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Geometria Euclidiana Plana Joao Lucas Marques Barbosa Copyright ©, 195 by Jose Lucas Marques Barbosa a ‘Rls Marques Barbosa, deme cio incentivando ‘ia poo mage, Capa: Roda Capeto Heimpressi: Agosto 1997 npressio:Segruc (41-7077) ISBN = ASASHINOR PREFACIO Pata 6 ume edigio revista do livro de mesmo title que ‘escrevi hi cerea de vinte anos e que foi publicado, em sucesivas es, na colegdo Fundamentos de Matemitiea Blementar dt Sociedade Hrasitira de Matematica, A tevisio consist essencfalmente na alteragio do emuncia: do de alguns dos exereicis e problemas propostos, a eorrecio de ‘alguns errs de datilogefiae « possvel incluso de alguns novos ‘Agradego todos aqueles que me indieutam erros e enganos no texto origina efzeramn sugestdes para modiiieagoes do mesmo am mals de uma centena de cartas, algumas apresentando 3 contribuigdo de turmas inteiras de cursos de geometria em que ee foj adotado. Por ser impossvel ai registrar todos 0s se nomes, quero representé-los na pessoa do. mais ilustre destesIetores, 0 Professor Manfredo Perdigio do Carmo, que me enviow exn 1986 uma eépia do livro com suse observagies & sugestdes, a qual ut lizei como repositério de todas as que me foram envindas poster lormente, 0 que simplifcou sobremaneita a preparagio desta nov edigéo, JR Lucas Marques Barbosa, Fortaleza, julho de 1994 Preficio da 4* Edigio Até a publicagio deste livro do Professor Jofo Lucas Barbosa, nfo existia em portugués um texto que pudesse ser indicado para um estudante inicio sau aprondizado da Geometsi axionséticn, método dla geometria axiomitien force uma demonstragio tio ‘convineente da forea do pensamnento puro que os livros de Buelides foram wsndos, através dos séculos, para treinar inteligéncias em formagio, e serviran de modelos de rigor para trabalbos tais como 1 Btica de Spinoza e os Prinepios de Newton. A Geometriacle- teutar € o dominio por exceléncia no qual © métado axiinético pode ser aplicado em situagSes que exbore simples, dio resulta los sltamonte uf-triviais. Tis métodos evens, portanto, fazer parte da forinagio bisiea de tum cidadio, Os livios de Buclides sii, entrtanto, difleis para prineipiantes (além de ser incompleta ‘8 axiomitiea de Eucides) e, em outros paises, vétias tentativas foram fitas para toruar mais accessvel (mals completo) 0 métoda ‘ximatico no ensino da Geometva, [No Brasil, ls aos atrs, hove um relative abaudazo do ensino a Geometsia & maneira de Buclides. Na pritiea, 0 que se passuva cera que © assunto era relegad parn o fim do emso, e quase sempre niio era ensiuado. Isto devie-se em parte is diliewldades prépring do assunto e em parte a uma cera infinéucia da entzo chamada “‘matemsétiea moderna” que, embora wilizaudo & axiométien ex ‘outros tépicos, propugnava a eliminagio da Geomettia de Buclides no ensino bso, Foi neste quadro que aparecen o lio do Professor Lucas Bar~ ot Uliizando uma modificagia da axiomitica de Buclides, de- vida wo matemético russo A.V. Pogoreloy, 0 Professor Lucas pro- lin un texto em portugués apresentand os elementos funda ‘nwitait ds Geometsia Plana de modo accesivel, efiiente © cot ‘eta Que 0 livre foi hem seecbia ¢ comprovada pelo fato que ele eiqupresso diversas vezes e que continua a demande por uovas 0 tivo, como diz © conbecido ehavio, preeneion uma lacuna, le @ wna boa referéneia em portngués para textos elementares ‘que quczam i mals adiante no estudo da Goometsia. Por exem- plo, wexealente "Media Forma ant Gecmetria” do Professor Elon Lins vito live do profesor Lucas como releréacia para Geometsia Haun, Ein verdade, 0 livre do Profesor Blou e um eusso de Ce “unlsin Hiperbélien dado 0 XX Col6quio Brasleizo de Matemétiea pla Profesor Lucas coustituem uma Stina continnagéo para 0s ls ul Enis, Cont isto, comnego a me aastar do meu tema iieale ere conve hionte eoniir aga este Preficio. Antes, porém, ero parabenizar 1s Prosar Lucas pelo 6timo trabalho realizado Manfredo Pardigio do Carmo 19 de abril de 1999, CONTEUDO INTRODUGAO . 1 Capitulo 1 ~ OS AXIOMAS DE INCIDENCIA BORDEM . . . 1 Bxereicios at Problemas |... 7) Comentétio |. |: 10 Capitulo 2 ~ AXIOMAS SOBRE MEDIGKO DESEGMENTOS 12 Exercicios 18 Problemas 20 Comentério 2 Capt 8 ~AxtoMAS Sonne mBDIGKO ANGULOS . .. 