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é “Uma coisa nfo pode deixar de ser evocada: a ondigéo ocultada, reprimida, reprovada e ancilar da raducao que repercute sobre a condicio dos tradu- ‘ores, a tal ponto que quase no é mais possfvel fazer dessa priica uma profisséo auténoms condicéo da traducfo nao é somente ancila: ela é, aos olhos do piblico, assim como aos olhos dos préprios tradutores, suspeita.” ii L signum ly A prova do esiran: aN maior drama do eedutor ver sja.0 expreso pelo die maser fie ou tai o original”. Em cours palaveas: servi 3 obsa do autor estangeiro ou servi & pr pria lingua, 20 public de chegada, Este pono filer do proceso de tradugio & dscsido nse lo de forma magistral, desdobrado em suas inerrogagSes absolutamente prooedentes o que éraduzir? Que ugar ocupa a eradusio den tuo de ume cultura? No que con- ste esa operagao de transposigio uma lingua para outes, que & prove do estrangero"? ‘Antoine Berman, tadutor de textos lcerétos latino-americanos ¢ alemics, aborda & problematica estudando uma é cieuma elt nas quas les fram coloados com vigor e paixo, tornando-se objeto de debates e avo das mais diferentes propesiies A BROVA DO ESTRANGEIRO onenasto trial em ncn Talo Gan oontenasto ae Coo Sinan Jem Jace Tar Gua: Presi "st Jobson de nae Aca Tats gent sco signum Antoine Berman A PROVA DO STRANGEIRO Cultura e tradugio'na Alemanha romintica Herder Goethe Schlegel Novalis Humboldt Sehleiemacher Halderin Thad de ‘Maria Emntlia Péreira Chanut a tia, Herr, Gath, Sees Nos Hamat, Sheers, "oletin! Saeed Me End on (Cte SP EDS 982 pen (CaeteSipam) ‘dation dn Flee pete ede Cothe i Hombl Seheantacher Hei no Nels Tle Sie ong © Eins Calan 984 DIORA DA URIVERSIDADE DO SACBADO CORAGKO lgpansaiat= Fax 32857219 Para Isabelle Ae eases isang en lero que em ci ee mtn a eae Wil Schlegel omctn nse te {Ee epi com eee cowie ‘inl mola mp oe Madan eS i Brent i | ‘Cala ed ee invent encont i et \ ‘ty glist hn om eating etic incor see oon ng de poo ngaliade Se etpovo em i "oan doe aera ‘Wet on elt aa Sb 38 allo ge 6 Sumario ‘A traduedo em manifesta Introdugio ceptlo1 [utero on a trduso como fundasio captlo 2 Herder ideidade ¢ ampliagio capitulo 3.“ A Bildung ea exigencia da tradusao. capitulo 4 Goethe: tradugio e literatira mundial 7 expitulo 5 Revolugio romantica e versabilidade infinita capitulo 6 Linguagem de natureza ¢ linguagem de arte capitulo 7 A teoria espectiativa da traducio capitulo 8 ‘Atradugio como movimento critica api 9 August Wilhelm Schlegel: a vontade de tudo tradizit capitulo 10 F. Schleiermacher e W. von Humboldt: capitol) Holderlin: o nacional e o estrangeiro Conclusio L Aarquedlogia a tradigio TA tadugio como novo objeto do saber Bibliografia + 135 157 185 215 253 281 33 38 3B Giidade 9 TRAD Sok M OMA NOE (© dominio da tadugio 6 ¢ sempre fa 0 cent de uma cuesa contradigio. Por um lado, considersde que 86 tuata de uina prtica puramente inuiva ~ meio teniea, ei litera, io eigindo no fardo enim tora, ne nln eflexao espectias. Por utr ld, exe ~ pelo me nos desde Cicero, Hoxieise So Jernimo~ una abundan te massa de ests sobre a taco, de nabs eligi, Fence eri, rtodligioa ov ~ecotonente— ch tea, Or, pear de wamereoy noe rem esis." bre se tba, aéo presen em neil ue a grande ‘ns dees ane Je do "problema de tadug om asia por elag, nga one: Renlram dise pd meno) = Por um ldo, a dug pertanecea wn Berto, porge ce ng por ‘esa. Por oto To, ela fear come tal porque os gue dela tratavarn than tends a assimaléla a outa coi: 8 (aublteratura, &(subertica, 2 “lingitienaplcada”. Efi, as andes fits quase exch. simmente por nio-tadutores comportam fatalmesite — ‘ ‘Guaaquer que seam suas qualidades ~ numerosos ponies ) i, ¢ Ee easy ho pertinent ° ufa)vin ess stuagao alterarse pouco.a oven cu toss de ton de tars ona se, Mais ainda: a jee tadacsDomowse uma tide els prs taut‘ cm o haa sido arcalmente na Alemanha clisia e romantica. Essa refle- ‘lo nto aptesenta forgosamente afeicto de uma “eoria’, ‘como se pode ver com olivo de Valery Larbaud, Sob ai. vee de Sao let, Mas, em todos 0 cates, ela ince Je de defincse e stuarse pot si mesma, por conse, se comucads, pra esti s Histéia da tadugdo . + ovimente de teonpeogdo que € una compreents SR, pst tar Pod me rd Flnarente sobre ahi da pes, da ren eda tiga. Asin a ends feu do seu 20 (Dane tera Diba, Shakespeare, os pega, ee) oo neces iment sbompenhada por win tefl sobre ax adi fet anos Ega rele det er een © apr- 1. Pourguc stir Shaespene?", de Pere Ley pieico dis Gir de Sshapee, Gh ae 2 fandada: Nao podemés nos sts Bes incertas que Géorge Steinen ser com as periodiza- iu em After Babel 2 roi de hii del ede inp ~ rar como, em cada, onsiderado, a puitica da tadugio: furs, das Ii ou em cada espa i, 0 articula-e & lt feces ones Lu are sae sens ian feqentementepurlinge les ‘screviam em virias linguas par im pablico que ert ‘cle proprio poliglota, No menos freqientement, eles se iuloroduziam. Tal € 0 caso emacionante do poeta ho- Tan Hot que, pr oct de ‘morte da milher que amava, compés toda uina série de epitfis, primeir- mente em: holandés, depois em lati im, depois eu franeds, Aepois de novo em latin, depois em italiano, depois = sum) pouco mais tarde ~ novamente esn holendés: Como se tvere ido a necessidade de passa por toda uma sézie de linguas e