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+ arosi2022 16:00 DEL1001 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos DEGRETO-LEI N° 1,001, DE 24 DE OUTUBRO DE 1969. Texto compilado Cédigo Penal Militar (Vigénoia) Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronautica Militar, usando das atribuigdes que thes confere 0 art. 3° do Ato Institucional n° 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com 0 § 1° do art. 2°, do Ato Institucional n* 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam: CODIGO PENAL MILITAR PARTE GERAL Livro UNICO TITULOI DA APLICAGAO DA LE! PENAL MILITAR Principio de legalidade ® Art, 1® Nao ha crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominagao legal. Lei supressiva de incrit ago * At 2" Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virude dela, a propria vigéncia de sentenga condenatéra irrecorrvel, salvo quanto aos efeitos de natureza ci Retroatividade de lei mais benigna § 1° A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando ja tenha sobrevindo sentenca condenatéria irrecorrivel Apuragao da maior benignidade § 2" Para se reconhecer qual a mais favordvel, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicavels ao fato. Medidas de seguranca + Art. 3° As medidas de seguranga regem-se pela lei vigente ao tempo da sentenca, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execucdo. Lei excepcional ou temporaria # Art, 4° A lei excepcional ou tempordria, embora decorrido 0 period de sua duragéo ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigéncia. Tempo do crime # Art. 5° Considera-se praticado o crime no momento da aco ou omissao, ainda que outro seja o do resultado. Lugar do crime At. 6° Considera-se praticad 0 falo, no lugar em que se desenvolveu a alividade criminosa, no todo ou em parte, @ ainda que sob forma de participagao, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, Nos crimes omissivos, 0 fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a agao omitida. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 476 ‘wrosr20z2 16:00 DEL 1001 Territorialidade, Extraterritorialidade # Att, 7° Aplica-se a lei penal militar, sem prejuizo de convengées, tratados e regras de direito internacional, a0 crime cometido, no todo ou em parte no territério nacional, ou fora déle, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiga estrangeira, Territério nacional por extensao § 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensao do territério nacional as aeronaves e 03 navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou miltarmente utlizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada, Ampliagio a aeronaves ou navios estrangeiros § 2° E também aplicdvel a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito 4 administragao militar, ¢ 0 crime atente contra as instituigées militares. Conceito de navio § 3° Para efeito da aplicagao déste Cédigo, considera-se navio toda embarcagao sob comando militar Pena cumprida no estrangeiro # Ast. 8" A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou ela é computada, quando idénticas. Crimes militares em tempo de paz Ast. 9° Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I-08 crimes de que trata éste Cédigo, quando definidas de modo diverso na lei penal comum, ou nela néo Previstos, qualquer que seja 0 agente, salvo disposigo especial; praticados: I~ os crimes previstos neste Cédigo e os previstos na legistagao penal, quando praticados: (Redagao dada pala Lei n® 13.491, de 2017; a) por militar em situagao de atividade ou assemethado, contra militar na mesma situagao ou assemelhado; ) por militar em situagao de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito a administragao militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemethado, ou civil; ©) por militar em servigo ou atuando em razao da fungaio, em comisséo de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito 2 administrago militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redacdo dada pela Lei n® 9.299, de 8.8.1996) 4) por miltar durante © periodo de manobras ou exercicio, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; ) por militar em situagao de atividade, ou assemelhado, contra o patriménio sob a administrago militar, ou a ordem administrativa militar, propriedade miter ot qualquer material bétice, rd Bo-ot-administragd if pare-e pratice Hegak f)revogada. (Redacdo dada pela Lei n° 9.299, de 8.8.1996) IIL - 08 crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituiges militares, considerando-se como tals no s6 os compreendidos no inciso I, como os do inciso Il, nos seguintes casos: 4) contra o patriménio sob a administragao militar, ou contra a ordem administrativa militar; \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 26 + arosi2022 16:00 DEL1001 ) em lugar sujeito @ administragao militar contra militar em situagao de atividade ou assemethado, ou contra funciondrio de Ministério militar ou da Justica Milltar, no exercicio de fungao inerente ao seu cargo; ©) contra militar em formatura, ou durante o periodo de prontidao, vigilancia, observagao, exploragao, exercicio, acampamento, acantonamento ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito @ administragéo militar, contra militar em fungo de natureza militar, ou no desempenho de servigo de vigilancia, garantia © preservacao da ordem piiblica, administrativa ou judiciéria, quando legalmente requisitado para aquéle fim, ou em obediéncia a determinagao legal superior. § 12.05 crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, sero dda competéncia do Tribunal do Jur. (Redacsio dada pela Lei n® 13.491, de 2017) § 22 Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forgas ‘Armadas contra civil, serao da competéncia da Justiga Militar da Unio, se praticados no contexto: _(Incluido pela Lei 12.13.491. de 2017) | — do cumprimento de atribuigées que Ihes forem estabelecidas pelo Presidente da Republica ou pelo Ministro de Estado da Defesa; — (|ncluido pela Lein® 13,491, de 2017) II- de ago que envolva a seguranga de instituigo militar ou de misso militar, mesmo que néo beligerante; ou Mlncluido pela Lei n® 13,491, de 2017) Ill ~ de atividade de natureza militar, de operagao de paz, de garantia da lei e da ordem ou de altibuigao subsidiaria, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituigaio Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: _(Incluido pela Lei n® 13.491, de 2017) a) Lein® 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Cé 2017) 10 Brasileiro de Aeronautica; _(Incluida pela Lei n® 13.491, de (Incluida pela Lei n® 13.491, de 2017) 0) Decreto-Lei n® 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Cédigo de Processo Penal Militar; e _(Incluida pela Lei n? 13.491, de 2017) ho de 1965 - Cédigo Eleitoral. _(Inclufda pela Lein® 13.491, de 2017) Crimes militares om tempo de guerra # Aa 10. Consideram-se crimes miltares, em tempo de guerra 1-08 especialmente previstos neste Cédigo para o tempo de guerra 11-0 crimes militares provistos para o tempo de paz: IIL- os crimes previstos neste Cédigo, embora também o sejam com igual definigao na lei penal comum ou especial, ‘quando praticados, qualquer que seja o agente: a) em territério nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparacéo, a eficiéncia ou as operagées militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a seguranga externa do Pais ou podem expé-la a perigo; IV - 0 crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora nao previstos neste Cédigo, quando praticados em zona de efetivas operagdes militares ou em terrtério estrangeiro, militarmente ocupado. Militares estrangeiros _www.planalto.govbricivi_08/decretoeide!1001.nim 3176 + arosi2022 16:00 DEL1001 * Art 11, Os militares estrangeiros, quando em comissao ou estagio nas forgas armadas, ficam sujeitos a lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convengées internacionais. Equiparagao a militar da ativa * Art. 12, O militar da reserva ou reformado, empregado na administragao militar, equipara-se ao militar em sltuagdo de atividade, para o efelto da aplicagao da lei penal militar. Militar da reserva ou reformado * Art 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsablidades © prerrogativas do pésto ou ‘graduacao, para o efeto da aplicacao da lei penal miltar, quando pratica ou contra éle & praticado crime militar. Defeito de incorporacao # Art. 14. O defeito do ato de incorporagao nao exclui a aplicacao da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da pratica do crime. ‘Tempo de guerra # Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicagao da lei penal militar, comeca com a declaragao ou 0 reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilizagao se néle estiver compreendido aquéle reconhecimento; e termina quando ordenada a cessagao das hostllidades. Contagem de prazo # Art, 16. No cémputo dos prazos inclui-se o dia do comégo. Contam-se os dias, os meses e 0s anos pelo calendario comum. Legislagao especial. Salério-mminimo * Art. 17. As regras gerais déste Cédigo aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal militar especial, se esta nao dispée de modo diverso. Para os efeitos penais, salério minimo é 0 maior mensal vigente no pals, ao tempo da sentonga Crimes praticados em prejuizo de pais aliado # Art 18, Ficam sujetos as disposigdes déste Cédigo os crimes praticados em prejulzo de pals em guerra contra pats inimigo do Brasi | + se o crime & praticado por brasileiro; Il - se o crime & praticado no territério nacional, ou em territério estrangeiro, militarmente ocupado por forga brasileira, qualquer que seja o agente, Infragées disciplinares # Att. 19, Este Cédigo nao compreende as infracdes dos regulamentos disciplinares. Crimes praticados em tempo de guerra * Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposigéo especial, aplicam-se as penas cominadas para‘o tempo de paz, com 0 aumento de um térgo Assemelhado # Art 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou ndo, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronautica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento, Pessoa considerada militar * Art. 22. E considerada militar, para efeito da aplicagao déste Cédigo, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou dde guerra, seja incorporada as f6rgas armadas, para nelas servir em pésto, graduagao, ou sujeigao disciplina militar. Equiparagio a comandante * Art 23, Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicagéo da lel penal militar, t8da autoridade com fungo de diregao, _www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.him 46 + arosi2022 16:00 DEL1001 Conceito de superior * Art, 24, O militar que, em virtude da fungi, exerce autoridade sébre outro de igual posto ou graduacéo, considera-se superior, para efeito da aplicaao da lei penal militar. Crime praticado em presenga do inimigo * Art. 25. Dizsse crime praticado em presenga do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas operagées militares, ou na iminéncia ou em situagao de hostiidade. Ret ia a “brasileiro” ou “nacional” # Art. 26. Quando a lel penal militar se refere a "brasiei coma brasileiros na Constituigao do Brasil. ou "nacional", compreende as pessoas enumeradas Estrangeiros Pardgrafo Unico. Para os efeitos da lei penal militar, so considerados estrangeiros os apatridas e os brasileiros que Perderam a nacionalidade. Os que se compreendem, como funcionérios da Justiga Militar * Ait. 27, Quando éste Cédigo se refere a funcionérios, compreende, para efeito da sua aplicagao, os juizes, os representantes do Ministério Piblico, os funcionérios e auxiiares da Justica Mita. Casos de prevaléncia do Cédigo Penal * Ast. 28. Os crimes contra a seguranca externa do pais ou contra as insituigées militares, definidos neste Cédigo, exchiem os da mesma natureza definidos em outras les. TiTULO IL DO CRIME Relagao de causalidade Art, 29. 0 resultado de que depende a existéncia do crime somente é imputavel a quem Ihe deu causa Considera-se causa a ago ou omissdo sem a qual o resultado ndo teria ocorrido. § 1° A superveniéncia de causa relativamente independente exclul a Imputagdo quando, por si $6, produziu 0 resultado, Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou, '§ 2° A omissio € relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigagdo de cuidado, protecao ou vigilancia; a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou 0 risco de sua superveniéncia * Ast. 30. Diz-se o crime: Crime consumado | - consumado, quando néle se retinem todos os elementos de sua definigao legal Tentativa Il-tentado, quando, iniciada a execugo, ndo se consuma por circunstncias alheias & vontade do agente. Pena de tentativa Paragrafo nico. