegetação natural é
removida ou reduzida; os animais e o próprio homem contribuem para essa remoção ou redução.

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As terras ficam sujeitas à erosão pelo vento quando deveriam estar com a vegetação natural e são
colocadas em cultivo com um manejo inadequado.

7. Erosão fluvial

A erosão do vale ou de corrente ocorre com o fluxo contínuo de água ao longo de uma
característica linear. A erosão é tanto para baixo, aprofundando o vale e encabeçando,
estendendo o vale até a encosta, criando cortes de cabeça e bancos íngremes. No primeiro
estágio da erosão fluvial ou de corrente, a actividade erosiva é predominantemente vertical, os
vales têm uma seção transversal típica em V e o gradiente da corrente é relativamente íngreme.
Quando atinge algum nível de base, a actividade erosiva muda para a erosão lateral, que amplia
o fundo do vale e cria uma planície de inundação estreita.

O gradiente do fluxo torna-se quase plano e a deposição lateral de sedimentos torna-se


importante à medida que o fluxo serpenteia pelo fundo do vale. Em todas as fases da erosão de
corrente, a maior erosão ocorre, durante os períodos de inundação, quando a água está cada vez
mais rápida e está disponível para transportar uma maior carga de sedimentos. Em tais
processos, não é a água sozinha que irá erodir: as partículas abrasivas suspensas, os seixos e os
pedregulhos também podem agir de forma erosiva enquanto atravessam uma superfície, em um
processo conhecido como tração.

A erosão do banco é o desgaste das margens de um riacho ou rio. Isso se distingue das
mudanças na camada do curso de água, que é referido como abrasão. A erosão e as mudanças na
forma das margens dos rios podem ser medidas inserindo hastes de metal no banco e marcando a
posição da superfície do banco ao longo das hastes em momentos diferentes.

8. Erosão geológica:

É também conhecida como erosão natural ou que não sofreu a interferência humana.
Atua modelando as paisagens, com uma combinação de vários outros tipos de ações erosivas. É
realizada normalmente pelos diversos agentes erosivos sem que haja a intervenção do homem,
acelerando o trabalho de destruição e construção feito por estes agentes. Quando se verifica a
intervenção do homem, acarretando desequilíbrios que favorecem o trabalho de erosão, temos
então a chamada erosão acelerada ou biológica.

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9. Erosão glaciária

As geleiras corroem predominantemente por três processos diferentes: abrasão/limpeza,


remoção e pela acção de empuxo do gelo. Em um processo de abrasão, detritos nas camadas
basais do gelo, causarão o polimento e escorregamento das rochas subjacentes, semelhante à lixa
em madeira. Os cientistas mostraram que, além do papel da temperatura desempenhada no
aprofundamento do vale, outros processos glaciológicos, como a erosão, também controlam as
variações do vale cruzado.

Em um padrão homogêneo de erosão do solo, é criada uma secção transversal do canal curvo
abaixo do gelo. Embora a geleira continue a se inclinar verticalmente, a forma do canal embaixo
do gelo finalmente permanece constante, atingindo uma forma de estado estacionário parabólico
em forma de U, como agora vemos em vales glaciares. Os cientistas também fornecem uma
estimativa numérica do tempo necessário.

Para a formação final de um vale em forma de U em forma constante – aproximadamente


100.000 anos. Em um rochedo fraco (contendo material mais erodível do que as rochas
circundantes) padrão de erosão, pelo contrário, a quantidade de excesso de inclinação é limitada
porque as velocidades do gelo e as taxas de erosão são reduzidas. As geleiras também podem
fazer com que os pedaços de rocha se espalhem no processo de arrancar. Na acção de empuxo do
gelo, a geleira congela a sua camada, então, à medida que avança, move grandes lençóis de
sedimentos congelados na base, junto com a geleira. Este método produziu alguns dos muitos
milhares de bacias do lago que aparecem na borda do escudo canadense.

As diferenças no alto das cadeias de montanhas não são apenas as forças tectônicas
resultantes, como a elevação de cadeias rochosas, mas também as variações climáticas locais. Os
cientistas usam a análise global da topografia para mostrar que a erosão glacial controla a altura
máxima das montanhas, pois o alívio entre os picos das montanhas e a linha da neve geralmente
se limita a altitudes inferiores a 1500 m.

