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Podcast

Disciplina: Administração da produção


Título do tema: Planejamento e controle da produção e manufatura
digital
Autoria: Charlie Hudson Turette Lopes
Leitura crítica: Elaine Cristina Marques Esper

Abertura:

Olá ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre como algumas empresas
gerenciam seus estoques.

Primeiramente, seria legal você fazer uma reflexão sobre o termo estoque no
contexto de uma empresa ou indústria. O que ele significa para você?
Muito bem, possivelmente você deve ter pensado em algum bem físico, não
é mesmo? Quando vem a palavra “estoque” em nossas mentes fazemos um
link direto com materiais, insumos, peças, produtos. Lembrou de algo nesse
sentido?
Bom, realmente se formos conceituar “estoque”, esse termo é utilizado para
explicar como materiais excedentes são acumulados. Termos muito
empregados nas empresas são: “estoques físicos” e “inventários”.
Mas vamos pensar sob a ótica de um proprietário de uma empresa?
Imagine que uma pequena fábrica de meias possua estoques de matérias-
primas, sendo elas fios, embalagens, sacos plásticos, linhas, mas que
também, durante o processo, existam meias que iniciaram seu processo de
transformação e ainda não estão prontas (e quando digo prontas, digo
prontas mesmo, estando não só produzidas, mas embaladas, com a
qualidade revisada e disponíveis para os clientes comprarem). Esses itens
são chamamos de “estoque intermediários”, ou, no inglês: Work in process
(WIP). E, finalmente, imagine que exista também o estoque de produtos
finalizados.
Olha, nós nem falamos ainda dos estoques de materiais auxiliares (que
ajudam a transformar os produtos – uma agulha, por exemplo, na fábrica de
meias), dos estoques de manutenção...
Pense! Na ótica do proprietário estoque não é só um item excedente em sua
fábrica que foi armazenado em algum lugar: estoque é dinheiro parado!
Por exemplo, as montadoras de automóveis, por mais que possuam um
estoque mínimo de itens dentro de suas instalações, trabalham com sistema
just in time, que basicamente significa que recebem apenas os produtos que
precisam, na quantidade necessária e no momento correto. A consequência
disso para os fornecedores das empresas montadoras de automóveis é que
elas aumentam seus níveis de estoque, para sempre estarem preparadas
para atender aos pedidos de seus clientes (planejados ou urgentes). Há
ainda montadoras que apenas compram de fornecedores que estejam
instalados dentro de um raio de distância máximo de sua fábrica, mitigando
assim o risco de problemas que possam vir a ocorrer em transportes de
longas distâncias.
Se você tiver a oportunidade de fazer uma visita técnica a uma empresa,
treine seu olhar para identificar quais processos ou setores contém estoques.
E pergunte ao supervisor o porquê de a empresa utilizar essa estratégia.

Pode ser que essa empresa realmente precise armazenar itens para atender
algum pedido de última hora de um cliente importante...

Imagine que você possui uma pequena empresa e conseguiu fornecer seus
produtos para um grande supermercado da cidade. Se esse cliente te liga e
faz um pedido para ser entregue amanhã, você precisará atender ou será
facilmente substituído por um concorrente. Eles ditam as regras e você deve
segui-las para não ficar de fora do jogo. Nesse caso, será preciso que a
empresa realize um histórico de quais itens geralmente são solicitados e em
quais quantidades. Após confirmar essas informações, deixar sempre um
estoque mínimo para pronto atendimento.

Mas pode ser que a empresa esteja completamente desorganizada, que não
priorize corretamente a produção, ou seja, que produza itens que não são
demandados naquele momento pelo cliente. Isso é característica da
produção empurrada, quando se produz para estocar, e não para entregar
imediatamente.

As fábricas de automóveis geralmente produzem de maneira puxada, ou


seja, apenas quando há pedido firme por parte do cliente. Resultado:
produzem exatamente o que o cliente precisa, na quantidade correta e no
prazo adequado.

Sim, falando parece fácil...

Mas a gestão de estoques deve ser continuamente estudada, visando o


aprimoramento nas empresas.

Como dica, não deixe também de avaliar o contexto se ao visitar uma


empresa visualizar um grande estoque de determinada matéria-prima.
Dependendo do setor, comprar em grandes volumes diminui o preço unitário.
Comprar grandes montantes é mais barato proporcionalmente que pequenas
quantidades. Havendo a previsão de consumo para um ano, por exemplo, se
o material não for perecível ou que não sofra por obsolescência, por que não
comprar? É claro que é preciso ter grana em caixa para esse aporte e
também para armazenar (custos de espaço físico, funcionários, climatização,
manutenção). Nem todas as companhias possuem esse recurso financeiro
todo...

Portanto estude, busque se inspirar nesses exemplos, e bora melhorar a


gestão de estoques nas empresas!
Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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