28 Exercicios « 29 Problemas so. |. eal Comentario 3 Capitulo 4 - CONGRUBNCIA . . Baar, Exercicios a1 Problemas |. . - eer Comentario. . | a7 Capitulo 5 TEOREMA DO ANGULO BXTERNO E SUAS CONSEQUENCIAS . . 49 Exerciios 2 Probleme 2. 6 Comentério |). - 8 Capitulo Capitulo 9 capitate 10 © AXIOMA DAS PARALELAS. Exercicios Problernas Comentéria SEMELHANGA DE TRIANGULOS xercicios Probletas Comentéria © ciRcuLo Bxereicion Problemas Comentario FUNGOBS TRIGONOMETRICAS Bxereicios Comentario Anca xereicios Problemss | Comentario n 92 102 103 10s, ng 125 129 aaa 142 1a as 154 156 159 INTRODUGAO Eat lvr fo escrito para servi de texto ums dscipina de Geometria pars alinos de cursor de Homcatra em Mateatcn. te contém o material padrdo de um curso de Geometrin Evel diana Plana, cxcotuande se ov tpicosreatvon a movimenton¢ 8 conrtragto de figuras com regia ecompasso. ste material sok inclfdo muna verso fare deste texto Os axiomes aotades s80 aqucesselecionados por AV. Pogoéioy no at lio “Geometria Elemental Exes axiomas tiem a vantagom de lovarem o alin repidamente os teoernas tas importantes da Geometia Plan Em alguns eases els eta ‘unciados de forma tals amp do que seria necserio. Por ex imple um dele afna que, dada umn eta existe ponioseobre flac ponton fora een. Di fat sera mufciote posta apenas & tvstcin de dois pontos sbre-aretae un pont fora dea. Os ‘xiomas sobre medio de regmentosemedigao de angles so tromamente vastajosoe do ponto de vite metodelbgio, Pimeire- mente les evitam o trabalho de estabcleer on coneitos de media dle segmentone de medida de angle, Eaabido que wintrodugho ‘lates concen, quando sofa to de mn axiom cian, ‘onsite mir problems nada dimples «qu equer a wings ‘te mos inaceness ao alin, por mia profunidade. Segundo, scvavés doy xomas de meg, incorporate arimeticn © « fgabraclementat ao atsnal de mois utivels pra a demons tengbes dor toreas da Geom. ‘A introdugdo do quinto postlado,caracteritico da Goo netiia Buel, ¢ retatdad até 0 capo 6. Asim, os tear tne obtidos até capitlo 5 so valdos ox wm gooretria mao lian em que seam vendre oe quatro primes axioms [Neste aspeeto este Livro poderia ser considerado como um texto fara umn curso de Ceomettia nfo Euelidiana ou serie como le referdncin para alunos daciueles cursos. 0 livro esté organizado em 10 capitulos. Cada um de. les contém, além da parte de contetido, uma relagio de excrecios, ‘ina de problemas em texto denominada *Comentério”. A sepa rag das questies propostas os alunos, em problemas ¢ exer vio, fol feta, em principio, considerando-se que os problemas plementam a teoria © tém um cardter mais conceitual, en iinilo que oF exetefcioe destinam-se mais & fxagio do conteddo tprsentad. Os comentétios constituem-se numa selegio de pe- ‘nero tdpieos, que nio fazem parte do contetido do livro, mas ‘iue tim sido de muita utilidade ne formagio dos alunos dos eur- sm de Geometria que tenho lecionado. Incentivado por ees fui Teva a inci alguns destes pequenos tépicos neste lire. ‘Ao fnalizar esta introduc gostaria de agradecer ao pro- For José Enny Morera, que leu eriticamentea versio manuserite ‘minha esposa Cira que me incentivou a escrevé-lo, Joo Lucas Marques Barbosa Fortaleza, maio de 1985 CAPITULO 1 OS AXIOMAS DE INCIDENCTA F ORDEM. As figuras geométricaelementares, no plana, aio os pontos 05 retas. O plano é constituldo de pontos eas retas so subcon- juntos distinguidos de pontos do plano. Pontos ¢ retas do plano fatisfazem a cinco grupos de axiomas que rerdo apresentados 20 longo deste e dos préximos capituos. © primeiro grupo de axiomas 6 constituldo pelos ariomas de incidéncia. Axioma Ty. Qualquer quo seja a rota existom pontos que per- tencem a reta e pontos que nio pertencem a reta. Axioma Ip, Dados dois pontos distintes existe uma dniea reta ‘que contém estes pontos. Quando duas retas tém um ponto em comum diz-se que classe intereeptem ou que elas se cortam naquele ponte. 