A erosão causada por geleiras em todo o mundo erosiona as montanhas tão eficazmente que
o termo "buzzsaw" se tornou amplamente utilizado, o que descreve o efeito limitante das geleiras
no alto das cordilheiras. À medida que as montanhas crescem, elas geralmente permitem uma
maior atividade glacial (especialmente na zona de acumulação acima da altitude da linha de
equilíbrio glacial), o que provoca taxas aumentadas de erosão da montanha, diminuindo a massa
mais rapidamente do que o rebote isostático pode aumentar a montanha.

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Pesquisas contínuas mostram que, embora as geleiras tendam a diminuir o tamanho da
montanha, em algumas áreas, as geleiras podem efetivamente reduzir a taxa de erosão, actuando
como uma armadura glacial. O gelo não só pode corroer as montanhas, mas também protegê-las
contra a erosão. Dependendo do regime das geleiras, mesmo as terras alpinas íngremes podem
ser preservadas através do tempo com a ajuda do gelo.

Estes processos, juntamente com a erosão e transporte pela rede de água abaixo da geleira,
deixará morainas, colinas alongadas, morainas de fundo (Till), e bloco errático na sua esteira,
tipicamente no terminal ou durante o recuo glacial. A melhor morfologia do vale glacial parece
estar restrita a paisagens com baixas taxas de elevação de rocha (menor ou igual a 2 mm por
ano) e alto relevo, levando a tempos de rotatividade longa.

Onde as taxas de elevação da rocha excedem 2 mm por ano, a morfologia do vale glacial
geralmente foi significativamente modificada no tempo pós-glacial. A interação da erosão
glacial e do forçamento tectônico governa o impacto morfológico das glaciações em cadeias
orogênicas
activas, influenciando sua altura e alterando os padrões de erosão durante os períodos glaciais
subseqüentes através de uma ligação entre o levantamento da rocha e a forma da seção
transversal
do vale.

10. Erosão pluvial ou pluvierosão

A erosão pluvial é causada pelo movimento da chuva resultando o desgaste do solo, e


produzem quatro tipos principais de erosão do solo: erosão de respingos, erosão
laminar, erosão em sulcos e erosão de desembarque ou voçorocas. A erosão de respingos é
geralmente vista como o primeiro e o menos grave estágio no processo de erosão do
solo, que é seguido pela erosão laminar, depois erosão em sulcos e por último a erosão de
desembarque ou voçorocas, sendo o último o mais severo dos quatro.

Na erosão causada pela actuação dos respingos, o impacto individual de cada gota de chuva
caindo cria uma pequena cratera no solo, ejetando partículas do solo. A distância
que essas partículas de solo viajam pode ser tanto quanto 60 centímetros verticalmente e 150
centímetros horizontalmente em chão nivelado. Se o solo estiver saturado, ou se a taxa de
precipitação for maior que a taxa a que a água pode se infiltrar no solo, ocorre o escoamento
superficial. Se o escoamento tiver energia de fluxo suficiente, ele irá transportar partículas de

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solo solto (sedimento) abaixo da inclinação. A erosão laminar é o transporte de partículas de solo
solto pelo fluxo terrestre.

A erosão em sulcos refere-se ao desenvolvimento de caminhos de fluxo pequenos,


concentrados e efêmeros, que funcionam como fonte de sedimento e sistemas de distribuição de
sedimentos para erosão em colinas. Geralmente, onde as taxas de erosão da água nas áreas de
terras perturbadas são maiores, os aumentos são ativos. As profundidades de fluxo em montantes
são tipicamente da bastante íngremes. Isso significa que os sulcos exibem propriedades
hidráulicas muito diferente da água que flui através dos canais mais profundos e mais amplos de
córregos e
rios.

A erosão de desembarque ou voçorocas ocorre quando o escoamento da água se acumula e


cai rapidamente em canais estreitos durante ou imediatamente após chuvas intensas ou neve
derretida, removendo o solo para uma profundidade considerável.

11. Erosão química

A erosão química é a perda de matéria em uma paisagem sob a forma de solutos. A erosão
química geralmente é calculada a partir dos solutos encontrados nas correntes. Anders Rapp foi
pioneiro no estudo da erosão química em seu trabalho sobre Kärkevagge publicado em 1960.
Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como
água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Dentro da erosão química,
actua-se o processo de intemperismo, sendo ele o intemperismo químico. No entanto ainda
existem o intemperismo físico e biológico.

