You are on page 1of 384

Pien se

c o n f o r me
a l a Bibl ia
CÓMO R E C U P E R A R EL P U N T O
DE V I ST A C R I S T I A N O

R ED A C T O R G EN ER A !

Jo h n Ma c A r t h ur
CON

LA FA CU LTA D DE THE M A ST ER ’ S CO LLEGE

RI CH A RD L. M A Y H U E, r ed a c t o r a s o c i a d o

JO H N A. H U G H ES, r ed a c t o r a s o c i a d o

PORT AVOZ

M a te r ia l p r o te g id a p o r d e r e c h o s d e a u t e r
/D PLVLyQ GH (GLWRULDO 3RUWDYR] FRQVLVWH HQSURSRUFLRQDU SURGXFWRV GHFDOLGDG
FRQ LQWHJULGDG \ H[FHOHQFLD  GHVGH XQD SHUVSHFWLYD EtEOLFD \ FRQILDEOH
TXH DQLPHQ DODV SHUVRQDV DFRQRFHU \VHUYLU D- HVXFULVWR

7 tWXOR GHO RULJLQDO 7KLQN %LEOLFDOW\W ‹   SRU - RKQ


0DF$ UWKXU \ 5LFKDUG 0D\KXH \ SXEOLFDGR SRU &URVVZD\
%RRNV ILOLDO GH *RRG HZV 3XEOLVKHUV :KHDURQ ,OOLQRLV

(VWH PDWHULDO a GtVSRUQEOH JUDWXLWDPHQWH FRQ OD ~QLFD
ILQDOLGDG GH RIWHFHW OHFWXUD HGLILFDQWH D WRG#V DTXHOORV
KHWPDQ#V TXH QR WLHQHQ ORV UHFXUVRV HFRQyPLFRV SDUT
DFWTXLULUOR 6L XVWHG HVDOJXLHQ ILQDQFLHWDPHQWH SULYLOHJLDFOR
XWLOLFH HVWH PDWHULDO SDWD VX HYDOXDFLyQ \ VL HVGH VXJXVWR

UQU - 
EHQGWTD DODXWRU HGUWRUHV \ OWEUHUWDV FRQ OD FRPSUD GHO OWEUR

. QPtNXYU
$ PHQR TXH H LQGLTXH OR FRQWUDULR WRGDV OD FLWDV EtEOLFD
KDQ LGR WRPDGDV GH OD YHUVLyQ 5HLQD9 D OHUD O ‹ 
RFLHGDGHV %tEOLFDV 8QLGDV 7 RGR ORV GHUHFKR UHVHUYDGRV
7 UDGXF LyQ (XJHQLR 2UHOODQD
( ',7 25 ,$/ 3 5 7 $9 2=
32 %R[ 
*UDQG 5DSLGV 0LFKLJDQ  8 $
9 LVtWHQRV HQ ZZZSRUWDYR]FRP
O6% 
     HGLFLyQ ,DxR     
,PSUHVRHQORV (VWDGRV 8QLGRV GH$PpULFD
3ULQWHG LQWKH 8QLWHG6WDWHV R $PHULFD
Co n t en id o

C o l a b o r a d o r e s d e T h e M a st e r ’ s C o m e g f /
Pr ó l o g o 9
In t r o d u c c i ó n i i

Pa r t e u n o
Fu n d a m e n t o b í b l i c o
1 A u t o r i d a d y su f i c i en c i a d e i a s Fsc r i t u r a s >9
Jo h n M ac A rthu r

2 L a n ec esi d a d d e c u l t i v a r u n est i l o b í b l i c o D E PEN SA R 55


R ic h ard L. M a\ hit e

3 L a c r e a c i ó n : U n a c o m p r e n si ó n b í b l i c a 55
fn ht i M ac A rthu r

4 Re a l i d a d y c o n t r o l d el pec a d o 89
¡ohn M ac A rthu r

5 U n a r el a c i ó n t i e r n a m e n t e c o r r ec t a c o n D i o s IO ?
M ac A rthu r

h 1 AS NACI ONES VI STAS DESDI I A PERSPECTI VA DE Di o s i ?. i


M ark A. T a t l o c k

Pa r t e d o s
Fo r m u l a c i ó n b í b l i c a
7 L a i m po r t a n c i a d f en t en d er n u est r o
M U N D O P O S M O D E R N O
■4 1
B rian R. M o r lev

8 U n a m a sc u l i n i d a d c r i st i a n a 16 5
S t n a r t W. Scott

9 L a f e m i n i d a d c r i st i a n a 17 9
P atric ia A . P n n is

10 L a a d o r a c i ó n e sp i r i t u a l y l a m ú si c a 19"
P au l T. P !ew

11 C o n se j e r í a b í b l i c a en l u g a r d e psi c o l o g í a 115
Jo h n D. S t reet
¿Po r q u é u n a v i s i ó n d e l a c i e n c i a
A TRAVÉS DF. I.AS ESCRI TURAS?___________________________ 133
Tayl or B. Jones
il ¿E d u cació n c r i st i a n a o a d o c t r i n a m i en t o sec u l a r ? 113
John A. Hughes
14 Ho n est i d a d en e l t r a t a m i en t o d e l a h i st o r i a
,
275
Cl yde P. Cr eer hi j o
15 D esa r r o l l o d e u n a v i si ó n b í b l i c a
d e i g l esi a y est a d o
John P. St ead
16.
A LA ECONOMÍA i 15
R. W. Mackey, II
17 Dio s ES GLORI FI CADO en l a l i t e r a t u r a y en
LA CULTURA ARTÍSTICA
Gr ant Hor ner

No t as 359
Co l a bo r a d o r es
d e T h e M a s t er ’ s Co l l eg e

P a tr ic ia E. E m m is , E d .D ., U n iv e rsid ad d el N o r te d e A tiz o n a

D ir e c to r a , D e p a rta m e n to d e E c o n o m ía D o m é s tic a

P ro f e s o ra d e E c o n o m ía D o m é s tic a

C ly d e P. G re e r, h ijo , D .A ., U n iv e rsid ad C a r n e g ie - M e llo n

D ire c to r, D e p a rta m e n to d e H is to ria y Estu d io s P o lític o s

P ro f e s o r d e H is to ria

G r a n t H o m c r , P h .D . ( A .B .D .) , U n iv e rsid a d d e C a r o lin a d el N o rte


P ro f e s o r a s iste n te d e in g lé s

Jo h n A . H u g h e s , P h .D ., U n iv e rsid a d Brig h a m Y o u n g

V ic e p re sid e n te d e A s u n to s A c a d é m ic o s

P ro f e s o r d e Ed u c a c ió n

T a y lo r B . Jo n e s , P h .D ., U n iv e rsid ad d e T e x a s

D ire c to r, D e p a rta m e n to d e C ie n c ia s B io ló g ic a s y Fís ic a s

D ire c to r, D e p a r ta m e n to d e M a te m á tic a s

P ro f e s o r d e Q u ím ic a

Jo h n M a c A r th u r , L itt.D , D .D ., Se m in a rio T e o ló g ic o T a lb o t

P re sid e n te
P ro f e s o r d e Bib lia

R . W . M a c k e y , II, E d .D ., U n iv e rsid ad P e p p e rd in e

D ire c to r, D e p a rta m e n to d e A d m in is tra c ió n d e N e g o c io s

P ro f e s o r d e A d m in is tra c ió n d e N e g o c io s

R ic h a r d L . M a y h u e , T h .D ., Se m in a r io T e o ló g ic o G ra c e

P rim e r V ic e p re sid e n te y R e c to r
P ro f e s o r d e Bib lia

B r ia n K . M o rle y , P h .D ., Esc u e la d e T e o lo g ía C la r e m o n t

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
8 P I EN S E C O N F O R M E A LA B I B L I A

P ro f e s o r d e Filo s o f ía y A p o lo g é ric a
P au l T . Ple w , E d .D ., U n iv e rsid a d N o v a d e l Su d e ste

D ire c to r, D e p a rta m e n to d e M ú s ic a
P ro f e s o r d e M ú s i c a

Stu a rt W . Sc o tt, D .M i n ., Se m in a rio T e o ló g ic o C o v e n a n t


P ro f e s o r a s o c ia d o d e C o n s e je ría Bíb lic a

Jo h n P. Stc a d , P h .D ., U n iv e rsid a d d e l Su r d e C a lif o r n ia


P ro f e s o r d e H is to ria y Es tu d io s P o lític o s

Jo h n D . Str e e t, D .M i n ., Se m in a rio T e o ló g ic o W e s tm in s te r

D ire c to r, D e p a r ta m e n to d e C o n s e je ría Bíb lic a


P ro f e s o r a s o c ia d o d e C o n s e je ría Bíb lic a

M a r k A . T a tl o c k , E d .D ,, U n iv e rsid a d N o v a d e l Su d e ste

V ic e p re sid e n te d e V id a Estu d ia n til

M a ie r la l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
Pr ó l o g o

n c o n c o rd a n c ia c o n la m isió n d e T h e M a s t e r ’s C o lle g e d e c a p a c ita r a lo s

E e s tu d ian te s p ara v iv ir u n a v id a d e c o m p ro m is o p e rm a n e n te c o n C r is to , fi­


d e lid ad b íb lic a , in te g rid ad m o r a l, c re c im ie n to in te le c tu a l y u n a c o n trib u c ió n
d u ra d e ra a l re in o d e D io s , e ste v o lu m e n se h a e s c rito p a ra in stru ir y e x h o r ta r
a to d o s lo s q u e lo le an a a d o p ta r u n a v isió n c ris tia n a d el m u n d o . Sin e x c u s a s
ni re se rv as , el M as t e r ’s C o lle g e e stá c o m p ro m e tid o c o n la a u to rid a d a b s o lu ta ,
la c e n tra lid a d , la in e rra n c ia , la in f a lib ilid a d , la p re e m in e n c ia y la s u f ic ie n c ia
d e la P a la b ra d e D io s . A sí, las Es c ritu ra s s o n la fu e n te m ás im p o rta n te q u e in ­
f o rm a y d e lin e a n u e stra v isió n d e D io s y el m u n d o c re a d o p o r Él.
P ie n s e c o n f o r m e a la B ib lia a p u n ta a e s tu d ia n te s y a n o e s tu d ia n te s p o r
ig u al. En u n a e ra q u e a b o g a p o r la n o e x is te n c ia d e a b s o lu to s y p o rq u e to d a s
las o p in io n e s tie n e n ig u al v alo r, e s te lib r o h a c e u n se rio lla m a d o a re c u p e ra r
u n a v is ió n c ris tia n a a b s o lu ta y e x c lu s iv a d e l m u n d o . F.n la m e d id a q u e m u ­

c h o s c re y e n te s in d iv id u a le s, ig le sias c o n s e rv a d o ra s y e s c u e la s c ris tia n a s se


a p a rte n d e u n a v is ió n s a n a d e D io s y su P a la b ra , su v isió n d e l m u n d o se c o m ­
p ro m e te rá c o n e l e rro r. E s to s e n s a y o s in te n ta n re a f irm a r y re s ta u ra r u n a
v is ió n f u n d a m e n ta d a b íb lic a m e n te d e la re a lid a d d e la v id a d e sd e la p e rs­
p e c tiv a d e D io s . Se a e l le c to r u n e s tu d ia n te d e s e c u n d a ria o u n iv e rs ita rio , p a s ­
to r o p ro f e so r, m is io n e ro o c o n s e je r o b íb lic o , la ic o u o b r e ro c r is tia n o , e ste
lib ro lo a y u d a rá a re c u p e ra r el e n f o q u e a d e c u a d o s o b re la f o rm a e n la q u e

D io s v e el m u n d o e n el c u a l v iv im o s.
P ie n s e c o n f o r m e a la B ib lia n o p re te n d e s e r u n tr a ta m ie n to c o m p le to d el
te m a . P o r e je m p lo , n o se in c lu y e n las e x p lic a c io n e s d e y d e f e n s a s c o n tr a o tr o s
p u n to s d e v ista d el m u n d o .1 A d e m ás , n in g ú n c a p ítu lo p o r s í s o lo a g o ta el
te m a , s in o q u e m á s b ie n p ro v e e u n tr a ta m ie n to su g e stiv o y g e n e ra l. C a d a
c a p ítu lo p o d ría a m p lia rs e p ara q u e p o r s í s o lo p u d ie ra lle g ar a se r u n lib r o .
A d e m ás , y c u a n d o el e s p a c io lo h a p e rm itid o , se h a n c o n s id e ra d o d is c ip lin a s
a d ic io n a le s . Sin e m b a rg o , el é n f a sis p rin c ip a l d e e sta p re s e n ta c ió n e s la fu e rz a
c o n la q u e p la n te a su s p o s ic io n e s .
El lib ro e stá d iv id id o en d o s s e c c io n e s p rin c ip a le s . 1.a “ P a rte u n o 1’ p re ­
s e n ta e l “ Fu n d a m e n to b íb lic o " q u e tr a ta c o n se is id e as im p o rta n te s q u e f o r ­
m an el m a r c o b á s ic o d e u n a v is ió n c r is tia n a , in c lu y e n d o u n é n f a s is e s p e c ia l

M rtle riü í p ro lR f ifc fn p o r d e r e c h o s n e a i ito r


IO P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

s o b re el e v a n g e lio d e Je s u c r is to . L a “ P a rte d o s " a b o r d a la “ Fo rm u la c ió n


b íb l i c a ” e n la q u e a lg u n o s , a u n q u e n o to d o s , lo s tr a h a jo s c o n te m p o rá n e o s
m á s im p o rta n te s d e u n a v is ió n c r is tia n a d e l m u n d o se tr a ta n s e ria a u n q u e
b re v e m e n te .2
El le c to r ta m b ié n n o ta rá u n a d iv e rsid ad e n lo s n iv e le s d e e s tilo s a l tr a ta r
lo s d if e re n te s te m a s . P o r u n la d o , h ay c a p ítu lo s c u y a d o c u m e n ta c ió n e s a m ­
p lia , y p o r e l o tr o , e s tá n lo s q u e tie n e n u n a d o c u m e n ta c ió n m ín im a . En u n
s e n tid o , e s ta d iv e rsid ad e s p r o d u c to d e la n a tu r a le z a d el a s u n to tr a ta d o y e n
m e n o r g r a d o d e la f o r m a en la q u e el c o la b o r a d o r h a d e c id id o re a liz a r su
ta r e a . A u n c u a n d o e s p o s ib le q u e el le c to r a d v ie rta u n a p e q u e ñ a d if e re n c ia
d e o p in io n e s , la Fa c u lta d d e T h e M ast e r' s C o lt e g e e s tá u n á n im e y a b s o lu ­
ta m e n te c o m p ro m e tid a c o n u n a v isió n b íb lic a d el m u n d o tal c o m o se p re s e n ta
e n las E s c ritu ra s .
C a d a c a p ítu lo c o n c lu y e c o n u n a s u g e re n c ia p a ra le c tu ra s a d ic io n a le s . L a
lista d e e s to s re c u rs o s e s re p re s e n ta tiv a d e lo s m e jo re s lib r o s q u e se p u e d e n
e n c o n tr a r si el le c to r q u ie re se g u ir e x p lo r a n d o lo s re m as in c lu id o s en u n c a p í­
tu lo d a d o . L a in c lu s ió n e n la lista d e u n a o b r a n o sig n ific a n e c e s a ria m e n te u n
e n d o s o d e to d o lo q u e e lla c o n tie n e , s in o q u e d e a lg u n a m a n e ra c o n trib u y e
c o n u n a im p re sió n f a v o ra b le al tr a ta m ie n to d e l te m a .
L as n o ta s p ro v e e n in f o r m a c ió n a d ic io n a l y c ita n d o c u m e n ta c ió n r e la ­
c io n a d a c o n lite ra tu ra q u e tie n e q u e v e r c o n la v isió n d el m u n d o e n c a d a c a p í­
tu lo . El “ ín d ic e d e p e r s o n a s ” y el “ ín d ic e te m á tic o ” p ro v e e n u n a re f e re n c ia
rá p id a . L as c ita s b íb lic a s h a n s id o to m a d a s d e la Bib lia R e in a V a le ra , R e v is ió n
1960.
L o s e d ito re s d e se a n a g ra d e c e r a m u c h a s p e r s o n a s q u e h a n a y u d a d o e n la
p ro d u c c ió n d e P ie n se c o n f o r m e a la Bib lia . L o s b íb lio te c ó lo g o s Jo h n Sto n e y
D e n n is Sw a n s o n a y u d a ro n a lo c a liz a r im p o r ta n te m a te rial y re f e re n c ia s . L as
a s is te n te s a d m in is tra tiv a s M a r jo r i e A c k e rm a n , Sh a ro n Sta a ts , T a n y a te n P as
y la s s e c r e ta ria s d e la f a c u lta d a y u d a ro n e n v a ria s p o rc io n e s d el p r o y e c to . El
D r. W . G a r y P h illip s y B o b W h ite le y e ro n e l m a n u s c rito y a y u d a ro n a m e jo ­
r a r lo ; Ph il Jo h n s o n y G a ry K n u s s m a n a y u d a ro n en v ario s c a p ítu lo s ; y o tr o s
c o le g a s d e T h e M a s t e r ’s C o lle g e h ic ie ro n im p o rta n te s s u g e re n c ia s m ie n tra s
le ían lo s p rim e ro s b o r ra d o r e s .
L a f a c u lta d d e T h e M ast er' s C o lle g e o f r e c e P ie n s e c o n f o r m e a la B ib lia
c o n la s e n c illa o r a c ió n q u e e l Se ñ o r Je s u c r is to se a g rad e al a n im a r a e s ta g e n e ­
r a c ió n d e c ris tia n o s y a la s ig u ie n te a in te rp re ta r el m u n d o q u e las ro d e a c o n
u n a v is ió n c ris tia n a p o rq u e p o s e e n “ la m e n te d e C r is to ” (1 C o . 2 : 1 6 ) .

Jo h n M a c A r th u r
R ic h a rd L . M a y h u e
Jo h n A . H u g h e s

M a t a d a ! p i u T ^ j i í j o pc»r t t e r sc b i a i tita ¿n i l o r
In t r o d uc c ió n

e lt an s c h au u n g } ¿ Q u é es e s to ? T o d o s la te n e m o s . Su c o lo r d e p e n d e d e

W la f o rm a e n la q u e c a d a u n o in te rp re te la v id a. A c tiv a las d e c is io n e s
q u e h a c e m o s , p a ra n o m e n c io n a r las f o rm a s e n las q u e r e a c c io n a m o s . V ie n e

e n u n a g ran v arie d a d . G e n e ra lm e n te , la f ilo s o f ía , la c ie n c ia , la c u ltu ra o la r e ­

lig ió n h a c e n u n a im p o r ta n te c o n tr ib u c ió n a e lla. ¿ D e q u é e s ta m o s h a b la n d o ?

Es la v isió n d el m u n d o q u e c a d a p e rs o n a tie n e .

¿ Q u é e s v is ió n d el m u n d o ? U n a v isió n d el m u n d o in c lu y e u n a c o le c c ió n
d e p re s u p o s ic io n e s , c o n v ic c io n e s y v a lo re s p o r lo s c u a le s la p e rs o n a tr a ta d e

e n te n d e r y e n c o n tr a r le s e n tid o al m u n d o y a la v id a. “ U n a v isió n d el m u n d o
e s u n e s q u e m a c o n c e p tu a l p o r e l c u a l, c o n s c ie n te o in c o n s c ie n te m e n te n o s

a ju s ta m o s a to d o lo q u e c re e m o s y p o r lo c u a l in te rp re ta m o s y ju z g a m o s la

r e a lid a d ” .2 “ U n a v is ió n d el m u n d o e s, p rim e ro , u n a e x p lic a c ió n e in t e r p r e ­


t ac ió n d e l m u n d o y, s e g u n d o , e s u n a a p lic a c ió n d e e s t a in t e r p r e t ac ió n a la

v id a ” }

¿ C ó m o lle g a m o s a te n e r n u e s tra p ro p ia v is ió n d el m u n d o ? ¿ D ó n d e se
c o m ie n z a ? T o d o c o m ie n z a c o n p r e s u p o s ic io n e s ; es d e c ir, c re e n c ia s q u e la p e r­
s o n a p re s u m e q u e s o n v e rd ad sin el re sp a ld o d e e v id e n c ia s in d e p e n d ie n te s d e

o tra s f u e n te s o s is te m a s . In te rp re ta r la re a lid a d , p a r c ia l o to ta l, re q u ie re q u e
se a d o p te u n a p o stu ra in te rp re ta tiv a y a q u e en el u n iv e rs o n o h ay u n p e n sa ­

m ie n to “ n e u tra l” . So b re e sta b ase es q u e se c o n s tru y e .


¿ C u á le s s o n las p re s u p o s ic io n e s d e u n a v isió n c ris tia n a d el m u n d o q u e
e stán f irm e m e n te a rra ig a d a s en tas E s c r itu ra s ? C a ri F. H . H e n ry , u n im p o r­

ta n te p e n s a d o r c ris tia n o d e la s e g u n d a m ita d d e l s ig lo v e in te , re s p o n d e la p re ­

g u n ta m u y s im p le m e n te : “ . . . l a te o lo g ía c ris tia n a f u n d a m e n ta lis ta in te n ta f ija r


u n a y s o la u n a p r e s u p o s ic ió n : e l D io s v iv o y p e rs o n a l se c o n o c e c la ra m e n te
e n su re v e la c ió n ” .4 Sin n in g u n a d u d a , el D r. H e n ry c re e ro tu n d a y c la ra m e n te

q u e “ n u e s tro s s iste m a s te o ló g ic o s n o s o n in f a lib le s , p e ro la re v e la c ió n p r e ­

p o s ic io n a l d e D io s sí lo e s ” .5 A n te rio rm e n te , H e n ry h a b ía a f irm a d o s o b re e ste


te m a : “ En su s p re d ic c io n e s o n to ló g ic a s y e p is te m o ló g ic a s , el c ris tia n is m o
c o m ie n z a c o n el D io s a te s tig u a d o b íb lic a m e n te y a u to rre v e la d o y n o c o n u n a
e s p e c u la c ió n c re a tiv a lib re d e m o d if ic a r el te ís m o al g u s to d el in té rp re te ” .6

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u t o r
12 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

R o n a ld N a s h a b o r d a la c u e s tió n e n u n a f o r m a s im ila r: “ L o s se re s h u m a n o s

y el u n iv e rs o e n e l c u a l re sid e n s o n la c r e a c ió n d e D io s q u e se h a re v e la d o a

s í m ism o e n las E s c r itu r a s ” .7

P o r el b ie n d e e s te lib ro , p e rm íta s e m e a f irm a r q u e d o s im p o rta n te s p re ­


s u p o s ic io n e s sirv e n d e b a s e a lo s c a p ítu lo s q u e sig u e n . L a p rim e ra e s la e x is ­

te n c ia e te rn a d e u n D io s C re a d o r, tr in o , tr a s c e n d e n te y p e rs o n a l. Y la

s e g u n d a , el D io s d e las E s c ritu ra s h a re v e la d o su c a rá c te r, p ro p ó s ito s y v o ­

lu n ta d e n las p á g in a s in f a lib le s e in e r ra n te s d e su re v e lac ió n e s p e c ia l, la B ib lia ,

q u e e s s u p e rio r a c u a lq u ie r o tr a f u e n te d e re v e la c ió n o ra z ó n h u m a n a .
¿ C u á l e s la v isió n c ris tia n a d e l m u nd o ?® L a d e fin ic ió n q u e s ig u e se o f re c e

c o m o u n m o d e lo d e tr a b a jo :

La v isió n c ristian a d el m u nd o ve y entiend e a D io s el C read o r y su c re ac ió n ;


es d ecir, h o m b re y m u nd o , p rim eram ente a trav és d el lente d e la rev elació n
esp ecial d e D io s, las Sag rad as Esc ritu ras, y lu eg o a trav és d e la rev elació n
natu ral d e D io s en la c reac ió n c o m o es interp retad a p o r la raz ó n hu m ana y
reco n c iliad a p o r y c o n las Esc ritu ras, c o n el p ro p ó sito d e c reer y ac tu ar d e
acu erd o co n la v o lu ntad d e D io s y , p o r lo tan to , g lo rificar a D io s c o n la m en­
te y la v id a, tan to aq u í c o m o en la eternid ad ,

¿ C u á le s s e ría n a lg u n o s d e lo s b e n e f ic io s d e a d o p ta r la v is ió n c ris tia n a d el


m u n d o ? Q u e lo q u e v ie n e a c o n tin u a c ió n s irv a c o m o u n a p e q u e ñ a m u e s tra
q u e re p re se n ta las c la s e s d e p re g u n ta s c ru c ia le s q u e p u e d e n re s p o n d e rs e c o n

la v e rd ad f u n d a m e n ta l y p u e d e n a d o p ta rs e c o n f e .’

1. ¿ C ó m o su rg ió el m u nd o y to d o lo q u e en él hay ?
2 . ¿ Q u é es lo real en térm in o s d e c o n o c im ie n to y v erd ad ?
3 . ¿ C ó m o fu n c io n a el m u nd o ?
4 . ¿ C u ál es la natu ralez a del ser hu m ano ?
5 . ¿ C u ál es el p ro p ó sito p erso nal d e la ex isten c ia hu m ana?
6 . ¿ C ó m o d eb eríam o s v iv ir?
7 . ¿H ay alg u na esp eranz a p erso nal p ara el fu tu ro ?
8. ¿ Q u é suced e a una p erso na en y d esp ués d e la m u erte?
9 . ¿Po r q u é es p o sib le c o n o c e r to d o en to d o ?
10. ¿ C ó m o se p ued e sab er lo q u e es b u en o y lo q u e es m alo ?
11. ¿ C u ál es el sentid o d e la h isto ria hu m ana?
12. ¿Q u é no s d ep ara el fu tu ro ?

L o s c r is tia n o s d e l s ig lo v e in tiu n o c o n f r o n ta n las m ism a s p re g u n tas b á s i­


c a s s o b re e s te m u n d o y e sta v id a q u e se h ic ie ro n lo s p rim e ro s se re s h u m a n o s
e n e l G é n e s is . E llo s ta m b ié n tu v ie ro n q u e s e le c c io n a r e n tr e v a ria s v is io n e s d el
m u n d o p ara d a r re s p u e s ta a las p re g u n ta s a n te s e n u m e ra d a s . E s to h a s id o a s í

M a r n a i p i a t t i n o p o r ilm e rc tiu s n e au to r
In t r o du c c ió n 13

a lo la rg o d e la h is to ria . P ie n se en lo q u e e n f re n ta ro n Jo s é ( G n . 3 7 — 5 0 ) y

M o is é s ( É x . 2 - 1 4 ) e n Eg ip to , o Elia s c u a n d o se e n f re n tó a Je z a b e l y a su s p r o ­

f e tas p a g a n o s (1 R . 1 7 - 1 9 ) , o N e h e m ía s en P e rsia ( N e h . 1 - 2 ) , o D a n ie l e n
B a b ilo n ia ( D n . 1 - 6 ) , o P a b lo e n A te n as ( H c h . 1 7 ) . Ello s p u d ie ro n e n te n d e r la

d if e re n c ia e n tre la v e rd ad y el e rro r, lo c o r r e c to y lo in c o rre c to d e b id o a q u e

p u sie ro n su fe e n el D io s v iv ie n te y en su P a la b ra re v e la d a .10

¿ Q u é e s lo q u e d is tin g u e e s e n c ia lm e n te la v isió n c ris tia n a d el m u n d o d e

o tr a s ? C o m o u n a s u n to c e n tr a l, la v is ió n c ris tia n a d el m u n d o se d if e re n c ia d e

o tra s v isio n e s en q u e : 1) R e c o n o c e q u e D io s es la ú n ic a f u e n te d e to d a v e r­

d ad , y 2 ) R e la c io n a to d a v e rd ad a u n a c o m p re n s ió n d e D io s y su p r o p ó s ito
p ara e sta v id a y la v e n id e ra. A rth u r H o lm e s re su m e e n f o rm a e x c e le n te las

im p lic a c io n e s ú n ic a s d e u n a v isió n c ris tia n a d el m u n d o c u a n d o v in c u la a D io s

la v e rd ad a b s o lu ta .

1. D ecir q u e la v erd ad es ab so lu ta y no relativ a sig nifica q u e es in cam ­


b iab le y u niv ersalm ente la m ism a.
2 . La v erd ad es ab so lu ta no en o d e sí m ism a, sino p o rq u e d eriv a en úl­
tim a instancia del D io s ú nico y etern o . Tiene sus raíces en su “ o b jetiv id ad
m etafísic a” y esta en su c reac ió n .
3. La v erd ad p ro p o sicio nal ab so lu ta, p o r tan to , d ep end e d e la v erd ad
p erso nal ab so lu ta (o fid elid ad ) d e D io s, en q u ien se p ued e c o n fiar en to d o
lo q u e h ace y d ic e .11

¿ H a b r á f a lta s d e p e rc e p c ió n q u e s e an c o m u n e s a c e rc a d e la v isió n c ris ­


tia n a d el m u n d o , e s p e c ia lm e n te e n tre lo s c ris tia n o s ? H ay a lo m e n o s d o s n o ­

c io n e s e rró n e a s . L a p rim e ra es q u e u n a v isió n c ris tia n a d el m u n d o y la v id a


tie n e n q u e se r d if e re n te s e n to d o d e c u a lq u ie r o tr a . A u n q u e e s to n o sie m p re

e s a s í {p . e j. ro d as las v isio n e s d el m u n d o a c e p ta n la ley d e la g ra v e d a d ) , la

v isió n c ris tia n a d e l m u n d o e s d if e re n te y ú n ic a en la m a y o ría d e lo s a s u n to s

m ás im p o rta n te s , e s p e c ia lm e n te e n a q u e llo s q u e se re la c io n a n c o n el c a r á c te r
d e D io s , la n a tu ra le z a y el v a lo r d e las Es c ritu ra s y la e x c lu s iv id ad d e Je s u ­
c ris to c o m o Sa lv a d o r y Se ñ o r. L a se g u n d a e s q u e la Bib lia c o n tie n e to d o lo

q u e n e c e s ita m o s sab e r. El s e n tid o c o m ú n d e sv irtú a e s re c o n c e p to . Sin e m ­

b a rg o , es v e rd ad q u e s o lo la Bib lia c o n tie n e to d o lo q u e lo s c ris tia n o s n e c e s i­

ta n s a b e r s o b re la v id a e sp iritu a l y la p ie d ad m e d ia n te u n c o n o c im ie n to d el
ú n ic o y v e rd a d e ro D io s . T a m b ié n , a u n q u e n o e s d e ta llis ta e n c a d a c a m p o ,
c u a n d o las Es c ritu ra s h ab la n en c u a lq u ie r a s u n to , lo h a c e n au to rira riv a m e n te .

¿ C ó m o u n a v isió n c ris tia n a d el m u n d o p u e d e se r b e n e f ic io s a y en q u é a s ­


p e c to s d e la v id a? P rim e ro , e n e l m u n d o d e la e r u d ic ió n la v isió n c ris tia n a d el
m u n d o se o f r e c e , n o c o m o u n a e n tr e m u c h a s a lte r n a tiv a s o p o sib ilid ad e s

M a te r ia l p r o te g id o p o r o e r e c h o s d e a m o r
14 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

ig u ale s , s in o c o m o la ú n ic a v e rd a d e ra v is ió n d e la v id a c u y a s o la f u e n te d e

v e rd ad y re a lid a d e s el D io s C r e a d o r. A sí, sirv e c o m o u n a lu z ra d ia n te q u e re ­

f le ja la g lo ria d e D io s e n m e d io d e la o s c u rid a d in te le c tu a l.

Se g u n d o , u n a v is ió n c ris tia n a d e l m u n d o p u e d e u sarse c o m o u n a h e rr a ­

m ie n ta e f e c tiv a en la e v an g e liz ac ió n p a ra c o n te s ta r las p re g u n ta s y o b je c io n e s

d e lo s in c ré d u lo s . Sin e m b a r g o , d e b e e n te n d e rs e c la r a m e n te q u e al f in a l d e

c u e n ta s , e s el e v a n g e lio e l q u e tie n e el p o d e r d e tr a e r a u n in d iv id u o a la s a l­

v a c ió n { R o . 1 :1 6 - 1 7 ) . C a ri F. H . H e n ry lo d ic e c o n to d a c la rid a d c u a n d o

a f irm a :

A n a d ie s e le p u e d e “ co n v e n c e r p a ra q u e s e h a g a c ri s ti a n o ” . S in e m b a rg o ,

sin la p re s e n ci a d el c ri te ri o ra c i o n a l , ia e x p e ri e n ci a re l i g i o s a d e u n a p e rs o n a

e s m e n o s q u e b í b l i ca . U n o p u e d e y d e b e s e r p e rs u a d i d o i n te l e c tu a l m e n te d e

l a co n s i s te n c i a l ó g ica y la v e rd a d d e l o s p o s tu l a d o s cri s ti a n o s co n c e rn i e n te s

a D i o s y el m u n d o . S in e m b a rg o , n o s e n e ce s i ta s e r c re y e n te , p a ra e n te n d e r

l as v e rd a d e s a f i rm a d a s p o r la re v e l a c i ó n d iv in a. U na p e rs o n a i n te l e c­

tu a l m e n te co n v e n ci d a d e la v e rd a d d e l e v a n g e l i o p e ro q u e tra ta d e e s c a p a r

o p o s p o n e r la a ce p ta c i ó n d e la s a l v a ci ó n p e rs o n a l e s tá o p ta n d o p o r la c o n ­

d e n a ci ó n d i v i n a . P e ro la f e p e rs o n a l e s u n d o n d e l E s p í ri tu . El E s p í ri tu S a n ­

to u s a la v e rd a d c o m o u n m e d i o d e c o n v i c c i ó n y p e rs u a s i ó n .12

Fin a lm e n te , u n a v isió n c ris tia n a d e l m u n d o e s u n a a y u d a e x tr a o r d in a r ia

e n el d is c ip u la d o p a ra in f o r m a r y h a c e r m a d u ra r a u n c re y e n te v e rd a d e ro e n

C ris to e n c u a n to a las im p lic a c io n e s y ra m if ic a c io n e s d e la fe c ris tia n a . P ro v e e

u n m a r c o p o r el c u a l 1) Se p u e d e e n te n d e r el m u n d o y to d a su re a lid a d d e s ­

d e la p e rs p e c tiv a d e D io s , y 2 ) O rd e n a la v id a d e la p e rso n a se g ú n la v o lu n ­

tad d e D io s .

¿ C u á l d e b e ría se r el p r o p ó s ito ú ltim o al a d o p ta r u n a v isió n c ris tia n a d el


m u nd o ? ¿ P o r q u é v ale la p e n a re c u p e ra r la v is ió n c ris tia n a d e l m u n d o ?

E s c u c h e a Je r e m ía s , q u ie n n o s o f re c e la re s p u e s ta d ire c ta d e D io s .

A s i d ijo Je h o v á: N o s e a la b e e l s ab io en su s abidu r ía , n i en su v alen tía s e


at ab e e l v alien te, ni e l r ic o s e alab e en su s riqu ez as. M as aláb e s e en e s t o e l
q u e s e hu bie re d e alab ar : en en t en derm e y c o n o c e r m e , q u e y o so y Je h o v á,
q u e h ag o m is eric o rdia, ju ic io y ju stic ia en la tierral p o r q u e estas c o s as
q u ie r o , dic e Je h o v á.
—J e r em ía s 9:13-2.4

Le c t u r a s a d ic io n a l e s *3
G e is l e r, N o rm a n L . y W i l l iam D , W a tk i n s , W orlds A part: A H an d b o o k o n W orlá

Mobiliai límpido [mí ttorttfhos eit* nutrir


In t r o d u c c ió n IS

V ie w s [M u n d o s a p a rte : U n a g u ía d e o p i n i o n e s d el m u n d o ], 2 a . e d . , G ra n d R a p i d s ,
M I : B al te r, 1 9 8 9 .
H o f f e ck e r, W . A n d re w y G a ry S co tt S m ith , e d s . B u ild in g a C h r is t ian W o r ld V ie t v
[C ó m o c re a r u n a v is ió n cri s ti an a d el m u n d o ], 2 v o l s . Ph il l ip s b u rg , N J: Pre s b y te rian
a n d R e f o rm e d , 1 9 8 6 , 1 9 8 8 .
H o l m e s , A rth u r F. C o n t o u r s o f a W o r ld V ie w [Pe rf il e s d e u n a co s m o v i s i ó n ], G ran d
R a p i d s , M I : W i l l iam B. E e rd m a n s , 1 9 8 3 .
M a c A rth u r, Jo h n . ¿ P o r q u é u n ú n ic o c a m i n o f L a d e f e n s a d e u n cre d o e x cl u s i v o e n u n
m u n d o in cl u s iv o , G ra n d R ap i d s : E d ito ria l P o rta v o z , 2 0 0 4 .
N a s h , R o n a l d H . W o r ld v ie w s in C o n flic t : C h o o s i n g C h r is t ian it y in a W o r ld o f ¡ d e as
I C o s m o v i s i o n e s e n co n f l i cto : C ó m o e s co g e r la cris ti a n d a d en u n m u n d o d e i d e as ],
G ra n d R ap i d s , M l : Z o n d e rv a n , 1 9 9 2 .
N o e b e l , D av id A . U n d e r s t an d in g t h e T im e s [C ó m o e n te n d e r l o s ti e m p o s ], M a n i to u
S p rin g s , C O : S u m m i t Pre s s , 1 9 9 1 . R e i m p re s ió n , E u g e n e , O R : H a rv e s t H o u s e ,
1994.
N o rth , G a ry , e d . F o u n d at io n s o f C h r is t ian S c h o lar s h ip | Los f u n d a m e n to s d el s a b e r cri s ­
ti a n o ) , V a l l e ci to , C A : R o s s H o u s e B o o k s , 1 9 7 9 .
O rr, Ja m e s . T h e C h r is t ian V ie w o f G o d a n d t h e W o r ld [L a v isió n cri s ti a n a d e D io s y
el m u n d o ], E d in b u rg h : A . E l l i o t, 1 8 9 3 . R e i m p re s i ó n , G ra n d R a p i d s , M I : W i l l iam
B . E e rd m a n s , 1 9 4 8 .
Ph illip W . G a ry y W i l l i am E. B ro w n . M ak in g S e n s e o f Y o u r W o r ld f r o m a B ib lic al
V ie w p o in t [ C ó m o e n te n d e r su m u n d o d e s d e u n p u n to d e v is ta b í b l i co ], C h i ca g o :
M o o d y P re s s , 1 9 9 1 . R e i m p re s ió n , S al e m , W I : S h ef f ield Pu b l is h in g , 1 9 9 6 .
W e l l s , D av id F. G o d in t h e W as t e lan d : T h e R e alit y o f T r u t h in a W o r ld o f F ad in g
D r e am s [D i o s e n el te rre n o i n cu l to : L a re al id ad d e la v e rd a d e n u n m u n d o d e
s u e ñ o s p a l id e ci e n te s ], G ra n d R a p i d s , M I : W i l l iam B. E e rd m a n s , 1 9 9 4 .

M i n i i r i a l p i o l e t ] id r> p e n [J e r w c lic ts d e a n H J r
Pa r t e un o
Fu n d a m e n t o bíbl ic o

M at en r t l p ¡r r t »ü ¡t Ja ct er gn íi G e d e a u i n r
1

Aut o r id a d y s u f ic ien c ia
d e l as Esc r it ur a s

Jo h n M a c A r t h u r

n a v e rd ad e ra v isió n c r is t ian a d el m u n d o c o m ie n z a c o n la c o n v ic c ió n d e

U q u e D io s m is m o h a h a b la d o e n las E s c r itu ra s . C o m o c ris tia n o s , e s ta m o s

s e g u ro s d e q u e la Bib lia e s la P a la b ra d e D io s in e rra n te y a u to rita tiv a .

C re e m o s q u e es c o n f ia b le d e p rin c ip io a fin h a s ta e n u n a jo ta o u n a tild e ( c p .

M t. 5 :1 8 ) . L as E s c ritu ra s , p o r lo ta n to , so n la re g la a la c u a l te n e m o s q u e

s o m e te r to d a o tra su p u e s ta v e rd a d . A m e n o s q u e e ste a x io m a d o m in e n u e s ­

tr a p e rsp e c tiv a s o b re to d o s lo s a s p e c to s d e la v id a, n o p o d re m o s , le g ítim a ­

m e n te , a d o p ta r u n a v isió n c r is tia n a d e l m u n d o .

L a “ é tic a ju d e o c r is tia n a ” p e r s e n o es lo q u e d a u n a v is ió n c r is tia n a d el

m u n d o . T a m p o c o la d a la a d m ira c ió n p o r la p e rs o n a y e n s e ñ a n z a m o r a l d e
C r is to . P a ra p o n e rlo e n f o rm a s e n c illa , u n a v e rd a d e ra v isió n c r is t ian a d el

m u n d o , es a q u e lla e n la q u e la P a la b ra d e D io s , c o rr e c ta m e n te e n te n d id a , se

e s ta b le c e f irm e m e n te c o m o el f u n d a m e n to y la a u to rid a d f in al d e to d o lo q u e

s o ste n e m o s c o m o v e rd ad .

C u a n d o c o m e n z a m o s c o n u n a v is ió n c o r r e c ta d e las E s c r itu ra s , la Bib lia

m ism a d e b e e s ta b le c e r lo q u e c re e m o s d e p rin c ip io a fin . Y d e b e ría g o b e r n a r

to d o n u e s tro q u e h ac e r. D e b e ría e n m a rc a r n u e stra p e rs p e c tiv a to ta l d e la v id a.

En o tra s p a la b ra s , c o n s o lo c o m e n z a r a a f irm a r lo q u e la Bib lia d ic e d e sí

m is m a , el re s to d e n u e s tra v isió n d el m u n d o c a e r á e n su lu g ar, c o n la Bib lia

c o m o f u e n te y p ie d ra d e to q u e d e to d o lo q u e c re e m o s . P o r e s o , e ste es el

p u n to d e p a rtid a d e f in itiv o y f u n d a m e n ta l en el d e s a rro llo d e u n a v isió n c r is ­

tia n a d el m u n d o .

¿ P e ro e s la B ib lia , en y d e sí m is m a , s u f ic ie n te p a ra su p lirn o s d e u n a v isió n

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u t o r
20 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

c o m p l e t a d el m u n d o ? M u c h o s c ris tia n o s p o r e s to s d ías p a re c e n s u p o n e r q u e


la Bib lia n o e s ni io s u f ic ie n te m e n te m o d e rn a , n i lo s u f ic ie n te m e n te s o f is tic a d a

p a ra p re p a r a r a las p e r s o n a s a v iv ir en el s ig lo v e in tiu n o . E x p e rto s s o b re c r e ­


c im ie n to d e la ig le sia les d ic e n a lo s p a s to r e s q u e d e b e n m ira r m ás a llá d e la

B ib lia e n b u s c a d e p rin c ip io s d e lid e raz g o y b u s c a r in f o r m a c ió n s o b re lo s é x i­

to s e n e l m u n d o m o d e rn o d e lo s n e g o c io s . L o s p s ic ó lo g o s a s e g u ra n q u e la

B ib lia e s d e m a s ia d o s im p lis ta p a ra a y u d a r a las p e rs o n a s c o n c o n d ic io n e s

e m o c io n a le s y p s ic o ló g ic a s c o m p le ja s . En c a d a c e n tr o d e l m o v im ie n to
e v a n g é lic o h o y d ía las Es c ritu ra s e s tá n s ie n d o d e s e c h a d as y re e m p la z a d a s p o r

f ilo s o f ía s n u e v as , te o ría s c ie n tíf ic a s , c o m p o rta m ie n to s e x p e rim e n ta le s , té c n i­

c a s d e c o n s e je r ía , c o r r e c c io n e s p o lític a s y o tr a s n o v e d a d e s s im ila re s d e

o p in ió n m o d e rn a . D e sd e m e d ia d o s d e l s ig lo d ie c in u e v e , lo s q u e a f irm a n s e r

e v a n g é lic o s h a n e x p e r im e n ta d o c a s i c a d a m o d a d e o p in ió n se c u lar.

A l o b s e r v a r las a c tu a le s te n d e n c ia s d e la ig le s ia , u n o p o d ría p e n s a r q u e
las e n c u e s ta s d e o p in ió n y n o las E s c r itu ra s so n las q u e d e te rm in a n la s v e r­

d ad e s p a ra lo s c ris tia n o s . ( U n a re c ie n te e n c u e s ta c ris tia n a u só u n a s e rie d e a d ­

v e rte n c ia s a ltis o n a n te s en f o rm a d e lib r o y u n a s e rie d e n o ta s d e p re n sa ,

d ic ie n d o q u e m u y p r o n to la ig le sia p o d ría d e ja r d e e x is tir c o m p le ta m e n te si


lo s d irig e n te s n o p re s ta n a te n c ió n a lo s re s u lta d o s d e las o p in io n e s m o d e rn a s
y c a m b ia n la n a tu ra le z a d e la ig le sia p a ra a v a n z a r a l ritm o d e lo s tie m p o s .

T a l p u n to d e v is ta se o p o n e d e p la n o a lo s p rin c ip io s d e M a te o 1 6 :1 8 , d o n d e
se n o s d ic e q u e las p u e rta s d el in f ie rn o n o p re v a le c e rá n c o n tr a la v e rd a d e ra

ig le s ia.) O b v ia m e n te , m u c h o s q u e se a u to d e n o m in a n c ris tia n o s o p e ra n c o n


c u a lq u ie r c o s a m e n o s c o n u n a v is ió n c ris tia n a d e l m u n d o .

At a q u e a l a su f ic ie n c ia bíbl ic a

Q u iz á la d o c trin a q u e m á s a ta q u e s re c ib e e n la ig le sia d e n u e stra g e n e ra c ió n

e s la s u f ic ie n c ia d e las E s c r itu ra s . A u n a q u e llo s q u e a la b a n la a u to rid a d , in s ­


p ir a c ió n e in e rra n c ia d e las E s c ritu ra s a v e c e s se b u rla n a l a f irm a r su s u fi­

c ie n c ia. En la p r á c tic a , el re s u lta d o e s c o m o si se n e g a ra la a u to r id a d b íb lic a ,


p o rq u e in d u c e a las p e rs o n a s a a le ja rs e d e la Bib lia e n b u s c a d e o tr a “ v e rd a d ” .

¿ Q u é q u e re m o s d e c ir c u a n d o a f irm a m o s q u e las E s c ritu ra s s o n su f i­

c ie n te s ? L o q u e q u e re m o s d e c ir e s q u e las E s c ritu ra s s o n u n a g u ía a d e c u a d a
p a ra to d o s lo s a s u n to s d e fe y c o n d u c ta . L as E s c ritu ra s n o s d a n c a d a v e rd ad
q u e n e c e s ita m o s p a ra la v id a y la p ie d a d . O , to m a n d o p re s ta d a s las p a la b ra s

d e la C o n f e s ió n d e Fe d e W e s tm in s te r ( a ñ o 1 6 4 7 d .C .) : “ T o d o el c o n s e jo d e

D io s c o n c e r n ie n te a to d a s las c o s a s n e c e s a ria s p a ra su p ro p ia g lo ria , la s a l­


v a c ió n d e l h o m b re , la fe y la v id a e s tá e x p re s a d o e n las Es c ritu ra s , o p a ra
b u e n a y n e c e s a ria c o n s e c u e n c ia s q u iz á d e d u c id a d e las Es c ritu ra s : a la q u e e n

Material |mií durati hos fit* ütiinr


A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e ias Esc rit u ras 21

n in g u n a é p o c a se le p u e d e a g re g a r n a d a , se a p o r n u e v as re v e la c io n e s d el

Es p íritu o tr a d ic io n e s d e l h o m b r e " .1
P o r lo g e n e ra l, la ig le sia s im p le m e n te y a n o c re e m ás e s o . El c r is tia n o
p ro m e d io p are c e a s u m ir q u e se n e c e s ita a lg o m á s q u e las Es c ritu ra s p a ra a y u ­
d a rn o s a h a c e r f re n te al m u n d o m o d e rn o . L a s lib re ría s c ris tia n a s e s tá n lle n as
d e lib r o s o f re c ie n d o c o n s e jo o b te n id o d e fu e n te s q u e n o s o n la Bib lia e n c a si
c u a lq u ie r a s u n to im a g in a b le : p a te rn id a d , v irilid ad y f e m in id a d c ris tia n o s ,

é x ito y a u to e s tim a , r e la c io n e s , c re c im ie n to d e la ig le s ia, lid e ra z g o e n la ig le ­


s ia , m in is te rio , f ilo s o f ía y m u c h o m á s . V a rio s a u to n o m b ra d o s e x p e rto s q u e
p re te n d e n h a b e r d e s c u b ie rto a lg u n a s v e rd ad e s p ro f u n d a s n o re v e la d as e n las

E s c r itu ra s h an lle g a d o a s e r a lg o c o m ú n en el p a is a je e v a n g é lic o . L a s u f ic ie n ­

c ia d e las Es c ritu ra s e s tá s ie n d o a ta c a d a y lo s e f e c to s s o b re la v isió n c o le c tiv a


d e l m u n d o d el m o v im ie n to e v an g é lic o h an s id o d e s a s tro s o s .
V e m o s e v id e n c ia d e e s to en el h e c h o d e q u e ta n to s p a s to r e s y líd e re s d e
ig le sias h o y d ía d u d a n q u e las E s c r itu ra s s e an a lim e n to s u f ic ie n te p a ra lo s s a n ­
to s . Y tra ta n d e s u p le m e n ta r la e n s e ñ an z a b íb lic a c o n e n tre te n im ie n to s e id e as
o b te n id a s d e f u e n te s s e c u la re s. A l p a re c e r n o c re e n q u e e! e s tu d io , la e n ­
s e ñ a n z a y la a p lic a c ió n d e la P a la b ra d e D io s s e an su f ic ie n te s p a ra s a tis f a c e r

las n e c e sid a d e s e s p iritu a le s d e las p e rs o n a s . Y p a re c e n n o c re e r q u e la p re d i­


c a c ió n d e la Bib lia se a s u f ic ie n te m e n te a p e la tiv a p ara lo s in c ré d u lo s . P o r e s o
e s q u e la c u ltu ra d e h o y , m o ld e a d a p o r lo s m e d io s m as iv o s d e c o m u n ic a c ió n

y o rie n ta d a v is u alm e n te , e x ig e q u e el m e n s a je se a a u m e n ta d o c o n m ú s ic a ,
d ra m a s , c o m e d ia s y c o n v e rs a c io n e s q u e m o tiv a n a lo s as iste n te s c o n id e as q u e
n o e s tá n e n la Bib lia . A lo s p rin c ip io s b íb lic o s n o se lo s c o n s id e r a s u f ic ie n te ­
m e n te “ re le v a n te s " p o r lo q u e s o n . N u m e ro s a s ig le sias e stán re e m p la z a n d o
la p re d ic a c ió n c o n p a s a tie m p o s c a rn a le s . A m e d id a q u e p a s a e l tie m p o , s o n
m á s e s c a s o s lo s p a s to re s m a e s tro s d e Bib lia q u e e n se ñ a n c u id a d o s a y c o n ­
c ie n z u d a m e n te a su p u e b lo d e n tro d e lo s p a tro n e s d e la P a la b ra d e D io s p r o ­

f u n d a , c la ra y c o n v in c e n te .
¿ Q u ie re m á s e v id e n c ias d e q u e la ig le sia c ris tia n a e stá p e rd ie n d o c o n ­
f ian z a e n la s u f ic ie n c ia d e las Es c ritu ra s ? L o v e rá en el s u rg im ie n to d el m is ti­

c is m o e v a n g é lic o , q u e n o e s o tr a c o s a q u e la c re e n c ia d e q u e lo s c r is tia n o s
n e c e s ita n e s c u c h a r a D io s h a b la rle s d ire c ta m e n te a tra v é s d e im p re s io n e s

f u e rte s en la m e n te d e c a d a u n o d e e llo s , v o c e s q u e p u e d an o ír u o tr a s f o rm a s
m ís tic a s . A lg u n o s c ris tia n o s h an d e s a rro lla d o u n a o b s e s ió n c o n Sa ta n á s y lo s
p o d e re s d e m o n ía c o s . P ie n s an q u e c o n s o lo h a b la rle s p u e d e n m a n d a r a lo s d e ­
m o n io s . T a l m is tic is m o n o e s o tr a c o s a q u e ju g a r c o n lo o c u lto . Se v e c o m o
u n a f a lta d e c o n f ia n z a e n la s u f ic ie n c ia d e las Es c ritu ra s . Q u ie n e s n o e stán
c o n v e n c id o s d e q u e la Bib lia e s u n a re v e la c ió n su f ic ie n te d e la v e rd ad a n d a rán
s ie m p re b u s c a n d o m á s “ re v e la c ió n ” y n u e v a s e x p e rie n c ia s m ís tic a s . Y ai h a-

•vlíH 'ciria.1 p t o l f í t j i t l r j p n i r te n ír J l 'r c t s d e a m o r


22 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

c e rlo , e s ta rá n a b rie n d o d e p ar en p ar la p u e rta p ara las p e o re s c la s e s d e e n ­


g a ñ o s d e m o n ía c o s .

D u ra n te el p a s a d o c u a r to d e s ig lo h e m o s s id o te s tig o s d el a b a n d o n o d e
la c re e n c ia e n la s u f ic ie n c ia d e las E s c r itu ra s e n o tr a c a te g o r ía : el m a tr im o n io
y la f a m ilia . L o s c ris tia n o s c r e y e ro n u n a v e z q u e si e s tu d ia b a n la P a la b ra d e
D io s y o b e d e c ía n su s p rin c ip io s , p o d ría n te n e r u n a v id a d e f a m ilia q u e h o n ­

ra ra a D io s y u n m a tr im o n io re aliz a d o q u e a g ra d a ra al Se ñ o r. P e ro a h o ra h ay
u n a p r o lif e r a c ió n d e té c n ic a s n u e v as y u n a v a rie d a d d e c o n c e p to s , s u ­

p e rc h e ría s y o p in io n e s a p a rte d e la P a la b ra q u e se o f re c e n c o m o la c la v e re al

p a ra c o n te n d e r c o n lo s p ro b le m a s f a m ilia re s . T o d o lo c u a l su g ie re q u e lo s c ris ­
tia n o s y a n o c re e n en la Bib lia c o m o u n a f u e n te d e in stru c c ió n s u f ic ie n te s o b re

e s to s a s u n to s .
R e c ie n te m e n te , le í u n a r tíc u lo e n u n a re v ista u n a v ez r e c o n o c id a p o r su

d e f e n s a d e lo s p r in c ip io s r e f o r m a d o s , in c lu y e n d o la s u f ic ie n te d e la s
Es c ritu ra s . D e s d ic h a d a m e n te , en e s te a r tíc u lo el a u to r e x p lic a b a p o r q u é
h a b ía a b a n d o n a d o su c o n f ia n z a e n la Bib lia . D i jo q u e h a b ía le íd o d a to s d e
u n a e n c u e s ta in d ic a n d o q u e la ta s a d e d iv o rc io s e n tr e lo s c ris tia n o s “ n a c id o s
d e n u e v o ” e s ta n a lta c o m o la ta s a d e d iv o r c io s e n tr e las p a re ja s n o c r is tia n a s .
D i jo q u e el re s u lta d o d e e s ta e n c u e s t a lo lle v ó a la c o n c lu s ió n d e q u e s e n c i­
lla m e n te la Bib lia n o tie n e to d a s las re sp u e s ta s e n c u a n to a m a n te n e r a las

p a r e ja s ju n ta s se tr a ta . Este a u to r, p ro f e s o r d e N u e v o T e s ta m e n to e n u n p re s ­
tig io s o s e m in a rio , d e c id ió q u e las p a u ta s b íb lic a s s o b re e l m a tr im o n io s o n
s e n c illa m e n te d e m a s ia d o s u p e rf ic iale s p a ra q u e s irv a n e n el m u n d o m o d e r n o .
En re su m e n , d ijo q u e h a b ía a b a n d o n a d o su c o n f ia n z a en la s u f ic ie n c ia b íb lic a
p o r u n o s d a to s o b te n id o s en u n a e n c u e s ta d e o p in ió n .
P e ro g e n e ra c io n e s d e c ris tia n o s p u e d e n d a r te s tim o n io d e q u e la e n s e ñ a n ­

z a d e la Bib lia s o b re el m a tr im o n io e s s u f ic ie n te , si se la o b e d e c e , p a ra m a n ­
te n e r lo s m a trim o n io s c e n tr a d o s en C ris to s a lu d a b le s y v ib ran te s . P o r c ie r to ,
n o d e b e ría m o s a c e p ta r a s í s o la m e n te la in f o rm a c ió n d e c u a lq u ie r e n c u e s ta d e
o p in ió n q u e p re te n d a p ro b a r q u e lo s m a tr im o n io s d e p e rs o n a s n a c id as d e

n u e v o f a lla n ta n to c o m o lo s d e in c ré d u lo s . En p rim e r lu g ar, n in g ú n e n c u e s-


ta d o r p u e d e d e te rm in a r sin lu g a r a d u d a s q u ié n es “ n a c id o d e n u e v o " y q u ié n

n o lo e s. L a s p e rso n a s c a lif ic a d a s e n la e n c u e s ta c o m o “ n a c id a s d e n u e v o ”
e ra n p e rs o n a s q u e se re f e ría n a c u a lq u ie r c la s e d e c re e n c ia e n C ris to , au n
c u a n d o o tr a s p re g u n ta s d e la e n c u e s ta re v e la ra n q u e n o e n te n d ía n lo e se n c ia l

d e l e v a n g e lio . A d e m á s, la e n c u e s ta n o d is tin g u ía si el d iv o rc io h a b ía o c u rrid o


a n te s d e la c o n v e rs ió n d e la p e rs o n a , c o n lo c u a l el p u n to q u e d a b a in v a lid ad o .
En s e g u n d o lu g ar, el m a tr im o n io n o f ra c a s a a m e n o s q u e u n a d e las d o s

p a rte s d e s o b e d e z c a a la c la r a e n se ñ a n z a b íb lic a s o b re c ó m o v iv ir c o n su
c ó n y u g e e n a m o r y e n te n d im ie n to ( c p . 1 P. 3 :1 - 7 ) . El s u p u e s to f ra c a s o d e lo s

M e l e n s i p r o l u d o p o r d e t e c h o s cae a i iter
A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e tas Esc rit u ras 13

m a tr im o n io s c ris r ia n o s h o y d ía n o e s p ru e b a d e la in s u f ic ie n c ia d e las

E s c ritu ra s ; e s p ru e b a d e la d e b ilid a d e ig n o r a n c ia b íb lic a d e q u ie n e s d ic e n q u e

c re e n e n las Es c ritu ra s c o m o la P a la b ra d e D io s .

¿Ase g u r a n l as Esc r it u r a s ser s u f i c i e n t e s ?

¿ H a y u n a re sp u e sta b íb lic a a e ste p e c a m in o s o a b a n d o n o d e la s u f ic ie n c ia d e


las Es c ritu ra s ? C la r o q u e la h ay . M u c h o s p a s a je s en la B ib lia e n se ñ a n q u e las

Es c ritu ra s s o n u n a re v e la c ió n p e rf e c ta m e n te su f ic ie n te d e “ to d a s las c o s a s q u e

p e rte n e c e n a la v id a y a la p ie d a d ” ( 2 P. 1 :3 ) .
Se g u n d a C o r in tio s 9 : 8 , p o r e je m p lo , e s tá lle n o d e s u p e rla tiv o s r e la ­

c io n a d o s c o n lo s re c u rs o s to d o s u f ic ie n te s q u e D io s p ro v e e : “ Y p o d e ro s o es

D io s p a ra h a c e r q u e a b u n d e e n v o s o t r o s t o d a g r a c ia , a fin d e q u e , te n ie n d o
s ie m p re en t o d a s las c o s a s t o d o lo s u f ic ie n te , a b u n d é is p ara t o d a b u e n a o b r a ”

( c u rsiv a s a ñ a d id a s ) . Es ta a f ir m a c ió n tie n e u n a lc a n c e re a lm e n te m a r a v illo s o .


Q u ie n q u ie ra q u e a f irm e q u e la f ilo s o f ía h u m an a d e b e a u m e n ta r la v e rd ad se n ­
c illa d e las E s c ritu ra s , o q u e las E s c ritu ra s n o p u e d e n c o n f r o n ta r c ie r to s a s u n ­

to s s o c ia le s y p r o b le m a s in d iv id u ale s e s ta r ía c o n tra d ic ie n d o el te s tim o n io

in s p ira d o d iv in a m e n te d e P a b lo e n e se v e rs íc u lo .

C u a n d o Je s ú s o r ó al P ad re p o r la s a n tif ic a c ió n d e lo s c re y e n te s , d ijo ,

“ Sa n tif íc a lo s e n tu v e rd a d , tu p a la b ra e s v e rd a d ” ( Jn , 1 7 :1 7 ) , “ S a n tif ic a r ”

q u ie re d e c ir “ a p a r ta r d e l p e c a d o , se r s a n to y s e p a ra d o p a ra D io s ” . L a s a n ­

tif ic a c ió n a b a r c a to d o el c o n c e p to d e la m a d u re z e s p iritu a l. Je s ú s e n s e ñ a b a

q u e c a d a a s p e c to d e la s an tid a d d el c re y e n te e s la o b r a d e la P a la b ra d e D io s
( n o la P a la b ra d e D io s m á s a lg u n a o tr a c o s a ) .

D e h e c h o , s u g e rir q u e la P a la b ra d e D io s e s in s u f ic ie n te e s e x p o n e r la
o p in ió n q u e y a c e e n el c o ra z ó n d e v irtu a lm e n te to d o c u lto q u e p re te n d e s e r

c r is tia n o . L o q u e to d o s e llo s tie n e n e n c o m ú n e s la c re e n c ia d e q u e las p e r­

s o n a s n e c e s ita n la Bib lia y a lg o m á s , c o m o lo s e s c r ito s d e alg ú n p ro f e ta o v i­

d e n te “ ilu m in a d o ” , lo s e d ic to s d e la tr a d ic ió n re lig io s a o las c o n c lu s io n e s d e


l a c i e n c i a y d e l a f i l o s o f í a s e c u l a r. P o r e s o , n e g a r l a s u f i c i e n c i a d e l a s E s c r i t u r a s

e s e x p o n e r u n a h e re jía d e a n tig u a d a ta . P e ro la s E s c r itu ra s e n se ñ a n e n f o rm a

c o n s e c u e n te q u e la s an tid a d c o m p le ta d e l c re y e n te e s la o b r a d e la to d o s u f i-
c ie n te P a la b ra d e D i o s ( c p . Jn . 1 7 :1 7 ) .

En su p rim e ra c a rra a lo s c o r in tio s , P a b lo d e sc rib e c ó m o D io s lo in stru y ó

a él y a lo s c re y e n te s d e C o r in to ; “ lo c u a l ta m b ié n h a b la m o s , n o c o n p a la b ra s
e n s e ñ a d a s p o r s a b id u ría h u m a n a , s in o c o n las q u e e n s e ñ a e l Esp íritu , a c o ­
m o d a n d o lo e s p iritu a l a lo e s p iritu a l ( 2 :1 3 ) . A tra v é s d e l Es p íritu Sa n to , D io s

d is p e n s a su s a b id u ría a lo s c re y e n te s . Su P a la b ra e s ta n e x te n s a , ta n e f e c tiv a

y ta n c o m p le ta q u e el v e rs íc u lo 15 d ic e q u e lo s c re y e n te s p u e d e n ju z g a r (v a-

MaWi'Ri ¡nrmuinr: im oenselms rte -mtíir


24 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

lo ra r y e v a lu a r) “ to d a s las c o s a s ” . L o s c ris tia n o s q u e c o n o c e n la s Es c ritu ra s


p u e d e n te n e r tal h a b ilid a d p a ra d is c e rn ir c o s a s p o r q u e , se g ú n el v e rs íc u lo 1 6 ,
tie n e n “ la m e n te d e C r i s to ” .
L a m e n te d e C r is to es la m e n te c o n s u m a d a d e D io s , o m n is c ie n te , s u p re ­
m a y sin n in g u n a in s u f ic ie n c ia . T o d o lo q u e la ig le sia n e c e s ita p a ra e n te n d e r

c u a lq u ie r p r o b le m a , s a tis f a c e r la n e c e s id a d q u e se a o d e s c if ra r c u a lq u ie r
a s u n to e s la m e n te d e D io s . Y la m e n te d e D io s se n o s re v e la e n las E s c ritu ra s

e n u n a m a n e ra q u e e s a d e c u a d a p a ra to d a s n u e s tra s n e c e s id a d e s e s p iritu a le s.
En M a r c o s 1 2 :2 4 Je s ú s p re se n tó u n re to a lo s f arise o s , “ ¿ N o e rrá is p o r e s o ,
p o rq u e ig n o ráis las Es c ritu ra s , y e l p o d e r d e D io s ? ” T o d o s su s e rro re s , c o m o
c u a lq u ie r e rro r e sp iritu al en el c o n te x to q u e s e a, su rg e n d e u n a f a lta d e c o ­
n o c im ie n to y c o m p re n s ió n d e la P a lab ra d e D io s . N o te ta m b ié n q u e Je s ú s ig u aló
el c o n o c im ie n to d e las Esc ritu ra s c o n la e x p e rim e n ta c ió n “ d el p o d e r d e D i o s " .
A lg u n o s c ris tia n o s m o d e rn o s p a re c e n c re e r q u e si la ig le sia q u ie re p o d e r
v e rd ad e ro n o p o d e m o s s e n c illam e n te p ro c la m a r la Bib lia. Esta es la p o s ic ió n
d e m u c h o s c a ris m á tic o s , q u e in siste n e n q u e las s e ñ ale s y m a rav illas so n u n su ­
p le m e n to n e c e s a rio p ara p ro c la m a r la v e rd ad d e la P a la b ra d e D io s. O tr o s , in ­
c lu y e n d o alg u n o s d e lo s m ás in flu y e n te s e ru d ito s d el m o v im ie n to d e c re c im ie n to
de la i g l e s i a i n s i s te n i g u a l m e n te e n q u e a m e n o s q u e la p r e d i c a c i ó n b í b l i c a s e a

s u p le m e n tad a c o n o tr o s p ro g ra m as , la ig le sia n u n c a p o d rá s a lv a r c o n é x ito al


p e rd id o . Sin e m b a rg o , e llo s se e q u iv o c a n g rav e m e n te , ig n o ran d o q u e el m e n ­
s a je d el e v an g e lio m ism o “ e s p o d e r d e D io s p ara s a lv a c ió n " ( R o . 1 :1 6 ) .
¿ C ó m o e n f re n tó Je s ú s a Sa ta n á s c u a n d o e ste q u is o te n ta r lo ? ( M t. 4 :1 - 1 1 ) .
¿ U s ó a lg u n a c o m p lic a d a f ó rm u la d e e x o r c is m o p a ra a ta r lo o d e s te rra rlo al
a b is m o ? N o . Se n c illa m e n te se d irig ió a Sa ta n á s e n tre s o c a s io n e s c o n las p a ­
la b ra s “ e s c rito e s tá ” , d e rr o ta n d o a s í las tá c tic a s d ia b ó lic a s d e l e n e m ig o c i­
ta n d o las E s c ritu ra s . A sí te n e m o s q u e h a s ta Je s ú s e je r c ió el p o d e r d e D io s a
tra v é s d e su P a la b ra , y e s o e s lo q u e f ru s tr ó la te n ta c ió n d e Sa ta n á s .
El p o d e r d e D io s n o se e n c u e n tr a e n u n a f u e n te m ís tic a y e x tr a b íb lic a d e
c o n o c im ie n to , el u so d e s e ñ a le s y p ro d ig io s y e x p r e s io n e s e x tá tic a s , p e rs p i­
c a c ia s d e la p s ic o lo g ía y la f ilo s o f ía s e c u la r o in tu ic io n e s in te lig e n te s e n las
n e c e s id a d e s q u e las p e rs o n a s sie n re n . R e s id e s o lo e n la P a la b ra d e D io s in s ­
p ir a d a , in f a lib le e in e rra n te . C u a n d o lo s c re y e n te s le e n , e s tu d ia n , o b e d e c e n y
a p lic a n las Es c ritu ra s se d a rá n c u e n ta d e q u e tie n e s u f ic ie n te p o d e r p a ra e n ­
f re n ta r c u a lq u ie r s itu a c ió n d e la v id a.
Je s ú s ta m b ié n d ijo : “ A n te s b ie n a v e n tu ra d o s lo s q u e o y e n la p a la b ra d e

D io s , y la g u a r d a n ” ( L e . 1 1 :2 8 ) . P o r e so q u ie re d e c ir q u e to d a s u f ic ie n c ia e s ­
p iritu al ra d ic a e n o ír y o b e d e c e r la P a la b ra d e D io s . N o r m a lm e n te , n o s o tr o s
ig u a la m o s “ b e n d e c id o ” c o n u n e s tre m e c im ie n to e m o c io n a l o u n s e n tid o m o ­
m e n tá n e o d e e x c ita c ió n . P e ro a q u í Je s ú s u s ó e l té rm in o p a ra h a b la r d e u n

M a ie n a l [ jic ir t t j'r lo [. it m ln ia c h u s t # a u to r
A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e ias E sc rit u ras 25

m a ra v illo s o e s ta d o d e v id a , a lg o q u e v a a c o m p a ñ a d o d e p az y g o z o , s e n tid o
y v a lo r e s , e s p e ran z a y s a tis f a c c ió n , u n a v id a q u e e s f u n d a m e n ta lm e n te fe liz y

a le g re . L a o b e d ie n c ia a la P a la b ra d e D io s a b re la p u e rta a e sa c la s e d e v id a.
D e n u e v o , las Es c ritu ra s s o n la re sp u e sta a to d o s lo s d e s a f ío s d e la v id a.
En L u c a s 1 6 Je s ú s re la ta la p a rá b o la d e L á z a ro (el m e n d ig o lle n o d e lla ­

g a s) y el h o m b re ric o . L á z a ro m u rió y fu e al s e n o d e A b ra h a m , el lu g a r d e
b e n d ic io n e s . El ric o m u rió y fu e al lu g a r d e to r m e n to . D e sd e su p o s ic ió n d e
s u f r im ie n to , el ric o r o g ó a A b r a h a m :

E n t o n c es ie d ijo : T e ru eg o , pu es, p ad r e . q u e le en v íes a la c asa de m i p adr e ,


p o r q u e ten g o c in c o her m an o s, p ar a q u e les testifiqu e, a fin de qu e n o v en ­
g an e llo s a es t e tug ar de to rm en t o . Y A br aham le dijo : A M oisés y a lo s p r o ­
fe t as tien en , ó ig an lo s. El en t on c es dijo : N o , p adr e A br aham ; p e r o s i alg u n o
fu e r e a e llo s d e en t re lo s m u erto s, se arrep en tirán . M as A br aham le d ijo : Si
n o o y en a M oisés y a lo s p r o fe t as , t am p o c o s e p ersu adirán au n qu e alg u n o
s e lev an te de lo s m u e rt o s.
—L u c a s i 612.7-31

L a p e rs p e c tiv a d el h o m b r e ric o es la m ism a q u e tie n e n m u c h o s h o y d ía


q u e s ie m p re p a re c e n e s ta r d e m a n d a n d o alg ú n tip o d e a f ir m a c ió n s o b re n a tu ­

ral d e u n a v e rd ad b íb lic a . Se im a g in a n q u e las a f irm a c io n e s c o n tu n d e n te s y


s e n c illa s d e las E s c ritu ra s y e l p o d e r d e l e v a n g e lio s o lo s n o s o n s u f ic ie n te s .

P e ro el Se ñ o r, a tra v é s d e las p a la b ra s d e e sta p a r á b o la , o p in a d e o tr a m a n e ra


y d ic e q u e au n c u a n d o Él re s u c ita ría d e lo s m u e rto s , lo s m ilag ro s n o s o n n e c e ­

s a rio s p a ra q u e e l e v a n g e lio h a g a la o b r a d e c a m b ia r v id as. ¿ P o r q u é ? P o rq u e


la P a la b ra d e D io s a tra v é s d e la in s p ira c ió n e ilu m in a c ió n d el Es p íritu Sa n to
es s u f ic ie n te m e n te p o d e ro s a y to d o su f ic ie n te en lo q u e e n se ñ a s o b re la re ­
d e n c ió n y la s a n tif ic a c ió n .

H e b r e o s 4 : 1 2 e s o tr o v e rs íc u lo m u y im p o r ta n te q u e a f irm a la su f ic ie n c ia
in h e re n te d e las E s c r itu ra s : “ P o rq u e la p a la b ra d e D io s e s v iv a y e f ic a z , y m ás
c o r ta n te q u e to d a e sp a d a d e d o s f ilo s; y p e n e tra h as ta p a rtir el a lm a y el e s ­
p íritu , las c o y u n tu ra s y lo s tu é ta n o s , y d is c ie rn e lo s p e n s a m ie n to s y las in ­
te n c io n e s d e l c o r a z ó n ” . FJ e s c r ito r e s tá d ic ie n d o e s e n c ia lm e n te q u e las
Es c ritu ra s so n ú n ic a s y q u e n o h ay a rm a e sp iritu a l p a ra el c re y e n te q u e se a
s u p e rio r a e lla . L a P a la b ra d e D io s p e n e tra el se r in te rio r y la n a tu ra le z a d e
la p e rs o n a . ¿ C ó m o ? P o r q u e e s v iv a y p o d e ro s a , c o r ta n te m á s q u e c u a lq u ie r
o tr a a rm a e sp iritu a l y c a p a z d e ir m á s p r o f u n d o y c o r ta r m á s q u e c u a lq u ie r
o tr o re c u rs o q u e a lg u ie n p u d ie ra q u e re r u sar. C u a n d o se u sa e f e c tiv a y a p r o ­
p ia d a m e n te , las Esc ritu ra s re v e lan lo s m ás ín tim o s p e n s a m ie n to s e in te n c io n e s
d el c o ra z ó n h u m a n o , d e m o d o q u e “ to d a s las c o s a s e s tá n d e sn u d as y a b ie r­
tas a lo s o jo s d e a q u e l a q u ie n te n e m o s q u e d a r c u e n ta ” (v . 1 3 ) . A sí, la Bib lia

• v b iT c ir ia l p i o l e t ] i c l u p n i d e r e c h o s d e a m o r
26 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

p u e d e h a c e r lo q u e el p s ic o a n á lis is n u n c a p o d rá . Es s u f ic ie n te p a ra p e n e tra r

y d e s n u d a r las p a rte s m á s p ro f u n d a s d e l a lm a d e u n a p e rs o n a .

Sa m ia g o 1 :2 5 ta m b ié n d a te s tim o n io d e la s u f ic ie n c ia d e las E s c r itu ra s :

“ M a s el q u e m ira a te n ta m e n te e n la p e rf e c ta ley , la d e la lib e rta d , y p e rs e v e ra


en e lla , n o s ie n d o o id o r o lv id a d iz o , s in o h a c e d o r d e la o b r a , é ste se rá b ie n ­

a v e n tu ra d o en lo q u e h a c e ” . L a e x p r e s ió n “ la p e rf e c ta ley , la d e la lib e r ta d ”

es s in ó n im a d e “ la c o m p le ta y s u f ic ie n te P a la b ra d e D io s ” . D e n u e v o , b ie n ­

a v e n tu ra n z a , s a tis f a c c ió n , c u m p lim ie n to y to d o lo d e m á s q u e tie n e q u e v e r

c o n la v id a y c o n d u c ta p a ra q u e u n c re y e n te e sté e s tre c h a m e n te v in c u la d o e n

o b e d ie n c ia a la P a la b ra d e D io s .
El a p ó s to l P e d ro e s c r ib ió : “ d e se a d , c o m o n iñ o s re c ié n n a c id o s , la le c h e

e sp iritu a l n o a d u lte ra d a , p a ra q u e p o r e lla c re z c á is ” ( I P. 2 : 2 ) . C r e c im ie n to

y m ad u re z e s p iritu a l, el p r o c e s o s a n tif ic a d o r h a c ia lle g a r a se r a la im ag e n d e


C r is to , e srá u n id o al d e s e o d el c re y e n te p o r “ la le c h e e sp iritu al n o a d u lte r a d a ”

q u e e s la P a la b ra d e D io s . P o r s u p u e s to , lo s re c ié n n a c id o s n o q u ie re n o tr a

c o s a q u e n o sea le c h e p o rq u e n o p u e d e n d ig e rir o tr o s a lim e n to s . P e d ro e s tá


d ic ie n d o q u e c o m o b e b é s q u e d e se an la le c h e p ara su n u tric ió n y c re c im ie n to ,

lo s c re y e n te s c o n ig u al d e s e o y d e v o c ió n d e b e ría n a n h e la r la P a la b ra d e D io s .
L a P a la b ra p ro v e e to d o s lo s re c u rs o s q u e n e c e s ita n p a ra a lc a n z a r la m ad u re z

e s p iritu a l ( c p . 2 P. 1 :3 ) .

U n a d e c la ra c ió n au n m á s d ire c ta y a m p lia s o b re el p o d e r y la su f ic ie n c ia

d e las E s c ritu ra s e s la q u e h a c e P a b lo en su m e n s a je d e d e sp e d id a a lo s a n ­

c ia n o s d e Éf e s o : “ y c o m o n ad a q u e fu e se ú til h e re h u id o d e a n u n c ia r o s ... n o

h e re h u id o e n s e ñ a ro s to d o el c o n s e jo d e D i o s ... Y a h o r a , h e rm a n o s , o s e n ­

c o m ie n d o a D io s , y a la p a la b ra d e su g ra c ia , q u e tie n e p o d e r p ara s o b re e d i­
f ic a ro s y d a ro s h e re n c ia c o n to d o s lo s s a n tif ic a d o s ” (H c h * 2 0 : 2 0 , 2 7 , 3 2 ) . P a ra

P a b lo , n in g u n a p o rc ió n d e la re v e lac ió n d e D io s c a re c e d e im p o r ta n c ia o es

in s u f ic ie n te p a ra el c re c im ie n to e s p iritu a l. N i n a d a e s in c a p a z d e s o lu c io n a r
lo s p r o b le m a s d e la v id a.
El A n tig u o T e s ta m e n to es ig u a lm e n te c la r o a c e r c a d e la s u f ic ie n c ia d e las

E s c ritu ra s . D e u te ro n o m io 6 :4 - 9 e s el re su m e n b á s ic o d e d o c trin a p a ra el p u e ­

b lo d e Is ra e l:

O y e, Israel: j e h o v á n u estro D io s ,Je h o v á u n o es. V am arás a j e b o v á tu D io s


de t o d o tu c o r az ó n , y d e t o d a tu alm a, y c o n t o das tus fu erz as. V estas p a ­
labr as q u e y o t e m an do ho y , est arán s o b r e tu c o r az ó n ; y las re p et irás a tus
hijo s, y hablar ás de ellas e s t an do en tu c asa, y an dan do p o r e l c am in o , y al
ac o st art e, y c u an do te lev an t es. V las at arás c o m o u n a señ al en tu m an o , y
estarán c o m o fro n t ale s en t re tus o jo s ; y ¡as es c ribirás en lo s p o s t e s de t u
c asa, y en tus pu ertas.

M rtleriîjl p r o i b i r l o p o r d e r e c h o s cae ai ito r


A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e las E sc rit u ras 27

Esta es u n a f o rm a s e n c illa d e re su m ir la m iría d a d e m an d a m ie m o s q u e

D io s h a b ía d a d o a M o is é s . P e ro la ley d e D io s , su P a la b ra re v e lad a, fu e y e s la

ú n ic a f u e n te p ara la v id a y la s a n tid a d . D o n d e q u ie ra q u e e llo s f u e ra n , lo s h i­

jo s d e D io s te n ían sie m p re q u e m e d ita r en y a p lic a r las p a la b ra s d el D io s v i­

v ie n te . A q u e lla s p a la b ra s te n ían q u e o c u p a r su a te n c ió n c o m o la fu e n te y p ie z a

c e n tra l d e to d o . P ara su p u e b lo , e ste es a u n el d is e ñ o d e D io s p ara la v id a.

Un sa l mo s o br e l a su f ic ie n c ia d e l a s Esc r it u r a s
El Sa lm o 1 9 e s, y o c re o , el tr a ta m ie n to m á s c o n c is o y d ire c to e n to d a la Bib lia

d e la su f ic ie n c ia d e las Es c ritu ra s . Esre s a lm o n o s c o m u n ic a lo s ig n if ic a tiv o d e

la re v e la c ió n d iv in a. La p rim e ra m itad (v v . 1- 6) d e sc rib e la re v e la c ió n d e D io s

en la n a tu ra le z a , lo q u e p o r a ñ o s lo s te ó lo g o s h an llam ad o la r e v e lac ió n g e ­

n e r al. D io s se re v e la e n su c re a c ió n . C o m o d ic e R o m a n o s 1 :2 0 : “ P o rq u e las

c o s a s in v isib le s d e é l, su e te rn o p o d e r y d e id ad , se h a c e n c la ra m e n te v isib le s

d e sd e la c re a c ió n d el m u n d o , s ie n d o e n te n d id a s p o r m e d io d e las c o s a s

h e ch as” .

P e ro m ie n tra s la re v e la c ió n g e n e ral e s s u f ic ie n te p ara re v e lar el h e c h o d e

q u e D io s e x is te y e n s e ñ a rn o s a lg o a c e r c a d e su s a tr ib u to s , la n a tu r a le z a s o la

n o re v e la la v e rd ad s a lv a d o ra . El p u n to c e n tra l d el s a lm o es la s u p e rio rid a d ,

la a b s o lu ta p e rf e c c ió n e sp iritu a l y to d o s u f ic ie n te , d e la r e v e lac ió n e s p e c ial,

la P a la b ra d e D io s e s c r ita .

L a se g u n d a p a rte d el s a lm o (v v . 7 *1 4 ) se c e n tra en la s u f ic ie n c ia d e c la ra d a

y a b s o lu ta d e las Es c ritu ra s c o m o n u e s tra ú n ic a g u ía v e rd ad e ra e in f a lib le e n

la v id a. El s a lm is ta c o m ie n z a e sta s e c c ió n s o b re la P a la b ra d e D io s d ic ie n d o :

L a ley d e j e h o v á es p e r fe c t a, qu e c o n v ie rt e e l alm a;
El test im o n io d e Je h o v á es fiel, q u e h ac e s ab io al sen c illo .
L o s m an dam ien t o s de j e h o v á s o n rec io s, q u e aleg ran e l c o r az ó n ;
El p r e c e p t o d e Je h o v á es p u r o , qu e alu m br a lo s o jo s.
E l t e m o r d e Je h o v á e s l i m p i o , q u e p e r m a n e c e p a r a s ie m p r e .

L o s ju ic io s d e Je h o v á so n v erdad, t o d o s ju stos.
- v v . 7-9

E s to s tre s v e rs íc u lo s , c o n s e c u e n te s c o n la in te lig e n c ia in f in ita d e la m e n te

d e D io s , c o n tie n e n u n a a f irm a c ió n a b s o lu ta m e n te in c o m p a ra b le y a m p lia

s o b re la s u f ic ie n c ia d e las E s c ritu ra s . C o n tie n e se is lín e as b á s ic a s d e p e n ­

s a m ie n to , c a d a u n o c o n tre s e le m e n to s b á s ic o s : u n títu lo p ara la P a la b ra d e

D io s , u n a c a r a c te r ís tic a d e la P a la b ra d e D io s y u n b e n e f ic io d e la P a la b ra d e

D io s . C a d a u n a d e e s ta s lín e a s d e p e n s a m ie n to u sa la f ras e c la v e “ d e Je h o v á ” .

MaWi'Ri ¡urjrwuinr: im oenselms rte .iur<ir


28 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

Se is v e c e s el n o m b r e d el p a c to d e D io s , Je h o v á , se u sa p ara id e n tific a r la fu e n te

d e la P a la b ra s u f ic ie n te .
El p rim e r títu lo p a ra las Es c ritu ra s e s “ la le y ” , la p a la b ra h e b re a t ó r áfh ) ,
q u e b á s ic a m e n te q u ie re d e c ir e n s e ñ a n z a d iv in a . A p u n ta a la d id á c tic a o n a ­

tu ra le z a e d u c ativ a d e las E s c ritu ra s . En tas E s c ritu ra s , D io s o f re c e d o c tr in a


v e rd ad e ra a la h u m a n id a d re s p e c to a lo q u e d e b e ría m o s c re e r, el tip o d e c a r á c ­

te r q u e d e b e ría m o s c u ltiv a r y c ó m o d e b e ría m o s v iv ir. L a T o r a e s la e n s e ñ a n z a


d e D io s p ara c a d a a s p e c to d e la v id a.

Se g ú n el v e rsíc u lo 7 , la p rim e ra c a ra c te rís tic a d e la P a lab ra d e D io s e s q u e


e s “ p e rf e c ta ” (c p . Stg . 1 :2 5 ) e n c o n tra s te c o n el ra z o n am ie n to im p e rf e c to y d e ­

f e c tu o s o d e la h u m an id ad . El té rm in o h e b re o tra d u c id o “ p e rf e c ta ” es u n a p a ­
lab ra c o m ú n q u e tam b ié n p u ed e q u e re r d e c ir “ to d o ” , “ c o m p le to ” o “ su fic ie n te ” .

U n e ru d ito d el A n tig u o T e s ta m e n to , tra ta n d o d e c a p ta r la p le n itu d d el sig n ifi­


c a d o d e la p alab ra , d ijo q u e sig n ific ab a “ ...p o r to d o s lo s lad o s, d e m o d o d e

c u b r ir c o m p le ta m e n te to d o s lo s a s p e c to s d e la v id a” .2 Es u n a e x p re s ió n d e c o m ­
p re n sió n , d e c la ran d o q u e las Esc ritu ra s c u b re n ro d o y n o p ie rd e n ad a.
L a p rim e ra p a rte d el v e rs íc u lo 7 ta m b ié n m e n c io n a el p rim e ro d e lo s se is
b e n e f ic io s d e las Es c riru ra s : c o n v ie rte el a lm a . El té rm in o h e b re o tra d u c id o
“ c o n v e rti r" h a b l a d e tr a n s f o rm a c i ó n , re s ta u ra c i ó n y f re s c u ra . I n d i ca q u e l a s

E s c r itu ra s s o n ta n g lo b a liz a n re s q u e si se la o b e d e c e c u id a d o s a m e n te , p u e d e
tr a n s f o r m a r la v id a c o m p le ta d e u n a p e rs o n a . L a v e rd ad d e las Es c ritu ra s d a

v id a p le n a a to d o s lo s a s p e c to s d e l a lm a . “ A lm a ” e s tra d u c id a d e u n a p a la ­
b ra h e b re a {ttepeS) q u e se re f ie re a la p e rso n a in te rio r, el y o c o m p le to , el
c o r a z ó n . En o tr a s p a la b ra s , la s E s c ritu ra s so n ta n a m p lia s q u e p u e d e n tra n s ­
f o r m a r a la p e rs o n a d á n d o le s a lv a c ió n y p ro v e y é n d o le to d o s lo s m e d io s n e c e ­

s a rio s p a ra su s a n tif ic a c ió n , h a c ie n d o c o m p le ta m e n te n u e v a el a lm a d e la
p e rs o n a (c p . R o . 1 :1 6 ; 2 T t. 3 : 1 5 - 1 7 ; 1 P. 1 :2 3 - 2 5 ) .
El Sa lm o 1 1 9 , u n h e rm o s o p a r a le lo d e l Sa lm o 1 9 , ta m b ié n a f irm a e s to .
“ V e n g a a m í ru m is e ric o rd ia , o h Je h o v á ; tu s a lv a c ió n , c o n f o r m e o tu d ic h o ”

(v . 4 1 ) . L a s a lv a c ió n e stá c o n e c ta d a a la p ro m e s a d e D io s , o su P a la b ra . “ E lla
e s m i c o n s u e lo e n m i a f lic c ió n , p o rq u e tu d ic h o m e h a v iv if ic a d o ” (v. 5 0 ) .
“ D e s f a lle c e m i a lm a p o r tu s a lv a c ió n , m a s e s p e ro e n tu p a l a b r a ” (v. 8 1 ; c p .
lo s w . 1 4 6 y 1 7 4 ) . N o e s d e a d m ira rs e q u e el a p ó s to l P a b lo o r d e n a ra a
T im o te o “ p re d ic a r la p a l a b r a ” ( 2 T i. 4 :2 ) . L a P a la b ra d e D io s e s su f ic ie n te

p a ra c o n v e rtir el a lm a .
El Sa lm o 1 9 :7 ta m b ié n d a u n s e g u n d o tiru lo y c a ra c te r ís tic a d e las
E s c ritu ra s : “ El te s tim o n io d e Je h o v á e s f ie l” . El s a lm is ta u sa “ te s tim o n io ”
c o m o u n p a ra le lo p o é tic o p a ra “ la l e y " . N o e stá h a c ie n d o u n c o n tra s te e n tre
“ le y ” y “ te s tim o n io ” , s in o q u e e s tá u sa n d o las p a la b ra s c o m o s in ó n im o s ,
a m b o s re f irié n d o s e a las E s c ritu ra s . A d e m á s , “ te s tim o n io ” d e fin e la P a la b ra

M a t a r ía ! p r o ífc i jk J lo p o r ( t e r e d i n i ; d e - a u to r
A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e las Es c rit u ras 19

e s c rita d e D io s c o m o u n te s tim o n io a ia v e rd ad . En la Bib lia D io s d a te s ti­

m o n io d e lo q u e Él e s y lo q u e d e m a n d a . Su te s tim o n io es “ f ie l” , en c la r o c o n ­
tr a s te c o n la s n o c io n e s in se g u ra s, o n d u la n te s , c a m b ia n te s y p o c o c o n f ia b le s

d e lo s h o m b re s . “ F ie l” sig n ific a in v a r ia b le , in a m o v ib le , in e q u ív o c a y d ig n a
d e se r c re íd a . A sí, la v e rd ad d e la P a la b ra d e D io s p ro v e e u n s ó lid o f u n d a ­
m e n to s o b re el c u a l las p e rs o n a s , sin v a c ila c ió n , p u e d e n c o n s tr u ir su v id a y
d e s tin o e te rn o (c p . 2 P. 1 :1 9 - 2 1 ) .

El b e n e f ic io d e e ste te s tim o n io fiel e s q u e “ h a c e s a b io al s e n c illo ” . L a raíz


d e la p a la b ra h e b re a p a ra “ s e n c illo ” c o m u n ic a la id e a d e u n a p u e rta a b ie rta .

U n a p e rso n a s e n c illa e s a lg u ie n q u e e s c o m o u n a p u e rta a b ie rta . N o tie n e la


c a p a c id a d d e s e le c c io n a r. T o d o e n tra p o rq u e n o tie n e e d u c a c ió n , n o tie n e e x ­

p e r ie n c ia , e s in g e n u a y sin d is c e rn im ie n to . P u e d e s e n tirs e o rg u llo s a d e se r u n a

p e rso n a c o n u n a m e n te a b ie rta a u n q u e e n re alid ad sea u n a p e rso n a n e c ia .


P e ro la P a la b ra d e D io s h ac e “ s a b i a " a tal p e rs o n a . L.a p a la b ra tra d u c id a

“ s a b i o ” b á s ic a m e n te q u ie re d e c ir se r h á b il e n lo s a s u n to s re la c io n a d o s c o n
u n a p rá c tic a y p ia d o s a m a n e ra d e v iv ir. Se r s a b io e s d o m in a r e l a rte d el v iv ir
d ia rio c o n o c ie n d o la P a la b ra d e D io s y a p lic á n d o la en c a d a s itu a c ió n .
El Sa lm o 1 1 9 p ro p o r c io n a u n te s tim o n io a d ic io n a l al v a lo r q u e s o lo la
P a la b ra d e D io s p u e d e su p lir, lo q u e q u e d a d e m o s tra d o c u a n d o el s a lm is ta
p id e e sa s a b id u ría en el v e rs íc u lo 2 7 : “ H a z m e e n te n d e r el c a m in o d e tu s m a n ­

d a m ie n to s ” . En o tr a s p a la b ra s , el s a lm is ta le e stá p id ie n d o a D io s q u e lo e n ­

s e ñ e , p o rq u e D io s c o n o c e la f o rm a c o r r e c ta d e v iv ir. Sa b id u ría y Es c ritu ra


e s tá n in trin c a d a m e n te re la c io n a d a s : “ D a m e e n te n d im ie n to , y g u a rd a ré tu ley ,
y la c u m p liré d e to d o c o r a z ó n ” (V . 3 4 ; c p . vv, 6 6 , 1 0 4 , 1 2 5 , 1 6 9 ) . N o s o tr o s
te n e m o s m á s e n te n d im ie n to q u e to d a s las “ s a b id u ría s ” ju n ta s d e lo s q u e p r o ­
p a g a n c o n o c im ie n to h u m a n o (v e a lo s v v . 9 8 - 1 0 0 ) .

L a p rim e ra m itad d el Sa lm o 1 9 :8 c o m ie n z a c o n u n te rc e r títu lo y c a r a c ­


te rístic a d e la P a lab ra d e D io s: “ L o s e statu to s d e Je h o v á so n re c to s ” . A q u í, el
títu lo q u e D av id d a a las Esc ritu ra s e s “ e s ta tu to s ” , lo q u e q u ie re d e c ir p rin c i­
p io s d iv in o s, p re c e p to s , p au tas. C a ra c te riz a a to d o s e so s e statu to s se n c illam e n te
c o m o “ re c to s ” . Es d ecir, m u e stran al c re y e n te el c a m in o e sp iritu al re c to y lo
g u ían p o r la se n d a d el v e rd ad e ro e n te n d im ie n to . L o s q u e sig u en la P a lab ra d e
D io s n o a n d a n v ag a n d o p o r a h í e n m e d io d e la n ie b la d e la o p in ió n h u m a n a.
El re su lta d o d e a p lic a r lo s p rin c ip io s d e las Es c ritu ra s , o b e d e c e r su s e s ­
ta tu to s y a n d a r en su s c a m in o s e s g o z o v e rd ad e ro , “ r e g o c ijo e n el c o r a z ó n " .
El p r o f e ta Je r e m ía s , e n m e d io d e tre m e n d a s te n sio n e s h u m a n a s : re c h a z o d e
su p e rs o n a y m e n s a je y el d e sa s tre q u e c a y ó s o b re la n a c ió n e n te r a , d io g ran
te s tim o n io d el g o z o q u e v ie n e a tra v é s d e la P a lab ra d e D io s : “ Fu e ro n h a lla ­
d as tu s p a la b ra s , y y o las c o m í; y tu p a la b ra m e fu e p o r g o z o y p o r a le g ría d e
m i c o r a z ó n ” (Je r. 1 5 :1 6 ; c p . 1 Jn . 1 :4 ) . El Salm o 1 1 9 o f re c e u n a c o n f ir m a ­

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e r e c h o s d e a u io r
JO P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

c ió n a d ic io n a l d e e s ta v e rd ad . En el v e rs íc u lo 1 4 , el s a lm is ta e s c r ib e : “ M e h e
g o z a d o en e l c a m in o d e tu s te s tim o n io s m ás q u e d e to d a riq u e z a ” ( c p . el v.

1 1 1 ) . Si lo s q u e h o y d ía d ic e n se r s e g u id o re s d e C r is to se id e n tif ic a ra n c o n lo s
p re c e p to s b íb lic o s c o m o lo h a c e n c o n e l m a te ria lis m o d e e ste m u n d o , el c a r á c ­
te r d e la ig le sia se ría to ta lm e n te d if e re n te , y n u e s tro te s tim o n io al m u n d o se ría
c o n s e c u e n te y p o d e ro s o .
La s e g u n d a p a rte d e l Sa lm o 1 9 :8 tie n e el c u a r to títu lo y c a ra c te r ís tic a

p a ra id e n tif ic a r la P a la b ra d e D io s : “ El p re c e p to d e je h o v á e s p u r o ” . L a p a ­

la b r a “ p r e c e p to ” e n f a tiz a e l c a r á c te r a u to r i ta ti v o y o b l i g a to r i o d e las

Es c ritu ra s . D io s d e m a n d a c ie rta s c o s a s d e su p u e b lo y b e n d ic e a q u ie n e s las


c u m p le n p e ro ju z g a a lo s q u e n o . Su s e x ig e n c ia s s o n “ p u r a s ” , u n a p a la b ra
q u e s e ría m e jo r tr a d u c id a c o m o “ c l a r a ” o “ lú c i d a " . A lg u n o s e le m e n to s d e las
E s c ritu ra s s o n m á s o s c u ro s y m á s d if íc ile s d e e n te n d e r q u e o tr o s , p e ro p o r lo
g e n e ra l, la Bib lia e s c la r a , n o o s c u ra .
L a p u re z a y c la rid a d d e las E s c ritu ra s p ro d u c e n el b e n e f ic io d e “ a lu m ­
b ra r lo s o jo s ” . P ro v e e n lu z e n m e d io d e la o s c u rid a d m o ra l, é tic a y e s p iritu a l.
R e v e la el c o n o c im ie n to d e to d o lo q u e d e o tr o m o d o n o se v e ría f á c ilm e n te
(c p . Pr. 6 :2 3 ) . U n a d e las p rin c ip a le s ra z o n e s p o rq u e la P a la b ra d e D io s es s u ­
f i c i e n te p a r a to d a s las n e c e s id a d e s e s p i r i t u a l e s d e l a h u m a n id a d e s p o r q u e n o
d e ja d u d a s o b re la v e rd ad e s e n c ia l. L a v id a m is m a e s c o n f u s a y c a ó tic a .
B u s c a r la v e rd a d a p a r te d e las E s c ritu ra s s o lo a u m e n ta la c o n f u s ió n . L as
E s c ritu ra s , p o r c o n tr a s te , s o n n o ta b le m e n te c la r a s .
V e rs íc u lo s f a m ilia re s d el Sa lm o 1 1 9 c o n tie n e n u n te s tim o n io p o d e ro s o
d e la p u re z a y c la rid a d d e la P a la b ra . “ L á m p a ra e s a m is p íe s tu p a la b r a , y
lu m b re ra e n m i c a m i n o ” (v . 1 0 5 ) ; “ L a e x p o s ic ió n d e tu s p a la b ra s a lu m b ra ;
h a c e e n te n d e r a lo s s im p le s ” (v . 1 3 0 ) .

Q u in ta en la lista d e lo s títu lo s y c a ra c te rís tic a s d e las Es c ritu ra s e s la f ra se


in ic ia l d e l Sa lm o 1 9 :9 , “ El te m o r d e je h o v á es lim p io ” . A q u í el s a lm is ta u sa

el té rm in o “ te m o r ” c o m o s in ó n im o d e la P a la b ra d e D io s . ¿ P o r q u é h a c e e s o ?
P o rq u e la P a la h ra tr a ta d e c o m u n ic a r y p ro v o c a r e n su s c o ra z o n e s el te m o r
d e D io s , el q u e a su v ez p ro d u c irá u n te m o r re v e re n c ia l y a d o ra d o r e n lo s q u e
c re e n en e lla (c p . Sa l. 1 1 9 :3 8 ) . Y e s ta Esc ritu ra q u e b u s c a p ro d u c ir el te m o r
d e D io s e n su s le c to r e s e s “ lim p ia ” y h a b la d e la a u s e n c ia d e im p u re z a , in ­
m u n d ic ia , c o rr u p c ió n o im p e rf e c c ió n . La P a la b ra d e D io s y s o lo la P a la b ra
d e D io s n o e s c o rr o m p id a p o r el p e c a d o ni m a n c h a d a p o r lo m a lo , e s lib re d e
c o rr u p c ió n y sin e r r o r d e n in g u n a c la s e ( c p . 1 1 9 :9 ) . El Sa lm o 1 2 :6 a f irm a q u e
“ L as p a la b ra s d e je h o v á s o n p a la b ra s lim p ia s , c o m o p la ta re f in ad a e n h o r n o
d e tie rra , p u rif ic a d a sie te v e c e s ” (c p . Sa l. 1 1 9 : 1 7 2 ) .
C o n s e c u e n te m e n te , la Bib lia tie n e el s in g u la r b e n e f ic io d e “ p e rm a n e c e r
p ara s ie m p re ” ( Sal. 1 9 :9 ) . Es la P a la b ra d e D io s “ q u e v iv e y p e r m a n e c e p a ra

M a te r ia l p iú t e ii r lo p o r d m e r c h u s n e a u to r
A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e las E sc rit u ras 31

s ie m p re ” ( l P. l : 2 3 ) q u e n u n c a c a m b ia y n o n e c e s ita se r a lte ra d a , n o im p o rta

q u é g e n e ra c ió n se a.
El s e x to y ú ltim o títu lo y c a ra c te r ís tic a d e las E s c ritu ra s e n la le tan ía d e
a la b a n z a d el Sa lm o 19 d e D av id se e n c u e n tra e n la se g u n d a p a rte d e l v e rs íc u lo
9 : “ L o s ju ic io s d e Je h o v á s o n v e rd a d , ro d o s ju s to s ” . L o s “ ju ic io s " so n las o r ­

d e n a n z a s d e D io s ; en e s e n c ia , lo s v e re d ic to s d iv in o s. L o s m a n d a m ie n to s d e

la Bib lia so n lo s d e c re to s le g ale s d e l Ju e z e te r n a m e n te s u p re m o p a ra la v id a


y d e s tin o e te rn o d e la h u m a n id a d . Y ta le s ju ic io s s o n “ v e rd a d ” . A u n c u a n d o

d e sd e u n p u n to d e v is ta te rre n a l la v e rd ad e s a lg o d ifíc il d e d e sc u b rir, la


P a la b ra d el Se ñ o r e s s ie m p re v e rd a d . P o r lo ta n to , es s ie m p re se g u ra, re le v an te
y a p lic a b le , e n c o n tr a s te c o n las m e n tira s d e lo s h o m b re s im p ío s q u e n o s o n

m á s q u e títe re s y v íc tim a s d e Sa ta n á s , el p a d re d e la m e n tira .

El re s u lta d o d e la v e rac id a d d e las Es c ritu ra s en el v e rs íc u lo 9 e s q u e lo s


ju ic io s s o n “ to d o s ju s to s ” . Esa f ras e c o m u n ic a la id e a d e g lo b a lid a d . L as

E s c r itu ra s s o n la f u e n te d e ro d a v e rd ad c o m p le ta , su f ic ie n te y lib re d e e rro r.


Esta es la ra z ó n p o r la q u e D io s o rd e n ó : “ N o a ñ a d iré is a la p a la b ra q u e y o
o s m a n d o , n i d is m in u iré is d e e l l a " ( D t. 4 : 2 ; c p . A p . 2 2 : 1 8 - 1 9 ) . FJ Sa lm o

1 1 9 : 1 6 0 e s o tr a h e rm o s a a f ir m a c ió n s o b r e la n a tu ra le z a a m p lia d e las

Es c ritu ra s : “ L a su m a d e tu p a la b ra e s v e rd a d , Y e te rn o e s to d o ju ic io d e tu
ju s tic ia ” (c p . lo s v v . 8 9 , 1 4 2 , 1 5 1 } . L a P a la b ra d e D io s c o n tie n e to d a la v e r­

d ad n e c e s a ria p a ra la v id a e s p iritu a l g e n u ín a y s a tis f a c e p e rf e c ta m e n te to d a s


las n e c e s id a d e s e s p iritu a le s d e la h u m an id a d .
L a s e g u n d a m ita d d el Sa lm o 1 9 a f irm a el v a lo r s u p re m o d e las E s c ritu ra s :

D ese able s so n m ás q u e e l o r o , y m ás q u e m u c ho o r o afin ado ;


Y du lc es m ás qu e m iel, y qu e la qu e des tila d e l p an al.
Tu sierv o es ade m ás am o n e s t ad o c o n ello s ;
En g u ardarlo s hay g ran de g alar d ó n .
¿ Q u ién p o d r á en t en der su s p r o p io s e r r o r e s ?
L íb r am e d e lo s q u e m e so n oc u lt o s.
P reserv a t am bién a tu s ier v o de las s o b e r b ias ;
Q u e n o s e en se ñ o ree n d e m í;
E n t o n c es s e r é ín teg ro, y e s t ar é lim p io de g ran re belió n .
— vv. 10 - 13

P rim e ro , D av id d ic e q u e la P a la b ra d e D io s v ale “ m á s q u e el o r o ” . T e n e r
la in c o m p a ra b le P a la b ra d e D io s e s m u c h ís im o m e jo r q u e p o s e e r riq u e z as m a ­
te ria le s . L as b e n d ic io n e s m a te ria le s s o n sin v a lo r c o m p a ra d a s c o n la v e rd ad
d e la P a la b ra d e D io s .

Se g u n d o , las Es c ritu ra s s o n in f in ita m e n te m á s p re c io s a s d e b id o a q u e es


la f u e n te d el p la c e r m á s g ra n d e d e la v id a , d e s c rito e n el v e rs íc u lo 1 0 c o m o

M at en n i p i n i n ^ i d o p m t f w a c ó c c s d * a m o r
32 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

q u e e s “ m á s d u lc e q u e la m ie l, y q u e la q u e d e stila d el p a n a l” . N a d a e s ta n
e n riq u e c e d o ra , ta n p e rs o n a lm e n te s ig n if ic a tiv a, u n a f u e n te d e p la c e r d u ra d e ro
c o m o q u e se p u e d e n p a s a r h o ra s le y e n d o , e s tu d ia n d o y m e d ita n d o e n el c o n ­
te n id o d e la P a la b ra d e D io s |cp . Je r . 1 5 :1 6 ) . L a f a lta d e re s o lu c ió n p a ra lo s

p r o b le m a s d if íc ile s d e la v id a n o e s u n re s u lta d o d e lo in a d e c u a d o d e las


E s c ritu ra s ; e s el re s u lta d o d el e s tu d io y a p lic a c ió n in e fic ie n te s d e las Es c ritu ra s

p o r p a rte d e las p e rs o n a s . Si el p u e b lo a m a r a la P a la b ra d e D io s c o m o d e ­
b e ría , n a d ie p o n d ría e n d u d a la s u f ic ie n c ia d e la B ib lia .

T e r c e r o , la Bib lia e s v a lio s a c o m o la m á s g ra n d e f u e n te d e p ro te c c ió n e s­


p iritu a l: “ T u s ie rv o e s a m o n e s ta d o c o n e l lo s ” (v. 1 1 ) . L a s E s c r itu ra s p ro te g e n

a lo s c re y e n te s al e n f re n ta r la te n ta c ió n , el p e c a d o y la ig n o r a n c ia ( c p . Sai.
1 1 9 :9 - 1 1 ) .

C u a r to , las E s c ritu ra s s o n la f u e n te d e n u e s tro m a y o r b e n e f ic io , p o rq u e


en g u a rd a r su s v e rd ad e s h ay “ g ra n d e g a la r d ó n ” . El v e rd a d e ro g a la rd ó n n o

se d e riv a d e l e f ím e ro m a te ria lis m o y te o ría s y té c n ic a s c e n tr a d a s e n el h o m ­


b re q u e tie n d e n a d e sv a n e c e rs e , s in o p o r la o b e d ie n c ia a las E s c r itu ra s , la c u a l

d a c o m o re s u lta d o la g lo r ia e te rn a . D e h e c h o , la p a la b ra “ g a la r d ó n ” a q u í e n
h e b re o e s, lite r a lm e n te , “ f in ” . El s a lm is ta e s tá d ic ie n d o q u e e n o b e d e c e r la
P a l a b ra h a y u n g ra n f in , u n a re c o m p e n s a e te rn a .

L a s E s c ritu ra s s o n ta m b ié n v a lio s a s p o rq u e p ro v e e n la p u rif ic a c ió n m ás


g ra n d e . A u n c u a n d o D a v id e x a lta las v irtu d e s d e las E s c ritu ra s , p re g u n ta ,
“ ¿ Q u ié n p o d rá e n te n d e r su s p ro p io s e r r o r e s ? ” (v . 1 2 ) . A la lu z d e to d a s las
c a ra c te r ís tic a s p o sitiv a s y lo s b e n e f ic io s d e v id as tr a n s f o r m a d a s a l o b e d e c e r

la P a la b ra d e D io s , D a v id n o p o d ía e n te n d e r p o r q u é a lg u ie n p o d ría d e s o b e ­
d e c e r lo s p r e c e p to s d e D io s . E s o lo h iz o c la m a r : “ L íb ra m e d e lo s q u e m e so n

o c u lto s . Pre se rv a ta m b ié n a tu s ie rv o d e las s o b e r b ia s ; q u e n o se e n s e ñ o re e n


d e m í” (v v . 1 2 - 1 3 ) . “ E rr o r e s o c u lto s ” q u e n o s o tr o s n o p la n if ic a m o s c o m e te r
y a m e n u d o o lv id a m o s c o n f e s a r. “ P e c a d o s d e s o b e r b ia ” s o n lo s a rro g a n te s ,
p re m e d ita d o s q u e c o m e te m o s a s a b ie n d a s .
D a v id d e s e a b a s in c e ra m e n te q u e ta le s p e c a d o s n o lo d o m in a ra n , p ara

p o d e r s e r “ ín te g ro , y lim p io d e g ra n r e b e lió n ” . P ara “ tr a n s g r e s ió n " , él e m ­


p le a u n té rm in o h e b re o q u e tie n e la id e a d e e s c a p a r d e lib e ra d a m e n te d e u n
c o n tr o l o p a s a r u n a b a rre ra p a ra e s c a p a r d e l d o m in io d e D io s y d el re in o d e

la g r a c ia . Se n c illa m e n te , q u ie re d e c ir a p o s ta s ía . El s a lm is ta e s ta b a a p e la n d o
a D io s p a ra te n e r su c o ra z ó n p u ro y q u e n u n c a p u d ie ra a p o s ta ta r. Se d a b a

c u e n ta d e q u e la P a la b ra d e D io s e ra la ú n ic a y s u f ic ie n te s a lv a g u a rd a c o n tr a
el d e sa s tre e s p iritu a l.
El Sa lm o 19 c o n c lu y e e x p re s a n d o el c o m p ro m is o d e l s a lm is ta a las
E s c ritu ra s : “ Se a n g ra to s lo s d ic h o s d e m i b o c a y la m e d ita c ió n d e m i c o ra z ó n
d e la n te d e ti, O h Je h o v á , ro c a m ía y re d e n to r m ío " (v. 1 4 ) . D a v id q u e ría q u e

M a ta ría ! p rn tf cijkJlti p o r í l f ji ' e e h n s d e a i.ito r


A u t o r id ad y s u fic ie n c ia d e las Esc rit u ras 33

el Se ñ o r h ic ie ra b íb lic o s su s p a la b ra s y p e n s a m ie n to s . Q u e ría se r u n h o m b re

d e la P a la b ra . U n c o m p ro m is o v e rd a d e ro y c o n s e c u e n te a la re v e lac ió n d iv in a
es el ú n ic o c o m p ro m is o q u e re a lm e n te im p o rta e n e s ta v id a.
M u c h a s d e las te n d e n c ias e n la ig le sia e v an g é lic a h o y d ía su rg e n d e un
a b a n d o n o d e la p e rsp e c tiv a re fle jad a e n e ste s a lm o . D e b id o a q u e lo s c ris tia n o s

h an p e rd id o su c o m p ro m is o c o n la s u f ic ie n c ia d e las K sc ritu ras, h an a b ra z a d o


p u n to s d e v ista d el m u n d o q u e n o so n re a lm e n te c ris tia n o s . P o r e s o , h ay c ris ­
tia n o s q u e e s tán a b a n d o n a n d o la P a la b ra d e D io s {la m e n te d e C ris to } p ara ir
tra s to d a c la se d e id e as m u n d an as. A u n c u a n d o ase g u ran c re e r e n la v e ra c i­
d ad d e las Es c ritu ra s , a p a re n te m e n te n o c re e n q u e la P a lab ra e s s u fic ie n t e p ara

s a tis f a c e r to d a s su s n e c e s id ad e s y las d e a q u e lla s p e rso n a s q u e les in te re sa n .


D e m u e s tra n tal f a lta d e fe p o rq u e e n re alid ad n u n c a h an sid o n o b le s c o m o lo s

d e Be re a, q u e d ia ria m e n te e s c u d riñ a b a n las Es c ritu ra s ( H c h . 1 7 :1 1 ) . H a n


tr a ta d o la Bib lia e n u n a f o rm a su p e rfic ial y n u n c a h an d is f ru tad o d el p o d e r d e

su s v e rd ad e s ric a s y p ro fu n d a s. El m e n s a je d e la ig le sia n o d e b e se r la Bib lia


m ás el m u n d o , s in o q u e el m e n sa je s o l o d e la Bib lia e s s u f ic ie n te .
D e m a s ia d a s p e rs o n a s en ig le s ias y e s c u e la s c ris tia n a s h o y d ía s im p le ­
m e n te a s u m e n q u e c ie r to s p r o b le m a s e s tá n m á s a llá d e l a lc a n c e d e las
Es c ritu ra s . El p r o b le m a re al e s q u e n o se h an id e n tif ic a d o p le n a m e n te c o n las
Es c ritu ra s . N o se h a n c o m p ro m e tid o a la le c tu ra y a p lic a c ió n d ia ria d e la
P a la b ra d e D io s . P o r e so c a re c e n d e u n d is c e rn im ie n to g e n u in o y u n e n ­

te n d im ie n to b íb lic o . Si re a lm e n te e s tu d ia ra n las Es c ritu ra s , s a b r ía n q u e e lla s

s o n la ú n ic a f u e n te d e f o rta le z a y s a b id u ría e sp iritu a l d el c r is tia n o . Es el r e ­


c u rs o a b s o lu ta m e n te a m p lio d a d o a n o s o tr o s p o r D io s p a ra lu c h a r c o n lo s
a s u n to s d e la v id a. C u a n d o lo s c ris tia n o s a b a n d o n a n e sta f u e n te , n o e s d e s o r­

p re n d e rs e q u e s u f ra n e s p iritu a lm e n te .
¿ Es la Bib lia re a lm e n te su f ic ie n te p ara s a tis f a c e r c a d a p ro b le m a d e la v id a

h u m a n a ? P o r s u p u e s to q u e lo e s. Y el q u e d ig a q u e n o lo e s, m e d ia n te u n a
d e c la r a c ió n e x p líc ita o p o r u n a a c c ió n im p líc ita , e stá lla m a n d o a D io s m e n ­
tir o s o e ig n o ra o e stá m e n o s c a b a n d o s e ria m e n te la c la ra y a u to e x p lic a tiv a in s ­
tr u c c ió n q u e h a c e P a b lo a T im o te o :

P ero p ersist e tú en io q u e has ap r e n dido y t e persu adiste, s ab ie n d o de qu ién


has ap r e n dido : y q u e des de la n iñ ez has s ab id o tas Sag radas Esc ritu ras, las
c u ales t e p u eden hac e r s ab io p ar a la salv ac ió n p o r ¡a fe q u e es en C risto
Je s ú s . T o d a la E.scritura es in sp irada p o r D ios, y útil p ar a en señ ar , p ar a
redarg ü ir, p ar a c orreg ir, p ar a in stru ir en ju stic ia, a fin d e q u e e l h o m b r e de
D io s s e a p e r fe c t o , en t eram en t e p r e p ar ad o p ara t o da bu en a o bra.
— 2. T imo t eo 3: 14- 17

Este es el p u n to d e p a rtid a d e u n a v e rd ad e ra v is ió n c ris tia n a d e l m u n d o ,

M íi T ci r i al p t o 1f ít 3¡c1r > p n i der i K'Jl 'r ct s d e am o r


34 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

y e s el p u n to al c u a l lo s c ris tia n o s in e v ita b le m e n te d e b e n r e to m a r p ara e v a l­

u ar y d is c e rn ir c a d a o p in ió n y f ilo s o f ía c o n tr a r ia . L as Es c ritu ra s s o n v e rd ad .
So n c o n f ia b le s . Y p o r s o b re to d o , s o n s u f ic ie n te s p a ra g u ia rn o s e n c a d a a s ­

p e c to d e d e s a rro llo d e u n a v is ió n d e l m u n d o q u e h o n r e a D io s .

Le c t u r a s a d ic io n a l e s
G e is l e r, N o rm a n L . , e d . In e r r an c y [In f al ib i l i d ad !, G ra n d R a p i d s , M I : Z o n d e rv a n , 1 9 8 0 .
K is tl e r, D o n . e d . S o la S c r ip t u r al M o rg a n , P A : S o li D e o G l o ri a , 1 9 9 5 .
M a c A rth u r, Jo h n , A v e r g o n z a d o s d e l e v a n g e lio , G ra n d R a p i d s , M I : E d i to ri a l P o rta v o z ,
2003.
_ _ _ _ _ _ _ _ _ . O u r S u ffic ie n c y in C h r is t [N u e s tra s u f icie n cia en C ri s to ] , D a l l as : W o rd ,
1 9 9 1 ; re im p r. W h e a to n , I L : C ro s s w a y B o o k s , 1 9 9 8 .
_ _ _ _ _ _ _ _ _ . R e c k le s s F ait h [Fe d e s cu i d a d a ], W h e a to n , I L : C ro s s w a y B o o k s , 1 9 9 4 .
R a d m a c h e r, E a rl y R o b e rt P re u s , e d s . H e r m e n e u t ic s , I n e r r a n c y , a n d t h e B i b l e .
[H e rm e n é u ti ca , in f al ib il id ad y la Bib lia| , G ra n d R a p i d s , M I : Z o n d e rv a n , 1 9 8 4 .
W a rf i e l d , B e n j am ín B re ck i n rid g e . T h e in s p ir a t io n a n d A u t h o r it y o f t h e B i b l e ( L a in s ­
p i ra ci ó n y a u to ri d a d d e la B i b l ia], Fil ad e l f ia: P re s b y te ria n an d R e f o rm e d , 1 9 4 8 .

M a t e r i a l p ti'itH ü k J D P r ]: r J W f i d t a * r íe a u t o r
2

La n ec es id a d d e c u l t iv a r

UN ES T ILO BÍBLIC O D E PEN S A R

R ic h a r d L. M a y h u e

L
a m e n t e es a lg o d e m a s i a d o g r a n d e c o m o p a r a m alg as t ar la. Es ta su g e stiv a

f ras e n o s re c u e rd a a u n a p ro m in e n te f u n d a c ió n q u e o to r g a b e c a s u n iv e r­

s ita r ia s .1 L a m a y o r p a rte , s in o to d a s las v is io n e s d e l m u n d o h a b r ía n d e a d o p ­

ta r e ste a f o r is m o g e n e r a lm e n te a c e p ta d o . Sin e m b a rg o , e x is te u n a g ra n

d iv e rg e n c ia d e o p in ió n c u a n d o se tr a ta d e d e s c rib ir lo q u e e ste d e te rio ro o c a ­

s io n a ría , c u á n e x te n s o es o p u e d e ser, e n q u é f o rm a p o d ría p re v e n irs e la p é r­

d id a d e e sta c la s e d e re c u rs o m e n ta l, y c u á le s p o d ría n se r lo s m e jo re s m é to d o s

p a ra re n o v a r u n a m e n te e s tro p e a d a o m a lo g ra d a .

Este c a p ítu lo se c o n s tru y e s o b re la id e a f u n d a m e n ta l d e q u e u n a m e n te

h u m an a q u e 1) e s tá c o m p le ta m e n te e n f o c a d a s o b re C r is to Je s ú s c o m o

Sa lv a d o r y Se ñ o r ( R o . 8 :5 - 8 ) a d e m á s d e s e r re n o v a d a re g u la rm e n te p o r las

Es c ritu ra s ( R o , 1 2 :2 ) y 2 ) q u e e stá re c ib ie n d o u n a e d u c a c ió n d e c a lid a d ( f o r ­

m al o in f o rm a l) d e sd e la p e rs p e c tiv a d e u n a v isió n c ris tia n a d el m u n d o se rá

la m e n te q u e a lc a n c e lo s m a y o re s b e n e f ic io s y e x p e rim e n te las m e n o re s p é r­
d id as ( Sa l. 1 1 9 : 9 7 - 1 0 4 ) , M ie n tra s q u e el c lá s ic o le m a d e la f u n d a c ió n m e n ­

c io n a d o a rrib a c o m p re n d e ú n ic a m e n te el la d o in te le c tu a l d e la v id a, u n a

v isió n c ris tia n a d el m u n d o to m a e n c u e n ta ta n to el a s p e c to in te le c tu a l c o m o

e l e s p iritu a l d e la h u m a n id a d , re la c io n a d o s e n tre s í d e sd e el p rin c ip io e n f o r ­

m a in se p a ra b le e in te g ra l.

C u a n d o D io s c r e ó a A d án y Ev a ( G n . 1 - 2 ) , lo s tr a jo a la e x is te n c ia a su

p ro p ia im a g e n ( G n . 1 :2 7 ) c o n u n a m e n ta lid a d q u e in m e d ia ta m e n te le s p e r­

m itió p e n sar, c o m u n ic a rs e y a c tu a r ( G n . 2 : 1 9 - 2 0 ; 3 : 1 - 6 ).2 El C re a d o r d e se ab a

q u e su c re a c ió n lo a m a ra in te n s a m e n te c o n la m e n te ( M t. 2 3 : 3 7 ; 2 Jn . 6 ) . A sí,

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
36 P I EN S E C O N F O R M E A l .A B I B L I A

las d im e n s io n e s in te le c tu a le s y e s p iritu a le s se u n ie ro n e n la c re a c ió n d e la h u ­

m a n id a d y e n la v o lu n ta d d e D io s p a ra e lla .

P ro v e rb io s 2 7 : 19 e s ta b le c e u n a x io m a b á s ic o s o b re el c a r á c te r d e l in d i­

v id u o y la m e n te d e u n se r h u m a n o .

C o ;» o en e l ag u a e l ro st ro c o r r e s p o n d e a l r o st ro .
A sí e l c o r az ó n 1 d e ! h o m b r e al h o m br e .

A sí, lo q u e A d á n y Ev a lle g a rían a se r h a b ría d e d e p e n d e r e n alg u n a m e ­

d id a d e c ó m o p e n s a b a n . Esta id e a b á sic a ta m b ié n a p a re c e en P ro v e rb io s 2 3 : 7 :

“ P o rq u e c u a l e s su p e n s a m ie n to e n su c o r a z ó n , tal e s é l ” . Je s ú s u só e ste

a x io m a en M a re o 1 5 :1 8 - 1 9 p ara ilu s tra r q u e el h o m b r e p e c a , n o p o r lo q u e

c o m e f ís ic a m e n te , s in o p o r lo q u e d ig ie re in te le c tu a l m e n te . U n a p e rs o n a q u e

p ie n sa re c ta m e n te te n d e rá a a c tu a r r e c ta m e n te y , a la in v e rsa , u n a p e rso n a

q u e p ie n sa p e c a m in o s a m e n te , a c tu a rá p e c a m in o s a m e n te c o m o u n h á b ito . L as

d im e n s io n e s d e h e c h o s y é tic a d e la v id a d e p e n s a m ie n to s d e la p e rs o n a d e ­

te rm in a n su c o m p o rta m ie n to . Este m is m o p rin c ip io se re c o n o c e g e n e ra lm e n te

en el p r o v e r b i o c u ltu ra l:

Siem bra un p en sam ie n t o , c o s e c h a u n a ac c ió n .


Siem bra u n a ac c ió n , c o s e c h a un háb it o .
Siem bra un h áb it o , c o s e c h a un c arác ter.

U n o lle g a a s e r in te le c tu a l y e s p iritu a lm e n te se g ú n c o m o p ie n sa . P o r e s o ,

sin d u d a q u e la m e n te e s u n a c o s a te rrib le c o m o p a ra d e sp e rd ic ia rla p o rq u e

d e s p e rd ic ia r la m e n te e s d e s p e rd ic ia r a la p e rs o n a .

P s ic o ló g ic a m e n te h a b la n d o , el c e r e b r o e s c e n tra l a la e x is te n c ia e id e n ti­

d ad h u m a n a . L a raz a h u m an a e s ú n ic a , s e p ara d a d e ro d o s lo s d e m á s a s p e c ­

to s d e la c re a c ió n p o r h a b e r s id o c re a d a a la im ag e n d e D io s y p o r la

c a p a c id a d d e p e n s a r p r o f u n d a m e n te y v iv ir s a b ia m e n te . ¿ Q u ié n p o d ría im a ­

g in a rs e q u e las tre s lib ra s d el c e r e b r o h u m a n o c o n tie n e n c ie n m il m illo n e s d e

n e u r o n a s y q u e m a n e ja d iez m il p e n s a m ie n to s al d ía , re g u la m á s d e c ie n to tre s

m il la tid o s d e l c o ra z ó n c a d a v e in tic u a tro h o r a s , c o o rd in a v e in titré s m il re ­

s u e llo s p o r d ía y c o n tr o la m á s d e s e is c ie n to s m ú s c u lo s , y q u e ta m b ié n d e se m ­

p e ñ a ría u n a f u n c ió n c e n tra l e n c u a n to a d e te rm in a r la n a tu r a le z a y v a lo r d e

n u e stra v id a? E s to e s, e x a c ta m e n te , lo q u e las Es c ritu ra s e n se ñ a n e n R o m a n o s

8 :5 : “ P o rq u e lo s q u e s o n d e la c a r n e p ie n s an e n las c o s a s d e la c a rn e ; p e ro lo s

q u e so n d e! Es p íritu , en las c o s a s d e l E s p ír itu ” .

M a g n a i [ lic it e li r io p o r d m e r e h u s n e a u to r
L a n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 37

La me n t e ya h a s id o ma l g a st a d a

M u c h o a n te s d e q u e e n el sig lo v e in te se p u b lic a ra “ L a m e n t e e s a lg o d e ­

m a s ia d o g r a n d e p a r a m alg as t ar la ” la m e n te h u m an a y a h a b ía s id o s e ria m e n te

a rru in a d a . U n a le c tu ra d e te n id a d e las e p ís to la s p a u lin a s p e rm ite id e n tif ic a r

n u m e ro s a s re fe re n c ias a la m e n te h u m an a q u e in d ic an q u e h a b ía sid o s e ria ­

m e n te d a ñ a d a p o c o d e sp u é s d e la c re a c ió n d e D io s e n G é n e s is 1 - 2 .

Este s o rp re n d e n te d e s c u b r im ie n to p u e d e se r e n te n d id o m e jo r e n la s i­

g u ie n te lista d e d o c e d if e re n te s p a la b ra s n e g a tiv a s d el N u e v o T e s ta m e n to q u e

d e sc rib e n la ru in a d e la c a p a c id a d in te le c tu a l d el h o m b re .

1. R o m a n o s 1 : 2 8 “ re p ro b a d o ”

2 . 2 C o ri n ti o s 3 : 1 4 “ e m b o ta d o "

3 . 2 C o ri n ti o s 4 : 4 “ c e g ó ”

4 . Ef e s io s 4 : 1 7 “ v a n i d a d ”

5 . E f e s i o s 4 : 1 8 “ e n te n e b re c i d o ”

6 . C o lo s e n s e s 1 :2 1 “ e n e m ig o s ”

7 . C o lo se n ses 2 :4 “ e n g añ e ”

8 . C o l o s e n s e s 2 : 8 “ v a n a s s u ti l e z a s ”

9 . C o l o s e n s e s 2 : 1 8 “ v a n a m e n te h i n c h a d o "

1 0 . 1 T i m o te o 6 : 5 “ d i s p u ta s n e ci a s ”

1 1 . 2 T i m o te o 3 : 8 “ c o rru p to s ”

1 2 . T i to 1 : 1 5 “’c o rro m p i d o s ”

C o m o re s u lta d o d e e sta m u tila c ió n m e n ta l, las p e rs o n a s “ s ie m p re e s tá n

a p r e n d ie n d o , y n u n c a p u e d e n lle g a r al c o n o c im ie n to d e la v e rd a d ” ( 2 T Í. 3 :7 ) ;

a lg u n o s , in c lu s o “ tie n e n c e lo d e D io s , p e ro n o c o n f o rm e a c ie n c ia ” ( R o . 1 0 :2 ) .

Es ta s c o s a s re p re s e n ta n la e x p r e s ió n m á s trá g ic a d e u n a m e n te m a lo g r a d a .

A h o ra . Es to n o s ig n ific a q u e lo s h u m a n o s h ay an s id o in te le c tu a l m e n te re ­

d u c id o s a la h a b ilid ad m e n ta l d e lo s a n im a le s . N i q u e n o p u e d an a lc a n z a r u n

n iv el e x tr a o r d in a r io . P o r e je m p lo , u n p re m io N o b el o u n P u litz e r. Esta

s itu a c ió n n o im p id e q u e se c re e n e stu p e n d a s o b r a s d e a rte , d e s c u b rim ie n to s

c ie n tíf ic o s e s p e c ta c u la re s o in c lu s o u n a a c e le ra c ió n sin p re c e d e n te s d e la s o fis ­

tic a c ió n d e la s o c ie d a d c o m o la q u e h a o c u r r id o e n lo s ú ltim o s d o s s ig lo s . N o

s ig n if ic a q u e n o h ay a p e rs o n a s q u e p u e d an lle v ar a c a b o o b ra s b u e n a s o v iv ir

se g ú n c ie rto s v a lo re s m o ra le s .

¿ P e ro e n to n c e s , q u é s ig n ific a? A n te s d e d a r u n a re sp u e sta a e sta im p o r­

ta n te p re g u n ta , p re f e riría p re g u n ta r: ¿ Q u é o c u rrió y p o r q u é se m a lo g r ó la

m e n te h u m a n a ?

M ín íi r i a l p i o l e t ] i c l u p n i [ j e r a c h o s d e a i n i r
38 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

¿Có mo f u e q u e se ma l o g r ó l a me n t e h u ma n a ?

A l c o m p le ta r la c r e a c ió n , “ v io D io s to d o lo q u e h a b ía h e c h o , y h e a q u í q u e

e ra b u e n o e n g ra n m a n e r a ” ( G n . 1 :3 1 ) . A d á n y Ev a m a n te n ía n u n a c o r r e c ta

re la c ió n c o n D io s q u ie n le s h a b ía d a d o el d o m in io s o b re to d a su c re a c ió n ( G n .