1.1 Proposigio. Duas rotas distintas ou no se inteceptam ou se interceptam em um tinico ponto. Prova. Sejam m en duas retas dstintas. A intersogio destas uas retes nio pode conter dois (ou mais) pontos, do contro, plo axioma Ip, elas coincidiriam. Logo a interseglo de m en & vvazia ou contém apenas um ponte. Imaginamos um plano como a superficie de wma folha de papel que se estende infinitamente em todas as diregdes. Nela ‘un ponto é representado por uma pequena mares produizida pela Hot de um Idpis, quando pressionada sobre o papel. O desenho ‘ln parte de uma reta é feito com o auxilio de uma régua Av extudarmos geometsia 6 comum faaer-se uso de desen Iwwx Now memos faromos uso extensivo de desenhos ao longo ‘less nas. 0 Teitor, no entanto, deve ser advertido, desde logo, ‘eo disentios dover ser considerados apenas como ust instr ento de ajuda i nossa intuigao e inguagem. iilxtems letras matseulas A, B,C, .. para designar pon- fos, letras minixenlas 4, ,¢,.. para designer retas, Por exemple, na figura acima estio representados tré pontos: A,B eC, © duas retas: me n. O ponto A é6 ponto de intersegéo ‘dae das rotas. A figura soguinte spresenta uma reta e trés pon tos A,B © C desta reta. O ponto C locliza-se entre Ae B ot, ‘equivalentemente, 0s pontos A e I estdo separados pelo ponto C. A nogio de que um ponto localiza-se entre dois outros 6 lume relagio, entre pontos de uma mesma reta, que satisfaz 20s ‘exiomas Ih lz ¢ Hy apresentados a seguir, Roles so referidos ‘como aziomas de ordem. Axioma Ih. Dados trés pontes de uma reta, um e apenas um doles localiza se entre os outros dois 1.2 Definigio. 0 conjunto constituide por dois pontos Ae B «© por todos os pontos que se encontram entre A e B é chamado segmento AB. Os pontos A e B aio denominados extremos ox fextremidades do segimento, “Muites figuras planas sio construidas usando se sogmentos, ‘A mais simples delas 6 0 triéngulo que 6 formado por trés pon tos que no pertencem a uma mesma rota ¢ pelos Urs segmentos Aleterminados por estes trés pontos. Os trés pontos sio channados ‘criors do triinguto e os segmentos, lados do tringulos. Pier 1.8 Definigio. Se A eB sio pontos distintos, 0 conjunto eon: situido pelos pontos do segmento AB e por todos os pontor © {xis que B encontra-se entre A e C, & chamado de semi-reta de ‘origem A contend o ponto B, e érepresentado por Sap. O ponte A 6 entdo denominado origem da semi-rete Observe que dois pontos A e # determinam duas semi-retas Sane Sina as quais contém o segmento AB. 1.4 Proposigio. a) Sap U Spa é 0 reta determinada por A © B, ») San 0 Saa~ AB. Prova. (2) Seja m a rete determinads por A e B. Como San ¢ ‘Sa sto constivuidas de pontos da reta m, entio SayUSwa Cm. Por outro lado, se C & um ponto da rete m entio, de acordo com © axioma Ul, sma das trés possibilidades exclusivas ocorte 1) C esté entre Ae B, 2) A esté entre B eC, 3) B esté entre A eC. No caso (1), © pertenco ao segmento AB; no caso (2), C pertonce 4 Sina; 6 no caso (8), C pertence a Sax. Portanto, em qualquer ces, C pertence a SanU Sa A prova de (b) & deixada como exereeio para 0 liter. Axioma Ip. Daddosdois pontos A e B sempreexistem: wm pont C entre Ae B eum ponto D tal que B ests entre A e D. ‘Uma consetiéneiaimediata deste axioma é que, entre quas quer dois pontos de uma rete, existe uma infinidade de pontos. ‘Também é uma conseqiiéncia dele que ume semi-reta Sag comtéma ‘uma infinidade de pontos além daquetes contidos no segment AB, Considore uma reta m e dois pontos A © B que nio per lencem a esta rota. Diremos que A e B estdo em um mesmo lado ‘la eta m so 0 sogmento AB ni a intoreapte. 1.5 Definigio. Sejam m uma reta e A um pento que nio per- tence & m. 0 conjunto constituido pelos pontos de m e por todos (0 pontos B tais que Ae B estio em um mesmo lado da rete m Schamada de semi-plano determinado por m cantendo A, e seré representado por Py ‘Axioma Ils. Uma retam determina exatamente dois semi panos Aistinos cua intersogio 6a reta m Exencteios 1. Sobre uma reta marque quatro pontos A, B,C e D, em ordem, ‘da exquerda para a direita, Determine: 2) ABUBC 9) S420 Sue b) aBnBC f) Saw Sap ) acne ®) Sea Suc a) aanep 9 S4BUS50 2. Quantos pontos comuns a pelo menos duas retas pode ter umn ‘onjunto de $ retas do plana? E/um conjunto de retas do plano? 3. Prove o item (b) da proposigéo (1.4). 4. Prove a afirmactio feita, no texto, de que existem infinitos ontos em sim segment, 5. Selam P= {a,Dye}, mi Chame P de plano e mi,ma “geometria” vale 0 axiom Ia {ad}, male} ems = (He) mg de retas, Verifique que nesta Definigéo: Um subconjunto do plano 6 convero se o segment ligando quaixquer dois de sews pontos ets total mente contido nele 6. Os exemplos mais simples de conjuntos convexos sin o proprio plano equslquersemi-plano. Mostre que a intersecio de dos semi panos 6 um eonvexo, 7. Mostre que a intersogio de semi-planos é ainda wn conven. Most, eaibinda umn contea-exemplo, que w unit de convexas len x0 tn cee, 9. Tide pontos no colineares determinam trés retas. Quantas rotas sio'determinadas por quatro pontos sendo que quaisquer tsi deles sito nko colinestes? 