de ato.tadugdes pa ‘0 de sua dor em sua lingua mates chegara jueta expres a, Ao ler L, Forster, parece clare que oe poetas desis época evolutam ~ quer fe trate das eferascultas ou das esfras populares ~ em ‘im thei infinitamente mais polilingte do que o nosso (que 6 € também, mas diferentemente). Havia as inguos, ~eruditas, a linguss “rainhas”, como diz Cervantes, ole ‘im, 0 gregoe oftebreu; havia as diférentes lingua nacio- 2 Th Rai Teague Mungo in Lite. Cambri Cane ‘wide Univer Pres, 1970 oa letradas,o francés, o inglés, o espankial,o italiano € massa das Inguas regions, daletos, ete. O homefn ‘que passeava nas nias de Paris ou de Anveis provavel- 1 ouvern hoje mente ouvia mais Iinguas do que a qué 9m Nova York: sua lingua tre linguas, 9 ge relatvizavao sentido da Tinga mat ‘na, Em um micio como ese, a eserituratendia ase, pelo Tinga en vo lng a Tinga mater imenos pacialmente, polilingde,e a regra medieval que relacionavacertos gbneros poéticos a certaslinguas~ por «exemple, no caso dos trovadores do nore da tia, do s6 cailo 13 40 15, a potsa lea era telacionada a0 prover- ‘ale poesia épica oude narativa ao francés ~ prolom- gous parcialmente, Asin, Milton eseréveu, seus snicos poemas de anor em italiano pois, come a senhora italia- 1a qual cles cram digidosexplica em um de seus poe ras, "quets@ lingua di cut si vante Amore” E.clato que essa senhoraconhecia também o inglés: mas nfo era lingua do amor. Para horiens como Hooft ¢ Milton,o sentido da tadugto devia ser dlereite do nasa, como [Fem deta. Pr i, as GuNERFE Mo exe Bes, asim como o ato de que um escitor~ pensemos fm Conrad om em Becket - escolha na Mga que no €.va,Fstimamos mesmo que o purlingtisno ou a di floss tomam a tadugd diffi, Em resuno, 6 toda ar Jagio coma lingua mater, com as linguasestangeiras alteratura, expresso ea tadyglo qu se extrturou de coutzo mods Frazer oii J Wad € redescobrir paciente mente ef Tle Sal afnitamente eomplera edescon- ~ certntena qual, em cade 6poc,oue expagos diferentes, clase vé prea. E fazer do saber histrico asim obido uma ] abertra de nosso presente Ui cone apelar Tiatose is, em tia inane sber o que deve initia hoje a rag em meso expo cura Problema dupliado por um out, de una intensidade vase dloros, Fago referencia agua algime coi ue smo pode deixar de ser evocaa: condi ola re- primida,reprovada ¢ ancilar de Wado que epercute nea conicio dos traduors, a tal pent que quase no € tas posse eer desa pica um profs tonoma. A condigio da tadugio ndo € Somente ae 2a cin pin co ort préptios radutores, sipets, Apés tanto is, tanlas obvas de ate, tanta pretenses impossiilcades vencias, 0 igo Talia. raditove Yaditoré ainda Entrant, € pre def fdtidadeede(raigaoY”Naduar, eirevia Pane err ale sentoree) Ta € 4 metifora teangeira (primero senhcr) ede servir a publica e line 5 pri (cegundo senha). Agsi surge que te pode ‘chamar de @ramnado-tradutor), ‘Ao esofer por palit exclusv'o ator, abra ea Tinga estangeta,ambiionando dios en sa puree trans seu prépro eapago cll, ele ara a sur it como um erage, um tad aor aor do ses. E to gaat de que esa tentativa fadcal—Schleienns- cher dt evar oIeitor a0 autr” = no eta por tera e no produza um feto berando o initeligel. Se, por ou- {ro lado, a tentatva tem exitoe € até por sorte réeonhecida, i ha garantse de que a outa euura nose sinta “ro hada”, priveds de wma obra que ea algnva ser inedutve mente sta, Aleanguse af © dominio hiperlicado das e- lagoes entze 0 adore os “seus” autores. ‘A contentarse, par otto Jado, em adapta comer ionalmente a obra estangeira~Schileeroacherliia “le ‘ato auto ao let”, 0 tradutorterd setae sate to. parte menos exigente do pablco, mas ele ter ireme cielo tid abe agi, € do ppi) adele “Esa situaglo impesivel nfo é entretant, uma tea lidade em si: la ete dent em um certo mero de pressupostesideoégicos. © pblico levado do(eeul) Gjevocado por Fonte, slgroase ao ler uma ob em ‘ies divas vintesIngaticas ele ignotaa « proble idlidade e da tag, pis nfo saramentava a pi: Terex eral ea Tote do iano blemas” da taducio ‘nosso pablico Tetrado quem exige que a tradi s2-cn wna dimeido na gual ela € se ‘Wo é certamente nia zo do apagimento do adutor ‘que procua “nif se mostar muito, humilde medador de ars estangers, sempre trader, anda que quer se af elie encamade. ‘Eats ma hora de medtar sobre ese etait repimido. da tadugio€ sobre a conjunto des “esistincias” que ele testernunha O.que poderiasrformulado asin toda cul ra refit 4 tadicio mesmo qe necesite esendianeite “Geli A podria visada da tadugao— abrir no nel da esr {2 uma carta relagto com 9 Outto, fecundar o Préprio pel ‘mediagio do Fstrangeiio— chocase de frente com a ear - tora etnocrivica de qualquer enltua, ou essa espéie de reo qi com que dh cede Gee ser “Tade paro eno mistwado, Na tadugid, Fa He folensr dr meigagenfleie ensue qundo 6 comparou ma lingua qu tnds no tradi moa vingem, Pouco importa que no aiel da realidad uma eu. tufa€ uma lingua vigens sejam to ftir quanto una ‘ofa pura. Tatase aqui de dees inconscientes.Qualquer calla desjrasrsficiente em sismesna para, a ptt tne antiga cular franeeseléssca e aclu nortogme- ricana modena sto exemplos marcantes dis ‘Ore, a tradugae’ccupe aqui dim lugar ambiguo. Por ‘um lado, elase submete aes injungo apropriadorae r= ulora, constitase como umn de