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DOI: 10.1590/1413-81232020252.

12052018 575

Idosos vivendo com HIV – comportamento e conhecimento

revisão review
sobre sexualidade: revisão integrativa

Elderly people living with HIV - behavior and knowledge about


sexuality: an integrative review

Rosaline Bezerra Aguiar (https://orcid.org/0000-0002-4299-7035) 1


Márcia Carréra Campos Leal (https://orcid.org/0000-0002-3032-7253) 1
Ana Paula de Oliveira Marques (https://orcid.org/0000-0003-0731-8065) 1
Kydja Milene Souza Torres (https://orcid.org/0000-0001-5258-8780) 1
Maria Tereza Dantas Bezerra Tavares (https://orcid.org/0000-0002-9773-1963) 1

Abstract The scope of this study was to identify Resumo O presente estudo teve como objetivo
and analyze the scientific production on beha- identificar e analisar a produção científica acerca
vior and knowledge about the sexuality of elderly do comportamento e conhecimento sobre sexua-
people living with HIV. An integrative review of lidade de idosos que vivem com HIV. Realizou-se
scientific articles indexed in the Lilacs, IBECS, uma revisão integrativa de artigos científicos in-
Medline, BDENF, PubMed and Scopus (Elsevier) dexados nas bases de dados, Lilacs, Ibecs, Medline,
databases was conducted, considering publica- BDENF, PubMed e Scopus (Elsevier), conside-
tions from January 2007 to December 2016, using rando publicações a partir de janeiro de 2007 a
the following key words: knowledge, behavior, dezembro de 2016, utilizando os seguintes descri-
sexuality, Elderly, HIV/AIDS. Of the 1493 arti- tores: conhecimento (knowledge), comportamen-
cles located, 11 were included because they met to (behavior/behaviour) sexualidade (sexuality),
the inclusion criteria and were analyzed through idoso (Elderly), HIV/AIDS. De 1.493 artigos en-
two instruments: Critical Appraisal Skill Program contrados, 11 foram incluídos por preencherem
(CASP) and Agency for Healthcare and Research os critérios de inclusão e foram analisados através
and Quality (AHRQ). The data suggest that HI- de dois instrumentos: Critical Appraisal Skill Pro-
V-positive elderly people are sexually active and gramme (CASP) e Agency for Healthcare and Re-
are involved in risk behaviors of virus transmis- search and Quality (AHRQ). Os dados sugerem
sion. It transpires that there is a limited scientific que os idosos HIV positivo são sexualmente ativos
production regarding the behavior and knowledge e estão envolvidos em comportamentos de risco de
about sexuality among elderly people living with transmissão do vírus. Percebe-se que existe uma
HIV. The conclusion drawn is that the study may produção científica limitada em relação ao com-
contribute to the improvement of public health portamento e conhecimento sobre sexualidade en-
policies that promote the approach on sexuality tre os idosos que vivem com HIV. Conclui-se que
among elderly people, as well as the emergence of o estudo poderá subsidiar políticas públicas em
new questions regarding this issue. saúde que valorizem a abordagem sobre sexuali-
Key words Knowledge, Sexuality, Elderly, HIV, dade na terceira idade, assim como a realização de
1
Centro de Ciências da Aids novos questionamentos no tocante a esta temática.
Saúde, Universidade Federal
de Pernambuco. Av. Prof. Palavras-chave Conhecimento, Sexualidade,
Moraes Rego 1235, Cidade Idoso, HIV, Aids
Universitária. 50670-901
Recife PE Brasil.
rosaline-rosa@hotmail.com
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Aguiar RB et al.