1 :2 6 - 3 0 ) . U n a v id a d e f e lic id a d te rre n a l d e s c r ib ía su f u tu ro p o te n c ia l y e l d e
su d e sc e n d e n c ia a n te s q u e el p e c a d o e n tra ra e n e s c e n a .

G é n e s is 3 : 1 - 7 d e sc rib e el tr e m e n d o y d e v a s ta d o r im p a c to a la m e n te h u ­
m a n a q u e h a b ría d e a f e c ta r a to d a la h u m a n id a d q u e v iv iría a p a rtir d e e n ­

to n c e s . En e ste m o n u m e n ta l p a s a je , d o n d e el c a m p o d e b a ta lla d e ja d e se r la

m e n te d e Ev a , sin d u d a , Sa ta n á s lib r ó u n a g u e rra c o n tr a D io s y c o n tr a la raz a


h u m a n a . A l f in al, Ev a te rm in ó c a m b ia n d o la v e rd ad d e D io s ( G n . 2 : 1 7 ) p o r
la m e n tira d e Sa ta n á s ( G n . 3 :4 - 5 ) y d e sd e e n to n c e s , la m e n te h u m a n a n u n c a

h a v u e lto a s e r la m is m a .

El m é to d o e m p ír ic o en su f o r m a p rim itiv a re a lm e n te se o rig in a e n

G é n e s is 3 , c u a n d o Ev a d e c id e q u e la ú n ic a f o rm a q u e tie n e d e s a b e r si D io s

e s tá e n lo c o r r e c to o n o (d e s p u é s d e q u e Sa ta n á s h u b o p la n ta d o e n su m e n te
la se m illa d e la d u d a s o b re la v e ra c id a d d e D io s , G n . 3 :4 ) e s p ro b a r a D io s

c o n su p ro p ia m e n te y s e n tid o s . P a b lo e x p lic a e s to e n R o m a n o s 1 : 2 5 , c u a n d o
h a b la d e lo s q u e s e g u irían e s p iritu a l m e n te lo s p e lig ro s o s p a s o s d e Ev a y lu e ­

g o d e A d á n : “ c a m b ia r o n la v e rd ad d e D io s p o r la m e n tira , h o n ra n d o y d a n ­

d o c u lto a las c ria tu r a s a n te s q u e al C r e a d o r ” .


En s e g u id a , Ev a b á s ic a m e n te se rin d ió a n te la m e n tira d e Sa ta n á s y c re ­

y ó q u e te n ía q u e h a c e r u n a d e c is ió n . T e n ía q u e e n d e s o b e d ie n c ia d e c id ir
c o m e r o e n o b e d ie n c ia d e sistir d e h a c e rlo . Ev a c re y ó q u e e ra s o lo c u e s tió n d e

e lla h a c e r e n su m e n te la m e jo r d e c is ió n ; la o rd e n d e D io s y a n o e ra m ás in ­
a p e la b le . L a re v e la c ió n v e rb al d e D io s y a n o d ic ta b a lo q u e e ra b u e n o y lo

q u e e ra m a lo en su v id a. La in s tru c c ió n im p e ra tiv a d e D io s lle g ó a se r o p ­

c io n a l p o rq u e d e p r o n to , g ra c ia s a S a ta n á s , a p a re c ie ro n n u e v as a lte rn a tiv a s .
“ Y v io la m u je r q u e el á rb o l e ra b u e n o p a ra c o m e r, y q u e e ra a g ra d a b le

a lo s o jo s , y á rb o l c o d ic ia b le p a ra a lc a n z a r la s a b id u ría ; y to m ó d e su f ru to ,
y c o m ió ; y d io ta m b ié n a su m a rid o , el c u a l c o m ió a s í c o m o e l l a ” ( 3 :6 ) . A q u í
e n c o n tr a m o s la p rim e ra p r á c tic a h is tó ric a d e la in v e s tig a c ió n e m p íric a y al

ra z o n a m ie n to in d u c tiv o en su in f a n c ia . En el p rim e r a c to d e re b e lió n h u m a n a ,


Ev a d e c id ió lle v a r a c a b o tre s p ru e b a s e n el á rb o l p ara v e r q u ié n te n ía la

ra z ó n , si D io s o si Sa ta n á s .
A sí fu e c o m o s o m e tió al á r b o l a e s tas p ru e b a s , la p rim e ra d e las c u a le s
e stá p la n te a d a en el p la n o f ís ic o . Ella o b s e r v ó el á r h o l, lo e x a m in ó y v io q u e

su f ru to e ra “ b u e n o p ara c o m e r ” . T e n ía u n v a lo r n u tritiv o . Es p o s ib le q u e e s to
h a y a h e c h o p e n s a r a Ev a : Q u iz á S at an ás t e n g a r az ó n . A lo m e j o r a D io s s e

M a g n a i [ lic it e li r io p n r ilm e r c h u s n e a u to r
L a n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 39

le p a s ó la m a n o a l p r o h i b ir m e t an t aj an t e m e n t e q u e d is fr u t ar a d e t o d o e l g o z o

d e la v id a y d e t o d o s lo s fr u t o s d e l h u e r t o .

Ba s a d a e n e s ta re a c c ió n p o s itiv a , p a só a la s e g u n d a p ru e b a. Se d io c u e n ta
d e q u e el f ru to e ra “ a g ra d a b le a lo s o jo s ” . N o s o lo b e n e f ic ia ría la n u tric ió n

d e su c u e r p o , s in o q u e ta m b ié n d e s c u b r ió q u e te n ía u n v a lo r e m o c io n a l y e s ­

té tic o . L o m iró y e n c o n tr ó q u e e ra “ a g r a d a b le a lo s o jo s ” . D ic h o e s to e n

le n g u a je a c tu a l, le g u stó lo q u e v eía e n el á r b o l.

P e ro to d av ía n o e s ta b a s a tis f e c h a . H a b ía q u e seg u ir. P o s ib le m e n te p e n ­

s ó : V oy a ir u n p a s o m ás a d e lan t e . Y p ro c e d ió a e je c u ta r la p ru e b a f in a l. M ir ó
y v io q u e el á rb o l e ra d e s e a b le “ p a ra a lc a n z a r la s a b id u ría ” . T e n ía u n v a lo r

in te le c tu a l q u e p o d ría h ac e rla ta n s a b ia c o m o D io s .
En m e d io d e to d a e sta d e lib e ra c ió n , Ev a v io y p e n s ó q u e d e v e rd ad e l

á r b o l e ra b u e n o . Sa tis f a c ía su s n e c e sid a d e s f ís ic a s , e s té tic a s e in te le c tu a le s . Su

m e n te lle g ó a la c o n c lu s ió n d e q u e D io s e s ta b a e q u iv o c a d o o q u e D io s h a b ía

m e n tid o ; el e n g a ñ o d e Sa ta n á s la h a b ía c o n v e n c id o d e q u e se a le ja r a d e la v e r­

d ad a b s o lu ta e in f a lib le d e D io s . L a m e n te h u m an a e s ta b a a p u n to d e q u e d a r

d añ a d a p a ra s ie m p re . El e n g a ñ o c o n d u jo a la d e s o b e d ie n c ia p u e s Ev a re c h a z ó

las in s tru c c io n e s d e D io s , to m ó el f ru to d el á r b o l, y c o m ió . Sin d u d ar, A d án

h iz o lo m ism o ( 3 :6 ) .

P a b lo re su m e e l a c to d e s a s tro s o d e Ev a d e la s ig u ie n te m a n e ra : “ P e ro

te m o q u e c o m o la s e rp ie n te c o n su a s tu c ia e n g a ñ ó a Ev a , v u e stro s s e n tid o s
s e an d e alg u n a m a n e ra e x tr a v ia d o s d e la s in c e ra fid e lid ad a C r i s to ” ( 2 C o .

1 1 :3 ; c p . 1 T i. 2 :1 4 ) . L a s e d u c c ió n d e la m e n te d e Ev a p o r el e n g a ñ o d e

Sa ta n á s y la f la g ra n te d e s o b e d ie n c ia d e A d á n d ie ro n c o m o re s u lta d o la c o ­
rru p c ió n d el a lm a d e c a d a u n o d e e llo s y , a d e m á s , la c o r ru p c ió n d e l a lm a d e

to d o s y c a d a u n o d e lo s h u m a n o s q u e h a b r ía n d e v e n ir d e sp u é s d e e llo s ( R o .
5 :1 2 ) .

A sí, la m e n te h u m an a fu e d a ñ a d a p o r el p e c a d o . Q u e d ó ta n d é b il q u e al

h o m b re n o le fu e p o s ib le , h u m a n a m e n te h a b la n d o , m a n te n e r u n a re la c ió n
c o n D io s , T a m p o c o p u d o c o n s e r v a r la c a p a c id a d d e v e r y e n te n d e r la v id a
d e sd e la p e rs p e c tiv a d e D io s. L a raz a h u m a n a se s e p a ró d e su D io s y C re ad o r.

C o m o re su lta d o , lo s d o s se re s h u m a n o s c re a d o s o r ig in a lm e n te p o r D io s
y c a d a u n o d e su s d e sc e n d ie n te s e x p e rim e n ta ro n u n c a m b io b ru ta l e n su s re la ­
c io n e s c o n D io s v su m u n d o .

1. Y a n o se v o l v i e ro n a p re o c u p a r c o n l o s p e n s a m i e n to s d e D i o s , s i n o

c o n l o s d e lo s h o m b re s (S a l . 5 3 : 1 ; R o . 1: 2 5 ) .

2 . Y a n o te n d rí a n n í as v is ió n e s p i ri tu a l , s i n o q u e f u e ro n h e ch o s ci e g o s

p o r S a ta n á s p a ra n o v e r la g l o ri a d e D i o s ( 2 C o . 4 : 4 ) .

3. Y a n o serían m ás sab io s, sino necio s (Sal. 1 4 :1 ; T it. 3 :3 ) .

M a W i 'R i ¡ n r m u i n r : i m o e n s e l m s r te -n irc ir
40 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

4 . Y a n o e s ta rí a n m á s v iv o s p a ra D i o s , s in o q u e e s ta rí a n m u e rto s en

s u s p e ca d o s ( R o . 8 : 5 - 1 1 ) .

5 . Y a n o s e i n te re s a rí a n m á s p o r l as c o s a s d e a rri b a , s i n o p o r l as co s a s

d e la ti e rra (C o l . 3 : 2 ) .

6 . Y a n o ca m i n a rí a n m a s e n la l u z , s in o e n o s cu ri d a d (Jn . 1 2 : 3 5 - 3 6 , 4 6 ) .

7 . Y a n o p o s e e rí a n m á s v i d a e te rn a , s i n o q u e e n f re n ta rí a n la m u e rte

e s p i ritu a l ; e s d e c i r, la s e p a ra ci ó n e te rn a d e D i o s ( 2 T s . 1 : 9 ) .

8 . Y a n o v i v irían m á s e n el re i n o d el E s p í ri tu , s in o e n el d e la c a rn e ( R o .

8 :1 - 5 ).

¿Pu e d e r e iv in d ic a r s e l a me n t e ?

D e s p u é s d e la c a íd a d e A d á n y Ev a v in o la m a ld ic ió n d e D io s s o b re e llo s ( G n .

3 : 1 6 - 1 9 ) , a u n q u e la m e n te d e e llo s a u n f u n c io n a b a , n o f u n c io n a b a al m is m o
n iv e l s u p e rio r c o m o a n te s / A n te s d e la c a íd a , A d á n y Ev a p o d ía n p o te n ­

c ia i m e n te p e c a r; d e sp u é s d e la c a íd a , te n ía n a b ie rta m e n te u n a in c lin a c ió n a

p e c ar. A h o ra la v id a d e c a d a u n o d e e llo s e s ta b a m a ld ita e n lu g a r d e b e n d ita .


P o r h a b e r re c h a z a d o la v e rd ad d e la re v e la c ió n d e D io s a e llo s , a h o ra te n d ría n

q u e p e n s a r y v iv ir s e p a ra d o s d e Él. L a ra z a h u m a n a p a re c ía s e n te n c ia d a a
ju ic io sin e s p e ra n z a m á s a llá d e la m u e rte .
Sin e m b a rg o , D io s e n su m is e ric o rd ia y g ra c ia p ro v e y ó u n Sa lv a d o r q u ie n
se ria c a p a z d e re s ta b le c e r u n a re la c ió n c o rr e c ta e n tre D io s y la raz a h u m a n a
a lie n a d a s o b re u n a b a se in d iv id u al ( T it. 3 : 4 - 7 ) :

P ero c u an do s e m an ifes t ó la b o n d ad de D io s n u estro S alv ado r , y su am o r


p ar a c o n ¡ os ho m b r e s , n o s s alv ó , n o p o r o b r as de ju stic ia q u e n o s o t r o s h u ­
b ié r am o s h e c h o , sin o p o r su m is eric o rdia, p o r e l lav am ien t o de la reg en e­
rac ió n y p o r ¡a re n o v ac ió n en e l Espí'rifM San to, e l c u al de r r am ó en n o so t ro s
abu n dan t e m e n t e p o r Je s u c r is t o n u estro Salv ado r, p ara q u e ju st ific ado s p o r
su g rac ia, v in iés em o s a s e r h e r e d e r o s c o n fo r m e a ia es p er an z a d e la v ida
etern a.

Esta s a lv a c ió n p e rs o n a l p u e d e a p r o p ia r s e p o r fe en la g ra c ia d e D io s , q u e
p ro v e y ó a Je s u c r is to c o m o el ú n ic o Sa lv a d o r p a ra q u e p a g a r a lo s p e c a d o s d e
to d o s lo s q u e h a b r ía n d e c re e r q u e je s ú s m u rió y re s u c itó a l te r c e r d ía , s a l­

v á n d o lo s d e la ira d e D io s ( R o . 1 0 :9 - 1 3 ; 1 C o . 1 5 :1 - 4 ; E f . 2 : 8 - 9 ; 1 P. 2 : 2 4 ) .

L a m e n t e r e d im i d a

C o m o re s u lta d o d e la s a lv a c ió n , la m e n te d e la p e rs o n a re d im id a c o n o c e y
c o m p re n d e la g lo ria d e D io s ( 2 C o . 4 :6 ) a u n q u e a n te s e s tu v o e n c e g u e c id a p o r

Sa ta n á s ( 2 C o . 4 :4 ) . A h o ra , e s ta p e rs o n a p o se e “ el c a s c o d e la s a lv a c ió n ” p ara
p ro te g e r la m e n te c o n tr a las “ a s e c h a n z a s ” ( E f . 6 : 1 1; u n a p a la b ra re la c io n a d a

M at o r ral p rot ftijkJlci p o r ít e r e d i o s d e au t o r


¡ j j n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 41

c o n ta m e n te e n e l g rie g o d el N u e v o T e s ta m e n to ) 5 d e Sa ta n á s e n lu g a r d e d e ­
ja r la v u ln e ra b le c o n tr a él c o m o a n te s d e la s a lv a c ió n ( Ef . 6 : 1 7 ) . Esta n u e v a

p e rs o n a ( 2 C o . 5 : 1 7 - 2 1 ) a h o ra tie n e u n c o n o c im ie n to d e D io s y su v o lu n tad

q u e a n te s n o te n ía (1 Jn . 5 : 1 8 - 2 0 ) . fi

L a m en te re n o v ad a7

C u a n d o u n a p e rs o n a e n tra e n u n a re la c ió n p e rs o n a l c o n Je s u c r is to , lle g a a
se r “ u n a n u e v a c r e a c i ó n ” ( 2 C o . 5 :1 7 ) q u e c a n ta “ u n a c a n c ió n n u e v a " ( Sal.

9 8 : 1 ) . P e ro e s o n o s ig n if ic a q u e to d o lle g a a se r n u e v o e n el s e n tid o d e p e r­

f e c c ió n e n e l d ia rio c a m in a r. L a m e n te a d q u ie re u n a n u e v a m a n e ra d e p e n sa r
y u n a n u e v a c a p a c id a d d e d e s h a c e rs e d e las f o r m a s a n tig u a s . Sin d u d a q u e

D io s e s tá in v o lu c r a d o e n la re n o v a c ió n d e la m e n te d e lo s c ris tia n o s .

• “ N o o s c o n f o r m é is a e ste s ig lo , s in o tr a n s f o r m a o s p o r m e d io d e la

r e n o v a c ió n d e v u e s tro e n te n d i m i e n to ...” ( R o . 1 2 :2 ) .

• “ . . . y r e n o v a o s e n e l e s p íritu d e v u e stra m e n te ” ( Ef . 4 : 2 3 ) .
• " . . . y re v e s tid o d el n u e v o , el c u a l c o n f o r m e a la im ag e n d e l q u e lo

c r e ó se v a r e n o v a n d o ” ( C o l. 3 :1 0 ) .
L a Bib lia d ic e : “ P o n e d la m ira e n las c o s a s d e a r r ib a , n o e n las d e la

ti e r r a ” ( C o l. 3 :2 ) . P a b lo p o n e e s te c o n c e p to e n té rm in o s m ilita re s : “ d e rri­

b a n d o a rg u m e n to s , y to d a altiv e z q u e se le v a n ta c o n tr a el c o n o c im ie n to d e
D io s , y lle v a n d o c a u tiv o to d o p e n s a m ie n to a la o b e d ie n c ia a C r i s to ” ( 2 C o .

1 0 :5 ) .
¿ C ó m o se p u e d e h a c e r e s to ? L a s E s c ritu ra s so n la m e n te d e D io s . P o r

s u p u e s to n o to d a su m e n te , s in o to d o lo q u e D io s q u is o d a r a lo s c re y e n te s .
P ara p e n s ar c o m o p ie n sa D io s , u n o d e b e r p e n s a r c o m o las E s c ritu ra s . P o r e s o
e s q u e P a b lo a n im a a lo s c o lo s e n s e s a d e ja r q u e la P a la b ra d e D io s h a b ire e n

e llo s ( C o l. 3 :1 6 ) .
H a rr y Bia m ire s , u n in g lé s c o n u n a e x tr a o r d in a r ia c o m p re n s ió n d e la

m e n te d e C r is to , lo d ijo d e e sta m a n e ra :

P e n s a r cri s ti a n a m e n te e s p e n s a r e n té rm i n o s d e re v e l a ci ó n . P a ra l o s e cu l a r,

D i o s y la te o l o g í a s o n el j u g u e te d e la m e n te . P a ra el c ri s ti a n o , D i o s es re al

y la te o l o g í a c ri s ti a n a d e s cri b e su v e rd a d re v e l a d a a n o s o tro s . P a ra la m e n ­

te s e cu l a r, la re l ig i ó n e s e s e n ci a l m e n te u n a s u n to te ó ri c o ." P a ra la m e n te cri s ­

ti a n a , el c ri s ti a n i s m o e s u n a s u n to d e a c c i o n e s y h e ch o s . L a s a c c i o n e s y

h e ch o s q u e s o n la b as e d e n u e s tra f e e s tá n re g i s tra d o s e n l a B i b l i a.’

En la s a lv a c ió n , el c ris tia n o re c ib e u n a c a p a c id a d m e n ta l re g e n e ra d a p a ra
c o m p re n d e r la v e rd ad e s p iritu a l. D e s p u é s d e la s a lv a c ió n , el c ris tia n o n e c e ­
sita re a ju s ta r su f o rm a d e p e n s a r a c o rd e c o n su m e n te re n o v a d a . P a ra e s o ,

M a i t n a l p i e i l o j i r J o \.\c\r i l m e r d i u s » u n ir
42 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

d e b e u sa r la B ib lia . M ie n tr a s la m e ta fin al e s te n e r u n c o n o c im ie n to p le n o d e

D io s y su v o lu n ta d ( E f . 1 :1 8 ; C o l. 1 :9 - 1 0 ) , el c re y e n te d e b e s ie m p re e s ta r e n

g u a rd ia p a ra e v ita r v o lv e r a lo s p a tro n e s d e p e n s a m ie n to s n e c io s q u e e s tá n

c o n tr a la Bib lia p o r lo s e f e c to s re ta rd a d o s d e l p e c a d o .

L a m e n t e ilu m in a d a

L a Bib lia d ic e q u e lo s c re y e n te s n e c e s ita n la a y u d a d e D io s p a ra e n te n d e r la

P a la b ra d e D io s .

Y n o s o t r o s n o he m o s r e c ib id o e l espíritu d e l m u n do , sin o e l Espíritu qu e


p r o v ie n e de D io s, p ar a q u e s e p am o s lo q u e D io s n o s ha c o n c e d id o , lo c u al
t am bién hab lam o s , n o c o n p alab r as en señ adas p o r sabidu r ía hu m an a, s in o
c o n las q u e en señ a e l Espíritu , ac o m o d an d o lo es p iritu al a lo espiritu al.
— i C o r i n t i o s 1 : 11- 13

A e s to , lo s te ó lo g o s lo lla m a n ilu m in ac ió n . P ara d e s c r ib ir p e n s a m ie n to s

e n te n e b r e c id o s q u e m á s ta rd e a lc a n z a r o n u n n u e v o e n te n d im ie n to , las p e r ­

s o n a s c o rr ie n te m e n te u san las e x p re s io n e s “ v in o s o b re m í” o “ se h iz o la lu z
d e n tro d e m í” . E s o lo h a c e el Esp íritu d e D io s e n lo s c re y e n te s m e d ia n te las

E s c r itu ra s .

U n a tre m e n d a o r a c ió n p a ra h a c e r c u a n d o e s tu d ia m o s las E s c ritu ra s e s:

“ A b r e m is o jo s , y m ira ré las m a ra v illa s d e tu le y ” ( Sa l. 1 1 9 :1 8 ) . A q u í se r e ­

c o n o c e la g ra n n e c e s id a d d e la lu z d e D io s e n las E s c ritu ra s . C o m o lo h ac e n

ta m b ié n v e rs íc u lo s ta le s c o m o : “ En s é ñ a m e , o h Je h o v á , el c a m in o d e tu s e s ­

ta tu to s , y lo g u a rd a ré h a s ta e l fin . D a m e e n te n d im ie n to , y g u a rd a ré tu ley , y

la c u m p liré d e to d o c o r a z ó n " (v v . 3 3 - 3 4 ; v e a ta m b ié n el v. 1 0 2 ) .

D io s q u ie re q u e lo s c ris tia n o s c o n o z c a n , e n tie n d a n y o b e d e z c a n . P ara e s o

les d a la ay u d a q u e n e c e s ita n m e d ia n te su Esp íritu Sa n to . L o s c re y e n te s , c o m o

a q u e llo s d o s a q u ie n e s h a b ló Je s ú s e n e l c a m in o a E m a ú s , re q u ie re n la a y u ­

d a d e D io s : “ E n to n c e s les a b r ió el e n te n d im ie n to , p a ra q u e c o m p re n d ie s e n

las E s c r itu ra s ” ( L e , 2 4 : 4 5 ) . El m in is te r io d e ilu m in a c ió n d e D io s p o r el q u e

d a lu z al s e n tid o d e las Es c ritu ra s e s c o n f irm a d o p o r el s a lm is ta (Sal. 1 1 9 :1 3 0 ) .

P a b lo y Ju a n ta m b ié n se re f ie re n a e s to e n el N u e v o T e s ta m e n to :

...alu m b r an d o lo s o jo s de v u estro en t en dim ien t o , p ar a q u e s e p áis c u ál es


la es p er an z a a qu e é l o s ha llam ado , y c u áles las riqu ez as d e la g lo r ia de su
heren c ia en lo s san t o s, y c u ál la su p erem in en t e g r an de z a d e su p o d e r p ar a
c o n n o s o t r o s lo s q u e c r e e m o s , seg ú n la o p e r ac ió n del p o d e r d e su fu e r z a...
— E f e s i o s 1 : 18 - 19

M a te r ia l p r o r a g in c p o r d e r B c h n s d e a u t o r
L a n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 43

P ero la u n c ió n q u e v o s o t r o s re c ibist eis d e é l p e r m an e c e en v o s o t r o s , y n o


ten éis n e c e s idad d e q u e n adie o s en se ñ e; a s í c o m o la u n c ió n m is m a o s e n ­
se ñ a t o d as las c o sas , y e s v erdadera, y n o es m en tira, seg ú n ella o s ha e n ­
s e ñ ado , p e r m an e c e d en él.
— i J u a n 1:27

L a v e rd ad s o b re la ilu m in a c ió n d e D io s e n las Es c ritu ra s a lo s c ris tia n o s

d e b e ría s e r u n in c e n tiv o p a ra el c re y e n te . N o o b s ta n te q u e n o e lim in a la


n e c e sid a d d e q u e h o m b re s d o ta d o s e n se ñ e n ( EL 4 : 1 1 - 1 2 ; 2 T i. 4 :2 ) o el e s tu ­

d io s e rio d e la Bib lia ( 2 T i. 2 :1 5 ) p ro m e te q u e n o es n e c e s a rio e s ta r e sc la v iz a d o


a u n d o g m a d e la ig le sia o d e ja rs e d e sv iar p o r f a ls o s m a e s tro s . L a d e p e n d e n c ia

f u n d a m e n ta l p a ra a p re n d e r las E s c ritu ra s n e c e s ita e s ta r p u e s ta e n el A u to r d e


las E s c ritu ra s , D io s m is m o .

L a m e n t e d e C r is t o

C u a n d o u n o p ie n sa c o m o D io s q u ie re q u e p ie n se , y a c tú a c o m o D io s q u ie re

q u e a c tú e , e n to n c e s re c ib irá las b e n d ic io n e s q u e D io s tie n e p a ra la o b e d ie n c ia


( A p . 1 :3 ) . Es p iritu a l m e n te , e l c r is tia n o s e rá e se h ijo o b e d ie n te , la n o v ia p u ra
y la o v e ja s a lu d a b le d el r e b a ñ o d e C r is to q u e v iv e e n la m a y o r in tim id a d c o n
D io s .

Es s o rp r e n d e n te c ó m o lo s e ru d ito s y lo s f iló s o f o s d u ra n te s ig lo s h a n r e c o ­
n o c id o la im p o rta n c ia d e la m e n te , p e ro c o n m u c h a f re c u e n c ia h an re c h a z a d o

al C r e a d o r d e la m e n te y al Sa lv a d o r d el a lm a . C h a rle s C o ls o n se re fie re a u n o
d e e s to s c a s o s c lá s ic o s :

E ra u n d í a f rí o y h ú m e d o d e 1 6 1 0 c u a n d o u n m a te m á ti c o f ra n cé s l l a m a d o

R e n é D e s ca rte s s e a b ri g ó c o n s u c a p a y s e a c e rc ó a la ch i m e n e a . D u ra n re s e ­

m an as h ab ía v e n id o lu ch an d o co n p re g u n ta s de duda y ra z ó n en la

b ú s q u e d a d e c i e rta s e g u ri d a d d e u n s i s te m a f i l o s ó f ico . M i e n tra s s e c a l e n ta b a

c e rc a d e la c h i m e n e a , s u i m a g i n a ci ó n c o m e n z ó a a g i ta rs e c o n la l u z d e la

ra z ó n , y re s o l v i ó d u d a r d e to d o lo q u e s e p o d í a d u d a r.

H o ra s m á s ta rd e e m e rg i ó h a b i e n d o d e ci d i d o q u e s o l o h a b ía u n a c o s a

d e la cu a l n o p o d í a d u d a r, y e s a co s a f u e q u e él d u d a b a . U n b u e n d í a d e t r a ­

b a j o . D e s ca rte s l l e g ó a la s i g u i e n te c o n cl u s i ó n : C o g it o , e r g o su m : “ P i e n s o ,
l u e g o e x i s t o ” . Y e n s e g u i d a s a l i ó e n b u s ca d e u n c o ñ a c .

Et a h o ra f a m o s o p o s tu l a d o d e D e s ca rte s c o n d u j o a to d a u n a n u e v a

p ro m e s a p a ra el p e n s a m i e n to f i l o s ó f i co : “ El h o m b re , n o D i o s , s e tra n s f o rm ó

e n el p u n to a l re d e d o r d e l cu a l g i ra to d o ; la ra z ó n h u m a n a l l e g ó a s e r el f u n ­

d a m e n to s o b re el cu a l s e l e v a n ta rí a u n a e s tru c tu ra d e c o n o c i m i e n to ; y la

d u d a l l e g ó a s e r el m á s a l to v a l o r i n te l e ctu a l .10

L a f o rm a s u p e rio r d e id o la tría s e ría , c o m o D e s c a r te s , re c h a z a r la m e n te

M at e rial p f ó t eijk Jla p o r íif ji e e h n í; d e au t o r


44 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

d e D io s e n las E s c ritu ra s y a d o ra r e n el a lta r d e u n o m is m o n u e s tro p e n s a ­

m ie n to in d e p e n d ie n te . L a m á s g ra n d e in tim id a d d e u n c re y e n te c o n e l Se ñ o r

o c u rrirá c u a n d o lo s p e n s a m ie n to s d e n u e s tro Se ñ o r re e m p la c e n lo s n u e s tro s

y la c o n d u c ta d e la p e rs o n a im ite la d e C r is to .

A d if e re n c ia d e D e s c a r te s , lo s c ris tia n o s d e b e ría n a le g r a rs e d e a b r a z a r la

s e g u ra y v e rd a d e ra m e n te d e D io s el P ad re ( R o . 1 1 :3 4 ) , D io s el H ijo (1 C o .

2 :1 6 ) y D io s el Es p íritu ( R o . 8 :2 7 ) . A d if e re n c ia d e P e d ro , q u e f u e te n ta d o

p o r Sa ta n á s p a ra q u e p u s ie ra la m ira e n las c o s a s d e l h o m b r e , lo s c re y e n te s

tie n e n q u e p o n e r la m ira e n las c o s a s d e D io s ( M r. 1 6 :2 3 ) . E s to n o tie n e

m u c h o q u e v e r c o n las d if e re n te s c a te g o r ía s o d is c ip lin a s d e p e n s a m ie n to , s in o

c o n la f o rm a en la q u e las c o s a s se v en d e sd e u n a p e rs p e c tiv a d iv in a.

L o s c ris tia n o s d e b e ría n a s o m b r a r s e d e la m e n te d e D io s c o m o o c u r r ió

c o n e l a p ó s to l P a b lo ( R o . 1 1 :3 3 - 3 6 ) :

¡ O h p r o fu n d id ad de las riqu ez as d e la sabidu r ía y de la c ien c ia d e D io s!


¡ C u án in s o n dable s s o n su s ju ic io s, e in esc ru tables su s c am in o s! P o r qu e
¿ qu ién en t en dió la m en t e d e l S e ñ o r i ¿ O qu ié n fu e su c o n se je ro ? ¿ O qu ién
le d io a é l p r im e r o , p ar a q u e le fu e s e r e c o m p e n s ad o ? P o r qu e de él, y p o r
él, y p ar a él, so n t o das las c o s as . A é l s e a la g lo r ia p o r lo s sig los. A m én .

L a v is ió n d e D io s e s la ú n ic a p e rs p e c tiv a v e rd a d e ra q u e c o n s e g u rid ad c o ­

rre s p o n d e a to d a re a lid a d . L a m e n te d e D io s f ija la m e d id a p o r la c u a l lo s c r e ­

y e n te s tie n e n q u e e sfo rz a rse au n q u e n u n c a se a l c a n z a r á p le n a m e n te .

P o n ié n d o lo d e o tr a m a n e ra , lo s p e n s a m ie n to s d e l h o m b r e n u n c a e x c e d e r á n ,

ig u a la rán o in c lu s o se a c e rc a rá n a lo s d e D io s . M á s d e d o s m il q u in ie n to s a ñ o s

a tr á s , el p ro f e ta Is a ía s d ijo lo s ig u ie n te (Is. 5 5 : 8 - 9 ) :

P o r q u e m is p e n s am ie n t o s n o s o n v u est ros p e n s am ie n t o s , n i v u est ro s


c am in o s m is c am in o s, d ijo Je h o v á. C o m o so n m ás alt o s ¡ o s c ie lo s qu e la
tierra, a s í s o n m is c am in o s m ás alt o s q u e v u est ros c am in o s, y m is p e n s a­
m ie n t o s m ás q u e v u est ros p en sam ien t o s.

El p a tró n s u p re m o p a ra m a n te n e r la m e n te d e C r is to es e l Se ñ o r Je s u ­

c r is to . P a b lo d ic e : “ M a s n o s o tr o s te n e m o s la m e n te d e C r is to ” (1 C o . 2 : 1 6 ) .

¿ C ó m o ? L a te n e m o s c o n la B ib lia , q u e e s la re v e la c ió n e s p e c ia l y su f ic ie n te

d e D io s ( 2 T i. 3 : 1 6 - 1 7 ; c p . 2 P. 1 :3 ) . En Filip e n se s 2 :5 P a b lo re c o m ie n d a :

“ H a y a , p u e s, en v o s o tro s e ste s e n tir q u e h u b o ta m b ié n e n C r is to Je s ú s . . . ”

E s p e c íf ic a m e n te , el a p ó s to l e stá h a b la n d o d e la d is p o s ic ió n m e n ta l d e C r is to

d e s ac r ific ar s e p a ra la g lo ria d e D io s ( 2 :7 ) y s o m e t e r s e a la v o lu n ta d d e D io s

( 2 : 8 ).

M a te rf a i p r o te g id a p o r o p r e s o r » nt? z rn to r
¡ m n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 45

¿ C ó m o se p u e d e te n e r la m e n te d e C r is to y p e n s a r c ris tia n a m e n te ? El e s ­
c r ito r p u rita n o Jo h n O w e n ( 1 6 1 6 - 1 6 8 3 d .C .) lo e x p r e s ó d e e sta m a n e ra :

P o d e m o s p ro b a rn o s p re g u n tá n d o n o s si n u e s tro s p e n s a m i e n to s e s p i ritu a l e s

s o n c o m o cu a n d o al g u ie n s e h o s p e d a e n u n h o te l o c o m o n i ñ o s q u e v iv e n

e n su c a s a . C u a n d o el cl i e n te l l e g a al h o te l h ay u n a a g i ta ci ó n y a l g ú n m o v i ­

m i e n to te m p o ra l , p e ro c u a n d o el cl i e n te s e v a , se le o l v i d a . El h o te l e s tá p re ­

p a ra d o p a ra lo s n u e v o s cl i e n te s q u e v e n d rá n . A s í o c u rre co n n u e s tro s

p e n s a m i e n to s re l ig i o s o s q u e s o n s o l o o ca s i o n a l e s . P e ro l o s n i ñ o s p e rte n e ce n

a su h o g a r. S e les e ch a d e m e n o s si n o l l e g an a c a s a . S i e m p re h ay u n p r o ­

g ra m a d e p re p a ra ci ó n p a ra su co m i d a y su c o m o d i d a d . L o s p e n s a m i e n to s

e s p i ritu a l e s q u e s e o ri g i n a n en u n a v e rd a d e ra m e n ta l i d a d e s p i ritu a l s o n

c o m o l o s h ij o s e n la c a s a : “ S i e m p re se les e s p e ra y s i e m p re se p re g u n ta p o r

e l l o s si n o a p a re c e n ” . 11

La v e r d a d , Sa t a n á s y l a me n t e c r ist ia n a

D io s e s v e rd ad ( É x . 3 4 ; 6 ; N ú m . 2 3 : 1 9 ; Sa l. 2 5 : 1 0 ; Is. 6 5 : 1 6 ; Jn . 1 4 :6 ; 1 7 :3 ;
T i t. 1 :2 ; H e . 6 : 1 8 ; 1 Jn . 5 :2 0 ) y c o m u n ic a s o lo la v e rd ad (Sa l. 3 1 : 5 ; 1 1 9 :4 3 ,

1 4 2 , 1 5 1 , 1 6 0 ; Pr. 3 0 : 5 ; Stg . 1 :1 8 ) . P o r lo ta n to , la P a la b ra d e D io s e s v e rd ad
( Jn . 1 7 :1 7 ) y lib e rta a lo s d is c íp u lo s d e C r is to d el p e c a d o y d e la ig n o r a n c ia
e s p iritu a l ( Jn . 8 :3 2 ) . E s to n o d e b e ría s o rp re n d e r a n a d ie y a q u e D io s e s p e r­
f e c to e n c o n o c im ie n to ( Jo b 3 6 :4 ) y to d o lo s a b e (1 Jn . 3 :2 0 ) . D io s d e fin e el
p a tró n d e l p e n s a m ie n to ra c io n a l,
¿ P e ro p o d ría u n h u m a n o te rre n al c o n o c e r la m e n te d e u n D io s c e le s tia l?
R o n a ld N a s h re s p o n d e e n f o rm a e lo c u e n te e sta im p o r ta n te p re g u n ta :

N o h ay n a d a e n la n a tu ra l e z a d e la tra s ce n d e n c i a d i v i n a q u e i m p i d a la p o s i­

b il id ad d e q u e c o n o z c a m o s la m e n te d e D i o s . N o h ay n a d a i rra ci o n a l o

i l ó g i c o s o b re e ! co n te n i d o d e la re v e l a ci ó n d i v i n a. El D i o s c ri s ti a n o n o e s el

“ d i o s n o c o n o c i d o ” d e la a n ti g u a A te n a s o d e la m o d e rn a M a rh u rg . Él es

u n D i o s q u e c re ó a l o s h o m b re s y a l as m u j e re s c o m o c ri a tu ra s c a p a c e s d e

c o n o c e r su m e n te y v o l u n ta d y q u e h a h e ch o la i n f o rm a c i ó n s o b re su m e n ­

te y v o l u n ta d d i s p o n i b l e e n v e rd a d e s re v e l a d a s . 12

L a m e n te c ris tia n a d e b e ría se r u n d e p ó s ito d e la v e rd ad re v e la d a d e D io s .

N o d e b e ría te n e r m ie d o , ni te m b la r, ni d u d ar, ni c o m p ro m e te rs e ni in d in a rs e
a n te las id e as o p o s ito r a s o a rg u m e n to s a p a re n te m e n te s u p e rio re s ( 2 T i. 1 :7 ) .
L a v e rd ad n o se o rig in a e n lo s h u m a n o s , s in o en D io s . P o r lo ta n to , lo s c ris ­
tia n o s d e b e ría n se r lo s c a m p e o n e s d e la v e rd ad e n u n m u n d o lle n o d e m e n ti­
ras q u e e n g a ñ o s a m e n te h an d is f ra z a d o y d e c la ra d o f alse d a d e s c o m o si f u e ra n
la v e rd ad .
Fu e D io s e l q u e in v itó a Is ra e l, d ic ié n d o le : “ V e n id lu e g o , d ic e Je h o v á , y

Marera! pinteutinpoi derechas furor


46 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

e s te m o s a c u e n t a . . . " , (Is. 1 :1 8 ) . El a s u n to b a jo c o n s id e r a c ió n e ra el a rre p e n ­

tim ie n to d el p e c a d o y la s a lv a c ió n ( w . 1 6 - 2 0 ) . Es a m is m a in v ita c ió n se e x ­
te n d ió a c a d a p e rs o n a v iv a. P e ro n o se rá sin o b s tá c u lo s p u e sto s p o r Sa ta n á s .
Es b u e n o s e r p re v e n id o . M ie n tr a s q u e u n c o m p r o m is o a p e n s a r c r is tia ­

n a m e n te h o n r a a C r is to , n o se lo g ra sin o p o s ic ió n . Sa ta n á s h a rá q u e a lg u n o s
c ris tia n o s p ie n se n c o n tr a r io a la P a la b ra d e D io s y lu e g o ac rú e n e n d e s o b e ­
d ie n c ia a la v o lu n ta d d e D i o s .1*

R e c u e rd e q u e a n te s d e q u e la p e rs o n a lle g ara a s e r c r is tia n a , su m e n te e s ­


ta b a e n c e g u e c id a p o r Sa ta n á s : “ e n lo s c u a le s el d io s d e e s te s ig lo c e g ó el e n te n ­

d im ie n to d e lo s in c r é d u lo s , p a ra q u e n o les re sp la n d e z c a ia lu z d e l e v a n g e lio

d e la g lo r ia d e C r is to , el c u a l e s la im ag e n d e D i o s " ( 2 C o . 4 : 4 ) .
A u n d e sp u é s d e la s a lv a c ió n , S a ta n á s c o n tin ú a su a g ita c ió n in te le c tu a l.
A P a b lo le p r e o c u p a b a s o b re m a n e ra la s itu a c ió n e n la ig le s ia d e C o r in to , p o r
e s o les e s c r ib ió : “ P e ro te m o q u e c o m o la s e rp ie n te c o n su a s tu c ia e n g a ñ ó a
Ev a , v u e s tr o s s e n tid o s s e an d e a lg u n a m a n e ra e x tr a v ia d o s d e la s in c e ra f id e ­

lid ad a C r i s to ” ( 2 C o . 1 1 :3 ) . Ev a h a b ía p e rm itid o q u e Sa ta n á s p e n s ara p o r


e lla ; lu e g o e lla m ism a p e n s ó e n f o rm a in d e p e n d ie n te d e D io s . C u a n d o las c o n ­
c lu s io n e s a las q u e lle g ó re s u lta ro n d if e re n te s a las d e D io s , d e c id ió a c tu a r
se g ú n su s p r o p ia s c o n c lu s io n e s y n o se g ú n lo o rd e n a d o p o r D io s , lo c u a l es
p e c a d o ( G n . 3 :1 - 7 ) .

Sa ta n á s d irig e su s d a rd o s d e f u e g o ( E f . 6 :1 6 ) a la m e n te d e lo s c re y e n te s

( 2 C o . 1 1 :3 ) h a c ie n d o d e su p e n s a m ie n to el c a m p o d e b a ta lla p a ra c o n q u is ­
ta r lo s e s p iriru a lm e n re . L o s re la to s q u e e n c o n tr a m o s e n las Es c ritu ra s s o n
a b u n d a n te s s o b re lo s q u e s u c u m b ie r o n , c o m o Ev a ( G n . 3 ) y P e d ro ( M t. 1 6 ) .
O tr o s , c o m o Jo b { Jo b 1 - 2 ) y C r is to ( M t. 4 ) s a lie ro n v ic to rio s o s d e la re f rie g a .
C u a n d o e l c r is tia n o c a e , lo m á s p r o b a b le e s q u e se d e b a a q u e se le o lv id ó
u sa r el c a s c o d e la s a lv a c ió n o a b la n d ir la e s p a d a d e la v e rd ad ( E f . 6 : 1 7 ) .

A l a d v e rtir a lo s c re y e n te s q u e e n la v id a, la b a ta lla c o n tr a Sa ta n á s n u n ­
c a te r m in a , P a b lo e n d o s o c a s io n e s h a b la d e a s e c h a n z a s o m a q u in a c io n e s d el

d ia b lo . Se u san d o s p a la b ra s g rie g a s d if e r e n te s ,14 y a m b a s se r e la c io n a n c o n


la m e n te :

V estios de t o d a ¡a ar m adu r a d e D io s, p ar a q u e p o d áis est ar fir m es c o n t ra


!as as e c han z as d e l diablo .
— Ef e s i o s 6:1 i

...p ar a q u e Satan ás n o g an e v en taja alg u n a s o b r e n o s o t r o s ; p u es n o ig n o ­


ram o s su s m aqu in ac io n es.
— i Co r in t io s z :i i

C o m o n ad ie e s in m u n e a su s a ta q u e s , d e b e m o s a te n d e r a la d e c id id a r e c o ­

M a la n n i p r n ta g in c p o r d e r e c h o s d e a u t o r
L a n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 47

m e n d a c ió n d e P e d ro ; “ P o r ta n to , c e ñ id lo s lo m o s d e v u e s tro e n te n d im ie n to ,

se d s o b rio s , y e s p e ra d p o r c o m p le to e n la g ra c ia q u e se o s tr a e rá c u a n d o Je s u ­

c r is to se a m a n if e s ta d o ” (1 P. 1 :1 3 ; c p . 3 :1 5 ) .

H a s ta a q u í, el a n á lis is s e h a c e n tr a d o e n u n a p o s tu ra m ilita r p re v e n tiv a

o d e fe n s iv a re s p e c to d e la m e n te d e b id o a q u e la m a y o r p a rte d e las Esc ritu ra s

tr a ta c o n la p ro te c c ió n p e rs o n a l. Sin e m b a rg o , e n 2 C o r in tio s 1 0 :4 - 5 P a b lo

ta m b ié n se re fie re a u n a o f e n s iv a in te le c tu a l p o r p a rte n u e s tra .

...p o r q u e las arm as de n u estra m ilic ia n o s o n c ar n ales, sin o p o d e r o s as en

D io s p ara des t ru c c ió n d e fo r t ale z as , d e r r ib an d o arg u m en t o s y t o da altiv ez


q u e s e lev an ta c o n t ra e l c o n o c im ie n t o d e D ios, y It eran do c au t iv o t o d o p e n ­

sam ie n t o a ¡a o b e d ie n c ia a C risto.

Es ta s “ a r m a s ” (v . 4 ) so n la P a la b ra d e D io s e s g rim id a p o r la m e n te d e un

c r is tia n o en el c a m p o d o n d e se lib ra la b a ta lla p o r la v is ió n d e l m u n d o . En el

c o n te x to d e u n a b a ta lla e n tre la m e n te y las id e a s , las “ f o r ta le z a s ” (v, 4 ) q u e

c o n s titu y e n e l o b je tiv o s o n “ a r g u m e n to s ” (v , 5 ) y “ to d a a ltiv e z ” (v . 5 ) q u e

“ se le v a n ta c o n tr a el c o n o c im ie n to d e D io s ” (v . 5 ) . En o tr a s p a la b ra s ,

c u a lq u ie r f ilo s o f ía , v is ió n d e l m u n d o , a p o lo g é tic a u o tr a c la s e d e e n s e ñ a n z a

q u e s o c a v e , m in im ic e , c o n tra d ig a o tr a te d e e lim in a r la v is ió n c ris tia n a d el

m u n d o o alg u n a p a rte d e e lla d e b e se r e n f re n ta d a c o n u n p lan d e b a ta lla a g r e ­

s iv o . L a in te n c ió n fin al d e D io s e s la d e s tru c c ió n ( “ d e s tr u c c ió n " se u sa d o s

v e c e s e n lo s v v . 4 - 5 ) d e lo q u e n o c o rr e s p o n d e a la e n s e ñ an z a c la ra d e las

E s c r itu ra s a c e r c a d e D io s y d e su m u n d o c re a d o .

En e l c o n te x to d e 2 C o r in tio s , P a b lo te n ía e n v ista c u a lq u ie r e n s e ñ an z a

o a s u n to q u e n o c o rr e s p o n d ie ra a su in s tru c c ió n a p o s tó lic a q u e se h u b ie ra in ­

f iltra d o d e n tro d e la ig le s ia , se a q u e e l re s p o n s a b le fu e ra u n in c ré d u lo o u n

c re y e n te , q u e la id e a o id e a s v in ie ran d e e ru d ito s o d e ile tr a d o s , q u e la e n ­

s e ñ a n z a f u e ra b ie n a c o g id a o n o , c u a lq u ie r p e n s a m ie n to u o p in ió n q u e n o f u e ­

ra p a r a el c o n o c im ie n to d e D io s o se e s tim a ra c o n t r ar ia a l c o n o c im ie n to d e

D io s . P o r lo ta n to , te n ía n q u e se r d e c la ra d a s b la n c o d e g u e rra p a ra u n c o m ­

b a te in te le c tu a l y su e lim in a c ió n . T o d a s las a c tiv id a d e s in te le c tu a le s (p . e j. lo

q u e se le e , lo q u e se e s c u c h a p o r la ra d io , lo q u e se v e e n la te le v is ió n o e n el

c in e , e s tu d io s a c a d é m ic o s f o rm a le s , c o n v e rs a c io n e s in tra s c e n d e n te s ) sie m p re

d e b e n h a c e rs e u s a n d o c o m o f iltro e l le n te d e la v is ió n c ris tia n a d el m u n d o

p a ra d e te rm in a r si c o m p a g in a n c o n la v e rd a d d e las Es c ritu ra s o si s o n e n e ­

m ig o s c o n lo s c u a le s h ay q u e a n d a rs e c o n c u id a d o .

M aN íilaJ ptornüii.W ñor ce n ad in s rte ;i,.v ir


48 F I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

U so D E LA M E N T E C R IS T IA N A

El Sa lm o 1 1 9 p ro v e e in d ic a c io n e s d e ta lla d a s s o b re u n a n u e v a re la c ió n c r is ­

tia n a c o n la B ib lia , la q u e c o n tie n e la m e n te d e C r is to . P rim e ro , se d e s a r r o ­


lla rá u n g ra n a m o r p o r y u n tr e m e n d o d e le ite e n las E s c r itu ra s (v v . 4 7 - 4 8 ) . 15

Se g u n d o , u n c re y e n te e n C r is to te n d rá u n f u e rte d e s e o d e c o n o c e r la P a la b ra

d e D io s c o m o la m e jo r f o rm a d e c o n o c e r a D io s (v v . 1 6 , 9 3 , 1 7 6 ) . 16 T e r c e r o ,

c u a n d o u n o c o n o c e a D io s , e s o lo lle v a a o b e d e c e rlo ( w . 4 4 - 4 5 ) . 17

M e d it a c ió n

P ara la m a y o ría d e las p e rs o n a s , n o e s su f ic ie n te o ír a lg o s o lo u n a v e z .

A n a liz a r a lg o p ro f u n d o n o d e ja s u f ic ie n te tie m p o p a ra c a p ta r y e n te n d e r p le ­
n a m e n te su s ig n if ic a d o . E s to p ru e b a s e r v e rd a d en re la c ió n c o n la m e n te d e

D io s en las E s c ritu ra s . El Sa lm o 1 1 9 d a fe d e la im p o r ta n c ia y b e n d ic ió n d e
d e d ic a r tie m p o a la P a la b ra d e D io s .

A v e c e s , la id e a d e m e d ita r n o se e n tie n d e m u y b ie n . L a m e d ita c ió n c o m ­

p re n d e u n p e n s a r y u n a e v a lu a c ió n p ro lo n g a d o s . L a id e a q u e m u c h o s tie n e n
a c e r c a d e la m e d ita c ió n e s “ ru m ia r ” u n p e n s a m ie n to , r e la c io n á n d o lo c o n el

p r o c e s o d e las v a c a s c u y o siste m a d ig e s tiv o c o m p u e s to d e c u a tr o p a rte s lo in ­


d u c e a e sta p r á c tic a .

L a m e jo r im ag e n , sin e m b a rg o , la p o d e m o s re c o g e r d e u n a c a f e te r a . El

ag u a c irc u la p o r u n p e q u e ñ o ru b o a tr a v é s d e l c a f é m o lid o h a s ta q u e d e sp u é s

d e v a rio s c ic lo s , el s a b o r d e c a f é se tra n s f ie re al a g u a , p ro d u c ié n d o s e a s í el
líq u id o c o n o c id o c o m o c a f é . D e la m ism a m a n e ra , el c ris tia n o n e c e s ita h a c e r

p a s a r su s p e n s a m ie n to s a tra v é s d e la P a la b ra d e D io s h as ta q u e c o m ie n c e a

p e n s a r c o m o D io s y e n to n c e s , a c tu a r c o m o D io s .
L as E s c ritu ra s m a n d a n q u e lo s c re y e n te s m e d ite n e n tre s á re a s :
1. D io s . S a lm o 2 7 : 4 ; 6 3 : 6 .
2 . L a P a la b ra d e D io s . Jo s u é 1 :8 ; Sa lm o 1 :2 .
3 . L a s o b r a s d e D io s . Sa lm o 1 4 3 :5 ; 1 4 5 :5 .
L o s c ie n to s e te n ta y se is v e rs o s d el Sa lm o 1 1 9 e n s a lz a n la v irtu d d e c o n o ­
c e r y v iv ir la m e n te d e D io s . L a m e d ita c ió n se m e n c io n a p o r lo m e n o s sie te
v e c e s c o m o el h á b ito d e a lg u ie n q u e a m a a D io s y d e se a m a n te n e r u n a

re la c ió n c e r c a n a c o n Él: “ ¡ O h , c u á n to a m o y o tu le y ! T o d o el d ía e s e lla m i
m e d ita c ió n ... Se a n tic ip a r o n m is o jo s a las v ig ilias d e la n o c h e , p a ra m e d ita r

e n tu s m a n d a to s ” ( w . 9 7 , 1 4 8 ; v e a ta m b ié n lo s v v . 1 5 , 2 3 , 2 7 , 4 8 , 7 8 , 9 9 ) .

M e d ita r en la P a la b ra d e D io s a le ja lo s v ie jo s p e n s a m ie n to s q u e n o s o n
d e D io s p o rq u e la m e d ita c ió n p o n e y re f u e rz a n u e v o s p e n s a m ie n to s d e las

Es c ritu ra s . T a m b ié n p o n e u n e s c u d o p r o te c to r a lre d e d o r d e la m e n te p a ra b lo ­
q u e a r y re c h a z a r p e n s a m ie n to s q u e q u ie re n e n tr a r y q u e c o n tra d ic e n a D io s ,

M a g n a i p r n ta g in c p o r d e r e c h o s d e a u t o r
L a n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar 49

Este e s el p r o c e s o d e las E s c ritu ra s d e re n o v a r la m e n te . U n a p a rte d e la c a í­


d a d e Ev a se p u e d e a tr ib u ir a su in c a p a c id a d d e m e d ita r a d e c u a d a m e n te e n
la c la ra y s u f ic ie n te P a la b ra d e D io s ( G n . 2 : 1 6 - 1 7 ) .

P ie n s e e n e s t as c o s a s

A lg u ie n h a s u g e rid o q u e la m e n te e s la raíz p rin c ip a l d e l a lm a . Sí e s o e s a s í,

e s n e c e s a rio a lim e n ta r y n u trir c u id a d o s a m e n te el a lm a a tra v é s d e p r o ­


f u n d iz ar la raíz p rin c ip a l e n la m e n te d e D io s q u e se h alla en las E s c r itu ra s .
U n a p re g u n ta ló g ic a e s: “ ¿ C u ál es el a lim e n to re c o m e n d a d o p a ra el a l m a ? ”

El m e n ú s u g e rid o p o r P a b lo p a ra el a lm a in c lu y e lo s p e n s a m ie n to s d e 1) “ v e r­

d a d ” , 2 ) “ h o n o r a b ilid a d ” , 3 ) “ ju s tic ia ” , 4 ) “ p u r e z a " , 5 ) “ a m o r ” , 6 ) “ e lo g io ” ,


7 ) e x c e le n c ia y 8) m é rito s ( Fil, 4 :8 ) . A l m e d ita r e n la P a la b ra d e D io s y p e n ­

s a r en e s ta s c o s a s , lo s c r is ria n o s e v ita rá n p rensar e n las “ c o s a s te r r e n a le s ” ( Fil.

3 :1 9 ) y lo s lib ra rá d e te n e r d o b le á n im o ( Stg . 1 :6 - 8 ) .

Ba l a n c e e n t r e r e v e l a c ió n y r a z ó n

¿ So n la re v e la c ió n d iv in a y la raz ó n h u m an a c o m o el a c e ite y el a g u a, q u e n u n ­

c a se m e z c lan ? A v e c e s lo s c r is tia n o s h an a lc a n z a d o d o s e x tr e m o s e rró n e o s

al tr a ta r c o n la re v e la c ió n d iv in a y la ra z ó n h u m a n a . P rim e ro , h ay u n an t i

in t e le c t u alis m o , q u e b á s ic a m e n te c o n c lu y e q u e si u n a s u n to d e te rm in a d o n o
a p a r e c e m e n c io n a d o e n la Bib lia n o e s d ig n o d e u n p e n s a m ie n to o e s tu d io
s e rio . O , s o lo lo q u e la Bib lia e n se ñ a s o b re u n a s u n to d a d o d e b e ría e x a ­

m in a rse . Esta p o s tu ra e n c o n tr a d e la Bib lia s o b re a p re n d e r y p e n s ar c o n d u c e


a u n a n e g a c ió n c u ltu ra l e in te le c tu a l. En el e x tr e m o o p u e s to e s tá el h i p e r in t e -
le c t u a lis m o , q u e c o n s id e r a la re v e la c ió n n a tu ra l al m ism o o a u n m á s a lto

n iv e l d e v a lo r y c re d ib ilid a d q u e la re v e la c ió n e s p e c ia l d e D io s e n las

Es c ritu ra s . C u a n d o lo s d o s e s tá n en c o n f lic to , la re v e la c ió n n a tu ra l e s la fu e n te
p re f e rid a d e v e rd a d . Es ta p o s tu ra e n c o n tr a d e la Bib lia tr a c c o m o re s u lta d o

u n a n e g a c ió n a las E s c r itu r a s .18


Este p ro b le m a n o se re su e lv e c o n u n a u o tra p o s tu ra , s in o c o n u n p r o ­

c e s o d e a m b a s . El b a la n c e a d e c u a d o se p ro d u c e c u a n d o se c o m ie n z a c o n las
Es c ritu ra s , la c u a l e s in e r r a n te .19 C u a n d o la Bib lia h a b la d e a lg o e s p e c íf ic o ,

su v e rd ad e s su p e rio r. C u a n d o n o h a b la d e a lg o e s p e c íf ic o , h ay to d o u n m u n ­
d o c re a d o p o r D io s p a ra e x p lo r a r e n b u s c a d e c o n o c im ie n to , p e ro c o n la

salv e d ad q u e la c a p a c id a d d el h o m b re n o le p e rm ite lle g ar a c o n c lu s io n e s in f a ­

lib le s , c o m o o c u r r e c o n la P a la b ra d e D io s . E s to e s e s p e c ia lm e n te v e rd ad en
el c a s o d e p e n s a d o re s q u e re c h a z a n c o n tin u a m e n te su n e c e sid a d d e la s a l­
v a c ió n en C ris to . E s to n o s ig n ific a n e c e s a ria m e n te q u e su s a c to s se an e q u i­

v o cad o s o in c lu s o q u e su s id e a s b á s ic a s e s té n e q u iv o c a d a s , P e ro s í es

M aN íilaJ p m ri;ü».W ñor ce n ad in s rte iu n 'ir


so P I EN S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

in d u d a b le q u e su v is ió n d e l m u n d o n o e s tá d e a c u e rd o c o n la p e rs p e c tiv a d e

D io s .

U n re c ie n te e je m p lo d e h ip e r in te le c tu a lis m o a p a r e c e e n el lib ro T h e

S c an d al o f t h e E v an g é lic ai m in d , d o n d e el a u to r d ic e : “ P o r ‘ la m e n te ’ o ‘ la

v id a d e la m e n te ’ , n o e s ro y p e n s a n d o b á s ic a m e n te en te o lo g ía c o m o ta l” . 20 Y

lu e g o d ic e : “ P o r u n a ‘ v id a d e la m e n te ’ c ris tia n a m e re f ie ro m á s a l e s f u e rz o

d e p e n s a r c o m o c r is tia n o , p e n s a r d e n tro d e u n m a r c o e s p e c íf ic a m e n te c r is ­

tia n o , a tra v é s d e to d o e l e s p e c tro d e l a p re n d iz a je m o d e r n o ” .21 L o s c o m e n ­

ta r io s d e l a u to r d an o rig e n a u n a p re g u n ta m á s im p o rta n te : ¿ C ó m o p o d ría

u n a p e rs o n a p e n s ar c r is tia n a m e n te sin p e n s a r te o ló g ic a m e n te y c ó m o se p o ­

d ría p e n s a r te o ló g ic a m e n te sin p e n s a r b íb lic a m e n te ? N o e s d e s o rp re n d e rs e

q u e el e s c r ito r c o n f ie s e q u e a v e c e s h a p e n s a d o q u e e s im p o s ib le ser, c o n in te ­

g rid a d , c r is tia n o e in te le c tu a l al m is m o tie m p o .22 En e s ta o p in ió n d el e s c r ito r,

se ilu s tra u n h ip e r in te le c tu a lis m o q u e n o e s tá b a la n c e a d o , p o rq u e se d a d e ­

m a s ia d a a te n c ió n a la m e n te c a íd a d e l h o m b r e y m u y p o c a a te n c ió n a la m e n ­

te p e rf e c ta d e D io s y su re v e la c ió n in f a lib le e n las E s c ritu ra s .

U n a p o s tu ra m á s re c o m e n d a b le e s la d e J. G re s h a m M a c h e n , u n a d e las

m e n te s m á s n o ta b le s d e l c r is tia n is m o c o n s e r v a d o r e n su d ía ( 1 8 8 1 - 1 9 3 7 ) :

“ C a d a c ris tia n o d e b e p e n s ar en D io s ; c a d a c ris tia n o d e b e ser, e n alg ú n g r a ­

d o , u n te ó lo g o ” .22 C u a lq u ie ra q u e se a el s u je to , se d e b e c o m e n z a r c o n la p e rs ­

p e c tiv a d e D io s d e las E s c ritu ra s , e n lu g a r d e c o n la o p in ió n d e l h o m b re d e

o b s e r v a c ió n , in v e s tig a c ió n y ló g ic a . H a rr y Bla m ire s lo d ic e en la sig u ie n te f o r ­

m a re s u m id a : “ P e n s a r c r is tia n a m e n te e s p e n s a r e n té rm in o s d e r e v e la c ió n ” .24

D e c la ra rs e p e n s a d o r c r is tia n o y lu e g o re le g a r la m e n te d e C r is to e n las

E s c ritu ra s a u n lu g a r d e ig u al o in f e rio r v a lo r q u e e l p e n s a m ie n to d e l h o m b re

e s u n a c la r a c o n tr a d ic c ió n .

A rth u r E H o lm e s , e x p re s id e n te d e l D e p a r ta m e n to d e Filo s o f ía e n u n a

b ie n c o n o c id a u n iv e rsid a d c r is tia n a a f irm a c o n p le n a c o n v ic c ió n la c e n -

tra lid a d d e D io s y su re v e la c ió n e s p e c ia l a u n a v is ió n c r is tia n a d e l m u n d o :

L a p re g u n ta d e te rm i n a n te p a ra la re c u p e ra c i ó n d e la v e rd a d , sin e m b a rg o ,

e s c ó m o s e p u e d e i n te g ra r e n la e d u c a c i ó n u n a v is ió n c ri s ti a n a d e l m u n d o .

M i p u n to n o e s q u e d e b a s e r e x c l u i d o n a d a , s in o q u e e n la p rá c ti c a , cu a n d o

p e n s a m o s c ri s ti a n a m e n te , n o e s p o s i b l e d e j arl a f u e ra . N u e s tra v i s i ó n d el

m u n d o s e m u e s tra e n la f o rm a e n l a q u e d a m o s f o rm a y re l a c i o n a m o s n u e s ­

tra s id e as y v e m o s l as c o s a s e n re l a ci ó n c o n D i o s .25

En f o r m a in e q u ív o c a , d e sd e la p e rs p e c tiv a d e y c o n u n a v is ió n c ris tia n a

d e l m u n d o , lo s c re y e n te s d e b e n a ju s ta r su p ro p ia m e n te y la m e n te d e lo s

M a te rf a i p r o te g id a p o r A p r o c h e s d e z ru in r
L a n e c e s id ad d e c u lt iv ar u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar SI

d e m á s a lo m e jo r d e su c a p a c id a d y o p o rtu n id a d . Sin e m b a rg o , e s n e c e s a rio


h a c e r v a ria s s a b ia s a d v e rte n c ia s .

1 . L l e g a r a s e r u n e ru d i to y tra ta r d e c a m b i a r la f o rm a e n q u e la g e n e ­

ra c i ó n d e u n o p i e n s a g e n e ra l m e n te e s s e cu n d a ri o a l l e g ar a s e r c ri s ti a n o y

c a m b i a r la f o rm a e n la q u e u n o p e rs o n a l m e n te p ie n s a d e C ri s to .

2 . L a e d u c a c i ó n f o rm a l e n un ra n g o d e d i s ci p l i n a s e s u n a p ri o ri d a d

n e ce s a ri a p e ro s e cu n d a ri a c o m p a ra d a c o n la e d u ca ci ó n d el e v a n g e l i o ; e s

d e c i r, o b e d e ce r la G ra n C o m i s i ó n ( M t. 2 8 : 1 8 - 2 0 ) y l l e v ar el e v an g e l i o h a s ­

ta l o ú l ti m o d e la ti e rra , a c a d a c ri a tu ra .

3 . L a re v e l a ci ó n g e n e ral a p u n ta a u n p o d e r s u p e ri o r, m i e n tra s q u e la

re v e l a ci ó n e s p e ci al p re s e n ta a e s te p o d e r s u p e ri o r p e rs o n a l m e n te c o m o el

D io s tri n o d e l as E s c ri tu ra s q u e c re ó el m u n d o y to d o l o q u e e n él h ay (v e a

l s . 4 0 - 4 8 d o n d e Jc h o v á re cu e rd a a Is rae l e s ta v e rd ad tra s ce n d e n ta l ) y p ro v e e

e ! ú n ico re d e n to r e n el S e ñ o r Je s u cri s to .

4 . S a b e r a c e rc a d e la v e rd a d n o e s ta n i m p o rta n te c o m o e s ta r p e rs o ­

n a l m e n te e n co m u n i ó n co n la V e rd a d , C ri s to Je s ú s (Jn . 1 4 : 6 ) , q u ie n e s la

ú n i ca f u e n te d e v id a e te rn a .

5 . L a re s p o n s a b i l i d a d s u p re m a e n la v id a n o s e rá c u á n to c o n o c e u n o lo s

h e c h o s , s i n o c u á n b ie n o b e d e ce l o s m a n d a m i e n to s d e D io s ( E c . 1 2 : 1 3 - 1 4 ) .

6 . L a ig l e sia d e l N u e v o T e s ta m e n to n o tu v o u n m a n d a to a ni i n te l e c-

tu a l i z ó su m u n d o ; e n l u g ar d e e s o , lo e v a n g e l i z ó p ro c l a m a n d o la g ra c i a s al ­

v a d o ra d e C ri s to Je s ú s al m ás am p l io e s p e c tro de l o s m i e m b ro s d e la

s o ci e d a d , d e s d e l o s l íd e re s p o l í ti co s cl a v e c o m o el re y A g rip a ( H c h , 2 5 : 2 3 ­

2 6 : 3 2 ) a lo s m á s b a j o s e s cl a v o s p re s o s c o m o O n é s i m o (F l m . 1 0 ).

7 . M o ra l i z a r, p o l i ti z a r o i n te l e ctu a l iz a r la s o cie d a d sin p ri m e ro v e r u n a

co n v e rs i ó n e s p i ri tu a l e s g a ra n ti z a r s o l o u n ca m b i o p e q u e ñ o y g e n e ra l m e n te

i n co n s i s te n te q u e e s s u p e rf i ci al , q u e n o tie n e p ro f u n d i d a d , q u e es te m p o ra l ,

q u e n o p e rm a n e ce y e n ú l tim a i n s tan ci a e s co n d e n a to ri o e n l u g ar d e s a l v a d o r.

¿ C u á l e s e n to n c e s la c la v e p ara a d o p ta r u n p u n to d e v is ta c ris tia n o d el


m u n d o y c u ltiv a r u n a m e n ta lid ad b íb lic a ? H o lm e s d a e ste c o n s e jo s a b io y
c o n te m p o rá n e o :

Y a q u e C ri s to la V e rd a d e s el f o co u n i f i ca d o r d e la v is ió n b íb l ica d el m u n ­

d o , p e n s a r “ c ri s ti a n a m e n te ” e s p e n s ar e n té rm i n o s d e “ to d o el m u n d o ” .

E s to q u ie re d e ci r q u e p o n e m o s c a d a c a m p o d e i n f o rm a c i ó n d e n tro d e u n a

c o m p re n s i ó n cri s ti a n a d e la v id a c o m o u n to d o , y q u e i n te rp re ta m o s l o q u e

s a b e m o s e n e s e c o n te x to a m p l i o . El in g re d i e n te cl a v e d e tal v is ió n d el m u n d o

i n cl u i rá l as co n c e p c i o n e s b í b l icas d e la n a tu ra l e z a , el h o m b re y la h i s to ri a

e n re l a ci ó n co n el D i o s q u e c o n o c e m o s e n C ri s to . P e n s a r “ c ri s ti a n a m e n te "

e s tra e r e s to s c o n c e p to s d e n tro d e n u e s tro s p e n s a m i e n to s s o b re to d o lo

d e m ás,

MiUíirial ptolfígicJijpni rterBchrosdeanuir


52 P I EN S E C O N F O R M E A EA B I B L I A

V a m o s a re p e tir q u e e s to e s ta n to u n a c e r c a m ie n to c o m o u n a f o rm a d e

c u ltiv a r u n a m e n te b íb lic a , n o u n a re sp u e sta u o tr a . Sin e m b a rg o , el e s tu d io

d e la re v e la c ió n e s p e c ia l e s la p rim e ra p rio rid a d se g u id a en s e g u n d o lu g a r p o r

e l a p re n d iz a je d e la re v e la c ió n n a tu r a l. S a lo m ó n , el h o m b r e m á s s a h io q u e

h a y a e x is tid o ja m á s (1 R . 3 : 1 2 ; 4 : 2 9 - 3 4 ) , e s c r ib ió e l m is m o c o n s e jo c a s i tre s

m il a ñ o s a n te s . T e n e m o s a q u í la a b r m a c ió n m á s a u to rita tiv a s o b re el te m a d e

la m e n te y el c o n o c im ie n to , to d a v e z q u e e s Es c ritu ra .

El p rin c ip io d e la sabidu ría es e l t e m o r d e } e h o v á.


— Pr o v er bi o s 1:7

El t e m ar de Je h o v á es e l p rin c ip io d e ¡a s abidu r ía , y e l c o n o c im ie n t o de l
San tísim o es la in telig en c ia.
— P r o v e r b i o s 9 : 10 ; c p . 1 C o r i n t i o s 1 : 2 0 - 2 1

El A lfa y la O m e g a d e la v isió n c ris tia n a d e l m u n d o e s u n c o n o c i m i e n t o

d e D io s ( 2 C o . 2 : 1 4 ; 4 : 6 ; Ef. 1 :1 7 ; C o l. 1 :1 0 ; 2 P. 1 :2 - 3 , 8 ; 3 :1 8 ) y u n c o n o ­

c im ie n t o d e la v e r d a d ( I T i. 2 : 4 ; 2 T Í. 2 : 2 5 ; T ir. 1 :1 ) . So b re to d o e s to , e n el

c e n tr o d e la v isió n c ris tia n a d e l m u n d o e stá el Se ñ o r Je s u c r is to , “ e n q u ie n

e s tá n e s c o n d id o s to d o s lo s te s o ro s d e la s a b id u ría y d e l c o n o c im ie n to ” ( C o l.

2 : 3 ) . N a d a se p o d rá e n te n d e r c o m p le ta m e n te si n o se e n tie n d e p rim e ro a

D io s .

LA MENTE CRISTIA NA : ¿MALGASTADA O INVERTIDA ?

Es ta s h e rm o s a s p a la b ra s d e la p lu m a d e K a te B. W ilk in s o n ( 1 8 5 9 - 1 9 2 8 ) d e ­

b e ría n e s ta r re f le ja d a s e n la o r a c ió n d iaria d e c a d a c ris tia n o en c u a n to al u so

d e su m e n te .

Q u e la m en t e d e C risto m i S alv ado r


V iv a en m í de día en día,
P o r su am o r y p o d e r c o n t r o lan do
T o d o lo q u e b ag o y d ig o P

O ra n d o y v iv ie n d o d e e sta m a n e ra , la m e n te d el c ris tia n o n u n c a se rá m a l­

g a s ta d a , s in o q u e , p o r el c o n tr a r io , se in v e rtirá e n g lo r if ic a r a D io s p o n ie n d o

la v isió n d e l m u n d o d e u n o e n lín e a c o n la v is ió n d el m u n d o d e l D io s d e las

Es c ritu ra s . Esta es la raz ó n p o r la q u e lo s c ris tia n o s so n lla m a d o s a “ p e n s a r

c o n f o r m e a la B ib lia ” y re c u p e ra r a s í u n a v is ió n c ris tia n a d el m u n d o .

M a l a n n i [ J i ú t e j i r J o p n r i l m e c h u s n e a u ir .ir
Lj n e c e s id ad d e c t dîh '¡ir u n e s t ilo b íb lic o d e p e n s ar S3

Le c t u r a s a d ic io n a l e s
B l am i re s , H e n ry , T he C hristian M in d [L a m e n te cri s ti a n a ], L o n d re s : S PC K ., 1 9 6 3 , R e im ­
p re s i ó n , A n n A rb o r, M l : S e rv an t B o o k s , 1 9 7 8 ,
___________ , R ec ov erin g the C hristian M ind [C ó m o re cu p e ra r la m e n te cri s ti a n a |, A n n
A rb o r, M I : S e rv a n t R o o k s , 1 9 8 8 .
___________ . T he P ost- C hristian M in d [L a m e n te p o s - c ri s ti a n a ], A n n A rb o r, M l :
S e rv an t B o o k s , 1 9 9 9 .
H o l m e s , A rth u r F. A ll Truth is G od' s Truth [T o d a v e rd ad e s d e D i n s ], D o w n e rs Ci ro ­
v e. IL : IV P, 1 9 7 7 .
L a H a y e , T i m y D av i d N o e b e l . M in d Sieg e [A s e d i o d e la m e n te ], N as h v il l e , T N : W o rd ,
2000,
N as h , R o n al d H . T he W ord o f G o d an d the M in d o f M an [L a P a l ab ra d e D io s y la m e n ­
te d el h o m b re ], G ra n d R a p i d s . M l : Z o n d e rv a n , 1 9 8 2 .
W e l l s , D av id F. N o P lace fo r Truth | N o h ay s itio p a ra la v e rd a d ], G ra n d R a p i d s , M l :
W i l l iam B. E e rd m a n s , 1 9 9 3 .

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
3

La c r ea c ió n :
Una c o mpr en s ió n bíbl ic a 1

Jo h n M a c A r t h u r

G
ra c ia s a la te o ría d e la e v o lu c ió n , a c tu a lm e n te la re lig ió n d o m in a n te d e

la s o c ie d a d m o d e rn a es el n a tu ra lis m o . M e n o s d e u n s ig lo y m e d io a tr á s ,

C h a rle s D a rw in p o p u la riz ó el c re d o p a ra e sta re lig ió n s e c u la r c o n su lib ro D e l

o r ig e n d e las e s p e c ie s . A u n q u e m u c h a s d e las te o r ía s d e D a rw in s o b re lo s

m e c a n is m o s d e la e v o lu c ió n f u e ro n d e s c a rta d a s p o s te rio rm e n te , la d o c trin a

d e la e v o lu c ió n m ism a se las h a a rre g la d o p a ra a lc a n z a r la c a te g o ría d e un

a r tíc u lo d e fe f u n d am e n ta l e n la m e n te p o p u la r m o d e rn a . El n a tu ra lis m o h a

re e m p la z a d o al c ris tia n is m o c o m o la re lig ió n m ás im p o rta n te e n e l m u n d o

o c c id e n ta l y la e v o lu c ió n h a lle g a d o a s e r el p rin c ip a l d o g m a d el n a tu ra lis m o .

El n at u r alis m o a f irm a q u e c a d a ley y c a d a f u e rz a q u e o p e ra en e l u n iv e rso

so n n a tu ra le s m ás q u e m o r a l, e s p iritu a l o s o b re n a tu ra l; e s in h e re n te m e n te

a te o , re c h a z a n d o e l c o n c e p to d e u n D io s p e rs o n a l. M u c h o s a s u m e n , p o r lo

ta n to , q u e el n a tu ra lis m o n o tie n e n a d a q u e v e r c o n la re lig ió n . D e h e c h o , es

u n c o n c e p to e q u i v o c a d o b a s ta n te c o m ú n q u e el n a tu ra l i s m o e n c a rn a la e s e n ­

c ia m ism a d e la o b je tiv id a d c ie n tíf ic a . L o s p ro p io s n a tu ra lis ta s g u stan d e s ­

c rib ir su s iste m a c o m o u n a f ilo so f ía q u e se alz a e n o p o s ic ió n a to d a v isió n d el

m u n d o b a s a d a en la fe, p re te n d ie n d o q u e e s c ie n tíf ic a e in te le c tu a lm e n te su ­

p e rio r p re c is a m e n te d e b id o a su s u p u e s to c a r á c te r n o re lig io s o .

P e ro n o es a s í. R e lig ió n e s la p a la b ra e x a c ta p a ra d e sc rib ir el n a tu ra lis m o .

T o d a la f ilo s o f ía e s tá c o n s tru id a s o b re u n a p re m isa b as ad a en la fe . Y c asi

to d a s su s te o ría s d e re sp a ld o ta m b ié n d e b e n to m a r s e p o r f e .2
P e n se m o s , p o r e je m p lo , e n e l d o g m a d e la e v o lu c ió n . L a n o c ió n q u e el

p r o c e s o e v o lu tiv o n a tu ra l v ale p a ra el o rig e n d e to d a s las e sp e c ie s v iv ie n te s

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
56 P I EN S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

n u n c a h a s id o y n u n c a se e s ta b le c e rá c o m o u n h e c h o , n i e s “ c ie n tíf ic o ” e n el

v e rd a d e ro s e n tid o d e la p a la b r a . L a c ie n c ia tie n e q u e v e r c o n lo q u e se p u e ­
d e o b s e r v a r y re p ro d u c ir p o r e x p e r im e n ta c ió n . El o rig e n d e la v id a n o se p u e ­
d e o b s e r v a r ni re p ro d u c ir e n u n la b o r a to r io . P o r d e f in ic ió n , e n to n c e s , la
v e rd ad e ra c ie n c ia n o p u e d e d a rn o s n in g ú n c o n o c im ie n to s o b re d e d ó n d e v e ­

n im o s o c ó m o lle g a m o s a q u í. C r e e r e n la te o ría d e la e v o lu c ió n e s u n a s u n to
d e fe a b s o lu ta . U n a c re e n c ia d o g m á t ic a en c u a lq u ie r te o r ía n a tu ra lis ta n o es
m ás “ c ie n tíf ic a ” q u e c u a lq u ie r o tr a c la s e d e fe re lig io sa .

A m e n u d o , el m o d e rn o n a tu ra lis m o se p ro m u lg a c o n u n c e lo m is io n e ro
q u e tie n e p o d e ro s a s in s in u a c io n e s re lig io s a s . El p o p u la r s ím b o lo d el p ez q u e

m u c h o s c ris tia n o s p o n e n e n su s a u to m ó v ile s tie n e a h o r a su c o n tr a p a r te n a tu ­


ra lis ta : u n p ez c o n p ie s y la p a la b ra “ D a r w in ” e s c rita d e n tro d e su s c o n to rn o s .
L a red in f o rm á tic a ( In te rn e t) h a lle g a d o a s e r u n o c u p a d ís im o c a m p o m i­
s io n e ro d e l n a tu r a lis m o , d o n d e lo s e v an g e lis ta s p o r e sa c a u s a tr a ta n e n f o r ­
m a a g r e s iv a d e l i b e r a r a l m a s i g n o r a n te s q u e s ig u e n a d h e rid a s a su s

p re s u p o s ic io n e s te ís ta s . A ju z g a r p o r el te n o r d e a lg u n o s d e lo s m a te ria le s q u e
h e le íd o y q u e b u sc an g a n a r c o n v e r s o s p a ra el n a tu ra lis m o , lo s n a tu ra lis ta s

e s tá n a m e n u d o d e d ic a d o s a su fe c o n u n a d e v o ta p a s ió n q u e riv a liz a o s e n ­
c illa m e n te su p e ra e l f a n a tis m o d e c u a lq u ie r d e f e n s o r re lig io s o ra d ic a l. El

n a tu ra lis m o e s ta n re lig io s o c o m o c u a lq u ie r v isió n te ís ta d e l m u n d o .


El p u n to q u e d a p o r d e m á s p r o b a d o al e x a m in a r las c re e n c ia s d e e s to s
n a tu ra lis ta s , q u e a f irm a n e s ta r lib re s d e c re e n c ia s re lig io s a s. T o m e , p o r e je m ­

p lo , e l c a s o d e C a ri Sa g a n , q u iz á s la c e le b r id a d c ie n tíf ic a m e jo r c o n o c id a e n
lo s ú ltim o s v e in te a ñ o s . Sa g a n , r e n o m b ra d o a s tr ó n o m o y fig u ra d e lo s m e d io s
m as iv o s d e c o m u n ic a c ió n , e ra u n a b ie r to a n ta g o n is ta d e l te ís m o b íb lic o , Y

lle g ó a se r el e v a n g e lis ta p rin c ip a l ( p o r te le v isió n ) d e la re lig ió n d e l n a tu ­


ra lis m o . P re d ic ó u n a v is ió n d e l m u n d o b a sa d a e n te ra m e n te e n s u p u e sto s
n a tu ra lis ta s . Su b y a c e n te e n to d o lo q u e e n s e ñ a b a e s ta b a la f irm e c o n v ic c ió n
q u e to d o e n el u n iv e rs o tie n e u n a c a u s a n a tu ra l y u n a e x p lic a c ió n n a tu r a l. T a l

c re e n c ia , q u e e s u n a c u e s tió n d e fe y n o u n a v e rd a d e ra o b s e rv a c ió n c ie n tíf ic a ,
g o b e rn ó y d is e ñ ó c a d a u n a d e su s te o r ía s a c e rc a d e l u n iv e rso .

Sa g a n e x a m in ó la in m e n s id a d y c o m p le jid a d d el u n iv e rs o y lle g ó a la c o n ­
c lu s ió n , c o m o te n ía q u e h a c e rlo d a d o su p u n to d e p a rtid a , q u e n o h ay n ad a
m á s g ra n d e q u e e l u n iv e rso m is m o .
“ El c o s m o s e s ro d o lo q u e e s , o in c lu s o f u e , o a u n s e r á " , e ra e l a f o r is m o
q u e id e n tif ic a b a a Sa g a n y q u e re p e tía e n c a d a e p is o d io d e su f a m o s a s e rie d e
te le v isió n C o s m o s . L a a f ir m a c ió n m is m a e s c la ra m e n te u n d o g m a d e f e , n o
u n a c o n c lu s ió n c ie n tíf ic a . ( N i el p r o p io Sa g a n n i n in g u n o d e to d o s lo s c ie n ­
tíf ic o s d el m u n d o ju n to s p o d ría n e x a m in a r “ to d o lo q u e e s, o in c lu s o fu e , o
a u n s e r á " p o r alg ú n m é to d o c ie n tíf ic o .) El le m a d e Sa g a n e s p e rf e c ta m e n te

¡" u la íp ria l p r o t e g i d o p o r e te re e h n s n a u t o r
L a c r e ac ió n : U na c o m p r e n s ió n b íb lic a 57

ilu s tra tiv o d e c ó m o el m o d e rn o n a tu ra lis m o c o n f u n d e d o g m a s re lig io s o s c o n

la v e rd ad e ra c ie n c ia .
L a re lig ió n d e Sa g a n f u e , e n re a lid a d , u n a e sp e c ie d e p a n te ís m o n a tu ­
ra lis ta , y su m o tiv a c ió n lo s in te tiz a p e rf e c ta m e n te . D e ific ó el u n iv e rso y to d o
lo q u e h ay e n é l, in sis tie n d o q u e el c o s m o s en s í m is m o e s lo q u e f u e , lo q u e

e s y lo q u e se rá (c p . A p . 4 :8 ) . H a b ie n d o e x a m in a d o lo su f ic ie n te el c o s m o s
p ara v e r e v id e n c ia s d el p o d e r y m a je s ta d in fin ito s d el C re a d o r, p re f irió im ­
p u ta r tal o m n ip o te n c ia y g lo ria a la c re a c ió n m is m a , c o m e tie n d o p r e c i­
s a m e n te el e r r o r q u e el a p ó s to l P a b lo d e sc rib e e n R o m a n o s 1 :2 0 - 2 2 :

P o r qu e las c o s as in v isibles de él, su e t e rn o p o d e r y de idad, s e hac en d a -


ram en t e V isibles d e s d e la c re ac ió n del m u n do , sien do en t en didas p o r m e dio
d e las c o sas he c has , d e m o d o q u e n o tien en ex c u sa. P ues h ab ie n d o c o n o ­
c id o a D io s , n o le g lo r ific aro n c o m o a D io s, ni le diero n g rac ias, sin o qu e
se en v an ec iero n e n sus raz o n am ien t o s, y su n ec io c o r az ó n fu e en t en e­
b r e c ido . P r o fe s an do s e r sabio s , s e hic iero n n ec io s, y c am biar o n la g lo ria d e l
D io s in c o rru p t ible en sem ejan z a de im ag en d e h o m b r e c o rru p tible, de av es,
d e c u adrú p edo s y d e reptiles.

E x a c ta m e n te c o m o lo s id ó la tra s d e s c rito s p o r P a b lo , Sag an p u so a la

c re a c ió n e n el lu g a r q u e le c o rr e s p o n d e al C re ad o r.
C a ri Sa g a n m iró e l u n iv e rso y v io su g ran d e z a y lle g ó a la c o n c lu s ió n d e
q u e n ad a p o d ía se r m á s g ra n d e . Su s p re s u p u e s to s re lig io s o s lo f o r z a b a n a
n e g a r q u e el u n iv e rso f u e ra el re s u lta d o d e u n d is e ñ o in te lig e n te . D e h e c h o ,

c o m o u n n a tu ra lis ta d e v o to , t e n ía q u e n e g a r q u e h u b ie ra s id o c re a d o . P o r lo
ta n to , lo v io c o m o e te rn o e in f in ito , d e m a n e ra q u e n a tu ra lm e n te to m ó el
lu g a r d e D io s e n su p e n s a m ie n to .
El c a r á c te r re lig io s o d e la f ilo s o f ía q u e d is e ñ ó la v isió n d el m u n d o d e

Sa g a n e s e v id e n te e n m u c h o d e lo q u e e s c r ib ió y d ijo . Su n o v e la C o n t a c t o ( lle ­

v ad a al c in e e n 1 9 9 7 ) e s ta c a rg a d a d e m e tá f o ra s e im ag in e ría re lig io s a s. T r a ­
ta d el d e s c u b r im ie n to d e v id a e x tr a te r r e s tr e , lo q u e o c u rre e n d ic ie m b re d e
1999, c u a n d o n a c e u n n u e v o m i l e n i o , c u a n d o el m u n d o e s t á lle n o d e e x p e c ­

ta tiv as m e s iá n ic a s y te m o re s a p o c a líp tic o s . En la im a g in a c ió n d e Sa g a n , el


d e s c u b rim ie n to d e v id a in te lig e n te en a lg u n a p a rte d el u n iv e rso lle g a a se r la

“ r e v e la c ió n ” q u e p ro v e e u n a b a se p a ra f u s io n a r c ie n c ia y re lig ió n e n u n a
v isió n d el m u n d o q u e re fle ja p e rf e c ta m e n te el p ro p io siste m a d e c re e n c ia s d e
Sa g a n c o n el c o s m o s c o m o el n u e v o s a c e r d o c io d e D io s y lo s c ie n tíf ic o s .

L a re lig ió n d e Sa g a n in c lu ía la c re e n c ia q u e la raz a h u m an a n o tie n e n ad a


d e e s p e c ia l. D a d a la in c a lc u la b le v a ste d a d d el u n iv e rso y la im p e rso n alid a d
d e to d o , ¿ c ó m o p o d ría se r im p o r ta n te la h u m a n id a d ? L a c o n c lu s ió n a la q u e
lle g ó Sag a n fu e q u e n u e s tra ra z a c a re c e d e to d a im p o rta n c ia . En d ic ie m b re

MíiTcirial ptolfíqklrjpni [JerPHrJiTCtsdeautor


58 P I EN S E C O N F O R M E A l .A B I B L I A

d e 1 9 9 6 , m e n o s q u e tre s s e m a n a s a n te s q u e Sa g a n m u rie r a , fu e e n tre v is ta d o

p o r Ted K o p p e l e n su p ro g ra m a N ig h t im e . Sa g a n s a b ía q u e se e s ta b a

m u rie n d o . K o p p e l le p re g u n tó : “ D r. Sa g a n ¿ tie n e a lg u n a p e rla d e s a b id u ría


q u e q u is ie ra d e ja r a la raz a h u m a n a ? ”

Sa g a n d ijo :

V i v i m o s e n u n p e d a z o d e ro c a y m e tal q u e d a v u e l tas a l re d e d o r d e u n a e s ­

tre l l a a b u rri d a q u e e s u n a d e 4 0 0 m il m i l l o n e s d e o tra s e s tre l l as q u e f o rm a n

la V í a L á c te a , l a cu a l e s u n a d e m il m i l l o n e s d e o tra s g a l a x i a s q u e c o m p o ­

n e n el u n i v e rs o , q u e p u e d e s e r u n o d e un n ú m e ro m u ch o m a y o r, q u i z á s u n

n ú m e ro i n f in i to , d e o tro s u n iv e rs o s . E s a e s u n a p e rs p e cti v a d e la v i d a h u ­

m a n a y d e n u e s tra c u l tu ra q u e b ie n v a l e la p e n a c o n s i d e ra r. 1

En u n lib r o p u b lic a d o d e sp u é s d e su m u e rte , Sa g a n e s c r ib ió : “ N u e s tro

p la n e ta e s u n a m a n c h ita s o lita ria e n m e d io d e la o s c u r id a d c ó s m ic a q u e n o s

ro d e a . En e sta o s c u rid a d , e n to d a e sta v a ste d a d , n o h ay in d ic a c ió n q u e d e a l­

g u n a p a rte p u d ie ra v e n ir ay u d a q u e n o s salv e d e n o s o tr o s m is m o s ” .4

A u n q u e Sa g a n tr a tó d e m a n te n e r u n a s e m b la n z a d e o p tim is m o h a s ta el
f in a l, su re lig ió n lo lle v ó a d o n d e to d o n a tu ra lis m o in e v ita b le m e n te c o n d u c e :
" A u n s e n tid o d e c o m p le ta in s ig n if ic a n c ia y d e s e s p e ra c ió n ” . Se g ú n su v isió n
d e l m u n d o , la h u m a n id a d e s u n a p e q u e ñ a a v a n z a d a , u n p u n tú o az u l p á lid o

e n u n v a s to m a r d e g a la x ia s . H a s ta d o n d e s a b e m o s , el re s to d e! u n iv e rso n o s

ig n o r a , n o s o m o s re s p o n sa b le s a n a d ie e in s ig n if ic an te s e irre le v a n te s en u n

c o s m o s ta n e x te n s o . Es f a tu o h a b la r d e ay u d a e x te r io r o re d e n c ió n p a ra la

ra z a h u m a n a ; n o h ay p e rs p e c tiv a d e a y u d a . Se ría f a b u lo s o si d e a lg u n a m a ­

n e ra n o s a rre g lá ra m o s p a ra re so lv e r a lg u n o s d e n u e s tro s p ro b le m a s , p e ro se a
q u e lo c o n s ig a m o s o n o , d e to d o s m o d o s f in a lm e n te n o s e re m o s m á s q u e u n a

p iz c a o lv id a d a d e to d a s las in s ig n if ic a n c ia s c ó s m ic a s . E s to , d e c ía Sa g a n , es

u n a p e rs p e c tiv a q u e b ie n v ale la p e n a c o n s id e rar.


T o d o e s to s u b ra y a la e s te rilid a d d e l n a tu ra lis m o . L a re lig ió n n a tu ra lis ta

e lim in a to d a re s p o n s a b ilid a d é tic a y m o ra l y, e n ú ltim o té rm in o , re n u n c ia a


to d a e s p e ran z a p a ra la h u m a n id a d . Si e l c o s m o s im p e rs o n a l e s to d o lo q u e
e s, to d o lo q u e in c lu s o fu e y to d o lo q u e s e rá, e n to n c e s la m o ra lid a d e s, d e fi­

n itiv a m e n te , d is c u tib le . Si n o h ay u n C r e a d o r p e rs o n a l a q u ie n la h u m an id a d

se a re s p o n s a b le y a l u n iv e rso lo g o b ie rn a la ley d e s u p e rv iv e n c ia , to d o s lo s

p rin c ip io s m o r a le s q u e n o rm a lm e n te re g u lan la c o n c ie n c ia h u m an a s o n , a l fin

y al c a b o , in f u n d a d o s y p o s ib le m e n te in c lu s o n o c iv o s p a ra la s u p e rv iv e n c ia

d e n u e s tra s e s p e c ie s .
In d u d a b le m e n te , e l s u r g im ie n to d e l n a tu r a lis m o h a s ig n if ic a d o una

c a tá s tr o f e m o ra l p a ra la s o c ie d a d m o d e rn a . L a s m á s d a ñ in a s id e o lo g ía s d e

M ait ín al [iiü t ft jir lG p nr ilm erch u s n e ausr.ir


L a c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b ib t ic a 59

lo s sig lo s d ie c in u e v e y v e in te rie n e n su s raíc e s en el d a rw in is m o . U n o d e lo s

p rim e ro s c a m p e o n e s d e D a rw in , T h o m a s H u x le y , d io u n a c o n f e re n c ia en
1 8 9 3 en la c u a l a f irm ó q u e la e v o lu c ió n y la é tic a e ra n in c o m p a tib le s .
E s c rib ió q u e “ la p r á c tic a d e lo q u e e s é tic a m e n te m e jo r, lo q u e n o s o tr o s lla ­
m a m o s b o n d a d o v irtu d , im p lic a u n a f o r m a d e c o n d u c ta q u e , e n to d o se n ­
tid o , se o p o n e a lo q u e llev a a l é x ito en la lu c h a c ó s m ic a p o r la e x is te n c ia ” .1
L o s f iló s o f o s q u e in c o r p o r a r o n las id e as d e D a rw in f u e ro n ráp id o s en v e r
el p u n to d e H u x ie y , c o n c ib ie n d o n u e v as f ilo s o f ía s q u e m o n ta ra n el e s c e n a rio
p ara la a m o ra lid a d y el g e n o c id io q u e c a r a c te r iz ó ta n to al s ig lo v e in te .
C a rlo s M a r x , p o r e je m p lo , sig u ió tím id a m e n te a D a rw in e n la p ro p u e s ta
d e su s te o ría s e c o n ó m ic a y s o c ia l. D e d ic ó u n e je m p la r d e su lib ro E i c ap it al

a D a rw in , “ d e u n a d m ir a d o r d e v o to ” . Se re fie re a E l o r ig e n d e las e s p e c ie s d e
D a rw in c o m o “ el lib ro q u e c o n tie n e las b a s e s e n h is to ria n a tu ra l p ara n u e s ­
tra c o n s id e r a c ió n " .6
H e rb e rt Sp e n c e r, f iló s o f o d e l “ d a rw in is m o s o c ia l” a p lic ó a las s o c ie d a d e s
h u m a n a s las d o c trin a s d e la e v o lu c ió n y la ley d e s u p e rv iv e n c ia . Sp e n c e r
p la n te a b a q u e si la n a tu ra le z a m ism a h a d e te rm in a d o q u e el fu e rte so b re v iv a
y q u e el d é b il p e re z c a , e sta re g la d e b e ría ta m b ié n g o b e rn a r a la s o c ie d a d . L as
d is tin c io n e s ra c ia le s y d e c la s e s re f le jan s im p le m e n te las d is tin c io n e s n a tu r a ­
les. N o h ay , p o r lo ta n to , ra z o n e s m o ra le s tra s c e n d e n te s p a ra s im p a tiz a r c o n
la lu c h a d e las c la s e s en d e sv e n ta ja . E s to e s , d e sp u é s d e ro d o , p a n e d el p r o ­
c e s o e v o lu c io n is ta n a tu ra l y la s o c ie d a d re a lm e n te m e jo ra ría si re c o n o c ie ra
la s u p e rio rid a d d e las c la s e s d o m in a n te s y a le n ta ra su in flu e n c ia . El ra c is m o
d e e s c r ito re s c o m o Ern st H a e c k e l ( q u ie n c re ía q u e las raz as a f r ic a n a s s o n in ­
c a p a c e s d e a lc a n z a r un d e s a rro llo c u ltu ra l o m e n ta l) ta m b ié n se in sp ira b a en
el d a rw in is m o .
T o d a la f ilo so f ía d e Frie d ric h N ie tz s c h e e s ta b a b a s a d a e n la d o c trin a d e
la e v o lu c ió n . N ie tz s c h e fu e tre m e n d a m e n te h o stil a la re lig ió n y p a rtic u ­

la rm e n te al c ris tia n is m o . L a m o ra lid a d c ris tia n a c o n tie n e la e s e n c ia d e to d o


lo q u e N ie tz s c h e o d ia b a . C re ía q u e la e n s e ñ an z a d e C ris to g lo r if ic a b a la d e ­
b ilid ad h u m an a y q u e ib a e n d e trim e n to d el d e s a r r o l l o d e e s ta . H a c ía m o f a

d e lo s v a lo r e s m o ra le s c ris tia n o s ta le s c o m o la h u m ild a d , la m is e ric o rd ia , la


m o d e s tia , la m a n s e d u m b re , la c o m p a s ió n p o r lo s d e s a m p a ra d o s y el s e rv ic io
a lo s d e m á s. C re ía q u e ta le s id e ale s m u ltip lic a n la d e b ilid ad e n la s o c ie d a d .
V e ía d o s tip o s d e p e rs o n a s : la c la s e d o m in a n te , f o rm a d a p o r u n a m in o ría ilu ­
m in a d a ; y la “ c h u s m a ” , s e g u id o re s c o m o re b a ñ o a lo s q u e se les c o n d u c ía c o n
s u m a f a c ilid a d . P ara é l, la ú n ic a e s p e ran z a p a ra la h u m a n id a d e s ta b a en q u e
la c la s e d o m in a n te se in v o lu c ra ra e n u n a c a rr e ra d e U b e r m e n s c h e n ( s u p e r­
h o m b re s ) , lib re s d e re s tric c io n e s s o c ia le s y re lig io s a s, q u e c o n s e rv a ría n el
p o d e r p a ra lle g a r a la h u m a n id a d a la s ig u ie n te e ta p a d e su e v o lu c ió n .

M a te n al p r o le g i ü o p o r d e r e c h o s d e a u l o r
60 P I EN S E C O N F O R M E A LA B I B L I A

N o e s s o rp re n d e n te q u e la f ilo s o f ía d e N ie tz s c h e c o n s titu y e ra el f u n ­

d a m e n to p ara el m o v im ie n to n a z i e n A le m a n ia . L o q u e s í s o rp re n d e e s q u e

e n lo s a lb o re s d e l s ig lo v e in tiu n o , la re p u ta c ió n d e N ie tz s c h e h a y a s id o re h a ­
b ilita d a p o r u n g iro d e lo s d o c to re s en f ilo s o f ía , lo q u e h a h e c h o q u e su s e s ­
c r ito s e sté n d e n u e v o d e m o d a e n el m u n d o a c a d é m ic o . Sin d u d a, e s su
f ilo s o f ía , o a lg o m u y p a r e c id o a e lla , lo q u e in e v ita b le m e n te tra e rá d e n u e v o
el n a tu ra lis m o .
T o d a s e s ta s f ilo s o f ía s e s tán b a s a d a s e n n o c io n e s q u e se o p o n e n d ia m e ­
tra lm e n te a la v isió n b íb lic a d e la n a tu r a le z a d e l h o m b re , p o rq u e to d a s p a rte n

a b ra z a n d o la o p in ió n d e D a rw in s o b re el o rig e n d e la h u m a n id a d . Esta s
tie n e n su s ra íc e s e n las te o r ía s a n tic ris tia n a s s o b re lo s o ríg e n e s h u m a n o s y el
o rig e n d e l c o s m o s y , p o r lo ta n to , n o e s d e a d m ira rs e q u e se o p o n g a n a lo s
p rin c ip io s b íb lic o s e n to d o n iv e l.

El s im p le h e c h o d e e s to e s q u e t o d o s lo s f ru to s f ilo s ó f ic o s d e l d a rw in is m o
h a n s id o n e g a tiv o s , o s c u ro s y d e s tru c tiv o s d e l te jid o d e la s o c ie d a d . N in g u n a
d e las m i s im p o rta n te s re v o lu c io n e s d e l s ig lo v e in te in sp irad a s e n la f ilo so f ía
d e D a rw in h a m e jo ra d o o e n n o b le c id o a la s o c ie d a d . En lu g ar d e e s o , el p rin ­
c ip a l le g a d o s o c ia l y p o l í t i c o d e l p e n s a m ie n to d e D a rw in e s u n e s p e c tro ab -
s o l u ro de ti ra n í a m alig n a co n un co m u n ism o i n s p i ra d o en M a rx en un

e x tr e m o y u n f a s c is m o in s p ira d o e n N ie tz s c h e e n el o tr o . Y la c a tá s tr o f e m o ra l
q u e h a d e s fig u ra d o la s o c ie d a d m o d e rn a s o c ia l o c c id e n ta l se p u e d e ta m b ié n

r a s tr e a r h a s ta el d a rw in is m o y el r e c h a z o d e lo s p r im e ro s c a p ítu lo s d e
G é n e sis .
En e ste m o m e n to d e la h is to ria , au n c u a n d o la m a y o r p a rte d e la s o c ie d a d

m o d e rn a e stá y a c o m p le ta m e n te c o m p ro m e tid a c o n u n a v is ió n n a tu ra lis ta y


e v o lu c io n is ta d e l m u n d o , n u e s tra s o c ie d a d to d a v ía se b e n e fic ia d e la m e m o ­
ria c o le c tiv a d e u n a v isió n b íb lic a d e l m u n d o . En g e n e ra l, las p e rs o n a s sig u e n
c re y e n d o q u e la v id a h u m a n a e s e s p e c ia l. T o d a v ía s u ste n ta n re m a n e n te s d e
la m o ra lid a d b íb lic a , ta le s c o m o la n o c ió n d e q u e el a m o r e s la v irtu d m ás
g ra n d e (1 C o . 1 3 :1 3 ) , q u e s e rv ir a lo s d e m á s es m e jo r q u e lu c h a r p o r el p re ­
d o m in io p e rso n a l ( M r. 2 0 : 2 5 - 2 7 ) , q u e la h u m ild ad y la s u m is ió n s o n s u p e ­
rio re s a la a rro g a n c ia y la re b e ld ía (1 P. 5 :5 ) . P e ro e n c u a lq u ie r g ra d o q u e la
s o c ie d a d s e c u la r au n a p re c ie e sc ás v irtu d e s lo h a c e sin u n f u n d a m e n to f ilo ­
s ó f ic o . H a b ie n d o y a re c h a z a d o al D io s re v e la d o e n las E s c r itu ra s y a d h e rid o
al m a te ria lis m o n a tu ra lis ta p u ro , la m e n re m o d e rn a n o tie n e f u n d a m e n to

p a ra a d s c r ib irs e a alg ú n p a tró n é tic o , n i ra z ó n a lg u n a p a ra p o n e r la “ v irtu d ”


p o r s o b re el “ v ic io ” , y n in g u n a ju s tif ic a c ió n p a ra c o n s id e ra r la v id a h u m a n a
d e m á s v a lo r q u e c u a lq u ie r o tra f o rm a d e v id a. La s o c ie d a d m o d e rn a y a h a
a b a n d o n a d o su f u n d a m e n to m o ra l.
A l e n tr a r la h u m a n id a d al s ig lo v e in tiu n o , se p ro y e c ta u n a te n d e n c ia m ás

M arena! p int eut in poi d erech as euri>r


Lj c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b ib lic a 61

a m e n a z a d o ra . A h o ra , h a s ta la ig le sia p a re c e e s ta r p e rd ie n d o la v o lu n ta d d e

d e fe n d e r lo q u e las Es c ritu ra s e n se ñ a n a c e r c a d e lo s o ríg e n e s h u m a n o s .


M u c h o s e n la ig le sia e s tán ta n in tim id a d o s o d e m a s ia d o tu rb a d o s c o m o p ara
a f irm a r la v e rd ad lite ral d e l re la to b íb lic o d e la c r e a c ió n . H a y c o n f u s ió n p r o ­
v o c a d a p o r u n c o r o d e v o c e s a p a re n te m e n te a u to rita tiv a s q u e in sis te n q u e es
p o s ib le , e in c lu s o p r a g m á tic a m e n te n e c e s a rio , re c o n c ilia r las E s c ritu ra s c o n

las ú ltim a s te o r ía s d e lo s n a tu ra lis ta s .


P o r s u p u e s to , lo s te ó lo g o s lib e ra le s h ac e tie m p o q u e h an a d h e r id o a la

e v o lu c ió n te ís ta . N o les h a c o s ta d o m u c h o n e g a r la v e rd ad lite ra l d e las

Es c ritu ra s e n c u a lq u ie r a s u n to . P e ro la n u e v a te n d e n c ia e s d if e re n te , p re ­
s io n a n d o a lo s c ris tia n o s q u e lu c h an q u e e s p o s ib le a rm o n iz a r G é n e s is 1- 3 c o n
las te o ría s d el n a tu ra lis m o m o d e rn o s in e je r c e r v io le n c ia a n in g u n a d o c tr in a
e s e n c ia l d el c ris tia n is m o . So s tie n e n d e c la ra c io n e s c o n s e rv a d o ra s e n m a te ria
d e fe. En se ñ an e n in s titu c io n e s c o n s e rv a d o ra s . In siste n q u e c re e n q u e la Bib lia
e s in e r ra n te y a u to r ita tiv a . P e ro e s tá n d is p u e sto s a re in te rp re ta r G é n e s is p a ra

a c o m o d a r la te o r ía e v o lu c io n is ta . Ex p re s a n tu r b a c ió n y s o rp re s a c u a n d o a l­
g u ie n in te n ta c u e s tio n a r su a c e r c a m ie n to a las E s c ritu ra s . Y a v e c e s , e m p le a n
la m ism a f o rm a d e rid ic u liz a r e in tim id a r q u e lo s lib e ra le s re lig io s o s y a te o s
e s c é p tic o s h an s ie m p re u tiliz a d o c o n tr a lo s c re y e n te s : “ U ste d n o c re e s e ria ­
m e n te q u e e l u n iv e rs o te n g a m e n o s d e u n b illó n d e a ñ o s , ¿ v e rd a d ? ”
El re s u lta d o e s q u e e n las p a s a d a s d o s d é c a d a s , u n g ra n n ú m e ro d e c r is ­

tia n o s c o n s e rv a d o re s h a m o s tr a d o u n a s o rp re n d e n te v o lu n ta d d e a d o p ta r u n a
p o stu ra c o m p le ta m e n te n o e v a n g é lic a p a ra in te rp re ta r lo s p rim e ro s c a p ítu ­
lo s d e G é n e s is . M á s y m á s e s tá n a d h ir ie n d o a la p o s tu ra c o n o c id a c o m o
“ c re a c io n is m o d e la v ie ja tie r r a ” , el c u a l m e z c la a lg u n o s d e lo s p rin c ip io s d el
c re a c io n is m o b íb lic o c o n re o r ía s n a tu ra lis ta s y e v o lu c io n is ta s , tr a ta n d o d e

re c o n c ilia r d o s p u n to s d e v ista o p u e s to s . Y p ara tr a ta r d e lo g ra r e s to , lo s c re a -


c io n is ta s d e la v ie ja tie rra te rm in a n e x p lic a n d o sin h o n e s tid a d e x e g é tic a e l re ­

la to b íb lic o d e la c re a c ió n .
U n p u ñ a d o d e c ie n tíf ic o s q u e p r o f e s a n el c ris tia n is m o se e n c u e n tra e n tre
lo s q u e h a n m o s tr a d o el c a m in o e n e ste re v is io n is m o , la m a y o ría d e e llo s sin
n in g u n a h a b ilid a d e n in te rp re ta c ió n b íh lic a . P e ro s o n e llo s lo s q u e e s tá n p la n ­

te a n d o la m á s im p o rta n te re in te rp re ta c ió n d e G é n e s is 1 - 3 , d is e ñ ad a e s p e c íf i­
c a m e n te p a ra a c o m o d a r las a c tu a le s te n d e n c ia s d e la te o r ía n a tu ra lis ta . En su
o p in ió n , lo s seis d ía s d e la c re a c ió n en G é n e s is 1 s o n larg a s é p o c a s , el o rd e n
c r o n o ló g ic o d e la c re a c ió n e s f le x ib le y la m a y o ría d e lo s d e ta lle s s o b re la
c re a c ió n d ad o s e n las E s c ritu ra s p u e d e n e s c r ib irs e c o m o p o e m a s o fig u ras
s im b ó lic a s d e e x p r e s ió n .
M u c h o s p a s to re s y líd e re s c ris tia n o s q u e d e b e rían c o n o c e r m e jo r la fe q u e
e s tá n d e f e n d ie n d o c o n tr a e n s e ñ a n z a s f a lsa s h an sid o te n ta d o s p a ra re n d irse

M ait n a l p icilf ijirt o p or d m erd iu s aut or


62 P I EN S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

e n la b a ta lla p o r lo s c a p ítu lo s in ic ia le s d e G é n e sis . H a c e p o c o , d e sp u é s d e


h a b e r p r e d ic a d o , se m e a c e r c ó u n p a s to r p a ra d e c irm e q u e se s e n tía c o n ­

f u n d id o e in tim id a d o p o r v a rio s lib ro s q u e h a b ía le íd o . T o d o s h a b ía n s id o e s ­


c r ito s p o r a u to re s c o n s e r v a d o r e s , p e ro to d o s a f ir m a b a n q u e la tie rra tie n e

b illo n e s d e a ñ o s d e e d a d . T r a ta b a n la m a y o ría d e las te o ría s e v o lu c io n is ta s


c o m o h e c h o s c ie n tíf ic o s irre f u ta b le s . Y , e n a lg u n o s c a s o s , e x h ib ía n c re d e n ­
c ia le s a c a d é m ic a s o c ie n tíf ic a s q u e in d u c ía n a lo s le c to re s a p e n s a r q u e su s

p o s tu ra s e ra n p ro d u c to d e u n a c a p a c id a d s u p e rio r e n lu g a r d e p re s u p o s i­
c io n e s n a tu ra lis ta s q u e h a b ía n tr a íd o al te x to b íb lic o . Este p a s to r m e p re g u n tó

si y o c re ía q u e f u e ra p o s ib le q u e lo s p rim e ro s tre s c a p ítu lo s d e G é n e s is f u e ra n ,

e n re a lid a d , n a d a m ás q u e u n a s e rie d e re c u rs o s lite ra rio s , u n a e sp e c ie d e


le y e n d a p o é tic a q u e in te n ta b a d a r s e n tid o “ e s p ir itu a l” a lo q u e re a lm e n te
h a b ía o c u r r id o a tra v é s d e b illo n e s d e a ñ o s d e e v o lu c ió n .
Le d ije , c o n m i m e jo r to n o : “ N o , n o lo c r e o ” .

E s to y c o n v e n c id o d e q u e lo s c a p ítu lo s 1 - 3 d e b e n in te r p r e ta rs e al p ie d e
la le tra c o m o la h is to ria d e la c r e a c ió n d iv in a m e n te re v e la d a . N a d a s o b re el

te x to b íb lic o m is m o d e G é n e s is s u g ie re q u e el re la to b íb lic o d e la c r e a c ió n se a
s im p le m e n te s im b ó lic o , p o é tic o , a le g ó r ic o o m ític o . El s e n tid o p rin c ip a l d e
e s te p asaje s e n c i l l a m e n te no se p u ed e re c o n c i l i a r c o n la n o ció n que la

“ c re a c ió n ” o c u r r ió v ía p ro c e s o s e v o lu c io n is ta s n a tu r a le s d u ra n te la rg o s
p e r ío d o s d e tie m p o . N o c r e o q u e u n fiel m a n e jo d e l te x to b íb lic o m e d ia n te
u n p r in c ip io a c e p ta b le d e h e rm e n é u tic a p u e d a re c o n c ilia r e s to s c a p ítu lo s c o n
la te o r ía d e la e v o lu c ió n o c u a le s q u ie ra o tr a s te o r ía s a le g a d a m e n te c ie n tíf ic a s
s o b re el o rig e n d e l u n iv e rs o .

A d e m á s , a s í c o m o el c a o s f ilo s ó f ic o y m o r a l p r o d u c to d el n a tu ra lis m o ,
c u a n d o r e c h a z a m o s o c o m p ro m e te m o s la v e rd ad lite ra l d el re la to b íb lic o d e
la c r e a c ió n y la c a íd a d e A d á n s o b re v ie n e to d a c la s e d e d a ñ o s te o ló g ic o s .
M e d o y c u e n ta , p o r s u p u e s to , d e q u e a lg u n o s d e lo s c re a c io n is ta s d e la
v ie ja tie rra a c e p ta n la c r e a c ió n lite ral d e A d á n y c re e n q u e A d án fu e u n a fig u ra
h is tó ric a . P e ro su d e c is ió n a a c e p ta r la c r e a c ió n d e A d á n c o m o lite ral im p lic a
u n g ir o h e rm e n é u tic o a r b itr a r io d e G é n e s is 1 : 2 6 - 2 7 y d e G é n e s is 2 : 7 . Si a lg o
en re la c ió n c o n e s to s v e rs íc u lo s se m a n e ja a le g ó ric a o s im b ó lic a m e n te e s in ju s ­
tif ic a b le to m a r e s to s v e rs íc u lo s e n u n s e n tid o lite ral e h is tó ric o . P o r lo ta n to ,
el m é to d o d e la v ie ja - tie rr a d e lo s c re a c io n is ta s p a ra in te rp re ta r el p a s a je d e
G é n e s is en re a lid a d s o c a v a la h is to ric id a d d e A d á n . H a b ie n d o y a d e c id id o
tr a ta r el re la to d e la c r e a c ió n c o m o m ito o a le g o r ía , n o tie n e n b a se p a ra in s i­
s tir ( re p e n tin a y a r b itr a r ia m e n te , p a r e c ie ra ) q u e la c r e a c ió n d e A d á n es u n a

h is to ria lite ra l. Es ta c re e n c ia e n u n A d án h is tó ric o e s s im p le m e n te in c o n ­


s is te n te c o n n u e s tra p ro p ia e x é g e s is d el re s to d e l p a s a je .
P e ro e s u n a in c o h e r e n c ia n e c e s a r ia si u n o a d h ie re a la te o ría d e la v ie ja -

M a te r ia l p r n ta g i n c p o r d e r e c h o s d o a u to r
L a c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b ib lic a 63

tie rra y s ig u e s ie n d o c o n s e rv a d o r. D e b id o a q u e A d án n o fu e e l a n te p a s a d o

lite ral d e to d a la raz a h u m a n a , e n to n c e s la e x p lic a c ió n d e la Bib lia d e c ó m o


e n tr ó el p e c a d o e n el m u n d o c a re c e d e s e n tid o . A d e m ás , si en A d án n o c a í­
m o s , n o p o d e m o s s e r re d im id o s e n C r is to , p o rq u e la p o s ic ió n d e C r is to c o m o

la C a b e z a d e la raz a re d im id a c o rre s p o n d e e x a c ta m e n te a la p o s ic ió n d e A d án
c o m o la c a b e z a d e la ra z a c a íd a : “ P o rq u e a s í c o m o e n A d án to d o s m u e re n ,
ta m b ié n e n C ris to to d o s s e rá n v iv if ic a d o s ” ( I C o . 1 5 :2 2 ) . “ A sí q u e , c o m o p o r
la tra n s g r e s ió n d e u n o v in o la c o n d e n a c ió n a to d o s lo s h o m b re s , d e la m is ­
m a m a n e ra p o r la ju s tic ia d e u n o v in o a to d o s lo s h o m b re s la ju s tif ic a c ió n d e

v id a. P o rq u e a s í c o m o p o r la d e s o b e d ie n c ia d e un h o m b re lo s m u c h o s f u e ro n
c o n s titu id o s p e c a d o re s , a s í ta m b ié n p o r la o b e d ie n c ia d e u n o , lo s m u c h o s
se rán c o n s titu id o s ju s to s " ( R o . 5 : 1 8 - 1 9 ) . “ A sí ta m b ié n e stá e s c r ito : Fu e h e c h o
el p rim e r h o m b re A d án a lm a v iv ie n te ; el p o s tre r A d á n , e sp íritu v iv if ic a n te "
(1 C o . 1 5 :4 5 ; c p . 1 T i. 2 : 1 3 - 1 4 ; Ju d . 1 4 ) .

D e m o d o q u e en u n s e n tid o im p o rta n te , c a d a d ic h o d e las Es c ritu ra s


a c e r c a d e n u e stra s a lv a c ió n m e d ia n te C r is to Je s ú s g ira s o b re la v e rd ad lite ral
d e lo q u e G é n e sis 1- 3 e n se ñ a a c e r c a d e la c re a c ió n y la c a íd a d e A d án . N o
h ay p a s a je d e las Es c ritu ra s m á s f u n d am e n ta l q u e e s te .
L o q u e “ lo s c re a c io n is ta s d e la v ie ja - tie r r a " ( in c lu y e n d o , in c lu s o , a a l­
g u n o s c o n s e rv a d o re s ) e s tá n h a c ie n d o c o n G é n e sis 1-3 e s p re c is a m e n te lo q u e
lo s re lig io s o s lib e ra le s s ie m p re h an h e c h o c o n t o d a s las Es c ritu ra s : e s p iri­
tu a liz a r y re in te rp re ta r el te x to a le g ó ric a m e n te p ara h a c e r q u e d ig a lo q u e
e llo s q u ie re n q u e d ig a. Es ta e s u n a f o rm a p e lig ro sa d e m a n e ja r las Esc ritu ra s .

E im p lic a u n a c a p itu la c ió n p e lig ro s a e in n e c e s a ria a n te las p re su p o s ic io n e s


re lig io s as d e l n a tu ra lis m o p ara n o m e n c io n a r u n a se ria o f e n s a a D io s .
L o s c ris tia n o s c o n s e rv a d o re s q u e a c e p ta n u n a in te rp re ta c ió n d e la v ie ja -
tie rra d e G é n e s is h an a d o p ta d o u n a h e rm e n é u tic a q u e es a lta m e n te h o stil a
las Es c ritu ra s . H a n tr a íd o a lo s c a p ítu lo s in ic ia le s d e las Es c ritu ra s u n m é to d o

d e in te rp re ta c ió n b íb lic a q u e h an c o n s tru id o s o b re p re s u p o s ic io n e s c o n tra r ia s


a la in te rp re ta c ió n c o n s e rv a d o r a d e la Bib lia . L o s q u e a d o p ta n e sta p o s tu ra
y a se h an e m b a rc a d o e n u n p r o c e s o q u e in v a ria b le m e n te v e n c e a la fe . L as

ig le s ias e in s titu c io n e s e d u c a c io n a le s q u e a d o p ta n e s ta p o s ic ió n d e ja rá n
p ro n to d e se r b íb lic a m e n te c o n s e rv a d o r a s .
U n a p o stu ra b a s ta n te p o p u la r s o s te n id a p o r m u c h o s d e fe n s o re s d e la

te o r ía v ie ja - tie rra se c o n o c e c o m o la “ h ip ó te s is d e a r m a z ó n ” . Esta e s la c re e n ­


c ia q u e lo s “ d ía s ” d e la c re a c ió n n o s o n n i s iq u ie ra e ra s d is tin ta s , s in o e ta p a s
s u p e rp u e stas d e u n larg o p ro c e s o d e e v o lu c ió n . Se g ú n e sta p o s tu ra , lo s se is
d ías d e s c rito s e n G é n e s is 1 n o tie n e n n ad a q u e v er c o n u n a c r o n o lo g ía , s in o
c o n u n a a rm a z ó n m e ta f ó ric a p o r la c u a l se d e sc rib e el p ro c e s o c re a tiv o p ara
q u e lo e n tie n d a n u e stra m e n te h u m a n a f in ita.

M atp rif ll p i o í ríg id o p o i c t e r w *i a s d f * a m o r


64 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

A I p are c e r, lo s q u e p rim e ro f o rm u la ro n e ste p u n ro d e v ista f u e ro n lo s


te ó lo g o s lib e ra le s a le m a n e s e n el s ig lo d ie c in u e v e , p e ro h a s id o a d o p ta d o y

p ro p a g a d o en a ñ o s re c ie n te s p o r a lg u n o s líd e re s c o n s e rv a d o re s , e n tre lo s
c u a le s e l m a s n o ta b le p a re c e se r e l D r. M e re d ith G . K lín e , d el Se m in a rio T e o ­
ló g ic o W e s tm in ste r.7
L a h ip ó te s is d e a rm a z ó n c o m ie n z a c o n u n a p o s ic ió n se g ú n la c u a l lo s

“ d ía s ” d e c r e a c ió n e n G é n e s is 1 s o n e x p re s io n e s s im b ó lic a s q u e n o tie n e n

n ad a q u e v e r c o n el tie m p o c r o n o ló g ic o . L o s d e f e n s o re s d e e sta te o r ía h ac e n
n o ta r el p a ra le lis m o o b v io e n tre lo s d ía s u n o y c u a tr o (la c r e a c ió n d e la lu z y
la c o lo c a c ió n d e lu c e s e n e l f ir m a m e n to ) , d ía s d o s y c in c o (la s e p a r a c ió n d el
a ir e y d e l ag u a y la c re a c ió n d e p e c e s y a v e s p a ra q u e h a b ita ra n e l a ire y el
a g u a ) , y lo s d ías tre s y se is (el s u rg im ie n to d e la tie rra s e c a y la c re a c ió n d e
a n im a le s d e la tie rra ) y su g ie re n q u e tal p a ra le lis m o e s u n a m u e stra q u e la e s ­
tr u c tu ra d e l c a p ítu lo e s s im p le m e n te p o é tic a . A s í, se g ú n e sta te o r ía , la s e ­
c u e n c ia d e la c r e a c ió n p u e d e e s e n c ia lm e n te d e s c a rta rs e , c o m o si a lg u n a
f o r m a lite ra ria en el p a s a je a n u la ra su s e n tid o lite ra l.

N a tu ra lm e n te , lo s d e fe n s o re s d e e ste p u n to d e v ista a c e p ta n la te o ría c ie n ­


tífic a m o d e rn a d e q u e la f o r m a c ió n d e la tie rra re q u ir ió v a rio s b illo n e s d e
a ñ o s . D ic e n q u e la a f irm a c ió n b íb lic a n o es m á s q u e u n a a rm a z ó n m e ta f ó ric a
q u e d e b e ría s o b re p o n e rs e a n u e s tra c o m p re n s ió n c ie n tíf ic a d e la c r e a c ió n . El
le n g u a je y lo s d e talle s d e G é n e s is 1 c a re c e n d e im p o r ta n c ia , d ic e n ; la ú n ic a
v e rd ad d e e s te p a s a je a p u n ta a e n s e ñ a r n o s q u e la m a n o d e la p ro v id e n c ia d i­
v in a g u ió el p ro c e s o d e e v o lu c ió n . El re la to d e la c r e a c ió n q u e h a c e G é n e s is
e s a s í re d u c id o a u n e le m e n to lite ra rio , u n a m e tá f o r a e x te n d id a q u e n o p o ­
d ría a c e p ta r s e d e b u e n as a p rim e ra s.
Pert> si el Se ñ o r q u e ría e n s e ñ a m o s q u e la c re a c ió n tu v o lu g a r en se is d ías
lite ra le s, ¿ c ó m o h a b ría p o d id o e x p lic a r lo m e jo r q u e c o m o lo h a c e el G é n e s is ?
L a lo n g itu d d e lo s d ía s e s tá d e fin id a p o r p e río d o s d e d ía y n o c h e q u e so n g o ­
b e rn a d o s d e sp u é s d el d ía c u a tr o p o r el so l y la lu n a . L a s e m a n a m is m a d e fin e
el p a rró n d e tr a b a jo y d e s c a n s o h u m a n o s . L o s d ía s s o n m a rc a d o s p o r el p a s a je

d e m a ñ a n a y ta rd e , ¿ C ó m o p o d ría e s to n o s ig n ific ar la p ro g re s ió n c ro n o ló g ic a
d el tr a b a jo c re a tiv o d e D io s ?
El p r o b le m a c o n la h ip ó te s is d e la a rm a z ó n e s q u e e m p le a u n m é to d o d e
in te rp r e ta c ió n d e s tru c tiv o . Si el s ig n if ic a d o s e n c illo d e G é n e s is 1 fu e ra e li­
m in a d o y e l le n g u a je u sa d o n o fu e ra m ás q u e u n re c u rs o lite ra rio , ¿ p o r q u é

n o h a c e r lo m is m o c o n G é n e s is 3 ? Sin d u d a, la m a y o ría d e lo s te ó lo g o s lib e ­


rale s in siste n e n q u e la s e rp ie n te q u e h a b la e n e l c a p ítu lo 3 n o e s m ás q u e u n a
f á b u la o u n a m e tá f o ra y, p o r lo ta n to , re c h az a n el p a s a je c o m o u n re g is tro li­
te ral e h is tó ric o d e c ó m o la h u m a n id a d c a y ó en el p e c a d o . ¿ D ó n d e , al fin al
d e c u e n ta s , te rm in a la m e tá f o ra y c o m ie n z a la h is to ria ? ¿ D e s p u é s d el d ilu v io ?

M a re n a ! p m te u ti n p o i d e r e c h o s ^ au 'i> r
L a c r e ac ió n : U na c o m p r e n s ió n b íb lic a 65

¿ D e s p u é s d e la to rre d e Ba b e l? ¿ Y p o r q u é e n to n c e s ? ¿ P o r q u é n o c la s if ic a r

ta m b ié n c o m o re c u rs o s lite ra rio s to d o s lo s m ila g ro s b íb lic o s ? ¿ P o r q u é n o se


p o d ría d e s c a rta r la re s u rre c c ió n m ism a c o m o u n a sim p le a le g o ría ? Kn las p a ­

la b ra s d e E. J. Y o u n g , “ Si la h ip ó te s is d el a rm a z ó n se a p lic a ra a las n a rr a ­
c io n e s d el n a c im ie n to v irg in al o a la re s u rre c c ió n o a R o m a n o s 5 . 1 2 s s, p o d ría
s e rv ir e f e c tiv a m e n te p a ra m in im iz a r la im p o rta n c ia d el c o n te n id o d e e s to s
p a s a je s ta n to c o m o el c o n te n id o d e l p rim e r c a p ítu lo d e G é n e s is ” *8

Y o u n g se re fie re a s í a la f a la c ia d e la h ip ó te s is d e la “ a r m a z ó n ” :

Es n ecesario p reg u ntarse: “ Si se ad m itiera un p u nto d e v ista no c ro n o ló g ic o


d e lo s d ías, ¿cu ál seria el p ro p ó sito d e m en cio n ar seis d ías? ” Po rq u e, u na
vez que rechaz am o s la secu encia c ro n o ló g ic a q ue d a G énesis, estam o s en el
p u nto d o nd e p o d em o s realm ente d ecir m uy p o c o so b re el c o n ten id o d e
G énesis uno . Es im p o sib le so stener q u e hay d o s trío s d e d ías, cad a u no p a­
ralelo c o n el o tro . El d ía c u a tro ... hab la d el ac to d e D io s d e p o ner lu m inarias
en el firm am en to . El firm am en to , sin em b arg o , hab ía sid o c read o en el se­
g u nd o d ía. Si lo s d ías c u arto y q u in to so n d o s asp ecto s d e la m ism a c o sa,
en to n ces el seg u nd o d ía (que hab la d el firm am ento ) tam b ién d ebería p re­
ced er a lo s d ías u no y c u atro . Si se p erm itiera este p ro ced im iento co n to d o s
sus p ro b lem as g ram atic ales, ¿ p o r qué no ser co nsistentes e ig u alar esto s c u a­
tro d ías c o n el p rim er v ersícu lo d e G énesis? U na v ez q u e ab an d o n am o s el
c laro leng u aje d el te x to no hay d efensa c o n tra un p ro ced im iento así. C o n
to d a seried ad , h ab ría q u e p reg u ntar; ¿Po d em o s creer q u e el p rim er c ap ítu lo
d e G énesis trata d e enseñar q u e el d ía d o s p reced e a lo s d ías u no y c u atro ?
H ac er tal p reg u nta es c o n testarla.“

El h e c h o s e n c illo , a u n q u e o b v io , e s q u e n ad ie q u e lea la Bib lia y d e je q u e


e lla se in te rp re re p o r s í m ism a p o d ría p e n s a r q u e el tie m p o d e la c re a c ió n fu e
a lg o d if e re n te a u n a s e m a n a n o rm a l d e s ie te d ías. El c u a r to m a n d a m ie n to n o
te n d ría s e n tid o si n o c re y é ra m o s q u e lo s d ías d el tr a b a jo c re a tiv o d e D io s
c o rre s p o n d e n a u n a s e m a n a d e tr a b a jo n o rm a l d e lo s se re s h u m a n o s .
L a h ip ó re sis d e la a rm a z ó n e s el re s u lta d o d ir e c to d e h a c e r d e u n a m o ­
d e rn a te o ría c ie n tíf ic a u n a p a u ta h e rm e n é u tic a p o r la c u a l in te r p r e ta r las
Es c ritu ra s . L a p re s u p o s ic ió n f u n d a m e n ta l d e trá s d e la h ip ó te sis d e la a rm a z ó n
e s la c re e n c ia q u e la c ie n c ia h a b la c o n m á s a u to rid a d s o b re lo s o ríg e n e s y la

e d ad d e la tie rra q u e c o m o lo h a c e n las Esc ritu ra s . L o s q u e a b ra z a n tal p o s ­


tu ra h an h e c h o d e la c ie n c ia u n a a u to rid a d s u p e r io r a las Es c ritu ra s . H a n p e r­
m itid o q u e las h ip ó te s is c ie n tíf ic a s , q u e n o s o n m ás q u e o p in io n e s h u m an a s
sin el re sp a ld o d e la a u to r id a d d iv in a , se an la re g la h e rm e n é u tic a p o r la c u al
se in te rp re te n las E s c ritu ra s .
H a c e r e s to n o tie n e g a ra n tía a lg u n a . L a o p in ió n m o d e rn a c ie n tíf ic a n o es
u n a h e rm e n é u tic a v álid a p a ra in te r p r e ta r G é n e s is (ni n in g u n a o tra p o rc ió n

M atp rif ll p io U ^ y icJa p o i c t e t W i o s ijf * a m o r


66 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

d e las Es c ritu ra s s o b re e ste a s u n to ) . L a s E s c r itu ra s s o n la v e rd ad in sp irad a p o r


D io s ( 2 T i. 3 :1 6 ) . “ p o rq u e n u n c a la p ro f e c ía fu e tra íd a p o r v o lu n ta d h u m a n a ,

s in o q u e lo s s a n to s h o m b re s d e D io s h a b la r o n s ie n d o in sp ira d o s p o r el
Esp íritu S a n to ” ( 2 P. 1 :2 1 ) . Je s ú s re su m ió p e rf e c ta m e n te el p u n to c u a n d o d ijo :

“ tu p a la b ra e s v e rd a d " ( Jn . 1 7 :1 7 ) . L a Bib lia e s la v e rd ad s u p r e m a y, p o r lo


ta n to , e s la m e d id a p o r la c u a l la te o r ía c ie n tíf ic a tie n e q u e se r e v a lu a d a , n o
al re v é s.
L as Es c ritu ra s s ie m p r e h a b la n c o n a u to r id a d a b s o lu ta . So n a u to rita tiv a s
c u a n d o n o s in s tru y e n c o m o c u a n d o n o s d an ó rd e n e s . So n ta n v e rd ad c u a n d o

n o s h a b la n d e l f u tu ro c o m o c u a n d o re g is tra n e l p a s a d o . A u n q u e n o e s un
lib ro d e te x to s o b re c ie n c ia , c a d a v e z q u e se c ru z a c o n in f o r m a c ió n c ie n tíf ic a
h a b la c o n la m is m a a u to r id a d co m o c u a n d o e s tá d á n d o n o s p re c e p to s

m o ra le s . A u n q u e m u c h o s h an tr a ta d o d e p o n e r a la c ie n c ia c o n tr a las
Es c ritu ra s , la c ie n c ia n u n c a h a d e s a p ro b a d o ni u n a jo ta n i u n a tild e d e la

Bib lia . N i n u n c a p o d rá h a c e rlo .