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuida de um a dois tergos, podendo © juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. Desisténcia voluntaria e arrependimento eficaz * Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execugao ou impede que o resultado se produza, s6 responde pelos atos ja praticados. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 5176 + arosi2022 16:00 DEL1001 Crime impossivel # Art, 32, Quando, por ineficdcia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, 6 impossivel consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicével # Att, 33, Diz-se o crime’ Culpabilidade | - doloso, quando o agente quis 0 resultado ou assumiu 0 risco de produzi-o; Il - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atengdo, ou diligéncia ordinaria, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstancias, ndo prevé o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supée levianamente que nao se realizaria ou que poderia evité-lo. Excepcionalidade do crime culposo Pardgrafo Unico. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, sendo quando o pratica dolosamente, Nenhuma pena som culpabilidade * Att 34, Pelos resultados que agravam especialmente as penas sé responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente. Erro de direito 2 Ast 35. A pena pode ser atenuada ou substituida por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra © dever miltar, supée licto 0 fato, por ignorancia ou érro de interpretagao da lel, se escusdveis Erro de fato Art, 36, € isento de pena quem, ao pratcar 0 crime, supée, por érro plenamente escusdvel, a inexisténcia de eircunsténcia de fato que o constitu ou a existéncia de sitvagao de fato que tomnaria a agao legitima. Erro culposo § 1° Se 0 érro deriva de culpa, a éste titulo responde o agente, se 0 fato & punivel como crime culposo Erro provocado § 2° Se 0 6170 & provocado por terceiro, respondera éste pelo crime, a titulo de dolo ou culpa, conforme o caso. Erro sobre a pessoa ® Art. 37. Quando 0 agente, por érro de percepgao ou no uso dos meios de execugéo, ou outro acidente, atings uma pessoa em vez de outra, responde como se tivesse praticado 0 crime contra aquela que realmente pretendia atingi. Devem ter-se em conta ndo as condi¢ées © qualidades da vitima, mas as da outra pessoa, para configuracao, qualificagao ou exclusao do crime, e agravagao ou atenuagao da pena, Erro quanto a0 bem juridico § 1° Se, por érro ou outro acidente na execugo, é atingido bem juridico diverso do visado pelo agente, responde ste por culpa, se 0 fato é previsto como crime culposo. Duplicidade do resultado § 2° Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou, no caso do paragrafo anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79. # At. 38. Nao é culpado quem comete o crime: Coagéo irresistivel a) sob coagao irresistivel ou que Ihe suprima a faculdade de agir segundo a propria vontade; \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim ar + arosi2022 16:00 DEL1001 Obediéncia hierérquica b) em estrita obediéncia a ordem direta de superior hierarquico, em matéria de servigos, '§ 1° Responde pelo crime 0 autor da coago ou da ordem. § 2° Se a ordem do superior tem por objeto a pratica de ato manifestamente criminoso, ou ha excesso nos atos ou na forma da execugdo, é punivel também o inferior. Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade # Art. 39. Nao é igualmente culpado quem, para proteger direito proprio ou de pessoa a quem esta ligado por estreitas relagdes de parentesco ou afeigéo, contra perigo certo e atual, que nao provocou, nem podia de outro mado evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que nao Ihe era razoaveimente exigivel conduta diversa, Coagao fisica ou material # Art. 40. Nos crimes em que ha violago do dever militar, o agente nao pode invocar coagao irresistivel sendo quando fisica ou material Atenuagao de pena # Art, 41, Nos casos do art, 38, letras a eb , se era possivel resistir a coagio, ou se a ordem nao era manifestamente ilegal; ou, no caso do art, 39, se era razoavelmente exigivel 0 sacrificio do direito ameagado, o juiz, tendo em vista as condigdes pessoais do réu, pode atenuar a pena. Exclusdo de crime ® Art 42. Nao ha crime quando o agente pratica o fato: | -em estado de necessidade; Il-em legitima defesa; IIl-em estrito cumprimento do dever legal; IV- em exercicio regular de direto. Paragrafo Unico. Nao ha igualmente crime quando 0 comandante de navio, aeronave ou praga de guerra, na iminéncia de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar servigos e manobras, urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar 0 desnimo, o terror, a desordem, a rendigao, a revolta ou o saque. Estado de necessidade, como excludente do crime # Att. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar diteito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que nao provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza © importancia, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente nado era legalmente obrigado a arrostar o perigo. Legitima defesa # Att 44, Entende-se em lagitima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessérios, repele injusta agressao, atual ou iminento, a direto seu ou de outrem. Excesso culposo # Ait 45. 0 agente que, em qualquer dos casos de exclustio de crime, excede culposamente os limites da necessidade, responde pelo fato, se éste & punivel, a titulo de culpa. Excesso escusavel Pardgrafo Unico. Nao é punivel o excesso quando resulta de escusavel surprésa ou perturbagao de 4nimo, em face da situacao. Excesso doloso # At. 46. 0 juiz pode atenuar a pena ainda quando punivel ofato por excesso doloso winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm a6 + arosi2022 16:00 DEL1001 Elementos nao constitutivos do crime # At. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime: | - a qualidade de superior ou a de inferior, quando nao conhecida do agente; Ia qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de servigo ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantao, quando a agao é praticada em repulsa a agressao. TITULO II DA IMPUTABILIDADE PENAL Inimputaveis 4 Art 48, Nao & imputdvel quem, no momento da ago ou da omissao, nao possui a capacidade de entender 0 caréter illcto do fato ov de determinarsse de acérdo com ésse entendimento, em viruude de doenga mental, de desenvolvimento mental ncompleto ou retardado, Reducao facultativa da pena Pardgrafotnico. Se a doenga ou a deficiéncia mental néo suprime, mas diminui consideravelmente a capacidade de entendimento da lictude do fato ou a de autodeterminagao, nao fica excluida a imputabilidade, mas a pena pode ser atenuada, sem prejulzo do disposto no ar. 113. Embriaguez # Art. 49. Nao 6 igualmente imputavel o agente que, por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou fora maior, era, ao tempo da agdo ou da omissao, inteiramente incapaz de entender o carater criminoso do fato ou de doterminar.se de acdrdo com ésse entendimento. Pardgrafo Unico. A pena pode ser reduzida de um a dois tergos, se o agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou forga maior, nao possuia, ao tempo da agao ou da omissao, a plena capacidade de entender o carater eriminoso do fato ou de determinar-se de acérdo com ésse entendimento. Menores # At. 50. 0 menor de dezoito anos & inimputavel, salvo se, jé tendo completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psiquico para entender o cardter ilicito do fato e determinar-se de acérdo com éste entendimento. Neste caso, a pena aplicdvel é diminuida de um térco até a metade Equiparagao a maiores * Ast. 51. Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda que nao tentiam atingido essa idade: a) 0s militares; b) os convocados, os que se apresentam a incorporagao e os que, dispensados temporariamente desta, deixam de se apresentar, decorrido 0 prazo de licenciamento; ) 0s alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direcdo e disciplina militares, que jé tenham completado dezessete anos. * Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como os menores de dezoito © maiores de dezesseis inimputaveis, ficam sujeitos &s medidas educativas, curativas ou disciplinares determinadas em legislagao especial. TITULO IV DO CONCURSO DE AGENTES Corautoria * Ait. 3. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a éste cominadas. Condigées ou circunstancias pessoais \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim a6 + arosi2022 16:00 DEL1001 § 1° A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua prépria culpabilidade. Ndo se comunicam, outrossim, as condig6es ou circunstancias de cardter pessoal, salvo quando ‘elementares do crime, Agravagao de pena § 2° Apena € agravada em relagdo ao agente que: | - promove ou organiza a cooperagao no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; I coage outrem a execugo material do crime; sua autoridade, ou no punivel em virtude de candigao Iil- instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeit ‘ou qualidade pessoal; IV- executa o crime, ou néle participa, mediante paga ou promessa de recompensa. Atenuagao de pena § 3° A pena ¢ atenuada com relagdo ao agente, cuja participagao no crime é de somenos importancia. Cabegas § 4° Na pratica de crime de autoria coletiva necessaria, reputam-se cabegas os que dirigem, provocam, instigam ou excitama ago, § 5* Quando o crime & cometido por inferiores © um ou mais oficiais, sao éstes considerados cabegas, assim como 08 inferiores que exercem fungdo de oficial Casos de impunibilidade * Art, 54, O ajuste, a determinacao ou instigagao © 0 auxilio, salvo disposigao em contrario, néo sao puniveis se 0 crime nao chega, pelo menos, a ser tentado, TiTULOV DAS PENAS CAPITULO! DAS PENAS PRINCIPAIS Penas principais ® Art 85. As penas principais sao: a) morte; b) reclusao; ©) deteneao; 4d) pris’o; ) impedimento; {) suspensao do exercicio do pésto, graduagao, cargo ou fungao; 9) reforma. Pena de morte ® Art. 56. A pena de morte 6 executada por fuzilamento. ‘Comunicacao \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim or + arosi2022 16:00 DEL1001 * Att. 57. A sentenca definiva de condenagao & morte 6 comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da Republica, ¢ nao pode ser executada sendo depois de sete dias apés a comunicagao. Paragrafo Unico. Se a pena ¢ imposta em zona de operagdes de guerra, pode ser imediatamente executada, quando o exigir 0 interésse da ordem e da disciplina militares. Minimos e maximos genéricos * Art 58. O minimo da pena de reclusdo é de um ano, @ o maximo de trinta anos; o minimo da pena de detengao de trinta dias, € 0 maximo de dez anos, Pena até dois anos imposta a militar prisdo-e compridar # Art. 59 - A pena de reclusdo ou de detengao até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em pena de prisao cumprida, quando nao cabivel a suspenséo condicional: (Redacio dada pola Lein® 6.544, de 30.6.1978) | pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; Il - pela praga, em estabelecimento penal militar, onde ficara separada de presos que estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos. ‘Separago de pracas especials e graduadas Paragrafo Unico. Para efeito de separacao, no cumprimento da pena de prisdo, atender-se-A, também, condiga0 das pragas especiais e A das graduadas, ou ndo; e, dentre as graduadas, a das que tenham graduagio especial. Pena do assemelhado Art, 60. O assemethado cumpre a pena conforme o posto ou graduagao que Ihe 6 correspondente, Pena dos nao assemelhados Pardgrafo Unico, Para os ndo assemelhados dos Ministérios Militares © érgdos sob contréle déstes, regula-se a correspondéncia pelo padrao de remuneracao. Pena superior a dois anos, imposta a militar pene privative de e-por mais de-dois-anos;imposte-=-mitar-é-ctimprida err penitenciét # Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, ¢ cumprida em penitenciaria militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando 0 recluso ou detento sujeito ao regime conforme a legislagdo penal comum, de cujos beneficios e concessées, também, poderd gozar. (Redacdo dada pela Lei n? 144, de 30.6.1978) Pena privativa da liberdade imposta a civil fe pre-a- pera imposte- pele shustiga-Mtittar-em-penitencidre (-tfaite-emr sega especial ristie-comumficande-stjeite-ac-regime-de-estabelecimente-e-que-seja-recothide: # Art 62-0 civil cumpre a pena aplicada pela Justiga Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito a0 regime conforme a legislagdo penal comum, de cujos beneficios e concessées, também, podera gozar. (Redagao dada pela Lei n® 6,544, de 30.6,1978) ‘Cumprimento em penitenciéria militar Paragr rer pr porde-guerre-poder rs prea ps Paragrafo tnico - Por crime militar praticado em tempo de guerra poder o civil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo ou em parte em penitencidria militar, se, em beneficio da seguranga nacional, assim o determinar a sentenca, (Redagao dada pela Lei n® 6,544, de 30.6,1978) Pena de impedimento _www.planalto.govbricivil_ 08idecretoeide!1001.nim 1076 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuizo da instrugao militar. Pena de suspensao do exercicio do pésto, graduagao, cargo ou fungao # Art. 64. A pena de suspenso do exercicio do posto, graduagao, cargo ou fungao consiste na agregagao, no afastamento, no licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na sentenga, sem prejuizo do seu comparecimento regular @ sede do servigo. Nao sera contado como tempo de servigo, para qualquer efeito, 0 do cumprimento da pena. Caso de reserva, reforma ou aposentadoria Pardgrafo Unico. Se o condenado, quando proferida a sentenga, ja estiver na reserva, ou reformado ou aposentado, a pena prevista neste artigo sera convertida em pena de detengao, de trés meses a um ano. Pena de reforma # Ait. 65. A pena de reforma sujeita 0 condenado a situagao de inatividade, no podendo perceber mais de um vinte @ cinco avos do s6ldo, por ano de servigo, nem receber importancia superior a do sdldo. ‘Superveniéncia de doenga mental * Att 66. 