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Lingua e Sabedoria dos Hindus; W. von Humboldt, em Sobre a Origem das Formas Gramaticais @ sua Influéncia sobre a Evolugdo das Idéias e em Sobre 2 Lingua Kawi na Iiha de Java, acrescentou mais um tipo aos estabelecidos Para. determinar com maior exatidéo a estrutura de uma lingua, o sistema de classificaco acima pode ser alargado: @ — caracterizando uma I{ngua como tipo misto de dois ou mais daqueles ti- os principais; 16 origem comum. sinscrito inglés alemgo bin regenealégica a partir de uma pr linguas s80 aparentadas quando |. Procurou-se chegar, pelo estudo com indo-europeu, com as seguintes far indo-europeu amo europeu (ocidental) amo asiético (oriental) rego" sSnscrito — italico* irénio — cclta® arménio — ‘eslavo — + evita ‘germinico* + béltico — albants kentum* sate — + ilfrico® + trdclo ‘As Iinguas matcadas com + sfo I{nguas mortas, enquanto outras sobrevivem ‘em suas Ifnguasfilhas; no caso do itélico, ao qual pertencia o latim, as atuais linguas romdnicas so as sobreviventes. ra 1. Wandls— 11-camifo—21.Saro 31.Hatiea (+) 2 fees 12 Bret Bitten ——32-Toraiano (+) 3 eels 1arancls —2aPolonts 33. Otic Inge 14.Prowneal 24 Teneo 3 Dial. Cpion 3 Clnrco amarquts 25:68 eccional & find Jesiureunto alien 5 Nonequts 17 Newindés . B Sueco” 1GAltoalemio 28d! Oriental 3 Porwgats 19.Retco”™ 28.Romeno Yoewenhol Blaine SD-Arména ‘Mapa 2 ~ As inguas indo-europhias mais importantes Do exposto, vé-se a origem do conceito de /inguas germénicas como grupo de linguas pertencentes a0 ramo ocidental ou europeu do indo-europeu. © prot6tipo das I/nguas indo-europtias, 0 indo-europeu, parece ter constitut- om fins da era neolitica no terceito milénio a.C., uma unidade reletivamente tunitorme, embora com indicios de uma futura dialetizacko. Pelo estudo comparative chegou:-se& conclusio de que o indo-europe — possufa em seu sistem fénico grande nimero de oclusivas; = s6tinha 0 "8 como fricativa; — apresentava um jogo de sonantes como intermedirias entre vogais @ conso- antes, ‘Quanto ao sstems da stabs, note-se ume vaiedade de ertrutura com quanti dade sempre determinada, o que implica um caster quanttativo do ritmo. ( acento era lve, podendo, sob certes condinSes, cae om qualquer sabe. No posure artigo. A etrutura da palav er Nenhurna deste unigades exit ras ~ ito 6, a rai quando consierada na formagSo de palvras — caraterizados pela ausdncia de suixos ou pelo sufxo 0. 3 Era Indoeuropeu uma lingue flexiona; © sinscrio, 0 gro #0 lati retle tem com fideldade o etado indo-europau, com riqueza deforma, tanto ne morfo- togia nomial quanto a verbal A flexdo nominal indica © eat, isto 6, 0 nomes tém forma de acordo com sun funsio sinética. Havia um sistema de olto cass: os sex casos conhecicos do latim mas 6 locatvo ¢ instrumental. Distnguia uma flexio atemstica, isto 6, com auséncia de vogal temdtica, em “s e uma flex&o temética em “e/*o. O género era o ‘énero gramstica indieado pea flexGo, ' flexio verbo al do nimero — o mesmo dos nomes: singular, dul, plural ~ indizava a pessoa do sueito. 