seus agentes. O que aca- ba por prodhusinfitiees centric ou o que podemes hana nas Mas foro er Ed up or nro accents #62 itis tale ¢ tr abet, dog, eege, - dtscensalzgto fla ¢ lay a Coy Essa ‘contradigie entre a visada redutora da cultura e «vind endo tet eee cn do ne “Tanto n dan © den odo de aug (px ecm: pla wept png dn dle a le ed Aefensores do “entido")guanto no da pica do taduic © fone quiz do ate. Agia to pare ero ‘2 asen ose ee un i ean sali a Btica da trades ; A Clea ae te nse; ra plano teérieo, er resgatar, afar & dofeider a pura visada da tradugi ‘ome tal Ela consiste em defiiro que 6. “fidelidude”. A ‘raducio nio pode sr dfinida unicamente em termes de comunicegio, de transmissto de mensagens ou de rewor : 0 XY . \. dn nae eten nein cleave , SEE eerie fed pg ctrl Tres ees endl scence ee eee ee oidgenar Gscecn sabe came © préxima da eigneia do que da'arte — pelo menos se consi {Cama merci onan ie ymunsees iain, ‘Ms sn Gs adv SpE porun vex dus eo su, Primtamente, uma ética nega, to 6, ma toe fades aowsdcldgcs elitr que te a ewiat 4 Widugao de sua pura visada. A teoria da tradugdo no tnocéntia € tab una fora da tndugtoetocen- eit nd atc Cam ead Q eagtc gue,genimente sb preteto de rane Sine ia negagio-atendtca de eranlesa da iar Sal “a Analfica da oduct” < aga nea devi copa rales Sel sda spafeumareiurd ro. ‘Siz ua seid da defarivago que opera no nivel lin thin elite equ ondiono tater, qr el qt: Trot ie goer lan ou no irre! da {kde eda tian erent nse tn st a ipldade de mm porgGo de eseovente: po tutor aque. Exe tom ncesiade decree spar dew cet, de ae ngs de um ater rng Dos nti No 8 plano psqueso tat € ambiente Ele quer fogar dos oie ador: orga a ua lingua a elses de extaneza, for (L ‘af outa Kinga ase deportar em sa nga yatera Ble 5, Poles empresa da cits fess qu ‘em en fans Tete dena dpe eee pine ‘Sac ma bdo nar em tos ie por eta gue pce d na leesin coc A soos ronan Age eee Sco laenechaneneen Kecrmets emotes a menos reel come fiat go bas Eeerepe acted ee ees a Scobie 5 aeons Sansone merece Getete fens nny ideeeigateantrcabecce Sie eieeeceses Shier eect ate gees Seereeb inner tei, Eiiieted eiarteemanaersie oe Se Senay oe De te Shi ciinke weotemacies Seite egetele Gitte. jeiegeic nt eet nea Seeeereansteetmen one te sehen eetoeemate Sete camaietenentanes Seormsce iatrescenren Serer ents Ea See Sopot oi cetinnentetasceirate iagditas eaten soccnaps Opces otnnnrtciarniarecaenee Spacetime ecteteethceitnts creo piri ae eh (Go trad que er ett, mus nf &sendo eestor. Ele € ator € ‘ca © Alor, Sut obra de tadulor 6 uma obra, mas no & ‘A Obra, Ess rede de ambivldncis tende a deformar a para Para que ofa iad Faecjaelgo maiss que um ote pede on um inperato ctegrc”, seria reco et steocenar ca da rag una all 20 taditor dove “colocarae em aie”, reeupera oF Sistema de deforagio gic sniagam as plies «ope. iam de modo incousciente no nivel de suas escolhas Fin ~__gltica €Iiterries,Sotemas que dependera simultane Ee esd aga elo da Wes Sa natal tinedewe eel Sree oe mae mine peo coset alee woe cee ic ead cmatec Pncopesos Seca rice cine e Steet sees en ean ten ott ae Seat Seat cuneate de ee Saceuranl umes mel potgn oue “ain Reson entation woo a eile nae dea ere ASIAN detute caine ont ee cpinenrt aba aee ie encanta esierdee sla ser actescentada wma andlise textual ef Tho hori- Seeger sind deel case papier some te Sram Nocies anya” ic ale or aa grote 20 . ~ smodida cm que cla tors manifests ar etraturas gett de um texto, Ese sistema-daobra € a0 mesmo tempo oque ‘oferece mais resistencia 8 tradugdo € 0 que aabtorizae Ihe i sentido, g HLS Aout Vertete do texto ~ Gabera tambon analisar nese mbit oGbtemi dod) ‘Cio dis “pda que cco em toda wad, nes ose O ie clam essere inate". Alrande goo ence igplictamente, que GT) — ee ee novia seni qe infos ¢peids aqui nose siuam no. ana pa, Ect pe tis, gomeste uma cer poreentage de gan ede peda ands Jas pl, hog eae we ou, cous uma cs doorigial afore e que no apmccn ali “Fire uaa fr gt salah la tes een: Oval € es outa verte? Eiso que € pres tio pereeber melhor. Newe seni, aGnalicy Fade) evra rind algun col sobre aoa Saeed ado devs comma lingua gor a inguagerh en gal i oe dem revel, Reproduzndo o sitemsedobra em us lin fsa tadugt proves uina manga, ef exit Sabavelmente um gmho,uma(peteniliagio™xGow) Sans npaS En ce eae Ae eeragi”A aba tadnda € iy veres “opener. TE ‘ao somente plano cultural o cal ch sou falar i> prio, iso couesponderia, por outo ldo, oft de qu, fa lingua de chegda a tadigdo depen pitas de mancin diferente da iter ‘ilies da Hagua alms cue so lomblogas, nas nfo identcas, as que ele abe como trader. _ Visa metafisiea e pul do traduzir Gostaia agora de'ekaminar brevemente como a 1dugdo articulase com outa vsa- ed da tradugdo e, conlatvamente, ‘com o que se pode chamar de a pit do taut En- tendo por iso esse(Geeja de traduire constitu o tae ddutor como tradutor e que se pode designar pele(termd) ilsdo.jsma ver que ele tem, como o subl- hava Valery Lara alguma coi de “sexta” no sn tido amplo do termo. O qe aida aera dg? mw to considerado quate candnico, Waliet Benianiivevocou a tar do traitor. Rstaconssiva en buscar, pare akim da standin dings emis gs te toda lingua caeganela como seu eco mesinico, Ua tal visada ~ que no tem nada 2 ver com a vida ica ~ € gorosamente