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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Química Farmacêutica

CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: QUÍMICA FARMACÊUTICA

NOME DO ALUNO: CAMILA ANDREO SILVA R.A: 2106430

POLO: EAD - POLO AQUARIUS DATA: 11 / 11 / 2022


RELATÓRIO DE QUÍMICA FARMACÊUTICA

INTRODUÇÃO:

Define-se a solubilidade de uma solução como a capacidade que um solvente


apresenta para dissolver uma determinada quantidade de soluto, existindo dois
grandes influenciadores nesse resultado que são: quantidade de solvente e a
temperatura. A temperatura é o único fator capaz de modificar a solubilidade de um
soluto em um determinado solvente sem que a quantidade deste seja alterada.
Baseado no princípio de que a solubilidade dos sólidos normalmente
aumentam com o aumento de temperatura, o método de purificação utiliza-se de tal
recurso para purificar um composto impuro num solvente, esse procedimento é
conhecido como recristalização.
Os fármacos de administração por via oral precisam realizar sua ação dentro
do organismo, sendo assim necessitam de uma absorção adequada para atingir seu
local de ação, atravessando a membrana plasmática.
Chama-se de lipossolúveis as substâncias que conseguem se dissolver em
gordura e hidrossolúveis as que têm mais facilidade em dissolver-se em água. Como
a membrana plasmática é rica em lipídios é importante que os fármacos sejam
lipossolúveis para adentrar melhor na membrana e hidrossolúveis para fluir pela
corrente sanguínea após sua absorção.
O coeficiente de partição, definido como a relação das concentrações das
substâncias analisadas, é responsável por calcular a facilidade de um fármaco
dissolver em meio aquoso e oleoso.

Caracterização físico-química de fármacos e o método de recristalização


(Aula 2 | Roteiro 1)

Objetivo: Estudar propriedades físico-químicas experimentais úteis na síntese de


fármacos.

Procedimento: Colocou-se 0,1 gramas do fármaco AAS em um tubo de ensaio e


em seguida adicionou-se 3 ml de solvente. Foi testada a solubilidade do fármaco em
diferentes condições e solventes, de maneira a chegar nos resultados expressos na
tabela abaixo:
Solvente Ácido Salicílico (AS) Ácido Acetilsalicílico (AAS)

Água fria Não solúvel Não solúvel

Água quente Solúvel Solúvel

Etanol frio Solúvel Não solúvel

Etanol quente Solúvel Solúvel

Éter frio Solúvel Solúvel

Éter quente Solúvel Solúvel

Clorofórmio frio Não solúvel Não solúvel

Clorofórmio quente Não solúvel Solúvel

Conclusão: Pode-se observar que a temperatura influencia na solubilidade dos


solutos em determinada quantidade e tipo de solvente.

Procedimento: A próxima atividade foi referente a recristalização de um sólido puro,


no caso o ácido acetilsalicílico. Adicionou-se 1 grama do fármaco em um béquer e
em seguida 30 ml de um solvente. A solução foi aquecida até a total solubilização e
filtrada ainda quente. A solução obtida foi posteriormente resfriada e observou-se a
formação dos cristais de ácido acetilsalicílico.

Conclusão: Conclui-se que a técnica para a síntese do ácido acetilsalicílico


mostrou-se simples e eficaz. Seu resultado de pureza infelizmente não pode ser
avaliado devido a problemas na medição da faixa do ponto de fusão da amostra.

Determinação do coeficiente de partição óleo/água do ácido acetilsalicílico


(Aula 1 | Roteiro 1)

Objetivo: Demonstrar a importância da determinação do coeficiente de partição


óleo-água nos produtos farmacêuticos.

Procedimento: Nesta etapa foram realizados 2 experimentos. O primeiro


preparou-se uma solução de 0,5 grama de AAS em 100ml de água. Após esse
preparo, retirou-se 20 ml da solução e adicionou 2 gotas de fenolftaleína (indicador)
para então ser titulada com uma solução de NaOH. O segundo experimento retirou
mais 20 ml da solução de AAS e adicionou 20 ml de éter dietético, o que ocasionou
2 fases na solução. Separou-se a fase aquosa em um erlenmeyer, adicionou 2 gotas
de fenolftaleína e novamente titulou com NaOH.
Conclusão: Pode-se observar que na primeira amostra onde continha ASS com
água utilizou-se de mais hidróxido de sódio em comparação a segunda amostra. Na
primeira utilizou-se de 5,2 ml de NaOH enquanto na segunda utilizou-se de 0,6 ml de
NaOH. Isso se deu pela diferença de pH de uma amostra para outra, já que na
segunda amostra, por conter moléculas de éter etílico, a mesma apresenta um pH
mais alto.

Calculou-se após o experimento, o coeficiênte de partição (P), sendo a reação:


1NaOH + C9H8O4 > NaC9H8O4 + H20

Primeira Titulação
1 L → 0,05 mol
0,0052 L → x mol
x = 0,00026 mol

Dessa forma, nos 20 ml da primeira solução havia 0,00026 mol de ASS, como a
equação da reação é 1:1 podemos concluir que havia também 0,00023 mols de
NaOH.

1 mol de ASS → 180,16 g


0,00026 mol de ASS → x g
x= 0,04684 g de ASS

Segunda Titulação
1 L → 0,05 mol
0,0006 L → x mol
x = 0,00003 mol

1 mol de ASS → 180,16 g


0,00003 mol de ASS → x g
x= 0,0054048 g de ASS

Concentração de ASS:
C= m/v
C= 0,0054048/0,02
C= 0,27 g/l na fase aquosa

Para calcular a concentração do éter, realiza-se a diferença entre as massa,


primeiramente: 0,04684 g de ASS - 0,0054 g de ASS = 0,04144 g de ASS. Tem-se
então que C= 0,04144/0,02 = 2,072 g/L na fase orgânica. Por fim, utiliza-se a
seguinte fórmula:

Coeficiente de Partição (P) = [ ] organica = 2,072 = 6,67


[ ] aquosa 0,27
BIBLIOGRAFIA:

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