Es, p o r lo ta n to , u n s e rio e r r o r p e n s a r q u e lo s c ie n tíf ic o s m o d e rn o s

p u e d e n h a b la r c o n m á s a u to rid a d q u e las E s c r itu ra s s o b re el te m a d e lo s o r í­


g e n e s. L a s E s c ritu ra s s o n e l r e la to d e l p r o p io D io s c o m o te s tig o o c u la r d e lo
q u e o c u r r i ó e n el p r i n c i p i o . C u a n d o s e t r a t a d e l o r i g e n d e l u n i v e r s o , t o d o l o

q u e la c ie n c ia p u e d e o f re c e r e s u n a c o n je tu r a . L a c ie n c ia n o h a p r o b a d o n ad a
q u e n ie g u e la v e rsió n d e l G é n e sis . D e h e c h o , el r e la to d el G é n e s is re sp o n d e
lo s m is te rio s d e la c ie n c ia .
El N u e v o T e s ta m e n to n o s d a u n p a tró n s e n c illo p ara in te r p re ta r G é n e s is .
Si e l le n g u a je d e c o m ie n z o s d e G é n e s is e ra p a ra in te r p r e ta rs e f ig u ra tiv a m e n te ,
p o d ría m o s e s p e ra r q u e e n el N u e v o T e s ta m e n to , G é n e s is se in te rp re ta ra e n
u n s e n tid o f ig u ra d o . D e sp u é s d e to d o , el N u e v o T e s ta m e n to s o n Es c ritu ra s
in sp ira d a s , lo q u e e s c o n f irm a d o e n lo s c o m e n ta r io s d e l p r o p io C r e a d o r s o b re
e l re la to d el G é n e s is .
¿ Q u é e n c o n tr a m o s e n el N u e v o T e s ta m e n to ? En c a d a r e f e re n c ia a
G é n e s is q u e se e n c u e n tra en e l N u e v o T e s ta m e n to , lo s a c o n te c im ie n to s re g is ­

tr a d o s p o r M o is é s se tr a ta n c o m o h e c h o s h is tó ric o s . Y e n p a rtic u la r, lo s
p rim e ro s tre s c a p ítu lo s d e G é n e s is so n tr a ta d o s c o n s is te n te m e n te c o m o un
re g istro lite ral d e h e c h o s h is tó ric o s . El N u e v o T e s ta m e n to c o n f ir m a , p o r e je m ­

p lo , la c re a c ió n d e A d án a la im ag e n d e D io s ( Stg . 3 :9 ) .
P a b lo e s c r ib ió a T im o te o : “ P o rq u e A d án fu e f o rm a d o p rim e ro , d e sp u é s
E v a ; y A d á n n o fu e e n g a ñ a d o , s in o q u e la m u je r, s ie n d o e n g a ñ a d a , in c u rrió
en tra n s g r e s ió n (1 T i. 2 : 1 3 - 1 4 ) . En 1 C o r in tio s 1 1 :8 - 9 , e s c r ib e : “ P o rq u e e l
v a ró n n o p ro c e d e d e la m u je r, s in o la m u je r d el v a ró n , y ta m p o c o el v aró n

fu e c re a d o p o r c a u s a d e la m u je r, s in o la m u je r p o r c a u sa d el v a r ó n ” .
L a p r e s e n ta c ió n q u e h a c e P a b lo e n R o m a n o s 5 :2 1 - 2 1 d el p e c a d o o rig i-

M a i* n al p io t o jir lo \.\c\r ilm er d iu s auïi.ir


L a c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b íb lic a 67

n al e stá b a s a d a en u n A d án h is tó ric o y en u n a in te rp re ta c ió n lite ral d el re la to

e n G é n e s is s o b re c ó m o c a y ó . A d e m ás , to d o c u a n to P a b lo tie n e q u e d e c ir
s o b re la d o c trin a d e la ju s tif ic a c ió n p o r fe d e p e n d e d e e s o . “ P o rq u e a s í c o m o
e n A d án to d o s m u e re n , ta m b ié n en C r is to ro d o s s e rá n v iv if ic a d o s " (1 C o .
1 5 :2 2 ) . C la ra m e n te , P a b lo d a c a r á c te r h is tó ric o , n o a le g ó ric o , ta n to a la
c re a c ió n c o m o a la c a íd a d e A d á n . Je s ú s m is m o se re firió a la c re a c ió n d e
A d án y Ev a c o m o u n h e c h o h is tó ric o ( M r. 1 0 :6 ) . C u e s tio n a r la h isto ria d e

e s to s a c o n te c im ie n to s e s in te n ta r s o c a v a r la e s e n c ia m ism a d e la d o c tr in a
c ris tia n a .

A d e m ás , si las m ism a s E s c r itu ra s tr a ta n la c re a c ió n y la c a íd a d e A d án


c o m o s u c e s o s h is tó ric o s , n o h ay g a ra n tía p o r tr a ta r el re s to d e l re la to d e la
c re a c ió n c o m o a le g o r ía o re c u rso lite ra rio . En n in g u n a p arre d e las Es c ritu ra s
se e n c u e n tra a lg u n o d e e s to s a c o n te c im ie n to s tr a ta d o s c o m o s im p le s im ­
b o lis m o .
D e h e c h o , c u a n d o el N u e v o T e s ta m e n to h a c e m e n c ió n a la c re a c ió n (v ea
M r. 1 3 :1 9 ; Jn . 1 :3 ; H c h . 4 : 2 4 ; 1 4 :1 5 ; 2 C o . 4 : 6 ; C o l. 1 :1 6 ; H e . 1 :2 , 1 0 ; A p .
4 : 1 1 ; 1 0 :6 ; 1 4 :7 ) , sie m p re se re f ie re a u n a c o n te c im ie n to p a s a d o y y a c o m ­
p le ta d o , u n a o b r a in m e d ia ta d e D io s , n o c o m o a u n p ro c e s o d e e v o lu c ió n q u e

e stá o c u rrie n d o . L a p ro m e tid a N u e v a C r e a c ió n , u n te m a q u e c o rr e a tra v é s


d e a m b o s T e s ta m e n to s , se p re s e n ta ta m b ié n c o m o u n a c re a c ió n y a a s e g u ra d a ,
n o c o m o u n p r o c e s o le ja n o q u e p o d ría o c u r r ir (Is. 6 5 :1 7 ) . D e e sta f o rm a , el
m o d e lo p a ra la N u e v a C r e a c ió n e s la c re a c ió n o rig in a l (c p . R o . 8 : 2 1 ; A p .
2 1 :1 ,5 ) .
In c lu s o H e b re o s 1 1 :3 h a c e d e la c re e n c ia en la c re a c ió n p o r d e te rm i­
n a c ió n d iv in a la e s e n c ia m is m a d e la fe : “ P o r la fe e n te n d e m o s h a b e r s id o
c o n s titu id o el u n iv e rs o p o r la p a la b ra d e D io s , d e m o d o q u e lo q u e se v e fu e
h e c h o d e lo q u e n o se v e ía ” . L a c re a c ió n e x n ih ila e s la e n s e ñ an z a c la ra y c o n ­
s e c u e n te d e la Bib lia .
La e v o lu c ió n fu e in tro d u c id a c o m o u n a a lte rn a tiv a a te ís ta a la v e rsió n
b íb lic a d e la c re a c ió n . Se g ú n la e v o lu c ió n , el h o m b r e c r e ó a D io s e n lu g a r d e
D io s a l h o m b re . Y c o m o h e m o s v isto , la a g e n d a fin al d e lo s e v o lu c io n is ta s es
e lim in a r la fe e n D io s d el to d o y en c o n s e c u e n c ia , te r m in a r c o n la r e s p o n s a ­
b ilid a d m o ra l.
C u a n d o c o n te m p la m o s n u e s tro o rig e n , la in tu ic ió n su g ie re a la m e n te h u ­
m a n a u n a se rie d e p re g u n tas : ¡Q u ie n e stá e n c o n tr o l d el u n iv e rso ? ¿ H a y a l­
g u ie n q u e se a s o b e r a n o , u n le g islad o r? ¿ Es u n ju e z u n iv e rsa l? ¿ Es u n m o d e lo
m o ra l tra s c e n d e n te p o r el c u a l v iv ir? ¿ Es a lg u ie n a q u ie n te n d re m o s q u e d a r
c u e n ta ? ¿ H a b rá u n a e v a lu a c ió n fin al s o b re c ó m o v iv im o s n u e stra v id a?
¿ H a b r á u n ju ic io f in al?
P ara e v ita r re sp o n d e r a e s ta s p re g u n ta s fu e q u e se in v e n tó la e v o lu c ió n .

Minarial ptolfígicJupni rterBcfirosdeauKn


68 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

L a e v o lu c ió n fu e c o n c e b id a p a ra m in im iz a r al D io s d e la B ib lia , n o
p o rq u e lo s e v o lu c io n is ta s re a lm e n te c re y e ra n q u e u n C r e a d o r e ra in n e c e s a rio
p a ra e x p lic a r c ó m o c o m e n z a ro n las c o s a s , s in o p o rq u e n o q u e ría n al D io s d e
las Es c ritu ra s c o m o su ju e z . So b re e s to , M a rv in L . L u b e m o w e s c rib e :

El v e rd a d e ro a s u n to e n el d e b a te d e la c re a c i ó n y la e v o l u ci ó n n o e s la e x i s ­
te n ci a d e D i o s , El v e rd a d e ro a s u n to e s la n a tu ra l e z a d e D i o s . P e n s ar e n la

e v o l u ci ó n c o m o b á s i ca m e n te a te a e s n o e n te n d e r la s i n g u l ari d a d d e la e v o ­

l u ci ó n . L a e v o l u ci ó n n o f u e d i s e ñ a d a c o m o u n a ta q u e g e n e ra l al te í s m o . Fu e

d i s e ñ a d a c o m o u n a ta q u e e s p e cí f i co al D i o s d e l a B i b l ia, y el D i o s d e la B ib l ia

se re v e l a cl a ra m e n te a tra v é s d e la d o c tri n a d e la c re a c i ó n . O b v i a m e n te , si

u n a p e rs o n a e s a te a , s e rá n o rm a l q u e ta m b i é n s e a u n e v o l u c i o n i s ta . P e ro la

e v o l u ci ó n e s ta n co n f o rta b l e c o n el te í s m o c o m o c o n el a te í s m o . U n e v o l u ­

ci o n i s ta e s p e rf e cta m e n te l ib re d e a d o p ta r el d i o s q u e d e s e e , a u n q u e n o s e a

el D i o s d e la B ib l ia. L o s d i o s e s p ro v i s to s p o r la e v o l u ci ó n s o n p ri v a d o s , s u b ­

j e ti v o s y a rtif ici a l e s . N o s e p re o cu p a n p o r n a d ie ni h a ce n n i n g u n a d e m a n d a

é ti c a . S in e m b a rg o , el D io s d e la B ib l ia e s C re a d o r, S o s te n e d o r, S a l v a d o r y

Ju e z . T o d o s s o n re s p o n s a b l e s a É l . Él tie n e u n a a g e n d a q u e se c o n tra p o n e

c o n la d e l o s h u m a n o s p e ca d o re s . P a ra el h o m b re , s e r c re a d o a l a i m a g e n d e

D i o s e s m u y i m p re s i o n a n te . P a ra D i o s , s e r c re a d o a la i m a g e n d el h o m b re

es m u v
é
c ó m o d o . 10

P a ra p o n e rlo e n f o rm a s im p le , la e v o lu c ió n fu e in v e rn a d a p a ra e lim in a r
a l D io s d e l G é n e s is y, p o r lo ta n to , e x p u ls a r a D io s y b o r r a r la in v io la b ilid a d
d e su ley . L a e v o lu c ió n e s s im p le m e n te la ú ltim a m a n if e s ta c ió n q u e n u e s tra
ra z a c a íd a h a le g a d o p a ra s u p rim ir n u e s tro c o n o c im ie n to in n a to y e l te s ­
tim o n io b íb lic o d e q u e h ay u n D io s y d e q u e s o m o s re s p o n s a b le s a Él <cp . R o .

1 :2 8 ) . A l a d o p ta r la e v o lu c ió n , la s o c ie d a d m o d e rn a tr a ta d e a le ja r d e s í la
m o ra lid a d , la re s p o n s a b ilid a d y e l s e n tim ie n to d e c u lp a . L a s o c ie d a d ha
a b r a z a d o la e v o lu c ió n c o n tal e n tu s ia s m o d e b id o a q u e las p e rso n a s se im a ­
g in a n q u e as í se e lim in a a D io s y q u e d a n lib re s p ara h a c e r lo q u e q u ie ra n sin
a s u m ir c u lp a alg u n a y sin te n e r q u e e n f re n ta rs e a c o n s e c u e n c ia s .

L a m e n tira e v o lu c io n is ta e s ta n s u tilm e n te a n tité tic a a la v e rd ad c ris tia n a


q u e p u d ie ra p a re c e r im p o s ib le q u e u n c r is tia n o se c o m p ro m e ta c o n la c ie n ­

c ia d e la e v o lu c ió n e n a lg ú n g r a d o . P e ro d e sp u é s d e s ig lo y m e d io d e p r o ­
p a g a n d a e v o lu c io n is ta , lo s e v o lu c io n is ta s h an te n id o u n n o ta b le é x i to e n

h a c e r q u e io s c ris tia n o s se les u n a n . T a n to , q u e m u c h o s c ris tia n o s m o d e rn o s ,


q u iz á sea m á s ju s to d e c ir q u e m u c h o s q u e se a u to d c n o m in a n c ris tia n o s h o y

d ía , y a e s tá n c o n v e n c id o s d e q u e el r e la to d e la c re a c ió n d el G é n e s is n o es u n
re g is tro h is tó ric o v e rd a d e ro . A sí, n o s o lo h an c a p itu la d o a n te la d o c trin a e v o ­
lu c io n is ta en e s te p u n to in ic ia l, s in o q u e h an a b r a z a d o u n a p o s tu ra q u e s o ­
c a v a la a u to r id a d d e las Es c ritu ra s e n s u p u n to in ic ia l.

M a ta ría ! p f rtte ijk Jlf l p o r ííf ji'e e h ro í; d e a u to r


Im c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b íb lic a 69

L o s e v o lu c io n is ta s lla m a d o s te ís ta s q u e tr a ta n d e c a s a r las te o r ía s h u m a ­

n ista s d e la c ie n c ia m o d e rn a c o n el te ís m o b íb lic o p u e d e n d e c ir q u e e s tá n h a ­
c ie n d o tal c o s a p o rq u e a m a n a D io s , p e ro !a v e rd ad e s q u e llam an a D io s u n
p o c o y a su re p u ta c ió n a c a d é m ic a u n m o n tó n , A l s o c a v a r la h is to ric id a d d e
G é n e s is e s tá n s o c a v a n d o su p ro p ia fe . En tre g u e el tr o n o a la d o c trin a e v o lu ­
c io n is ta y h ag a d e la Bib lia su se rv id o ra y h a b rá e c h a d o las b ase s p ara u n d e ­
s a s tr e e s p iritu a l.
L a s E s c ritu ra s , n o la c ie n c ia , so n la p ru e b a fin al d e to d a v e rd ad . Y m ie n ­
tra s m á s e v a n g e lic a lis m o su rg e d e e sta c o n v ic c ió n , m e n o s e v a n g é lic a y m as
h u m a n ista lle g a a ser.
L a s E s c r itu ra s a d v ie rte n c o n tra el f a ls o “ c o n o c im ie n to ” (1 T i. 6 : 2 0 ) , p a r­
tic u la rm e n te el lla m a d o c o n o c im ie n to “ c ie n tíf ic o ” q u e se o p o n e a la v e rd ad

d e las Es c ritu ra s . C u a n d o lo q u e se p re te n d e p a s a r p o r “ c ie n c ia ” n o e s m ás

q u e u n a v isió n d el m u n d o b a s a d a e n la fe q u e e s h o stil a la v e rd ad d e las


E s c ritu ra s , n u e stra re s p o n s a b ilid a d d e e s ta r en g u a rd ia e s m a g n if ic a d a . Y
c u a n d o las p re s u p o s ic io n e s n a tu ra lis ta s y a te ís ta s so n p ro m o v id a s a g r e s i­
v a m e n te c o m o si f u e ran h e c h o s c ie n tíf ic a m e n te e s ta b le c id o s , lo s c ris tia n o s d e ­
b e ría n e x p o n e r rale s m e n tira s y e s ta b le c e r p o r q u é se o p o n e n a e lla s. El
a b a n d o n o d e u n a v isió n b íb lic a d e la c re a c ió n y a h a p ro d u c id o a b u n d a n te
d a ñ o en la s o c ie d a d m o d e rn a . Es tie m p o d e q u e la ig le sia se c o m p ro m e ta c o n
e s to s a s u n to s . D e b ilita r n u e s tro c o m p ro m is o co n la v isió n b íb lic a d e la
c re a c ió n p o d ría in ic ia r u n d e sa s tre m o r a l y e s p iritu al e n c a d e n a , c o n ra m if i­
c a c io n e s te o ló g ic a s e n la ig le sia q u e e x a c e r b e n el te rrib le c a o s m o r a l q u e y a

h a c o m e n z a d o a m a n if e s ta r s e e n la s o c ie d a d se c u lar.
C o n e s o en m e n te , h a c e a lg u n o s a ñ o s e m p re n d í u n s e rio e s tu d io d e

G é n e sis , A u n q u e la p a rte p rin c ip a l d e m i m in is te rio h a e s ta d o d e d ic a d o a u n a


e x p o s ic ió n v e rs íc u lo p o r v e rs íc u lo d e to d o el N u e v o T e s ta m e n to , re c ie n ­
te m e n te m e v o lv í h a c ia e l A n tig u o T e s ta m e n to y c o m e n c é a p re d ic a r en m i
ig le sia u n a se rie a c e r c a d e G é n e sis . Este m a te ria l es el f ru to d e m i e s tu d io y
e n s e ñ a n z a en G é n e s is 1 - 3 . A llí e n c o n tr a m o s el f u n d a m e n to d e c a d a d o c trin a
q u e e s e s e n c ia l a la fe c ris tia n a . Y m ie n tra s m ás c u id a d o s a m e n te h e e s tu d ia d o
e s to s c a p ítu lo s in ic ia le s d e las E s c ritu ra s , m ás c la ra m e n te h e v is to q u e so n el
f u n d a m e n to v ital p ara to d o lo q u e c re e m o s c o m o c ris tia n o s .
L a m e n ta b le m e n te , es u n tu n d a m e m o q u e e stá s ie n d o a ta c a d o s is te m á ti­
c a m e n te p o r las p ro p ia s in s titu c io n e s q u e c o n m á s d e c is ió n d e b e ría n d e f e n ­
d e rlo . M á s y m á s in s titu c io n e s e d u c a c io n a le s c r i s ti a n a s , a p o lo g is ta s y
te ó lo g o s e s tá n a b a n d o n a n d o la fe e n la v e rd ad lite ra l d e G é n e s is 1-3.
R e c u e r d o h a b e r le íd o h a c e u n o s c u a n to s a ñ o s u n e s tu d io q u e re v e la b a q u e
en u na d e las a s o c ia c io n e s e v an g é lic a s líd e re s d e lo s Es ta d o s U n id o s , c u y a
m e m b re s ía in c lu y e u n a c a n tid a d d e u n iv e rsid ad e s y s e m in a rio s b íb lic o s c o n -

M aterial p ro teg id o p or d eruebo g d e au io r


70 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

s e rv a d o re s , s o lo c in c o o se is e s c u e la s d e n iv el u n iv e rs ita rio sig u e n s ó lid a m e n te

o p u e s ta s a la p o s ru ra d e la v ie ja - tie rra d e la c re a c ió n . El re s to e s tá n a b ie rto s

a u n a re in te rp re ta c ió n d e G é n e s is 1 - 3 q u e se a c o m o d a a las te o ría s e v o lu c io ­

n is ta s . U n a c a n tid a d d e b ie n c o n o c id o s m a e s tro s d e Bib lia o a p o lo g is ta s v en

to d o e s to c o m o a lg o d is c u tib le y a lg u n o s in c lu s o e n f o rm a a g re siv a a rg u y e n

q u e u n a c e r c a m ie n to lite ral al G é n e s is v a e n d e tr im e n to d e la c re d ib ilid a d d el


c ris tia n is m o . E s to s se h an d e c la ra d o p e rd e d o re s e n la b a ta lla o , lo q u e e s p eo r,

se h a n u n id o a lo s q u e a ta c a n el c re a c io n is m o b íb lic o .

A g ra d e z c o a to d o s lo s q u e s ig u e n r e s is tie n d o f ie lm e n te la p r e s ió n .

A lg u n as o r g a n iz a c io n e s , c o m o R e s p u e s ta s en G é n e s is , la So c ie d ad d e In v e s ­

tig a c ió n d e la C re a c ió n y el In s titu to p a ra la In v e s tig a c ió n d e la C re a c ió n in v o ­

lu c ra n a m u c h o s c ie n tíf ic o s e x p e r to s q u e d e s a f ía n las p re s u p o s ic io n e s d e lo s

e v o lu c io n is ta s e n lo s te rre n o s té c n ic o y c ie n tíf ic o . E s to s d e m u e s tra n c la ­

ra m e n te q u e la h a b ilid a d c ie n tíf ic a n o e s in c o m p a tib le c o n la fe e n la v e rd ad

lite ra l d e las Es c ritu ra s y q u e la b a ta lla p o r el p r in c ip io e s, al fin d e c u e n ta s ,

u n a b a ta lla e n tre d o s tip o s d e fe q u e se e x c lu y e n m u tu a m e n te : L a fe e n las

Es c ritu ra s f re n te a la fe e n las h ip ó te s is a n tite ís tic a s . En re a lid a d n o e s u n a

b a ta lla e n tr e la c ie n c ia y la B ib lia .
M i p r o p ó s ito e s e x a m in a r lo q u e las Es c ritu ra s e n se ñ a n a c e r c a d e la

c re a c ió n . A u n q u e e s to y c o n v e n c id o d e q u e la v e rd ad d e las E s c ritu ra s tie n e

in te g rid a d c ie n tíf ic a , e n la m a y o r p a rte tr a to d e d e ja r la d e fe n sa c ie n tíf ic a d el


c re a c io n is m o a q u ie n e s tie n e n m á s e x p e rie n c ia e n la c ie n c ia . M i p ro p ó s iro e s,

m a y o r m e n te , e x a m in a r lo q u e las E s c r itu ra s e n se ñ a n a c e r c a d e l o rig e n d el

u n iv e rs o y la c a íd a e n p e c a d o d e la h u m a n id a d , y d e m o s tr a r p o r q u é es

in c o m p a tib le c o n las c re e n c ia s n a tu ra lis ta s y las te o r ía s e v o lu c io n is ta s .

C o m o c r is tia n o s , c re e m o s q u e la Bib lia e s la v e rd ad re v e la d a a n o s o tro s


p o r D io s , q u ie n es el v e rd a d e ro C r e a d o r d el u n iv e rso . Esa c re e n c ia e s el f u n -

d a m e n ro p rin c ip a l d e to d o c r is tia n is m o g e n u in o . Es a b s o lu ta m e n te in c o m ­

p a tib le c o n las p re s u p o s ic io n e s e s p e c u la tiv a s d e lo s n a tu ra lis ta s .

En las E s c r itu ra s , el C r e a d o r m is m o n o s h a re v e lad o to d o lo e s e n c ia l p a ra


la v id a y la p ie d a d . Y e sta re v e la c ió n c o m ie n z a c o n el r e la to d e la c r e a c ió n .

Si e l r e la to d e la c re a c ió n b íb lic a e s e n a lg ú n g r a d o p o c o f irm e , la b a se d e l re s­

to d e las E s c ritu ra s ta m b ié n s e rá d é b il.


P e ro el f u n d a m e n to n o e s m o v e d iz o . En m i c a s o , m ie n tra s m ás e n tie n d o

lo q u e D io s n o s h a re v e la d o e n c u a n to a n u e s tro o rig e n , m ás c la ra m e n te v e o
q u e el f u n d a m e n to p e r m a n e c e firm e . Es to y d e a c u e rd o c o n lo s q u e d ic e n q u e

e s tie m p o d e q u e el p u e b lo d e D io s e c h e u n a m irad a f re s c a al re la to b íb lic o

d e la c re a c ió n . P e ro n o lo e s to y c o n lo s q u e c re e n q u e d e b e m o s c a p itu la r en
a lg ú n g ra d o a n te las te o r ía s tr a n s ito ria s d el n a tu ra lis m o . So lo u n a m ira d a s in ­

M a l a n n i p i c ito 131r io \.\c\f d m échus a u ïd r


ÍjJ c r e ac ió n : U na c o m p r e n s ió n b íb lic a 71

c e ra a las E s c ritu ra s , c o n s a n o s p rin c ip io s d e h e rm e n é u tic a , d a rá la p o s i­


b ilid ad d e e n te n d e r la c re a c ió n y c a íd a d e n u e stra raz a .

L a Bib lia h a c e u n re la to c la r o y c o n v in c e n te d e lo s p rin c ip io s d el c o s m o s


y d e la h u m a n id a d . N o h ay n in g u n a ra z ó n p a ra q u e u n a m e n te in te lig e n te
y e rre en a c e p ta rlo c o m o u n re la to lite ral d e lo s o ríg e n e s d e n u e s tro u n iv e rso .
A u n q u e el re la to b íb lic o c h o c a en v a rio s p u n to s c o n las h ip ó t e s is n a tu r a lis ta s
y e v o lu c io n is ta s , n o e stá en c o n f lic to c o n n in g ú n h e c h o c ie n tíf ic o . In d u d a ­

b le m e n te , to d a la in f o rm a c ió n g e o ló g ic a , a s tr o n ó m ic a y c ie n tíf ic a p u e d e
re c o n c ilia rs e f á c ilm e n te c o n el re la to b íb lic o . El c o n f lic to n o e s tá e n tre la c ie n ­
c ia y las Es c ritu ra s , s in o e n tre la fe c o n f ia d a d e lo s q u e c re e n e n la Bib lia y el

e s c e p tic is m o to z u d o d e lo s n a tu ra lis ta s .

P a ra m u c h o s , h a b ie n d o s id o in d o c tr in a d o s en e s c u e la s d o n d e la lín e a
e n tre h ip ó te s is y h e c h o s e s s is te m á tic a y d e lib e ra d a m e n te v io la d a , a q u e llo p o ­
d ría s o n a r in g e n u o o p o c o s o f is tic a d o , n o o b s ta n te lo c u a l e s u n h e c h o . D e

n u e v o , la c ie n c ia n u n c a h a d e s a p ro b a d o u n a p a la b ra d e las Es c ritu ra s , ni n u n ­
c a p o d rá . P o r el o tr o la d o , la te o ría e v o lu c io n is ta sie m p re ha e s ta d o en c o n ­
f lic to c o n las E s c r itu ra s y s ie m p re lo e s ta rá . P e ro la n o c ió n d e q u e el u n iv e rso
e v o lu c io n ó a tra v é s d e u n a s e rie d e p ro c e s o s n a tu ra le s e s u n a h ip ó te s is n o
p ro b a d a ni c o m p ro b a b le y, p o r lo ta n to , n o e s “ c ie n c ia '" . N o h ay p ru e b a a l­
g u n a d e q u e el u n iv e rso h a y a e v o lu c io n a d o n a tu ra lm e n te . L a e v o lu c ió n n o es

m ás q u e u n a te o r ía , y u n a te o ría c u e s tio n a b le y q u e e s tá c a m b ia n d o c o n s ta n ­
te m e n te . Fin a lm e n te , si se la a c e p ta ra c o m o ta l, d e b e ría se r to m a d a p o r fe.
¡C u á n to m e jo r e s b a s a r n u e stra fe s o b re e l f u n d a m e n to s e g u ro d e la
P a la b ra d e D io s ! N o h ay c o n o c im ie n to ig u al o s u p e rio r a las E s c ritu ra s . A
d if e re n c ia d e la te o ría c ie n tíf ic a , e sta e s e te rn a m e n te in c a m b ia b le . A d if e re n c ia
d e las o p in io n e s d e lo s h o m b r e s , su v e rd ad e s re v e lad a p o r el p ro p io C re ad o r.
N o e s, c o m o m u c h o s s u p o n e n , c o n tra r ia a la c ie n c ia . La v e rd ad e ra c ie n c ia
sie m p re ha re sp a ld a d o la e n se ñ a n z a d e las Es c ritu ra s . L a a r q u e o lo g ía , p o r
e je m p lo , h a d e m o s tra d o v ez tra s v ez la e x a c titu d d el re g is tro b íb lic o . C a d a

v ez q u e se h a re c u rrid o a l re g is tro h is tó ric o d e las E s c r itu ra s p ara a p r o b a r o


d e s a p ro b a r la e v id e n c ia a rq u e o ló g ic a o u n a e v id e n c ia d o c u m e n ta l in d e p e n ­

d ie n te c o n f ia b le , sie m p re el re g is tro b íb lic o h a re su lta d o v e raz . En re a lid a d ,


no h ay raz ó n v álid a p ara d u d a r o d e s c o n f ia r d el re g is tro b íb lic o d e la
c re a c ió n , ni ta m p o c o h ay n e c e sid a d d e a c o m o d a r el re la to b íb lic o p a ra tr a ta r
d e h a c e rlo c a lz a r en las ú ltim a s m o d a s d e la te o ría e v o lu c io n is ta .
P o r lo ta n to , m i e n f o q u e en e ste e n s ay o se rá s im p le m e n te e x a m in a r lo q u e
el te x to b íb lic o e n se ñ a a c e r c a d e la c re a c ió n . M i p ro p ó s ito n o es e s c r ib ir u n
tr a ta d o p o lé m ic o c o n tr a el a c tu a l p e n s a m ie n to e v o lu c io n is ta . N o p re te n d o
p ro f u n d iz a r e n lo s a rg u m e n to s c ie n tíf ic o s re la c io n a d o s c o n el o rig e n d el u n i­
v e rso . D o n d e lo s h e c h o s c ie n tíf ic o s se e n tr e c r u c e n c o n el re g is tro b íb lic o , lo

M at en al p ro leg iü o p or d erech o s d e au lo r
72 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

h a ré n o ta r. P e ro m i p rin c ip a l o b je tiv o e s e x a m in a r lo q u e la Bib lia e n se ñ a


a c e r c a d e l o rig e n d e l u n iv e rs o y d e a h í e c h a r u n a m ira d a a las ra m if ic a c io n e s

m o ra le s , e s p iritu a le s y e te rn a s d e l c re a c io n is m o b íb lic o p ara v e r e n q u é m a ­

n e ra a f e c ta a las p e rs o n a s d e l m u n d o d e h o y .
Es to y e n d e u d a c o n v a rio s a u to re s q u e h an tr a ta d o a n te s e s te te m a y

c u y a s o b r a s f u e ro n d e m u c h a a y u d a p a ra e n m a rc a r m is p ro p io s p e n sa m ie n to s
e n e s ta s m a te r ia s . P r im e r o e n tr e e llo s e s tá n D o u g la s F. K e n n y ,11 Jo h n
A n k e rb e rg y Jo h n W e ld o n ,1* P h illip E. Jo h n s o n ,13 H e n ry M o r r i s 14 y K e n
H a m .”

D e n u e v o , u n a c o m p re n s ió n b íb lic a d e la c r e a c ió n y c a íd a d e la h u ­

m a n id a d e s ta b le c e el f u n d a m e n to n e c e s a rio p a ra la v isió n c ris tia n a d e l m u n ­


d o . T o d o lo q u e las Es c ritu ra s e n se ñ a n s o b re e l p e c a d o y la re d e n c ió n a s u m e
la v e rd ad lite ral d e lo s p rim e ro s tre s c a p ítu lo s d e G é n e s is . Si d u d a m o s , e n el
g r a d o q u e s e a, s o b re la v e rd ad d e e s te p a s a je , e s ta re m o s s o c a v a n d o lo s f u n ­

d a m e n to s m ism o s d e n u e s tra fe .
Si G é n e s is 1 a l 3 n o n o s d ic e la v e rd ad ¿ c ó m o p o d ría m o s c re e r o tra c o s a
d e la Bib lia ? Sin u n a c o rr e c ta c o m p re n s ió n d e n u e s tro o rig e n , n o te n e m o s f o r ­

m a d e e n te n d e r l o q u e s e a s o b re n u e s tra e x is te n c ia e s p iritu a l. N o p o d e m o s
co n o ce r n u e s tro p ro p ó s i to ní p od em os e s ta r s e g u ro s de n u e s tro d e s ti n o .

D e s p u é s d e to d o , si D io s n o e s e l C re a d o r, e n to n c e s e s p o s ib le q u e ta m p o c o
se a e l R e d e n to r. Si n o p o d e m o s c re e r lo s c a p ítu lo s in ic ia le s d e las E s c ritu ra s ,
¿ c ó m o p o d r í a m o s c re e r c o n c e rte z a c u a lq u ie r o t r a c o s a q u e la B i b l i a d í g a ?

M u cho d e p e n d e , p o r lo ta n to , d e l c o r r e c to e n te n d im ie n to d e e s to s
p rim e ro s c a p ítu lo s d e G é n e sis . A m e n u d o s o n m al in te rp re ta d o s p o r p e rs o n a s
c u y o in te ré s n o es e n te n d e r lo q u e el te x to e n re a lid a d e n s e n a , s in o q u e lo s
q u ie re n a c o m o d a r p a ra q u e se a ju s te n a su s te o ría s c ie n tíf ic a s . En ta le s c a s o s ,
to d a la e x é g e s is e s e q u iv o c a d a . T o d a v ez q u e la c r e a c ió n n o se p u e d e o b s e r ­
v a r o re p ro d u c ir e n u n l a b o r a to r io , la c ie n c ia n o e s u n lu g a r d ig n o d e c o n ­

f ian z a p a ra b u s c a r re sp u e stas s o b re el o rig e n d e la h u m a n id a d y su c a íd a . En

ú ltim a in s ta n c ia , la ú n ic a f u e n te d e c o n f ia n z a d e v e rd ad s o b re n u e s tro o rig e n


e s lo q u e n o s h a s id o re v e lad o p o r el p r o p io C re a d o r. E s to s ig n if ic a q u e el te x ­
to b íb lic o d e b e ría se r n u e s tro p u n to d e p a rtid a .
Es to y c o n v e n c id o d e q u e la in te rp re ta c ió n c o r r e c ta d e G é n e s is 1 - 3 es la
ú n ic a q u e re s u lta e n f o rm a n a tu ra l d e u n a le c tu ra s in c e ra d e l te x to . Este n o s
e n s e ñ a q u e el u n iv e rs o e s re la tiv a m e n te jo v e n , a u n q u e c o n u n a a p a rie n c ia d e
a d u lte z y m a d u re z , y q u e to d a la c r e a c ió n fu e c o m p le ta d a e n el té rm in o d e
se is d ía s .
A lo s q u e in e v ita b le m e n te se q u e ja r á n q u e tal p o s ic ió n e s d e m a s ia d o c r é ­
d u la e in g e n u a , m i re sp u e s ta e s q u e e s c ie r ta m e n te s u p e rio r a la n o c ió n ir ra ­
c io n a l q u e u n u n iv e rs o o rd e n a d o e in c o m p r e n s ib le m e n te c o m p le jo s u rg ió

M a g n a i p i û t e i i r l o p r i t d m é c h u s n e a u tr.ir
IaJ c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b íb lic a 73

c o m o u n a c c id e n te d e la n a d a y lle g ó a ser, p o r s im p le c a s u a lid a d , la m arav illa

q u e e s.

L a s Es c ritu ra s o f re c e n la ú n ic a e x p lic a c ió n c o n f ia b le q u e se p o d ría e n ­

c o n tr a r e n p a rte a lg u n a s o b re el c o m ie n z o d e n u e stra ra z a , d ó n d e se o rig in ó

n u e s tro s e n tid o m o ra l, p o r q u é n o p o d e m o s d e ja r d e h a c e r lo q u e n u e stra

p ro p ia c o n c ie n c ia n o s d ic e q u e e s c o r r e c to , y c ó m o p o d e m o s se r re d im id o s

d e e sta s itu a c ió n d e s e s p e ra d a . L as E s c ritu ra s n o s o n s im p le m e n te la m e jo r d e


v a ria s e x p lic a c io n e s p o s ib le s . So n la P a la b ra d e D io s .

La c r e a c ió n : c r é a l o o n o
Es d ifíc il im a g in a rs e a lg o m á s a b s u rd o q u e la f ó rm u la n a tu ra lis ta p ara el o r i ­

g e n d e l u n iv e rso : N a d ie p o r n ad a ig u al a t o d o . N o h ay C r e a d o r; n o h u b o d i­
s e ñ o ni p ro p ó s ito . T o d o lo q u e v e m o s s e n c illa m e n te e m e rg ió y e v o lu c io n ó p o r

s im p le c a s u a lid a d d e u n v a c ío to ta l.

P re g ú n te le al típ ic o n a tu ra lis ta q u é c re e s o b re el c o m ie n z o d e to d a s las

c o s a s , y lo m á s p r o b a b le e s q u e e s c u c h e a c e rc a d e la te o r ía d e la “ G ra n e x ­
p lo s ió n ” ( B ig B an g j, la id e a d e q u e el u n iv e rso e s el p r o d u c to d e u n a in m e n s a

e x p lo s ió n . C o m o si u n c o m ie n z o c a ó ti c o y to ta lm e n te v io le n to h u b ie ra p o ­

d id o tra n s f o rm a rs e e n to d a la s in e rg ia y o rd e n q u e o b s e r v a m o s en el c o s m o s
a n u e s tro alre d e d o r. ¿ P e ro q u é fu e el c a ta liz a d o r q u e a c tiv ó e h iz o q u e o c u ­

rrie ra la “ G ra n e x p lo s ió n ” ? ( Y q u é , a su v e z , fu e e l c a ta liz a d o r d e l c a ta ­

liz a d o r? ) A lg o in c re íb le m e n te g ra n d e tie n e q u e h a b e r p ro v isto d e c o m b u s tib le


a la e x p lo s ió n o rig in a l. ¿ D ó n d e se o rig in ó ese “ a l g o " ? U n a g r a n e x p lo s ió n

su rg id a d e n in g u n a p a rte s e n c illa m e n te n o p u d o h a b e r s id o el p rin c ip io d e

to d a s las c o s a s .
¿ Es e l u n iv e rso m a te ria l e te rn o e n sí m is m o , c o m o a lg u n o s a f irm a n ? Y si

lo e s , ¿ p o r q u é n o h a c o la p s a d o h a s ta a h o r a ? A d e m á s , ¿ q u é fu e lo q u e lo p u so

en m o v im ie n to en u n p rin c ip io ? ¿ C u á l e s la f u e n te d e e n e rg ía q u e lo m a n tie n e
v iv o ? ¿ P o r q u é la e n tr o p ía n o h a h e c h o q u e e v o lu c io n e a un e s ta d o d e in e r­
c ia y c a o s , en lu g ar d e d e s a rro lla rs e a p a re n te m e n te e n u n siste m a m á s o rd e ­

n a d o y m á s y m á s s o f is tic a d o a m e d id a q u e la “ G ra n e x p lo s ió n ” se e x p a n d e ?
L a v a sta se rie d e p r o b le m a s in su p e ra b le s p a ra el n a tu ra lis ta c o m ie n z a en
e l n iv e l m á s b á s ic o . ¿ C u á l f u e la p rim e ra c a u s a q u e c a u s ó to d o ? ¿ D e d ó n d e
v in o la m a te ria ? ¿ D e d ó n d e v in o la e n e rg ía ? ¿ Q u é m a n tie n e a ro d o u n id o y

q u é lo m a n tie n e e n m o v im ie n to ? ¿ C ó m o p u d o la v id a , c o n s c ie n te y r a c io n a l,

e v o lu c io n a r d e la m a te ria in a n im a d a e in o rg á n ic a ? ¿ Q u ié n d is e ñ ó lo s n u ­

m e ro s o s o r g a n is m o s c o m p le jo s e in d e p e n d ie n te s y lo s s o f is tic a d o s e c o ­
s iste m a s q u e o b s e r v a m o s ? ¿ D ó n d e se o r ig in ó la in t e lig e n c ia ? ¿ P o d e m o s
p e n s a r e n el u n iv e rso c o m o u n a p a r a to m a s iv o d e m o v im ie n to p e rp e tu o c o n

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e r e c b o g d e a u io r
74 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

a lg u n a f o rm a d e “ in te lig e n c ia ” im p e rs o n a l p ro p ia ? ¿ O e s q u e h ay , d e sp u é s

d e to d o , u n “ D is e ñ a d o r ” in te lig e n te y p e rs o n a l q u e c r e ó to d o y lo p u so e n

m o v im ie n to ?

Esta s so n p re g u n tas m e ta fís ic a s f u n d am e n ta le s q u e d e b e n c o n te s ta r s e si

v a m o s a e n te n d e r el sig n ific a d o y v a lo r d e la v id a m ism a . El n a tu ra lis m o f ilo ­

s ó f ic o , d e b id o a su s p re su p o sic io n e s m a te ria lis ta s y c o n tra ria s a to d o lo s o b re ­

n a tu ral e s c o m p le ta m e n te in c ap az d e o f re c e r re sp u e s tas a e s tas p re g u n tas. D e

h e c h o , el d o g m a m á s b á s ic o d el n a tu ra lis m o es q u e to d o o c u rre p o r u n p ro c e so

n a tu ra l. N a d a e s s o b re n a tu ra l y , p o r lo ta n to , n o p u e d e h a b e r u n C r e a d o r p e r­

s o n a l, Es o q u ie re d e c ir q u e n ad a tie n e d e sig n io n i p r o p ó s ito . El n a tu ra lism o , en

c o n s e c u e n c ia , n o p u e d e p ro v e e r u n a b ase filo só fic a p ara c re e r q u e la v id a h u ­

m a n a es p a rtic u la rm e n te v alio sa o , d e c u a lq u ie r m an e ra, im p o rta n te .

P o r e l c o n tr a r io , el n a tu ra lis ta , si e s c o n s e c u e n te c o n su s p rin c ip io s , d e b e

f in a lm e n te c o n c lu ir q u e la h u m a n id a d es u n a c c id e n te a n o rm a l sin p ro p ó s ito

n i im p o rta n c ia . F.1 n a tu ra lis m o e s , p o r lo ta n to , u n a f ó rm u la p a ra la f u tilid ad

y el sin s e n tid o q u e b o r ra la im ag e n d e D io s d e la im ag e n c o le c tiv a d e n u e s ­

tra ra z a , d e p r e c ia n d o e l v a lo r d e la v id a h u m a n a y s o c a v a n d o la d ig n id ad y
la m o ra l i d a d d e to d a la h u m a n i d a d .

La e v o l u c ió n d e g r a d a a l a h u ma n id a d

L a f o rm a e n la q u e se d e sp laz a la s o c ie d ad m o d e rn a p ru e b a e! p u n to . Es ta m o s

s ie n d o te s tig o s d el a b a n d o n o d e lo s e s tá n d a re s m o ra le s y la p é rd id a d el s e n ­

tid o d e h u m a n id a d d e la ra z a h u m a n a . El a u m e n to d e la c rim in a lid a d , la d ro -

g a d ic c ió n , las p e rv e rsio n e s s e x u a le s , el c re c ie n te n ú m e ro d e s u ic id io s y la

e p id e m ia d e lo s a b o r to s s o n to d o s s ín to m a s d e q u e la raz a h u m a n a se e s tá

d e v a lu a n d o s is te m á tic a m e n te y u n s e n tid o to ta l d e fu tilid a d e s tá c a y e n d o

s o b re la s o c ie d a d . Esta s te n d e n c ia s p u e d e n tr a z a rs e in e q u ív o c a m e n te h a s ta la

a s c e n d e n te te o r ía d e la e v o lu c ió n .

¿ Y p o r q u é n o ? Si la e v o lu c ió n es v e rd a d , lo s h u m a n o s s o m o s s o lo u n a

d e m u c h a s e s p e c ie s q u e e v o lu c io n a n d e a n c e s tr o s c o m u n e s . N o so m o s

m e jo re s q u e lo s a n im a le s y n o d e b e m o s p e n s a r q u e lo s e a m o s . Si e v o lu ­

c io n a m o s d e s o lo m a te ria , ¿ p o r q u é e s tim a r lo q u e e s e s p iritu a l? D e h e c h o , si

to d o e v o lu c io n a d e la m a te ria , n a d a “ e s p ir itu a l” e s re al. N o s o tr o s m is m o s

n o s o m o s m e jo re s o d if e re n te s d e c u a le s q u ie ra o r ra s e sp e c ie s v iv ie n te s. N o

s o m o s m á s q u e p ro to p la s m a e s p e ra n d o lle g a r a se r e s tié rc o l.

C o m o u n a s u n to d e h e c h o , e se e s el r a z o n a m ie n to d e trá s d el m o d e rn o

m o v im ie n to q u e d e fie n d e lo s d e re c h o s d e lo s a n im a le s , u n m o v im ie n to c u y a

r ais o n d ' é t r e es la d e g ra d a c ió n to ta l d e la raz a h u m a n a . N a tu ra lm e n te , to d a s

M at o r ral p fO t eijkJlt i p o r ílf ji' e e h n s d e ai.it o r


L a c r e ac ió n : U na c o m p r e n s ió n b íb lic a 75

las d e f e n sa s ra d ic a le s d el d e re c h o d e lo s a n im a le s so n e v o lu c io n is ta s . Este s is ­

te m a d e c re e n c ia s e s u n s u b p ro d u c to in e v ita b le d e la te o ría e v o lu c io n is ta .
L a o r g a n iz a c ió n P e o p le f o r t h e E t h ic al T r e at m e n t o f A n im áis ( P ET A )
( P e rs o n a s p o r el tr a to é tic o a lo s a n im a le s ) e s b ie n c o n o c id a p o r su o p in ió n
se g ú n la c u a l lo s d e re c h o s d e lo s a n im a le s so n ig u ale s ( o in c lu s o m á s im p o r­

ta n te s q u e ) lo s d e lo s h u m a n o s . Ello s s o stie n e n q u e m a ta r u n a n im a l p a ra
u s a r lo c o m o a lim e n to es el e q u iv a le n te m o ra l a h o m ic id io . C o m e r c a rn e es
v irtu a lm e n te c a n ib a lis m o y q u e el h o m b r e e s u n a e sp e c ie o p re s o ra , n o c iv a
p ara su m e d io a m b ie n te .

P ET A se o p o n e a q u e e x is ta n m a s c o ta s y “ a n im a le s d e c o m p a ñ ía ” , in ­
c lu y e n d o a lo s p e rro s - g u ía d e lo s c ie g o s . U n a d e c la ra c ió n d is trib u id a p o r la

o r g a n iz a c ió n e n 1 9 8 8 in c lu y e e s to : “ C o m o Jo h n Bry a n t h a e s c rito e n su lib ro

F e t t e r e d K in g d o m s ( R e in o s e n c a d e n a d o s ) [lo s a n im a le s d e c o m p a ñ ía ) so n
c o m o e s c la v o s , n o o b s ta n te q u e a v e c e s s e an e sc la v o s m u y b ie n c u id a d o s ” .

In g rid N e w k irk , c o n tro v e rs ia 1 f u n d a d o ra d e P ET A , d ic e : “ N o h ay b a se


ra c io n a l p ara d e c ir q u e u n se r h u m a n o tie n e d e re c h o s e s p e c ia le s ... U n a ra ta
es u n c e r d o , e s u n p e rro , e s u n n iñ o ” . 16 N e w k irk d ijo a u n re p o rte ro d e W as­
h in g t o n P o s t q u e las a tr o c id a d e s d e la A le m a n ia n az i e m p a lid e c ía n en c o m ­

p a ra c ió n c o n la c o s tu m b re d e m a ta r a n im a le s p a ra c o m e r lo s : “ Se is m illo n e s
d e ju d ío s m u rie ro n e n c a m p o s d e c o n c e n tr a c ió n , p e ro seis b illo n e s d e p o llo s
m o rirá n e ste a ñ o e n lo s m a ta d e r o s ” . 17
C la ra m e n te , la s e ñ o r a N e w k ir k se s ie n te m ás u ltr a ja d a p o r la m u e rte d e
lo s p o llo s p a ra c o m e rlo s q u e p o r la m u e rte m asiv a d e se re s h u m a n o s . D a la
im p re sió n d e q u e e lla n o n e c e s a ria m e n te c o n s id e ra la e x tin c ió n d e la h u ­
m a n id a d u n a c o s a in d e s e a b le . D e h e c h o , a m e n u d o e lla y o tr o s d e fe n s o re s d e

lo s d e re c h o s d e lo s a n im a le s p a re c e n o d ia r a la raz a h u m a n a . A l re p o rte ro le
d ijo : “ N o te n g o n in g ú n re sp e to p o r la v id a, s o lo p o r lo s se re s m is m o s . En el
lu g a r d o n d e e sto y , p o d ría v e r un e s p a c io e n b la n c o . E s to p u e d e s o n a r to n to
p e ro a lo m e n o s n o e s ta ría d a ñ a n d o n a d a ” . 18 Y la e d ic ió n d el v e ra n o d e la r e ­
v ista W ild E ar t h , p u b lic a c ió n q u e p ro m u e v e el a m b ie n ta lis m o ra d ic a l, in c lu ía
u n m a n if ie s to p a ra la e x tin c ió n d e la ra z a h u m a n a , e s c rito b a jo el s e u d ó n im o
“ Le s U . K n ig h t” . El a r tíc u lo d e c ía : “ SÍ h as ta a h o r a n o h a b ía p e n s a d o en la
e x tin c ió n h u m an a v o lu n ta r ia , la id e a d e u n m u n d o sin p e rs o n a s p u e d e p are -
c e rle e x tr a ñ a . P e ro si p ie n sa e n e llo , c re o q u e e s ta rá d e a c u e rd o q u e la e x tin ­
c ió n d e l H o m o s ap ie n s se tra d u c ir ía e n la s u p e rv iv e n c ia d e m illo n e s , si n o
b illo n e s , d e e sp e c ie s q u e v iv e n en la T i e r r a ... Sin la p re s e n c ia d e la ra z a h u ­
m a n a en la tie rra , se re so lv e ría n lo s p ro b le m a s s o c ia le s y m e d io a m b ie n ­
ta le s ” . 19
Es to e s p e o r q u e s e n c illam e n te e s tú p id o , ir ra c io n a l, in m o ral o h u m illa n te ;
es m o r t al.

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e r e c h o s d e a u io r
76 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

P e ro a u n h ay o tr a o r g a n iz a c ió n lla m a d a T h e C h u r c h o f FM t han asia ( L a

ig le sia d e la e u ta n a s ia ) . Su p á g in a e n la re d in f o rm á tic a ( In te rn e t) d e fie n d e el

s u ic id io , el a b o r to , el c a n ib a lis m o y la s o d o m ía c o m o lo s m e d io s p rin c ip ale s


p a ra d is m in u ir la p o b la c ió n h u m a n a . A u n q u e la p á g in a c o n tie n e e le m e n to s

d e p a ro d ia d ise ñ ad o s d e lib e ra d a m e n te p a ra c re a r im p a c to s “ d e c h o q u e ” , 20 lo s
q u e e s tá n d e trás d e to d o e s to s o n s e rio s o p o s ito re s a la c o n tin u a c ió n d e la raz a
h u m a n a . In c lu y e n in s tru c c io n e s d e ta lla d a s p a ra c o m e te r s u ic id io . U n o d e lo s
m a n d a m ie n to s q u e lo s m ie m b ro s d e la ig le sia e stán en la o b lig a c ió n d e o b e ­
d e c e r e s “ N o p r o c r e a r á s ” . A l h ac e r, d e lib e ra d a m e n te q u e su s p u n to s d e v is­
ta su e n e n lo m á s e x tr a ñ o s p o s ib le , c o n sig u e n a m p lia c o b e rtu ra en la te le v isió n

y e n lo s p ro g ra m a s n o tic io s o s . U sa n e sa p u b lic id a d p a ra re c lu ta r m ie m b ro s
p a ra su c a u s a . A p e s a r d e su s m e n s a je s ta n f u e rte s, e s e v id e n te q u e h an te n id o
é x ito e n p e rsu ad ir a n u m e ro s a s p e rs o n a s d e q u e la ú n ic a e sp e c ie d ig n a d e se r

raíd a d e s o b re la f a z d e la tie rra es la raz a h u m a n a . En su p á g in a a la rd e a n


q u e p o r m ile s las p e r s o n a s h an p a g a d o lo s d ie z d ó la re s q u e se re q u ie re n p a ra
lle g ar a s e r m ie m b ro s d e la ig le sia.
Es ta c la s e d e lo c u ra tie n e su s ra íc e s e n la c re e n c ia d e q u e la h u m an id a d

e s , s e n c illa m e n te , el p ro d u c to d e la e v o lu c ió n , u n a n im a l m á s sin p r o p ó s ito


n i d e s tin o y d e n in g u n a m a n e ra p a re c id o a l C re ad o r. D e s p u é s d e to d o , si

h e m o s lle g a d o d o n d e e s ta m o s p o r u n p ro c e s o e v o lu tiv o n a tu r a l, n o tie n e s e n ­


tid o la n o c ió n d e q u e n u e stra raz a p o s e e la im ag e n d e D io s . En ú ltim a in s ­
ta n c ia , n o p o s e e m o s m ás d ig n id ad q u e la d e u n a a m e b a . Y, p o r s u p u e s to ,
n u n c a h e m o s re c ib id o el m a n d a to d el O m n ip o te n te d e s u b y u g a r al re s to d e
la c re a c ió n .
Y c o m o u n se r h u m a n o n o e s m á s q u e u n a n im a l e n el p r o c e s o d e e v o ­

lu c ió n , ¿ p o d ría m o s a rg u m e n ta r e n c o n tr a d e l m o v im ie n to p o r lo s d e re c h o s
d e lo s a n im a le s ? En u n a v is ió n d el m u n d o n a tu ra lis ta y e v o lu c io n is ta se ju s ­
tific a in c lu s o la p o s ic ió n m á s rad ic a l d e d e fe n sa d el d e re c h o d e lo s a n im a le s .
SÍ re a lm e n te e v o lu c io n a m o s d e lo s a n im a le s , n o s o m o s m ás q u e a n im a le s . Y
si la e v o lu c ió n e stá e n lo c o r r e c to , e s u n s im p le a c c id e n te q u e el h o m b r e h ay a
e v o lu c io n a d o h as ta te n e r u n in te le c to s u p e rio r. Si las m u ta c io n e s f o rtu ita s h u ­
b ie ra n o c u r r id o e n f o rm a d if e re n te s e ría n lo s m o n o s lo s q u e g o b e rn a ría n e ste
p la n e ta y lo s h u m a n o s e s ta ría m o s e n el z o o ló g ic o . ¿ Q u é d e re c h o te n e m o s d e
e je rc e r d o m in io s o b re o tr a s e sp e c ie s q u e to d a v ía n o h an te n id o la o p o r ­
tu n id a d d e e v o lu c io n a r a u n e s ta d o m á s a v a n z a d o ?
In d u d a b le m e n te , si el h o m b r e e s n a d a m ás q u e u n p r o d u c to d e p ro c e s o s
d e e v o lu c ió n n a tu ra l, e n to n c e s al fin d e c u e n ta s e s n ad a m á s q u e e l s u b ­
p r o d u c to a c c id e n ta l d e m ile s d e m u ta c io n e s g e n é tic a s f o r tu ita s . N o e s m á s
q u e u n a n im a l q u e e v o lu c io n ó a p a rtir d e u n a a m e b a y n i s iq u ie ra p u e d e q u e
sea la f o rm a m ás p e rf e c c io n a d a a la q u e la e v o lu c ió n p u e d e lle v a r a lo s se re s

Wafer ¡a! p int eut in poi d erecho s íie furo r


L a c r e ac ió n : U na c o m p r e n s ió n b íb lic a 77

v iv o s . ¿ E n to n c e s , q u é tie n e d e e sp e c ial? ¿ D ó n d e e s tá su p ro p ó s ito ? ¿ D ó n d e

e s tá su d ig n id ad ? ¿ D ó n d e e s tá su v a lo r? ¿ C u á l es su d e s tin o ? O b v ia m e n te , n o

tie n e n a d a .21

Es s o lo c u e s tió n d e tie m p o q u e la s o c ie d a d se d e sp e ñ e p o r la c re e n c ia

n a tu ra lis ta y a b r a c e p le n a m e n te tal p e n s a m ie n to , s a c u d ié n d o s e to d a s u je c ió n

m o ral y e s p iritu al. D e h e c h o , e se p ro c e s o y a h a c o m e n z a d o . Si n o lo c re e , p o n ­

g a a te n c ió n a c ie rto s p r o g ra m a s d e te le v isió n d e m a rc a d o é n f a sis lu ju rio s o y


lib e rtin o .

La e v o l u c ió n es h o s t il a l a r a z ó n

L a e v o lu c ió n e s ta n irra c io n a l c o m o a m o r a l. En lu g a r d e D io s c o m o C re a d o r,

lo s e v o lu c io n is ta s tie n e n su s s u b s titu to s : s u e rte , a c c id e n te , c a s u a lid a d , c o in ­

c id e n c ia . L a c a s u a lid a d e s e l m o to r q u e la m a y o ría d e lo s e v o lu c io n is ta s c re e

q u e m u e v e el p ro c e s o e v o lu c io n is ta . P o r lo ta n to , el c re a d o r e s la c a s u a lid a d .

Es e n c ia lm e n te , el n a tu ra lis m o e n se ñ a q u e , p o r c a s u a lid a d , c o n el p a so d el

tie m p o y a p a rte d e u n c a o s c o m p le to , la m a te ria e v o lu c io n ó e n to d o lo q u e

v e m o s a h o r a . Y to d o e s to o c u r r ió sin q u e m e d iara p la n a lg u n o . L o s e v o lu ­

c io n is ta s d ic e n q u e c o n tie m p o su f ic ie n te y lo s n e c e s a rio s a c o n te c im ie n to s f o r ­

tu ito s t o d o e s p o s ib le . Y la e v o lu c ió n d e n u e s tro m u n d o c o n to d o s su s

in trin c a d o s e c o s is te m a s y o rg a n is m o s c o m p le jo s e s, p o r lo ta n to , sim p le m e n te

el re s u lta d o c a s u a l d e u n g ra n n ú m e ro d e a c c id e n te s d e la n a tu ra le z a , in d is­

c rim in a d o s p e ro e x tr e m a d a m e n te f o r tu ito s . T o d o e s p ro d u c to d e la c a s u a li­

d ad . D e e sta m a n e ra , la c a s u a lid a d m is m a h a s id o e le v a d a al p ap e l d e
c re ad o r.

Jo h n A n k e rb e rg y Jo h n W e ld o n d ic e n q u e la m a te ria , el tie m p o y la c a ­

s u alid ad c o n s titu y e n la s an ta trin id a d d e lo s e v o lu c io n is ta s . In d u d a b le m e n te ,


e s ta s tre s c o s a s so n e te rn a s y o m n ip o te n te s e n el e s q u e m a e v o lu c io n is ta : m a ­

te ria , tie m p o y c a s u a lid a d . Ju n ta s h an f o rm a d o el c o s m o s tal c o m o lo c o n o ­


c e m o s . Y h an u s u rp a d o a D io s e n la m e n te d e lo s e v o lu c io n is ta s . A n k e rb e rg
y W e ld o n c ita n a Ja c q u e s M o n o d , g a n a d o r d el P re m io N o b e l d e 1 9 6 5 p o r

su s tr a b a jo s e n el c a m p o d e la b io q u ím ic a . En su lib r o C h a n c e a n d N e c e s s it y
( C a s u a lid a d y n e c e s id a d ) , M o n o d e s c r ib e : “ [El h o m b re ) e stá s o lo e n la in ­

m e n sid a d d e u n u n iv e rso in s e n s ib le , d e l c u a l e m e rg ió p o r c a s u a lid a d ... S o l o


la c a s u a lid a d e stá en la fu e n te d e c a d a in n o v a c ió n , d e to d a c re a c ió n e n la b io s ­

f e ra. L a p u ra c a s u a lid a d , a b s o lu ta m e n te lib re p e ro c ie g a , [e stá] en la p u ra raíz


d e l e s tu p e n d o e d if ic io d e la e v o lu c ió n ” .12
O b v ia m e n te , e s to e stá le jo s d e se r c re a d o a la im ag e n d e D io s . Es ta m ­
b ié n to ta lm e n te irra c io n a l. L a id e a e v o lu c io n is ta n o s o lo d e s p o ja al h o m b re

d e su d ig n id ad y v alo r, s in o q u e ta m b ié n e lim in a la b a se d e su ra c io n a lid a d .

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e r u c lr o s d e a u io r
78 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

P o rq u e si to d o o c u rre p o r c a s u a lid a d , e n to n c e s , en u n s e n tid o ú ltim o , n ad a

p u e d e te n e r u n s e n tid o o p ro p ó s ito re a l, Y e s d ifíc il p e n s ar en el p u n to d e p a r­

tid a d e u n a f ilo s o f ía m á s irra c io n a l q u e e s to .

P e ro u n m o m e n to d e re f le x ió n re v e la rá q u e la c a s u a lid a d s e n c illa m e n te

n o p u e d e se r la c a u s a d e n a d a { m u c h o m e n o s la c a u s a d e t o d o ) . L a c a s u a li­

d ad n o e s u n a f u e rz a . El ú n ic o s e n tid o le g ítim o d e la p a la b ra c a s u a lid a d tie ­

n e q u e v e r c o n p ro b a b ilid a d m a te m á tic a . Si u ste d lan z a u n a m o n e d a al a ire

v e z tra s v e z , lo s c u o c ie n te s d e la p ro b a b ilid a d m a te m á tic a su g ie re n q u e c a e ­

rá d el m is m o la d o u n as c in c u e n ta v e c e s d e c ie n . A s í, d e c im o s q u e c u a n d o se

lan z a u n a m o n e d a al a ire , h ay la “ p o s ib ilid a d ” c in c u e n ta a c in c u e n ta d e q u e

c a ig a d e l m is m o la d o .

P e ro la c a s u a lid a d n o e s u n a f u e rz a q u e p u e d a h a c e r v o la r la m o n e d a . L a

c a s u a lid a d n o e s u n in te le c to q u e d is e ñ e el m o d e lo d e p ro b a b ilid a d e s m a te ­

m á tic a s . L a c a s u a lid a d n o d e t e r m in a n a d a . L a p ro b a b ilid a d m a te m á tic a es

s e n c illa m e n te u n a f o rm a d e m e d ir lo q u e e n re a lid a d o c u rre .


Sin e m b a rg o , en el le n g u a je n a tu ra lis ta y e v o lu c io n is ta , la c a s u a lid a d es

a lg o q u e d e te rm in a lo q u e o c u r r e e n a u s e n c ia d e o tr a c a u s a y d e sig n io .

V e a m o s d e n u e v o lo q u e d ic e Ja c q u e s M o n o d : “ L a c a s u a lid a d ... e stá e n la


f u e n te d e c a d a in n o v a c ió n , d e to d a c r e a c i ó n " . En e f e c to , lo s n a tu ra lis ta s h an

im p u ta d o a la c a s u a lid a d la c a p a c id a d d e c a u s a r y d e te rm in a r c u a n to o c u rre .

Este e s u n c o n c e p to irra c io n a l.

N o h ay n ad a q u e o c u rra sin c a u s a . C a d a e f e c to e s tá d e te rm in a d o p o r a l­

g u n a c a u s a . In c lu s o u n a m o n e d a al a ire n o p u e d e o c u r r ir sin u n a c a u s a

d e fin id a . Y el s e n tid o c o m ú n n o s d ic e q u e si la m o n e d a c a e d e u n la d o o d el
o tr o , e s o ta m b ié n e stá d e te rm in a d o p o r a lg o . U n a c a n tid a d d e f a c to r e s ( in ­

c lu y e n d o la c a n tid a d p re c isa d e f u e rz a q u e se re q u ie re p a ra lan z a r la m o n e d a

al a ire y la d is ta n c ia q u e d e b e r e c o rre r a n te s d e c a e r a tie rra ) d e te rm in a el

n ú m e ro d e re v o lu c io n e s y v u e ltas q u e d a a n te s d e c a e r s o b re u n o d e su s la d o s .

A u n q u e las f u e rz a s q u e d e te rm in a n el v u e lo d e u n a m o n e d a re su lta im p o s i­

b le q u e n o s o tr o s p o d a m o s c o n tr o la r la s c o n p re c is ió n , es e sa f u e rz a , n o la “ c a ­

s u a lid a d ” la q u e v a a d e te rm in a r q u e c aig a d e u n la d o o d e o tr o . L o q u e p u e d e

p a r e c e m o s to ta lm e n te c a su a l e in d e te rm in a d o e s tá , n o o b s ta n te , d e f in iti­

v a m e n te d e te rm in a d o p o r a lg o . 1* N o es c au sad o p o r s im p le c a s u a lid a d ,

p o rq u e la c a s u a lid a d s e n c illa m e n te n o e x is te c o m o u n a f u e rz a o u n a c a u s a .
L a c a s u a lid a d n o e s n a d a .
La Fo rtu n a e ra u n a d io sa en el p a n te ó n g rie g o . L o s e v o lu c io n is ta s , e n u n a

f o rm a p a r e c id a , h a n h e c h o u n a lta r a la c a s u a lid a d . H an to m a d o e l m ito d e


la c a s u a lid a d y lo h an h e c h o re s p o n s a b le d e to d o c u a n d o o c u rre . L a h an
tr a n s f o r m a d o en u n a f u e rz a d e p o d e r c a u s a l, d e m o d o q u e n a d a es la c au s a

M ait ín al [JititPijirlt] p or ilm erch u s n e aut or


Iaj c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b íb lic a 79

d e to d o . ¿ H a b rá a lg o m ás tira d o d el c a b e llo q u e e s to ? Es v o lv e r to d a la re a ­

lid ad e n u n v e rd a d e ro c a o s . Es h a c e r to d o irra c io n a l e in c o h e re n te .
El c o n c e p to en su to ta lid a d e stá ta n lle n o d e p ro b le m a s d e sd e la p e rs­

p e c tiv a r a c io n a l y f ilo só f ic a q u e d if íc ilm e n te p o d ría u n o s a b e r d ó n d e c o m e n ­


z ar. P e ro v a m o s a c o m e n z a r p o r e l p r in c ip io . ¿ D e d ó n d e s a lió la m ate ria

o rig in a lm e n te ? El n a tu ra lis ta te n d ría q u e d e c ir q u e to d a la m a te ria e s e te rn a


o q u e to d o a p a re c ió p o r c a s u a lid a d d e la n a d a . L a ú ltim a o p c ió n e s c la ­

ra m e n te ir ra c io n a l.
P e ro s u p o n g a m o s q u e el n a tu ra lis ta o p ta p o r c re e r q u e la m a te ria es

e te rn a . Su rg e u n a p re g u n ta o b v ia : ¿ Q u é fu e lo q u e c a u s ó el p rim e r h e c h o q u e
o rig in a lm e n te p u so el p ro c e s o e v o lu c io n is ta a c a m in a r? L a ú n ic a re sp u e sta
d e q u e d is p o n e el n a tu ra lis ta e s q u e fu e la c a s u a lid a d . Y q u e lite ra lm e n te e s ta
n o v in o d e n in g u n a p a rte . N a d ie y n a d a h ic ie ro n q u e o c u rrie ra . Es to ta m b ié n

es c la ra m e n te irra c io n a l.
P a ra e v itar e s e d ile m a , a lg u n o s n a tu ra lis ta s s u p o n e n la e x is te n c ia d e u n a
c a d e n a e te rn a d e a c o n te c im ie n to s c a s u a le s q u e o p e ra n s o b re el u n iv e rso m a ­
te ria l. Y c o n c lu y e n c o n u n u n iv e rso m a te ria l e te r n o , p e ro e n c o n s ta n te c a m ­
b io q u e e s g o b e rn a d o p o r u n a c a d e n a in f in ita d e s u c e s o s c a s u a le s , to d o s lo s
c u a le s c u lm in a n en u n d is e ñ o m a ra v illo s o p e ro sin u n d is e ñ a d o r y to d o sin
u n a c a u s a su p e rio r. A l f in al, e s to sig u e s ie n d o irra c io n a l. Bu s c a p ro p ó s ito , d e s­

tin o y s e n tid o d e to d o e n el u n iv e rso . Y , p o r lo ta n to , n o d e ja lu g a r p a ra n ad a


r a c io n a l.
En o tr a s p a la b ra s , e l n ih ilis m o e s la ú n ic a f ilo so f ía q u e a c tú a c o n el n a tu ­
ra lis m o . El n ih ilis m o e s u n a f ilo so f ía q u e d ic e q u e to d o es e n te ra m e n te sin se n ­
tid o ni ló g ic a ni ra z ó n . P ara el n ih ilis m o , el m ism o u n iv e rso e s in c o h e re n te e
ir ra c io n a l. L a raz ó n h a s id o d e p u e sta p o r la c a s u a lid a d .
D e e sta m a n e ra , u n a v isió n d e c a s u a lid a d es el p o lo o p u e s to d e la ra z ó n .
L a ló g ic a d el s e n tid o c o m ú n su g ie re q u e c a d a re lo j tie n e u n f a b ric a n te d e re lo ­

je s . C a d a e d if ic io u n c o n s tr u c to r. C a d a e s tru c tu ra u n a r q u ite c to . C a d a a rre g lo


tie n e u n p lan . C a d a p lan u n d is e ñ ad o r. Y c a d a d is e ñ o u n p ro p ó s ito . V e m o s
el u n iv e rso , in f in ita m e n te m ás c o m p le jo q u e c u a lq u ie r re lo j e in f in ita m e n te
m á s g ra n d e q u e c u a lq u ie r e s tr u c tu ra h e c h a p o r el h o m b re y e s n a tu ra l lle g ar
a la c o n c lu s ió n d e q u e “ a lg u ie n ” in f in ita m e n te p o d e ro s o e in f in ita m e n te in te ­
lig e n te lo h iz o . “ P o rq u e las c o s a s in v isib le s d e é l, su e te r n o p o d e r y d e id ad ,
se h a c e n c la r a m e n te v isib le s d e sd e la c re a c ió n d e l m u n d o , s ie n d o e n te n d id a s
p o r m e d io d e las c o s a s h e c h a s , d e m o d o q u e n o tie n e n e x c u s a ” ( R o . 1 :2 0 ) .
P e ro lo s n a tu ra lis ta s m iran al u n iv e rso y a p e s ar d e to d a s las in trin c a d a s
m a rav illa s q u e o s te n ta , lle g an a la c o n c lu s ió n d e q u e se h iz o s o lo . T o d o e s p r o ­
d u c to d e la c a s u a lid a d . O c u r r ió p o r a c c id e n te . Es to n o s o lo n o e s ló g ic o . Es

ab su rd o .

M aterial p ro teg id o p or d ero clio s d e au io r


80 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

A b a n d o n e la ló g ic a y to d o q u e d a rá sin s e n tid o . En m u c h a s f o rm a s , la d e i­

f ic a c ió n d e la c a s u a lid a d p o r lo s n a tu ra lis ta s e s p e o r q u e ro d o s lo s m ito s d e


o tr a s re lig io n e s f a lsa s , p o rq u e o b s tru y e to d o s ig n if ic a d o y s e n tid o d e las c o s a s .
P e ro e s , u n a v ez m á s , re lig ió n p u ra d e la v arie d a d m á s p a g a n a , e x ig ie n d o u n

s a lto d e fe e s p iritu a l m e n te f a ta l a u n a b is m o d e to ta l irra c io n a lid a d . Es la v ie ­


ja re lig ió n d e lo s n e c io s ( Sal. 1 4 :1 ) p e ro c o n v e stim e n ta “ c ie n tíf ic a ’’ m o d e rn a .

¿ Q u é es lo q u e llev a a las p e rs o n a s a a b r a z a r u n s is te m a c o m o e ste ? ¿ P o r


q u é a lg u ie n h a b ría d e o p ta r p o r u n a v isió n d e l m u n d o q u e e lim in a to d o lo

q u e e s ra c io n a l? N o e s m á s q u e a m o r al p e c a d o . L as p e rs o n a s q u ie re n s e n ­
tirse c o n f o r ta b le s en su p e c a d o y n o h ay f o r m a d e h a c e rlo s in e lim in a r a D io s .
Q u ite a D io s y b o r ra r á to d o te m o r a las c o n s e c u e n c ia s d e l p e c a d o . D e m o d o
q u e a u n c u a n d o la irra c io n a lid a d m á s c o m p le ta e s e n ú ltim a in s ta n c ia la ú n i­
c a a lte rn a tiv a v ia b le al D io s d e las Es c ritu ra s , m u ltitu d e s h a n o p ta d o p o r la
irra c io n a lid a d p a ra p o d e r v iv ir u n a v id a lib re d e c u lp a y d e s c a ra d a m e n te c o n

su p ro p io p e c a d o . N o e s n ad a m ás q u e e s o .

O h ay u n D io s q u e c r e ó el u n iv e rs o y g o b ie r n a s o b e r a n a m e n te su

c re a c ió n o to d o fu e c a u s a d o p o r u n a c a s u a lid a d c ie g a . L a s d o s p o s ib ilid a d e s
se e x c lu y e n m u tu a m e n te . Si la q u e g o b ie r n a e s la c a s u a lid a d , D io s n o tie n e
n a d a q u e h a c e r . S i D i o s g o b i e r n a , n o h a y e s p a c i o p a r a ta c a s u a l i d a d . H a g a a

la c a s u a lid a d la c a u s a d el u n iv e rso y h a b rá e c h a d o f u e ra a D io s .
C o m o u n a c u e s tió n d e h e c h o , si la c a s u a lid a d tie n e u n a f u e rz a d e te rm i­

n a tiv a o e x is te u n a c a u s a au n e n la f o r m a m á s d é b il, D io s h a s id o d e s tro n a d o .


L a s o b e r a n ía d e D io s y la “ c a s u a lid a d ” s o n in h e re n te s e n in c o m p a tib ilid a d .
Si la c a s u a lid a d c a u s a o d e te rm in a a l g o , D io s n o e s v e rd a d e ra m e n te D io s .
P e ro d e n u e v o , la c a s u a lid a d n o e s u n a f u e rz a . N o p u e d e h a c e r q u e n ad a

o c u r r a . L a c a s u a lid a d n o e s n a d a . Se n c illa m e n te n o e x is te . Y , p o r lo ta n to , n o
tie n e p o d e r p a ra h a c e r n a d a . N o p u e d e se r la c a u s a d e n in g ú n e f e c to . Es u n

tr u c o d e la im a g in a c ió n . Es c o n tr a r ia a c u a lq u ie r le y d e la c ie n c ia , a c a d a p rin ­
c ip io d e la ló g ic a , y a c a d a in tu ic ió n d el m ás c o m p le to s e n tid o c o m ú n . In c lu s o
lo s p rin c ip io s b á s ic o s d e la te r m o d in á m ic a , la f ísic a y la b io lo g ía s u g ie re n q u e
la c a s u a lid a d s e n c illa m e n te n o p u e d e s e r la f u e rz a d e te rm in a n te q u e h a tr a íd o
a la re a lid a d el o rd e n y la in te rd e p e n d e n c ia q u e v e m o s e n n u e s tro u n iv e rso ,

m u c h o m e n o s la d iv e rs id ad d e v id a q u e e n c o n tr a m o s en n u e s tro p la n e ta .
Fin a lm e n te , la c a s u a lid a d s e n c illa m e n te n o p u e d e c o n ta r p a ra el o rig e n d e la
v id a y la in te lig e n c ia .
U n o d e lo s m á s a n tig u o s p rin c ip io s d e la f ilo s o f ía r a c io n a l e s uE x n ih ilo ,
n ib ü o f i t ” ( “ d e la n a d a , n ad a v ie n e ” ). Y la c a s u a lid a d n o e s n a d a . El n a tu ­
ra lis m o e s el s u ic id io d e la r a c io n a lid a d .

C u a n d o lo s c ie n tíf ic o s a trib u y e n p o d e r in s tru m e n ta l a la c a s u a lid a d , h an


a b a n d o n a d o el re in o d e la ra z ó n , se h an s a lid o d el d o m in io d e la c ie n c ia . H a n

M at aría! p rnt fcijkJld p u r (t e r e d i n i ; d e - auto r


Lìi c r e ac ió n : U na c o m p r e n s ió n b ib lic a 81

c o m e n z a d o a s a c a r c o n e jo s d el s o m b r e ro . H a n re g re s ad o a la f a n ta s ía . In se rte
la id e a d e la c a su a lid a d y ro d a la in v e s tig a c ió n c ie n tíf ic a te rm in a rá s ie n d o un
c a o s y u n a b s u rd o . P o r e s o e s , p re c is a m e n te , q u e la e v o lu c ió n n o m e re c e se r
c o n s id e r a d a c o m o c ie n c ia v e rd a d e ra ; n o e s n ad a m á s q u e u n a re lig ió n irra ­

c io n a l, la re lig ió n d e lo s q u e q u ie re n p e c a r sin rie s g o s d e se r h a lla d o s


c u lp a b le s .
A lg u ie n u n a v ez e s tim ó q u e el n ú m e ro d e f a c to r e s g e n é tic o s f o rtu ito s
in v o lu c ra d o s e n la e v o lu c ió n d e u n a lo m b riz s o lita ria d e u n a a m e b a p o d ría
c o m p a r a rs e a p o n e r a u n m o n o e n u n c u a r to c o n u n a m á q u in a d e e s c r ib ir y
p e rm itirle q u e g o lp e e las te c la s al a z a r h a s ta q u e a c c id e n ta lm e n te p ro d u z c a
u n e s c rito d el s o lilo q u io d e H a m le t p e r f e c ta m e n te le g ib le y c o n p e rf e c ta p u n ­
tu a c ió n . Y las p r o b a b ilid a d e s d e c o n s e g u ir to d a s las m u ta c io n e s n e c e s a ria s

p ara e v o lu c io n a r u n p e z e stre lla d e u n a c ria tu ra u n ic e lu lar so n c o m p a ra b le s


a p e d irle a u n c e n te n a r d e p e rso n a s c ie g a s q u e h ag an d iez m o v id as p e rf e c ta s

c o n c in c o c u b o s R u b ik , y te n g an lo s c in c o c u b o s p e rf e c ta m e n te re su e lto s al
fin al d e l p ro c e s o . L a s p ro b a b ilid a d e s c o n tr a to d a s las f o rm a s d e v id a d e la
tie rra e v o lu c io n a n d o d e u n a s im p le c é lu la s o n , en u n a p a la b ra , im p o s ib le s .
N o o b s ta n te , lo a b su rd o d el n a tu ra lis m o p a re c ie ra n o te n e r riv ale s en las

u n iv e rsid ad e s y o tr o s c e n tr o s d e e s tu d io s y d e c o m u n ic a c ió n d e m a s as e n lo s
Es ta d o s U n id o s . V ea el c a n a l D is c o v e r y u h o je e u n n ú m e ro d e la re v ista
N a t io n a l G e o g r a p b i c y se v a a e n c o n tr a r c o n in siste n te s re f e re n c ia s a la p re ­

s u n c ió n d e q u e la c a s u a lid a d e x is te c o m o u n a f u e rz a , c o m o q u e la sim p le c a ­
s u alid ad g e n e ra ra e s p o n tá n e a m e n te to d o e n e l u n iv e rso .
G e o rg e W a ld , P re m io N o b e l y p ro f e s o r e n H a rv a rd , re c o n o c ió lo a b ­
s u rd o d e e s to . D e sp u é s d e e s tu d ia r la v a sta g a m a d e f a c to r e s ta n to re ale s
c o m o h ip o té tic o s q u e tie n e n q u e h a b e r su rg id o e s p o n tá n e a m e n te to d o s al

m is m o tie m p o p a ra q u e la m ate ria in a n im a d a “ e v o lu c io n a r a ” a la m á s p ri­


m itiv a f o r m a u n ic e lu la r d e v id a , e s c r ib ió : “ Ba s ta c o n te m p la r la m ag n itu d d e
e sta e m p re s a p ara re c o n o c e r q u e la g e n e ra c ió n e s p o n tá n e a d e u n o rg a n is m o
v iv o es im p o s ib le ” . Y lu e g o , a g re g ó , “ Pe se a to d o , a q u í e s ta m o s , c o m o re ­
s u lta d o , c r e o , d e la g e n e ra c ió n e s p o n tá n e a ” .24 ¿ C ó m o p u e d e W ald c re e r en
e sta “ im p o s ib ilid a d ” ? Él re sp o n d e : “ El h é ro e d e la tr a m a e s el tie m p o . El
tie m p o c o n e l c u a l te n e m o s q u e v é rn o s la e s d el o rd e n d e lo s d o s b illo n e s d e
a ñ o s . L o q u e n o s o tr o s e s tim a m o s c o m o im p o s ib le s o b re la b a se d e la e x p e ­
rie n c ia h u m an a n o tie n e s e n tid o a q u í. C o n m á s tie m p o , lo ‘ im p o s ib le ’ se h ac e
p o s ib le , lo p o s ib le , p r o b a b le y lo p r o b a b le v irtu a lm e n te c ie r to . So lo es
c u e s tió n d e e s p e ra r: el tie m p o m is m o llev a a c a b o lo s m ila g ro s ” .25 C o n s u f i­
c ie n te tie m p o , lo im p o s ib le lle g a a se r “ v irtu a lm e n te c i e r to ” . Es o e s a m b i­
g ü e d a d . E ilu s tra p e r f e c ta m e n te la fe c ie g a q u e s u b y a c e e n la re lig ió n
n a tu ra lis ta .

M at an id p i d r u i d a p o i c t e p ar r ia s \ina m ar
82 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

Sin D io s n o h ay e x p lic a c ió n v ia b le s o b re el u n iv e rso . T a n ta s m a r a v illa s ,


in m e n s a s e in trin c a d a s n o p o d ría n e x is tir sin u n d is e ñ ad o r. H a y s o lo u n a

e x p lic a c ió n p o s ib le p a ra to d o e s to , y e sta e s el p o d e r c r e a d o r d e u n D io s s a b io .

Él c r e ó y s u s te n ta el u n iv e rso y le d a s e n tid o . Sin Él, n o n o s q u e d a o tra c o s a

q u e la n o c ió n a b s u rd a q u e to d o e m e rg ió d e la n a d a sin u n a c a u s a y sin u n a

ra z ó n . Sin Él, te n d ría m o s q u e a c e p ta r la f ó rm u la a b su rd a d e lo s c re a c ió n i stas :


N a d ie p o r n a d a ig u al a t o d o

La e v o l u c ió n es a n t it é t ic a a l a v e r d a d q u e Dios ha
REVELADO
P o r c o n tra s te , el v e rd a d e ro re g is tro d e la c re a c ió n se e n c u e n tra e n G é n e s is 1 :1 :

“ En el p rin c ip io c r e ó D io s lo s c ie lo s y la tie r r a ” . D if íc ilm e n te se p o d ría e n ­

c o n tr a r u n a re sp u e sta m ás s im p le y d ire c ta a la g ra n p re g u n ta c ó s m ic a .

L a s p a la b ra s d e G é n e s is 1:1 s o n p re c isa s y c o n c is a s y e s tá n m á s allá d e

c u a lq u ie r c o m p o s ic ió n h u m a n a . H a b la n d e to d o lo q u e la e v o lu c ió n n o p u e ­

d e e x p lic a r. El f iló s o f o e v o lu c io n is ta H e rb e rt Sp e n c e r, u n o d e lo s p rim e ro s y

m ás e n tu s ia s ta s d e f e n s o re s d e D a rw in , b o s q u e jó c in c o “ id e as c ie n tíf ic a s e s e n ­
c ia le s ” : tie m p o , f u e rz a , a c c ió n , e s p a c io y m a te r ia .26 Es ta s s o n c a te g o r ía s q u e
(se g ú n Sp e n c c r) in c lu y e n to d o lo q u e e s s u s c e p tib le d e e x a m e n c ie n tíf ic o . Esa

s im p le ta x o n o m ía , c re ía Sp e n c e r, e n c e r ra b a to d o lo q u e en v e rd ad e x is te e n
el u n iv e rso . T o d o lo q u e se p u e d e c o n o c e r u o b s e r v a r p o r la c ie n c ia e n tra e n

a lg u n a d e e s ta s c a te g o ría s , d e c ía Sp e n c e r, y n a d a p u e d e v e rd a d e ra m e n te d e ­
c irs e q u e “ e x is te ” fu e ra d e e lla s.

El p u n to d e v is ta m a te ria lis ta d e Sp e n c e r se v e in m e d ia ta m e n te e n el

h e c h o d e q u e su s c a te g o r ía s n o d e ja n lu g a r a n ad a e s p iritu a l. P e ro d e s e n te n ­
d á m o n o s p o r u n m o m e n to d el h e c h o o b v io q u e a lg o ta n e v id e n te c o m o el in ­

te le c to y las e m o c io n e s h u m a n a s n o e n c a ja n e n n in g u n a d e la s c a te g o r ía s d e

e ste f iló s o f o . U n a b re v e re f le x ió n re v e la rá q u e lo s p rin c ip io s e v o lu c io n is ta s

au n n o p u e d e n e x p lic a r el o rig e n re al d e c u alq u ie r a d e las c a te g o r ía s d e


Sp e n c e r.27 L o s e v o lu c io n is ta s p r á c tic a m e n te d e b e n s u p o n e r lo e te r n o d el

tie m p o , la f u e rz a , la a c c ió n , el e s p a c io y la m a te ria ( o a lo m e n o s u n a d e
e s ta s 2*) y lu e g o , a p a rtir d e a llí, e s p e c u la r s o b re c ó m o las c o s a s se h an d e s a ­

rro lla d o d e sd e u n e s ta d o c a ó ti c o o r ig in a l.

P e ro G é n e s is 1:1 sí e x p lic a to d a s las c a te g o r ía s d e Sp e n c e r. “ En el p rin ­


c ip io ” , e s to e s t ie m p o . “ D i o s " , e s to e s fu e r z a . 2* “ c r e ó ” , e s to es a c c ió n , “ lo s

c ie lo s ” , e s to e s e s p a c io , “ y la tie r r a ” , e s to e s m at e r ia. En el p rim e r v e rs íc u lo


d e la B ib lia , D io s d ic e e n f o rm a s im p le lo q u e ni c ie n tíf ic o s n i f iló s o f o s
p u d ie ro n c a ta lo g a r, s in o h asta el s ig lo d ie c in u e v e . A d e m á s , lo q u e la e v o lu c ió n

sig u e sin p o d e r e x p lic a r, el o r ig e n re al d e c a d a c o s a q u e la c ie n c ia p u e d e o b ­

M o b ilia i |
ï m u i r l o p ur tto rttf h o s £lt* ü tiinr
L a c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b íb lic a 83

se rv ar, ia Bib lia e x p lic a e n u n as p o c a s p a la b ra s en el p rim e r v e rs íc u lo d e

G é n e s is ,

So b re la s in g u larid a d d e la f o rm a e n la q u e la Bib lia e x p lic a la c re a c ió n ,

H e n ry M o r r is e s c rib e :

G énesis 1:1 es ú nico en c u an to a literatu ra, ciencia y filo so fía. C u alq u ier o tro
sistem a d e c o sm o g o n ía, sea en lo s m ito s d e las relig io nes antig u as o en lo s
m o d elo s cien tífico s m o d ern o s, p arte co n m ateria o energ ía eterna en alg una
fo rm a. So lo el lib ro d e G énesis intenta ex p lic ar el o rig en esencial d e m ate­
ria, esp ac io y tiem p o ; y lo hace ú nicam ente en térm ino s d e c re ac ió n esp e­
c ial.30

Y a s í, e n e se p rim e r v e rsíc u lo d e las E s c r itu ra s , el le c to r se v e e n f re n ta d o

a u n a s o la p o s ib ilid a d : Se a q u e c re a q u e D io s c r e ó lo s c ie lo s y la tie rra , o q u e

Él n o fu e el q u e lo h iz o , q u e Él n o e x is te , q u e n ad a tie n e p ro p ó s ito ni s e n tid o .

SÍ p o r el o tr o la d o h ay u n a in te lig e n c ia c re a tiv a , si h ay u n D io s , e n to n c e s es
p o s ib le e n te n d e r la c re a c ió n . Es v e ro s ím il. Es ra z o n a b le .

Fin a lm e n te , e s ta s s o n a lg u n a s d e las o p c io n e s c o n las q u e tie n e q u e e n ­

f re n ta rs e el le c to r d e G é n e sis . O e n el v a s to o rd e n d e o rg a n is m o s c o m p le jo s

e in te lig e n c ia q u e o b s e rv a m o s se re f le ja la s a b id u ría y p o d e r d e u n C re a d o r

p e rs o n a l (y , e s p e c íf ic a m e n te , el D io s q u e se h a re v e lad o a sí m is m o en las

E s c ritu ra s ) , o to d a s e s ta s m a ra v illa s d e alg u n a m a n e ra e v o lu c io n a ro n e s p o n ­

tá n e a m e n te d e sd e la m a te ria in a n im a d a y c a re n te d e s e n tid o .

A u n e n tre lo s m e jo re s c ie n tíf ic o s q u e h an d e ja d o su m a rc a e n el m u n d o

d e las c ie n c ia s , lo s q u e p ie n s an s in c e ra m e n te y h a c e n c o n f e s io n e s f ra n c a s

so b re lo s o r íg e n e s a d m ite n q u e d e b e h a b e r u n a in te lig e n c ia c r e a d o r a .

( Ein s te in m ism o c re ía f irm e m e n te q u e u n a “ in te lig e n c ia c ó s m ic a ” d e b e h a b e r

d is e ñ ad o el u n iv e rso , a u n q u e c o m o m u c h o s o tr o s h o y d ía q u e a c e p ta n la n o ­

c ió n d e u n “ d is e ñ o in te lig e n te ” , é l e v itó la o b v ia c o n c lu s ió n d e q u e si h ay u n a
“ in te lig e n c ia c ó s m ic a ” s u f ic ie n te m e n te p o d e ro s a p a ra d ise ñ ar y c r e a r el u n i­
v e rs o , e sa “ in te lig e n c ia ” es p o r d e fin ic ió n Se ñ o r y D io s s o b re to d o .) Y a u n q u e

la c o m u n id a d c ie n tíf ic a y la a c a d é m ic a a m e n u d o in te n ta n s ile n c ia r sin

p ie d ad ta le s o p in io n e s , c o n to d o h ay e n la c o m u n id a d c ie n tíf ic a m u c h o s

h o m b re s d e in te g rid ad q u e h ac e n su y o el re la to d e la c re a c ió n b íb lic a y el D io s
d e las E s c ritu ra s .31

D io s c r e ó lo s c ie lo s y la tie r ra . Y h ay s o lo u n d o c u m e n to q u e a f irm a s e r

el re la to d iv in a m e n te in s p ira d o d e esa c re a c ió n : el lib ro d e G é n e s is . A m e n o s

q u e te n g a m o s u n c r e a d o r q u e n o n o s h a y a d e ja d o in f o rm a c ió n s o b re d e d ó n ­
d e v in o y c o n q u é p ro p ó s ito , el p a s a je d e G é n e sis 1 y 2 sig u e in d is p u tab le p a ra
to d o p ro p ó s ito p r á c tic o c o m o la ú n ic a d e s c rip c ió n d e la c re a c ió n re v e lad a

M aterial p ro teg id o p or d erech o s d e au lo r


84 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

d iv in a m e n te . En o tr a s p a la b r a s , si h ay u n D io s q u e c re ó lo s c ie lo s y la tie rra

y q u e re v e ló a la h u m a n id a d e l r e la to d e e sa c r e a c ió n , G é n e s is e s e se re g is tro .
Si el D io s d e las E s c ritu ra s n o c r e ó lo s c ie lo s y la rie rra , e n to n c e s n o te n e m o s

re sp u e sta a n ad a q u e sea v e rd a d e ra m e n te im p o rta n te . T o d o c a e b a jo e s ta s d o s


s e n c illa s o p c io n e s .

A sí es q u e , o c re e m o s e n el re la to d e G é n e s is o n o c re e m o s . D o u g la s K e lly ,
p ro f e s o r d e te o lo g ía s is te m á tic a en el Se m in a rio T e o ló g ic o R e f o r m a d o , h a e s ­

c r ito s o b re e ste a s u n to c o n g ra n p e rs p ic a c ia . D ic e : “ E s e n c ia lm e n te , la h u ­
m a n id a d tie n e s o lo d o s a lte rn a tiv a s . O h e m o s e v o lu c io n a d o d e l lo d o y
p o d e m o s e x p lic a r n o s s o lo en s e n tid o m a te ria lis ta d ic ie n d o q u e h e m o s s id o

h e c h o s d e n a d a q u e n o se a m a te ria , o h e m o s s id o h e c h o s se g ú n u n p a tró n c e ­
le s tia l" .

Y tie n e ra z ó n . Es ta s s o n las ú n ic a s d o s o p c io n e s . P o d e m o s c re e r lo q u e
d ic e G é n e s is , o n o . Si G é n e s is 1:1 e s v e rd a d , e n to n c e s el u n iv e rso y to d o lo

q u e h ay e n él fu e c re a d o p o r u n D io s p e rso n a l y a m o r o s o y el p o rq u é d e la
c re a c ió n e stá re v e la d o c la ra m e n te e n las Es c ritu ra s . A d e m á s , si el re la to d e

G é n e s is e s v e rd ad , e n to n c e s n o s o tr o s te n e m o s e l s e llo d e D io s y re c ib im o s su
a m o r. Y p o rq u e h e m o s s id o h e c h o s a su im a g e n , lo s se re s h u m a n o s te n e m o s
u n a d ig n id ad , un v a lo r y u n a o b lig ació n q u e tra s c i e n d e a la d e t o d a o t r a
c ria ru ra . P o r o tr a p a rte , si G é n e s is e s v e rd a d , e n to n c e s n o s o lo te n e m o s las
re sp u e s tas d el p ro p io D io s a las p re g u n ta s s o b re p o r q u é e s ta m o s a q u í y c ó m o
lle g a m o s a e s ta r d o n d e e s ta m o s , s in o q u e ta m b ié n te n e m o s la p ro m e s a d e la
s a lv a c ió n d e n u e s tr o s p e c a d o s .
Si G é n e s is n o e s v e rd a d , e n to n c e s , n o te n e m o s re sp u e sta fid e d ig n a p a ra

n a d a . D e se c h e G é n e s is y la a u to rid a d d e t o d a s las Es c ritu ra s e s ta rá f a ta lm e n te


c o m p ro m e tid a . E s o s ig n if ic a ría , e n ú ltim o té rm in o , q u e el D io s d e la Bib lia
s e n c illa m e n te n o e x is te . Y si e x is te alg u n a o tr a c la s e d e d io s - c re a d o r, e v id e n ­
te m e n te n o se p re o c u p a d e m a s ia d o d e su c re a c ió n , a l n o p ro v e e r re v e la c ió n
p ro p ia a lg u n a , su p lan p a ra la c re a c ió n o su v o lu n ta d p a ra c o n su s c ria tu ra s .

H ay , p o r s u p u e s to , en a lg u n o s e s c r ito s p a g a n o s v a rio s re la to s e x tr a b íb li­


c o s s o b re la c re a c ió n . P e ro s o n to d o s re la to s m ític o s , f a n tá s tic o s y f rív o lo s c o n
d io s e s h o r rib le m e n te p e rv e rs o s . L o s q u e p ie n s an q u e ta le s d e id a d e s e x is te n ,
s e g u ra m e n te h an lle g a d o a la c o n c lu s ió n d e q u e n o s h an d e ja d o sin n in g u n a
e s p e ra n z a , sin n in g ú n p rin c ip io c la r o p o r el c u a l v iv ir, sin n in g u n a re s p o n s a ­
b ilid a d , sin n in g u n a re sp u e sta a n u e s tra s p re g u n ta s m á s e le m e n ta le s y ( p e o r
to d a v ía ) sin u n a e x p lic a c ió n o s o lu c ió n p a ra el d ile m a d el m al.
P o r lo ta n to , si G é n e s is e s u n a im p o s tu ra , te n d ría m o s q u e a s u m ir q u e
D io s ta m p o c o e x is te . Esa e s, p re c is a m e n te , la p re te n s ió n d e trá s d e la m o d e r­
n a te o r ía d e la e v o lu c ió n . D e se r a s í, s ig n if ic a ría q u e la re a lid a d f in al e s la m a ­
te ria im p e rs o n a l. L a p e rs o n a lid a d h u m a n a y la in te lig e n c ia h u m a n a so n

M ait ín al Eiiü t ft jirlo ¡:ifir ilm erch u s n e ausr.ir


L a c r e ac ió n : U n a c o m p r e n s ió n b íb lic a 85

s im p le m e n te a c c id e n te s sin s e n tid o p ro d u c id o s p o r c a su a lid a d p o r el p ro c e s o

n a tu ra l d e e v o lu c ió n . N o te n e m o s re s p o n sa b ilid a d m o ra l h a c ia n in g ú n se r su ­

p e rio r. L a m o ra lid a d y la v e rd ad m ism a s e ría n re la tiv a s . Y la v e rd a d , la


f alse d a d , la b o n d a d y el m al se rían n a d a m ás q u e n o c io n e s te ó ric a s sin n in g ú n

s e n tid o ni im p o rta n c ia . N a d a re a lm e n te im p o rta en la v asta in m e n s id ad d e

u n u n iv e rso in f in ito e im p e rs o n a l.

SÍ G é n e s is es f a ls o , e n to n c e s , el n ih ilis m o e s la m e jo r o p c ió n . U n a ir r a ­

c io n a lid a d to ta l tr a n s f o r m a d a en la ú n ic a p o s ib ilid a d “ r a c io n a l” .

O b v ia m e n te , las ra m if ic a c io n e s d e n u e stra v isió n s o b re e s tas c o s a s so n

in m e n s as. N u e s tra p o s tu ra en c u a n to a la c re a c ió n e s el p u n to d e p artid a n e c e ­

s a rio p ara lo g ra r n u e stra c o m p le ta v isió n d e l m u n d o . D e h e c h o , ta n v ital es

el a s u n to q u e Fra n c is Sc h a e f f e r u n a v ez d ijo q u e si él tu v ie ra s o lo u n a h o ra

p a ra p a s arla c o n u n n o c re y e n te , p a s a ría lo s p rim e ro s c in c u e n ta y c in c o m i­

n u to s h a b la n d o d e la c re a c ió n y lo q u e s ig n ific a p a ra la h u m a n id a d c o m p a rtir

la im ag e n d e D io s y lo s ú ltim o s c in c o m in u to s p ara d a rle a c o n o c e r el p lan


d e s a lv a c ió n .33

El p u n to d e p a rtid a p ara e l c ris tia n is m o n o e s M a te o 1:1 s in o G é n e s is 1 :1 .

M é ta s e c o n el lib ro d e G é n e sis y e s ta rá a ta c a n d o el f u n d a m e n to m is m o d el

c ris tia n is m o . N o se p u e d e tr a ta r a G é n e sis 1 c o m o u n a f á b u la o u n a sim p le

le y e n d a p o é tic a sin im p lic a c io n e s g rav e s p ara el re s to d e las Es c ritu ra s . El re ­

la to d e la c re a c ió n e s d o n d e D io s c o m ie n z a su in f o rm e s o b re la h is to ria . Es

im p o s ib le a lte r a r el c o m ie n z o sin a f e c ta r el re s to d e la h is to ria , p ara n o m e n ­

c io n a r el f in al. Si G é n e s is 1 n o e s c o n f ia b le , e n to n c e s n o h ay f o rm a d e e s ta r
s e g u ro a c e r c a d e q u e el re s to d e las E s c r itu ra s d ic e n la v e rd a d . Si el p u n to d e

p a rtid a e stá e q u iv o c a d o , to d a la Bib lia e s ta rá b a s a d a e n u n a false d ad .


En o tra s p a la b ra s , si se re c h az a el re la to d e la c re a c ió n d e G é n e s is , se

q u e d a rá sin b ase p a ra c re e r el re s to d e la Bib lia . Si d u d a o d a u n a in te rp re ­

ta c ió n d if e re n te el re la to b íb lic o d e lo s se is d ías d e c re a c ió n , ¿ d ó n d e v a a p o n e r

las rie n d a s a su e s c e p tic is m o ? ¿ C o m e n z a ría c o n G é n e sis 3 , q u e e x p lic a e l o r i ­


g e n d e l p e c a d o p a ra c re e r to d o lo q u e sig u e d e a h í en a d e l a n t e ? ¿ O q u iz á s n o

q u ie ra c o m e n z a r a c re e r, s in o a p a rtir d e l c a p ítu lo 6 , y a q u e la h is to ria d el

d ilu v io e s ta m b ié n in v a ria b le m e n te c u e s tio n a d a p o r lo s c ie n tíf ic o s . O q u iz á s

e n c u e n tre q u e es m u y d ifíc il re c o n c ilia r el re la to d e la T o rre d e Ba b e l c o n las

te o r ía s lin g ü is tas s o b re c ó m o se o rig in a ro n y e v o lu c io n a r o n lo s id io m a s . A sí

e s q u e e s p o s ib le q u e n o q u ie ra c o m e n z a r a c re e r e n la h is to ria lite ral d e la

B ib lia , s in o h a s ta la v id a d e A b r a h a m p e ro a u n a s í, te n d ría m o s u n p ro b le m a .

P o rq u e c u a n d o lle g u e al r e la to a c e r c a d e las p lag a s d e M o is é s c o n tra Eg ip to ,


e s p o s ib le q u e n o las c re a ta m p o c o . ¿ Y q u é m e d ic e d e lo s m ila g ro s d el N u e ­

v o T e s ta m e n to ? ¿ H a b r ía alg u n a raz ó n p ara c o n s id e ra r a lg u n o d e lo s e le ­

M á t e n a l p r o le g i ü c i p o r d e r e c h o s d e a u l o r
86 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

m e n to s s o b re n a tu r a le s d e la h is to ria b íb lic a c o m o a lg o m á s q u e u n sim p le


s im b o lis m o p o é tic o ?

D e sp u é s d e ro d o , la c re e n c ia d e q u e el u n iv e rso tie n e b illo n e s d e a ñ o s d e

e d ad e stá b a s a d a e n p re s u p o s ic io n e s n a tu ra lis ta s q u e (si se las a c e p ta c o h e ­


re n te m e n te ) d e s c a r ta ría n t o d o s lo s m ila g ro s . Si n o s p re o c u p a a p a r e c e r a lo s

o jo s d e lo s n a tu ra lis ta s c o m o “ a n tic ie n tíf ic o s ” , v a m o s a te n e r q u e re c h a z a r


b a s ta n te m ás q u e G é n e s is 1 - 3 .

U n a v ez q u e se a c e p ta el n a tu ra lis m o y se c o m ie n z a a a d a p ta r la P a la b ra

d e D io s p a ra q u e se a ju s te a las te o ría s c ie n tíf ic a s b a s a d a s e n c re e n c ia s n a tu ­


ra lis ta s , el p ro c e s o n o a c a b a n u n c a . Si u ste d tie n e e s c rú p u lo s e n a c e p ta r la h is ­

to ric id a d d e l r e la to d e la c r e a c ió n , e n to n c e s e s tá e n v ías d e id e n tif ic a rs e c o n

el s a d u c e ís m o ; e s d e c ir, e s c e p tic is m o e in c re d u lid a d to ta l a c e r c a d e t o d o s lo s


e le m e n to s s o b re n a tu ra le s d e la s Es c ritu ra s . ¿ C ó m o h a b r ía m o s d e d u d a r d e!
s e n tid o lite ra l d e G é n e s is 1- 3 sin d u d a r q u e Elís e o h iz o f lo ta r el h a c h a , q u e

P e d ro c a m in ó s o b re el m ar, o q u e Je s ú s re s u c itó a L á z a ro d e la m u e rte ? ¿ Y


q u é p o d e m o s d e c ir d e l m á s g ra n d e d e lo s m ila g r o s , la re s u rre c c ió n d e C ris to ?

Si v a m o s a c o n d ic io n a r las Es c ritu ra s p ara q u e e n c a je n c o n las c re e n c ia s d e

lo s c ie n tíf ic o s n a tu ra lis ta s , ¿ p a ra q u é d e te n e r n o s ? ¿ P o r q u é u n m ila g r o p o ­


d ría se r m á s d if íc il d e a c e p ta r q u e o tr o ?
¿ Y q u é v a m o s a c re e r a c e r c a d e l fiu d e la h is to ria c o m o se p re d ic e e n las
Es c ritu ra s ? T o d a la h is to ria d e la re d e n c ió n te rm in a rá , se g ú n 2 P e d ro 3 : 1 0 ­
1 2 , c u a n d o el Se ñ o r h ag a c o la p s a r el u n iv e rso . L o s e le m e n to s se f u n d irán a

u n a te m p e r a tu ra in im a g in a b le y to d o I» q u e e x is ta e n el re in o m a te r ia l se d i­
s o lv e rá a u n n iv el a tó m ic o , en a lg o a s í c o m o u n a e x p lo s ió n n u c le a r sin p re ­

c e d e n te s ni im a g in a b le . Es m ás, se g ú n A p o c a lip s is 2 1 :1 - 5 , D io s
in m e d ia ta m e n te c re a r á u n n u e v o c ie lo y u n a n u e v a tie rra ( c p . Is. 6 5 : 1 7 ) .
¿ C re e m o s , re a lm e n te , q u e Él p u e d e h a c e r e so o se rá n e c e s a rio o tr a in fin id ad
d e b illo n e s d e a ñ o s d e e v o lu c ió n p a ra te n e r n u e v o c ie lo y n u e v a tie rra ? SÍ re a l­
m e n te c re e m o s q u e Él p u e d e d e s tru ir e s te u n iv e rso e n la m itad d e u n s e g u n d o
y c r e a r in m e d ia ta m e n te o tr o n u e v o , ¿ c u ál e s e l p r o b le m a p a ra c re e r el re la to

d e G é n e s is d e la c re a c ió n en se is d ías? Si Él p u e d e h a c e rlo a l fin al d e lo s tie m ­


p o s ¿ p o r q u é re su lta ta n d ifíc il c re e r el re la to b íb lic o d e lo q u e o c u r r ió e n el
p rin c ip io ?
P o r e s o e s q u e la p re g u n ta si in te r p r e ta m o s el re la to d e la c r e a c ió n c o m o
u n h e c h o o c o m o f ic c ió n tie n e g ra n d e s im p lic a c io n e s p a ra c a d a a s p e c to d e

n u e stra fe . Fra n c a m e n te , c re e r e n u n D io s c re a tiv o s o b re n a tu ra l q u e lo h iz o


to d o e s la ú n ic a p o sib le e x p lic a c ió n ra c io n a l p ara el u n iv e rso y p ara la v id a

m ism a . Es ta m b ié n la ú n ic a b ase p a ra c re e r q u e te n e m o s u n p ro p ó s ito o d e s­


tin o . Es el ú n ic o p u n to d e p a rtid a a p r o p ia d o p a ra u n a v is ió n c ris tia n a d e l
m und o .

M a g n a i p iù te ij ir lo p o r ilm e r c h u s n e a u to r
Líi c r e ac ió n ; U na c o m p r e n s ió n b íb lic a 87

Lec t u r a s a d ic io n a l e s
Johnson, Phillip E. Reaso?7 in t he B alance [Razón en el balance), Downers Grove, IL:
IVP, 1995.
Kenny, Douglas E. C reat io n a nd C ha nge |Creación y cambio), Kearn, Ross-shire, U.K.:
Christian Focus, 1997.
MacA rthur, John, La batalla p o r el co m ienz o , Grand Rapids, MI: Editorial Portavoz,
2003.
Morris, Henry, T he G enesis R eco rd [El registro de Génesis), Grand Rapids, MI:
Backer, 1976.
Whitcomb, John C. La tierra prim itiv a, ed. rev. Grand Rapids, MI: Editorial Portavoz,
1994.

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u lc r
4

Rea l id a d y c o n t r o l d el
pec a d o 1

Jo h n M a c A r t h u r

é n e sis 3 e s u n o d e lo s c a p ítu lo s m ás im p o r ta n te s y v ita le s d e to d a la

G Bib lia . Es e l f u n d a m e n to d e to d o lo q u e v ie n e d e sp u é s. Sin é l, p o c o m á s

e n las E s c r itu ra s o e n la v id a m ism a te n d ría s e n tid o . G é n e s is 3 e x p lic a la c o n ­

d ic ió n d e l u n iv e rso y el e s ta d o d e la h u m a n id a d . E x p lic a p o r q u é el m u n d o

h a te n id o ta n to s p ro b le m a s . E x p lic a el d ile m a h u m a n o . Ex p lic a p o r q u é n e c e ­

s ita m o s u n Salv ad o r. Y e x p lic a lo q u e D io s e stá h a c ie n d o e n la h is to ria .

En o tra s p a la b ra s , la v e rd ad re v e la d a e n G é n e s is 3 e s la b ase n e c e s a ria

p a ra u n a v isió n d el m u n d o c o rr e c ta y s e g u ra. C u a lq u ie r v isió n d el m u n d o q u e

c a re z c a d e e ste f u n d a m e n to e s tá to ta l y d e s e s p e ra d a m e n te e q u iv o c a d a .

C u a n d o D io s c o m p le tó su c re a c ió n p e rf e c ta , n o h u b o d e so rd e n ni c a o s ,

ni c o n f lic to , ni lu c h a , n i d o lo r, n o d is c o rd ia , ni d e te rio ro , ni ta m p o c o h u b o

m u e rte . Sin e m b a rg o , h o y d ía n u e stra v id a e s tá lle n a d e e s ta s c o s a s . F r a n ­

c a m e n te , e s d if íc il im a g in arse c ó m o s e rá u n m u n d o p e rf e c to . G é n e s is 3 e x ­
p lic a el trá n s ito d e sd e a q u e l p a ra ís o d e p e rf e c c ió n in im a g in a b le h as ta d o n d e
n o s e n c o n tr a m o s a h o ra .

L a e v o lu c ió n n o o f re c e e x p lic a c ió n p a ra e l d ile m a h u m a n o , m e n o s u n a

s o lu c ió n . ¿ P o r q u é la e x is te n c ia h u m a n a e stá ta n lle n a d e p ro b le m a s m o ra le s

y e s p iritu a le s ? L a e v o lu c ió n ja m á s p o d rá c o n te s ta r e sta p re g u n ta . D e h e c h o ,

la e v o lu c ió n s im p le m e n te n a tu ra lis ta n o p u e d e h a c e r n a d a e n el te rre n o d e lo

m o ra l y lo e s p iritu a l.

N o o b s ta n te , s o m o s c ria tu ra s c la ra m e n te m o ra le s y e s p iritu a le s , y to d o s
s a b e m o s e s to . L o s c o n c e p to s d e l b ie n y d el m al s o n in n a to s e n la p siq u is h u ­

m a n a . ( H a s ta lo s e v o lu c io n is ta s a te o s m á s re c a lc itr a n te s tie n e n c o n c ie n c ia .)

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
90 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

Sa b e m o s p o r a m a rg a e x p e rie n c ia q u e n o p o d e m o s lib ra rn o s d e l m al. L a a tr a c ­

c ió n d el p e c a d o e s irre s is tib le . N o p o d e m o s h a c e r to d o lo q u e s a b e m o s q u e
d e b e m o s h ac e r. Y lo q u e e s p e o r, n o p o d e m o s re f o rm a rn o s p o r n o s o tr o s m is ­

m o s . L a e v o lu c ió n n o o f re c e e x p lic a c ió n p a ra e ste d ile m a y n o h ay e s p e ra n z a


d e alg u n a s o lu c ió n .

En lu g ar d e e s o , la d o c tr in a d e la e v o lu c ió n (si se sig u e c o n s is te n te m e n te )
te rm in a n e g a n d o la re a lid ad d e l m al. Si la e v o lu c ió n n a tu ra lis ta e s c o rr e c ta y

n o h ay D io s , ta m p o c o p u e d e h a b e r p rin c ip io s m o ra le s in v io la b le s q u e g o b ie r ­
n e n el u n iv e rso . Y , p o r lo ta n to , n o h ay re s p o n s a b ilid a d m o ra l d e n in g ú n tip o .
D e h e c h o , si la e v o lu c ió n e s v e rd a d , las c o s a s s o n c o m o so n p o r s im p le c a ­

s u alid ad y n o p o r a lg u n a ra z ó n tr a s c e n d e n ta l. N a d a b a jo tal s is te m a p o d ría

ja m á s te n e r u n a im p o rta n c ia m o ra l v e rd a d e ra. L a s n o c io n e s d e b ie n y m a l
s e rían c o n c e p to s v a c ío s . N o h a b ría raz ó n p ara c o n d e n a r a H itle r o a p la u d ir
a l b u e n s a m a rita n o .
¿ Q u ie n n o s d is e ñ ó p a ra q u e p u d ié ra m o s d istin g u ir e n tre lo b u e n o y lo
m a lo ? ¿ D e a d o n d e s a lió la c o n c ie n c ia h u m a n a ? ¿ Y p o r q u é la n a tu ra le z a h u ­
m a n a tie n d e u n iv e rs alm e n te al m al? L o s e v o lu c io n is ta s n o tie n e n id e a.
L a s Es c ritu ra s d ic e n q u e f u im o s h e c h o s a la im ag e n d e D io s p e ro q u e
s o m o s c ria tu ra s c a íd a s , q u e h e m o s n a c id o c o n u n a in c lin a c ió n al p e c a d o .
N u e s tra p e c a m in o s id a d la h e re d a m o s d e A d án . C u a n d o él p e c ó , a r r o jó a la

ra z a h u m a n a a u n e s ta d o d e c a íd a irre m e d ia b le d e s e rv id u m b re al m a l. E s to ,
en p o c as p a la b ra s , e s la d o c tr in a c o n o c id a c o m o “ p e c a d o o r ig in a l” .

L a d e s c rip c ió n b íb lic a d e la h u m a n id a d c a íd a en p e c a d o re f u ta la id e a
f u n d a m e n ta l d e la e v o lu c ió n . En lu g a r d e e n s e ñ a r q u e el h o m b r e c o m e n z ó e n

el f o n d o d e la c u e s ta m o ra l y q u e le n ta m e n te c o m e n z ó a a s c e n d e r m e d ia n te
la e v o lu c ió n s o c ia l y p s ic o ló g ic a , G é n e s is 3 n o s e n se ñ a to d o lo c o n tr a r io . El
h o m b r e c o m e n z ó e n el p in á c u lo d e l o rd e n c re a d o , p e ro d e b id o al p e c a d o d e
A d á n , la h is to ria d e la h u m a n id a d e s la h is to ria d e u n v e rg o n z o s o d e c lin a r
m o ral y e sp iritu a l (c p . R o . 1 :2 1 - 3 2 ) . L a h u m a n id a d h o y d ía e s p e o r q u e n u n ­
c a a n te s ( 2 T i. 3 :1 3 ) .
¿ P o d r ía m o s n e g a r q u e e l m al e stá e n to d a s p a rte s e n e s te m u n d o ? L a s e v i­
d e n c ia s s o b ra n . Y , en p a rtic u la r, la d e p ra v a c ió n m o ra l u n iv e rsa l d e lo s se re s

h u m a n o s e s a b u n d a n te m e n te c la r a . G . K . C h e s te r to n , se re fie re iró n ic a m e n te
a la d o c trin a d el p e c a d o o rig in a l c o m o “ la ú n ic a p a rte d e la te o lo g ía c ris tia n a

q u e en re a lid ad se p u e d e p r o b a r ” . Él p r o v o c a b a a lo s te ó lo g o s m o d e rn o s
q u ie n e s “ e n su c a s i d e m a s ia d o f a s tid io s a e s p iritu a lid a d , a d m itía n la p e c a m i­

n o sid a d d iv in a , la q u e n o p o d ía n v e r ni e n s u e ñ o s . P e ro e s e n c ia lm e n te n e g a ­
b an el p e c a d o h u m a n o , el q u e p o d ían v e r en las c a l l e s " .1
Ev id e n c ia s d e la p e c a m in o s id a d d e n u e s tra raz a la e n c o n tr a m o s p o r
to d o s la d o s . A p a re c e p u b lic a d a e n lo s p e rió d ic o s . L a v e m o s e n las n o tic ia s d e

M o b ilia i |
ï m u i r l o p ur tto rttf £lt* ü tiinr
R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c a d o 91

la ta r d e y o c u p a g ran d e s e x te n s io n e s e n lo s e s c rito s d e la h is to ria h u m a n a .

N a d ie e n to d o n u e s tro c o n o c im ie n to e stá lib re d e p e c a d o . A la m a y o ría d e


n o s o tr o s , si v a m o s a se r s in c e ro s , n u e s tra p ro p ia c o n c ie n c ia n o s p re se n ra a l­

g u n a s d e las p ru e b a s m ás c o n tu n d e n te s d e n u e stra d e p ra v a c ió n .
¿ C ó m o lle g a m o s a e s te e s ta d o ? G é n e s is 3 re s p o n d e la p re g u n ta c la ra y
s e n c illa m e n te . N u e s tr o p rim e r a n te p a s a d o , A d á n , d e s o b e d e c ió d e lib e r a ­
d a m e n te a D io s . D e a lg u n a m a n e ra su p e c a d o a f e c tó a to d a la ra z a , y a h o r a
c a d a u n o d e su s d e sc e n d ie n te s n a tu ra le s h a h e re d a d o u n a m o r p o r el p e c ad o

y u n d e s p re c io p o r la v e rd ad e ra re c titu d . Y e s to se m a n if ie s ta en n u e s tro c o m ­
p o rta m ie n to .
Se g ú n R o m a n o s 5 : 1 2 y 1 C o r in tio s 1 5 :2 2 , c u a n d o A d án p e c ó tr a jo la

m u e rte y el ju ic io n o s o lo s o b re él m is m o , s in o s o b re to d a la raz a h u m a n a .
C a d a u n o d e n o s o tr o s h e re d a el p e c a d o y la c u lp a d e A d á n . Y e s o e s lo m a lo

q u e h ay e n n o s o tr o s . P o r e s o e s q u e s o m o s ru in e s, re b e ld e s, c o rr u p to s y te ­
n e m o s u n a n a tu ra le z a d e s tru c tiv a , u n c o r a z ó n p e c a m in o s o q u e c o rr o m p e
to d o s n u e s tr o s p e n s a m ie n to s , n u e s tra s e m o c io n e s y n u e stra v o lu n ta d . “ P o r
c u a n to lo s d e s ig n io s d e la c a rn e so n e n e m is ta d c o n tra D io s ; p o rq u e n o se su ­

je ta n a la ley d e D io s , ni ta m p o c o p u e d e n ; y lo s q u e v iv e n se g ú n la c a rn e n o

p u e d e n a g r a d a r a D i o s ” ( R o . 8 :7 - 8 ) . Esa in c a p a c id a d d e a m ar, o b e d e c e r o
a g ra d a r a D io s e s la e s e n c ia m is m a d e la d e p ra v a c ió n h u m a n a.

Y la ú n ic a s o lu c ió n a e se e s ta d o d e c o s a s e s la o b r a re c re a d o ra d e D io s
( 2 C o . 5 :1 7 ) . P o r e s o fu e q u e Je s ú s le d ijo a N ic o d e m o : “ O s e s n e c e s a rio n a c e r

d e n u e v o ” ( Jn . 3 :7 ) ; “ el q u e n o n a c ie re d e n u e v o , n o p u e d e v e r el re in o d e

D io s ” (v. 3 ) . D e e s to tr a ta la s a lv a c ió n : D io s c a m b ia m ila g ro s a m e n te la n a tu ­
rale z a d e lo s q u e Él re d im e , d e m o d o q u e p u e d an p r a c tic a r la m is m a ju s tic ia
q u e a n te s o d ia b a n . Es ta e ra la p ro m e s a c e n tra l d el n u e v o p a c to : “ E s p a rc iré

s o b re v o s o tro s a g u a lim p ia , y se ré is lim p iad o s d e to d a s v u e stra s in m u n d ic ia s ;


y d e to d o s v u e s tro s íd o lo s o s lim p ia ré . O s d aré c o ra z ó n n u e v o , y p o n d ré e s ­
p íritu n u e v o d e n tro d e v o s o tro s ; y q u ita ré d e v u e stra c a rn e e l c o r a z ó n d e
p ie d ra , y o s d aré u n c o r a z ó n d e c a r n e . Y p o n d ré d e n tro d e v o s o tro s m i
Es p íritu , y h a ré q u e a n d é is e n m is e s ta tu to s , y g u a rd é is m is p re c e p to s , y lo s
p o n g á is p o r o b r a ” ( Ez . 3 6 : 2 5 - 2 7 ) .
En o tra s p a la b ra s , n ad a q u e p o d a m o s h a c e r p o r n o s o tr o s m ism o s n o s li­

b ra r á d e la e s c la v itu d d el p e c a d o . El p e c a d o d e A d á n tu v o u n e f e c to c a ta s ­
tr ó f ic o n o s o lo s o b re él y su m e d io a m b ie n te , s in o ta m b ié n s o b re su p ro g e n ie ,
in c lu y é n d o n o s a u ste d y a m í. Y n o p o d e m o s e n c o n tr a rle s e n tid o a n u e stra
s itu a c ió n m o ra l m ie n tra s n o c o m p re n d a m o s d ó n d e c o m e n z ó to d o .
T o d a la c re a c ió n fu e c o r ro m p id a y m a ld ita d e b id o a l p e c a d o d e A d án .
R o m a n o s 8 : 2 0 - 2 2 d ic e : “ P o rq u e la c re a c ió n f u e s u je ta d a a v a n id a d , n o p o r
su p ro p ia v o lu n ta d , s in o p o r c a u sa d e l q u e la s u je tó e n e s p e ra n z a ; p o rq u e

M a te n n i p i o í R u i d o p m t f w a t f i c c s d * a m o r
92 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

ta m b ié n la c r e a c ió n m is m a s e rá lib e r ta d a d e la e s c la v itu d d e c o r r u p c ió n , a la
lib e rta d g lo rio s a d e lo s h ijo s d e D io s . P o rq u e s a b e m o s q u e ro d a la c re a c ió n
g im e a u n a , y a u n a e s tá c o n d o lo re s d e p a rto h a s ta a h o r a " . En o tr a s p a la b ra s ,
p o r c a u s a d e l p e c a d o , n in g u n a p a rte d e la c re a c ió n a h o ra e x is te c o m o D io s
la h iz o o r ig in a lm e n te . Fu e “ s u je ta a v a n id a d " s ig n if ic a q u e q u e d ó in c a p a ­

c ita d a d e a lc a n z a r e l p ro p ó s ito p a ra e l c u a l fu e d is e ñ a d a o rig in a lm e n te . Fu e


c o rr o m p id a , c o n ta m in a d a p o r e l p e c a d o y d e e sta m a n e ra q u e d ó s u je ta a la

m a ld ic ió n d e D io s e n lu g a r d e a su b e n d ic ió n . Q u e d ó e s c la v iz a d a a c o r r u p ­
c ió n y e x p u e s ta b a jo e s c la v itu d a lo s e f e c to s d e g ra d a n te s d el p e c a d o , in ­
c lu y e n d o el d e te r io r o , la d e g ra d a c ió n y la m u e rte . A c tu a lm e n te , to d a la

c r e a c ió n g im e y s u f re d o lo re s d e p a r to , le n g u a je tre m e n d a m e n te d e s c rip tiv o


c o n el q u e se d e s c rib e el s u f rim ie n to y d o lo r c a u s a d o p o r la c o n ta m in a c ió n

d e l p e c a d o . T o d a s e s ta s c o s a s , se g ú n las E s c ritu ra s , so n lo s e f e c to s d e la d e s­
o b e d ie n c ia d e A d án .

Es to d isp u ta c la r a m e n te c o n tr a la e v o lu c ió n . D e h a b e r u sa d o D io s p a ra
c r e a r el m u n d o lo s p ro c e s o s e v o lu c io n is ta s o la “ s e le c c ió n n a tu r a l” , e n to n c e s

la m u e rte , la d e g ra d a c ió n , la m u ta c ió n y la c o rr u p c ió n tie n e n q u e h a b e r s id o
p a n e d e la c re a c ió n d e sd e el p rin c ip io . SÍ la m u e rte y la s e le c c ió n n a tu ra l
f u e ro n p a rte d e l o s e l e m e n to s u s a d o s p o r D i o s p a r a c r e a r el m u n d o , e n t o n c e s

n a d a en re a lid ad fu e c r e a d o p e rf e c to ; to d o tu v o f a lla s d e c o n s tr u c c ió n . P e ro
re su lta q u e las E s c ritu ra s c la r a m e n te a tr ib u y e n to d a s e s a s c o s a s a l p e c a d o d e
A d án . So n la c o n s e c u e n c ia d e la m a ld ic ió n q u e v in o d e sp u é s d e l p rim e r a c to

d e d e s o b e d ie n c ia .
Y la lib e ra c ió n d e e s te e s ta d o n o v e n d rá d e n in g ú n p ro c e s o e v o lu tiv o . D e

h e c h o , la c re a c ió n e n te ra , in c lu y e n d o a la ra z a h u m a n a , e stá a h o ra s u je ta a
u n a f o rm a d e d e v o l u c ió n , la q u e n in g u n a c a n rid a d d e e d u c a c ió n , c o n o c i ­

m ie n to , m e d io a m b ie n te , p s ic o lo g ía , c iv iliz a c ió n o te c n o lo g ía ja m á s p o d rá re ­
v e rtir. L o q u e se re q u ie re e s la r e d e n c ió n ( R o . 8 :2 3 ) .
El re s to d e G é n e s is e s tá lle n o d e e v id e n c ia s d e la c a íd a e n e sp iral d e la h u ­
m a n id a d en u n a c o m p le ta d e g ra d a c ió n m o r a l. G é n e s is 3 e s el p u n to d e c a m ­
b io . A n te s d e e s o , D io s o b s e r v ó la c re a c ió n y d ijo d e c a d a c o s a q u e “ e ra
b u e n o ” ( 1 :3 1 ) . P e ro d e sp u é s d e G é n e s is 3 , to d a la h is to ria h u m an a h a s id o

d e sf ig u rad a p o r lo q u e es m u y m a l o . ( L a s ú n ic a s e x c e p c io n e s so n lo s e je m ­
p lo s d e l tr a b a jo re d e n to r d e D io s ; p e ro e s to s n o s o n e je m p lo s d e n o b le z a

h u m a n a .)
G é n e sis 4 re g is tra el p rim e r h o m ic id io , u n c a s o d e f ra tric id io . El v e rs íc u lo
1 9 c o n tie n e la p rim e ra m e n c ió n d e p o lig a m ia . El v e rsíc u lo 2 3 n o s h a b la d e
o tr o a c to d e a s e s in a to . Y a p a rtir d e a llí, la raz a h u m an a se d e te rio ra d e tal
m a n e ra q u e en G é n e s is 6 :5 d ic e : “ Y v io Je h o v á q u e la m ald ad d e lo s h o m ­
b re s e ra m u c h a e n la tie rra , y q u e to d o d e s ig n io d e lo s p e n s a m ie n to s d e l

M a g n a i p ia ttin o p n r ilm e r c h u s n e a u to r
R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c a d o 93

c o ra z ó n d e e llo s e ra d e c o n tin u o s o la m e n te el m a l” . P o r e s o fu e q u e D io s d e s­

tru y ó a la ra z a h u m a n a e n te ra , c o n e x c e p c ió n d e u n a f a m ilia .

G é n e s is ta m b ié n re g istra lo s c o m ie n z o s d e m a le s ta le s c o m o la h o m o s e ­

x u alid a d ( 1 9 :1 - 5 ) , el in c e s to ( 1 9 :3 0 - 3 8 ) , la id o la tría ( 3 1 : 3 0 - 3 5 ) , la v io la c ió n
( 3 4 : 1 - 2 ) , m a ta n z a s m a siv a s ( 3 4 : 2 5 - 2 9 ) , p ro s titu c ió n ( 3 8 :1 4 - 1 9 ) y n u m e ro s a s
o tr a s f o rm a s d e m ald a d .
T o d o e s to b ro ta d el a c to d e d e s o b e d ie n c ia d e A d á n ( R o . 5 :1 9 ) . El p e c ad o

d e A d án n o s o lo e n v e n e n ó su d e s c e n d e n c ia , s in o ta m b ié n al re s to d e la

c re a c ió n . ¿ C ó m o o c u r r ió tal c o s a ? G é n e s is 3 n o s d a u n a re sp u e sta c la ra .

