Sistemas de Refrigeração Comercial com CO2

Guia De Aplicações Subcritico e Transcritico para CO2

1
Conteúdo
Capítulo 1, Introdução 4
Capítulo 2, Informações Básicas e Considerações sobre o CO2 como um Fluído Refrigerante 5
Seção 1, Critérios para a seleção do fluído refrigerante ....................................................................... 5
Seção 2, Propriedades do R744 ..................................................................................................... 6
Seção 3, Uma introdução à operação transcrítica .............................................................................. 8
Seção 4, Comportamento no ciclo de referência ................................................................................ 9
Seção 5, Riscos do R744 ............................................................................................................. 11
Seção 6, Comparação do R744 com outros Fluídos Refrigerantes ....................................................... 13
Seção 7, Vantagens e desvantagens do R744 como um fluído refrigerante ............................................ 14
Capítulo 3, Introdução aos Sistemas R744 15
Seção 1 Introdução aos Sistemas Transcríticos Disponíveis no Mercado ............................................... 15
Seção 2, Introdução aos Sistemas em Cascata no Varejo ................................................................. 18
Seção 3, Sistemas Secundários .................................................................................................... 19
Seção 4, Seleção do Melhor Sistema – Tipo Booster x Cascata x Secundário ........................................ 20
Capítulo 4, Projeto do Sistema R744 23
Seção 1, Sistemas tipo Booster Transcríticos ................................................................................... 23
Seção 2, Sistemas em Cascata ..................................................................................................... 25
Seção 3, Sistemas Secundários .................................................................................................... 27
Seção 4, Projeto da Pressão ........................................................................................................ 28
Seção 5, Projeto para Facilidade de Serviço .................................................................................... 29
Seção 6, Detecção de Vazamento Fixo .......................................................................................... 29
Seção 7, Capacidade de Refrigeração ............................................................................................ 29
Seção 8, Modulação de Capacidade .............................................................................................. 30
Seção 9, Tubulação e Junção ....................................................................................................... 30
Seção 10, Lubrificantes e Retorno de Óleo ...................................................................................... 32
Seção 11, Materiais .................................................................................................................... 32
Seção 12, Potencial de Recuperação de Calor ................................................................................. 32
Capítulo 5, Sistemas de R744: Instalação, Comissionamento e Serviço 33
Seção 1, Boas Práticas de Instalação ............................................................................................. 33
Seção 2, Carregamento de R744................................................................................................... 35
Seção 3, Verificações do Sistema .................................................................................................. 35
Seção 4, Serviço ........................................................................................................................ 36

Seção 5, Como colocar o Sistema Temporariamente fora de Serviço .................................................... 39

Seção 6, Manutenção ................................................................................................................. 39

Conclusão ................................................................................................................................ 40
Glossário 41

2
3
1 Introdução

Atualmente não tem sido muito fácil para os tomadores de

decisão determinar claramente sua escolha pelo melhor
tipo de fluido refrigerante e sistema de refrigeração.
Nessa última década muitas opções de fluidos
refrigerantes e arquiteturas de sistemas têm aparecido
tanto em papel quanto na prática. O setor tem estado
constantemente sob a atenção do meio ambiente nos
últimos anos, especialmente quanto a estudos de
vazamentos que revelaram o efeito real das emissões de
HFC em sistemas centralizados. Consideráveis reduções
em emissões são certamente possíveis, mas elas não
acarretam mudanças.
A Emerson Climate Technologies conduziu um estudo
sobre esse tópico que incluiu a comparação de diversas
opções. A conclusão está bem clara, não há melhor
opção para os critérios chave, meio ambiente, custo e
consumo de energia. Uma ferramenta, Como Obter o
Equilíbrio Correto, está disponível no website da Emerson
para dar continuidade a empenho e permitir que sejam
feitas comparações customizadas. Provavelmente
existirão e serão desenvolvidas diferentes opções na
próxima década, dependendo das tendências regionais,
iniciativas genuinamente ecológicas por parte da
legislação e aprimoramento da imagem ecológica.
O R744 (CO2) é uma opção por razões ambientais, e
pode ser um vencedor quanto ao consumo de energia à
medida que os desenvolvimentos em tecnologia de
componentes e métodos de aplicação continuam revelar
ganhos potenciais de desempenho. Boa experiência tem
sido adquirida com diferentes configurações de sistema
por vários anos, especificamente nas regiões norte e
central da Europa. A confiança resultante dessa
experiência assegura que o CO2 será uma opção de
longo prazo no para o futuro previsível.
O CO2 é chamado de “Líquido Refrigerante Natural” por
existir em ambientes naturais. Sua liberação na
atmosfera, proveniente de sistemas de refrigeração,
apresenta um efeito insignificante em comparação do
outras fontes de CO2, que estão gerando debates sobre o
aquecimento global. Como fluído refrigerante ele é um
produto fabricado em conformidade com especificações
estritas sobre pureza. Suas propriedades físicas fazem
com que seja necessário um manuseio especial. As
pressões dos sistemas são muito mais altas que as de
sistemas convencionais e todos os componentes são
projetados de forma correspondente. Atualmente não há
dificuldade em adquirir todos os equipamentos
necessários. Altos custos de investimento eram
característicos nos projetos iniciais de CO2, mas esses
custos atualmente se apresentam tendências de
diminuição.
O custo do fluído refrigerante em si, é uma fração do
custo de alguns dos HFCs especializados.
Esse manual analisa as propriedades principais do CO2,
explora as vantagens dos CO2 como fluído refrigerante e
apresenta uma compreensão dos tipos de sistema e suas
concepções. Na sequência são apresentados tópicos de
estudo de otimização, operação e manutenção. O público-
alvo é formado por engenheiros responsáveis pelo projeto
e manutenção comercial de sistemas de refrigeração e
atualmente tendo seus primeiros contatos com o CO2.

Copeland™ Compressor Stream para R744 Copeland™ Compressor Scroll ZO para R744

4
2 Informações Básicas e Considerações sobre o
CO2 como um Fluído Refrigerante
Esse capítulo introduz o dióxido de carbono como um A tabela a seguir trás uma lista de critérios que são
fluído refrigerante, descreve suas propriedades e as importantes na seleção de um fluído refrigerante e
compara com outros líquidos refrigerantes, ambos mostra como o R744 atende a esses critérios. Mais
adiante nesse capítulo são apresentados mais
tradicionais e novos. Descreve os riscos de CO 2 e detalhes.
explica porque os sistemas de refrigeração se diferem O R744 atende à exigência de fluído refrigerante
dos sistemas convencionais.
natural com um impacto global baixo, mas apresenta
desafios tanto na aplicação quanto no manuseio.
Seção 1, Critérios para a seleção do fluído
refrigerante
Diversos critérios devem ser considerados na seleção
de um fluído refrigerante, incluindo as propriedades
termodinâmicas e físicas, segurança, impacto
ambiental, facilidade de utilização e disponibilidade de
componentes e especialidade.

Critérios Como o R744 atende aos critérios?

Significativamente uma capacidade volumétrica bem maior que
Capacidade de resfriamento
dos líquidos refrigerantes convencionais.

Eficiência A eficiência depende do tipo de sistema e temperatura ambiente.

Pressões de operação e parada, significativamente mais altas que todos

Condições de operação
os demais fluídos refrigerantes comumente vendidos no mercado.
GWP = 1, significativamente mais baixa que os HFCs comumente
Propriedades ambientais utilizados

Disponibilidade do fluído refrigerante Varia globalmente, mas geralmente disponível.

Muitos componentes são diferentes daqueles utilizados em sistemas

Disponibilidade de componentes de sistema
comercialmente disponíveis de HFC, mas agora estão geralmente disponíveis.

Varia globalmente mas geralmente disponíveis. Os engenheiros devem ter um

Disponibilidade de engenheiros e técnicos competentes bom conhecimento de refrigeração básica, experiência em refrigeração e
precisarão ser treinados para o R744.

Os custos do fluído refrigerante são mais baixos que os de HFCs, mas

Custos
os custos do sistema são geralmente mais altos.
Baixa toxidade a não inflamável. Pressões altas e os correspondestes

Segurança
Riscos, o apresentam desafios adicionais.

Alta pressão e baixo ponto crítico a demandam a instalação de

Facilidade de utilização
sistemas mais complexos.

1
Disponibilidade de padrões adequados As normas de segurança EN378 & ISO 5149 incluem o R744 in

Composição Molécula simples, sem deslizamento de temperatura em operações subcríticas

Adequação como um fluído refrigerante retrofit Não adequado devido a pressões mais altas

Tabela 1, Como bem se reúne R744 diferentes condições e critérios

1
EN378 Sistemas de refrigeração e bombas de calor - Requisitos de segurança e ambientais
ISO 5149 sistemas mecânicos de Refrigeração utilizados para refrigeração e aquecimento – Requisitos de segurança. Versão Atual de 1993, informações sobre R744 é
limitada. A proposta de revisão é mais detalhada.

5
Seção 2, Propriedades do R744
O dióxido de carbono é uma substância que ocorre
naturalmente – a atmosfera contém aproximadamente
0,04% CO2 (370 ppm). Ele é produzido pela
respiração da maioria dos organismos vivos e
absorvido pelas plantas. É também produzido durante
muitos processos industriais, especificamente quando
se trata de fósseis, tais como carvão, gás ou óleo
queimados para gerar energia ou acionar veículos.
O ponto triplo de dióxido de carbono é alto e o ponto
crítico é baixo quando comparado com outros fluídos
refrigerantes. O quadro da figura 1 mostra o ponto
triplo e o ponto crítico de um diagrama de fase.
O
O ponto triplo ocorre a 4,2 barg e -57 C, abaixo desse
ponto não há fase líquida. Sob a pressão atmosférica (0
barg), o R744 sólido se sublima diretamente para gás. O
R744 sólido terá uma temperatura de superfície de
-78°C. Se o R744 estiver a uma pressão mais alta que
o ponto triplo e reduzir sua pressão para um valor abaixo
do ponto triplo (por exemplo, a pressão atmosférica) ele
será diretamente depositado para estado sólido. Isso
pode ocorrer ao carregar um sistema de refrigeração
evacuado com líquido R744, por exemplo. O R744 sólido
é também conhecido como gelo seco.
O ponto crítico ocorre a 31°C, que é abaixo das
temperaturas típicas de condensação do sistema
durante determinados períodos ou o ano todo,
dependendo da região climática. Acima do ponto
crítico o fluído refrigerante é um fluído supercrítico.
Figura 1, Diagrama de fase R744 / CO2
Não há mudança de fase quando o calor for removido
de um fluido supercrítico enquanto ele estiver acima da
pressão e temperatura crítica.
Em um sistema de refrigeração o R744 supercrítico
não condensará até que a pressão tenha caído abaixo
da pressão crítica. Nenhum outro fluído refrigerante
utilizado convencionalmente apresenta uma
temperatura crítica baixa, assim sendo, eles sempre
condençarão quando o calor for removido do lado de
alta do sistema.
O ponto crítico é a condição na qual as densidades do
líquido e do gás são as mesmas. Acima desse ponto
não existem fases distintas entre líquido e gás.
O ponto triplo é a condição na qual coexistem os
estados sólido, líquido e gasoso.
O Apêndice 1 apresenta uma explicação abrangente
dos termos utilizados nessa seção.
Os limites da região de fluido supercrítico são:
 Temperatura crítica (31°C) na região do líquido
subresfriado;
 Pressão crítica (72,8 barg) na região de gás
superaquecido.
Tipo de fluído refrigerante CO2 chamado de R744
(99,99% puro). A tabela abaixo compara as propriedades
básicas do R744 com o R404A e R134a – refrigerantes
comumente utilizados no mercado.
6
O quadro de entalpia de pressão da figura 2 mostra o ponto crítico e a extensão da região supercrítica do fluido.

Figura 1, Quadro de entalpia de pressão para o R744

Fluído Refrigerante R744 R404A R134a R407A R407F R22

° ° ° ° °
-78.5 C -46 C -26 C -41 C -43 C -41°C
Temperatura na pressão
(Temp. no Saturação
atmosférica (veja as (Temp. do gelo (Temp. de (Temp.de (Temp.no ponto
informações acima) ponto (temp.)
seco) saturação) saturação) intermediário)
intermediário)

° ° ° °
Temperatura crítica 31 C 72 C 101 C 82 C 83°C 96°C

Pressão crítica 72.8 bar g 34.7 bar g 40.7 bar g 44.2 bar g 46.5 bar g 48.8 bar g

Pressão do ponto triplo 4.2 bar g 0.03 bar abs 0.005 bar abs 0.013 bar abs TBC < 0.005 bar abs

Pressão na temperatura 56.2 bar g 9.9 bar g 4.7 bar g 9.2 bar g 9.6 bar g 8.1 bar g
O
saturada de 20 C

Potencial de 1
1
3922
1
1430
1
1990
2
1824
3
1700
aquecimento global

Tabela 2, propriedades básicas do R744 em comparação com demais fluidos

1
Os valores de GWP são do Painel Intergovernmental sobre mudanças climáticas, 4° relatório de avaliação: Mudanças Climáticas 2007
2
GWP para R407A da norma EN378
3
GWP para R407F a partir dos dados de fornecedor

7
f
f
f
f
f

7
 Um desafio significativo com a aplicação de CO2 como um
80 fluído refrigerante é as pressões mais altas de operação
quando comparado com outros líquidos refrigerantes
70 comercializados no mercado. O quadro da figura 3
compara a pressão do R744 com o R404A e R134a.
60
Pressão, bar g

50 A curva de saturação para o R744 não ultrapassa 31°C

40
porque esse é um ponto crítico – acima dessa condição
não há distinção entre líquido e gás. A operação acima
30 dessa pressão é atualmente praticada em sistemas
transcríticos.
20

10 Seção 3, Uma introdução à operação

transcrítica
0
-30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 Muitos sistemas R744 operam acima do ponto crítico
Temperatura de Saturação, °C por alguns momentos ou o tempo todo. Isso não é um
Pressão R404A problema, o sistema apenas trabalha de forma
Pressão R744 diferente.
Pressão R134a
Denota o Ponto Critico do R744  Os sistemas R744 são sub-críticos quando a
temperatura de consensação estiver abaixo de
31°C.
Figura 3, Comparação em relação pressão / temperatura  Os sistemas R744 serão transcríticos quando a
“temperatura de saída do resfriador de gás”
estiver acima de 31°C e a temperatura de
evaporação estiver abaixo de 31°C.