0 condenado a que sobrevenha doenga mental deve ser recolhide a manicémio judicério ou, na falta déste, a outro estabelecimento adequado, onde Ihe seja assegurada custédia e tratamento. Tempo computavel * At. 67. Computam-se na pena prvativa de liberdade o tempo de prisdo proviséria, no Brasil ou no estrangeiro, © © de internacao em hospital ou manicémio, bem como o excesso de tempo, reconhecido em decisao judicial irrecorrivel, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que a decisao seja posterior ao crime de que se trata. Transferéncia de condenados # Ast 68. O condenado pela Justiga Militar de uma regio, distrito ou zona pode cumprir pena em estabelecimento de outra regiao, distrito ou zona. CAPITULO II DA APLICAGAO DA PENA Fixagao da pena privativa de liberdade * Ast. 69. Para fixagao da pena privativa de liberdade, o juiz aprecia a gravidade do crime praticado a personalidade do réu, devendo ter em conta a intensidade do doto ou grau da culpa, a maior ou menor extensao do dano ‘u perigo de dano, os melos empregados, o modo de execugo, os motivos determinantes, as circunstancias de tempo e lugar, 08 antecedentes do réu e sua atitude de insensibilidade, indiferenca ou arrependimento apés o crime. Determinagao da pena § 1° Se so cominadas penas alternativas, o julz deve determinar quel delas é aplicavel Limites legais da pena § 2° Salvo 0 disposto no art. 76, 6 fixada dentro dos limites legals a quantidade da pena aplicavel Circunsténcias agravantes At. 70. So circunstancias que sempre agravam a pena, quando nao integrantes ou qualificativas do crime: | -a reincidancia; II ter o agente cometido o crime 2) por motive fit ou torpe; b) para faciltar ou assegurar a execugdo, a ocultagdo, a impunidade ou vantagem de outro crime; \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 11078 + arosi2022 16:00 DEL1001 ©) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuito, engano ou férga maior; ) a traigdo, de emboscada, com surprésa, ou mediante outro recurso insidioso que dificultou ou tornou impossivel a defesa da vitima; ) com 0 emprégo de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum; {) contra ascendente, descendente, irmao ou conjuge! 9) com abuso de poder ou violagao de dever inerente a cargo. oficio, ministério ou profissao; h) contra crianga, velho ou enférmo; i) quando o ofendido estava sob a imediata protegéo da autoridade; j) em ocasido de incéndio, naufragio, encalhe, alagamento, inundagao, ou qualquer calamidade publica, ou de desgraca parlicular do ofendido; estando de servico; m) com emprégo de arma, material ou instrumento de servigo, para ésse fim procurado; 1) em auditério da Justiga Militar ou local onde tenha sede a sua administragao; ©) em pais estrangeiro. Pardgrafo Unico. As circunstancias das letras c , salvo no caso de embriaguez preordenada, /, me 0 , 86 agravam 0 crime quando praticado por militar. Reinci Ast. 71. Veriica-se a reincidéncia quando o agente comete névo crime, depois de transitar em julgado a sentenca que, no pais ou no estrangeiro, o nha condenado por crime anterior. ‘Temporariedade da reincidéncia § 1° Nao se toma em conta, para efeito da reincidéncia, a condenagdo anterior, se, entre a data do cumprimento ou extingdo da pena e o crime posterior, decorreu periodo de tempo superior a cinco anos. Crimes nao considerados para efeito da reincidéncia § 2° Para efeito da reincidéncia, nao se consideram os crimes anistiados. ® Art. 72, Sao circunstancias que sempre atenuam a pena: | - ser o agente menor de vinte ¢ um ou maior de setenta anos; II ser meritério seu comportamento anterior; Iil-ter 0 agente: 1a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; b) procurado, por sua espontanea vontade e com eficiéncia, logo apés o crime, evilar-lhe ou minorar-Ihe as conseqiiéncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; ) comatido o crime sob a influéncia de violenta emogo, provocada por ato injusto da vitima; 4d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime, ignorada ou imputada a outrem; ) softido tratamento com rigor nao permitido em lei. Nao atendimento de atenuantes Paragrafo Unico. Nos crimes em que a pena maxima cominada 6 de morte, ao juiz é facultado atender, ou ndo, as circunstancias atenuantes enumeradas no artigo. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim sar6 + arosi2022 16:00 DEL1001 Quantum da agravacao ou atenuacao * At, 73, Quando a lei determina a agravagao ou atenuagao da pena sem mencionar 0 quantum , deve o juz fixa- lo entre um quinto e um t8rgo, guardados os limites da pena cominada ao crime. Mais de uma agravante ou atenuante # Att. 74. Quando ocorre mais de uma agravante ou mais de uma atenuante, o juiz poderé limitarse a uma s6 agravagao ou a uma sé atenuagao. Concurso de agravantes e atenuantes: Art. 75. No concurso de agravantes © atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstancias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente, e da reincidéncia. Se ha equivaléncia entre umas e outras, 6 como se nao tivessem ocortido. Majorantes e minorantes * Art. 76, Quando a lei prevé causas especiais de aumento ou diminuigao da pena, nao fica o juiz adstrito aos limites da pena cominada ao crime, sendo apenas aos da espécie de pena aplicével (art. 58). Paragrafo Unico. No concurso dessas causas especiais, pode o juiz limitar-se a um s6 aumento ou a uma s6 diminuigo, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua Pena-base # Art.77. A pena que tenha de ser aumentada ou diminuida, de quantidade fixa ou dentro de determinados limites, 6a que o julz aplicaria, se nao existisse a circunstancia ou causa que importa o aumento ou diminuicao. Criminoso habitual ou por tendéncia * Art. 78, Em se tratando de criminoso habitual ou por tendéncia, a pena a ser imposta seré por tempo Indeterminado. O julz fixaré a pena correspondente & nova infragdo penal, que constituird a duragao minima da pena privativa da liberdade, nao podendo ser, em caso algum, inferior a trés anos. Limite da pena indeterminada § 1° A duragao da pena indeterminada nao poder exceder a dez anos, apés o cumprimento da pena imposta Habitualidade presumida § 2° Considera-se criminoso habitual aquéle que: a) reincide pela segunda vez na pratica de crime doloso da mesma natureza, punivel com pena privativa de liberdade em periodo de tempo nao superior a cinco anos, descontado o que se refere a cumprimento de pena; Habitualidade reconhocivel pelo juiz 'b) embora sem condenago anterior, comete sucessivamente, em periodo de tempo néo superior a cinco anos, quatro ou mais crimes dolosos da mesma natureza, puniveis com pena privativa de liberdade, e demonstra, pelas suas condigdes de vida e pelas circunstancias dos fatos apreciados em conjunto, acentuada inclinacao para tais crimes. Criminoso por tendéncia § 3° Considera-se criminoso por tendéncia aquéle que comete homicidio, tentativa de homicidio ou lesao corporal grave, e, pelos motivos determinantes e meios ou modo de execugao, revela extraordinaria torpeza, perverséo ou malvadez Ressalva do art. 113, § 4° Fica ressalvado, em qualquer caso, o disposto no art. 113, Crimes da mesma natureza § 5° Consideram-se crimes da mesma natureza os previstos no mesmo dispositive legal, bem como os que, embora Previstos em dispositivos diversos, apresentam, pelos fafos que os constituem ou por seus motivos determinantes, caracteres fundamentais comuns. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 1376 ‘wrosr20z2 16:00 DEL 1001 Concurso de crimes # Art, 78, Quando 0 agente, mediante uma s6 ou mais de uma ago ou omisséo, pratica dois ou mais crimes, idénticos ou no, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas. Se as penas so da mesma espécie, a pena Linica & a soma de tédas; se, de espécies diferentes, a pena Unica © a mais grave, mas com aumento correspondente & metade do tempo das menos graves, ressalvado o disposto no art, 58. Grime continuado # Art 80. Aplica-se a regra do artigo anterior, quando o agente, mediante mais de uma ago ou omissao, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condicdes de tempo, lugar, maneira de execugao e outras semelhantes, dever os subseqiientes ser considerados como continuagdo do primeiro Paragrafo Unico. Nao ha crime continuado quando se trata de fatos ofensivos de bens juridicos inerentes a pessoa, salvo se as ages ou omissées sucessivas so dirigidas contra a mesma vitima, Limite da pena unificada # Art. 81. A pena unificada no pode ultrapassar de trinta anos, se é de reclusao, ou de quinze anos, se ¢ de detengdo. Redugao facultativa da pena § 1° A pena unificada pode ser diminuida de um sexto a um quarto, no caso de unidade de ago ou omissao, ou de crime continuado. Graduagao no caso de pena de morte § 2" Quando cominada a pena de morte como grau maximo © a de reclusdo como grau minimo, aquela corresponde, para o efeito de graduagao, a de reclusdo por trinta anos. Calculo da pena aplicavel a tentativa § 3° Nos crimes punidos com a pena de morte, esta corresponde a de reclusdo por trinta anos, para calculo da pena aplicavel & tentativa, salvo disposieao especial. Ressalva do art. 78, § 2°, letra b # Art. 82. Quando se apresenta o caso do art. 78, § 2°, letra b , fica sem aplicago o disposto quanto ao concurso de crimes idénticos ou ao crime continuado, Penas nao privativas de liberdade it. 83. As ponas nao privativas de liverdade sto aplicadas distintae integralmente, ainda que provistas para umn 6 dos crimes concorrentes CAPITULO II DA SUSPENSAO CONDICIONAL DA PENA Pressupostos da suspensiio qe: * Art, 84 - A execugao da pena privativa da liberdade, nao superior a 2 (dois) anos, pode ser suspensa, por 2 (dois) anos a 6 (seis) anos, desde que’ (Redacao dada pela Lei n® 6.544, de 30.6.1978) « * | = 0 sentenciado nao haja sofrido no Pais ou no estrangeiro, condenagao irrecorrivel por outro crime a pena privativa da liberdade, salvo 0 disposto no 1° do art. 71 (Redacao dada pela Lei n® 6.544, de 30.6.1978) pers - - posteriona-dete-indicativade-arrependiments ererdesejo-de reparagie-de-deno-autorizem-a presuneie-dea naotonara adebnctie _www.planalto.govbricivi_08idecretoeide!1001.him s4r6 + arosi2022 16:00 DEL1001 Il - os seus antecedentes e personalidade, os motivos e as circunsténcias do crime, bem como sua conduta posterior, autorizem a presungdo de que no tornara a delingii (Redagso dada pela Lei n® 6.544, de '30,6,1978) Restricées Pardgrafo Unico. A suspensao néo se estende as penas de reforma, suspenséo do exercicio do pésto, graduagao 0u fungao ou & pena acesséria, nem exclui a aplicagao de medida de seguranga nao detentiva Condigées # Art. 85. A sentenga deve especificar as condigdes a que fica subordinada a suspensao. Revogacao obrigatéria da suspensao Art. 86. A suspensao 6 revogada se, no curso do prazo, o beneficiario: | - & condenado, por sentenga irrecorrivel, na Justiga Militar ou na comum, em razo de crime, ou de contravencao reveladora de ma indole ou a que tenha sido imposta pena privativa de liberdade; II-ndo efetua, sem motivo justificado, a reparagao do dano; IIL- sendo militar, 6 punido por infragéo disciplinar considerada grave. Revogagao facultativa § 1° A suspensao pode ser também revogada, se 0 condenado deixa de cumprir qualquer das obrigagies constantes da sentenga, Prorrogagao de prazo § 2° Quando facultativa a revogagao, 0 juiz pode, ao invés de decreté-la, prorrogar 0 periodo de prova até o maximo, se éste nao foi o fixado. § 3° Se o beneficidrio esta respondendo a processo que, no caso de condenagao, pode acarretar a revogacdo, considera-se prorrogado 0 prazo da suspensdo alé o julgamento definitivo Extingdo da pena # Art. 87. Se 0 prazo expira sem que tenha sido revogada a suspensdo, fica extinta a pena privativa de liberdade. 