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Benisia - Etica
Benisia - Etica
Ao contrário do que muitos imaginam a virtude não é uma atividade, mas sim uma maneira
habitual de ser. A virtude não pode ser adquirida da noite para o dia, porque depende de ser
praticada. Com atos repetitivos, o homem acaba por transformá-los numa segunda natureza,
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numa disposição para agir sempre da mesma forma. O processo é sempre o mesmo, sejam os
atos bons ou maus. Quando bons, temos a virtude. Quando maus, o vício.
A atividade daquele que age de acordo com os bons hábitos é o que chamamos de felicidade.
Também é a felicidade mais auto-suficiente, porque não precisa de bens materiais para se
efetivar. Dessa forma, como a condição fundamental para a conquista da felicidade é a virtude, e
esta só pode ser adquirida mediante exercício e esforço, o homem tem que desenvolver
mecanismos de ação que garantam a sua aquisição. Tais mecanismos são, em especial, os valores
(educação) e as leis. Os valores desenvolvem no homem os hábitos virtuosos; as leis organizam e
protegem o exercício da virtude pelos membros da sociedade. Sócrates estabelece uma diferença
entre o que eu digo e o que quero dizer (entre a formulação e o sentido das proposições),
considera uma distância entre o exterior e o interior). Para Rousseau (1712 -1778) ética
significava um agir de forma mais primitiva. " O homem é bom por natureza e seu espírito pode
sofrer aprimoramento quase ilimitada."
2.Valores Éticos
Os valores éticos representam os princípios gerais que devem orientar as pessoas em seu
convívio social.
Assim, também pode-se pensar no melhor modo de se relacionar e o melhor modo de agir. Os
valores éticos são o resultado de um conhecimento construído com base na reflexão sobre as
ações humanas e na determinação de princípios que movem as boas ações.
A partir dessa capacidade humana de julgar as ações, tornam-se capazes de definir princípios
gerais que podem orientar as ações em vista do bem. Esses princípios são chamados de valores
éticos.
Os valores éticos são todas as qualidades universais que um grupo social acredita serem
favoráveis às relações entre seus membros. Dórey da Cunha (1996)
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2.1 Exemplos de valores éticos
Bem
O bem é um valor reconhecido como o ideal ético, é a base da boa ação, da ação correta e da
virtude. O bem é o oposto do mal, em algumas teorias e correntes filosóficas e religiosas, o Bem
(com maiúscula) é o objetivo da vida humana. Baptista (2011)
O bem é o principal dos valores éticos por ser o princípio em que se sustentam todos os outros
valores. A ideia do bem pode ser identificada com valores como: a felicidade, o prazer ou a
justiça, por exemplo.
Assim, toda a ação orientada por esses valores estaria em conformidade com o bem. As ações
podem ser avaliadas e assumem seu valor moral quando promovem o bem.
Encontrar e definir o que é o bem e de que forma ele pode orientar a ações humanas é a base da
ética e o fundamento de todos os valores éticos.
Justiça
A justiça é o valor fundamental que orienta o juízo das ações humanas para que os efeitos das
ações não sejam prejudiciais aos outros.
Uma ação é justa a partir da ideia de que ela é a mais favorável possível para ambas as partes.
Enquanto as injustiças ocorrem quando um indivíduo ou grupo é favorecido em detrimento do
prejuízo alheio.
Liberdade
A liberdade é um valor ético que sustenta as sociedades e está relacionado com a possibilidade
de as pessoas de fazerem escolhas desde que essas ações não restrinjam a liberdade de outras
pessoas.
Verdade
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A verdade é um valor ligado à ideia de honestidade em relação ao conhecimento e a informação
de algo.
As ações devem ser orientadas pela verdade para que os envolvidos possam ter garantido o
acesso a fatores relevantes para entendimento do contexto e possam realizar escolhas sem serem
enganados total ou parcialmente.
Respeito
A vida em sociedade pressupõe a relação entre pessoas diferentes. Com isso, para que a relação
entra as pessoas possam ser a melhor possível, cada pessoa deve compreender a si e as outras
como sujeito, nunca como objeto. A compreensão do outro como sujeito é a base do respeito,
orienta as ações para que todos tenham resguardados o direito às suas individualidades.
Solidariedade
Junto ao respeito, a solidariedade parte da ideia que, em sociedade, as pessoas estão muitas vezes
em posições diferentes. A solidariedade é um princípio que visa ações possam atuar como
auxílio a pessoas em condições de dificuldade e vulnerabilidade.
Paz
A paz é um valor ético relativo à não-violência e à não-agressão, ela ganhou sua relevância em
um passado bélico.
Realizar a paz é garantir que as pessoas podem viver tranquilamente, sem riscos à sua
integridade. A paz é um valor e um ideal ético para onde convergem todos os valores.
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Em suma, a Deontologia Profissional é uma condição da ética adaptada especialmente para
desempenhar o exercício de uma profissão, visando o dever de agir corretamente.
Porém, seu significado teve mais contribuições durante o estudo, como a contribuição
de Immanuel Kant, filósofo considerado o principal da era moderna (1785), que separou o
termo em dois conceitos: razão prática e liberdade.
Podemos considerar a palavra Deontologia Profissional como uma norma de conduta, que traz
um conjunto de princípios e regras para conduzir uma determinada profissão, sendo dada a cada
profissional — indivíduo/grupo de indivíduos — sua deontologia própria de acordo com o Código
de Ética da área de atuação.