Figura 4, R744 diagrama de entalpia e pressão mostrando sistemas sub-críticos e transcríticos

8
Os sistemas HFC são sempre sub-críticos devido à
temperatura de condensação nunca exceder a
temperatura crítica (por ex., 101°C para o caso do
R134a). O quadro de entalpia de pressão na figura 4
mostra um exemplo simples do sistema R744
operando sub-criticamente em temperatura ambiente
baixa e transcriticamente em temperatura ambiente
mais alta. O quadro mostra que a capacidade de
refrigeração no evaporador é significativamente menor
para a operação transcrítica.
É importante haver um controle adequado da pressão
do lado alto (resfriador de gás) quando ela for utilizada
para otimizar a capacidade de refrigeração e eficiência
transcríticamente. Por exemplo, o aumento da
pressão do lado alto aumentará a capacidade de
refrigeração. Isso será mais abordado mais
detalhadamente no capítulo 4.
Seção 4, Comportamento no ciclo de
referência

Uma queda de capacidade ocorre também com os
sistemas HFC quando houver um aumento de
temperatura, mas a mudança não é tão grande quanto
a que ocorre com o R744 de sub-crítica para
transcrítica.
Comparações simples entre o R744 e outros fluídos
refrigerantes podem ser mal interpretadas devido à
temperatura crítica baixa do R744 que leva a diferenças
na concepção do sistema, tal como a utilização de
sistemas em cascata ou à operação transcrítica. Dessa
forma, comparações em sistemas com a mesma base de
comparação não são fáceis de serem feitas. A tabela 3
abaixo apresenta uma comparação teórica simples entre
o R744 e os fluídos refrigerantes HFC comuns.

Ps Pd Td dH dW COP P relação V cap

3
Refrigerante Bar abs Bar abs °C kJ/kg kJ/kg - - kJ/m
°
Caso, Baixa Temperatura: Evaporação à - 30 C
R744 6.78 26.37 67.0 258.2 88.9 2.9 3.89 4502
R404A 0.8 4.3 25.9 150.3 52.2 2.88 5.35 665
R404A Not Applicable
°
Caso, Média Temperatura: Evaporação à -10 C
R744 22.81 57.09 71.0 179.5 66.2 3.52 2.5 10840
R404A 3.6 10.85 40.9 130.6 34.0 3.84 3.01 2388
R134a 1.63 5.69 50.0 167.3 44.3 3.78 3.49 1338
Tabela 3, a comparação teórica entre R744 e refrigerantes HFC comuns com o desempenho de ciclos ideais. O quadro é de uma publicação IIR -
CO2 como um refrigerante, editado por Dr. Pearson AB.

9
Os três sistemas são:

LT (temperatura baixa) – evaporação a -30°C,

condensação a -10°C, típicos para sistemas em
cascata para a aplicação de alimentos congelados;

MT (temperatura média) - evaporação a -10°C,

condensação a 20°C, típicos para alguns sistemas de
refrigeração ou alimentos refrigerados;

Suposições:

• Nenhuma perda de pressão na linha de sucção

ou descarga;
• Superaquecimento de 6K em todos os
exemplos;
• A eficiência isentrópica do compressor é de
0,75 para R744, 0,65 para o R404A e 0,6 para
o R134a (veja a observação abaixo na taxa de
compressão).

10
A tabela destaca os seguintes pontos chave: Nota – O limite prático varia de acordo com normas
regionais (por ex. a EN378), de modo que uma norma
• O R744 se compara razoavelmente bem com os relevante deve ser utilizada.
HFCs nas temperaturas de ponto sub-crítico e de
baixa condensação (por ex., a comparação de A tabela abaixo resume o efeito de CO2 em diversas
LT). Porém, sobe temperaturas de condensação concentrações de ar.
mais altas (MT, por exemplo) e nos pontos
transcríticos (exemplo de HT) não pode ser feita ppm de CO2 Efeitos
uma boa comparação.
370 Concentração na atmosfera
• A alta pressão de sucção e alta densidade de gás 5.000 Limite de exposição de longo termo (8 horas)
do R744 resulta em um desempenho bem 15.000 Limite de exposição de curto termo (10 min.)
eficiente do evaporador. Em sistemas com a
mesma base de comparação a temperatura do 30.000 Pode ser distinguido pelo “paladar”
evaporador do sistema R744, na realidade, seria 30.000 Desconforto, dificuldades de respiração,
mais alta que a do sistema HFC. dores de cabeça, tontura, etc.

• O índice de comparação de compressão é muito 100.000 Perda de consciência, morte

alto para o R744, dessa forma, a temperatura de
descarga é mais alta para os HFCs. Isso pode
melhorar o potencial de recuperação de calor em
sistemas comercializados no mercado, apesar do
requisito para calor no verão, na condição de
sistema transcrítico, ser limitado.
• A densidade do R744 resulta em uma capacidade
volumétrica muito alta. Isso reduz a necessidade
de deslocamento do compressor (mas não do
tamanho do motor, o que seria similar aos
necessários para os fluídos refrigerantes HFC).
300.000 Morte rápida
Tabela 4, Efeitos de CO2 em várias concentrações em ar
Se um vazamento de R744 resultar em uma concentração
que exceda o limite prático em um espaço fechado
ocupado tal como uma câmera frigorífica, deve-se tomar
precauções para evitar asfixia. Isso inclui a utilização de
detecção de vazamento permanente o que ativaria um
alarme na eventualidade de um vazamento.
Pressões altas

• A área transversal necessária do tubo de sucção Componentes de sistema, tubulação, ferramentas e

deve ser em proporção à capacidade volumétrica.
Para o R744 o diâmetro da linha de sucção é de
aproximadamente metade da necessária para o
R404A.
• A taxa de compressão do R744 é menor que a
dos HFCs. Isso pode resultar em uma eficiência
isentrópica mais alta.
Seção 5, Riscos do R744
O R744 não é inflamável, mas suas altas pressões, baixa
toxidade e potencial para a formação de gelo seco devem
ser levadas em consideração durante a aplicação e
manuseio. Essa seção explica alguns dos riscos e
fornece orientações bem gerais sobre como reduzi-los.
Informações mais detalhadas relacionadas com a
concepção de sistema para minimizar riscos podem ser
encontradas mais adiante nesse documento.
Asfixia
O R744 não tem odor, é mais pesado que o ar e é
asfixiante. O limite prático 1 do R744 é mais baixo que o
dos HFCs devido à sua toxidade (os HFCs não são
tóxicos):
• O limite prático do R744 é de 0,1 kg/m3 (56,000 ppm);
• O limite prático do R404A é de 0,48 kg/m3 (120,000
ppm).
equipamentos devem ser classificados para essas pressões.
Deve-se observar que a pressão paralisada em alguns
sistemas (por ex., sistemas em cascata) é mais alta que a
pressão máxima nominal PS (para essa condição temos o
recurso do ajuste da válvula de alívio de pressão). A válvula
de alívio de pressão causará uma descarga (alívio) da
pressão na eventualidade de uma falha, tal como falta de
energia elétrica.
A tabela abaixo apresenta uma lista de pressões de
operação paralisadas e típicas para o sistema R744:
Paralisada em ambiente de 10°C 44 bar g
Paralisada em ambiente de 30°C 71.1 bar g
Evaporador de baixa temp.(alimentos congelados) 10 - 15 bar g
Evaporador de temp.alta (alimentos refrigerados) 25 - 30 bar g
Condensador em cascata 30 - 35 bar g
Corte de pressão alta em cascata (lado alto) 36 bar g
Válv. de alívio de pressão em cascata (lado alto) 40 bar g
Lado alto de sistema transcrítico 90 bar g
Corte de pressão alta de sist. transcrítico (lado alto) 108 to 126 bar g
Válv.de alívio de pressão de sist. transcrítico (lado alto) 120 to 140 bar g
Tabela 5, R744 paralisação e sistema típico pressões de operação

1
O limite prático é definido em FDIS ISO 5149 sistemas de refrigeração e bombas de calor - Requisitos de segurança e ambientais - Parte 1:
Critérios Definições, classificação e selecção

11
Para assegurar que a pressão não atinja valores acima da
pressão de alívio na eventualidade de uma falha dessa
natureza os sistemas podem ser equipados com um pequeno
sistema de refrigeração auxiliar. Esse sistema menor é
operado tipicamente por uma fonte de alimentação
(ininterrupta) auxiliar e será ligado quando a pressão de
temperatura estiver acima do ponto de ajuste (esse valor é
mais baixo que a pressão de sucção máxima permitida PS,
mas mais alta que a pressão de operação normal). O
sistema de resfriamento auxiliar é dimensionado para
remover calor suficiente e possibilitar que pressão paralisada
seja mantida abaixo do limite do lado baixo de segurança
quando não houver nenhuma carga no sistema
(separadamente do calor absorvido do ambiente).
Deve-se tomar cuidado durante o carregamento dos sistemas
com R744. A pressão máxima de operação de alguns
sistemas (tais como sistemas em cascata, e partes dos
sistemas transcríticos) fica normalmente abaixo da pressão
do cilindro de R744. Esses sistemas devem ser carregados
lenta e cuidadosamente para evitar que as válvulas de alívio
de pressão entrem em operação e descarreguem a pressão.
Para obter mais informações, consulte ao Capítulo 5.
Líquido Confinado
O coeficiente de expansão para o R744 é significativamente
mais alto que o de outros refrigerantes. O impacto prático
que isso causa no líquido R744 confinado entre as válvulas
fechadas é mostrado no gráfico da figura 5:
1000
1
100
bar
2 gás. Isso resultará em um aumento significativo de pressão.
Pressão g
10
1
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30
Temperatura (°C)
t_liq = -30ºC
t_liq = -10ºC
t_liq = +10ºC
Figura 5, Relação entre a temperatura e a pressão do líquido
aprisionado R744. 7Source: Instituto Tecnológico
Dinamarquês
O exemplo mostra o efeito de um aumento de temperatura de
20K em líquido confinado a uma temperatura inicial de -10°C.
A pressão aumentará de 44 bar g para aproximadamente 240
bar g. Essa condição poderia ocorrer potencialmente em uma
linha de líquido de um sistema em cascata e situações
similares podem ocorrer em outras partes do sistema e em
outros sistemas R744.
Como uma regra prática, o líquido R744 confinado
aumentará sua pressão em 10 bar para cada 1K de aumento
de temperatura.
A pressão do fluído refrigerante confinado sempre aumenta,
mas o aumento de pressão do R744 é bem maior que a de
outros líquidos refrigerantes. Isso é exacerbado pelo
potencial de confinamento do R744 sob baixas temperaturas,
e, portanto, para a temperatura do líquido aumentar e chegar
a valores acima de outros líquidos refrigerantes.
Os sistemas devem ser equipados com proteção de alívio de
pressão sempre que o líquido estiver vulnerável ao
confinamento, seja durante a operação ou serviço de
manutenção e reparos. Os métodos que disponibilizam essa
proteção são apresentados nessa seção no projeto dos
sistemas de R744.
Gelo seco
O gelo seco (R744 sólido) é formado quando a pressão do
R744 for reduzida abaixo do ponto triplo (4,2 bar g, -56°C).
Isso não ocorrerá dentro de um sistema de refrigeração
operando adequadamente, mas poderá ocorrer quando:
 A válvula de alívio de pressão descarrega se estiver
no modo de purga de vapor R744;
 Purga do R744 durante serviço (troca de
componente ou substituição por exemplo);
 O carregamento de um sistema que esteja abaixo
de 4.2 bar g (por ex. um sistema evacuado).
O gelo seco não se expande quando é formado, mas se
sublimará em gás à medida que absorver calor (por ex. do
meio ambiente). Se o gelo seco for confinado dentro do
sistema ele absorverá o calor ambiente e se sublimará em
O gelo seco pode bloquear as linhas de purga, dessa forma
deve-se tomar cuidado para evitar essa ocorrência:
40 50 60
 Devem ser utilizadas válvulas de alívio de pressão
adequadas – veja a seção de projeto de sistema
para obter mais informações sobre esses aspectos
e como as válvulas de segurança devem ser
aplicadas;
• Quando o R744 estiver saindo do sistema pela purga
ele deverá ser como um líquido e a pressão do
sistema deve ser monitorada. A saída do R744 por
meio de purga deve sempre ser feita em local aberto,
para fora de edificações fechadas.
Queimaduras por congelamento
O contato com o R744 sólido ou líquido causará queimaduras
por congelamento e deve ser evitado. Deve-se sempre usar
luvas e óculos de proteção ao trabalhar com o R744.
12
Seção 6, Comparação do R744
com outros Fluídos Refrigerantes
A tabela abaixo mostra uma simples comparação do
R744 com outros tipos de fluídos refrigerantes,
incluindo aqueles que são atualmente utilizados de
forma comum e os que estão sendo avaliados para
utilização futura. A tabela foi desenvolvida como um
simples sistema de “sinal de trânsito” e utiliza os HFCs
comuns, tais como R404A e R134a como linha de
base.

Isso fornece uma introdução muito simples às opções –

a situação varia globalmente, especialmente na
disponibilidade de fluídos refrigerantes, componentes e
especialidade.

Para as aplicações de varejo, assim como sistemas

R407A/F bem projetados e instalados, apresentam
uma eficiência melhor que a dos sistemas R744, mas o
desempenho geral do ambiente dos sistemas R744 é
melhor, principalmente devido ao baixo GWP (potencial
de aquecimento global) na eventualidade de um
vazamento. Informações mais detalhadas podem ser
encontradas no documento da Emerson “Opções de
8
Fluídos Refrigerantes para a Refrigeração Comercial ”.

R744 HFOs HCs R717

Capacidade

Eficiência

Pressão

Impacto ao Meio Ambiente

Flamabilidade

Toxidade

Disponibilidade do Fluido Refrigerante

Disponibilidade de Componentes

Disponibilidade de Especialistas

Custo do Fluido Refrigerante

Custo do Sistema

O Refrigerante é semelhante ao HFCs;

Aspecto do Refrigerante é pior do que os HFCs;
Aspecto do Refrigerante é melhor do que os HFCs.
Tabela 6, Comparação de R744 com outros refrigerantes

8
Referência: Escolhas de refrigeração para Refrigeração Comercial "(TGE124-0910 / E) disponíveis no www.emersonclimate.eu

13
Seção 7, Vantagens e desvantagens do R744
como um fluído refrigerante
A lista de desvantagens parece menor que a de vantagens, Mais informações sobre o impacto das diferenças destacadas
porém, essas questões não devem ser ignoradas pois elas acima podem ser encontradas mais adiante nesse
exercem um impacto significativo na segurança e
documento.
confiabilidade dos sistemas R744.