10, Repita o exereicio anterior para o caso de 6 pontos Pronuenas 1. Discuta a seguinte questo utilizando apenas os eonhecimen- tos geométricos estabelecidos, até agora, nestas notas: “Hxistem rotas que nio se intereeptam?™ 2. Prove que, se wma reta intereepta um lado de um trfingulo fe no passh por nenhum de seus vérsiees, entio eln intercept também um dos ottor dois Indos. 8. Repita o exerccio 2 pata o caso de 3 ¢ 6 retes. Faca uma ‘onjectura de qual sera a resposta no caso de n retas. 4. Mostre que nio existe um exemplo de uma “geometria” com 6 pontos, em que ream vélidos 68 axioms Ie Ize em que todas os retas tena exatamente 3 pontos, 5. SoC portence a Say oC # A, mostre que: Say Sac, ue HOC Sap eque Ag BC. 6. Demonstre que a interseglo de convexos ainila wm convexo, 7 Mostre que wn tridngulo separa plano em diss repiSes, ume Has quais 6 convexa. S. Generalize os exereicios 11 @ 12 para o caso de pontos 3. Podem existir dois sogmentos distintos tendo dois pontos em ‘mim? B tendo exatamente dois pontos em comm? ‘Commwrénio Para se aprender jogar slgum jogo, tel eomo damas, fro, xadrea, ete., temos que, inieialmente, aprender as suas regras, ‘Um pai tentando ensinar seu fiho a jogar demas dra algo como: “Bate 6 o tabuleiro de damas © estas sfo as pedras com que 80 Joga", "Sio 12 pare cada jogador", "As pedras sio arrumadas no tabuleiro assim", e arrumeré as podvas para o filho. Af jé tera recebido uma enxurrada de perguntas do tipo: “Por que as podras 6 ficam nas casas pretas?”, “Por que 36 sio doze pedras?”, "Eu acho mais bonitas as pedvas brancas nas easas prelas e as protas nas casas brancas, por que néo 6 assim”, etc ‘Todas estes perguntas tém uma inica resposte: Porque esta 6 uma das regras do jogo. So algums delas for alterada, 6 jogo resultante, embore possa ser também muito interessante, no seré mais um jogo de damas. Observe que, ao ensinar um tal jogo, voct diftetimente Aeterseia em descrover o que sio as pedras. O importante sio fas rogras do jogo, isto 6, « mancira de errumar as pedras no ta- Tbulero, m forma de mové-lss, « forma de “comer” uma pedra do adversitio, ete. Qualquor crianca, apés dominar 0 jogo, im ‘roviaraé tabuleitos com riscos no cho © wtilizaré tampinkas de sgarrafa, botées, cartes, ote., como podras. Ao eriar-se um determinado jogo é importante que suas regias sejam sufclentes e consstentes. Por suflciente queremos dizer que as regras dove estabelecer © que é permitide fazer em qualquer situngio que posta vir a ocarrer no desentolar de uma partida do jogo. Por consistente queremos dizer que as regras no dover contradizer-se, ou ma aplieagio levar a situagdes contr itn + anowas a october ® onDeM " Geometris, como qualquer sisters dedutivo, & muito pare ida com um jogo: partimos com un certo eonjunto de elemen- tos (pontos, retas, planos) ¢ & necessério accitar algumas regras Iésieas que dizem respeito bs relagSes que satisfazer ents elemen 108, 8 quais sho chamadas de axioms. O objetivo inal deste jogo 60 de determinar as propriedades das figuras planas dos séiidos no expago. Tais propriedades, chamadas Teoremas on Proposicées, ever ser dediridas somente através do raciocinio légico a partir dos ‘axiomas fixedos ou a partir de outras propriedades 56 estabele- dda. De fato, existem varias geometrias distintas dependendo do conjunto de axiomas fixado. A geometria que iremos essudar: nestes notes & chamada de Geometsia Bucldiana, em homenagem f Buclides que a desereven no sou livre, denominado “Blementor™ caPiruLo 2 AXIOMAS SOBRE MEDIGAO DE SEGMENTOS: © instrumento utiizado para medi comprimento de seg- rmentos & a régua grachiada. Na figura sbaixo 0 segmento AB rede Sem, 0 sexmento AC mede Sem, ©.0 xegmento HC mede Bem, Observe que 20 ponto B, corresponde (na végus) o mimero 9 ¢ x0 onto C, 0 nimero 8. A medida do segmento BC é obtida pela iferenga $~3 = 5, f elaro que « régua poderia ter sido colocada fem muites outras posigées e mimeros diferentes corresponderiam ‘208 pontos B @ C. No entanto, em cada caso, a diferenga entre les seria sempre 5 que &n media do sogmento BC. Estes fatos siointroduzidos em nosea geometria através de Axioma TIT). A todo par de pontos do plano corresponde um tnkmero maior ot igual a zero, Este nvimero & gore so € 85 80 08, ontos sto coincidentes. 