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Quinta-feira, 22 de Dezembro de 1988 ' SERIE— Nimero 51 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA POPULAR DE MOCAMBIQUE 3.° SUPLEMENTO SUMARIO Assembleia Popular 0/08: Determina a proteogio legal dos bens mates ¢ umatenials Lei ne 10/88 de 22 de Dezembro ‘A Constituigio da Repiiblica consagra, entre 05. seus princfpios fundamentars, a responsabilidade do Estado na EE © eervolinenc as cls © personalidade cionals. Essa acgfo preconizada pela nossa Ler Fundamental passa pela idenificagio, repisto, preservagio e valonzacio dos bens materiais ¢ esparituais que integram 0 patriménio cultural mogambicano. No patrimémo cultural esta @ meména do Povo, @ sua pprotecsfio assegure a perenidade e a transmussio As geragdes futuras no s6 do legado histénco, cultural e artistico dos nossos antepassados como também das conquistas, reali zagbes ¢ valores contemporéneos E rica € vasta a produsdo cultural do Povo mogam- bicano, mas ela esté também sujeita a méltimplos riscos ‘A deterioragio, desaparecimento ou destruigao de qual- quer parcela do patriménto cultural consurur uma perda ireparével, competindo aos diversos organssmos.piiblicos © privados ¢ aos cidadios em geral, a responsabilidade de impedie este pracesso de empobrecimento do nosso pats Importa, assum, assegurar aos bens do patnménio cultural a necesséria proteccso. ‘Algum trabalho for j& realizado, no campo legulativo Contudo, 0 cardcter parcelar e fragmentério das normas cexistentes faz sentir a necessidade de um Snstrumento legal mais completo e global A Let de Protecgio Cultural, ao defimr com recurso a experigncia internacional e os avancos da ciéncia ¢ da tée- ‘mca, os conceitos fundamentais, ao indicar os Grgos © me- canssmos para os diversos procedimentos, cria o quadro jundico e instituctonal necessério a efectiva salvaguarda € defesa do patriménio cultural do Povo mocambicano Nestes termos, a0 abrigo da alinea a) do artigo 44 da Constituigéo, a Assembleia Popular determina CAPITULO 1 Objecto © Ambito de Aplicagao ARTIGO Objecto A presente Let tem por objecio a protecgio legal dos bens materiais ¢ imateriats do patrm6nio cultural mogam- bicano ‘Axmio0 2 Ambito de aplicagio 1. Esta Lei aplica-se aos bens do patrimémo cultural na posse do Estado, dos organismos de diresto piiblico ou de ‘pessoas singulares ou colectivas, sem prejutzo dos direstos de propnedade que couberem aos respectivos titulares 2 A presente Lei estende-se a todos os bens culturais que venham a ser descobertos no ferntér10 mocambicano, nomeadamente no solo, subsolo, leitos de éguas mntenores plataforma continental. '3. Os bens culturais de outros paises existentes em Mo- gambique, beneficiardo da protecgao prevista na presente Lei, desde que haja reciprocidade CAPITULO 11 Definigdes: Antico 3 Dotinieses, Para efeitos da presente Lei, adoptam-se os seguintes ‘conceitos 1 Patriménio cultural Eo conjunto de bens materiais e imateriais criados ou integrados pelo Povo mogambicano a0 longo da histéria, 441-14) com relevincsa para a definigdo da identidade cultural mo- sambicana, © patruménio cultural € constituido por bens cutturais smateriais ¢ materiats, 2 Bens culturais tmateriaas Sao os que constituem elementos essenciais da meméria colectiva do povo, tais como histéria ¢ a literatura oral, as tradigées populares, 08 ritos e 0 folclore, as proprias lunguas necionats ¢ ainda obras do engenho humano e todas as formas de criagio artistica e literéria independentemente do suporte ou veiculo por que s¢ manfestem 3 Bens culturas matertais ‘Sto 0s