Vantagens
Maior capacidade de refrigeração devido à alta capacidade volumétrica de
refrigeração (por ex., é aproximadamente até 5 vezes a do R404A). Isso
gera um impacto positivo no descolacmento do compressor e
dimensionamento dos trocadores de calor e tubulação.
Menores quedas de pressão na tubulação e trocadores de calor. Por
exemplo, o impacto em sucção longa e linhas de líquido é menor.
Maior transferência de calor nos evaporadores e condensadores devido às
altas pressões e densidade. Isso permitirá menores diferenças de
temperatura entre o fluído refrigerante e o ar – portanto, aumentando a
eficiência ou a utilização de evaporadores e condensadores menores. A
espessura das paredes da tubulação pode precisar ser aumentada para
suportar as pressões mais altas de modo que é necessário um projeto
cuidadoso para aproveitar os benefícios das propriedades do R744.
A queda de pressão por toda uma válvula de expansão é maior do que
com outros líquidos refrigerantes, de modo que os ajustes mínimos para o
controle de pressão hidrostática podem ser mais baixos. Isso melhora a
eficiência.
Taxas de compressão mais baixas levando a maior eficiência isentrópica
do compressor.
Não corrosivo com a maioria dos materiais. Há muito poucas diferenças
com relação aos materiais utilizados nos sistemas HFC.
Desvantagens
As altas pressões de operação e paralisação são mais perigosas e
aumentam o potencial de vazamentos. São necessários componentes
especialmente projetados.
São necessários compressores especiais devido à capacidade mais alta
de refrigeração (diferentes combinações de motor / cilindradas cúbicas).
Os sistemas R744 são mais complexos – seja em cascata ou transcrítico.
Isso leva a custos mais altos de componentes e instalação.
A tubulação no local inclui potencialmente aço ou aço inoxidável, a
necessidade de soldadores especialmente licenciados e diferentes
técnicas de junções devido às pressões mais altas e materiais diferentes.
A maior complexibilidade também aumenta a probabilidade de baixo
desempenho e confiabilidade especificamente se não for executado um
bom comissionamento.
Para sistemas transcríticos são necessários dois estágios de compressão
para aplicações de alimentos congelados devido à pressão de descarga
que causa à alta temperatura de descarga do R744.
Os sistemas transcríticos do R744 não são adequados para áreas de
ambientes altos (por ex., sudeste da Ásia ) onde o sistema sempre
operará acima do ponto crítico devido à ineficiência da operação
transcrítica.

Boa miscibilidade com os lubrificantes do compressor para o retorno de
óleo. Lubrificantes do tipo poliéster podem continuar a ser utilizado, tal
como com os HFCs.
Baixa toxidade a não inflamável.
Potencial de aquecimento global insignificante de modo que na
eventualidade de um vazamento, o impacto direto na mudança climática é
muito baixo.
Baixo custo para ser produzido e amplamente disponível, apesar da
pureza do R744 precisar ser de 99.99% para utilização em um sistema de
refrigeração com compressores herméticos e semi-herméticos, ou seja,
tipo do fluído refrigerante.
O R744 não é controlado por uma regulamentação tal como a
Regulamentação Europeia de Gases Fluorados, de modo que sua
utilização não é cuidadosamente monitorado como os HFCs e a detecção
de vazamentos não é rigorosa. No entanto, as pressões altas fazem com
que o sistema tenha tendências a vazamentos e o desempenho será
afetado se a taxa de vazamento for alta.
Muito sensível à contaminação de água e pode formar componentes
não usuais quando houver um vazamento em um trocador de calor
em cascata.

Altas temperaturas de descarga devido à alta taxa de compressão. Isso

possibilita um bom potencial para a recuperação de calor. Observação –
A temperatura de descarga é excessivamente alta em sistemas
transcríticos com alta diferença entre as temperaturas de evaporação e
rejeição de calor.

Molécula estável levando a baixo potencial para a decomposição dentro do

sistema de refrigeração.

Não há legislação prevista para reduções ou descontinuidade do

R744, de modo que ele pode ser visto como um refrigerante de longo
prazo.

Tabela 7, Vantagens e Desvantagens do R744 com fluido

refrigerante

14
3 Introdução aos Sistemas R744
Esse capítulo cobre os aspectos gerais dos sistemas R744. O
capítulo 4 apresenta mais detalhes sobre sistemas e
componentes transcríticos e em cascata .
As propriedades do R744 afetam como o líquido refrigerante é
aplicado (veja o capítulo 2 para obter mais informações):
• A alta densidade do R744 comparada com os HFCs
resulta no requisito para menos potência do motor do
compressor, tipicamente 1/5 da necessária para o
R404A, por exemplo (o tamanho do motor seria similar).
Diâmetros menores de tubos também são um resultado
de densidade mais alta, especialmente do lado da
sucção do sistema;
• As pressões mais altas do R744 levam à necessidade de
todos os componentes serem adequados para uma taxa
de pressão máxima mais alta.
• As altas temperaturas de descarga (devido à alta taxa de
compressão) resultam na necessidade de dois estágios
de compressão para os sistemas LT que recusam calor
do ar ambiente.
> Sistemas secundários: O R744 é utilizado como
um fluido secundário e bombeado envolta da carga.
O R744 é refrigerado por um resfriador.
As próximas três seções introduzem os sistemas
transcríticos, em cascata e secundários e explica como cada
um deles opera. As vantagens e desvantagens de cada
podem ser encontradas resumidamente e comparadas após
essas duas seções. Há mais detalhes sobre os
componentes individuais e suas seleções no Capítulo 4 .
Seção 1, Introdução aos Sistemas
Transcríticos Disponíveis no Mercado
O diagrama na figura 6 é um sistema simples, transcrítico de
estágio simples. O líquido refrigerante descarregado do
compressor flui para o resfriador de gás onde o calor é
removido reduzindo a temperatura do líquido refrigerante. O
líquido refrigerante fica acima do ponto crítico de modo que
não condensa nessa parte do sistema.

• A temperatura baixa crítica do R744 resulta em

diferenças no projeto e controle do sistema. No setor de
Compressor
comércio de varejo isso faz com que o R744 seja
utilizado principalmente nos seguintes tipos de sistema:
> Sistemas tipo booster transcríticos: Sistemas que
são transcríticos durante alguns períodos ou o tempo
todo - R744 são utilizados em um sistema onde o R744
rejeita aquecimento do ar ambiente e é, portanto,
transcrítico a altas condições ambientais, tipicamente
quando a temperatura ambiente excede 20 a 25OC. São
utilizados dois estágios de compressão – em um sistema
tipo booster - para evitar temperaturas de descarga
excessivamente altas.

> Sistemas em cascata: Sistemas que são sempre Condensador Evaporator

sub-críticos - R744 são aqueles com o líquido
refrigerante de estágio baixo em um sistema de cascata,
TCE
onde o calor rejeitado pela condensação do R744 é
absorvido pelo líquido refrigerante de evaporação de
estágio alto. O sistema de estágio alto é normalmente
um sistema convencional utilizando HFC ou HC, caso Válvula de Expansão
em que é chamado de sistema híbrido em cascata. Em
alguns sistemas o R744 é utilizado em estágio alto e
estágio baixo. O R744 no estágio baixo é sempre sub-
crítico, mas no estágio alto será transcrítico sob
Figura 6, Sistema Transcrítico Simples
condições de temperaturas altas

15
O líquido refrigerante passa pelo dispositivo de expansão. O Em um sistema transcrítico o R744 descarrega do
líquido refrigerante condensa quando sua pressão cai abaixo compressor como um fluido supercrítico porque sua pressão
e temperatura ficam acima do ponto crítico. Em um sistema
do ponto crítico. O vapor então se forma à medida que a
crítico o líquido refrigerante seria dessuperaquecido e então
pressão vai se reduzindo ainda mais para a pressão de
condensaria, rejeitando o calor sob temperatura constante à
evaporação. O líquido refrigerante saturado então flui para o medida que fosse condensando. Em um sistema transcrítico
evaporador onde se evapora e superaquece conforme o o líquido refrigerante não condensa – ele rejeita o
habitual. O gás superaquecido é recolhido e reenviado para aquecimento como um fluido supercrítico, reduzindo sua
o compressor. temperatura durante esse processo. (Mesmo com uma
ampla flutuação de temperatura o HFC, tal como o R407A a
Neste Sistema Simples: troca de temperatura por meio do condensador é pequena
quando comparada com a do sistema transcrítico).
• A temperatura do líquido refrigerante na saída do
resfriador de gás depende do tamanho do resfriador Em cada um dos exemplos acima o R744 sai do resfriador de
O
de gas; gás a uma temperatura de 40 C. Essa saída de temperatura
ocorre em função do tamanho do resfriador de gás e da
• A pressão do líquido refrigerante no resfriador de gás temperatura ambiente, da mesma forma que a temperatura
depende da quantidade de líquido refrigerante no de condensação ocorre em função do tamanho do
sistema. condensador e da temperatura ambiente.

A desvantagem desse tipo de sistema é que sua capacidade A capacidade de refrigeração de cada sistema acima varia
e eficiência variam significativamente com o ambiente significativamente. Para pressões abaixo de
(presença do ar) temperatura e com a quantidade de líquido aproximadamente 300 bar g a capacidade de resfriamento
refrigerante no sistema. O sistema transcrítico simples é reduz à medida que a pressão for diminuindo. Isso é o
mostrado em um quadro de entalpia na figura 7 . oposto do que ocorre em um sistema subcrítico onde a
Três sistemas são mostrados como exemplo para ilustrar o capacidade de refrigeração é maior sob pressões
quadro de entalpia de pressão. Cada um deles apresenta hidrostáticas menores.
condições idênticas de evaporação.

160
4 3 4 5 5 .006
1 .00 4 .00

40◦ C
1 00 00 0 0
140 00 0
0
. 0015 .0016 .0018
.002
0
.0025 0
.

0
.0035 0

0
.

.
.
0
0
0
0
0 6. 0.007
1.5

0
120 9 1 1 2 3. 1
8 . 0.008
1.

7 1
4

. . . 1 . .
9 2 .
2

0 1 1 1 2 2
1 1
9
100 0.00
.3
90 2
0.01
80 2
70 0.01
0.014
5
60 0.01

6
.4 0.01
2 8
50 0.01
0.02
em Bar

40
5
0.02

30 0.03
Pressão

.5
.035
25 2
0

0.04
5
20 0.04

18 0.05

16 .6
2 0.06
14
0.07
12
0.08
0.09
10
0.1
9
.7
8 2
0.12
7
◦ 0.14
40 C
.15
6
2
0
1
0

0
0 60 8
70 0
9
0
0

20304
504

1401501601701801

5
0

90200210220230
5 0

100110120130
3
0
1
0

50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700
Entalpia em kJ/kg

Isotérmica em ◦C
Isocórico em m3/kg
Isentrópica em kJ/kgK

Figura 7, Quadro de entalpia de pressão mostrando uma operação transcrítica

16

A entrada de potência do compressor de cada sistema também
varia – quanto mais baixa a pressão mais baixa a entrada de
potência. Isso é o mesmo que ocorre para um sistema sub-
crítico.
O quadro de entalpia e pressão (figura 7) mostra que a variação
de entrada de potência não é proporcional à variação da
capacidade de refrigeração. Por exemplo, o aumento da
pressão hidrostática da condição 1 para a condição 2 causa um
aumento significativo de capacidade de refrigeração com um
aumento bem baixo de entrada de potência do compressor. Ao
aumentar a pressão da condição 2 para a condição 3 há um
aumento significativo de capacidade de refrigeração que é menor
que o aumento de potência do compressor.
O coeficiente de desempenho (COP) varia amplamente. De
forma diferente dos sistemas sub-críticos o COP máximo não
ocorrerá quando a pressão de condensação for mínima. O COP
ideal depende das condições de evaporação e temperatura de
saída do resfriador de gás, mas tipicamente permanece em uma
pressão entre 90 e 100 bar g. Em geral a pressão para a
capacidade ideal é maior que a para o COP ideal.
Em um sistema transcrítico de varejo a pressão do resfriador de
gás é controlada para prover uma capacidade ideal ou eficiência
ideal. O diagrama simples da figura 8 mostra como essa
pressão é controlada em um sistema de varejo típico com
compressão de estágio simples.
1 Sistemas do Tipo Booster de Venda no Varejo
PC
2 mostra um sistema simples de dois estágios (tipo booster ou
PC
TCE
Figura 8, Controle de Pressão Simples
As duas válvulas adicionais no sistema acima controlam o
resfriador de gás e as pressões intermediárias :
• A válvula de pressão do resfriador de gás 1 – Figura
8 (também chamado de válvula de controle de alta
pressão) controla a pressão no resfriador de gás. É
uma válvula de redução de pressão que é controlada
a partir da pressão do R744 no resfriador de gás e
sua temperatura de saída.
• A válvula 2 de pressão do receptor – Figura 8
(também chamada de válvula de controle de pressão
média ou válvula de flash gás) controla a pressão do
líquido refrigerante no receptor e a correspondente
tubulação de distribuição do líquido. Ela é
controlada a partir da pressão no receptor.Observe
que esse receptor é também chamado de tanque de
flash.
A pressão do resfriador de gás é normalmente selecionada
para um COP ideal, conforme descrito acima, a não ser que
seja necessário uma capacidade maior, caso em que uma
pressão mais alta seria selecionada para prover essa
necessidade.
Operação sub-crítica
O perfil da temperatura ambiente determinará que proporção
de tempo um sistema opera no modo transcrítico. Para
muitas regiões uma proporção da operação será sub-crítica,
tipicamente quando a temperatura ambiente estiver abaixo
°
de 20 – 25 C. Quando for esse o caso a válvula de pressão
do resfriador de gás normalmente controla o líquido
refrigerante no condensador de tal modo que ele saia do
condensador com um grau específico de subresfriamento.
São utilizados dois estágios de compressão para as aplicações
transcríticas de temperatura baixa porque a temperatura de
descarga do R744 é alta e potencialmente resultará em uma
redução de capacidade do lubrificante. O diagrama na figura 9
composto externamente).
O líquido refrigerante das cargas de temperatura baixa é
removido pelos compressores de estágio baixo. A descarga
desses compressores é direcionada para a sucção dos
compressores de estágio alto.
O líquido refrigerante das cargas de temperatura média é
removido pelos compressores de estágio alto. O líquido
refrigerante da válvula de controle de pressão do receptor
também é removido para a sucção dos compressores de estágio
alto. O flash gás da válvula de controle de pressão do receptor e
o gás de sucção das cargas de temperatura média produzem
uma refrigeração entre estágios. Isso normalmente é o
suficiente para manter a temperatura de descarga dos
compressores de estágio alto abaixo do nível no qual o
lubrificante se deteriorará. Caso seja necessário, uma
refrigeração adicional entre estágios poderá ser disponibilizada.
17
 1
PC
2
PC
TCE
TCE
Figura 9, Booster Simples sem gerenciamento de óleo
Seção 2, Introdução aos Sistemas em Cascata de
Venda no Varejo
O sistema em cascata inclui o seguinte:
• Estágio baixo, que fornece a refrigeração para a
carga. Utiliza R744 e é sempre sub-crítico;
• Estágio alto, que absorve o calor da condensação
do R744 no trocador de calor em cascata.
Dentro do trocador de calor em cascada, o refrigerante de
estágio alto de evaporação absorve o calor rejeitado pelo
R744 de condensação. A temperatura de condensação do
R744 é mantida abaixo do ponto crítico. O estágio alto é
normalmente um sistema simples, fechado e acoplado. Ele
é controlado pela pressão no receptor de estágio de baixa.
TCE
TCE
TCE
Figura 10, Sistema de Cascata Simples com Carga de Temp.Média
Um tipo mais comum de sistema em cascata utilizado no
setor de venda no varejo oferece refrigeração para as cargas
de temperatura baixa e média, tal como mostrado no
diagrama simples, na figura 11:
Nesse caso o estágio alto fornece refrigeração para a carga
de temperatura média e remove o calor de condensação do
R744 no estágio baixo no trocador de calor em cascata. O
líquido refrigerante de estágio alto é normalmente um HFC ou
HC, caso em que a cascata passa a ser um sistema híbrido.
Em alguns sistemas o R744 é utilizado no estágio alto. Ele
será transcrítico em temperaturas ambientes acima de 20 a
°
25 C – veja a seção 1 para obter mais informações sobre
esses aspectos.
18
 TCE