metafsica, na medida em que platonicatnen- Xe, ela procure um alem “Yerdadero” dae linguas nature Foca rmfaicr les als eaeaos por Benin ‘em seu ens, que enearnaran do modo mais puro es vi sa, mais notadamente Novalis. a ina Bad Leonia o reno, ds ferences, conta a empiric a, crosament, esta o que Dus, por asim dizer em cetado selvagem, apa puta do tacit como els se ‘manifesta, por exemple, Schlegel ou Armand Ro- bin, O desejo de tdo fade, de ser pol, eniradtor, alinge fees a uina relagin problemaiiea = até antagoniste “com sua lingua materia. Para A: W. Schlegel, oaletnio uma Iingua desicitada e rigid, obviamentecapaz de 2 ; “rabalar”, mes nao de “beincar”. Pats dle, a politrdugio tem justamente como visada fzerbrinee a "Vingua mater na Em um ponto, esa visada eonfunde-e com a vsada ics, tal como ela se-exprime’em um Humboldt, para tadicaliments 9 ingus mateme. Sete ds suis cals que ScMcemacherdenorina ddashsimichex Wohlbfinden der Sprache ~ 0 itimo bem Sidi pana ep ae Cons sgn apr lg DE stv cpap ta sit ning Ca per Sie nice ngs tg ae rtrd npr signee Hcp namo wg me oan ‘Sn i coma mse oe ina cn coal peo Ec ee ratte tigen Toles aeetces ‘iO cw td Ka Si Sane Gah ing mca Coen ape St na et inured gs mono odael somata safe Sta Sis plcas nde cee {en Sgn ng neg ee sec fc cape 2 i tain osm i ‘hae tg xen Naitnbiee dace) Rn B Ww y) Fevidente que agi vind état ltapssar a finde des lings empicas de sua prépri nga enum melo meno exo dey & plot verdad “Ta Robin di: "sera Flay eno m ples ine yn pls tad qu qe ansfornara liga ma- tema conftontadona linge no mats como ts Sempre mperiores rai “exe, mai “bincahons” iat“ Federsa der qu a isda etfs ds tra ai sinagain pul teal, vo paso que a Sale Hien seu liatbordameni, Cem ee, « pulto {Tauris findamenfo pies david ea ~ sem {al el 6 seria um inert impotent. A ies {Tit €forgsamentepsional. Ma, a mesmo tipo, tla laps pus, poi io quer mnispreciarente ‘esta secreta destruigid/transformasao da lingua matema {cca nme vada mets desjm. No Uasbor Tteento que sepreenta sada ccs, maifetase te {esejoro de etabelecer wn elas afogicdpte Ving ‘atrangeiae Kagua propria * ( Erica da tradugdo roy ‘Analitia da tradue, i to, ptt, ofA pode dei mir Flexio moderna sobre a iradugo eos tradutores. se. Tradugio e ranstextalidade Hitéia da tadugdo ‘Ac que se acrescentaria unt quis ia) referente 20 i alent teeta ‘bra verdadeiramente era deabrese sempre em wm ™ hotizoite de tags Hf neste Gampo cultural, ue os alemfes comegam a7 denomminar a Bildung (cultorae forinagdo}, que vao se de- serwoheras empress dos omnia, de Gee, de Hum boldt ¢.de Holdertin. dlugbes das romnéintice ue re vestema forma eonscente de(um progunaeomespondem similtaneanente a uma necesidade conéeta da epoca (en- 31 é riqucer orepetiio dat formas poeta teak) a uma ‘ino que les 6 pra, area peo slant come tle fa deindo por Ka, Fchte« Scheling.Fredich Schlegel, Nomis Schisicmacher tomar, els pestis, “pte ava nese proce espera. Par Goethe, menos tesco, atadugdointogrse no mbit da Welter, da Tiertura mun, cuo medi mas puro bem gue pode- these a oe ia gm enh. {le ¢ um dos instumenize da consitugo da univ Psa Capers Cha ial Gosthé ‘grande representantes Selec tab) Par 08 romantics de Atlenalin, «wad paicada em grande ‘Seala €um momento exencil, oto com a eta, da onsituigio da “poesia univer progres, ou sea, da sftmagio de peta cons bola. Cm pit _tca, ela'encontzou seus exceutores em(A. We Schlegel CL Teele se tein enn Selege! loves) Cento iat, dove enconta ewe limos uma expos site Initia da torn dtd, oma i, do ue we ‘expsitosstemaica ds tori da cia, do fagment, da Iiteratura on dare ems gral. Prt, no deb de exis, ra masa dor estos rome, uta refledo sobre a wad cio edrctamenteigida aquelas~ ma novels — sobre ai teratire ca cifien, Std nossa tac, portato, constr css flo stuandos no lbint de suas evi, ain toque, om su strata se moss com tendo algo aver ||_ com aGracaca e atvaduzibilidadé>)Quando Novalis esere- tea A.W. Selegl "No ial ds conta, toda poesia é ba ‘dogo ele colo em uma insndvel proximidade de cx SEncia 0 conceit de Dicg(uprem em sua opi) ¢ Bre und Donte Wau 368» 2 ode Ubonetsung. Quando F. Schlegel etree a seu id: "A orga de penetra na singilriade mais atin de wn grande esp, voc’ sempre erow iso em mim com ‘nau humo, chamandoa talento de tadutor ele colaca sta mesma proxinidad de estncia~ainda que de mania clégca~ ets, compreesio« tadugdo. Poderibos Petar sie a eo pla de Haran en feign mice Prat Se naling papal i haan eter tro Saat enncaeoapceaa™ Mas éevidente que Novalis ¢ F. Schlegel, ea sua ‘efletto sobre aTigagdo da tradugao eda poesia, em uma ‘so mais espectica do que aqua ie arma que todo pensamento todo discuss “radugdes, Patlhands dese pnt de vista tradicional cesdscernem un lag anaisexencal ene a poesia ea trad, Nésmostrare] snos que a radugdo significa para eles uma teprodugio cstutural da erica; no sentido ito patcular que se ‘este para a Athendum esa nog, que a traduzbilida de € 0 préprio modo de ralzago do saber, da Encl. pédia Nos dois ess, vas a opera “omantizan- te", és eténcia da vida do expt, que Novalis chamou + de “vctsbilidadeinfinita”" No fenbito de uma tl too- ia, puramente espectlativa, onde se-situan a lingua, a prdtica conereta das tradugdes? Teremos uma idéia do ‘9. de fi 1792. ns SDUN. Ope p17 10, Giana ag “exceeded oF Coun pablus wo 1,15 da evs Rae, Pe Belen 1, 100. Pas aan des expe, vr nao Cap 5 3B qué acontece quando a tradugde se torna emprego da tae Auzibilidade de tudo em tudo, lendo essa observagio de Rudolf Pannvitz, segundo a qual s tradugio de A. W. izalo” do que “gexmarizade” A widagi de Shakepeae por A W. Shell é t= peretinade Schlegel esata meee eats merge [to drs ngs Sor romana, peteanes ps tng majesre baie dor ven shakepen- ~ ojo yore mavens tnd gi eae Ingle " sa afirmasio de" Paninwitz, evidentemente polé- mica, fae sbusio em primeiro lugar 20 fat histrico de ‘que 0s romintico “anxaraum litera Anisteasromanas"!