bens imévers e méveis que pelo seu valor arqueo- 16gico, hist6rico, bibliogréfico, artistico e crentifico fazem parte do patnménio cultural’ mogambicano Os elementos naturass, sitios ¢ paisagens protegides por Jer ou passiveis de tal proteopio, em razéo do seu valor cultural beneficram das disposigies da presente Ler 4 Bens culturas imévers Os bens culturats iméveis compreendem as seguintes categortas —Monumentos, conjuntos, locals ou sitios e ele- mentos naturais 4) Sio monumentos, designadamente —Construgées © edificios de estagdes ar queoldgicas; —Construgies © outras obras representa, tuvas de sociedades pré-colonisis, tats como amuralhados, Zimbabwés, arin- 86, ¢ outras, —Obras’ de arte implantadas em pracas piblicas ou concebida: de arfanjos urbanisticos; — Béblicios de valor histérico que testemu- ham @ convivéncia no nosso espace tersitorial de diferentes culruras © cr vilizagées tais como as feitorias érabes, templos indus, mesquitas, igrejas © ca- pelas, antiges fortalezas ¢ outras novas obras de defesa, edificios pblicos ¢ resid€ncias, do a implantago colonial, e da época dos prazeiros ou das companhias, majestiticas; — Eéificios de particular interesse arquitec t6nico. b) Entendese por conjuntos os grupos de ediffcios que devido & sua arquitectara, & sua homoge- neldade ou & sua insereo na passagem tenham amportincia sob o ponto de vista histérico, artistico ou cientifico Para efeitos da presente lei consideram-t¢ conjuntos TAS Sota enigen das cidades, \ zonad antigas das princrpass , — Outros nécleos urbanos antigos como Ibo a Tha de Mocambique; ©) Sto Jocais ou sitios, a5 obras do homem ou obras combinadas do homem ¢ da natureza © as éreas confinadas de ,reconhecido interesse arqueo Togico histérieo, estético, etnol6gico ou antro- polbgico 1 SERIE — NOMERO 51 Consideramse locais ou sitios — Estagdes arqueolégicas, —Centros de poder das soctedades pré-colonsais, suas capltais e principas aglomerados populacionsis, lugares de culto entre outros; — Centros de mmneracéo, — Lugares em que se regsstaram acontecimentos his- ‘t6ricog importantes das sociedades pré-coloniais, nomeadamente os campos de batalha das guer- tas de resist@ncia contra a penetragio colonial, 0 locas de massacres € 0s locals hust6ricos da luta armada de libertagio nacional; — Lugares que assinalam a Ocupegio e a exploragdo colonial no nosso pals, — Lugares relacionados com o trifico de escravos, —Lugares de antigas feir#s ou centros comerciais de troca, — Luugares que contenham objectos de interesse antro- polégico, arqueolégico ou histérico 4) Entendese por elementos naturais as formagées fi- sicas e biol6gicas que tenham particular inte- reste do ponto de vista estéuco ow cientifico, tais como as existentes na Tiha de Inhaca e nd Arquipélago do Bazaruto ‘So ainda elementos naturais —As formagées geol6gicas ¢ fisiograficas e areas que constituam o habita de espécie ameacades de animais ou plantas de grande valor do ponto de vista da ciéncia ou da conservacéo da natureza; —As areas delimitadas de reconhecido valor sob ‘0 ponto de vista da ciéncia ou da conservacio da natureza, nomeadamente parques e reservas 5 Bens culturas moves Os bens culturass mévers compreendem as seguintes ca- tegorias 4) Espécimes que pela sua raridade ou singulandade ‘séo de interesse cientifico, como minerats, ro- (insteumentos lit ceramicas), numisméticos (moedas, notas, dalhas e ins{gneas), filatélios (selos, carimbos, postais © envelopes) ¢ heréldicos (emblemas, brazies), ¢) Manuscritos antigos, edigges raras, ilustragoes, mapas, gravuras ¢ outros materials sm