Enquanto a moral dita comum baseia-se nos valores individuais de cada sujeito, na moralidade
administrativa o agente público precisa atentar-se à valores jurídicos, ou seja, aqueles que podem
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ser extraídos da legislação, dos princípios e práticas administrativas tornando-se, portanto, uma
moral objetiva.
Outra diferença da moral comum está na inclusão da obrigatoriedade, pois como dito, a moral
administrativa pode ser exigida, inclusive pelo Poder Judiciário.
Logo, a moral administrativa é jurídica, qualquer pessoa pode invalidar um ato administrativo
que não esteja em conformidade com esse preceito por meio do Judiciário.
Por exemplo, se um agente público, ao interpretar uma norma jurídica que guiará sua conduta,
identificar uma oportunidade legal de se beneficiar daquele ato, mesmo sendo um ato
aparentemente legal não poderá fazê-lo pela limitação imposta pelo princípio da moralidade
administrativa, podendo esse ato ser, inclusive, tornado nulo.
A Administração Pública pode ser classificada como: direta e indireta. A direta é aquela exercida
pela administração por meio dos seus órgãos internos (presidência e ministros). A indireta é a
atividade estatal entregue a outra pessoa jurídica (autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista, fundações), que foram surgindo por intermédio do aumento da atuação do
Estado.
Repressão;
Multa;
Suspensão;
Suspensão;
Cancelamento do registro profissional
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As informações dos valores éticos e instrumentos regulamentares da EDM foi obtida por meios
de um pdf aprovado pelo Conselho de Administração no dia 1 de Junho de 2016.
1. Integridade
O princípio da integridade assenta nos valores e cultura da Empresa, pelo que, nas suas
respectivas actividades, o trabalhador da EDM deve:
a) Evitar envolver-se em actos lesivos a integridade individual e institucional tais
como suborno, corrupção, desvio, roubos, fraudes, ma representação intencional
da entidade, bem como qualquer acto que consubstancie uma ilicitude a legislação
aplicável.
2. Transparência
Pautar por um comportamento isento, objectivo, honesto e procurar aplicar técnicas de
comunicação adequadas e enquadradas as suas atribuições.
3. Profissionalismo
Mostrar-se integro, responsável, dedicado e exercer o dever de competência ao
demonstraras habilidades técnicas exigidas a cabal execução das suas atribuições.
4. Respeito
Observar o princípio universal de respeito para com o ser humano
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O Gabinete tem o papel na divulgação ética, na investigação e prática ética, bem como nas
funções de Provedoria Geral.
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9.Conclusão
A ética está, como vimos, diretamente relacionada com a vida das organizações. De facto a
prática da ética é, do nosso ponto de vista, o caminho certo a ser seguido por aquelas que aspiram
ao sucesso e procuram transmitir uma imagem saudável nas relações que estabelecem. Das
muitas leituras e da análise que fizemos torna-se fácil tirarmos algumas conclusões. De facto, as
organizações além de estarem atentas às suas responsabilidades económicas, também precisam
estar atentas às suas responsabilidades éticas, morais e sociais. É fundamental a prática dos
princípios éticos, as organizações são construídas pelas pessoas no seu interior, mas são feitas
também com a sociedade, conduzindo a uma construção mais justa e feliz. É por isso que a ética
é infinita. As organizações reconhecidas como éticas, e socialmente responsáveis, gozam de um
ambiente interno e externo de maior confiança, proporcionam uma grande estabilidade,
identifica-se com os princípios e valores que descrevemos, resultando em benefícios efetivos que
são visíveis e reconhecidos por todos. Por outro lado, a ética nas organizações é também um
fator importantíssimo para a sobrevivência das mesmas. Quanto maior consciência pelas
organizações em relação à importância da ética na sua vida e quanto melhor for aplicada, mais
reverterá para o benefício de um maior número de pessoas. Por isso não nos surpreende que
atitudes e comportamentos antiéticos ponham em jogo não só a qualidade, mas também uma
sobrevivência sem moral, sem valores, sem ética, contribuindo assim para a instabilidade das
pessoas e das organizações. Acresce ainda também, afirmar que é ético poder escolher
livremente, eleger o bem e não o mal. A fonte da ética é a própria realidade humana, o ambiente
em que vivemos. Assim, o ambiente de trabalho, no qual passamos grande parte do nosso dia,
desenvolve-se numa sucessão de escolhas e de prática de virtudes, que nada mais são que os
valores éticos transformados em ação. Resumindo a ética é uma ciência prática, que para além
dos princípios teóricos, exige uma aplicação prática. O verdadeiro significado da ética numa
organização é ajudar à excelência das pessoas. A ética é algo que se pratica de forma continuada,
não apenas quando se verificam condições favoráveis, pois o difícil é quando temos o contrário.
Em suma, perante a análise realizada neste artigo sobre a ética em contexto organizacional,
certamente, que o tema não fica esgotado, mas pode ser um contributo na identificação do muito
que há a fazer para que a ética seja um instrumento que possa conduzir a práticas corretas,
ressalvando, no entanto, que a ética é subjetiva e passível de interpretações diferentes.
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10.Bibliografia
ANJOS, Luiz Henrique Martins dos Anjos. ANJOS, Walter Jone dos. Manual de Direito
Administrativo. 1 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001, p. 53.
BARBOZA, Márcia Noll. O princípio da moralidade administrativa: uma abordagem do
seu significado e suas potencialidades à luz da noção de moral crítica. Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 2002.
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