12. Erosão costeira

Erosão de solo, ocasionado pelo fluxo de corrente, através do escoamento da água. A erosão
da costa, que ocorre nas costas expostas e abrigadas, ocorre principalmente através da ação de
correntes e ondas, mas a mudança do nível do mar (maré) também pode desempenhar esse papel.

A acção hidráulica ocorre quando o ar em uma articulação é de repente comprimido por uma
onda que fecha a entrada da junta. Quando a energia da onda atinge o penhasco ou rochas,
ocorrerá a quebra das partículas presentes nesses corpos, pela ação do choque da água. Abrasão
é causada por ondas que lançam sedimentos marinhos sobre o penhasco e rochas.

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É a forma mais eficaz e rápida de erosão da costa (não deve ser confundida com a corrosão).
A corrosão é a dissolução da rocha pelo ácido carbônico presente na água do mar. As
falésias de pedra calcária são particularmente vulneráveis a este tipo de erosão. Atrito é onde as
partículas/sedimentos marinhos carregados pelas ondas são desgastados enquanto se
batem sobre as falésias. Isso torna o material mais fácil de lavar. O material acaba como
cascalho e areia. Outra fonte significativa de erosão, particularmente nos litorais de carbonato é a
raspagem e moagem de organismos sobre as superfícies, em um processo denominado
bioerosão.

O sedimento é transportado ao longo da costa em direção à corrente predominante (deriva a


longo prazo). Quando a quantidade actual de sedimento é menor do que a quantidade que está
sendo levada, ocorre erosão. Quando a quantidade actual de sedimento é maior, os bancos de
areia ou cascalho tendem a se formar como resultado da deposição. Esses bancos podem migrar
lentamente ao longo da costa na direção da deriva, alternadamente protegendo e expondo partes
do litoral.

Onde há uma curva no litoral, muitas vezes um acúmulo de material erodido ocorre
formando um banco longo e estreito (um cuspir). Nas praias arenosas a erosão constitui um
grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das
habitações e infraestruturas humanas, até graves problemas ambientais. Para retardar ou
solucionar o
problema, podem ser tomadas diversas medidas de proteção, sendo as principais as construções
pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a realimentação de praias.

A estreita faixa costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se
esta se verificar para além de várias populações serem afetadas, irá ocorrer uma drástica
mudança na salinidade da laguna, afectando todo o ecossistema.

13. Agentes Erosivos

A erosão é um processo contínuo, que ocorre em consequência da ação de agentes


erosivos responsáveis pelo transporte de materiais sólidos. De maneira natural, a água é o
principal agente erosivo. No entanto não é o único. Vejamos:

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 A água das chuvas que atua sobre solos e rochas é o mais ativo dos agentes erosivos.
Sua ação contínua e intensa pode provocar mudanças significativas na paisagem.
 A água dos rios também atua no transporte de materiais de suas margens, planícies de
inundação e leito, desagregando e transportando significativas quantidades de materiais
das áreas mais elevadas para as regiões mais baixas.
 Nos oceanos e mares, as correntes marítimas e o movimento das marés são agentes que
modelam as paisagens litorâneas e o relevo submarino.
 Os ventos são agentes erosivos importantes, especialmente nas regiões de baixa
umidade, como os desertos quentes. O vento esculpe rochas, transporta partículas e
transforma paisagens.
 O gelo é responsável por provocar erosões, especialmente nas regiões de altas latitudes.
A água acumulada nas cavidades das rochas nos períodos quentes, congela e se dilata
quando a temperatura desce. O aumento de volume causa o rompimento da rocha.

13.1 Os Principais Agentes Naturais Causadores da Erosão

1. Ventos: carregam fragmentos do solo (principalmente areia) que formam dunas. Atuam
também na lenta degradação de solos, deslocando e transportando fragmentos pequenos.

2. Geleiras: grandes blocos de gelo, transportados pelas águas oceânicas, colidem com o solo
litorâneo, provocando fendas. Assim formam os fiordes, presentes, por exemplo, na costa da
Península da Escandinávia.

3. Mares: as ondas batem nos paredões rochosos das áreas do litoral, provocando desgaste e
modificações em seus formatos. As falésias, por exemplo, têm como origem a acção dos mares.

4. Rios: o movimento das águas dos rios possui a capacidade de deslocar fragmentos do solo.
Em centenas e milhares de anos podem aparecer cânions e vales, esculpidos pela força das águas
fluviais.