* Nao podemas esquecer que "roman tismo" ver de “romance” e que os membros da Athe- ‘ndum jogavam pertinentemetite com 0 duplo entide de “romance”, referindo se a0 mesmo tempo is formas “ro- mana” ¢ As formas “romaneseas”. Mas ela reinete tam- ‘bém e mais profundamente a relagdo, por asim dizer, “verti” que os romatices estabelecer com as linguas ‘em geal, como se Thes fose possivel habitilas todas. Coma Armel Gueme muito bem observou, Novalis rmantém oma euros relagio com o latim e o francés (e asexptetses de origem romana que exstem em elemio) a alemd oe formas 12 Di Kee de empticken Kal, Nav, 1917p. 193 1} BENJAMIN Werk 11 att Sap, 194, De Beier tt eden Ramet. 6 # Alii de Noval] ccna anced uate vocal” Em una cera media, pode die que a tdi roniatcaprcura og com a gus et Iertoray, faze “yerter” amar nas outa eto nes pat cularmétte no dit meri, o que mot sera de Fannwit: AW. Schlegel i vers recore “rina alia sas" em sata de Shakespeare) exeument cmos eilpae visa verter as eras alegre jumas nas outras: _” Ua ceca di neameneepevetrpor ua Enclopodi Hisina Data ds Cini lo vam’ a lingua por sm imenso eorco de tad. im clad ds tetas ptcn tedricas de Athe- rum, as tllexies de Scheiermacher e de Humboldt re ‘resertim 0 momento em que fradigao entra. no-hor- “ante da hemiendvtis eda cine da linguagem. Ears. teritico contatar que ese dois penetoreschocarnae ime. datamente com o problema da linguagem eda lagged homem com a linguagem —como lgo gue eite nunea pode dominar a partir de uma posigio de sujcitoabvoluto, Nova- 1. Aes IO : 8 i, Som tegen, havin pens a Haguigem come etsbument do sucte peste Ao nt ermine mee ioc iemeennecrene Soames aeanedars ERee rere Cees ostnlado”e “postivo”remetein acui ao ate de due 4 inguagem € posta, insitulda pelo espite, como seu ‘iodo de expresso, Em tal concepeao, ela minea pode set pensada como essa dimensio indomivel do ser humane, ‘que 0 éonfionta com a multiplcidade 2» mesino tempo cempiriese “transcendental” dis lingua: cser-Babel opaco de inguagem natural. Humboldt e Schleinmacher apros- ‘minse ambos dessa realidade da Tinguagem sem, no en- tanto, reconhecéla como tals Mas sua inciativa,sobretu- dd, rflo € mis expeculativa, como a da Athendum. Ela r, coon Humbold a pattie do Clisticismo de Wet ‘mar, com Schleiemacher a partir do Romsantisme de lena, ‘uma nova fae da teflexfa sobre atradugio, que sera reto- ‘maga na Alemank por mentes eatio Roxenzveig ¢ Scha ‘dewalt, quando teré chegsdo © momento ~ apés um pe odo de postvismofilalégieo triunfane — de situar 0 pro= Dlema dh rétradupdo dos grandes textos Weriios € rligo- “er do passdo, Rida sr tiogto exata dessa vnevolts do tempo quand : 2. Fragen Im. L922, p53. esa vei, meno ne pte ew io pencil cl qutengetannr nero, oro Ges catve de sauertea de heel deo Sel To cet dnmirodo ee ‘aro dentine do rps Ung mv SUAS DinoStam allgureanges hs ‘eign que pl ens € piel go eh ‘ge pd euoma n qae mk ne ‘Sede lapping doe de op dale, ‘ta nto qua lore deere Uhiplvckeckanse E entfo que a tadgdes de Halderln, ustamens te porque tendem a submetense 2 “mogdo violent dali gu stangein”, pasan pra primer plano, e com elas 1 rego dat linguas como acoplamentse difrencio, ‘come nilumento emedtizagen. Ou mis precsamente:& relago da lingua mater com a outras Kingus, al como ‘la fnciona na tadugto etl como ela determina arelagdo da lingua materacomig mesma, Evelugio ue é4 noss, ‘ou que devia blo, e que se toina pouco a pouco mais rea om 0 que a ngtics, a rica modema ea psi anise, ene oxo, nos ensinaa sobre linguagen gua em ger ‘Ateota romintica de tradugio,potia ¢especule iva, consti em muitos aipects o solo de uma cata coniciéncia teria © tadutéra modems. A vada de nosso estado aqui dupl:teatase, por um lado, de evelar © papel ainda desconhecido dessa tora na economia do pensumento romintico, Mas por outro lado, tatase de Arctiros seus petlaos ede conti asim para una erie de nota modemidade Teoria “espécultiv’ data ‘dusioe teocia“intanstiva” On “monoldgea” da iterate 1 cao ligase Podem-e enconter exemplossurpreen- dentes no séeulo 20 com Blanchot, Steiner ou Sere. ssa ‘volgdoaberta pela Athendirn enone hoje em sua fave replitvaeepigonal:talase no presente de se liber tardela pas prepaar im now carpe da literatura da et tes eda wade. ‘Atcoriaespeculatv da tadugio tora “intansi- va” da poesia-so peofandamente “coisas do pasado", “qusinquer que’ sejam oF européis"modemos” que tas o- Aenter. Eas barram o caninho ds dimensdohistérica, cul- ‘orale Tinguageta da radngéo e da poesia. é esa dimen. so que omega, em sossos dasa se revela. ‘Quanto do que nos diz respite nosso trabalho ete «co sobre as teorias da tradigto