apresentando interess¢ histérico, bibliogréfico documental; 4) Odjectos histéncos e documentos relativos ser- ‘vigos, instituig6es © Organismos econémicos © sociais e culturais; i 2 €) Objectos etnogréficos, utensifios, ferramentas, ins- ‘rumentos, méquinas, armas, vestuério ¢ adornos ‘iptoos ow cerfnionisis de carécter Jaico ou reli- i080, ¢ outros objectos de valor untropolégico € artistico; 1) Obras de arte plésticas, objectos de arte popular, arte decorativa, arte aphiesda ov de artesendto, com valor artistico ou tepresentativos de épocas, géneros ¢ estilos; #) Filmes e gravagdes sonotas, mecfinicas, magnéticas ‘ou outras referentes a bens e manifestagdes cul- turais, tangiveis ou no, como telatos de his- 22 DE DEZEMBRO DE 1988 441-15) téria oral, descricdes de tradiides, ritos e fol clore, pegas de musica, danga, teatro ou outras manifestagbes artisheas, cultura ou acontect rmentos histéricos do Povo mogambicano, 1h) Documentos e objectos relacionados com personal dades do movimento de hbertacdo nacional ou com outras figuras de relevo na histéna e na sociedade pela sua intervensio no campo pO- Iitico, econdmico, social ou calturat 6 Bens classificados do patrumémo cultural Bens classificados do patrimonto cultural so os bens culturais que sendo de valor excepcional gozam de uma proteccio especial por parte do Estado 7. Bens em vias de classiftcacéo Os bens em vias de classificagio so aqueles em relagio 0s quais se tena formufado proposta de classificagio peta autondade competente 8 Tombo do patrmomo cultural © Tombo do patrimémo cultural € 0 registo dos bens lassificados do patnménio cultural 9 Deposudrio Depositéno € todo 0 orgamismo de diretto piblico ou pesson singular ou colectivd que esieja na posse de bens do patrimSnio cultural CAPITULO UL Responsabilidade da protecco e valarizago do patriménio cultural Awrigo 4 Responsabilidade estat 1. E responsabilidade do Estado 4) Incentivar a criago de instituigées centificas € ‘téemtcas (muscus, bibliotecas, arquivos, labora: t6ri0s ¢ oficinas de conservacio € restauto) necessénias & proteccio e valorizacéo do patri- mémo cultural 5) Promover através dos 6rgios locats a proteccio, conservagiio, valorizacio ¢ revitalizagio de bens classificados situados no seu ambito territorial antegrando as referidas medidas nos seus planos de actividades ¢) Esuumular a utilizagéo dos meios do Sistema Na- ional de Educagdo € orgies de comumicagio social para educar os cidadios sobre a impor- taycia do patrimémo cultural ¢ a necesstdade da sua proteccao, d) Promover a criagao de associagdes de protecgo € valorizagao do patnmonio cultural 2) Promover acgées que visem atributr a cada bem classificado uma feacéo que 0 integre na vide socral, econdmica, cientfica ¢ cultural da co- munidade, #) Estimular a fruigdo do patrimémo cultural e a par- ticrpacéo popular na proteceio e conservacio dos bens culturais 2 Cabe ao Estado em especial, garantit a protecgao dos bens imateniais do patriménio cultural, competmdo-the, nomeadamente 4) Promover o estudo e a revitalizacio das tradigdes culturais populares, ritos ¢ folclore, 6) Promover a recolha ¢ registo grifico, fotogréfico, fflmico, e fonogréfico dos bens culturais ims- ‘esiats 3 O Estado Mocambicano colabora com outros Estados, com organizagSes anternacionais intergovernamentais e no govermentais, no dominio da proteceao, conservacao, va- lorizagio, estudo divulgagao do patrménio cultural Antico 5 7 Estimulo & conservagio e valorizagio dos bens clasificados 1 O Estado poderé conceder apoto financeiro a parti- culares, ou criar formas especiais de crédito, em condigées favordvers, para obras e para a aquisigio de bens neces- sdros @ conservagdo € restauro de bens classificados do patriménto cultural 2. Estabelecer-se-é um regime especial para arrenda- rmentos de iméveis classificadas, de modo a evitar a sua de- gradagfo e contribuir para a sua preservagao. 