Este e s el re la to b íb lic o d e lo q u e v in o a c o r r o m p e r el p a ra ís o d e Ed é n :

P ero la serp ien t e er a astu ta, m ás q u e t o d o s lo s an im ales d e l c am p o qu e


Je h o v á D io s h ab ía h e c h o ; la c u al dijo a la m u jer: ¿ C o n qu e D io s o s ha
d ic h o : N o c o m áis d e t o d o ár b o l d el h u e r t o t Y la m u jer re sp o n dió a ¡a se r­
p ien te. D el fr u t o d e lo s ár b o le s d e l hu e r t o p o d e m o s c o m e r ; p e r o d e l fru t o
d e l ár b o l q u e está en m e dio det hu ert o dijo D io s: N o c o m eréis de él, ni le
toc aré is, p ar a q u e n o m u ráis . E n t o n c es la serp ien t e dijo a la m u jer: N o
m o riréis; sin o q u e s ab e D io s q u e e l día q u e c o m áis d e él, serán abie r t o s
v u estros o jo s , y se réis c o m o D ios, s ab ie n d o e l bien y e l m al. Y v io la m u jer
q u e e l ár b o l er a bu en o p ara c o m er, y qu e era ag r ad ab le a ¡ os o jo s , y ár b o l
c o d ic iab le p ara alc an z ar la sabidu r ía; y t o m ó d e su fr u t o , y c o m ió ; y d io
t am bién a su m ar ido , e l c u al c o m ió a s í c o m o ella. E n t o n c es fu e r o n ab ie r ­
t o s lo s o jo s de am b o s , y c o n o c ie r o n q u e es t aban des n u do s ; en t o n c es
c o s ie r o n ho jas d e hig u e ra, y s e hic ier o n delan tales.
—G én esis 3 : 1- 7

E s to n o e s ni f á b u la ni m ito . Es p re s e n ta d o c o m o h isto ria y es tr a ta d o

c o m o h is to ria a tra v é s d el re sto d e las Es c ritu ra s (c p . R o . 5 : 1 2 - 1 9 ; 2 C o . 1 1 :3 ;


1 T i. 2 : 1 3 - 1 4 ; A p . 1 2 :9 ; 2 0 : 2 ) .

E l s o l ic it a d o r o pr o c u r a d o r

M u c h o s s e ñ a l a r á n a l a s e rp i e n te “ q u e h a b l a ” c o m o e v i d e n c i a d e q u e e s te r e ­

la to es m ític o . P e ro Je s ú s m is m o , c u a n d o se re firió al d ia b lo c o m o a s e s in o y

m e n tiro s o y el p a d re d e la m e n tira a lu d ió a e ste r e la to c o m o re al e h is tó ric o


( Jn . 8 :4 4 ) .

Se g ú n G é n e s is 3 :1 : “ la s e rp ie n te e ra a s tu ta , m á s q u e to d o s lo s a n im a le s
d el c a m p o q u e Je h o v á D io s h a b ía h e c h o ” . N o e s ta m o s h a b la n d o d e q u e D io s

h ay a c re a d o re p tile s c o n la h a b ilid ad d e h a b la r y raz o n ar. L a a s tu c ia q u e e sta

s e rp ie n te en p a rtic u la r d e sp le g ó n o es u n a c a ra c te r ís tic a d e las s e rp ie n te s en


g e n e ra l. L o q u e se d e s c rib e a q u í e s a lg o m á s q u e u n s im p le a n im a l; e s u n se r

q u e c o n o c ía a D io s , u n a p e rs o n a lid a d q u e h a b ló c o n g ra n in te lig e n c ia y

t y ín íi r i al p t o l E t j i t l r j p n i derBCÍ TCt s d e am o r
94 P I EN S E C O N F O R M E A I .A B I B L I A

s a g a c id a d . Era u n se r m o ral q u e e s ta b a o p u e s to a D io s . Era e n g a ñ o s o , h o stil


y e m p e ñ a d o en d e stru ir la in o c e n c ia m o ra l d e la p rim e ra p a r e ja .

A l c o m p a ra r E s c r itu ra c o n Es c ritu ra s a b e m o s q u e e sta s e rp ie n te e r a , r e a l­


m e n te , Sa ta n á s , d is f ra z a d o c o m o u n a n im a l { c p . 2 C o . 1 1 :3 ; A p . 1 2 :9 ) .

Sa ta n á s , m a e s tro d e l e n g a ñ o , q u e te n ía el p o d e r d e tra n s f o rm a rs e e n u n án g e l
d e lu z ( 2 C o . 1 1 :1 4 ) h a b ía a p a re n te m e n te to m a d o la f o r m a f ísic a d e u n a s e r­
p ie n te o d e a lg u n a m a n e ra u s ó el c u e rp o d e u n a d e las c ria ru ra s d el ja r d ín .

El n o m b r e S at an ás e s u n a tr a n s lite ra c ió n d e la p a la b ra d e l h e b re o p a ra

“ a d v e r s a rio ” . A m e n u d o , las v e c e s q u e a p a re c e e n el A n tig u o T e s ta m e n to , la

p a la b ra se u sa c o n u n a r tíc u lo d e fin id o , s u g irie n d o q u e o r ig in a lm e n te n o fu e

u n n o m b r e p r o p io , s in o u n a e x p r e s ió n d e sc rip tiv a ( “ el a d v e rs a r io ” ). El s e n ­

tid o té c n ic o d e l té rm in o h e b re o c o m u n ic a u n m a tiz le g al q u e h a b la d e l a d ­
v e rs a rio d e u n o , el q u e p re s e n ta u n a a c u s a c ió n , e n u n c o n te x to le g a l. Y , p o r
s u p u e s to , e s to e s p e rf e c ta m e n te d e s c rip tiv o d el p ap e l d e Sa ta n á s . Él e s el a c u ­

s a d o r d e lo s h e rm a n o s ( A p . 1 2 :1 0 ) . En el lib ro d e Jo b , e n el A n tig u o T e s ­
ta m e n to , lo v e m o s a c tu a n d o d e trá s d e l e s c e n a rio p a ra tr a ta r d e d e s a c r e d ita r

a y a rru in a r a Jo b . Y e n e l N u e v o T e s ta m e n to , tr a ta d e a d q u irir p o d e r s o b re
P e d ro , p a ra p o d e r s a c u d irlo c o m o a trig o e n la h o ra d e m a y o r v u ln e ra b ilid a d
d e P e d ro ( L e . 2 2 : 3 1 ) . D e m o d o q u e su c o m p o rta m ie n to y a c tiv id a d s o n s ie m ­

p re c o n s is te n te s c o n lo q u e v e m o s e n G é n e s is 3 .
¿ D e a d o n d e s a lió Sa ta n á s y c ó m o p o d e m o s e n te n d e r su c a r á c te r y su

o b r a , a la lu z d e l h e c h o d e q u e D io s h a d e c la ra d o q u e to d a su c re a c ió n es
b u e n a?

D io s n o h iz o a Sa ta n á s u n se r m a lo . C o m o v im o s a l f in al d el c a p ítu lo a n ­

te rio r, to d o lo q u e D io s h iz o lo h a lló b u e n o , y el m al n o e x is tía en su c r e a c ió n .


En G é n e s is 1 :3 1 , D io s e n f á tic a m e n te d e c la ra q u e to d o lo q u e h a b ía h e c h o
“ e ra b u e n o e n g ran m a n e ra ” . Sa ta n á s a p a re c e d e re p e n te y en f o rm a in e s ­

p e ra d a e n G é n e s is 3 : 1 . E s o s ig n ific a q u e la c a íd a d e Sa ta n á s d e b e d e h a b e r
o c u r r id o e n alg ú n m o m e n to e n tre el fin d e la c re a c ió n ( m a rc a d a p o r e se g lo ­
rio s o d ía d e d e s c a n s o , el d ía n ú m e ro s ie te ) y lo s a c o n te c im ie n to s d e s c r ito s e n
G é n e s is 3 , m u y c e r c a n a a la c re a c ió n d e A d án y Ev a y a n te s d e q u e e s to s
h a y a n p r o c re a d o d e sc e n d e n c ia .

G é n e s is , m a n te n ie n d o u n a p e rs p e c tiv a te rre n a l a c e r c a d e la h is to ria d e

la c r e a c ió n , g u a rd a s ile n c io s o b re la c a íd a d e S a ta n á s . Sin e m b a rg o , d e las


E s c ritu ra s s a b e m o s q u e Sa ta n á s e ra u n á n g e l q u e c a y ó c u a n d o s e lle n ó d e
o r g u llo . Q u iz á s e l re la to m á s c la r o d e la r e b e lió n d e S a ta n á s n o s la d é

Ez e q u ie l 2 8 .

V ino a m i p alab r a d e Je h o v a, dic ie n do : H ijo d e h o m b r e , lev an ta en dec has


s o b r e e l rey de T iro, y dite: A si h a d ic h o j e h o v a el Señ o r: Tú eras e l sello

M arena! p m teutin poi cto w ehas euri>r


R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c a d o 95

de la p e r fe c c ió n , lle n o de sabidu r ía, y ac ab ad o d e herm o su ra. En Edén , en


e l hu ert o d e D io s estu v iste; de t o da p iedra p r e c io s a era tu v estidu ra; d e c o r ­
n erin a, t o p ac io , jas p e , c r is ó lit o , b e r ilo y ó n ic e ; de z afiro, c arbu n c lo , es m e ­
ralda y o r o ; io s p rim o r es de tus t am bo riles y flau tas estu v ieron p r e p ar ado s
p ar a ti en e l día de tu c re ac ió n . Tú, qu eru bín g r an de , p r o t e c t o r , y o t e p u se
en e l san t o m o n t e d e D io s, allí estu v iste; en m e d io de las p iedras de fu e g o
t e p as e abas . P erfec t o eras en t o d o s tus c am in o s, de s de e l día q u e fu iste
c r e ado , hast a q u e se h alló e n ti m aldad. A c au sa de la m u ltitu d de tus c o n ­
t rat ac io n es fu ist e lle n o de in iqu idad, y p e c as t e ; p o r lo q u e y o te e c h é de l
m o n t e d e D ios, y t e ar r o jé de en tre las p iedras del fu e g o , o h qu eru bín p r o ­
t ec t o r. Se en alt ec ió tu c o r az ó n a c au sa d e tu herm o su ra, c o r r o m p is t e tu
sabidu ría a c au sa de tu e s p le n do r ; y o t e ar r o jar é p o r tierra; delan t e de tos
rey es t e p o n d r é p ara q u e m iren en ti. C o n la m u ltitu d de tus m aldade s y
c on la tn iqu tdad de tus c o n t rat ac io n es p r o fan as t e tu san t u ar io ; y o , pu es,
s aq u é fu e g o d e en m e dio de ti, e l c u al t e c o n su m ió , y t e p u se en c en iz a s o b r e
la tierra a ¡ os o jo s de t o d o s lo s q u e t e m iran . T o d o s los q u e t e c o n o c ie r o n
de en t re lo s p u e b lo s s e m arav illarán s o b r e ti; e s p an t o se rás> y p ar a siem p re
dejarás d e ser.
— vv. 11 - 19

A u n q u e e sra e s u n a p a la b ra p r o f è tic a d irig id a c o n tr a el re y d e T ir o , e l

c o n te x to h a c e c la r o q u e su m e n s a je a lc a n z ó m á s a llá d e u n re y te r re n a l, a la

f u e rz a s o b re n a tu ra l d e su m ald a d , o rg u llo y a u to r id a d c o rr u p ta . Este fu e u n


m e n s a je p r o f è tic o d e D io s p ara Sa ta n á s .
El te x to id e n tif ic a c la r a m e n te el o b je to d e e s a s p a la b ra s d e c o n d e n a c ió n

c u a n d o d ic e : “ En Ed é n , en el h u e rto d e D io s e s tu v is te ” (v . 1 3 ) . L as p a la b ra s
e s ta b a n d irig id a s n o a u n s im p le h o m b re , s in o a u n s e r a n g e lic a l, “ tú ,

q u e ru b ín g ra n d e , p r o te c to r ” (v . 1 4 ) . El fu e el e p íto m e d e la p e rf e c c ió n c re a d a ,
“ e l s e llo d e la p e rf e c c ió n , lle n o d e s a b id u ría y a c a b a d o d e h e rm o s u ra ” (v . 1 2 ) .
El Se ñ o r le d ic e : “ P e rf e c to e ra s e n to d o s tu s c a m in o s d e sd e el d ía q u e f u is te
c re a d o , h a s ta q u e se h a lló en ti m a ld a d ” (v. 1 5 ) . Este n o p u e d e se r o tr o q u e
la c ria tu ra c a íd a q u e se d is fraz ó c o m o u n a se rp ie n te e n e l Ed é n . Es e sa c ria tu ra
a n g e lic a ! c a íd a c o n o c id a p o r n o s o tr o s c o m o Sa ta n á s .
El p a s a je en Ez e q u ie l e s ta b le c e c la r a m e n te q u e e sta c ria tu ra fu e u n a v ez
u n á n g e l, u n o d e lo s q u e ru b in e s c u y a f u n c ió n e ra la a d o ra c ió n c e le s tia l. Es to
e x p lic a la re fe re n c ia e n el v e rsíc u lo 13: “ d e to d a p ie d ra p re c io s a e ra tu v e s­
ti d u r a ... e s tu v ie ro n p r e p a ra d o s p ara ti en el d ía d e tu c r e a c i ó n ” . D e h e c h o ,
p a re c e h a b e r e s ta d o e n el m á s a ito ra n g o d e lo s q u e ru b in e s ( “ T ú , q u e ru b ín

g ra n d e , p r o te c to r ” ), u n a c ria tu ra c u y a b e lle z a y m a je s ta d e ra n in s u p e ra b le s.
N o h ay e x p lic a c ió n s o b re c ó m o el p e c a d o s u rg ió en é l, p e ro e s c la r o d ó n ­
d e s e o rig in ó el p e c a d o : “ h as ta q u e se h a lló en ti m a ld a d ” (v. 1 5 , c u rs iv a s a ñ a ­
d id as ) . N o fu e u n d e f e c to al m o m e n to d e se r c re a d o ( “ P e rf e c to e ra s e n to d o s

M a t e r i a l p i c i r íg i d o p m t f w a t f i c c s d * a m o r
96 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

tu s c a m in o s d e sd e el d ía q u e f u iste c r e a d o ” ). El m al n o v in o d e su C r e a d o r
ni s u rg ió d e f u e ra d e la c r ia tu r a ; se h a lló e n é l. Y c o m o r e s u lta d o , el Se ñ o r
d ic e : “ fu iste lle n o d e in iq u id a d , y p e c a s te ” (v . 1 6 ) .

¿ C ó m o u n a c r ia tu r a c o m o e sta p u d o h a b e r e s ta d o in s a tis f e c h a c o n su
p e rf e c c ió n ? ¿ Q u é s e ría lo q u e lo p r o v o c ó a re b e la rs e c o n tr a su C re a d o r? El

te x to b íb lic o n o o f re c e e x p lic a c ió n , e x c e p to s u b ra y a r la v e rd ad d e q u e s u rg ió
d e n tro d e la c ria tu ra m ism a y e n n in g ú n s e n tid o fu e el re su lta d o d e u n a im p e r­

f e c c ió n d e la f o rm a e n la q u e fu e c re a d o . N o fu e su c a íd a u n e s ta d o q u e le
h a y a s id o im p u e s to c o n tr a su v o lu n ta d . Fu e u n a d e c is ió n q u e é l m is m o h iz o .

O tr o p a s a je ( Is a ía s 1 4 ) p ro y e c ta au n m á s lu z s o b re la c a íd a d e Sa ta n á s .
C o m o el p a s a je d e Ez e q u ie l, e sta e s u n a c o n d e n a c ió n p r o f è tic a d irig id a a u n
re y te rre n a l, el re y d e B a b ilo n ia (v . 4 ) . P e ro c o m o el p a s a je d e Ez e q u ie l, c o n ­
tie n e e x p r e s io n e s q u e p a re c e n ir m á s a llá d e u n g o b e r n a n te te rre n a l y se d iri­
g e n a Sa ta n á s m ism o .

¡ C ó m a c aíst e d e l c ie lo , o h L u c e r o , hijo de la mañana' . C o r t ado fu iste p o r


tierra, tú qu e de b ilit ab as a las n ac io n e s. Tú qu e dec ías en tu c o r az ó n ; Su biré
al c ie lo ; en lo alt o , ju n to a las es t re llas de D ios, lev an t aré m i t r o n o , y en e l
m o n t e d e l t est im o n io m e sen t aré, a ¡ os lado s d e l n o rt e; s o b r e las altu ras d e
las n u bes su biré, y s e r é se m ejan te a l A lt istm o. M as tú d e r r ib ad o eres bast a
e l Seo! , a lo s lado s d e l ab is m o .
—v v . I 2 - t 5

“ L u c if e r ” sig n ific a “ el q u e b r illa ” , u n n o m b r e a d e c u a d o p a ra el q u e ru b ín


g ra n d e . Y el p e c a d o p o r el c u a l e s c o n d e n a d o es u n p e c a d o q u e se le v a n tó d e
su p ro p io c o r a z ó n . Es e l p e c a d o d e l o rg u llo . Él q u e ría e x a lta r su tr o n o p o r
s o b re lo s d e m á s , y “ se ré s e m e ja n te a l A ltís im o " (v . 1 4 ) . L ite ra lm e n te p re ­

te n d ía u s u rp a r el tr o n o d e D io s . T o d o e s to re s p ald a la im p re sió n d e q u e la
c ria tu ra m e n c io n a d a a q u í e s Sa ta n á s . Sa b e m o s , d e 1 T im o te o 3 : 6 , p o r e je m ­

p lo , q u e e s ta m ism a a c titu d d e o rg u llo fu e la raz ó n p ara q u e Sa ta n á s c a y e ra


e n c o n d e n a c ió n .
En e l m o m e n to en el q u e se a lz ó e n o rg u llo , c a y ó . Je s ú s d ijo : “ Y o v e ía a
Sa ta n á s c a e r d el c ie lo c o m o u n r a y o " ( L e . 1 0 :1 8 ) . T an p ro n to c o m o Sa ta n á s
d e c id ió a s c e n d e r, d e s c e n d ió . A u n q u e su d e s e o e ra s e r ig u al a D io s , in s ta n tá ­
n e a m e n te lle g ó a s e r c o m p le ta m e n te d if e re n te a D io s .
P e ro él n o c a y ó s o lo . Se g ú n A p o c a lip s is 1 2 :4 , u n te rc io d e lo s á n g e le s d el

c ie lo lo s ig u ie ro n . Se tr a n s f o r m a r o n en d e m o n io s , s e rv id o re s d e Sa ta n á s y
e n g a ñ a d o re s c o m o él ( 2 C o . 1 1 :1 4 - 1 5 ) . Se g ú n M a te o 2 5 : 4 1 , p a ra e llo s e stá

p re p a ra d o el f u e g o e te rn o . Su d e s tin o fin al e s ta n c ie r to c o m o la fid e lid ad in a ­


m o v ib le d e D io s .
¿ P o r q u é D io s n o lo s c o n s ig n ó a l f u e g o e te rn o en el m o m e n to en el q u e

M a g n a i p ia ttin o \:\t\t i l m e r e h u s n e a u to r
R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c a d o 97

c a y e ro n ? L a s Es c ritu ra s n o so n e x p líc ita s e n su re s p u e s ta , p e ro e s c la r o q u e


a Sa ta n á s y a lo s d e m o n io s se les ha d a d o la o p o rtu n id a d d e e x p lo ta r c a d a
av e n id a d e su p o d e r h as ta q u e D io s lo s d e stru y a al final d e la h is to ria h u m a n a.

A p e s a r d e su m a la in flu e n c ia y su a b s o lu ta in c a p a c id a d d e d e ja r su m ald a d ,

d e a lg u n a m a n e ra e llo s e n c a ja n en el p lan d e D io s p a ra m o s tr a r g ra c ia y m ise ­

r ic o rd ia y p ro v e e r s a lv a c ió n p a ra lo s h u m a n o s c a íd o s . El tie m p o p a ra su d e s­

tru c c ió n e stá e s ta b le c id o ( M t. 8 :2 9 ) . Su d e s tin o e s a b s o lu ta m e n te s e g u ro , p e ro

m ie n tra s n o se c u m p la n lo s p ro p ó s ito s d e D io s , tie n e n u n a c ie rta m e d id a d e

lib e rta d p ara lle v ar a d e la n te su a g e n d a , q u iz á p ara p r o b a r al f in al q u e n o h ay

m a l c o n c e b ib le s o b re el c u a l D io s n o p u e d a triu n f ar.
R e c u e rd a q u e la s a lv a c ió n p ara la ra z a h u m an a fu e p la n if ic a d a y p r o ­

m e tid a a n te s d e la c a íd a d e Sa ta n á s , a n te s d e la f u n d a c ió n d el m u n d o ( E f . 1:4 ;

2 T i. 1 :9 ; T it. 1 :1 - 2 ; A p . 1 3 :8 ) . D e m o d o q u e h as ta la c a íd a d e Sa ta n á s y su
e n g a ñ o e n el H u e rto d e l Ed é n f o rm a n p a rte d el p lan e te rn o d e D io s .

En o tr a s p a la b ra s , D io s p e r m it ió q u e Sa ta n á s c o n f r o n ta r a a Ev a . Este e n ­

c u e n tr o e n el ja rd ín n o fu e a lg o in e sp e ra d o q u e d e alg u n a m a n e ra v in o a d e s­
c a r r ila r el p la n d e D io s . D io s lo h a b ía p la n if ic a d o a s í d e sd e el p rin c ip io .

La e st r a t e g ia

L a e s tra te g ia d e Sa ta n á s al te n ta r a Ev a es la m ism a e s tra te g ia q u e s ie m p re

u sa . Él es u n m e n tiro s o y p a d re d e m e n tira ( Jn . 8 :4 4 ) . P e ro se d is f ra z a c o m o
a lg u ie n q u e tr a e la v e rd a d , c o m o “ u n án g e l d e lu z ” ( 2 C o . 1 1 :1 4 ) .

Sa ta n á s s o lo es c o n s e c u e n te e n la m e n tira . P a ra é l, to d o e s e n g a ñ o s o ,
“ . . . n o h ay v e rd ad e n é l. C u a n d o h a b la m e n tira , d e s u y o h a b la ; p o rq u e es

m e n tiro s o , y p a d re d e m e n tir a ” { Jn . 8 :4 4 ) . P e ro a q u í él c o m ie n z a c o n lo q u e

p a re c e u n a p re g u n ta in o c e n te d e u n o b s e rv a d o r in te re s a d o y p r e o c u p a d o d el

b ie n e s ta r d e Ev a: “ ¿ C o n q u e D io s o s h a d ic h o : N o c o m á is d e to d o á rb o l d el

h u e r to ? ” ( G n . 3 :1 ) .
“ ¿ C o n q u e D io s o s h a d i c h o ...? ” Esa e s la p rim e ra p re g u n ta e n las
E s c r i tu r a s . A n te s , s o lo h a b ía r e s p u e s ta s ; n i n g u n a d u d a . P e r o su p r e g u n ta fu e

m a lé v o la m e n te e la b o ra d a p a ra p o n e r a Ev a en el c a m in o d e la d u d a y d e la

d e s c o n f ia n z a e n lo q u e D io s h a b ía d ic h o . Ese tip o d e d u d a e s la e s e n c ia m is ­

m a d e to d o p e c a d o . L a s u s ta n c ia d e t o d a te n ta c ió n e s e c h a r d u d as s o b re la

P a la b ra d e D io s y s u je ta rla al ju ic io h u m a n o . Era lo q u e la s e rp ie n te e s ta b a
h a c ie n d o .

D e h e c h o , f íje s e c ó m o Sa ta n á s a s tu ta m e n te tu e rc e y a lte ra el s e n tid o d e


la P a la b ra d e D io s . D io s h a b ía d ic h o : “ D e ro d o á rb o l d e l h u e rto p o d rá s
c o m e r ; m as d e l á rb o l d e la c ie n c ia d el b ie n y d el m al n o c o m e r á s ; p o rq u e el

d ía q u e d e él c o m ie re s , c ie rta m e n te m o r ir á s " ( G n . 2 :1 6 - 1 7 ) . El é n f a s is d e D io s

M a t i n a l p i m p i d o p n i tf w a c ó c c s d * a m o r
98 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

e s ta b a e n su lib e rta d p e rf e c ta d e c o m e r d e t o d o s lo s á r b o le s , e x c e p to u n o . L a
p re g u n ta d e Sa ta n á s c a m b ió el é n f a s is d e s ta c a n d o lo n e g a tiv o e im p lic a n d o

q u e D io s lo s e s ta b a lim ita n d o c o n re s tric c io n e s . N o te ta m b ié n c u á n d ir e c ­


ta m e n te c o n tr a s ta n las p a la b ra s d e la s e rp ie n te c o n la v e rd ad e ra o rd e n d e

D io s . D io s h a b ía d ic h o : “ D e to d o á rb o l d e l h u e rto p o d r á s c o m e r ” ( c u rs iv a s
a ñ a d id a s ) . El é n f a s is e s ta b a p u e s to e n su lib e rta d d e c o m e r. L a v e rs ió n d e
Sa ta n á s p o n ía e n n e g a tiv o e l p u n to : “ ¿ C o n q u e D io s o s h a d ic h o : N o c o m á is
d e to d o á rb o l d el h u e r to ? ” ( c u rsiv a s a ñ a d id a s ) . A s í, e s ta b a e n f o c a n d o la a te n ­
c ió n d e Ev a e n la p ro h ib ic ió n y la p re p a ra b a p ara e l g ra n a s a lto a la P a la b ra

d e D io s .
El m o tiv o d e Sa ta n á s e ra la d e s tru c c ió n to ta l d e la p rim e ra p a r e ja , au n

c u a n d o a p a re n ta b a e s ta r m u y p r e o c u p a d o p o r e llo s . P o r e so e s q u e Je s ú s d ijo :
“ El ha s id o h o m ic id a d e sd e el p r in c ip io ” ( Jn , 8 :4 4 ) . D e lib e ra d a m e n te , la s e r­
p ie n te h a b ía c o n f r o n ta d o a Ev a c u a n d o e lla e s ta b a s o la y e ra m á s v u ln e ra b le .
Su a ta q u e in ic ia l lo d irig e a e lla s o la ( “ el v aso m á s f r á g il” , 1 P. 3 :7 ) . C l a ­

ra m e n te su in te n c ió n e ra e n g a ñ a rla m e d ia n te su a s tu c ia ( 2 C o . 1 1 :3 ) m ie n ­

tra s e lla e s ta b a d e s p ro te g id a p o r A d á n .
L a Bib lia n o d ic e q u e Ev a se s o r p r e n d ió al o ír a u n a s e rp ie n te h a b la n d o .
D e s p u é s d e to d o , E v a e ra n u e v a y s e g u ra m e n te e s ta b a a b ru m a d a d e v e r ta n ­
ta s m a ra v illa s y c o m o p a r e ja , e s ta b a n re c ié n d e s c u b rie n d o to d a s las c o s a s lin ­
d as d e la c re a c ió n . En e se p a ra ís o , Ev a n o h a b ía c o n o c id o el m ie d o ni se h a b ía
te n id o q u e e n f re n ta r a p e lig ro a lg u n o . A sí e s q u e c o n v e rs ó c o n la s e rp ie n te

c o m o si n o h u b ie ra s id o n ad a d e e x tr a o r d in a r io . N o te n ía ra z ó n p a ra s o s ­
p e c h ar. Era to ta lm e n te in o c e n te y a q u e n u n c a a n te s se h a b ía te n id o q u e e n ­

f re n ta r c o n “ las a s e c h a n z a s d e l d ia b lo ” ( Ef . 6 :1 1 ) .
L a e s tra te g ia d e Sa ta n á s f u e p re s e n ta r a D io s c o m o m e z q u in o , e s tr ic to ,
d u r o , d e m a s ia d o re s tr ic tiv o , c o m o si q u is ie ra lim ita r la lib e rta d h u m a n a y
p riv a r a A d á n y Ev a d e l d is f ru te y e l p lac e r. Sa ta n á s e s ta b a tr a ta n d o d e h a c e r
c re e r a Ev a q u e lo m a lo y lo f a ls o e ra n p a rte d el c a r á c te r d e D io s . E s ta b a in si­

n u a n d o a Ev a q u e D io s p o d ría s e r c ru e l y m u y p o c o c a riñ o s o .
A d e m ás , s u tilm e n te , el re p til Sa ta n á s in s in u a b a q u e é l e s ta b a m á s p r e o ­
c u p a d o p o r el b ie n e s ta r d e Ev a q u e el p r o p io D io s . Q u e él a b o g a b a p o r la li­

b e rta d m ie n tra s q u e D io s to d o lo re s trin g ía . En la e s tra te g ia d e Sa ta n á s , el


h e c h o d e q u e D io s les h a y a d a d o a A d á n y Ev a t o d o lo d e m á s p a ra c o m e r
c a re c ía d e im p o r ta n c ia . D e e sta m a n e ra , Sa ta n á s e s ta b a p o n ie n d o e n d u d a la

b o n d a d d e D io s .
Ev a n o se d io c u e n ta d e la e s tra te g ia d e Sa ta n á s d e m o d o q u e r e p lic ó ,

in g e n u a m e n te , h a s ta c ie r to p u n to d e f e n d ie n d o a D io s : “ D e l f ru to d e lo s á r ­
b o le s d e l h u e rto p o d e m o s c o m e r ” (v, 2 ) . Ev id e n te m e n te e lla n o s a b ía q u e e s te
e ra el e n e m ig o s o b re n a tu ra l d e D io s . L a s E s c r itu ra s d ic e n q u e e lla fu e “ e n ­

MI a t er irli f i n - [ j a r o c h o s H e so r t i r
R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c ad o 99

g a ñ a d a " ( 2 C o . 1 1 :3 ; 1 T i. 2 :1 4 ) . Sa ta n á s la s e d u jo a p ro v e c h á n d o s e d e su

in o c e n c ia .
P e ro au n c u a n d o n o c o n o c ía a su e n e m ig o , p u d o h a b e r p o d id o d e te n e r
su a ta q u e . T e n ía s u f ic ie n te v e n ta ja c o m o p a ra h a c e rlo . C o n o c ía a D io s . Sa b ía
q u e el c a r á c te r d e D io s e ra b u e n o , y s o l o b u e n o . N o h a b ía e x p e rim e n ta d o
o tr a c o s a , s in o b e n d ic io n e s a b u n d a n te s y u n a g e n e ro s id a d ilim ita d a v e n id as

d e su m a n o . E s ta b a ro d e a d a d e to d a la c r e a c ió n , d o n d e c la ra m e n te se p o d ía
v e r la b u e n a v o lu n ta d d e D io s . T a m b ié n te n ía u n a o rd e n c la ra y d ire c ta d e
p a rte d e D io s . E in c lu s o la o rd e n d e n o c o m e r d e u n o d e lo s á rb o le s e ra u n a
re s tr ic c ió n g e n e ro s a p a ra su p r o p io b ie n .
Ella p u d o h a b e r s o s p e c h a d o d e las in te n c io n e s d el re p til q u e h a b la b a ;
p u d o h a b e r a v e rig u a d o m ás a c e rc a d e su te n ta d o r a n te s d e c e d e r a su s in s i­
n u a c io n e s ; p e ro s o b re to d o , p u d o h a b e r e x p re s a d o u n a f u e rte d e s a p ro b a c ió n

a la su g e re n c ia d e q u e D io s les e s ta b a im p id ie n d o a e lla y a su e s p o s o d is f ru ta r

d e a lg o b u e n o .
En lu g a r d e e s o , su re a c c ió n fu e a p e n a s u n a r e f u ta c ió n p a rc ia l a lo s a rg u ­

m e n to s d el re p til. D ijo : “ D e l f ru to d e lo s á rb o le s d e l h u e rto p o d e m o s c o m e r ;


p e ro d e l f ru to d e l á r b o l q u e e s tá e n m e d io d el h u e rto d ijo D io s : N o c o m e ré is

d e é l, n i le to c a ré is , p a ra q u e n o m u rá is ” (v v . 2 - 3 ) .
V a m o s a a n a liz a r su re s p u e s ta . N o te p rim e ro q u e c u a n d o d ic e : “ D e l f ru ­
to d e lo s á rb o le s d e l h u e rto p o d e m o s c o m e r " e lla e stá o m itie n d o la p a la b ra

“ to d o ” , lo q u e su g ie re q u e y a h a b ía c o m e n z a d o a d e sm e re c e r la v asta b o n ­
d ad d e D io s . L u e g o , sig u e re c o rd a n d o la re s tric c ió n q u e D io s le s h a b ía im ­
p u e s to p e ro sin d e fe n d e r su b o n d a d . Y , p e o r q u e e s o , a g r e g ó a lg o a las
p a la b ra s d el m a n d a to , a f irm a n d o q u e D io s h a b ía d ic h o : “ ni le to c a ré is , p a ra
q u e n o m u rá is ” . A p a re n te m e n te p ara e lla la re s tric c ió n e ra d u r a , p e ro c o n su
e x p lic a c ió n le a g re g ó d u re z a .
Su c o r a z ó n y a h a b ía f ija d o su c a m in o . N o e s ta b a d e f e n d ie n d o a D io s ni

su b o n d a d ; n o e s ta b a re c o n o c ie n d o su g lo rio s a m a je s ta d n i su s a n ta p e r­
f e c c ió n . E s ta b a ig n o r a n d o el h e c h o d e q u e el d e s e o d e D io s e ra s o lo su b ie n .
N o m a n if e s tó m a le s ta r a lg u n o n i se s in tió o f e n d id a p o r el in s u lto d e la s e r­

p ie n te c o n tra el c a r á c te r d e D io s . Y así, c a y ó en la tra m p a . Es ta b a lista p ara


c o m e n z a r a c re e r a Sa ta n á s e n lu g ar d e a D io s .
1.a c a íd a fu e in e v ita b le d e sd e el m o m e n to q u e c o m e n z ó a d u d ar. El c u r ­
s o d e lo q u e h iz o a p a rtir d e e n to n c e s e stá d e te rm in a d o p o r su c o ra z ó n v a­
c ila n te . L o q u e sig u ió n o fu e m á s q u e la e v id e n c ia d e q u e la m ald ad y a h a b ía
e n tr a d o e n su c o ra z ó n .
En e s te p u n to , Sa ta n á s s a b ía q u e h a b ía tr iu n f a d o y p r e s io n ó p a ra a lc a n ­
z ar la v ic to ria to ta l. A sí, d e in m e d ia to s u g irió q u e e l s a b ía m á s q u e D io s . Su
p ró x im a a f irm a c ió n fu e a lg o q u e c o n tra d ic e c o m p le ta m e n te la P a la b ra d e

MiiTcirial ptolfíflidopai [JereHrJiTCtsdeautor


100 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

D io s e im p u g n a lo s m o tiv o s d e D io s : “ N o m o riré is ; s in o q u e s a b e D io s q u e
e l d ía q u e c o m á is d e é l, s e rá n a b ie rto s v u e stro s o jo s , y se ré is c o m o D io s , s a ­

b ie n d o el b ie n y e l m a l” (v v . 4 - 5 ) . Es ta a tre v id a a f ir m a c ió n n o h iz o s in o re a­

f irm a r lo q u e S a ta n á s y a h a b ía d ic h o a n te s . A h o r a , a b ie rta m e n te , d if a m ó n o
s o lo la b o n d a d d e D io s , s in o ta m b ié n su v e rac id a d .
L a s o s p e c h a y a h a b ía e c h a d o raíc e s e n la m e n te d e Ev a . L a m a je s ta d d e

D io s h a b ía s id o in ju ria d a . Su b o n d a d h a b ía s id o c a lu m n ia d a , su in te g rid a d
h a b ía s id o d if a m a d a . Y e lla n o h a b ía re s p o n d id o en fe . P o r e s o , Sa ta n á s se

a p re s u r ó a d a r el g o lp e d e g ra c ia .
“ D io s e s u n m e n tir o s o ” , s u g irió . “ Él lo s h a e n g a ñ a d o , les h a q u ita d o su
lib e rtad y h a c o a r ta d o su g o z o ” . L a m e n tira d e Sa ta n á s sig u e s ie n d o la m is ­

m a e n h o y d ía: “ U s te d e s p u e d e n se r lib re s, h a c e r lo q u e se les a n to je , al fin y


a l c a b o e s su v id a. N o h ay le y e s d iv in as ni a u to rid a d a b s o lu ta y, p o r s o b re
to d o e s o , ta m p o c o h ay ju ic io . L e s a s e g u ro q u e n o m o r ir á n ” .
A e s ta s a ltu ra s d el e n c u e n tr o , Ev a e s ta b a f re n te a u n a c la ra d e c is ió n q u e

te n ía q u e h ac e r. O c re ía a D io s o c re ía a Sa ta n á s . Es la m is m a d e c is ió n q u e
h a c o n f r o n ta d o la h u m a n id a d d e sd e e n to n c e s . Q u ié n e s tá d ic ie n d o la v e rd ad ,

¿ D io s o Sa ta n á s ? ¿ R e a lm e n te D io s q u ie re p o n e m o s re s tric c io n e s in ju s ta s ?
¿ D e v e rd a d q u i e re c o a r t a r n u e s tra l i b e rta d y m i n i m i z a r n u e s tro g o z o ? Si D i o s

e s a s í, su g ie re Sa ta n á s , e n to n c e s n o lo s a m a . N o e s d ig n o d e c o n f ia n z a .
L a m e n tira e s la m ism a h o y d ía. A m e n u d o , a la a u to r id a d d e D io s se la
d e sc rib e c o m o d e m a s ia d o r e s tric tiv a , q u e a te n ta c o n tr a la lib e rta d h u m a n a y

q u e v a e n d e trim e n to d e n u e s tro b ie n e s tar. En las p a la b ra s d e E. J. Y o u n g :

En la p s i co l o g í a m o d e rn a , p o d e m o s o í r al te n ta d o r d e ci r, q u e h a tra í d o a la

lu z l as c o s a s m á s re có n d i ta s d el a l m a h u m a n a . E s a a l m a e s a l g o m u y ti e rn o ,

y re s tri n g i rl a y a m o rd a z a rl a p o r la i m p o s i ci ó n de l e y e s c a te g ó ri c a s e s

ca u s a rl e d a ñ o . E l a l m a d e b e rí a s e r lib re p a ra d e s a rro l l a rs e y e x p re s a rs e y e s to
se p u e d e l o g ra r s o l o m e d i a n te la l ib e rta d y el a m o r. L i m i ta ci o n e s y re s tri c­
ci o n e s , c o m o l as i m p o n e u n a a u to ri d a d a b s o l u ta , d e b e n s e r a b a n d o n a d a s ,

si s e q u ie re l o g ra r cu a l q u i e r d e s a rro l l o d e la p e rs o n a l i d a d . ¿ Q u i e re te n e r u n a

p e rs o n a l i d a d s in d e s a rro l l a r? E n to n ce s s ig a s o m e ti é n d o s e a D i o s y a s u s

m a n d a m i e n to s .*

Sa ta n á s e s ta b a s u g irie n d o a Ev a q u e la ú n ic a raz ó n q u e D io s te n ía p a ra

se r ran re s tric tiv o a l p ro h ib irle c o m e r d e a q u e l á rb o l e ra p o rq u e h a b ía u n a


f a lla e n su c a rá c te r. Su a m o r e ra d e f e c tu o s o . Q u e ría p ro h ib irle s q u e h ic ie ran
ro d o lo q u e p o d ía n h a c e r p a ra q u e n o se a lz a ra n c o m o riv ale s d e su g ra n d e z a .
D e e s ta m a n e ra , Sa ta n á s les o f r e c ió lo m is m o q u e él h a b ía tr a ta d o in f ru c ­
tu o s a m e n te d e c o n s e g u ir: “ se ré is c o m o D io s ” (v. 5 ) .
Sa ta n á s s a b ía p o r e x p e rie n c ia p ro p ia q u e D io s n o to le r a riv a le s . M á s ta r-

M a n ? n a l [ïiû tfp q ir J o p n r i l m e r c h u s n e a u tr.ir


R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c a d o 101

d e , D io s d iría a tr a v é s d e Is a ía s : “ Y o Je h o v á ; e sre e s m i n o m b re ; y a o r r o n o

d a r é m i g lo r ia , ni m i a la b a n z a a e s c u ltu ra s ” (Is. 4 2 : 8 ) . D io s n o c e d e su s d e re ­

c h o s a n a d ie . E s to e s lo q u e lo h ac e D io s . Su g lo ria e c lip s a la g lo ria d e to d o s


lo s d e m á s . Él n o tie n e ig u al y, p o r lo ta n to , to d o e l q u e p re te n d a ig u a la rs e a

Él o b u s c a r r e c o n o c im ie n to c o m o su ig u al, e s re c h a z a d o . E s to e s p o r lo q u e

e s s a n to , n o p o rq u e se a e g o ís ta .

P e ro Sa ta n á s in s in u ó q u e d e p a rte d e D io s h a b ía en alg u n a m e d id a c e lo s ,

c o m o si tu v ie ra q u e e v ita r q u e A d án y Ev a lle g a ran a se r lo q u e Él q u e ría q u e

f u e ra n p o r m ie d o a q u e se tr a n s f o r m a r a n e n u n a a m e n a z a p a ra el T o d o p o ­
d e ro s o . A b s u rd o . P e ro p ara Ev a e ra u n p e n s a m ie n to e m b ria g a n te . Q u iz á p e n ­

s ó q u e n o e ra d el to d o m a lo q u e re r se r c o m o D io s . Y se c o n v e n c ió e lla m ism a

d e q u e e ra u n a p o s ib ilid a d h o n o r a b le .
L a falsa p ro m e s a d el re p til ( “ se ré is c o m o D io s ” ) e s la se m illa d e to d a s las

re lig io n e s f a ls a s . N u m e r o s o s c u lto s q u e v an d e sd e el b u d is m o al m o r ­

m o n is m o , e s tá n b a s a d o s en la m ism a m e n tira . Es u n a d is to rs ió n d e la v e rd ad .

D io s q u ie r e q u e s e a m o s c o m o Él, en el s e n tid o d e q u e c o m p a rtim o s su s a tr i­

b u to s c o m u n ic a b le s : s a n tid a d , am o r, m is e ric o r d ia , v e ra c id a d y o tr a s e x p r e ­
s io n e s d e su ju s tic ia . P e ro lo q u e Sa ta n á s tr a tó d e h ac e r, y te n tó a Ev a p a ra

q u e tr a ta r a d e h a c e r, fu e in v a d ir u n re in o q u e p e rte n e c e ú n ic a m e n te a D io s y

u su rp a r su p o d e r, su s o b e r a n ía y su d e re c h o a se r a d o ra d o . Y e sas c o s a s e stán

p ro h ib id a s a to d a c ria tu r a .
N o te q u e Sa ta n á s s u g irió la ig u ald ad c o n D io s : “ se ré is c o m o D io s , s a b i­

e n d o el b ie n y el m a l” (v . 5 ) . Es ta e ra u n a p e lig ro s a m e d ia v e rd a d . SÍ c o m ía n
e l f r u to , sin d u d a q u e c o n o c e r ía n el m a !, p e ro n o c o m o lo c o n o c e D io s . L o

c o n o c e r ía n p o r e x p e r im e n ta rlo . L o q u e Sa ta n á s les e s ta b a o f re c ie n d o c o m o
la p u e rta d e e n tra d a a la p le n itu d y la v e rd ad e ra e n re a lid a d u n a ta jo a la

d e s tru c c ió n . “ H a y c a m in o q u e al h o m b r e le p a re c e d e re c h o ; p e ro su fin es

c a m in o s d e m u e rte ” (Pr. 1 4 :1 2 ) .

L a se d u c c ió n
Sa n tia g o 1 :1 3 - 1 5 d ic e : “ C u a n d o a lg u n o e s te n ta d o , n o d ig a q u e e s te n ta d o

d e p a rte d e D io s ; p o rq u e D io s n o p u e d e s e r re n ta d o p o r el m al, ni él tie n ta a

n a d ie ; s in o q u e c a d a u n o es te n ta d o , c u a n d o d e su p ro p ia c o n c u p is c e n c ia es

a tr a íd o y s e d u c id o . E n to n c e s la c o n c u p is c e n c ia , d e sp u é s q u e h a c o n c e b id o ,

d a a lu z el p e c a d o ; y el p e c a d o , s ie n d o c o n s u m a d o , d a a lu z la m u e r te " . Ese

p r o c e s o fu e el q u e se d io en el c a s o d e Ev a.

El p e c a d o e n la m e n te in flu y e las e m o c io n e s . Esta s in c ita n la v o lu n ta d , la


c u a l c e d e a la a c c ió n .

G é n e s is 3 :6 d ic e : “ Y v io la m u je r q u e el á rb o l e ra b u e n o p a ra c o m e r, y

M a n o r ia l p i ü t f p j i r l o p n r i l m e r c h u s n e a u ir .ir
102 P I EN S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

q u e e ra a g r a d a b le a lo s o jo s , y á r b o l c o d ic ia b le p a ra a lc a n z a r la s a b id u ría ; y
to m ó d e su f r u to , y c o m ió ; y d io ta m b ié n a su m a rid o , el c u a l c o m ió a s í c o m o
e l l a " . L a m e ta d e Ev a e ra la a u to r r e a liz a c ió n y, p o r p rim e ra v e z , la d o m in a ro n

e l e g o ís m o y el e n g re im ie n to . E i p e c a d o y a h a b ía c o n c e b i d o e n su c o r az ó n .

A h o r a e se p e c a d o e s ta b a c o m e n z a n d o a tr a b a ja r e n e lla p a ra h ac e rla a c tu a r
c o n m ald a d . P e ro e lla y a e ra c u lp a b le p o rq u e h a b ía p e c a d o en su c o r a z ó n .
Je s ú s d ijo : “ c u a lq u ie ra q u e m ira a u n a m u je r p a ra c o d ic ia r la , y a a d u lte ró c o n

e lla e n su c o r a z ó n ” ( M t. 5 : 2 8 , c u rs iv a s a ñ a d id a s ) .
Ev a v io tre s c o s a s e n el f r u to p ro h ib id o q u e la s e d u je r o n . P rim e ro : “ El
á r b o l e ra b u e n o p a ra c o m e r " . N o te n e m o s id e a q u é f r u to e ra . A m e n u d o se

h a b la d e la m a n z a n a , p e ro e l p a s a je b íb lic o n o d ic e q u e f u e ra u n a m a n z a n a .
L a v arie d a d e s p e c íf ic a d e f ru ta n o e s im p o rta n te . L o q u e im p o rta e s q u e Ev a
fu e s e d u c id a p o r su a p e t i t o fís ic o .

N o se tr a ta b a d e h a m b re le g ítim a . P ara m itig a r e l h a m b r e , el h u e rto e s ­


ta b a lle n o d e f ru to s q u e c o m e r. Fu e u n a p e tito ilíc ito . Fu e lu ju ria c a r n a l p r o ­

v o c a d a p o r u n d e s c o n te n to e g o ís ta y u n a d e s c o n f ia n z a e n D io s , c o m o si Él

e stu v ie ra p r iv á n d o la d e a lg o b u e n o .
Se g u n d o : Filia v io “ q u e e ra a g ra d a b le a lo s o jo s ” . Es ta s e d u c c ió n a p e ló a
su a p e t i t o e m o c i o n a l. El f r u to e x c i tó su s e n tid o d e b e lle z a y o tr a s p a s io n e s .
N o e ra q u e el h u e rto c a r e c ie r a d e o tr o s f ru to s a tr a c tiv o s . H a b ía u n a g r a n v a ­
rie d ad d e c o lo r e s , f o rm a s y ta m a ñ o s y to d o se v e ía a g ra d a b le . P e ro Ev a se

c o n c e n tr ó e n e s t e f r u to , p o r q u e Sa ta n á s h a b ía p la n ta d o e n su m e n te la id e a

d e q u e re p re s e n ta b a a lg o b u e n o d e lo q u e D io s la e s ta b a p riv a n d o . A m e d id a
q u e la c o d ic ia a u m e n ta b a e n su c o r a z ó n , el f r u to p ro h ib id o se v e ía m e jo r y

m e jo r.
T e r c e r o : Ella v io q u e e ra “ á rb o l c o d ic ia b le p a ra a lc a n z a r la s a b id u r ía ” .
Es ta fu e u n a a p e la c ió n a su a p e tito in te le c tu a l. U n o r g u llo in c ip ie n te h iz o q u e
e lla se im a g in a ra la “ s a b id u r ía ” q u e te n d ría s a b ie n d o el b ie n y el m a l. P o r ta n ­
to , d e s e ó e se c o n o c im ie n to y fu e te n ta d a p o r la p ro m e s a falsa q u e la h a ría

ig u al a D io s .
A sí, Ev a fu e s e d u c id a p o r “ lo s d e se o s d e la c a r n e , lo s d e se o s d e lo s o jo s ,
y la v a n a g lo ria d e la v id a ” , to d o m a lo e n e s te m u n d o (1 Jn . 2 : 1 6 - 1 7 ) . L a te n ­

ta c ió n s ie m p re v ie n e e n u n a o m á s d e e s tas tre s c a te g o r ía s .
C u a n d o Sa ta n á s te n tó a Je s ú s , lo tr a tó d e c o n v e n c e r p a ra q u e c o n v irtie ra
p ie d ras e n p an ( M t. 4 :3 ) . Esa f u e u n a a p e la c ió n a lo s d e se o s d e la c a r n e . El

d ia b lo ta m b ié n le m o s tr ó to d o s lo s re in o s d e l m u n d o y su g lo r ia , p r o m e ­
tié n d o le a u to rid a d s o b re e llo s (v v . 8 - 9 ) . Es a fu e u n a a p e la c ió n a lo s d e se o s d e
lo s o jo s . Y lo lle v ó al p in á c u lo d e l te m p lo (v. 5 ) , a p e la n d o a la v a n a g lo ria d e
la v id a . P o r e s o e s q u e H e b re o s 4 : 1 5 d ic e : “ (Él] f u e te n ta d o e n to d o se g ú n
n u e s tra s e m e ja n z a , p e ro sin p e c a d o ” .

MaTflr|?tl p ro t eg id o p o r ú e m r f Tf s aiit n r
R e alid ad y c o n t r o l d e l p e c a d o ¡03

E l pe c a d o
Fin a lm e n te , c o m o e ra d e e sp e rar, la d u d a y la c o d ic ia e n la m e n te d e Ev a
d ie ro n lu g a r a u n a a c c ió n m a la d e p a rte d e e lla. C u a n d o el p e c a d o p e n e tra
e n la m e n te , e n las e m o c io n e s y en la v o lu n ta d , s ie m p re te rm in a rá m a n if e s ­

tá n d o s e a tra v é s d e a c c io n e s p e c a m in o s a s .

FJ v e rsíc u lo 6 d ic e : “ y to m ó d e su f ru to , y c o m i ó ” . Fu e u n a a c c ió n s e n ­
c illa c o n u n im p a c to m a s iv o . E n v a le n to n a d a p o r su p r o p io d e lito , y q u iz á

tra n q u iliz a d a p o rq u e n o c a y ó m u e rta e n el a c to , “ d io ta m b ié n a su m a rid o ,

e l c u a l c o m ió a s í c o m o e lla ” .
A d án a p a r e c e , n o se s a b e d e d ó n d e y d e s c u b rie n d o q u e su m u je r y a h a b ía

d e s o b e d e c id o la o rd e n d e l Se ñ o r, c o m ió c o n e lla. N o se n o s d ic e c ó m o A d án

fu e s e d u c id o a h a c e rlo . P o d e m o s s u p o n e r q u e Ev a le c o n tó d e la c o n v e rs a c ió n

q u e h a b ía s o s te n id o c o n la s e rp ie n te . Es p o s ib le q u e ta m b ié n lo h a y a c o n ­
v e n c id o , d íc ié n d o le c u á n d e lic io s o e ra el f ru to p ro h ib id o . L a s E s c r itu ra s re ­

c o n o c e n q u e p o r u n tie m p o h ay p la c e r e n el p e c ad o ( H e . 1 1 :2 5 ) . F!n c u a lq u ie r
c a s o , A d á n n o p a re c e h a b e r n e c e s ita d o m u c h o c o n v e n c im ie n to . Es ir ó n ic o

q u e la p e rs o n a q u e D io s le d io a A d á n p a ra q u e f u e ra su a y u d a d o r a lle g ara
a se r el in s tru m e n to d e d e sa stre y m u e rte p ara él.
P e ro la c u lp a d e A d án fu e m ay o r, n o m e n o r, q u e la d e Ev a . Y a tra v é s d e

to d a s las E s c ritu ra s , c ! c u lp a b le d e la c a íd a e s é l, A d án ( c p . R o . 5 : 1 2 - 1 9 ; 1

C o . 1 5 :2 2 ) . Ev a f u e , p o r s u p u e s to , in m e n s a m e n te c u lp a b le . P e ro e lla fu e e n ­

g a ñ a d a ; A d á n , d e s o b e d e c ió d e lib e ra d a m e n te (1 T i. 2 :1 4 ) . Fu e el ú ltim o re s ­
p o n s a b le d e la c a íd a , y lo q u e h iz o h a te n id o c o n s e c u e n c ia s p a ra to d a su
d e sc e n d e n c ia .

¿ C ó m o fu e q u e la c u lp a y la c o rr u p c ió n p r o v o c a d a s p o r A d á n y su

p e c a d o a f e c ta ro n a to d a su p ro g e n ie ? L as Es c ritu ra s n o lo d ic e n e x p r e ­
s a m e n te . P e ro e s s u f ic ie n te c o n s a b e r q u e a s í o c u rrió .

U n a v e z q u e A d á n c o m ió d el f ru to , e n tr ó en a c c ió n p a ra to d a la h u ­

m a n id a d el p r in c ip io d e d e te r io r o y m u e rte . Y to d a la raz a h u m an a se p re ­
c ip itó al m a l. D io s m ism o h a b ría d e lle g a r a se r h o m b re y m o r ir p ara re p a ra r
el d a ñ o .

A d án y Ev a n u n c a lle g a rían a s a b e r el im p a c to q u e h a b ía c a u s a d o su

p e c a d o . Q u iz á Sa ta n á s h a y a te n id o a lg u n a id e a y se h a y a re g o c ija d o . C ie r ­
ta m e n te D io s lo s a b ía , y lo p e rm itió p ara p o d e r d e sp le g a r su g lo r ia al d e stru ir

el m al.

La v er g üen z a

A h o ra q u e A d án y Ev a c o n o c ía n el m al p o r e x p e rie n c ia p ro p ia , la m e n te d e

c a d a u n o d e e llo s fu e a b ie rta a ro d a u n a n u e v a f o r m a d e p e n s a m ie n to . Se

M rü en al p int*íy¡cín pot ct o rech as - te &u'i>r


104 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

h ic ie ro n s u s c e p tib le s a lo s m a lo s p e n s a m ie n to s . Fu e ro n a r r a s tra d o s a lo s

m a lo s d e s e o s . Y a n o d e s e a ro n c u ltiv a r el c o m p a ñ e r is m o c o n D io s c o m o lo
h a b ía n h e c h o a n te s . Y s o b re to d o , e s ta b a n c o n s c ie n te s d e su p ro p ia c u lp a .

L a s e rp ie n te les h a b ía p ro m e tid o c o n o c im ie n to , “ s e rá n a b ie r to s v u e s tro s


o jo s ” (v . 5 ) , p e ro lo q u e re c ib ie ro n re a lm e n te fu e u n a c a r ic a tu r a d e c o n o c i ­
m ie n to . Fu e ro n o jo s a b ie rto s e n el s e n tid o n e g a tiv o . Su s o jo s se a b rie ro n al
s e n tid o d e c u lp a , lo q u e lo s h iz o o c u lta r su s o jo s p o r v e rg ü e n z a . Y e n r e a li­
d a d , lo s p u so e n u n e s ta d o d e c e g u e ra e s p iritu al d e la c u a l n u n c a h a b r ía n d e

re c u p e ra rs e sin q u e m e d ia ra u n m ila g r o d e re g e n e ra c ió n c re a d o d iv in a m e n te .

T a m b ié n su c o n o c im ie n to d el m a l f u e re a l, p e ro n o fu e n a d a c o m p a ra b le

c o n e l c o n o c im ie n to d e D io s , U n o n c ó lo g o “ c o n o c e ” el c á n c e r c o n u n a h a ­
b ilid ad q u e s o b re p a s a el c o n o c im ie n to e x p e r im e n ta l d e su p a c ie n te . P e ro la

p e rso n a q u e e stá m u rie n d o d e c á n c e r ta m b ié n “ c o n o c e ” e l c á n c e r e n u n a f o r ­


m a ín tim a , p e ro e n u n a m a n e ra q u e e s ta m b ié n d e s tru c tiv a . A h o r a , A d án y
Ev a te n ía n u n c o n o c im ie n to d e l m al q u e e ra c o m o e l c o n o c im ie n to d e l c a r ­

c in o m a q u e tie n e u n e n f e rm o a p u n to d e m o rir d e c á n c e r. N o e ra la d a s e d e
c o n o c im ie n to q u e Sa ta n á s h a b ía h e c h o q u e Ev a c re y e ra q u e ib a a re c ib ir. Ella
y A d á n n o lle g a ro n a s e r D io s , s in o to d o lo c o n tr a r io .
En f o r m a i n s t a n t á n e a , el p e c a d o d e s t r u y ó s u i n o c e n c i a . Y el c a m b i o lo

s in tie r o n f u e rte m e n te . D e re p e n te , s u p ie ro n q u e e ra n c u lp a b le s . Se s in tie ro n


d e s c u b ie rto s . T u v ie ro n v e rg ü e n z a a l e n c o n tr a rs e d e sn u d o s . H a s ta el s a n to re ­
g a lo d e la re la c ió n f ísic a fu e a f e c ta d o p o r u n s e n tim ie n to d e c u lp a . Se p e rd ió

la p u re z a d e la r e la c ió n . A h o ra te n ía n p e n s a m ie n to s m a lo s e im p u ro s q u e n o
h a b ía n te n id o a n te s.
Y e n e s e e s ta d o d e v e rg ü e n z a c o n s c ie n te , “ c o s ie ro n h o ja s d e h ig u e ra , y
se h ic ie ro n d e la n ta le s ” (v . 7 ) . Este fu e u n e sf u e rz o lo a b le p ara c u b rir su p e c ad o
y d is im u la r su v e rg ü e n z a . D e sd e e n to n c e s , la ro p a h a s id o u n a e x p r e s ió n u n i­

v e rsal d e m o d e s tia h u m a n a . Es n a tu ra l q u e el h o m b re c a íd o q u ie ra c u b r ir su
v e rg ü e n z a . L o s n a tu r a lis ta s y a n tr o p ó lo g o s e stán e q u iv o c a d o s c u a n d o tr a ta n

d e p re s e n ta r e l n u d is m o p ú b lic o c o m o u n a f o rm a d e re g re s a r a la in o c e n c ia
y a la n o b le z a . F.I n u d ism o n o r e c o b r a la in o c e n c ia c a íd a d e l h o m b re ; s o lo in ­
te n ta u n a n e g a c ió n d e la v e rg ü e n z a q u e d e b e m o s se n tir. Es a p ro p ia d o q u e lo s
q u e c o m p a rte n la c u lp a d el p e c a d o d e se e n c u b rirs e . Y D io s m is m o d e m o s tr ó
e s to c u a n d o m a tó a n im a le s p a ra u sa r su s p ie le s c o m o v e s tid o s p a ra la p a re ja
c a íd a ( G n . 3 :2 1 ) .

D e h e c h o , e s ta fu e u n a le c c ió n g r á f ic a q u e d e m o s tra b a q u e s o l o D io s p u e ­
d e p ro v e e r u n a c o b e r tu r a a d e c u a d a p a ra e l p e c a d o , y el d e rra m a m ie n to d e

s an g re e s u n a p a rte n e c e s a ria e n el p r o c e s o ( H e . 9 :2 2 ) .
C o m o L u c ife r, A d á n y Ev a c a y e ro n h a s ta el p u n to q u e a h o r a n o h ay n a d a
b u e n o e n e llo s ( c p . G n . 6 : 5 ; Jo b 1 5 :1 4 - 1 6 ; R o . 7 : 1 8 ; 8 :7 - 8 ; E f . 2 : 1 - 3 ) . N a d a

¡"ulaíprial p ro t eg id o por eteree h n s n e u t o r


R e alid ad y c an t r o I d e l p e c a d o IO S

e n la v id a o e n e l m u n d o v o lv e ría a se r ig u al. D io s m is m o m a ld ijo a la tie rra

a l p u n to q u e c re c ie ro n e s p o n tá n e a m e n te e sp in a s y lo s á rb o le s f ru ta le s te n ­
d rían q u e se r c u ltiv a d o s . U n a m u ltitu d d e c a la m id a d e s , in c lu y e n d o lo s d o ­

lo re s d e p a r to , las c o n g o ja s , lo s a f a n e s , las d e s g ra c ia s , las e n f e rm e d ad e s y la


m u e rte in f e s ta ría n a h o r a la c re a c ió n . U n a a v a la n c h a d e p e c a d o se h a b ía

s o lta d o y n a d ie p o d ría d e te n e rla .

Le c t u r a s a d ic io n a l e s
Fe i n b e rg , Jo h n S . T he M an y Faces o f Ev il [L o s m u ch o s ro s tro s d e la m a l d a d ], G ran d
R a p i d s , M I : Z o n d e rv a n , re im p r. 1 9 9 4 .
L u th e r, M a rti n . O n the Bon dag e o f t he W ill, [A ce rca d e la e s cl av i tu d d e la v o l u n tad |
( 1 5 2 5 ) , tra d . J. 1. P a ck e r y O . R . Jo h n s to n . W e s tw o o d , N j : R e v e l !, 1 9 5 7 .
O w e n , Jo h n . Sin an d T em pt ation [P e cad o y te n ta c i ó n |, ( 1 6 5 6 , 1 6 5 8 , 1 6 6 7 ) , a h r. y e d .
Ja m e s M . H o u s to n . P o rtl a n d : M u l tn o m a h , 1 9 8 3 .
W a ts o n , T h o m a s . T he M isc hief o f Stn [L a m a l d a d d el p e ca d o ), ( 1 6 7 ] ) . Pitts b u rg h : S oli
D e o G l o ri a , re im p r. 1 9 9 4 .
Y o u n g , E d w a rd J. G e n e s is 3 [G é n e s is 3 ] , E d in b u rg h : B a n n e r o f T ru th , 1 9 6 6 .

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e re e b o g d e a u io r
5

Una r el a c ió n et er n a men t e

C O R R EC T A CO N D lO S

Jo h n M a c A r t h u r

n a v isió n d el m u n d o a u té n tic a m e n te c ris tia n a o b v ia m e n te d e p e n d e d e un

U c o n o c im ie n to c o r r e c to d el e v a n g e lio . P o r lo ta n to , la p e rs o n a c u y o e n ­

te n d im ie n to d e l e v a n g e lio e s e rró n e o n o p u e d e te n e r u n a v isió n c ris tia n a d el

m und o .

¿ Q u é e s e l e v an g e lio ? ¿ C u á l es el c o n te n id o e s e n c ia l d el m e n s a je c r is ­

tia n o ? N o te r m in a ría m o s n u n c a d e c o n s e g u ir re sp u e stas si p re g u n ta m o s a

c a d a p e rs o n a q u e p r o f e s a se r c ris tia n a . C o m o s ie m p re , e n to n c e s , d e b e m o s re ­

g re s a r a l a s Es c ritu ra s p ara e n c o n tr a r a la p re g u n ta u n a re sp u e sta c la ra y c o n

a u to rid a d a b s o lu ta .

El c o r a z ó n m ism o d el m e n s a je e v a n g é lic o e sta a rtic u la d o c la r a m e n te en

2 C o r in tio s 5 : 1 8 - 2 1 . Este p a s a je fija el s e n tid o c e n tra l d e la v id a y m u e rte d e

C r is to en té rm in o s in e q u ív o c o s :

Y t o d o e s t o p ro v ien e de O tas, qu ien n os rec o n c ilió c o n sig o m is m o p o r


C risto, y n os d io e l m in isterio de la re c o n c iliac ió n ; q u e D io s e s t aba en
C risto r e c o n c ilian do c o n sig o al m u n do , n o t o m án do le s en c u en ta a los
h o m b r e s su s p e c ad o s , y n o s en c ar g ó a n o s o t r o s ¡a p alab r a d e la r e c o n c i­
liac ió n . A si qu e, s o m o s e m b ajad o r e s en n o m b r e d e C risto , c o m o si D ios
ro g as e p o r m e d io d e n o s o t r o s ; o s ro g am o s en n o m br e de C risto; R e c o n ­
c iliao s c o n D ios. A l q u e n o c o n o c ió p e c ad o , p o r n o so t ro s lo hiz o p e c ad o ,
p ara q u e n o so t ro s fu é s e m o s h e c h o s ju stic ia d e D io s en él.

N o te c u id a d o s a m e n te q u e la p rin c ip a l f u n c ió n d e C r is to al v e n ir a la

tie rra fu e re c o n c ilia r al m u n d o d e h u m a n o s c a íd o s c o n D io s . L o s c ris tia n o s

M i n ar i a l p t o l f t g i d u p n i n t er ecl TCi s d e a u n n
i os P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

s o m o s b e n d e c id o s y e n v ia d o s a in v o lu c r a m o s e n e se m in is te rio , p o rq u e D io s
n o s h a e n c a r g a d o a n o s o tr o s el m in is te r io y m e n s a je d e la r e c o n c ilia c ió n .
C o n s id e re u n a s p o c a s v e rd a d e s f u n d a m e n ta le s q u e so n y a a s u m id a s , las

im p líc ita s o las q u e e x p líc ita m e n te se e x p o n e n e n e se p a s a je . T o d a p e rso n a es


u n a p e rs o n a c a íd a y p e c a d o ra y p o r lo ta n to , n e c e s it a re c o n c ilia rs e c o n D io s .

D io s m ism o lle v a a c a b o e sa r e c o n c ilia c ió n { p o r q u e lo s p e c a d o re s ja m á s p o ­


d ría n h a c e rlo p o r s í m is m o s ) , y lo h a c e a tra v é s d e C r is to q u ie n fu e p e rf e c ­

ta m e n te sin p e c a d o ( Él “ n o c o n o c ió p e c a d o " ) . C r is to h iz o e x p ia c ió n p o r lo s
p e c a d o s d e o tr o s al c a m b ia r su ju s tic ia p o r su p e c a d o . En o tr a s p a la b r a s , Él
f u e “ h e c h o ... p e c a d o " (e s d e c ir, ro m o lo s p e c a d o s d e o tr o s s o b re s í m is m o y
c a r g ó c o n el c a s tig o d e e llo s ) , e h iz o c re y e n te s ju s to s a tra v é s d e su u n ió n c o n

Él. A u n q u e D io s e s la d e id a d o f e n d id a , e s Él, p re c is a m e n te , q u ie n b u s c a e in i­
c ia n u e s tra r e c o n c ilia c ió n . Él n o se c o m p la c e e n la d e s tru c c ió n d e lo s
p e c a d o re s ( c p . Ez . 1 8 :3 2 ; 3 3 : 1 1 ) , s in o q u e h ac e u n lla m a d o a to d o e l m u n d o
m e d ia n te el m e n s a je c ris tia n o , im p lo ra n d o a lo s p e c a d o re s q u e se re c o n c ilie n
c o n Él. T o d o e s to e s la e s e n c ia m ism a d el m e n s a je d e l e v an g e lio .

Se r u n c ris tia n o , e n to n c e s , e s e sta r re c o n c ilia d o c o n D io s. C o m o c ris tia n o s ,


s o m o s lla m a d o s a p a rtic ip a r e n el m in is te rio d e la re c o n c ilia c ió n , tr a ta n d o , en
el n o m b r e d e C ris to , q u e h o m b r e s y m u je re s se re c o n c ilie n c o n D i o s . El té rm in o
r e c o n c iliac ió n e s, p o r lo ta n to y e n f o rm a te rm in a n te , el te m a d el v e rd ad e ro c ris ­
tia n is m o . Es u n a re c o n c ilia c ió n p ara p e c ad o re s q u e h an o f e n d id o y re c h az ad o
a u n a d e id ad ju sta y au n así s o n re d im id o s sin q u e te n g an n in g ú n m é rito p ara

s e rlo . D e h e c h o , la v e rd ad e ra re c o n c ilia c ió n se a lc a n z a s o l o m e d ian te la o b ra


d e C ris to . El m in iste rio d e la re c o n c ilia c ió n q u e h a sid o e n c o m e n d a d o a lo s c ris ­

tia n o s e s, p o r lo ta n to , el tr a b a jo m á s g ra n d e e im p o rta n te e n el m u n d o ; y el
m e n sa je d e re c o n c ilia c ió n e s la e s e n c ia m ism a d el m e n sa je .
P o r e s to e s p o rq u e el e v a n g e lio d e re c o n c ilia c ió n fu e s ie m p re el c o ra z ó n
d e la p re d ic a c ió n d e P a b lo . En 1 C o r in tio s 1 :1 7 , él d ic e : “ Pu e s n o m e e n v ió
C r is to a b au tiz a r, s in o a p re d ic a r el e v a n g e lio ; n o c o n s a b id u ría d e p a la b ra s ,
p a ra q u e n o se h a g a v an a la c ru z d e C r i s to ” . Su p rim e ra p r e o c u p a c ió n e s tu v o

s ie m p re c e n rra d a en la p u re z a d el m e n s a je . A d u lte ra r o a lte r a r la v e rd a d s e n ­


c illa y d ire c ta s o b re la r e c o n c ilia c ió n e n la c ru z s e ria d e s p o ja r d e su p o d e r to d o
el e v a n g e lio . P o r e s o , P a b lo e s tu v o c o m p ro m e tid o c o n la p ro c la m a c ió n d el
m e n s a je d el e v a n g e lio , sin e s c a tim a r e s f u e rz o s , re s u e lta m e n te y sin re se rv as

( R o . 1 :1 5 - 1 6 ; 1 C o . 2 :1 - 2 ) .
D io s , a s im is m o , ha lla m a d o a c a d a c r is tia n o a se r u n e m b a ja d o r q u e lle ­

v e el m e n s a je d e r e c o n c ilia c ió n a l m u n d o . L a p a la b ra tra d u c id a “ e m b a ­
ja d o r e s " e n 2 C o r in tio s 5 : 2 0 e s u n té rm in o g rie g o n o b le y m u ltif a c é tic o
( p r e s b e u o ) q u e e stá r e la c io n a d a a la p a la b ra q u e g e n e ra lm e n te se tra d u c e
c o m o “ a n c ia n o ” { p r e s bu t e r o s ) . A sí, el té rm in o e m b a ja d o r c o n lle v a la id e a d e

| r ' ■ I n i c i o [ r i i d & r w t ih o s íh * a u t o r
U n a r e lac ió n e t e r n am e n t e c o r r e c t a c o n D io s 109

a lg u ie n q u e e s m ad u ro e im p o n e n te . ( En lo s rie m p o s a n tig u o s lo s e m p e ­

ra d o re s y re y e s p o r lo g e n e ral e s c o g ía n a a n c ia n o s c o n e x p e rie n c ia p ara q u e


f u e ra n e m b a ja d o r e s p o r la d ig n id a d y s a b id u ría c o n la q u e c u m p lía n su m i­
s ió n .) P e ro e s to n o s ig n ific a q u e s o lo p a s to re s o c ris tia n o s m a d u ro s s o n e m b a ­
ja d o re s d e C ris to . P o r el c o n tr a r io , P a b lo e stá e s c rib ie n d o a lo s m ie m b ro s

c o m u n e s d e la ig le sia d e C o r in to ( a lg u n o s d e lo s c u a le s e ra n sin d u d a in ­
m a d u ro s e s p iritu a im e n te ) . Él e stá e n s e ñ a n d o q u e to d o s lo s c ris tia n o s s o m o s

e m b a ja d o r e s , in v e stid o s c o n to d o el h o n o r y la d ig n id ad q u e n o rm a lm e n te
d istin g u iría a u n a n c ia n o . D e sp u é s d e to d o , u n e m b a ja d o r e s a lg u ie n q u e re ­

p re s e n ta a u n g o b e r n a n te y e n tre g a u n m e n s a je a n o m b r e d e e se g o b e rn a n te .
El e m b a ja d o r, p o r lo ta n to , re c ib e h o n o r n o p o r su s m é rito s p e rs o n a le s , s in o
p o r a q u e l a q u ie n re p re s e n ta. A sí, e s la im p o r ta n c ia d e la m is ió n , el p e so d el
m e n s a je , y la e m in e n c ia y e x c e le n c ia d e a q u e l q u e re p re s e n ta m o s q u e d a a
c a d a c ris tia n o la c a lid a d d e e m b a ja d o r.
U n b u e n e m b a ja d o r n o e n tre g a su m e n s a je d e a c u e rd o c o n su p ro p ia a u ­

to rid a d . Él es c o m is io n a d o a lle v ar el m e n s a je d e a lg u ie n y a e n tre g a rlo c o n


fid e lid ad . N o e stá a u to riz a d o p a ra a lte ra r, d e la m a n e ra q u e s e a , el m e n s a je .
N o p u e d e a c o m o d a r lo p a ra q u e se a ju s te a su s p re f e re n c ia s p e rs o n a le s . N o

p u e d e a d o rn a r lo c o n su s p ro p ia s o p in io n e s . Él h a b la a n o m b re d e u n a a u ­
to rid a d s u p e rio r y e s re s p o n s a b le d e e n tr e g a r el m e n s a je sin a d u lte r a c ió n .
En el m ism o s e n tid o , m o f a rs e o m a ltr a ta r a u n e m b a ja d o r e s in su lta r a
la a u to r id a d a n o m b r e d e q u ie n e stá h a b la n d o . E c h a r lo e s ro m p e r re la c io n e s
c o n el g o b ie rn o q u e re p re s e n ta . U n e m b a ja d o r e s, e s e n c ia lm e n te , el v o c e ro d e
la a u to r id a d q u e e stá d e trá s d e é l. N u n c a h a c e su s p ro p ia s p ro m e s a s ni e x ig e
p riv ile g io s p a ra é l, s in o q u e h a b la a n o m b r e d e su g o b ie rn o . T o d a su a u to r i­
d ad se d e riv a d e su s u p e rio r y re c h a z a r a u n e m b a ja d o r es re c h a z a r a q u ie n
lo e n v ió .
P o r d e f in ic ió n , u n e m b a ja d o r sirv e e n u n a tie rra e x tr a n je r a . P asa su v id a

c o m o u n e x tr a ñ o y e x tr a n je r o . T ie n e q u e h a b la r u n id io m a d if e re n te . T ie n e
q u e in te ra c tu a r c o n c u ltu ra s y tr a d ic io n e s d if e re n te s y a d a p ta rs e a u n e s tilo
d e v id a d if e re n te . T o d a s e s tas so n a n a lo g ía s a p ro p ia d a s q u e n o s a y u d a n a e n ­
te n d e r el lla m a d o y ta re a d e lo s c ris tia n o s c o m o e m b a ja d o re s .
C o m o e m b a ja d o r e s p ara e! re in o d e D io s , lo s c ris tia n o s v iv e n y sirv e n e n
u n m u n d o e x tr a ñ o . P a b lo d ic e q u e el c re y e n te v ie n e c o n la a u to rid a d d e su
R e y y re p re se n ta a su re in o . V ie n e c o n u n a p a la b ra d e r e c o n c ilia c ió n d e sd e la
c o rte d e lo s c ie lo s a ro g a r a las p e rs o n a s q u e se re c o n c ilie n c o n D io s ,
Esta p e rsp e c tiv a d e b e m o d e la r n u e stra v isió n d el m u n d o c o m o c ris tia n o s :
H a b ie n d o s id o re c o n c ilia d o a C r is to y re d im id o s d el m u n d o d e p e c a d o d e la
h u m a n id a d , d e to d as m a n e ra s q u e d a m o s a q u í e n el m u n d o c o m o “ e x tr a n ­
je r o s y p e re g r in o s ” (1 P. 2 : 1 1 ; c p . H e . 1 1 :1 3 ) . Se rv im o s c o m o e m b a ja d o r e s

M atarfñl pmlwgrriD por d er rjeh u s t ía ¡uncu


ÎIO P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

d e D io s , c o m is io n a d o s p o r É! p a ra p r o c la m a r e l m e n s a je d e r e c o n c ilia c ió n a

o tr a s c ria tu r a s c a íd a s . Esa e s n u e s tra re s p o n s a b ilid a d c e n tr a l y e s to d e b e ría

d e f in ir n u e stra p e r s p e c tiv a to ta l d e l m u n d o .
Si e x a m in a m o s 2 C o r in tio s 5 :1 8 - 2 1 u n p o c o m á s d e te n id a m e n te , v e re ­

m o s q u e e m e rg e n a lg u n a s v e rd a d e s im p o n e n te s q u e n o s c la r if ic a n el m in is te ­
rio d e r e c o n c ilia c ió n . A q u í e stá el e v a n g e lio e n u n a f o rm a b o s q u e ja d a . Si

q u e re m o s u n re su m e n s o b re q u é c o m p re n d e el c ris tia n is m o , d if íc ilm e n te

v a m o s a e n c o n tr a r u n p a s a je m á s a p ro p ia d o q u e e s to s p o c o s v e rs íc u lo s d e 2

C o r in tio s . P o d e m o s e n c o n tr a r a q u í c u a tr o v e rd ad e s m o n u m e n ta le s a c e r c a d e

la r e c o n c ilia c ió n p ro m e tid a e n e l e v a n g e lio .

Los PECA DORES SE RECONCILIAN POR LA VOLUNTAD DE DlOS


P rim e ro q u e to d o , la r e c o n c ilia c ió n fu e c o n c e b id a e in ic ia d a p o r D io s . “ Y

to d o e s to p ro v ie n e d e D io s , q u ie n n o s r e c o n c ilió c o n s ig o m is m o p o r C r i s to ”

(v . 1 8 ) ; “ to d o e s to ” se re fie re a las v e rd ad e s q u e P a b lo h a b ía e x p u e s to e n lo s

v e rs íc u lo s 1 4 - 1 7 , L a tr a n s f o r m a c ió n d e s c rita a q u í, c o n v e r s ió n , s a lv a c ió n ,

to d o c o n e c ta d o c o n la n u e v a n a tu r a le z a y la n u e v a v id a e n C r is to , e s e n te ­

ra m e n te d e D io s . L o s p e c a d o re s n o p u e d e n d e c id ir p o r e llo s m is m o s la r e c o n ­
c ilia c ió n c o n D io s y, p o r lo r a n to , h a c e r q u e tal c o s a a c o n te z c a . N o tie n e n

p o d e r p a ra s a tis f a c e r la ira d e D io s h a c ia e l p e c a d o , su ju s tic ia s a n ta o su d e ­

m a n d a p e rf e c ta d e ju s tic ia . N i s iq u ie ra p u e d e n c a m b ia r e l l o s m is m o s ( c p . Je r.
1 3 :2 3 ) , m e n o s c a m b ia r la a c titu d d e D io s h a c ia e llo s . L o s p e c a d o re s , s e n c i­

lla m e n te s o n o f e n s o r e s q u e h an q u e b r a n ta d o la ley d e D io s y e s tá n , p o r lo
ta n to , n a tu ra l y e s p íritu al m e n te e n e n e m is ta d c o n Él. C u a lq u ie r c a m b io o

r e c o n c ilia c ió n q u e p u d ie ra te n e r lu g a r d e b e v e n ir d e D io s , Es ta e s la raz ó n d e
p o r q u é e l e v a n g e lio e s b u e n a s n u e v as : D io s a m ó ta n to a lo s p e c a d o re s q u e

b u s c ó la f o rm a d e re c o n c ilia rs e c o n e llo s , p a ra h a c e r lo s su s h ijo s p e ro s in v io ­

lar su ju s tic ia .
E s e n c ia lm e n te , P a b lo d e c la ra q u e la p ro p ia v o lu n ta d s o b e r a n a d e D io s

e s el o b je tiv o b á s ic o d e la r e c o n c ilia c ió n , c o m o lo d ic e a lo s c re y e n te s r o ­

m a n o s : “ P o rq u e si s ie n d o e n e m ig o s , f u im o s re c o n c ilia d o s c o n D io s p o r la

m u e rre d e su H i jo , m u c h o m á s , e s ta n d o re c o n c ilia d o s , s e re m o s s a lv o s p o r su
v id a. Y n o s o lo e s to , s in o q u e ta m b ié n n o s g lo ria m o s en D io s p o r el Se ñ o r

n u e s tro Je s u c r is to , p o r q u ie n h e m o s re c ib id o a h o ra la r e c o n c ilia c ió n ” ( R o .

5 :1 0 - 1 l ; c p . C o l. 1 :1 9 - 2 2 ) .

L a p a lab ra “ re c o n c ilia r” ( k aiallas s ó ) sig n ific a “ c a m b ia r ” . El c a m b io n o

c o m p re n d e n ad a q u e lo s p e c a d o re s h ay an a lc a n z a d o , s in o s o lo lo q u e a d o p ta n .

D ic h o d e o tra m a n e ra , la re c o n c ilia c ió n c o n D io s n o e s a lg o q u e lo s p e c a d o re s

lo g ran c u a n d o d e c id e n d e ja r d e re c h a z a r a D io s . Es alg o q u e D io s lo g ra c u a n d o

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
U n a r e lac ió n e t e r n am e n t e c o r r e c t a c o n D io s m
d e c id e re c ib ir a lo s p e c ad o re s q u e se arre p ie n te n y c re e n . Él tie n e q u e e s ta r d is­

p u e sto a q u ita r la c u lp a d el p e c ad o q u e fu e lo q u e c a u s ó tan p ro fu n d a a lie n ac ió n

y s e p a ra c ió n e n tre la h u m an id ad y Él. D o n d e q u ie ra q u e en el N u e v o T e s ­

ta m e n to e n c o n tra m o s re f e re n c ia s a la re c o n c ilia c ió n , D io s e s sie m p re el in i­

c ia d o r d e la ac tiv id ad re c o n c ilia d o ra . É l es q u ie n q u ita la c u lp a . Él e s, p o r


n atu rale z a, u n Sa lv a d o r c o m p as iv o (1 T Í. 2 :3 - 4 ; 2 P. 3 : 9 ; c p . 1 T i. 4 : 1 0 ; T it. 1 :3 ) .

D io s , a tra v é s d e su H ijo , “ p o r q u ié n h e m o s re c ib id o a h o ra la r e c o n c i­
lia c ió n ” , h iz o to ta lm e n te p o s ib le la r e c o n c ilia c ió n . ¿ P o r q u é ? P o rq u e Je s u ­

c r is to e ra el ú n ic o m e d ia d o r q u e p o d ía p a ra r s e e n tre D io s y el h o m b r e ( Jn .

1 4 :6 ; H c h . 4 : 1 2 ; 1 T i, 2 :5 - 6 ) . So lo Él p o d ía o f re c e r el s a c r if ic io p e r f e c to p a ra

s a tis f a c e r la ju s tic ia d e D io s . “ ¡D io s ] d e n in g ú n m o d o te n d rá p o r in o c e n te al

m a lv a d o ” ( É x . 3 4 :7 ) . L a ira d iv in a c o n tr a el p e c a d o , la p ag a d e l p e c a d o ( R o .

6 : 2 3 ) , te n ía q u e se r s a tis f e c h a . A m e n o s q u e la s a n ta e x ig e n c ia f u e ra s a tis ­

f e c h a , n in g ú n p e c a d o r p o d ía a lc a n z a r la re c o n c ilia c ió n . Y, p o r lo ta n to , C ris to

m u rió c o m o u n s a c r if ic io p o r lo s p e c a d o s d e to d o el q u e c re e . É l p a g ó e l p r e ­

c io d e su p e c a d o . Su m u e rte fu e la e x p r e s ió n d el a m o r h u m ild e m á s m a g ­

n á n im o q u e el u n iv e rs o ja m á s c o n o c e r á . U n D io s in f in ita m e n te s a n to

e x te n d ió su a m o r a lo s p e c a d o re s a tal g ra d o q u e d io a su p ro p io H ijo p a ra
q u e e n f re n ta r a u n a m u e rte ig n o m in io s a y lle v ara el c a s tig o q u e m e re c ía n lo s

p e c a d o re s . D e e sta m a n e ra , lle g a rían a se r su s h ijo s y s e ría n h e c h o s ju s to s e n

lu g a r d e c u lp a b le s . So lo e n to n c e s h a b ría d e te n e r lu g a r la re c o n c ilia c ió n y

tr a n s f o rm a c ió n d e s c rita e n 2 C o r in tio s 5 :1 4 - 1 7 .

T o d o el N u e v o T e s ta m e n to h a c e c la r o q u e fu e D io s el q u e lla m ó , D io s el

q u e e n v ió a su H ijo y D io s el q u e s a lv ó . T o d a la g lo ria d e b e se r d a d a a Él c o m o

la f u e n te d e la re c o n c ilia c ió n { c p . H c h . 2 : 2 2 - 2 3 ; 1 C o . 8 :6 ; 1 1 :1 2 b ; Stg . 1 :1 7 ) .

Los PECA DORES SE RECONCILIAN POR UN DECRETO DE


JUSTIFICA CIÓN

L a re c o n c ilia c ió n in v o lu c ra u n d e c re tí) l e g a l d e p e rd ó n d e p e c ad o s . D io s n o
a d m i te a p e c a d o re s d e n tro d el c ír c u lo d e su b e n d i c i ó n m ie n tra s n o h a y a n s i d o

d e s p o ja d o s d e su c u lp a y p e c a m in o s id a d . Él lo s a b su e lv e d e su c u lp a y les

a trib u y e u n a ju s tic ia p e rf e c ta d e m a n e ra q u e p u e d an p a rars e a n te D io s sin c u l­


p a , c u b ie rto s p o r u n a v irtu d q u e n o e s d e su p ro p ia h e c h u ra ( F i l . 3 : 9 )

Se g u n d a C o r in tio s 5 : 1 9 h a c e u n a re f e re n c ia a e sta v e rd a d , la d o c tr in a b íb lic a


d e la ju s tif ic a c ió n , c u a n d o d ic e : “ q u e D io s e s ta b a e n C ris to re c o n c ilia n d o c o n ­

s ig o al m u n d o , n o t o m á n d o le s e n c u e n t a a lo s h o m b r e s s u s p e c a d o s ” ( c u rs i­
v as a ñ a d id a s ) .
L a ú n ic a m a n e ra e n la q u e lo s p e c a d o re s p o d ría n se r re c o n c ilia d o s c o n

D io s e ra si e l p e c a d o q u e lo s s e p a ra b a d e D io s d e ja b a d e e star. P e ro p ara e s o ,

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e r o c h o g d e a u io r
1 12 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

el p e c a d o te n ía q u e s e r tr a ta d o p a ra q u e n o c o n ta r a c o n tr a e llo s . Y D io s , g e n ­
e ro s a y m is e ric o rd io s a m e n te lo h iz o m e d ia n te la ju s tif ic a c ió n , q u e e s u n d e ­
c r e to d iv in o p o r el c u a l lo s p e c a d o re s c re y e n te s s o n d e c la ra d o s ju s to s p o r

v irtu d d e e s ta r c u b ie r to s p o r la ju s tic ia d e C r is to y te n e r su s p e c ad o s e x p ia ­
d o s . P o r e s o e s q u e D io s n o to m a e n c u e n ta su s tra n s g r e s io n e s . En c a m b io ,

les im p u ta la ju s tic ia p e rf e c ta d e Je s u c r is to ( R o . 3 : 2 1 - 2 6 ; 4 : 5 - 8 ; C o l. 2 : 1 3 - 1 4 ;
c p . M t. 1 8 : 2 3 - 2 7 ; E f . 2 : 1 - 9 ) .
Es im p o rta n te e n te n d e r la ju s tif ic a c ió n c o m o u n d e c r e to le g al y n o c o m o

u n p r o c e s o . O c u r r e e n f o r m a in s ta n tá n e a , en el m is m o m o m e n to en q u e el
p e c a d o r c o n f ía p a ra s a lv a c ió n e n la m u e rte e x p ia to r ia d e C ris to . T a l p e rs o n a
es p e rd o n a d a d e to d o s su s p e c a d o s in m e d ia ta m e n te y c o n ta d a c o m o p e rf e c ­

ta m e n te ju s ta a n te D io s . P o r s u p u e s to , en la p r á c tic a n o a lc a n z a re m o s la ju s ­
tic ia p le n a y la p e rf e c c ió n to ta l h a s ta q u e v e a m o s a C ris to y s e am o s f in alm e n te
g lo r if ic a d o s ( R o . 8 : 2 3 ; 1 C o . 1 3 :1 2 ; 2 C o . 3 : 1 8 ; 1 Jn . 3 :2 ) . P e ro lo s q u e

c re e m o s s o m o s p le n a m e n te ju s tif ic a d o s a q u í y a h o r a . N o p o r n u e s tra s im p e r­
f e c c io n e s y d é b ile s o b r a s d e “ ju s tic ia ” , s in o g ra c ia s a la ju s tic ia v e rd a d e ­
ra m e n te p e rf e c ta d e C r is to , la c u a l e s a c re d ita d a a n u e stra c u e n ta e te rn a .
L a f ras e e n 2 C o r in tio s 5 : 1 9 : “ re c o n c ilia n d o c o n s ig o al m u n d o ” , in d u c e
a u n c o m p lic a d o , d ifíc il y a v e c e s d e b a tid o a s u n t o s o b r e la r e c o n c i l i a c i ó n d i­
v in a . Si P a b lo h u b ie ra d ic h o : “ re c o n c ilia n d o a lo s c r e y e n t e s a É l” , o “ r e c o n ­
c ilia n d o a lo s p e c a d o r e s a É l ” e l a s u n to h a b r ía sid o sin d u d a m á s fá c il d e
e n te n d e r. P e ro p o rq u e el a p ó s to l e s c r ib ió : “ e n C r is to D io s e s ta b a r e c o n c i­

lia n d o c o n s ig o a l m u n d o " ( c u rs iv a s a ñ a d id a s ) , el v e rs íc u lo e s u n p o c o m ás
d if íc il d e in te rp re ta r c o n c e rte z a .

L o s u n iv e rs a lis ta s ( q u e s o n lo s q u e e rró n e a m e n te c re e n q u e , f in a lm e n te
to d o s s e rá n s alv o s) u san e l v e rs íc u lo 19 c o m o a p o y o p a ra su c re e n c ia . Si D io s
a tra v é s d e C r is to h a r e c o n c ilia d o a l m u n d o a s í m is m o , d ic e n , e n to n c e s e s o
d e b e q u e re r d e c ir q u e D io s h a q u ita d o la b a rre ra d e p e c a d o e n tre Él y t o d o s

e n el m u n d o . P o r lo ta n to to d o s , sin e x c e p c ió n , v an a se r sa lv o s en f o rm a
a u to m á tic a . P e ro n o s o tr o s s a b e m o s q u e e s o n o e s v e rd ad . Este p a s a je im p lo ra

a las p e rso n a s q u e n o se h a n re c o n c ilia d o q u e se re c o n c ilie n . A trav é s d e to d a s


las E s c ritu ra s e n c o n tr a m o s c la r a m e n te e s ta b le c id o q u e m u c h as p e rso n a s
s e rá n c o n d e n a d a s e te r n a m e n te al in f ie rn o p a ra se r c a s tig a d a s p o r su s p e c a ­
d o s (c p . M t. 7 : 1 3 , 2 2 - 2 3 ; A p . 2 1 :8 ) .
¿ Q u é , e n to n c e s , q u is o d e c ir P a b lo c u a n d o d ijo q u e D io s e s ta b a e n C ris to
“ r e c o n c ilia n d o c o n s ig o a l m u n d o ” ? P ara re sp o n d e r n e c e s ita m o s e n te n d e r q u e
cu an d o la Bib lia h a b la d e la m u e rte d e C r is to p o r to d o el m u n d o e stá
h a b la n d o d e la h u m a n id a d e n g e n e ra l, sin im p o rta r c la s e , ni d is tin c io n e s é tn i­
c a s , ni c a d a in d iv id u o e s p e c íf ic o sin e x c e p c ió n . “ M u n d o " in d ic a la e s f e ra o
c la s e d e se re s p a ra lo s q u e D io s p ro v e y ó la re c o n c ilia c ió n . H a b la d e l a m p lio

M aien al picitoqirto \ .\ t\ t ilm er d iu s au'i.ir


U n a r e lac ió n e t e r n am e n t e c o r r e c t a c o n D io s 11.i

e s p e c tro d e la h u m a n id a d , p e rs o n a s d e to d a trib u , le n g u a y n a c ió n . G e n tile s

ta n to c o m o ju d ío s . G r ie g o s ta n to c o m o h e b re o s . “ El m u n d o " .

Es e n e s te s e n tid o q u e C r is to m u rió p ara re c o n c ilia r “ al m u n d o ” a D io s ,

n o c o n ta n d o c o n tr a e llo s su s o f e n s a s . El n o g a ra n tiz a ni q u ie re d e c ir la s a l­

v a c ió n d e to d a p e rs o n a sin e x c e p c ió n , p e ro s í e stá lla m a n d o d e e n tr e la h u ­

m an id ad a u n re m a n e n te d e c re y e n te s p ro c e d e n te s d e to d a n a c ió n , c a d a

c u ltu r a y c a d a g ru p o é tn ic o ( c p . H c h . 1 5 :1 4 ) . Eso e s lo q u e P a b lo q u ie re d e c ir

c u a n d o h a b la d e “ e l m u n d o ” . Él e s c o g ió e sta p a la b ra sin d u d a d e lib e ra ­

d a m e n te n o p a ra d e c ir q u e la s a lv a c ió n e s u n iv e rsal, s in o p a ra e n f a tiz a r q u e

n o e stá lim ita d a a u n p u e b lo o n a c ió n .

P o r s u p u e s to , e l s a c r if ic io d e C r is to e s d e u n a im p o r ta n c ia y v a lo r in f in i­

to s , s u f ic ie n te m e n te a b u n d a n te p a ra e x p ia r lo s p e c ad o s d e l m u n d o e n te r o , si

e se h a s id o el d e s ig n io d e D io s . P e ro s a b e m o s q u e m u c h o s « o v an a s e r s alv o s.

P o r lo ta n to , al f o rz a r el s e n tid o d el v e rs íc u lo 1 9 p a ra su g e rir, c o m o a lg u n o s

lo h a c e n , q u e n in g ú n p e c a d o r en n in g u n a p a rte tie n e n e c e sid ad d e te m e r re tri­

b u c ió n a lg u n a p o r el p e c a d o . C la r a m e n te , n o es el m u n d o en g e n e ral c u y a s
o f e n s a s n o se c u e n ta n c o n tr a e llo s , p o rq u e e n el ju ic io fin al las o f e n s a s d e m u ­

c h o s c o n ta r á n c o n tra e llo s . D e m o d o q u e “ el m u n d o ” q u e e s re c o n c ilia d o e s

el m u n d o d e lo s q u e s o n ju s tif ic a d o s .

Los PECA DORES SE RECONCILIAN POR LA OBEDIENCIA EN FE

¿ Q u ié n e s so n ju s tif ic a d o s ? L o s q u e c re e n . El in s tru m e n to d e la ju s tif ic a c ió n

e s la fe. 1.a fe n o es d ig n a d e ju s tif ic a c ió n . N o e s la b a se d e n u e stra ju s tif ic a c ió n

o la raz ó n p a ra n u e stra ju s tif ic a c ió n . L a fe e n sí m ism a n o c o n s titu y e la ju s ­

tic ia p o r la c u a l s o m o s ju s tif ic a d o s ( c o m o a lg u n o s e rró n e a m e n te p ie n s a n ) .


P e ro la fe e s el in s tru m e n to p o r el c u al lo s p e c a d o re s a lc a n z a n la ju s tif ic a c ió n .

L a ju s tic ia e s im p u ta d a a e llo s p o r fe ( R o . 4 : 5 - 6 , 2 2 - 2 4 ) . Fe e s, p o r lo ta n to ,

lo q u e e l e v a n g e lio d e m a n d a d e lo s o y e n te s .
Se g u n d a C o r in tio s 5 : 2 0 h a b la d e q u e e l e v a n g e lio lla m a a la fe. El a p ó s ­
to l d ic e : “ A sí q u e , s o m o s e m b a j a d o r e s e n n o m b r e d e C r i s t o , c o m o si D i o s ro ­

g a s e p o r m e d io d e n o s o tro s ; o s ro g a m o s en n o m b re d e C r is to ; R e c o n c ilia o s
c o n D io s ” . ¿ Q u é d e b e n h a c e r las p e rs o n a s p a ra re c o n c ilia rs e c o n D io s? L as

E s c ritu ra s re s p o n d e n e s ta p re g u n ta v ez tr a s v e z , s ie m p re c o n la m is m a re s ­

p u e s ta: “ C re e e n el Se ñ o r Je s u c r is to , y s e rá s s a lv o , tú y tu c a s a ” ( H c h . 1 6 :3 1 ;
c p . Jn . 3 :1 6 ; 5 : 2 4 ; R o . 5 : 1 ; 1 0 :9 - 1 0 ) . D e m o d o q u e c u a n d o ro g a m o s a las p e r­

s o n a s q u e se re c o n c ilie n c o n D io s , las e s ta m o s lla m a n d o a q u e te n g a n fe en

C ris to .
El ru e g o “ r e c o n c ilia o s c o n D io s ” d e n in g u n a m a n e ra c o n tra d ic e la v e r­

d ad q u e y a h e m o s a n o ta d o , d e q u e la r e c o n c ilia c ió n e s c o m p le ta m e n te d e

M aren al p int*íy¡cin poi d t ír f c h o sr ie f u ro r


114 P I EN S E C O N F O R M E A L A BIBLI A

D io s y p o r m e d io d e su s o b e r a n ía , el a c to d e c la ra tiv o d e ju s tif ic a c ió n . P e ro al

m is m o tie m p o , la re c o n c ilia c ió n n o o c u r r e a p a r te d e la c o n f ia n z a a b s o lu ta d el
p e c a d o r e n la o b r a e x p ia to r ia d e C r is to .

L a fe en sí m ism a n o e s o b r a d e l p e c a d o r; e s u n d o n d e D io s ( E f . 2 : 8 - 9 ;
Jn . 6 : 4 4 , 6 5 ; Eil. 1 :2 9 ) . Él, s o b e ra n a m e n te tr a e a a q u e llo s a lo s q u e Él h a e s ­

c o g id o (la e le c c ió n ) a fe e n C r is to ( Jn . 6 : 3 7 ; R o . 8 : 2 9 - 3 0 ; 2 T s . 2 : 1 3 - 1 4 ) . Y a
to d o s se les o rd e n a a rre p e n tirs e y c re e r ( H c h . 1 7 :3 0 ) . L o s p e c a d o re s q u e re ­
c h a z a n e l e v a n g e lio se h a c e n re s p o n s a b le s p o r su in c re d u lid ad ( Jn . 3 : 1 8 ; 1 6 : 8 ­

9 ) . L a Bib lia e n se ñ a q u e D io s e s s o b e r a n o e n c u a n to a la s a lv a c ió n . P e ro e n

f o r m a c la r a e n se ñ a q u e lo s p e c a d o re s s o n re s p o n s a b le s p o r su p ro p ia in c r e ­
d u lid a d , p o rq u e la in c re d u lid ad e s d e s o b e d ie n c ia v o lu n ta ria ( H e . 2 : 3 ; 1 2 :2 5 ;

1 Jn . 5 :1 0 ) .
C h a rle s Sp u rg e o n d ijo lo s ig u ie n te e n c u a n to a e s ta s d o s v e rd a d e s: la

s o b e r a n ía d iv in a y la re s p o n s a b ilid a d h u m a n a :

S i . . . e n c u e n tro en u n a p a rte d e la B ib l ia la e n s e ñ a n z a q u e to d o e s p re p a ra d o

d e a n te m a n o , e s v e rd a d ; y si e n c u e n tro , e n o tra p a rte d e la B i b l i a , q u e el

h o m b re e s re s p o n s a b l e p o r ro d a s s u s a c c i o n e s , e s v e rd a d ; y e s s o l a m e n te m i
d e s a ti n o q u e m e l l e v a a p e n s a r q u e e s ras d o s v e rd a d e s p o d rí a n a l g u n a v e z

co n tra d e c i rs e e n tre sí. Y o n o c re o q u e a l g u n a v e z p u e d a n f u n d irs e e n u n

y u n q u e te rre n a l , p e ro s in d u d a s e rá n u n a e n la e te rn i d a d . S o n d o s l ín e as p a ­

ra l e l a s q u e c o rre n m u y c e rc a la u n a d e la o tra q u e la m e n te h u m a n a q u e las

m i ra d e l e j o s n u n ca d e s c u b ri rá q u e a m b a s c o n v e rg e n , p e ro sí c o n v e rg e n y
d e a l g u n a m a n e ra s e e n c o n tra rá n e n la e te rn i d a d , c e rc a d e l tro n o d e D i o s ,

d e d o n d e p ro c e d e to d a v e rd a d . ’

E s to e s m u y c la r o : N a d ie e s e x c lu id o d e la p o s ib ilid a d d e p e d ir la r e c o n ­

c ilia c ió n . Je s ú s d ijo : “ a l q u e a m í v ie n e , n o le e c h o f u e r a ” ( Jn . 6 :3 7 ) . El a p ó s ­
to l Ju a n e s c r ib ió : “ M a s a to d o s lo s q u e le r e c ib ie ro n , a lo s q u e c re e n e n su

n o m b re , les d io p o te s ta d d e se r h e c h o s h ijo s d e D io s ; lo s c u a le s n o s o n e n g e n ­
d ra d o s d e s a n g re , ni d e v o lu n ta d d e c a rn e , n i d e v o lu n ta d d e v a ró n , s in o d e

D io s ” ( Jn . 1 :1 2 - 1 3 ; c p . R o . 3 : 2 6 ; 1 0 :9 - 1 0 ) . L as E s c ritu ra s c o n c lu y e n c o n e sta

in v ita c ió n : “ Y el Es p íritu y la Es p o s a d ic e n : V e n . Y el q u e o y e , d ig a: V e n . Y
e l q u e tie n e s e d , v e n g a; y el q u e q u ie ra , to m e d el a g u a d e la v id a g r a tu i­

ta m e n te ” ( A p . 2 2 : 1 7 ) .
A sí, c a d a c re y e n te tie n e el p riv ile g io y la re s p o n s a b ilid a d d e p r o c la m a r e l
e v a n g e lio a lo s p e c a d o re s y lo s e x h o r ta , les s u p lic a , les im p lo r a , e n el n o m ­
b re d e C r is to , q u e se re c o n c ilie n c o n D io s m e d ia n te la fe .

L a fe tie n e u n c o n te n id o o b je tiv o . U n o d e b e c re e r q u e D io s r e s u c itó a


Je s ú s d e la m u e rte y q u e a h o r a Él e s Se ñ o r. P e ro el o b je tiv o p rin c ip a l d e la fe
n o e s s im p le m e n te u n a d e c la r a c ió n d o c tr in a l; es u n a p e rs o n a , C r is to Je s ú s . El

M a tin a l p ro te g id o p o r d e r e c h o s d e e iito r
U n a r e lac ió n e t e r n am e n t e c o r r e c t a c o n D io s 115

lla m a d o a la fe e s u n lla m a d o a a c e p ta r lo c o m o lo e s ta b le c e e l e v a n g e lio . La

f e , p o r lo ta n to , ta m b ié n tie n e u n la d o s u b je tiv o , la a c titu d d e u ste d , lo q u e a

m e n u d o se p as a p o r a lto . Sa n tia g o 4 : 8 - 1 0 d e s c rib e e s ta a c titu d a s í: “ A c e r c a o s

a D io s , y él se a c e r c a rá a v o s o tro s . P e c a d o re s , lim p iad las m a n o s ; y v o s o tro s

lo s d e d o b le á n im o , p u rif ic ad v u e stro s c o ra z o n e s . A f lig io s, y la m e n ta d , y llo ­

rad . V u e stra risa se c o n v ie rta en llo ro , y v u e s tro g o z o en tris te z a . H u m illa o s

d e la n te d el Se ñ o r, y él o s e x a l ta r á ” . El p e c a d o r d e b e v e n ir a n te D io s , re ­

c o n o c e r su c o n d ic ió n d e c a íd o ( q u e su se r in te rio r es e s p iritu a lm e n te in ­

m u n d o , in d e c is o , v o lu b le , m is e ra b le , d e s g ra c ia d o , y c ie g o ) , c la m a r a D io s p o r

m is e ric o rd ia y c o n f ia r e n C r is to p o r fe c o m o el ú n ic o Sa lv a d o r q u e p u e d e re ­

d im irlo d e su s p e c ad o s .

D io s h a c e su lla m a d o a tra v é s d e n o s o tr o s , su s e m b a ja d o r e s e im p lo ra a

lo s p e c a d o re s ( lite ra lm e n te , “ les s u p lic a ” ) in s tá n d o lo s a b u s c a r la re c o n c i­

lia c ió n c o n El m e d ia n te la fe en C ris to .

Los PECA DORES SE RECONCILIAN POR LA OBRA DE SUSTITUCIÓN

El v e rd a d e ro c o ra z ó n d e 2 C o r in tio s 5 :1 8 - 2 1 e s la g lo r io s a v e rd a d d e

c ó m o fu e p o s ib le y c ó m o se p a g ó n u e s tra r e c o n c ilia c ió n . Este p a s a je n o s

m u e stra c la r a m e n te c o m o n in g ú n o tr o p a s a je en las E s c r itu ra s q u e C r is to

e x p ió lo s p e c a d o s al a c e p ta r s e r el s u s titu to d e lo s p e c a d o re s . El v e rs íc u lo 2 1

p la n te a e sta tre m e n d a v e rd ad b íb lic a e n té rm in o s in e q u ív o c o s : “ p o r n o s o tro s

lo h iz o p e c a d o , p a ra q u e n o s o tr o s f u é se m o s h e c h o s ju s tic ia d e D io s e n é l ” .

Esta s o la f ras e re su e lv e la m a s im p o r ta n te d if ic u ltad d el p lan d iv in o p a ra la

re d e n c ió n d e lo s p e c a d o re s . ¿ C ó m o p u e d e n lo s p e c a d o re s d e p ra v a d o s re c o n ­

c ilia rs e c o n u n D io s s a n to ? A q u í v e m o s q u e to d a la b ase d e la re c o n c ilia c ió n

d e lo s p e c a d o re s c o n D io s e s la m u e rte s u s titu ía d e C r is to .

El a p ó s to l P e d ro , p o r o tr a p a rte , e s c r ib e : “ q u ie n lle v ó él m is m o n u e stro s

p e c ad o s e n su c u e rp o s o b re al m a d e ro , p a ra q u e n o s o tr o s , e s ta n d o m u e rto s

a lo s p e c a d o s , v iv a m o s a la ju s tic ia ; y p o r c u y a h e rid a f u is te is s a n a d o s ” ( I P.

2 :2 4 ) . P e d ro e stá c ita n d o d e Is a ías 5 3 , o tr o p a s a je c la v e s o b re la e x p ia c ió n

s u s titu ía . Is a ías e s c r ib e : “ C ie rta m e n te lle v ó él n u e s tra s e n f e r m e d a d e s ... é l

h e rid o fu e p o r n u e s tra s re b e lio n e s , m o lid o p o r n u e s tro s p e c a d o s ; el c a s tig o

d e n u e stra p az fu e s o b re é l, y p o r su lla g a f u im o s n o s o tr o s c u r a d o s ... Je h o v á

c a rg ó e n él el p e c a d o d e to d o s n o s o tr o s ” (v v . 4 - 6 ) .

Se g u n d a C o r in tio s 5 :2 1 c o n tie n e c u a tr o e le m e n to s q u e id e n tif ic a n y re ­

su m e n la im p o r ta n c ia d e la o b ra d e s u s titu c ió n : lo s b e n e f ic ia rio s , el Be n e ­

f a c to r, el s u s titu to y el b e n e f ic io .

M ít ei :al p iatttjidri poi (t ercet o s s s an i ir


116 P I EN S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

L o s b e n e fic iar io s

P rim e ro , ¡ o s b e n e fic ia r io s d e !a s u s t it u c ió n s o n lo s c re y e n te s . El p a s a je d ic e :

“ P o r n o s o tr o s " . P ara P a b lo , el “ n o s o tr o s ” e s su a u d ie n c ia d e c re y e n te s ( lo
m is m o q u e se e n c u e n tra e n lo s vv. 1 8 - 1 9 y 2 0 ) . Él e s ta b a h a b la n d o d e to d o s

lo s q u e s o n tr a n s f o r m a d o s y e s tá n e n C r is to (v . 1 7 ) , lo s q u e h an s id o r e c o n ­

c ilia d o s (v . 18) . Fu e p a ra e llo s e n p a rtic u la r q u e C r is to m u rió c o m o s u s titu to .

E l B e n e fac t o r

L a ú ltim a p a la b ra d el v e rs íc u lo 2 0 id e n tif ic a al B e n e f a c t o r d e la s u s t it u c ió n .

Y n o e s o tr o q u e D io s . R e c u e rd e , D io s e s q u ie n d is e ñ ó e h iz o re a lid a d n u e s ­
tra r e c o n c ilia c ió n . Fu e Él q u ie n e x ig ió u n Su s titu to . Fu e Él q u ie n e s c o g ió n u e s ­

tr o Su s titu to . Fu e Él q u ie n o r d e n ó y e je c u tó el p lan c o m p le to . L a h u m an id a d
n o tu v o n a d a q u e h a c e r c o n la in ic ia c ió n d e l c o n c e p to d e s u s titu c ió n .

Fu e p o r c o n s id e r a c ió n a lo s c re y e n te s , sin e m b a r g o , q u e D io s lo p la n if ic ó

( c p . R o . 3 : 1 0 - 2 0 ) . So lo D io s e l P ad re p o d ía p e d irle a su H ijo q u e se e n c a r ­

n a ra , e n tra ra e n el m u n d o , se h u m illa ra , to m a r a f o r m a d e h o m b r e y f u e ra
o b e d ie n te h asta la m u e rte , a u n q u e h u b ie ra s id o m u e rte e n la c ru z (v e a Fil. 2 : 5 ­

8 ) . So lo D io s p o d ía d e c id ir c ó m o su s a n tid a d in f in ita , su in te n s o o d io al
p e c a d o y su ju s tic ia in f le x ib le p o d ía s e r s a tis f e c h a p e rf e c ta m e n te sin d e stru ir

al p e c a d o y tal s a tis f a c c ió n . En o tr a s p a la b r a s , D io s d e te rm in ó lo q u e

a p la c a ría su ira. Y a u n q u e el p r e c io fu e in c o n c e b ib le m e n te h o r r o r o s o , Él e s ­

tu v o d is p u e s to a h a c e r el s a c r if ic io .
D io s a c tu ó c o m o B e n e f a c to r al p ro v e e r s u s titu c ió n p a ra lo s p e c a d o re s

ú n ic a m e n te d e b id o a su in m e n s o a m o r ( Jn . 3 : 1 6 ) . “ D io s m u e s tra su a m o r
p a ra c o n n o s o tr o s , en q u e s ie n d o a ú n p e c a d o re s , C r is to m u rió p o r n o s o tr o s "

( R o . 5 :8 ) . M ie n tr a s lo s c re y e n te s to d a v ía e ra n su s e n e m ig o s , D io s lo s r e c o n ­
c ilió a él m e d ia n te la m u e rte d e su H ijo ( R o . 5 :1 0 ) . Ff e s io s 2 : 4 - 5 d ic e : “ P e ro
D io s , q u e e s ric o e n m is e ric o r d ia , p o r su g ra n a m o r c o n q u e n o s a m ó , a u n e s ­

ta n d o n o s o tr o s m u e rto s e n p e c a d o s , n o s d io v id a ju n ta m e n te c o n C r i s to ” (c p .
1 :3 - 7 ; C o l. 1 :1 2 - 1 4 ) .

Es ta v e rd ad e s lo q u e h a c e a l c ris tia n is m o b íb lic o d if e re n te d e c u a lq u ie r

o tr a re lig ió n e n el m u n d o . L a m a y o ría d e e lla s o p e ra s o b re el s u p u e s to d e q u e

D io s e s u n a d e id ad c o lé r ic a , o d io s a o in d if e re n te q u e n o tie n e n in g ú n in te ré s
en el b ie n e s ta r d e lo s s e re s q u e p u lu la n d e b a jo d e Él en e s te m u n d o . T o d o s

e n s e ñ an q u e si la ju s tic ia d e D io s v a a se r s a tis f e c h a , e s e l p e c a d o r m is m o el

q u e d e b e p ro v e e r la s a tis f a c c ió n . P o r lo ta n to , la m e ta d e v irtu al m e n te to d a s
las re lig io n e s e s d e a lg u n a m a n e ra a p la c a r a D io s . O d e b e n a p la c a r, m e d ia n te
a u to e x p ia c ió n a u n D io s h o stil y f u rio s o o su s a d h e re n re s s u p o n e n q u e
p u e d e n a g ra d a r a u n D io s b e n e v o le n te s im p le m e n te s ie n d o e llo s m is m o s

M at e r ia l p r at o g it lo p o r et eree h n s d a m o r
U n a r e lac ió n e t e r n am e n t e c o r r e c t a c o n D io s Il 7
b e n e v o le n te s . Si las p e rs o n a s en ta le s s iste m a s se v an a re c o n c ilia r c o n su d io s

o d io s e s , d e b e n h a c e r a lg o , g e n e ra lm e n te a tra v é s d e c e re m o n ia s re lig io sa s,

p ra c tic a n d o ritu ale s , h a c ie n d o a lg o u o f re c ie n d o o r a c io n e s p o r las c u a le s

p u e d e n a p la c a r a e sta d e id ad y, en c o n s e c u e n c ia , g a n a r su fav o r.

P e ro las b u e n a s n u e v as d e l c ris tia n is m o b íb lic o s o n q u e el p ro p io D io s

y a h a s u p lid o to d o lo q u e es n e c e s a r io p a ra a p la c a rlo . N o h e m o s te n id o q u e
e la b o r a r u n p lan d e re c o n c ilia c ió n o lo g ra r n u e stra p ro p ia ju s tic ia . P o d e m o s

d e s c a n s a r c o n f ia d a m e n te e n las b u e n as n u e v as q u e n o s d ic e n q u e D io s e s el

Be n e f a c to r . Él h a e f e c tu a d o la e x p ia c ió n s u s titu ta p a ra p a g ar el p r e c io to ta l

p o r el p e c a d o y a h o ra o f re c e p e rd ó n y re c o n c ilia c ió n a to d o el q u e c re e y c o n ­

f ía ú n ic a m e n te e n C ris to . E s to e s el e v a n g e lio .

Fu e n e c e s ario q u e alg u ie n m u rie ra p ara p a g ar el p re c io d el p e c ad o p o rq u e ,

c o m o d ic e Ez e q u ie l 1 8 :4 : “ el a lm a q u e p e c a re e sa m o r ir á ” (c p . R o , 6 :2 3 ) . D io s

h iz o e s to to ta lm e n te c la ro a trav é s d el A n tig u o T e s ta m e n to . L o s ju d ío s p a sa ro n

g ra n p arte d e su v id a y e n d o y v in ie n d o d e y a s ac rif ic io s . Es ta b a n p e rm a n e n ­
te m e n te m a ta n d o a n im a le s y o f re c ié n d o lo s c o m o s a c r if ic io s , d e c e n a s d e m i­

llo n e s a lo la rg o d e c e n tu ria s , p ara tr a ta r c o n el p e c a d o , p ara m o s tra r al p u e b lo

c u á n m alo s e ra n y p ara ilu s trar el h e c h o d e q u e el p e c a d o e x ig e m u e rte . L a

s an g re d e e s o s a n im a le s n u n c a p o d ría q u ita r el p e c a d o ( H e . 1 0 :1 1 ) . Sin e m ­

b a rg o , la in c e s a n te o f re n d a d e e s to s a n im a le s d e m o s tra b a q u e la p ag a d el

p e c a d o e s m u e rte . L o s c re y e n te s ju d ío s s u s p irab an p o r el C o r d e ro d e D io s
q u ie n , d e u n a v ez p o r to d as h a b ría d e q u ita r e l p e c a d o d el m u n d o . En e s e n ­

c ia , el p ro p io H ijo d e D io s , C r is to Je s ú s , e n o b e d ie n c ia al p lan d el P a d re , s a t­

isfiz o e se a n h e lo (c p . H e . 7 :2 6 - 2 7 ; 9 : 1 1 - 1 2 ) . Y C ris to lo h iz o sin n in g ú n tip o

d e c o a c c ió n , s in o v o lu n ta ria m e n te : “ P o r e so m e a m a el P a d re , p o rq u e y o p o n ­

g o m i v id a, p a ra v o lv e rla a to m ar. N a d ie m e la q u ita , s in o y o d e m í m ism o la


p o n g o . T e n g o p o d e r p ara p o n e rla y te n g o p o d e r p ara v o lv e rla a to m ar. Este

m a n d a m ie n to re c ib í d e m i P ad re ” ( Jn . 1 0 :1 7 - 1 8 ) .

E l S u s t it u t o

El te rc e r e le m e n to e n la o b r a d e s u s titu c ió n c o n te n id a e n 2 C o r in tio s 5 :2 1 es
la id e n t id a d d e l S u s t it u t o : “ A l q u e n o c o n o c ió p e c a d o , p o r n o s o tro s lo h iz o
p e c a d o " . A q u í n o se e stá h a b la n d o d e u n s e r h u m a n o c o m ú n p o rq u e n in g ú n

h o m b r e p o d ría a ju s ta rs e a la c a lif ic a c ió n d e sin p e c a d o (c p . R o . 3 :2 3 ) . Sin e m ­

b a r g o , el s u s titu to te n ía q u e se r u n se r h u m a n o , p o rq u e D io s re q u e ría q u e un

h u m a n o m u rie ra p o r lo s h u m a n o s . El s u s titu to n o p o d ía se r u n se r h u m a n o
p e c a d o r ( p o r q u e e n tal c a s o , te n d ría q u e m o rir p o r su s p ro p io s p e c a d o s , lo

q u e lo in h a b ilita ría p a ra e x p ia r lo s p e c a d o s d e a lg u ie n m ás ). P o r e s o , el s u s­
titu to te n ía q u e se r u n h o m b re sin p e c a d o .

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e ru e b o g d e a u l iir
U8 P I EN S E C O N F O R M E A I .A B I B L I A

L a ú n ic a f o rm a e n la q u e D io s p o d ía p ro v e e r u n h o m b r e sin p e c a d o c o m o

s u s titu to p o r e l p e c a d o e ra p ro v e y e n d o u n H o m b re q u e fu e ra D io s , p o rq u e

s o la m e n te D io s e s sin p e c a d o . E h iz o e sa p ro v is ió n e n v ia n d o al m u n d o e n la

f o r m a d e u n h o m b re a Je s u c r is to , su p r o p io H i jo , sin p e c a d o y p e rf e c to , tan

s a n to c o m o el P ad re y el Es p íritu Sa n to . E s c rib ie n d o a lo s g á la ta s , P a b lo le s

d ijo : “ P e ro c u a n d o v in o e l c u m p lim ie n to d e l tie m p o , D io s e n v ió a su H ijo ,

n a c id o d e m u je r y n a c id o b a jo la ley , p a ra q u e re d im ie se a lo s q u e e s ta b a n

b a jo la le y ” ( G á . 4 : 4 - 5 ) . Je s u c r is to e s, e n to n c e s , “ é l . . . q u e n o c o n o c i ó
p e c a d o ” . El te s tim o n io d e l N u e v o T e s ta m e n to a f irm a : “ P o rq u e n o te n e m o s

u n s u m o s a c e rd o te q u e n o p u e d a c o m p a d e c e rs e d e n u e s tra s d e b ilid a d e s , s in o

u n o q u e fu e te n ta d o e n to d o se g ú n n u e stra s e m e ja n z a , p e ro sin p e c a d o ” ( H e .

4 : 1 5 ; c p . 7 : 2 6 ; L e . 2 3 : 4 ; Jn . 8 :4 6 ; 1 P. 1 :1 8 - 1 9 ; 2 : 2 2 ; 3 : 1 8 ; 1 Jn . 3 :5 ) .

¿ Q u é sig n ific a la f ras e “ se h iz o p e c a d o " ? En v is ta d e la a b s o lu ta im p e c a ­

b ilid ad d e C r is to , e s e v id e n te q u e n o q u ie re d e c ir q u e C r is to lle g ó a se r un

p e c a d o r y c o m e tió p e c a d o s o q u e b r a n tó la ley d e D io s . N u e s tr o Se ñ o r n o

te n ía la c a p a c id a d d e p e c ar. Sig u ió s ie n d o el D io s e te rn o y sin p e c a d o a la v ez

q u e lle g ó a se r p le n a m e n te h o m b re . Y , p o r s u p u e s to , se ría im p e n s a b le q u e
D io s p u d ie ra h a b e r lo h e c h o u n p e c ad o r.
V o lv a m o s a Is aías 5 3 p ara e n te n d e r c ó m o C r is to fu e “ h e c h o p e c a d o ” .

C ier tam en te ¡ lev ó ét n u estras e n fe r m e dade s , y su frió n u estros d o lo r e s ; y n o ­


s o t r o s le tu v im os p o r az o t ad o , p o r he r id o d e D io s y ab at id o . M as é l he r ido
fu e p o r n u estras re belio n es, m o lid o p o r n u estros p e c ad o s ; el c as t ig o d e
n u estra p az fu e s o b r e él, y p o r su llag a fu im o s n o s o t r o s c u rado s. T o d o s n o ­
s o t r o s n o s des c arr iam o s c o m o o v ejas , c ada c u al s e ap ar t ó p o r su c am in o ,
m as Je h o v á c ar g ó en é l e l p e c ad o d e t o d o s n o s o t r o s ( w . 4- 6) .

C ris to fu e “ h e c h o p e c a d o ” p o r se r el s u s titu to d e lo s p e c a d o re s , lle v a n d o

la c u lp a d e e s to s . P o r e s o r e c ib ió c a s tig o . D ic h o N an am e n te , D io s tr a tó a

C r is to c o m o si h u b ie ra s id o p e c ad o r, h a c ié n d o lo p a g ar el c a s tig o p o r el
p e c a d o a u n q u e e ra in o c e n te . M á s q u e e s o , D io s lo tr a tó c o m o si h u b ie ra sid o

c u lp a b le d e to d o s lo s p e c a d o s d e to d o s lo s q u e h a b r ía n d e c re e r. El p e c a d o ,

n o el s u y o , s in o el n u e s tro , fu e a c re d ita d o o im p u ta d o a Él c o m o si Él lo s h u ­

b ie ra c o m e tid o y e n to n c e s Él p a g ó e l p re c io e n la c ru z .
Esa im p u ta c ió n e s lo ú n ic o p o r lo c u a l C r is to fu e “ h e c h o p e c a d o ” . El

P a d re , e n to n c e s , v o lc ó to d o el f u ro r d e su ira c o n tr a to d o lo q u e f u e ra p e c a d o ;
p o rq u e el p e c a d o f u e e c h a d o s o b re É l, Je s ú s e x p e r im e n tó to d a la f u e rz a d e la

ira d iv in a c o n tr a el p e c a d o . Su f rió ta n to la ira d e D io s c o m o a lg u ie n q u e

p a s ara la e te rn id a d en lo s to rm e n to s d e l in f ie rn o . En o tr a s p a la b r a s , p a g ó u n
p re c io in f in ito . ¿ N o e s s o rp re n d e n te q u e h a y a c la m a d o : “ D io s m ío , D io s m ío ,

M ait n a l p iciíFíijr lü \.\c\r ilm er d iu s aut or


U n a r e lac ió n e t e r n am e n t e c o r r e d a c o n D io s 119

¿ p o r q u é m e h a s d e s a m p a r a d o ? ” ( M t. 2 7 : 4 6 ) ? Fu e tr a ta d o c o m o un p e c a d o r

y a s í, p o r las h o ra s q u e e stu v o e n la c ru z , s in tió q u e el P ad re lo h a b ía d e ja d o

c o m p le ta m e n te s o lo . A u n q u e Je s ú s f u e , en la p rá c tic a y la re a lid a d p e rf e c ­

ta m e n te s a n to , D io s lo c o n s id e ró le g a lm e n te c u lp a b le .

C u a lq u ie ra q u e tra te d e a lc a n z a r la re c o n c ilia c ió n c o n D io s p o r su s p r o ­

p io s e s fu e rz o s , p re s c in d ie n d o d e c o n f ia r e n el Su s titu to , e s m a ld ito . G á la ta s

3 : 1 0 d ic e : “ P o rq u e to d o s lo s q u e d e p e n d e n d e las o b r a s d e la ley e s tá n b a jo
m a ld ic ió n ” . C u a lq u ie ra q u e tra te d e g a n a r su c a m in o al c ie lo a trav é s d e h a c e r

b u e n as o b r a s , lle v ar a c a b o o b ra s re lig io s as o a d h e rir a alg ú n tip o d e ley m o ral

o c e r e m o n ia l e stá c o n d e n a d o al f r a c a s o . “ M a ld ito el q u e n o c o n f ir m a re las

p a la b ra s d e e sta ley p ara h a c e r la s ” ( D t. 2 7 : 2 6 ) . Y e stá m a ld ito p o rq u e d e sd e

q u e in f r in g ió u n p u n to d e la ley , fu e h e c h o c u lp a b le d e to d o (c p . Stg . 2 :1 0 ) .

P o r e s o e s q u e la ley p u e d e m a ld e c ir a lo s p e c a d o re s p e ro n o p u e d e s a lv a r lo s
( c p . G á . 2 :2 1 ) .

H ay u n c a s tig o a s o c ia d o c o n la m a ld ic ió n d e la ley , y alg u ie n tu v o q u e

p a g a rlo p o r to d o s lo s q u e re d im iría D io s . P o r e s o , P a b lo d ijo : “ C ris to n o s re ­


d im ió d e la m a ld ic ió n d e la ley , h e c h o p o r n o s o tro s m a ld ic ió n ” ( G á . 3 :1 3 ) .

E s to ilu s tra p e rf e c ta m e n te el p rin c ip io d e im p u ta c ió n , y a q u e to d o s lo s q u e

a c e p ta n su o b r a e x p ia to r ia lle g an a s e r ju s to s p o r im p u ta c ió n . N u e s tro
p e c a d o fu e im p u ta d o a Él y e n to n c e s Él p u d o p a g ar p o r é l, y su ju s tic ia fu e

im p u ta d a a n o s o tr o s d e m a n e ra q u e q u e d á ra m o s ju s tif ic a d o s y re c o n c ilia d o s

c o n el P ad re .

En o tr a s p a la b ra s , s o b re la c ru z D io s tr a tó a C r is to c o m o si h u b ie ra
c o m e tid o to d o s lo s p e c a d o s d e to d o s lo s q u e h a b ría n d e c re e r, p a ra p o d e r tr a ­

ta rlo s c o m o si h u b ie ra n v iv id o la v id a p e rfe c ta d e C ris to . Eso e s , p re c i­

s a m e n te , lo q u e P a b lo q u ie re d e c ir e n 2 C o r in tio s 5 : 2 1 : “ ( D io s ] al q u e n o

c o n o c ió p e c a d o , p o r n o s o tro s lo h iz o p e c a d o , p ara q u e n o s o tro s f u é se m o s h e ­

c h o s ju s tic ia d e D io s en é l ” .

E l b e n e fic io

A q u í te n e m o s e l b e n e fic io o e l p r o p ó s i t o d e la s u s t it u c ió n : “ p ara q u e n o s o ­

tro s f u é se m o s h e c h o s ju s tic ia d e D io s e n é l ” . B á s ic a m e n te , e s te es e l re s u lta d o


m a ra v illo s o q u e lo s p e c a d o re s e n tie n d e n p o r ju s tif ic a c ió n . Ello s re c ib e n u n a

ju s tic ia n o d e riv ad a d e g u a rd a r la ley , s in o p o r la fe p u e sta e n C ris to . Es u n a

ju s tic ia v e rd ad e ra q u e v ie n e d e D io s. C o m o P a b lo re srific ó a lo s filip e n se s: “ n o

te n ie n d o m i p ro p ia ju s tic ia q u e e s p o r la ley , s in o la q u e e s p o r la fe d e C r is to ,

la ju s tic ia q u e e s d e D io s p o r la f e ” (Fif. 3 :9 ) .

P o r lo ta n to , la ju s tic ia q u e D io s d e m a n d a d e lo s p e c a d o re s e s la p ro p ia
ju s tic ia q u e Él p ro v e e p ara to s q u e c re e n . C u a n d o D io s m ira a lo s c re y e n te s ,

M a te r ia l p r o te g i d o p o r d e r e c b o g d e a u io r
120 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

v e in d iv id u o s c u b ie rto s p o r la ju s tic ia d e C r is to . Y , a la in v e rsa , to d o s su s


p e c a d o s so n p e r d o n a d o s e te r n a m e n te p o rq u e Je s ú s y a p a g ó e l c a s tig o p o r

e llo s .