0 niimero a que se rferw este axioma 6 chamado de disténcia centre of pontos ou & referido como © comprimenta do segmento dloterminado pelos dois pontos. Hsté implfcto no enunciado do ssxioma, « escolha de ume unidade de medida que seré fixada de agora em diante ao longo destas notas. Axioma IIIz. Os pontos de wma rota podem sor sempre coloca- {dos em correspondincia biunivoca com os niimeros reais, de modo ‘que. diferenga entre estos mimeros mega a distancia entre os pon- tas correspondents. Este axioma bem poderia reesber 0 apelide de axiome da “régua infinita” pois, a0 estabelecer a correspondénecia biunivoca centre o8 mimeros ress eos pontos da rela, a préprie reta torne se ‘como que uma régua infinite que pode ser usada pare medir 0 comprimento de segmentos nela conti. ‘Ao aplicarmos este axioma, © nimero que corresponde tum ponto da reta é denominado coordenada daquele ponto. Do acordo com 0 axioma Il; 0 comprimento do um mento AB 6 sempre maior do que zero. Assim, se a e b aio as oordenadas das extromidades deste segmento,o seu comprimento seri a diferenga entre o maior ¢ 0 menor destes niimeros. Isto & ‘quivalente a tomar-se a diferenga entre @ ¢ bem qualquer ordam «, em soguida, eonsiderar 0 sou valor absoluto. Nés indicaremos 0 comprimento do segmento AI pelo simbolo AZ. Portanto WB =~ Axiom ID |. So.0 ponto C encontra-se entre A ¢ B entio Com # introdueio dos axiomas Ih, Illz € Ills, pedemos relacionar a ordenacio dos pontos de ums rela, introdusida através ‘dos axiomas Il e Hp, com a ordem dos nimeros reais. Os niimeros reais sio ordenados pola relagio “menor do que” (ou pola relagéo “maior do que"), e faz sentido dizer-se que um niimero ¢ esté entre dois outros «eb, quando ocorre ac e 0, 1) Para qusisquer dois pontos A eH do plano, te Além disso, AB =0 se e somente se A= B. 2) Para quaisquer dois pontos A ¢ B terse que AB = BA. ‘Uma outra importante propriedade da distineis é a desigualdade triangular 3) Para quaisquer tes pontos do plano A, 8 eC, tem-se AC < ‘AB + BC. Igualdace ocorre se ¢ somente se C partence 80 intervalo AB, asta desigqualdade ser demonstrada no capitulo 5 (veja 0 veorema (G.10)) como conseqiincia dos 4 primeitos grupos de axioms 2.6 Definicfo. Seja A um ponto do plano e + um nimero real positive. O eiteulo de centro A e raio r & 0 conjunta constivaide por todos os ponter i do pli txis que ATP OO. 18 uma comeaitincia do axioma Ig que podemos tragar vam eeno com qualquer centro e qualquer raio. ‘Todo ponto C que entisiar » desigualdade AC < r 6 dito ‘estar dentro da cireulo, Se, ao invés, AC > r, entio C 6 dito estar fora docireulo, O conjunte dos pontos que estio dentro do efreulo G chamado de disco de raio re centro A. também ema conseqiéneia do axioma Ilp que © seg: tonto de rela ligando «um ponto de dentro do efreulo com wm onto fora do mesmo tem wm ponto em comum com o efreul, Expnefctos 1 tandoos, sabende que AH 1. Faga um desenho represen 3,d0 = 20 BO =, 2. Repita o exercicio anterior, eabendo que © esté entre Ae B equ AB=TeAC=5, 3, Desenhe uma reta © sobre ela marque dois pontos Ae B Suponha que a coordenada do ponto A seja zero e a do ponto B soja um. Marque agora pontos cujas coordenadas sio 3, 5, 5/2, 1/8, 3/2, 2, -1, -2, -5, -1/8, -5/8 4A. Sojam Ai e Ap pontos de coordensdas 1 ¢2. Dé a coordenada, do ponto médio As do segmento yA. Dé a coordenada do ponto médio Ag do segmento Az4s. Dé a coordensda As do ponto médio, do segmento AsAq 5. Prove que, se f = § entio yeah oe f=8 Deaces PEs ogo od 6. Sep € ponto de intrsegio de ereulos de rai re contros em Ae, mosire que PA~ PB: folk 7. Usando régua e compasso, desereve um método para cons- truco de um trngulo com dois lados de mesmo comprimente. (Um tal triingulo 6 chamado de tringulo isdseees). 8. Deserova umm método pars construcio de um tréngule com o2 tid ladow de metmo comprimento. (Um tal tringulo é ehamado dle tid eilatero) 9, Mottre que, sea < bentio @ < (a +8)/2 0b > (a+2)/2. 