Introdução maior suscetibilidade à infecção e adoecimento


da população10.
A sexualidade é uma das necessidades básicas do O modelo ideológico que representava a aids
indivíduo e deve ser vivenciada em sua plenitu- como uma doença associada a um “grupo de ris-
de. Ela está presente em todas as fases da vida do co” aumenta a vulnerabilidade individual, pois
ser humano. Dessa forma, a satisfação que é al- faz com que várias pessoas não se sintam suscetí-
cançada através do exercício da sexualidade não veis ao HIV, desprezando a prática de sexo seguro
desaparece na velhice1. Historicamente a sexua- e informações importantes sobre essa doença11.
lidade dos idosos tem sido negada, entretanto, o Atualmente, a aids se distribui em toda a popu-
registro crescente do número de pessoas idosas lação, e sua vulnerabilidade tornou-se condicio-
contaminadas pelo HIV mostra a necessidade de nada a comportamentos de risco dos diversos
se discutir sobre esse assunto2. grupos populacionais12.
Inicialmente, apenas homossexuais foram O estudo dos grupos populacionais e suas
diagnosticados com HIV; em seguida, passou a vulnerabilidades são fundamentais, visto que
ser detectado nos usuários de drogas injetáveis, são fatores diretamente relacionados à realidade
nos bissexuais e heterossexuais3. No que se refere epidemiológica atual. Assim, o grupo de homens
aos idosos, no começo da epidemia da aids, pra- representa a maioria dos casos de aids no país13,14;
ticamente não foram acometidos. Nos primeiros com destaque para os homens jovens, que são
cinco anos da epidemia no Brasil, apenas quatro considerados mais vulneráveis em relação aos
casos foram diagnosticados em pessoas com 60 adultos15,16, sendo observado o aumento de inci-
anos ou mais4. dência de HIV entre estes indivíduos14,17.
Diferentemente, na segunda década (1990- Em relação ao grupo de mulheres, o aumento
2000), a aids passou a representar outro padrão do número de casos ocorreu em todas as faixas
epidemiológico em muitos países, inclusive no etárias, em um processo conhecido como femi-
Brasil. Dessa forma, avançou entre os heteros- nização da aids, no qual a razão entre os sexos
sexuais, intensificou a feminização, juvenização, evoluiu, passando de 14,0 homens por mulher,
interiorização, pauperização e a transmissão ver- no ano de 1982, para 1,7 homens por mulher, em
tical, com progressão também entre os idosos5. 201112. Com relação ao grupo das pessoas idosas,
Segundo dados do Boletim Epidemiológico que cresce com o envelhecimento da população
de 2010, a forma de transmissão predominante brasileira, ocorre um aumento na incidência de
do HIV é por via heterossexual, tanto no sexo casos de infecção por HIV, em detrimento à es-
feminino (90,4% dos casos) como no masculi- cassez de campanhas de prevenção e estudos epi-
no (29,7% dos casos). Com relação à população demiológicos sobre sexualidade e HIV/DSTs na
idosa, a infecção por HIV, até a década de 1980, terceira idade13,18, somados à ampliação do perí-
tinha como principal fator causal a transmissão odo sexual ativo, processos fisiológicos do enve-
sanguínea; contudo, atualmente, o contato sexual lhecimento e aspectos comportamentais18.
é a principal causa6. Desse modo, a vulnerabilidade da pessoa ido-
Em contrapartida, as questões sobre saúde sa à infecção pelo HIV está relacionada com uma
sexual na velhice sempre tiveram baixa priori- variedade de fatores, os quais colaboram para