3 Aos possuidores de bens classificados do patriménio cultural setdo deduzidos, para efeitos do mposto comple- ‘mentar até 15 por cento os valores das despesas de conser- vvagio, recuperagao, restauro e valorizagio dos bens clas- sificados, e dos yuros das dividas contrafdas para aquisigao ou conservagao de bens imbveis classificados. ARTIO 6 Responsabllidade dos depositirios 1 Os depositénas de bens do partiménio cultural devem velar pela sua protec¢do, conservasd0 ¢ correcta wulizagéo 2. No caso dos bens do patriménio cultural que sf0 propriedade do Estado, consideram-se seus depositérios para efertos da presente Ler os dirigentes dos érgios em cujo mventério estiverem insctitos tais bens 3_As Administragées de Distrito € Conselhos Executivos de Cidade sio depositénias dos bens referidos non 1 do artigo 10 da presente Lei sttuados na sua érea 4° Os depositérios de bens classificados tém as seguintes responsabilideades 4a) Comumicar & autoridade competente qualquer dano, oubo, deterioragao ou outra alteragéo do esta- do de conservagio do bem ¢ responder a todos 08 pedidos de informagao apresentados por aquela; 6) Nao efectuar qualquer mudanga de focal ou tea Iizar trabalhos de escavagio, construgio, demo ligdo ou qualquer modificagéo, sem autorzzago da autoridade competente, ©) Néo realizar qualquer trabalho de restauro © de, conservagdo sem autorizagio da autoridade ‘competente ‘CAPITULO IV Proteceio dos bens do patriménfo cuftural Agrigo 7 Classifica¢éo © anuledo da classificario de bens fo patriménio cultural. 1 A classificagao ou a anulagio da classificagio de bens: do patrimémio cultural compete ao Conselho de Ministros. 2 So com efeito imedrato, declarados bens classificados do patriménio cultural 4) Todos os monumentos e efementos arqueof6gicos; 'b) Todos os prédios e edificagdo erguidos em data 441-16) anterior a0 ano de 1920, ang que marca o fim de 2: fase de fesisttnoja admada & ocupagio colonial; ¢) Todos os bens culturais’ méveis importados © fe- bricados em datw anterior a 1900; 3, Para efeitos da presente Lei, os bens em vias de clas- siflesio henefciam do regime de protec reservado aos ‘bens clasificados do patyiménio cultural. Axnioo 8 dda bons clesstfieadoe do ‘Comunieagho de pases cutter ‘Todo 0 orgenismo de djreito piblico ou pessoa singular ou colectiva que esteja na posse de um bem classficado do patiménio cultural, noe temce do. 2° 2 do argo anterior, deve comunicar o facto & autoridade competente. AsI00 9 ‘Tombo do patriménio cuttarat “Todos os bens clasificados do patriménio cultural serko registados no Tombo do Patriménio Cultu Aamico 10 Proprledade inaiedivel do Estado 1, Sto considerados propriedade inalientvel do Estado, ‘06 seguintes bens do patrimdnio cultural, conhecidos ou que venham a ser encontrados no territ6rio nacional: a) Estates ¢ objectos anqueoligicos; 5) Pinturas rupestres; ©) Construgdes ou outras obras representativas das 60 ciedades isis como amuralhados, zim- babwes, aringas, centros de mineragio ¢ céntros do poder, aglomerados populacionais, entrepos- tos comerciais ¢ lugares de culto; 2. Quando os bens referidos no némero antercr s¢ si- tuem em imével inamovivel que nfo sefa propriedade do Estado, considerase o titular do imével depositério desses bens. a Agtioo 1 Transferéncla de ttuleridade sobre bens clasalficados 1. Os bens classificados nos termos do n.