TCE

TCE

Figura 11, Sistema Cascata

Simples Figura 12, Sistema Secundário Simples
Bombeado

°
Seção 3, Sistemas Secundários O R744 será tipicamente refrigerado a -3 C para a carga MT
°
e a -25 C para a carga LT.
O diagrama da figura 12 mostra um sistema secundário
O sistema de estágio alto é um sistema tipo resfriador que
simples. O estágio alto refrigera o líquido R744 no circuito
opera normalmente com líquido refrigerante HFC ou HC.
secundário.O R744 é bombeado envolta da carga. Ele é
volátil, portanto, de forma contrária ao fluido secundário
convencional, tal como glicol, ele não permanece como um
líquido, ao invés disso se evapora parcialmente. Portanto, ele
tem uma capacidade de refrigeração significativamente maior
que a de outros fluidos secundários. Isso reduz a potência
que a bomba requer e a diferença de temperatura necessária
no trocador de calor.

19
Seção 4, Seleção do Melhor Sistema – Tipo Booster x Cascata x Secundário
A tabela abaixo resume as vantagens e desvantagens dos sistemas em cascata e transcrítico de venda no varejo.

Sistema Vantagens Desvantagens

• São necessários componentes adicionais não utilizados nos sistemas HFC
• Necessidade de compressão de dois estágios para a carga LT
• Se uma pressão entre estágios for selecionada a temp.do líquido será normalmente
Transcrítico - • Um líquido refrigerante mais baixa que a ambiente, de modo que o líquido não subrefrigera naturalmente.
Booster • Um sistema. • Em sistemas tipo booster uma falha de estágio alto afeta a operação de estágio baixo
• Pressões de operação mais altas
• Menos eficiência quando transcrítico

• Dois sistemas simples

• Componentes HFC  Dois líquidos refrigerantes (apesar do R744 poder ser utilizado no
padrão. estágio alto)
•Melhor eficiência,  A temperatura do líquido será normalmente mais baixa que a ambiente,
Cascata especificamente em ambientes de modo que o líquido não subrefrigera naturalmente.
altos.Pressões de operação não  Troca de calor adicional (e diferença de temperatura) entre o R744 de
mais altas que as dos sistemas condensação e o ambiente potencialmente levando a uma menor
R410A eficiência em comparação com os sistemas DX.
Falha de estágio alto afeta a operação de estágio baixo.

 Sistema simples.
 Dois líquidos refrigerantes (apesar do R744 poder ser utilizado no
 O estágio alto é um estágio alto)
resfriador
 Troca de calor adicional (e diferença de temperatura) entre o R744 e o
convencional com
ambiente potencialmente levando a uma menor eficiência em
componentes
comparação com os sistemas DX, apesar das boas propriedades de
prontamente
Secundário transferência de calor do R744 reduzirem esse efeito negativo.
disponíveis.
 A bomba R744 é necessária, porém não são encontradas prontamente
R744 é volátil e de alta
disponíveis no tamanho necessário, além de serem bem conhecidas
densidade de modo que
pelos engenheiros de refrigeração.
requer menos potência de
Bombas nesta faixa de tamanho não estão prontamente disponíveis e são
bomba que um fluido
desconhecidos para muitos engenheiros de refrigeração
secundário convencional.

Tabela 8, Vantagens e desvantagens de cascata e sistemas de varejo transcríticos

As informações nas figuras 13 e 14 são um exemplo de • O caso 1 é um sistema em cascata utilizando

comparações entre sistemas a venda no varejo em compressores tipo scroll e utilizando o R404A
cascata, booster transcrítico e secundário com a como o líquido refrigerante de estágio alto
1
mesma capacidade de refrigeração . Em ambos os
exemplos a carga de refrigeração MT é de 75kW e LT • O caso 2 é um sistema secundário utilizando
de 18 kW: compressores tipo scroll e recíprocos semi-
herméticos com a aplicação do R404A como o
• O caso de base é um sistema tipo booster
líquido refrigerante primário.
transcrítico que utiliza compressores
recíprocos herméticos; Os fatores, custos e taxas de vazamento utilizadas
para ambos os exemplos são mostradas na tabela da
figura 15.

1
Calculador da Emerson utilizando condições padrão

20
 MT
Emissões de CO2, Toneladas Métricas (TEWI) MT Energia LT Energia Vazamento LT Vazamento

Base Caso
Caso #1
Caso #2
0 700 1,400 2,100 2,800 3,500 4,200

Custo de Energia
Anual, MT Energia LT Energia

Base Caso
Caso #1

Caso #2
0 30,000 60,000 90,000 120,000 150,000 180,000

Custo de
Investimento, Compressores Componenets Instalação Condensador Refrigerante

Base Caso
Caso #1

Caso #2
0 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 12,000

Figura 13, Comparação dos tipos de Sistema, Europa do Norte

MT
Emissões de CO2, Toneladas Métricas (TEWI) MT Energia LT Energia Vazamento LT Vazamento

Base Caso
Caso #1
Caso #2
0 700 1,400 2,100 2,800 3,500 4,200

Custo de Energia
Anual, MT Energia LT Energia
MT Energia

Base Caso
Caso #1

Caso #2
0 30,000 60,000 90,000 120,000 150,000 180,000

Custo de
investimento, Compressores Componentes Instalação Condensador Refrigerante

Base Caso
Caso #1

Caso #2
0 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 12,000

Figura 14, Comparação dos tipos de Sistema, Sul

da Europa

21
 Variáveis Globais
Fator de Emissão

Fator de Emissão kgCO2/kWh 0.4

Custo de Energia Elétrica

Custo de Energia Elétrica /kWh 0.15

Taxa de fuga,% de carga

Cascata LT & MT 15

LT Secundário 15

MT Secundário 2

Figura 15 Variáveis utilizadas nos cálculos de comparação

O consumo de energia é mais baixo tanto para os sistemas
em cascata quanto os secundários, especialmente no sul da
Europa onde a temperatura ambiente é mais alta que no
norte da Europa. Devido ao impacto causado pelo
vazamento do estágio alto de HFC em ambos os casos o
impacto geral sobre mudança climática é menor para o
sistema tipo booster transcrítico. Se um líquido refrigerante
de hidrocarbono for utilizado no estágio alto de cascata e
secundário ao invés de HFC o impacto geral desses sistemas
ao meio ambiente seria menor que o do sistema transcrítico.
Portanto, a operação transcrítica é geralmente menos
eficiente que a operação crítica, de modo que a seleção do
tipo de sistema é normalmente impulsionado pelo perfil da
temperatura ambiente:
• Os sistemas transcríticos são normalmente utilizados
em áreas onde a temperatura ambiente é geralmente
baixa (por exemplo, predominantemente abaixo de 20
°
à 25 C), tal como no norte da Europa e Canadá.
• Os sistemas em cascata e secundário (sub-critico
R744) são normalmente utilizados em áreas de
ambiente altos tais como no sul da Europa e Sul do
EUA e grande parte da América central e sul, Ásia,
África e Austrália. A utilização de sistemas
transcríticos em ambientes altos geralmente resulta em
baixa eficiência, portanto, os sistemas em cascata ou
secundários são preferíveis nessas áreas.

22
4 Projeto do Sistema R744
Introdução
Esse capítulo inclui informações mais detalhadas sobre
o projeto dos sistemas R744 em cascata, booster
transcrítico e secundário.Para obter informações
detalhadas sobre aplicações dos componentes
Emerson R744, consulte o documento da Emerson
"Linha de Produtos de Sistemas".
Seção 1, Sistemas tipo Booster Transcríticos
Os componentes do sistema booster transcrítico são
apresentados na tabela abaixo e mostrados no
diagrama da figura 17. A coluna Ref da tabela 10
mostra a referência do componente na figura 17.
Pressão em Bar
Pressão Intermediária
A pressão intermediária é selecionada com base nos
seguintes requisitos (conflitantes):
• Requisito para a menor pressão viável no chão de
fábrica
• Os requisitos para o PS(máxima pressão de
trabalho) da tubulação deve estar acima da
pressão equivalente à máxima do ambiente se a
planta estiver paralisada (veja a seção 4 para obter
mais informações sobre pressão paralisada)
O quadro de pressão/entalpia de pressão na figura 17
mostra as pressões entre estágios para sistemas com as
mesmas condições de evaporação e do resfriador à gás.

Entalpia em kJ/kg

Isotérmica em °C Pressão intermédio a 35 bar g

Isocórico em m3/kg Pressão intermédio a 60 bar g
Isentrópica em kJ / kgK

Figura 16, Gráfico Pressão/Entalpia, mostrando duas condições de

estágios

23
 Componente
Compressor do estágio de baixa
Compressor do estágio de alta
Sistema separador de óleo e de
retorno de óleo
Resfriador /condensador de gás
Válvula reguladora do resfriador de
gás
Receptor de tanque (tanque de flash)
Válvula reguladora de pressão do
receptor
Dispositivo de Expansão
Evaporador
Outros
Tabela 10, referência para figura 17
Figura 17, Sistema Booster Transcrítico, tipico para varejo.
Tipo Ref
Compressores que são classificados para R744 são usados 1
Devem ser utilizados compressores especificamente projetados para o R744 transcrítico. Tais 2
compressores são normalmente recíprocos semi-herméticos.
O separador de óleo e o reservatório operam de acordo com os mesmos princípios que os do
sistema de gerenciamento de óleo convencional (por ex., separação de óleo do tipo 3
coalescente). Eles são projetados para as mais altas pressões de operação.
Tipicamente do tipo ar resfriado, multiventiladores, tubos aletados. 4
É utilizada uma válvula de modulação de pressão, controlada pela temperatura de pressão e 5
saída do resfriador de gás.
Projeto padrão classificado para a pressão mais alta. 6
É utilizada uma válvula de modulação de pressão, controlada a partir da pressão no receptor de
7
líquido (tanque de flash).
Válvulas de expansão eletrônicas são usadas. Válvulas para R410 podem ser usadas para 8
sistemas com pressão inferior.
Tipicamente são utilizados tubos com diâmetros menores e menos passos, classificados para
pressões mais altas. 9
•Válvula de alívio de pressão: tipos de alta carga são usadas para impedir o bloqueio com gelo
seco, com uma pressão de descarga nominal para R744.
• Filtro secador: o tipo peneira molecular adequado para as pressões, filtro secador R410A pode
ser usado para sistemas com uma pressão intermédia mais baixa.
• Pressostatos: alta pressão e de baixa pressão , classificados para a pressão são usados.
Pressão
Vantagens Desvantagens
Intermediária
Alto potencial para flash
gás nas válvulas de
Menor perigo na eventualidade
expansão devido à
de um vazamento.
temperatura baixa do
fluido (ou seja, a
Potencial mais baixo para
subrefrigeração não
35 bar g vazamentos.
ocorre naturalmente na
linha de liquido.)
(Temp. de Custos mais baixos de
sat. de 1°C) componentes e tubulação.
A pressão paralisada
está acima do PS,
Componentes e tubulações são
portanto, os PRVs
disponibilizados mais
descarregarão na
prontamente.
eventualidade de uma
falha.
A pressão paralisada está Potencial mais alto para
abaixo do OS para a maioria vazamentos.
das temperaturas de
60 bar g ambientes/ armazenamentos. Risco potencial maior
na eventualidade de um
(Temp. de Baixo potencial para a vazamento.
sat. de 23°C) formação de flash gás porque a
temperatura do líquido está Custo mais alto de
acima da temperatura de tubulação e
armazenamento. componentes.
Tabela 9, Vantagens e Desvantagens de duas pressões intermediárias
24
Há uma pequena diferença em eficiência com relação às
duas condições entre estágios por que o aumento de
diferença de entalpia com a pressão mais baixa entre
estágios é desviada pela grande quantidade de flash gás
produzida pelo aumento de queda de pressão por toda a
válvula reguladora do resfriador de gás.
Os componentes principais do estágio baixo de um sistema
em cascata podem ser encontrados na tabela 11 abaixo e
mostrados no diagrama da figura 18. A coluna Ref da tabela
mostra a referência do componente na figura 18 .