Y q u é p o d e m o s d e c ir d e lo s p e c a d o s q u e lo s c re y e n te s c o m e te n d e sp u é s

d e su c o n v e rs ió n ? C r is to ta m b ié n m u rió p o r e s o s p e c ad o s p o r q u e , d e sd e la
p e rs p e c tiv a d iv in a , la e x p ia c ió n fu e c o n c e b id a y d is e ñ ad a m ie n tra s to d o s lo s

p e c a d o s to d a v ía p e r te n e c ía n al f u tu ro . C ris to e s “ el C o r d e r o q u e f u e in m o ­
la d o d e sd e el p rin c ip io d e l m u n d o " ( A p . 1 3 :8 ) . El p lan e te rn o d e D io s e ra p a ra

q u e C r is to m u rie ra p o r lo s p e c a d o s d e lo s c re y e n te s , a u n c u a n d o to d o s e s o s

p e c a d o s p e rte n e c ie ra n al f u tu ro ( H c h . 2 : 2 3 ; 4 : 2 7 - 2 8 ) .
L a e f ic a c ia d e l b e n e f ic io d el p lan d e D io s d e re d e n c ió n e s la ju s tic ia a la

q u e P a b lo se re f ie re e n e l lib ro d e R o m a n o s : “ la ju s tic ia d e D io s p o r m e d io

d e la fe e n Je s u c r is to p a ra to d o s lo s q u e c re e n e n é l ” ( 3 :2 2 ) . L a fe e s la c la v e
p a ra e x p e r im e n ta r e s te b e n e f ic io y e sa fe in v o lu c ra el re c o n o c im ie n to d e c ie r ­

ta s c o s a s . D e b e m o s c o n f e s a r q u e s o m o s p e c a d o re s , s e p a ra d o s d e s e s p e ra ­

d a m e n te d e D io s . D e b e m o s c re e r q u e en n o s o tr o s n o te n e m o s n in g u n a
e s p e ra n z a d e r e c o n c ilia c ió n c o n D io s , y a m e n o s q u e n o s a rre p in ta m o s , q u e ­

d a re m o s p a ra s ie m p re s e p a ra d o s d e D io s y s u f r ire m o s el to r m e n to e te rn o .
D e b e m o s c re e r q u e D io s e n v ió a su H i jo a l m u n d o e n la f o rm a d e h o m b re

p a ra m o r ir c o m o s u s titu to p o r lo s p e c a d o re s y re c ib ir to d a la f u ria d e la ira


d e D io s en su lu g ar. D e b e m o s c re e r q u e la ju s tic ia d e D io s fu e s a tis f e c h a p o r

el s a c r if ic io d e Je s ú s , c o m o q u e d a d e m o s tra d o e n el h e c h o d e q u e D io s le v a n tó
a Je s ú s d e e n tr e io s m u e rto s . Y, f in a lm e n te , d e b e m o s c re e r q u e D io s e x a ltó a
Je s ú s a su m a n o d e re c h a , s e n tá n d o lo e n u n tr o n o y le d io u n n o m b r e “ q u e es

s o b re to d o n o m b r e , p a ra q u e en el n o m b r e d e Je s ú s se d o b le to d a ro d illa d e
lo s q u e e s tá n e n lo s c ie lo s , y e n la tie rra , y d e b a jo d e la tie rra ; y to d a le n g u a

c o n f ie s e q u e Je s u c r is to es e l Se ñ o r, p ara g lo ria d e D io s P a d re " ( Fil. 2 :9 - 1 1 ) .


Ese e s el e v a n g e lio . Es el c o r a z ó n d e l c ris tia n is m o h is tó ric o y b íb lic o . Es

ta m b ié n el c o ra z ó n y a lm a d e u n a a u té n tic a v isió n c ris tia n a d e l m u n d o .

Le c t u r a s a d ic io n a l e s
M a e A rth u r, Jo h n , S alv o s s in lu g ar a d u d as . B a rc e l o n a , E s p a ñ a : E d ito ri a l C l ie , 1 9 9 5 .
_ _ _ _ _ _ _ _ _ . T h e G o s p e l A c c o r d in g t o t h e A p o s t le s | E! e v an g e l io s e g ú n l o s a p ó s to l e s ],
N as h v il l e : W o rd , 2 0 0 0 .
_ _ _ _ _ _ _ _ _ . E l e v a n g e l io s e g ú n Je s ú s , El P a s o , T X : C a s a B a u tis ta d e P u b l i ca ci o n e s ,
1997.
M o rri s , L e ó n . T h e A p o s t o l i c P r e ac h t n g o f t h e C r o s s [L a p re d i ca ci ó n a p o s tó l i ca d e la
c ru z ] , G ra n d R a p i d s , M I : W i l l i a m B . E e rd m a n s , 1 9 5 5 .
P a ck e r, J. L E v an g e lis m a n d t h e S o v e r e ig n t y o f G o d [E v a n g e l i s m o y la s o b e ra n í a d e
D io s j , D o w n e rs G ro v e , I L : IV P, 1 9 6 1 .

M a l a n n i [ïiû tfp q ir J o p n r i l m e r c h u s n e a u ir .ir


6

La s n a c io n es v is t a s d esd e l a

PER S PEC T IV A D E D lO S

M a r k A. T a t l o c k

lo b a liz a c ió n , in te r n a c io n a lis m o , m u ltic u ltu ra lis m o , d iv e rs id a d , to le ­

G ra n c ia y r e c o n c ilia c ió n ra c ia l s o n re f e re n c ia s c o m u n e s e n lo s titu la re s

h o y d ía . ¿ Q u é tie n e q u e v e r c u a lq u ie ra d e e s ta s p a la b ra s c o n u n a v isió n c r is ­

tia n a d el m u n d o ? ¿ T ie n e n a lg u n a r e la c ió n e s ta s ag e n d a s c o n u n a p o s ic ió n

b íb lic a s o b re la s o b e r a n ía d e D io s , la c r e a c ió n , la re d e n c ió n o la ig le sia?

¿ T ie n e n a s u n to s ta le s c o m o d e m o g ra f ía é tn ic a , m o v im ie n to s g e o p o lític o s o

la in te m a c io n a liz a c ió n d e la in d u stria a lg o q u e c o m p a r tir c o n la f o rm a e n la

q u e e l c re y e n te e n tie n d e el re in o ? ¿ E s tá n re c la m a n d o u n a re sp u e sta d e p a rte

d e l c u e rp o d e C r is to s itu a c io n e s c o m o la p o b re z a , el a u m e n to d e lo s h u é r ­

f a n o s p o r c a u s a d el SID A , la p e r s e c u c ió n re lig io s a , la e s c la v itu d d e lo s tie m ­

p o s m o d e r n o s o las in ju s tic ia s ?

. . . d e s d e el p ri n ci p i o y m u c h o a n te s d e q u e c o m e n z a ra el p re s e n te p ro ce s o

d e g l o b a l i z a ci ó n te cn o l ó g i ca y e c o n ó m i c a , el c u e rp o d e C ri s to f u e d i s e ñ a d o

p a ra l l e g ar a s e r u n a c o m u n i d a d g l o b a l . . . h l m e n s a j e g l o b a l d e D i o s d e l as

b u e n a s n u e v a s g l o b a l e s s i g u i ó a d e l a n te y co m e n z ó s u tra b a j o ; p o r l o ta n to ,

la ¡d e a d e l a g l o b a l i z a ci ó n n o e s e x tra ñ a a la B i b l i a .1

Es d e te rm in a n te q u e lo s c ris tia n o s te n g a m o s u n a v is ió n d el m u n d o te o ­

ló g ic a m e n te in f o rm a d a y b íb lic a m e n te f u n d a m e n ta d a . L a e d u c a c ió n d e lo s

m ie m b ro s d e la ig le sia h o y d ía d e b e in c lu ir u n a re sp u e sta b íb lic a a lo s p u e ­

b lo s d el m u n d o . E s to re q u ie re q u e la ig le sia d e fin a y a rtic u le u n a te o lo g ía d e


m in is te r io in re rc u ltu ra l. A l h a c e rlo , la ig le sia p u e d e e n c o n tr a r p le n a m e n te su

v o z y e x p r e s a rla c o n f ia d a m e n te e n tre e s a s o p in io n e s s e c u la re s q u e se o y e n e n

M a te r ia l p r o te g id o p o r d e r e c h o s d e a u to r
122 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

las a u la s d e c la s e s , en las o f ic in a s y e n las s a la s d e lo s trib u n a le s .

D e sd e la c re a c ió n h as ta la c o n s u m a c ió n fin al d e lo s ú ltim o s tie m p o s , D io s

e x tie n d e u n m e n s a je d e e s p e ra n z a , p e rd ó n y re c o n c ilia c ió n a c a d a tr ib u ,

le n g u a y n a c ió n . L a s E s c r itu ra s p re s e n ta n u n s ó lid o c a s o d e u n id a d , p a z , ju s ­

tic ia y a m o r e n tr e las p e rs o n a s d e to d a s las n a c io n e s . El p la n o p a ra la f o r ­

m a c ió n d e la ig le sia e s tá e s p e c íf ic a m e n te tr a z a d o c o m o in te rc u ltu ra l e n

a lc a n c e y p ro p ó s ito . L a s im p lic a c io n e s d e e s te m e n s a je tie n e n u n a o r ie n ta c ió n

s o b re to d o s lo s in te n to s c o n te m p o rá n e o s d e tr a ta r c o n lo s e f e c to s d e la c a í­

d a , p a rtic u la r m e n te a q u e llo s c o m o e l o d io , el m ie d o , la s in c o m p re n s io n e s , lo s

p r e ju ic io s y las in ju s tic ia s . C u a n d o se e x a m in a la c la r a e n se ñ a n z a b íb lic a

a c e r c a d e la c r e a c ió n , el p a c to , las c u ltu r a s , C r is to , la c o m is ió n , la ig le sia y la

c o n s u m a c ió n se v e q u e h ay u n a f o r m a c o n c is a y p re c is a p a ra d isc u tir la re a ­

lid ad d in á m ic a d e la v is ió n q u e D io s tie n e d e las n a c io n e s .

L a c r e a c ió n

Es im p o r ta n te q u e c u a lq u ie r v is ió n d e l m u n d o te o ló g ic a m e n te in f o rm a d a

c o m ie n c e c o n el re la to d e la c re a c ió n . G é n e s is 1:1 a f irm a c a te g ó ric a m e n te q u e

h ay u n s o lo C re a d o r. R o g e r H e d lu n d e x p lic a : “ L a c re a c ió n lle v ad a a c a b o p o r

D io s s ig n ific a q u e n o h ay , s in o u n a raz a h u m a n a ... y q u e Je h o v á n o e s u n a

d e id ad tr ib a l, s in o D io s y P ad re d e to d o s ” .2 C a d a h o m b re , m u je r e in f a n te

d e b e su e x is te n c ia a e ste D io s v e rd a d e ro . L a p a te rn id a d d e D io s en u n s e n ­

tid o f ísic o e s in c lu siv a p o r d e f in ic ió n y d e c la ra c ió n b íb lic a ( M a l. 2 : 1 0 ) . “ La

d iv e rsid ad é tn ic a y c u ltu ra l e s p a rte d el d is e ñ o c re a tiv o d e D i o s ... El ra c is m o

e s u n a p e rv e rs ió n d e la c r e a c ió n ” .3

N o h u b o u n p a n te ó n d e d io s e s p a rtic ip a n d o e n la c r e a c ió n . El u n iv e rso

no fu e c re a d o p o r u n c o m ité . En e l v a c ío o b v io d e c re a d o re s m ú ltip le s,

c u a lq u ie r o tr a f a ls a d e id ad q u e in v o q u e d e re c h o s d e c r e a c ió n e stá in v a lid a d a .

C u a lq u ie r in te n to d e u n a re lig ió n f a ls a e n a tr ib u ir s e a u to rid a d o a d o ra c ió n a

u n d io s d if e re n te a Je h o v á e s u n in te n to d e ro b a r la g lo ria a D io s q u e s o lo a

Él p e rte n e c e .

P u es h ab ie n d o c o n o c id o a D ios, n o ¡e g lo rific aro n c o m o a D ios, n i le diero n


g rac ias, s in o q u e s e en v an ec iero n en sus raz o n am ien t o s, y su n e c io c o r az ó n
fu e e n t e n e b r e c id o ... y c am biar o n ¡a g lo r ia d e l D io s in c o rru p t ible en s e m e ­
jan z a de im ag en de h o m b r e c o rru p tible, de av es, d e c u adrú p edo s y d e r e p ­
t ile s... y a q u e c am b iar o n la v e r dad d e D io s p o r la m en tira, h o n r an d o y
dan do c u lt o a las c riat u ras an t es q u e a l C reado r, e l c u al es b e n dit o p o r los
sig los. A m én
—R o m a n o s i :i i , i j , *5

M an cin i p i a t i r l o p rit ilm erch u s n e auir.ir


Ims n ac io n e s v istas d e s d e ia p e r s p e c t iv a d e D io s 123

El re c h a z o al C r e a d o r p ro d u c e u n a e x a lta c ió n d e la c re a c ió n . T rá te s e d e

la id o la tría d el p a g a n is m o o d e la a u to d e if ic a c ió n d el h u m a n is m o , el re s u l­

ta d o e s el m ism o . El h o m b re n o re g e n e ra d o s ie m p re in te n ta rá q u ita rle la g lo ­

ria al C r e a d o r y a tr ib u irla a a lg o q u e c a e d e n tro d e la c a te g o ría d e la

c re a c ió n . P e ro s o lo u n o , el v e rd a d e ro D io s C r e a d o r m e re c e to d a la a d o ra c ió n .

L a r e b e l i ó n d e S at an ás

Este p rin c ip io e stá d e m o s tra d o en el r e la to a c e r c a d e la re b e lió n d e Sa ta n á s .

Isaías 1 4 : 14 d e sc rib e c ó m o Sa ta n á s d e c la ró su in d e p e n d e n c ia y q u is o q u e su

m isió n f u e ra “ c o m o la d el A ltís im o ” . A q u í u n o e s te s tig o d e la e s e n c ia m is ­

m a d el p e c a d o , la s u s titu c ió n d e la c r e a c ió n c o m o el o b je to d e a d o ra c ió n .

A p o c a lip s is 1 2 :4 in f o rm a q u e m u c h o s o tr o s á n g e le s s ig u ie ro n a Sa ta n á s , a tr i ­

b u y é n d o le v a lo r y h o n o r s u p re m o s , lo q u e s o lo D io s m e re c e . Es im p o rta n te

o b s e rv a r q u e , en el m is m o m o m e n to e n el q u e Sa ta n á s h iz o e sta d e c is ió n q u e ­

d ó e s ta b le c id o u n s e g u n d o re in o , el re in o d e e ste m u n d o . Esta re a lid a d d e d o s

re in o s c o n s tr u y ó p ara el h o m b re u n a e ta p a d e a lte rn a tiv a en la c u a l d e s a rro ­

llar su v id a y lo e n f re n tó a la n e c e sid a d d e e s c o g e r e n tre se g u ir a D io s o a d o p ­

ta r la id o la tría .

L as Es c ritu ra s d ic e n q u e D io s m is m o re h u s ó d e ja r q u e su a u to rid a d f u e ­

ra a s u m id a p o r u n se r c re a d o (Is. 4 2 :8 ) . L a h is to ria re p re s e n ta rá e l d ra m a d e

Sa ta n á s y el h o m b re riv a liz a n d o p o r la g lo ria d e D io s . El ju ic io d el g r a n tr o ­

n o b la n c o s e rá el a c o n te c im ie n to fin al e n d o n d e to d o s lo s q u e h an e le v a d o u n

o b je to d e c r e a c ió n , in c lu y e n d o a l h o m b re , a u n a p o s ic ió n d e d e id ad se rán h e ­

c h o s re s p o n s a b le s p o r su e le c c ió n ( A p . 2 0 : 1 1 - 1 5 ) .

L as Es c ritu ra s c u e n ta n la h e rm o s a h is to ria d e u n D io s q u e a m a ta n to a

su c re a c ió n q u e d ise ñ ó u n p lan d e re d e n c ió n , lla m a n d o a l h o m b r e a u n a

re la c ió n re c o n c ilia d a c o n el C re a d o r. El h o m b re fu e c re a d o p a ra te n e r u n

c o m p a ñ e ris m o p e rf e c to c o n D io s (Crin. 2 : 4 - 2 5 ) . El in te n to d e D io s fu e v e r su

c re a c ió n e x p e rim e n ta r u n a re lac ió n ín tim a c o n É l, p o n ie n d o e n la v o lu n tad

d el h o m b re h o n ra r al C r e a d o r p o r lo q u e s o lo Él e s. L a re d e n c ió n e s el c a m in o

p ara r e h a b ilita r lo q u e a c o n s e c u e n c ia d e la c a íd a se tr a n s f o r m ó en u n d e ­

s a stre . L a tra g e d ia d e la d e c is ió n d e A d á n y Ev a fu e c a m b ia r su re la c ió n ín ­

tim a c o n el im p re sio n a n te C r e a d o r p o r la m e n tira q u e e llo s ta m b ié n p o s e e rían

alg o d e la g lo ria d e l c re a d o r. C u a n d o e llo s a f irm a ro n su in d e p e n d e n c ia ( G n .

3 :1 - 7 ) , a d o p ta ro n la m ism a m isió n d e Sa ta n á s : e le v ars e a la p o s ic ió n d e a u ­

to rid a d y a u to n o m ía fin a l. E s to e s e v id e n te c u a n d o se e x a m in a lo q u e o c u ­

rrió en el d iá lo g o e n tre Sa ta n á s y Ev a.

\tíníiria1piolet]iclupni derechosdeamor
124 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

L a c aíd a d e l h o m b r e

G é n e sis 3 :1 3 e s ta b le c e q u e Ev a fu e e n g a ñ a d a p o r el te n ta d o r (v e a ta m b ié n 2

C o . 1 1 :3 ; 1 T i. 2 :1 4 } . Es m u y im p o rta n te e x a m in a r c u á l fu e la m e n tira q u e Ev a

o y ó . P o rq u e si la c a íd a d e p e n d ió d e la a c e p ta c ió n d e u n a m e n tira, e n to n c e s d e b e

b u sc arse u n a c o m p re n s ió n m as p re c isa d e la n a tu ra le z a d e la d e so b e d ie n c ia .

P u e sto e n u n f o rm a to d e d iá lo g o , el in te r c a m b io d e p a la b ra s e n tre el d ia b lo y
Ev a re v e la q u e Ev a n o fu e ta n to u n a v íc tim a , c o m o típ ic a m e n te se e n se ñ a .

/ Serp ien te:) “ ¿ C o » q u e D io s o s h a d ic h o : N o c o m áis de t o d o ár b o l d e l


hu ert o ? ' ’

[ E v a:} " D e! fru t o de lo s ár b o le s d e l hu e r t o p o d e m o s c o m e r ; p e r o d e l fru t o


d e l ár b o l qu e es t á en m e d io d e l hu e r t o d ijo D io s: N o c o m er éis de él, ni le
toc aré is, p ara q u e n o m u ráis" .

[Serp ien te:} “ N o m o riréis; sin o q u e s ab e D io s q u e e l dia q u e c o m áis de él,


serán ab ie r t o s v u estros o jo s , y seré is c o m o D io s, s ab ie n d o e l bien y e l m a l",

Y v io la m u jer q u e e l ár b o l er a b u e n o p ar a c o m er , y q u e era ag r ad ab le a
lo s o jo s , y ár b o l c o d ic iab le p ara alc an z ar ¡a sabidu ría; y t o m ó d e su fru to ,
y c o m ió ; y d io t am bién a su m ar ido , e l c u al c o m ió as í c o m o ella.
—G é n e si s 3:1- 6

L as d o s a f irm a c io n e s h e c h a s p o r Sa ta n á s n o s d a n u n a c o m p re n s ió n c la ­
ra d e lo q u e o c u r r ió e n la c a íd a . L a p rim e ra a f irm a c ió n : u N o m o r ir é is " , e s la

m e n tira q u e Ev a d e c id ió c re e r. Es ta e s u n a a f ir m a c ió n e n g a ñ o s a p o rq u e se
c o n tra d ic e c o m p le ta m e n te c o n la a d v e rte n c ia q u e D io s d io a A d án e n G é n e sis

2 : 1 7 : “ m as d el á r b o l d e la c ie n c ia d e l b ie n y d el m al n o c o m e r á s , p o rq u e el

d ía q u e d e é l c o m ie re s c ie rta m e n te m o r i r á s " . T e n e m o s q u e re c o n o c e r, c o n s o r­
p re sa , q u e S a ta n á s d ijo la v e rd a d a c e r c a d e la n a tu r a le z a d el á r b o l. R e p re ­

s e n ta b a el c o n o c im ie n to q u e s o lo D io s p o s e ía h a s ta q u e Ev a c o m ió . P a ra Ev a ,
la v e rd ad e ra te n ta c ió n fu e la id e a d e q u e p o d ría se r c o m o D io s .

Este d e s e o d e ro b a r le a D io s la g lo r ia q u e s o lo a Él p e rte n e c e y re d irig irla

h a c ia u n o m is m o e s la e s e n c ia d e la re b e lió n c o m o lo d e sc rib e R o m a n o s 1.
Es ta d e c is ió n , m o tiv ad a p o r el m is m o d e se o id o lá tric o q u e tu v o Sa ta n á s y lo s

á n g e le s c a íd o s , h iz o n e c e s aria u n a p ro v isió n in ic ia d a p o r D io s p a ra c a p a c i­

ta r al h o m b r e a q u e se a rre p ie n ta d e su p e c a d o . L a m is ió n d e D io s , re s ta ­
b le c e rs e e n el lu g a r c o r r e c to d e a d o ra c ió n p o r su c re a c ió n , re q u e ría u n tr a b a jo
d e re c o n c ilia c ió n q u e el h o m b r e n o p o d ía a s u m ir ( 2 C o . 5 : 1 8 - 2 1 ) . D io s a c tu ó

rá p id a m e n te p a ra h a c e r e f e c tiv o e s te p la n . En G é n e s is 3 : 1 4 - 1 5 se p ro n u n c ia
m a ld ic ió n s o b re Sa ta n á s y s o b re el h o m b re , m a ld ic ió n q u e in c lu y e la v ic to r ia

M ait ín al [JicitPijirlC] \ :\ í\ t ilm erct iu s n e aut or


L as n ac io n e s v istas d e s d e la p e r s p e c t iv a d e D io s 125

p ro m e tid a d e l re in o d e D io s . L o s te ó lo g o s se re fie re n a e s te p a s a je c o m o el
“ p ro to e v a n g e lio ” , lo q u e lite ra lm e n te q u ie re d e c ir, el “ p rim e r e v a n g e lio ” . En

el p ro n u n c ia m ie n to d e l ju ic io d e D io s , Él e s ta b le c e q u e la se m illa d e la m u je r
h a b ría d e d e rr o ta r f in a lm e n te a l f a ls o re in o e s ta b le c id o a p a rtir d e la re b e lió n
d e Sa ta n á s . L a s E s c ritu ra s , e n to n c e s , e x p o n e n en u n re la to d e s e se n ta y se is

lib ro s c ó m o D io s ha v e n id o tr a b a ja n d o a lo la rg o d e la h is to ria , re c o n c ilia n d o


a lo s h o m b re s y a las m u je re s d e c a d a g ru p o h u m a n o p ara re a n u d a r la

re la c ió n q u e e x is tía a n te s d e la c a íd a e n tr e e s to s y su C re a d o r. L a p ro m e s a d e
u n R e d e n to r q u e h a b ría d e v e n ir “ fu e d a d a a to d a la raz a h u m a n a ... su a l­
c a n c e ra c ia l n o d e b e se r p a s ad o p o r a lto p o rq u e al lle g a r C ris to a se r el

Sa lv a d o r d e to d a la raz a h u m an a d a c u m p lim ie n to a G é n e s is 3 : 1 5 ” ,4

El pa c t o
El A ntig u o T e stam e n to está lleno d e p asajes en lo s cu ales el p u eb lo fluirá
hacia el M o n te Sió n y b u scará al D io s d e Israel p o r sus o b ras p o d ero sas en
fav o r d e su p u eb lo esp ecial/ 5

C u a n d o D io s lla m ó a A b ra m p a ra q u e f u e ra p a d re d e la n a c ió n ju d ía,
e s ta b le c ió lo s a lc a n c e s d e la in flu e n c ia q u e lo s ju d ío s h a b r ía n d e te n e r y c u á l
s e ría , e s p e c íf ic a m e n te , e sa in flu e n c ia . En G é n e s is 1 2 :2 - 3 , D io s le d ic e a

A b r a m : “ Y h a ré d e ti u n a n a c ió n g ra n d e , y te b e n d e c ir é ... y s e rán b e n d ita s


e n ti to d a s las f a m ilia s d e la tie r r a ” . Si D io s e s ta b a p ro m e tie n d o e s ta b le c e r
u n a g ra n n a c ió n , e s c la r o q u e te n ía q u e s ig n if ic a r u n tr a b a jo d e g ra n a lc a n c e ,

to d a v ez q u e “ to d a s las f am ilias d e la tie r r a ” se re fie re al in te n to d e D io s c o m o


C r e a d o r d e se r P ad re d e to d a la h u m a n id a d . “ T o d a s las f am ilias d e la tie r r a ”
d e b e e n te n d e rse c o m o q u e in c lu y e a las p e rs o n a s d el c o n te x to c u ltu ra l q u e

se a. Esta p ro m e s a d e b e n d ic ió n es u n a re f e re n c ia d ire c ta a la o b r a r e c o n c i­
liad o ra y s a lv a d o ra d e D io s , lo c u a l se a c la r a en G á la ta s 3 :8 - 9 .

Y la Escritu ra, p r e v ie n do q u e D io s h ab ía d e ju stific ar p o r la fe a ¡ os g e n ­


tiles, d io de antem ano la buena nueva a A brabatn, diciendo: En ti serán
ben dit as t o das las n ac io n es. D e m o d o q u e lo s de la f e so n b e n d e c id o s c o n
e l c rey en t e A brabatn .

Este p a c to e x p lic a q u e ta n to ju d ío s c o m o g e n tile s q u e p u sie ran su fe en

el ú n ic o D io s so n h ijo s d e A b ra h a m . P o r lo ta n to , la p a la b ra “ b e n d e c id o s "
a q u í q u ie re d e c ir “ s a lv a c ió n ” .

La c o nc lu sió n a la q u e p o d em o s lleg ar d el te x to d e G énesis 12:3 y su uso en


el N u ev o Testam en to es q u e el p ro p ó sito d e D io s p ara el m u nd o es q u e la
b end ició n d e A b rah am p u d iera alcanz ar a to d o s lo s g ru p o s étn ic o s d el m u n-

• v t ín íi r i a l p i o l e t ] i c l u p n i d e rB C ÍT C ts d e a m o r
126 P I EN S E C O N F O R M E A LA BIBLI A

d o . Esto h ab ría d e p ro d u cirse c u an d o las p erso nas d e cad a g ru p o p u sieran


su fe en C risto y lleg aran p o r eso a ser " h ijo s d e A b rah am " y "h ered ero s d e
la p ro m esa” . Este ac o n tec im ien to d e salv ac ió n ind iv id ual en el q u e las p er­
so nas c o n fiaran en C risto h ab ría d e o c u rrir entre "to d as las n ac io n e s” .6

El c a m b io d e n o m b r e q u e D io s h iz o a A b r a h a m p a ra s e ñ a la r su in te n to

d e e s tra te g ia re d e n to ra p o r el n u e v o n o m b re , A b r a h a m ( “ p a d re d e m u l­

titu d e s ” ) a p u n ta e n h e b re o a la re d e n c ió n . B a s a d o en la p a la b ra d e l h e b re o

u sad a en e ste p a s a je , M ic h a e l G ris a n ti a f irm a : “ El p ro g ra m a d e D io s tie n e

im p lic a c io n e s m u n d ia le s y n o e stá lim ita d o a Is r a e l ... L a in te n c ió n d e D io s


e s u sa r a A b ra h a m p ara b e n d e c ir a las n a c i o n e s ... E s te p a s a je d e fin e la e le c ­

c ió n d e D io s d e u n in s tru m e n to a tra v é s d el c u a l Él b e n d e c irá a l m u n d o ” .7

Es ta a f ir m a c ió n d e p a c to se re p ite a lo la rg o d e m ú ltip le s g e n e ra c io n e s d e lo s

d e s c e n d ie n te s d e A b r a h a m (G n . 1 8 :1 8 ; 2 2 : 1 8 ; 2 6 : 4 ; 2 8 : 1 4 ) . T a m b ié n la

v e m o s re p e tid a a lo s h ijo s d e Isra e l d e sp u é s q u e h u b ie ro n to m a d o p o s e s ió n

d e la T ie rra P ro m e tid a b a jo el lid e ra z g o d e Jo s u é ( Jo s . 2 3 y 2 4 ) .

Cu l t u r a s
P ro c lam ad en tre las n ac io n es su g lo r ia, en t o d o s lo s p u e b lo s su s m arav illas.
P o r qu e g ran de es Je b o v á , y dig n o de su p re m a alab an z a; t e m ible s o b r e
t o d o s lo s d io s e s . P o r qu e t o d o s ¡ o s dio ses de lo s p u e b lo s so n íd o lo s ; p e r o
Je b o v á h iz o los d e io s ... T ribu t ad a Je b o v á, o b fam ilias d e lo s p u e b lo s , d ad
a Je b o v á la g lo r ia y e l p o d e r ... D ec id en tre las n ac io n e s: Je b o v á rein a.
— Sa l m o 9 6 : 3 - 5 , 7 - 10

Is ra e l v iv ió e n u n c o n te x to m u ltic u ltu r a l. D e s d e el p e r e g r in a je d e

A b ra h a m , Ja c o b , Jo s é y M o is é s e n Eg ip to h as ta la c o n s ta n te re lac ió n c o n fi­

liste o s, a m o r re o s y m o a b ita s , a las c a u tiv id a d e s en Ba b ilo n ia y A siria , lo s is­


rae litas Tu v iero n la o p o rtu n id a d d e d e c la ra r la g lo ria d el ú n ic o D io s v e rd a d e ro .

C a d a lib ro d e la Bib lia se re fie re a la re s p o n s a b ilid a d d e Israe l a las n a c io n e s


(p e j. Sal. 6 7 ; 9 8 : 2 - 3 ; Is. 4 9 : 6 ; Je r. 3 3 : 7 - 9 ; Jo n . 4 : 1 - 1 1 ) . En É x o d o 1 9 :5 - 6 D io s

p id e a M o is é s q u e d ig a a lo s is ra e lita s q u e tie n e n q u e serv ir e n el s a c e rd o c io ,

f u n c io n a n d o c o m o m e d iad o re s e n tre lo s h o m b re s p e c ad o re s y u n D io s s a n to .

D o s re la to s d e l A n tig u o T e s ta m e n to ilu s tran las o p o rtu n id a d e s q u e tu v o Israe l

d e se rv ir c o m o s a c e rd o te s : el re in a d o d e Sa lo m ó n y la c a u tiv id a d d e D a n ie l.

E l r e m a d o d e S alo m ó n

S a lo m ó n , d o ra d o p o r D io s c o n u n a s a b id u ría sin p re c e d e n te s , fu e c o m i­
s io n a d o p ara c o n s tr u ir el te m p lo . Sa lo m ó n e n te n d ió p o r la h is to ria d e su p r o ­
p io p u e b lo q u e e l te m p lo te n ía q u e se r u n lu g a r d e a d o ra c ió n a Je h o v á .

M a n g ia i p i a t i r l o p n r i lm e r c h u s n e a u to r
Las naciones vistas desde la perspectiva de Dios 127

A n u n c ia r ía la in s ta la c ió n fin a l d el p u e b lo is r a e lita e n la tie r r a q u e D io s les


h a b ía p r o m e tid o e n el p a c to a b r a h á m ic o . L a v id a d e S a lo m ó n n o s o f r e c e un
c u a d r o d e c ó m o lo s ju d ío s ib a n a c u m p lir su fu n c ió n s a c e r d o t a l e n tr e la s n a ­
c io n e s . V e a m o s d o s a s p e c to s d e e s te p r in c ip io s a c e r d o t a l: e l p r im e r o , q u e es
p o s itiv o , y el s e g u n d o , u n c o m p r o m is o d e v a s t a d o r d e e s ta r e s p o n s a b ilid a d .
E n 1 R e y e s 8 : 2 6 - 2 1 S a lo m ó n e s tá d e p ie a n te el te m p lo r e c ié n te r m in a d o .
A l o f r e c e r u n a e x te n s a o r a c ió n d e d e d ic a c i ó n , in c lu y e u n a r e fe re n c ia a la fu n ­
c ió n s a c e r d o ta l d e Is ra e l h a c ia la s n a c i o n e s g e n tile s . E n lo s v e rs íc u lo s 4 1 - 4 3 ,
ora:

Asimismo el extranjero, que no es de tu pueblo Israel, que viniere de lejanas


tierras a causa de tu nombre (pues oirán de tu gran nombre, de tu mano
fuerte y de tu brazo extendido) y viniere a orar a esta casa, tú oirás en los
cielos, en el lugar de tu morada, y harás conforme a todo aquello por lo
cual el extranjero hubiere clamado a ti, para que todos los pueblos de la
tierra conozcan tu nombre y te teman, como tu pueblo Israel, y entiendan
que tu nombre es invocado sobre esta casa que yo edifiqué.

E s e v id e n te q u e S a lo m ó n e n t e n d ió q u e la b e n d ic ió n te n ía q u e e x te n d e r s e
a tr a v é s d e I s ra e l a to d a s la s n a c i o n e s . É l s a b ía q u e D io s h a b í a p e r m itid o q u e
la fa m ilia m o a b ita d e la e s p o s a d e M o is é s se u n ie r a a I s r a e l p o r fe . É l s a b ía
q u e D io s h a b í a p e r m itid o q u e R a h a b , la p r o s t itu ta c a n a n e a se u n ie r a a I s ra e l
p o r fe . É l s a b í a q u e D io s h a b ía p e r m itid o q u e R u t h ic ie r a d el D io s d e su s u e ­
g r a N o e m í su D io s . O b v ia m e n t e , D io s te n ía u n a m o r m u y g r a n d e y m u c h a
c o m p a s ió n h a c ia lo s g e n tile s . Y a q u e llo s q u e p o r fe s ig u ie r o n a J e h o v á fu e ro n
ig u a lm e n te h ijo s d el p a c to .
C u á n t r á g ic o e s ver, e n to n c e s , a e s te rey ta n g r a n d e y ta n s a b i o v io la r la s
in s t r u c c io n e s d e D io s . P r im e r a R e y e s 1 1 : 1 - 3 c o n t ie n e el r e la to d e S a l o m ó n
“ a m a n d o a m u c h a s m u je r e s e x t r a n je r a s ” .

Y cuando Salomón era ya viejo, sus mujeres inclinaron su corazón tras


dioses ajenos, y su corazón n o era perfecto con Jehová su Dios, como el
corazón de su padre David. Porque Salomón siguió a Astoret, diosa de los
sidonios, y a Miicom, ídolo abominable de los amonitas. E hizo Salomón ¡o
malo ante los ojos de Jehová, y no siguió cumplidamente a Jehová como
David su padre. Entonces edificó Salomón un lugar alto a Quemos, ídolo
abominable de Moab, en el monte que está enfrente de Jerusalén, y a Moloc,
ídolo abominable de los hijos de Amón. Así hizo para todas sus mujeres ex­
tranjeras, las cuales quemaban incienso y ofrecían sacrificios a sus dioses.
— i R e v e s i i :4-8

E s u n c o n t r a s t e d r a m á t ic o v e r el c o m p r o m is o s o b r e la r e s p o n s a b ilid a d

M tlW ial pfOlfiüldr;- p».v ¡!eff


128 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

s a c e r d o t a l d e la n a c i ó n y la in v i ta c ió n a q u e e n tr a r a n e n la n a c ió n lo s m is ­
m o s d io s e s q u e J o s u é y lo s h ijo s d e I s ra e l h a b í a n e x p u ls a d o d e su tie r r a . É l,
q u e le v a n tó el m a g n íf ic o te m p l o p a r a q u e el m u n d o fu e ra a a d o r a r a J e h o v á
p o s te r io r m e n t e le v a n t ó te m p lo s p a r a íd o lo s e x t r a n je r o s .

L a cautividad d e D aniel

A u n c u a n d o la c o n s e c u e n c i a d e la id o la tr í a d e la n a c i ó n fu e el e x i l io y la c a u ­
tiv id a d , D io s u s ó a lo s is r a e lita s c o m o u n a fu e rz a d e p a c t o e x p a n s iv a . D a n ie l
y su s a m ig o s S a d r a c , M e s a c y A b e d -n e g o c u m p l ie r o n fie lm e n te su p a p e l s a ­
c e r d o ta l. A u n c u a n d o fu e r o n lle v a d o s a la c o r t e d e N a b u c o d o n o s o r c u a n d o
a u n e r a n u n o s jo v e n c ito s , t r a ta r o n d e d e m o s tr a r q u e J e h o v á e r a el C r e a d o r
p o d e r o s o . S u d e s a fío a n o v iv ir d e la fin a c o m id a d el rey , s in o d e v e r d u ra s y
a g u a e s u n a p r u e b a d e q u e e llo s e n te n d ía n la n e c e s id a d d e te s ti fic a r a n t e e x ­
t r a n je r o s id ó la t r a s . M á s ta r d e , c u a n d o N a b u c o d o n o s o r e x p u s o su s a m b i ­
c io n e s a se r a d o r a d o c o m o s o lo D io s m e r e c ía (D n . 3 : 4 - 5 ) , lo s tr e s a m ig o s
r e h u s a r o n in c lin a r s e y a d o r a r la e s ta tu a q u e h a b ía n c o l o c a d o e n la p la n ic ie
d e D u r a . D io s lo s p r o te g ió y d e m o s tr ó s e r e l T o d o p o d e r o s o .
L a e le v a c ió n d e D a n ie l a u n a p o s ic i ó n d e g r a n in flu e n c ia e n la c o r t e e s ,
sin d u d a , la m e jo r ilu s tr a c ió n d e e s te p r i n c i p i o . N a b u c o d o n o s o r n o o c u l t ó su
a m b ic ió n d e s e r a d o r a d o c o m o el A lt ís i m o . Y tu v o u n s u e ñ o . D a n ie l, a q u ie n
se le c o n v o c ó p a r a q u e lo in te r p r e ta r a , a d v ir tió a N a b u c o d o n o s o r d e su
n e c e s id a d d e a r r e p e n tir s e y h o n r a r a J e h o v á . D a n ie l 4 : 2 8 - 3 7 d e s c r ib e lo q u e
D io s h iz o e n el c o r a z ó n d e e s te rey. “ A l c a b o d e d o c e m e s e s, p a s e a n d o e n e l
p a la c io r e a l d e B a b ilo n ia , h a b ló el re y y d ijo : ¿ N o e s e s ta la g r a n B a b ilo n ia
q u e y o e d ifiq u é p a r a c a s a r e a l c o n la fu e rz a d e m i p o d e r, y p a r a g lo r ia d e m i
m a je s ta d ? (vv. 2 9 - 3 0 ) . D io s , in m e d ia ta m e n te , c a s t ig ó a N a b u c o d o n o s o r ,
h a c i é n d o lo a n d a r c o m o u n a n im a l c u a d r ú p e d o s o b r e su v ie n tr e d u r a n t e s ie ­
te a ñ o s , h a s ta q u e p u d o r e c o n o c e r q u e el A ltís im o g o b ie r n a s o b r e to d o s lo s
r e in o s d e la h u m a n id a d . E s te es u n c u a d r o im p r e s io n a n te d e la g r a c ia d e D io s ,
e x te n d id o a u n h a s ta e s te e x t r a n je r o , u n re y q u e se a u to d e if ic a b a .

Mas al fin del tiempo yo Nabucodonosor alcé mis ojos al cielo, y mi razón
me fue devuelta; y bendije al Altísimo, y alabé y glorifiqué al que vive para
siempre... Ahora yo Nabucodonosor alabo, engrandezco y glorifico al Rey
del cielo, porque todas sus obras son verdaderas, y sus caminos justos; y él
puede humillar a los que andan con soberbia.
-D a n i el 4:34, 37

S e a d u r a n te el p e r í o d o d el é x o d o , d e lo s ju e c e s o d e lo s p r o f e ta s , el te m a
r e c u r r e n t e e s q u e el C r e a d o r lla m a a su p u e b lo a le a lta d y o b e d ie n c ia a su r e s ­

M a te ria l ( iir iir r j'iio p or ilw ec.hos nr


I m s naciones vistas desde la perspectiva de Dios 129

p o n s a b ilid a d d e p a c to . C o n s is te n te m e n te , D io s d e m o s tr ó q u e el in te n t o d e la
b e n d ic ió n d el p a c to e r a g l o b a l y n o lim ita d a a la n a c i ó n d e Is ra e l.

[I s r a e l) fu e m a r c a d o m u c h o a n te s e n el t i e m p o d e A b r a h a m , “ p a r a q u e f u e ­

r a u n p a c t o a lo s p u e b l o s ” d e la t i e r r a . U n a v ez q u e la p a l a b r a “ p u e b l o s ”
d e m u e s tr a s e r ig u a l p a r a la s n a c i o n e s g e n til e s d e la t i e r r a , e n t o n c e s d e b e s ig ­

n i f i c a r q u e t o d o s lo s g e n til e s y p u e b lo s d e l m u n d o ti e n e n q u e c o n s o l i d a r s e
e n el m i s m o p a c t o q u e J e h o v á h a b í a h e c h o c o n A b r a h a m , I s a a c , J a c o b y

D a v id y q u e J e r e m í a s e s c r ib e e n e l n u e v o p a c t o . . . ( L o s p a c t o s ] f u e r o n in i ­
c i a l m e n t e d a d o s a I s r a e l p a r a q u e I s r a e l p u d ie r a c o m p a r t i r l o s c o n lo s p u e ­

b lo s d e la t i e r r a . 8

E s ta r e a lid a d p e r m ite q u e to d o c r e y e n te e n tie n d a el p la n fin a l d e D io s


p a r a la h is to r ia : la a m o r o s a r e c o n c il ia c ió n d e h o m b r e s y m u je r e s d e to d a t r i ­
b u y n a c i ó n p a r a a n d a r c o n É l e n el h u e r to c o m o a n te s d e la c a í d a . E s ta e s la
e s p e r a n z a d e la e te r n id a d . P r u e b a s e r la m is ió n d e C r is t o , p r u e b a s e r la
c o m is ió n d e la ig le sia y p r u e b a s e r la p r o m e s a d e u n a e te r n id a d fu tu r a .

Cr is t o
E n e l n u e v o p a c t o , C r is t o es el c u m p l im ie n t o fin a l d e la p r o m e s a d el p a c to d e
D io s d e lle v a r la b e n d ic ió n d e la s a lv a c ió n a to d a s la s n a c io n e s . E n É l se r e ­
c o n o c e la c o n s is te n c ia d el p la n d e D io s d e o f r e c e r s a lv a c ió n a lo s ju d ío s
p r i m e r o , p e r o ta m b ié n a lo s g e n tile s ( R o . 1 : 1 6 - 1 7 ) . E l r e la to d e la n a tiv id a d
in c lu y e d o s im p o r ta n te s a lu s io n e s a la a m p litu d d e l p la n d e D io s . L u c a s 2
h a b la d e la a p a r ic ió n d e lo s á n g e le s a lo s p a s to r e s ju d ío s e n e l c a m p o c e r c a
d e B e lé n . P e r o ta m b ié n in c lu y e en la n a r r a c ió n el r e la to d e lo s m a g o s u h o m ­
b re s s a b io s q u e v in ie r o n d e sd e el e s te p a r a e n c o n tr a r a l M e s í a s p r o m e tid o .
E s t o s h o m b r e s , p r o b a b le m e n te p r o v e n ie n te s d el á r e a d e la a n tig u a B a b ilo n ia ,
b u s c a b a n e n el c ie lo la m u e s tr a d e la p r o m e s a d e u n o q u e v e n d r ía y g o b e r n a ­
r ía . S u a r r ib o fin a l a l h o g a r d el “ n i ñ o ” , o f r e c ié n d o le v a lio s o s r e g a lo s , se tr a n s ­
fo r m ó e n su a d o r a c ió n a c tiv a d e C r is to . E l h e c h o q u e t a n t o ju d ío s c o m o
g e n tile s s e a n in c lu id o s e n e s te r e la to s u g ie r e q u e d e sd e el m is m o p r in c ip io d e
la v id a te r r e n a l d e C r i s t o , el c o m p r o m is o d e D io s d e r e c o n c il ia r a to d o s lo s
h o m b r e s c o n É l e s m á s q u e e v id e n te .
L a s e g u n d a a lu s ió n al p r o g r a m a m u lt ic u ltu r a l d e D io s o c u r r e o c h o d ía s
d e s p u é s d el n a c im ie n t o d e C r is t o . M a r í a y J o s é , o b e d e c ie n d o el m a n d a to d e
d e d ic a r a su h ijo e n el te m p lo , se e n c o n tr a r o n c o n un h o m b r e lla m a d o
S im e ó n . L u c a s 2 : 2 5 - 2 6 d ic e q u e D io s h a b í a p r o m e tid o a S im e ó n q u e n o
m o r ir ía m ie n tr a s n o v ie ra a l S a lv a d o r p r o m e tid o . S im e ó n , a l v e r a M a r í a y
J o s é e n tr a r e n el a t r i o d el te m p lo , r e c o n o c ió d e in m e d ia to a l n iñ o c o m o el

V ^l c n a l p r o l e g d o p o r 1 o c h o s d- auror
130 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

c u m p l im ie n t o d e la p r o m e s a d e D io s . H iz o u n a d e c l a r a c i ó n d e f o n d o m ie n ­
tr a s lo to m a b a e n su s b r a z o s y d ijo : “ A h o r a , S e ñ o r, d e s p id e s a tu s ie r v o en
p a z , c o n f o r m e a tu p a la b r a ; p o r q u e h a n v is to m is o jo s tu s a lv a c ió n , la c u a l
h a s p r e p a r a d o e n p r e s e n c ia d e to d o s lo s p u e b lo s ; lu z p a r a r e v e la c ió n a lo s
g e n tile s , y g lo r ia d e tu p u e b lo I s r a e l” (vv. 2 9 - 3 2 ) . A q u í h a y u n é n fa s is e v id e n te
s o b r e e l a lc a n c e m u lti é tn ic o d e la r e d e n c ió n .
E l h e c h o d e q u e J e s ú s h a y a n a c i d o ju d í o e s c o n s e c u e n te c o n el p a c to d e
D io s d e t r a b a ja r a tr a v é s d e la n a c i ó n ju d ía p a r a o f r e c e r s a lv a c ió n . D e s d ic h a ­

d a m e n te , la m a y o r ía d e lo s ju d ío s n o e n te n d ie r o n lo s a lc a n c e s d e l p la n d el
r e in o d e D io s . P a r tic u la r m e n t e d u r a n t e el tie m p o c u a n d o Je s ú s e s tu v o e n la
ti e r r a , fu e r o n in fle x ib le s e n c u a n t o a q u e la s b e n d ic io n e s d el p a c to e s t a b a n
lim ita d a s p a r a fa v o r e c e r s o l o a la n a c i ó n ju d ía . E s ta c ie g a p e r s p e c tiv a h iz o
q u e el m in is te r io te r r e n a l d e C r is t o fu e r a u n a r e ite r a d a c o n f r o n t a c i ó n c o n lo s
ju d ío s y u n a fu e n te d e o d io h a c ia É l. L u c a s 4 : 2 4 - 2 7 r e g is tr a el p r im e r s e r m ó n
d e J e s ú s e n la c iu d a d d e N a z a r e t.

Y añadió: De cierto os digo, que ningún profeta es acepto en su propia


tierra. Y en verdad os digo que muchas viudas había en Israel en los días
de Elias, cuando el cielo fue cerrado por tres años y seis meses, y hubo una
gran hambre en toda la tierra; pero a ninguna de ellas fue enviado Elias,
sino a una mujer viuda en Sarepta de Sidón. Y muchos leprosos había en
Israel en tiempo del profeta F.liseo; pero ninguno de ellos fue limpiado, sino
Naamán el sirio.

J e s ú s e s c o g e e s p e c ífic a m e n te d o s r e fe r e n c ia s a la fe d e in d iv id u o s n o ju ­
d ío s . T a n t o la v iu d a d e S a r e p ta c o m o N a a m á n s o n ilu s tr a t iv o s d el a lc a n c e d el
p la n d e l p a c t o d e D io s . L o s ju d í o s , q u e b u s c a b a n a u n M e s ía s te r r e n a l c o n
in te n c io n e s n a c io n a lis ta s , p e r c ib ie r o n e s ta s r e fe r e n c ia s a in d iv id u o s g e n tile s
c o m o in c o n s is t e n te s c o n su e s p e r a d el M e s í a s . E s ta in c a p a c id a d d e la p a rte
ju d ía d e e n te n d e r e l p la n r e d e n to r d e D io s y su p a p e l e n é l lle v ó a c o n t in u o s
c o n f lic t o s c o n Je s ú s d u r a n t e su m in is te r io te r r e n a l.
C u a n d o J e s ú s , u s a n d o el e je m p lo d el b u e n s a m a r it a n o (L e . 1 0 : 2 5 - 3 7 ) in ­
te n ta e x p lic a r el c o n c e p t o d e a m a r a l h e r m a n o , fu e ro n lo s ju d ío s d e la h is t o ­
r ia q u e se n e g a r o n a a m a r a q u ie n h a b í a s u fr id o la in ju s tic ia d e a s a lt o y r o b o .
E l h é r o e e n e l r e la to d e J e s ú s e s e l o d ia d o s a m a r it a n o . L o s ju d ío s , q u e d e s p r e ­
c ia b a n a lo s s a m a r it a n o s d e b id o a su h e r e n c ia é tn ic a m e n te m i x t a , o y e n c ó m o
J e s ú s lo e x a l t a s o b r e lo s ju d ío s , c o m o u n e je m p lo d e la fe d e l r e in o . E n u n a
fo r m a m á s c o n t u n d e n te , J e s ú s e n f a ti z a la in c a p a c id a d d e lo s ju d ío s d e a s u m ir
el p la n d e D io s c u a n d o se le a c e r c a u n c e n tu r ió n r o m a n o ( M t . 8 : 5 - 1 3 ) . E l r u e ­
g o d el c e n tu r ió n b a s a d o e n su fe d e q u e q u e r ía q u e Je s ú s s a n a r a a su s ie rv o

M a ie n a l p m i f f j'i l o jw r ilM iec.h o s :».> h !j :w


Las naciones vistas desde la perspectiva de Dios 131

e n fe r m o d a a n u e s tr o S a lv a d o r la o p o r tu n id a d d e c o n t r a s t a r c ó m o e s la fe s a l­
v a d o r a c o m p a r a d a c o n el o r g u llo n a c i o n a l y r e lig io s o d e lo s ju d ío s .

Al oírlo Jesús, se maravilló, y dijo a los que le seguían: De cierto os digo,


que ni aun en Israel he hallado tanta fe. Y os digo que vendrán muchos del
oriente y del occidente, y se sentarán con Abraham e Isaac y Jacob en el
reino de los cielos; mas los hijos del reino serán echados a ¡as tinieblas de
afuera; allí será el lloro y el crujir de dientes.
—M a t e o 8:10-11

A q u í o t r o g e n til es e x a lt a d o c o m o a lg u ie n q u e p a r tic ip a r á e n el r e in o p r o ­
m e tid o a la vez q u e m u c h o s ju d ío s s e rá n e x c l u id o s .
R n v a r ia s o c a s io n e s , Je s ú s c o n f r o n t ó el o r g u l lo y el e tn o c e n tr is m o d e lo s
ju d ío s (p e j. M t . 1 2 : 3 8 - 4 2 ; 1 5 : 2 1 - 2 8 ; J n . 4 : 9 ) . U n o d e lo s m á s in te r e s a n te s
e je m p lo s es la e x p u ls ió n d e lo s a tr io s d el te m p l o d e lo s c a m b ia d o r e s d e d in e r o
y d e lo s v e n d e d o r e s . M a r c o s 1 1 : 1 5 - 1 7 d e s c r ib e el e n o jo d e J e s ú s d ir ig id o a
a q u e llo s q u e h a b í a n c o m p r o m e t id o la fu n c ió n d el te m p l o c o m o u n lu g a r d e
r e c o n c il ia c ió n y a d o r a c i ó n . E s im p o r ta n te q u e e s te in c id e n te h a y a o c u r r id o
e n e l á r e a d el te m p lo c o n o c id a c o m o “ el a tr io d e lo s g e n ti le s ” . E n el d is e ñ o
d el te m p l o , D io s h a b ía p r o c u r a d o q u e lo s e x t r a n je r o s r e c o n o c ie r a n el te m p lo
c o m o un lu g a r d o n d e p o d ía n a d o r a r . E s to es c o n s e c u e n te c o n la o r a c ió n d e
d e d ic a c ió n d e S a lo m ó n e n 1 R e y e s 8 . J e s ú s n o s o l o e s ta b a lim p ia n d o el t e m ­
p lo d e lo s q u e v io l a b a n su p r o p ó s ito p a r a el c u a l h a b í a s id o c o n s a g r a d o .
T a m b ié n e s ta b a ilu s tr a n d o q u e lo s ju d ío s h a b ía n h e c h o c a s o o m is o d el h e c h o
d e q u e el te m p l o e r a el lu g a r c o r r e c t o p a r a q u e lo s e x t r a n je r o s a d o r a r a n a su
D io s . P o r su e x p r e s ió n d e e n o jo , É l d e fe n d ió la im p o r ta n c ia d e e s te lu g a r d e ­
d ic a d o a la a d o r a c ió n d e la s n a c io n e s .

Co m i s i ó n
C u a n d o J e s ú s se p r e p a r a b a p a r a a s c e n d e r a l c ie lo , d io a c o n o c e r a su s
s e g u id o r e s c u á l s e r ía e l p a tr ó n d e n tr o d e l c u a l q u e r ía q u e d e s a r r o lla r a n su

m in is te r io . L a s s ig u ie n te s c ita s b í b lic a s c o n tie n e n la e s e n c ia d e la c o m is ió n d e


C r is t o : “ P o r t a n t o , id , y h a c e d d is c íp u lo s a to d a s la s n a c i o n e s ” ( M t . 2 8 : 1 9 -
2 0 ) ; “ Id p o r to d o el m u n d o y p r e d ic a d el e v a n g e lio a to d a c r i a t u r a ” (M r .
1 6 : 1 5 - 1 6 ) ; “ y q u e se p r e d ic a s e e n su n o m b r e el a r r e p e n t im ie n to y el p e r d ó n
d e p e c a d o s e n to d a s la s n a c i o n e s , c o m e n z a n d o d e sd e J e r u s a l é n ” (L e . 2 4 : 4 7 ) ;
“ m e s e ré is te s tig o s e n J e r u s a l é n , e n to d a J u d e a , e n S a m a r í a , y h a s ta lo ú ltim o
d e la t i e r r a ” (H c h . 1 :8 b ) . A l d e c ir q u e su s s e g u id o r e s h a r ía n d is c íp u lo s d e
to d o s lo s h o m b r e s , É l u sa la fr a s e e x p l íc ita “ d e to d a s la s n a c i o n e s ” . E s ta f r a ­
se tr a d u c id a “ to d a s la s n a c io n e s ” o “ to d o s lo s p u e b lo s ” (patita ta ethn e) en

M u w ia l ptolfiflirlr;- p».v *lerr


132 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

M a t e o 2 8 : 1 9 se r e la c i o n a d ir e c ta m e n te c o n “ to d a s la s fa m ilia s d e la t i e r r a ”
fr a s e q u e se e n c u e n tr a e n e l p a c to a b r a h á m i c o ( G n . 1 2 : 3 ) . E l a lc a n c e d e to d a
la e v id e n c ia [lin g ü ís tic a ! d e ja c o m p le t a m e n t e c la r o q u e lo s d o n e s d e D io s d e
u n a b e n d ic ió n a tr a v é s d e A b r a h a m te n ía n q u e s e r e x p e r im e n t a d o s p o r to d a s
la s n a c io n e s , c la n e s , tr ib u s , g r u p o s d e p e r s o n a s e in d iv id u o s . S e r ía n p a r a
c u a lq u ie r g r u p o d e p e r s o n a s sin im p o r ta r su t a m a ñ o , d e s d e la s c o m u n id a d e s
m á s p e q u e ñ a s h a s ta la s n a c io n e s m á s g r a n d e s .9
L a in te r a c c ió n c o n n a c i o n e s s e c u la r e s s ig n ific a b a in te r a c c ió n c o n d e i­
d a d e s h e c h a s p o r lo s h o m b r e s . L a m e ta d e la s m is io n e s es u n r e c h a z o d e la
id o la t r í a , in c lu y e n d o a l h o m b r e m is m o , y la r e c o n c il ia c ió n d e lo s a d o r a d o r e s
v e r d a d e r o s c o n D io s . “ L a a d o r a c i ó n e n v ía la s m is io n e s a l m u n d o y la a d o ­
r a c i ó n e s el r e s u lta d o d e e s te t r a b a jo a l u n irs e n u e v o s c r e y e n te s e n h o n r a r a
n u e s tr o D io s . E l t e s ti m o n io a c ti v o c o n e c t a la lín e a d e p a r tid a c o n la m e t a ” . 10

La i g l e s i a
H e c h o s 1 :8 e x p lic a c ó m o el p la n r e d e n to r d e D io s p a r a to d o s lo s p u e b lo s se
e s ta b le c e r ía g e o g r á fic a m e n te . C o m e n z a n d o e n J e r u s a l é n , e x te n d i é n d o s e a
tr a v é s d e J u d e a a S a m a r í a , a lc a n z a r í a a r o d a s la s d e m á s n a c io n e s ; e s d e cir,
“ h a s ta lo ú ltim o d e la t i e r r a ” . E s te o r d e n h o n r a la p r o m e s a d e D io s d e o f r e ­
c e r s a lv a c ió n p r im e r o a lo s ju d í o s y lu e g o a lo s g e n tile s .

L a m i s ió n se lle v a a c a b o e n u n m u n d o d e c u l t u r a s . E l l i b r o d e lo s H e c h o s
m u e s t r a la p r o g r e s ió n d e l e v a n g e li o d e s d e lo s ju d ío s d e J e r u s a l é n , lo s s a m a -
r i t a n o s , lo s ju d ío s h e le n is t a s , lo s g e n til e s e n A n t i o q u í a y f i n a l m e n t e , a la s
m ú lt ip le s c u l t u r a s d e l I m p e r i o R o m a n o y d e l m u n d o . "

H e c h o s p r o v e e u n a n a r r a c ió n h is t ó r ic a d el c r e c im ie n to e m e r g e n te d e la
p r im itiv a ig le s ia , d e m o s tr a n d o c ó m o P e d r o y S a n ti a g o p r im e r o , lu e g o F e lip e
y fin a lm e n te P a b lo y su s c o m p a ñ e r o s s ig u ie r o n la s in s t r u c c i o n e s e x p lí c ita s d e
Je s ú s p a r a e x te n d e r g e o g r á fic a m e n te su m is ió n s a l v a d o r a . E l li b r o d e H e c h o s
p r e s e n ta a la ig le s ia c o m o el v e h íc u lo fu n d a m e n ta l d e D io s p a r a la e x te n s i ó n
d e su p la n r e d e n to r .

Testigos en Jerusalén
P e d r o , e l a p ó s to l a q u ie n J e s ú s e x p u s o p e r s o n a lm e n te su v is ió n p a r a la ig le ­
sia ( M t . 1 6 : 1 8 ) r e c ib ió el e n c a r g o d e p r e d ic a r el p r im e r s e r m ó n e v a n g é lic o ,
in a u g u r a n d o a s í la ig le s ia ( H c h . 2 : 1 4 - 4 0 ) . E s t o o c u r r i ó d u r a n te el tie m p o d e
P e n t e c o s té s , s o l o d ie z d ía s d e sp u é s d e la a s c e n s ió n d e J e s ú s . P e n te c o s té s , c o n o ­
c id o ta m b ié n c o m o la fie sta d e la s s e m a n a s o d e la s c o s e c h a s , r e q u e r ía q u e
c a d a ju d í o h o m b r e a c u d ie r a a l s a n t u a r io p a r a e s t a fie s ta . D e b id o a la d is ­

M alaria ! ¡ - - '^ i r l a por derecho s Ge autor


Las naciones vistas desde la perspectiva de Dios 133

p e r s ió n d e ju d í o s m o tiv a d a p o r la p e r s e c u c ió n d u r a n te el p e r í o d o in te r te s ta ­
m e n ta r io , lo s ju d í o s h a b í a n o c u p a d o m u c h o s p a ís e s e n el I m p e r io R o m a n o .
E s to s h o m b r e s ju d ío s (q u e n o h a b la b a n su id io m a n a tiv o , a r a m e o o h e b r e o ,
s in o q u e h a b la b a n la s le n g u a s d e lo s p a ís e s d o n d e h a b ía n n a c id o ) fu e r o n te s ­
tig o s d e la v e n id a d el E s p íritu S a n to y d e la p r o c la m a c ió n d el e v a n g e lio (H c h .
2 : 1 - 4 1 ) . “ E s t a b a a llí g e n te d e c a d a c o n t in e n te d e l m u n d o h a s ta e n t o n c e s
c o n o c id o . H a b í a r e p r e s e n ta n te s d e A s ia , A fr ic a y E u r o p a ... D e e s te c o m ie n z o ,
la ig le s ia tu v o u n a v is ió n ta n g r a n d e c o m o el m u n d o ” . 12 E n su g r a n s a b id u r ía
y p o d e r, D io s d e m o s tr ó su p la n d e la r g o a lc a n c e p a r a la r e d e n c ió n . L o s h o m ­
b re s q u e v o lv e ría n a s u s p a ís e s d e o r ig e n d e s p u é s d e la fie sta o y e r o n el e v a n ­
g e lio e n su s p r o p io s id io m a s . E l h e c h o d e q u e e s to s h o m b r e s fu e r a n ju d í o s ,
c o n f ir m a u n a v ez m á s el p la n d el a c t o d e D io s p a r a e x te n d e r la s a l v a c ió n ,
c o m e n z a n d o p r im e r o c o n e l p u e b lo ju d ío . A tr a v é s d e e llo s , lo s g e n tile s d e
o t r a s n a c i o n e s s e r ía n c o n f r o n ta d o s c o n su id o la t r í a .
E n su s e r m ó n , P e d ro e n u m e r a la p r o m e s a d e D io s a la n a c i ó n d e I s r a e l,
q u e a tr a v é s d e e llo s h a b r ía d e v e n ir el M e s ía s p r o m e tid o (H c h . 2 : 2 9 - 3 6 ) . M á s
ta r d e , P e d ro h a b r í a d e fo r m a r p a r te d e l c o n c i li o d e la ig le sia d e Je r u s a lé n
c u a n d o fu e r o n te n ta d o s a e x c lu ir a lo s g e n tile s d el c o m p a ñ e r is m o c o m o
ig u a le s e n el r e in o . E n H e c h o s 1 0 : 1 - 1 1 : 1 8 , v e m o s c ó m o D io s p r e p a r a a P e d ro
a tr a v é s d e d a r le u n a v is ió n y e n v i a r lo a la c a s a d el c e n tu r ió n r o m a n o
C o r n e li o . M e d ia n te la o b r a d el E s p ír itu S a n t o , P e d r o r e c o n o c e el s ig n ific a d o
d e la v is ió n q u e to d o s lo s p u e b lo s , ju d ío s y g e n tile s te n d r á n q u e c o n s id e r a r s e
o id o r e s ¡g u a le s d e la p r o m e s a d el p a c to d e s a lv a c ió n . E s te in c id e n te e n la c a s a
d e C o r n e li o e s d e te r m in a n te p o r q u e P e d r o , el “ a p ó s t o l a lo s ju d í o s ” e n te n d ía
a h o r a q u e la ig le s ia te n d r ía q u e in c lu ir g e n te d e to d o s lo s g r u p o s é tn ic o s . Y ,
c o m o c o n s e c u e n c ia , lle v ó a la ig le sia ju d ía e n el C o n c i l i o d e J e r u s a lé n a a c e p ­
t a r a lo s c r e y e n te s g e n tile s c o m o ig u a le s , ral c o m o lo d e s c r ib e H e c h o s 1 5 .

Testigos en Ju d ea y Sam aría


J u d e a y S a m a r í a r e p r e s e n t a n la s e g u n d a f a s e d e la e x p a n s i ó n d e la ig le s ia .

F e lip e ju g ó u n p a p e l c la v e e n e s ta e x p a n s ió n a tr a v é s d e p r e d ic a r el r e in o a lo s
s a m a r it a n o s (H c h . 8 : 5 - 2 5 ) . S e le u n ie r o n P e d r o y J u a n (v. 1 4 ) , q u ie n e s o r a r o n
p o r lo s s a m a r it a n o s p a r a q u e r e c ib ie r a n el E s p ír itu S a n to . A q u í, la ig le sia se
e x te n d ió a tr a v é s d e su s te s tig o s a e s te p u e b lo a n te r io r m e n te r e c h a z a d o . L u e ­
g o , F e lip e fu e lla m a d o p o r u n á n g e l d el S e ñ o r p a r a q u e s a lie ra d e S a m a r ía y se
d ir ig ie r a a la p a r te s u r d e J u d e a . A llí se e n c o n tr ó n o c o n u n ju d ío , s in o c o n un
a f r ic a n o . E s te h o m b r e , c o n o c id o m e jo r c o m o el e u n u c o e tí o p e , e r a u n a lto o f i­
c ia l e n la c o r t e d e C a n d a c e , r e in a d e E t io p í a . N o e s un e r r o r q u e e s te r e la to d e
u n a f r ic a n o q u e es lle v a d o a C r is to m e d ia n te lo s e s c r ito s d e I s a ía s e n el A n tig u o

M a w ia l ptolfiflirlr;- p».v ¡Ier


134 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

T e s ta m e n to a p a r e z c a in c lu id o e n el lib r o d e H e c h o s . M á s b ie n ilu s tr a p e r fe c ­
ta m e n t e la in c lu s ió n p o r p a r te d e D io s d e p u e b lo s d e to d a s la s n a c io n e s e n su

p la n d e r e d e n c ió n . A s im is m o , e s p r o f è tic o e n c u a n to a a n tic ip a r la s ig u ie n te
fa s e d e la e x p a n s i ó n d e la ig le s ia : h a s ta la s p a r te s m á s r e m o ta s .

Testigos hasta lo últim o d e la tierra


L o s v ia je s d e P a b lo h a b la n d e la f o r m a e n la q u e e n te n d ió e l m é to d o m i­

s io n e r o p r e s c r ito p o r D io s . C u a n d o e n tr a b a e n u n a c iu d a d , d e in m e d ia to b u s ­

c a b a u n a s in a g o g a . P a b lo d e m o s tr a b a a s í el d e s e o d e D io s q u e a lo s ju d ío s se
les d ie r a la o p o r tu n id a d d e r e c ib ir el m e n s a je d el e v a n g e lio . E n f r e n ta d o a h o s ­
tilid a d y p e r s e c u c ió n d ir e c ta , P a b lo h a b r ía d e p a s a r a lo s f o r o s g e n tile s , c o m o
la s a la d e c la s e d e T i r a n o e n É fe s o , lo s m e r c a d o s c o m o e n C o r i n t o o lo s c e n ­

tr o s d e d e b a t e filo s ó f ic o c o m o e n A te n a s . S u a u to r í a d e m ú ltip le s c a r t a s a ig le ­
s ia s d u r a n t e e s to s v ia je s n o s a y u d a n a e n te n d e r e s to s lib r o s d e la B ib l ia n o
s o l o c o m o e p ís to la s g e n e r a le s o p a s to r a le s , s in o c o m o c a r t a s a m is i o n e r o s
e s ta b le c i e n d o ig le s ia s, c a d a u n a u n c u a d r o d e la o b r a r e d e n to r a d e D io s e n tr e
p e r s o n a s n o ju d ía s p r im e r a m e n te .
L a a f ir m a c ió n d e P a b lo e n 2 C o r i n t i o s 5 :2 0 e s ú til c o m o u n te m a a b a r -

c a d o r p a r a su v id a : “ A s í q u e , s o m o s e m b a ja d o r e s e n n o m b r e d e C r i s t o , c o m o
si D io s r o g a s e p o r m e d io d e n o s o t r o s ; o s r o g a m o s e n n o m b r e d e C r is to :
R e c o n c i l i a o s c o n D i o s ” . L a a lu s ió n a u n e m b a ja d o r e s u n c u a d r o d e l m in is ­
te r io d e P a b lo d e e s ta b le c e r ig le s ia s y q u e tie n e u n a c o n n o t a c i ó n e fe c t iv a . E s
u n e m b a ja d o r el q u e p r im e r o a s u m e la ta r e a d e b u s c a r la p a z e n t r e r e in o s e n

g u e r r a . E l h o m b r e , c o m o r e p r e s e n ta n te d el r e in o c a íd o d e e s te m u n d o , y D io s ,
r e p r e s e n ta n d o su r e in o c e le s tia l ju s to y p e r f e c t o , h a lla n s u s a g e n te s d e p a z e n
lo s q u e e s tá n d e s e m p e ñ á n d o s e c o m o e m b a ja d o r e s e s p ir itu a le s . C r is t o m is m o
s irv e c o m o el e m b a ja d o r p o r a n to n o m a s ia y la ig le sia c o m o s u s r e p r e s e n ta n te s
c o m is io n a d o s . P o r q u e es e n su a u to r id a d y s o l o e n e lla q u e lo s s e g u id o r e s d e
C r i s t o p r o c la m a n e l m e n s a je c s p e r a n z a d o r d e r e c o n c il ia c ió n y p a z ( M t .
1 2 : 1 8 ) . “ P a b lo d ic e m u c h o s o b r e m is io n e s y e v a n g e liz a c ió n . P o r s o b r e to d a s

la s c o s a s u n e x p o n e n t e y p r o p a g a d o r d e l e v a n g e lio , e s p e ra q u e la s p r im e r a s
ig le s ia s s e a n d e ig u a l m e n ta lid a d ( R o . 1 0 : 1 2 - 1 8 ; 1 C o . 9 : 1 6 - 1 8 : E f. 3 : 1 - 1 2 ;
F il. 2 : 1 5 - 1 6 ; 1 T i. 2 : 1 - 7 ) ” . “

E n su s a b id u r ía i n f in it a , D i o s d is e ñ ó la s a l v a c i ó n ; e n su g r a c i a in f in it a y a

u n c o s t o i n f i n i t o , p r o c u r ó la s a l v a c i ó n e n C r i s t o J e s ú s , su H i jo U n ig é n it o ;

e n s u p o d e r in f in it o , e n v i ó a l E s p ír it u S a n t o p a r a q u e lle v e a c a b o la s a l ­

v a c ió n e n e l in d iv id u o y e n la h i s t o r i a ; e n su c o m p a s i ó n i n f in it a , in s t it u y ó la

m is ió n y la s m i s io n e s , p r im e r o a tr a v é s d e I s r a e l y a h o r a a tr a v é s d e su Ig le s ia

M a te ria l (íin if'rj'ito p or i I h io i '.L.o n au:« ir


Las naciones vistas desde la perspectiva de Dios 135

p a r a q u e la h u m a n i d a d p e r d id a p u d ie r a o í r , c o n o c e r y c r e e r la s b u e n a s

n u e v a s e n la s a lv a c ió n in fin ita d e D io s p a r a la h u m a n i d a d .M

L a ig le s ia d e h o y d ía se e n c u e n tr a c e n tr a d a e n e s ta é p o c a d el m a n d a to

m is io n e r o q u e s ig u e m ir a n d o h a c ia la e x te n s ió n d e l e v a n g e lio a lr e d e d o r d el

m u n d o , p e n e tr a n d o e n c a d a g r u p o d e p e r s o n a s e n el g lo b o .

E l li b r o d e H e c h o s m u e s tr a la p r o g r e s ió n d e l m e n s a je d e C r i s t o h a s t a “ lo ú l­

t i m o d e la t i e r r a ” , el c u a l p a r a L u c a s e s R o m a , e l c e n t r o d e l I m p e r io R o m a n o .

E l “ to d a s la s n a c i o n e s ” d e L u c a s 2 4 : 4 7 , s in e m b a r g o , n o r e c ib e la p r e d ic a c i ó n

d e l E v a n g e lio e n el li b r o d e H e c h o s , y e s ta d im e n s ió n d e la p r o m e s a d e l

A n tig u o T e s t a m e n t o a u n h o y d ía n o se h a c o m p l e t a d o . Q u e el c u m p l im ie n t o

d e e s te m a n d a to e s p r o m e ti d o e n el A n tig u o T e s t a m e n t o d e b e r ía d a r a la ig le ­

s ia la c o n f ia n z a y la u r g e n c ia e n a v a n z a r p a r a c o m p l e t a r la t a r e a . 15

E l le c t o r d e la s E s c r itu r a s d e b e r ía r e c o n o c e r q u e el c u a d r o d e e te r n id a d
tr a z a d o en la c o n s u m a c i ó n d e to d a s la s e r a s h u m a n a s e s el r e s t a b le c im ie n to

d el r e in o d e D io s . E n e s te r e in o , h o m b r e s y m u je r e s d e c a d a g r u p o d e p e r ­

s o n a s m a n ife s ta r á la r e a liz a c ió n d el p la n d e p a c to d e D io s y la e n c o m ie n d a
d e la G r a n C o m is ió n .

L a c o n s u ma c i ó n

H a y u n fin a l e n el p la n r e d e n to r d e D io s . L le g a r á el d ía c u a n d o y a n o h a b r á

la o p o r tu n id a d p a r a r e s p o n d e r a la in v ita c ió n d e D io s p a r a r e c o n c ilia c ió n y
É l ju z g a r á la c o n f e s ió n d e to d o h o m b r e . E s te d ía p o r lle g a r e s lo q u e in s p ir a
a lo s c r is ti a n o s a te n e r e s p e r a n z a y fe en e s te tie m p o . E s te m is m o fu tu r o s e rá

c o n te m p la d o c o n te m o r p o r a q u e llo s q u e r e c h a z a r o n su o f e r ta a m o r o s a . I n d i­
fe r e n te m e n te d e la a c e p ta c ió n o r e c h a z o d el h o m b r e , to d o s e r h u m a n o t e n ­

d rá q u e r e c o n o c e r la v e rd a d a c e r c a d e q u ie n e s C r is t o . I s a ía s 4 5 : 2 3 d ic e : “ a
m í se d o b la r á to d a r o d illa , y ju r a r á to d a le n g u a ” . E s ta p r e d ic c ió n , h e c h a ta m ­
b ié n e n R o m a n o s 1 4 :1 1 y e n F ilip e n s e s 2 : 9 - 1 1 , p u n tu a liz a q u e to d a r o d illa
se d o b la r á y to d a le n g u a c o n f e s a r á q u e Je s ú s es el S e ñ o r.

E n la h e r m o s a d e s c r ip c ió n q u e h a c e J u a n d el e s ta d o e te r n o , p o d e m o s v e r
el c u m p l im ie n t o d el p la n r e d e n t o r d e D io s .

Y no vi en ella templo; porque el Señor Dios Todopoderoso es el templo


de ella, y el Cordero. La ciudad no tiene necesidad de sol ni de luna que
brillen en ella; porque ¡a gloria de Dios la ilumina, y el Cordero es su lum­
brera. Y las naciones que hubieren sido salvas andarán a la luz de ella; y
los reyes de la tierra traerán su gloria y honor a ella. Sus puertas nunca

M u w ia l ptolfiflirlr;- p».v *lerr


13 6 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

serán cerradas de día, pues allí no habrá noche. Y llevarán la gloria y la


honra de las naciones a ella.
— Apo c a l i ps i s

D e sd e G é n e s is 1 :1 h a s ta A p o c a lip s is 2 2 : 2 1 , e s te te m a d el p la n e t e r n o d e
D io s p a r a q u e su c r e a c i ó n lo a d o r e a É l s o lo d e m a n d a su p r o v is ió n p e r fe c ta
b a s a d a e n la g r a c i a p a r a el p e r d ó n d e lo s p e c a d o s . “ A s í, e s te te m a d e u n a m i­
s ió n a to d o el m u n d o fo r m a u n m a r c o g ig a n te d e to d a la B ib lia , d e sd e G é n e s is
h a s ta A p o c a lip s is ” . 16

E l min is t e r io in t e r c u l t u r a l d e h o y
E l te m a a b r u m a d o r a m e n te c o n s e c u e n te y d e s t a c a d o d e la s E s c r itu r a s e s q u e
to d o h o m b r e y m u je r , d e s c ie n d a d e ju d í o s o n o ju d ío s , es v a lio s o a la v is ta d e
D io s . S u a m o r n o e s tá lim ita d o a u n p u e b lo ; se h a d e m o s tr a d o e x h a u s t i ­
v a m e n te a to d o s lo s p u e b lo s . E s te é n fa s is m u lti é tn ic o im p u lsa a lo s c r is ti a n o s
a h a c e r la s s ig u ie n te s o b s e r v a c i o n e s :
• D io s c r e ó a h o m b r e y m u je r d e c u a lq u ie r g r u p o c u ltu r a l.
• E l a m o r d e D io s se e x ti e n d e a la s p e r s o n a s d e c u a lq u ie r g r u p o
c u ltu r a l.

• G r a c ia s a l a m o r e x p a n s iv o d e D io s , c a d a m ie m b r o d e ig le s ia d e b e r ía
m o s tr a r u n c o m p r o m is o d e a m a r a la s p e r s o n a s d e c u a lq u ie r g r u p o c u l tu r a l.
• T o d o s lo s c r e y e n te s d e b e n r e c h a z a r la id o la tr í a p r e s e n te d e n t r o d e
c u a lq u ie r g r u p o c u ltu r a l.
• C a d a ig le s ia d e b e r ía , c o m o p a r te d e su m is ió n , r e fle ja r u n a v is ió n
p a r a a l c a n z a r a la s n a c io n e s .
• T o d o s lo s c r e y e n te s d e b e r ía n r e c o n o c e r su id e n tid a d p r im a r ia c o m o
c iu d a d a n o s d el c ie lo p o r s o b r e su p r o p ia c iu d a d a n í a n a c i o n a l.
E l m o v im ie n t o m is i o n e r o d e h o y d ía y a n o p ie n sa s o lo e n té r m in o s d e
m is io n e s a o tr o s p a ís e s . U n e s tu d ia n te d e d e m o g r a fí a g lo b a l, n a c i o n a l y lo c a l
r e c o n o c e r á r á p id a m e n te q u e el m in is te r io in te r c u ltu r a l p u e d e o c u r r ir e n
c u a l q u ie r p a r te g r a c ia s a la s c o m u n ic a c io n e s m o d e r n a s y a la fa c ilid a d d e
tr a n s p o r t a c ió n . E s te c a m b i o e n el p e n s a m ie n to m is i o n e r o s ig n ific a q u e c a d a
ig le s ia lo c a l d e b e h a c e r m á s q u e ú n ic a m e n t e s o s te n e r m is i o n e r o s q u e v a n a
u lt r a m a r p a r a c u m p li r su r o l e n e l p la n r e d e n to r d e D io s .
L o s p r o g r a m a s m is i o n e r o s lo c a le s d e b e r ía n t o m a r a la s p e r s o n a s d e o t r o s
tr a s f o n d o s é tn ic o s c o m o é n fa s is p r im a r io e n la e v a n g e liz a c ió n y el d is c i ­
p u la d o . G r u p o s ta l e s c o m o n u e v o s in m i g r a n t e s , e s tu d ia n te s u n iv e r s ita r io s
in te r n a c io n a le s , h o m b r e s d e n e g o c i o in te r n a c io n a le s y r e fu g ia d o s m e r e c e n la
a te n c i ó n in m e d ia ta d e la ig le s ia . A m e n u d o se d a el c a s o d e q u e e s to s g r u p o s
r e p r e s e n ta n a lo s m á s p o b r e s y n e c e s ita d o s . U n a e s tr a te g ia e fe c tiv a p a ra a l-

M a ie n a l p m i f f j'i l o j>ar iln ie c .h o s — -


I m s naciones vistas desde la perspectiva de Dios 137

c a n z a r a e s ta s p e r s o n a s d e b e in c lu ir e x p r e s io n e s p r á c tic a s d el a m o r d e D io s .
A l s a ti s fa c e r la s n e c e s id a d e s fís ic a s y e s p ir itu a le s , la ig le s ia m a n ifie s ta el
c u a d r o m á s c l a r o d el m é to d o d e m is ió n d e C r is to .
E n f r e n ta r a s u n to s d e p r e ju ic io s r a c ia le s y e c o n ó m ic o s e s p a r te d el t r a b a jo
m is io n e r o , el t r a b a jo d e la ig le s ia . D e ja r lo s sin u n a r e sp u e s ta c r is tia n a in d u c e
a lo s p o b r e s o a la s m in o r í a s a b u s c a r a y u d a e n m e d io s p o lí tic o s . D e s d ic h a ­
d a m e n te , e llo s d e b e n c o n f ia r e n a c e r c a m ie n to s b a s a d o s e n d e r e c h o s e n lu g a r
q u e e n a c e r c a m ie n to s b a s a d o s e n el a m o r b í b lic o . S in el lid e ra z g o d e la ig le ­
s ia , a g e n d a s s e c u la r e s d e m u lt ic u ltu r a lis m o , d iv e rs id a d , to le r a n c i a y r e c o n c i­
lia c i ó n r a c i a l p r o v e e r á n ú n ic a m e n te u n a s o lu c ió n h u m a n is ta , c e n tr a d a e n el
h o m b r e . C a d a u n a n o a lc a n z a a l a m o r e te r n o y la u n id a d p r o m e tid a p o r D io s
p a r a a q u e llo s d e to d a n a c i ó n q u e c r e e n e n C r is t o . P o r e s o , la ig le sia d e h o y
d e b e e v a lu a r su s p r io r id a d e s .
Si D io s tie n e ta l a m o r p o r su c r e a c ió n , e n to n c e s c a d a ig le sia c o n t e m ­
p o r á n e a y c a d a m ie m b r o d e la ig le sia d e b e e n te n d e r su p a p e l e n e ste p la n m a e s ­
tr o d e D io s . E s to lo s fo r z a r á a b u s c a r u n m in is te r io in tc r c u ltu r a l c o m o la o b r a
fu tu ra d e D io s c o n s e c u e n te c o n la h is to r ia . N u e s tr o D io s tie n e u n c o r a z ó n p a r a
la s n a c io n e s . L o s v e a to d o s e n el m is m o n iv el y lo s c o n s id e r a im p o r ta n te s p a r a
su r e in o . C u a lq u ie r ig le sia o m ie m b r o d e ig le sia q u e n o p r io r iz a un te s tim o n io
e v a n g é lic o a lo s h o m b r e s d e to d o s lo s g r u p o s é tn ic o s fa lla e n e n te n d e r p le ­
n a m e n te el c o r a z ó n m is m o d e D io s y n o v e su p e r s p e c tiv a d e la s n a c io n e s .

Le c t u r a s a d i c i o n a l e s
B o l t , P e te r y M a r k T h o m p s o n . The Gospel to the Nations: Perspectives on Paul’s
Mission [HI e v a n g e lio a la s n a c i o n e s : P e r s p e c tiv a s d e la m is ió n d e P a b lo ) , D o w n e r s
G r o v e , IL : IV P , 2 0 0 0 .
H e ld lu n g , R o g e r . The Mission o f the Church in the World [L a m is ió n d e la ig le s ia e n
el m u n d o ) , G r a n d R a p id s , M I : B a k e r , 1 9 8 5 .
K a ise r, W a lte r C ., J r . Mission in the Old Testament: Israel as a Light to the Nations.
[ M is io n e s e n e l A n t ig u o T e s t a m e n t o : I s r a e l c o m o u n a lu z a la s n a c i o n e s ) , G r a n d
R a p id s , M I : B a k e r , 2 0 0 0 .
K ó s t e n b e r g e r , A n d r e a s J . y P . T . O ’ B r ie n . Salvation to the Ends o f the Earth: A Biblical
Theology o f Mission [S a lv a c i ó n h a s ta la e x tr e m id a d d e l m u n d o : U n a te o lo g ía
b íb li c a d e la s m is io n e s ], D o w n e r s G r o v e , I L : I V P , 2 0 0 1 .
Gospel and Mission in the Writing o f Paul: An Exegetical and Theo­
O ’ B r ie n , P . T .
logical Analysis [E l e v a n g e lio y la m is ió n e n la s e s c r itu r a s d e P a b lo : U n a n á l is i s e x e -
g é r ic o y te o l ó g i c o ] , G r a n d R a p id s , M I , B a k e r , 1 9 9 5 .
P e te r s , G e o r g e W . A . Biblical Theology o f Missions |U n a te o lo g ía b íb li c a d e la s m i­
s io n e s ] , C h ic a g o , M o o d y P r e s s , 1 9 7 2 .
P ip e r , J o h n . Let the Nations Be Glad: The Supremacy o f God in Missions [ D e je q u e la s
n a c io n e s s e a n a le g r e s : L a a u to r id a d s u p r e m a d e D io s e n la s m is io n e s ] , G r a n d
R a p id s , M I : B a k e r , 1 9 9 3 .
Vital Missions Issues: Examining Challenges and Charges in World
Z u c k , R o y B ., e d .
Evangelism [T e m a s v ita le s d e la s m i s io n e s : C ó m o e x a m i n a r lo s r e to s y lo s c a r g o s
d e l e v a n g c l is m o e n el m u n d o |, G r a n d R a p id s , M I : K r e g e l , 1 9 9 8 .

V ^L z n a l p r o l e g d o p o r ’ o c b o s d- auror
Pa r t e dos
Fo r m u l a c ió n bíbl ic a

V a tH fiìl prottrjKÍo poi de - ‘ -H-or


7

La im po r t a n c ia d e en t en d er

NUESTRO MUNDO POSMODERNO

B r ia n K. M o r l e y

E
n c ie r ta o c a s i ó n , u n a p o lo g is ta o c c i d e n ta l v is itó un á r e a tr ib a l d e Á fr ic a

p a ra lle v a r a c a b o u n s e m in a r io m u y e la b o r a d o p a r a c r is ti a n o s a c e r c a d e

c ó m o p r o b a r la e x is te n c ia d e D io s . D e sp u é s d e u n a d e su s c h a r l a s , se le a c e r c ó

a lg u ie n p a r a f e lic ita r lo p o r su e x p o s ic ió n p e ro a g r e g ó q u e n a d ie e n e s a p a r te

d e Á fr ic a d u d a b a d e la e x is t e n c ia d e D io s . D e lo q u e n o e s ta b a n s e g u r o s , y

e r a lo q u e les g u s ta r ía s a b e r , e ra a c u á l D io s serv ir. E l v is ita n te h a b í a e s ta d o

b ie n c o n su c h a r la , p e ro n o h a b ía e n te n d id o la s p r e g u n ta s e s p ir itu a le s e s p e ­

c ífic a s q u e p la n te a b a a q u e lla c u lt u r a e n p a rtic u la r .

M ie n t r a s m á s e n te n d a m o s la s id e a s d e la s p e r s o n a s , m e jo r les p o d r e m o s

c o m u n ic a r la v e r d a d d e la s E s c r itu r a s y d e l e v a n g e lio . E s ta e s la r a z ó n p o r la

q u e d e b e m o s a p r e n d e r d e c u lto s y r e lig io n e s y p o r q u é lo s m is i o n e r o s tr a ta n

d e e n te n d e r la s c u ltu r a s e n la s c u a le s v iv e n . P e r o n o s u fic ie n te s c r i s ti a n o s d e

o c c id e n t e p o n e n m u c h o e s fu e r z o p a r a e n te n d e r la c u ltu r a e n la c u a l v iv e n .
L o s c r e y e n te s q u e se in te g r a n a la ig le sia tr a e n c o n e llo s su p r o p ia v is ió n

d el m u n d o . A d e m á s , lo s c r is ti a n o s q u e y a e s tá n e n la ig le s ia y q u e n o e n tie n ­

d e n e s to d e la v is ió n d el m u n d o n o se d a r á n c u e n ta c u a n d o e s té n a d o p ta n d o

c o n c e p to s n o c r is t ia n o s . P a b lo a d v ir tió a lo s c o lo s e n s e s e n e l s e n tid o q u e n o

se d e ja r a n e n g a ñ a r p o r “ filo s o fía s y h u e c a s s u tile z a s ” ( C o l. 2 : 8 ) . L a m a y o r ía

d e lo s c r i s ti a n o s a s u m e q u e la m e jo r fo r m a d e p r e v e n ir e s o e s n o s a b e r n a d a

c o n t r a r i o a lo q u e e llo s c r e e n . P e r o n o s g u s te o n o , e s t a m o s r o d e a d o s d e o p i­

n io n e s q u e c o r r e s p o n d e n a la c u ltu r a en m e d io d e la c u a l v iv im o s . E n lu g a r

d e t r a t a r d e a is la r n o s c o m p le ta m e n t e d e la c u ltu r a , P a b lo n o s o fr e c e u n a a c -

Material protegido por derechos de autor


142 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

tiru d d ife r e n te : e n te n d e r a lg o s o b r e la s id e a s q u e b u s c a n u n lu g a r en n u e s tr a

m e n te y a p r e n d e r a d is c e r n ir e n t r e lo v e r d a d e r o y lo fa ls o .

H a b la n d o b í b li c a m e n t e , e s e l c r is ti a n o el q u e d e b e r ía c a u tiv a r su e n to r n o ,

y n o el e n t o r n o a l c r is ti a n o . P a b lo d ijo q u e h a b í a d e s tr u id o “ fo r ta le z a s , r e fu ­

ta n d o a r g u m e n to s , y to d a a ltiv e z q u e se le v a n ta c o n t r a el c o n o c i m i e n t o d e

D i o s ” , y “ lle v a n d o c a u t iv o to d o p e n s a m ie n to a la o b e d ie n c ia a C r i s t o ” ( 2 C o .

1 0 : 4 - 5 ) . L o s c r is ti a n o s te n e m o s q u e d e s tr u ir f o r ta l e z a s in te le c tu a le s p a ra li­

b e r a r a lo s q u e se e n c u e n tr a n e s p ir ir u a lm e n te e n g a ñ a d o s y c a u tiv o s p o r la s

fu e r z a s d e la s tin ie b la s ( 2 T i . 2 : 2 6 ) .

P a b lo c o n o c í a la c u ltu r a d e su d ía . P o d ía c i t a r a filó s o f o s d e m e m o r ia (c p .

H c h . 1 7 : 2 8 ; T i t . 1 : 1 2 ) , u s a r su te r m in o l o g ía y e x a m i n a r s u s o p in io n e s d e sd e

u n a p e r s p e c tiv a c r is ti a n a (c p . H c h . 1 7 : 2 2 - 3 1 ) . N o m u c h o s c r i s t i a n o s , in ­

c lu y e n d o a p a s t o r e s , c o n s e je r o s e in c lu s o e r u d ito s , p u e d e n h a c e r e s o h o y d ía .

L a c u ltu r a o c c i d e n ta l e s tá e x p e r im e n t a n d o p r o f u n d o s c a m b i o s q u e tr a e n

t r a n s f o r m a c ió n s o b r e lo s p u n to s d e v is ta d el m u n d o q u e p r e v a le c e n e n la c u l­

tu r a , e n e s p e c ia l e n c u a n t o a la n a tu r a le z a d e la v e rd a d . C o m o o t r o s p e r ío ­

d o s d e g r a n d e s c a m b i o s e n la h is t o r ia , el p r e s e n te e s u n a m e z c la d e v ie jo y
n u e v o . P a r a e v ita r lle g a r a s e r c a u t iv o s y, p o r el c o n t r a r i o , c a p a c e s d e d e s tr u ir

fo r ta le z a s y q u e s e a m o s lo s c r is ti a n o s lo s q u e e je r z a m o s la c a u tiv id a d , n e c e ­

s ita m o s v o lv e r a tr á s y e x a m i n a r a lg u n a s b a ta lla s in te le c tu a le s d el p a s a d o .

E l c r i s ti a n is m o lle g ó a d o m in a r la c u ltu r a e n la E d a d M e d ia , u n ie n d o fe

(q u e se c o n o c e c o m o r e v e la c ió n ) y r a z ó n p a r a f o r m a r u n a v is ió n d el m u n d o

q u e a b a r c a r a to d o c o n o c i m i e n t o . E l m o d e r n is m o r e c h a z ó el c o n c e p t o m e ­

d ie v a l se g ú n el c u a l el c o n o c i m i e n t o e s tá b a s a d o e n la a u to r id a d . E l m o d e r ­

n is m o b a s ó e l c o n o c i m i e n t o s o b r e el p r o c e s o d e r a z o n a m ie n to o b je t i v o d e sd e

la o b s e r v a c ió n , lo q u e lle g ó a s e r su c o n c e p t o d e la c ie n c ia . P e r o a fin a le s d el

s ig lo d ie c io c h o , a lg u n o s c o m e n z a r o n a c a m b i a r la s u p r e m a c ía d e la r a z ó n , la

p o s ib ilid a d d e o b je tiv id a d y la c a p a c i d a d d e c o n o c e r el m u n d o ta l c o m o e s.

E l s ig lo v e in te v io el a u m e n t o d e la s d u d a s a c e r c a d e la o b je t iv id a d y lo s b e n e ­

fic io s d e la c ie n c ia , el y o c o m o fu n d a m e n t o d el c o n o c i m i e n t o , la c o n e x i ó n

e n tr e el le n g u a je y el m u n d o y la p o s ib ilid a d m is m a d e u n a v is ió n d el m u n d o .

D e n t r o d e la s c u l tu r a s o c c i d e n ta lm e n te o r ie n t a d a s h a y u n a c o e x is t e n c ia

d e s c o n fia d a d e m o d e r n is m o y lo q u e se c o n o c e c o m o p o s m o d e r n is m o ,1 q u e

e s el n o m b r e p a r a el m o v im ie n t o in te le c tu a l y c u ltu r a l q u e r e a c c i o n ó a l m o ­

d e r n is m o . E l p o s m o d e r n is m o e s e s p e c ia lm e n t e d e s a fia n te p a r a lo s c r is t ia n o s ,

q u e d ic e n te n e r la in te r p r e ta c i ó n c o r r e c t a d e u n t e x t o in s p ir a d o y u n m e n s a je

v e r d a d e r a m e n te o b je t i v o q u e se a p lic a a to d o s lo s p u e b lo s y c u ltu r a s .

M a ie n a l p m tf f j'i l o [*ar ilM iec.h o s :».> h !j :w


Im importancia de entender nuestro mundo posmoderno 143

E l c a mi n o a l m o d e r n i s m o

A d ife r e n c ia d el ju d a is m o , el c u a l D io s e s ta b le c ió c o m o u n a c u ltu r a s e p a r a d a ,
la ig le s ia n a c ió d e n t r o d e u n a c u ltu r a e x is t e n t e . C o m p a r t i ó c o n e s a y o t r a s
c u ltu r a s a n tig u a s la o p in ió n d e q u e p r o p ó s it o s s o b r e n a tu r a le s d ie r o n fo r m a
a lo s a c o n te c im ie n to s e n la n a tu r a le z a y la h is to r ia . A p e s a r d e la s fu e rz a s in v i­
s ib le s , el m u n d o fís ic o e s r e a l y p u e d e c o n o c e r s e y d e s c r ib ir s e a d e c u a d a m e n te
m e d ia n te el le n g u a je . C a d a c r is ti a n o p a r e c ie r a n o te n e r d u d a s d e q u e la s p a ­
la b r a s se r e fie r e n a c o s a s , y q u e la s p r o p o s ic io n e s s o n v e r d a d c u a n d o c o r r e s ­
p o n d e n a la r e a lid a d (lo q u e se c o n o c e c o m o la correspondencia de la teoría
de la verdad).
D if e r e n c i a s e n tr e el c r is tia n is m o y la s o c ie d a d g r e c o r r o m a n a tr a je r o n p e r ­
s e c u c ió n h a s ta el s ig lo c u a r t o , c u a n d o C o n s t a n t i n o c o n q u i s t ó el im p e r io en
el n o m b r e d e C r is to . D e s d e e se m o m e n t o e n a d e la n te , la ig le s ia v iv ió e n u n a
in q u ie ta a lia n z a c o n el g o b ie r n o , a tr a v é s d e la c u a l lle g ó a d o m in a r to d o s lo s
a s p e c to s d e la c u lt u r a .
L a fin a lid a d d e m u c h o s e r u d ito s d e la E d a d M e d ia fu e f o r m a r u n a g r a n
s ín te s is d e to d o c o n o c i m i e n t o : e s p ir itu a l, filo s ó f ic o y c ie n tí f ic o . S e p e n s a b a
q u e e r a p o s ib le c o n e c t a r to d a s la s p a r te s d e u n a v is ió n d el m u n d o . P o r e je m ­
p lo , lo q u e c r e e m o s s o b r e ló g ic a y m a te m á ti c a s c u a d r a r ía c o n la n a tu r a le z a
d e D io s . L a s c r e e n c i a s s o b r e la s a r te s se c o r r e s p o n d e r í a n c o n lo q u e c o n o c e ­
m o s c o m o la n a tu r a le z a e s p ir itu a l d e la h u m a n id a d . E l p a p e l d el g o b ie r n o
u n ir ía a u n D io s s o b e r a n o c o n u n a h u m a n id a d c a íd a . C o n e s ta m e n ta lid a d ,
T o m á s d e A q u in o ( 1 2 2 5 - 1 2 7 4 ) c r e ía q u e p o d ía h a b e r u n a a r m o n í a p e r fe c ta
e n tr e la B ib lia , la r a z ó n y la c ie n c ia p o r q u e D io s e s t a n t o el a u t o r d e la B ib lia
c o m o el C r e a d o r .
P r o n t o , lo s fu n d a m e n t o s q u e h ic i e r o n p o s ib le e s ta g r a n s ín te s is c o m e n ­
z a r o n a s e r d e s a fia d o s . J u a n E s c o t o ( c a . 1 2 7 4 - 1 3 0 8 ) d ijo q u e la v o lu n ta d , n o
el in te le c t o , e s p r im a r ia y q u e e s t o e s v e rd a d t a n t o e n c u a n t o a D io s c o m o a
la h u m a n id a d . L o q u e s ig n ific a q u e D io s h a c e lo q u e É l q u ie r e , sin q u e n e c e ­
s a r ia m e n t e s e a a lg o r a c io n a l. S i D io s h iz o s o lo lo r a c io n a l p o d r ía m o s r e p r e ­

s e n t a r n o s la v e rd a d e n n u e s tr a m e n te c o n s o l o p e n s a r e n lo q u e e s r a c io n a l.
P e r o s in la r a c io n a lid a d c o m o g u ía , s e n c illa m e n te te n e m o s q u e o b s e r v a r lo
q u e D io s d e c id ió h a c e r . S u p o n e r q u e la v o lu n ta d d e D io s e s lo fu n d a m e n t a l,
m u e v e e l b a la n c e in te le c tu a l d e la r a z ó n a la o b s e r v a c i ó n y, p o r lo t a n t o , a la
c ie n c ia .
L o s q u e s e g u ía n a l filó s o fo is lá m ic o A v e rro e s ( 1 1 2 6 - 1 1 9 8 ) s u s te n ta b a n la
te o r ía d e d o b le v e rd a d p o r la c u a l la r a z ó n p o d ía c o n d u c i r a u n a c o n c lu s ió n
m ie n tr a s q u e la fe p o d r ía c o n d u c i r a o tr a . G u ille r m o d e O c c a m ( 1 2 8 5 - 1 3 4 7 )
c o n t in u ó a g r a n d a n d o la d iv is ió n e n t r e la s á r e a s d e c o n o c im ie n to al a b o g a r

Ma'enñi Nítido jas: •-


144 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

p o r q u e la te o lo g ía e s ta b a s e p a r a d a d e o t r o s c a m p o s . É l t r a ta b a d e p r o te g e r la
te o lo g ía d e a ta q u e s p e r o fin a lm e n te su s e s fu e r z o s tu v ie r o n u n e f e c t o c o n t r a r i o .
P o r v a r ia s r a z o n e s , la a u to r id a d e s p ir itu a l y m o r a l y e l p o d e r d e la ig le ­
sia e m p a lid e c ie r o n . E n el s ig lo d ie c is é is , la R e f o r m a s e p a r ó a la ig le s ia d e lo
q u e a h o r a c o n o c e m o s c o m o la Ig le s ia C a t ó l i c a . E n la s g u e r r a s q u e s ig u ie r o n ,
se a s e s in a r o n a m ile s d e p e r s o n a s e n el n o m b r e d e la d o c t r in a . E l filó s o fo
fr a n c é s R e n é D e s c a r te s ( 1 5 9 6 - 1 6 5 0 ) b u s c a b a s e g u rid a d e n m e d io d e la tu r ­
b u le n c ia . S is te m á t ic a m e n te d u d ó d e to d o h a s t a q u e e n c o n t r ó la ú n ic a c o s a d e
la q u e n o p o d ía d u d a r : la d u d a . E s t o lo lle v ó a p r o n u n c ia r su fa m o s a d e c la ­
r a c i ó n : “ P ie n s o , lu e g o e x i s t o ” y p r o c e d ió a le v a n ta r d e s d e a q u í u n a v is ió n
c o m p le t a d el m u n d o . D e r iv ó la a u to r id a d d e la ig le s ia y la tr a d ic ió n a l te r r e n o
d e c o n o c e r el y o . P e n s a b a q u e el y o p o d ía c o n o c e r la r e a lid a d c o m o e s y e s ­
ta b a s e g u r o d e q u e e s p o s ib le c o n o c e r e x a c t a m e n t e su e s ta d o in te rio r .
E s im p o r ta n te q u e él p e n s a r a q u e p o d ía e s t a r s e g u r o a c e r c a d e a lg u n a s
c r e e n c i a s sin h a b e r a p e la d o a o t r a s c r e e n c ia s , u n a p o s t u r a c o n o c i d a c o m o
fw idam entalism o. E l f u n d a m e n ta lis m o a c e p ta q u e a lg u n a s c o s a s p u e d e n
c o n o c e r s e sin te n e r q u e p r o b a r la s c o n o t r a s c r e e n c i a s . L a s c r e e n c i a s p u e d e n
s e r fu n d a m e n ta le s p o r q u e s o n e v id e n te s a n u e s tr o s s e n t id o s (p . e j. “ h a y u n a
lu z e n e l c u a r t o ” ) , o p o r q u e d u d a r d e e l l a s p o d r í a s e r a b s u r d o o c o n t r a ­
d ic t o r i o (p . e j. “ el to d o e s m á s g r a n d e q u e la s p a r te s q u e lo c o m p o n e n ” ). E s ta
s u e rte d e c r e e n c ia s n o n e c e s ita s e r p r o b a d a c o m o t a m p o c o s e r ía n e c e s a r io
p r o b a r le a u n o q u e el d e d o le d u e le d e s p u é s d e u n tr o p e z ó n ; s e n c illa m e n te
u ste d s a b e q u e le d u e le . L o s f u n d a m e n t a l is ta s b u s c a n lle g a r a p r o v e e r le s u n a
b a s e a n u e s tr a s c r e e n c i a s s in b a s e ( c r e e n c ia s q u e n e c e s ita n s e r p r o b a d a s
u s a n d o o t r a s c r e e n c i a s ) s o b r e n u e s tr a s c r e e n c ia s fir m e s y fu n d a m e n t a le s .
M u c h o s s o s ti e n e n , ta m b ié n q u e e s ta s c r e e n c ia s fu n d a m e n t a le s a y u d a n a q u e
n o s c o n e c t e m o s c o n la r e a lid a d y n o s lib r a n d e u n a c a d e n a in te r m in a b le d e
p r u e b a s se g ú n la s c u a le s c r e e m o s e n A p o r q u e c r e e m o s e n B , y c r e e m o s e n B
p o r q u e c r e e m o s e n C y a s í s u c e s iv a m e n te . S e c r e e q u e el p r o c e s o d e p r u e b a s
tie n e u n p u n t o fin a l p o r q u e d e a lg u n a m a n e r a e n to d a s la s c o s a s q u e c o n o ­
c e m o s h a y a lg u n a s c r e e n c ia s fu n d a m e n ta le s q u e n o n e c e s ita n s e r p r o b a d a s .
D e b id o a q u e D e s c a r te s e s t a b le c ió su v is ió n d e l m u n d o b a s a d o e n lo q u e
él c o n o c í a a p a r te d e lo s d o g m a s p r e s u p u e s to s d e la ig le s ia y d el a p r e n d i z a je
c lá s i c o , se le c o n s id e r a el p a d r e d e la filo s o f ía m o d e r n a .2 E l R e n a c im ie n t o e n
el c u a l v iv ió fu e u n ti e m p o d e b ú s q u e d a d e n u e v o s fu n d a m e n t o s d e l c o n o c i ­
m ie n t o . P r im e r o , la s p e r s o n a s se v o lv ie r o n a la c iv iliz a c ió n c lá s i c a , lu e g o , al
e s t u d i o d e la n a t u r a le z a u san d o la o b s e r v a c i ó n m á s q u e la t r a d i c i ó n .
D o q u ie r a , la s p e r s o n a s se a p a r t a r o n d e la a u to r id a d d e la ig le s ia y la tr a d ic ió n
p a r a b u s c a r r e s p u e s ta s e n f o r m a in d e p e n d ie n te . M á s y m á s la s e x p lic a c io n e s
d e la s c o s a s se h ic ie r o n e n t é r m in o s d e c a u s a s n a tu r a le s e n lu g a r d e s o b r e ñ a -

M a -n n a ) p r n í e g n n p e r c i é r n e n o s o n a t/to r
La importancia de entender nuestro mundo posm oderno 145

r u r a le s . L a te o lo g ía , q u e u n a v ez r e g u ló e l c o n o c i m i e n t o y la v id a , lle g ó a s e r
u n c a m p o s e p a r a d o , d e s c o n e c ta d o d e to d o lo d e m á s . A u n q u e su c r e c ie n t e a is ­
la m ie n to p a r e c ía p o n e r la fu e r a d el a l c a n c e d e c u a lq u ie r a t a q u e , p r o n to
a d q u i r ir ía p e r tin e n c ia .
M á s ta r d e , el s ig lo d ie c io c h o , c o n o c i d o c o m o d e la s lu c e s o la Era de la
R azón , tu v o g r a n in flu e n c ia s o b r e la fo r m a c i ó n d e la m o d e r n a m e n ta lid a d .
S e c r e ía q u e la h u m a n id a d e r a c a p a z d e r e s o lv e r to d o s su s p r o b le m a s si la s
p e r s o n a s se d e s p o ja b a n d e la s u p e r s tic ió n y d e c r e e n c ia s s in f u n d a m e n t o y e n
su lu g a r a d o p ta b a n la o b je tiv id a d y la r a z ó n . 1.a h u m a n id a d n o e s d e s e s p e ­
r a d a m e n te p e c a d o r a y to t a lm e n te d e p e n d ie n te d e D io s , s in o ig n o r a n te , se
d e c ía . P a ra e llo s , la r a z ó n n o e r a la d e d u c c ió n a b s t r a c t a d e u n a v e rd a d d e o tr a
u sa d a p o r D e s c a r te s y S p in o z a ( 1 6 3 2 - 1 6 7 7 ) . E n lu g a r d e e s o , e r a la o b t e n ­
c ió n o b je t iv a d e c o n c lu s io n e s d e la o b s e r v a c ió n , el m é to d o d e F r a n c i s B a c o n
( 1 5 6 1 - 1 6 2 6 ) y J o h n L o c k e ( 1 6 3 2 - 1 7 0 4 ) . L a r a z ó n p a r e c ía s e r la r e s p u e s ta a
r o d o . A u n la m is m a n a tu r a le z a p a r e c ía s e r r a z o n a b le e n q u e m o s tr a b a d is e ­
ñ o s y o b e d e c í a le y e s n a tu r a le s . A lg u n o s lle g a r o n a la c o n c lu s ió n , p o r lo t a n ­
t o , d e q u e s e r ía m u c h o m e jo r v o lv e r a la n a tu r a le z a y lib e r a r s e d e la s
in flu e n c ia s a r ti fic ia le s d e la s o c ie d a d y d e la ig le s ia . L a d o c t r in a , ta n im p o r ­
ta n te e n la E d a d M e d ia fu e r e c h a z a d a c o m o p e lig r o s a d e b id o a q u e la s p e r ­
s o n a s lib r a r o n g u e r r a s h o r r ib le s p o r e lla . S e c r e ía q u e la t o l e r a n c i a , n o la
c o n v ic c ió n , e r a la v irtu d p r in c i p a l ; y q u e la c ie n c ia , n o la r e lig ió n , n o s m o s ­
tr a r í a el c a m in o .
D e e s ta m a n e r a , la v is ió n m o d e r n a d el m u n d o r e e m p la z ó a la s ín te s is d e
fe y a la r a z ó n m e d ie v a l. D o n d e lo s m e d ie v a le s h a b ía n b a s a d o e l c o n o c i ­
m ie n t o s o b r e la s d e d u c c io n e s d e u n a tr a d ic ió n s o b r e n a t u r a l, el m o d e r n is m o
in te n tó c o m e n z a r e n u n te r r e n o lo m á s n e u tr a l p o s ib le . S e c r e ía q u e e r a p o s i­
b le in v e s tig a r u n a s u n to d e sd e u n p u n to d e v is ta lib r e d e to d a p e r s p e c tiv a c o n
s o l o u n m ín i m o d e p r e s u n c io n e s , s o l o a q u e lla s e n q u e la s p e r s o n a s e s ta r ía n
d e a c u e r d o a u n c u a n d o tu v ie r a n d ife r e n te s p u n to s d e v is ta s o b r e el a s u n to .
A s í, la s in v e s tig a c io n e s p o d r ía n c o m e n z a r en u n te r r e n o d e n e u tr a lid a d in te ­
le c t u a l, c o m ú n a to d a s la s p e r s p e c tiv a s s o b r e u n a m a te r ia . L o s m o d e r n is ta s
c r e ía n q u e el c a m in o id e a l p a r a a lc a n z a r u n a c o n c lu s ió n e s r a z o n a r o b je t i ­
v a m e n te e n la o b s e r v a c ió n ; e n o t r a s p a la b r a s , c ie n tíf ic a m e n te . T r a b a ja n d o en
e s ta f o r m a , u n a p e r s o n a p o d r ía d e s c u b r ir u n a v e rd a d o b je ti v a u n iv e r s a l,
e te r n a e in d e p e n d ie n te d e c u a le s q u ie r a o t r a s p e r s p e c tiv a s . A d e m á s , te n ía n
g r a n c o n fia n z a e n q u e to d o f o r m a r ía u n a u n id a d . L o q u e e s v e rd a d es ta m ­
b ié n lo q u e e s b u e n o (tie n e v a lo r ) , c o r r e c t o (é tic a m e n t e ) y h e r m o s o y e s e m i­
n e n t e m e n te p r á c t i c o p a r a to d a s la s p e r s o n a s y s o c ie d a d e s . E llo s te n ía n
c o n f ia n z a e n q u e la c ie n c ia h a b r ía d e lle v a r lo s a u n a v id a m e jo r p a r a el in d i­
v id u o y p a r a la s o c ie d a d .

MarfifiPJ tlll'Uf
14 6 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

E l m o d e r n is m o s ig u ió a D e s c a r te s e n c o n s id e r a r a la s p e r s o n a s c o m o
a u t ó n o m a s y c a p a c e s d e r e la c io n a r s e a la v e r d a d c o m o in d iv id u o s . Y c o m o
in d iv id u o s p o d e m o s c o n o c e r n u e s tr a s p e r s o n a lid a d e s in te r io r e s c la r a y c o h e ­
r e n te m e n te . T a m b ié n p o d e m o s d e s c r ib ir la v e rd a d e n u n le n g u a je q u e e s tá

o b je ti v a m e n te y sin a m b ig ü e d a d e s c o n e c t a d o c o n la r e a lid a d . U s a n d o e l
le n g u a je , p o d e m o s f o r m u la r t e o r í a s q u e s o n v e rd a d e s u n iv e r s a le s e in d e p e n ­

d ie n te s d e to d a p e r s p e c tiv a y s itu a c i o n e s s o c ia le s q u e r e fle ja n la r e a lid a d m is ­


m a . E n to d a s p a r te s h a b í a o p t im is m o e n c u a n t o a q u e la h u m a n id a d e s ta b a
d e s c u b r ie n d o fir m e m e n te la v e r d a d , r e s o lv ie n d o s u s p r o b le m a s y m o v ié n d o s e
h a c ia u n fu tu r o b r illa n te .
A fin a le s d el s ig lo d ie c io c h o , sin e m b a r g o , se h ic i e r o n e v id e n te s r e s q u e ­
b r a ja d u r a s e n la b a s e d el m o d e r n is m o . E n el s ig lo v e in te , e l p o s m o d e r n is m o
lle g ó a r e c h a z a r m u c h o d e lo q u e la m o d e r n id a d h a b í a s o s t e n i d o .