° 2 do artigo 7 da presente Lei, serio insusceptiveis de aquisicéo por usu- "2. A almeagio de um bem classificado deverd ser pre- viamente notificado a0 Minlstério da Cultura gozando o Estado de direito de preferéneia em caso de venda. 3. A propriedade de bens classificados & transmistivel ‘por heranca ou legado devendo-se comumcar 0 facto a0 Manisténio da Cultura para efeitos de registo. 4, Qualquer transferéncia de propriedade ou poste cx- rece de autorizacio prévia. Axmoo 12 Medidas cautelares 1, Sempre que bens classficados do patrim6nio cultural corr pargo de entavio,perda ou detriorapdo, a sto ' J SERIE —NOMERO 51 ridade competente determinaré para cada caso as medidas cautelares © de conservagio edequades. 2. Sempre que as medidas cautelares forem julgadas insuficientes © as medidas dé conservagio nio forem-aca- tadas ou exscutadas no prazo ou condig6es fixadas, 0 Congetho de Ministros pode determinar que os bens classi- ficados em causa sejam entregues & guarda de outro depo- sitério 3 Os depositérios de bens classificados que se reconhe- ‘ga no possuirera condigSes para obgervar as medidas re- feridas no artigo 6 desta Lei poderso beneficiar de apoio do Estado. CAPITULO V Descobertas fortuitas « escavagdes arqueclégicas ‘Agno 13 Deccobertes fortultae Qualquer pessoa que encontre lugares, construgdes, objectos ou documentos susceptiveis de serem classificados bens do patriménio cultural, deve comunicé-lo & autorida de administrativa mais préxima. agnoo 14 Escavagioe arqueoligieas 1. A realizsgéo de trabalhos arqueolégicos ou a abertu- ra de cavernas, grutas © formagdes geoldgices para fazer investigagbes antropol6gicas ou paleontolégicas carece de sutorizagéo da autoridade competente. 2, Os trabalhos de escavacées devem efectuar-se con- forme as normas cientificas ¢ 08 princ{pios internacionais oplicéveis CAPITULO VI Importagho ¢ exportagéo de bens cultural ‘Anco §5 Importacko © exportapo de bene oulturale 1, © Conselho de Ministros regula a importagio © ex- portago de bens culturais 2. B permitida a exportao de bens calturis 3. B proibida a exportago de bens clastificados do patcinénlo cau ‘A. exportagio tempordria de bens classificados do patrnbaio cults pocert er excepeionalmente autre zada pelo Conselho de Ministros. ‘Axmtoo 16 loneto de encargee Hecale importaggo ou exportacdo temporéria ou definitive ‘alturais poderd ser isenta de direitos de importa- do e exportagfo desde que os bens se destinem a ser uti- i Ais 3aados para fins exturas, clniics ou, de outro modo de utilidade paiblica, no ambito de acordos com Estados, ° intemacionais ¢ entidades piblicas e privadas OE paises 2A isengéo aludida no mimero anterior aplica-se igual- mente & or de materiais ¢ equipamento destinados 1 aces de restauro dos bens do patriménio cultural. 5, Bara elton do presente artgn. 0, reconberimento do interesse cultural, cientffloo ou de utilidade publica weed ser feito nos termos a fixat em Regulamento. 22 DE DEZEMBRO DE 1988 CAPITULO VIL Comercio e utiizacéo de bens do patrimonio cultural Aarico 17 Comercio 1 A concessio de licengas e as condigdes em que ope tam 08 comerciantes 2 as socieddes comerciats cuja acti adade tenha por objecto bens culturais sero regulamenta das por Grgao estatal a defimir pelo Conselho de Ministros 2 Sem prejurzo de outros registos mpostos pela legisla cdo em vigor os comerctantes ou socredades comerctais cu 1 actwvidade tena por objecto bens culturats, serio nscri tos em livto de registo s abrir no orgao