na época clisscae roman ticana Alemanha originouse de umd dupla experiencia Em primeiro lugar, de uma longa familividade, ‘quise simbiotiea, com Romantsino alemio.” Como ‘uitos outios, om Breton; Béguin, Benjamin, Blanchot, Guerme, Jaccttet, ete, nés procuramas nee a origen fes- cinante de nossa consciénca Itertia. O que hi de mais fascinate, ou sej, de mais carregado de imaginério, do {que o Romuntismo alemio? Ainda mais fascinante porque content 0 duplo prestgio do tedrio edo fatsticoe porque acreditamos encontrar nele © unio (ela prépria imagins tia) do potico edo fileeico, © Remantamo é im de nos- soe mos 12, Pasa dito do "nonce" «doin reser ince x TODOROV. Tare de mole Psi Le Ses 197, © 8 BARHTIN, Mia. Balague hoe drama, Ps: Calls as 2BUBERMAN,Ansine"Lete 8 Rous El tre Ronsntione ale ‘mans La Dette, Pats 0.3, 1968 a ‘Una tetra itera intelectual ind sats dv ds de sulorafiemagdo e de soberania, uma vez que perdia contalo com fodo sol hi ‘encontrar ncle sin prin imagem —eada vez mais exan- ig e privada de.vida, Nem tudo slo monélogo ¢ autore- flexion histéria da poesia e da literatura modemuas.* Mas tuatase certamente de una tendéncia dominant.,Pode- ‘ct tditamente nos reconhecer nela, Podemes tam- ~ _bém, e € nossa posgdo,recusila.em nome di experincia dle una outta dimenstoriterra, Aquela que eneontrainas in poesia eno teatro europeus anteriores ae séoulo 17, na Aiadigio tomanescae que, evdentemente, nea desapaie- cet Essa dimensio, o Roraantismo slemo certamente 2“ cconheceu, pois fez dela o campo privilegiado de suas tradu- teere de uate Iteas Miao memo ep, Se separ el ces te com AW. Schlegel por tino intaspontel TAFT ear dened ques aia pan nfs quand, + ap termes tide onto sens, ones te Lot entero mance athinameians ner A... no Do'memo med qe oars do scale 16 cue pe. foo ator © {ares ovwatoed~"acrcn «pti oun tdi poplin, axin um ble pans tn fer como result emia cla ol pr {ie Ingee coho nos, qe sega ns jt hat te, elt ¢ Mera nea? Poiana es 24, Asim comd nem ide oe Reman. $6 laos ag do Ro- tatoo de lena ncemetenie tied 235 Ver BERMAN, A “Umeriqae tine ans salinete Gules, ‘na, 179 Le wat errr inoue” Ln. ‘mc en, 1982, 2 rico ¢ linguageto, aveditou jimarBes Rew, JM. Arguedas— pata ci ‘mente un problema ténico, setrial@ nada mais, Mas, ‘erdad, exe af um desofio que cloca em ogo o sentido 0 poder da traducio, O tabalho ae fits no francés m- emo para tomilo cape de teceberaiteaticamente, ot Sci, sein enocentriamo, esse donno literiomesta bem «que s trata, nae pela tad, de paras desse movi= mento de deseentalizacio ede mudanca do qual nossa I> ‘teratura (nossa cultura) precisa, ée ela quiver encontrar ‘uma figuia e uma expeiéncia de si mesma que em parte perdeu (nko totalmente, € clio! a partirdo Classicism. Anda que o Romantsmo frame tena tido a ambigio de reencontrsas. A tradugdo equises er capa de paticipat de um movimento assim, deve efletirsobre si mesma e sets poderes, Esa reflexo ¢incvitavelmente uma auto-fma- edo. Festa tltima,repelimos, et isérica e eulturlrer- tesitmade: est a servigo de uina cert viola da iterate 12. Os problemas apresentades pa trauioltinoamer + «ana no so deforma algama setriis; eles sfo encont- dos faciliment em outros dominios de taduio, Nenhuna “teora” do adit seria necesita sealgumsa coisa no de- ese tmudat na priies da tad. A Aleman dos o> snticos, de Goethe, de Humbalt e de Schleiermacher -eonhcee Sa mancira uma problema anloga. Ris 4 rardo pela qual fines levades a tent estever™ mesmo cue pacialmente~ im captulo d hstrs da tradugio et ropéia eum eapttulé da histria da cult alema, Capito lo particularmente drduo de sentido, uma ez qne reconhe- cemes nee exolhas gv sas nosa,embora nosso eam posal ena se tandomado” Exe taba“) 0" est ele propio, a servig de um bers combaté cut 36 an Conc. eB St rao qual deve se afar, 20 mesmo tipo, a expect, ficidade da tadgio earcust de uma ceta tad lite rria moderna, A waduglo mereeria se scular eauto incl eel no se tomas, enfin, um ato de descentae mento crador, conscente des mesmo, A Restos asinalac oF estudos aos quai ete nso deve mutsimo. Nao existe, plo quesabemos nenhum e tudo de usta proporgis sobre a digs as teas da tradugio dos romanticas. Quand muito, encontrase age ‘ma monograiaconsagiada a adugbes de. Teck e de A WW. Schlegel Certs tess univers alemdsextdam 3s vez selagio dese ou daguele rotico com una lite rata estrangeira, mas sem nunca aborda de frente. aques= tao de natrez, da Ginaidade e do sentido das trades _ que ele pesa Ihe ter atl.” Ar ars obras na Alera- ‘ha contagradas a eoraromdites da lingtager conta. tam realmente a importnci que» tiducio tem para cl, nas nfo oferecer nenhuinsandise da tad gue ultra paseo nivel de uma parfase. Acontece paticamente © eam com Goethe As tralugbes de Hoi, por outro Jado, forum cuidadosament edad (pelo menoe st do ego), otadamente por F. Beier e W. Schadewsldt (0 nico ator ter med plensmente a mportin- iz do assnto ea to sitiado i Ambito do conjunto da rellexio tomvtca sinda é Walle Benjamin, em Der Be anf der Kurth in der deutschen Romar tabven a obra mais penetrate eset sobre a Athen 10.0 gos mera bem 0 guns oles de rid permanee ult ‘nec eiealgiement acl, Nao obs, ct HUYSSEN, 3 Die frubromanishen Uap ener deuschen Wallirtu asec se Vag 198 “ Ace tnd hep ene oie eres