dade, tanto nas políticas públicas, quanto nas sua maior exposição19. Dentre esses fatores está
atividades e nas pesquisas, o que contribuiu para o aumento da prática sexual sem preservativo e
o surgimento de mitos e preconceitos em torno a utilização de medicamentos que melhoram e
da sexualidade na terceira idade7. A sexualidade prolongam a vida sexual20. Some-se a isto, a con-
na velhice ainda é um assunto pouco discutido fiança da mulher em relação ao parceiro, não exi-
no campo da saúde, pouco percebido e entendi- gindo o uso do preservativo, a falta de informa-
do pela sociedade, pelos próprios idosos e pelos ção sobre a doença de forma geral e a carência de
profissionais de saúde8. profissionais de saúde capacitados para perceber
Portanto, para se conseguir avançar na luta que o idoso está vulnerável ao HIV21.
contra a epidemia da aids se faz necessário en- No Brasil, o número de idosos infectados
tender a vulnerabilidade da pessoa idosa frente a pelo HIV vem aumentando a cada ano. Dados do
infecção pelo o HIV9. Assim, após maior clareza Ministério da Saúde (MS) mostram que, entre os
da epidemia e de seus aspectos biológicos, epi- anos de 1980 e 2000, o número de casos de HIV
demiológicos e psicossociais construiu-se o con- notificados em pessoas com 60 anos ou mais era
ceito de vulnerabilidade, que considera não só as de 4.761, enquanto que entre 2001 e 2016 esse
práticas individuais, mas também características número cresceu consideravelmente, chegando a
sociais, históricas e culturais, as quais acarretam 28.122 casos nessa população14.
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Este acréscimo está associado ao avanço das que apresentavam dados primários, qualitativos
tecnologias de diagnóstico e assistência em HIV/ ou quantitativos, coletados entre os idosos com
AIDS e à política brasileira de acesso universal à HIV (idade igual ou superior a 50 anos), que des-
terapia antirretroviral (TARV). A introdução da creviam o comportamento ou o conhecimento
TARV em 1996 promoveu uma melhor qualidade em relação à sexualidade, publicados entre janei-
de vida para as pessoas infectadas com HIV e foi ro de 2007 e dezembro de 2016, disponíveis na
um marco no combate à doença22. Assim, o au- Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a qual con-
mento da sobrevida causado pelo uso da TARV templa as seguintes bases de dados relacionadas
contribuiu para que muitas pessoas que vivem às Ciências da Saúde em Geral: Lilacs (Literatura
com HIV chegassem à terceira idade23. LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da
As questões apresentadas sobre o envelheci- Saúde), IBECS (Índice Bibliográfico Espanhol de
mento associado ao diagnóstico de HIV revelam Ciências da Saúde), Medline (Literatura Interna-
a complexidade e relevância desses eventos para cional em Ciências da Saúde), e BDENF (Base de
a compreensão do processo saúde e doença na Dados de Enfermagem). Também, buscou-se na
esfera individual, bem como no âmbito social. base de dados PubMed e Scopus (Elsevier).
Implementar ações que trabalhem com a ques- Foram excluídos os trabalhos que não con-
tão da sexualidade na terceira idade se tornou um templavam a temática estabelecida, publicações
desafio para as políticas públicas de saúde24. referentes a teses, dissertações, resumos de con-
Levando-se em consideração esses aspectos, gresso, anais, editoriais, comentários e opiniões,
faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas artigos de revisões de literatura, estudos que in-
que investiguem o comportamento e o conheci- cluíssem em sua amostra pessoas com idade infe-
mento sobre sexualidade em idosos que vivem rior a 50 anos e artigos publicados anteriormente
com HIV, contribuindo, assim, para o desenvol- a 2007.
vimento de políticas públicas e práticas de saúde Para busca dos artigos foram utilizados os se-
que garantam o aperfeiçoamento do cuidado em guinte descritores indexados aos Descritores em
relação à saúde sexual da população idosa, bem Ciência da Saúde (DeCS) e ao Medical Subject
como a desmistificação de mitos e preconceitos, Headings (MeSH) : conhecimento, sexualidade,
estabelecidos socialmente, acerca da sexualidade idoso, comportamento, HIV e aids. Como estra-
da pessoa idosa, colaborando para que esse pú- tégia de busca os descritores foram combinados
blico desfrute de uma vida sexual saudável25. por meio dos operadores booleanos (AND e OR).
Para avaliar a qualidade metodológica dos
artigos pré-selecionados, foram aplicados dois
Metodologia instrumentos: Critical Appraisal Skill Program-
me (CASP) e Agency for Healthcare and Rese-
Para a elaboração do estudo, optou-se pelo mé- arch and Quality (AHRQ). O CASP permite aos
todo de revisão integrativa por ser muito utiliza- pesquisadores avaliar a qualidade dos estudos
do na análise de conceitos, revisão de teorias ou quantitativos e qualitativos de maneira objetiva e
evidências e síntese do conhecimento sobre de- sistemática, além de ser de fácil operação26.
terminado tema, permitindo identificar lacunas O CASP propõe um checklist que auxilia na
que precisam ser preenchidas com a realização análise crítica dos estudos quanto ao rigor, à cre-
de novos estudos. Portanto, a construção dessa dibilidade e à relevância por meio de 10 itens:
revisão obedeceu as seguintes etapas: 1) elabora- objetivo claro e justificado; desenho metodológi-
ção da pergunta norteadora; 2) estabelecimento co apropriado aos objetivos; procedimentos me-
dos critérios de inclusão e de exclusão; 3) defini- todológicos apresentados; seleção adequada da
ção dos descritores, busca na literatura e coleta amostra; coleta de dados descrita; relação entre
de dados; 4) análise crítica dos estudos incluídos pesquisador e pesquisado; aspectos éticos; análise
e discussão dos resultados; e 5) apresentação da dos dados fundamentada; resultados apresenta-
síntese do conhecimento produzido26,27. dos e discutidos; importância da pesquisa28. Os
A seleção dos artigos ocorreu no período de estudos foram classificados segundo a pontuação
agosto a setembro de 2017, sendo norteada pela obtida na aplicação do CASP, sendo: 6 a 10 pontos
seguinte pergunta: qual a produção científica (boa qualidade metodológica e viés reduzido) e
acerca do comportamento e conhecimento sobre mínima de 5 pontos (qualidade metodológica sa-
sexualidade entre os idosos que vivem com HIV? tisfatória, porém com risco de viés aumentado)29.
Foram selecionados somente os artigos que O AHRQ é uma avaliação que classifica os
atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ar- estudos em seis níveis de acordo com o nível de
tigos publicados em português, espanhol e inglês, evidência: (1) revisão sistemática ou metanálise;
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Aguiar RB et al.