De s i l u s i ó n c o n e l m o d e r n i s m o
D e sp u é s d e d e s t r o n a r a la a u to r id a d c o m o u n a f o r m a d e c o n o c i m i e n t o , la

r a z ó n tu v o q u e e n f r e n ta r su p r o p ia m u e r te . D a v id H u m e ( 1 7 1 1 - 1 7 7 6 ) d e ­
m o s tr ó q u e n o p o d e m o s lle g a r a u n a c o n c lu s ió n e n a lg o ta n b á s ic o c o m o q u e
una co sa canse o tr a p a r tie n d o d e la o b s e r v a c ió n o b je t iv a . T o d o lo q u e r e a l­
m e n te s a b e m o s e s q u e u n a c o s a sigue a o t r a . N u e s tr a m e n te a g r e g a a n u e s tr a
e x p e r ie n c ia la id e a d e c a u s a lid a d .
E m m a n u e l K a n t ( 1 7 2 4 - 1 8 0 4 ) le y ó a H u m e y se d io c u e n t a d e a lg o q u e
e s ta b a m u y e q u iv o c a d o c o n la id e a d e q u e d e b e m o s t r a b a ja r ú n ic a m e n te p o r
la o b s e r v a c ió n (la q u e v ie n e s o l o p o r n u e s tr o s s e n t id o s ) . S i h a b la r d e c a u ­
s a lid a d e s a lg o m e n o s q u e p e r fe c t a m e n t e le g íti m o , e n to n c e s n o p o d e m o s
s a b e r m u c h o a c e r c a d e l m u n d o y c ie r ta m e n te t a m p o c o te n d r í a m o s b a s e p a r a
la c ie n c ia . Y lle g ó a la c o n c lu s ió n d e q u e e l c o n o c i m i e n t o v ie n e n o s o l o d e
n u e s tr a m e n te ( c o m o p e n s a b a n m u c h o s m e d ie v a le s y D e s c a r te s ) , n i s o l o d e
n u e s tr o s s e n t id o s ( c o m o c r e ía n L o c k e y H u m e ). V ie n e d e a m b o s . N u e s tr o s
s e n tid o s n o s d a n in fo r m a c ió n y n u e s tr a m e n te p r o c e s a e s a i n f o r m a c ió n .
E l p u n t o e s q u e d e s p u é s d e K a n t fu e a m p lia m e n t e a c e p ta d o q u e el c o n o ­
c im ie n to e s u n a c u e s tió n d e in te r p r e ta c i ó n y n o s o lo c u e s tió n d e h a c e r q u e
n u e s tr a m e n te r e fle je la r e a lid a d . A d e m á s , n o h a y fo r m a d e s a l im o s d e n u e s ­
tr a m e n te p a r a v e r q u é e s , “ r e a lm e n t e ” , la r e a lid a d . P o r lo t a n t o , s o l o c o n o ­
c e m o s n u e s tr a s e x p e r ie n c ia s , n o c ó m o s o n la s c o s a s e n sí m is m a s . Y e s t o
s ig n ific a q u e n o p o d e m o s s a b e r si D io s e x is t e , a u n q u e p u d ie r a s e r ú til e n t é r ­
m in o s p r á c ti c o s s u p o n e r q u e É l e x is t e . K a n t p u s o in te l e c t u a l m e n te d e m o d a
t a n t o d u d a r q u e p o d e m o s c o n o c e r la r e a lid a d c o m o e s y e n f o c a r l a e n c o s a s
p r á c ti c a s , c o m o la é ti c a . M á s ta r d e , e s t o se v o lv e r ía a e n c o n t r a r e n e l p r a g ­

M a gn a i p rniegoo por demertos no ai/tor


La importancia de entender nuestro mundo posmoderno 147

m a tis m o d e J o h n D e w e y ( 1 8 5 9 - 1 9 5 2 ) y el n e o p r a g m a tis m o d e R ic h a r d R o r ty
( 1 9 3 1 - ) c u a n d o a m b o s s u g ie r e n q u e n o p o d e m o s c o n o c e r la r e a lid a d ni p le ­
n a n i c o n c lu y e n t e m e n t e ; q u e d e b e m o s id e n tific a r la p o r lo q u e h a c e .
M ie n t r a s e n el s ig lo d ie c io c h o la r a z ó n p a r e c ía s e r la r e s p u e s ta a t o d o , a
p r i n c ip io s d e l s ig lo d ie c in u e v e p a r e c ía a d e c u a d o p a r a s o l o u n e s t r e c h o r a n g o
d e c o s a s . L o q u e se h a b ía p e rd id o , se c r e ía , e r a n la s p r o fu n d id a d e s d el e s p íritu
h u m a n o y la s e x p e r ie n c ia s q u e n o s h a c e n h u m a n o s . S u b je ti v a m e n te fu e to d a
la p a s ió n e n lo q u e se lla m ó el R o m a n t i c is m o , q u e d u r ó h a s ta m e d ia d o s d el
s ig lo d ie c in u e v e .
G . F. W . H e g e l ( 1 7 7 0 - 1 8 3 1 ) d e s a fío el c o n c e p t o d e la v ie ja e r a e n el q u e
la r e a lid a d n o c a m b i a . E l p e n s a m ie n to o c c id e n ta l, in c lu y e n d o el c r is ti a n is m o
y m u c h o s g r ie g o s , h a c ía m u c h o q u e v e n ía s o s t e n i e n d o q u e d e tr á s d el c a m b io
e s tá la p e r m a n e n c ia y q u e el c o r a z ó n d e e s a p e r m a n e n c ia e s un D io s in ­
m u t a b le . P e r o H e g e l d ijo q u e la r e a lid a d , in c lu y e n d o a D io s , e s tá e v o lu ­
c io n a n d o a n iv e le s m á s a lto s . M á s ta r d e , el filó s o fo y m a te m á ti c o A . N .
W h ite h e a d ( 1 8 6 1 - 1 9 4 7 ) , q u ie n e n tie m p o s r e c ie n te s fu e e l in s p ir a d o r d e la
T e o l o g í a d el P r o c e s o , s o s tu v o u n a v is ió n d el m u n d o s im ila r. L o s p r o c e s is ta s
c r e e n q u e D io s c a m b ia y q u e el m a l e x is te p o r q u e D io s n o p u e d e h a c e r o tr a
c o s a q u e t r a t a r d e p e rs u a d ir a la s p e r s o n a s p a ra q u e h a g a n el b ie n .
S ó r e n K ie r k e g a a r d ( 1 8 1 3 - 1 8 5 5 ) , un c r i s ti a n o d a n é s , a n ti c ip ó la c r í ti c a
p o s m o d e r n a d e la s o c ie d a d m o d e r n is ta c o m o a lg o d e s t r u c tiv o d e la in d iv i­
d u a lid a d . E l c r e ía q u e el é n fa s is m o d e r n o e n c o s a s ta le s c o m o e l a n á lis is , la
r a z ó n y lo s c o n c e p t o s u n iv e r s a le s d e b ilita n a s p e c to s v ita le s d e la v id a h u m a n a
in d iv id u a l, ta le s c o m o el c o m p r o m is o y la “ p a s ió n ” , c o s a s q u e e s tá n e n el
c o r a z ó n d e u n a v id a c o n p r o fu n d id a d y e s p ir itu a lid a d . V e r d a d y c o s a s q u e
r e a lm e n te im p o r ta n e n la v id a n o s o n o b je ti v a s , s in o s u b je t iv a s , a fir m a b a
K ie r k e g a a r d . T í p i c o t a m b ié n d e l p o s m o d e r n is m o , él id e n tific a b a a lo s m e d io s
c o m o u n a in flu e n c ia n e g a tiv a s o b r e la c u ltu r a .
C a r lo s M a r x ( 1 8 1 8 - 1 8 8 3 ) a c e p t ó la id e a d e H c g e l q u e la re a lid a d e stá
c a m b ia n d o e n un n iv el fu n d a m e n ta l, p e r o s a c ó a D io s e h iz o a la h u m a n id a d
el c e n tr o d e la e v o lu c ió n . L o s h u m a n o s n o s o n u n p r o d u c to d e su n a tu r a le z a
p e c a d o r a , d e c ía , s in o d e su m e d io a m b ie n te e c o n ó m ic o . P o r e s o , c u a n d o lo s tr a ­
b a ja d o r e s se s a c u d ie r a n el y u g o d e lo s q u e c o n t r o la n lo s m e d io s d e p r o d u c ir
r iq u e z a , se e n tr a r á e n u n a e ra id eal d e p ro p ie d a d c o m ú n ; es d ecir, el c o m u n is m o .
L a m a y o r p a r te d e lo s s e g u id o r e s d e M a r x n o u s a b a n la r a z ó n p a r a
m o s t r a r q u e lo s p u n to s o p u e s t o s e r a n e r r ó n e o s . S e n c illa m e n t e r e i n t e r ­
p r e ta b a n lo s p u n to s d e v is ta o p o n e n te s d e sd e su p r o p ia v is ió n m a r x is ta . P o r
e je m p lo , lo s q u e n o e s ta b a n d e a c u e r d o e n q u e el m u n d o e s tá d iv id id o e n tr e
la c la s e t r a b a ja d o r a o p r im id a y la c la s e p r o p ie ta r ia o p r e s iv a te n ía n s im ­
p le m e n te q u e id e n tific a r s e c o n la c la s e p r o p ie ta r ia . E s te a c e r c a m ie n t o c o n ­

V.^L^nal prolegdo por ’ ocbos dt auror


148 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

t r a s t o c o n la E r a M o d e r n a , la c u a l h a t r a t a d o d e h a c e r p r o g r e s o s in te le c tu a le s
a tr a v é s d el d is c u r s o p ú b lic o u s a n d o la r a z ó n y, h a s ta d o n d e e s p o s ib le ,
p r e m is a s q u e e r a n c o m u n e s a a m b o s la d o s . E n la E r a M o d e r n a , e l e s c e p ­
ti c is m o h a b ía e c h a d o r a íc e s e n h e c h o s o e n fa lta d e h e c h o s . P e r o el a c e r c a ­
m ie n t o u s a d o p o r lo s m a r x is t a s h a b í a c r e c id o e n la E ra P o s m o d e r n a y
g a n a d o el n o m b r e d e hermenéutica de sospecha.
E n lu g a r d e t r a t a r c o n la v e rd a d o la fa ls e d a d d e u n a id e a , e s te a c e r c a ­
m ie n t o la n z a s o s p e c h a s s o b r e lo s m o t iv o s d e u n a p e r s o n a q u e tie n e u n a id e a
y s u p o n e q u e s o m o s p r o p e n s o s a l a u to e n g a ñ o . O f r e c e m e n o s a n á lis is e p is te ­
m o ló g ic o d e lo q u e e s v e r d a d o fa ls o y m á s a n á lis is p s ic o l ó g ic o o s o c io ló g ic o
so b re p o r qu é la s p e r s o n a s s u s t e n ta n ta l o c u a l p u n to d e v is ta . P o r c o n s i ­
g u ie n te , e l e s c e p ti c is m o e n la E ra P o s m o d e r n a tie n e m á s q u e h a c e r c o n lo q u e
c r e e m o s s o b r e la n a tu r a le z a y c o n c ie n c ia d e la s p e r s o n a s q u e c o n h e c h o s o b ­
je t iv o s . S ig m u n d F re u d ( 1 8 5 6 - 1 9 3 9 ) e n c o n t r ó c a u s a p a r a s o s p e c h a s e n e l te ­
r r e n o p s ic o ló g ic o y p r o p u s o q u e la s c r e e n c ia s s o n p r o d u c to d e c o s a s ta le s
com o d eseo s s a tis fe c h o s y d eseo s r e p r im id o s . F r ie d r ic h N ie tz s c h e
( 1 8 4 4 - 1 9 0 0 ) q u e fu e ta n p r o f e ta c o m o c u a lq u ie r a d e la é p o c a p o s m o d e r n a ,
s u p o n ía q u e lo q u e m u e v e a r o d a s la s c r i a t u r a s e s el d e s e o d e p o d e r.
E l n u e v o a c e r c a m i e n t o p s i c o l ó g i c o y s o c i o l ó g i c o t r a j o la i d e a m o d e r n i s t a

d e q u e e l in d iv id u o tie n e a c c e s o d ir e c to a la r e a lid a d m e d ia n te el c o n o c i ­
m ie n t o d e su p r o p ia m e n te . M a r x a fi r m a b a q u e el p e n s a m ie n to in d iv id u a l es
m o d e la d o p o r la s e s tr u c tu r a s e c o n ó m i c a s , N ie tz s c h e d e c ía q u e e r a la v o lu n ­
ta d d e a lc a n z a r p o d e r y F r e u d v e ía fu e rz a s in c o n s c ie n t e s (o r ie n t a d a s s e x u a l-
m e n te ). E l y o a u t ó n o m o d e D e s c a r te s , q u e s u p u e s ta m e n te p o d ía in c o r p o r a r
c o n o c i m i e n t o s o b r e id e a s c la r a s y d is t in ta s , s e g u ir ía e s t a n d o e n el s ig lo v e in te
b a jo s e v e ro s a ta q u e s . E l m o d e r n is m o h a h e c h o d el y o e l b lo q u e d e e d ific a c ió n
d el c o n o c i m i e n t o ; e l p o s m o d e m is m o lo h iz o e l e s c o llo .
N ie tz s c h e c o n s id e r a b a r e la tiv a s t a n t o la m o r a l c o m o la v e rd a d . D e c ía q u e
n o h a y n a d a c o r r e c t o e n lo q u e c a d a in d iv id u o h a c e . A d e m á s , c r e ía q u e lo
m o r a l se h a b ía e s ta b le c i d o e r r ó n e a m e n te s o b r e el a m o r y la c o m p a s ió n . L a
e v o lu c ió n d e s c r ita p o r D a r w in m u e s tr a la f o r m a en la q u e la n a tu r a le z a es
p a r a q u e el fu e r te d o m in e y e x p lo te a l d é b il , a lg o q u e a m e n u d o se in te r ­
p r e ta b a c o m o c r u e ld a d . E l fu e rte d e b e s e r lib e r a d o d e la m o r a lid a d d e c o m ­
p a s ió n , la c u a l fu e in v e n ta d a p o r el d é b il p a r a su a u t o p r o t e c c i ó n . A d e m á s , el
fu e rte d e b e s e r lib e r a d o d e c r e e r e n D io s . É l n o o c u l t ó a q u ié n c o n s id e r a b a el
c u lp a b le p r in c ip a l e n la s o c ie d a d . D e c í a : “ L la m o a l c r i s ti a n is m o la g r a n m a l­
d ic i ó n , la g r a n d e p r a v a c ió n i n t r í n s e c a ... la m a n c h a in m o r ta l d e la h u m a n i­
d a d . . . ” 1 R e c h a z a b a la b ú s q u e d a d e la m a y o r ía d e lo s a n te r io r e s fi ló s o f o s y
te ó lo g o s d e u n a v is ió n d el m u n d o q u e p r o v e y e ra u n a e x p lic a c ió n u n ific a d a
d e la s c o s a s . C r e í a q u e c o n s t r u i r u n a v is ió n d el m u n d o a s í d e p e n d ía d e v e r ­

M *!-'“ '! r- ‘ vjido por d o ra d lo s de aolor


Im importancia de entender nuestro mundo posmoderno 149

d a d e s a u to e v id e n te s , lo q u e n a d ie p o d ía h a b e r te n id o . T a m b ié n , ta le s p e r ­

s o n a s e r r ó n e a m e n te se c e n tr a n en a b s t r a c c io n e s e n lu g a r d e a s u n to s m á s p r á c ­
ti c o s . S u e s c e p ti c is m o s o b r e la p o s ib ilid a d d e fo r m a r u n a v is ió n d el m u n d o
q u e lo a b a r c a r a to d o es típ ic o d el p o s m o d e r n is m o . T a m b ié n típ i c o d e m u c h o
p o s m o d e r n is m o es q u e n u n c a in te n ta un a n á lis is s is te m á ti c o q u e lo a b a r q u e
to d o o u n a e x p lic a c ió n d e la s c o s a s .
C o m o filo s o fía q u e r e tó a l m o d e r n is m o e n u n a c a n tid a d d e fo r m a s , lo s
n u e v o s d e s c u b r im ie n to s p o r la c ie n c ia fu e r o n u n r e to p a r a id e a s p o r la r g o
tie m p o s u s te n ta d a s s o b r e la p r e c is a e s t r u c tu r a d el m u n d o . H a s t a a h o r a , el
m o d e r n is m o h a f u n c io n a d o en el u n iv e rs o d e c a u s a s r íg id a s y le y e s n a tu r a le s
d e N e w to n . T o d a v ez q u e e s ta s le y e s p o d ía n d e s c u b r ir s e m e d ia n te e l r a z o n a ­
m ie n t o s o b r e o b s e r v a c io n e s , h u b o g r a n o p tim is m o d e q u e p o d r í a m o s lle g a r
a c o n o c e r el m u n d o y c o n t r o l a r l o . I n c lu s o se p e n s ó q u e d e s c u b r i r í a m o s la s
le y e s n a tu r a le s q u e g o b ie r n a n la s c o s a s c o m o la c o n d u c t a h u m a n a y la s o ­
c ie d a d y q u e p o d r ía n s e r c o n t r o l a d a s p a ra m e jo r . M a r x p e n s a b a q u e h a b ía
d e s c u b i e r to ta le s le y e s , y el c o m u n is m o lle g ó a p e n s a r q u e p o d r ía c o n t r o l a r
c o m p le t a m e n te a lo s in d iv id u o s y a la s o c ie d a d .
E l m o d e r n is m o n u n c a d u d ó q u e e r a m e jo r m á s c o n t r o l h u m a n o . E s t o ,
d e b id o a q u e d e ja b a n lo s p r o p ó s ito s d iv in o s fu e ra d e la e x p lic a c ió n d e la s
c o s a s (y a q u e n o se p o d ía n o b s e r v a r ); a s í, n o h a b ía p r o p ó s ito s m á s a lto s q u e
lo s n u e s tr o s . L o s m o d e r n is ta s n o te n ía n r a z ó n p a r a d u d a r q u e lo s p r o p ó s ito s
h u m a n o s s o n b u e n o s p o r q u e r e c h a z a b a n c u a lq u ie r id e a d e u n a n a tu r a le z a d e
p e c a d o ( ta m p o c o la c a íd a p o d ía p r o b a r s e m e d ia n te la o b s e r v a c ió n . L a h is t o ­
r ia p a r e c ía c o n f ir m a r to d o su o p t im is m o s o b r e la n a tu r a le z a h u m a n a p o r q u e ,
p o r e je m p lo , e n E u r o p a h a b ía u n a p a z la r g a y p r o d u c tiv a d e sp u é s d e la s g u e ­
r r a s n a p o le ó n ic a s .
P e ro p o r la c ie n c ia d e c o m ie n z o s d el s ig lo v e in te p a r e c ía m o s tr a r s e q u e ,
d e sp u é s d e to d o , e l m u n d o n o e ra ta n p r e d e c ib le . S e g ú n el “ p r in c ip io d e in c e r ­
tid u m b r e ” d el fís ic o W e r n e r H e is e n b e r g ( 1 9 0 1 - 1 9 7 6 ) , n o p o d e m o s c o n o c e r
l a l o c a l i z a c i ó n p r e c i s a y la v e l o c i d a d d e u n a p a r t í c u l a s u b a t ó m i c a . E s o p a r e c í a

m o s tr a r q u e la s p a r tíc u la s s u b a t ó m ic a s e r a n im p r e d e c ib le s y, a d ife r e n c ia d e
N e w to n , lo s a c o n t e c i m ie n to s n o se p o d ía n p re d e cir. E n tr e lo s q u e se r e s is tie r o n
a e s t a c o n c lu s ió n e s tu v o E in s te in ( 1 8 7 9 - 1 9 5 5 ) , q u ie n d ijo q u e e s to n o
m o s tr a b a n a d a m á s q u e n u e s tr a a c tu a l ig n o r a n c ia d e la s c a u s a s . E l u n iv e r s o
n o es p r e d e c ib le p o r q u e , d ijo : D io s n o “ ju g a r ía a lo s d a d o s ” c o n é l. P e r o la s
p r o p ia s te o r ía s d e E in s te in e s ta b a n h a c ie n d o n a u fr a g a r e l tr a d ic i o n a l c o n c e p to
d e a b s o lu to s , d e m o s tr a n d o q u e la lu z es a f e c ta d a p o r la g ra v e d a d y q u e la m a s a
y a u n el tie m p o p o d r ía n c a m b ia r c o n la v e lo c id a d . C o m o el p r in c ip io d e in c e r ­
tid u m b r e d e H e is e n b e r g , la s p e rs o n a s e x tr a je r o n im p lic a c io n e s q u e fu e ro n m á s

V^Lznal p rolegdo por ’ ocbos d- auror


150 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

a llá d e lo fís ic o . D e s c o n c e r ta b a a E in s te in q u e la s p e r s o n a s p e n s a r a n q u e su s
te o r í a s m o s tr a b a n q u e to d o , a u n lo m o r a l, e r a r e la tiv o .
L a c ie n c ia m is m a e s ta b a s ie n d o r e in t e r p r e t a d a . S ie m p r e se a s u m ió q u e
u n c ie n tíf ic o te n ía q u e p r o b a r a lg o , y q u e el c ie n tí f ic o q u e v in ie r a d e s p u é s p o ­
d ría c o n s t r u ir s o b r e e s a b a s e . D e e s t a m a n e r a , el c o n o c i m i e n t o c ie n tí f ic o h a c e
p r o g r e s o s firm e s h a c ia la v e rd a d o b je t i v a . P e r o K a r l P e p p e r ( 1 9 0 2 - 1 9 9 4 ) ,
s o s te n ía q u e u n a te o r ía n o e s p r o b a d a e n u n s e n t id o fin a l p o r q u e u n n u e v o
d e s c u b r im ie n t o p o d r ía r e v e la r q u e e s t a b a e q u iv o c a d a . P o r e s o , la c ie n c ia n o
e s u n a s u n to d e p r o b a r te o r í a s d e u n a v ez y p a ra s ie m p r e , s in o s o s te n e r la s h a s ­
ta q u e fu e ra n d e s a p r o b a d a s . D e s a p r o b a r e s la c la v e , y la s te o r ía s q u e n o
p u e d e n e s ta b le c e r s e r ig u r o s a m e n te p a r a s e r d e s a p r o b a d a s d e fin itiv a m e n te n o
s o n c ie n tíf ic a s (u n p r o b le m a p a r a la s t e o r í a s d e M a r x y F r e u d , p e n s a b a ) .
E n t o n c e s , el fi ló s o f o d e c ie n c ia T h o m a s K u h n 4 ( 1 9 2 2 - 1 9 9 6 ) a fir m a b a
q u e la c ie n c ia n o e s tá h a c ie n d o p r o g r e s o s , s in o q u e se m u e v e d e u n a te o r í a
im p o r ta n te ( “ p a r a d ig m a ” 5) a o t r a . É l s o s t e n í a q u e la c ie n c ia t r a b a ja b a jo u n a
te o r í a h a s ta q u e d e m a s ia d a s c o s a s h a c e n q u e n o h a y a e x p lic a c ió n y e n to n c e s ,
se p r o p o n e u n a n u e v a t e o r í a . A lg u n o s c ie n tíf ic o s a c e p t a n e s t o , m ie n t r a s q u e
o t r o s p e r m a n e c e n le a le s a la v ie ja p o s tu r a , p o r e je m p lo , c ie n tíf ic o s a n tig u o s
q u e h a b í a n c r e í d o e n e s o p o r l a r g o t i e m p o . D e a c u e r d o a la c r e e n c ia d e K u h n ,

la c ie n c ia n o e s u n c a m p o p u r o d o n d e la s p e r s o n a s c o n m o tiv o s p u r o s e n ­
c u e n tr a n la v e rd a d p u r a . E l fi ló s o f o M ic h a e l P o la n y i ( 1 8 9 1 - 1 9 7 6 ) d e m o s tr ó
q u e la c ie n c ia n o e s ú n ic a m e n t e o b je t i v a , s in o q u e e s m á s c o m o o t r o s c a m ­
p o s e n lo s q u e se h a p e n s a d o ; u s a , p o r e je m p lo , la im a g in a c ió n c r e a t iv a .6
L a v is ió n se g ú n la c u a l u n in d iv id u o tie n e a c c e s o d ir e c to a la r e a lid a d m e ­
d ia n te id e a s c la r a s e in c o n fu n d i b le s (D e s c a r te s ) o p e r c e p c io n e s s e n s o r ia le s
( J o h n L o c k e ) e r a a h o r a c o n s id e r a d a s im p lis ta . L o s “ h e c h o s ” n o e s tá n fu e ra
d e n o s o t r o s p a r a e n t e n d e r lo s p o r q u e tr a e m o s a c a d a s it u a c ió n c o s a s ta le s
c o m o p r e s u n c io n e s y p r e s u p o s ic i o n e s , y e lla s in flu y e n lo q u e v e m o s y la f o r ­
m a e n la q u e in te r p r e ta m o s lo q u e v e m o s . L o s h e c h o s y a s o n “ te o r í a c a r ­
g a d a ” , se d e c ía . Y d e s e r lo , n o h a y fo r m a d e s e r o b je t i v o .
U n a r e v o lu c ió n s im i la r e s t a b a e n p r o c e s o r e s p e c to d el le n g u a je . L u d w ig
W ittg e n s te in ( 1 8 8 9 - 1 9 5 1 ) la c o m e n z ó c o n la v is ió n m á s m o d e r n is ta s e g ú n la
c u a l la s p r o p o s ic io n e s p in ta n la r e a lid a d y e s tá n c o n e c ta d a s a e lla . C o m o
ta le s , p u e d e n s e r fo r m a d a s p r e c is a m e n te y s o n v e r d a d e r a s o fa ls a s . W i t t ­
g e n s te in h iz o u n n o ta b le c a m b i o h a c ia u n a p o s ic ió n m á s r a d ic a l d ic ie n d o q u e
e l s e n t id o d e u n a p r o p o s ic ió n e s tá e n su u s o . D e e s ta m a n e r a , la s p r o p o s i­
c io n e s s o n v e r d a d e r a s o fa ls a s p o r su u tilid a d o su in u tilid a d . E l s ig n ific a d o
d e p r o p o s ic io n e s c o m o “ D io s e x i s t e ” d e p e n d e d e c o s a s ta le s c o m o la fo r m a
e n la q u e la s p e r s o n a s la s u s a n y v iv e n . A d e m á s , y a q u e el s e n tid o e s u n a c o s a
s o c i a l , e l in d iv id u o n o tie n e a c c e s o e s p e c ia l a la v e r d a d ni a u n c u a n d o te n g a

M a te ria l ji ir if f r j ilo [tttr im ieíd-irK :>? .. ..¿ir


I m importancia de entender nuestro mundo posmoderno 151

q u e v e r c o n su p r o p io e s ta d o in te r io r . P o r e s o , n o p o d e m o s e s ta r m á s s e g u r o s
d e q u e “ m e d u e le e l d e d o ” q u e “ e n e s te c u a r t o h a y d ie z s ill a s ” . E s te fu e o t r o
a ta q u e a la ¡d e a d e D e s c a r te s q u e el in d iv id u o y su m e n te s o n el le c h o d el
c o n o c im ie n to .
E l a ta q u e lo c o n t in u ó el e s tr u c tu r a lis m o . E l m o v im ie n to s ig u ió lo s
p r im e r o s t r a b a jo s d el lin g ü is ta F e r d in a n d d e S a u s s u r e (se p r o n u n c i a s o o s i r ;
1 8 5 7 - 1 9 1 3 ) , q u ie n d ijo q u e e l s ig n ific a d o n o e s u n a s u n to d e la r e la c ió n m e n ­
ta l e n tr e u n a p a la b r a y la c o s a a la q u e se r e fie r e y, p o r t a n t o , u n a p a la b r a n o
u n e u n c o n c e p t o c o n u n a c o s a . S im p le m e n te u n e u n c o n c e p t o c o n u n sonido.
A d e m á s , e sa c o n e x i ó n e s a r b it r a r ia y p u d o h a b e r s id o h e c h a p o r u n s o n id o
d ife r e n te . S o b r e e s o , la s p a la b r a s tie n e n s ig n ific a d o s o l o en r e la c ió n c o n o tr a s
p a la b r a s . A s í, él d e sa fió la tr a d ic io n a l c o n v ic c ió n d e q u e el le n g u a je e s tá
c o n e c ta d o a l m u n d o . L o s e s tr u c tu r a lis ta s b u s c a b a n el s ig n ific a d o n o e n la s
c o s a s , s in o en la r e la c ió n e n tr e la s c o s a s , a s í c o m o un b ille te d e u n d ó la r t i e ­

n e s ig n ific a d o s o lo e n r e la c i ó n c o n b ille te s d e o tr a s d e n o m in a c i o n e s y e l s is ­
te m a m o n e ta r io . Y a s í c o m o la c o n s ta n te v a r ia c ió n d el v a lo r d el d ó la r , la s
e s tr u c tu r a s s o n m á s d in á m ic a s q u e e s tá ti c a s . S e p e n s a b a q u e la s e s t r u c t u r a s
e s tá n en to d a s p a r te s en la e x p e r ie n c i a y la s o c ie d a d y q u e se la s p u e d e e s tu ­
d ia r c ie n tíf ic a m e n te . L o s e s tr u c tu r a lis t a s n ie g a n la o p in ió n d e lo s m o d e r n is ta s
d e q u e el s ig n ific a d o lo c r e a n in d iv id u o s a u t ó n o m o s u s a n d o su s p r o p ia s id e a s
c la r a s . E n lu g a r d e e s o , c o n s id e r a n a l in d iv id u o c o m o u n p r o d u c to d e la s o ­
c ie d a d y el le n g u a je .-

E l po s mo d e r n i s mo
A l c o li s i o n a r c o n m u c h a s p r e s u n c io n e s a p r e c ia d a s d e la E ra M o d e r n a , a c o n ­
te c im ie n to s h is tó r ic o s y c u ltu r a le s c o n s id e r a d o s fu n d a m e n ta le s fu e ro n
s o m e tid o s a u n a r e e v a lu a c ió n . L a c o n fia n z a en la b o n d a d y la p e r fe c tib ilid a d
d e la h u m a n id a d se e s tr e lló c o n d o s g u e r r a s m u n d ia le s , u n a g u e r r a fría y e s ­
ta d o s to t a li t a r i o s d e s p ia d a d o s . Q u iz á p e o r q u e r o d o , d e s p u é s d e c e n tu r ia s d e
s u p u e s t o p r o g r e s o , h u b o u n h o l o c a u s t o e n E u r o p a , el c e n t r o m i s m o d el m o ­

d e r n is m o . Y le jo s d e s e r s a lv a d o r e s , la c ie n c ia y la te c n o lo g ía s o c a v a r o n c o n
p o l u c i ó n la c a lid a d d e v id a , o fr e c i e r o n a g o b ie r n o s u n c o n t r o l sin p r e c e d e n te s
s o b r e la s p e r s o n a s , y a m e n a z a r o n la m is m a e x is t e n c ia d e la h u m a n id a d c o n
b o m b a s n u c le a r e s .
L a s te n s io n e s en F r a n c ia lle g a ro n a su p u n to m á x im o en 1 9 6 8 c u a n d o
h u e lg a s y r e v u e lta s p o r t r a b a ja d o r e s y e s tu d ia n te s p a r a liz a r o n e l p a ís . E l P r e ­
s id e n te C h a r le s d e G a u lle ( 1 8 9 0 - 1 9 7 0 ) p r o m e ti ó n u e v a s e le c c io n e s y p id ió
o r d e n . E l P a r tid o C o m u n is ta , e n lu g a r d e a p o y a r lo s c a m b io s r a d ic a le s , d e ­
n u n c ió a lo s m a n ife s ta n t e s y a p o y ó a l g o b ie r n o . D e s ilu s io n a d a , la iz q u ie r d a

V.^Lsial p rolegdo por 1 achos d- auior


152 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

p o lí tic a v io a l c o m u n is m o c o m o p a r te d el p r o b le m a y c o m e n z ó a b u s c a r c o n
m a y o r in te ré s a lo s p e n s a d o r e s r a d ic a le s fr a n c e s e s .
El m a r x is m o y a e s ta b a e x p e r im e n t a n d o c a m b io s . L o s m a r x is ta s h a b í a n
c o m e n z a d o a d a r s e c u e n t a d e q u e la s d ific u lta d e s e c o n ó m ic a s y d e c la s e n o
c o n t a b a n p a r a la a m p litu d d e la h is t o r ia y la e x p e r ie n c ia h u m a n a . C o m o lo s
r e g ím e n e s c o m u n is t a s se fu e r o n e m p o b r e c i e n d o y se h ic ie r o n m á s r e p r e s iv o s
a m e d id a q u e e l c a p ita lis m o flo r e c í a , lo s m a r x is ta s m o d if ic a r o n v a r ia s c r e e n ­
c ia s c e n tr a le s y a b r a z a r o n la d e m o c r a c ia . L o u is A lth u s s e r ( 1 9 1 8 - 1 9 9 0 ) , m o ­
tiv a d o p o r su in te r é s k a n t ia n o e n la n a tu r a le z a d e la r e a lid a d , t r a t ó d e u s a r
id e a s e s tr u c tu r a lis t a s p a r a lle v a r a l m a r x is m o d e n t r o d e u n a te o r ía d e c o n o ­
c im ie n to . P o r c o n t r a s t e , la lla m a d a E s c u e la d e F r a n k f u r t a d o p tó u n a d ir e c ­
c ió n m á s h u m a n ís tic a , c r it ic a n d o a la s c u ltu r a s m o d e r n a s c o m o d o m in a n te s
y d e s h u m a n iz a d a s . M e z c la n d o a M a r x c o n F reu d , H e rb e rt M a rcu se
( 1 8 9 8 - 1 9 7 9 ) d ijo q u e el c a p ita lis m o r e p r im ía lo s in s t in t o s h u m a n o s . S in e m ­
b a r g o , p u e d e n se r lib e r a d o s y e s t r u c t u r a d o s a tr a v é s d el t r a b a jo p a r a u n a v id a
d e b e lle z a , p a z y s e n s u a lid a d . C o m o el p a d r e d e la N u e v a I z q u ie r d a , a fir m ó
q u e la r e v o lu c ió n te n ía q u e v e n ir d e lo s e s tu d ia n te s , la s m in o r ía s y lo s in te ­
le c tu a le s p o r q u e lo s t r a b a ja d o r e s e s ta b a n d e m a s ia d o e x ta s ia d o s p o r e l p r o ­
d u c to d e su t r a b a jo . J ü r g e n H a b e r m a s ( 1 9 2 9 - ) r e c h a z ó el p o s m o d e r n is m o
c o m o q u e se d irig ía h a c ia el r e la tiv is m o y la ir r a c io n a li d a d . T r a t ó d e r e fin a r
la b ú s q u e d a d e la r a c io n a lid a d , la c ie n c ia q u e lib e r a , la lib r e c o m u n ic a c ió n y
u n p u n t o d e v is ta u n ific a d o d e la s c o s a s d el S ig lo d e la s lu c e s .
M ie n t r a s e s to s m a r x is t a s 8 c o n s e r v a b a n a lg u n a m e d id a d el c o m p r o m is o
m o d e r n is ta p a r a u n a v is ió n u n ific a d a d el m u n d o , o tr o s a c e p ta r o n la c r e e n c ia
p o s m o d e r n a e n la im p o s ib ilid a d d e c u a lq u ie r v is ió n d el m u n d o a s í. E llo s se
h a n d is u e lto d e n t r o d e m u c h o s d is p a r a t e s d e la iz q u ie rd a e in c lu s o a g e n d a s
s o c ia le s c o n f lic t iv a s , in c lu y e n d o lo s d e r e c h o s d e lo s h o m o s e x u a le s , e l le s-
b ia n is m o , e l fe m in i s m o , el m u lt ic u ltu r a lis m o , e l m e d io a m b ie n te , el a n t i c o l o ­
n ia lis m o y el a c tiv is m o a n rin u c le a r .
E n 1 9 5 1 , M ic h a e l F o u c a u lt ( 1 9 2 6 - 1 9 8 4 ) r o m p ió c o n el P a r ti d o C o m u ­
n is ta y d e s a r r o l ló el c r i t e r i o s e g ú n e l c u a l la o p r e s ió n tie n e m u c h a s fa s e s y es
o m n ip r e s e n te , y n o s o l o u n a s u n to d e o p r e s ió n d e lo s t r a b a ja d o r e s p o r la c l a ­
se e m p r e s a r ia l. C o m o lo v e ía é l, e l in d iv id u o e s d o m in a d o p o r la s o c ie d a d e n
m a n e r a s d ife r e n te s , e s p e c ia lm e n t e p o r lo q u e se c o n s id e r a el c o n o c i m i e n t o .
R e c h a z ó el p u n to d e v is ta d e l m u n d o d el m o d e r n is m o s e g ú n el c u a l el c o n o ­
c im ie n to e s n e u tr a l y u n a v ía a la lib e r a c ió n . E n u n a p o s ic i ó n e x a c t a m e n t e
o p u e s ta a la a fir m a c ió n d e F r a n c i s B a c o n q u e el c o n o c i m i e n t o d a p o d e r a su s
p o s e e d o r e s , F o u c a u lt d e fin ió e l c o n o c i m i e n t o c o m o u n p r o d u c to y u n a h e r r a ­
m ie n ta d e o p r e s ió n . L o s q u e tie n e n p o d e r d e c id e n q u é a c e p ta r á n c o m o
“ c o n o c i m i e n t o ” y lo u s a r á n p a r a o p r im ir a lo s d e m á s . P o r e s o , la c ie n c ia e s tá

MaiHnal p in t^ jc lo [«ir dnmehos :» au:;;r


La importancia de entender nuestro mundo posm odem o 153

le jo s d e s e r n e u t r a l, y to d a v ía n o e s tá c la r o q u e e lla , o la r a z a h u m a n a , es
q u ie n p r o g re s a .
R e c h a z a n d o la b ú s q u e d a d el m o d e r n is m o t a n t o d e u n a e x p lic a c ió n d e lo s
p r o b le m a s h u m a n o s c o m o d e u n a v is ió n d el m u n d o q u e lo e n g lo b e t o d o ,
F o u c a u lt , c o m o u n p o s te s tr u c tu r a lis ta , ju n to c o n m u c h o s p o s m o d e r n is ta s , h a
s e g u id o el m á s fr a g m e n ta d o a c e r c a m ie n to a la r e a lid a d d e N i e tz s c h e . D e
a c u e r d o c o n e s t a r e la c i ó n p e r s p e c tiv is ta , n o h a y u n a s o la v is ió n d el m u n d o
q u e se a c o r r e c t a , s in o in c o n ta b le s p u n to s d e v is ta q u e s o n c o r r e c t o s e n su
p r o p ia m a n e r a . I n flu e n c ia d o s p o r e s ta s u e r te d e p e n s a m ie n to , a lg u n o s en la
c u ltu r a p o p u la r h a n lle g a d o a la c o n c lu s ió n d e q u e c o m o n o h a y u n a s o la
p e rs p e c tiv a v e r d a d e r a d e b e r ía m o s lu c h a r p a r a se r e n r iq u e c id o s p o r to d o s lo s
p u n to s d e v is ta d ife r e n te s (y c o n d u c t a s ) q u e se a p o s i b le ; d e b e r ía in c lu irs e
t o d o .9
E n lo s a ñ o s d e 1 9 7 0 F o u c a u lt tu v o u n a p a r te en d e s a r r o lla r el p o s t-
e s tr u c tu r a lis m o a l te n e r p r o b le m a s d e n t r o d el e s tr u c tu r a lis m o , u n a v is ió n
p o p u la r d e sd e lo s a ñ o s d e 1 9 5 0 . E l p o s t- c s t r u c tu r a lis m o to m ó d el e s tr u c tu ­
r a lis m o la id e a d e q u e el le n g u a je e s tr u c tu r a la c o m u n ic a c i ó n y el p e n s a m ie n to
m is m o , y q u e el le n g u a je e s u n a c u e s tió n d e r e la c io n e s y d ife r e n c ia s . A d o p tó
el r e la tiv is m o r a d ic a l d e N ie tz s c h e y la c o n v ic c ió n d e F o u c a u lt q u e el p o d e r
s irv e d e b a s e a l c o n o c i m i e n t o .10 D e s a fió la p o s ic ió n e s tr u c tu r a lista d e q u e el
s ig n ific a d o d e n tr o d el le n g u a je y la c u ltu r a s o n e s ta b le s y p o r lo t a n t o , p u e d e n
a n a liz a r s e d e fin itiv a m e n te .
U n a fig u ra p o s te s tr u c tu r a lis ta b a s ta n te p o p u la r , J a c q u e s D c r r id a ( 1 9 3 0 - )
a f ir m a b a q u e e s to s s ig n ific a d o s e s tá n s ie m p r e c a m b ia n d o o e s tá n s ie m p r e “ e n
ju e g o ” . L o s d ic c io n a r io s d a n la fa ls a im p r e s ió n d e q u e la s p a la b r a s tie n e n un
s ig n ific a d o e s ta b le . S in e m b a r g o , e s to s s ig n ific a d o s d e p e n d e n d e c o s a s ta le s
c o m o n u e s tr a s e x p e r ie n c ia s , la s c u a le s e s tá n c a m b ia n d o c o n s ta n te m e n te . P o r
e s ta r a z ó n se o p u s o al t r a b a jo d e l e s tr u c tu r a lis ta C la u d e L e v i-S tr a u s s ( 1 9 0 8 - )
q u ie n c a t a l o g ó c ie n to s d e m ito s p o r q u e c r e ía q u e su s s ig n ific a d o s e r a n e s ta ­
b le s y p o d ía n a n a liz a r s e c ie n tíf ic a m e n te . N o s o l o el flu jo d e s ig n ific a d o h a c e
e s a c la s e d e p r o y e c t o a lg o im p o s ib l e , p e n s a b a D e r r id a , s in o q u e d e b e r ía m o s
d a r la b ie n v e n id a a fu tu r o s s ig n ific a d o s c r e a t iv o s y n o c o n c e n t r a m o s e n a lg ú n
p a s a d o id e a liz a d o . E n u n n iv e l m e ta f í s ic o , se o p o n ía a la f e n o m e n o lo g ía d e
E d m u n d F fu s s e rl ( 1 8 5 9 - 1 9 3 8 ) , q u ie n e n s e ñ a b a q u e p o d e m o s a s ir la r e a lid a d
in tu itiv a m e n te y c o n c e r te z a in c lu y e n d o e n tid a d e s n o fís ic a s . P e r o c o m o o tr o s
h o y d ía , D e r r id a d ic e q u e n o te n e m o s a c c e s o a la r e a lid a d a p a r te d e l le n g u a je .
L o q u e h a c e r a d ic a l e s ta v is ió n d el m u n d o e s la c o m b in a c ió n d e c r e e n c i a
e n la o m n ip o te n c i a d e l le n g u a je , q u e to d o p e n s a m ie n to y a c c e s o a la r e a lid a d
e s a tr a v é s d el le n g u a je , c o n u n a v is ió n p e s im is ta d e la s c o m p le jid a d e s e in d e ­
c is io n e s d el le n g u a je . Si n o p o d e m o s a s ir el le n g u a je , n o p o d e m o s a s ir la r e a -

M a w ia l ptolfiflirlr;- p».v ¡Iet


154 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

Iid a d , ni s iq u ie r a p o d e m o s c o m u n ic a r n o s e n n in g ú n s e n tid o o b je t i v o . E s o
ta m b ié n s ig n ific a q u e n o h a y v e rd a d e n el s e n tid o tr a d ic io n a l, s in o q u e la v e r ­
d a d e s u n a s u n to d e p r o p o s ic io n e s c o r r e c t a s a c e r c a d e la r e a lid a d . L a c o r r e s ­
p o n d ie n te te o r ía d e la v e r d a d , q u e s u b y a c e e n el m o d e r n is m o se c o n t r a p o n e
e s p e c ia lm e n t e a l p o s m o d e r n is m o . N u n c a p o d e m o s lo g r a r u n a p e r s p e c tiv a
n e u tr a l fu e r a d e l le n g u a je p o r e l c u a l ju z g a r si u n a p r o p o s ic ió n c o r r e s p o n d e
a la r e a lid a d . A u n si c o r r e s p o n d ie r a , p a r a D e r rid a a l m e n o s , el le n g u a je n o
c a m b ia lo s u fic ie n te c o m o p a r a p e r m iti r n o s h a c e r a f ir m a c i o n e s q u e p u d ie r a n
s e r v e rd a d p a r a s ie m p r e .
D e r rid a c o n t in u ó h a c i e n d o p r e s u n c io n e s e n la s p o s tu r a s tr a d ic io n a le s d e
q u e el le n g u a je n o s c o n e c ta c o n la r e a lid a d . S e ñ a ló q u e m u c h o d e n u e s tr o p e n ­
s a m ie n to se fo r m a a l o p o n e r p a r e s d e té r m in o s ( “ b i n a r i o s ” ). A m e n u d o , el
p r im e r té r m in o e s d o m in a n te y fa v o r e c id o s o b r e el s e g u n d o , c o m o o c u r r e e n
el c a s o d e v a r ó n o h e m b r a y t e x t o o d is c u r s o . É l t r a t a d e d e m o s tr a r q u e e s t o
e s d e m a s ia d o s im p lis ta . D e h e c h o , e l s e n tid o d e l p r im e r té r m in o p u e d e s e r
d e p e n d ie n te d el s e g u n d o . T a le s té r m in o s n o d iv id e n e x a c t a m e n t e n i c o r r e s ­
p o n d e n a la r e a lid a d . T o d a v ez q u e a l d is c u r s o se le c o n s id e r a p r im a r io s o b r e
la e s c r itu r a , se p u e d e n h a c e r d is tin c io n e s e n la e s c r itu r a q u e n o p u e d e n h a ­
c e r s e e n e l d is c u r s o .

M u c h o d el le n g u a je e s tá b a s a d o e n s ig n ific a d o s d is tin tiv o s d e p a la b r a s ,


ta le s c o m o b in a r io s . S e g ú n D e r r id a , a s u m im o s q u e p o d e m o s c a p t a r la s d ife ­
r e n c i a s , y p o r lo t a n t o , lo s s ig n ific a d o s , p e r o n o e s ta n s im p le . P o r e je m p lo , a
m e n u d o la s p a la b r a s se in te r r e la c io n a n d e ta l m a n e r a q u e la s d ife r e n c ia s n u n ­
c a p u e d e n s e r fin a le s y d e fin itiv a m e n te s e ñ a la d a s . Y a q u e e n fr a n c é s diferencia
y diferir s o n el m is m o v e r b o ( différer ), él a le g r e m e n te d ic e q u e la d ife r e n c ia
e s d ife r id a (p a r a s ie m p r e ).
E l u s o q u e h a c e D e rr id a d e ju e g o d e p a l a b r a s y el u s o p o r él y o tr o s d e té r ­
m in o s n o d e fin id o s c o n c u id a d o n i u s a d o s e n fo r m a c o n s e c u e n te h a n le v a n ­
ta d o la s o s p e c h a y la fa lta d e r e s p e to d e lo s filó s o f o s q u e t r a b a ja n e n la
tr a d ic ió n m á s r ig u r o s a d e s a r r o lla d a e n I n g la te r r a y lo s E s ta d o s U n id o s . E n
c o n t r a s te c o n el a te m o r iz a n t e e s t ilo d e la tr a d ic ió n c o n t in e n ta l, la tr a d ic ió n
a n a lít ic a a n g lo a m e r ic a n a h a c e lo p o s ib le p o r q u e h a lla c la r id a d , c o n s is te n c i a y
c o h e r e n c i a ló g ic a . C u a n d o C a m b r id g e c o n c e d ió a D e rr id a u n d o c to r a d o h o ­
n o r a r io , d ie c in u e v e p r o fe s o r e s d ie r o n el p a s o sin p r e c e d e n te s d e d e s a c r e d ita r
su t r a b a jo e n el Times d e L o n d r e s c o m o s u p e r c h e r ía s i n c o m p r e n s i b le s ."
E l e s t ilo y la s c r e e n c i a s a c e r c a d el le n g u a je n o s o n la s ú n ic a s c o s a s q u e
h a n p r o v o c a d o la c ó le r a c o n t r a p e n s a d o r e s c o m o D e r r id a . S u s p e r s p e c tiv a s
la n z a n s e r ia s d u d a s s o b r e tr e s d e lo s p r in c ip io s m á s fu n d a m e n ta le s d el p e n ­
ley de identidad
s a m ie n to o c c i d e n ta l d e sd e A r is tó t e le s ( 3 8 4 - 3 2 2 d .C .) : L a
(s e g ú n la c u a l u n a c o s a “ es lo q u e e s ” ), la ley de la no contradicción (u n a p r o ­

M/U*íMrl¡ put ÜWHChOS (tu rllllof


La importancia de entender nuestro mundo posm oderno 155

p o s ic i ó n y su n e g a c ió n n o p u e d e n s e r v e rd a d ) y la ley del m edio excluido (u n a


p r o p o s ic i ó n d e b e s e r o v e r d a d o fa ls o ).
U n a d is tin c ió n e n filo s o fía q u e e s tá lle g a n d o a se r m á s im p o r ta n te q u e la
a n a l ít ic a a n te c o n t in e n ta l e s r e a lis m o a n t e a n ti r r e a lis m o . R e a lis m o es el c r i ­
te r io se g ú n e l c u a l a lg u n a s c o s a s e x is t e n in d e p e n d ie n te m e n te d e n u e s tr a m e n ­
te , c o n c e p to s y le n g u a je . E l m o d e r n is m o a s u m ía q u e h a y s o lo u n a r e a lid a d ,
q u e es in d e p e n d ie n te d e n o s o t r o s y q u e lle g a r e m o s a c o n o c e r la c o n p r e c is ió n
c r e c ie n t e a tr a v é s d el m é to d o c ie n tíf ic o . C o m o a n ti r r e a lis ta s , a lg u n o s p o s ­
m o d e r n o s a fir m a n q u e h a y m u c h a s r e a lid a d e s c o n s tr u id a s p o r m u c h o s le n ­
g u a je s y c u ltu r a s y q u e c a d a u n a e s ig u a lm e n te v á lid a . P a ra el r e a lis ta , h a y
u n a r e s p u e s ta a u n a p r e g u n ta s e n c illa c o m o , “ ¿ e s tá el g a t o e n el fe lp u d o ? ”
P a r a el a n ti r r e a lis ta , la r e s p u e s ta e s , to d o d e p e n d e d e la p e r s p e c tiv a .
P a r a e l p o s m o d e r n is ta q u e e s r e la tiv is ta , e s to p r o d u c e u n a c o n s e c u e n c ia
n o d e s e a d a . ¿ E s tá el e s c la v o o p r im id o si el d u e ñ o n o lo p ie n s a a s í y c r e e q u e
su p e rs p e c tiv a e s ta n v á lid a c o m o la d el e s c l a v o ? J u i c i o s s o b r e c o s a s ra le s
c o m o a b u s o , p r e ju ic io y g e n o c id io p a r e c e n d e p e n d e r e n q u e h a y a u n a p e rs ­
p e c tiv a q u e se a c o r r e c t a sin im p o r ta r lo q u e a lg u ie n p ie n se y e s e p u n t o n o s
v u e lv e al r e a lis m o . R e a l is ta s c o m o J o h n S e a r le ( 1 9 3 2 - ) d ir ía q u e le n g u a je s y
c u ltu r a s d ife r e n te s s o l o describen la r e a lid a d e n fo r m a d ife r e n te , p e r o la r e a ­
lid a d e s la m is m a . Q u e m u c h a d e n u e s tr a c o m u n ic a c ió n p r e s u p o n e q u e la r e a ­
lid a d e x is te in d e p e n d ie n te m e n te d e n u e s tr a s p a la b r a s y p e n s a m ie n to s .
O t r o d e s a fí o al r e a lis m o v ie n e d e lo s n e o - p r a g m á ti c o s c o m o R ic h a r d
R o r ty ( 1 9 3 1 - ), q u ie n p ie n s a q u e la v e r d a d e s u n m ito . L a s a f ir m a c i o n e s s o n
ju z g a d a s p o r c r ite r io s q u e d ifie r e n d e u n a c u ltu r a a o t r a . C o m o n o h a y f o r ­
m a d e s a l im o s d e n o s o t r o s m is m o s p a r a te n e r u n p u n to d e v is ta o b je t i v o , n o
h a y fo r m a d e s a b e r si el c r i t e r i o e s c o r r e c t o . P o r s u p u e s to , p o d e m o s e v a lu a r
el c r it e r io d e o tr a c u ltu r a , p e ro a l h a c e r lo e s ta r e m o s s o lo e v a lu á n d o lo d e sd e
n u e s tr o p r o p io p u n to d e v is ta lo q u e n o n o s d a d e r e c h o a d e c ir q u e el d e e llo s
e s tá m a l. P o r e s o , n o p o d e m o s d e c ir q u e a lg o e s o b je ti v a m e n te v e r d a d e r o o
f a ls o , s o lo q u e s a tis fa c e c ie r t o c r it e r io . A I fin a l, “ v e r d a d ” e s to d o lo q u e “ s o ­
b r e v iv e a to d a s la s o b je c io n e s d e n t r o d e la c u ltu r a d e u n a p e r s o n a ” . D e ig u a l
m a n e r a , S ta n le y E ish ( 1 9 3 8 - ) c r e e q u e d e b e r ía m o s d e s is tir d e h a b la r d e la
v e rd a d p o r q u e “ Y o sé x ” y “ C r e o x ” c a n t id a d s o b r e la m is m a c o s a . F ish
s o s tie n e q u e e l s ig n ific a d o d e u n t e x t o d e p e n d e m a y o r m e n te d e la c o m u n id a d
q u e lo in t e r p r e ta . C u a n d o la c o m u n id a d c a m b i a , e l s ig n ific a d o c a m b i a .
E l p u n to d e v is ta c lá s i c o d e e s te a s u n to h a c e d el s ig n ific a d o m a te r ia d e
s a b e r lo q u e e l a u t o r t r a ta d e c o m u n ic a r . Y e s o p o d r ía e n te n d e r s e o b s e r v a n d o
su le n g u a je , su t r a s f o n d o , lo s a s u n to s q u e e s tá tr a ta n d o y a s í p o r el e s tilo . E n
m u c h o s p e n s a d o r e s p o s m o d e r n o s , el s ig n ific a d o d e p e n d e fu e r te m e n te d e la
p e r s o n a q u e r e c ib e la c o m u n i c a c i ó n , lo q u e la h a c e a lta m e n te s u b je t iv a .

M ar'***-*' tlll'd f
156 PIENSE C O N F O R M E A LA BIBLIA

E l s o c i ó l o g o p o s m o d e r n o J e a n B a u d r illa r d ( 1 9 2 9 - ) t r a t a c o n el a s u n to
q u e la c o m u n id a d in te r p r e ta d e s d e u n á n g u lo d ife r e n t e . C u lp a a la c u ltu r a d e
lo s m e d io s d e q u it a r la c o r r e c t a d im e n s ió n d e c o m u n i c a c i ó n d e d o b le v ía . E n
n u e s tr a c u ltu r a s o b r e s a tu r a d a d e m e d io s y d o m in a d a p o r la i n f o r m a c i ó n , la s
p e r s o n a s s o n s im p le s r e c e p to r e s p a s iv o s . Y lo q u e e s p e o r, la d is tin c ió n e n tr e
r e a lid a d e im a g i n a c ió n e s p a s a d a p o r a l t o , lo q u e n o s h a c e v iv ir u n a “ h ip e -
r r e a li d a d ” . N i s iq u ie r a p o d e m o s d is tin g u ir e n tr e im á g e n e s d e n o s o t r o s m is ­
m o s y d e n u e s tr o v e r d a d e r o y o . E s t o r e ta la p r e s u n c ió n m o d e r n is ta q u e
p o d e m o s in te r p r e ta r lo s s ím b o lo s e x a c t a y r a c io n a lm e n t e . S e g ú n B a u d r illa r d ,
lo s s ím b o lo s e s tá n v in c u l a d o s n o a la r e a lid a d , s in o a o t r o s s í m b o lo s ; a s í , n o
p o d e m o s te n e r m á s q u e s ig n ific a d o s y e n te n d im ie n to p a r c ia le s . É l s u p o n e q u e
e s ta m o s a l fin a l d e la h is t o r i a , c o n d e n a d o s a u n a c o n t in u a c ió n in fin ita d e
n u e s tr a c o n d ic ió n p o s m o d e m a .

J e a n - F r a n c o i s L y o ta r d ( 1 9 2 4 - ) e x a m in a c o n e s c e p t ic is m o lo q u e él lla ­
m a la “ m e t a n a r r a t i v a ” q u e s o n e x p l i c a c i o n e s d e c o m p r o m is o s m e n t a le s q u e
la s p e r s o n a s a c o s t u m b r a n d a r p a r a h a c e r le g ítim a s o t r a s c r e e n c ia s o a c t i ­
v id a d e s (d e e s ta m a n e r a , la m e ta a p r o p ia d a d e u n a s o c ie d a d e s e l b ie n d e su s
m ie m b r o s ). M ie n t r a s el m o d e r n is m o b u s c a la v e r d a d e r a m e ta n a r r a t iv a d e
u n o , L y o ta r d la r e c h a z a c o m o p o s ib ilid a d , p r o f e s a n d o “ in c r e d u lid a d h a c i a la
m e t a n a r r a t i v a ” . É l d ic e q u e la s n a r r a t iv a s to t a li t a r i a s (p . e j. v is io n e s d e l m u n ­
d o , r u d a m e n te ) o p r im e n a la s m in o r ía s p o r lo q u e d e b e r ía n r e c h a z a r s e a fa v o r
d e la d iv e rs id a d d e c o n s id e r a c io n e s p r a g m á ti c a s y m ic r o p o lí ti c a s . É l p ie n s a
q u e lo s g r u p o s p o d r ía n s e r ta n d ife r e n te s e n su s id e a s y u s o d e té r m in o s q u e
n o c o m p a r t ie r a n u n c o n ju n t o c o m ú n d e r e g la s a la s c u a le s a m b o s p o d r ía n
a p e la r p a r a a r r e g la r d is p u ta s . E n ta l e s c a s o s , lo m e jo r q u e se p u e d e h a c e r e s
n o h a c e r ile g ítim o u n la d o o el o t r o . L a p o s ic i ó n d e L y o ta r d s o c a v a la p r e ­
s u n c ió n tr a d ic io n a l d e q u e h a y p r in c ip io s e le v a d o s a lo s c u a le s to d o s lo s p u n ­
to s d e v is ta , in c lu s o lo s m á s d if e r e n te s , p u e d e n a p e la r. L a c o n f ia n z a d e q u e la
razón es e s te t ip o d e p r in c i p i o u n iv e rs a l fu e la b a s e p a r a e l o p tim is m o d e l m o ­
d e r n is m o q u e la v e rd a d y la a r m o n í a s o c ia l e r a n a lc a n z a b le s .
L o s e s tu d io s o s d is c u te n lo q u e lo s m á s g r a n d e s p e n s a d o r e s h a n d ic h o y e s to
n o e s d ife r e n te p a r a el p o s m o d e m is m o . A lg u n o s q u e e stu d ia n e l a s u n to m á s d e
c e r c a s o n c r ític o s d el tr a t a m ie n to p o p u la r p a r a h a c e r q u e p a r e z c a m á s r a d ic a l
d e lo q u e e s. C u a lq u ie ra q u e se a el c a s o , el p o s m o d e m is m o e s tá to m a n d o su
p r o p io r u m b o e n la c u ltu r a p o p u la r, lo c u a l h a c e r e c o r d a r la fo r m a r e la ti­
v a m e n te d e s a r r o lla d a d e la s d im e n s io n e s c u l tu r a le s b a s t a n te m á s a llá d e
E in s tc in . El c r is tia n is m o n e c e s ita e n fr e n t a r e l fe n ó m e n o e n su to ta lid a d lo q u e
se p o d r ía r e s u m ir c o m o o p o s ic ió n a l r e a lis m o , a l fu n d a m e n ta lis m o , a la te o r ía
d e la v e rd a d d e c o n s e c u e n c ia y a to d o s lo s c o n c e p t o s , d is tin c io n e s o d e s c rip -

M a gn a i prnieg« ;------’‘ m ch osn e a¡/ínr


La importancia de entender nuestro mundo posmoderno 157

ciones aplicables universalmente. También sospecha de las grandes y


metanarrativas (mejor entendidas como teorías y visiones del mundo
globalizante).

EL CRISTIANISMO Y EL MUNDO POSMODERNO DE HOY

Si entender el posmodernismo es un reto, construir una respuesta cristiana


lo es mucho más. Merece un tratamiento a fondo, aunque aquí hay espacio
para solo unas cuantas sugerencias. Sería más sencillo rechazar todo lo que
tiene que ver con lo que hemos llamado ampliamente posmodernismo. Pero,
como el modernismo, ocasionalmente tiene algunas ideas válidas para el
conocimiento humano y, por lo tanto, es útil para la evaluación de los
actuales puntos de vista acerca del mundo. El modernismo aceptaba la idea
de que la verdad es objetiva y universal, lo cual ajustaba bien con la visión
cristiana del mundo, pero también dio al naturalismo un status privilegiado.
Bajo el modernismo, el supernaturalismo de la clase que fuera tenía que
probarse. Pero como las conclusiones obtenidas de la observación (es decir,
la ciencia) fue el camino preferido de conocimiento, fue difícil reunir
suficiente evidencia para las creencias religiosas. Si se agrega a eso una
presunción tradicional que a veces se hizo, que nosotros creeríamos algo
solo en proporción a nuestra evidencia de ello, el resultado fue que la
creencia religiosa fue vista, en esencia, subjetiva e incluso irracional
(conclusiones de Kierkegaard ampliamente aceptadas).
El posmodernismo destaca los límites de la perspectiva humana y las
dificultades con el lenguaje; también cuestiona las intenciones humanas.
Desde una perspectiva cristiana, corrige algo el excesivo optimismo del
modernismo sobre la habilidad de la humanidad para encontrar la verdad
aparte de la revelación divina y tiene un punto de vista más realista de la
naturaleza humana caída. Por el otro lado, el posmodernismo no considera
la posibilidad y las implicaciones de la revelación lingüística de un ser
omnisciente, especialmente aquel que ha formado la mente humana y puede
iluminarla.
El problema más importante es que el posmodernismo ha ido más lejos en
la dirección equivocada, la visión medieval del mundo centrada en Dios, el
modernismo la centró en la realidad externa al individuo, pero el
posmodernismo la centró sobre la perspectiva humana siempre cambiante. En
la cultura posmoderna, incluso la línea entre el mundo tal como es y el
mundo como nosotros lo creamos está desapareciendo en una realidad
virtual. De este modo, en las pasadas pocas centurias la humanidad se ha
ido alejando más y más en vida y pensamiento de la centralidad de Dios. Ha
habido una baja correspondiente en el prospecto de encontrar la verdad
objetiva y de construir una visión del mundo coherente y amplia.
ÍS8 PI EN SE C O N F O R M E A LA BI BL I A

El modernismo le dio al mundo ciencia y tecnología, pero al precio de un


incremento de lo secular. Const ruyó una sociedad civil sobre la idea de Loc-
ke según la cual si en el diálogo público se permiten todos los puntos de vis­
ta, la verdad emergerá. A la inversa, la tendencia de los elementos de ia
cult ura posmoderna, que en algunas formas va más allá de los teóricos que
ya hemos visto, es basar la tolerancia sobre la presunción metafísica que dice
que no hay solo una visión que sea universalmente la verdad, sino que hay
muchas que en algún sent ido son correct as. Pero como otras formas de plu­
ralismo, un posmodernismo que es pluralista se expone a contradicciones
muy serias. Por ejemplo, ¿en qué forma las personas que creen que su ¡dea es
la única correcta están en la razón? Si la respuesta es que quizá tengan razón
sobre algunas de sus creencias pero que están equivocadas si creen que solo
ellas están en lo correct o, entonces el mismo pluralismo tiene idéntico pro­
blema porque cree que el pluralismo es la única creencia correcta. Además,
para que el pluralist a afirme que ninguna creencia es correcta tiene que tener
una visión de la realidad tipo ojo de águila. En la práctica, este tipo de pos-
modernismo está asumiendo que él tiene el tipo preciso de perspectiva neu­
tral para criticar a otros por decir que lo tienen.
H ay además una paradoja en la forma en la que cierto posmodernismo
se practica en la cult ura (no por los teóricos que hemos analizado). Como
muchas formas de relativismo, en teoría afirma ser tolerante, pero en la prác­
tica muchos que hacen esta afirmación toleran solo a los que están de acuerdo
con ellos, como algunas víctimas de corrección política pueden atestiguar. Eso
quizá sea porque su forma de posmodernismo afirma poco o nada a qué lado
pueden apelar para hacer un caso racional: o compartían procesos de razo­
namiento, perspectivas o verdades universales. Así, todo lo que hay que dejar
para avanzar en la agenda de uno es poder de varias clases, especialmente
legal, política y social.
Formas de posmodernismo más ext remas tienen un problema ext ra en
la medida que echan dudas sobre la validez de las met anarrat ivas. El pro­
blema aquí es que el posmodernismo en sí mismo es una met anarrat iva como
lo evidencia el hecho de que tiene una teoría de significado, verdad, justicia,
acción polít ica y más. Es semejante a la paradoja en torno a la afirmación:
“ Esta oración es falsa” . Si esta es una afirmación verdadera, es falsa; si es una
afirmación falsa, es también inexact a. ¿A qué conclusión podemos llegar
sobre una met anarrat iva que desafía la validez de las met anarrat ivas?
Si logramos superar esa paradoja, hay ot ra en la medida que algunas for­
mas de posmodernismo afirman que el conocimient o no es acerca de la ver­
dad universal, sino que es sencillamente un product o y herramienta de poder.
Podríamos preguntar, ¿qué deseo de poder produjo el posmodernismo? ¿Y
La importancia de entender nuestro mundo posmoderno 159

por qué tendríamos que creer que es una verdad universal acerca de la
forma en la que son las cosas? Paradójicamente, deberíamos sospechar que
el posmodernismo no es sobre la forma en la que son las cosas, sino que es
en sí mismo una manifestación de deseo de poder.
Paradojas adicionales confrontan estos posmodernistas que desean
desafiar los principios más básicos de la lógica. Explicando cómo la lógica
deconstructiva era mejor que el binario tradicional, un posmodernista
escribió, “la más clara distinción entre los tradicionalistas y la lógica
deconstructiva reside en...”12 Pero al fundamentar su postura distinguió
nítidamente entre dos cosas, una de las cuales se considera superior a la otra.
Esto, por supuesto, es pensamiento binario. Algunas feministas
posmodernas como Judith Butler y Helene Cixous van aun más allá
afirmando que el concepto de razonamiento es patriarcal y homofóbico.13
Los escépticos modernistas decían que el cristianismo es engañoso como
lo hace evidente su (supuesta) falta de apoyo de la razón y los hechos. A la
inversa, los posmodernistas dirían que es arrogante el que afirme que su
punto de vista es exclusivamente el correcto.
El cristianismo desarrolló defensas sofisticadas para enfrentar el reto
modernista. Apologistas tradicionales aceptaron la idea de que podrían
comenzar desde una perspectiva neutral y razonar usando hechos para
llegar a la conclusión de que el cristianismo es verdad. Otros cristianos
rechazaron esa propuesta general.
¿Podemos llegar a alcanzar una perspectiva a través de examinar hechos,
como sugieren los modernistas o no hay ninguna posibilidad de una visión
neutral de los hechos, como sugieren los posmodernistas? Si no podemos
razonar desde los hechos a una perspectiva, entonces pareciera que estamos
frente a dos posibilidades. La primera es que debemos sustentar una
perspectiva sin el apoyo de alguna razón para creerla, aceptándola sobre la
base de nuestra completa decisión de creerla o, sobre otra base no racional,
como los sentimientos, que es verdad. La segunda es que podemos aceptar
nuestra perspectiva porque la explica mejor o interpreta los hechos. Esto es
lo opuesto de razonar desde los hechos hasta la perspectiva (como trata de
hacerlo un acercamiento modernista). Esta segunda postura se aproxima a
las razones desde la perspectiva a los hechos.
¿Pero tiene que ser o una o la otra, es decir, desde los hechos a la
perspectiva o desde la perspectiva a los hechos? Pareciera que tienen que ser
las dos, toda vez que los hechos y la perspectiva interactúan.
No hay duda de que nuestra perspectiva influye en cómo vemos el
mundo, incluso los hechos. Pero, también, podemos encontrar un hecho que
desafíe nuestra perspectiva. Cuando eso ocurre tenemos que elegir entre
160 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

mantener nuestra perspectiva a través de interpretar el hecho o, ajustar


nuestra perspectiva a la luz del hecho.
Una persona puede, por supuesto, ser demasiado obstinada sobre adoptar
una perspectiva, como en el caso del prejuicio. Por ejemplo, una persona
puede creer que todos los que son x son perezosos (donde x es cualquier
grupo étnico, religioso y más). Cuando se encuentra con alguien que es x
pero que no es perezoso, puede ajustar su perspectiva original a la nueva
que dice que no todos los x son perezosos. O puede mantener su perspectiva
(prejuiciada) que todos los x son perezosos y reinterpretar el hecho
mediante, por ejemplo, pensar que esa persona no es realmente un x, o que
solo da la apariencia de ser un trabajador esforzado pero no lo es. La
paranoia es otro ejemplo de compromisos no garantizados a una
perspectiva.
Cuando los milagros de Jesús encontraron incrédulos, hubo de las dos
reacciones. Algunos cambiaron su perspectiva de lo que haya sido que
creían acerca de Él a la creencia que Él provenía de Dios (p ej. Jn. 4:39; 11:45;
12:11; cp. Hch. 9:42). Otros mantuvieron tozudamente su creencia
(incredulidad) original rehusando dejar que el hecho de un milagro la
cambiara. Adoptando esta actitud, los fariseos reinterpretaron el hecho de
los milagros de Cristo y llegaron a la conclusión de que Él actuaba por el
poder de Satanás (Mt. 12:24).
Hay ocasiones cuando debemos mantener nuestra perspectiva original y
usarla para reinterpretar los hechos que están delante de nosotros. Cuando
Job se vio confrontado con lo que parecían ser evidencias de la injusticia de
Dios, la respuesta correcta fue mantener su creencia de que Dios es justo y
concluir que había otra explicación para los hechos que estaban teniendo
lugar en su vida.
Parece legítimo, entonces, razonar tanto desde los hechos a la perspectiva
como desde la perspectiva a los hechos. Razonando desde la resurrección a
la visión cristiana de Cristo podría ser una forma de razonar desde los
hechos a la perspectiva (p ej. Hch. 3:15; Ro. 1:4). Pero no hay razón por qué
no podríamos argüir que la perspectiva cristiana (o la visión cristiana del
mundo) explica mejor el más amplio conjunto de hechos, incluyendo cosas
tales como por qué el universo físico es la forma en que lo encontramos,
ordenado y capaz de permitir la vida; por qué los humanos se sienten
culpables y buscan sentido a la vida; por qué han ocurrido algunas cosas en
la historia (tales como por qué, de todos los pueblos antiguos los judíos han
sobrevivido, a pesar de la persecución).14
Los cristianos pueden entrar confiadamente a la arena del pensamiento
con una visión cristiana del mundo, sabiendo que tienen de su lado al autor
de la verdad y el depósito de Dios de la verdad especialmente revelada.15 En
La im portancia de entender nuestro m undo posm odern o 161

l a v isi ó n c r i s t i a n a d e l m u n d o , la v e r d a d e s a b s o l u t a , o b je t i v a , y e t e r n a , n o r e ­
l a t iv a , s u b je t i v a , y d e p o c a d u r a c ió n . Y p u e d e e n f r e n t a r c r ít i c a m e n t e c u a l ­
q u i e r a d e l a s a c t u a l e s s a b i d u r í a s d e e st e m u n d o , a t r a v é s d e l a s c u a l e s el
m u n d o n o h a l l e g a d o n i l l e g a r á a c o n o c e r o e n t e n d e r a D i o s (1 C o . 1 :2 0 - 2 1 ) .

Le c t u r a s a d ic io n a l es
B e s t , S t e v e n y D o u g l a s K e l ln e r , Postm odern Th eory : Critical Interrogations [ T e o n a p o s-
m o d e r n a : I n t e r r o g a c io n e s c r í t i c a s] , N u e v a Y o r k : G u i lf o r d , 1 9 9 1 .
___________ . The Postm odern Turn [La v u elta a l p o s m o d e r n i s m o j,N u e v a York:
G u ilfo r d , 1 9 9 7 .
Postm odem izin g the Faith: Ev angelical Respon ses to the Challenge
E r i c k so n , M i l la r d .
o f Postm odern ism [ C ó m o p o s m o d e r n i z a r l a fe : R e s p u e s t a s e v a n g é l i c a s a l r e t o d e l
p o sm o d e r n ism o l, G r a n d R a p id s, M I: Ba k e r , 1 9 9 8 .
___________ . Truth or Consequences: The Prom ise an d Perils o f Postm odern ism [L a
v er d ad o l a s c o n se c u e n c ia s: L a s p r o m e sa s y lo s p e l ig r o s d e l p o sm o d e r n is m o l ,
D o w n e r s G r o v e , IL: IV P , 2 0 0 1 .
L y o t a r d , Je a n - F r a n c o i s , The Postm odern Con dition: Report on Know ledge | La co n ­
d i c i ó n p o s m o d e r n i s t a : U n i n f o r m e d e l c o n o c i m i e n t o ] , M i n n e a p o l i s : U n i v e r si t y ’ o f
M i n n e so t a P r e ss, 1 9 8 4 .

Material protegido por derechos de autor


8

Un a m a s c u l in id a d c r is t ia n a

St u a r t W. Sc o t t

n a v i si ó n b í b lic a d e l m u n d o d e fi n i t i v a m e n t e d e b e a b a r c a r a l o s h o m b r e s
Ü y a l a s m u je r e s. C r e e n c i a s b á s i c a s a c e r c a d e lo q u e e s c a d a s e x o y c ó m o
d e b e r ía se r , i m p a c t a n p o d e r o s a m e n t e s o b r e l a s p r o p i a s e v a l u a c i o n e s d e g é n e r o
t a n t o c o m o a c e r c a d e la f o r m a c ió n d e n i ñ o s y n i ñ a s , la e d u c a c i ó n d e jó v e n e s
y s e ñ o r i t a s , el é x i t o d e lo s m a t r i m o n i o s , la e fe c t i v i d a d d e la i g le sia e n e l m u n ­
d o e i n c l u s o la e s t a b i l i d a d d e la s o c i e d a d . N u e s t r a v i si ó n d e l h o m b r e y d e la
m u je r a fe c t a l a s a c t i t u d e s , e l c a r á c t e r y la i n t e r a c c i ó n d e u n o s c o n o t r o s .
E n a l g u n o s s e n t i d o s f u n d a m e n t a le s , l o s h o m b r e s y l a s m u je r e s so n lo m i s­
m o , p e r o f u e r o n c r e a d o s n o p a r a s e r e x a c t a m e n t e lo m i s m o : “ v a r ó n y h e m ­
b r a l o s c r e ó ” ( G n . 1 :2 7 ) . N o s o l o h a y o p i n i o n e s e n c o n t r a d a s s o b r e si h a y
a l g u n a d ife r e n c i a si g n i f ic a t i v a e n t r e l o s s e x o s , s i n o t a m b i é n s o b r e l a s d i f e ­
r e n c i a s q u e r e a l m e n t e e x i st e n . Sin d u d a , l o s c r i s t i a n o s n e c e si t a n t e n e r u n
e n t e n d i m i e n t o c l a r o d e l a s d is t i n c i o n e s e n t r e u n h o m b r e y u n a m u je r d e sd e
el p u n t o d e v ist a d e su Cread or. T o d a v e z q u e e l t e m a s o b r e la v e r d a d e r a f e ­
m i n i d a d s e r á t r a t a d o e n e l c a p í t u l o si g u i e n t e , el m a t e r i a l d e l p r e se n t e c a p í ­
t u l o e s t á d e d i c a d o a e n t e n d e r q u é e s y q u é n o e s l a v e rd ad e ra m ascu lin id ad .
L a r e s p u e s t a a c ó m o u n h o m b r e p u e d e s a b e r si e s o n o u n h o m b r e v e r d a d e r o
la b u s c a r e m o s y d e s c u b r i r e m o s e n l a s E s c r i t u r a s .
I m a g í n e s e q u e e st e t e m a e s s o m e t i d o a d i s c u s i ó n e n u n a d e l a s m á s p r e s ­
t i g i o s a s u n i v e r si d a d e s d e l o s E s t a d o s U n i d o s . L a s i d e a s e x p r e s a d a s s e r í a n t a n
v a r i a d a s c o m o v a r i a d a s l a s fir m e s o p i n i o n e s q u e se e n c u e n t r e n a llí . Se p o d r í a n
o í r o p i n i o n e s t a l e s c o m o l a s s ig u i e n t e s : “ U n h o m b r e d e b e se r m a c h o y s e g u r o
d e s í m i s m o ” . “ U n h o m b r e d e b e r í a se r in d e p e n d i e n t e y s e n s i b l e ” . “ U n h o m ­
b r e v e r d a d e r o d e b e se r r o m á n t i c o ” . “ L o s m u c h a c h o s d e b e r í a n se r c r i a d o s
p a r a q u e s e a n b u e n o s d e p o r t i s t a s p a r a q u e e x p r e se n d e e st a m a n e r a su m a s ­
c u l i n i d a d y se r e l a c i o n e n c o n o t r o s m u c h a c h o s ” . “ U n h o m b r e d e v e r d a d t ie -

Material protegido por derechos de autor


164 P IEN SE C O N F O R M E A LA BIBL IA

n e é x i t o e n e i p a p e l d e l í d e r ” . “ U n h o m b r e q u e s e r e s p e te s e v e a s í m i s m o

c o m o u n i g u a l, n o c o m o s u p e r i o r a l o s d e m á s , s i n o c i n c u e n t a y c i n c u e n t a ” .

“ U n h o m b r e n o e s ta l a m e n o s q u e p u e d a g o b e r n a r a su f a m i l i a s i n o p o s i ­

c i o n e s d e e s t a ” . ¿ C ó m o p u e d e h a b e r ta n ta s o p i n i o n e s e n tr e i n d i v i d u o s q u e s e

s u p o n e e s tá n a p r e n d i e n d o ? H a y p o r l o m e n o s d o s r a z o n e s c l a v e : la m a l d a d

d e l h o m b r e y la p é rd id a d e a b s o lu to s .

LA M A LD A D A FEC TA N U EST R O C O N C EP T O D E M A SC U L IN ID A D

L a h i s to r i a d e l c o n c e p t o d e m a s c u l i n i d a d e n e l m u n d o e s u n c o m e n t a r i o t r i s te

d e c u á n t o s e h a a l e ja d o e l h o m b r e d e l p r o p ó s i t o o r i g i n a l d e D i o s . E s u n a h i s ­

t o r i a c o n f u s a y d e s a l e n ta d o r a . E n e l p r i n c i p i o , p o r s u p u e s to , D i o s c r e ó al

h o m b r e c o m o l o m e jo r : A d á n . E s te , a l s e r c r e a d o p o r e l C r e a d o r p e r f e c to , f u e

e l e p í to m e d e la v e r d a d e r a m a s c u l i n i d a d . S i n e m b a r g o , p o c o d e s p u é s d e la

c r e a c i ó n d e A d á n , s u a l m a y s u c u e r p o f u e r o n g r a v e m e n te a f e c t a d o s p o r su

d e c i s i ó n d e p e c a r ( l a c a í d a ; G n . 3 : 1 - 8 ) . D e a h í e n a d e l a n t e , la d e p r a v a c i ó n d e l

h o m b r e ( la m a l d a d i n h e r e n te ) l o ll e v a a d e s v i a r s e e n c a d a a s p e c t o d e la v id a

( Je r . 1 7 : 9 ) . L a m a s c u l i n i d a d e s s o l o u n a d e l a s á r e a s q u e h a s i d o c o r r o m p i d a .

N o h a y q u e i r m u c h o m á s a l l á d e la c a í d a p a r a v e r l o s e f e c to s d e la d e p r a ­

v a c ió n s o b r e e l c o n c e p to d e m a s c u lin id a d .

A tr a v é s d e l a s e d a d e s , l a s id e a s d e p r a v a d a s a c e r c a d e q u é e s la virilidad
h a n a f e c t a d o n e g a tiv a m e n te a h o m b r e s y m u je r e s . E n e l m u n d o a n ti g u o h u b o

d e t o d o e n e l t r a t o a la m u je r : d e s d e m a l o s t r a t o s r e l a ti v a m e n te le v e s a l b a r -

b a r i s m o e n g r a n e s c a l a . E n la c u l tu r a g r ie g a p r i m i ti v a , l o s “ h o m b r e s d e v e r ­

d a d ” d e s p r e c i a b a n a s u s e s p o s a s , c o n s i d e r á n d o l a s s e n c i l l a m e n te p a r i d o r a s d e

h i jo s y a m a s d e c a s a . N o le s p e r m i tí a n s e n ta r s e a la m e s a n i e s t a r p r e s e n te s

e n a s a m b l e a s . 1 E n la c u l tu r a r o m a n a , n o e r a n m á s q u e m e d i o s p a r a te n e r h ijo s

le g a l m e n te c o m o p a r a d i v e r s i ó n t e m p o r a l , p u d i é n d o l a s d e s e c h a r a c a p r i c h o . 2

A la i n v e r s a , l o s h o m b r e s v iv ía n e n u n a s o c i e d a d m a tr i a r c a l d o n d e e r a n a b ­

s o r b i d o s p o r la f a m i l i a d e l a e s p o s a , c u y o l i d e r a z g o e r a e je r c i d o p o r la s u e ­

g r a o la a b u e l a , y e l l o s d e s a p a r e c í a n e n u n s e g u n d o p l a n o o s c u r o .

A tr a v é s d e la h i s to r i a , a l g u n a s c u l tu r a s h a n d e s a r r o l l a d o r i t o s d e i n i ­

c i a c i ó n p a r a p r o b a r la m a s c u l i n i d a d u h o m b r í a d e s u s jó v e n e s . A u n q u e e s ta s

c e r e m o n i a s n o ti e n e n q u e s e r n e c e s a r i a m e n te m a l a s , h i s tó r i c a m e n te h a n s i d o

una m uy mala i d e a p a ra u n h o m b r e h a c e r a lg o p a ra p r o b a r q u e lo e s . E n lo s

E s ta d o s U n i d o s , e l m o v i m i e n to f e m i n i s ta s u r g i ó p o r lo m e n o s p a r c i a l m e n te

c o m o u n a r e a c c i ó n a la s i n ju s t i c i a s c o m e ti d a s p o r l o s h o m b r e s c o n t r a e l l a s .

C o n e l p a s o d e l ti e m p o , e s te m o v i m i e n to h a a l c a n z a d o n iv e l e s c a ta l i z a d o r e s

i n m o r a l e s q u e h a n c o n f u n d i d o e i n c l u s o r e d e f in i d o l a s l ín e a s d e l g é n e r o .
Una masculinidad cristiana 165

La p é r d i d a d e a b s o l u t o s a f e c t a e l c o n c e p t o de
M A SC U L IN ID A D

E n la h is to r i a o c c i d e n ta l m á s re c i e n te , e l a u m e n to d e l re la ti v i s m o ( la c re e n c i a

d e q u e n o h a y m o d e l o s a b s o l u to s ) y e l in d iv id u o re s u l ta n te ( “ s o l o y o s é q u é e s

lo c o r r e c to p a ra m í ” ) h a n te n i d o u n g ran i m p a c to s o b r e lo s c o n c e p to s d e

g é n e r o . E s ta m e n ta li d a d q u e “ n o h a y a b s o l u t o s ” s ig n if i c a q u e c a d a h o m b r e e s

d e ja d o a su p r o p ia “ s a b id u r ía ” so b re el a s u n to de la m a s c u lin id a d . Esa

s a b i d u r ía , p o r s u p u e s to , e s to ta l m e n te s u b je ti v a y p u e d e e s ta r b a s a d a e n lo s d e ­

s e o s , la c u l tu r a o e l g r a d o d e in s tr u c c i ó n e n c a m p o s a c a d é m i c o s ta l e s c o m o la

p s i c o l o g ía , la s o c i o lo g ía o la a n tr o p o l o g í a . H a y u n a c a n ti d a d d e ra z o n e s p a ra

q u e e s ta c l a s e d e s a b i d u rí a lle v e a u n a p e r s o n a a c u a l q u i e r p a rt e m e n o s a lo s

m o d e l o s f i ja d o s p o r D io s . P ri m e ro q u e to d o , la s id e a s y d e s e o s d e l h o m b r e s o n

m u y a m e n u d o e g o ís ta s y a u to c o m p l a c i e n te s . S e g u n d o , h i s tó r i c a m e n te , la c u l ­

tu r a h a s e g u i d o la d e p r a v a c i ó n d e l h o m b r e . T e r c e r o , h o y d ía e n lo s E s ta d o s

U n id o s lo s m o d e l o s c o n s i s te n b á s i c a m e n te d e f ig u ra s d e p o r tiv a s , e s tre ll a s d e l

c i n e y c o n ju n to s m u s i c a l e s d e rock in m o r a le s . F i n a l m e n te , lo s s is te m a s d e e d u ­

c a c i ó n s u p e r i o r d e h o y e s tá n e n s u m a y o r p a rt e b a s a d o s e n e l e s tu d io d e p e r­

so n as no sa lv a s por p e rso n as n o sa lv a s . Com o r e s u l ta d o , h ay una g ran

re n u e n c i a p o r p a rt e d e l e s ta d o u n i d e n s e tí p i c o a h a c e r c u a lq u ie r a firm a c ió n

s o b r e q u é , r e a lm e n te , e s la verdadera masculinidad. D e h e c h o , la s o p i n io n e s

h ip o té ti c a s q u e a n o ta m o s m á s a r r i b a b i e n p o d rí a n re s u m ir s e c o n la d e c l a r a c i ó n

p o s m o d e r n a s e g ú n la c u a l c a d a h o m b r e d e b e d e te r m i n a r p o r s í m i s m o q u é e s

m a s c u l in id a d y v iv ir s e g ú n e s a p o s i c ió n sin im p o n é rs e l a a n a d ie . E s ta a f i rm a c i ó n

b ie n p o d rí a s e r s e g u id a p o r la id e a d e q u e u n o re a lm e n te n o d e b e r ía p e n s a r e n

té r m i n o s d e m a s c u l i n i d a d , s i n o e n té r m i n o s d e i n d i v id u a lid a d s in g é n e ro .

E s c l a r o t a n t o p a r a la s E s c r i tu r a s c o m o p a r a la h i s to r i a q u e la e x p r e s i ó n

d e d e p r a v a c i ó n d e s v e r g o n z a d a y d e s e n f r e n a d a v a e n c o n s t a n t e a u m e n to a la

v e z q u e v a e n d e c l i n a c i ó n e l r e c o n o c i m i e n to d e la v e rd a d d e D i o s ( 2 T i . 3 : 1 -

5 ) . J. I. P a c k e r v e la d e c l i n a c i ó n d e la s o c i e d a d d e la s i g u ie n te m a n e r a : “ L a

v e rd a d e s q u e p o r h a b e r p e r d i d o c o n t a c t o c o n D i o s y s u p a l a b r a h e m o s p e r ­

d id o e l s e c r e to ta n to de c o m u n id a d (p o rq u e el p e c a d o m a ta el a m o r al

p r ó ji m o ) c o m o d e n u e s tr a p r o p i a id e n tid a d ( p o r q u e a l n iv e l m á s p r o f u n d o

n o s a b e m o s q u i é n e s s o m o s o q u é s o m o s o p a r a q u é e x i s t i m o s ) ” .3

E l p r i m e r p a s o p a r a r e c u p e r a r la v e r d a d e r a f o r m a d e e n te n d e r la m a s c u ­

li n i d a d e s r e c o n o c e r q u e la s a b i d u r í a d e l h o m b r e e s e n g a ñ o s a . E s to e s lo q u e

la B i b l i a d i c e s o b r e la o p i n i ó n p e r s o n a l : “ H a y c a m i n o q u e a l h o m b r e le p a re c e

d e r e c h o ; p e r o s u f in e s c a m i n o s d e m u e r te ” (P r. 1 4 : 1 2 ) .

E l h o m b r e n o d e b e s e g u i r e l c a m i n o q u e a é l o a la s o c i e d a d le s p a r e c e e l

c o r r e c t o . E n r e a li d a d , s e g u ir l o q u e p a r e c e c o r r e c t o s o b r e la m a s c u l i n i d a d e s
166 P IEN SE C O N F O R M E A LA BIBL IA

c a u s a r u n g r a n d a ñ o e n la v id a d e l o s h o m b r e s . L o s jó v e n e s e s tá n c o n f u n d i d o s

b u s c a n d o f o r m a s e q u i v o c a d a s p a r a e x p r e s a r s u h o m b r í a . L o s m a tr i m o n i o s

e s tá n p a g a n d o e l p r e c i o p o r e s to . In c l u s o m u c h a s m u je r e s c r i s ti a n a s s e l a m e n ­

ta n f r e c u e n te m e n te d e q u e s u e s p o s o o e s d e m a s i a d o tí m i d o o d e m a s i a d o v i o ­

l e n to . M ás h o m b re s p a re c e n e s t a r e x p e r i m e n ta n d o e s ta d o s d e d e p r e s ió n

d u r a n te su m e d i a n ía d e e d a d y e s tá n a b a n d o n a n d o s u s r e s p o n s a b i l i d a d e s s o ­

c i a le s . E n la ig le s i a p a r e c e h a b e r u n a e s c a s e z c r e c i e n te d e l i d e r a z g o m a s c u l i n o .

Y e l s u r g i m i e n to d e l “ c r i s t i a n i s m o ” f e m e n i n o q u e c l a r a m e n te s e s a l e d e la s

E s c r i tu r a s y d e la v o l u n ta d d e D i o s , v ie n e a c o m p l i c a r a u n m á s e l p r o b l e m a

p a r a e l p u e b l o d e D i o s . E n g r a n e s c a l a , la s o c i e d a d c o m o u n to d o h a e x p e r i ­

m e n ta d o u n a g r a n y d e s a f o r t u n a d a p é r d id a d e la i m p o r ta n c i a d e l g é n e r o .

H a s t a e l p u n to q u e e s p e r f e c ta m e n t e a c e p t a b l e e n la c u l tu r a d e h o y d í a i n ­

c lu s o negar e l g é n e r o p r o p i o y t r a t a r d e a d o p ta r e l o tr o .

La v e r d a d d e D i o s l e i n d i c a r á e l c a m i n o

Sin m o d e l o s a b s o l u t o s , la c o n f u s i ó n a c e r c a d e la m a s c u l i n i d a d s o lo p u ed e

p o n e r s e p e o r . N o h a y f o r m a d e m e jo r a r l a s i n c l i n a c i o n e s d e p r a v a d a s d e la s

p e r s o n a s o h a c e r c o n c i e n c i a s o b r e la c o n f u s i ó n q u e e x i s te . L a d e f i n i c i ó n q u e

da de masculino el W ebster’s New Collegiate Dictionary e s , c i e r ta m e n te , u n

c u a d r o e x a c t o d e la a m b i g ü e d a d q u e r o d e a a e s te a s u n t o e n n u e s tr a c u l tu r a :

M a s c u lin o , l a : m a c h o b : q u e tie n e c u a lid a d e s a p ro p ia d as a o g e n e ralm e n te


a so c ia d a s c o n u n h o m b re /

D e b id o a q u e se h a a b a n d o n a d o e l ú n ic o a b s o lu to c o n f ia b le q u e h ay , q u e

e s la P a l a b r a d e D i o s , la s o c i e d a d n o ti e n e u n e n te n d i m i e n to c l a r o d e la m a s ­

c u l i n i d a d . L o s s e r e s h u m a n o s n e c e s i ta n s a b e r l o q u e D i o s d i c e s o b r e e l h o m ­

b re y su m a s c u lin id a d . La v e rd ad de D io s es p e r m a n e n te . A d e m ás, es

c o m p l e ta m e n te s u f i c i e n te p a r a s e r la g u ía p a r a l l e g a r a s e r la c l a s e d e h o m b r e

q u e D i o s q u i e r e ( S a l . 1 1 9 : 1 0 5 ; Jn . 1 7 : 1 7 ; 2 P. 1 : 3 ) . P a r a e n te n d e r y v iv ir la

m a s c u l i n i d a d p a r a e l p r o p ó s i t o c o r r e c t o ( la g l o r i a d e D io s ) u n o d e b e , e n s u ­

m i s i ó n y o b e d i e n c i a , a l i n e a r su p e n s a m i e n to y a c c i o n e s c o n la s E s c r i tu r a s .

Ca r a c t e r ís t ic a s bá s ic a s d e l a m a s c u l in id a d

P a r a e n te n d e r la m a s c u l i n i d a d d e b e c o m e n z a r s e p o r r e c o n o c e r a l g u n a s v e r ­

d a d e s b á s i c a s s o b r e l o s s e r e s h u m a n o s q u e s e e n c u e n tr a n e n la B i b l i a . E s ta s

c a r a c t e r í s t i c a s s e a p l i c a n t a n t o a lo s h o m b r e s c o m o a la s m u je r e s . U n h o m ­

b re n o p u e d e c o m e n z a r a s e r e l h o m b r e q u e D io s q u ie re q u e s e a a m e n o s q u e

r e c o n o z c a p l e n a m e n te q u i e n e s la humanidad. C u a n d o c r e ó a lo s s e r e s h u -
Una masculinidad cristiana 167

m a n o s , D i o s te n í a u n d i s e ñ o e n m e n te , y l o s c r e ó c o m p l e ta m e n te d e a c u e r d o

c o n e s e d i s e ñ o . L o s q u e n o e s tá n d i s p u e s to s a r e c o n o c e r a D i o s c o m o C r e a d o r

n o ti e n e n u n c o m i e n z o e s ta b l e y d e f i n i ti v o d e s d e d o n d e m i r a r a tr á s . C o m o

r e s u l ta d o , n u n c a s e r á n c o m p l e ta m e n te c a p a c e s d e e n te n d e r q u i é n e s s o n o a

q u é s e a s e m e ja n . P e r o l o s q u e c r e e n e n u n D i o s p e r f e c to , b u e n o y p e r s o n a l , y

q u e le s h a d a d o u n n u e v o c o r a z ó n p o r e l p e r d ó n d e s u s p e c a d o s m e d i a n te

C r i s t o Je s ú s , p u e d e n a p r e n d e r m u c h o d e a l g u n a s d e la s c o s a s b á s i c a s q u e D i o s

ti e n e q u e d e c i r a c e r c a d e la s p e r s o n a s . L o s s e re s h u m a n o s ti e n e n p o r lo m e n o s

s e is c a r a c te r í s t i c a s b á s i c a s d e s c r i ta s p o r D i o s , q u e ti e n e n i m p l i c a c i o n e s e s p e ­

c í f i c a s e n l o q u e d i c e r e l a c i ó n c o n e l a s u n t o d e la m a s c u l i n i d a d .

1. El hombre fue creado a imagen de Dios ( G n . 1 :2 7 ) .

E s to s i g n i f i c a q u e e n c u e n tr a s u i d e n tid a d e n la p e r s o n a d e D i o s e n lu g a r

q u e e n lo s a n im a le s . El h o m b r e e s r a c io n a l, c r e a tiv o y r e la c io n a l. A d if e re n c ia

d e l o s a n i m a l e s , ti e n e u n a l m a e te r n a q u e n e c e s i ta h a l l a r s u r a z ó n d e s e r y d e s ­

c a n s a r e n D i o s s o l o . S e r c r e a t i v o y r e l a c i o n a l e s p a r te d e h a b e r s i d o h e c h o a

la im a g e n d e D i o s . D e s d i c h a d a m e n te , m u c h o s h o m b r e s t r a ta n d e e s c a p a r d e

e s t o s a s p e c t o s d e s u m a s c u l i n i d a d , a d u c i e n d o q u e ti e n e n c u a l i d a d e s f e m e n i ­

n a s . A d e m á s, si u n h o m b re se v e c o m o u n s i m p l e a n i m a l , p u e d e ju s ti f i c a r

c u a l q u i e r ti p o d e c o n d u c ta y p a s i o n e s i n c o n tr o l a b l e s .

2. El hombre fue creado adorador ( 1 Jn . 4 : 2 3 ; R o . 1 : 2 1 - 2 5 ) . D e b i d o a

q u e el h o m b re ha re c ib id o u n a l m a , e s , p o r n a tu r a l e z a , u n s e r r e li g io s o .

A d o r a rá lo q u e s e a . A u n q u e re c ib ió u n a lm a c o n el p ro p ó s ito q u e a d o r a ra

s o l o a D i o s , la d e p r a v a c i ó n q u e v i m o s a n te s l o e m p u jó e n o t r a s d i r e c c i o n e s .

M i e n t r a s n o d o b l e s u s r o d i l l a s a n te C r i s t o Je s ú s , s e p o d r á a d o r a r a s í m i s m o ,

p o d r á a d o r a r a o t r a s p e r s o n a s , p o d r á a d o r a r e l d i n e r o , e l é x i t o y l o q u e lo

a c o m p a ñ a , d i o s e s f a l s o s ( í d o l o s ) o u n a i n f in id a d d e o tr a s c o s a s . A d o r a r a a l g o

o a a l g u ie n q u e n o s e a D i o s n o e s p a r a l o c u a l e l h o m b r e f u e c r e a d o . E s ta c l a ­

s e d e a d o r a c i ó n n o e s n i v a r o n i l n i e s v e rd a d . A la i n v e r s a , s í e s v a r o n i l b u s ­

c a r y a m a r a p a s i o n a d a m e n te a l D i o s d e la B i b l i a .

3. D esde la caída, el hombre ha sido pecador por naturaleza ( R o . 3 :1 2 ) .

In i c i a l m e n te , e l h o m b r e n o f u e c r e a d o a s í , s i n o q u e f u e c r e a d o c o n la c a p a c i ­

d a d d e e l e g i r r a c i o n a l m e n te . P r o n to , c o n s u d e c i s i ó n d e p e c a r e ir c o n t r a la

ú n ic a y s o l a p r o h i b i c i ó n q u e D i o s le d i o , a d o p tó e s ta s c a r a c te r í s t i c a s b á s i c a s .

P o r l o t a n t o , e l h o m b r e d e b e s e r c o n s c i e n te , p e s e a l o q u e s u o r g u l l o o la s o ­

c ie d a d p u d ie re n d e c ir le , q u e p u e d e e s ta r m u y e q u iv o c a d o . E n el c o r a z ó n m is ­

m o de su ser h ay una p e c a m in o s id a d e im p e r f e c c ió n in n a ta s que lo

a c o m p a ñ a r á d u r a n te to d a la v id a . S i e n d o e s t o v e r d a d , e s c i e r t a m e n t e d e h o m ­

b r e a d m i ti r c u a n d o e s tá p e c a n d o c o n su p e n s a m i e n to o c o n s u s a c c i o n e s e n

l u g a r d e t r a t a r d e e s c o n d e r l o o n e g a r l o . E n e s te p u n to d e b e r í a m e n c i o n a r s e

ta m b i é n q u e c o m o r e s u l ta d o d e la c a í d a s e h a d e s a ta d o u n a l u c h a q u e s ig u e
168 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

a través de las edades concerniente a los papeles que Dios dio a hombres y
mujeres. Las Escrituras implican que la mujer “desearía" gobernar sobre el
hombre. Una a esto las inclinaciones pecaminosas del hombre para dominar
o eludir su responsabilidad y el resultado es una gran dificultad, conflicto,
una distorsión del plan maravilloso de Dios (Gn. 3:16). Es solo mediante la
redención y una apropiación de la gracia diaria de Dios que uno puede
vencer estos efectos del pecado.
4. El hombre tiene necesidad de la gracia salvadora de Dios (Jn. 3:16; Tit. 3:4 – 7).
Es lógico que cuando Dios le dio a Eva a Adán, hizo claro que tendría que
amarla y guiarla, también habría de darle una inclinación protectora o
salvadora. A través de las edades, los hombres han protegido y han ido al
rescate de las mujeres, sus hijos, las sociedades e incluso las ideologías. Sin
embargo el hombre debe darse cuenta de que él también necesita un
Salvador y protector. Admitir su completa impotencia y necesidad de
salvación es una experiencia doblemente humilde para un hombre valiente.
Por eso, cualquier hombre que espere llegar a ser un hombre verdadero
necesita reconocer su necesidad de ser salvado por Dios. Debe ser rescatado
de sí mismo, del malo (Satanás) y del consiguiente juicio por su pecado a
través de doblar sus rodillas ante Cristo Jesús y reconocerlo como el único
Señor y Salvador de su vida.
5. El hombre no fue creado autosuficiente, sino necesitado de Dios y de otros (Jn.
15:5; Gá. 5:14; He. 4:16). En virtud de ser un ser creado y un individuo caído,
es obvio que el hombre necesita a Dios aún más que la salvación. Necesita de
Dios la fuerza perdurable, la dirección y la sabiduría. También es obvio que
Dios lo hizo para satisfacer las necesidades de otros como se puede ver en
afirmaciones como “No es bueno que el hombre esté solo” y “le haré ayuda
idónea para él" (Gn. 2:18). John MacArthur escribe: En el matrimonio, los
hombres no pueden ser fieles al Señor a menos que sean voluntaria y
amorosamente dependientes de la esposa que Él les Ha dado.5 Los más de
treinta mandamientos en la Biblia sobre relacionarse "los unos con los otros"
refuerza este punto.
6. El hombre fue creado para ser diferente de la mujer (Gn. 1:27). El que Dios
haya creado al hombre diferente en apariencia a la mujer es una distinción
clara que los dos son diferentes también en otros aspectos. En su sabiduría,
Dios los ha hecho únicos interior y exteriormente, correspondiendo
perfectamente a cómo tienen que ser diferentes y funcionar en forma
diferente. No hubo error en el deseo de Dios para una diferencia externa.
En su existencia antes de haberse cubierto su cuerpo en el huerto,
Adán y Eva demuestran que el deseo de Dios para hombres y
mujeres era que lucieran diferentes hacia Dios y hacia otros.
Hay un pasaje de las Escrituras que respalda claramente
esta afirmación (Dt. 22:5; 1 Co. 11:14 – 15). Un principio permanente
Una masculinidad cristiana 169

que se puede observar en todo esto es que Dios quiere que los individuos
expresan claramente el género que han recibido. Hoy día hay poca
diferencia en como los hombres y las mujeres lucen e incluso actúan.
Aunque la cultura actual acepta que todo está bien para ambos sexos, los
hombres y las mujeres necesitan ser cuidadosos en que son evidentemente
diferentes del sexo opuesto en apariencia, modales y conceptos culturales en
cuanto a la conducta apropiada del género. Algunos hombres deberían
recibir ayuda para reconocer y cambiar sus hábitos afeminados que
inadvertidamente han desarrollado.
El hecho de que los hombres y las mujeres hayan sido creados diferentes,
no significa que tienen que ser diferentes en todo. Personal y espiritualmente
ambos géneros son iguales. Nadie podría discutir que las mujeres deben ser
tratadas con igual aprecio y dignidad. Ni sus opiniones disminuidas sea en
el ámbito familiar o de la sociedad. Además los sexos son diferentes en que
ambos son capaces de comunicarse e incluso llegar a ser uno en el
matrimonio. Pero muchos quieren pasar por alto la existencia de las grandes
diferencias entre el ser mujer y el ser hombre. En las década de los sesenta y
los setenta, el movimiento feminista dio un paso decisivo que lo ha llevado a
un asalto frontal de un concepto tradicional de lo que constituye un hombre
y una mujer.6 Muchos defensores adhieren a la postura de Shulamith
Firestone, que propone una total anulación de las diferencias de género. 7
Firestone tampoco está sola en su preferencia de procreación artificial y el
total desmantelamiento de la familia, para sustituirla por un ambiente de
muchas personas para la crianza de los hijos.8 Werner Neuer escribe en su
libro Man and Woman: “El movimiento feminista tiende a confundir una
verdadera igualdad de hombres y mujeres con su teoría de que son
idénticos”.9
Muchos están ahora conscientes (o quizá quieren pasarlo por alto) que las
diferencias en el diseño de Dios para los sexos va más allá de la apariencia
externa. Estas disimilitudes son sorprendentes y hermosamente consistentes
con las funciones que Él ha dejado establecidas en las Escrituras. Neuer
hábilmente une ambas ideas al compilar evidencia e investigación científica
que revela las amplias diferencias psicológicas y personales entre hombre y
mujer. Tales diferencias incluyen estructura y constitución ósea, músculos,
piel, órganos sexuales y su función, constitución sanguínea, líquidos
corporales, hormonas, estructura celular y cromosomas, función cognitiva,
habilidades, apariencia y relaciones. Hombres y mujeres son seres
definitivamente diferentes.10 Con este gran plan de Dios en la mente, John
Benton escribe: “En particular, la diferencia de genero no es fortuna. No es
producto de la casualidad. No es algo disparatado e incomprensible. No es
algo como para ser rechazado o contra lo cual luchar. Debe ser gratamente
aceptado como el buen regalo de un Dios amoroso".11
170 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Un hombre no puede ser hombre en el verdadero sentido a menos que, en


su mente, acepte estas realidades básicas y viva su vida de acuerdo con ellas
y Dios que lo creó. La masculinidad, entonces, es una cuestión de la mente.
Un hombre puede ir al gimnasio e incluso ganar el título de Charles Atlas o
Arnold Schwarzenegger pero esto no lo hará más masculino. Es importante
recordar lo que afirma A. B. Bruce: “Lo que dice la última palabra no es lo
que el hombre es por fuera, sino lo que es por dentro”.12

C A R A CT E RÍS T ICA S D EL H OM B RE PE R FEC T O : J ES Ú S

A Jesús, el Dios-hombre, las Escrituras lo describen como el único hombre


perfecto (1 P. 2:21-22). De esta manera, Él es el modelo perfecto de cómo uno
debería esforzarse por ser como hombre. Cristo es el ejemplo de
masculinidad en todas las formas (1 Jn. 2:6). Seguramente nadie se atrevería
a decir que cualquier cualidad que Él poseía era afeminada. El siguiente es
un cuadro de las cualidades como las de Cristo (actitudes y acciones) que
ayudarán a explicar más específicamente la auténtica virilidad.

CUALIDADES DEL HOMBRE PERFECTO SEGÚN SE VEN EN J E S Ú S


ACTITUDES ACCIONES REFERENCIAS
Eterno Hizo la voluntad y la obra del Padre. Jn. 4:34; 5:30; 8:28, 29
Forma de pensar No buscando su propio éxito o deseos.
Fue lleno con el Espíritu (la Palabra) Lc. 4:1, 14
No de la sabiduría o maneras del mundo.
Entregó el Evangelio a otros. Mr. 1:14, 15; Jn. 3-4
No como un placer o un alivio temporal.
Vivió una vida santa y obediente. Fil. 2:8: 1 P. 2:22
Sin pecado.
Amor / Buscó satisfacer las necesidades de los demás. Mt. 4:23; Lc. 4:18-21
Comprensión No en forma descuidada o enfocada en sí mismo.
Se sacrificó Él y sus propios deseos. Lc. 22:42; Fil. 2:6-8
No tratando de autoprotegerse o siendo egoísta.
Fue apacible mientras le fue posible. Mt. 11:29; Jn. 21:15-19
No fue brusco ni exigente.
Celo / valor / Guió a los discípulos y a otros. Jn. 6:2
confianza (por No un seguidor cuando Él no debería serlo.
Dios y sus Mostró iniciativa cuando tuvo que hacerlo. Mr. 6:34-44; Lc. 6:12-
promesas) No esperó por alguien más. 16
Confrontó cuando fue necesario. Mt. 23:1-36; Mr. 1:15-
No buscó arreglos ni autocomplacencias. 18
Fue concluyente de acuerdo con la voluntad Mt. 4:1-11; Mr. 8:31-
revelada de Dios. 38
Ni flojo ni temeroso.
Diligente Cumplió con sus responsabilidades. Jn. 17:4; 19:30
No fue irresponsable.
Fue diligente. Jn. 5:17; He. 12:2-3
No perezoso ni remolón.
Humilde Sirvió y escuchó a otros en su liderazgo. Jn. 6:5-10; 13:2-17
No se enseñoreó de los demás.
Glorificó a otro (al Padre). Jn. 8:50, 54; 17:1, 4
No codicioso de atención o reconocimiento.
Una masculinidad cristiana 171

La voluntad de Dios para el hombre es que sea como Cristo (Ro. 13:14).
No se puede ver un verdadero hombre a menos que esté creciendo en las
cualidades de Cristo. Los hombres deberían orar acerca de esto
regularmente y tratar de emularlo en su vivir diario (2 P. 3:18).

CARACTERISTICAS EXTRAÍDAS DE LAS CALIFICACIONES DEL


LIDERAZGO MASCULINO EN LA IGLESIA

Al examinar lo que Dios ha dicho concerniente al liderazgo varonil en la


iglesia se pueden obtener muchas ideas acerca de lo que Él espera de la
masculinidad. En las Escrituras encontramos dos listas muy precisas de
cualidades positivas y negativas por las cuales se puede medir a los líderes.
Una se encuentra en 1 Timoteo 3:2 – 7 y la otra en Tito 1:6 – 9. Aunque en
estos pasajes Pablo relaciona este conjunto de características con el liderazgo
de la iglesia, estas cualidades (excepto “apto para enseñar" y “no... un
neófito") se encuentran en muchas otras partes de la Palabra de Dios y
dirigidas a los cristianos en general. Estas instrucciones las dio Pablo para
asegurarse de que los líderes varones fueran la clase de hombres que Dios
quiere que cada hombre sea. Debido a que un líder siempre es una suerte de
ejemplo (bueno o malo), es muy importante para Dios que cada líder
hombre refleje a Cristo en su vida (1 Co. 11:1). Por lo tanto, ya que estos dos
pasajes fueron dados específicamente por Dios a los hombres, las
instrucciones básicas encontradas en ellos son beneficiosas para entender
qué es la verdadera masculinidad y que no lo es. Incluso se podría decir,
desde la perspectiva de Dios, que estos mandatos y prohibiciones son
prerrequisitos para una genuina virilidad. Un hombre piadoso debe ser:
 “A prueba de reproches”: Irreprensible, no expuesto a que se le acuse,
con una buena reputación.
 “Marido de una mujer”: Un patrón de afecto singular hacia la esposa
de uno.
 “Sobrio”: Templado, alerta, inteligente, cuidadoso.
 “Controlado”: En control de sus pensamientos, emociones y pasiones;
prudente, serio, decente.
 “Respetable”: Ordenado en tiempo, responsabilidades y conducta; no
caótico.
 “Hospitalario”: Acogedor; amoroso con los extraños, servidor de
otros.
 “Amable”: Considerado, cortés, paciente, amable en su trato con los
demás
 "Debe manejar bien su casa": Gobernarla, presidirla, tener autoridad;
172 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

fiel como guía espiritual, atento, protector; con hijos que no sean revoltosos o
insubordinados, supervisar y atender a los asuntos del hogar.
 “Amador de lo bueno”: Amar la virtud y los hombres buenos.
 “Honrado”: Justo, defensor de la justicia.
 “Santo”: Puro, devoto.
 “Disciplinado”: Perseverante, tenaz, moderado.
 “Debe mantenerse firme a la palabra que se le ha confiado": Aprender
y defender la sana doctrina; aferrarse firmemente a ella; capaz de
exhortar y condenar.
Por el otro lado, un hombre piadoso no debe ser:
 “Un bebedor”: No adicto a bebidas fuertes.
 “Violento”: Que se enoje rápidamente y que explote por cualquier
nada.
 "Pendenciero”: Contencioso, alegador.
 “Amador del dinero", “ambicioso de ganancias": Codicioso, ambicioso
del dinero, materialista
 "Arrogante" (voluntarioso) más que un mayordomo: Que trate de
imponer sus propias ideas, deseos, metas o ganancias.
 "Mal genio": Inclinado a estar siempre furioso; rápido en enojarse.
Examinar las cualidades para líderes espirituales piadosos nos ayuda a
definir mejor que significa ser un hombre. Cuando se define la
masculinidad, es fútil preocuparse por las cualidades que deberían
distinguir las diferencias de la contraparte femenina a menos que se haya
pensado primero sobre los rasgos más básicos de la hombría.
Afortunadamente, se ha hecho claro que no se puede ser verdaderamente
masculino con solo centrarse en solo unas pocas características distintivas. A
partir de este punto se han analizado las características básicas del hombre,
el carácter fundamental del hombre perfecto (Cristo), y algunas cualidades
básicas que están específicamente dirigidas a los hombres. Habiéndose
hecho eso, la atención se dirige ahora a las que están directamente
relacionadas con la singularidad del hombre y las funciones que Dios le dio.

CARACTERÍSTICAS DE LAS FUNCIONES EN LAS CUALES UN


HOMBRE DEBE SOBRESALIR

Al explorar la intención de Dios respecto a las funciones de los géneros, se


hace claro en qué cosas un hombre es diferente de una mujer. En esto está la
clave para distinguir las cualidades masculinas. Después de entender por las
Escrituras lo que Dios quería que un hombre hiciera, es mucho más fácil
determinar qué características deben enfatizarse. En este proceso se hará evi-
Una masculinidad cristiana 173

dente que también se espera que la mujer posea esas cualidades en algún
grado o en situaciones determinadas. Pero un hombre debe sobresalir en
ellas para cumplir sus funciones más importantes. Este concepto es muy
similar a los dones espirituales. Por ejemplo, a todos los cristianos se les ha
mandado a evangelizar y a ser hospitalarios. Sin embargo, a algunos se les
han dado dones de evangelización u hospitalidad y, por lo tanto,
sobresaldrán en sus capacidades para poder cumplir su papel en el cuerpo
de Cristo. Un hombre fuerte y piadoso se caracterizará por las cualidades
que son necesarias para cumplir las funciones que Dios le ha dado.

Líder

Cuando Dios puso al hombre en el bueno, le dio instrucciones específicas.


Adán tenía que cuidar del huerto; es decir, guardarlo (Gn. 2:15). Se le
encargó de eso aun cuando Dios pudo haber hecho mucho mejor trabajo.
Adán también tuvo dominio sobre los animales, a los cuales les puso
nombre (Gn. 1:28 – 30; 2:19 – 20). Se le dio esta tarea antes de que Eva entrara
en escena. Cuando Dios puso a Eva en el huerto, hizo claro que ella sería una
ayudante de Adán en el trabajo que Dios les había dado que hicieran. Ella
iba a ser su ayudante (Gn. 2:18). Dios no dijo: “Eva, encárgate de esta mitad
y, Adán, encárgate de esta otra”. Adán era la cabeza. Eva tenía que ayudar y
seguir a su marido.
Más adelante en las Escrituras, a los hombres casados se les instruye
claramente ser la cabeza en la relación matrimonial, y a las mujeres se les
manda someterse al liderazgo de su esposo y respetar la posición que les dio
Dios (Ef. 5:22, 33). Fue al hombre al que Dios le dio posiciones de liderazgo
en la nación de Israel.13 Además, es a los hombres a los que Dios dio la
posición de liderazgo en la iglesia (1 Ti. 2:11 – 12). Es obvio que Dios ha
dado al hombre el papel de liderazgo final.
Esto no dice absolutamente nada (positivo o negativo) acerca de las
capacidades de la mujer o su igualdad personal. Dios sencillamente decidió
entregar esta función al hombre. En cualquier esfuerzo debe haber un líder
final. Dios escogió y capacitó a Adán para esta función. Su liderazgo es un
papel dado por Dios a los hombres por lo que cada hombre necesita
encontrar la forma de ejercerlo. Para algunos hombres, que no desarrollaron
habilidades de liderazgo en su etapa de crecimiento o que hábilmente
huyeron del liderazgo, será necesario desarrollar con el tiempo habilidades
de liderazgo en lugar de tratar de ejercerlo en forma incompetente. Es cierto.
Algunos hombres son dotados por Dios con habilidades excepcionales
de liderazgo para ser líderes de líderes. Si a todos los hombres
cristianos se les enseñara que es de hombres iniciar y dirigir no habría
falta de liderazgo masculino en el hogar y en la iglesia. En cuanto
174 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

a enseñar liderazgo a los muchachitos, Douglas Wilson escribe:

Nuestros niños necesitan ser humildes y también necesitan aprender a


ser audaces y valientes. La única forma de lograr este balance, es
entender quién es Dios. Debido a que hemos dejado de enseñar que
Dios es nuestro Padre, con los atributos de Padre Divino, hemos
perdido la capacidad de la masculinidad imitativa. Debido a esto,
nuestros niños derivan en una de dos decisiones. O deciden ser
humildes sin audacia lo cual en los niños es ser afeminado o deciden
ser audaces sin humildad, lo cual es destructivo.14

Las cualidades que debemos poseer fuertemente para poder llevar a cabo
nuestra función de líderes son sabiduría (por un pleno conocimiento de la
Palabra de Dios, hechos y personas y luego aplicación seria de los principios
bíblicos), iniciativa, decisión, humildad, valor e involucrarse personalmente.15

Amoroso (1 Co. 13:1)

En la creación, Adán y Eva recibieron mutuamente compañía marital. Esta


intención del matrimonio se hace más clara más adelante en las Escrituras
(Mal. 2:14). Ciertamente, el amor está envuelto en esta clase de
compañerismo. En el Nuevo Testamento son los que tienen que ejemplificar
la clase de amor sacrificial que Cristo tiene por la Iglesia (Ef. 5:25). También a
ellos específicamente se les ordena vivir con sus esposas „„sabiamente” (1 P.
3:7). Es claro que los esposos tienen que sobresalir en este amor. También
Cristo mandó a los hombres que dejó atrás amarse y servirse los unos a los
otros (Jn. 13:15). John Benton escribe:

Hay necesidad de arrepentirse. Quizá los hombres solos han usado la


fuerza que tienen para servirse a ellos mismos en lugar de servir a
otros. Quizá los esposos han usado su fuerza para dominar a sus
esposas y a sus hijos. Tenemos que aprender a volver a Dios, volver a
su Palabra, las Escrituras, y aprender de nuevo a andar con Él. Para
ser un siervo amoroso y sacrificial de los demás, como lo fue Jesús, no
se trata de ser soso. Es ser un verdadero hombre.16

Un verdadero hombre, entonces, sobresaldrá en cualidades que muestren


amor tales como dar, gentileza, consideración, amabilidad, servicio y
autosacrificio.

Protector

Un desempeño natural de las funciones de liderazgo y amor da como


resultado la función de protector. Después de la caída, parte de
la descripción de trabajo para Adán era proteger a su esposa.
Una masculinidad cristiana 175

Como el líder supremo y todo amor, Dios ha hecho un compromiso para


proteger a los creyentes (2 Ts. 3:3). El hombre debe hacer el mismo
compromiso para proteger a su esposa, a sus hijos y a su iglesia. Aunque
Dios en su amor no siempre protege a las personas de las consecuencias de
su pecado o de cada maldad en el mundo, definitivamente su protección
comprende los aspectos tanto físico como espiritual, como es el amor de
esposo. Sin embargo, debe recordarse que solo el Dios que todo lo sabe y
todo sabio tiene el derecho y la sabiduría para permitir que el mal le ocurra a
otro.
En el Antiguo Testamento, los hombres se formaban en el ejército de Israel
para proteger a sus ciudades, a sus mujeres y a sus niños (Nm. 1:2 – 3). En 1
Corintios 16:13 Dios ordenó a los hermanos de la iglesia de Corinto que
protegieran la fe (la Palabra de Dios) con las palabras “portaos
varonilmente”; es decir, sean valientes. Ciertamente, Cristo protegió a los
discípulos a quienes amaba y guiaba (Jn. 17:12). También esperaba que todos
los líderes de la iglesia protegieran el cuerpo de Cristo (Hch. 20:28). Ser hom-
bre envuelve proteger. Las cualidades que un hombre claramente debe
poseer antes que sea un buen protector son valor, audacia, fuerza (tanto física
como espiritual) y vigilancia.

Proveedor

El papel de líder y amador automáticamente abarca la idea de provisión.


Dios, como el que guía y ama, también provee para cada verdadera necesi-
dad (Sal. 34:10). En el Nuevo Testamento, a los esposos y padres se les da
específicamente la función de proveedores (Ef. 5:28 – 29; 1 Ti. 5:8). También
se les da esta función a los líderes del pueblo de Dios (Ez. 34:1 – 4; Jn. 21:15 –
17). Los hombres deberían tratar de satisfacer las necesidades reales de
aquellos a quienes Dios ha puesto a su cuidado, sean físicas o espirituales.
Para cumplir este papel, un hombre verdaderamente masculino abundará en
las características de diligencia (trabajo arduo), involucrarse personalmente y ac-
titud de servicio. También hará lo que pueda para conseguir un buen trabajo
que le permita cuidar bien de aquellos a los que debe amar y guiar.
Un hombre estará mejor capacitado para cumplir la intención de
Dios si deja el pecado y crece en su parecido a Cristo. Muchos
pecados impedirán a un hombre adquirir estas cualidades y cumplir el
papel que le ha dado Dios. Estos pecados incluyen, miedo del hombre,
autocompasión, amor al placer, orgullo, holgazanería, egoísmo, idolatría
(como trabajo, dinero, posesiones, éxito, la esposa) y una falta de
confianza en Dios y su verdad. Un hombre real procurará, por
la gracia de Dios, alejarse de estas cosas y cualquier otro pecado
176 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

que se atraviese en el camino de su masculinidad. Buscará la ayuda de Dios


para llevar a cabo todas estas cualidades piadosas (como Cristo) en sus
asuntos diarios. John Piper escribe: “El corazón de la masculinidad madura
es un sentido de responsabilidad benevolente para guiar, proveer para y
proteger a las mujeres en la forma apropiada a la relación diferente de un
hombre”.17
Hasta donde estas cualidades están presentes en la vida de un hombre
determina cuan bien exhibe estos aspectos distintivos de su masculinidad.
Seguramente sobrepasará a su contraparte en esto. Además, tiene la libertad
de ejercerlos con ambos géneros. Las mujeres, por el otro lado, podrán a
veces necesitar asumir estos papeles con los hijos, con otras mujeres y otros
fuera del ámbito de la iglesia; pero ella encontrará identidad verdadera y
satisfacción si se caracteriza más por el papel de asistente o ayudadora hasta
donde el matrimonio y la instrucción espiritual están implicados (Gn. 2:18; 1
Ti. 2:12).
Además, una mujer en liderazgo en el lugar de trabajo debe estar lista
para alternar con empleados varones bajo ella en una manera que presente
su masculinidad y su feminidad. Aunque muchas mujeres han encontrado
una cierta satisfacción arrogante en dirigir, seguramente están perdiendo
una satisfacción más pura y santa que se encuentra solo en cumplir las
funciones que Dios les ha dado a ellas.
Igualmente, si los hombres fueran más consistentes en vivir estos papeles,
no se sentirían inclinados a procurar expresiones ficticias de masculinidad
como el machismo o el autoritarismo. Los hombres de esta persuasión han
caído en una especie de extremo que va en contra de la Biblia. El otro
extremo, por supuesto, es el de hombres pasivos o afeminados. Si un
hombre exagera en cualquiera de las características descritas en este
capítulo, eso hará que se vaya a uno de los dos extremos, y que sea poco viril
y que peque en sus responsabilidades y relaciones. En lugar de eso, un
hombre debe comprometerse plenamente con el designio superior de Dios
para los sexos. Sobre esto, John MacArthur observa: “Ellos se complementan
perfectamente: uno es la cabeza, el líder y proveedor; la otra es la ayudante,
el apoyo y la compañía”.18

En concreto

¿Entonces qué significa ser un hombre de verdad? Significa no confiar en


nuestro propio juicio sobre la masculinidad, sino aferrarse al hecho de
que hay absolutos bosquejados en la Palabra de Dios. Significa
entender las características de la humanidad y reconocer que tiene que
haber una diferencia entre los géneros. Significa poseer una fe
salvadora en la persona de Cristo. Significa esforzarse por emular
las cualidades que Dios delineó para los hombres piadosos en la
iglesia. Finalmente, significa capitalizar en las cualidades específicas
Una masculinidad cristiana 177

que se necesitan para cumplir las funciones que Dios nos ha dado. En
resumen, significa vivir una visión bíblica del mundo de la masculinidad.
Es necesario que los padres y otros maestros espirituales enseñen a los
niños las características de la masculinidad bíblica. Además, estas son
cualidades que deberían presentarse a la población masculina en todas las
iglesias e instituciones que crean en la Biblia. Los hombres cristianos
necesitan asumir personalmente la responsabilidad de estudiar las
enseñanzas que aparecen en las Escrituras en esta área, comunicándose con
otros hombres fieles sobre esto, leyendo algunos de los recursos anotados en
las lecturas adiciónales y dependiendo de la gracia de Dios para un cambio.
Aunque muchas de las cualidades masculinas analizadas en este capítulo
estuvieron relacionadas con el esposo, las Escrituras también las presenta
como que tienen que ver igualmente con hombres solos que son servidores
de Dios. Por tanto, estas verdades son para cada hombre, solo o casado,
joven o viejo. Todos los hombres deberían tratar de buscar fervientemente
una comprensión verdadera de las características básicas de un hombre y
Cristo, tomar en serio los encargos bíblicos específicos para los hombres y
aprovechar las oportunidades para guiar, amar, proteger y proveer.
Entonces se será un hombre verdadero.

Masculinidad: la posesión y búsqueda de perspectiva y carácter


redimidos, realzadas por cualidades consistentes con las funciones
varoniles distintivas de guiar, amar, proteger y proveer, todo para la
gloria de Dios.

LECTURAS ADICIONALES

Benton, John. Gender Questions (Preguntas en cuanto al género), Londres:


Evangelical Press, 2000.
Mac Arthur. John. Distintos por diseño. Grand Rapids, MI: Editorial Portavoz,
2004.
Piper, John y Waync Grudem, coeditores. Recovering Biblical Manhood and
Womanhood (Como recuperar los estados bíblicos de la masculinidad y
femineidad). Wheaton, IL: Crossway Books, 1991.
Scott, Stuart W. The Exemplary Husband (El esposo ejemplar), Bemidji. MN:
Focus Publishing, 2000.
Strauch, Alexander. Equal Yet Different (Iguales sino diferentes) Littleton,
CO: Lewis and Roth, 1999.
Watson, Thomas. The Godly Man’s Picture [El retrato del hombre de Dios],
Edinburgh: Banner of Truth, 1992.
Wilson, Douglas. Future Men (Hombres futuros), Moscow, ID: Canon Press,
2001.
9

LA FEMINIDAD CRISTIANA1

PATRICIA A. ENNIS

Adaptarse a una visión bíblica de feminidad es bastante impopular en


nuestra sociedad contemporánea. Frecuentemente se la percibe como
degradada, inferior y limitante. Lamentablemente, esta actitud ha afectado el
evangelismo estadounidense hasta el punto de que el asunto debe
clarificarse para recuperar una visión bíblica del mundo de la feminidad.
Feminidad, definida por el diccionario, significa "tener cualidades o
características tradicionalmente normales en las mujeres, como sensibilidad,
delicadeza o hermosura”.2 Según Elisabeth Elliot, “Esa palabra „feminidad'
no es algo que ya se escuche con frecuencia. Hemos oído la palabra
„feminista‟ bastante a menudo en las últimas dos décadas, pero en realidad
no hemos oído mucho sobre el profundo misterio que se llama feminidad.
La palabra ha caído en tiempos difíciles, parcialmente porque los
estereotipos se han opuesto a los arquetipos”.3
Ella, entonces, ofrece algunos pensamientos que ponen feminidad en un
contexto cristiano:

Para mí, una dama no debe ser impaciente, irrespetuosa, frívola, sino
amable. Cortés. Piadosa y generosa...
Usted y yo, si somos mujeres, tenemos el don de la feminidad. Muy
a menudo este concepto está oscurecido, así como la imagen de Dios
está oscurecida en todos nosotros...
A veces me encuentro en una posición bastante molesta al tener que
extenderme sobre lo obvio y mostrar ejemplos de feminidad a mujeres
que casi se sienten culpables de serlo. Debo recordarle que la feminidad
no es una maldición. Ni es una trivialidad. Es un don, un don divino
para ser aceptado con ambas manos, y darle gracias a Dios por él.
Porque recuerde, la idea fue de Él...
180 P I E N S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

L o s d o n e s d e D io s d e n tr o d e la ra z a h u m a n a s o n la m a s c u lin id a d y la
f e m in id a d y n u n c a se s u p u s o q u e h a b ría c o m p e te n c ia e n tr e e llo s. El f iló s o f o
ru s o Be rg iath h iz o e s ta a f irm a c ió n : “ L a id e a d e la e m a n c ip a c ió n d e la m u je r
e s tá b a s a d a e n u n a p ro f u n d a e n e m is ta d e n tr e lo s s e x o s , e n la e n v id ia y e n
la im ita c ió n ” .
M ie n tr a s m á s m u je r s e a m o s , m á s h o m b r e s e r á n lo s h o m b re s y D io s
s e rá m á s g lo rif ic a d o . P o r e s o le d ig o a u s te d , m u je r : “ Se a m u je r. S o lo se a

m u je r. Se a u n a m u je r a u té n tic a e n o b e d ie n c ia a D io s ” .4

L a e s p ir a l d e s c e n d e n te c o n t e m p o r á n e a f e m i n i s ta c o m e n z ó a p r i n c i p io s d e

l o s a ñ o s d e 1 9 6 0 c u a n d o la a p a r i c i ó n d e l l i b r o d e B e t t y F r ie d a n , The Feminine
M ystique. ' L a F r ie n d a n p l a n t e a q u e l a s m u je r e s f u e r t e s b u s c a n e l p o d e r q u e

le s p e r m it a a c c e d e r a la a u t o r r e a l i z a c i ó n y a la f e li c i d a d . S u f i l o s o f í a a t r a jo a

m i le s d e m u je r e s a la “ t r a m p a d e l p o d e r ” q u e f i n a l m e n t e r e s u l t ó e n s u a c t i ­

tu d c í n i c a a n t e la v id a y e n la d e s i lu s i ó n e n s u r e c i é n e n c o n t r a d a l i b e r t a d . E n

l o s a ñ o s d e 1 9 7 9 G l o r i a S t e i n e m p e r p e t u ó l a s e n s e ñ a n z a s d e F r ie d a n y o r i e n t ó

la a g e n d a f e m i n i s t a a la s m a d r e s s u b u r b a n a s d e la c l a s e m e d i a . F i n a l m e n t e s e

l o g r ó e l e f e c t o b u s c a d o y la a g e n d a f e m i n i s t a i n f i l t r ó e l m o v i m i e n t o c o n o c i d o

co m o e v a n g e lic a lis m o . H o y d í a , m u c h a s m u je r e s e n la s p r i n c i p a le s i g l e s ia s

e v a n g e l i c a l i s t a s h a n c a m b i a d o la v i s i ó n f e m i n i s t a b í b l i c a p o r u n a v i s i ó n c o n ­

te m p o r á n e a c u l t u r a l . S in e m b a r g o , n o f u e n i F r ie d a n n i S t e i n e m l a s q u e r e d a c ­

t a r o n la f i l o s o f í a s o b r e la a u t o r r e a l i z a c i ó n y la f e li c i d a d , s i n o q u e f u e S a t a n á s

e l q u e p r i m e r o s u g ir ió e s ta m e n ti r a a E v a e n e l H u e r to d e l E d é n ( G n . 3 : 1 8 ) y

la i m p u l s ó a d e s a f i a r e l m a n d a t o d e D i o s d e p r i v a r s e d e c o m e r d e l á r b o l d e l

c o n o c im ie n to d e l b ie n y d e l m al ( G n . 2 : 1 6 - 1 7 ) .

L a m u je r q u e d e s e a a b r a z a r la f e m i n i d a d cristiana c o m i e n z a c o n la s p r e ­

s u p o s ic io n e s q u e D io s 1) L a c r e ó a s u p r o p i a i m a g e n ( G n . 1 : 2 7 ) y 2 ) L a d i ­

señ ó p a ra c u m p lir fu n c io n e s e s p e c ífic a s (G n . 2 : 1 8 ) . Jo h n P ip e r y W ay n e

G ru d e m e s c rib e n :

H o y d ía , la te n d e n c ia e s p r e s io n a r la ig u a ld a d d e h o m b r e s y m u je r e s a
tr a v é s d e m in im iz a r la im p o r ta n c ia s in g u la r d e n u e s tr a m a s c u lin id a d o f e ­
m in id a d . P e ro e s ta d e p r e c ia c ió n d e la p e r so n a lid a d d e l v a r ó n y la m u je r e s
u n a g r a n p é r d id a . Es c a u s a r u n d a ñ o tr e m e n d o a g e n e r a c io n e s d e jó v e n e s
y jo v e n c ita s q u e n o s a b e n lo q u e s ig n if ic a s e r u n h o m b r e o u n a m u je r . H o y
d ía , la c o n f u s i ó n a c e rc a d e l s ig n if ic a d o de la p e r s o n a lid a d sex u al es
e p id é m ic a . L a c o n s e c u e n c ia d e e s ta c o n f u s ió n n o e s u n a a r m o n ía lib r e y
f e liz e n tr e p e r s o n a s lib r e s d e g é n e r o r e la c io n a d a s s o b r e la b a se d e c o m p e ­
te n c ia s a b s tr a c ta s . L a c o n s e c u e n c ia , m á s b ie n , s e tr a d u c e e n a u m e n to d e lo s
d iv o r c io s , m á s h o m o s e x u a lid a d , m á s a b u s o s e x u a l, m á s p ro m is c u id a d , m á s
d is tu r b io s e m o c io n a le s y m á s s u ic id io s q u e v ie n e n c o m o c o n s e c u e n c ia d e
p e rd e r la id e n tid a d d a d a p o r D io s .6
La feminidad cristiana 181

L a s E s c r i t u r a s e s t á n r e p l e ta s d e i n s t r u c c i o n e s p a r a q u e la m u je r c r i s t i a n a

r e p r e s e n t e s u f e m i n i d a d a tr a v é s d e a y u d a r ( G n . 2 : 1 8 ) , d e m o s t r a r g r a c i a (P r.

1 1 : 1 6 ) , v i v i r u n a v id a p u r a ( 1 P. 3 : 1 - 2 ) , v e s ti r c o n m o d e s t i a ( 1 T i . 2 : 9 : 1 P.

3 : 3 ) , d e s a r r o l l a r “ u n e s p ír i t u a fa b le y a p a c ib le ” (1 P. 3 : 4 ) , s o m e t e r s e a s u

m a rid o ( E f . 5 : 2 2 ) y e n s e ñ a r a la s m u je r e s jó v e n e s ( T i t . 2 : 3 - 5 ) . D e t o d a s la s

E s c r itu r a s q u e e n s e ñ a n a c e r c a d e e s to , P r o v e r b io s 3 1 : 1 0 - 3 1 e s la ú n i c a q u e

p r e s e n ta u n e s b o z o m i n u c i o s o d e la m u je r q u e e x p o n e s u f e m i n i d a d c r i s t i a n a .

D e e s t a m a n e r a e x i g e n u e s t r a a t e n c i ó n p a r a e s t e e s t u d io .

Un e s b o z o b íb l ic o d e l a m u je r v ir t u o s a

V i r tu o s a , d ig n a d e c o n f i a n z a , e n é r g i c a , f í s i c a m e n te c a p a z , e c o n ó m i c a , d e s in ­

te r e s a d a , h o n o r a b l e , a d o r a b l e , p r e p a r a d a , p r u d e n te y te m e r o s a d e D io s s o n

o n c e a t r i b u t o s d e s t a c a d o s e n e l c a r á c t e r d e la m u je r v i r t u o s a s e g ú n P r o v e r b i o s

3 1 : 1 0 - 3 1 . 7 M i e n t r a s m u c h o s c r e e n q u e la m u je r d e s c r i t a e n e s t e p a s a je e s f i c ­

c i ó n m á s q u e u n a m u je r r e a l c u y a v i d a l a s m u je r e s c r i s t i a n a s e s t á n r e t a d a s a

e m u l a r e n p r i n c i p i o , la i n t e n c i ó n d i v i n a p a r a q u e la m u je r v iv a s e g ú n e s t a s

p a u ta s n o s e p u e d e p o n e r e n d u d a ( 2 T i . 3 : 1 6 - 1 7 ) . L a in m u ta b i l id a d (in a l­

t e r a b i l i d a d ) d e D i o s d e m a n d a q u e P r o v e r b i o s 3 1 : 1 0 - 3 1 e s e n p r i n c i p i o i l im i ­

t a d a m e n t e r e le v a n t e . Si u n o p e n s a ra q u e D io s c a m b ió d e p a r e c e r s o b r e la

a p l i c a c i ó n p r i n c i p a l d e u n p a s a je d e la s E s c r i t u r a s , ¿ c ó m o p o d r í a e s t a r s e g u r o

de que El n o h a b rá c a m b ia d o de p a r e c e r r e s p e c to d e o t r o s a s u n t o s ? J. I.

P a rk e r, e n K n o w in g G o d [ C ó m o c o n o c e r a D io s ] e n u m e r a s e is a t r i b u t o s d e

D i o s q u e s e r ía b u e n o t e n e r e n c u e n t a a n t e s d e e s t u d i a r la s o n c e c a r a c t e r í s t i ­

c a s p r e s e n t a d a s e n e l p a s a je d e P r o v e r b i o s 3 1 . 8

1. L a v id a d e D io s n o c a m b ia .

2 . El c a r á c te r d e D io s n o c a m b ia .
3 . L a v e rd a d d e D io s n o c a m b ia .
4 . L o s c a m in o s d e D io s n o c a m b ia n .
5 . El p r o p ó s ito d e D io s n o c a m b ia .
6 . El H i jo d e D i o s n o c am b i a.

Ya que D io s no c a m b ia , el c o m p a ñ e ris m o co n É l , la c o n f i a n z a en su

P a l a b r a , e l v i v i r p o r f e y a d o p t a r s u s p r i n c i p io s s o n l o m i s m o p a r a lo s c r e y e n te s

d e l s ig lo v e i n t iu n o c o m o l o f u e r o n p a r a a q u e l l o s d e l t i e m p o d e l A n ti g u o d e l

N u e v o T e s t a m e n t o . L a d e s c r i p c ió n d e la m u je r v i r tu o s a e n P r o v e r b i o s 3 1 : 1 0 -

3 1 n o e s t á d i s e ñ a d a p a r a d e s a r r o l l a r u n c o m p l e jo d e i n f e r i o r id a d . P o r e l c o n ­

tr a r i o , p ro v e e u n fu n d a m e n to b í b l i c o p a r a d e s a r r o l l a r l o s p r i n c i p io s p o r lo s

c u a l e s la f e m i n i d a d c r i s t i a n a p u e d e d e l in e a r s e . M i e n t r a s e l c o n t e x t o y la p r á c ­

tic a h is tó r i c o s e x te r n o s h a n c a m b i a d o d e s d e q u e e l re y L e m u e l e s c rib ió e se
182 P I E N S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

p a s a je e n e l l i b r o d e P r o v e r b i o s , l o s p r i n c i p io s d e l c a r á c t e r n o h a n c a m b i a d o .

A pr e n d er d e l a s a b id u r ía de o tro s

L a s a b i d u r í a b í b l i c a “ e s t a n t o r e li g io s a c o m o p r á c t i c a . D e r i v a d a d e l t e m o r d e l

S e ñ o r ( Jo b 2 8 : 2 8 ; S a l . 1 1 1 : 1 0 ; P r. 1 : 7 ; 9 : 1 0 ) s e e x t i e n d e h a s t a t o c a r t o d a la

v i d a , c o m o l o i n d i c a e l l i b r o d e P r o v e r b i o s e n s u s r e f e r e n c i a s a la s a b i d u r í a .

L a s a b i d u r ía t o m a ¡d e a s d e l a f o r m a d e c o n o c i m i e n t o d e D i o s y l a s a p l i c a e n

e l c a m i n a r d i a r i o ” .9

L a s E s c r i t u r a s n o s p r o p o r c i o n a n la b a s e p a r a u n a i n s t r u c c i ó n s a b i a ( 2 T i .

3 : 1 6 - 1 7 ) . P a b l o e n 1 C o r i n ti o s 1 0 : 6 r e c u e r d a a lo s c r e y e n te s q u e “ e s ta s c o s a s

s u c e d ie ro n co m o e je m p l o s p a ra n o s o tr o s , p a r a que no c o d ic ie m o s co sas

m a l a s , c o m o e l l o s c o d i c i a r o n ” . T i t o 2 : 4 - 5 in s tr u y e a l a s a n c i a n a s p a r a q u e

“ e n s e ñ e n a la s m u je r e s jó v e n e s a a m a r a s u s m a r i d o s y a s u s h i jo s , a s e r p r u ­

d e n t e s , c a s t a s , c u i d a d o s a s d e s u c a s a , b u e n a s , s u je t a s a s u s m a r i d o s , p a r a q u e

la P a l a b r a d e D i o s n o s e a b l a s f e m a d a ” .

L a B ib lia d e e s tu d io M a c A r t h u r p r e s e n ta e l l i b r o d e P r o v e r b i o s d ic ie n d o :

L o s p r o v e rb io s s o n d ic h o s b re v e s y c o n c is o s q u e e x p re s a n v e rd a d e s y
s a b id u ría p e rm a n e n te s . D e tie n e n lo s p e n s a m ie n to s , h a c ie n d o q u e e l le c to r r e ­
f le x io n e a c e rc a d e c ó m o p u e d e a p lic a r p rin c ip io s d iv in o s a las s itu a c io n e s d e
la v i d a ... P a ra la m e n ta lid a d h e b re a , s a b id u ría n o e r a s o lo c o n o c im ie n to , sin o
la h a b ilid a d d e v iv ir u n a v id a p iad o s a c o m o e s p e ra D io s q u e e l h o m b re v iv a .10

E s e n c i a l p a r a l l e g a r a s e r u n a m u je r v i r t u o s a e s la a p r o p i a c i ó n p e r s o n a l

d e l o s p r i n c i p i o s b í b l i c o s q u e m o t i v a n la s a c c i o n e s y la s d e c i s i o n e s . Principio
p u e d e d e s c r i b ir s e c o m o “ u n a re g la d e a c c ió n o c o n d u c ta a c e p ta d a y p r o f e ­

sad a” ." P e n s a r e n la c u e s t i ó n : “ ¿ C u á l e s s o n m is h a b i l i d a d e s , h e r e n c i a y t a ­

l e n to s e s p e c íf ic o s q u e m e h a c e n ú n i c a y d e te r m i n a n q u e y o p r o f e s e l a s re g l a s

d e a c c i ó n y c o n d u c t a ? ” p u e d e m o t i v a r la m a n e r a e n l a q u e s e o b e d e c e n l o s

p r in c ip io s b íb lic o s . En ú ltim o té r m in o , su im p le m e n ta c ió n d e te r m i n a el

c a r á c t e r d e u n a m u je r y s i e s t e n i d a p o r s a b i a o p o r i n s e n s a t a ; a s í , l a m u je r

v i r tu o s a p o s e e u n c o r a z ó n q u e e s tá d i s p u e s to a a p r e n d e r d e l a e x p e r i e n c ia y

la s a b i d u r í a d e o t r a s , i n c l u y e n d o la m u je r d e P r o v e r b i o s 3 1 , q u e m u e s t r a p o r

lo m e n o s o n c e p rin c ip io s p o r lo s c u a le s se p u e d e v iv ir u n a v id a p ia d o s a .

Ser virtuosa

Mujer virtuosa, ¿quién la hallará?


Porque su estima sobrepasa largamente a la de las piedras preciosas.
— Pr o v e r b i o s 3 1:10
La feminidad cristiana 183

L a e x c e le n c ia m o r a l, la s b u e n a s a c c io n e s , y p e n s a r e n lo q u e e s v e rd a d e ro ,

d i g n o , ju s t o , p u r o , a m o r o s o , d e buena r e p u ta c ió n , p o s e e d o ra d e v i r tu d y

d ig n a d e s e r a l a b a d a ( F il . 4 : 8 - 9 ) c a r a c te r i z a n e l p r i n c i p io d e s e r v i r tu o s a . L a

v i r tu d e s u n p o d e r y u n a f u e r z a e f e c t i v o s q u e d e b e r í a n p e n e t r a r t o d o s l o s p e n ­

s a m i e n t o s , la s a c c i o n e s y l a s r e l a c i o n e s d e la m u je r v i r t u o s a . C u a n d o s e i n t e ­

g r a n a s u v i d a , l o s p r i n c i p io s g e n e r a n p o d e r y d e m a n d a n r e s p e t o .

L a m u je r v i r tu o s a e s t a b l e c e p a u ta s p i a d o s a s p o r la s c u a l e s v iv ir d e a c u e r d o

c o n la s E s c r i t u r a s y p r o p ó s i t o s , m e d i a n te la s f u e r z a s d e l E s p ír i t u S a n t o p a r a

a f i r m a r s e e n e l l o s ( F il. 4 : 1 3 ) . E l l i b r o d e R u t e n e l A n t i g u o T e s t a m e n t o d e s c r i b e

a una m u je r a s í. R u t 3 :1 1 es la ú n ic a re f e r e n c ia que e n c o n tra m o s en la s

E s c r i t u r a s d e u n a m u je r “ v i r t u o s a ” , y e x p l i c a q u e B o o z s a b í a d e e ll a p o r s u

e x c e l e n t e r e p u t a c i ó n . P o r e l c o n t r a r i o , la r e p u t a c i ó n d e R a h a b , c o m o p r o s t i ­

t u t a la s i g u ió a t r a v é s d e la s E s c r i t u r a s ( Jo s . 2 : 1 ; 6 : 1 7 ; H e . 1 1 : 3 1 ; S tg . 2 : 2 5 ) .

A u n q u e D i o s s a l v ó a R a h a b y p o r s u g r a c i a p e r m it i ó q u e f u e r a i n c lu id a e n la

l ín e a m e s i á n ic a ( M t . 1 : 5 ) s u r e p u t a c i ó n c o m o p r o s t i t u t a p e r s i s t i ó .

L a m u je r v i r t u o s a e s u n a c o r o n a p a r a s u m a r i d o . U n a m u je r c a r e n t e d e

v i r tu d le p r o v o c a v e r g ü e n z a y le p r o d u c e s u f r i m i e n t o q u e e s c o m o una en ­

f e r m e d a d d o l o r o s a e i n c u r a b l e ( P r. 1 2 : 4 ) . E l c a r á c t e r d e u n a m u je r a n t e s d e l

m a t r i m o n i o d e t e r m i n a r á s u c a l i d a d c o m o e s p o s a , s u b r a y a n d o a s í la i m p o r ­

t a n c i a d e q u e c a d a m u je r v i r t u o s a a p r e n d a la v i r tu d d e s d e s u s p r i m e r o s a ñ o s .

V i v i r u n a v id a c a r a c t e r i z a d a p o r la v i r tu d d e b e r í a s e r la a m b i c i ó n d e cad a

m u je r c r i s t i a n a ( M t . 5 : 8 ) .

Digna de confianza

El corazón de su marido está en ella confiado, y no carecerá de ganancias.


Le da ella bien y no mal todos los días de su vida. Su marido es conocido
en las puertas, cuando se sienta con los ancianos de la tierra.
— Pr o v e r b i o s 3 1 : 1 1 - 1 1 , 13

El p rin c ip io d e se r digna de confianza q u e d a d e m o s t r a d o p o r la c o n d u c t a

q u e lle v a a la c o n f i a n z a e n la h o n e s t i d a d , i n t e g r i d a d , f id e l id a d , ju s t i c i a y l e a l ­

t a d d e u n in d i v i d u o . L a in t e g r i d a d ( e s d e c i r , la c u a l i d a d o c o n d i c i ó n d e e s t a r

c o m p le to [ C o l . 2 : 1 0 ] ) s e d e m u e s tr a a tr a v é s d e c ó m o la p e r s o n a m a n e ja la

a b u n d a n c i a , p o r q u e la p r o s p e r i d a d t i e n d e a r e v e l a r n u e s t r o s i s te m a d e v a l o ­

re s (1 C o . 1 0 : 1 - 1 0 ) .