Temperatura da Tubulação

Uma consideração importante é que com a pressão

3
intermediária baixa a linha de líquido fica abaixo da
temperatura ambiente, de modo que não há subrefrigeração
de líquido natural. A não ser que haja um subresfriador TCE 2

C
P
mecânico o líquido refrigerante que entra na válvula de
expansão não será subresfriado, mas potencialmente conterá 4
flash gás. Para compensar por essa condição a válvula de
expansão deve ter um tamanho acima do normal em
5
aproximadamente 30%.

Se a linha de líquido estiver abaixo da temperatura ambiente

pela maior parte do tempo ela deverá ser isolada para reduzir 1

o calor não utilizável novamente.

7

Partida (Start up )e Operação 6

Os compressores de estágio alto devem estar disponíveis e TCE

C
P
operantes antes que os compressores de estágio baixo
sejam iniciados.

Seção 2, Sistemas em Cascata

Figura 18, Sistema típico em cascata de
O R744 no estágio de baixa de um sistema em cascata é varejo
projetado para ser subcrítico durante a operação .
Componente Tipo Ref

Compressor Estágio de Baixa Compressores, que são adequados para R744 são usadas para baixa temperatura 1

Compressor Estágio de Alta Compressores, que são adequados para R744 são utilizados para a temperatura média 2

Separador de óleo e Sist.de retorno de óleo Componentes classificados para pressões R410A pode ser usado * 3

Trocador de calor cascata Normalmente, um trocador de calor casco e tubo, classificados para R410A * 4

Coletor de líquido Coletor classificados para pressões R410A pode ser usado * 5

Dispositivo de expansão, tipicamente EEV Válvulas de Expansão Eletrônica (EEV) são normalmente utilizados, avaliado por 6
pressões R410A pode ser usado *

Evaporador Evaporadores classificados para pressões R410A pode ser usado 7

• De-superaquecedor: Normalmente, um trocador de calor

• válvula de alívio de pressão: As válvulas de alívio de pressão classificados para
R410A pode ser usado *
Outros
• filtro secador: filtro secador classificados para pressões R410A pode ser usado *
• Pressostatos: alta pressão e de baixa pressão cut-outs classificados para
R410A as pressões podem ser utilizados *

* Se o lado alto do PS estiver acima de 40 bar g, os componentes do R410A não serão adequados.

Tabela 11, a tabela de referência para o que está mostrado na figura 18

25
Temperatura da tubulação
A maioria da tubulação do R744 está abaixo de -5°C, portanto,
isolado para minimizar o ganho de calor no líquido refrigerante.
Somente a linha de descarga entre o compressor e o trocador de
calor em cascata não é termicamente isolado. Todos os
componentes com exceção dos compressores R744 também
são isolados para reduzir o calor ganho pelos líquido
refrigerante.
A temperatura do líquido R744 fica normalmente abaixo da
temperatura do ambiente, assim sendo, ela não subrefrigera à
medida que for fluindo juntamente com o linha de líquido. A não
ser que haja um subresfriador mecânico o líquido refrigerante
que entra no dispositivo de expansão na carga LT será saturado,
reduzindo a capacidade do evaporador. O dispositivo de
expansão é dimensionado para considerar a falta de
subrefrigeração – tipicamente terá uma capacidade 30% maior
que a padrão.
Trocador de calor em cascata
O trocador de calor em cascata (condensador R744) é
tipicamente um trocador de calor de placa ou carcaça com tubos.
Quanto maior for a capacidade mais baixo será a diferença de
temperatura entre o R744 de condensação e o líquido
refrigerante de estágio alto de evaporação. Isso resultará em
uma melhor eficiência do sistema total.
O condensador em cascata deve ser localizado acima do
receptor de líquido para assegurar que o líquido R744 flua para o
receptor e não volte para o condensador.
A temperatura de descarga do R744 é normalmente alta, levando
a uma grande diferença de temperatura entre o líquido
superaquecido R744 que entrou no trocador de calor em cascata
e o líquido refrigerante no estágio alto de saída. Para reduzir o
esforço térmico no trocador de calor e assegurar uma operação
estável, especialmente quando forem utilizados trocadores de
calor de placa é vantajoso reduzir a temperatura do R744
superaquecido entrando no trocador de calor em cascata.
Isso pode ser obtido utilizando um dessuperaquecedor entre a
descarga do(s) compressor(es) R744 e o trocador de calor em
cascata. O calor recuperado pode ser utilizado, por exemplo,
para o aquecimento de água. Isso apresenta a vantagem
adicional de reduzir a quantidade de calor que deve ser rejeitada
no trocador de calor em cascata.
Seleção da Máxima Pressão Permissível para o
estágio de baixa
A pressão de parado (standstill), do estágio baixo da cascata é
normalmente mais alta que as pressões de operação tanto do
lado de alta pressão quanto o de baixa pressão dessa parte do
sistema. Por exemplo, a pressão de operação do lado alto
permanece tipicamente na faixa de 25 a 34 bar g.
Em uma temperatura ambiente de 20°C, e se o sistema de
estágio alto não estiver operante, a pressão paralisada do R744
aumentará para 56 bar g. Isso não ocorrerá imediatamente
porque o isolamento da tubulação e componentes reduz o ganho
de aquecimento do ambiente.
Se o PS para o sistema R744 for selecionado para que fique
abaixo da pressão paralisada máxima potencial as válvulas de
alívio de pressão (PRVs) descarregarão o R744 se o estágio alto
não estiver operante, a não ser que o sistema tenha sido
projetado para evitar essa condição.
A descarga da PRV deve ser evitada sempre que possível para
reduzir correspondentes riscos e custos de serviços e evitar
perdas consequenciais. Isso também evitará deterioração da
PRV que pode ser levar a vazamentos da válvula se ela não for
corretamente reassentada após a descarga. A mola também
pode ir se enfraquecendo resultando a uma pressão de alívio
mais baixa.
Para o PS de sistemas em cascata (portanto, com ajuste de
válvula de pressão) é tipicamente 40 bar g. Se o sistema de
estágio alto falhar ou na eventualidade de uma queda de energia
elétrica, a descarga da válvula de alívio de pressão pode ser
evitada da seguinte forma:
• A utilização de uma unidade de condensação auxiliar
pequena, conectada a uma fonte de alimentação
ininterrupta que remova calor do receptor de líquido
R744. Esse sistema removerá o ganho de calor do
ambiente para o R744 e, portanto, seria o suficiente se a
estágio alto estiver inoperante devido a uma queda de
energia elétrica (caso em que não haveria carga
principal de calor no sistema proveniente dos
evaporadores). A unidade condensadora auxiliar não
será o suficiente para manter o sistema estágio baixo
abaixo do PS se houver uma carga proveniente dos
evaporadores.
• Utilização de um sistema de alívio de pressão. Esse
sistema constituiria tipicamente de uma válvula
solenoide ou esférica que se abre a alivia o R744 para a
atmosfera em uma pressão abaixo do PS mas acima da
pressão máxima de condensação. Isso pode ser obtido
utilizando um transdutor ou termostato de alta pressão
que abra uma válvula solenoide ou válvula esférica
motorizada para a descarga do R744. A pressão não
alcança o PS, portanto, a(s) válvula(s) de alívio de
pressão não descarregam. Isso não impede a descarga
do R744, mas reduz a probabilidade das válvulas de
alívio de pressão efetuarem algum respiro com a
correspondente alta perda de líquido refrigerante e
necessidade potencial de substituição dessas válvulas
de pressão. O transdutor e a válvula esférica
motorizada podem ser operados em uma fonte de
alimentação ininterrupta, de modo que possam ainda
operar na eventualidade de um corte de energia elétrica.
Se o PS para o sistema de estágio baixo for selecionado acima
da pressão paralisada máxima, então não haverá necessidade
de tomar as medidas descritas acima. A desvantagem dessa
opção é que todos os componentes no sistema de estágio baixo
devem ser adequados para o PS selecionado. Veja a seção 4
para obter mais informações sobre pressão de parado
(standstill).
26
Partida (Start-up) e Sequência de Operação
A partida e a sequência de operação de um sistema em cascata
são críticos. O sistema de estágio alto deve estar disponível
para operar antes da partida ou operação do sistema de estágio
baixo. Se não for esse o caso, o sistema de estágio baixo será
afetado quanto à proteção de pressão alta e acabará provocando 5
a descarga das válvulas de alívio de pressão. 2

Sistema de estágio de alta

TCE
O estágio alto é normalmente um sistema simples, fechado e
acoplado com uma carga de líquido refrigerante baixa. Ele 3
normalmente apresenta uma faixa de opções de líquido
refrigerante e é frequentemente adequado para os líquidos
refrigerantes naturais tal como o HCs or R717. O estágio alto
também pode ser o R744, coso em que será transcrítico por um
período do ano, dependendo da temperatura ambiente.

Os compressores de sistema de estágio alto são tipicamente 1 4

controlados pela pressão no receptor de estágio baixo (ou seja,
de acordo com a temperatura de condensação do R744).

Quando a carga reduz o R744, a pressão do receptor também TCE

será reduzida, que, por sua vez, reduzirá a capacidade do
compressor de estágio alto. Se a carga no sistema R744
aumentar, a pressão do receptor também aumentará causando o
aumento da capacidade do compressor de estágio alto (ou seja,
os compressores de estágio alto serão ligados ou aumentarão de
velocidade). Figura 19, o sistema secundário típico (temperatura média apenas)

Seção 3, Sistemas Secundários

O R744 é volátil, de modo que algum liquido se transforma em
Os componentes principais de um sistema secundário de venda gás por sublimação à medida que for absorvendo calor no
no varejo são mostrados na tabela abaixo e mostrados no gabinete.
diagrama da figura 4. A coluna Ref da tabela mostra a
referência do componente na figura 19. O vapor do R744 que retorna ao recipiente é coletado a partir da
parte superior do recipiente para o trocador de calor e
recondensado.

Componente Tipo Ref

Bomba de líquido São utilizadas tipicamente bombas centrífugas refrigeradas por líquido 1

Trocador de calor São utilizados trocadores de calor padrão, tipicamente trocadores de calor de placa 2

Coletor Um coletor de líquido de referência é normalmente usado. Seria normalmente um. 3

Evaporador Evaporadores HFC padrão são usados 4

Sistema com compressores do O sistema do estágio de alto é normalmente um resfriador convencional, 5

estágio de alta operando com HFC ou HC

Outros Válvula de alívio de pressão: evaporadores HFC padrão são usados

Tabela 12, a tabela de referência para o que está

mostrado na figura 19

27
Bomba de líquido
A bomba de líquido é normalmente do tipo centrífugo.
importante que o líquido refrigerante puro entre na bomba para
evitar cavitação – o flash gás no líquido reduzirá a confiabilidade e
desempenho da bomba. Por esse motivo o receptor deve estar
acima da bomba. Além disso, a saída do receptor foi projetada
para evitar a formação de flash gás, por exemplo pela
incorporação de um quebra vórtice (tipicamente um defletor na
saída do receptor). Isso impede a formação de vórtices que
possam possibilitar a entrada de vapor no líquido causando
cavitação na bomba.
Temperatura da tubulação
O líquido R744 estará abaixo da temperatura ambiente de modo
que a tubulação do líquido precisa ser termicamente isolada .
Seção 4, Projeto da Pressão
As pressões, sejam elas de operação ou paralisada, dos
sistemas R744 descritas acima são mais altas que as dos
sistemas de refrigeração de venda no varejo, apesar de muitos
sistemas secundários em cascata terem pressões de operação
A tabela mostra pressões do lado alto do sistema para um
sistema “padrão” e um sistema de pressão permissível
É máxima alta (PS)”. Os sistemas de pressão permissível
máxima alta (PS) são especificados para evitarem o respiro
da válvula de alívio na condição de paralisação quando a
pressão exceder a classificação da válvula de alívio de
°
pressão padrão em temperaturas ambientes acima de 6 C
(temperatura de saturação equivalente a 40 bar g, veja a
seção 2 do capítulo 3 para obter mais informações a esse
respeito).
Em geral para sistemas sub-críticos com um PS de 40 bar g
no lado alto, podem ser utilizados os componentes que já se
encontram prontamente disponíveis para os sistemas R410A.
Os componentes sujeitos a uma pressão permissível máxima
(PS) mais alta são especificamente projetados para o R744.
Informações mais detalhadas podem ser encontradas no
capítulo seguinte e no documento da Emerson Linha de
Produtos de Sistemas.
A pressão de paralisação é a pressão interna do sistema
quando em seu modo inoperante. A pressão equalizada
depende do seguinte:
• Temperatura ambiente quando abaixo do ponto
crítico (por exemplo em um ambiente de 20 C a
°

similares as dos sistemas R410A utilizadas no setor de ar pressão será de aproximadamente 56 bar g)
condicionado. As pressões mais altas afetam o projeto e
• Volume do sistema e carga de líquido refrigerante
especificação de todos os componentes e tubulação.
quando acima do ponto crítico. Nesse caso a
pressão depende da relação carga de líquido
refrigerante / volume do sistema e é tipicamente de
120 bar g.