10, £2 possivel desenharse um trngulo com lados medindo 3, 8 os? 11, 0 freulo de raio ry centrado em A intercopta 0 efrelo de ‘aio r centrado em em exatamente dois pontos, O que se pode firmar sobre AB? 12, Considere um efeulo de raia r e centro A. Sojam B eC pontos deste eireulo. 0 que se pode afirmar sobre o triangulo Apc? 13, Considere um cireulo de raio + e centro O. Seja A um onto deste ciclo eseja B um ponto tal que o triangulo OAB é ‘caiilatero, Qual 8 posi do ponto B relativamente ao eireulo? 4, Dai ereulos de mesmo raio © centros A e B se interceptam, «em dois pontos Ce D. O que pode ser afirmado sobre os tringulos ‘ABC © ACD? e sobre o quatrilétero ACBD? Paowuenas 1, Dado wm segmento AB mostre que existe, e étnieo, um ponto C entre A e B tal que (AC/BC) ~ «, onde a 6 qualquer real positive, 2. Desereva um método para obter uma bow aproximagio do ‘comprimento de um eireulo, 3. Prove a soguinteafirmagio feta no texto: 0 sogmento de reta Tigendo um ponto fora de um cirenlo com wm ponto dentro do mesmo, tem um ponto em comm com 0 eile, 4. Dados dois pontos Ae B e um ni AB, 0 conjunto dos pontos C satisfazendo a chatnado de elipse. Estabeleca of eonccitos de regio interior de regio exterior a uma elipse. 5. Um conjunto Af de pontos do plano 6 Himitado se existe um cireulo C tal que todos os pontos de M entio dentro de C. Prove que qualquer conjunto finite de pontos ®limitado. Prove também ‘ive segments s80 limitados, Conelia o mesmo resultado para trimgulos. 6. Prove que a unio de uma quantidade finite de eonjuntos lim tados 6 ainda um eonjuntolimitado. 7. Mostze que dado um ponto P eum conjunto limitade Mf, enti existe um disco com centro em P que contim M. (Ob- servacio: estamos admitindo n validade da desigualdade tring lar) 8. Prove que as tetas aio conjuntosiimitacts, (Stgestio: se probe 7.) Comex rénto ‘As primeiras noes geométrieas surgiram quando o homer vin-se compelido a efetuar medidas, ito &, x comparar distincias ‘va determina as dimensoes con corpos que 6 zodeavar, Fapeios, [sitios ¢ Babilnis j conheciam as principals figuras geométrieas ‘va nogBes de fngulo que wsavam nas medidas de dea # na As- A maior parte do desenvolvimento da Geometra resultow los esforgas feito, através de muitos séenlos, para construir-se um corpo de douitrinn Idgiea que eortelacionasse os dads peométricos ‘htidos da observagio « medida, Pelo tempo de Buclies (crea tle 300 a.C:) a eiéneia da Goomettis tinha aleangado um estégio, hem avangado, Do material acumulado Huelides compiou os seus lementos", um dos mais novéves livros ja escrito. ‘A Gecmetria, como apresentada por Buelides, foo primeira sistema de idéine desenvovido pelo homem, no qual wmas poneas ‘firmagdes simples sfo admitidas sem demonstrasio # entio uti- lizndas para provar outras mais complexas, Um tal sistema 6 shamado dedutivo, A beleza da Geomelsia, como um sistema de ‘intivo, inspirow homens, das mis diversas droas, a organizarem ‘as idias da mestna forma, Sio exemplar disto 0 "Principia" de Sir Isage Newton, no qual ele tenta apresentar @ Fisiea como um, sistema dedutivo, ¢ « “Eties” do filésofo Spinoza CAPITULO 3 AXIOMAS SOBRE MEDICAO DE ANGULOS. 3.1 Definigio. Chamamos de dngulo a figura formada por duss semi-retas com a mesma origem, Figur [As semi-retas sio chamadas de lados do angulo ¢ a origem, comum, de vértice do angulo. Um angulo formado por duas semi- rotas distintas de uma mesa reta é chamado de éngulo ruse. Existem virias manesras distintas de representa tim Angulo, Por exemplo, oanigulo da figura (8.3) podle ser designado por BAC 08 por CAB. Ao utilizarmos este notacio, a lotra indicative do vértice deve sempre aparecer entre as outras dus, as quais repres ftentam pontos das semi-retas que formam 0 angulo. Quando nenhum outro Angulo exibide tem o mesmo vértiee, pode se usar apenas a letra designativa do vértice para representar Angulo, Por exemplo, © émgulo da figura (8.8) poderia ser re= presentado simplesmente por A. Ex qualquer dos dois easos eon siderados a letra designativa do wértice levars sempre um acento cireunflexo. ‘Também é comum a utilizagio de letras gregas par representagio de ngulos. Neste caso é conveniente escrever a le= txa designativa do Angulo préximo do seu vértice, como indieade na figura Os fngulos sio medidos em grav