estatal de direccac do sector da cultura Awniao 18 Autoriagio de uso de bens classihcedos © uso ow exploragdo dt bens tessificados do patrimonio cultural para fins industriats ou comerciais carece de auto vzagao expressa em termos a definn pelo Consclha de isteos CAPITULO vin Conselho Nacional do patrimémo cultural ARri00 19, Fungdes © composicéo 1B enado 0 Consetho Nacional do Patrimonio Cultural como 6rgio de consulta pata se pronunciar sobre as propos tas de classificagdo « anulagio de classificagao de bens e cemutir recomendagdes a0s orgdos competentes sobre a pro tego, 0 financramento e uilizaca0 dos bens do patrimento cultural 2 © Conselho Nacional do Patriménio Cultural € com posto por dirigentes de orgarismos e instituigdes que exer gam fungdes no ambito da investigagdo, tratamento ¢ protecedo do patriménio cultural, por personalidades de reconhecidos méritos na area cultural e por representantes dos érgios do Estado CAPITULO 1K Sangoes Anric0 20 Responsabilidade geral Os proprietarios ou depositarios de bens do. pattimonto cultural, quer sejam pessoas singulares ou colectvas res pondem individual e solidarramente pelas anfraccOes a pre sente Lei, nos termos dos artigos seguintes ‘Antico 21 Incumprmento das obrigacées de depositario {Sem prejurzo da responsabitidade crvil ow criminal que a0 caso couber, © mcumprimento das obrigagdes a que se refere on” 4 do artigo 6 0 artigo 8 € 0 artigo 15, serdo punidos com multa a graduar entre 3000000MT eo dobro do valor do bem classificado em causa 2. Em fungio da gravidade do prejuizo que ver resul tado para o patriménio cultural, podera, nos casos das alt neas 6) € c) do n° 4 do argo 6, determinar se expro priagao do respectivo bem classificado 441-(17) Anrico 22 Akensgio nio autorzada de hens classihicados 1A almeagdo de qualquer bem classificado em viola a0 do disposto nos n* 2 ¢ 4 do artigo 11, sera punida com a multa previst: ne n° 1 do artigo 21, podendo ser acrescida do confisco do mesmo oem 2 As sangées previstas no ndmero anterior nfo exeluem, 4 responsabihdade exvil ou eriminal a que o mnfractor estt ver suyerto fa Reakzapio no sutorizada de cxcavagdes arqueologicss A reahzagio de trabalhos arqueologicos ou outras obras 1 que se refere 0 artigo 14, sem autorizagao da entidade competente sera puntda nos termos do artigo 21 ‘Anrioo 26 Exportagio de bens classificados A exportacgo de bens classficados do patrimomo cult tal sera punida nos termos do arugo 21. sem oreyutzo da responsabilidade civil ou criminal a que o infractor fiear siento CAPITULO x Disposigdes finars Anica 25 Recertas As reveitas provementes da aplicaao da presente Let de Protecgdo do Patrimonio Cultsral reverterao para um fundo destinado ao desenvolvimento cultural AARTICO 26 Revogusio de legisiagao Sao revogados, 0 Diploma Legislauvo n* 825 de 20 de Fevereiro de 1945 ¢ a Resolugao n° 4/79, de 3 de Mato da Comissdo Permanente da Assembleia Popular ‘AKtiGo 27 Regulamentas © Consetho de Ministros publicara os regulamentos ne cessarios « aplicagio da presente Let Anrico 28 Resolugdo de duvidas Duyidas surgidas na aplicago da presente Ler seri resolvidas por orgdo estatal a definir em Conselho de Mt mistros Aprevada pela Assembleta Popular © Presidente da Assembleia Popular Marcelino dos Santos Publique se 0 Presidente da Republica, JOAQUIM ALMERTO CHISSANO lei me 11/88 de 22 de Dezembro A guerra e as calamidades naturais que assolam o pais tém gerado situagdes que alectam sigmficativemente as poptilagdes mais vulneravers disseminando a fome © mise

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