PS Ajuste de Corte HP
Pressão Típica de Operação
(pressão alta)
Sistemas Transcríticos tipo Booster
Lado baixo, LT 13 bar g 25 bar g 22.5 bar g
Lado baixo, MT / pressão entre 25 bar g 40 bar g 36 bar g
estágios

Intermediário 35 bar g 40 bar g 36 bar g

60 bar g 70 bar g 63 bar g

Lado Alto 90 bar g quando Transcrítico 120 bar g 108 bar g

Sistemas em Cascata
Lado baixo, padrão PS 13 bar g (LT evaporador) 25 bar g 22.5 bar g
Lado baixo, PS alto 13 bar g (LT evaporador) 70 bar g 63 bar g
Lado alto, padrão PS 27 bar g 40 bar g 36 bar g
Lado alto, PS alto 27 bar g 70 bar g 63 bar g
Sistemas Secundários
LT 16 bar g 25 bar g
MT 30 bar g 40 bar g
Tabela 13, pressões R744 típicas em sistemas de varejo

28
Para muitos sistemas R744 a pressão de parada é maior que
as pressões máximas de operação. Quando for esse o caso
os sistema foram:
• Projetados com PS baseado na pressão operacional
máxima, caso em que as válvulas de alívio de
pressão efetuarão o respiro na condição de
paralisação a não ser que haja algum meio de reduzir
a pressão, ou
• Projetados com um PS baseado na pressão máxima
paralisada
Todos os componentes e montagens devem ser classificadas
para o PS da parte do sistema em questão.
A válvulas de alívio de pressão devem ser descarregadas
para um lugar seguro, de forma ideal para fora de locais
fechados em uma área desocupada.
Quando os evaporadores forem descongelados eles devem
ser abertos à sucção do sistema e ao conjunto, não devem
ser isolados termicamente.
Seção 5, Projeto para Facilidade de Serviço
Os sistemas devem ser projetados com um número suficiente
de válvulas de isolamento para garantir um acesso seguro
aos componentes e peças do sistema que precisarem de
manutenção, incluindo:
• Filtros de líquido e sucção, onde um desvio deve ser
instalado, de modo que o sistema possa permanecer
em serviço durante a substituição
• Separadores de óleo
• Válvula de alívio de pressão
Se houver líquido que fique confinado entre válvulas essas
seções do sistema devem incluir proteção contra pressão
alta. Isso pode ser obtido instalando uma válvula de alívio
de pressão na seção do sistema ou instalando uma válvula
de ramificação sem retorno conectando-a uma seção do
sistema, por meio de tubulação, que esteja protegida por
uma PRV.
Medidores devem ser disponibilizados no sistema para
indicarem cada pressão do sistema (veja o Apêndice 1 para
obter mais explicação sobre essas pressões):
• Lado de baixa: Temperatura média e temperatura
baixa
• Intermediário nos sistemas trancríticos
• Entre estágios nos sistemas tipo booster
• Lado de Alta
As seguintes observações são importantes para os sistemas
R744:
• Para reduzir a necessidade de técnicos acessarem o
sistema para a instalação de medidores (medidores
especiais de R744 devem ser utilizados onde
necessário)
• Para evitar o risco aliado com o encaixe, por técnicos,
de medidores que não forem classificados para a
pressão do R744
• Eles indicam a pressão real do sistema se as linhas
de respiro estiverem bloqueadas com gelo seco
Para que o carregamento seja mais fácil e seguro aconselha-
se a instalar um ponto de carregamento permanente em uma
área de fácil acesso. Isso evita a necessidade de mover
cilindros pesados de R744 para a área da planta .
Se os cilindros de R744 forem armazenados no local eles
deverão ser acondicionados em gaiolas de gás, na posição
vertical e segura, de forma ideal do lado de fora da
edificação.
Seção 6, Detecção de Vazamento Fixo
A detecção de vazamento fixo deve ser utilizada se um
vazamento de R744 apresentar o risco de concentrações
perigosas no ar. Por exemplo, o EN378 necessita que a
detecção de vazamento a ser encaixada na concentração
3
possa exceder o limite prático de 0,1 kg/m . Tipicamente é
utilizado um sistema de sensor infravermelho, com sensores
localizados onde houver a possibilidade de acúmulo de
vazamento, por exemplo nas salas e câmeras frigoríficas da
planta. Os níveis típicos de alarme são:
• 5.000 ppm para um alarme típico
• 15.000 ppm para um alarme principal
Seção 7, Capacidade de Refrigeração
A densidade mais alta do R744 resulta em um efeito de
refrigeração de alto volume em comparação com outros
líquidos refrigerantes comuns. Isso afeta na potência do
compressor e tamanho da tubulação, evaporadores e
condensadores.
O quadro na figura 20 compara as capacidade de
refrigeração do R744 com o R134a e R404A para
compressores com potências similares (ou seja, taxas de
fluxo de volumes similares) em sistemas de estágio simples:
• -10/30: Temperatura de evaporação de -10°C,
superaquecimento de sucção de 6K, temperatura de
°
condensação de 30 C, sem sub-resfriamento de
líquido
• -10/40: Temperatura de evaporação de -10°C, super
aquecimento de sucção de 6K, temperatura de
°
condensação para o R134a e R404A de 40 C,
°
temperatura de saída do resfriador de gás de 40 C e
pressão do resfriador de gás de 90 bar g para o
R744, sem sub-resfriamento de líquido
O consumo de energia do compressor para uma determinada
capacidade é similar a dos HFCs, de modo que combinação
motor / potência do compressor é diferente para o R744 .
29
 20
Capacidade de Refrigeração [kW]
15
10
5
0
R134a R404A
Capacidade, kW, à -10/30
Capacidade, kW, à -10/40
Figura 20, Comparação das Capacidades do HFC e R744 em Sistemas Típicos
Seção 8, Modulação de Capacidade
O sistema R744 de venda no varejo usará tipicamente
menos compressores que um sistema HFC com a mesma
capacidade de refrigeração. Isso ocorre devido à
capacidade mais alta do R744 reduzir a potência total do
compressor necessária. Os trocadores de calor são
frequentemente menores, levando a alterações mais
rápidas nas condições de operação durante a mudança
de carga. Ambos esses fatores aumentam a necessidade
do controle da capacidade efetiva para atender uma
variação de carga.
Seção 9, Tubulação e Junção
As propriedades do líquido refrigerante que reduzem a
potência necessário do compressor também permitem
que sejam utilizadas uma tubulação de diâmetro menor.
Isso se torna especificamente evidente na linha de sucção
que transporta gás superaquecido. O efeito no tamanho
da linha de líquido é mais baixo porque o fluxo de volume
de líquido é similar ao dos HGCs. O quadro na figura 21
mostra um exemplo dos diferentes tamanhos de tubos.
O coeficiente de transferência de calor do R744 em
ebulição é maior que o dos líquidos refrigerantes HFC.
Isso melhora o desempenho dos evaporadores
condensadores, o que permite o seguinte:
R404A R744
Diâmetro
28 mm 12 mm
Linha de
Sucção
R744 Diâmetro
Linha de
Líquido
8mm 6mm
Figura 21, Comparação de diâmetros de tubo para Sistemas Típicos
• A utilização de evaporadores e condensadores em
comparação HFCs, com grande capacidade de
transferência de calor, portanto, TDs mais baixo.
Isso melhorará a eficiência de energia.
Ou:
• Utilização de evaporadores e condensadores
menores (por ex., tubulação de diâmetros menores e
menos passos). Isso reduzirá o custo do componente
e o espaço necessário.
A queda de pressão na tubulação do R744 e nos
componentes é geralmente mais baixa que a dos HFCs
(especialmente em linhas de sucção) e o desempenho do
sistema é menos sensível que a queda de pressão. O
projetista do sistema pode, portanto, contar com uma maior
margem de queda de pressão. Em geral, as velocidades do
líquido refrigerante são similares àquelas dos líquidos
refrigerantes HFC.
As regras gerais de um bom projeto de tubos devem ser
observadas para os sistemas R744. A espessura dos tubos
normalmente serão maiores devido às pressões mais altas e
em alguns casos aço será utilizado no lugar de cobre. Tal
como explicado acima, tubo de diâmetro menor é utilizado
em algumas pastes do sistema. Isso inerentemente suportará
pressões mais altas que a de tubos de diâmetros maiores
e com a mesma espessura de parede. A tabela 14 mostra a
pressão máxima de uma faixa de tubos de cobre, calculado
com base na EN14276-2:2007 e EN13480-3:2002.
30
 Bitola do Tubo
Padrão 22 20 18 16 14 12 10

Espessura, mm 0.711 0.914 1.219 1.626 2.032 2.642 3.251

Diâm.Externo
OD
¼” 131 174
3
/8” 129 179
½” 81 111 153
5
/8” 59 87 119 162
¾” 49 71 98 124 166
7
/8” 41 56 82 105 140
1
1 /8” 43 58 80 106 133
3
1 /8” 47 60 85 107
5
1 /8” 50 71 89
Tabela 14, Pressão máxima de um intervalo de tubo de cobre, calculado usando EN14276-2: 2007 e EN13480-3: 2002

O método mais confiável para junção de tubo de cobre é por
brasagem. A maior espessura reduz a necessidade de
estampagem de tubos, e, portanto, aumenta a utilização dos
acessórios. Além disso, o calor necessário para uma junta
brasada é maior para obter o grau de penetração necessário.
O material inclui um cobre ferroso em 2,4% além de
pequenas quantidades de zinco e fósforo. Ele não pode ser
dobrado ou estampado, de modo que é unido mediante a
utilização de encaixes proprietários brasados.

O tubo de cobre é disponível especificamente para utilização O tubo de aço suportará uma pressão maior que a do tubo de
com os sistemas R744 com um PS de 120 bar g (conhecido cobre, conforme mostrado na tabela 15 para o aço
pelo nome comercial de tubo K65). SCHEDULE 40.

¼” 3/8” ½” ¾” 1” 1 ¼” 1 ½” 2” 2 ½” 3”
444 357 342 277 259 213 191 161 177 153
Tabela 15, tubo de aço resiste a uma pressão maior do que o tubo de cobre

Os tubos devem ser adequadamente suportados e fixos com

braçadeiras. Os suportes de tubulação devem ser mais
próximos que para outros líquidos refrigerantes devido à
densidade mais alta do R744, e , portanto, acarretando mais
peso dos líquidos refrigerantes nos tubos. A tabela a seguir Diâmetro Interno Espaçamento Máximo dos
fornece uma orientação sobre esse aspecto.
Tubos de Aço suportes

(mm) (in) (m) (ft)

15 -25 1/2 - 1 1 3.5
Diâmetro Externo O.D. Espaçamento Máximo dos
Tubos de Cobre suportes 32 - 50 1 1/4 - 2 3 10
65 - 80 2 1/3 - 3 3.5 12
(mm) (in) (m) (ft)
100 - 175 4-7 4 14
10 - 19 3/8 - 3/4 1 3.3
200 - 350 8 - 14 6 20
22 - 54 7/8 - 2 1/8 2 6.6
400 -450 16 - 18 7.5 25
67 - 80 2 5/8 - 3 1/8 3 9.9
Tabela 16a, tamanho de tubos de cobre e seu espaçamento máximo de suportes Tabela 16b, tamanhos de tubos de aço e seu espaçamento
máximo de suportes

Fonte: UK Institute of Refrigeration - Código de Boas Práticas de Segurança para Sistemas de Refrigeração

31
Seção 10, Lubrificantes e Retorno de Óleo Os elastômeros devem ser cuidadosamente selecionados,
pois o R744 penetra o material mais que qualquer outro
Os lubrificantes pólio éster (POE) apresentam boa líquido refrigerante. Quando vedantes feitos desse materiais
miscibilidade com o R744 e são predominantemente são despressurizados o R744 absorvido rapidamente se
utilizados como lubrificantes de compressores em sistemas evapora causando descompressão explosiva e danos à
R744 de venda no varejo. Devido sua alta solubilidade, vedação. Alguns materiais de vedação empolam e
viscosidade mais alta, os lubrificantes são utilizados quando
amolecem com o R744.
comparados com aqueles utilizados com HFCs. Isso reduz o
A tubulação de aço é geralmente utilizada nos sistemas R744
efeito de diluição do óleo pelo líquido refrigerante e, portanto,
devido às altas pressões, especialmente em linhas de
mantém as propriedades lubrificantes.
descarga e coletores de alívio. O aço pode se tornar
Os POEs já são utilizados com os líquidos refrigerantes HFC. quebradiço sob temperaturas baixas. Na eventualidade de
°
Eles são bem higroscópicos (ou seja, absorvem prontamente um vazamento a temperatura pode ser reduzida a -78 C, de
a mistura). Portanto, deve-se tomar cuidado para garantir modo que deve ser utilizado aço de baixa temperatura .
que umidade não penetre no sistema:
Seção 12, Potencial de Recuperação de Calor
• O lubrificante não deve ser exposto ao ar e
recipientes de óleo devem ser vedados exceto A temperatura de descarga de um sistema R744 é mais alta
quando da utilização do óleo que a dos sistemas HFC operando em ambientes com
• Os componentes tais como compressor também evaporação e temperaturas semelhantes. Isso contribui
devem ser vedados, exceto quando o trabalho estiver para um maior potencial para a recuperação de calor a uma
sendo executado; temperatura útil.
• O processo de evacuação deve ser efetivo Além disso, quando o líquido refrigerante é sub-crítico sua
• A substituição de núcleos de filtros secadores devem
temperatura no resfriador de gás reduz por todo o processo
ser deve ser efetuada sempre que o sistema for
do trocador de calor – toda a rejeição de calor ocorre em uma
aberto e exposto ao ar
mudança de temperatura. Isso é uma vantagem com
O líquido R744 é mais pesado que o óleo, como é o caso dos relação a um condensador sub-crítico onde o líquido
líquidos refrigerantes HFC. A separação efetiva do óleo e o refrigerante reduz apenas na ocorrência de
retorno ao compressor é necessário em sistemas de venda superaquecimentos e isso é aplicável para uma pequena
no varejo.Tipicamente isso pode ser realizado da melhor parte do processo. Desse ponto em diante ele permanece a
forma com a utilização de separadores de óleo tipo
uma temperatura constante (temperatura de condensação) à
coalescentes, e, para compressores múltiplos, um sistema de
medida que for se condensado. A maioria da rejeição de
retorno de óleo convencional.
calor ocorre sob temperatura constante.
Seção 11, Materiais Os quadros da figura 22 ilustram esse ponto e compara um
O R744 é compatível com a maioria dos materiais utilizados sistema R134a com um sistema transcrítico R744. É possível
em sistemas de refrigeração de venda no varejo. notar que a temperatura média final pode ser
significativamente mais alta para sistema R744.

