2.

3 A resistência das democracias liberais

A crise de 1929, que mostrou as fragilidades do capitalismo liberal, e o avanço dos regimes fascistas na
Europa trouxe a necessidade de novas soluções políticas, sociais e económicas.

Novas soluções:

Intervencionismo de Estado
teórico: John Keynes
papel do Estado: Estado-Patrão
áreas de intervenção do Estado: economia, finanças, social

Intervencionismo de Estado - O NEW DEAL

impulsionador: Roosevelt
objetivo: solucionar a crise económica (relançar a produção e o consumo e aumentar o poder de compra)

1º NEW DEAL (1933-1934)

objetivos: relançar a economia e combater o desemprego

medidas:
• forte intervenção do Estado;
• (setor financeiro) lei da urgência sobre bancos e desvalorização do dólar;
• (setor agrícola) lei dos 3 AAA (Ato de Ajuste Agrícola);
• (setor industrial) NIRA (Ato de industrialização);
• programa de obras públicas.

2º NEW DEAL (1935-1938)

objetivos: implementar medidas de apoio social

medidas:
• Estado Providência – promoção da segurança social para garantir o bem estar e o crescimento
económico
• Lei Wagner (1935):
reforma por velhice, fundo de desemprego e auxilio aos pobres
• Fair Labor Standart Act (1938):
salário mínimo e regulamentação do horário de trabalho

Na França os efeitos da crise de 1929, o avanço das forças de direita e a incapacidade governativa em
solucionar a crise levaram à formação de alianças entre os partidos antifascistas e forças de esquerda, ou seja,
a Frente Popular liderada por Léon Blum.
Medidas:
• o governo torna-se mediador entre patrões e sindicatos;
• acordos de Matignon (legislação social e laboral);
 • promoção da produção e do consumo;
• desvalorização do Franco;
• plano de obras públicas;
• estabelecimento da escolaridade obrigatória até aos 14 anos;
• divulgação dos meios de cultura popular e do desporto de massas.

No entanto, a reação das forças de direita, as disputas internas e o fracasso da política económica levaram ao
fim do governo da Frente Popular em 1938.

Na Espanha a Frente Popular, liderada por Manuel Azaña (1936), unia is partidos de esquerda: anarquistas,
socialistas e comunistas.

Medidas:
• legislação que instituía o direito à greve;
• legislação a favor do aumento dos salários;
• promoção da ocupação de terras não cultivadas e de fábricas mal geridas;
• medidas de separação da Igreja e do Estado.

Estas medidas socializantes motivam a reação das forças conservadoras, formando-se assim a Frente
Nacional (monárquicos, conservadores e falangistas). Que deu origem a uma Guerra Civil (1936-1939), que
terminou com a vitória da Frente Nacional de Francisco Franco, instaurando um regime autoritário.