(2) ensaios clínicos randomizados; (3) ensaio clí- Discussão


nico sem randomização; (4) estudos de coorte e
de caso controle; (5) revisão sistemática de estu- Os principais temas exibidos pelos artigos foram
dos descritivos e qualitativos e (6) único estudo os seguintes: conhecimento sobre sexualidade na
descritivo ou qualitativo30. terceira idade, comportamento sexual, impor-
Para interpretação crítica dos artigos selecio- tância do sexo, adesão ao preservativo, consumo
nados procedeu-se à análise de conteúdo31, com de drogas e os fatores que afetam os relaciona-
a apresentação da síntese do conhecimento pro- mentos íntimos.
duzido exposta por meio de discussão textual. As Um estudo exploratório e de natureza quan-
categorias temáticas foram construídas a partir titativa realizado no Distrito Federal analisou a
dos conteúdos focalizados pelos estudos. questão da sexualidade de pessoas idosas com
diagnóstico positivo para o HIV32. Os entrevista-
dos descreveram a atividade sexual como sendo
Resultados um fator importante para manutenção da res-
posta sexual. 70% dos participantes relataram
Para a seleção dos artigos, foi realizado o cruza- que o abandono da prática sexual em idosos está
mento das palavras-chave, resultando o total de ligado diretamente aos fatores sociais e psicológi-
1493 artigos, dos quais 52 artigos foram retirados cos. Os autores destacaram o interesse dos idosos
para revisão de texto completo e apenas 11 ar- pela sexualidade e a importância desta para sua
tigos finalmente atenderam os critérios para in- qualidade de vida.
clusão na revisão (Figura 1). A amostra final foi Por outro lado, no ambulatório da Univer-
representada por 11 artigos, sendo 6 nacionais e sidade Federal de São Paulo (UNIFESP), um
5 internacionais. Na Tabela 1 é possível observar estudo descritivo, analítico e de corte transversal
a seleção e exclusão dos artigos conforme cada com uma amostra de 148 pessoas com 50 anos
base de dados. ou mais, avaliou o conhecimento e atitudes so-
Após a aplicação do CASP, foi possível cons- bre sexualidade em idosos com HIV/AIDS33. Os
tatar que os 11 artigos selecionados apresen- resultados demonstraram que o conhecimento
tavam uma boa qualidade metodológica e viés sobre a sexualidade no envelhecimento está di-
reduzido apresentando uma pontuação entre 6 a retamente relacionado ao sexo feminino, donas
10 pontos. A tabela abaixo (Quadro 1) faz uma de casa, pessoas viúvas e pacientes que apresen-
breve síntese das publicações que obedeceram tavam comorbidades associadas ao HIV. Com re-
aos critérios de inclusão. lação ao comportamento, as pessoas idosas com
Ao realizar a análise dos 11 artigos seleciona- maior escolaridade e que praticavam exercício
dos, foi possível observar que nos anos de 2007, físico foram as que apresentaram condutas mais
2012 e 2015 foram escritos 2 artigos por ano; nos favoráveis à sexualidade na terceira idade.
anos de 2008, 2010, 2011, 2013 e 2016 foi encon- Em um estudo posterior da Universidade
trada uma publicação em cada ano. Não foram Federal de São Paulo (UNIFESP) foi investiga-
encontradas produções com as características dos da a qualidade de vida de 201 idosos com HIV
critérios de inclusão nos de 2009 e 2014. Quanto relacionando ao perfil socioeconômico, conheci-
aos países de origem, a maioria das publicações mento e atitudes sobre sexualidade34. Observa-se
foi brasileira (54,5%), totalizando 6 artigos, 1 ar- que os resultados foram semelhantes aos do estu-
tigo publicado em Uganda (9,0%) e 4 artigos no do anterior. O conhecimento sobre a sexualidade
EUA (36,3%). na terceira idade foi maior entre as mulheres e
Quanto ao desenho metodológico dos artigos os idosos desempregados, enquanto no domínio
selecionados, a maior parte dos artigos utilizou atitudes os pacientes com maior escolaridade e
o desenho de estudo transversal quantitativo aqueles com idade inferior aos 60 anos foram os
(81,8%), sendo 3 com características analíticas e que demonstraram atitudes mais favoráveis à se-
6 com características apenas descritivas, apresen- xualidade no envelhecimento.
tando nível 6 na classificação da força das evidên- Também, constatou-se, através da pesquisa
cias de acordo com AHRQ. Também, foi identi- realizada no Hospital Presidente Vargas, em São
ficado que apenas 1 artigo apresentou estudo de Luís (MA), acerca do perfil comportamental de
coorte (9,0%), sendo classificado com nível 4 e idosos com HIV/AIDS35, que a maioria dos en-
somente 1 trabalho desenvolveu um estudo qua- trevistados apresentava vida sexual ativa e que
litativo (9,0%), obtendo nível 6 na classificação envelhecer não implicou estagnação da sexuali-
da força das evidências. dade. Quanto às práticas do sexo seguro, todos os
idosos referiram conhecer a camisinha, no entan-
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e