E l c a r á c t e r d e la m u je r v i r t u o s a m o t i v a a s u m a r i d o a r e s p o n d e r c o n c o n ­

f ia n z a ( P r. 3 1 : 1 1 ) . E s t e e s t i l o d e v i d a c o n f i a d o in c l u y e la f o r m a c i ó n e n a s u n ­

to s ta l e s co m o s e g u rid a d , a m o r, s e rv ic io , l ím i te s , lib e rta d , d is f r u te , fe y

e s t í m u l o . S u e s p o s o y l o s q u e e s t á n b a jo s u l i d e r a z g o s o n r e t a d o s a a l c a n z a r

rial p ro ti
184 P I E N S E C O N F O R M E A L A B I B L I A

t o d o s u p o t e n c i a l ( P r. 1 8 : 2 2 ; 1 9 : 1 4 ) . E l l a e n ti e n d e q u e t i e n e la c a p a c i d a d d e

a lim e n ta r o h a c e r m o r i r d e h a m b r e s u c a r á c t e r y a s í m a n e ja e s t e p r i v i le g i o

m e d i a n t e la f u e r z a d e l E s p ír i t u S a n t o ( G á . 5 : 1 6 - 2 6 ) .

L a m u je r v i r t u o s a p u e d e v iv ir e n e l m u n d o d e h o y c o n o s i n u n m a r i d o .

A l 1 ) i m p l e m e n t a r S a l m o s 3 7 : 3 - 4 , P r o v e r b i o s 3 : 5 - 6 y Je r e m í a s 2 9 : 1 1 - 1 3 , 2 )

c o n f ia r e n su P a d re c e le s tia l, y 3 ) e s ta r se g u ra d e q u e Él e s su so l y su e s c u d o ,

É l le d a g r a c i a y g l o r i a . “ N o q u i t a r á e l b i e n a l o s q u e a n d a n e n i n t e g r i d a d ” .

Si e s t á c a s a d a , la r e a c c i ó n d e s u e s p o s o a s u c a r á c t e r s e r á c o n f i a n z a . S i n o e s t á

c a s a d a , la c o n f i a b i l i d a d e s la e v a l u a c i ó n d e l o s q u e v iv e n c e r c a d e e l l a .

E l f r u t o d e la c o n f i a b i l i d a d e s u n e s p ír i tu c o m p r e n s i v o , a n im a d o r , i n s p i ­

r a d o r , s i m p á t i c o y d e l i c a d o . U n a m u je r d i g n a d e c o n f i a n z a ti e n e la c a p a c i d a d

d e g u a r d a r y m a n t e n e r la c o n f i d e n c i a l i d a d d e o t r o s ( P r. 1 0 : 1 9 ) y ti e n e e s t a ­

b i l id a d e n s u v i d a , b a s a d a e n u n a r e l a c i ó n c r e c i e n t e c o n e l S e ñ o r m á s q u e e n

las c i r c u n s ta n c ia s ( S tg . 1 :5 - 6 ) . T a m b ié n ti e n e la c a p a c id a d de r e s i s ti r la

te n ta c i ó n y d e m o s tr a r fo r m a lid a d (1 C o . 1 0 : 1 2 - 1 3 ) .

Es enérgica

Busca lana y lino, y con voluntad trabaja con sus manos. Es como nave de
mercader; trae su pan de lejos. Se levanta aun de noche y da comida a su
familia y ración a sus criadas. Considera la heredad, y la compra, y planta
viña del fruto de sus manos. Ve que van bien sus negocios; su lámpara no
se apaga de noche. Hace telas, y vende, y da cintas al mercader. Considera
los caminos de su casa, y no come el pan de balde.
— Pr o v e r bio s 3 1 : 1 3 - 1 6 , 1 8 , 24, 27

S e r e n é r g i c a s u g i e r e q u e la f u e r z a o p o d e r e s e je r c i d a e f i c i e n t e m e n t e . U n a

m u je r v i r t u o s a c o n o c e s u s v e n t a ja s y s u s r e s p o n s a b i l i d a d e s , d e s a r r o l l a s u s t a ­

l e n t o s , m u e s tr a s u c a p a c i d a d d e e s t a r a l e r t a y c o n c i e n t e , y e s t r a b a ja d o r a , n o

n e g l i g e n t e . T r a b a ja h á b i l m e n t e c o n s u s m a n o s ( la p a l a b r a manos s e u s a s ie te

v e c e s e n l o s v e i n t id ó s v e r s íc u lo s d e P r. 3 1 : 1 0 - 1 1 ) .

E s t a m u je r v i r tu o s a e s u n e je m p l o p a r a s u s h i jo s p o r s u p a r t i c i p a c i ó n p e r ­

s o n a l y f í s i c a e n la a d m i n i s t r a c i ó n d e s u c a s a . E n e l c o n t e x t o d e P r o v e r b i o s

3 1 , e n t r e n a a s u s s i r v i e n t e s y s u p e r v i s a la s t a r e a s q u e r e a li z a n . S e i n v o l u c r a

a c t i v a m e n t e e n la b u e n a a d m i n i s t r a c i ó n d e s u c a s a ( v . 2 7 ) , t e je p r e n d a s p a r a

v e s ti r ( w . 1 3 - 2 4 ) , c o m e r c i a e n e l m e r c a d o (v . 2 4 ) y m i n i s t r a a o t r o s ( w . 1 9 -

2 0 ) . S i s e a p l i c a r a a l s i g l o v e i n t i u n o t e n d r í a m o s a e s t a m u je r v i r t u o s a e d u ­

c a n d o a s u s h i jo s y l u e g o s u p e r v i s á n d o lo s p a r a e l u s o e f i c i e n t e d e m u c h o s d e

l o s “ s i r v i e n t e s e l é c t r i c o s ” d e h o y d í a . A la m i s m a v e z , e s t a r í a p a r t i c i p a n d o e n

l o s s e r v i c i o s c r i s t i a n o s q u e c o m p l e m e n t a r í a n a q u e l l o s d i r ig i d o s a s u s h i jo s , e n

rotegido porder
Una feminidad cristiana 185

lugar de prohibirles que realicen “sus ministerios“. Su modelo es Cristo (Fil.


2:5 – 11), quien se preocupa mucho más de los que están bajo el cuidado de
ella que lo que estos se preocupan por Él.
La mayoría de las mujeres del siglo veintiuno pueden identificarse con esa
lámpara que no se apaga de noche (v. 18) debido a las intensas agendas de
trabajo que mantienen. Sin embargo, este versículo no sugiere que la mujer
virtuosa se priva de dormir. Así como el ejercicio contribuye a tener un
cuerpo físicamente bueno, el dormir es necesario para el bienestar mental,
espiritual y físico de una mujer enérgica.

Físicamente capaz

Ciñe de fuerza tus lomos, y esfuerza sus brazos.


- PROVERBIOS 31:17

La capacidad física, es decir, estar en buena condición física y de salud es


entusiastamente corroborado por muchas mujeres del siglo veintiuno. La
aplicación bíblica se define con tres palabras: conveniente, apropiado y
capaz. Estas tres palabras describen la actitud de la mujer virtuosa hacia la
condición de su cuerpo. Una preocupación por lo que es conveniente guía a la
mujer virtuosa en la selección de actividades físicas apropiadas que la
preparen para satisfacer las demandas de su vida. Una preocupación por lo
que es apropiado la anima a seleccionar actividades dictadas por un buen
juicio. Una preocupación por aquello de lo que es capaz expande la
definición a retarla a tener las cualidades necesarias para satisfacer los
propósitos, circunstancias y demandas de su vida.
1 Timoteo 4:8 dirige a la mujer sabia a la verdad que “el ejercicio corporal
para poco es provechoso, pero la piedad para todo aprovecha, pues tiene
promesa de esta vida presente, y de la venidera”. La mujer virtuosa estará
más preocupada por las más altas prioridades de su carácter sin desatender
el aspecto de su cuerpo (1 P. 3:3 – 6). Las pautas siguientes, que dirigen su
atención a su cuerpo, la ayudarán a mantener un balance de los aspectos
físicos y espirituales.
Primero, tiene una actitud realista hacia sus capacidades personales y Dios
provee parámetros de salud para ayudarnos a ser sensibles sobre las
responsabilidades que asumimos. Solo porque una mujer puede realizar tal o
cual labor no significa que debería hacerlo. Sobrepasar deliberadamente los
límites de la capacidad seria como si una mujer se lanzara al vacío, y
mientras cae, orara para que no le suceda nada al caer. Hacer eso sería
pecaminosamente presuntuoso.
186 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Segundo, la mujer virtuosa reconoce que su cuerpo es el templo del


Espíritu Santo y que es su responsabilidad hacerlo una habitación apropiada
para Él (1 Co. 6:19 – 20). Es un pensamiento sensato reconocer que el
Espíritu Santo no capacitará un vaso espiritualmente sucio.
Tercero, se da cuenta de que debe estar saludable para cumplir con sus
responsabilidades eficientemente. Cultivar estas cualidades requiere estar
libre de todos los hábitos que podrían herirla física, mental o espiritualmente
(Ro. 12:1 – 2).
Cuarto, entiende la importancia de la recreación para mantener un cuerpo
saludable. Marcos 6:31 y Lucas 9:10 describen la sensibilidad de nuestro
Señor hacia la necesidad de sus discípulos de descansar y alejarse de las
demandas del ministerio. La mujer virtuosa seguirá el ejemplo del Maestro.
Quinto, acepta el hecho que, a veces “otros pueden, pero yo no”. Es un
ejercicio sin sentido comparar las capacidades personales con las de otros,
toda vez que cada mujer es “formidable y maravillosamente hecha” (Sal.
139:14).
Finalmente, la mujer virtuosa tiene una perspectiva clara respecto al ciclo
de su cuerpo. Sabiamente se acomoda a sus altas y bajas. El cuidado que la
mujer virtuosa tiene de su condición física le permite asumir
responsabilidades en la vida de otros. Provee un equilibrio entre el cuidado
de su casa y el cuidado de su cuerpo para evitar transformarse en una mujer
preocupada, exhausta y defensiva que se sacrifica en el altar de lo doméstico
o la salud física.

Es económica

Ve que van bien sus negocios.


— PROVERBIOS 31:18a

Presupuesto y dieta son dos palabras que evocan visiones de economía y


control en la alimentación. Cada palabra, sin embargo, posee una
connotación tanto positiva como negativa. Un presupuesto se puede
establecer sin que importe que el ingreso sea alto o bajo. Una dieta
constituye un consumo calórico diario ilimitado o restringido. El principio
de ser económica reta a la mujer virtuosa a controlarse en el desperdicio de
tiempo, dinero, combustible o cualquier otro recurso.
La aplicación de este principio asegura que ella opera su casa sobre un
presupuesto (un plan de gastos) y que se balancea cada mes (no todos los
meses que sean hasta que se termine el dinero). La mujer virtuosa de
Proverbios 31 se da cuenta de que el dinero demanda administración.
Como costurera y nutricionista consumada, sabe reconocer la calidad. Con
un ojo práctico, busca gangas que reflejen excelencia. Coincidencialmente,
su conocimiento y habilidades le permiten tomar las decisiones más
La feminidad cristiana 187

apropiadas trátese de compras, pagar por servicios o realizar personalmente


una tarea.

Es desinteresada

Aplica su mano al huso, y sus manos a la rueca. Alarga su mano al pobre, y


extiende sus manos al menesteroso.
– PROVERBIOS 31:19 – 20

El egoísmo es un rasgo que la mujer virtuosa trata de eliminar de la lista


de sus cualidades de carácter. Por definición quiere decir que tenemos en tal
estima nuestros propios intereses y ventajas que la felicidad y el bienestar de
otros llega a preocupamos menos que lo apropiado. El egoísmo nace del
orgullo y es el primero en la lista de pecados más detestados por Dios (Pr.
6:16 – 19). Llevado a los extremos, puede ser fatal.
En excavaciones hechas en la antigua ciudad romana de Pompeya que fue
enterrada bajo la lava del volcán Vesubio, se extrajo el cuerpo de una mujer
anciana. Sus pies apuntaban en dirección a la puerta de la ciudad, pero sus
brazos y dedos estirados estaban asidos a algo que estaba detrás de ella. El
tesoro al cual estaba agarrada era una bolsa de perlas. De esta anciana se ha
dicho que “aunque la muerte le pisaba los talones, y la vida la llamaba desde
más allá de las puertas de la ciudad, ella no se pudo deshacer de su
hechizo... pero no fue la erupción del Vesubio la que la hizo amar más sus
perlas que la vida. La lava solo conservó su actitud de avaricia”.12 La
posición en que la encontraron contó una historia trágica de egoísmo.
Cualquier cosa puede alimentar las llamas de un deseo excesivo y
avaricia. Si no se tiene cuidado, esto puede destruir a las mujeres (Pr. 1:19).
El rico terrateniente en los días de Isaías adquirió más y más casas y terrenos
hasta que constituyó un monopolio (Is. 5:8). Pero Dios dijo que las casas no
serían habitadas por nadie y que las tierras no habrían de producir nada (v.
9-10). Sabia es la mujer que vive según el principio que si no está satisfecha
con lo que tiene nunca estará satisfecha con lo que quiere.
Varias características describen la actitud de la mujer virtuosa hacia
el dinero y las posesiones materiales. Todos los recursos son un don
del Señor para ser utilizados con discreción (Dt. 8:18; Hch. 4:32 – 37; 1
Ti. 6:17 – 19). Dios no ama al pobre y odia al rico. La Biblia informa
de una cantidad de individuos piadosos que eran extremadamente
ricos: Job, Abraham, José, David, Salomón, Josías, Bernabé, Filemón
y Lidia, para nombrar solo algunos. Lo que Dios odia, sin embargo,
es la ganancia falsa (Pr. 1:19), los motivos equivocados para
adquirir riqueza (Pr. 13:11) y la falta de generosidad compasiva
188 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

por parte de los ricos (Pr. 14:20 – 21; 16:19). La mujer sabia aplica la verdad
de Proverbios 19:17: “A Jehová presta el que da al pobre, y el bien que ha
hecho, se lo volverá a pagar”.
La mujer virtuosa posee una actitud de contentamiento que corresponde
con la enseñanza del Nuevo Testamento que se encuentra en 1 Timoteo 6:6 –
8, la que en esencia establece que piedad + contentamiento = gran ganancia.
Una evidencia de que la riqueza no es la fuente de su contentamiento la
encontramos en su actitud de humildad mostrada ante su Señor (Fil. 2:8; 1 P.
5:5). Ella no pone su confianza en las riquezas para su seguridad (Sal. 20:7;
Pr. 11:28) y es agraciada (Pr. 11:16), mujer generosa (Pr. 31:19 – 20).
La mujer virtuosa muestra una ausencia de atributos egoístas. Nunca está
demasiado ocupada con sus propios asuntos como para no ayudar a los
demás. El huso y la rueca, dos objetos circulares y planos usados para
trabajar las fibras textiles, eran herramientas diarias de trabajo, la mujer
virtuosa las usaba para proveer para su familia, para ella misma y para los
menos afortunados. Eso de "alarga su mano al pobre, y extiende sus manos
al menesteroso" indica su respuesta a pedidos de ayuda (Pr. 31:20). Sus
acciones demuestran tanto responsabilidad como iniciativa; da cuando se le
pide y es sensible para ofrecer ayuda cuando no se le pide. Con una actitud
espiritual de ayudar, la mujer virtuosa es como Dorcas, que “abundaba en
buenas obras y en limosnas que hacía” (Hch. 9:36).
La falta de egoísmo se muestra más gráficamente en la voluntad de la
mujer virtuosa de compartir su tiempo con otros. El tiempo es una de las
cosas que tenemos que más apreciamos y uno de los cumplidos más
apreciados es el tiempo que dedicamos a los demás. Esta mujer no hace
acepción de personas (Stg. 2:1 – 13), al contrario, está lista a poner delante
del Señor las peticiones de todos los que quieren beneficiarse con su
sabiduría.

Está Preparada

No tiene temor de la nieve por su familia, porque toda su familia está vestida
de ropas dobles. Ella se hace tapices; de lino fino y púrpura en su vestido...
Considera los caminos de su casa, y no come el pan de balde.
– PROVERBIOS 31:21 – 22, 27

Poner eventos, objetos o personas en orden, así como hacer apropiado y receptivo
son frases que describen el principio de preparación en movimiento.
La mujer virtuosa demuestra planificación y previsión que la
equipa para enfrentar circunstancias imprevistas. Se abastece de
provisiones para necesidades eventuales en lugar de vivir de
crisis en crisis. Junto con las provisiones físicas, esta mujer
La feminidad cristiana 189

virtuosa conoce el valor de estar espiritualmente preparada. Igual que


ahorrar un porcentaje de cada cheque de salario, levanta una reserva
espiritual para tiempos de desafío. El profeta Jeremías se refiere a la mujer
que confía en el Señor como que será "como el árbol plantado junto a las
aguas, que junto a la corriente echara sus raíces, y no verá cuando viene el
calor sino que su hoja estará verde; y en el año de sequía no se fatigará, ni
dejará de dar fruto" (Jer. 17:8). El calor llegará y con él la sequía; sin
embargo, no hay nada que temer cuando uno está preparado.
Su firme convicción en cuanto a sus prioridades espirituales le permite
estar preparada para el futuro. Charles Hummel anima a sus lectores a eva-
luar sus prioridades diariamente:

Hace algún tiempo, balas Simba mataron a un hombre joven, el Dr.


Paul Carlson. En la providencia de Dios su trabajo en la vida había
terminado. La mayoría de nosotros viviremos más tiempo y
moriremos más tranquilamente, pero cuando el fin llegue, ¿qué podrá
darnos más grande gozo que estar seguros de que hemos finalizado la
obra que Dios nos dio para que hiciéramos? La gracia del Señor
Jesucristo hace esto posible. Él ha prometido liberación del pecado y el
poder para servir a Dios en las tareas de su elección. El camino es
claro. Si continuamos en el mundo de nuestro Señor, somos sin duda
sus discípulos. Y Él nos liberará de la tiranía de lo urgente, nos
liberará para hacer lo importante, que es la voluntad de Dios.13

La mujer virtuosa se rehusará a que lo urgente tome el lugar de lo


importante en su vida.

Es honorable

Fuerza y honor son su vestidura; y se ríe de lo porvenir


– PROVERBIOS 31:25

Ser honorable es sinónimo de tener integridad y es demostrado por el respeto


que los demás tienen hacia la mujer virtuosa. Ella posee un agudo sentido de
lo correcto y lo incorrecto y su rectitud es evidente a todos. Varios atributos
emergerán cuando la mujer virtuosa asimile este principio en su vida:
 Sus adornos externos son un complemento de sus cualidades
interiores (1 P. 3:3 – 4).
 Se abstiene de cualquier apariencia de mal (1 Ts. 5:22).
 Tiene convicciones fuertes de lo correcto y lo incorrecto (Pr. 14:12;
16:25; Mt. 7:13 – 14).
190 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

 Las convicciones que ella adopta están basadas en principios (Sal.


119:11, 105) en lugar de en rasgos culturales.
Si está casada, los altos estándares de conducta de la mujer virtuosa hacen
una importante contribución a la posición de su esposo (Pr. 12:4; 18:22; 19:14;
31:23). Funciona como una buena compañera (Gn. 2:18) y procura nunca ser
una vergüenza o un obstáculo para su marido.
La mujer virtuosa tiene una reputación honesta y estable. La fuerza y el
honor acompañan su perspicacia en los negocios (Pr. 31:25). Deseando ser
digna de su llamado (Ef. 4:1 – 2), conduce su vida de tal manera de traer
gloria a Dios (1 Co. 10:31). Humildad, falta de egoísmo, amabilidad, dulzura,
paciencia, compartir con otros y hacer concesiones a otros son características
de su actitud piadosa.
La mujer honorable tiene control de su cuerpo, que es presentado como
sacrificio vivo al Señor (Ro. 12:1 – 2). Se resiste a entregar su cuerpo como un
instrumento del pecado (Ro. 6:12 – 13) y reconoce que su cuerpo pertenece a
Cristo (1 Co. 6:15). Consciente de que su cuerpo es un templo habitado
literalmente por el Espíritu Santo (1 Co. 6:19), decide glorificar a Dios en su
cuerpo (1 Co. 6:20). Llega a ser una estudiante de su cuerpo para controlarlo
y mantenerlo en honor (1 Ts. 4:4); entiende la necesidad de responder al
cuerpo de Cristo para mantener su pureza (Gá. 6:1-2; Stg. 5:19 – 20).

Es prudente

Abre su boca con sabiduría, y la ley de clemencia está en su lengua.


— PROVERBIOS 31:26

Con frecuencia, las madres recuerdan a sus hijos: “Si no vas a decir algo
bueno, es mejor que no digas nada”. Santiago 3:2, 6 nos enseña que “todos
ofendemos muchas veces. Si alguno no ofende en palabra, éste es varón
perfecto, capaz también de refrenar todo el cuerpo. Y la lengua es un fuego,
un mundo de maldad. La lengua está puesta entre nuestros miembros, y
contamina todo el cuerpo, e inflama la rueda de la creación, y ella misma es
inflamada por el infierno”. El principio de prudencia, que implica sabiduría
y consideración cuidadosa de las consecuencias, se refiere específicamente al
uso de la lengua. María, la hermana de Moisés sirve como una ilustración
gráfica del impacto que puede tener una lengua filosa y quejosa (Nm. 12:11 –
15). Toda la nación de Israel tuvo que retrasarse durante siete días porque
ella decidió usar su lengua en una forma inapropiada.
La palabra de la mujer virtuosa exhibe buen juicio y discreción (Col. 4:6).
En lugar de ser agresiva y dominante, sus palabras se caracterizan por su
La feminidad cristiana 191

suavidad (Pr. 15:1) y compasión (Pr. 25:1). Tiene la capacidad de ser amable
aunque firme, tanto como la habilidad de mantener confidencias (Pr. 11:13).
La veracidad es evidente en su relación con otros (Ef. 4:15), y se da cuenta
que aquello en lo que medita se manifestará en sus palabras (Sal. 19:14; Lc.
6:45). Dentro de las relaciones familiares, se resiste a difamar el carácter de
su marido y habla a sus hijos con firmeza balanceada con amabilidad y
dulzura. Antes de hablar se hace preguntas para estar segura de que la
actitud de Proverbios 31:26 (“Abre su boca con sabiduría, y la ley de
clemencia está en su lengua”) caracterizará sus conversaciones. Se pregunta:
 ¿Es esto amable?
 ¿Es necesario?
 ¿Es verdad?
 ¿Es un chisme?
 ¿Estoy defendiendo mi propia opinión en lugar de escuchar al otro?
Habiendo implementado estos criterios para lo que va a decir, la mujer
virtuosa decide hacer del ánimo una parte de su estilo de vida porque esto
es un mandato espiritual (He. 10:25). Un acto de aliento inspira a otros con
valor, espíritu y esperanza renovados. Afirma a los individuos por lo que
son más que por lo que hacen. Proverbios 25:11 enseña el valor de las
palabras apropiadas. Una variedad de acciones pueden proveer ánimo a
otros, incluyendo:
 Ofrecer notas y pequeños regalos en forma inesperada.
 Hablar de las cualidades de carácter deseables (puntualidad, actitud
positiva, tolerancia, etcétera).
 Hablar con propósitos específicos, orientados a dar apoyo.
 Reconocer un trabajo bien hecho.
 Apoyar a alguien que se siente herido.
 Decidirse a usar la confrontación en una manera adecuada (Mt. 18:15
– 19) en lugar que como una forma “cristiana” de reñir a alguien.
La mujer virtuosa cultiva una actitud tranquilizadora y positiva, sabiendo
que el aliento no prospera en una atmósfera negativa. Se da cuenta de que
desarrollar esta calidad de carácter toma tiempo y no anticipa retribución
(Lc. 6:30 – 31; 1 Ti. 6:17 – 19).

Es amorosa

Se levantan sus hijos y la llaman bienaventurada; y su marido también la alaba:


Muchas mujeres hicieron el bien; mas tú sobrepasas a todas.

— PROVERBIOS 31:19
192 P IE N SE C O N F O R M E A LA BIBLIA

E l s e n t id o d e b e n e v o l e n c ia q u e u n o p o d r í a t e n e r h a c i a o t r a p e r s o n a e n ­
v u e l v e u n a m o r i n t e n s o p o r l o s d e m á s , i n c l u y e n d o a l c ó n y u g e , a l o s h i jo s , a m i ­
g o s y p a r i e n t e s , a d e m á s d e u n c o m p r o m i s o f i r m e c o n D i o s . L a m u je r v i r t u o s a
d e m u e s t r a u n a f ir m e s i m p a t í a p o r o t r o s y l a d e c i si ó n d e a c t i v a r e l p r i n c i p i o d e
T i t o 2 :3 - 4 d e l a s m u je r e s m á s jó v e n e s q u e a p r e n d e n d e l a s a n c i a n a s . O t r o s
p u e d e n l l e g a r a e l l a y s e n i e g a a h a c e r a c e p c i ó n d e p e r s o n a s ( St g . 2 :1 - 1 3 ) .
Q u e l a m u je r v i r t u o s a s e c o n c e n t r a p r i m e r o e n l a s t a r e a s d o m é s t i c a s y e n
lo s d e su p r o p ia c a s a q u e d a d e m o s t r a d o p o r lo q u e se d ic e d e e lla . Su e s p o s o
y s u s h i jo s e s p o n t á n e a m e n t e l a a l a b a n (P r . 3 1 : 2 8 - 2 9 ) . C a d a d í a , c u a n d o a b r e n

s u s o j o s , s e r e g o c i ja n d e q u e e l l a l e s p e r t e n e c e . E l l a d e c i d e v i v i r u n a v i d a c o n ­
se c u e n t e c o m o e sp o sa y m a d r e .
H a b i e n d o h e c h o d e s u h o g a r u n a p r i o r i d a d , l a m u je r v i r t u o s a t r a b a ja
c r e a t i v a m e n t e c o n s u m a r i d o ( A m . 3 : 3 ; E f . 5 : 2 2 - 2 4 ; C o l . 3 : 1 8 ; 1 P. 3 : 1 - 6 ) .
E l la l o c o n o c e l o s u fic i e n t e m e n t e b i e n p a r a r e s p e t a r l o y h o n r a r l o (E f. 5 :3 3 b ) ,
t a n t o c o m o s e r s u c o m p a ñ e r a y a m i g a ( G n . 2 : 1 8 ) . I n s t r u y e b i e n a s u s h i jo s
m e d i a n t e p o n e r e n p r á c t i c a l o s p r i n c i p i o s d e l a P a l a b r a d e D i o s ( D t . 6 :6 - 7 ;
1 1 : 1 8 - 2 1 : S a l . 7 8 :1 - 4 ; P r . 2 2 : 6 ; E f . 6 : 4 ; C o l . 3 : 2 1 ; 2 T i . 3 :1 4 - 1 7 ) e s e l e n f o q u e
d e s u v i d a m i e n t r a s l o s h i jo s e s t á n e n e l h o g a r . F i n a l m e n t e , s e t r a n s f o r m a e n
u n e je m p lo p o r la s c u a li d a d e s d e su c a r á c t e r , c u a li d a d e s q u e d e se a in c u lc a r
e n la v id a d e c a d a u n o d e s u s h ijo s, p u e s se d a c u e n t a d e q u e e llo s a sim ila n
l a s c o n d u c t a s d e s u s m o d e l o s (1 C o . 1 1 :1 ; E f . 5 :1 - 2 ) .

Tem e a Dios

Engañosa es la gracia, y vana la hermosura; la mujer que teme a Jehová,


ésa será alabada.
—Pr o v e r b io s 31:30

T e m e r a D i o s d e n o t a u n a c o n fi a n z a r e v e r e n c ia l e n D i o s , i n c lu y e n d o e l
o d i o a l m a l . R o m a n o s 1 2 : 9 r e t a a l a m u je r v i r t u o s a a “ a b o r r e c e r l o m a l o ,
se g u i r l o b u e n o ” . E l la a si m i l a u n a v e r d a d e r a p e r sp e c t i v a d e v a l o r e s b a s a d a
e n l a P a l a b r a d e D i o s . L a m u je r q u e a d o p t a e l p r i n c i p i o d e t e m o r a D i o s s e r á
t e m e r o sa , lo v e n e r a r á, lo a d o r a r á y a m a r á a su Se ñ o r c o n t o d o el c o r a z ó n (M t .
2 2 :3 7 ) . L a a p lic a c ió n p r á c t ic a d e u n e st ilo d e v id a p i a d o s o in c lu y e u n a h a m ­
b r e y se d i n d i v i d u a l d e D i o s (Sa l. 4 2 : l - 2 a ) , u n a a c t i t u d d e su m i si ó n a l a v o ­
l u n t a d y a l o s c a m i n o s d e D i o s ( S t g . 4 : 7 ) , y u n a e v a l u a c i ó n c o n s e c u e n t e d e su
e s t a d o e s p i r i t u a l (1 C o . 1 1 :3 1 - 3 2 ) . Se p r o p o n e h a c e r d e l o s p r i n c i p i o s e s p i r i ­
t u a l e s u n a p r i o r i d a d e n s u v i d a ( M t . 6 :3 3 ) y r e c h a z a l a ¡d e a d e c a e r e n u n a
r u t i n a d e c a n s a n c i o e n c u a n t o a su r e la c i ó n c o n su S a lv a d o r . Su fo r t a l e z a e s
e l g o z o d e l Se ñ o r (N e h . 8 :1 0 b ) .
L a f em in id ad crist ian a 193

A c e p t a n d o 1 C o r i n t i o s 1 0 c o m o u n a a d v e r t e n c i a , l a m u je r v i r t u o s a r e ­

c o n o c e la s t r a m p a s en la s q u e lo s a n t ig u o s h e b r e o s c a y e r o n r e sp e c t o d e su

c o n d ic ió n e sp ir it u a l. Labraron c o s a s m a l a s (v . 6 ) , f u e r o n i d ó l a t r a s (v . 7 ) ,

com en zaron a p r a c t i c a r la i n m o r a l i d a d (v . 8 ) , s e h i c i e r o n c u l p a b l e s d e p r e ­

su n c ió n (v . 9 ) y f u e r o n c í n i c o s y n e g a t i v o s (v . 1 0 ) . E n m e d i o d e l a s m e jo r e s

b e n d ic io n e s d e D i o s , se h i c ie r o n f r í o s , d is t a n t e s e in d if e r e n t e s. A l a p l i c a r la

s a b i d u r í a d e 1 C o r i n t i o s 1 0 : 1 2 - 1 3 e l l a e s c u i d a d o s a e n a p r e n d e r d e l e je m p l o

d e lo s ju d í o s d e so b e d ie n t e s e in d o le n t e s d e lo s t ie m p o s d e M o isé s.

La r e c o m p e n s a

Dadle del fruto de sus m anos, y alábenla en las puertas sus hechos.
— Pr o v er bi o s 31:31

L a r e c o m p e n sa p o r c u l t iv a r e s t o s sie t e p r in c ip io s a p a r e c e e n P r o v e r b i o s

3 1 : 3 1 c u a n d o l a m u je r v i r t u o s a r e c i b e r e c o n o c i m i e n t o “ e n l a s p u e r t a s ” l o q u e

q u i e r e d e c i r e n l a a s a m b l e a p ú b l i c a d e l p u e b l o . L a m u je r v i r t u o s a n o t i e n e q u e

ja c t a r s e d e e l l a m i s m a , s i n o q u e e s a l a b a d a p o r q u i e n e s l a c o n o c e n . L a m u je r

q u e d e c i d e a d o p t a r l o s p r i n c i p i o s q u e se e n c u e n t r a n e n P r o v e r b i o s 3 1 g e n e ­

r a lm e n t e e s r e c o m p e n sa d a en e st a v id a y e n el m á s a llá . U n r e p a so d e e st o s

p r in c ip io s su g ie r e a lg u n o s b e n e fic io s r e p r e se n t a t iv o s y p o t e n c ia le s q u e la

m u je r v i r t u o s a p o d r í a a n t i c i p a r :

Ser virtuosa
• U n a r e l a c ió n sin o b s t r u c c ió n c o n su P a d r e c e le st ia l ( M t . 5 :8 ) .

• B e n d i c i ó n d e l S e ñ o r y ju s t i c i a d e l D i o s d e s u s a l v a c i ó n ( S a l . 2 4 : 1 - 5 ) .

• L a s e g u r i d a d d e q u e s u i n f l u e n c i a n u n c a m o r i r á (P r . 3 1 : 2 8 ; 2 T i . 1 :3 - 7 ) .

Ser digna de confianza


• Q u e s u e s p o s o c o n f í e e n e l l a (P r . 3 1 : 1 1 ) .

• U n a r e p u t a c i ó n h o n o r a b l e (P r . 3 1 : 2 5 )

• L a c o n f i a n z a q u e si a n d a e n r e c t i t u d , s u P a d r e c e l e s t i a l le p r o v e e r á g r a ­

c ia , g l o r i a y t o d o lo q u e e s b u e n o p a r a e lla (Sa l. 8 4 :1 1 ) .

Ser enérgica
• L a f a m i l i a s e b e n e f i c i a d e s u t r a b a j o e n c a s a (P r . 3 1 : 2 4 ) .

• D i s f r u t a r e s t í m u l o p r o f e s i o n a l y e s p i r i t u a l (P r . 2 7 : 1 7 ) .

• E x e n c i ó n d e c o s e c h a r l o s f r u t o s d e l a p e r e z a (P r . 1 9 : 1 5 ) .

Material protegido por derechos de autor


194 P IE N SE C O N F O R M E A LA BIBLIA

Ser físicam ente capaz


• D i s f r u t a r l a s t a r e a s q u e a s u m e e n t o d o s u p o t e n c i a l ( C o l . 3 :2 3 ) .
• Q u e su c u e r p o e s u n l u g a r a p r o p ia d o p a r a q u e h a b it e e l E sp í r it u Sa n t o
(1 C o . 6 : 1 9 - 2 0 ) .

• E v i t a r e l t i p o d e ju i c i o y d e n u n c i a q u e D i o s e je c u t ó s o b r e l a s m u je r e s
d e Ju d á (l s. 3 :1 6 - 2 6 ) .

Ser econ óm ica


• A d o p t a r u n a a c t it u d e sp ir it u a l h a c ia el d in e r o y la s p o se sio n e s m a t e r i­
a l e s (1 T i . 6 : 6 - 1 0 ) .

• E x p e r i m e n t a r e l g o z o d e l a g e n e r o s i d a d ( 2 C o . 9 :6 - 8 ) .
• P e r c ib i r q u e l o q u e c o m p r a h a s i d o u n a b u e n a d e c i s i ó n (P r . 3 1 : 1 8 ) .

Ser desin teresada


• E l g o z o d e d a r a o t r o s c o n l a a c t i t u d c o r r e c t a ( 2 C o . 9 :7 ) .
• S e r a g r a d a b l e a l S e ñ o r (P r . 1 9 :1 7 ) .

• D i s f r u t a r e l f r u t o d e d a r a o t r o s ( H c h . 9 :3 6 - 4 2 ) .

Estar preparada
• C u m p l i r l o s d e s i g n i o s d e l p l a n d e D i o s p a r a s u v i d a (Je r . 1 7 :7 - 8 ) .
• S e r u n a u t é n t i c o e j e m p l o p a r a o t r o s (1 C o . 1 1 : 1 ) .

• F a lt a d e fr u st r a c ió n y a r r e p e n t im ie n t o (M t . 2 5 :2 1 , 2 3 ).

Ser h onorable
• Q u e su in t e g r id a d m o r a l le p e r m it a e x p e r im e n t a r sa t isfa c c ió n e n la v id a
en lu g a r d e h a b e r v iv id o u n a v id a m a lg a st a d a l le n a d e r e m o r d i m i e n t o y
p e c a d o (2 C o . 9 :6 ; G á . 6 :7 - 9 ).

• C o m p o r t a r s e e n u n a f o r m a q u e r e f l e je s u p o s i c i ó n c o n u n a h i ja e n l a
fa m ilia r e a l d e D io s (G n . 1 :2 6 - 2 7 ).

• U n a c o n fia n z a d e q u e su s c o n v ic c io n e s e st á n b a s a d a s e n p r in c i p i o s
b í b l i c o s m á s q u e e n t e n d e n c ia s c u l t u r a l e s (Sa l. 1 1 9 :1 1 , 1 0 5 ).

Ser prudente
• Q u e l a s p e r so n a s e st é n d i s p u e st a s a c o n fi a r e n e ll a c o n l a se g u r i d a d d e
q u e v a a g u a r d a r l a s c o n f i d e n c i a s (P r . 1 5 :1 - 2 ) .
• Q u e l a s p e r s o n a s b u s q u e n y s i g a n s u s c o n s e jo s ( C o l . 4 : 6 ) .
• E l p r i v i l e g i o d e a n i m a r y a p o y a r a o t r o s ( H e . 1 0 :2 4 - 2 5 ) .
La feminidad cristiana 195

Ser amorosa

 Disfrutar de una relación con el Señor saludable, creciente y amorosa


(Mt. 22:37).
 Que sus amigos más cercanos la amen, la honren, la respeten y la
alaben (31:28 – 39).
 Vivir de tal manera que sea un ejemplo para las “mujeres jóvenes "
(Tit. 2:3 – 5).

Temerosa de Dios

 Ser un modelo positivo por su fe (la epístola de Santiago en acción).


 Seguir siendo un siervo fiel (Mr. 25:21).
 Disfrutar de los beneficios de aprender de las experiencias de otros (1
Co. 10).
Consciente de que el propósito para cultivar estos once principios es
glorificar a Dios (1 Co. 10:31), oír a su Padre celestial decir: "Bien, buen
siervo y fiel” (Mt. 25:21), y poner sus recompensas a los pies de su Rey ( Ap.
4:10 – 11), la mujer virtuosa procura la corona eterna con decisión.

UN PENSAMIENTO FINAL

La convicción de este capítulo es que el papel original y las diferenciaciones


en el hogar pueden trazarse bíblicamente hasta las normas establecidas en el
Edén antes de que el pecado interrumpiera las relaciones matrimoniales (Gn.
2:7 – 23). La función original específica para el varón y la mujer fue
corrompida, no creada, por la caída. Génesis 2:18 dice que el acto final de la
creación de Dios fue la mujer, para que fuera “una ayuda idónea para él»
(literalmente, una “ayuda como hombre”). John MacArthur dice:

Cuando Dios vio a su creación como muy buena (1:31), la vio como el
resultado perfecto de su plan creativo. Sin embargo, al observar el
estado del hombre como no bueno, se estaba refiriendo a su condición
de incompleto antes del final del sexto día porque aún no había
creado a la mujer, la contraparte de Adán. Las palabras de este
versículo enfatizan la necesidad del hombre de tener una compañía,
alguien que lo ayudara, y que fuera un igual. Estaba incompleto sin
alguien que lo complementara en el cumplimiento de la tarea de
llenar, multiplicar y ejercer dominio sobre la tierra. Esto apunta a la
insuficiencia de Adán, no a la insuficiencia de Eva (cp. 1 Co. 11:9).
Dios hizo a la mujer para suplir la insuficiencia del hombre (cp. 1 Ti.
2:14).14
La mujer describiendo la feminidad cristiana adopta la verdad de
Génesis 1 – 2 y Proverbios 31:10 – 31, se conduce en armonía con la
voluntad de Dios y glorifica a Dios con su mente y con su vida. Posee
196 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

una clara visión bíblica de su feminidad

LECTURAS ADICIONALES

Elliot, Ellisabeth, Dejadme ser mujer. Barcelona, España: Editorial Clie, 2001.
Ennis, Patricia y Lisa Talock. Becoming a Woman Who Pleases God: A Guide to
Developing Your Biblical Potencial [Como ser una mujer que agrada a Dios:
Una guía para desarrollar su potencial bíblico], Chicago IL.: Moody Press,
2001.
MacArthur, John. Distintos por diseño. Grand Rapids, MI: Editorial
Portavoz, 2004 Peace, Martha. The Excellent Wife [La esposa excelente},
Bermidji, MN: Focus Publishing, 1997.
Piper, John y Wayne Grudem, coeditors. Recovering Biblical Manhood and
Womanhood [Como recuperar los estados bíblicos de la masculinidad y la
feminidad], Wheaton, IL.: CrossWay Books, 1991
10

LA ADORACIÓN ESPIRITUAL
Y LA MÚSICA

PAUL T. PLEW

Fue el 2 de junio de 1991. La glasnost (apertura) y la perestroika


(reestructuración) estaban causando un verdadero cataclismo en Rusia.
Cuando llegamos a la Primera Iglesia Bautista de Moscú faltaban dos horas
para que comenzara el culto. El templo estaba en completo silencio. Sentí un
temor reverencial. Dentro de una hora, el lugar estaría repleto. Cuando el
culto comenzó era imposible decir quién estaba de pie y quién sentado
porque el primer piso y el balcón eran ahora una masa de rostros, rostros
que anhelaban una cosa: “Comunicarse con Dios”.
Una vez que el culto comenzó, me di cuenta de que para ellos la oración
era algo muy serio. Algunos estaban de pie, otros con la cabeza inclinada;
muchos estaban de rodillas hablando con Dios. Su actitud era de humildad y
de reconocimiento ante la grandeza de Dios como está expresada en Génesis
1:16: “E hizo Dios las dos grandes lumbreras; la lumbrera mayor para que
señorease el día, y la lumbrera menor para que señorease en la noche; hizo
también las estrellas”. Estas cuatro últimas palabras: “hizo también las
estrellas”, representa billones de estrellas que permiten ver el gran poder de
Dios. Estos creyentes parecían reconocer esto.
Cuando comenzó la música, mire a mi alrededor y vi a todos de pie y
cantando con una actitud de seria adoración. Estoy seguro de que muchos
no podían cantar muy bien, pero eso no era lo importante. Lo que si era
importante era que estaban demostrando su amor por Dios en aquel canto.
Los himnos eran serios, más bien un poco pesados; no reflejaban mucho
198 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

gozo. Pero más tarde me dijeron que la mayoría de los miembros de la


congregación había perdido familiares cercanos a manos del Partido
Comunista.
Volví a los Estados Unidos y prometí que haría todo lo que pudiera dentro
de las capacidades y oportunidades que Dios me diera para procurar ser un
verdadero adorador y luego animar a otros a unirse para adorar en espíritu
y en verdad.
Hoy día, uno de los problemas con la adoración es que la mayoría de los
cristianos no hemos tenido familiares y amigos cercanos presos o ejecutados
por su fe que nos pudiera llevar más cerca en su dependencia del Señor.
Además, hemos sido influenciados por una cultura que determina nuestras
acciones. Donde prevalece el entretenimiento y una actitud de
autocomplacencia hay una deficiencia en cuanto a entender lo que significa
adorar, quién participa, quién es la audiencia, cuáles son las
responsabilidades y quién recibe la gloria.

¿QUÉ ES LA ADORACIÓN VERDADERA?

La palabra adoración es una contracción de una antigua palabra que denota la


atribución de reverencia a algo o a alguien de importancia superlativa.1 “La
adoración es un acto realizado por un hombre redimido, la criatura, hacia
Dios, el Creador, en el que su voluntad, intelecto y emociones responden con
gratitud a la revelación de la persona de Dios expresada en la obra redentora
de Cristo cuando el Espíritu Santo ilumina la obra escrita de Dios a su
corazón”.2 La palabra hebrea para adoración significa “inclinarse en
reverencia”.3 Éxodo 34:8 dice que cuando Moisés estaba en el Monte Sinaí y
el Señor descendió en la nube: “Moisés, apresurándose, bajó la cabeza hacia
el suelo y adoró”. Génesis 17:3 nos dice que Abram “se postró sobre su
rostro” ante Dios. El Antiguo Testamento enseña que a la verdadera
adoración la acompañan la humildad y una actitud de servicio (Sal. 95:6 – 7).
Una palabra griega para adoración es latreuo, “servir, rendir homenaje”.4
Filipenses 3:3 dice: “Porque nosotros somos la circuncisión, los que en
espíritu servimos a Dios y nos gloriamos en Cristo Jesús, no teniendo
confianza en la carne”. La adoración es espiritual que fluye del Espíritu
Santo dentro del creyente. Si alguien no anda en el Espíritu, no está
capacitado para adorar.
Proskuneo es una palabra griega que quiere decir “rendir homenaje,
hacer reverencia”. Según el Vines Expository Dictionary of New Testament
Words, esta es la palabra que con más frecuencia el Nuevo Testamento
traduce “adorar”.5 Comunica respeto y sumisión. En Juan 4:24, Jesús
le dice a la mujer en Samaria: “Dios es Espíritu; y los que le adoran,
en espíritu y en verdad es necesario que adoren”. Adoración en
espíritu tiene significado para el obediente, para aquel que ha sido
La adoración espiritual y la música 199

lavado en la sangre del Cordero. Nuestra adoración debe ser de corazón y


habilitada por el Espíritu de Dios.
La adoración en verdad denota adoración con sinceridad. No solo debemos
ser hijos del Rey, también debemos vivir espiritualmente. En otras palabras,
debemos ser auténticos y genuinos en nuestra obediencia a Cristo. La frase “en
espíritu y en verdad” se relaciona con el corazón de un individuo y la forma en
la que se expresa externamente. Cuando ambos elementos están en orden, se
libera la verdadera adoración.
Martin Lutero dijo: “En la adoración nos convocamos para oír y analizar la
Palabra de Dios y para adorar a Dios, cantar y orar”.6 El adorador
voluntariamente acepta la verdad de Dios de la Palabra y responde en alabanza
y oración y en un estilo de vida cambiado.7
Juan Wesley demostró en su traducción del himno “O Dios, ¿Qué ofrenda te
daré?” esa adoración:8

Oh Dios, ¿qué ofrenda te daré.


Señor de tierra y cielos?
espíritu, alma y cuerpo recibe,
Un sacrificio santo y vivo.
Pequeño como es, es toda mi provisión;
Más te daría, si más tuviera.
JOACHIN LANGE

Algunos escritores de la actualidad que han definido adoración incluyen lo


siguiente:

Donald Hustad: “El servicio de adoración es un ensayo para la vida de


adoración de cada día. Todo lo que tiene vida debería adorar. Si el
ensayo es verdadera adoración en espíritu y en verdad, la vida misma
debería ser adoración con la persona integral: corazón, alma, mente y
fuerza".9

John MacArthur: “La adoración es lo esencial y el servicio es un corolario


hermoso y necesario de ella. La adoración es central en la voluntad de
Dios, el gran sine qua non de toda experiencia cristiana... Nuestra
definición de adoración se enriquece cuando entendemos que la
verdadera adoración toca cada área de la vida. Tenemos que honrar y
adorar a Dios en todo".10

Eugene Peterson: “La adoración es la estrategia por la cual interrumpimos


nuestra preocupación por nosotros mismos y vamos a la presencia de
Dios".11

John Piper: “Las misiones no son la prioridad superior de la iglesia.


Es la adoración. Las misiones existen porque la adoración no
existe. La adoración, no las misiones, es el objetivo final porque el
objetivo final es Dios, no el hombre… Las misiones son una necesidad
200 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

temporal, pero la adoración permanece para siempre”.12

William Temple: “Adorar es estimular la conciencia por la santidad de


Dios, alimentar la mente con la verdad de Dios, limpiar la
imaginación por la belleza de Dios, abrir el corazón al amor de Dios,
dedicar la voluntad al propósito de Dios”.13

Robert Webber: “Adorar es un verbo. No es algo hecho a nosotros o


para nosotros, sino por nosotros”.14

TEOLOGÍA DE LA ADORACIÓN

La santidad de Dios

Isaías 6:1 – 8 es un modelo, un principio para el creyente que adora. Isaías


está cerca del altar, frente al templo. Las puertas están abiertas y el velo que
cubre el Lugar santísimo está descorrido. En ese momento hay una visión de
Dios asistido por serafines. 1 Reyes 22:19 describe una escena similar: “[Y
Micaías dijo,] Oye, pues, palabra de Jehová: Yo vi a Jehová sentado en su
trono, y todo el ejército de los cielos estaba junto a él, a su derecha y a su
izquierda”. A Dios se le ve con una hueste de ángeles en todo su
impresionante esplendor, los serafines con Él, como también en Isaías 6:2.
"Cada uno tenía seis alas; con dos cubrían sus rostros”: Eran indignos de
mirar a un Dios santo. Esto demuestra un profundo respeto y reverencia.
“Con dos cubrían sus pies”: Esto significa que cubrían enteramente la parte
baja del cuerpo de cada uno de ellos, una postura común, como un gesto de
homenaje continuo cuando se está en frente de un monarca. “Y con dos
volaban”: Dos alas estaban listas para entrar en acción en cualquier
momento para el servicio del Rey.
De las seis alas, cuatro se usaban para adorar y solo dos se usaban para
servir. El principio ejemplificado por estas criaturas celestiales es que la es-
pera reverente en Dios es más importante que un servicio activo. Dios
estableció esta forma también para nosotros; la adoración tiene una
prioridad más alta que el servicio.
En los Salmos abunda este mandato: Salmo 145:1, “Te exaltaré, mi Dios,
mi Rey, y bendeciré tu nombre eternamente y para siempre”; Salmo 146: 1,
“Alaba, oh alma mía, a Jehová. Alabaré a Jehová en mi vida; cantaré salmos
a mi Dios mientras viva”.
Isaías 6:3 continúa diciendo: “Y el uno al otro daba voces, diciendo: Santo,
santo, santo, Jehová de los ejércitos; toda la tierra está llena de su gloria” (el
hebreo es más enfático: “La plenitud de toda la tierra es su gloria”; cp.
La adoración espiritual y la música 201

Sal. 24:1; 72:19). Este mismo cuadro se puede ver en Apocalipsis 4:8 cuando
Juan describe lo que los ángeles están haciendo, aun ahora.
Isaías 6:4 describe la presencia de Dios como tan inmensa que las bases del
templo se conmueven y tiemblan a su voz, y el templo se llenó de humo; la
nube shekiná estaba presente, como en 1 Reyes 8:10 y Ezequiel 10:4.
Piense en el spiritual negro, Were You There When They Crucified My Lord?
[¿Estabas tú allí cuando crucificaron a Jesús?]. El himno termina diciendo: “A
veces tiemblo, tiemblo, tiemblo”. El pensamiento del Señor y quién es Él
provocaba un temor reverencial. Los esclavos conocían este tipo de temor.
La sola presencia del dueño de la plantación provocaba en los trabajadores
temor y temblor, no necesariamente por respeto, sino por la eterna presencia
de la posibilidad de azotes si el trabajo no se realizaba según el deseo del
propietario. El temblor (o estremecimiento) en Isaías 6:4 tenía que ver con un
respeto impresionante ante la presencia del Dios Altísimo. Él es santo,
perfecto y sin pecado. Este pasaje refleja la santidad de Dios.
Aparte de la santidad de Dios, hay muchos otros atributos en las
Escrituras de Dios que podemos enfatizar durante la lectura y el canto de
porciones de himnos de nuestra adoración. Por ejemplo:
La luz esplendorosa de Dios: Las Escrituras podrían incluir Isaías 60:19,
1 Juan 1:5, acompañadas por himnos con textos tales como “El mundo entero
estaba perdido en la oscuridad del pecado; la Luz del mundo es Jesús”. 15 y
“Oh luz que no mengua, que brilla el día infinito, todo en tierra y cielo, es
iluminado por el rayo; ningún ojo puede mirar su trono, ninguna mente su
brillo comprender”.16
La fidelidad, inmutabilidad y compasión de Dios: Pudiéramos leer
Lamentaciones 3:22 – 23 y cantar el himno “Grande es tu fidelidad, oh Dios y
Padre; ni una sombra de duda tendré; tú no cambias, tu compasión no falla;
como has sido, por siempre serás”.17
La grandeza y el poder de Dios: Podrían leerse pasajes de las Escrituras, como
el Salmo 68:34. Himnos apropiados podrían ser “Cuán grande es Él”18 y “Yo
canto al inmenso poder de Dios que hizo los montes crecer; que extendió los
mares y estableció los altos cielos”.19
Otros atributos de Dios: 1 Timoteo 1:17 menciona una cantidad de atributos
de Dios y provee un buen tema para el himno: “Inmortal, invisible. Dios solo
sabio, en luz inaccesible te ocultas de nuestros ojos, bendito, glorioso,
Anciano de días, Omnipotente, victorioso, tu gran nombre alabamos”.20
El pueblo de Dios necesita reflexionar regularmente en los atributos
de Dios. Nuestros cultos de adoración comunitaria deberían incluir
himnos que nos recuerden quién es Dios. Una forma de alcanzar esta
meta sería concentrando la adoración sobre los diferentes atributos de
Dios para animar al adorador a reconocer las muchas facetas de su carácter
202 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

divino. Él es mucho más que solo un amigo. Él es el Señor de todas las


huestes celestiales. Él es digno de toda adoración y merece ser adorado.

La pecaminosidad del hombre

Cuando se enfrentó a la gloria de Dios, Isaías confesó: “¡Ay de mí! que soy
muerto; porque siendo hombre inmundo de labios, y habitando en medio de
pueblo que tiene labios inmundos, han visto mis ojos al Rey” (Is. 6:5). Esta
debe ser la actitud del creyente. Isaías se vio como alguien bajo maldición,
corrompido, inmundo, asqueroso. Se sentía como “trapo inmundo” (Is. 64:6).
¿Por qué Isaías fue tan duro para tratarse? Después de todo, era hijo de
Amos, un contemporáneo de Jonás, un profeta importante que predijo el
futuro ciento cincuenta años antes de que ocurriera. Su ropa estaba hecha de
saco (Is. 20:2), lo que encarnaba el mensaje de arrepentimiento que
anunciaba. ¿Por qué verse como un gusano? El versículo 5 del capítulo 6
termina diciendo: “Han visto mis ojos al Rey, Jehová de los ejércitos”. Si
Isaías se hubiera visto en relación con sus contemporáneos, podría haber
dicho: “Yo no soy tan malo; de hecho, soy mejor que muchos de ellos”. Pero
no fue ese el caso. Sus ojos habían visto al Rey, la nube de la shekiná. Él se
midió contra el parámetro absolutamente superior por cuya razón se
encontró inmundo e indigno.
En Zacarías 3:3, Josué está vestido con ropas viles ante un ángel. La
palabra del Antiguo Testamento traducida “viles” es un adjetivo que viene
de una raíz que quiere decir “excremento”, lo que significa que las ropas no
solo son viles e inmundas, sino que tienen un olor ofensivo.21
Isaías 64:6 dice: “...todos nosotros somos como suciedad, y todas nuestras
justicias como trapo de inmundicia”. Hoy día nosotros no parecemos como
inmundos. Algunos himnarios están cambiando las letras para acomodarlas
suavemente al pecado. Por ejemplo, en el original del himno de Isaac Watts,
la letra dice:

¡Ay! ¿Y mi Salvador sangró y mi soberano murió?


¿Habría él de dedicar esa sagrada cabeza por un gusano como yo?22

En un himnario reciente, la última línea dice “... por pecadores como yo”,
o: “... por alguien como yo".
La forma en la que Dios ve el pecado del hombre es y ha sido siempre la
misma. Él no ha cambiado. Él es inmutable. Todos nosotros somos polvo y
gusanos comparados con el Rey de gloria. Sin embargo, algunos adoradores
se ven a ellos mismos como superiores a otros. La actitud es: “Yo soy auto-
La adoración espiritual y la música 203

suficiente. Vivo y sirvo mejor que la mayoría”, Esta clase de adoración


debería calificarse simplemente ritual, deshonesta, altiva y ausente de
cualquier forma de autoexamen (cp. con los fariseos en Lc. 18: 11 – 12).

La solución de Dios

Isaías 6:6 – 7 muestra el atributo de misericordia. “Y voló hacia mí uno de los


serafines, teniendo en su mano un carbón encendido, tomado del altar con
unas tenazas; y tocando con él sobre mi boca, dijo: He aquí que esto tocó tus
labios, y es quitada tu culpa, y limpio tu pecado”. No se sabe cuánto tiempo
estuvo esperando Isaías entre los dos versículos de este pasaje. Pudo haber
sido poco tiempo, pero fue una experiencia que habría de recordar para
siempre. Ronald Allen en The Wonder of Worship (La maravilla de la
adoración) la describe así:

Entonces, con un asentimiento de Dios, se produjo una pantomima de


gracia. Isaías estaba consciente, quizás en un estado de ensueño, del
agitarse de las alas de ángeles, de una sensación ardiente y entonces
las palabras que liberaron su corazón de todo temor. Las palabras
fueron dichas por un ángel pero tenían la autoridad del trono del
cielo. Isaías había experimentado un Yom Kipur personal, su propio
“día de expiación”. Y fue limpio inmediatamente de todo pecado. Esto
no fue porque él lo mereciera o se lo hubiera ganado, sino que fue
todo por gracia, la gracia de Dios.23

Está libre, libre para vivir para Dios, libre para servir a Dios, libre para
honrar a Dios, y libre para adorar a Dios.
El modelo para saber quiénes somos nosotros y quién es Dios debe ser la
realidad de cada adorador que en realidad quiere ver a Dios. Este cuadro no
representa un paradigma normalmente amistoso. Requiere trabajo. Requiere
compromiso y dedicación. Requiere un amor profundo que se entiende solo
cuando la persona está momento a momento en comunión con Dios.
Isaías 6:8 continúa: “Después oí la voz del Señor, que decía: ¿A quién
enviaré, y quién irá por nosotros?” Aquí pareciera haber un sentido de que
pocos estarían dispuestos a oír y aceptar la autonegación que se necesitaba.
Este mensaje no sería recibido con presteza por el pueblo judío (cp. 1 Cr.
29:5). Sin embargo, la respuesta no se tardó: “¡Heme aquí! Envíame a mí”.
Imagínese lo que ocurriría en la congregación de Dios si todos los que asis-
ten a los cultos de adoración domingo a domingo tuvieran la misma
respuesta que tuvo Isaías en este pasaje de las Escrituras. No solo estarían
preparados los adoradores habiendo confesado todos los pecados conocidos,
y listos para servir, sino que también tendrían la correcta visión de quién es
Dios.
204 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Isaías 6:1 – 8 nos da la más concentrada visión de lo que debería ser la


adoración:

 Versículos 1 – 4: Adoración
 Versículo 5: Confesión
 Versículos 6 – 7: Limpieza y perdón
 Versículo 8: Decisión
Este cuadro nos impulsa a prorrumpir con el himno:

¡Santo. Santo, Santo! ¡Señor Dios. Omnipotente!


Siempre el labio mío loores te dará.
¡Santo, Santo, Santo! Te adoro reverente
Dios en tres personas, bendita Trinidad.

¡Santo! ¡Santo! ¡Santo! En numeroso coro.


Santos escogidos te adoran sin cesar;
De alegría llenos y sus coronas de oro
Rinden ante el trono y el cristalino mar.

REGINALD HEBER

En este himno del siglo diecinueve, la melodía siempre asciende en las


palabras “Santo, santo, santo”. Esto ilustra un buen matrimonio entre la letra
y la música. A medida que la melodía asciende, el adorador toma
consciencia musicalmente de la sobrecogedora realidad de la santidad de
Dios. Este himno debería cantarse siempre con la visión de un Dios santo.
Nunca deberíamos cantar estas palabras eternas, como John Wesley decía:
“en una especie de susurro; sino alzando la voz con fuerza”.24

¿CÓMO DISFRUTO DE LA ADORACIÓN?

Adoración privada

Dios espera y desea que cada creyente pase regularmente un tiempo solo
con Él. Durante este tiempo privado necesitamos adorar a Dios por quien Él
es (Sal. 8), confesar a Dios nuestros pecados (1 Jn. 1:9), agradecerle por lo que
ha hecho (Sal. 69:30; 1 Ts. 5:18) y suplicar, pedirle a Dios fuerzas, ayuda,
dirección y que nos guíe (Fil. 4:6; 1 P. 5:7). Algunas actividades diarias de
adoración incluyen:

 Lectura y estudio de las Escrituras.


 Meditación en un versículo o dos para memorización.
 Cantar a Dios.
Sí, cantar a Dios los grandes himnos y canciones de alabanza. Cantar de
La adoración espiritual y la música 205

lo más profundo del corazón. Conectar lo que ha estudiado en las Escrituras


y encontrar un himno que apoye ese tema.
Hace poco se publicó (en inglés) una serie de cuatro libros25,26,27,28 con
historias de himnos que han resultado una excelente ayuda para nuestra
adoración privada. Escrito por John MacArthur, Joni Eareckson Tada y
Robert y Bobbie Welgemuth, cada libro incluye un disco compacto de
música para alentar a la persona que lo escuche no solo a participar y cantar
junto con el disco, sino a cantar con un entendimiento de los himnos. Cada
libro tiene doce historias de himnos que reflexionan acerca del contexto
devocional, doctrinal e histórico de los himnos. El disco compacto ha sido
grabado con el coro de The Master'’s College.
Un ingrediente importante en la adoración privada es la consistencia: día,
tras día, tras día. “A Jehová cantaré en mi vida; a mi Dios cantaré salmos
mientras viva. Dulce será mi meditación en él; yo me regocijaré en Jehová”
(Sal. 104:33 – 34). “Bendeciré a Jehová en todo tiempo; su alabanza estará de
continuo en mi boca” (Sal. 34:1). Hechos 17:11 nos exhorta a “escudriñar
cada día las Escrituras”. En 1 Tesalonicenses 5:16 – 17, Pablo nos amonesta a
“regocijarnos siempre, a orar sin cesar”. Hebreos 13:15 dice: “Ofrezcamos
siempre a Dios, por medio de él, sacrificio de alabanza, es decir; fruto de
labios que confiesen su nombre”.

Adoración comunitaria

La adoración comunitaria pública debería ser la continuación de lo que se


hace privadamente cada semana. Si estamos “ofreciendo continuamente…
alabanzas a Dios”, la alabanza comunitaria es la forma natural. Por el
contrario, si no adoramos regularmente durante la semana, ¿cómo
podríamos ofrecer adoración con el pueblo de Dios el domingo? La
adoración comunitaria puede definirse como la reunión del pueblo de Dios para
rendir homenaje a Dios por lo que Él es. Apocalipsis 4:11 dice: “Señor, digno
eres de recibir la gloria y la honra y el poder; porque tú creaste todas las
cosas, y por tu voluntad existen y fueron creadas”. Esdras 3:11 nos anima a
cantar, alabar y dar gracias al Señor “porque él es bueno, porque para
siempre es su misericordia sobre Israel”. Lucas 24:52 – 53 describe así
la reacción a la ascensión de Jesús: “Ellos, después de haber adorado,
volvieron a Jerusalén con gran gozo; y estaban siempre en el templo,
alabando y bendiciendo a Dios”. Amén. En Apocalipsis 4:10 – 11, el
apóstol Juan nos hace una descripción de los seres creados alrededor
del trono de Dios: “Los veinticuatro ancianos se postran delante del
que está sentado en el trono, y adoran al que vive por los siglos de
los siglos, y echan sus coronas delante del trono, diciendo: Señor, digno
206 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

eres de recibir la gloria y la honra y el poder; porque tú creaste todas las


cosas, y por tu voluntad existen y fueron creadas”. A. W. Tozer escribe en
Whatever Happened to Worship? (¿Qué ha sucedido con la adoración?):

Todos los ejemplos que tenemos en la Biblia ilustran que la adoración


alegre, devota y reverente es el empleo normal de las cosas morales.
Cada vistazo que echamos al cielo y a las cosas creadas por Dios es
siempre un vistazo de adoración y regocijo y alabanza porque Dios es
quien es... Con toda seguridad puedo decir, con la autoridad de todo
lo que está revelado en la Palabra de Dios, que cualquier hombre o
mujer sobre la tierra que se cansa y deja de adorar no está listo para el
cielo.29

Adoración edificante

No se puede negar que el enfoque de nuestra adoración es Dios y solo Dios.


Él es el único en la audiencia. ¡Él es la audiencia! Entonces, ¿cómo
deberíamos encontramos con Él? Debemos encontramos con Él con un
corazón preparado. Regularmente pregunto a mis alumnos antes de que
presentemos una ofrenda musical a Dios: “¿Han confesado sus pecados?
¿Está su corazón limpio delante de Dios?” (vea Sal. 103:12; Pr. 28:13; He.
8:12; 1 Jn. 1:9). Hebreos 10:22 nos aconseja: “Acerquémonos con corazón
sincero, en plena certidumbre de fe, purificados los corazones de mala
conciencia, y lavados los cuerpos con agua pura”. Este versículo nos dice
cómo tenemos que entrar en la presencia de Dios. Mejor dicho, este versículo
detalla cómo debemos preparamos para entrar en la adoración comunitaria.
El termino griego detrás de “sincero” quiere decir verdadero, genuino y sin
dobles intenciones (cp. Jer. 24:7; Mt. 15:8).30 En cuanto a la idea de un
corazón puro, la Biblia de estudio MacArthur explica:

La imagen en este versículo se toma de las ceremonias de sacrificios


del antiguo pacto, donde se rociaba la sangre en señal de limpieza, y
los sacerdotes se lavaban continuamente... lavarse con agua pura no es
una referencia al bautismo cristiano, sino a la purificación de la vida
de la persona por el Espíritu Santo mediante la Palabra de Dios (Ef.
5:25 – 26; Tit. 3:5).31

¿Está usted espiritualmente preparado cuando se acerca a adorar?


¿Realmente va a adorar a Dios? Piense en el ejemplo acerca de la
adoración en el templo de Herodes.
El atrio exterior, el atrio de las mujeres, era el punto más lejano donde
a muchos israelitas se les permitía estar. De hecho, según Edersheim,
“Probablemente este era el lugar común para la adoración”.32 Allí
La adoración espiritual y la m úsica 207

e r a d o n d e se s a l u d a b a n lo s a m ig o s y se lle v a b a n a c a b o la s c o n v e r sa c io n e s d e

c a d a d ía .

C e r c a e st a b a e l a t r io d e lo s isr a e lit a s; e st e e st a b a r e se r v a d o p a r a lo s h o m ­

b r e s isr a e lit a s p u r ific a d o s q u e o b se r v a b a n el r it u a l d e l a t r io d e l t e m p lo . E n el

lu g a r m á s a lt o e st a b a el a t r io d e lo s sa c e r d o t e s y e l a t r io d e l t e m p lo d o n d e se

o fr e c ía n a D io s lo s sa c r ific io s so b r e el a lta r .

L u e go v e n ía el L u g a r sa n to q u e c o n te n ía el c an d e lab r o d e sie t e b r a z o s,

la m e sa c o n lo s p a n e s d e la p r o p o sic ió n y e l a l t a r d e l in c ie n so . D e t r á s e st a b a

e l v e lo q u e se p a r a b a el L u g a r sa n to d el L u g a r sa n t ísim o d o n d e h a b it a b a la

p r e se n c ia g lo r io sa d e D io s. E l su m o sa c e r d o t e e n t r a b a a llí u n a v e z e n e l a ñ o ,

el d ía d e la E x p ia c ió n y so lo d e sp u é s d e u n a p r e p a r a c ió n m u y e sp e c ia l (L v .

1 6 :1 - 3 4 ; H e . 9 :7 ) . A q u í , l a e x p i a c i ó n se h a c ía “ u n a vez al a ñ o p o r t o d o s lo s

p e cad o s d e Isr a e l” (L v . 1 6 :3 4 ) .

E l se g u n d o t e m p lo t e n ía c in c o n iv e le s d istin t o s d e sd e el a t r io e x t e r io r h a s­

ta el L u g a r sa n t ísim o . E s t r iste reco n o ce r q u e en su a d o r a c ió n m u ch as p e r­

so n a s y m u ch as ig le sia s n u n ca p a sa n (fig u r a tiv a m e n te h a b la n d o ) d el a t r io

e x t e r io r . S e m ir a n lo s u n o s c o n lo s o t r o s. P e r o g r a c ia s a la o b r a t e r m in a d a e n

la c r u z , t e n e m o s a c c e so d ir e c t o a l L u g a r sa n t ísim o ( H e . 9 :1 1 - 1 5 ) . T e n e m o s e l

p r iv ile g io , c o m o la c o n g r e g a c ió n d e D io s, d e e n trar en la sa la d e l t r o n o ; sin

e m b a r g o , p a r e c ie r a q u e el a t r io e x t e r io r e s m á s a t r a c t iv o .

L a p r ó x im a vez q u e u ste d a d o r e , p r u é b e se . A l e n tr a r a la ig le sia y h ac e r

lo s p r e p a r a t iv o s fin a le s p a ra su p r o p ia a d o r a c ió n , p ie n se a q u ie n le e stará

h a b la n d o m á s, a l p u e b lo d e D io s o a D io s. E l q u ie r e n u e st r a a d o r a c ió n , y n o s

m a n d a a a d o r a r lo :

• “ A le g r a o s, o h ju s t o s , e n J e h o v á ” ( S a l . 3 3 :1 ) .

• “ I n c lín a t e a é l, p o r q u e él e s tu Se ñ o r ” (S a l. 4 5 :1 1 ).

• “ E x a l t a d a Je h o v á n u e s t r o D io s , y p o s t r a o s a n t e e l e s t r a d o d e s u s p i e s ”

(S a l. 9 9 :5 ) .

• “ A la b a d a Je h o v á , in v o c a d su n o m b re ” (Sa l. 1 0 5 :1 ).

• “ A la b a d a Je h o v á , p o rq u e él e s b u e n o ... D íg a n lo lo s r e d im id o s d e

Je h o v á ” (Sa l. 1 0 7 :1 - 2 ).

L a a d o r a c ió n e s m u c h o m á s q u e u n e je r c i c i o a c a d é m i c o . E s u n a r e l a c i ó n .

Ju a n 2 1 c o n tie n e e l p a sa je t a n fa m ilia r e n e l q u e Je s ú s c o n fr o n t a a P e d r o s o b r e

su a m o r p o r el Señ o r. H o y d ía, a la ig le sia “ le g u s t a m u ch o el Se ñ o r ” , p e ro

n o c o m o C r i s t o a m a a la ig le sia (E f. 5 :2 5 ) . E n la m is m a m a n e r a , Je s ú s in s is t ía

co n P e d r o , p r e g u n t á n d o l e : “ ¿ m e a m a s m á s q u e a e s t o s ? ” (v . 1 5 ) . ¿ A m a u ste d

al Se ñ o r m á s q u e a su fa m ilia , su p o sic ió n , su sta tu s, su c a r r e r a , su d iv e r sió n ?

¿L o am a lo su fic ie n t e c o m o p a r a ir se t e m p r a n o a la c a m a lo s s á b a d o s p o r la

n och e p a ra n o e st a r c a n sa d o el d o m in g o p o r la m a ñ a n a ? ¿ L o s u f ic i e n t e c o m o

p a ra sa lt a r d e la c a m a te m p ran o y d e sa y u n a r p a r a q u e el a p e t it o n o lo p er-
208 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

turbe? ¿Lo suficiente para llegar a la iglesia antes de que comience el culto?
¿Suficiente como para tener tiempo para examinar su alma en busca de
algún pecado que pudiera afectar su relación con Dios? A. W. Tozer, pastor
durante treinta y un años de la iglesia de la Alianza Cristiana y Misionera en
el sur de Chicago, escribió:

Es mi experiencia que nuestra vida y nuestra actitud hacia los demás


deben estar totalmente dirigidas a la adoración de Dios... Si usted no
puede adorar al Señor en medio de sus responsabilidades el lunes, no
veo muchas posibilidades de que lo pueda adorar el domingo... Mi
opinión sobre la adoración: Ninguna adoración será totalmente
agradable a Dios mientras haya algo que lo ofenda.33

¿Disfruta usted de la adoración? Deje de pensar en usted y ponga sus ojos en


Él. En las palabras de un misionero en África del Norte:

Pon tus ojos en Cristo


Tan llenos de gracia y bondad
Y lo terrenal sin valor será
A la luz de su gloriosa faz.

HELEN H. LEMMEL

¿QUÉ ES MÚSICA DE ADORACIÓN?

El primer verbo de la Biblia es “creó”. En Génesis 1 se usa cinco veces.


“Hizo” se usa cuatro veces. Todo lo que hizo Dios era bueno. El hombre fue
una de estas buenas creaciones. En Génesis 1:26 – 27, Dios dijo:

Hagamos al hombre a nuestra imagen, conforme a nuestra semejanza; y


señoree en los peces del mar, en las aves de los cielos, en las bestias, en toda la
tierra, y en todo animal que se arrastra sobre la tierra, Y creó Dios al hombre
a su imagen, a imagen de Dios lo creó; varón y hembra los creó.

Debido a que la humanidad es creada a la imagen de Dios, toda ella tiene


algún nivel de capacidad creativa. Sin embargo, los redimidos deberían
tener la capacidad y el deseo de crear obras de más alta calidad que los no
regenerados, porque conocen al Creador en una forma personal. Tienen la
responsabilidad de representar a su Padre en la más alta forma de
creatividad y excelencia.
C. M. Johansson dice de la música: “Hay una necesidad de crear bien
porque nosotros reflejamos a Cristo a través de las notas y la armonía”.34 La
La adoración espiritual y la música 209

meta del creador de música cristiana debe ser presentar su música ante el
Maestro que es el Músico por excelencia.
El hombre también tiene la capacidad de sentir emociones (p. ej. amor y
entristecerse). La música apela a estas emociones. Sentimos las emociones, y
el compositor las expresa para nosotros; mientras más profunda la emoción,
más grande el arte que se requiere para expresar esa emoción. La música que
tiene sustancia debe ir acompañada de teología que desafié el intelecto. Debe
haber una complejidad profunda con nuestra música de adoración para que
refleje la profundidad y la grandeza de Dios.
La música de adoración de la iglesia primitiva eran mayormente cánticos
e himnos. Durante 1,500 años la música más importante estaba en la iglesia.
Lutero predicó su mensaje de “el justo por su fe vivirá” a través del propio
himno que escribió. Los siglos diecisiete y dieciocho enfatizaron las
convicciones doctrinales en música, como se puede apreciar en himnos
producidos por la pluma y el corazón de pastores como Isaac Watts, John
Wesley y Charles Wesley.35 Mientras que a principios del siglo diecinueve la
mayor preocupación era mejorar la calidad literaria de los himnos, la última
parte dio paso a las canciones evangélicas, que fueron las raíces de spirituals
y canciones de la escuela dominical. Un aporte valioso en la difusión de esta
tendencia fueron las cruzadas evangélicas de D. L. Moody a Ira Sankey. Por
lo general, la música era poco consecuente en cuanto a contenido doctrinal,
usaba estrofas con estribillos además de repeticiones lo que las hacia fáciles
de cantar.
En el siglo veinte, las iglesias tuvieron una visión más bien baja de
adoración y música. Mucho del enfoque siguió siendo la evangelización, no
la madurez de los santos. Esto se reflejó en los equipos evangélicos de R. A.
Torrey y Charles Alexander, Billy Sunday y Homer Rodeheaver, e incluso de
Billy Graham y Cliff Barrows. A mediados del siglo veinte, la música de la
iglesia comenzó a recibir la influencia de las radios cristianas, las
grabaciones y los músicos itinerantes. El último cuarto del siglo veinte
experimentó el surgimiento de coros de alabanza y un énfasis mayor en la
diversión y las personas en los bancos.

LA TEOLOGÍA DE LA MÚSICA DE ADORACIÓN

En 1 Crónicas 23, la Biblia dice que se asignaron treinta y ocho mil levitas al
servicio en el templo. De ese número, cuatro mil eran apartados para el
ministerio de la música. 1 Crónicas 25 dice que estos cuatro mil músicos
levitas provenían de tres grandes familias: Asaf, Hemán y Jedutún. De estas
familias salieron doscientos ochenta y ocho músicos talentosos que consti-
210 PIEN SE C O N FO R M E A LA BIBLIA

tu y e ro n el lid eraz g o in stru c to r d e lo s o tro s tre s m il se te c ie n to s d o c e m ú sic o s


lev itas.
Es im p o rtan te n o ta r q u e el lid eraz g o m u sic al v in o a trav é s d e la líne a sa­
c e rd o tal. Sab ían te o lo g ía , p e ro ta m b ié n sab ían m ú sic a. En 1 C ró n ic a s 2 5 : 7
se d ic e d e e sto s lev itas q u e “ [ello s] e ran in stru id o s en el c a n to p ara Je h o v á ,
to d o s lo s a p to s ” . P rim e ra C ró n ic as 1 5 :2 2 d ic e q u e “ Q u e n a n ía s, p rin c ip al d e
lo s le v itas e n la m ú sic a , fue p u esto p ara d irig ir e l c a n to , p o rq u e e ra e n te n d id o
e n e llo ” .
M a rtín L u te ro c o n o c ía la im p o rtan c ia d e a c o p la r te o lo g ía y m ú sic a.
Se g ú n O sb e c k : “ L u te ro m ism o d e c ía q u e la m ú sic a e ra u n o d e lo s d o n e s m ás
fin o s y n o b le s d e D io s en el m u n d o , y q u e lo s jó v e n e s n o d e b e rían ser o rd e ­
n ad o s p re d ic ad o re s a m e n o s q u e ta m b ié n h u b ie ran re c ib id o e n tre n am ie n to
en m ú s ic a” .36 ¿ D ó n d e e stá el e n tre n a m ie n to h o y d ía? D e b e c o m e n z a r c o n
n u e stro s n iñ o s en lo s c o ro s d e n iñ o s. A e llo s se les d e b e e n se ñ ar a c a n ta r
c o rre c tam e n te c u an d o aú n so n jó v e n e s y se les e x p o n e a las g ran d e s o b ras
m u sic ale s.37
Fra n k E. G a e b e le in , en The Christian, the Arts, and Truth [El c ris tia n o ,
las arte s y la v erd ad ] d ic e q u e é l “ ra ra v ez d esp e rd ic iab a su tie m p o e sc u ­
c h an d o m ú sic a p o p u lar; lo ú n ic o q u e q u e ría e ra e star ro d e ad o c o n arte
[m ú sica] q u e p e rd u ra ra” .38
Este e n tre n a m ie n to d eb e ría d arse a trav é s d e lo s se m in ario s. Si u n p asto r
n o tien e alg ú n e n tre n a m ie n to en m ú sic a c o n u n a te o lo g ía d e a d o ra c ió n fu n ­
d am e n tad a b íb lic am e n te v a a e star m e n o s p re p arad o p ara d irig ir é l m is m o la
alab a n z a o p ara o rie n tar a la c o n g re g ac ió n e n la a d o rac ió n . Si la m ú sic a es
alg o e x tra ñ o p ara él, se v a a se n tir te n tad o a b u sc a r a alg u ien q u e se e n c a r­
g u e d e h ac e rlo . Eso , p o r su p u e sto , e s ac e p ta b le . Sin e m b a rg o , el p a sto r tien e
q u e te n e r u n a te o lo g ía d e ad o ra c ió n y m ú sic a fu n d am e n tad a b íb lic am e n te
p ara sab e r c ó m o re c lu tar y su p erv isar a u n a p e rso n a p ara q u e c o m b in e a p ro ­
p iad am e n te la m ú sic a y la ad o ra c ió n . D e b e te n e r c o n o c im ie n to y e n tre n a­
m ie n to p ara d ar d ire c c ió n y lid eraz g o .
H o y d ía, u n a g ran c an tid ad d e ig lesias tie n e u n b a jo p erfil en c u a n to a
m ú sic a d e ad o ra c ió n . La id ea es n o e le v ar al D io s A ltísim o , sin o h a c e rlo ig u al
q u e el h o m b re , id e n tific an d o al D io s v iv ien te c o n n u estra c u ltu ra p o p u lar. La
ad o ra c ió n y la m ú sic a está n c ap itu lan d o an te u n a ac titu d ind iv id u alista y n ar-
c isista. H a y u n in te n to d e lib e rad o p o r p o n e r el in te le c to en u n e stad o p asiv o
y tra b a ja r ú n ic am e n te c o n las e m o c io n e s. A p e n as su su rram o s n u e stra a d o ­
ra c ió n en c irc u n sta n c ia s q u e te n d ríam o s q u e e le v ar n u estras v o c e s u n id as en
u n so n id o g o z o so . L a m a y o r p arte d el tie m p o la raz ó n p ara e sta d e fic ie n c ia
es la fa lta d e e n tre n a m ie n to en lid eraz g o m u sic al. L e o n ard P a y to n h a d ic h o :
“ T a n e x tre m a es la situ a c ió n q u e c u a lq u ie ra q u e c o n o z c a m e d ia d o c e n a d e
La adoración espiritual y la música 211

ac o rd e s en u n a g u itarra y p u ed a p ro d u c ir rim as en u n a ta rje ta d e e sp e c ific a­


c io n e s se le c o n sid e ra c alific ad o p ara e je rc e r e ste c o m p o n e n te d e m in iste rio
d e la P a lab ra (d irig ir a la c o n g re g ac ió n en la ala b an z a ) sin q u e ten g a e n tre ­
n am ie n to te o ló g ic o ” .39
El su rg im ie n to d e c o ro s d e ala b an z a ha p ro b a d o ser la g e n e rac ió n si­
g u ie n te d e las c an c io n e s c ris tia n as : v e rso s b re v e s, m u c h a re p e tic ió n y la e x ­
p re sió n d e u n a so la id ea o p en sam ie n to . L o s c o ro s d e ala b a n z a so n u n
m arav illo so ag re g ad o a la d ieta d e a d o ra c ió n d e la ig lesia, p e ro d e b e h ac erse
m e z c lán d o lo s c o n “ salm o s e h im n o s y c á n tic o s e sp iritu ale s” seg ú n n o s lo d ic e
C o lo se n se s 3 :1 6 . C alv in Jo h a n s s o n d ic e:

El u s o e x c lu s iv o d e c o r o s tie n d e a p ro d u c ir p e rs o n a s q u e tie n e n la m is m a
p ro f u n d id a d q u e la m ú s ic a q u e c a n ta n . El re s u lta d o e s u n a fe q u e c a r e c e d e

p ro f u n d id a d y q u e e s sim p lis ta , o rie n ta d a al d e le ite , d é b il in te le c tu a lm e n te ,


in d isc ip lin ad a y c o n te n d e n c ia a la v a ri a b ilid a d d e s e n ti m ie n to s . El re s u lta d o
fin a l d e n ad a m ás q u e c o r o s c a n ta n d o e s la in m a d u re z .40

El é n fasis p are c e ser e ste : H a c e r las c o sa s fác ile s a la c o n g re g ac ió n . N o


e sp ere m u c h o d e e llo s. T rá te lo s c o m o u n a au d ie n c ia. A c tú e p ara c o n se g u ir
ap lau so s. H ag a q u e las p e rso n as se ale g ren p o r ese m o m e n to . Este c a m b io a
la ad o ra c ió n c e n trad a en el h o m b re d añ a ta m b ié n la v erd ad e ra a d o rac ió n en
o tra s fo rm as.
El p u e b lo d e D io s ha p erd id o d e v ista el c o n tra ste e n tre la ig lesia y el
m u n d o . El p rin c ip io q u e se d eb e ap re n d e r es q u e el c ris tia n o es d ife re n te (1
C o . 8 - 9 ; 2 C o . 5 :1 7 ) .
H ay u n a p érd id a d el se n tid o d e c o m u n id ad . D ife re n te s tip o s d e c u lto s
c u ltiv an el sín d ro m e “ d én m e lo q u e q u ie ro ” . El e n fo q u e e stá en lo s d e se o s d e
las p e rso n as en lu g ar d e q u e las p e rso n as se c o n c e n tre n en D io s.
En n u e stro c a n to h ay u n a p érd id a d e c o n te n id o , u n a p érd id a d e b u en a
p o esía. Bu en a p o esía eq u ip a las p ala b ras p ara q u e sig nifiq u en m ás d e lo q u e
d ic en . A m e n u d o , la re p etic ió n h ac e q u e la frase p are z c a m e n o s sig n ific ativ a.
H ay ta m b ié n u n a p érd id a d e te o lo g ía . A m e n u d o , las c an c io n e s se c e n ­
tra n en el y o en lu g ar d e e star te o ló g ic am e n te c e n trad a s. La ig lesia d eb e ser
asid u a en c u a n to a c o n te n id o y fu n d am e n to san o s te o ló g ic am e n te .41 Jo h n
M a c A rth u r e sc rib e :

L o s au to re s m o d e r n o s n e c e sitan u rg e n te m e n te to m a r m á s e n se rio su tr a b a jo .
L as ig le sias ta m b ié n d e b e rían h a c e r lo q u e p u e d an p a ra p ro d u c ir m ú s ic o s q u e
se an e n tr e n a d o s e n el m a n e jo d e las Es c ritu ra s y q u e se an c a p a c e s p a ra id e n ­
tif ic a r la s an a d o c tr in a . A ú n m ás im p o rta n te e s q u e lo s p a s to re s y lo s a n c i a n o s
n e c e s ita n c o m e n z a r a e je r c e r u n a su p e rv isió n m ás e s tr ic ta y c u id a d o s a d el
212 PIEN SE C O N FO R M E A LA BIBLIA

m in is te r io d e la m ú sic a e n la ig le sia, e s ta b le c ie n d o c o n s c ie n te m e n te u n n iv e l
a lto p ar a e l c o n te n id o d o c tr in a l y b íb lic o d e lo q u e se c a n ta .42

C Ó M O D ISFRUTA R LA M ÚSICA DE A D O RA C IÓ N

El ad o rad o r e n fo c a d o b íb lic am e n te e s u n p artic ip an te y n o u n esp ec tad o r. Si


u sted p artic ip a , tie n e q u e e star en c o m p a ñ e rism o c o n D io s en u n a fo rm a
“ in c e s an te ” . El p e c ad o in te rru m p e el c o m p a ñ e rism o y d e b e se r c o n fe sad o
p ara q u e h ay a re stau rac ió n (1 Jn . 1 :9 ) . El c o ra z ó n d eb e te n e r la c lase d e
am o ro so ac e rc am ie n to q u e es d e sin te re sad o y n o altiv o (Jn . 2 1 ) . El d isfru te
d e la m ú sic a y la ad o ra c ió n d eb e n v en ir d esd e d e n tro (d el c o raz ó n ) y n o d e
afu e ra (lo s ap lau so s d el h o m b re ). D io s d esea q u e se le ad o re p o r u n a c o n g re ­
g ac ió n ac tiv a, c o m p ro m e tid a , in v o lu c rad a y an tic ip ad a d e su s h ijo s.
L as Instructions for Singing Hymns [In stru c c io n e s p ara c a n ta r h im n o s]
d e Jo h n W esley , e sc rito en 1 7 6 1 , au n se ap lic a h o y :

A p r é n d a n s e p rim e ro las c a n c io n e s .
C á n te n la s e x a c ta m e n te .
C á n te n la s to d a s .
C á n te la s v ig o ro s a m e n te .
C á n te n la s m o d e s ta m e n te .
C ántenlas en su tiem p o .
Y s o b re to d o , c á n te n la s e s p ir itu a lm e n te .4}

H e m o s sid o c re a d o s p ara a d o ra r a D io s . A u n así, n u estra v id a so b re la


tie rra es se n c illam en te u n e n sa y o ; lo ad o rare m o s a Él p ara sie m p re en la
e te rn id ad . (A p . 4 : 1 - 1 1 ; 7 :9 - 1 2 ; 1 9 :1 - 7 ; 2 1 :3 , 2 2 ) .

Le c t u r a s a d ic io n a l e s
Be s t, H a ro ld . M usic Through the Eyes o f Faith (L a m ú sic a p o r lo s o jo s d e la fe] N u e ­
v a Y o r k : H a rp e r Sa n Fra n c is c o , 1 9 9 3 .
Es k e w , H a rry y H u g h T . M c E lr a th . Sing with Understanding: An Introduction to
Christian Hymnology [ C a n ta r c o n e n te n d im ie n to : U n a in tro d u c c ió n a lo s h im n o s
c r is tia n o s ] , 2 d a . e d . N a sh v ille : Bro a d m a n y H o lm a n , 1 9 9 5 .
H u s ta d , D o n a ld P. True W orship: Reclaiming the W onder and M ajesty (A d o ra c ió n v e r­
d a d e ra: C ó m o re c lam a r la a d m ira c ió n y la m a je s ta d ] , W h e a to n , IL : H a ro ld Sh a w ,
1998.
L o v e lac e , A u stin C . y W illiam C . R ic e . Music and W orship in the Church (L a m ú sic a
y la a d o ra c ió n e n la ig le sia] , e d . re v . N a s h v ille , T N : A b in g d o n , 1 9 8 7 .
11

Co n s ejer ía bíbl ic a en

LUGAR DE PSICOLOGÍA

Jo h n D. St r e e t

o s c ris tia n o s b íb lic a m e n te in f o rm a d o s d e b e ría n se r e s c é p tic o s s a n ti­

fic ad o s. D e b e ría n e x p re s a r u n c in is m o ju stif ic a d o h a c ia c u a lq u ie r d is­

c ip lin a o e sq u e m a q u e p re te n d a se r u n a a u to rid a d o b lig a to ria c o m o la q u e se

refiere a la c o n s e je ría en p ro b le m a s p e rso n ale s . Sie m p re h a e x is tid o u n a n ta ­

g o n ism o n a tu ra l e n tre lo s c o n s e je ro s b íb lic o s y lo s p ro f e s o re s te rap e u tas d e ­

b id o a q u e la s te o ría s p s ic o te ra p é u tic a s h an u su rp ad o ag re s iv am e n te la

ju risd ic c ió n d el c u id a d o d el a lm a . 1 L o s c ris tia n o s e s ta m o s p le n am e n te g a ra n ­

tiz ad o s al o b s e rv a r c o n c a u te la la fu n c ió n d e la p sic o lo g ía p o r su d e sp re c io

d e la v e rac id ad d e la Bib lia y su c a rte b la n c h e al re c h a z a r la au to rid ad ju ris ­

d ic c io n a l d e las Esc ritu ra s e n el áre a d el alm a .

P ara el c o n s e je ro c ris tia n o , la P alab ra d e D io s d e b e ser m ás q u e u n a m alla

in te rp re ta tiv a p ara a c e p ta r o re c h a z a r las p re te n d id a s v e rd ad e s p sic o ló g ic a s ;

e s el d o m in io o p e ra tiv o p o r el c u al el c o n s e je ro d eriv a su au to rid ad f u n c io n al


y fin al/ sie n d o ac e p ta d a c o m o la au to rid ad d e te rm in ativ a en a n tro p o lo g ía .

L as Esc ritu ra s sirv e n c o m o la ú n ic a fu e n te c o n f ia b le p ara la te rm in o lo g ía y

re m e d io d el d ia g n ó s tic o d el c o n s e je ro . L a P a la b ra d e D io s p o se e el m a rc o

te ra p é u tic o e x c lu s iv o d el c u a l lo s p ro b le m a s d el alm a p u e d e n in te rp re ta rse y

re s o lv e rse a p ro p ia d a m e n te .’ M á s im p o rta n te aú n , re c la m a se r la au to rid ad

e x c lu siv a p ara d e fin ir la im p o rta n c ia y p ro p ó s ito p a ra la v id a d el h o m b re .4

C u a n d o se p o n e e n y u x ta p o s ic ió n c o n el c o n s e jo d el h o m b re , la am p lia su p e ­

rio rid ad d e la P a la b ra es in c u e s tio n a b le . El p ro p ó s ito d e D io s e n la v id a d el

h o m b re tie n e q u e p re v ale c e r. El sa lm ista d ic e :

Material protegido por derechos de autor


214 PIEN SE C O N FO R M E A LA BIBLIA

Jehov á hace nulo el consejo de las naciones,


Y frustra las maquinaciones de los pueblos.
El consejo de Jehov á permanecerá para siempre;
Los pensamientos de su corazón p or todas las generaciones.
—Sa l mo 33:10 - 11

Te o l o g ía y psic o l o g ía

L a d e sc o n fian z a h istó ric a y la h o stilid ad in n ata e n tre la p sic o lo g ía y la


te o lo g ía e x iste p o rq u e c a d a u n a c u e stio n a la leg itim id ad d e la o tra en Wel-
tanschauung.- La in tru sió n im p e rialista d e la p sic o te rap é u tic a en el c ris­
tian ism o ha p re te n d id o so c av ar y re d e fin ir la su p re m ac ía d e la P a lab ra d e
D io s e n tre lo s c ristian o s . En n in g u n a áre a su s e f e c to s h an sid o m ás ev id en tes
y d ram á tic o s q u e en el m in iste rio d e la P a lab ra en relac ió n c o n el c u id ad o p as­
to ra l d e las alm as.
P o r m ás d e u n sig lo e sc u e las g rad u ad as y se m in ario s h an e n tre n a d o a un
e jé rc ito d e estu d ian te s p asto re s en u n a v aried ad d e p sic o lo g ías b a jo la e tiq u e ta
de consejería pastoral. A m en u d o , e ste e n tre n a m ie n to h a asu m id o el p rin c i­
p io d e alg u n o s re n o m b rad o s p sic ó lo g o s o p sic o te ra p e u tas o , p e o r aú n , h an
e n se ñ ad o c ie rto s p re p arad o s ac ad é m ic o s d e m é to d o s y te o rías p sic o ló g ic o s
d e lo s c u ale s lo s p asto re s te n ían q u e e x tra e r su m ate rial d e tra b a jo .6 A lg u n as
d e las p rim e ras y m ás influ y en tes e sc u e las g rad u ad as en p sic o lo g ía y te o lo g ía
in c lu y e ro n lo s p sic o an álisis d e Sig m u n d Fre u d , la p sic o lo g ía a n a lític a d e C ari
Ju n g , la c o n s e je ría p s ic o te rap é u tic a n o d irig id a d e C ar i R o g e r, la p sic o lo g ía
fisio ló g ic a d el te ó lo g o lib e ral tra n s fo rm ad o en p sic ó lo g o G . T. L ad d ,7 y la p si­
c o lo g ía e x iste n c ial d e Só ren K ie rk e g aard . P asto re s, e n tre n ad o s b a jo e stas p si­
c o lo g ías in flu e n c iaro n a u n a g e n e rac ió n e n tera d e p arro q u ia n o s p ara q u e
p en saran y ac tu a ra n seg ú n la te rap é u tic a en lu g ar d e seg ú n el e v an g e lio .
In c lu so el p ro p ó s ito d e las Esc ritu ra s fue ree m p laz ad o p o r u n a h e rm e n é u tic a
p sic o ló g ic a q u e llen ó la te rm in o lo g ía b íb lic a c o n sig n ific ad o p sic o te rap é u tic o .
D o n d e la Bib lia n o fue re em p laz ad a p o r la p s ic o lo g ía, e sta la red efin ió .
H o y d ía, p o c o s p sic ó lo g o s y p siq u iatras d ic en seg u ir e x c lu siv am e n te las
p sic o lo g ías m ás an tig u as. Esto refu erz a el h e c h o d e q u e la p sic o lo g ía es u n
flu jo c o n s ta n te q u e la ale ja d e se r u n a c ie n c ia a c a b a d a . L as te o rías p sic o ­
ló g ic as so n re e m p laz ad as c o n fre c u e n c ia p o r o tra s te o ría s p sic o ló g ic as . En el
e sp íritu d el in n o v a c io n ism o g e rm a n o , la p s ic o lo g ía a c ad é m ic a in e x o ra ­
b le m e n te b u sc a id eas elu siv as, so lo p ara re n u n c iar (fin alm en te ) al relativ ism o
p o sm o d e rn o . Sig m u n d K o c h e x p re sa su fru s trac ió n c o n la p sic o lo g ía c u an d o
e sc rib e :
Consejería bíblica en lugar de psicología 215

La idea de que la psicología, como las ciencias naturales en las cuales


se sustenta, es acumulativa o progresiva simplemente no está
respaldada por la historia. Indudablemente, el duro conocimiento
ganado por una generación típicamente desprovista de ficciones
teóricas de la última... A través de la historia de la psicología como
“ciencia” el difícil conocimiento que ha depositado ha sido
uniformemente negativo.8

No obstante, a los cristianos se les sigue enseñando la esencia de la


psicología ya sea abierta o inadvertidamente en sermones, en las lecciones
de la escuela dominical, en seminarios para matrimonios, en libros de
autoayuda, en programas de radio, en entrenamiento misionero y en las
universidades cristianas. Los principios de la psicología se presentan como si
tuvieran el mismo nivel de autoridad que las Escrituras y compiten por su
jurisdicción como la única autoridad que puede determinar el bienestar del
alma. Organizaciones misioneras persisten en usar recursos psicológicos,9
montados sobre investigación de normalidad secular de actitudes y
opiniones de incrédulos para determinar la aptitud y el ajuste potencial de
los candidatos en perspectiva. Además, como John MacArthur ha
observado: “En la década pasada, ha surgido un gran número de clínicas
psicológicas cristianas. Aunque casi todas dicen ofrecer consejería bíblica, lo
más probable es que ofrecen un camuflaje de psicología secular con
terminología espiritual”.10 Muchas universidades y seminarios cristianos han
tomado sus programas de psicología dándoles el nombre de “Programas de
consejería bíblica” mientras mantienen los elementos psicológicos básicos.
Debido a esto, los cristianos tenemos una buena razón para ser escépticos
hacia cualquier tipo de consejería que no sea enteramente bíblica.

¿PSICOLOGÍA EN LA BIBLIA?

Algunos creen e incluso enseñan que el término psicología es de extracción


bíblica por su transliteración del original griego. Este es un compuesto
consecuente de dos palabras griegas, psiché (alma, mente)11 y logos (palabra,
ley). La unidad etimológica de esta palabra llegó a ser el estudio o ciencia de la
mente o alma. En realidad, esta palabra tiene vínculos estrechos con el griego
clásico más que con el griego koiné del Nuevo Testamento.12
La palabra psicología no aparece en la Biblia aun cuando hay infinidad de
esfuerzos para descubrir la presencia de sus más tempranos significados.
Leer ideas de la psicología moderna en el término bíblico psyché es como
equiparar la idea contemporánea de dinamita con la palabra griega del Nue-
vo Testamento dunamis.13 D. A. Carson se refiere a esto como un
“anacronismo semántico”.
216 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Nuestra palabra dinamita es derivada etimológicamente de δύ α ις;


(poder o incluso milagro). Yo no sé cuántas veces he oído a
predicadores ofrecer la interpretación de Romanos 1:16 como: “...no
me avergüenzo del evangelio, porque es dinamita de Dios para
salvación a todo aquel que cree” a menudo con una deliberada
inclinación de cabeza como si se hubiera dicho algo profundo o
incluso esotérico. Esto no es solo la revisitación de la falacia de vieja
raíz. Es peor: es una apelación a un tipo de etimología al revés, la raíz
de la falacia compuesta por anacronismo. ¿Estaría Pablo pensando en
la dinamita cuando escribió esta palabra?... Dinamita hace explotar las
cosas, las hace pedazos, desmenuza las rocas, hace huecos, destruye.14

En el siglo primero, Pablo no estaba pensando en el explosivo tipo de


dinamita inventada por el industrial sueco Alfredo Nobel (1833 – 1896) y
patentada en 1867. Estaba pensando en la capacidad salvadora sobrenatural
de Dios el Padre. La tendencia para asumir el significado de una palabra
contemporánea e imponerla sobre una palabra bíblica a menudo con la idea
de dinamizar una idea o hacer legitima una práctica cuestionable es un
recurso común engañoso al que echan mano algunos intérpretes de hoy día.
De hecho, leer varios significados contemporáneos sobre el texto inspirado,
extraños a la idea del autor, es un fenómeno posmoderno traicionero.
Por lo tanto, el uso en las Escrituras del termino psyche no valida
bíblicamente la práctica suplementaria del psicoanálisis en la consejería
cristiana.15 Ni se puede insinuar la teoría psicoanalítica, tales como el
superego y el ego, que se encuentran latentes en este término. Aunque no es
fuera de lo común para cristianos, psicólogos y otros leer nociones
neofreudianas en un nivel subconsciente en la palabra bíblica psyche.
Además, la bifurcación típica que hacen algunos psicólogos cristianos
entre alma y espíritu no tiene sustento bíblico. Un psiquiatra cristiano ofrece
la siguiente explicación: “El alma es el aspecto psicológico del hombre,
puesto que el espíritu es espiritual... la mente solo comprende el aspecto
psicológico y no el espiritual del hombre”.16 Una distinción tan artificial
como esta surge de dar un sentido psicológico a términos bíblicos. Tanto
alma como espíritu hablan del mismo aspecto intangible del hombre interior,
la parte del hombre que solo Dios ve. Un estudio armónico del psyche
muestra que cuando las Escrituras usan el término alma en relación con el
hombre, se está refiriendo al aspecto del hombre interior en conexión con su
cuerpo. Cuando usa el termino espíritu es el aspecto del hombre interior no
conectado con su cuerpo.17 En las Escrituras no existe distinción entre el
hombre interior psicológicamente orientado y espiritualmente orientado.
La totalidad del hombre interior queda bajo el dominio del espiritual. En
esta arena, la Biblia reina no solo como una fuente suficiente para atender a
Consejería bíblica en lugar de psicología 217

lo s p ro b le m a s d el a lm a , s in o ta m b ié n c o m o la f u e n te su p re m a . C o m o A g u r
a d v ie rte e n P ro v e rb io s : “ T o d a p a la b ra d e D io s es lim p ia ; Él es e s c u d o a lo s
q u e e n él e s p e ra n . N o a ñ a d a s a su s p a la b ra s , p a ra q u e n o te re p re n d a , y se as
h a lla d o m e n tir o s o ” . 1* L a in c o r p o r a c ió n , a fin ale s d el sig lo v e in te , d e la sig n i­
f ic a c ió n p s ic o ló g ic a en el e sp a ñ o l b íb lic o (o d e lo s o rig in a le s h e b re o s , á ra m e o s
o g rie g o s) n ie g a el p ro p ó s ito d iv in o d e su a u to r. D e h e c h o , e s f u e rz o s a n a ­
c r ó n ic o s p a ra h a c e r le g ítim a s las p rá c tic a s p s ic o te r a p é u tic a s e n tre lo s c r is ­
tia n o s a p e la n d o a u n a te rm in o lo g ía b íb lic a sim ila r s o n lin g ü ís tic a m e n te u n a
m e n tira , u n a p re s u n c ió n y u n e n g a ñ o .

El u so d e la Bib lia p a ra ju s tif ic a r p rá c tic a s p s ic o ló g ic a s s o lo se p u ed e in ­


te n ta r a tra v é s d e las m á s am p lia s d e f in ic io n e s . U n a u to r p in ta su d e f in ic ió n
c o n a m p lia s p in c e la d a s a n te s d e d e s c rib ir las id e as p s ic o ló g ic a s q u e v e en
M a te o 5 : “ P e ro el e s tu d io d el c a rá c te r, lo s a s p e c to s d e su b ie n e s ta r y lo s c a m ­
b io s d e c a r á c te r p a ra m e jo r p a re c e n se r u n a su e rte d e p s ic o lo g ía y p sic o te ra p ia
e n u n se n tid o a m p lio d e e sta s p a la b r a s ” . 1’ “ Se n tid o a m p lio ” im p lic a “ se n tid o
s e n c illo ” o a lg o q u e n o tie n e la c o m p le jid a d d e la in v e s tig a c ió n p s ic o ló g ic a
c o n te m p o rá n e a . L o s p s ic ó lo g o s c ris tia n o s v en las Es c r itu r a s c o m o el “ o rig e n
d e la s id e as c ris tia n a s , in c lu y e n d o la s p s ic o ló g ic a s ” .20 En o tr a s p a la b ra s , la
Bib lia es b u e n a p a ra p e n s a m ie n to s d e in tro d u c c ió n y la g e rm in a c ió n d e
n u e v as id e as, p e ro n o e s su f ic ie n te m e n te a m p lia p a ra d a r a s is te n c ia su s ta n c ia l
a lo c o m p le jo d e lo s p ro b le m a s se rio s d e l a lm a . L a s Es c ritu ra s , se g ú n lo s lla ­
m a d o s p s ic ó lo g o s c ris tia n o s e s u n c a tá lo g o p rim itiv o d el d e s a rro llo y c a m b io
d e l c a r á c te r c r is tia n o ; la p s ic o lo g ía y la p s ic o te r a p ia , sin e m b a rg o , p ro v e e n
id e as e x h a u s tiv a s p a ra re f in a r el c a r á c te r y p ro m o v e r el b ie n e star. P o r e s o , “ la
f u e n te d e id e as c r i s ti a n a s ” s o lo h u m e d e c e el p a la d a r p e ro n o a p a g a la sed .
Su p u e s ta m e n te , c a n a le s p s ic o ló g ic o s a d ic io n a le s d e b e n irrig a r el g o te o d e la
v e rd ad d e las Es c r itu r a s si el c o n s e je r o v a a m itig a r la sed d e lo s p ro b le m a s
d el a lm a e n la v id a. Se g ú n la p s ic o lo g ía c ris tia n a , el Se rm ó n d el M o n te e n ­
se ñ a u n a f o r m a d e p a to lo g ía , c a ra c te r ís tic a s d e la p e rso n a lid a d e in v o lu c ra -
m ie n to te ra p é u tic o p e ro s o lo e n u n a c o m p o s ic ió n n o c o m p lic a d a .
M ie n tra s lo s p s ic ó lo g o s se c u lare s re s ta n v a lo r a la Bib lia c o m o p sic o lo g ía
a rc a ic a y e q u iv o c a d a , su s c o le g a s c ris tia n o s tr a b a ja n d e se sp e ra d am e n te p a ra
a p o y a r su te rap é u tic a in e x p e rta c o n u n a a p o lo g é tic a d e in g en u id a d p sic o ló g ic a.
A m e n u d o lo s p sic ó lo g o s c ris tia n o s ac tú a n d e s c o n c e rta d o s , c o m o el h ijo ile ­
g ítim o d e su fa m ilia p s ic o ló g ic a m ás g ran d e y s o f istic a d a , la A s o c ia c ió n P sic o ­
ló g ic a A m e ric a n a (A PA ) y la A s o c ia c ió n In te rn a c io n a l d e P s ic o a n a lis ta s (A IP ).
L le v ad o s p o r u n d e se o p ro f u n d o d e im p re sio n a r a su s p a d re s m ás o p u le n to s,
re c o n o c e n lo s p e lig ro s d e u n a c o n f ia n z a to ta l en la Bib lia. O rg a n iz a c io n e s c o m o
la A so c ia c ió n C ris tia n a d e Es tu d io s P s ic o ló g ic o s (c o n su sig la e n in g lés C A P S)
y en m e n o r im p o rtan c ia la A so c iac ió n A m e ric an a d e C o n s e je ro s C ris tia n o s ( c o n
218 PIEN SE C O N FO R M E A LA BIBLIA

su sig la en in g lés A A C C ) h an v isto la p sic o lo g ía c o m o u n re c u rso su p le m e n tario


a la Bib lia . U n c ris tia n o q u e fu n g e c o m o p s ic ó lo g o e x p lic a :

A p e sar d e su riq u e z a d e in f o rm a c ió n so b re lo s seres h u m a n o s, su u n iv erso


y su D io s , la Bib lia n o p rete n d e ser u n te x to d e p s ic o lo g ía ... la Bib lia n o n o s
h a b la d e ... e ta p a s d e d e sa rro llo d e la in f a n c ia , lo s p u n to s fin o s d e la re so ­
lu c ió n d e c o n f lic to s o las f o rm as d e tr a ta r la d isle x ia o la p a ra n o ia . La p si­
c o lo g ía estu d ia asu n to s c o m o es o s.21

En o tr a s p a la b ra s , el te x to b íb lic o es u n a p s ic o lo g ía su p e rf ic ial e im p re ­
c is a y d e b e v e rse s o lo c o m o la p u e rta d e e n tra d a d e u n a te ra p é u tic a m á s in ­
f o rm a d a . L a A PA d e sp re c ia a lo s c ris tia n o s q u e e s tá n “ e n g a ñ a d o s ” c o n m ito s
re lig io so s p e ro e n c u e n tra lo s m ito s u n a ay u d a p o te n c ia l si lo s p s ic ó lo g o s c r i s ­
tia n o s n o to m a n la Bib lia ta n s e ria m e n te c u a n d o tr a ta n c o n e llo s . T r a ta r d e
m a n te n e r u n p ie e n la Bib lia y o tr o en la d isc ip lin a in tru sa d e la p s ic o lo g ía
o f r e c e u n b a la n c e b a s ta n te p re c a r io . L o s q u e n o se d e sliz an d e la fe c ris tia n a
a m e n u d o s o n e c h a d o s a u n la d o . So m e te r a Je s ú s y a lo s d isc íp u lo s a u n a p s i­
c o lo g ía te rre n a l y n o re fin ad a s o c a v a la to ta l c o n f ia n z a d el c ris tia n o e n la
Bib lia y es te s o m e tim ie n to e s, e n el m e jo r d e lo s c a s o s , u n re c o n o c im ie n to tá ­
c ito d e u n a su p u e sta in s u fic ie n c ia b íb lic a .

L a PSICOLOGÍA EN EL DICCIONA RIO

¿ Q u é es p s ic o lo g ía ? A u n q u e se tr a ta d e u n té rm in o c o m ú n y u sa d o c o n f re ­
c u e n c ia , su c o n n o ta c ió n es e n g a ñ o s a . D e fin ic io n e s p o p u la re s y e s c o lá s tic a s
c u b re n u n am p lio c o n tin u o s e m á n tic o d esd e la in v e stig ac ió n c ie n tíf ic a h asta
la te o ría y p rá c tic a te ra p é u tic a , d esd e la salu d m e n ta l b io ló g ic a a la sa lu d m e n ­
ta l c lín ic a . L o s siste m as in c lu y en la b io p s ic o lo g ía , la p sic o lo g ía e x p e rim e n ta l,
la p s ic o lo g ía c o g n itiv a , la p sic o lo g ía e v o lu c io n is ta , la p sic o lo g ía c lín ic a , la p si­
c o lo g ía s o c ia l, la p sic o lo g ía in d u s tria l- o rg a n iz a c io n a l y la p sic o lo g ía in te r­
c u ltu ra l. A d e m ás, u n a v arie d ad d e te o ría s p sic o te ra p é u tic a s o rie n ta n m u c h o s
d e lo s s iste m as p s ic o ló g ic o s : la p s ic o d in á m ic a , la h u m a n ís tic a , la e x is te n c ia l,
lo s siste m as d e fa m ilia s , la p sic o te ra p ia c o n d u c tu a l- c o g n itiv a o p o sm o d e rn a .
C o m o lo m e n c io n é a n te s , la b re v e h is to ria d e la p s ic o lo g ía e stá in u n d ad a d e
m o d e lo s d e s c a rta d o s . En o tra s p a la b ra s , la p sic o lo g ía e stá le jo s d e se r u n a d is­
c ip lin a u n ific ad a. Y a q u e e n e lla a b u n d a u n a p lé to ra d e te o ría s y s iste m a s , p re­
se n te s y p a sa d o s, se ría m ás a d e c u a d o re fe rirse a e lla c o m o “ p s ic o lo g ía s ” .22
L a d e fin ic ió n d e p s ic o lo g ía m ás c o m ú n y b á sic a u sa d a p o r la a b ru m a d o ra
m a y o ría d e in s titu c io n e s d e e n se ñ a n z a m a n tie n e u n a e s tre c h a c o n e x ió n e n tre
la p s ic o lo g ía y la c ie n c ia . Se g ú n e s ta s in s titu c io n e s : “ P s ic o lo g ía es el e stu d io
c ie n tíf ic o d el c o m p o rta m ie n to y lo s p ro c e s o s m e n ta le s ” .23 ¿ P e ro es e s to v e r-
La adoración espiritual y la música 219

dad? ¿Es la psicología una disciplina científica? Si es científica, ¿cómo podría


alguien objetar sus supuestas verdades? Los capítulos iniciales de la mayoría
de los textos de introducción de psicología, destinados a los nuevos
estudiantes trabajan intensamente sobre las ciencias naturales: biología,
bioquímica, neurología, el sistema endocrino y los órganos sensoriales. Sin
embargo, a menudo los capítulos restantes del libro se alejan más y más de
las ciencias duras hacia las teorías de la personalidad, la motivación, las
emociones, el desarrollo humano, la orientación sexual, la psicología
anormal, la psicología social y las psicoterapias.
A medida que se pone una mayor confianza en las llamadas ciencias
“conductuales” surgen serias dudas relacionadas con la verdadera
naturaleza científica de la psicología. Mucha de la evidencia científica que se
defiende no es mejor que una investigación de opinión. La relación de la
psicología con las ciencias naturales es como la relación que hay entre la
margarina y la mantequilla. La margarina se ve y se esparce como una cosa
auténtica, pero basta con probarla para sentir la diferencia. Karl Popper
detecta un problema grande en la psicología cuando escribe: “Las teorías
psicológicas de la conducta humana 'aunque pasen como ciencia' tienen de
hecho más en común con mitos primitivos que con la ciencia... Contienen
muchas sugerencias psicológicas interesantes pero no en una forma en la
que se pudieran probar”.24 Una nota similar de advertencias de Scott
Lilienfeld tiene que ver con la práctica de salud mental:

En las pasadas décadas, los campos de la psicología clínica, psiquiatría


y trabajo social han sido sometidos a un profundo escrutinio sobre la
brecha que existe entre ciencia y práctica (para un análisis, vea
Lilienfeld, 1998). Carol Tavris (1998) ha escrito acerca del creciente
abismo entre el laboratorio académico, el sofá y la inquietante
discrepancia entre lo que hemos aprendido sobre la psicología de la
memoria, la hipnosis, la sugestibilidad, el juicio, las evaluaciones
clínicas y las causas, diagnóstico y tratamiento de desórdenes
mentales por un lado y la práctica clínica de rutina, por el otro.25

Aquí se halla un problema epistemológico en el corazón de la afirmación a


priori de una verdad de psicociencia: No es tan científica como pretende ser.
Si la psicología y la psiquiatría hubieran mantenido un código estricto de la
ciencia de causa y efecto en lugar de investigaciones basadas en causas que
parecen estar relacionadas a efectos, habrían podido ser autoridades con-
fiables para pastores y consejeros bíblicos. Sin embargo, cuando la psicología
invade el territorio bíblico reclamando autoridad jurisdiccional en la arena
de la consejería de lo que un hombre “debe” hacer, es usurpar los dominios
de Dios. Los esfuerzos ilegítimos de la psicología no pueden llegar a conclu-
220 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

siones absolutas sobre la vida, ya que en el corazón de la psicología hay solo


un hombre falible diciéndole a otro hombre falible que hacer. En un
ambiente así, abunda la arrogancia. Solo la divinamente inspirada Palabra
de Dios tiene la autoridad para hacer eso.
Surge otro problema con la ciencia de la psicología. Aun si la psicología se
apartara de su subjetivismo pseudocientífico y descansara plenamente en las
ciencias naturales, aun así llegaría a conclusiones poco confiables. ¿Por qué?
La presuposición a priori de la mayoría de las ciencias naturales es
evolucionista. Freud (1856-1939) fue un devoto de Darwin. Todos los textos
psicológicos desde los tiempos de Freud, graduados o no, afirman que el
hombre es un animal evolucionado. A menudo, los estudios de investigación
psicológica acerca de la biología del hombre en su medio ambiente están
basados en estudios de animales. Por ejemplo, se hicieron inferencias
concretas sobre la relación entre un niño con su madre a través del estudio
de cómo los bebés monos se acercaban a sus suaves y tibias “mamás mono”
de felpa en lugar de a las “mamás mono” de alambre que les daban leche.26
La suposición lógica es que los bebes humanos, debido a su herencia
evolucionista, son idénticos o muy similares en desarrollar a los bebés
monos en sus reacciones. De estos estudios fundamentales que acopian
considerable credibilidad, los psicólogos extraen pautas de desarrollo que
afectan las políticas gubernamentales y educacionales que tienen que ver con
el bienestar de los niños. Aun más directamente, los consejos terapéuticos
que se da a los padres están basados en esta misma investigación
evolucionista.
La biopsicología evolucionista define al hombre como la suma total de sus
componentes químicos. Una comprensión de la avanzada complejidad del
animal altamente evolucionado llamado hombre ilumina qué es lo que lo
hace funcionar. La mayoría de los textos de psicología contienen un relato de
un desafortunado accidente de Phineas Gage, un empleado de ferrocarril de
veinticinco años de edad a quien en 1848 se le incrustó en el cerebro una
espiga de metal de una pulgada de diámetro mientras taladraba una roca.
Sobrevivió al accidente, pero a partir de entonces fue un hombre
completamente diferente. Antes del accidente era un empleado responsable,
trabajador, de buena conducta moral y hábil. Después del accidente se
transformó en un hombre bueno para maldecir, parrandero e irresponsable
que no podía conservar un trabajo ni mantener buenas relaciones con
los demás. Según las teorías de la mayoría de los textos de psicología,
la espiga de metal en el cerebro del señor Gage destruyó las áreas de
asociación de la corteza cerebral donde se originan los pensamientos,
el lenguaje, la memoria y el habla. En otras palabras, los textos hacen
un caso que, después de todo, la moralidad no es un asunto
espiritual. Es una cuestión orgánica. De acuerdo con esta postura, el hombre
Consejería bíblica en lugar de psicológica 221

es moral porque su cerebro ha evolucionado por milenios desde un núcleo


central (el “viejo cerebro”) a una más alta capacidad de razonar en la corteza
cerebral (el “nuevo cerebro”).
Lo que se dañó en el cerebro del señor Gage fue una porción de las
altamente evolucionadas áreas de asociación de la corteza donde se
determina la moralidad. Entonces, la pregunta que corresponde hacer es: ¿Es
la moralidad un asunto para la biología y no para la Biblia? ¿Serán
suficientes las soluciones orgánicas? ¿Bastaría en el futuro con dar una
píldora a un pedófilo para que deje de abusar sexualmente de los niños?
¿Podría una prescripción terminar con la cleptomanía femenina? ¿Bastaría
con agregar drogas al agua para por fin limpiar la sociedad de criminales?
La biopsicología evolucionista apunta en esta dirección.
Los casos de daño traumático en el cerebro en personas como Phineas
Gage y otros no prueban nada. De nuevo, la psicología ha hecho
asociaciones que parecen tener relación con las causas, pero no hay una
causa-efecto directo entre el daño y la conducta inmoral. Se establece una
fuerte relación porque la psiquiatría evolucionista está comprometida con
una visión materialista del mundo. La uniformidad de causas naturales es
un sistema cerrado. Cambios repentinos hacia la maldad, como la que
presentó el señor Gage son también evidentes en casos donde no ha habido
daño cerebral. Por el contrario, personas que han sufrido serios daños en el
cerebro en las áreas de asociación del cerebro no han experimentado
cambios morales. Con todo, el serio trauma provocado por un accidente
podría exponer la maldad en el corazón de alguien como Gage quien la
había reprimido previamente.
A menudo, años de hostilidad e ira pueden salir a la superficie en una
persona que está recibiendo consejería si antes había vivido según un estilo
de vida básicamente moral. Como lo explica Ed Welch, una herida puede
hacer más difícil pensar claramente y resistir la maldad latente: “Cuando son
afectados por algún pecado subyacente, a menudo los problemas cognitivos
se manifiestan en una conducta trivial, indisposición a recibir consejo,
irresponsabilidad, actitud impulsiva (especialmente en el aspecto
económico), fluctuaciones emocionales inusuales, depresión e
irritabilidad”.27 El trauma solo magnifica la necesidad de mantener el
corazón puro. Ancianos que están sufriendo de algún tipo de demencia
provocada por el mal de Alzheimer a menudo tendrán serias dificultades
para controlar deseos impuros, especialmente si el hombre interior no ha
sido bien atendido a través de los años. Los consejeros bíblicos creen
en una uniformidad de causas naturales en un sistema abierto.
Esto quiere decir que los problemas tienen dimensiones sobrenaturales
o espirituales. La obra sobrenatural del Espíritu Santo a través de la
Palabra de Dios puede traer a una vida renovada de santidad y justicia
222 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

a pesar de algún daño o enfermedad cerebral. El materialismo evolucionista


termina en nihilismo, desprovisto de tal esperanza.
¿Es la psicología una disciplina científica? La respuesta a esta pregunta
planteada anteriormente es, en el mejor de los casos, debatible. Ciertamente,
hay aspectos de esta disciplina que usan cuidadosamente razonamientos
científicos rígidos. Aun entonces, sin embargo, las presuposiciones a priori,
necesarias para producir alguna importancia significativa son notoriamente
evolucionistas, La psicología es mejor vista como un sistema filosófico de
pensamiento diseminado que como una visión materialista del mundo:
conductismo, humanismo, determinismo, existencialismo,
epifenomenalismo y sencillamente, utilitarismo pragmático.
Tampoco la consejería bíblica es una disciplina científica. Y no pretende
serlo aun cuando no vacila en reconocerle validez a la ciencia médica y a la
investigación biológica aplicada a problemas genuinamente orgánicos. La
consejería bíblica reconoce plenamente que su desarrollo epistemológico
parte de una presuposición teísta de un Creador autorrevelado que nos ha
dado por su divino poder todas las cosas que pertenecen a la vida y a la
piedad, mediante el conocimiento de aquel que nos llamó por su gloria y
excelencia (vea 2 P. 1:3). La Biblia no es una enciclopedia de temas de
consejería que enumera cada problema de consejería en particular, pero
contiene suficiente información para establecer un marco efectivo de visión
del mundo para el diagnóstico y remedio de cada problema del alma. Una
explicación más amplia de David Powlison ilustra este punto:

Los consejeros bíblicos que no piensan seriamente en la naturaleza de


la epistemología bíblica corren el peligro de actuar como si las
Escrituras fueran exhaustivas y no comprehensivas; como si las
Escrituras hieran un catálogo enciclopédico de todos los hechos
importantes, en lugar de la revelación de Dios de hechos cruciales,
ricamente ilustrados, que permite una visión del mundo suficiente
para interpretar cualquier otro hecho que encontremos; como si las
Escrituras fueran todo un saco de canicas en lugar de los anteojos a
través de los cuales interpretamos todas las canicas; como si nuestra
actual comprensión de las Escrituras y las personas fueran triunfantes
y finales. Los integracionistas ven a las Escrituras tan pequeñas como
un saco de canicas y la psicología como un gran saco de canicas. La
lógica de la epistemología integracionista es esta: Pon los dos sacos
juntos, elimina las canicas malas en psicología, y tendrás más
canicas.28

Algunos consejeros bíblicos se equivocan al creer que la Biblia es un saco


de canicas. Por el otro lado, los psicólogos cristianos con una epistemología
integracionista no creen que la Biblia tenga suficientes canicas para curar el
Consejería bíblica en lugar de psicología 223

a lm a . D e h e c h o , e ll o s c r e e n q u e a g r e g a n d o e l s a c o m á s g r a n d e d e c a n i c a s p si­

c o l ó g i c a s a l a m e z c l a , p o d r á n j u g a r u n m e j o r ju e g o d e c a n i c a s . M á s y m á s

d e s c a n s a n , sin e m b a r g o , e n l a s c a n i c a s p s i c o l ó g i c a s q u e e s t á n d i s t o r s i o n a d a s

y d e f o r m a d a s p o r u n a v i s i ó n d e l m u n d o e r r á t i c a . S u s c a n i c a s b í b l i c a s s o n f i­

n a lm e n t e m a r g i n a d a s p o r su e p i s t e m o l o g í a i n t e g r a c i o n i s t a . C o n u n a v i sió n

d i s t o r s i o n a d a , n o p u e d e n q u i t a r l a s c a n i c a s m a l a s , m u c h o m e n o s ju g a r u n

ju e g o e f e c t i v o . P o w l i s o n p r e g u n t a : “ ¿ E s l a B i b l i a u n s a c o d e c a n i c a s o l o s a n ­

t e o jo s a u t o su fic ie n t e s d e la v e r d a d , c o n m u c h a s c a n i c a s il u st r a t i v a s, p o r el q u e

D i o s c o r r i g e n u e s t r a v i s i ó n d a ñ a d a p o r e l p e c a d o ? 29

L a d i f e r e n c i a e n t r e l a c o n s e je r í a b í b l i c a y l a p s i c o l o g í a c r i s t i a n a e s u n

a su n t o d e v isió n . L o s c o n s e je r o s b í b l ic o s c r e e n q u e e l c o n s e je r o n e c e sit a

n u e v o s a n t e o j o s . L o s p s i c ó l o g o s c r i s t i a n o s c r e e n q u e e l c o n s e je r o n e c e s i t a m á s

c a n i c a s . C u a n d o l a B i b l i a e s e l l e n t e c o r r e c t i v o d e l c o n s e je r o c r i s t i a n o , t i e n e

u n a p e r s p e c t i v a d e l m u n d o su f i c i e n t e , c o n a b u n d a n t e m a t e r i a l i l u s t r a t i v o p a r a

r e in t e r p r e t a r b íb lic a m e n t e t o d a e x p e r ie n c ia h u m a n a p a r a e l c u id a d o d e l a lm a .

Co n s e j e r í a b í b l i c a en l a Bi b l ia

¿ Ju s t i f i c a l a B i b l i a e s t a v i s i ó n d e l a c o n s e je r í a d e l m u n d o ? S i e s a s í , ¿ p u e d e e l

c o n s e je r o b í b l i c o c o n f i a r e n a f i r m a c i o n e s o b t e n i d a s d e i n v e st i g a c i o n e s e n el

m u n d o n a t u r a l ? E x i s t e u n a ju st if ic a c ió n r a z o n a d a c u id a d o sa m e n t e n o so lo

p a r a p r i o r i z a r l a B i b l i a e n e l e s q u e m a d e c o n s e je r í a d e u n o , s i n o t a m b i é n p a r a

h a c e r la la fu e n t e c o n fi a b l e p a r a la e t i o l o g í a d e l a l m a d e l c o n s e je r o c r i st i a n o .

C o m o t a l, la B ib li a p r o v e e la t e r m in o lo g ía d e d i a g n ó s t i c o y el r e m e d io , a s í

c o m o e l m a r c o t e ó r ic o , d e l c u a l lo s p r o b l e m a s d e l a lm a so n i n t e r p r e t a d o s y

r e su e lt o s a p r o p i a d a m e n t e . N o e s so la m e n t e q u e lo s e fe c t o s in t e le c t u a le s d el

p e c a d o h ace n q u e el c o n s e je r o in t e r p r e t e e r r ó n e a m e n t e l o s p r o b l e m a s d e l

a l m a , s i n o q u e t a m b i é n a li e n t a n la se le c c i ó n d e c a t e g o r í a s e q u i v o c a d a s p a r a

e n t e n d e r la im p o r t a n c ia d e e s t o s p r o b l e m a s d e l a l m a , c o m e n z a n d o c o n la

v i si ó n d e q u e e l c o n s e je r o t ie n e d e D i o s y e x t e n d i é n d o s e h a s t a la v i si ó n q u e
e l c o n s e je r o t ie n e d e l h o m b r e .

L a B ib li a , y n o la p s i c o l o g í a , d e b e r í a e st a b le c e r la s c a t e g o r í a s d e t e r m i­

n a t i v a s p a r a e n t e n d e r l a t e o l o g í a y l a a n t r o p o l o g í a . P o r e je m p l o , l a s E s c r i t u r a s

n o t ie n e n in d ic io s d e q u e e l h o m b r e lu c h e c o n u n a “ p o b r e o p in ió n d e s í m is­

m o” o “ b a ja a u t o e s t i m a ” . P e r o e s t a id e a h a sid o la r ú b r ic a d e u n a c o n si­

d e r a b l e c a n t i d a d d e p s i c o l o g í a c r i s t i a n a p o p . L a fu e n t e m a t e r i a l t e ó r i c a n o

v in o d e la B i b l i a , s i n o d e p s i c ó l o g o s s e c u l a r e s c o m o W i lli a m Ja m e s , E r ic h

From m , Karen H orn ey y A b rah am M a slo w . De h e c h o , la a n t r o p o lo g ía

b í b l ic a e n s e ñ a q u e e l h o m b r e se a m a d e m a s i a d o , y q u e si a m a r a a D i o s y a
l o s d e m á s c o m o s e a m a a s í m i s m o , t e n d r í a u n a v i d a m e j o r . 30
224 P I E N SE C O N F O R M E A LA BIBLIA

A d e m á s , e n l a s E s c r i t u r a s n o e s p o s i b l e e n c o n t r a r ju s t i f i c a c i ó n p a r a l a c l a ­

sific a c ió n d e la p e r so n a l id a d c o m o u n im p o r t a n t e f a c t o r d e t e r m in a n t e e n el

c o n fl i c t o i n t e r p e r so n a l y m a t r i m o n i a l. U n a e t i o l o g í a p s i c o l ó g i c a d e t a le s p r o ­

b l e m a s h a c e q u e l o s c r i s t i a n o s se e n fo q u e n e n lo s a s u n t o s e q u i v o c a d o s , e v i ­

tan d o el p u n t o c r ít ic o del co razón id o lá t r ic o que n e c e sit a c a m b ia r . La

c la s i fi c a c i ó n d e c a t e g o r ía s d e p e r so n a lid a d n o t ie n e n a d a q u e h a c e r c o n la

B ib li a ; m á s b ie n e n c u e n t r a su in sp ir a c ió n e n l a a n t i g u a m i t o l o g í a g r i e g a . 31
A p a r t e d e la m it o lo g ía e n la B ib lia la p e r so n a l id a d e s flu id a y n o u n a c a r a c t e ­

r íst ic a i n t a c t a . U n e s t u d i a n t e á v i d o d e la B ib li a p o d r í a d i st i n g u i r a fir m a c i o n e s

p sic o ló g ic a s, t a n t o n u e v a s c o m o a n t ig u a s, d e l c r it e r io a u t o r it a t iv o d e la v e r ­

d a d d e D i o s . I g u a l m e n t e , e l c o n s e je r o c r i s t i a n o d e b e r í a o f r e c e r e n s u c o n s e je r í a

n o s o l o r e fe r e n c i a s a la v e r d a d d e l a s E sc r it u r a s, sin o t a m b ié n r a z ó n de e lla .