10 aplicagao da suspensao condicional da pena > At 88. A suspensio condicional da pena néo se aplica: | 20 condenado por crime cometido em tempo de guerra; I1--em tempo de paz: a) por crime contra a seguranga nacional, de aliciagao e incitamento, de violéncia contra superior, oficial de dia, de servigo ou de quarto, sentinela, vigia ou plantéo, de desrespeito a superior, de insubordinagao, ou de desergao; »b) pelos crimes previstos nos arts. 160, 161, 162, 235, 291 e seu paragrato tnico, ns. | a IV. CAPITULO IV DO LIVRAMENTO CONDICIONAL Requisitos # Ait 89. O condenado a pena de recluséo ou de detencéo por tempo igual ou superior a dois anos pode ser liberado condicionalmente, desde que: | -tenha cumprido: a) metade da pena, se primério; \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 15176 + arosi2022 16:00 DEL1001 ») dois tergos, se reincidente; Il -tenha reparado, salvo impossibilidade de fazé-lo, o dano causado pelo crime; Ill - sua boa conduta durante a execugdo da pena, sua adaptagio ao trabalho e as circunstancias atinentes a sua Personalidade, ao meio social e a sua vida pregressa permitem supor que nao voltara a delingiir. Penas em concurso de infracées § 1° No caso de condenagao por infracdes penais em concurso, deve ler-se em conta a pena unificada. Condenagao de menor de 21 ou maior de 70 anos § 2° Se 0 condenado é primério © menor de vinte e um ou maior de setenta anos, o tempo de cumprimento da pena pode ser reduzido a um t8rgo. Especificagdes das condiges ® Art. 90. A sentenca deve especiticar as condigdes a que fica subordinado o livramento. Preliminares da concessao # Art 91. 0 livramento sdmente se concede mediante parecer do Conselho Penitenciaro, ouvidos o diretor do estabelecimento em que esta ou tenha estado oliberando © o representanto do Ministero Pablico da Justiga Militar, e, se imposta medida de seguranga detentiva, apés pericia conclusiva da néo periculosidade do liberando, Observagio cautelar e protegao do liberado * Art 92. 0 liberado fica sob observagao cautelar © protegéo realizadas por patronato oficial ou particular, diigido aquéle e inspecionado éste pelo Conselho Penitenciario, Na falta de patronato, o liberado fica sob observagao cautelar realzada por servo social penitenciario ou érgao similar. Revogagao obrigatéria # Art, 93, Revoga-se o livramento, se 0 liberado vem a ser condenado, em sentenga irrecorrivel, a penal privativa, de liberdade: | - por infragao penal cometida durante a vigéncia do beneficio; II por infragao penal anterior, salvo se, tendo de ser unificadas as penas, nao fica prejudicado o requisito do art. 89, ne |, letra a Revogagao facultativa § 1° 0 juiz pode, também, revogar o livramento se o liberado deixa de cumprir qualquer das obrigagdes constantes da sentenga ou ¢ irrecorrivelmente condenado, por motivo de contravenco, a pena que nao seja privativa de liberdade: ‘0, se militar, sofre penalidade por transgressao disciplinar considerada grave. Infragio sujeita a jurisdigao penal comum § 2 Para os efeitos da revogagéo obrigatéria, séo tomadas, também, em consideragao, nos térmos dos ns. |e I déste artigo, as infragées sujeitas a jurisdigao penal comum: e, igualmente, a contravengao compreendida no § 1°, se assim, com prudente arbitio, «entender o juiz. Efeltos da revogago # Att 94, Revogado 0 livramento, no pode ser novamente concedido e, salvo quando a revogagao resulta de condenagao por infragao penal anterior a0 beneticio, néo se desconta na pena o tempo em que estéve sdlto 0 condenado Extingao da pena # Art. 95. Se, até o seu térmo, o livramento nao 6 revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. Pardgrafo Unico. Enquanto nao passa em julgado a sentenga em proceso, a que responds o liberado por infragao Penal cometida na vigéncia do livramento, deve o juiz abster-se de dectarar a extincao da pena. Nao aplicagao do livramento condicional \www.planalto.govbriccivil_08idecretoeide!1001.nim 1676 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art. 96. 0 livramento condicional nao se aplica ao condenado por crime cometido em tempo de guerra. Casos especiais do livramento condicional 2 At. 97. Em tempo de paz, 0 livramento condicional por ctime contra a seguranga externa do pais, ou de revolta, motim, aliciagao e incitamento, violéncia contra superior ou miltar de servigo, s6 sera concedido apés o cumprimento de dois tercos da pena, abservado ainda o disposto no art. 89, predmbulo, seus nimeros Il¢ lil e §§ 1? 2° CAPITULO V DAS PENAS ACESSORIAS Penas Acessérias # Art. 98. Sa0 penas acessérias: | - a perda de pésto e patente; Il -a indignidade para o oficialato; IIL-a incompatibilidade com o oficialato; IVa exclusdo das forgas armadas; \V-- a perda da funcdo piiblica, ainda que eletiva; VI- a inabilitagéo para o exercicio de fungao publica; VII - a suspensdo do patio poder, tutela ou curatela; VIll- a suspensao dos direitos politicos. Fungo piblica equiparada Pargrafo Unico. Equipara-se a fungo publica a que é exercida em emprésa pilblica, autarquia, sociedade de economia mista, ou sociedade de que participe a Unido, o Estado ou o Municipio como acionista majoritaro, Perda de pésto e patente * Art. 99. A perda de pésto e patente resulta da condenagao a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecoragées. Indignidade para o oficialato Ar. 100. Fica sujeto & declaracdo de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena nos crimes de traigéo, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 0 312. Incompatibilidade com 0 oficialato * Aa 101. Fica sujeito & declaragdo de incompatibilidade com o ofcialato 0 militar condenado nos crimes dos arts. 1416 142, Exclusio das férgas armadas Art. 102. A condenagao da praga a pena prvativa de iberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua excluséo das férgas armadas, Porda da fungio piblica * At. 108. Incorre na perda da fungéo pilbica o assemelhado ou o chi | - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violagao de dever inerente fungdo pilblica; II condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm v6 + arosi2022 16:00 DEL1001 Paragrafo Unico, © disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercicio de fungo publica de qualquer natureza Inabilitagao para o exercicio de fungao publica # Art, 104. Incorre na inabilitagao para o exercicio de fungao publica, pelo prazo de dois até vinte anos, o condenado a reckisdo por mais de quatro anos, em virlude de crime praticado com abuso de poder ou violagao do dever militar ou inerente a fungao pilbica Térmo inicial Pardgrato tnico. © prazo da inabiltagao para 0 exercicio de fungéo pilblica comega ao térmo da execugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranga imposta em substituigao, ou da data em que se extingue a referida pena Suspensao do patrio poder, tutela ou curatela # At. 105. 0 condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o crime praticado, fica suspenso do exercicio do patrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execugao da pena, ou da medida de seguranga imposta em substituigao (art. 113) ‘Suspensao proviséria Pardgrafo Unico. Durante o processo pode 0 juiz decretar a suspensdo proviséria do exercicio do paitrio poder, tutela ou curatela, ‘Suspensao dos direitos politicos # Art. 106, Durante a execugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranga imposta em Substituigo, ou enquanto perdura a inabilitagao para fungdo publica, o condenado nao pode votar, nem ser votado, Imposicao de pena acesséria # Art. 107. Salvo os casos dos arts. 99, 103, n° Il, © 106, a imposigao da pena acesséria deve constar expressamente da sentenga, ‘Tempo computavel Art. 108. Computa-se no prazo das inabilitagées tempordrias 0 tempo de liberdade resultante da suspensao condicional da pena ou do livramento condicional, se nao sobrevém revogacao. CAPITULO VI DOS EFEITOS DA CONDENAGAO Obrigagao do reparar 0 dano 2 At 109, Sao efeitos da condenagao: |- tornar certa a obrigagao de reparar o dano resultante do crime; Perda em favor da Fazenda Nacional IIa perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boat a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienago, uso, porte ou detengéo constitua fato ilicito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a sua pratica, TITULO VI DAS MEDIDAS DE SEGURANGA Espécies de medidas de seguranca \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 1876 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art. 110. As medidas de seguranga sao pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em detentivas ¢ ndo detentivas. As detentivas so a internagao em manicémio judiciério e a internagao em estabelecimento psiquidtrico anexo ao manicémio judicidrio ou ao estabelecimento penal, ou em se¢ao especial de um ou de outro, As do detentivas so a cassacao de licenga para direcao de veiculos motorizados, o exilio local e a proibicao de freqiientar determinados lugares. As patrimoniais so a interdi¢ao de estabelecimento ou sede de sociedade ou associagio, ¢ 0 confisco. Possoas sujeitas as medidas de seguranga > Art. 111. As medidas de seguranga sémente podem ser impostas: | +208 civis |I- aos militares ou assemelhados, condenados a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, ou aos que de outro modo hajam perdido {ungo, pésto e patente, ou hajam sido excluldos das fércas armadas; IIL aos militares ou assemethados, no caso do art. 4% IV- aos militares ou assemelhados, no caso do art, 115, com aplicagao dos seus §§ 1°, 2° @ 3°, Manicémio judiciério * Art 112. Quando o agente & inimputavel (art. 48), mas suas condigées pessoais e o fato praticado revelam que éle oferece perigo a incolumidade alheia, o juiz determina sua internagao em manicémio judicidrio. Prazo de internagao § 1° internagao, cujo minimo deve ser fixado de entre um a trés anos, é por tempo indeterminado, perdurando enquanto ndo for averiguada, mediante pericia médica, a cessagao da periculosidade do intemado, Pei ia médica § 2 Salvo determinago da instancia superior, a pericia médica realizada ao término do prazo minimo fixado & internagao e, nao sendo esta revogada, deve aquela ser repetida de ano em ano. Desinternagao condicional § 3° A desinternago & sempre condicional, devendo ser restabelecida a situacdo anterior, se o individuo, antes do decurso de um ano, vem a praticar fato indicativo de persisténcia de sua periculosidade '§ 4° Durante 0 perfodo de prova, aplica-se o disposto no art. 92. ‘Substituigéo da pena por internagao # Art. 113, Quando 0 condenado se enquadra no paragrafo unico do art. 48 © necesita de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituida pela internagdio em estabelecimento psiquiatrico anexo ao manicémio judiciério ou ao estabelecimento penal, ou em seco especial de um ou de outro. ‘Superveniéncia de cura § 1° Sobrevindo a cura, pode o intemado ser transferido para o estabelecimento penal, ndo ficando excluido o seu direito a livramento condicional Persisténcia do estado mérbido § 2° Se, ao término do prazo, persistir 0 mérbido estado psiquico do internado, condicionante de periculosidade atual, a internagao passa a ser por tempo indeterminado, aplicando-se o disposto nos §§ 1° a 4° do artigo anterior. Ebrios habituals ou toxicémanos § 3° A idéntica internagao para fim curativo, sob as mesmas normas, ficam sujeitos os condenados reconhecidos como ébrios habituais ou toxicémanos. Regime de internagao # Art. 114, A intemagao, em qualquer dos casos previstos nos artigos precedentes, deve visar nao apenas a0 lratamento curativo do internado, sendo também ao seu aperfeigoamento, a um regime educativo ou de trabalho, lucrative ou nao, segundo o permitirem suas condigdes pessoais, _www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim s9r76 ‘wrosr20z2 16:00 DEL 1001 Cassagao de licenca para dirigir veiculos motorizados # At, 115, Ao condenado por crime cometido na diregdo ou relacionadamente a diregao de veiculos motorizados, deve ser cassada a licenca para tal fim, pelo prazo minimo de um ano, se as circunstancias do caso e os antecedentes do condenado revelam a sua inaptidao para essa alividade e consequiente perigo para a incolumidade alheia § 1° 0 prazo da interdigdo se conta do dia em que termina a execugao da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranca detentiva, ou da data da suspensdo condicional da pena ou da concessao do livramento ou desinternagao condicionais, § 2° Se, antes de expirado 0 prazo estabelecido, 6 averiguada a cessagao do perigo condicionante da interdi¢ao, esta ¢ revogada; mas, se o perigo persiste ao térmo do prazo, prorroga-se éste enquanto nao cessa aquéle, § 3° A cassagao da licenga deve ser determinada ainda no caso de absolvigdo do réu em razao de inimputabilidade. Exilio local # At. 116. 