'Nasintaxe,o proto-indo-europeu conhece 1 = frases nominas para atirmar uma qualidade, uma maneira do ser de a- guém ou de algo. So chamados nominais por ser o predicado um nome, compreen- dendo, geralmente, dois membros nominais, tipo do latim “hace mirabilia" 2 ~ frases verbs, exprimindo a¢f0; '3— conhecia frases stirmatvas, imperatives, negaivas, interrogatives. © indo-europey possula um rico vocabulrio gue permite entrever um alto rau de evolusso cultural ea concepego do mundo de seus falantes: quersiros @ agr- cultore. CConhecia a formacso de palevras por composicéo: dots temas nomina junefo, formavam um tema composta,cujo segundo elemento era flexionado. Com a expansio de seu territorio deu-se um desmembramento espacial @ conseqUente mescia dos novos agrupamentos com outra etnias. Surge a diviso, por divergéncia, em um grupo kentum e um grupo satem, de- ‘signagSo para o ndmero 100, em latim, respectivamente, em iraniano (avesta). O gru- po lingistico Kencum conserva as antigas oclusivas guturas do proto-indo-europeu, enquanto que as I/nguas satem apresentam uma evolucdo para fricativas (sibilantes). Jatim: eqs (ekuos) sinsrito:agvas por 9 Essa distribuiggo em linguas kentum e satem nfo coincide, como se pode ver Ro quadro da p.18, com a simples divisfo baseada num critério geogrdtico, perten- ccendo algumas I(nguas do ramo europeu as lnguas satem, — e outras do ramo asi 0, &s linguas Kentum, No ha divide de que a essa unidade lingOstica indo-européia deve ter corres- ppondido um povo falante dessa protol(ngua, os indo-europeus, desde que a palavra ove nfo implique, necessariamente, ums unidade biolégica-genstica, 7%. Como nfo possu/mos nem testemunhos arqueologicos nem fontes escritas que datam da época em que se realizou a unidade indo-européia, rmétodo que, segundo critérios lingifstioos, & capaz de fazer asserges a respeito da | cuttura dos indo-europeus. Partese da suposicio de que, ocorrendo determinadas | -Gesigradas por {) elo, vito sue polavras to essenciais corn Existe ums rica trminologia referente & pecusria. Palavras comuns para gado, vec, touro, boi, rebanho, ordenhar, jugo, If, porco, bode, cio, cavalo, potro, ganso, ‘marreco, abelha (mas no para burro e gato) refletem uma cultura pastoril, embora ‘lo se possa excluir a existincia de uma agricultura primitiva. Faltam palavras co- ‘muns para florestase as vérias espécies de drvores, fato de que se pode coneluir pelo ‘biter dos indo-europeus, caracterizado como charneca ou savana, Conheciam © ‘ouro @ & prata e ainda um terceiro metal: latim aes; mas nfo possufam uma palavra ‘comum para ferro, ‘A comunidade indo-européia era organizada em base patriarcal. O “potis—que significa simultaneamente esposo e senhor — estava a testa da comunidade. Prova velmente existia um culto de uma divindade celestial Com base em comparacSes tipol6gico-lingi(stico, Trubetzkoy chegou & con- lusfo de que 0 espaco em que se constitu a unidade lingistica indo-européia de- ve ficar situado entre o mar do Norte e o mar Céspio, com um ndcleo ao norte do 20 mar Negro e na regio do Dandbio, espago em que também 0 método comparativo- lingh(stico-cultural-hist6rico costume situar a pétria primitiva dos indo-europeus. Mops 3 ~ A provies pra dos indo-surepeut ‘Como 0 ferro somente se tornou conhecido quando a fragmentago da primi- | tiva unidade indo-europtia jé tinha iniciedo, concluise disto e de outros critérios 4) que.a fragmentaco em unidades menores se tenha dado no terceiro milénio a.C. ‘Mops 4 — Fragnentardo da entge unidade indo-europsia Nessa fragmentaco da antige unidade indo-europtia, terse atirmado que, ‘antes de uma unidade germénica, devem ter existido unidades intermedidrias, em ‘que as posteriores linguas ainda viviam em contato (timo. Assim se fala erm uma lunidade germénico-celta ¢ uma unidade ‘talo-germénica. Mas no podemos localizar {ais unidades nem no tempo nem no espaco, tomando a palavra unidade a0 pe da te- ‘tra, Devia tratar-se de linguas em contato com as conseqientes interferdncias.

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