R134a R744

160
Percentual de distância percorrida dentro trocador de

100
Percentual de distância percorrida dentro trocador

90 140

80 120
calor (1005 = saída HX)
de calor (1005 = saída HX)

70
100
60
80
50

40 60

30 40
20
20
10

0 0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Temperatura °C Temperatura °C

Temperatura Refrigerante
Temperatura Média (Exp. Água)

Figura 22, a comparação dos tamanhos de tubos para sistemas típicos

32
5 Sistemas de R744: Instalação, Comissionamento e Serviço
Introdução
Esse capítulo descreve alguns dos pontos chave quando os
sistemas são comissionados e entram em operação,
incluindo questões importantes de serviços de reparos e
manutenção. Esse capítulo não é um guia completo de
comissionamento e serviço.
Os técnicos que instalam, comissionam e mantêm os
sistemas R744 devem ser treinados quanto ao manuseio
seguro desse líquido refrigerante antes de trabalhar com
esses sistemas. Os pontos chave sobre riscos do R744
devem ser levados em consideração ao trabalhar com esses
sistemas:
• As pressões de sistema e cilindro são altas, por ex.,
aproximadamente 50 bar g a 15°C
• O R744 é um produto asfixiante (O limite prático de
acordo com a EN378 é de 0,1 kg/m )
3 boa prática de refrigeração para minimizar a queda de pressão e
• Há um alto risco de queimaduras de congelamento
do R744, seja no estado líquido ou sólido
• Há um risco de pressão excessiva com o líquido ou
gás confinado, 1°C de aumento de temperatura
produz 10 bar de aumento de pressão
• Há um risco do R744 passar para o estado sólido no
respiro ou carregamento de líquido em um sistema
evacuado.
• O R744 (Liquido refrigerante do tipo CO2) deve ser
utilizado para assegurar níveis baixos de umidade
• Devem ser usados Equipamento Pessoal
Proteção adequado, incluindo luvas e óculos de
proteção.
• Os cilindros de R744 são pesados – cuidado deve ser
tomado, praticando um manuseio seguro - Cilindros
soltos se movem (golpeiam) ao serem abertos
• Devem ser utilizados adaptadores corretos de cilindro
– as conexões devem ser adequadas
• Devem ser usados equipamentos classificados para o
carregamento e respiro do R744. Não devem ser
utilizadas mangueiras de coletores de medição
padrão
Diâm.Ext.OD – Cobre Máximo espaçamento dos
mm / pol suportes (metros)
3
10 – 19 / /8 to ¾ 1 15 – 25 / ½ - 1
7
22 – 54 / /8 to 2 1/8 2 32 – 50 / 1 ¼ - 2
5 1
67 – 80 / 2 /8 to 3 /8 3 65 – 80 / 2 ½ - 3
• Os procedimentos de isolamento da planta e o caso
correto devem ser observados para evitar
confinamento de líquido em linhas de serviço,
tubulação ou componentes
• Os sistemas não ser brasados / soldados com o
R744 paralisado no sistema / parte do sistema
Seção 1, Boas Práticas de Instalação
Deve-se aguardar o tempo necessário para que os sistemas
sejam totalmente testados quanto a resistências à pressões e
estanqueidade antes de ser colocado em serviço. Isso evita
questões futuras correspondentes à confiabilidade.
Tubulação
A tubulação deve ser encaminhada/assentada de acordo com a
permitir que o óleo retorne ao compressor. É importante que a
tubulação seja suportada corretamente e fixa de acordo com o
descrito no capítulo 3.
O tubo que não estiver corretamente fixo chicoteará em altas
velocidades se o tubo ou junção se romper, causando ferimentos
ou fatalidades potenciais.
As linhas de respiro das válvulas de alívio de pressão devem
descarregar líquido refrigerante em um local seguro. Isso é feito
normalmente em uma área externa ao edifício ou compartimento
da planta para um local onde o líquido refrigerante possa ser
dispersado sem risco de asfixia. As linhas de respiro da PRV
de devem ter um diâmetro suficiente para evitar que o R744
solidifique e bloqueie a própria linha de respiro.
O método mais confiável para o trabalho de junção de tubos é
por brasagem ou soldagem. Aconselha-se que todas as junções
sejam brasadas por operadores aprovados de acordo com uma
norma reconhecida. Os soldadores também devem ser
aprovados de acordo com uma norma nacionalmente
reconhecida. Uma atenção especial deve ser feita de acordo
com a categoria de perigo da junção e dos níveis necessários de
competência e certificação para a execução de brasagem e
soldagem. Junções mecânicas devem ser evitadas sempre que
possível. Qualquer acessório utilizado deve ser classificado para
as pressões e procedimentos de junção especificados pelo
fabricante.
Diâm.Inter.nominal do tubo de aço
mm / polegadas
Máximo espaçamento dos
suportes (metros)
1
3
3.5
100 - 175 / 4- 7 4
33
Teste de Pressão Evacuação

Toda a instalação deve ser testada quanto à resistência Os sistemas devem ser totalmente evacuados para a
contra pressão, estanqueidade de acordo com a norma remoção de gases e umidades não condensados – ambos
pertinente. Isso, tipicamente trata-se do seguinte: exercerão um impacto desfavorável nos sistemas R744 .

• O teste de resistência a 1,1 x PS para a maioria da Gases não condensados, tais como ar e nitrogênio, tendem a
tubulação (ou seja, junções que forem da categoria se acumular no condensador ou resfriador de gás, onde
11 podem causar um aumento de pressão. Isso leva a uma
de perigo 1 ou mais baixa )
redução de capacidade, eficiência e confiabilidade do
• Teste de resistência a 1,43 x PS para o lado alto dos sistema. O efeito em gases não condensáveis em um
sistemas transcríticos com a categoria de perigo 2 ou
sistema R744 é maior quando comparado com os sistemas
mais alta. Alternativamente 1,1 x PS pode ser
utilizado, Porém, nesse caso, 10% das juntas HFC systems, sistema especialmente transcríticos.
precisarão ser testadas por meio de testes não O teor de alta umidade resultará em falhas do sistema, por
destrutivos exemplo, água e dióxido de carbono produzem ácido
carbônico. A solubilidade máxima de umidade no R744 é
• Teste de estanqueidade de líquidos a 1,0 x PS.
mostrada abaixo:
A norma pertinente (tal como a EN378-2:2008) deve ser
referenciada para o atendimento aos requisitos específicos
Estado do Máxima umidade em
de teste de pressão. Componentes e equipamentos, tais Temperatura
R744 ppm
como compressores e conjuntos normalmente não
necessitam de serem testados para pressão no local uma
°
vez que já foram testados pelo fabricante. Liquido -40 C 130
°
-10 C 405
As válvulas de alívio de pressão devem ser isoladas durante
°
o teste de pressão. Vapor -40 C 7
Deve-se empregar boa prática durante a execução de teste °
-10 C 33
de pressão:

 Equipamentos, incluindo o regulador de nitrogênio,

devem ser classificados para pressão em questão. A
figura 1 mostra um exemplo;
 A área deve ser evacuada com relação às pessoas
não diretamente envolvida com o teste de pressão;
 O nitrogênio livre de oxigênio deve ser carregado no
sistema, incluindo uma verificação inicial executada
em aproximadamente 5 bar g;
 As pressões de teste de resistência devem ser
mantidas por um mínimo de 15 minutos;
 A pressão deve ser reduzida à pressão de teste de
estanqueidade e cada uma das junções deve ser
verificada com pulverizador de detecção de
vazamento ou a pressão mantida e monitorada por
pelo menos 24 horas;
 O nitrogênio deve ser expelido por respiro a uma
área bem ventilada, externamente, de preferência

11 Figura 23, Exemplo de um regulador adequado para o teste de pressão

Conforme definido na norma EN378-2, anexo B de sistemas R744 transcríticos

34
Se o teor de umidade estiver acima do valor máximo em ppm
mostrado acima, haverá uma umidade livre que pode
congelar. Pode-se observar que isso ocorre mais
provavelmente no vapor superaquecido entre a saída do
evaporador e a sucção do compressor, especialmente com
os evaporadores LT. Se a umidade for permitida a se
acumular em uma parte estática do sistema ela poderá
congelar e expandir, causando uma falha na tubulação .
Deve-se tomar muito cuidado durante os procedimentos de
serviço para mimimizar a entrada de ar e umidade e evitar os
problemas apontados acima.
Seção 2, Carregamento de R744
O R744 é encontrado em cilindros com uma válvula de
remoção no estado líquido ou gasoso e também é
disponibilizado a granel. Os cilindros são mais pesados que
outros cilindros de líquido refrigerante, de modo que deve-se
tomar cuidado no manuseio – por exemplo, eles devem ser
movidos em um carrinho. Normalmente eles são menos
estáveis que outros líquidos refrigerantes devido a sua
relação diâmetro/altura, então devem ser fixos quando
utilizados e quando transportados ou armazenados .
Os equipamentos utilizados para conectar o cilindro ao
sistema devem ser classificados para a pressão. Por
exemplo, a EN378 especifica que os equipamentos devem
ser classificados para pelo menos 90 bar g. Tipicamente
são utilizadas mangueiras hidráulicas ou fios de aço
trançados – a figura 24 mostra um exemplo.
Figura 24, Exemplo de R744 equipamento de
carregamento
A conexão com o cilindro deve apresentar um encaixe
perfeito com a válvula do cilindro – um adaptador padrão de
cilindro de HFC não deve ser utilizado.
Todas as linhas de carregamento devem ser evacuadas ou
lavadas antes do carregamento para reduzir a penetração de
ar e umidade no sistema.
Para evitar a formação de gelo seco o sistema evacuado
deve ser carregado com vapor de R744 a uma pressão
acima do ponto triplo (4,2 bar g). Deve-se assegurar que o
sistema todo esteja acima do ponto triplo – isso seria
provavelmente a condição se todos os medidores mostrarem
uma pressão de 10 bar g. Quando isso for obtido o sistema
poderá então ser carregado com líquido.
Deve-se tomar cuidado ao carregar os sistemas R744 para
assegurar que as válvulas de alívio de pressão não entrem
no modo de descarregamento. A pressão do cilindro de
R744 será maior que algumas ou de todas as pressões de
alívio da PRV, especificamente aquelas de estágio baixo dos
sistemas em cascada e lados baixos e intermediários dos
sistemas tipo booster transcríticos. Para evitar um
descarregamento de PRV o líquido refrigerante deve ser
carregado lentamente de modo a permitir que o sistema
equalize, especialmente durante o carregamento inicial a
granel (carregamento por bomba) do sistema.
Carregamento do estágio baixo dos sistemas em
cascata
Antes do estágio baixo de um sistema em cascata ser
carregado, o estágio alto deve estar pronto para operar.
Dessa forma, o estágio alto deve ser carregado e
comissionado antes do estágio baixo ser carregado .
Carregamento de sistemas tipo booster
transcríticos
Não é provável que todo o líquido refrigerante possa ser
carregado sem o sistema estar operando. O sistema não
deve ser reabastecido mediante o carregamento por sucção.
Sistemas com pressão intermediária mais alta que a pressão
do cilindro devem ser bombeados ou as pressão
intermediária reduzida para permitir que o líquido refrigerante
seja carregado. Alternativamente a pressão do cilindro pode
ser aumentada aquecendo o cilindro com um aquecedor
controlado termostaticamente.
Os compressores de estágio alto devem estar disponíveis e
operantes antes que os compressores de estágio baixo
sejam iniciados.
Seção 3, Verificações do Sistema
Antes do sistema ser operado pela primeira vez o seguinte
deve ser verificado:
35
Todos os sistemas: como as seções do sistema são isoladas para segurança. Isso
inclui os efeitos no sistema das válvulas de fechamento e o
 Inspeção visual; potencial de confinamento de líquido R744 entre válvulas
 A documentação do sistema e sua marcação, fechadas.
especialmente com relação aos equipamentos
de pressão; Detecção de Vazamento
 Instalação dos dispositivos de segurança;
 Teste de controle para assegurar que todos os Os sistemas R744 podem ter um alto potencial para vazamentos
controles estejam operando corretamente, devido a pressões mais altas e tamanhos menores de moléculas.
incluindo cortes, transdutores e dispositivos de Os sistemas de plantas centrais de R744 têm um número alto de
controle de pressão de óleo de alta e baixa. junções, o que aumenta ainda mais o potencial de vazamento.
Isso deve incluir qualquer sistema de suporte O vazamento é perigoso e aumenta o consumo de energia do
manual; sistema. Assim sendo, o R744 apresenta um potencial muito
 Ajuste de pressão de todos os dispositivos de baixo para o aquecimento global, a detecção de vazamento é
segurança e outros cortes de pressão; fundamental.
 Ajuste de pressão de válvula reguladora de
pressão do resfriador de gás; Os vazamentos podem ser detectados utilizando os seguintes
 Ajuste de pressão de válvula reguladora de métodos:
pressão do receptor;
• Inspeção visual – muitos vazamentos resultam em
 Níveis de óleo do compressor e reservatório;
manchas de óleo localizadas e em todo o sistema;
 Encaixe dos núcleos nos filtros secadores;
• Pulverizador detector de vazamento, apesar desse
 Registros do teste de pressão; método ser de difícil aplicação em junções isoladas e
 Todas as válvulas abertas / fechadas conforme seções abaixo de 0°C da instalação;
o necessário para a operação do sistema • Detector de vazamento eletrônico portátil adequado
para o R744, tipicamente utiliza a tecnologia de
Durante a operação inicial o seguinte deve ser verificado : raios infravermelhos, a figura 25 mostra um
exemplo
 Rotação de fase dos compressores scroll; • Detector de vazamento ultrasônico.
 Rotação do ventilador;
 Nível do líquido refrigerante;
 Níveis de óleo no compressor e reservatório;
 Superaquecimento da válvula de expansão;
 Pressão e temperatura do trocador de calor em
cascata;
 Pressão de operação da válvula reguladora de
pressão do resfriador de gás em ambos os
modos, ou seja, sub-crítico e transcrítico.
 Pressão de operação da válvula reguladora de
pressão do receptor;
 Operação de qualquer unidade de resfriamento
auxiliar.