0 exilo local, aplicdvel quando 0 juiz © considera necessério como medida preventiva, a bem da ordem pilblca ou do préprio condenado, consiste na proibigdo de que éste resida ou permaneca, durante um ano, pelo menos, na localidade, municipio ou comarca em que o crime fol praticado. Paragrafo Unico. O exilio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa condicionalmente a execugao da pena privativa de liberdade. Proibicdo de freqiientar determinados lugares # Art. 117. A proibigdo de freqiientar determinados lugares consiste em privar 0 condenado, durante um ano, pelo menos, da faculdade de acesso a lugares que favoregam, por qualquer motivo, seu retérno a atividade criminosa. Pardgrafo Unico. Para o cumprimento da proibigéo, aplica-se o disposto no paragrafo Unico do artigo anterior. Interdigio de estabelecimento, sociedade ou associagao # Att 118. A interdigao de estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedade ou associagio, pode ser decretada por tempo no inferior a quinze dias, nem superior a seis meses, se o estabelecimento, sociedade ou associagao serve de meio ou pretexto para a pratica de infrago penal. § 1° A interdigao consiste na proibigo de exercer no local o mesmo comércio ou industria, ou a atividade social § 2° A sociedade ou associagao, cuja sede ¢ interditada, no pode exercer em outro local as suas atividades, Confisco * Att 119. O juiz, embora no apurada a autoria, ou ainda quando o agente é inimputével, ou no punivel, deve ‘ordenar o confisco dos instrumentos e produtos do orime, desde que consistam em coisas: | - cujo fabrico, alienago, uso, porte ou detengaio constitul fate ilcito; Il-- que, pertencendo as férgas armadas ou sendo de uso exclusive de militares, estejam em poder ou em uso do agente, ou de pessoa nao devidamente autorizada; I~ abandonadas, ocultas ou desaparecidas Pardgrafotnico. & ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, nos casos dos ns. | Il Imposigao da medida de seguranga » Art, 120, A medida de seguranca 6 imposta em sentenga, que Ihe estabelecera as condigdes, nos térmos da lei penal militar. Paragrafo Unico, A imposigao da medida de seguranga nao impede a expulsao do estrangeiro. TITULO vit DA AGAO PENAL Propositura da aco penal _www.planalto.govbriccivil_08idecretoeide!1001.nim 2076 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art. 121, A agdo penal sémente pode ser promovida por dentincia do Ministério Publico da Justiga Militar. Dopendéncia de raquisigao # Att 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ago penal, quando o agente for militar ou assemethado, depende da requisi¢ao do Ministério Militar a que aquéle estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o agente for civil e no houver co-autor militar, a requisi¢do sera do Ministério da Justiga. TiruLo vi DA EXTINGAO DA PUNIBILIDADE Causas extintivas Art. 123. Extingue-se a punibilidade: | - pela morte do agente; II pela anistia ou indulto; IIL- pela retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso; IV- pela prescri¢ao; V- pela reabilitagao; VI- pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4°) Paragrafo tinico, A extingao da punibilidade de crime, que & pressuposto, elemento constitutive ou circunstancia agravante de outro, ndo se estende a éste, Nos crimes conexos, a extingao da punibilidade de um déles nao impede, ‘quanto aos outros, a agravagao da pena resultante da conexao. Espécies de prescricao * Att. 124. A prescrigdo refere-se & ago penal ou a execugdo da pena, Prescricdo da agao penal * Art. 125, A prescrigdo da acao penal, salvo o disposto no § 1° déste artigo, regula-se pelo maximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: | -em trinta anos, se a pena é de morte; Il-em vinte anos, se 0 maximo da pena é superior a doze; Ill -em dezesseis anos, se o maximo da pena é superior a alto e nao excede a doze; IV- em doze anos, se 0 méximo da pena 6 superior a quatro ¢ ndo excede a oito; \V- em oito anos, se o maximo da pena é superior a dois e nao excede a quatro: \VI- em quatro anos, se o maximo da pena ¢ igual a um ano ou, sendo superior, nao excede a dois; VII - em dois anos, se 0 maximo da pena ¢ inferior a um ano. ‘Superveniéncia de sentenga condenatéria de que sémente o réu recorre § 1° Sobrevindo sentenga condenatéria, de que somente o réu tenha recorrido, a prescrigéo passa a regular-se pela pena imposta, e deve ser logo declarada, sem prejuizo do andamento do recurso se, entre a ultima causa interruptiva do curso da prescricao (§ 5°) e a sentenga, ja decorreu tempo suficiente. ‘Térmo inicial da prescrigdo da agao penal § 2° A prescricao da ago penal comega a correr: a) do dia em que o crime se consumou: \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 2176 + arosi2022 16:00 DEL1001 b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; ) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanéncia; d) nos crimes de falsidade, da data em que 0 fato se tomou conhecido, Caso de concurse de crimes ou de crime continuado '§ 3° No caso de concurso de crimes ou de crime continuado, a prescricao é referida, nao a pena unificada, mas a de cada crime considerado isoladamente. ‘Suspensao da prescrigao § 4° A prescrigdo da ago penal nao corre: | enquanto nao resolvida, em outro processo, questo de que dependa o reconhecimento da existéncia do crime; II enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. Interrupgao da prescrigao § 5° O curso da prescrigao da agao penal interrompe-se |= pela instauragao do processo; Il pela sentenca condenatéria recorrivel, § 6° A interrupgao da prescrigdo produz efeito relativamente a todos os autores do crime; ¢ nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, a interupgao relativa a qualquer déles estende-se aos demais. Prescricdo da execugdo da pena ou da medida de seguranga que a substi # Art. 126. A prescrigao da execugdo da pena privativa de liberdade ou da medida de seguranga que a substitui (art. 113) regula-se pelo tempo fixado na sentenga e verifica-se nos mesmos prazos estabelecidos no art. 125, os quais, Se aumentam de um térgo, se 0 condenado é criminoso habitual ou por tendéncia. § 1° Comega a correr a prescrigao: a) do dia em que passa em julgado a sentenga condenatéria ou a que revoga a suspensio condicional da pena ou © livramento condicional; b) do dia em que se interrompe a execugao, salvo quando o tempo da interrupgo deva computar-se na pena. '§ 2° No caso de evadir-se 0 condenado ou de revoger-se 0 livramento ou desinteragao condicionais, a prescri¢&o Se regula pelo restante tempo da execugao. '§ 3° O curso da presctigio da execugdo da pena suspende-se enquanto 0 condenado esta préso por outro mativo, @ interrompe-se pelo inicio ou continuacao do cumprimento da pena, ou pela reincidéncia, Prescri¢ao no caso de reforma ou suspensao de exercicio > ft 127. Veriicarse em quatro anos a prescrigo nos crimes cuja pena cominada, no maximo, & de reforma ou de suspensao do exercicio do pésto, graduagao, cargo ou fungao. Disposigées comuns a ambas as espécies de prescricéo * Att 128, Interrompida a prescrigdo, salvo 0 caso do § 3°, segunda parte, do art. 126, todo 0 prazo comeca a correr, novamente, do dia da interrupgao, Redugao # Art 129. Sao reduzidos de metade os prazos da prescrigéo, quando o criminoso era, 20 tempo do crime, menor de vinte @ um anos ou maior de setenta. Imprescritibilidade das penas acessérias Art. 130. € imprescritivel a execugéo das penas acessérias, \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 2276 + arosi2022 16:00 DEL1001 Prescrigao no caso de insubmissao # ft. 131. A prescrigao comega a correr, no crime de insubmissao, do dia em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos. Prescrigao no caso de desergio * Art. 132. No crime de desergao, embora decorrido o prazo da prescrigdo, esta s6 extingue a punibllidade quando co desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta. Declaragao de oficio > Art. 133. A prescrigéo, embora no alegada, deve ser declarada de oficio. Reabilitagao 2 Art 134, A reabilagdo alcanca quaisquer penas impostas por sentenca definitva, § 1° A reabilitagdo podera ser requerida decorridos cinco anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena principal ou terminar a execucao desta ou da medida de seguranca aplicada em substiuigdo (ar. 113), ou do dia em que terminar 0 prazo da suspenséo condicional da pena ou do livramento condicional, desde que 0 condenado: a) tenha tide domicfio no Pais, no prazo acima referido: b) tenha dado, durante ésse tempo, demonstracao efetiva e constante de bom comportamento ptiblico e privado; ©) tenha ressarcido 0 dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibilidade de o fazer até o dia do edido, ou exiba documento que comprove a reniincia da vitima ou novagdo da divida. § 2° A reabilitagao nao pode ser concedida’ a} em favor dos que foram reconhecidos perigosos, salvo prova cabal em contrario; b) em relagdo aos atingidos pelas penas acessérias do art. 98, inciso VII, se o crime for de natureza sexual em detrimento de filho, tutelado ou curatelado. Prazo para renovagao do pedido '§ 3° Negada a reabilitago, ndo pode ser novamente requerida sendo apés o decurso de dois anos. § 4° Os prazos para 0 pedido de reabilitagao serao contados em débro no caso de criminoso habitual ou por tendéncia. Revogagao § 5° A reabiltagdo sera revogada de officio, ou a requerimento do Ministério Publico, se @ pessoa reabilitada for condenada, por deciséo definitiva, ao cumprimento de pena privativa da liberdade. Cancelamento do registro de condenagées pen: # Ast. 195. Declarada a reabilitagao, serao cancelados, mediante averbagao, os antecedentes criminais, Sigilo sdbre antecedentes criminais Pardgrafo Unico. Concedida a reabilitagao, o registro oficial de condenagées penais nao pode ser comunicado sendo a autoridade policial ou judicidria, ou ao representante do Ministério Publica, para instrucao de processo penal que venha a ser instaurado contra o reabilitado. PARTE ESPECIAL Livro | DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO. DE PAZ \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 23178 + arosi2022 16:00 DEL1001 TiTULOL DOS CRIMES CONTRA A SEGURANGA. EXTERNA DO PAIS. * Axl. 136. Praticar o militar ato de hostlidade contra pais estrangeiro, expondo o Brasil a perigo de guerra: Pena - reclusto, de oito a quinze anos. Resultado mais grave § 1° Se resulta ruptura de relagées diplomaticas,represdlia ou retorséo: Pena - recluséo, de dez a vinte e quatro anos. § 2° Se resulta guerra Pena - reclusao, de doze a trinta anos. Provocacao a pais estrangeiro # Att 137. Provocar o militar, dretamente, pais estrangeiro a declarar guerra ou mover hosilidade contra o Brasil ‘ou a intervr em questo que respeite a soberania nacional Pena - raclusio, de doze a trinta anos. Ato de juri igo indevida & Att, 138, Praticar o militar, indevidamente, no territério nacional, ato de jurisdi¢ao de pais estrangeiro, ou favorecer a pratica de ato dessa natureza: Pena - recluséo, de cinco a quinze anos. Violacdo de territério estrangeiro # Art, 139, Violar o militar territrio estrangeiro, com o fim de praticar ato de jurisdigao em nome do Brasi: Pena - recluséo, de dois a sels anos. Entendimento para empenhar o Brasil 4 neutralidade ou a guerra ® Art. 140. Entrar ou tentar entrar 0 militar em entendimento com pais estrangeiro, para empenhar o Brasil & neutralidade ou guerra: Pena - reclusao, de seis a doze anos. Entendimento para gerar conflito ou divergéncia com o Brasil * Art, 141, Entrar em entendimento com pais estrangeiro, ou organizago néle existente, para gerar conflto ou divergéncia de cardter internacional entre o Brasil e qualquer outro pals, ou para Ihes perturbar as relacdes diplomaticas: Pena - reclusao, de quatro a oito anos. Resultado mais grave § 1° Se resulta ruptura de relagées diplomaticas: Pena - reclusdo, de seis a dezoito anos. § 2° Se resulta guerra’ Pena - reclusao, de dez a vinte © quatro anos. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 2478 + arosi2022 16:00 DEL1001 Tentativa contra a soberania do Brasil > Ad. 142, Tentar: | - submeter o territério nacional, ou parte déle, & soberania de pais estrangeiro; Il - desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o territério nacional, desde que o fato atente contra a seguranga externa do Brasil ou a sua soberania; IIL -internacionalizar, por qualquer meio, regido ou parte do territério nacional Pena - recluséo, de quinze a trinta anos, para os cabegas; de dez a vinte anos, para os demais agentes. Consecucao de noticia, informagao ou documento para fim de espionagem # Art 143. Conseguir, para o fim de espionagem militar, noticia, informago ou documento, cujo sigilo seja de interésse da seguranca externa do Brasil: Pena - reclusao, de quatro a doze anos. § 1° A pena é de reclusao de dez a vinte anos: |. se 0 fato compromete a preparago ou eficiéncia bélica do Brasil, ou o agente transmite ou fornece, por qualquer meio, mesmo sem remuneracao, a noticia, informagao ou documento, a autoridade ou pessoa estrangeira;, II- se 0 agente, em detrimento da seguranga externa do Brasil, promove ou mantém no territério nacional atividade ou servico destinado a espionagem; IIL- se 0 agente se utiliza, ou contribui para que outrem se utilize, de meio de comunicagao, para dar indicacao que Ponha ou possa pér em perigo a seguranga externa do Brasil Modalidade culposa § 2° Contribuir culposamente para a execugao do crime: Pena - detengo, de seis meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, no caso do § 1°, n° I Revelagao de notici informagao ou documento # Art, 144, Revelar noticia, informagao ou documento, cujo sigilo seja de interésse da seguranga externa do Brasil Pona - reclusao, de trés a oito anos. Fim da espionagem militar § 1° Se 0 fato 6 cometido com o fim de espionagem militar: Pena - reclusao, de seis a doze anos. Resultado mais grave § 2° Se o fato compromete a preparacao ou a eficiéncia bélica do pais: Pena - reclusdo, de dez a vinte anos. Modalidade culposa § 3° Se a revelacdo & culposa: Pena - detencio, de sels meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, nos casos dos §§ 1° 2. Turbagao de objeto ou documento # Art. 145, Suprimir, subtrair, deturpar, alterar, desviar, ainda que temporariamente, objeto ou documento concemente a seguranga externa do Brasil Pena - reclusdo, de trés a olto anos. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 2576 + arosi2022 16:00 DEL1001 Resultado mais grave § 1° Se o fato compromete a seguranga ou a eficiéncia bélica do pais Pena - Reclusdo, de dez a vinte anos. Modalidade culposa § 2° Contribuir culposamente para o fato Pena - datengao, de seis meses a dots anos. Penetragio com o fim de espionagem * Att 148, Penetrar, sem licenga, ou introduzir-se clandestinamente ou sob falso pretexto, em lugar sujeito & administragao militar, ou centro industrial a servigo de construgao ou fabricagdo sob fiscalizagao militar, para colhér informagao destinada a pais estrangeiro ou agente seu: Pena - reclusao, de trés a oito anos. Pardgrafo tinico. Entrar, em local referido no artigo, sem licenga de autoridade competente, munido de maquina fotografica ou qualquer outro meio habil para a pratica de espionagem: Pona - recluséo, até trés anos. Desenho ou levantamento de plane ou planta de local militar ou de engenho de guerra * Att 147, Fazer desenho ou levantar plano ou planta de fortficagéo, quartel, fabrica, arsenal, hangar ou aerédromo, ou do navio, aeronave ou engenho de guorra motomecanizado, utiizados ou em construgéo sob administragao ou fiscaliza¢ao militar, ou fotografa-los ou filma-los: Pena - reclusdo, até quatro anos, se o fato nao constitui crime mais grave. ‘Sobrovéo om local intordito # Al. 148, Sobrevoar local declarado interito: Pena - recluséo, até ts anos. TITULO IL DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR CAPITULO! DO MOTIM E DA REVOLTA Motim # Att 149, Reunirem-se militares ou assemelhados: | - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; Il-recusando obediéncia a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violéncia; Ill -assentindo em recusa conjunta de obediéncia, ou em resisténcia ou violéncia, em comum, contra superior; IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fébrica ou estabelecimento militar, ou dependéncia de qualquer déles, hangar, aerédromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de anspor, para ago mila, ou préica de violéncia, em desobedincia a ordem superior ou em detimento da ordem ou Pena - recluséo, de quatro a oito anos, com aumento de um térgo para os cabecas. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 26176 + arosi2022 16:00 DEL1001 Revolta Pardgrafo nico, Se os agentes estavam armados: Pena - reclusdo, de oito a vinte anos, com aumento de um térco para os cabecas. Organizagao de grupo para a pratica de violéncia * Ar. 180. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico, de propriedade militar, praticando violéncia @ pessoa ou a coisa publica ou particular em lugar sujeito ou ndo & administragao militar: Pena - recluséo, de quatro a oito anos. ‘Omissao de lealdade militar # Art, 151. Deixar o militar ou assemethado de levar ao conhecimento do superior 0 motim ou revolta de cuja preparago teve noticia, ou, estando presente ao ato criminoso, ndo usar de todos os meios ao seu alcance para impedi- lo: Pena - reclusao, de trés a cinco anos. Conspiragao * Att. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a pratica do crime previsto no artigo 149: Pena - reclusao, de trés a cinco anos. Isengao de pena Pardgrafo Unico. € isento de pena aquéle que, antes da execugéo do crime e quando era ainda possivel evitar-the as conseqtiéncias, denuncia o ajuste de que participou. ‘Cumulagao de penas * Ad 153. As penas dos arts, 149 e 150 so aplicéveis sem prejuizo das correspondentes a violencia, CAPITULO II DA ALICIAGAO E DO INCITAMENTO Aliciagao para motim ou revolta Art. 154, Aliciar militar ou assemelhado para a pratica de qualquer dos crimes previstos no capitulo anterior: Pena - reclusio, de dois a quatro anos, Incitamento * Ad 155, Incitar A desobediéncia, a indisciplina ou a prdtica de crime militar: Pena - reclusto, de dois a quatro anos. Pardgrafo tnico. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito & administragéo militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento a pratica dos atos previstos no artigo, Apologia de fato criminoso ou do seu autor # Art, 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito 4 administragao militar: Pena - detengao, de seis meses a um ano, CAPITULO Itt winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm 2706 + arosi2022 16:00 DEL1001 DA VIOLENCIA CONTRA SUPERIOR OU MILITAR DE SERVIGO Violéncia contra superior Ast. 187, Praticar violéncia contra superior: Pena - detengao, de trés meses a dois anos Formas qualificadas § 1° Se 0 superior & comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general: Pena - reclusto, de trés a nove anos § 2° Se a violéncia 6 praticada com arma, a pena é aumentada de um térg. § 3° Se da violencia resulta lesio corporal, aplica-se, além da pena da violéncia, a do crime contra a pessoa. § 4° Se da violéncia resulta morte: Pena - reclusto, de doze a trinta anos. § 5° A pena 6 aumentada da sexta parte, se 0 crime ocorre em servi. Violéncia contra militar de servigo 2 Art 158, Praticarvioléncia contra oficial de dia, de servigo, ou de quarto, ou contra sentinela,vigia ou plantao: Pena - reclusto, de trés a oito anos. Formas qualificadas § 1° Sea violéncia 6 praticada com arma, a pena é aumentada de um térgo. § 2° Se da violéncia resulta leso corporal, aplica-se, além da pena da violéncia, a do crime contra a pessoa, § 3° Se da violéncia resulta morte: Pena - reclusdo, de doze a trinta anos. ‘Auséncia de délo no resultado # Art 159. Quando da violéncia resulta morte ou lesdo corporal e as circunstancias evidenciam que o agente nao quis 6 resultado nem assumiu o risco de produzio, a pena do crime contra a pessoa é diminuida de metade CAPITULO IV DO DESRESPEITO A SUPERIOR E A ‘SIMBOLO NACIONAL OU A FARDA Desrespeito a superior ® Art, 160, Desrespeitar superior diante de outro militar: Pena - detengio, de trés meses a um ano, se 0 fato néo constitui crime mais grave. Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de servigo Paragrafo nico, Se 0 fato é praticado contra 0 comandante da unidade a que pertence o agente, oficial-general, oficial de dia, de servico ou de quarto, a pena é aumentada da metade. Desrespeito a simbolo nacional \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 28076 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art. 161, Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito administragao militar, ato que se traduza em ultraje a simbolo nacional: Pena - detengo, de um a dois anos. Despojamento desprezivel * Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoragéo militar, insignia ou distintivo, por menosprézo ou vilipéndi: Pena - detengio, de sels meses a um ano. Pardgrafo Unico. A pena é aumentada da metade, se 0 fato é praticado diante da tropa, ou em pablico. CAPITULO V DA INSUBORDINAGAO Recusa de obediéncia * Art 163. Recusar obedecer a ordem do superior sdbre assunto ou matéria de servigo, ou relativamente a dever impésto em lei, regulamento ou instruc Pena = detengo, de um a dois anos, se 0 fato nao constitui crime mais grave. Oposigao a ordem de sentinela # Att. 164. Opor-se as ordens da sentinela: Pena - detengao, de seis meses a um ano, se 0 fato no constitui crime mais grave. Reuniao ilicita # Art 165. Promover a reunio de militares, ou nela tomar parte, para discussdo de alo de superior ou assunto atinente a disciplina militar: Pena - detengdo, de seis meses a um ano a quem promove a reunido; de dois a seis meses a quem dela participa, se 0 fato ndo constitui crime mais grave. Publicagao ou critica indevida # Ast. 166. Publicar o militar ou assomelhado, som licenga, ato ou documento oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente & disciplina militar, ou a qualquer resolugao do Govérno: Pena - detengio, de dois meses a um ano, se 0 fato nao constitu crime mais grave. CAPITULO VI DA USURPAGAO E DO EXCESSO OU ABUSO DE AUTORIDADE Assungao de comando sem ordem ou autorizagao # Art, 167. Assumir 0 militar, sem ordem ou autorizagao, salvo se em grave emergéncia, qualquer comando, ou a diregdo de estabelecimento militar: Pena - reclusao, de dois a quatro anos, se 0 fato nao constitui crime mais grave. Conservagao ilegal de comando Act 168. Conservar comando ou fungéo legitimamente assumida, depois de receber ordem de seu superior para dixé-os ou transmits a outrem: Pena - detengo, de um a trés anos. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 29176 + arosi2022 16:00 DEL1001 ‘Operagao militar sem ordem superior # Art, 169, Determinar 0 comandante, sem ordem superior ¢ fora dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou agao militar: Pena - reclusao, de trés a cinco anos, Pardgrafo Unico, Se o movimento da tropa ou ago militar é em territério estrangeiro ou contra férga, navio ou aeronave de pais estrangeiro: Pena « reclusao, de quatro a oito anos, se 0 fato ndo constitui ctime mais grave. ‘Ordem arbitraria de invasdo # Art, 170, Ordenar, arbitrariamente, 0 comandante de forga, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado a entrada de comandados seus em Aguas ou territério estrangeiro, ou sobrevoé-los: Pena - suspensdo do exercicio do pésto, de um a trés anos, ou reforma. Uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insignia # Art 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou insignia de pésto ou graduagao superior: Pena - detengio, de seis meses a um ano, se 0 fato nao constitui crime mais grave. Uso indovide de uniforme, distintive ou insignia militar por qualquer pessoa > Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, dstintivo ou insignia militar a que no tenha dielto: Pena -detengao, até seis meses. ‘Abuso de requisi¢ao militar # Art, 173, Abusar do impésto em lei: ito de requisi¢ao militar, excedendo os podéres conferidos ou recusando cumprir dever Pena - detengio, de um a dois anos. Rigor oxcessivo * Ait 174, Exceder a faculdade de punir 0 subordinado, fazendo-o com rigor néo permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou escrito: Pena - suspensiio do exercicio do pésto, por dois a seis meses, se o fato nao constitui crime mais grave. Violéncia contra inferior # Ast. 175, Praticar violéncia contra inferior: Pena - detengao, de trés meses a um ano, Resultado mais grave Pardgrafo Unico, Se da violéncia resulta lesdo corporal ou morte & também aplicada a pena do crime contra a pessoa, atendendo-se, quando for o caso, ao disposto no art, 159. Ofensa aviltante a inferior # Att 176, Ofender inferior, mediante ato de violencia que, por natureza ou pelo meio empregado, se considere avitante Pena - detenco, de seis meses a dois anos. Pardgrafo Unico. Aplica-se o disposto no paragrafo Unico do artigo anterior. \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3076 + arosi2022 16:00 DEL1001 CAPITULO VII DARESISTENCIA Resisténcia mediante ameaga ou violéncia # Att. 177, Opor-se a execugdo de ato legal, mediante ameaga ou violéncia ao executor, ou a quem esteja prestando auxilio: Pena - detencao, de seis meses a dois anos. Forma qualificada § 1° Se o ato nao se executa em razéio da resisténcia Pena -recluséio de dois a quatro anos Cumulagao de penas § 2° As penas déste artigo sao aplicaveis sem prejuizo das correspondentes a violéncia, ou ao fato que constitua crime mais grave. CAPITULO VII DA FUGA, EVASAO, ARREBATAMENTO E AMOTINAMENTO DE PRESOS Fuga de préso ou Internado * Att 178, Promover ou faciltar a fuga de pessoa legalmente présa ou submetida a medida de seguranca dotontiva Pena - detengéo, de seis meses a dois anos. Formas qualificadas § 1° Se 0 crime 6 praticado a mao armada ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento Pona - reclusto, de dois a seis anos § 2° Se ha emprégo de violéncia contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente a violéncia. § 3° Seo crime & praticado por pessoa sob cuja guarda, custédia ou condugao esté o préso ou internado Pena - reclusto, até quatro anos. Modalidade culposa # At. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente présa, confiada a sua guarda ou condugao Pena - detengo, de tr8s meses @ um ano. Evasao de préso ou internado # At. 180, Evadir-se, ou tentar evadir-se 0 préso ou intemado, usando de violéncia contra a pessoa Pena - detengo, de um a dois anos, além da correspondente a violncia. § 1° Se a evasio ou a tentativa ocorre mediante arrombamento da priséo militar: Pena -detencao, de sels meses a um ano, ‘Cumulagao de penas \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3176 + arosi2022 16:00 DEL1001 § 2° Se ao fato sucede desercao, aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes. Arrebatamento de préso ou internado # Att 181. Arebatar préso ou internado, a fim de maltraté-o, do poder de quem o tenha sob guarda ou custédia militar: Pena « reclusao, até quatro anos, além da correspondents a violéncia. Amotinamento Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisdo militar: Pena - reclusao, até trés anos, aos cabegas; aos demais, detengao de um a dois anos. Pardgrafo Unico. Na mesma pena incorre quem participa do amotinamento ou, sendo oficial e estando presente, nao usa os meios ao seu alcance para debelar 0 amotinamento ou evitar-Ihe as conseqtiéncias, TITULO IH DOS CRIMES CONTRA 0 SERVICO MILITAR E © DEVER MILITAR CAPITULO DA INSUBMISSAO Insubmissao * Att, 183. Deixar de apresentar-se 0 convocado a incorporagao, dentro do prazo que Ihe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporagao: Pena - impedimento, de trés meses a um ano. Caso assimilado § 1° Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da incorporagao, deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento. Diminuigao da pena § 2° A pena é diminuida de um térgo: 4) pela ignordncia ou a errada compreensdo dos atos da convocacéo militar, quando escusaveis; b) pela apresentagao voluntéria dentro do prazo de um ano, contado do titimo dia marcado para a apresentagao. Criagao ou simulagao de incapacidade fisica Ast. 184, Criar ou simular incapacidade fisica, que inabilite o convocado para o servigo militar: Pena - detengo, de seis meses a dois anos. ‘Substituigao de convocado Art. 185, Substituir-se 0 convocado por outrem na apresentagao ou na inspegao de sauide. Pena - detengio, de seis meses a dois anos. Pardgrafo Unico. Na mesma pena incorre quem substitui o convocado. Favorecimento a convocado \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 32776 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Ast, 186. Dar asilo a convocado, ou tomé-lo a seu servigo, ou proporcionar-ihe ou facilitarIhe transporte ou meio que obste ou dificulte a incorporago, sabendo ou tendo razo para saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capitulo: Pena - detencio, de trés meses a um ano, Isengao de pena Paragrafo nico, Se o favorecedor é ascendente, descendente, cénjuge ou irmao do criminoso, fica isento de pena. CAPITULO II DA DESERGAO Desercao. 2 At. 187. Ausentarse o militar, sem licenga, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias Pena - detengo, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada # Ast, 188, Na mesma pena incorre o militar que: | -ndo se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo 0 prazo de transito ou férias; II deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados daquele em que termina ou é cassada a licenga ou agregagao ou em que é declarado o estado de sitio ou de guerra; IIL- tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias; IV- consegue exclusio do servigo alivo ou situagio de inatividade, criando ou simulando incapacidade. & Art 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, Il Il: Atenuante especial |-- se 0 agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias apés a consumagao do crime, a pena é diminuida de metade; e de um térgo, se de mais de cito dias e até sessenta: Agravante especial Il - se a desergao ocorre om unidade estacionada em fronteira ou pais estrangeiro, a pena é agravada de um térgo. Desergao especial jeixar-o-miltarde-apresentarse der partider denavie-otraeronave-de-que-¢-tripaiante- partide- ot-de-deslocamente-de-unidade-ou-forge-em-que-serve: # Att 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que ¢ tripulante, ‘ou do deslocamento da unidade ou forga em que serve: (Redagdo dada oela Lein? 9,764, de 18.12.1998) gator : Solicit pave Pt é ° mitardarregiso-detitoouzors: Pena - detengdo, até trés meses, se apés a partida ou deslocamento se apresentar, dentro de vinte e quatro horas, autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, a autoridade policial, para ser comunicada a apresentagao a0 comando militar competente. (Redacao dada pela Lei n? 9.764, de 18,12,1998) § 1° Se a apresentagao se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e ndo excedente a cinco dias: Pena - detencio, de dois a oito meses. §-2°Se superior acincodias-ente-excedente-a-dezdias: \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3376 + arosi2022 16:00 DEL1001 § 22 Se superior a cinco dias @ nao excedente a oito dias: (Redacao dada pela Lei n° 9.764, de 18.12.1998) Pena - detengao, de trés meses a um ano. § 22. Se superior a oito dias: (Paragrafo incluido pela Lei n? 9.764, de 18.12.1998) Pena - detencdo, de seis meses a dois anos. Aumento de pena §3*Se-setratarde oficiat-apene¢agravade: § 32 A pena @ aumentada de um tergo, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, de metade, se oficial. {Redacao dada pela Lei n° 9,764, de 18.12.1998) Concérto para desergéo # Ast. 191, Concertarem-se militares para a pratica da desergao: | +e a desergéo néo chega a consumar-se Pena -detencao, de tr8s meses a um ano. Modalidade complexa Ilse consumada a desergao Pena - recluséo, de dois a quatro anos. Desergao por evasao ou fuga # At, 192, Evadir-se 0 militar do poder da escolta, ou de recinto de detengao ou de prisdo, ou fugir em seguida a pratica de crime para evitar prisdo, permanecendo ausente por mais de cito dias: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. Favorecimento a desertor At. 193. Dar aslo a desertor, ou toméo a seu servigo, ou proporcionar-the ou facltarshe transporte ou melo de ‘cutagao, sabendo ou tendo razao para saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capitulo: Pena - detencéio, de quatro meses a um ano. Isengao de pena Pardgrafo Unico, Se o favorecedor é ascendente, descendente, cénjuge ou itmao do criminoso, fica isento de pena. Omissao de oficial * Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se entre os seus comandados: Pena - detengio, de seis meses a um ano, CAPITULO II DO ABANDONO DE POSTO E DE OUTROS CRIMES EM SERVIGO Abandono de pésto # Art 195, Abandonar, sem ordem superior, o pésto ou lugar de servico que Ihe tenha sido designado, ou 0 servigo que the cumpria, antes de termind-to: \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3476 + arosi2022 16:00 DEL1001 Pena - detengo, de trés meses a um ano. Descumprimento de missio 2 Art 196. Deixar o miltar de desempenhar a missio que Ihe foi confada: Pena -detengao, de seis meses a dois anos, se 0 fato nao constitul crime mais grave. § 1° Se 6 oficial o agente, a pena é aumentada de um térco. § 2° Se 0 agente oxercia fungéo de comando, a pena é aumentada de metade. Modali lade culposa § 3° Se a abstengao € culposa: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Retengao indevida # Ait 197. Deixar 0 oficial de restituir, por ocasiéo da passagem de fungo, ou quando Ihe é exigido, objeto, plano, carta, cia, cédigo ou documento que the haja sido confiado: Pena - suspensao do exercicio do pésto, de trés a seis meses, se 0 fato nao constitui crime mais grave. Pardgrafo Unico. Se o objeto, plano, carta, cifra, cédigo, ou documento envolve ou constitul segrédo relative & seguranga nacional: Pena - detengiio, de trés meses a um ano, se 0 fato néo constitui crime mais grave. Omissao de eficiéncia da fora # Art. 198, Deixar 0 comandante de manter a forga sob seu comando em estado de eficiéncia’ Pena - suspensiio do exercicio do pésto, de trés meses a um ano. Omissao de pro Att. 199. Deixar 0 comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evita perda, destruigéo ou inutiizagao de instalagées miltares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado em pergo’ Pena - reclusao, de dois a oito anos. Modalidade culposa Paragrafo Unico, Se a abstengo & culposa: Pena - detengao, de trés meses a um ano. Omissao de provi \cias para salvar comandados At 200. Deixar 0 comandants, em ocasido de incéndio, naufragio, encalhe, colisdo, ou outro perigo semelhante, dio tomar tédas as providéncias adequadas para salvar os seus comandados e minorar as conseqiéncias do sinistro, nfo sendo o tilimo a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel ou sede militar sob seu comando: Pena - reclusdo, de dois a seis anos, Modalidade culposa Pardgrafo tnico, Se a abstengao é culposa: Pena - detengao, de seis meses a dois anos. ‘Omissao de socorro # Art, 201, Deixar 0 comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou naufragos que hajam pedido socorro: \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3576 + arosi2022 16:00 DEL1001 Pena - suspensdo do exercicio do pésto, de um a trés anos ou reforma, Embriaguez em servigo Art 202. Embriagar-se o militar, quando em servigo, ou apresentar-se embriagado para presté-lo: Pena -detengdo, de seis meses a dots anos. Dormir em servigo # Ast. 203. Dormir o militar, quando em servigo, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situagao equivalente, ou, ndo sendo oficial, em servigo de sentinela, vigia, plantao as maquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer servigo de natureza semelhante: Pena - detengo, de trés meses a um ano. CAPITULO IV DO EXERCICIO DE COMERCIO Exercicio de comércio por oficial * Ait. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administragao ou geréncia de sociedade comercial, ou dela ser séclo ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade andnima, ou por cotas de responsabllidade limitada: Pena - suspensao do exercicio do pésto, de seis meses a dois anos, ou reforma TITULO IV DOS CRIMES CONTRA A PESSOA CAPITULO Do HomiciDIo Homicidio simples > Att, 205, Matar alguém: Pena - recluséo, de seis a vinte anos. Minoragao facultativa da pena § 1° Se 0 agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob 0 dominio de violenta emogao, logo em seguida a injusta provocagao da vitima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto a um térco. Homicidio qualificado § 2* Se o homicidio é cometido: | = por motivo ft; Il - mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou saciar desejos sexuais, ou por outro motivo torpe; lll - com emprégo de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - traigo, de emboscada, com surprésa ou mediante outro recurso insidioso, que dificultou ou tornou impossivel a defesa da vitima; \V- para assegurar a execugao, a ocultagao, a impunidade ou vantagem de outro crime; VI- prevalecendo-se o agente da situagao de servigo: _www.planalto.govbricivil_ 08idecretoeide!1001.him 3876 + arosi2022 16:00 DEL1001 Pena - reclusao, de doze a trinta anos. Homicidio culposo At 206. Se 0 homicidio & culposo Pena - detengao, de um a quatro anos. § 1° A pena pode ser agravada se 0 crime resulta de inobservancia de regra técnica de profissao, arte ou oficio, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro a vitima Multiplicidade de vitimas § 2° Se, em conseqiléncia de uma s6 ago ou omissao culposa, ocorre morte de mais de uma pessoa ou também lesdes corporais em outras pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade. Provocagao direta ou auxilio a suicidio # Art. 207. Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestar-Ihe auxilio para que o faga, vindo 0 suicidio consumar-se: Pena - reclusao, de dois a seis anos. Agravagao de pena § 1° Se o crime é praticado por motive egoistico, ou a vitima é menor ou tem diminuida, por qualquer motivo, a resisténcia moral, a pena é agravada. Provocagio indireta ao suicidio § 2° Com detengio de um a trés anos, sera punido quem, desumana e relleradamente, inflge maus tratos a alguém, sob sua autoridade ou dependéncia, levando-o, em razao disso, a pratica de suicicio. Redugao de pena § 3° Se o suicidio & apenas tentado, e da tentativa resulta lesdo grave, a pena é reduzida de um a dois tergos. CAPITULO II DO GENOCIDIO. Genocidio * Ast, 208, Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente a determinada raga, com o fim de destruigao total ou parcial désse grupo: Pena -reclusdo, de quinze a trinta anos. Casos assimilados Pardgrafo tnico. Seré punido com reclustio, de quatro a quinze anos, quem, com mesmo fim: | Infge lesées graves a membros do grupo; I= submete 0 grupo a condigdes de existéncia, fisicas ou morais, capazes de ocasionar a eliminagao de todos os seus membros ou parte déles; IIL forga o grupo a sua dispersao; IV -impde medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; \V- efetua coativamente a transferéncia de criangas do grupo para outro grupo. CAPITULO II DA LESAO CORPORAL E DA RIXA winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm 3776 + arosi2022 16:00 DEL1001 Lesao leve # ‘Ait, 209, Ofender a integridade corporal ou a saiide de outrem: Pena - detencdo, de trés meses a um ano. Lesao grave § 1° Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido ou fungao, ou incapacidade para as ocupagées habituais, por mais de trinta dias: Pena - reclusao, até cinco anos. § 2° Se se produz, dolosamente, enfermidade incuravel, perda ou inutiizagao de membro, sentido ou fungao, incapacidade permanente para o trabalho, ou deformidade duradoura: Pena - reclusao, de dois a oito anos, Lesées qualificadas pelo resultado § 3° Se os resultados previstos nos §§ 1° e 2° forem causados culposamente, a pena sera de detengéio, de um a quatro anos; se da lesao resultar morte e as circunstancias evidenciarem que o agente nao quis o resultado, nem assumiu 0 risco de produzi-lo, a pena sera de reclusdo, até oito anos. Minoragao facultativa da pena § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social ou sob o dominio de Violenta emogdo, logo em seguida a injusta provocagao da vitima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto a um térgo. § 5° No caso de lesées leves, se estas sao reciprocas, nao se sabendo qual dos contendores atacou primeiro, ou quando ocorre qualquer das hipéteses do paragrafo anterior, ojuiz pode diminuir a pena de um a dois tergos. Lesao levissima §§6° No caso de lesées levissimas, o juiz pode considerar a infragao como disciplinar. Lesao culposa # Ait 210. Se a lesio 6 culposa: Pena - detengéo, de dois meses a um ano. § 1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservancia de regra técnica de profissao, arte ou oficio, ou ‘se 0 agente deixa de prestar imediato socorro a vitima Aumento de pena § 2° Se, em conseqiiéncia de uma sé ago ou omissao culposa, ocorrem lesdes em varias pessoas, a pena 6 aumentada de um sexto até metade. Part ipagao em rixa # Att. 211, Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detengiio, até dois meses. Pardgrafo Unico. Se ocorre morte ou leso grave, aplica-se, pelo fato de participago na rixa, a pena de detengAo, do seis meses a dois anos. CAPITULO IV DA PERICLITAGAO DA VIDA OU DA SAUDE Abandono de pessoa \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3876 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Att, 212, Abandonar o militar pessoa que esté sob seu cuidado, guarda, vigilancia ou autoridade e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resullantes do abandono: Pena -detencao, de seis meses a trés anos. Formas qualificadas pelo resultado § 1° Se do abandono resulta lesao grave: Pena - recluséo, até cinco anos. § 2° Se resulta morte Pena - reclusdo, de quatro a doze anos. Maus tratos Aut. 213. Expor a perigo a vida ou saide, em lugar sujeto & administragéo militar ou no exercicio de fungao militar, de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilancia, para o fim de educagao, instrugao, tratamento ou custédia, quer privando-a de alimentagao ou cuidados indispensaveis, quer sujeitando-a a trabalhos excessivos ou inadequados, ‘quer abusando de meios de corregéo ou disciplina Pena - detengéo, de dois meses a um ano. Formas qualificadas pelo resultado § 1° Se do fato resulta leséo grave: Pena - reclusto, até quatro anos § 2° Se resulta morte: Pena - reclusao, de dois a dez anos, CAPITULO V DOS CRIMES CONTRA A HONRA Calunia # Art. 214. Caluniar alguém, imputando-Ihe falsamente fato definido como crime: Pena - detengéo, de seis meses a dois anos. § 1° Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputagdo, a propala ou divulga, Excegio da verdade § 2° A prova da vordade do fato imputado exclu o crime, mas nao 6 admitda: | -8e, constituindo ofato imputado crime de agio privada, o ofendide nao foi condenado por sentenga irecorrvel; I1-e 0 fato & imputado a qualquer das pessoas indicadas no nt | do art. 218: ll - se do crime imputado, embora de agao ptiblica, o ofendido foi absolvido por sentenga irrecorrivel. Difamagao Art 216. Difamar alguém, imputando-the fato ofensivo & sua reputagéo: Pena - detengao, de tr8s meses @ um ano. Paragrafo Unico. A excegao da verdade sémente se admite se a ofensa é relativa ao exercicio da fungao publica, militar ou civil, do ofendido. Injaria \www.planalto.govbricivil_08idecretoeide!1001.nim 3976 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art. 216. Injuriar alguém, ofendendo-the a dignidade ou o decéro: Pena - detengio, até seis meses. Injaria real # Att 217. Se a injuria consiste em violéncia, ou outro ato que atinja a pessoa, e, por sua natureza ou pelo meio ‘empregado, se considera aviltante: Pena - detengio, de trés meses a um ano, além da pena correspondent a violencia. Disposigées comuns # Art. 218. As penas cominadas nos antecedentes artigos déste capitulo aumentam-se de um térgo, se qualquer dos crimes é cometido: | - contra o Presidente da Repiblica ou chefe de govémo estrangeiro; II contra superior; IIL- contra militar, ou funcionério piblico civil, em razdo das suas fungées; IV - na presenga de duas ou mais pessoas, ou de inferior do ofendido, ou por meio que facilite a divulgagao da caltinia, da difamagao ou da injaria Pardgrafo Unico. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em débro, se © fato nao constitui crime mais grave. Ofensa as fércas armadas # At. 219. Propalar fatos, que sabe inveridicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das férgas armadas ou a confianga que estas merecem do piiblico: Pena - detengio, de seis meses a um ano, Paragrafo Unico. A pena sera aumentada de um térgo, se o crime & cometido pela imprensa, radio ou televisdo. Exclusdo de pena * Att, 220, Nao constitui ofensa punivel, salvo quando inequivoca a intengao de injuriar, difamar ou caluniar: | - a irrogada em juizo, na discussao da causa, por uma das partes ou seu procurador contra a outra parte ou seu procurador; IIa opinido desfavoravel da critica iterdria, artistica ou ciontifica; IIl- a apreciagéo critica &s instituigées militares, salvo quando inequivoca a intengéo de ofender; IV - 0 conceito desfavorével em apreciagdo ou informagao prestada no cumprimento do dever de oficio. Pardgrafo ‘nico. Nos casos dos ns. I IV, responde pela ofensa quem Ihe dé publicidade. Equivocidade da ofensa Ait. 221. Se a ofensa é lrrogada de forma imprecisa ou equivoca, quem se julga atingido pode pedir explicagées em juizo. Se o interpelado se recusa a dé-las ou, a critério do juiz, ndo as da satisfaterias, responde pela ofensa, CAPITULO VI DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE ‘Sogao | - Dos crimes contra a liberdade individual Constrangimento ilegal winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm 40176 + arosi2022 16:00 DEL1001 # Art, 222. Constranger alguém, mediante violéncia ou grave ameaga, ou depois de Ihe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resisténcia, a ndo fazer o que a lei permite, ou a fazer ou a tolerar que se faga, 0 que ela nao manda: Pena - detengio, até um ano, se o fato nao constitui crime mais grave. Aumento de pena § 1° A pena aplica-se em débro, quando, para a execugao do crime, se retinem mais de trés pessoas, ou ha emprago de arma, ou quando 0 constrangimento é exercido com abuso de autoridade, para obter de alguém confissdo de autoria de crime ou declaragao como testemunha, § 2° Além da pena cominada, aplica-se a correspondente & violencia, Exclusio de crime '§ 3° Nao constitui crime: | - Salvo 0 caso de transplante de érgaos, a intervengao médica ou cirirgica, sem 0 consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada para conjurar iminente perigo de vida ou de grave dano ao corpo ou a said Ila coagao exercida para impedir suiciaio. Ameaca * Aa 223, Ameagar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbélico, de Ihe causar mal injusto © grave: Pena - detengo, até seis meses, se 0 fato nao constitui crime mais grave. Pardgrafo Unico. Se a ameaga € motivada por fato referente a servigo de natureza militar, a pena é aumentada de um térgo. De: para duelo # Att 224. Desafiar outro miltar para duelo ou aceitar-the 0 desafio, embora o duelo nao se realize: Pena - detencdo, até trés meses, se 0 fato nao constitu crime mais grave. Seqilestro ou carcere privado * Art. 225. Privar alguém de sua liberdade, mediante sequiestro ou carcere privado: Pena - reclusio, até tr8s anos. ‘Aumento de pena § 1° A pena 6 aumentada de metade: | -se a vitima 6 ascendente, descendente ou cénjuge do agente; II se 0 crime 6 praticado mediante internagao da vitima em casa de satide ou hospital; Ill- se a privagao de liberdade dura mais de quinze dias. Formas qualificadas polo resultado § 2° Se resulta a vitima, em razao de maus tratos ou da natureza da detencao, grave sofrimento fisico ou moral Pena - reclusio, de dois a oito anos. § 3° Se, pela razdo do pardgrafo anterior, resulta morte: Pena - reclusdo, de doze a trinta anos Sogo Il - Do crime contra a inviolabilidade do domicilio winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm 4076 + arosi2022 16:00 DEL1001 Violagae de domicilio # Ast, 226, Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou técita de quem de direito, em casa alhela ou em suas dependéncias: Pena - detengao, até trés meses, § 1° Se o crime € comelido durante 0 repouso noturno, ou com emprégo de violéncia ou de arma, ou mediante arrombamento, ou por duas ou mais pessoas: Pena - detencio, de sels meses a dois anos, além da pena correspondente a violéncia. Agravagao de pena § 2° Aumenta-se a pena de um térgo, se 0 fato 6 cometido por militar em servigo ou por funcionério piblico civil, fora dos casos legals, ou com inobservancia das formalidades prescritas em lei, ou com abuso de poder. Exclusdo de crime '§ 3° Nao constitui crime a entrada ou permanéncia em casa alheia ou em suas dependéncias: | - durante o dia, com observancia das formalidades legais, para efetuar prisdio ou outra diligéncia em cumprimento de lei ou regulamento militar, I- a qualquer hora do dia ou da noite para acudir vitima de desastre ou quando alguma infragao penal esta sendo ali praticada ou na iminéncia de o ser. ‘Compreensao do térmo “casa” § 4° O termo “casa” compreende: | - qualquer compartimento habitado; II aposento ocupado de habitagao coletiva; lIL- compartimento nao aberto ao publico, onde alguém exerce profisséo ou atividade. '§ 5* Nao se compreende no térmo “casa’ | - hotel, hospedaria, ou qualquer outra habitagao coletiva, enquanto aberta, salvo a restrigao do n° II do paragrafo anterior; Il -taverna, boate, casa de j6go e outras do mesmo género, ‘Seco Ill - Dos crimes contra a jolabi lade de correspondéncia ou comunicagéo Violagao de correspondéncia # Att. 227. Devassar indevidamente o contetido de correspondéncia privada dirigida a outrem: Pena - detengo, até seis meses. § 1° Nas mesmas penas incorre: | - quem se apossa de correspondéncia alheia, fechada ou aberta, e, no todo ou em parte, a sonega ou destréi; I= quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza, abusivamente, comunicagao telegrafica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversagdo telefénica entre outras pessoas; IIl- quem impede a comunicagao ou a conversagao referida no niimero anterior, Aumento de pena § 2° A pena aumenta-se de metade, se ha dano para outrem, winx planalto.govbrioivil_ 08idecretorteide!1001.ntm 42118

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