Figura 1. PRISMA Fluxograma do processo de busca e triagem dos artigos.

Fonte: Elaboração própria, 2017.

Tabela 1. Descrição dos artigos encontrados segundo base de dados.


Artigos pré-
Bases de dados Artigos encontrados Artigos excluídos Artigos inclusos
selecionados
Lilacs 160 8 5 3
Medline 714 22 18 4
Ibecs 58 6 6 -
BDENF 73 4 2 2
Scopus 216 5 4 1
PubMed 272 7 6 1
Total 1493 52 41 11
Fonte: Elaboração própria, 2017.

to, 38% mencionaram não saber usá-la e somen- pela crença da perda da ereção e da sensibilidade,
te um pouco mais da metade da população idosa à crença de que os relacionamentos afetivos ou
referiu usar a camisinha regularmente. monogâmicos conferem imunidade, porque tira o
Os idosos deixam de usar o preservativo por prazer e “quebra o clima”35. Esse tipo de comporta-
vários motivos, como: dificuldade para utilizá-lo, mento precisa ser modificado urgentemente, pois
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Aguiar RB et al.

Quadro 1. Distribuição dos artigos incluídos na revisão integrativa segundo título, autores, objetivos, principais
resultados, ano de publicação.
País /
Título Autores Desenho de estudo População Ano
idioma
Perfil da sexualidade de Andrade Pesquisa de campo Pessoas vivendo com 2016 Brasil/
pessoas idosas portadoras PBS; exploratória, de HIV, idade superior a Português
de SIDA/AIDS atendidas Benito LAO. natureza quantitativa. 60 anos.
em um serviço de saúde
do Distrito Federal.
Qualidade de vida, Okuno, Estudo epidemiológico Pessoas com HIV/ 2015 Brasil/
perfil socioeconômico, MFP, et al. transversal e AIDS, com idade a Português
conhecimento e atitude analítico, de natureza partir de 50 anos.
sobre sexualidade de quantitativa. .
“pessoas que vivem” com
o Vírus da Imunodeficiên-
cia Humana.
Sexual behavior of older Negin J, Estudo transversal Pessoas com HIV/ 2015 Uganda/
adults living with hiv in et al. descritivo, quantitativo. AIDS, com idade a Inglês
uganda. partir de 50 anos.
Perfil comportamental Serra A, Estudo epidemiológico Idosos diagnosticados 2013 Brasil/
de idosos com HIV/AIDS et al. transversal, descritivo, com o HIV, idade Português
atendidos em um centro de abordagem igual ou maior de 60
de referência. quantitativa. anos.
Intimacy and sexual Psaros C, Estudo qualitativo. Mulheres vivendo com 2012 Estados
decision making: exploring et al. HIV, idade igual ou Unidos/
the perspective of hiv superior a 50 anos. Inglês
positive women over 50.
Conhecimento e atitudes Okuno MFP, Estudo epidemiológico Pessoas vivendo com 2012 Brasil/
sobre sexualidade em et al. de corte transversal e HIV/AIDS, com idade Português
idosos analítico, de abordagem igual ou superior a 50
portadores de HIV/AIDS. quantitativa. anos.
Comportamentos em Lima TC, Estudo descritivo Pacientes 2011 Brasil/
saúde de uma população Freitas MIP. exploratório, com soropositivos para o Português
portadora do HIV/Aids. abordagem quantitativa HIV/AIDS, com 50
e corte transversal, anos ou mais.
Prevalence and correlates Golub SA, Estudo analítico Adultos vivendo com 2010 Estados
of sexual behavior and risk et al. transversal. HIV, com idade igual Unidos/
management among hiv- ou superior a 50 anos. Inglês
positive adults over 50.
Patterns and correlates Lovejoy T, Estudo descritivo, Adultos infectados 2008 Estados
of sexual activity and et al. abordagem pelo HIV com mais de Unidos/
condom use quantitativa. 50 anos de idade. Inglês
behavior in persons 50-
plus years of age living
with HIV/AIDS.
Comportamento sexual Bertoncini1 Estudo descritivo Adultos maiores de 2007 Brasil/
em adultos maiores de 50 BZ, Moraes transversal, abordagem 50 anos soropositivos Português
anos infectados pelo HIV. KS, Kulkamp quantitativa. para HIV.
IC.
Current sexual activity Cooperman Estudo de coorte Homens entre 50 e 80 2007 Estados
And risky sexual behavior NA, Arnsten prospectivo. anos, com ou em risco Unidos/
In older men with or at JH, Klein RS. de infecção pelo HIV. Inglês
risk
For hiv infection.
Fonte: Elaboração própria, 2017.
581