com 0 anxiio de wm ‘ransferidor. Na figura seguinte, 0 ingulo BAC mede 20° (vine rau), Observe que, de maneira anéloga a0 que acorte to caso da medic de segmentos, o transeridor pode ser colocado de vétias maneiras cliferentes, no entanto, o valor da medida do ingulo BAC sera sempre 20°, Figorsss A manera de introduaie» medlicio Ue angulos na yeometria 6 através dos exiomas apresentados a seguir. Observe que cles ‘ém onunciador semelhantes aos dos axiomse sobre medigio de sogmentos. Axioma I1ly. Tado Angulo tem uma medida maior ou igual a zero, A medida de angulo 6 zero so somente se ele 6 constituide ‘par dias semi-retas coincidentes Para faciitar 0 emuncado do préximo axioma, vamos dar 4 seguinte definigs: 8.2 Definigio. Diremos que wma semiretn dive wm semi-plane se ela estiver cntidla no semi-plano e sua origem forum ponto da eta que o determina Axioma Ty. posse colocar, em correspondéncia biunivoca, (0s niimoros reais entre ero ¢ 180 6 as semi-retas de mesinaorigem ‘que dividem um dado semi-plano, de modo quo a diferenea entre ‘te nimeras soja a medida do dngulo formado pelas sami-rotas connspondentes, ‘Ao fazermos tal correspondéncia chamamos © mimero que corresponde a une dada semireta de coonienada da semi-reta. Na Fiqura (8.6) acima, a semireta Soa tom coordenada 60, a serni- rela Soy tem coordenada 125. De arordo com 0 axioma IIIs a todida do fingulo AOB 6 125.60=65. Este 6 um fato geral. Se ‘40 forem coordenadas dos ladon do angulo AOE, entio Ja ~ 6] a medide deste Angulo. Indiearemos um Angulo e'a sun medida pelo mesimo simbolo, Assim esereveremos de tima mancira geval 468 |a-3) para signifiear que Ja ~b] 6 a medida do fingulo AOB. Observe (que as remi-retas que formam wn aniguo raso serio sempre ni: rmeradas por 0 © 190 sendo « mecida de tais rgulos sempre 180° 8.8 Definigao. Seiam So4, Sop © Soo semivretas de mesma. origem. Se 0 segmento AB inlerceplar Soc diremor que Soc divide © angulo AOB, Axioma Illy. Se uma semiseta s enti ‘oc divide um angnlo ADH, AOB = Adc + COB. 3.4 Definigio. Dois angules sio ditos suplementares so a soma e suas medidas 6 180°, O suplemento de win fingulo 6 0 angle adjacente oo Angulo dado obtide pelo prolongamento de um de seus laos. Few? ‘Belaro que um angulo e seu suplemento sio ingulos suple- rentates, E também evidente que, se dois angulos tem a mesma, medida, ento o mesmo geome com seus supleentos ‘Quatde dus rtasdistints se intereeptam,formam-s qua ‘sp ngulos, como indicado na figura abaixo, Os ingulos AOB « DOC sko opostos pelo értice. Do mesmo mode o si os angulos AD © BOC. 8.6 Proposigio. Angulo opostos pelo vertice tim a mesma me- dida, Prova. De ato, se AOB e DOC sto ingules opostos polo vértica, ‘ntdo eles tim © mesmo suplemento: AOD. Logo AOB + AOD ~ 180° Doc + AbD = 180" Portanto AOB = 180° - AOD = DOC. 8.6 Dofinigdo. Um ingulo cuja medida 6 90° é chamado dnguto B claro que o suplomente de um angulo reto & também wm Angulo reto, Quando das rotas se interceptam, so um dos quatro ngulos formadios por elas for roto, entéo todos 6s outros também, fo sero, Neste caso diremos que as retas sio perpendicuares, 3.7 Teorema. Por qualquer ponto de wma reta pasen uma tniea perpendicular a esta reta Prova. (Bristincia). Dadla uma reta m © um ponto A sobre la, as duos semi-retas determinadas por A formam um angulo ‘ago. Considere um dos semi-planos determinados pela eta m. De acordo com 0 axioma IIIs, entre todas a semi-retas com origem ‘A, que dividem o sera-plano fixado, existe uma euja coordenada ferd.0 nimero 99. Esta semi-rets forma, com as diss semiretas eterminadas pelo ponto A sobre a ets m, Angulos de 90°. Por tanto ela é perpendicular a reta m. (Unicidade). Suponha que existissem duas retas » © n! passando pelo ponto A e perpenciculanes a m. Fixe um dos semi- planos determinados por m. As intersegies das retas m1 com ‘este semi-plano sio semi-retas que formam um angulo a e, como tua figura abaixo, formam outros dois angulos © 7 com as sem retas determinadas pelo ponte A na reta m. Como n n' s30 perpendiculares a mento = ‘outro lado, devemas ter a +--+ = 180°, Logo a ne»! coinccem, 1, Mestre que se um diguloce st suplemanto 1 sla entao o Angulo € ret 2 Um dngulo @ chamado aguéo se mee menos de 90°, © & chomado obtuso se mede mais de 90°. Mostre que o suplemento slo um angulo agudo 6 sempre obinso, 4 Use um transferidor e desenhe angulos de 45°, 00°, 90%, 142°, 15,5° @ 38° 4. Dois ngulas sio ditos complementares so sua soma 6 um ‘ngulo reto. Doie angulos so complementares © o suplemento flo um deles mede tanto quanto 0 suplemento do segundo mais 30%, Quanto medem os dois angulos? 