Figura 25, Exemplo de um Detector de Vazamento eletrônico adequado

Seção 4, Serviço para R744

Geral
A detecção de vazamento deve ser metódica e o sistema todo
O trabalho deve ser executado em uma área bem ventilada. Se deve ser verificado. Os vazamentos devem ser reparados o
não houver detecção de vazamento permanente operacional o mais cedo possível após a detecção. Para manter a eficiência
técnico deve utilizar um detector pessoal de R744 para de energia recomenda-se que os sistemas R744 a venda no
assegurar que a área esteja segura para a execução de varejo sejam verificados quanto a vazamentos, seguindo, no
trabalhos. Equipamentos de proteção individual adequados, mínimo, os mesmos procedimentos que os especificados na
incluindo luvas, óculos de proteção e protetores auditivos devem
Regulamentação Europeia de Gás Fluorado12 para líquidos
ser utilizados. Ferramentas e equipamentos, tais como
refrigerantes HFC:
mangueiras, devem ser classificados quanto à pressão do
sistema, cilindros de R744 e de nitrogênio, para o local onde
forem utilizados. Dimensão dos Frequência da Detecção de
Carregamentos, kg Vazamento
Deve-se tomar cuidado ao acessar o sistema – o técnico deve
estar familiarizado com o sistema e compreender Acima de 30 1 / ano
30 a 300 2 / ano
12
Regulamento 842/2006 relativo a determinados gases fluorados
Mais que 300 4 / ano

36
Descarte do R744
Normalmente o R744 é expelido dos sistemas por meio de
respiros ao invés de ser recuperado. É importante que ele
seja expelido por respiro de forma segura. O respiro deve
ser feito para uma área bem ventilada, idealmente para fora
da edificação – é um produto asfixiante de baixa toxidade.
O gelo seco pode se formar na linha de respiro ou no sistema
à medida que a pressão for caindo por meio da pressão de
ponto triplo (4,2 bar g) para a pressão atmosférica. Isso
pode dar uma indicação falsa de que o sistema não contém
líquido refrigerante suficiente – se o gelo seco se formar a
pressão do líquido refrigerante cairá para 0 bar g. Quando
houver a sublimação do gelo seco a pressão aumentará, por
°
exemplo, para 56 bar g se a temperatura for de 20 C.
Se o R744 for recuperado a máquina de recuperação, cilindro
e qualquer equipamento correspondente devem ser
classificados para a pressão máxima. Essa pressão seria de
70 bar g em um ambiente de 30°C, por exemplo, mas poderia
ser significativamente mais alta se o a temperatura ambiente
for mais alta. A maioria das máquinas e cilindros de
recuperação não é classificada para a pressão necessária .
Isolamento de Componentes para Execução de Serviços
As válvulas de controle não devem ser utilizadas como
válvulas de isolamento. Soldagem ou brasagem não deve ser
executada no sistema até que todo o R744 tenha sido
removido.
Válvula de Fechamento Válvula Schrader
Válvula de Fechamento,
Protegida contra o uso
não autorizado
Figura 26, Isolamento de componentes de serviço
Deve-se tomar cuidado ao remover as flanges para
assegurar que o R744 tenha sido removido e a pressão
esteja a mais baixo possível:
• Todos os parafusos devem ser soltos;
• A flange deve ser solta com pelo menos dois parafusos
ainda no lugar.
Há vários métodos para a remoção do R744:
• Pode ser expelido por meio de respiro, conforme
descrito acima;
• Pode ser transferido para outra parte do sistema;
• Pode ser evaporado conforme descrito abaixo.
O procedimento abaixo é um exemplo para o isolamento do
evaporador em um gabinete de acordo com o Código de
Prática da Associação de Refrigeração Britânica para
isolamento de evaporador de Gabinete com Visor de um
sistema de Dióxido de Carbono (R744). O exemplo na figura
4 mostra uma disposição típica das válvulas de isolamento .
1. Monte um medidor na porta de acesso na válvula
esférica B;
2. Isole a válvula esférica A enquanto a válvula de
controle C estiver aberta. Certifique-se de que a
válvula de controle esteja aberta utilizando um
magneto permanente;
3. Permita que a bobina bombeie por 15 minutos;
4. Isole a válvula esférica B de saída da bobina do
evaporador
5. Execute imediatamente o respiro do líquido
refrigerante para acessar a porta A observando a
pressão no medidor
Válvula Schrader
B
37
 6. Monitore a pressão na bobina na saída da bobina por
meio da válvula de serviço B. Isso é essencial para se
certificar de que o líquido refrigerante tenha sido
totalmente removido e que a válvula de serviço
adiante da válvula de controle de líquido C não tenha
sido bloqueado com dióxido de carbono sólido (R744).
Observação: Com relação ao descrito acima na etapa 3, um
período estimado de quinze minutos seria o suficiente para
assegurar uma bobina anticongelante razoável com o
ventilador operante. Quando parar toda a formação de gelo
na bobina o líquido já estaria evaporado.
O procedimento abaixo é um exemplo para o isolamento do
secador de filtro na linha de líquido do sistema em cascata. O
exemplo na figura 27 mostra uma disposição típica das
válvulas de isolamento e de desvio.
Explicação do Circuito Abaixo:
1. A válvula 1 está fechada
2. Após aproximadamente 15 minutos a válvula 2 é
fechada e a 3 aberta;
3. Um aparelho coletor de medição adequado é
instalado na carcaça do núcleo do secador;
4. O R744 remanescente foi cuidadosamente
expelido por respiro por meio do coletor de
medição.
Válvula de serviço protegido
contra uso não autorizado
2 Filtro Secador
Figura 27, Isolamento de Filtro Secador para Serviço
É provável que gelo seco tenha se formado na carcaça do
secador pois normalmente não é possível remover todo o
líquido da carcaça, tal como mostrado no exemplo da figura
6. Ele se depositará em sólido quando a pressão for reduzida
durante o respiro. Terá uma temperatura superficial de
°
aproximadamente -78 C de modo que deve ser manuseado
cuidadosamente. Devido à baixa temperatura, a umidade se
condensará dentro da carcaça (veja a figura 29) – é essencial
que isso seja removido para evitar problemas relacionados
com umidade, tais como os descritos anteriormente.
Antes de colocar o secador de volta em serviço, ele deverá
ser evacuado. O gás deve ser carregado na carcaça do
secador até a parte superior da pressão de ponto triplo antes
de abri-lo à linha de líquido para evitar a formação de gelo. O
gás pode ser retirado do registro do cilindro de gás R744 ou
da sucção do sistema.
Carregamento de Óleo do Compressor
Se houver a necessidade de adicionar óleo no sistema,
então, deverá ser do tipo correto – óleos de marcas ou
viscosidades diferentes não devem ser misturados. Os
compressores Copeland R744 utilizam lubrificantes RL68HB.
Deve-se tomar cuidado durante a adição de óleo, de modo a
evitar que umidade e ar penetrem no sistema. O óleo deve
ser bombeado e não jorrado no sistema. O óleo deve ser
carregado no sistema se o recipiente tiver sido previamente
aberto.
Válvula de alívio de pressão
com disco de de ruptura
3
Válv.Retenção
Válvula de serviço angular,
protegido contra uso não
autorizado
Válvula Schrader
38
Figura 28, Exemplo de Formação de Gelo Seco no Filtro Secador
Seção 5, Como colocar o Sistema
Temporariamente fora de Serviço
Se um sistema precisar ser desligado é possível que a
pressão paralisada estará acima da pressão de descarga em
alguma ou em todas as válvulas de alívio de pressão. Se
houver um sistema de refrigeração auxiliar talvez seja
possível utilizá-lo para manter a pressão abaixo das pressões
de descarga da PRV por períodos curtos de tempo se não
houver nenhuma carga no sistema. Caso contrário, o líquido
refrigerante deverá ser:
• Expelido do sistema por meio de respiros - ou
• Bombeado para o lado alto do sistema se o receptor
for o suficientemente grande e se a pressão não fizer
com que as PRVs do lado alto descarreguem. Para
sistemas transcríticos, assim como válvula de saída
do receptor ou válvula solenóide da linha de líquido, a
válvula reguladora de pressão do receptor deve estar
fechada para se obter um bombeamento.
Figura 29, Exemplo de Umidade sobre a Flange do Filtro Secador
Seção 6, Manutenção
Os sistemas R744 devem ser mantidos de acordo com a boa
prática de refrigeração. Isso inclui o seguinte :
 Uma verificação da condição do sistema;
 Verificação do nível de óleo;
 Verificação do nível do líquido refrigerante;
 Inspecionar e testar cortes, transdutores e
sensores de segurança;
 Trocar filtros de óleo e secadores de filtros,
conforme o necessário;
 Executar um teste de ácido em uma amostra de
óleo;
 Verificar detectores e alarmes de R744;
 Verificar a operação da válvula de controle de
acordo com as orientações dos fabricantes;
 Verificar a ventilação da sala da planta
39
Conclusão

O impacto do movimento de sistemas convencionais
para a tecnologia CO2 pode exigir algum re-pensar de
princípios básicos, no fim de compreender plenamente
o raciocínio por trás dos detalhes de aplicação
recomendadas.
As temperaturas, tanto de carga quanto de ambiente,
talvez inalteradas, mas as propriedades físicas do CO2
causa que ele se comporte de uma forma diferente de
acordo com as condições necessárias para lidar com as
exigências de refrigeração de baixa temperatura e médio
porte. Em particular, a pressão, e o comportamento de
mudança de fase são muito diferentes para os fluidos
previamente escolhidas para os sistemas de compressão
de vapor. Estas propriedades podem oferecer vantagens
significativas sobre as tecnologias tradicionais, mas, a fim
de tirar vantagem disso é necessário para chegar a um
acordo com essas propriedades.
Uma vez que isso tenha sido feito, ea experiência é
construída, não há nenhuma razão para supor que a tarefa
de especificação, construção e manutenção de um sistema
de CO2 será um desafio formidável. Muitas ferramentas já
estão disponíveis para orientar os usuários em seu trabalho,
e assumir os cálculos laboriosos.
Há uma grande vantagem no desenvolvimento de uma
equipe competente de CO2 dando uma vantagem
competitiva, elevando os padrões da indústria, e
levando mais respeito ao usuário final. Isso só pode
beneficiar a indústria como um todo, e a Emerson é
dedicada a apoiar os clientes que trabalham para
atingir estes objectivos.

Um número de sistema "arquiteturas" que foram

desenvolvidos, e um estudo da explicação destes vai
ajudar a decisão sobre a melhor opção para as
circunstâncias individuais.

40
Glossário

A tabela abaixo apresenta definições de termos relacionados com CO2. Outros termos de refrigeração podem ser encontrados
definidos na EN378 e em diversas publicações e manuais .

Um sistema de dois estágios onde o(s) compressor(es) de estágio baixo descarrega na sucção
Booster
do(s) compressor(es) de estágio alto.

Cascata Sistema de dois estágios onde o calor rejeitado pelo sistema de estágio baixo é absorvido pelo
líquido refrigerante de evaporação no sistema de estágio alto
O evaporador do sistema de estágio alto e o condensador do sistema de estágio baixo em uma
Trocador de calor cascata. O refrigerante de estágio alto de evaporação absorve o calor rejeitado pelo líquido
em cascata refrigerante de condensação do estágio de baixo
Estágio baixo da A parte do sistema em cascata que fornece a refrigeração Em sistemas de venda no varejo ele será
cascata
operado com o R744 A pressão normalmente será mais alta que a do estágio alto (veja abaixo)

Estágio alto da A parte do sistema em cascata que absorve o calor do líquido refrigerante de condensação de estágio
cascata baixo e o rejeita, normalmente para o ar do ambiente .

Ponto crítico Condição acima da qual não há distinção entre fase gasosa e líquida

Deposição Processo do gás se transformando em sólido

Gelo Seco Forma sólida do dióxido de carbono

Estado quando a temperatura está acima da temperatura crítica mas a pressão está abaixo da pressão
Gás crítica.

Válvula reguladora A válvula que regula a pressão no resfriador de gás e tubulação correspondente. Ela é controlada pela
de pressão do pressão e temperatura na saída do resfriador de gás. Ela é também chamada de válvula reguladora de
resfriador de gás pressão alta.

A seção de um sistema booster entre o descarga do(s) compressor(es) de estágio baixo e a sucção do(s)
Entre estágios compressor(es) de estágio alto.

A seção de um sistema transcrítico entre a saída da válvula reguladora de pressão do resfriador de gás e
Intermediário
a entrada das válvulas reguladoras de pressão do receptor e a entrada dos dispositivos de expansão.

PS A máxima pressão permitida.

Válv. reguladora de A válv.que regula a press.no receptor de líquido e tub.correspondente. Ela é também chamada de
press. do receptor válv.reguladora de press.média ou válv.de desvio de flash gás .

Sistema sub-crítico Um sistema que opera abaixo do ponto crítico

Sublimação Transição do estado sólido para o gasoso passando pela fase líquida.

Estado quando a temperatura e a pressão estão acima do ponto crítico. A substância não é um gás,
Fluido super crítico
vapor ou líquido.

Sistema transcrítico Um sistema que opera acima do ponto crítico. Muitos sistemas transcríticos são sub-críticos por um
período proporcional do ano.

Ponto triplo Condição em que os estados sólido, líquido e gasoso coexistem .

Vapor Estado onde a temperatura e pressão estão abaixo das condições críticas.

Volátil Uma substância volátil é aquela que se evapora prontamente sob temperaturas normais .

41
A tabela abaixo fornece informações sobre os símbolos que são mostrados nos circuitos dos capítulos 3 e 4.

42
Visão Emerson Climate Technologies
Emerson Climate Technologies é o principal fornecedor líderes da indústria e marcas com as nossas
mundial de aquecimento, ventilação, ar condicionado e capacidades de engenharia global, design e
soluções de refrigeração para aplicações residenciais, distribuição para criar, energia eficiente sistemas
industriais e comerciais. Combinamos produtos e serviços climáticos confiáveis que melhoram o conforto humano,
tecnicamente superiores de nossas divisões proteger alimentos e proteger o meio ambiente.

Para maiores detalhes veja em:

Brasil:
www.emersonclimate.com/pt-la/Pages/default.aspx

Europa:
www.emersonclimate.eu

US:
www.emersonclimate.com

Asia:
www.emersoncliamteasia.com

O logotipo da Emerson Climate Technologies é uma marca comercial e de serviço da Emerson Electric Co. Emerson Climate Technologies Inc. é uma subsidiária da Emerson Electric
Co.Copeland é uma marca registrada e Copeland Scroll é uma marca comercial da Emerson Climate Technologies Inc.. Todas as outras marcas são de propriedade de seus respectivos
proprietários. Emerson Climate Technologies GmbH não se responsabiliza por erros nas capacidades indicadas, dimensões, etc, bem como erros tipográficos. Produtos, especificações,
desenhos e dados técnicos contidos neste documento estão sujeitas a modificações por nós sem aviso prévio. As ilustrações não são vinculativas. © 2013 Emerson Climate Technologies, Inc.

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