coe sing siaereisy goto Sieghnenme eet eet EcESatac spear ete Eitobirnsteteseers ebehegene emer sie deste barca Sere ee coms Septet SES Pee ps Sopeeccntae gue eee ener came th cities Secrieen monet So pense! termini, pois podense também considera ess radu ‘hes como a novidede impel e rcaculvel que 6c sencia do verdadeio acontecimento isi. Prece que tals tigen 96 poder’ magi comme Geta) lr, pasando horzante da srplescominicacao intercultural opera peas tradugbes mediadoras, elas manfestam o puro per hitrcd da tadugao como ta que mio se confunde ‘com 6 poder fttico das ade em geral, Em um dado moment; € como se a lao stra com uma outa cu ‘ura, una outa obra; passe rascamente pelo aspecto tn oda radugio. Nio ocore sempre asim obrigatoriamente, ¢,por exemplo (volaremes iso), a profundarelaco quea cultura francesa csia mantém com a Antiguidadepresne ie, cetmente, uma grande massa dé tradugBes™ as qué foram feitas nos sZulos 16 e 17¢-mas de mode algun uma a ; tradugio em particular. Nem mesmo o Pltaro de Amyot (0 préprio da cultura lend albert experimentado vi Taig, Efi o que aconte- ‘A esse respeito, pr-mnit tempo pode parecer se- cosndio she quais so, notadamente em relagio 20 texto hebrieo,o#liites de, sua Verdeutchung. Esse limites, alls 6 etna evident no século 79, como cote todas eierpretades, das letras e da tetas dos Brangelhos ¢ do Antigo Tetainento, Como assnela Re- senaeig~ mas ino tava nciead pee exemple de ta- lug ct mais scima -, Later, recormndo, & verde, a0 testo cbries, taba no final das canta a pani da vendo lating < ou gsi do teat, ne ‘ee que ds paw, aso in? is rete, um ver qe & bin noo he- ‘omic, que consi ohoxtont lings, religisoe cul tural do pensamento Ileana. Todevia, «Veet ‘opera delimitagao,do alemao e do itm, nfo efetua ta simples germanizagto no entdo em que hoje ala ‘mos depreciatvamente, por exemplo, d'afancesamento de ‘um texto estangeio Iso é ainda mais impose porque, no «aso de uma talaga religion como ada Bbiaede um mo- siento de volta 3 Toutes” como o protedantimo, 0 vig ‘al hebraico nto pode purse sinplesment ser denado de lado. O recurso ao hebaico tem, nese «x0, masa fargo de eforgar afc do movimiento de“efrna". Meso e tan lange de detennina ods a erapresuterana, ee sae 12 ln STORIG. Op ot, p26. Tiza a Verdeutchung ¢ lhe dé utraorginalidade suplementa, eee ented ee es eee lope thm ot sree eee ees ee eee eee Sereianeee eee among ta agar ne Bow oP deg oe sree os tinea ena oe Sim geesRin Ee uy tn cs ase Sst pend fant im outio Tuga, Lutero excreve a propésito dé sua teadugzo dos Salmor:« FE deena me cae inner roc trodden cam parc i doe ‘to Tenor pl esr ed iran ascended roars o nse maraseecrn RTI Ce A ae jemateaces 270 te OSS Oe eae ay eee Seer seer Sere eee See eae ie cece ee ae rer @ [No miesino text, ele abotda o problema do sent doe da “letra” de uma maneita mais gral e declra ter vers mand given lav, eae oe SGnsonaneo sea 14 neste aso ws slusio a Sto Jernimo,o ada tor da Vat, para quem, na taduga das seins, tr {avai apenas de una rsituigio do sentido. Regra que Ci- ceo e 08 poctas latinos, diz ele erm sua Carte & Parma hiv havi amplamente institu: ess fn nar este camo cen tdi Sn zat eo pn pox el ein porse 4 Sto Jerdnima e sua tadugzo permanecem como 0 horizonte da Biblia Tuterana, mas esta hima, entretanto, scredita dear & lingua hebeaica “algum espago”. A Ver deutsch parece, portanto,esllar entre vires modos de trade, E preciso eniprega aqui terino medo, uma vez que, com Later, nose trata nem de um conjutite de re ‘grat empticns, como em A maneira de se traduzr bem de tuma nga para outa de Etienne Dole, tratado escito ras ou menos na mesma époea nem de um, método no sentde de ms definigo sistema dos tipos de tadugto, “como no ensaio de Schleiermecher, Uber die verschiedenen ‘Methoden des Uberetzens.!" Nao escolher entre 2 Iiterali- dade e a iberdade, ene o “sentido” ea “ler, olatim eo hebreu, ao signifies um MutoagGo metodolégca, mas & 15 las ROSENZWEIG. Op. tp 196, 16. Cat Pamenchin, be STORIG, Op cp. 3, 17. Verne Capital 1: poopslo das pris findamentai da ridugoe aint 0 do que € posse e neces faze em ui determin. dt momento histo, Tal como 6 tradugfo lteran abre um duple ho- vaonle: aquele histriep-ealarl, que eoesinos acima,¢ un onto, mai Timitade, das futrar rade lems ede sei sentido, Nenhuma tadugdo de uma obra e de uma Tinguaestangias, ap Luter, poder ser feta sem qual quer referencia 3 aa tradugdo da Biblia, nem que seja pens para afar de seus principio tentarelapar sélos. Voss, Goethe e Holderln pereeberio a medida exe ta diso, Se« Biblia luterana staan corte na histra Aalingua, d cultura ede letras lems, ela instar igua mete euto no domnio-das tadugees. la sages, lem dis, que formaggo eo desrvabviento de wa cue ‘ura propia e nacional podem « deve pasar pla trad 0, ou wi, por una rela intrsiva edelibeade om 0 ators imagio que pode parecer « 6, parcilmente, de tums grande banalidade, Polo menos tees o hibito de 18 Nees om ne epi oe Haldia come et, pre Faas, se pends Later n0 mesmo eo ms ca de fo ‘neem son db deur Herder, Koptece AW. Seep finn igslment frac 1 Bade Laer, mr mele Hin ou ‘de una cet manent bal uc Later ai somite como semi A tag den Niche co ie {ale como pasar lie ae no € mi pen ‘Sum lang teint cam Lato, Arlagio deve pon st ‘lagu