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a prática do sexo desprotegido dissemina o HIV, com uma frequência de atividade sexual entre 2 a
aumentando a contaminação nesta faixa etária. 3 vezes por semana. 49% dos participantes sexual-
Durante um estudo descritivo exploratório mente ativos afirmaram fazer usos de preservativo
de corte transversal sobre comportamentos de como estratégia de gerenciamento de risco.
idosos com HIV/AIDS, realizado na cidade de Observa-se que 45% dos participantes relata-
Campinas, no interior do Estado de São Paulo36, ram uso de drogas (álcool, maconha, estimulan-
os pesquisadores verificaram que o número de tes), destes, 36% referiram usar durante o sexo.
homens sexualmente ativos era maior do que o de Os homens homossexuais/bissexuais foram os
mulheres. A análise do comportamento de saúde mais propensos a reportar o uso de drogas duran-
identificou que poucos faziam uso de bebida al- te atividade sexual. As mulheres foram as que me-
coólica (12,8%), cigarro (3,7%) e drogas para es- nos apresentaram esse tipo de comportamento. O
timulação sexual (2,8%). Os autores concluíram consumo de substâncias psicoativas apresentou
que a população estudada era sexualmente ativa associação significativa com o comportamento
e que passou a utilizar preservativo nas relações sexual de risco, pois as pessoas idosas que men-
sexuais após o diagnóstico do HIV. cionaram estar sob efeito de drogas durante o ato
Em Santa Catarina foi desenvolvido um estu- sexual tiveram mais que o dobro de chances de
do a respeito do comportamento sexual em adul- praticar sexo sem proteção39.
tos maiores de 50 anos infectados pelo HIV37, no A intoxicação por uso de drogas é conhecida
qual os autores verificaram que 95,5% dos entre- por prejudicar o julgamento, aumentar a impul-
vistados referiram vida sexualmente ativa. Apesar sividade e dificultar a capacidade de negociar in-
de conhecerem e já terem usado preservativo, terações sociais, favorecendo, assim, a prática de
50% dos idosos relataram não usá-lo regular- relações sexuais sem preservativo40. Essas desco-
mente independente da soropositividade do par- bertas enfatizam a importância de avaliar e abor-
ceiro. Esse comportamento é muito preocupante, dar o uso de drogas entre os indivíduos idosos
pois mesmo sabendo que são soropositivos e que que vivem com HIV39.
podem transmitir o vírus, estes indivíduos prati- Ademais, em três áreas metropolitanas do
cam sexo sem proteção37. leste e meio-oeste dos Estados Unidos (EUA) um
Em Uganda, um estudo transversal e descri- estudo examinou os comportamentos sexuais em
tivo investigou o comportamento sexual de ho- idosos infectados pelo HIV com mais de 50 anos
mens (n = ​​ 42) e mulheres (n = 59) vivendo com de idade41. Dos participantes, 38% foram sexual-
HIV com mais de 50 anos em que foi constatado mente ativos nos últimos três meses, sendo a ati-
que apenas 14% das mulheres relataram ser se- vidade sexual mais comum em homens heteros-
xualmente ativas em comparação com 49% dos sexuais (72%). Uma porcentagem muito menor
homens38. Foi observado que a maior parte dos de homens homossexuais/bissexuais (36%) e mu-
idosos sexualmente ativos não usava preservativo. lheres heterossexuais (21%) relatou atividade se-
Nenhuma mulher com mais de 60 anos relatou xual. Entre as pessoas sexualmente ativas, apenas
ser sexualmente ativa, embora homens com mais 27% dos homens heterossexuais relataram uso ir-
de 60 anos tenham referido atividade sexual se- regular de preservativo em comparação com 37%
melhante aos homens mais jovens. dos homens gays/bissexuais e 35% das mulheres
Para a população masculina a atividade sexual heterossexuais.
foi vista como sendo muito importante, enquanto Igualmente, um estudo transversal investigou
que para as mulheres foi menos importante. Os a frequência de atividade sexual e os fatores as-
autores sugerem que este achado pode explicar, sociados ao comportamento sexual de risco en-
em parte, o menor número de atividade sexual tre 624 idosos, com ou em risco de infecção pelo
relatada pela população idosa feminina em com- HIV40. Os pesquisadores descobriram que apenas
paração com os indivíduos idosos do sexo mascu- 18% dos homens HIV negativos e 58% dos ho-
lino. Enquanto 30% dos participantes declararam mens HIV positivos usaram sempre preservativos
fazer uso de álcool, apenas 10% revelaram ter fei- com seus parceiros sexuais. Os fatores associados
to sexo sob influência de bebidas alcoólicas38. ao comportamento sexual de risco incluíram falta
Os Resultados obtidos através de uma pesquisa de infecção pelo HIV, uso de drogas e maior im-
em Nova York (EUA), que examinou a prevalência portância do sexo.
e correlação do comportamento sexual, risco se- Já em Boston nos Estados Unidos, um estudo
xual e estratégias de redução do risco comporta- qualitativo realizado com 19 mulheres com ida-
mental em adultos vivendo com HIV, com idade de superior a 50 anos (idade média = 56,79), que
igual ou superior a 50 anos39, demonstraram que vivem com HIV, identificou o que as mulheres
a maioria dos idosos apresentava vida sexual ativa, idosas pensam a respeito dos relacionamentos ín-
582
Aguiar RB et al.