5. Chuvas: este tipo é conhecido como erosão pluvial. A água das chuvas escorre pelo solo e
pelas rochas provando desgaste. Ocorre com maior intensidade em terrenos inclinados sem
vegetação. Ondas: também podem ser agentes de erosão.

Causas humanas principais: O ser humano pode ser um importante agente provocador das
erosões. Ao retirar a cobertura vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a água, que

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antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar no solo. Esta infiltração
pode causar a instabilidade do solo e a erosão. Actividades de mineração, de forma desordenada,
também podem provocar erosão. Ao retirar uma grande quantidade de terra de uma jazida
(depósito natural) de minério, os solos próximos podem perder sua estrutura de sustentação.

14. Fatores que intensificam ou retardam os processos erosivos.

 Clima: a ação das chuvas, a intensidade da radiação solar, a direção e força dos ventos,
as variações de temperatura, são fatores que influenciam diretamente os processos
erosivos.
 Declividade do terreno: As áreas de maior inclinação favorecem o escoamento
superficial da água aumentando a intensidade erosiva das chuvas ou dos cursos d’água.
Já nas regiões planas a reduzida velocidade da água proporciona uma maior deposição de
sedimentos e menor desgaste da superfície.
 Rocha matriz: cada tipo de rocha apresenta uma resistência distinta aos processos
intempéricos e erosivos, mesmo estando em condições semelhantes. Em geral, as rochas
cristalinas são mais resistentes à erosão do que as rochas sedimentares que estão mais
propensas a sofrer rápida e intensa ação dos agentes erosivos.
 Vegetação: A presença ou ausência de vegetação e o tipo de cobertura vegetal, são
fatores determinantes para intensificar ou retardar os processos erosivos. Se uma área é
coberta por densa vegetação – como uma floresta tropical – a ação dos agentes de erosão
é minimizada, enquanto que, em uma região com escassa vegetação rasteira ou sem
cobertura vegetal – e, portanto, desprotegida –sofre mais intensamente os processos de
erosão.
 Acção humana: Embora a erosão seja um processo natural, o ser humano – afim de
atender as suas demandas – tem provocado modificações que agravam e aceleram o
desenvolvimento do fenômeno erosivo. O desmatamento, a impermeabilização do solo, a
criação de pastagens e áreas de cultivo são as principais ações humanas que têm
provocado a perda e deslocamento de milhares de toneladas de solo todos os anos.

A erosão tem provocado vários problemas para o ser humano. Constantemente, ocorrem
deslizamentos de terra em regiões habitadas, principalmente em regiões carentes, provocando o
soterramento de casas e mortes de pessoas. Os prejuízos económicos também são significativos,

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pois é comum as erosões provocarem fechamento de rodovias, ferrovias e outras vias de
transporte.

4.1 Formas de evitar a erosão do solo

- Não retirar coberturas vegetais de solos, principalmente de regiões montanhosas;

- Planejar qualquer tipo de construção (rodovias, prédios, hidrelétricas, túneis, etc.) para que
não ocorra, no momento ou futuramente, o deslocamento de terra;

- Monitorar as mudanças que ocorrem no solo;

- Realizar o reflorestamento de áreas devastadas, principalmente em regiões de encosta.

Erosão provocada pelo deslizamento de terra: fenômeno também é conhecido como erosão
por gravidade.

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CONCLUSÃO

Concluímos que a erosão, por ser um processo natural, não pode ser evitada. Porém, nas
áreas urbanas, onde o estrago erosivo é maior devido aos deslizamentos de terra, os transtornos
podem ser amenizados e solucionados de forma definitiva desde que haja um grande
envolvimento entre o poder público e a sociedade.

A não retirada da cobertura vegetal e, consequentemente, a preservação das encostas são


ações que contribuem para diminuir os efeitos erosivos. A cobertura vegetal (plantio,
reflorestamento, não desmatamento) minimiza os efeitos das erosões pluviais e fluviais, além de
criar barreiras naturais que amenizam a erosão eólica.

16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Pena, R. (2022). Tipos de erosão. Brasil Escola.

Guerra, A. (2022). Erosão e conservação dos solos. Bertrand Brasil.

Vesentini, J. (2006). Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo.

Erosão em área costeira. Foto: Matthew J Thomas / Shutterstock.com


Fontes:
SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2013.

17
ANEXO

Erosão pluvial

Erosão glaciária

Erosão marinha

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