5. Uma poligonal é uma figura formada por wma seqiéncia de pontor A1,Ag,-.. Aye pelos segmentos Avda, A243, Aga, An-i4n- Os ponlos sia 0s vérticrsda poligonal 0 segmentos 80 fs seus lados, Desenbe a poligonal ABCD sabendo que: AB = TE =D = 2m, ARC = 120° ¢ BED = 100". 6. Um potigono 6 uma polizonal em que as seguintes 3 eondigfes so satafetns: a) Ay = Ay, ) 0s lados da. poligonal se intereep ‘am somente em suas extremidades © c) dois Iados com mesma extremidade nio pertencem a uma mesma reta, Das 4 figuras, sequintes, apenas duas so poligonos. Determine quais so elas. ‘Um poligono de vértions Aiy Aay.+s Ayia = Any seré represen tnd por ArAzdAs,.+. Ans Ble tem m lndos,n vértices en angus, T._Dewene um potigono de 4 indos ABCD tal que AB = BO UD = DA ~ tem, com ABC = ADC ~ 100° e com HED nap =a. 8. O segmento ligand vértces no consceutives de um poligono 6 cuamado uma diagonal do poligono. Faga o desenho de um poligono de sts Iados. Em soguida dacenhe todas as suas dingo- nals: Quantas diagonals teré um poligono de 20 lados? B de n lados?| 9. Um poligono 6 convezo xe esté sempre contido em um dos semi-planos determinados pelas retas que contgm os seus laos. [Na figura seguinte o poligono (a) &canvexo e o (b) &no convexo, Voligonos convexos recebem designagiesespeciais. Sto as seuintes ts designagies dndas a estes poligonos de seordo com seu nero se lados, até 10 laos n° de lados | nome do polfgono convexo 10. Descreva um método, em que se faga uso apenas de um compasso ¢ de uma téyus no numerada, de construsao de um, ‘quadilitero com o¢ quatro lados de mesimo compriment. Es tenda seu miétodo para o easo de 5 lados Pronuewas 1. Dado wm ngulo AOB morte que existe uma nica sem rela Soc tal que AOC bnsstrs do ingnto AOR COB. A semi-ela Soc & chamada de 2. Moste qe as bissetriens d izes de um ingulo edo seu suplemento io perpenliclares, . Dado um ingulo AGB eum nimero real postive a,0 e BAD > 6. Vamos iniialmente provar que BAD > i. Para isto eonsidere o ponto médio # do Sogmento AB. Figura Na semi-reta Sop, marque um ponto F tal que CB = BP, Trace AF. Compare os triéngulos CEB © FAE. Como BE = AB G6 que £ 60 ponto médio de AB), CE = EF (por construgéo) © BEC = ABP (por serem opostos pelo vértice), segue-se que BEC = ABP. Consequentomente 5 = BAF. Como a semi eta Sap divide 0 angulo BAD, entéo BAF < BAD. Portanto 4B < BAD. Deixames a cargo do leitor prova de que BAD > €. 8 Proposiglo. A soma das medidas de quaisquer dois angulos internos de um tridagulo & menar do que 180. Prova. Scja ABC um triéngulo. Vamos mostrar que B+ 6 < 180°. Sea 0 0 angulo externo deste triangulo com vértice em C. Pela proposigéo anterior vemos que ooB Como 0 e G sio suplementares, entio 6 4G = 180°, Portanto, Bre core = 10" 4 Corolirio. Todo tridngulo possui pelo menos dois ngulos internos agudos. Prova, De fato, se win tiingulo possuisse dois ingulos no age dos, sva soma serin maior ou igual a 180°, 6 que ndo pode ocorrer do acordo com a proposigio anterior 5.5 Corolério, Se duasretas distintas m en sio perpendiculares, ‘uma terceira,entio me 0 nio se intereeptam. Prova, Se m e n se inter- ceptassem formar-sein um ‘ingle com dois angulos aa retos, 0 que 6 absurde pelo corolétio anterior of : 5.6 Definigdo, Duss reias que nio se intercaptam so ditas pa rela : ‘A proposigo soguintefornece um método de construsio de retas perpendiculares. Como conseqincia da proposigéo acim, ‘ste método pode ser ullizado para construgio de retas paralelas 5.7 Proposigio. Por um ponto fora de uma reta passa uma 6 somente uma reta perpendicular « rete dada. Prova. (Evisténcia). Seja m uma retae A um ponto fora deste reia, ‘Tome sabre m dois pontar i e C distintos. “Trace AB. Se AB jé & perpendicular a m, terminamos a construgao. Caso ‘contrério, considere, no semi-plano que nfo contém A, Uma semi- feta com vértice Hf formando com Sic um éngulo congrucnte 8 onto A’ tal que Ha’ = BA. O ABC. Nesta semi-eta tome 1

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