timos42. A maioria das idosas expressou o desejo portamentos de risco de transmissão do vírus. O
de ter uma relação íntima com um parceiro, mas número de homens com mais de um(a) parcei-
descreveu múltiplos desafios para prosseguir com ro(a) sexual e com uma vida sexualmente ativa
um relacionamento. No geral, as mulheres des- é maior do que o de mulheres. Para a população
creveram uma sensação de desesperança acerca masculina, a atividade sexual foi vista como sen-
de estarem em um relacionamento íntimo. Este do muito importante, sendo que estes foram os
sentimento parecia ser alimentado pelo estigma, que mais apresentaram comportamento sexual de
preocupações sobre a imagem corporal e os dile- risco, demonstrando bastante resistência quanto
mas levantados pela divulgação da soropositivi- ao uso do preservativo.
dade para o HIV. O consumo de substâncias psicoativas e o fa-
O público feminino relatou que, por receio tor “maior importância do sexo” apresentou asso-
das reações dos parceiros, optavam por abster- ciação significativa com o comportamento sexual
se de relacionamentos íntimos em vez de lidar de risco. Esta pesquisa mostrou que os idosos que
com as possíveis repercussões da divulgação da vivem com HIV enfrentam barreiras significati-
infecção pelo HIV. As idosas sentiam que as mu- vas para manterem relações sexuais saudáveis en-
danças que ocorriam em seus corpos, agravadas quanto envelhecem, o que reforça a continuidade
pelos efeitos da TARV, as tornavam sexualmente de comportamentos sexuais de risco.
indesejáveis para um parceiro. As relações amo- Dessa forma, é importante entender que a
rosas são amplamente vistas como determinantes percepção de risco é diferente entre os grupos de
importantes da qualidade de vida, assim pessoas pessoas em suas diversas faixas etárias, motivadas
idosas com HIV precisam de apoio para lidar com pelos aspectos socioeconômicos, demográficos e
as preocupações relacionadas à imagem corporal culturais aos quais estão expostos. Logo, se faz ne-
e gerenciar a divulgação do diagnóstico para o cessário considerar o processo de adoecimento de
parceiro íntimo42. forma coletiva, compreendendo melhor como os
Os trabalhos incluídos nesta revisão foram determinantes sociais contribuem para a dissemi-
realizados em contextos socioculturais diversos, nação da doença.
abrangendo estudos nacionais e internacionais, A partir desta revisão foi possível observar
qualitativos, quantitativos e uma avaliação de que a produção científica em relação ao compor-
intervenção. Entretanto, apesar das altas taxas de tamento e conhecimento sobre sexualidade entre
prevalência do HIV em muitos países da África os idosos que vivem com HIV ainda é muito re-
subsaariana, onde a transmissão sexual é o modo duzida, o que ressalta a necessidade de pesquisas
dominante de infecção pelo HIV, apenas uma no tocante a esta temática para subsidiar e esti-
pesquisa acerca do comportamento sexual de mular o desenvolvimento de políticas públicas
idosos com HIV foi encontrada nesta região do que trabalhem a questão da saúde sexual na ter-
continente africano. ceira idade, com intuito de promover a partici-
À medida que a população de idosos que vi- pação destes idosos em práticas sexuais mais se-
vem com HIV se torna cada vez mais vulnerável e guras, tanto para manter sua própria saúde como
em crescimento, as ações de prevenção primária e para prevenir a propagação do vírus para outras
secundárias de redução de risco são urgentemen- pessoas.
te necessárias para ajudar a mitigar a propagação
do HIV39. Nesse sentido, a sensibilização dos pro-
fissionais da área da saúde com relação a vulne-
rabilidade do idoso ao HIV é muito importante,
para que as questões da sexualidade na velhice Colaboradores
sejam levadas em conta. Os achados deste estudo
sugerem que as ações de prevenção às IST/HIV/ RB Aguiar participou na concepção e delinea-
AIDS não só devem ser adaptadas à idade, mas mento do estudo, análise e interpretação dos da-
também ao gênero e orientação sexual com o in- dos, redação do artigo e aprovação final do ma-
tuito de reduzir efetivamente o comportamento nuscrito. MCC Leal participou do delineamento
sexual de risco entre a população idosa. e orientação da pesquisa, revisão crítica do texto
e aprovação final do manuscrito. APO Marques
participou da revisão crítica relevante do conte-
Conclusão údo intelectual e aprovação final da versão a ser
publicada. KMS Torres e MTDB Tavares partici-
Os dados sugerem que os idosos HIV positivo são param da redação e aprovação da versão final do
sexualmente ativos e estão envolvidos em com- manuscrito.
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