etangsas- peice com o fats © alin ‘ats bam ue, como Haden ele perc ea eps ans di igus anges verde Sen pig Fl Ths eo, otto pao ote, oetaleaneato mo que Hedin ch sade" Ltes dings dre ao oes roam no med" ee Masa coin mir qe, a seu pripio deserelvinent, de uguer dem qe bom “seg cu cebro con ode out (Montaighe), tue cca pena que alge elaga consign e como “rip” pase adcalmente pela tlado con 0 cut © como esingeio dtl mance €potesa client, te tei mi ei den, qu ma ago consi {Soma pave No pla peti, smeotareos Stontente af 0 rose metal Se my tare, Sense ue Anse Ge foo un da om a conte ‘stom Wale Benji: + jstamete o fad deter me aad dea ign sna gene ete cect beri {Taser les ngan cng, No pends Su ee ee i compccndene tndofe] Eon cour Tinh ater anon” | Mas as ois aguivem uma ego pier quae do ‘ea let deta o plano picedgco pars ser splicala 20 plano histrco-cultral.Além do, dexomedimento da pene plo etangir friar a ameaca peru, anton nel de uth indivi, quanto no de wn ‘de una bistria, da prda de idestidad prépria.O que ett ato em que aul no & tanto esa ear sin 0 pon to-em que ea ultapass seus prprias nies, sem po iso transformarse em rlagioverdadsiza com « Ou. Eo que parece oorrer a exes na elt slemd: quando a “xi bide” to Tourada por Goethe e A W Schlegel ( da gua pte rime, da penal lena pelo seg 19. Nyt vole, “Andes Cie. 2 6 ( de) se tans cnpdermitado roto dee angar nacre Ese poder tetado nino do nl 19, pulo desenvelvimentoprodigioe da flloi, da ena Ii terri, dos exes compari, da ementata om turalmente, das tradugdes, Literariamenite, autores como’ “Tieck, Jean Pr e Gosthe io prove da mesma pegost “eiildad” (no veabulto a Epes alae habe tment de vertilidade” par degre apie mene tal eels drum sentido pejorative ero) Ee movimento, muito produ caltrlmente pate do paradoxo,aparente ou no, segundo o qual quanto mais tuma comuridede se abr ao qu no el, stem aces toad ineana, Em ams intui Nitche considers ue qne ele ese na expesto “sent isriee™ én serdadia dette ~ deste do sul 19 europe E evident que um expt io “veri quant F Schlegel tina peretamente a concncin da atures 2, Tomada de oie qu sempre da de steno prog ssl ‘Wt das mentale se, elites tein sec ‘altri de nos sceade 6 oi paiuaens, de se psa (ra no moctento memo en gue anes acre om 3 ode, 9 ‘eee dasa raalnent, lem 2 peur de unseat age? etna ola? De wns be ds igen? Deum enter sere de, sols considera come aes nas peso? Que poi os ie {crore do pd rl tema emia mano resem Ingion pale dees dt alts poplars A means pgs ea ‘aaa pops da etalgi Ha nw proces xen rant quento ¢ cera, lange dio, neers plete de una ‘via hres eco ds nado Eo Reranimo lem am cs conece tabi, 2 sun mand, ese connie de que, [isthe via nee “orldae camaetic” que "senda hss” ‘am perp ik le on eve ae vend dl in or ‘nent de propio. Fs ito da prope eda doings, de ete eo, cc, cata oe aia ult np Hl ¢ quanta aie pide wore “ ye J desea in se agents le eo i pore de tars, os arn eo dabes,eo eo dating a cate espe, Os fomanos conta sna su Ie tert om teem um imental ewe dor regs desinbicse, de snr ee anes: hss esa em om stor con Pl. Os Sas segundo Fe. ~ " Sclegsprocediah de out mode Sida pec stm ee fauna Wades 9 ee de fate {he macy team thee Mdnanene mss eo, ecm el si culty tee mi do (gras Bumper do He i Barn 2 ‘ean memo tong anion eigen” ‘Can efit, fato de queimar es oignais— an eo de ‘um complesdadeinsondivel, quase mica ~ tem dhiplo resulado: ode supine qualquer rela com una itera consideada como modelo histico (0 “antelisicc”) « 0 de tomar impose qualquer resradurlo (20 pass que toa ta dugio implica sua ret, ou sj, ua “progessidade”). "Desse mode, a pari do precedente histéico que €2 ‘Biblia luterea, ido um conjunto de quests ¢ coloeado & culira alt referents & sua propia esc: & que somos, se somos um pow de traduiors? O que €2 tadugioe o bem ‘waz, pra 9 powo que somos? Se acetarmas que a reacio com 0 estangeco é constutva de nos identdade, gal deve se para nés essa relagdo com oestrangito? Come inter preta? im que medida, igualmente, essa reacio hipertf ‘xe desmedida no constiuiria para nds un aneage radial? io. deveriamos, de preferénia, volts pats 0 que, em nods cultura, tomouse estengeio part és, mas const, 2A, Pagano de Athens. 6s ‘na edlidade, nos “tcc sss propria nosso psido? (O que 6a Deutsche, ela Goluga de todas esis quite”, Heider, Goethe os omdatcos, Scheiennacher, Humboldt Holden tent, cad um 2 soa mane, enfentar cas cies, que elo ato em uma problentic ck tur que ulapas de lige qualquer “taetdalogi O posi tive flligcoe Nictzich, no scuo 19, retomatde esas quests, © depois, no seule 20, pensidorce to diferentes ‘como Luckdes, Benjamin, Rosenzweig, Reinhard, Schade- walt Heidegger. eo Herder: fidelidade eampliacio © 0 prt np, conagao a Heer plemt «tien da tao que eistaura na Aleman ma segunda meta ded seul 18, poder serintodiosob a tgdede des on ‘ects que etomam feqientemesit nos tetra pce: Ee: terunge Tew, Ervcitening 60 alargament,asmplinto jen ‘onto es pls en Nowa, quando dear que - ‘mente Alem tach oan “lagen” ‘Tree € fidelidede. pala tem um grande peso na‘utora semi ca épta pode ler como ua vite acing, ato tw damiio fetvo quanto dato xd eur naci tal ese repel amar que atau deve serie no 0 ‘nal quant pode parece em um piniosement. Pit

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