A d e m á s, en lo s ú lt im o s t r e in t a añ os a lg u n a s o r g a n iz a c io n e s h an

p l a n t e a d o e l r e t o r n o d e l o s c r i s t i a n o s a u n m i n i s t e r i o d e c o n s e je r í a b a s a d o e n

la B ib li a , n o lu c r a t iv o , so s t e n id o p o r la ig le sia . N o t a b l e m e n t e , la A s o c ia c ió n

N a c i o n a l d e C o n s e je r o s N o u t é t i c o s ( c o n su sig la e n i n g l é s N A N C ) 32 e s l a

a b u e l a d e t a le s o r g a n i z a c i o n e s , c r e a d a p a r a a s i s t i r a la ig le si a e n e l d e s a r r o l l o
y m a n t e n i m i e n t o d e l a e x c e l e n c i a e n c o n s e je r í a b í b l i c a . E l t é r m i n o n outético
se d e r iv a d e la p a l a b r a d e l N u e v o T e st a m e n t o q u e q u ie r e d e c ir a d v e r t ir , a m o ­

n e s t a r o a c o n s e ja r . L a N A N C h a s i d o e x t r e m a d a m e n t e i n f l u y e n t e e n a y u d a r
a i g l e s i a s a c r e a r m i n i s t e r i o s d e c o n s e je r í a s u s t e n t a d o s e n u n m o d e l o d e c o n ­

s e je r í a b í b l i c a m e n t e c o n s e c u e n t e .

Pa r a d i g m a d e l Sa l m o 19
E l p e s o q u e l a B i b l i a t i e n e e n e l p r o c e s o d e c o n s e je r í a e s t á b e l l a m e n t e i l u s t r a d o
e n e l S a l m o 1 9 . A e s t e s a l m o s e le h a l l a m a d o “ e l s a l m o d e d o s l i b r o s ” p o r q u e

la p r im e r a m it a d p r e se n t a a D i o s r e v e lá n d o s e a s í m ism o e n la c r e a c ió n (r e v e ­

la c ió n g e n e r a l) y e n la se g u n d a m it a d p r e se n t a a D i o s r e v e lá n d o se a t r a v é s d e
la P a l a b r a (r e v e la c i ó n e s p e c i a l) . U n e s t u d i o c u i d a d o s o d e l s a l m o , sin e m b a r g o ,
d e m u e st r a q u e D a v i d n o c a m b i ó d e t ó p i c o a m it a d d e s u e s c r it o . E l S a lm o 1 9

e s u n sa lm o d e u n lib r o , n o d e d o s.

R ev elación gen eral


L a p r im e r a m it a d d e e st e sa l m o d e sc r ib e t e o ló g ic a m e n t e e l á m b i t o y la e x ­

t e n s i ó n d e l a r e v e l a c i ó n g e n e r a l (v v . 1 - 6 ) . E l p o e t a o p a s t o r p r e s e n t a e s t e s a l ­
m o c o n u n d e c isiv o d e sp l ie g u e d e la g l o r i a d e D i o s e n lo s c ie lo s c u a n d o d ic e :

“ L o s c i e l o s c u e n t a n l a g l o r i a d e D i o s ” (v . l a . ) . L a g l o r i a d e D i o s e s p i n t a d a
c o n c o lo r e s b r ill a n t e s a t r a v é s d e l c ie lo . D a v i d a fir m a q u e e l d ise ñ o c ó sm ic o
y el p o d e r d e l u n iv e r so m u e st r a n la g l o r i a d e D i o s c o m o u n a b a n d e r a d e s ­
Consejería bíblica en lugar de psicología 22 5

p le g a d a q u e c u b r e d e h o r iz o n t e a h o r iz o n t e . O r ig in a lm e n t e , la p a l a b r a h e b r e a

p a r a “ g l o r i a ” c o m u n ic a b a la c o n n o t a c ió n m á s lib e r a l d e “ p e s o ” o “ p e s a d e z ” .

M á s t a r d e , se d e sa r r o lló u n se n t id o m á s a m p lio a b a r c a n d o el c o n c e p t o d e

“ im p o r t a n c i a ” o “ g l o r i a ” . M ie n t r a s su s o jo s e s c r u t a n el c ie lo ilu m in a d o d e

la n o c h e , u n a p e r s o n a e s c a p a z d e e n t e n d e r e l p e s o o i m p o r t a n c i a d e l D i o s

T o d o p o d e r o s o . L a r e v e la c ió n g e n e r a l in t e r r u m p e la r e sp ir a c ió n a n t e la c r u ­
d a in t e lig e n c ia d e l C r e a d o r .

Lu e g o , en un p a r a le lism o sin ó n im o , h ay e n la se g u n d a lín e a u n a a fir ­

m a c ió n de la m ism a id e a con p a l a b r a s d i fe r e n t e s. D a v id d ic e : “y el f ir ­

m a m e n t o a n u n c i a l a o b r a d e s u s m a n o s ” (v . I b ) . E n l a s p r i m e r a s d o s l í n e a s

c a d a u n o d e lo s v e r b o s p r in c ip a le s, “ c u e n t a n ” y “ d e n u n c ia n ” u sa n el a sp e c t o

h e b r e o in d ic a n d o u n a a c c ió n c o n t in u a . L a g lo r ia d e D io s e s d e sp le g a d a c o n s­

t a n t e m e n t e p o r el m u n d o c r e a d o q u e n o s r o d e a .
E l v e r s í c u lo 2 c o n t i n ú a d e s t a c a n d o la d u r a c i ó n c o n t i n u a d e la o b r a d e la

n a t u r a le z a e n c u a n t o a d e m o st r a r la g lo r ia d e D i o s p a r a q u e e l h o m b r e la v e a .

“Un d ía e m it e p a la b r a a otro d ía , y una n och e a otra n och e d e c la r a


s a b i d u r í a ” . “ E m it ir ” e s u n v e r b o q u e q u ie r e d e c ir “ b o r b o t e a r ” . C o m o u n

g e ise r b o r b o t e a n a t u r a lm e n t e v a p o r y a g u a p o r m e d io d e la p r e sió n s u b t e ­

r r á n e a , a s í la r e v e la c ió n n a t u r a l e s t á b a jo p r e sió n p a r a t r a e r a u n p r im e r p l a ­

n o la g lo r ia d e D io s.

E s t o se h a c e sin q u e se p r o n u n c i e u n a p a l a b r a . L a v e r si ó n R e i n a V a l e r a

o fr e c e so b r e e st o una t r a d u c c ió n e x t r a o r d in a r ia cu an d o d ic e : “N o h ay
l e n g u a je , n i p a l a b r a s , n i e s o í d a s u v o z ” (v . 3 ) . O t r a s v e r s i o n e s d e l a B i b l i a

a ñ a d e n la p a l a b r a “don de [n o se o y e su v o z ] ” l o q u e t r a e c o n fu s i ó n a l se n ­
t i d o . E l é n f a s i s d e e s t e v e r s í c u l o n o e s l a u b i c a c i ó n d e l m e n s a je ; e s e l l e n g u a je

d e l m e n s a je . D i o s p u e d e c o m u n i c a r e l m e n s a j e e s e n c i a l s i n q u e s e a n e c e s a r i o

u s a r u n a s o l a e x p r e s ió n v e r b a l. M e d ia n t e la c o m u n ic a c ió n n o v e r b a l, la s p e r ­
s o n a s d e t o d a s la s c u l t u r a s y t o d o s lo s i d io m a s t ie n e n la c a p a c i d a d d e e n t e n ­

d e r q u e e l D i o s T o d o p o d e r o s o e x i s t e e n t o d a su a b r u m a d o r a i m p o r t a n c i a .

L a p r i m e r a p a r t e d e l v e r s í c u l o 4 r e f u e r z a e l m e n s a je : “ P o r t o d a l a t i e r r a
s a l i ó su v o z , y h a s t a el e x t r e m o d e l m u n d o su s p a l a b r a s ” . N a d i e p u e d e e s c a p a r
a e s t e p o d e r o s o m e n s a je n o v e r b a l p o r q u e s e e x t i e n d e h a s t a e l h o r i z o n t e . L a s

p e r so n a s n o p u e d e n e sc o n d e r se n i h u ir d e é l. T o d o s s o m o s b o m b a r d e a d o s v i­

su a lm e n t e c o n el p o d e r d e D io s y e l d ise ñ o c r e a t iv o in c o m p a r a b le .

L u e g o , en u n p a r a le lism o e m b le m á t ic o , y c o n el u so d e d o s v iv id a s im á ­
g e n e s, D a v id a m p lí a la c o m p r e n sió n d e l le c t o r d e l p a p e l d e la r e v e la c ió n g e ­

n e r a l: e l n o v io y e l c o r r e d o r p o d e r o s o (vv . 4 c - 6 ).

En ellos puso tabernáculo para el sol;


y este, com o esposo que sale de su tálam o,
226 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

se alegra cual gigante para correr el camino


de un extremo de los cielos es su salida,
y su curso hasta el término de ellos;
y nada hay que esconda su calor.

El sol es comparado con un novio que sale de su tienda para reclamar su


novia. Tiene un curso predeterminado al salir cada mañana de detrás del
velo de oscuridad con la gloria de Dios prometiendo un día fresco. El sol,
como un hombre poderoso, también recorre su curso desde un extremo de
los cielos al otro; no se detiene, y nadie puede detenerlo. Un buen corredor
mantiene la vista puesta en el punto donde se encuentra la meta, el final de
la carrera; de igual manera, el sol se concentra en completar el curso que el
Creador le ha dado. Toda esta determinación, movimiento ordenado,
regularidad y poder es evidencia abundante de la gloria de Dios.
La descripción no termina allí porque un versículo siguiente (6c) indita
que nadie puede escapar de la influencia de la gloria de Dios en la creación:
“y nada hay que se esconda de su calor”. Aun usando la analogía del sol, el
salmista enfatiza que todos pueden sentir el calor de la gloria de Dios. Aun
el mundo sensorial limitado de alguien que es ciego, sordo y mudo tiene la
capacidad de sentir el flujo y reflujo de calor de la puesta y ascenso del sol
Personas con un “funcionamiento intelectual subdesarrollado” o los que
tienen un retraso mental profundo (QI de 39 o menos) son afectadas signifi-
cativamente con el mensaje básico de la presencia de Dios y su gloria. Tal es
el poder de penetración de este mensaje no verbal. Claramente, la revelación
general tiene como propósito desplegar el poder y el diseño creativo de
Dios.
En este punto, se hace necesario contestar una pregunta: ¿Es, lo que dice la
Biblia, la intención de Dios en cuanto al papel pedagógico de la revelación
general? Un cristiano integracionista psicológico ha dicho: “Toda verdad es
ciertamente verdad de Dios. La doctrina de la revelación general provee
garantía para ir más allá de la revelación de las Escrituras en el mundo
secular de estudio científico esperando encontrar la verdad y conceptos
utilizables... De nuevo, permítanme insistir que la psicología ofrece
ayuda real al esfuerzo cristiano de entender y resolver los problemas
personales”.33 Mientras es verdad que “toda verdad es verdad de
Dios”, también es verdad que “todo error es error del diablo”.34 La
perogrullada “toda verdad es verdad de Dios” reduce su argumento a
reductio ad absurdurn y plantea la pregunta cuando se usa en forma
simplista por los integracionistas. Por ejemplo, otro psicólogo cristiano
tiene una opinión reduccionista de la Biblia al afirmar que “como los
estatutos de Dios en las Escrituras están atados con su pueblo, sus
„estatutos‟ o patrones fijos dentro del marco de los cielos y tierra están
Consejería bíblica en lugar de psicología 227

atados a la totalidad del cosmos”.38 Luego sugiere que como los autores de
Proverbios apelaron a los fenómenos naturales, así el psicólogo cristiano
puede hacer lo mismo en determinar la quasi causal psicológica de las leyes
de la vida. Esto no solo pone al psicólogo en el mismo nivel de los escritores
de las Escrituras inspiradas, sino que anula la advertencia de Proverbios 30:5
– 6 sobre añadir a la única Palabra de Dios.
Nadie objeta los muchos beneficios de la revelación natural para la
humanidad, incluyendo descubrimientos hechos a través de las ciencias
naturales y las investigaciones médicas. Aun entonces, algunos de estos
descubrimientos pudieran haber tenido una limitada aplicación a quien vive
en santidad de vida porque Dios creó a las personas a su imagen (es decir,
respecto del aborto y la tecnología de fertilidad). Pero cuando el puente
metafísico al ser interior lo cruza una psicología intrusa, ¿qué identifican las
Escrituras como la función de la revelación general?
Según el Salmo 19 la función de la revelación general es advertir a todos
los hombres de la suprema gloria de Dios. Un Creador ordenado con diseño
y poder excede toda imaginación. El apóstol Pablo entendió este papel de la
revelación general y declaró: “Porque las cosas invisibles de él, su eterno
poder y deidad, se hacen claramente visibles desde la creación del mundo,
siendo entendidas por medio de las cosas hechas, de modo que no tienen ex-
cusa” (Ro. 1:20).
Una limitación mayor, sin embargo, dificulta el efecto de la revelación
general en el que se puede ignorar totalmente o incluso ser mal interpretada
por sus receptores. Este mensaje poderoso y omnipresente puede ser
distorsionado y censurado. Pablo explica la ira de Dios sobre esto: “Porque
la ira de Dios se revela desde el cielo contra toda impiedad e injusticia de los
hombres que detienen con injusticia la verdad; porque lo que de Dios se
conoce les es manifiesto, pues Dios se lo manifestó” (Ro. 1:18 – 19). El
corazón del hombre nunca puede ser neutral acerca de la verdad. En su
injusticia, el hombre está opuesto a Dios y a cualquier conocimiento
fundamental de Dios. Información derivada del mundo natural puede ser
distorsionada y oscurecida por la astucia engañosa del corazón pecaminoso.
Aunque la revelación especial puede ser distorsionada o rechazada como la
revelación general, es diferente en un aspecto importante: es autenticada
como verdad y suficiente, mientras que la revelación general no.

Revelación especial

Este es el punto del Salmo 19: Porque más grande que toda revelación gene-
ral es la gloria de Dios revelada en su Palabra, porque la Palabra transforma
228 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

el corazón del hombre. Ronald Barclay Allen comenta sobre este salmo, “Yo
creo que es la enseñanza de este movimiento del Salmo que Dios reveló su
gloria más plenamente en su Palabra que en toda la creación [énfasis del autor]”.36
La revelación general en las obras del poder creativo de Dios cumple su
propósito al dejar al hombre sin excusa, pero no puede dar un paso a la
verdad transformadora y autoritativa para los problemas del alma porque es
demasiado vaga para ese fin. La revelación especial de las Escrituras es
necesaria para la salvación; divina, verdad autoritativa que puede convertir
el alma (Ro. 1:16 – 17; 1 Co. 1:18).
El salmo completo gira en torno al versículo 7, que dice: “La ley de Jehová
es perfecta, que convierte el alma”. “Convertir” es la misma palabra que a
menudo se traduce “restaurar”, “revivir”, “volverse”.37 La Palabra de Dios
es “perfecta” en el sentido de que es ideal o apropiada para el hombre, el
alma que ha sido pervertida y deformada por el pecado y por problemas
serios puede ser remodelada por su poder. Como dice Hebreos: “Porque la
Palabra de Dios es viva y eficaz, y más cortante que toda espada de dos filos;
y penetra hasta partir el alma y el espíritu, las coyunturas y los tuétanos, y
discierne los pensamientos y las intenciones del corazón” (He. 4:12). Este
pasaje no está diciendo que la Palabra de Dios divide el alma del espíritu,
sino que divide el ser interior del hombre, tanto que llega hasta los
pensamientos e intenciones (o motivaciones) más profundos del corazón. La
información de la revelación general nunca puede esperar hacer lo que
nunca estuvo en la intención de Dios. Las ideas de ayuda ocasional provistas
a través de la investigación en cosas tales como desórdenes en el sueño,
percepción visual y desórdenes orgánicos del cerebro nunca podrán alcanzar
el poder de la Palabra de Dios para lograr un cambio. La Palabra de Dios es
incomparable dentro del dominio jurisdiccional del alma.
Usar la psicología para el cuidado del alma es como tratar el cáncer con
aspirina. Puede dar un alivio temporal del dolor e incluso disimular los
síntomas, pero jamás podrá penetrar los asuntos del corazón como la
Palabra de Dios.
Alguien puede decir que el pasaje está hablando solo acerca de los
hombres no regenerados y que no se aplica a los cristianos que están
siendo consolados. Sin embargo, este no es el caso. Aun cuando se
puede dar una explicación más amplia a los incrédulos, los últimos
ocho versos de este salmo (vv. 7 – 14) describen el poder santificador la
Palabra de Dios en la vida del creyente. Y si es verdad que la Palabra
de Dios es más grande en mostrar la gloria de Dios al hombre que lo
es la revelación general ¿entonces porque los cristianos habrían de
querer volver a las verdades más simples y más fundamentales de la
Consejería bíblica en lugar de psicología 229

revelación general cuando tienen una verdad transformadora de la vida


muchísimo más grande a su disposición?
Los efectos de la Palabra en la vida del hombre incluyen: “revivir el alma”,
“hacer sabio al sencillo”, “alegrar el corazón”, “alumbrar los ojos”,
“permanecer para siempre” y son “todos justos”. Las primeras cinco
características son participios, queriendo decir que la Palabra de Dios
refresca la vida, concede profundidad de ideas, da gozo al corazón, abre los
ojos del entendimiento, y nunca dejará de ser. ¿A qué otra persona puede ir
alguien para encontrar consejo como este? Estas frases expresan el ministerio
activo y la relevancia de la Palabra de Dios. La sexta característica es una
afirmación resumida que comunica la idea que la Palabra de Dios es capaz
de producir una amplia justicia.
Los adjetivos en referencia a la Palabra de Dios describen las Escrituras
como perfectamente ajustadas, seguras, “rectas”, “puras”, “limpias” y como
un consejo veraz. Los sinónimos aquí para la Palabra de Dios demuestran
cómo debería buscarse su consejo. Estos sinónimos incluyen “ley” divina
(Torá), un “testimonio”, directivas, mandamientos, el temor de Jehová y el
juicio de Jehová. En otras palabras, la verdad de Dios no es opcional. No es
un juego de sus sugerencias. Si la Palabra va a tener un impacto legítimo
sobre el corazón que busca consejo, debe ser buscada con reverencia
suprema. Cuando se hace así, la persona aconsejada encontrará su gusto
dulce (v. 10).
Los versos 11 – 14 abarcan el movimiento final del salmo. Resulta evidente
el impacto radical que esta Palabra ha tenido sobre la vida de David. Él abre
su vida para demostrar cómo lo transformó el consejo de Dios, por eso
glorifica a Dios. Aparte de la Palabra escrita, David pregunta: ¿Quién podrá
entender sus propios errores?” (v. 12). Esta pregunta retórica produce una
respuesta firme: ¡Nadie! David ora: “Líbrame de los que me son ocultos.
Preserva también a tu siervo de las soberbias; que no se enseñoreen de mi”
(v. 12 – 13). Los pecados secretos son los pecados desconocidos del alma,
mientras que “las soberbias” son los pecados conocidos. La soberbia tiene
una cualidad esclavizante a ella; tomará el control de la vida del que busca
consejo (p. ej. lujuria sexual, glotonería, borrachera o ira). Estos son los
pecados hechos en pleno conocimiento de su pecaminosidad y aun así se
cometen deliberadamente.
Las Escrituras identifican el pecado como el problema mayor del corazón
humano en necesidad de consejería (Jer. 17:9). Otros factores contribuyentes
incluyen tanto problemas orgánicos como los pecados cometidos por otros.
Estos pecados de otros, contra o alrededor de la persona que busca consejo,
tienen un impacto directo sobre esta (p. ej. violación, incesto, abuso físico,
irresponsabilidad financiera, odio, rabia, celos). Todo lo relacionado con la
230 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

consejería es el resultado de la maldad de un mundo maldito por el pecado e


infestado de demonios (Stg. 3:14 – 16). Pero aun en casos de sufrimiento
injusto, ¿cómo responde el corazón de la persona que busca consejería?38
Cuando la Palabra de Dios hace su trabajo, la persona aconsejada camina
libre de culpa. David lo dijo sin ningún rasgo de duda: “Entonces seré
integro, y estaré limpio de gran rebelión”.
Su oración final es ser aceptable ante Dios (v. 14). Él sabe que esto será
posible únicamente en sus acciones (“las palabras de mi boca”) y sus deseos
(“la meditación de mi corazón“) agradan a Dios. El Señor es la Roca y
Redentor de la persona aconsejada.

LA PREGUNTA DIFÍCIL

Mucho más grande que toda la revelación general es la gloria de Dios


revelada en su Palabra, porque ella sola transforma el corazón del hombre.
A la difícil pregunta: ¿Por qué la consejería bíblica y no la psicología? la
respuesta necesariamente debe ser que la Palabra de Dios reina en el
dominio jurisdiccional del alma, donde la psicología invade y trata de
usurpar su autoridad espiritual. Solo la Palabra de Dios puede efectivamente
instruir a los creyentes sobre cómo glorificarlo a Él.
Al leer los sentimientos de David expresados en el Salmo 19, los cristianos
siempre hemos entendido esta finalidad primaria de glorificar a Dios y
disfrutar de Él para siempre. Esto se puede lograr únicamente a través de La
Palabra de Dios. Todas las psicoterapias y todas las psicologías del hombre
jamás santificaran el corazón humano para que alcancen tan alto y noble
propósito. De hecho, el centro rudimentario de todas las psicologías es el yo,
que vive para el bienestar y disfrute del yo. La mayoría de los remedios
psicológicos alimentan al yo con mensajes de más amor al yo, más
estimación del yo y más consentimiento del yo. Todas las psicologías ven
esto como su “meta final” y, trágicamente, las llamadas psicologías
cristianas también han sido dramáticamente contaminadas con esto.
Además, la revelación general nunca ofrecerá la verdad absoluta,
universalmente autoritativa sobre la cual la persona aconsejada pueda
basar con plena confianza el bienestar de su alma. ¿Por qué? Porque
nunca fue ese su propósito. Por su misma naturaleza, la revelación
natural no puede expresar un cuadro completo de Dios, mucho menos
su voluntad para sus criaturas. Sobre las deficiencias de la revelación
general, Juan Calvino comenta: “Es, por tanto, claro que Dios ha
provisto la asistencia de la Palabra para el bien de todos aquellos a
quienes le ha placido darles instrucción útil porque previó que su
semejanza impresa sobre las más hermosas formas del universo sería
Consejería bíblica en lugar de psicología 231

insuficientemente efectiva”.39 La revelación natural no puede hacer nada


cuando se trata de cambiar el alma. Como David lo dice tan profundamente
en el Salmo 19, Dios dio al hombre una revelación más poderosa que es
capaz de penetrar los escondrijos profundos del alma y no solo redimirla,
sino instruirla en justicia, de modo que pueda glorificar y gozar de Dios para
siempre. Todos los problemas que ameritan consejería espiritual dependen
de estos hechos fundamentales. ¡Las Escrituras son la clave para hacer de la
vida vida! “¡No hacen mis palabras bien al que camina rectamente” (Mi. 2:7b)

LECTURAS ADICIONALES
Almy, Gary L. How Christian Is Christian Counseling? [Es cristiano la
consejería cristiana], (Wheaton, IL: Crossway Books, 2000).
Ganz, Richard, Psychobabble [La charla sin sustancia de la psicología],
Wheaton, IL: Crossway Books, 1993.
Adams, Jay E., Manual del consejero cristiano. Barcelona, España: Editorial
CLIE, 1975.
Capacitado para orientar. Grand Rapids, MI: Editorial Portavoz, 1981.
MacArthur, John y Wayne A. Mack. Nueva mirada a la consejería bíblica.
Nashville, TN: Caribe, 1996.
12

¿POR QUÉ UNA VISIÓN DE LA


CIENCIA A TRAVÉS DE LAS
ESCRITURAS?

TAYLOR B. JONES

Es imposible no sobrestimar el impacto de la ciencia en términos de lo que


produce y su influencia acerca de cómo pensamos. Desde el controversial
asunto del calentamiento global hasta las medicinas orales, la ciencia afecta
la vida de cada persona. Además, la mayoría de los individuos cree que la
ciencia produce información que es inherentemente completa o, por lo
menos, altamente confiable. Algunas áreas de investigación han sido objeto
de intenso escrutinio científico; por ejemplo, los estudios astronómicos del
movimiento planetario en el sistema solar. Otros, como la búsqueda de
inteligencia extraterrestre se basan en fundamentos bastante tenues, se
describen con nociones vagas y reciben el respaldo de información muy
débil.
La meta de cualquier búsqueda filosófica debería ser el desarrollo o
refinamiento de una visión general correcta del mundo; es decir, debería ser
consecuente con una descripción confiable de la realidad. Es posible que esta
meta parezca ridículamente autoevidente, pero pocas personas han pensado
alguna vez que tienen una visión del mundo, mucho menos si es o
no correcta. Aunque hay muchas formas de ver el mundo, no todas
son correctas. Una correcta visión del mundo debe ser verdadera, una
expresión de la forma en la que las cosas realmente son. Una visión
incorrecta del mundo es de poco valor aparte de ser entretenida,
interesante o incluso fascinante. Aunque tal visión es incorrecta podría
proveer una abundancia de estudio para los filósofos, no es capaz de
proveer mucha ayuda acerca de cómo vivir realmente la vida. Como
234 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

tenemos que vivir en un universo real con personas reales y situaciones


reales, una visión del mundo que no interprete correctamente y refleje las
cosas como realmente son tiene poco valor práctico. Un enormemente
elaborado y completo mapa de caminos y súper carreteras pero que tenga
descripciones incorrectas no nos será de gran ayuda a la hora de viajar con
seguridad y éxito. Lo mismo ocurre con visiones aberrantes del mundo. Lo
único que producen son personas perdidas.
Si vamos un paso más adelante y consideramos aquellos aspectos del
universo que se entrecruzan con las diversas disciplinas de la ciencia,
deberían aplicarse las mismas pautas para valorar su credibilidad. La única
diferencia aquí es que el ámbito de la investigación ha sido reducido a cosas
relacionadas con la ciencia. Seguimos buscando una visión de la ciencia que
describa acertadamente y que refleje seriamente la realidad.
Filosóficamente, una visión cristiana del mundo contiene cinco grupos de
creencias: creencia sobre 1) Dios (teología); 2) Realidad absoluta (metafísica);
3) Conocimiento (epistemología); 4) Ética (axiología) y 5) Naturaleza hu-
mana (antropología).1 La ciencia como un componente de la epistemología
se define como:

1. El estado de conocer: Conocimiento como distinción de ignorancia o


incomprensión;
2. a. Un departamento de conocimiento sistematizado como objeto de
estudio.
b. Algo que debe estudiarse o aprenderse, como conocimiento
sistematizado;
3. a. Conocimiento que cubra las verdades generales o la operación de
leyes generales, especialmente las obtenidas y probadas a través del método
científico.
b. Conocimiento relacionado con el mundo físico y sus fenómenos; p.
ej., la ciencia natural.2

La segunda y tercera definiciones probablemente podrían darlas alguien a


quien se le pida que describa la ciencia. La idea de que la ciencia es un
antónimo de ignorancia se asume implícitamente pero rara vez se articula.
Una implicación de mayor alcance es la afirmación que se hace en la tercera
definición, en el sentido de que hay un vínculo directo entre la ciencia y la
verdad. Esta importante presunción debe estudiarse cuidadosamente, lo que
se hará en este capítulo, tanto por su impacto como por sus implicaciones.
Antes de entrar a definir y antes de entrar a tratar el asunto de la
naturaleza de la verdad, presentaré una introducción a la metodología y
limitaciones de la ciencia.3 Aun cuando la ciencia moderna afecta la vida de
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 235

prácticamente cada persona sobre la tierra, hay una comprensión muy


pobre, si es que la hay, de cómo la ciencia funciona fisiológicamente para
producir el progreso del cual todos nos beneficiamos.4 Por esta razón,
analizaremos con algún detalle la metodología de la ciencia como incluida
en el método científico y la ilustraremos con un ejemplo que cualquiera que
esté familiarizado con un automóvil podrá entender. Luego analizaremos la
naturaleza de la verdad, particularmente en la forma en la que se relaciona
con la ciencia y la autoridad final, la verdad de la Palabra de Dios.
Es importante notar que algunas áreas del estudio científico son más
confiables que otras. Las conclusiones a las que se llegue en áreas como la
sociología y la antropología son menos confiables que las de áreas como la
química o la física. Estas últimas tienen la ventaja de que se pueden hacer los
mismos experimentos vez tras vez para estar seguros de que los resultados
fueron producto de las condiciones del experimento y no de alguna
circunstancia accidental. Por lo tanto, uno de los puntos fuertes de la ciencia
como disciplina radica en el concepto de reproductividad.
En tales disciplinas, factores que pudieran tener un efecto detectable
pueden cambiarse sistemáticamente y correlacionarse con cambios en el
resultado del estudio. Lo que está involucrado en un proceso dado puede
entonces clasificarse en forma ambigua. El estudio de Galileo (1564 – 1642
d.C.) sobre el efecto de la gravedad en los objetos5 probó que la velocidad de
caída de un objeto no dependía de su peso,6 desvirtuando el largamente sos-
tenido punto de vista de Aristóteles (384 – 322 a.C.). Estas disciplinas, que
pueden estudiarse por condiciones de cambio sistemáticas y notando el
efecto de tales cambios, son presentadas como “ciencias duras”, denotando
la palabra “dura” una cualidad de contabilidad. Ejemplos de tales
disciplinas incluyen la física y la química.7
A las disciplinas en las que la reproductividad es difícil o imposible de
alcanzar se las llama “ciencias suaves”.8 La implicación es que estas son
menos confiables y justificables. En un estudio sociológico, por ejemplo, no
se puede ir hacia atrás para que un niño viva de nuevo su vida con una
educación mejor para comparar directamente el efecto de una influencia
dada en la vida del niño. En tales casos, solo se puede observar un grupo de
sujetos y usar estadísticas que indiquen posibles correlaciones entre la
educación y su efecto en la vida del sujeto. No se puede dar como cierto en
tales estudios que el factor sobre el cual está enfocado y que realza la
oportunidad educacional es necesariamente el único factor o que aún es
parte de lo que se está estudiando.
Esta falta de rigor inherente no significa que tales estudios carezcan de
mérito o que no se puedan usar los resultados de tales estudios; quiere decir,
236 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

sin embargo, que se tiene menos seguridad acerca de la importancia de la


correlación. La antropología y la psicología son ejemplos de “ciencias
suaves”. La falla de reproductividad consecuente impide el dogmatismo
sobre conclusiones derivadas de cualquier estudio en “ciencias suaves”.
El estudio del funcionamiento de la ciencia, de la lógica de la ciencia y del
desarrollo de la ciencia como disciplina ha sido objeto de una investigación
sostenida. El desarrollo del acercamiento a la ciencia tiene sus raíces en
civilizaciones antiguas, básicamente occidentales. (El rastreo del desarrollo
de este acercamiento y de la ciencia en general constituye por sí solo una
área de estudio.9) Esta sorprendente noción es similar a encontrar estudios
sobre cómo las herramientas de un mecánico le sirven para reparar un
automóvil. Es difícil visualizar cualquier otra área de estudio en la cual el
cómo del estudio es un objeto de interés además del qué del estudio mismo.
En consecuencia, el estudio de la filosofía de la ciencia se manifiesta en
nuevos títulos de libros sobre una base regular.10 Una consideración seria del
desarrollo de la filosofía de la ciencia está más allá del alcance de este
capítulo. En lugar de eso, sería más provechoso considerar cómo la ciencia
funciona en un sentido general.

EL MÉTODO CIENTÍFICO

A pesar de los tipos de lógica envueltos en la relativa confiabilidad de una


disciplina científica dada, el método empleado en cualquier área de ciencia,
sea dura o suave, es filosóficamente el mismo. A la técnica general para
adquirir, evaluar y entender la información de un estudio científico se le
llama “el método científico”. Muchas personas piensan incorrectamente que
la posibilidad de entender la ciencia y cómo funciona está más allá de su
capacidad intelectual. En realidad, el pensamiento de los científicos no es tan
diferente al pensamiento de los no científicos. Albert Einstein decía: ”Toda la
ciencia no es nada más que un refinamiento del pensamiento de cada día”. 11
Para confirmar esta declaración y definir e ilustrar el método científico,
piense en los siguientes ejemplos que este autor ha experimentado todos los
días.
Supongamos que un profesor de química sale de su oficina y ve que el
neumático delantero derecho de su auto nuevo está desinflado. Este es un
ejemplo de los dos primeros componentes del método científico. El químico
se da cuenta de que el neumático está desinflado porque el automóvil está
más bajo en ese lado y porque el neumático en la parte baja está horizontal
en lugar de curvo. A esto se le llama observación. Cualquier información
científica a través de los sentidos o mediante algún equipo científico es una
observación. Las observaciones pueden ser tan sencillas como el número de
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 237

cucharaditas de azúcar en una lata de refresco o tan complejas como la


longitud del ADN en cada una de las células del cuerpo.
Observaciones en y de ellas mismas son el punto de partida necesario para
el método científico, pero para que sea útil, la observación tiene que ser
interpretada. Al hecho de esta observación, que el neumático está
desinflado, se le llama un hecho, lo que se ilustra esquemáticamente a
continuación:

Observación → Hecho

El sentido de la observación en este caso es tan inmediatamente obvio que


no se requiere comentario; pero a menudo se presentan situaciones en las
que el sentido de lo que se observa no es tan claro. Piense en los resultados
de un estudio psicológico experimental que trate de medir la confiabilidad
de un testimonio de primera mano.12 Para simular esto, se mostró a un
grupo de sujetos una ilustración de personas en un tren subterráneo. El
dibujo mostraba a varias personas, una de las cuales era un blanco con una
cuchilla para rasurar en la mano; otro, un negro, con un bate. La escena fue
retirada y un tiempo después se les pidió a los sujetos del experimento que
describieran lo que habían visto. El resultado fue una tendencia pronunciada
a poner la cuchilla para rasurar del hombre blanco en la mano del hombre
negro. Prescindiendo de la razón para llegar a esa conclusión, el punto que
debe destacarse es que el resultado de las observaciones no siempre se
deduce correctamente. Es posible hacer una observación pero no interpretar
bien su significado. Sería de esperar que la susceptibilidad de los científicos
a tal falla sea muy mínima, pero ese no es, necesariamente, el caso. Así como
seguramente había en el grupo individuos competentes e incompetentes, lo
mismo ocurre con los científicos. Usar un delantal blanco y tener un grado
en alguna disciplina científica no es garantía de inmunidad a los errores.
¿Cómo es que un grupo de individuos puede mirar un cuadro de
un hombre negro llevando un bate y un hombre blanco con una
cuchilla para rasurar en la mano y luego comunicar que la cuchilla la
tenía el hombre negro? La respuesta se halla en el hecho de que cada
observador, científico o lego, trae una perspectiva al estudio que puede
influir lo que es. En este caso en particular; la perspectiva que
interfiere con interpretar correctamente lo que se ve es prejuicio racial.
Hacer observaciones a través del lente de los prejuicios distorsiona el
entendimiento de lo que se ve. La fuente máxima de tal distorsión es
el pecado que nubla la habilidad de la persona para interpretar
correctamente lo que ha visto. Los fariseos vieron los milagros de
Jesús y atribuyeron su poder a Beelzebú (Mt. 12:24). Es la opinión de
este escritor que los científicos también son susceptibles de tales prejuicios,
238 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

como cualquier otra persona.


Otra fuente potencial de errores podría ser cuando se hacen las
observaciones. Un científico puede cometer un error durante un proceso
experimental. Puede agregar dos veces la cantidad de reactivo, sobrecalentar
la reacción química, o equivocarse al leer los datos que le entregan los
instrumentos. Los errores humanos siempre ocurren. También puede ocurrir
que algún defecto en el diseño experimental se atribuya a los efectos de un
cambio en el experimento provocado por un factor no presente en el
proceso. Esta no es una lista exhaustiva. Solo se usan algunos ejemplos para
ilustrar que siempre hay posibilidad de errores en un experimento. La
repetición de un experimento para asegurarse reproductividad puede
revelar muchos de tales errores.
En este punto en el proceso, se hace la deducción llamada hipótesis, esto es,
una explicación inicial, aun no probada de por qué o cómo ocurrió el asunto
observado y correctamente interpretado.

Observación → Hecho → Hipótesis

Una formulación así es un reconocimiento explícito de uno de los


principios básicos de la ciencia: causa y efecto. En la filosofía de la ciencia a
este principio se le conoce como antecedente de causalidad.13 La causa que da
origen al efecto precede al efecto. O dicho de otra manera, menos correcto
gramaticalmente: “Nada ocurre jamás sin una razón”. Para cada efecto
observado hay una causa subyacente.
Con respecto al neumático desinflado mencionado más arriba, vienen a la
mente varias posibles hipótesis. Un estudiante vengativo, disgustado por
una calificación en un reciente examen, le sacó el aire a un neumático para
expresar su descontento con todos o la persona que le dio la nota baja. Pero
es probable que el neumático haya tenido un clavo. O quizás estaba de
alguna manera defectuoso. Lo que queda por hacer ahora es descubrir cuál
de las hipótesis es la correcta.
Quitar el neumático y examinar detenidamente ambas paredes y
otras partes del neumático resulta una tarea vana cuando se trata de
un clavo. Si alguien dejara salir el aire de un neumático no sería
posible localizar el hueco. A esta porción del método científico, que
prueba la validez de una hipótesis se le llama experimentación. Esto
ilustra un importante principio sobre el método científico. Una
hipótesis traerá naturalmente a la mente experimentos que se pueden
hacer para probar su validez. El resultado de la experimentación es
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 239

producir más observaciones y hechos que pudieran concordar con una


hipótesis correcta.

Observación → Hecho → Hipótesis

Experimentación

Incapaz de determinar qué fue lo que causó la pérdida del aire del
neumático y ante la necesidad de repararlo, el químico volvió a la tienda
donde había comprado el neumático y observó al mecánico cómo repetía la
misma metodología infructuosa que él acababa de llevar a cabo. El resultado
de la decisión del mecánico de reproducir el experimento indujo a la
elevación de lo que el profesor de química llamó la hipótesis del “estudiante
vengativo” a un más alto nivel de credibilidad, ya que nadie de ellos pudo
encontrar una evidencia física para el escape del aire. Comenzó a parecer
más cierto que alguien había dejado salir el aire del neumático en lugar de
haber ocurrido como resultado de algún tipo de pinchazo o defecto.
A este más alto nivel de credibilidad se le llama una teoría o, como es más
comúnmente conocido, un modelo. Una teoría es una hipótesis probada y
debe ser consecuente con la información experimental existente. La
confianza que se tiene en una teoría depende de la cantidad y calidad de la
información. En este caso, la teoría fue, en el mejor de los casos, tentativa.

Observación → Hecho → Hipótesis → Teoría

Experimentación

Una teoría es similar a una hipótesis porque también sugiere


experimentos para probar su validez. En seguida, el mecánico volvió a poner
aire en el neumático y lo sumergió en un tanque de agua. Inmediatamente se
vio una columna de burbujas subiendo a la superficie desde un hueco del
neumático. Era evidente que el escape del aire se había debido a un
pinchazo. El químico y el mecánico tenían ahora una explicación digna de
crédito gracias al último experimento. Fue necesario desechar la hipótesis
del “estudiante vengativo”. No encajaba con los hechos. Si alguien hubiera
dejado salir el aire, no habría habido burbujas subiendo a la superficie desde
el neumático sumergido en el agua.
240 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Un rápido retiro del clavo, un parche y la cuenta pusieron fin al misterio


del neumático desinflado. Si esto mismo ocurriera vez tras vez al punto que
cada vez alguien tuviera un neumático desinflado debido al pinchazo de un
clavo, esta teoría de los neumáticos desinflados podría ser elevada al nivel
de una ley.

Una ley es una teoría para la cual no hay excepción conocida o anticipada.
Muy pocas teorías en ciencia han alcanzado la categoría de ley. “Todos los
neumáticos que se desinflan se desinflan por un pinchazo” no es cierto; la
intuición y la experiencia lo hacen obvio. Las leyes de termodinámica que
gobiernan la energía y sus transformaciones y la ley de la gravedad son
ejemplos de leyes científicas. Las explicaciones para el fenómeno en todas las
otras ciencias “duras” son y, es casi seguro que siempre lo serán, teorías.
Esto conlleva la posibilidad de que algunas teorías aceptadas tengan algún
día que ser desechadas si aparece alguna información que las haga
inaceptables.
Un ejemplo ilustrativo, no muy conocido fuera de la comunidad científica
involucra el virus de inmunodeficiencia humana, VIH. Siempre se pensó que
la secuencia de los eventos bioquímicos que producen proteína, un principio
cardinal de la bioquímica, era:

DNA → RNA → Proteína

Fue solo cuando se intentó descubrir cómo funciona el VIH que se supo
que las enzimas podían producir DNA del RNA, lo que contradecía dicho
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 241

dogma. El descubrimiento de transcripciones invertidas; es decir enzimas


que podían “escribir” en la dirección invertida (ARN → ADN), obligó a una
revisión de esta creencia tan largamente aceptada. Los científicos
involucrados en el estudio tuvieron que disponerse a considerar la
posibilidad de que uno de los grandes dogmas de la bioquímica podría estar
equivocado. Esto es casi tan grande como explicar claramente cómo trabaja
el VIH y qué medidas habría que aplicar para retardar su reproducción y,
por lo tanto, el crecimiento del virus.
Note, como se ilustra en el ejemplo ya descrito, que cualquier teoría para
ser válida, debe ser consecuente con el cuerpo de evidencia hasta ese
momento existente. Cada vez que se descubre una información nueva que es
inconsecuente con la teoría en cuestión, se modifica esa teoría para que se
ajuste a la nueva información o hay que abandonarla del todo si no hay
forma de reconciliarla con la nueva información. A veces las teorías llegan a
ser tan ampliamente aceptadas que se aceptan como si fueran “ley”.
Ocasionalmente, se descubre nueva información que obliga a los científicos a
sepultar teorías hasta entonces aceptadas.
El ejemplo que damos más arriba tipifica la lógica que caracteriza el
método científico. Es este mismo acercamiento que se utiliza en toda ciencia
para clarificar las relaciones causa-efecto en cada disciplina. Contrarío a la
opinión popular, el método científico y, por lo tanto, la ciencia en general no
pueden producir conclusiones que sean inmunes a la desaprobación, Lo que
producen es una autocoherencia lógica con respecto a la información dada.
Las leyes de termodinámica previamente citadas han sido frecuentemente
examinadas para que los científicos estén seguros de que jamás se
encontrarán resultados inconsistentes. En un sentido real, tales leyes son
verdad. Sin embargo, a menudo, los científicos también etiquetarán los
resultados de la mayoría de sus experimentos como verdad. Adjuntar el
mismo nivel de certidumbre a un experimento con un principio causa-efecto
descrita por una teoría como un experimento descrito por una ley es
injustificado y engañoso.
Adicionalmente, hay un amplio espectro de certidumbre asociada con
teorías diferentes. La teoría del quantum es mucho más confiable que la
teoría del calentamiento global. Aunque el término verdad puede usarse para
descubrir las conclusiones de ambos estudios, de todas formas los términos
no tienen el mismo significado. ¿Qué hay que hacer en este caso? En este
juicio del escritor, los resultados de todas las áreas de la ciencia, excepto
aquellos expresamente descritos por leyes, deberían tomarse lógicamente,
consecuentemente y en forma racional. Debería agregarse a todos estos
resultados un escepticismo racional y una voluntad de abandonar la teoría
ante la presencia de información que resulta incompatible con ella.
242 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Esta incapacidad para producir la verdad significa que la ciencia no puede


producir una visión correcta del mundo que sea completa y totalmente
confiable. Es de una utilidad cuestionable tener una visión del mundo que
tenga que rescribirse o descartarse a la luz de acontecimientos futuros.
¿Cómo entonces es posible saber si se tiene la visión correcta del mundo?
¿Cómo se puede probar la visión del mundo?

CÓMO ENCONTRAR LA VISIÓN CORRECTA DEL MUNDO

Quizás, en un sentido real, no sea inmediatamente obvio cómo se puede


evaluar la visión del mundo para determinar que es la correcta. Si se la
evalúa en una forma significativa, debe compararse con la verdad. Como ya
se ha demostrado, no se puede usar la ciencia o, para tal fin, cualquier otro
cuerpo de conocimiento humano parcial o totalmente como medida para
evaluar una visión del mundo. Es posible, y aún más, debería usarse el
estado actual del conocimiento humano como un modelo eficaz para
resolver el problema. Por el otro lado, no se puede usar la ciencia como una
brújula para encontrar la dirección en el mundo en cuanto a las cosas de la
vida.
En la misma forma que los valores numéricos asociados con cualquier
medida científica están determinados por la medida de una propiedad en
comparación con un modelo arbitrario, externo y fijo para determinar su
significado; lo mismo es verdad en relación con la visión del mundo. Toda
vez que nuestra sociedad ha consentido en una definición y ha decidido la
longitud de un pie y, además, que hay cinco mil doscientos ochenta pies en
una milla, tanto como en las subdivisiones de un pie llamadas pulgadas, se
puede determinar la distancia entre dos puntos geográficos. Sencillamente
se determina cuántas veces se debe cruzar la distancia modelo comenzando
con el punto inicial y moviéndose hacia el destino final. Aceptando la
“verdad” de cuán largo es un pie o una milla, nos permite determinar
confiadamente una distancia.
El hecho de que la longitud tanto de un pie como de una milla son
conceptos arbitrarios de medidas físicas crea problemas que quizá no se han
previsto. Estos estándares no se encuentran en Europa y la mayor parte del
resto del mundo, donde se emplea el SI14 o sistema métrico como
comúnmente se le conoce. Nuestro sistema de medida de longitud no es
trascendente. No es siempre “verdad” en el sentido que puede aplicarse,
utilizarse y entenderse con éxito en cada país y en cada cultura. Este
tiene su origen en el hecho de que las medidas estándares son
inherentemente arbitrarias y no se emplean universalmente. Si un
modelo no es aceptado universalmente, la medida no tiene sentido
para quienes no están familiarizados con ella o que no la reconocen.
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 243

Para que un modelo sea de utilidad universal, debe ser reconocido como
válido por todos los países y culturas.
Si una visión del mundo va a ser, de igual modo, de utilidad universal
debe estar de acuerdo con un modelo que describa la forma en la que las
cosas son realmente. Como la forma en la que las cosas realmente son no es
una función de la geografía, la cultura o la parte étnica, una correcta visión
del mundo debe necesariamente coincidir con la realidad. Esto nos lleva
inmediatamente a una pregunta obvia: ¿Cuál es la medida que refleja la
forma en que las cosas realmente son? “¿Que es verdad?” La pregunta de
Poncio Pilato hace unos dos mil años (Jn. 18:38) es tan convincente, tan
urgente ahora como lo fue entonces. ¿Cuál sería una reflexión precisa,
invariable, de la forma en la que las cosas realmente son?

LA MEDIDA CONFIABLE

La única cosa que es completamente confiable como verdad es la Palabra de


Dios. A través de las edades, este ha sido un principio fundamental del
cristianismo ortodoxo.15 Esta visión tiene sus raíces en el testimonio de las
Escrituras sobre sí mismas y el hecho de que la Biblia es inerrante. 16 La
naturaleza de las Escrituras (2 Ti. 3:16 – 17; 2 P. 1:21), que surge de la
Divinidad cuyo carácter es verdad (Tit. 1:2), debe necesariamente reflejar ese
mismo carácter en todo momento (Jn. 17:17). Si no se establece este criterio
se estarán negando la veracidad de Dios (Tit. 1:2) o su inmutabilidad (Mal.
3:6).
No hay duda de que muchas, si no la mayoría de las personas, adoptarán
más que una actitud pasiva ante tal posición. Hoy día hay casi una
aceptación universal de la idea errónea de que la verdad es lo que uno
personalmente reconoce como verdad. La mentira de tal perspectiva debería
ser clara. Se podría, por ejemplo, desconocer que Abraham Lincoln (1809 –
1865) alguna vez existió. ¿Significaría eso que el dieciseisavo presidente de
los Estados Unidos es un mito? Evidentemente esta pregunta necesita
dignificarse con una respuesta. Que Abraham Lincoln existió es fácil de
demostrar con una infinidad de datos e información irrefutables. Esto
significa que no obstante que alguien bien pudiera negar la verdad de la
existencia de Abraham Lincoln eso de manera alguna desaprueba cualquiera
de las evidencias. Sea que uno lo crea o no, no tiene absolutamente nada que
ver con una declaración de veracidad. Una declaración corresponde a la
realidad o no.
La respuesta de alguien a una afirmación no tiene ningún impacto
en la afirmación per se. Sin embargo, el número de individuos que
piensan que una afirmación es verdadera o no, basados en su
evaluación, es asombroso. Desdichadamente, hay muchos cristianos que
entienden correctamente la naturaleza de las Escrituras y su Autor, pero
244 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

cuya visión del mundo está igualmente deteriorada. En los años de la


década de los 70 era posible ver pegado en los parachoques de autos
conducidos por cristianos una etiqueta que decía:

Dios lo dijo,
Yo lo creo,
Es suficiente.

La implicación de tal lógica se supone que era una declaración de la


autoridad de las Escrituras. El hecho que de alguna manera la armonía entre
Dios y la visión del dueño del automóvil respecto de las Escrituras establecía
el asunto de la autoridad de las Escrituras no es sencillamente imperfecto. Es
evidentemente equivocado. La ratificación por las personas no tiene nada
que ver con la verdad. La etiqueta del parachoques debió de haber dicho lo
siguiente.

Dios lo dijo,
Es suficiente,
(No hay más que decir) Yo lo creo.

Es el hecho que Dios lo dijo lo que lo confirma. El punto es la


confiabilidad y autoridad del Autor. Cuando se ha establecido que el Autor
es incuestionable, entonces el asunto ya se ha decidido. Como la falibilidad
de las personas es un punto que no se ha debatido, lo que debería venir a
continuación sería el cambio para poner la confianza en la autoridad
suprema. Para el incrédulo, es su indisposición para venir a la luz de la
autoridad de Dios debido a la propia pecaminosidad que impide esta
confesión (Jn. 3:19 – 20). Para muchos científicos, la confianza en el
conocimiento del hombre y el orgullo en los logros humanos son los pecados
específicos que obstruyen su paso a un reconocimiento de Dios.
La veracidad y absoluta confiabilidad de las Escrituras implica que
cuando la Biblia habla a alguna área, sin importar que la observación no sea
directamente una materia de fe y práctica, debe ser con el nivel de exactitud
deseada por Dios. Por mucho tiempo se ha creído que la Biblia es verdad
únicamente cuando se refiere a asuntos espirituales, pero que es menos
confiable en áreas fuera del reino espiritual. A estas áreas externas se les ha
llamado tradicionalmente seculares. Así, la dicotomía sagrado-secular en
muchos sentidos continúa hasta hoy día.
Arthur F. Holmes propuso un intento de superar la brecha entre estas dos
áreas de entendimiento.17 Afirmando que “toda verdad es verdad de Dios”,
Holmes trató de hacer del estudio de la creación un ejercicio valioso y hono-
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 245

rab ie al tie m p o q u e e stu d io s se c u lare s, e sp e c ialm e n te las c ie n c ias , e ran c o n ­


sid e rad o s m e n o s n o b le s q u e la te o lo g ía . T riste m e n te , esta o p in ió n d e c o n ­
sid e rar a las d iscip lin as n o te o ló g ic as m e n o s d ig n as d e e stu d io c o n tin ú a
sie n d o am p liam e n te so sten id a en m u c h as ig lesias b íb lic as h o y d ía. A m e nu d o ,
lo s e stu d io s se c u lare s so n rele g ad o s a e sq u in as d e esfu e rz o s in te le c tu ales d o n ­
d e lo s c ris tia n o s “ e sp iritu ale s” se su p o n e q u e n o tra n sitan .
El resu ltad o d e tal p ersp ec tiv a d u alista es q u e la au to rid ad y la c o n f ia ­
b ilid ad d e la Bib lia so n s o c av ad as p o rq u e a alg u n as áre as d e las Esc ritu ras n o
se les p e rm ite u n e sp ac io en el c a m p o d e la e ru d ic ió n . En la p rá c tic a , las lí­
n e as d e d e m arc ac ió n e n tre lo sag rad o y lo sec u lar en la Bib lia so n , en el m e jo r
d e lo s c a so s, v ag as. En las Esc ritu ras n o se p u ed e se p a rar lo sag rad o d e lo se­
c u la r p o rq u e a D io s n o se le p u ed e se p a rar d e su c re ac ió n . U n e stu d io d e la
ló g ic a e x trap o la c ió n d e tal p o sic ió n rev ela q u e las Esc ritu ras so n se v e ram e n te
d e b ilitad as (si se es in te le c tu alm e n te h o n e sto ) al p u n to q u e n o se p u ed e c o n ­
fiar im p líc itam e n te en n in g ú n lu g ar.
C u a n d o la Bib lia ab o rd a u n asu n to d e c ie n c ia c o m o la fisio lo g ía, la a s­
tro n o m ía o c u alq u ie r o tra área d e e stu d io , lo h ac e c o n u n ev id en te niv el d e
p re c isió n . Sin e m b a rg o , e s to n o sig n ific a q u e la Bib lia p u ed a u sarse c o m o un
te x to d e c ie n c ia. Ese n o es el p ro p ó sito d e las Esc ritu ras. El p ro p ó s ito d e las
Esc ritu ra s es rev e lar a D io s al h o m b re . A u n c u an d o n o es un te x to d e c ie n ­
c ia , d e b id o a q u e la Bib lia es v erd ad , c u a n d o a b o rd a alg u n a área d e c ie n c ia
lo h ac e c o n la v erac id ad d el a u to r d iv in o .
Para el tie m p o c u an d o W illiam H arv e y ( 1 5 7 8 - 1 6 5 7 ) d e sc u b rió el sistem a
c irc u la to rio , lo s p ac ie n tes e n ferm o s e ran san g rad o s p ara e x trae rle s lo s “ m alo s
h u m o re s ” , a lo s q u e e rró n e am e n te se atrib u ía la fu e n te d e la e n fe rm e d ad . Esta
p rác tic a in d u d ab le m e n te d io c o m o re su ltad o la m u erte inn ec esaria d e u n g ran
n ú m e ro d e p ac ie n tes. Sin e m b arg o , las Esc ritu ra s c lara m e n te d icen q u e “ la
v id a ... en la san g re e s tá ” (Lv . 1 7 :1 1 ) . L a im p lic ac ió n m é d ic a, au n q u e n o es
el p ro p ó sito p rin c ip al d el p asa je , es c la ra . Sa c ar la san g re es sa c a r la v id a. Po r
lo tan to , en g e n e ral, san g rar a u n p ac ie n te d eb e se r u na m ed ic in a m u y p o b re ,
y a q u e se e x tra e d el p ac ie n te p re c isam e n te lo q u e n e c e sita p ara seg u ir
v iv ien d o .
U n e je m p lo ad ic io n al se en c u e n tra en la m ito lo g ía g rieg a q u e p o n ía el g lo ­
b o te rráq u e o so b re lo s h o m b ro s d e A tlas. L o s an tig u o s h in d ú es p o n ían la
tie rra so b re las e sp ald as d e c u a tro e le fan te s q u e , p o r tu rn o , d e sc an sab an en
la e sp ald a d e u n a to rtu g a q u e n ad ab a en u n m ar d e le c h e .18 El lib ro b íb lic o
d e Jo b d ata d e lo s tie m p o s d e lo s p a tria rc a s ,19 m u c h o s sig lo s an te s d e q u e lo s
p rim e ro s o b se rv a to rio s astro n ó m ic o s d el R e n a c im ie n to c o m e n z a ran a rev e­
la r las c o m p le jid ad e s d el siste m a so lar. N o o b sta n te , el lib ro d e Jo b d e sc rib e
c o rre c tam e n te la p o sic ió n d e la tie rra c o m o su sp en d id a en el e sp ac io ( 2 6 :7 ) .
246 P I EN SE C O N FO R M E A LA BI BL I A

El p u n to n o p u ed e se r so b re e n fatiz ad o q u e c u an d o las Esc ritu ra s se c ru z an


c o n o tras d isc ip lin as, ese p u n to d e c o n ta c to e s in d u d ab le m en te fid ed ig n o .
U n a fu e n te d e in fo rm a c ió n q u e c o n fiad am e n te a b o rd a c u alq u ie r asu n to
es c ie rtam e n te v erd ad . A d e m ás, el alc an c e d e la v erac id ad d e la Bib lia e x c e d e
d e tal m an e ra la d e la c ie n c ia q u e está d e sc rib ie n d o c o m o v erd ad d ifíc ilm e n te
le h ac e ju s tic ia . En u n se n tid o re a l, la v erd ad d e la Bib lia d e b e ría llam arse
V erd ad , c o n m ay ú scu la. L a d eid ad d e C ris to , el n ac im ie n to v irg in al, la resu ­
rre c c ió n y la e x p iac ió n so n e je m p lo s d e tal V e rd ad . Y y a q u e la v e rac id ad ,
c o n fiab ilid ad , su fic ie n c ia y e x ac titu d d e la Bib lia se e x tie n d e d esd e G é n e sis
h as ta A p o c alip sis, el re la to d e la c re ac ió n d eb e se r ig u alm en te v e rd ad .20
U na v isió n d el m u n d o q u e p re te n d a se r b íb lic a d e b e ría arm o n iz ar c o n las
Esc ritu ra s en c ad a p u n to d e c ru c e . L a v isió n d el m u n d o d e m u c h as p e rso n as;
es d ecir, lo s m e d io s q u e u san p ara fu n c io n ar en el m u n d o y e n te n d e r el o rd e n
c re ad o , tien e su v alo r d e te rm in ad o p o r u na v arie d ad d e sig n ific ad o s c o n la
c ie n c ia d e sem p e ñ an d o la fu n c ió n m ay o r. A v ec es, el asu n to es u tilitario , si la
v isió n d el m u n d o tra b a ja en el se n tid o q u e e x p o n e la realid ad . La b ú sq u e d a
d e u n a c o rre c ta v isió n d el m u n d o ap arte d el c ris tian ism o b íb lic o n u n c a p u e­
d e c o n d u c ir a u n a m e to d o lo g ía c o n f iab le q u e se c ru c e am p liam e n te c o n la
V erd ad y la re alid ad . Es en e sta u n ió n d o n d e resid e la in m u tab le P a lab ra d e
D io s.

Ac e r c a mie n t o a l as Esc r it u r a s
U na v isió n c ie n tífic a d e la Bib lia te n d rá un im p a c to tre m en d o so b re c ó m o fu n ­
c io n a el c ie n tífic o . G e n e ralm e n te , lo s c ie n tífic o s p e rc ib e n las Esc ritu ras en una
d e tre s fo rm as. El D r. D o u g las Bo o k m a n h a d e sc rito c o n p re c isió n lo s tre s
ac e rc am ie n to s b ás ic o s en e l c o n te x to d e la c o n se je ría .21 P o n e p o r c a te g o ría a
lo s c o n se je ro s so b re la b ase d e la re la c ió n d e su s re c o m e n d ac io n e s c o n la
P alab ra d e D io s. A q u ien es ig n o ran las Esc ritu ras, lo s llam a te ó ric o s “ n o
lib ro ” . A lo s q u e u san u n a m ez c la d e Bib lia y p sic o lo g ía p ara a c o n se ja ^ lo s
llam a te ó ric o s “ d o s lib ro s ” . P o r ú ltim o , a lo s q u e d e sc an san c o m p le ta y to ­
ta lm e n te en la Bib lia c o m o su ú n ic a fu e n te p ara la c o n se je ría , lo s llam a te ó ri­
c o s “ d el lib ro g u ía ” .
A u n q u e el c o n te x to e s d ife re n te , la e x p lic ac ió n se ap lic a p o r an alo g ía
d ire c tam e n te a la c ie n c ia. En am b o s c a so s la p re g u n ta e s: ¿ C u ál e s la a u to ri­
d ad fin al? A sí c o m o lo s c o n se je ro s p u ed en o p ta r p o r el a c e rc am ie n to “ n o
lib ro ” , “ d o s lib ro s” o “ lib ro g u ía ” 22 a b o rd a r e sta c u e stió n v ital re lac io n ad a
c o n la fu n c ió n d e la Bib lia en el c o n te x to d e la c o n se je ría , lo m ism o p u ed e
h ac e r c a d a c ie n tífic o . El p ap el q u e las Esc ritu ras ju e g an en la c ie n c ia tie n e u na
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 247

in flu en cia e n o rm e p ara c ad a c ie n tíf ic o . C ad a c ie n tíf ic o , c o n sc ie n te o in c o n s­


c ie n te m e n te , to m a su s d e c isio n e s b asa d o en su v isió n d el m u n d o .

Acercamiento “no libro ”


U n c ie n tífic o q u e o p ta p o r el ac e rc a m ie n to “ n o lib ro ” ig no ra c o m p le tam e n te
la c o n trib u c ió n q u e la Bib lia d e b e te n e r en su d isc ip lin a c ie n tífic a. U n c ie n ­
tífic o así d e c id e asu m ir q u e las Esc ritu ras o e stán e q u iv o c ad as o so n irre le ­
v an tes. Esta es la p o sic ió n n o rm alm e n te ad o p tad a p o r c ie n tífic o s ag n ó stic o s
o ate o s y e s, p o r m u c h o , la v isió n m ás c o m ú n d e lo s c ie n tífic o s. T ale s ind i­
v id u o s les d an las esp ald as a las ay u d as p o te n c iale s q u e o frec e n las Esc ritu ras,
p re firie nd o tra b a ja r en o sc u rid ad e sp iritu al sin el b e n efic io d e la lu z d e la
P alab ra d e D io s.
En e ste ju ic io , e sta v isió n p u ed e rastre arse h asta el re c h az o p o r p arte d e
la Ig lesia C a tó lic a d e la c o rre c ta afirm ac ió n d e G a lile o ( 1 5 6 4 - 1 6 4 2 ) q u e el sis­
te m a so la r es h e lio c é n tric o ; es d ecir, q u e el so l y n o la tie rra es el c e n tro d el
sistem a so lar. En e sta c o y u n tu ra se d ie ro n lo s p aso s in iciale s p o r lo s c u ale s se
p erd ió u n a v isió n c ris tia n a d e la c ie n c ia. La c o n c e s ió n d e q u e la Bib lia n o tie ­
ne n ad a q u e o fre c e r a lo s c ie n tíf ic o s, ju n tam e n te c o n su s in v estig ac io n e s
se ñ alaro n el c o m ie n z o d e la se p a rac ió n d e lo s c am in o s e n tre la c ie n c ia y el
c ristian ism o . Esta se p a rac ió n se m an tie n e h asta h o y d ía. L o q u e aflig e p a rti­
c u larm e n te es q u e la g ran m ay o ría d e lo s c ie n tíf ic o s y c ris tia n o s h an lleg ad o
a ac e p tar este c rite rio c o m o u n a n o rm a, c o n c ad a g ru p o re a c io a d a r un p aso
h ac ia el o tro .
D e sd e la e q u iv o c a c ió n d e la Ig lesia C a tó lic a en e ste p u n to tan trasc e n ­
d en tal d e la h isto ria d el d e sarro llo d e la c ie n c ia , se ha ac e p tad o am p liam e n te
q u e la Ig lesia C a tó lic a y la re lig ió n o rg an iz ad a en g en e ral so n c o m p le tam e n te
in ep tas p ara e n te n d e r la c ie n c ia. La c o n se c u e n c ia d e e sta triste su p o sic ió n es
q u e el c o rre c to p ap el d e un ad e c u ad o e n te n d im ie n to d e la P alab ra d e D io s y
lo so b re n a tu ral fu e ro n e rró n e am e n te e m p u jad o s a la p erife ria d el esfu e rz o
c ie n tíf ic o . A sí, la se p a rac ió n lle v ó n atu ralm e n te a u n a re la c ió n an tag ó n ic a
e n tre la c ie n c ia y la relig ió n q u e sig u e c o n s ta n te h asta ho y .
El e rro r q u e c o m e tió la Ig lesia C a tó lic a n o te n ía su o rig e n en lo in ad e ­
c u ad o d e las Esc ritu ras ni en la in c ap ac id ad p ara e n te n d e r las Esc ritu ra s. La
ig lesia d e c id ió ad o p tar la p o sic ió n d e A ristó te le s ( 3 8 4 - 3 2 2 a .C .) so b re el sis­
te m a so la r en g ran p arte d e b id o a la en señ an z a d e A g u stín ( 3 5 4 - 4 3 0 d .C .).
La Ig lesia C a tó lic a se e q u iv o c ó en p o n e r el e n te n d im ie n to d el h o m b re p o r
so b re las Esc ritu ra s. C o m o re su ltad o , c u alq u ie ra q u e ten g a u n a p ersp ec tiv a
re lig io sa es p in tad o c o n la b ro c h a d el c a to lic ism o d e p rin c ip io s d el sig lo d ie­
c isie te, u n c a so c lásic o d e c u lp a p o r a so c iac ió n . T rad ic io n alm e n te , a tales ind i-
248 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

viduos no se les concede ninguna credibilidad como científicos por parte de


la comunidad científica en general.

Acercamiento de “dos libros”

En años recientes, una nueva perspectiva ha disfrutado de creciente


popularidad. Es el acercamiento “dos libros" que trata de integrar dos
disciplinas supuestamente iguales. Los científicos que adhieren a esta
perspectiva tratan de armonizar su entendimiento de la ciencia con su
entendimiento de la Biblia. Este, en y de ellos mismos, es un ejercicio loable
que todos los científicos creyentes deberían tratar de practicar en algún
grado. El papel de la Biblia es necesariamente soberano en la vida de cada
creyente, ya que la fuente suprema de todo lo que entendemos del
cristianismo bíblico, la obra de Dios entre los hombres y la vida de Cristo
tienen sus raíces en las Escrituras. Desde la perspectiva de los teóricos de
“dos libros", la ciencia y la Biblia son dos libros que son fuentes de verdad
que no pueden contradecirse mutuamente. Es definitivamente cierto que con
dos afirmaciones correctas, tiene que haber una forma de armonizarlas.
¿Qué sucede cuando dentro del marco de este “dos libros" se levantan las
contradicciones entre la ciencia y la Biblia? Piense en estos cuatro posibles
argumentos:
1) la ciencia está equivocada y la Biblia está en lo cierto. La información de
la ciencia debe reinterpretarse, volverse a medir o descartarse como falsa, al
asumir que la interpretación del pasaje pertinente de la Biblia es correcta. 2)
La ciencia está equivocada y la Biblia, aunque inerrante, ha sido mal
interpretada. El resultado es que ambas conclusiones son erróneas. Ambas
áreas necesitan ser reexaminadas. 3) La ciencia está en la razón y la Biblia
está en la razón. Esta es una imposibilidad. Viola el principio de no
contradicción. Las afirmaciones “A" y “no A" no pueden ser
simultáneamente verdad. No puede ser día y noche en el mismo lugar al
mismo tiempo. Ambos puntos de vista deberían reexaminarse. 4) La ciencia
está en lo correcto y la Biblia está equivocada, en que ha sido mal
interpretada. Para estar equivocado, un documento infalible tiene que estar
mal interpretado. El texto bíblico debe re-evaluarse.
Los teóricos de los “dos libros" se equivocan con mayor frecuencia
en el cuarto argumento. Ellos asumen que su actual entendimiento
de la ciencia es correcto, y que la Biblia está mal interpretada.
Esta es la posición de los evolucionistas teístas que intentan
adherir por igual al darwinismo y a la Biblia no obstante
los conflictos obvios. La dificultad en este caso desaparece di-
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 249

c ie n d o q u e D io s u só la e v o lu c ió n p ara p ro d u c ir las e sp e c ie s q u e re alm e n te lle­


g a ro n a e x is tir p o r u n a c to d ire c to y c re a tiv o d e D io s .
L a c o n s e c u e n c ia d e e ste a c e rc a m ie n to es q u e la e n se ñ an z a c la ra d e las
Es c ritu ra s h an sid o e rró n e a m e n te ju z g ad as c o m o m e n o s c o n f ia b le s q u e la
c ie n c ia . L a su f ic ie n c ia y au to rid a d d e la c ie n c ia d e sc an sa a h o ra e n un n iv el
su p u e stam e n te m ás a lto q u e la P a la b ra d e D io s . El h o m b re , f alib le y c a íd o se
e rig e en ju ez d e u n D io s in f a lib le , g lo rio s o y tr a sc e n d e n te . L a e le v a c ió n d e la
tra d ic ió n p o r so b re la a u to rid a d d e las Es c ritu ra s e n la Ig le sia C a tó lic a ,23 se
p are c e m u c h o a lo q u e lo s f aris e o s h ic ie ro n e n lo s d ías d e Je s ú s (M r. 7 : 8 - 1 3 ) .
L a e v o lu c ió n , c o m o el g e o c e n tris m o y la v isió n a ris to té lic a d el siste m a so lar,
es in d ic a tiv o d e u n a m a y o r c o n f ia n z a e n el ju ic io d el h o m b re q u e en la p e rs­
p e c tiv a d iv in a.
E s ta c o lo c a c i ó n ra d ic a l e in ju s tif ic a d a d e la c ie n c ia a c e r c a d e las
Es c ritu ra s tie n e g ran d e s y p e lig ro sas im p lic a c io n e s. En e ste m o d e lo , la c ie n ­
c ia h a lle g ad o a se r la h e rra m ie n ta u sad a p ara in te rp re ta r la P ala b ra d e D io s .
La c ie n c ia d e te rm in a la h e rm e n é u tic a ; es d ec ir, lo s p rin c ip io s u sad o s p ara
in te rp re ta r el se n tid o d e la Bib lia . El p u n to d é b il d e e sta m e to d o lo g ía e stá en
u sar u n a té c n ic a te m p o ra l, s u je ta a c a m b io s en c u a lq u ie r m o m e n to y en u n a
f o rm a im p re d e c ib le , p ara e v a lu a r la P a la b ra d e D io s , f u e n te d e l So b e ra n o
e te rn o d e l u n iv e rso .
P o r e je m p lo , se p o d ría c o n s id e ra r la e d ad d e la tie rra . N o m in a lm e n te , la
Bib lia h ab la e n fo rm a c la ra y fu e rte d e u n a c re a c ió n re la tiv a m e n te re c ie n te
d el u n iv e rso . L a c ie n c ia , e n c a m b io , c o rrie n te m e n te atrib u y e a la tie rra u n a
e d ad d e u n o s c in c o b illo n e s d e a ñ o s .24 La m ag n itu d d e e sta su p u e sta e d ad h a
p la n te a d o un p ro b le m a e n la in te rp re ta c ió n d e la Bib lia p a ra lo s q u e f a v o re ­
c e n la p ersp e c tiv a d e la c ie n c ia . P ara se r c o n se c u e n te c o n la o p in ió n d e la c ie n ­
c ia se ría n e c e sa rio in s e rta r g ran d e s e d ad e s en el re la to d e la c re a c ió n d e
G é n e sis, lo q u e se n c illam e n te n o se p o d ría o b te n e r d el te x to b íb lic o en el v alo r
n o m in a l q u e le d a .25

A cercamiento de “ un libro ”
Fin a lm e n te , e stá el te ó ric o d e “ u n l ib r o ” . Es te in d iv id u o es un c ie n tíf ic o q u e
v o lu n ta ria y sin c e ra m e n te re c o n o c e q u e la Bib lia es in e rra n te , in f a lib le , a u to -
ritativ a y su f ic ie n te . P e rc ib e las Es c ritu ra s c o m o e le v ad a a u n a p o sic ió n d e a u ­
to rid a d y c o n f ia b ilid a d q u e la e rig e e n ju ic io so b re to d a s las á re a s c o n las q u e
se c ru z a. L a b ase p ara e sto e s u n a v isió n c o rre c ta d e la a ltu ra , g ran d e z a y g lo ­
ria d e su A u to r d iv in o . La v isió n e x a lta d a e s e n to n c e s c o rre c ta m e n te ad s c rita
a las Es c ritu ra s y a q u e n o se p u ed en d iv o rc ia r las p a la b ra s d e l A u to r d e su
c arác te r.
250 PI EN SE C O N F O R M E A LA BI BL I A

L a Bib lia , e n to n c e s , es la ú n ic a f u e n te s o b re la tie rra d e la V erd ad ta n g i­


b le y e te rn a (Is. 4 0 . 8 ) . Este e n te n d im ie n to ase g u ra la su f ic ie n c ia to ta l d e las
E s c r itu r a s c u a n d o se a p lic a a c a d a a s u n to tr a ta d o a llí ( Sa l. 1 9 :7 - 1 4 ) .
H a b ie n d o a d o p ta d o este p u n to d e v ista , u n c ie n tíf ic o al o b s e rv a r el u n iv e rs o
re c o n o c e q u e to d a la c re a c ió n es la o b r a d e un D io s s o b e ra n o ( Jn . 1 :3 ) . Su s
o b s e rv a c io n e s y e x p lic a c io n e s su b se c u e n te s se rán c o n siste n te s c o n e sta p e rs­
p e c tiv a. C u a lq u ie r o b se rv a c ió n q u e p are z c a n o c u a d ra r c o n e sta d e c la ra c ió n
d e l o rig e n d e la c re a c ió n se rá re p lan te ad a e n u n a m an e ra q u e n o n ie g u e la
V erd ad d e lo q u e D io s c la ra m e n te y sin am b ig ü e d ad e s d ijo q u e h a h e c h o .
A n im a d a m e n te , el te ó ric o d e “ u n l ib r o ” c o n c e d e q u e el e n te n d im ie n to
n o e s a lg o q u e D io s e stá o b lig a d o a p ro v ee r. A u n c u a n d o se d io a A d án y Ev a
la o rd e n q u e « s o ju z g a ra n » la tie rra ( G n . 1 :2 8 ) y le fu e re p e tid a a N o é d e sp u é s
d el d ilu v io ( G n . 9 : 1 - 3 ) , e ste te ó ric o re c o n o c e q u e el e n te n d im ie n to y la c a ­
p ac id ad re q u e rid o s p ara se r o b e d ie n te s a e ste m a n d a to so n ig u alm e n te d ad o s
p o r D io s .
T a m b ié n lle g a a s a b e r q u e D io s h a p ro m e tid o ay u d ar al h o m b re a e n ­
te n d e r su P a la b ra (1 C o . 2 : 1 2 - 1 6 ) , p e ro D io s n u n c a h a o f re c id o esa g a ra n tía
en c u a n to al u n iv e rso . Es ta p e rso n a n u n c a in te n ta rá d is to rs io n a r la V erd ad
d e la c la ra e n se ñ an z a d e las Es c ritu ra s p a ra q u e se aju ste n a alg u n a te o ría en
v ig e n c ia d e la c ie n c ia . En re su m e n , u n te ó ric o d e “ u n lib r o ” sie m p re b u sc a rá ,
en lo s p u n to s d e c ru c e , q u e la c ie n c ia re fle je la V erd ad d e la P alab ra d e D io s .

A l f in a l
A l lle g ar a se r u n te ó ric o d e “ u n l ib r o ” se g an a la p ersp e c tiv a so b re la
c ie n c ia q u e e stá d e ac u e rd o c o n el p e n sa m ie n to d e D io s . P o r c ie rto , u n a p a r­
te im p o rta n te d e e sta p o stu ra es q u e la c ie n c ia p u ed e se r d e g ran v a lo r p ara
la so c ie d ad y p u ed e c o n trib u ir a u n h e rm o s o , c o rre c to y verdadero e n te n d i­
m ie n to d e l u n iv e rs o q u e , a su v e z , p u ed e u sarse p a ra el b e n e f ic io d e to d a la
h u m an id ad . D e c irlo d e o tra m an e ra es n e g ar la e se n c ia d e la c ie n c ia . H ay ta m ­
b ié n d e n tro d e e sta c o n c lu s ió n un a p re c io p o r el h e c h o d e q u e verdad no
q u ie re d e c ir Verdad. L a d istin c ió n e n tre la v e rd ad d e la c ie n c ia q u e e stá su ­
je ta a c a m b io y la V erd ad d e las Es c ritu ra s q u e es u n re f le jo d e la in m u ta ­
b ilid ad d e D io s es ta m b ié n u n a p arte d e e sta p o stu ra.
L a a d o p c ió n d e la v isió n “ u n lib ro ” d el m u n d o d e la c ie n c ia v u elv e a
tra z a r lo s p aso s e rrá tic o s d e la c ie n c ia c o n te m p o rá n e a q u e c o m e n z ó h a c e si­
g lo s , y c o m ie n z a d e n u e v o a a n d a r p o r el a rm o n io s o y c o m p a tib le c a m in o d el
d isf ru te d e las Es c ritu ra s . El c o n o c im ie n to d el re in o c ie n tíf ic o h a sid o tra íd o
a su p ersp e c tiv a ap ro p ia d a c o m o u n a f u e n te v alio sa e im p o rta n te d e ló g ic a ,
un a p re n d iz aje a u to c o h e re n te p e ro en su m isió n a la P a la b ra d e D io s . Se h a
¿Por qué una visión de la ciencia a través de las Escrituras? 251

reconocido el lugar correcto de la divina autoridad del Autor. Se ha


restablecido el uso correcto de las Escrituras donde chocan con la ciencia.
Este entendimiento solo permite a la ciencia reasumir su lugar correcto en la
epistemología.
El siguiente poema, titulado “El verdadero científico” resume
apropiadamente este análisis. Fue tomado de las obras de Andre Marie
Ampère (1775 – 1836), el físico francés que puso los fundamentos de la
electrodinámica y en cuyo honor se llamó ampere a la unidad de corriente
eléctrica.

Feliz aquel que en su observación aprende,


Contemplando las maravillas de este vasto universo,
Ante tanta belleza, ante tanta grandeza,
Dobla su rodilla y reconoce al creador divino.
Yo no comparto la tonta incoherencia
Del científico que impugna la existencia de Dios,
Que cierra sus oídos a lo que el cielo declara,
Y rehúsa ver lo que brilla ante sus ojos.
Conocer a Dios, amarlo rendirle a Él un homenaje puro
Es el verdadero conocimiento y el estudio del sabio.26

Las últimas dos líneas resumen por cierto al verdadero científico. Su


respuesta a buscar la majestad de la creación es responder en confesión que
solo Dios es digno de adoración (Ro. 1:20). El verdadero científico no es tan
necio como para observar la creación y negar que fue Dios el que la hizo (Sal.
14:1). También entiende correctamente que cerrar los ojos al testimonio de la
creación no es ciencia verdadera (Sal. 19:1). Hacerlo es ilógico, irracional y
deliberadamente incrédulo. Su más grande deseo es conocer a Dios, lo cual
se define en las Escrituras como tener vida eterna (Jn. 17:3). Sin duda, esta es
una definición ajustada a una visión cristiana de la ciencia.

LECTURAS ADICIONALES
Lindsell, Harold, The Battle for the Bible, [La batalla por la Biblia], Grand
Rapids, MI: Zondervan, 1978.
Morris, Henry M. The Biblical Basis for Modern Science [La base bíblica de la
ciencia moderna], Grand Rapids, MI: Baker, 1984.
Ratzsch, Del. Science and Its Limits, [La ciencia y su límite], Downers
Grove, IL: IVP, 2000.
13

¿ Ed u c a c ió n c r is t ia n a o

A DOCTRINA MIENTO SECULAR?

Jo h n A. H u g h e s

o b b y , el m a y o r d e c u a tr o h ijo s d e R o b e r t y L iz G r e e n s e s e n tía e m o ­

B c i o n a d o y te m e r o s o a la v e z m ie n tr a s a b o r d a b a e l a v ió n q u e lo lle v a r ía a

u n a p r e s ti g io s a u n iv e rs id a d d e l e s te p a r a c o m e n z a r su p r i m e r a ñ o d e e s tu d io s .

Bo b b y h a b ía c re c id o en una f a m ilia su b u rb a n a a c t i v a m e n te c r is tia n a ,

a m o r o s a y e s ta b le . A s is tía r e g u la r m e n te a la ig le s ia y h a b í a lle g a d o a c o n o ­

c e r a C r i s t o c o m o su S a l v a d o r c u a n d o e s ta b a e n e l s e g u n d o g r a d o e n la e s ­

c u e l a c r is ti a n a d e la ig le s ia . L o s e s p o s o s G r e e n e r a n c r is ti a n o s m a d u r o s y

a c tiv o s y p a d r e s m u y p r e o c u p a d o s , a l p u n to d e q u e e s tu v ie r o n d is p u e s to s a

h a c e r a lg u n o s s a c r i f ic io s f in a n c ie r o s p a r a q u e su s h ijo s a s i s tie r a n a u n a e s c u e la

c r is ti a n a a c a d é m ic a m e n te f u e r te . El s e ñ o r G r e e n q u e r ía q u e s u s h ijo s tu v ie r a n

la e d u c a c ió n q u e é l n o h a b í a p o d id o te n e r. In m e d ia ta m e n te d e s p u é s d e g r a ­

d u a r s e d e s e c u n d a r i a , h a b í a c o m e n z a d o a t r a b a ja r c o m o v en d ed o r en u na

tie n d a p o r d e p a r ta m e n to s . G r a c i a s a su t r a b a jo d u r o y a su p e r s e v e r a n c ia ,

a h o r a e r a e l g e r e n te d e e s a tie n d a , u n n e g o c i o q u e a la v e z q u e e r a u n é x i to

f i n a n c ie r a m e n te , e r a u n lu g a r d e c o m p r a s p o p u l a r y r e s p e t a d o p o r la s f a m i­

lia s d e to d o e l c o n d a d o .

B o b b y h a b ía s id o u n e x c e l e n te a lu m n o e n u n a s e c u n d a r i a c r i s ti a n a , d e s ­

ta c á n d o s e a c a d é m i c a , s o c i a l y a tlé tic a m e n te . C o m o c o n s e c u e n c ia d e s u b u e n

r e n d im ie n to a c a d é m ic o y h a b e r s e d e s ta c a d o c o m o ju g a d o r d e b á s q u e tb o l, le

lle g a r o n v a r ia s o f e r ta s d e b e c a s p a r a s e g u ir lo s e s tu d io s u n i v e r s ita r i o s . A

B o b b y y a s u s p a d r e s le s p a r e c i ó q u e la o p o r t u n id a d p a r a ir a la u n iv e r s id a d

p a r a lo c u a l a h o r a s e s e n tía d e s tin a d o e r a d e m a s i a d o b u e n a c o m o p a r a d e ­

ja r l a ir, e s p e c ia lm e n te d e s p u é s d e h a b e r r e c i b i d o u n a b e c a .

Material protegido por derechos de autor


254 P I E N SE C O N F O R M E A LA BI BLI A

D u r a n t e la s e m a n a d e o r i e n t a c i ó n , B o b b y s e d i o c u e n t a d e q u e e s t a b a

f r e n te a u n a e x p e r i e n c i a e x t r e m a d a m e n t e d e s a f i a n te . S u s s e n ti d o s e r a n c o n s ­

t a n te m e n t e a s a l t a d o s p o r l a s a c ti tu d e s y c o n v e r s a c i o n e s a b i e r t a s s o b r e te m a s

r e l a c i o n a d o s c o n e l s e x o , e n l o s d o r m i t o r i o s , e n la c a f e t e r í a y e n la s r e u n i o n e s

d e e s t u d ia n te s . L a p r i m e r a s e m a n a d e c l a s e s h iz o q u e s u a n s i e d a d a u m e n ta r a

c u a n d o e l p r o f e s o r d e f i l o s o f í a p i d i ó q u e l e v a n t a r a n la m a n o t o d o s l o s q u e s e

c o n s id e r a r a n “ c r is tia n o s ” . L o q u e v in o a c o n tin u a c ió n , g o lp e ó d u ro a B o b b y .

U s a n d o u n l e n g u a je c a s i g r o s e r o , e l p r o f e s o r p r o m e t i ó q u e h a r í a t o d o l o q u e

e s tu v ie r a a s u a l c a n c e p a r a i l u m i n a r a lo s c r i s t i a n o s s o b r e la in g e n u i d a d y e s ­

tu p i d e z d e s u s c r e e n c i a s . “ E s p e r o q u e p a r a e l f i n a l d e l s e m e s tr e q u e d e n p o c o s

o n i n g u n o , c o n ta l e s i d i o t a s ” .

B o b b y t r a t ó d e e n c o n t r a r u n a b u e n a ig le s i a e n la c u a l a d o r a r y b u s c a r

c o m p a ñ e r is m o . D e s d ic h a d a m e n te , e r a n esc asas en e sa c o m u n id a d u n iv e r­

s ita r ia . A m e d id a que av an z ab a e l ti e m p o , s u a s i s te n c i a a lo s c u l to s d el

d o m i n g o p o r la m a ñ a n a s e h iz o m á s y m á s e s p o r á d i c a ( d e la m i s m a m a n e r a

q u e s u s d e v o c i o n e s p e r s o n a l e s ) . L a s d e m a n d a s d e t i e m p o p a r a e l e s t u d i o , la s

p r á c t i c a s d e b á s q u e t b o l y v i a je s p a r a ju g a r a u m e n t a r o n . D e s d e e l c o m i e n z o

m i s m o d e l s e m e s tr e n o s e a tr e v i ó a c o n t r a d e c i r p ú b l i c a m e n te e n c l a s e n in g u n a

d e l a s a f i r m a c i o n e s d e s u p r o f e s o r p o r m á s u l t r a ja n t e s q u e f u e r a n . L a m e jo r

e s tr a te g ia p a r a e v ita r c o n f li c to s y h u m illa c ió n p ú b lic a e r a d a r a lo s p r o f e s o r e s

l o q u e e l l o s q u e r í a n r e c i b ir .

A m i ta d d e s e m e s tr e , B o b b y e s t a b a e n v e r d a d e r o c o n f l i c t o c o n s u f e y s u

c a m in a r co n D io s . Su s p a d re s se d ie ro n c u e n ta cu an d o fu e a casa p a ra

N a v i d a d ( a u n q u e s o l o e n u n a b r e v e v i s i t a p o r q u e te n í a q u e v o l v e r a la u n i ­

v e rs id a d p a r a u n to r n e o d e b á s q u e tb o l ) . A l fin a l d e su p rim e r a ñ o , B o b b y e ra

u n h o m b r e d i f e r e n te . N o e s ta b a s e g u ro d e c r e e r e n D io s . E s ta b a s e g u r o d e

q u e n o h a b í a ta l c o s a c o m o v e r d a d y q u e la B i b l i a e r a a r r o g a n t e e n a f i r m a r

q u e la h a b í a . T a m b i é n le p a r e c í a c l a r o q u e la d e m o c r a c i a y e l c a p i t a l i s m o n o

e r a n m á s q u e e s t r a t a g e m a s i n v e n ta d a s y p e r p e t u a d a s p o r u n p u ñ a d o d e h o m ­

b r e s b l a n c o s v i e jo s y r i c o s q u e s i s te m á t i c a m e n t e e x p l o t a b a n a c u a l q u i e r a y

t o d a o t r a e t n i a c u l tu r a l o e c o n ó m i c a m e n t e d e s f a v o r e c i d a y s in r e p r e s e n t a c ió n

q u e s e l e s c r u z a r a e n s u c a m i n o . A l f i n a l , B o b b y d e c i d ió q u e e r a m e jo r n o p e n ­

s a r n i c r e e r m u c h o y c u id a rs e d e lo s d e m á s .

L a h i s to r i a d e B o b b y G r e e n p u d i e r a c o n s i d e r a r s e d e f i c c i ó n . D e s d i c h a ­

d a m e n t e , s i s e c a m b i a e l n o m b r e y a ju s t a n a l g u n o s d e ta l l e s d e l a h i s t o r i a , m u ­

c h o s l e c to r e s p o d r í a n t r a n s f o r m a r e s te r e l a t o e n s u p r o p i a e x p e r i e n c i a o d e

u n o o m á s d e jó v e n e s p r o m e t e d o r e s d e s u p r o p i a i g l e s ia l o c a l . E s te e s u n li­

b r e t o q u e s e r e p i te c o n d e s g a r r a d o r a f r e c u e n c i a d e n t r o d e la m a y o r í a d e la s

i g l e s ia s c r i s t o c é n t r i c a s a tr a v é s d e t o d o e l m u n d o .

E l p r o p ó s i t o d e e s t e c a p í t u l o e s e x p l o r a r l o q u e la B i b l i a d i c e a c e r c a d e
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secularf 255

la e d u c a c i ó n y e l p r o c e s o e d u c a c i o n a l . E s d e e s p e r a r q u e p r o v e a a l o s l e c to r e s

c o n a l g u n a s id e a s s o b r e l o s te m a s i m p o r ta n t e s q u e e s n e c e s a r i o c o n s i d e r a r

c u a n d o s e v a n a h a c e r d e c i s i o n e s d e ti p o e d u c a c i o n a l p a r a e l l o s m i s m o s y p a r a

s u s h i jo s . A n a l i z a r e m o s a s u n t o s ta l e s c o m o m e ta s d e e d u c a c i ó n , r e s p o n s a ­

b i l id a d e d u c a c i o n a l , c u a l i d a d e s d e l p r o f e s o r y p a u ta s c u r r i c u l a r e s .

De f i n i c ió n d e e d u c a c ió n

P o d ría a f ir m a r s e q u e e d u c a c ió n (e l p r o c e s o d e e n s e ñ a r y a p re n d e r) e s u n a d e

l a s f u n c i o n e s m á s i m p o r ta n t e s d e n t r o d e la e x i s t e n c i a h u m a n a . L a e d u c a c i ó n

e s u n p r o c e s o q u e e s ú n i c o a l h o m b r e y n o e s c o m p a r t i d o a n in g ú n g r a d o s i g ­

n i f i c a t i v o c o n a l g u n a o t r a p a r te d e l m u n d o c r e a d o p o r D i o s . M i e n t r a s q u e

h a y u n a m e d id a d e a p r e n d i z a je q u e ti e n e l u g a r e n e l a n i m a l jo v e n a m e d id a

q u e m a d u r a , l o s i n s ti n t o s i n n a t o s p r o v e e n m u c h o d e la b a s e p a r a s u a p r e n ­

d i z a je . M i e n t r a s q u e l o s q u e m a n e ja n a n im a le s u s a n d o té c n i c a s c o n d i c i o ­

n a n t e s l o s e n tr e n a n p a r a q u e r e a li c e n u n a s p o c a s ta r e a s i m p o r ta n t e s y a v e c e s

d e e n t r e t e n i m i e n t o , t r a b a ja n p o r s e m a n a s , m e s e s e in c lu s o a ñ o s . N u n c a se

p u e d e c o m p a r a r c o n e l a p r e n d i z a je q u e o c u r r e e n u n a s a l a d e c l a s e s d e n iñ o s

d e p rim e r g r a d o e n u n a se m a n a .

A d e m á s , se p u e d e a rg ü ir q u e D io s h a e s ta b le c id o el p ro c e s o e d u c a c io n a l

c o m o e l m e c a n i s m o h u m a n o p a r a p e r p e t u a r y a v a n z a r la v id a s o b r e la ti e r r a .

A u n q u e D i o s h a p r o v i s to p a r a c a d a h o m b r e y m u je r c o n la c a p a c i d a d

i n t e l e c tu a l p a r a r a z o n a r , f i ja r h i p ó te s i s , in v e n ta r , f i l o s o f a r y t e o r i z a r , e s e l p r o ­

c e s o e d u c a c i o n a l e l q u e tr a n s m i t e l o s r e s u l ta d o s d e la a c ti v i d a d i n t e l e c tu a l d e

la p e r s o n a a o t r o s i n d i v i d u o s y a l a s g e n e r a c i o n e s s i g u ie n te s . Y e s e l c o n o c i ­

m i e n to y l o s d e s c u b r i m i e n to s d e la s g e n e r a c i o n e s a n te r i o r e s q u e s e h a n t r a n s ­

m i ti d o a tr a v é s d e l p r o c e s o e d u c a c i o n a l q u e s i r v e c o m o e n tr a d a y b a s e d e s u

a c ti v i d a d i n t e l e c tu a l . C o n r a z ó n s e h a d i c h o q u e c a d a g e n e r a c i ó n s e p a r a e n

l o s h o m b r o s d e la a n t e r i o r e n c u a n t o a d e s a r r o l l a r u n e n te n d i m i e n to d e la r e a ­

li d a d d e l u n i v e r s o e n e l c u a l v iv e . P ie n s e s i s e r ía p o s i b l e p a r a la c i v i l i z a c i ó n

a v a n z a r s in e l m e c a n i s m o d e la e d u c a c i ó n . ¿ H a y a l g u n a e s p e c i e d e a n i m a l e s

q u e h a y a d e s a rro lla d o u n s u s ta n c i a l m e jo r e s t i l o d e v id a p a r a s u c l a s e p o r

c ie n to s d e g e n e ra c io n e s d e e x is te n c ia ?

L a e d u c a c i ó n e s u n a h a b il i d a d q u e D io s h a d a d o ú n ic a m e n te a lo s h u ­

m a n o s . S ie n d o e s to a s í, ¿ p o d r ía c o n s id e r a r s e u n a s p e c to d e q u é q u ie r e d e c ir

s e r h e c h o a la im a g e n d e D i o s ? C i e r t a m e n t e , la n e c e s i d a d d e a p r e n d e r n o e s

u n a c a r a c t e r í s t i c a d e la n a tu r a l e z a d e D i o s p o r q u e É l e s O m n i s c i e n te . S i n e m ­

b a r g o , ¿ p o d r ía la c a p a c i d a d y e l d e s e o d e tr a n s m i t i r a p r e n d i z a je a o t r o s s e r e s

c o n s i d e r a r s e u n a p a r t e d e l c a r á c t e r d e D i o s im p r e s o e n l o s h u m a n o s d e s d e e l

p r i n c i p i o d e la c r e a c i ó n ?
256 P I E N SE C O N F O R M E A LA BI BLI A

E n s e ñ a n z a y a p r e n d i z a je s o n a c ti v i d a d e s s e p a r a d a s d e n t r o d el p ro c e so

e d u c a c i o n a l . E s p o s i b l e q u e a l g u ie n p u e d a a p r e n d e r s in u n p r o f e s o r . Q u iz á s ,

e n e s te c a s o , e l a c to d e a p r e n d e r s e a su p ro p io m a e s tr o . P o r e l o tr o la d o ,

c a b r í a p r e g u n ta r s e s i h a y e n s e ñ a n z a e n la a u s e n c i a d e a l u m n o s o i n c l u s o e n

la p r e s e n c i a d e a l u m n o s q u e n o a p r e n d e n . M i e n t r a s q u e la e d u c a c i ó n c o m ­

p r e n d e t a n t o e n s e ñ a r c o m o a p r e n d e r , la te n d e n c i a e s c o n c e n t r a r s e m á s e n e l

q u é y e l c ó m o d e la e n s e ñ a n z a p a r a q u e o c u r r a u n a p r e n d i z a je e f e c ti v o . L a

e n s e ñ a n z a p u e d e v e rse c o m o la c a u s a d e l p r o c e s o e d u c a c i o n a l q u e p r o d u c e

e l e f e c to d e a p re n d e r.

In f l u e n c i a s h i s t ó r i c a s q u e d a n f o r m a a l a e d u c a c ió n
A CTUA L

C o m o e n c a d a a s p e c t o d e la v id a , e l p a s a d o d a f o r m a a l p r e s e n te ; t a l e s e l c a s o

e n la f i l o s o f í a e d u c a c i o n a l y p r á c t i c a d e l d í a p r e s e n te . E n l o s s i g u ie n te s p á r r a ­

f o s s e r e s u m i r á n b r e v e m e n te a l g u n a s d e la s i n f l u e n c ia s h i s t ó r i c a s m á s s i g n i f i ­

c a t i v a s q u e h a n c o n t r i b u i d o a l p e n s a m i e n to e d u c a c i o n a l a c tu a l .

El c o n c e p to f ilo s ó f ic o d e u n a “ e d u c a c ió n lib e ra l” c o m e n z ó m á s d e d o s ­

c i e n t o s q u i n i e n t o s m il a ñ o s a t r á s c o n e l p e n s a m i e n to d e S ó c r a t e s , P l a t ó n y

A r i s t ó te l e s . E n l o s l i b r o s V I I y V I I I d e Política, A r i s t ó te l e s d e s c r i b e la s c a r a c ­

te r í s t i c a s d e u n a e d u c a c i ó n “ l i b e r a l ” q u e p o d r í a e q u i p a r a l o s i n d i v i d u o s p a r a

u n a c i u d a d a n í a c o n v i r tu d , o c i o y c a p a c i d a d . 1 L a o b r a d e e s t o s f i l ó s o f o s f u e

e x p a n d i d a y f o r m a l i z a d a p o r e r u d i t o s e n la c i u d a d g r ie g a d e A l e ja n d r í a . “ L o s

e r u d i t o s a l e ja n d r i n o s e n f a t i z a b a n u n a c e r c a m i e n t o e m p í r i c o a la c i e n c i a y a l

e s t u d io d e l l e n g u a je y la l i t e r a t u r a . . . L o s e s t u d io s a v a n z a d o s d e A l e ja n d r í a s e

b a s a r o n e n p a tro n e s c o r r ie n te s d e u n a e d u c a c ió n g e n e ra l a m p lia , p r e p a ra to ria

a l e s t u d io d e la r e tó r i c a y la f i l o s o f í a . E s te s i s te m a h a d e s a r r o l l a d o d e s d e la

a n ti g u a G r e c i a p r e o c u p a c i ó n p o r i n c u l c a r e n la ju v e n tu d la s v i r tu d e s a r i s t o ­

c r á t i c a s d e s u c u l t u r a , v i r tu d e s q u e p o r e l s i g l o q u i n t o a . C . h a b í a n d a d o f o r ­

m a a m á s id e a le s d e m o c r á t i c o s y q u e m á s ta r d e h a b r í a d e d a r f o r m a a lo s

v a l o r e s h u m a n í s ti c o s d e la e r a h e l e n i s t a ” .2 C o n e l ti e m p o , e l c u r r í c u l o e d u c a ­

c i o n a l g r ie g o s e a m p l i ó h a s ta i n c l u i r e n t r e n a m i e n t o f í s i c o v ía g i m n a s ia t a n t o

c o m o i n s tr u c c i ó n m u s i c a l v o c a l e i n s tr u m e n t a l . E l c e n t r o d e l c u r r í c u l o d e la s

a r te s lib e ra le s q u e d ó f o rm a liz a d o p a r a i n c l u i r e s t u d io s e n s i e te á r e a s . L a s

p r i m e r a s tr e s , c o n o c i d a s c o m o trivium, i n c l u í a n g r a m á t i c a , r e tó r i c a y d i a ­

l é c ti c a m i e n tr a s q u e e l s e g u n d o g r u p o d e c u a t r o , l l a m a d o quadrwium in c l u í a

a r i tm é ti c a , g e o m e tr ía , a s tr o n o m í a y m ú s ic a .

D u r a n te e l g o b i e r n o d e C o n s t a n t i n o e n la p r i m e r a m i ta d d e l s i g l o c u a r t o

d .C . , e l c r is tia n is m o e n e l Im p e r io R o m a n o lle g ó a s e r p r im e r o to le r a d o y lu e ­

g o o b l i g a d o . L a ig l e s i a tu v o q u e a s u m i r la r e s p o n s a b il i d a d d e l l i d e r a z g o y la
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 257

s u p e r v i s ió n de las a c ti v i d a d e s e d u c a c io n a le s y e r u d ita s . D e sd e lo s s ig lo s

c u a r to a l d é c im o , la s e s c u e la s d e c a te d r a le s y e p is c o p a le s e n s e ñ a r o n a lo s

n iñ o s d o c tr in a c r i s ti a n a ta n to co m o la s s i e te a r t e s lib e ra le s . “ P o r e l s i g lo

n o v e n o , l o s c r i s t i a n o s t a m b i é n te n í a n e s c u e l a s p a r r o q u i a l e s d e s d e la c a te d r a l

o e l m o n a s t e r i o ” .3 L a f u n d a c i ó n d e la U n i v e r s i d a d d e B o l o g n a e n 1 1 5 8 d . C .

s e r e c o n o c e g e n e r a l m e n t e c o m o e l n a c i m i e n t o d e la m o d e r n a e d u c a c i ó n d e

n iv e l u n i v e r s i ta r i o . “ D e s d e s u s r a í c e s m o n á s t i c a s y a tr a v é s d e d i e c i n u e v e s i ­

g l o s , to d a s l a s u n i v e r s i d a d e s f u e r o n f u n d a d a s c o m o i n s ti tu c i o n e s c r i s t i a n a s ,

s in i m p o r t a r q u e e n s e ñ a r a n le y e s , t e o l o g í a o m e d i c i n a ” .4 F u e e n e s te te r r e n o

i n t e l e c tu a l q u e g e r m i n ó la s e m i l l a d e la R e f o r m a , e l R e n a c i m i e n t o y e l S ig lo

d e la s l u c e s y d i o o r i g e n a la c i e n c i a m o d e r n a .

L o s e r u d i t o s c r i s t i a n o s d e l s i g l o d i e c i o c h o , c o n o c i d o c o m o e l S i g l o d e la s

lu c e s , t r a t a r o n d e d e s a r r o l l a r , m e d i a n te e l u s o d e u n a o b s e r v a c i ó n s i s te m á t i c a

y m a n i p u l a c i ó n , u n e n te n d i m i e n to m á s p r o f u n d o d e l á m b i t o y c o m p l e ji d a d

d e l u n iv e rs o f ís ic o c re a d o p o r D io s . Se d ie r o n c u e n ta c l a r a m e n te , sin e m ­

b a r g o , d e q u e la verdad revelada e r a a u t o r i t a t i v a , e n t a n t o q u e la verdad des­


cubierta n e c e s i ta b a m a n te n e r s e te n ta ti v a m e n te y nu nca s u s c r ita cu an d o

e n t r a b a e n c o n t r a d i c c i ó n c o n la v e r d a d r e v e l a d a . D u r a n te l o s s i g u ie n te s v a ­

r io s si g lo s , p e n s a d o r e s r a c io n a le s y e x p lo r a c i o n e s c ie n tíf ic a s lle g a r o n a s e r el

m e c a n is m o re c o n o c id o p a r a d e s c u b r i r y d e f i n i r la v e r d a d . E l p a p e l a u t o r i -

t a t i v o d e la B i b l i a s e p e r d i ó , i n c l u s o e n m u c h o s c í r c u l o s c r i s t i a n o s . H o y d í a ,

m u c h o s e r u d i t o s c r i s t i a n o s r e a li z a n u n a g i m n a s i a i n t e l e c tu a l f a n t á s t i c a p a r a

r e i n t e r p r e ta r la c l a r a en se ñ an z a de la s E s c r i t u r a s p a r a q u e e n c a je c o n la s

t e o r í a s c i e n t í f i c a s a c t u a l e s y la e s p e r a n z a d e g a n a r r e s p e t a b i l i d a d c o n la c o ­

m u n i d a d in te l e c tu a l s e c u la r . D e f i e n d e n te n t a ti v a m e n t e la v e r d a d b í b l i c a y s o l o

c u a n d o n o e n tr a e n c o n t r a d i c c i ó n c o n la t e o r í a c i e n t í f i c a .

A l d a r e l r a c i o n a l i s m o v id a a la t e o r í a e v o l u c i o n i s t a , la m e ta y e s t u d i o d e

la c i e n c i a s e m o v i ó d e s d e d e s c u b r i r la c r e a c i ó n m a r a v i l l o s a d e D i o s a l d e s a ­

rr o llo d e te o r í a s c i e n t í f i c a s q u e p u d i e r a n e x c l u i r c o m p l e t a m e n t e la p a r t i c i ­

p a c i ó n d e D i o s e n e l u n i v e r s o n a tu r a l . L o s p r i n c i p io s d e l m é t o d o c i e n t í f i c o se

e x t e n d i e r o n a l e s t u d io d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o , d a n d o o r i g e n a la s c i e n ­

c i a s s o c i a l e s . U n a p r e s u n c ió n f u n d a m e n t a l d e la c i e n c i a s o c i a l e s q u e e l h o m ­

b r e e s u n s e r n a tu r a l , n o e s p ir i tu a l o m o r a l , p r o d u c to d e la s f u e r z a s e v o l u ti v a s .

C o n s e c u e n t e m e n t e , la d o c t r i n a de la d e p r a v a c i ó n d el h o m b re q u e d ó d e s­

c a r t a d a . A I h o m b r e s e le v i o co m o un s e r m o r a l m e n te n e u t r a l o in h e re n ­

t e m e n t e b u e n o . L a m e n te d e l o s n iñ o s e s e s e n c i a l m e n t e u n a p i z a r r a e n b l a n c o

p a ra s e r lle n a d a p o r e d u c a d o r e s c o n e l c o n te n id o q u e h a b rá d e h a c e r d e e llo s

p e r s o n a s q u e h a g a n e l a p o r t e d e v a l o r e s m á s p o s i ti v o s a la s o c i e d a d . C o n ­

d u c ta s e q u i v o c a d a s s o n v i s ta s c o m o e l r e s u l ta d o d e u n a e d u c a c i ó n d e f i c ie n te .

L a e d u c a c i ó n e s v is ta c o m o e l m e c a n i s m o p a r a e q u i p a r a l o s in d i v i d u o s c o n
258 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

el conocimiento, las habilidades y las actitudes que les habilitarán para no


verse envueltos en conductas autodestructivas, antisociales o criminales y
los inspirará para poner las metas de la sociedad por sobre sus propias
metas personales. Esta visión básica para el potencial de la educación se
encuentra diseminada en toda la sociedad occidental moderna de hoy.
El propósito, currículo y métodos de la educación cambiaron
dramáticamente como resultado de la llegada del Siglo de las luces. El
racionalismo dominó la selección y presentación del contenido en cada
campo. El estudio de las ciencias naturales y sociales competía por tiempo y
prioridad dentro del currículo. El estudio de la teología se marginó y disoció
de cualquier campo académico fuera de él mismo. A través del siglo veinte,
los métodos de enseñanza cambiaron el marco educacional a medida que los
científicos sociales se concentraron en la aplicación de principios
experimentales derivados de la psicología y la sociología. Se adaptaron al
uso en las salas de clases técnicas condicionantes desarrolladas por
psicólogos clásicos y conductuales para realzar el aprendizaje del estudiante
y controlar la conducta.
Esta sección no estaría completa si no consideráramos el efecto que la
visión posmoderna actual del mundo (vea el capítulo 7 de este libro para un
análisis más detallado sobre el posmodernismo) tiene sobre la filosofía y la
práctica educacional. Las dificultades económicas y los conflictos mundiales
del siglo veinte conmovieron seriamente el optimismo y la confianza del
mundo occidental en la ciencia como la clave de la verdad, progreso y
prosperidad. La cínica visión del mundo de posguerra comenzó a ganar una
más amplia aceptación. Un principio fundamental de estas visiones del
mundo fue la no existencia de la verdad objetiva. En esta visión del mundo,
se definió “la verdad” como una metanarrativa (es decir, un modelo
explicativo todo-envolvente) que trata de organizar el flujo de impulsos
sensoriales que el individuo recibe cada día. Si la verdad se define en esta
manera, ninguna persona o grupo de personas puede pretender tener un
esquema narrativo que sea más válido que cualquier otra persona o grupo
de personas. Dentro del pensamiento posmoderno, la tolerancia de todas las
otras visiones del mundo son un mandato supremo. Sin embargo, a la
tolerancia ya no se la define como la respuesta amable de un individuo a
alguien que sustenta un punto de vista equivocado. Ahora se la define como
la esperanza que cada persona debe abandonar la creencia que su
comprensión de la verdad ya no tiene más validez que el punto de vista de
cualquier otra persona.
Una consecuencia comunitaria del posmodernismo es el resurgimiento del
tribalismo. Si a la verdad se la concibe como la narrativa de una persona
para explicar el mundo que la rodea, entonces tendría que ser natural que
tenga más afinidad con los que comparten similar narrativa y desconfiará de
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 259

aquellos que tienen una comprensión de la realidad significativamente dife­


rente. La heterogeneidad de cualquier organización grande la haría aut omá­
ticamente sospechosa. Desde una mentalidad posmoderna a la hist oria se la
ve primordialment e como el registro de un grupo dominant e imponiendo su
percepción de la realidad sobre grupos menos poderosos.
La suma de la filosofía posmoderna al paisaje intelectual ha result ado en
cambios en la filosofía y práctica educacional. Todavía hay un fuerte com­
promiso hacia la ilust ración y el racionalismo, especialmente en las ciencias.
Pensar en un proceso no natural para el origen y desarrollo del universo está
simplemente prohibido por la cost umbre y, en muchos casos, por ley. En tales
áreas del currículo que son más derivadas inductiva y subjetivamente (es decir,
las ciencias sociales y las humanidades), los efectos del pensamiento posmo­
dernista son más penetrantes y caót icos. N o hay una base objetiva sobre la
cual los estudiantes o profesores puedan det erminar la exact it ud o impor­
tancia de los acontecimient os históricos, obras creadas o incluso acciones
individuales. En este ambiente, el desarrollo curricular en el ámbit o de estado
y federal degenera en un proceso de negociaciones políticas en el que inter­
vienen varios grupos interesados para asegurarse de que sus voces sean oídas
y sus perspectivas representadas en el currículo. Del mismo modo, ya no exis­
te un comúnmente acept ado juego de principios para valorar las cualidades
estéticas y la contribución de piezas individuales de literat ura, música o arte.
El currículo en estas áreas se selecciona ahora con la meta fundamental de
ser representativo de las diversas voces cult urales dent ro de la sociedad global
hoy día. También una filosofía posmoderna hace imposible la educación
moral. En el mejor de los casos, las escuelas solo pueden asist ir a los estu­
diantes en cuanto a clarificar sus propios valores personales.
M ientras que el anterior torbellino de estudio del desarrollo histórico de
la filosofía educacional ha sido ext remadamente breve, afortunadamente ha
dado al lector un sentido de cómo la iluminación y la filosofía posmoderna
penetra a fondo los propósitos, el currículo y la met odología de la enseñanza
en el mundo occidental hoy día.

Pr i n c i p i o s b í b l i c o s r e l a c i o n a d o s c o n l a e d u c a c i ó n
Ahora, nuestro enfoque va a considerar en qué formas las Escrit uras ayudan
a los cristianos a definir sus bases bíblicas para el propósito y práct ica de la
educación. Al buscar en muchas de las traducciones de la Biblia una palabra
clave para la palabra educación o educado da como result ado muy pocas o
ninguna referencia. Por esto, hay que llegar a la conclusión de que la edu­
cación no es un enfoque particularment e importante en la instrucción de Dios
260 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

al hombre. Sin embargo, si a la educación se la concibe como el proceso de


enseñar y aprender, y se busca en las Escrituras la forma de identificar el uso
de estos dos términos y sus formas relacionadas, el cuadro cambia
dramáticamente. Estos términos se usan cientos de veces a través de la
Palabra y proveen importante luz para definir una filosofía bíblica de la
educación. Debería reconocerse que la Biblia no se escribió para el propósito
específico de ser maestro en la preparación de libros de texto, un bosquejo
de currículo escolar exhaustivo o un manual de entrenamiento vocacional.
Sin embargo, las Escrituras proveen claros principios autoritativos que
pueden formar un sólido fundamento y un marco para el desarrollo de una
filosofía educacional que honre a Dios.

Propósito y meta de la educación

La educación alcanza su propósito e importancia en la medida que es conse-


cuente con y contribuye hacia lograr los altos propósitos de Dios para el
hombre. Resumiendo sucintamente la enseñanza en pasajes de las Escrituras
como el Salmo 73:24 – 26, Juan 17:22 – 24, Romanos 11:36 y 1 Corintios 10:31,
el Catecismo Resumido de Westminster dice que “el fin principal del
hombre es glorificar a Dios, y disfrutarlo para siempre”. La más alta meta de
la educación debe entonces ser ayudar al individuo a desarrollarse en
conocimiento, habilidades y actitudes que lo capaciten para glorificar y
disfrutar mejor a Dios. Hay una cantidad de formas específicas en las que la
educación puede ayudar a la persona en su responsabilidad de buscar estas
más altas metas en su vida. A la mujer en el pozo, Jesús le dijo que “Dios es
Espíritu; y los que le adoran, en espíritu y en verdad es necesario que
adoren” (Jn. 4:24). La adoración que honra a Dios involucra tanto el corazón
como la mente. Una educación que honre a Dios presentará constantemente
oportunidades y motivación para que el estudiante adore a Dios con un
amplio conocimiento de lo que es verdad y una profunda admiración por la
persona de Dios. Cada disciplina académica contiene elementos y
dimensiones que pueden ayudar al creyente a entender mejor y apreciar el
carácter y obra de Dios. Por ejemplo, la creación se ha diseñado para dar
testimonio del “eterno poder y naturaleza divina” de Dios (Ro. 1:20).
En el Salmo 19:1, David escribió: “Los cielos cuentan la gloria de Dios,
y el firmamento anuncia la obra de sus manos”. Mientras más aprende
el creyente acerca de la creación a través del estudio de las ciencias
biológicas y físicas, más grande será su admiración por la inmensidad,
variedad, complejidad y detalles de este universo que el Todopoderoso
y todo sabio Dios hizo con su palabra (Gn. 1:1) y sostiene activamente
todas las cosas (Col. 1:17). El estudio de la historia humana provee
iEducación cristiana o adoctrinamiento secular? 261

m u cho s m o tiv o s p ara ad o rar a m ed id a q u e lo s estu d iantes d escu b ren có m o


el Rey d e las ed ad es (1 T i. 1:1 7) o rq u esta lo s hecho s d e la histo ria d esd e el
niv el ind iv id ual al g lo b al p ara alcanz ar su p ro p ó sito y d arle la g lo ria a Él. El
estud io d e las o b ras creativ as en lo s cam p o s d el arte, la m ú sica y la literatu ra
d eb erían d irig ir la m ente d el estu d iante a ad o rar al q u e es to d o herm o su ra
(Sal. 2 7 :4 ) , el q u e es el C read o r su p rem o d e las o b ras m arav illo sas y q u e da
a lo s ho m b res cap acid ad cre ativ a.
Pab lo d esafía a lo s crey entes a “ p resentar sus cu erp o s en sacrificio v iv o ,
san to , ag rad ab le a D io s, q u e es v u estro cu lto racio nal. N o o s co nfo rm éis a
este sig lo , sino tran sfo rm ao s p o r m ed io d e la reno v ació n d e v u estro entend i­
m iento , p ara q u e c o m p ro b é is cu ál sea la bu ena v o luntad d e D io s, ag rad ab le
y p erfe cta” (R o . 12:1 - 2). La ed u cació n q u e ho nra a D io s ay u d ará al c ristiano
en este p ro ce so d e reno v ació n m ental p ro v ey énd o le una base p ara q u e teng a
su p ro p ia v isió n d el m u nd o y cu ltiv e p ro ceso s d e p ensam iento ló g ic o , háb ito s
d e análisis y p atro nes d e ev alu ació n q u e sean d efinitiv am ente b íb lico s.
U na cantid ad d e p asajes d el N u ev o Testam e nto se refiere a lo s crey entes
co m o so ld ad o s (Fil. 2 :2 5 ; 2 Ti. 2 :3 ; Flm . 2). A lo s cristiano s se les ex h o rta a
q u e rec o no z can q u e v iven en m ed io d e una z o na d e g uerra y q u e so n llam a­
d o s a arm arse p ara la b atalla (Ef. 6 :1 0 - 1 7 ) . C o n trariam en te a co m o alg u no s
g ru p o s cristiano s la entiend en, la g u erra esp iritual qu e d escrib en las Escrituras
se lib ra en el frente intelectu al. Las “ a rm as” p o d ero sas q u e D io s no s ha p ro ­
v isto so n p ara “ la d estru cció n d e fo rtalez as, ref u tand o arg u m ento s y to d a a l­
tiv ez q u e se lev anta c o ntra el c o no c im ie nto d e D io s, y llev and o cau tiv o to d o
p ensam iento a la o b ed iencia a C ris to ” (2 C o . 1 0 :4 b - 5 ) . Ju d as d esafía a sus
lecto res a q u e co ntie nd an “ ard ientem ente p o r la fe q u e ha sid o u na v ez d ad a
a lo s san to s” (3b ). Sin ning una d ud a, lo s crey entes so m o s llam ad o s p o r D io s
p ara d esarro llar nu estra m ente p ara el p ro p ó sito d e la g uerra intelectu al, y el
p ro ce so ed u cacio nal p ro v ee un m e canism o clav e p ara ay u d ar al cristiano
co m p ro m etid o a o b ed ecer este m and ato .
A p ro p iad am ente en fo cad a, la ed u cació n d eb ería tam b ién ay u d ar a lo s
ind iv id uo s a cu m p lir lo s m ás alto s p ro p ó sito s d e D io s a trav és d e eq u ip arlo s
p ara v ivir sab iam e nte. A trav és d el lib ro d e Pro v erb io s, Salo m ó n am o nesta
fu ertem ente a lo s jó v enes a b u scar el c o n o c im ie n to y la sab id uría p iad o sa. Ser
recep tiv o a la instru cc ió n p iad o sa p ro d u ce sab id u ría. C o m o lo d ice en 9:9 -
10, “ D a al sab io , y será m ás sab io ; enseña al ju sto , y au m entará su saber. El
te m o r d e Je h o v á es el p rin cip io d e la sab id u ría, y el c o no c im ie nto d el San­
tísim o es la intelig e nc ia” . Esta “ sab id u ría” y “ p e rsp icacia” p ro d u cen ho no r
a D io s y é x ito en la v id a (Jo s. 1 :7 - 8 ; Pr. 3:4 ) .
262 P I EN S E C O N F O R M E A LA BI BL I A

Responsabilidad por la educación


H ab iend o d ejad o estab lec id o qu e la ed u cació n d ebería cap acitar al ho m b re
p ara cu m p lir m ejo r el p ro p ó sito su p erio r o rd e n ad o p o r D io s, y q u e la
bú sq ued a d el co no c im ie nto y la sab id u ría es un m and ato d e D io s, la p regu nta
ah o ra es q uién es resp o nsab le p o r el lid eraz g o en el p ro ce so ed u cacio n al. La
Bib lia o frec e u na cantid ad d e p rincip io s claro s acerca d e este asu nto .
1 . Cada individuo es, en última instancia, responsable ante D ios por lo
que aprende. C o n frecu encia se p iensa q u e este p rincip io d e resp o nsab ilid ad
ed u cacio nal no está m uy exp lícitam ente estab lecid o . Sin em b arg o , necesita
ser artic u lad o p o rq u e es el m ás fu nd am ental y m ás frecu entem ente d eclarad o
d e relació n d e resp o nsab ilid ad en las Escritu ras. D io s esp era q u e cad a ind i­
v id u o en cad a etap a d e la v id a b u sq u e activ a y atentam e nte ap rend er d e cad a
o p o rtu nid ad ed u cacio nal fo rm al o info rm al. En Pro v erb io s 2 :1 - 4 frases tales
co m o “ recib iereis m is p alab ras... m is m and am iento s g u ard are s... hac iend o
estar atento tu o íd o ... si inclinares tu c o raz ó n ... si clam ares a la intelig en cia...
y a la p ru d encia d ieres tu v o z ... si co m o a p lata la b u sc ares... y la escu d riñares
co m o a te so ro ” d escrib en la p asió n co n q u e el ind iv id u o p iad o so es am o ­
nestad o a b u scar la sab id u ría, el en tend im iento y el c o no c im ie nto d e D io s.
D e hec ho , una d e las característic as clav e q u e d isting ue a un ho m b re sab io
d e u no ne cio es su d isp o sició n a b u sc ar la sab id uría o recib ir instru cció n (Pr.
1 :2 2 ; 9 :7 - 1 0 ; 15:5 ) .
La m ás d irecta instru cc ió n d e D io s al ind iv id uo v iene exp líc itam ente a
trav és d e la Bib lia e im p lícitam ente a trav és d e las exp e riencias q u e El p er­
m ite en la v id a d el ind iv id uo . D io s esp era qu e el ho m b re v ea las exp eriencias
d e la v id a c o m o o p o rtu nid ad es n o fo rm ales d e ed u cació n y ap rend a d e ellas.
Es o b v io d el am p lio resum en d e lo s rasg o s d el c arác te r p o sitiv o y neg ativ o
p resentad o en Pro v erb io s q u e Salo m ó n fue un estu d iante d el co m p o rtam ie nto
hu m ano , o b serv and o y analiz and o atentam ente las reaccio nes d e las p erso nas
a las situ acio nes d e la v id a. Es tam b ién c laro en 1 Rey es 4 :3 3 - 3 4 y las ilu stra­
cio nes p resentad as en Pro v erb io s q u e Salo m ó n se d ed icó activ am ente a estu ­
d iar el m u nd o natu ral q u e lo ro d eab a. Jo b d esafió a sus o p o ne ntes a o b serv ar
la natu ralez a p ara ap rend er c ó m o D io s es el Su stentad o r d e to d a v id a (Jo b
1 2 :7 - 1 0 ) . A lo s reyes d e Israel se les enc o m e nd ó resp o nsab iliz arse en ap re n­
d er p erso nalm ente esc rib iend o una co p ia d e la ley y lueg o leerla rep eti­
d am ente a trav és d e la v id a d e cad a u no d e ello s (D t. 1 7 :1 8 - 1 9 ) . El jo v en cito
Je sú s d em o stró ser un alu m no ate n to d u rante su tiem p o co n lo s m aestro s en
el tem p lo (Le. 2 :4 7 - 4 7 ) . M ás tard e, “ p o r lo q u e p ad eció ap rend ió o b ed ie n cia”
(H e. 5 :8 ) . Pab lo ap rend ió a estar c o nten to a trav és d e lo s alto s y b ajo s m ate ­
riales (Fil. 4 :1 1 - 1 2 ) . Parece q u e m u ch o s sistem as ed u cac io n ale s actu ales fa-
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 263

lian en en fatiz ar este p rin c ip io p ara q u e lo s estu d iantes asu m an su resp o n sa­
b ilid ad p o r su p ro p io ap rend iz aje.
A la v ez q u e D io s hac e resp o nsab le a c ad a ind iv id uo p o r ser un estu ­
d ian te, tam b ién p ro v ee la c ap ac id ad ne c esaria p ara la tarea a trav és d e su
p ro p ia p resenc ia en la p erso na d el Esp íritu San to . Esto es p artic u larm ente v er­
d ad en c u an to a entend er lo s asu nto s esp iritu ales, c o m o Pab lo lo hac e c laro
en 1 C o rin tio s 2 :1 - 1 6 . Es el Esp íritu San to el q u e rev ela las c o sas p ro fu nd as
d e D io s (v. 10) y p o r v irtud d e su p resenc ia tenem o s la m ente d e C risto (v.
16). En Ju an 1 4 :1 7 , 1 5 :2 6 y 1 6 :1 3 , Ju an esp ec ífic am ente se refiere al Esp íritu
San to c o m o “ el Esp íritu d e v erd ad ” . Pab lo rec o rd ó a T im o te o q u e “ n o no s
ha d ad o D io s esp íritu d e c o b ard ía, sino d e p o d er, d e am o r y d e d o m inio p ro ­
p io ” (2 T i. 1 :7 ) . El té rm in o g rieg o trad u c id o “ a u to c o n tro l” es a v eces tra­
d u cid o “ una m ente san a” . El Esp íritu San to ay ud a al c rey ente a tener un
p en sam iento c laro y d isc ip linad o .
2.Los padres, particularmente el hombre, son responsables por la edu­
cación de sus hijos. M ás allá d e la resp o nsab ilid ad q u e D io s d a a c ad a ind i­
v id u o p ara ser un ap rend ed o r, El ha d ad o a lo s p ad res una resp o nsab ilid ad
esp ec ífic a p ara la ed u c ac ió n fo rm al d e sus hijo s. Exp líc itam en te, D io s m an­
d ó a lo s p ad res israelitas enseñar a sus h ijo s la ley m o saic a (D t. 4 :9 ; 6 :7 - 8 ;
1 1 :1 9 ) . D io s m and ó q u e se estab lec ie ran m em o riales c o m o lo s q u e lo s is­
raelitas lev antaro n d esp ués q u e hu biero n c ru z ad o el río Jo rd án p ara en trar a
la Tie rra Pro m etid a (Jo s. 4 ) , p ara d arles o p o rtu nid ad a lo s p ad res p ara qu e
rep asaran la histo ria d e su nac ió n c o n sus hijo s (Jo s. 4 :6 - 7 ) . El m and ato de
ho nrar al p ad re y a la m ad re (Éx . 2 0 :1 2 ) im p lica la ac titu d d e un h ijo hu m ild e
hac ia sus p ad res. Las am o n estac io n es d e Salo m ó n al jo v en p ara q u e atiend a
a la instru c c ió n d e sus p ad res c o nllev a la im p lic ac ió n o b v ia q u e lo s p ad res
so n resp o nsab les d e p ro v eer esa instru c c ió n. N u e stro Se ño r end o só el p ap el
ed u c ac io nal d el ho g ar al so m eterse a sus p ad res m ientras “ c re c ía en sab id u ría
y estatu ra, y en g rac ia p ara c o n D io s y lo s h o m b res” (Le. 2 :5 2 ) .
3 . La educación no es una función del gobierno ordenada explícitamente.
D ad o el c asi c o m p le to c o n tro l g u b e rnam en tal ho y d ía d el p ro c eso d e ed u ­
c ac ió n fo rm al d e lo s niñ o s, es ap ro p iad o p reg u ntar si esto es m and ad o o p er­
m itid o p o r las Esc ritu ras. La Bib lia no c o ntie ne p rev isió n a fav o r o en c o ntra
d e q u e el g o b ie rn o se inv o lu c re en la ed u c ac ió n ni antes d el estab lec im iento
d e Israel ni en el N u e v o Testam en to . Pero aun d e ntro d e la nac ió n d e Israel,
al ho g ar se le v io c o m o el m ec anism o p rim ario p ara la ed u c ac ió n.
Tend ría q u e o b serv arse q u e en el A ntig u o Testam en to , la ed u c ac ió n no
fue exp líc itam e nte incluid a c o m o una resp o nsab ilid ad d el sac e rd o c io . Sin em ­
b arg o , hay ejem p lo s d e lev itas y sac erd o tes q u e se inv o lu c raro n en tareas ed u ­
c ac io n ales d u rante el tiem p o d el rey Jo saf at (2 Cr. 1 7 :7 - 9 ) y d esp ués d el
264 P IEN SE C O N F O R M E A LA B I BL I A

reg reso d e Israel d e la cau tiv id ad (N eh. 8 :1 - 9 ) . Esd ras, un sace rd o te y esc rib a,
asu m ió el lid eraz g o en esa fu n ció n d e enseñanz a c o m o no s lo d ice Esd ras
7 :1 0 : “ Esd ras hab ía p rep arad o su co raz ó n p ara inq u irir la ley d e Je h o v á y
p ara cu m p lirla, y p ara ense ñar en Israel sus estatu to s y d ec re to s” . D esd e el
p rincip io d el N u ev o Testam en to , la fu n ció n d e lo s m ae stro s (rab ino s) y lo s
esc rib as se hab ía d esarro llad o sig nificativ am ente hasta el p u nto d e entre­
laz arse co n lo s relig io so s ju d ío s y las fu ncio nes civ iles.
La existencia d e un sistem a co ntro lad o g u b ernam entalm ente se m encio na
en relació n tan to co n la v id a d e M o isés co m o la d e D an iel. H ab ría q u e no tar
q u e ning ún ind iv id uo es alab ad o o co nd enad o p o r hab er sid o ed u cad o d en­
tro d el c o n te x to d e esto s sistem as d e ed u cació n secular.
4. El liderazgo espiritual dentro de la iglesia local es responsable por la
educación de su membresía. En su d esp ed id a, nu estro Se ño r o rd en ó a lo s d is­
cíp u lo s (lo q u e co m ú nm ente se co n o c e co m o la G ran C o m isió n) q u e fu eran
a ev ang eliz ar las nac io nes y enseñar a lo s crey entes ( M t. 2 8 :1 9 - 2 0 ) . D iez d ías
d esp ués se fund ó la ig lesia d el N u ev o Testam e nto co m o la entid ad o rg aniz a-
d o n a! q u e D io s hab ría d e u sar p ara q u e se cu m p liera su m and ato (H ch . 2).
Las activ id ad es cen trales d e la ig lesia, c o m o se p ued e ap rec iar a lo larg o d e
to d o el lib ro d e H e cho s, fu ero n la ev ang eliz ació n, el co m p añ erism o , la en­
señanz a y la o ració n co m u nitaria. Lo s q u e v iv ían en Berea fu ero n esp ecífi­
cam ente alab ad o s p o r Lu cas p o r su iniciativ a d e v erificar la fid elid ad d e la
enseñanz a q u e estab an recib iend o (H ch . 1 7 :1 1 ) . U na d e las cu alid ad es esp e­
cíficas p ara el lid eraz g o d e lo s an cian o s d e ntro d e la ig lesia lo cal es u na c a ­
p acid ad p ara enseñar (1 T i. 3 :2 ; T it. 1:9) . H ay u na exp e ctativ a d entro d e cad a
co ng reg ació n lo cal p o rqu e crey entes m ad u ro s y exp erim entad o s enseñen a lo s
crey entes jó v enes (Tit. 2 :1 - 3 ) y q u e lo s q u e recib iero n la enseñanz a lleg aran
a m ad u rar p ara transfo rm arse en m ae stro s p ara la g ene ració n sig uiente d e
crey entes (2 T i. 2 :2 ; H e . 5 :1 2 ) .
Se p o d ría arg u m entar q u e la “ ed u cació n relig io sa” es la resp o nsab ilid ad
p rim aria en la q u e d ebe en fo c arse la ed u cació n d entro d e la ig lesia. Si tal es
el caso , es la ed u cació n relig io sa en el m ás am p lio esp ectro y no en el sentid o
m ás estrec ho d el té rm ino . La base d e esta exp e riencia ed u cacio nal eran las
Escritu ras, q u e no so lo p u ed en hac er sab io p ara la salv ac ió n , sino tam b ién
p ro v echo sa p ara hac er al h o m b re d e D io s p erfec to , co m p le tam e nte p re­
p arad o p ara to d a o b ra b u ena (2 T i. 3 :1 5 - 1 7 ) . En un niv el filo só fico , tiene q u e
ser lo suficientem ente am p lia p ara transfo rm ar la m ente d el crey ente d e m o d o
q u e n o se co nf o rm e al p ensam iento d e este m u nd o (R o . 12 :2 ) y p re p arar al
crey ente p ara una g uerra id eo ló g ica (2 C o . 1 0 :3 - 4 ; Ef. 6 :1 2 ; C o l. 2 :8 ) . C o m o
se v io en o tro cap ítu lo d e este lib ro , las Escritu ras p ro v een un fu nd am ento y
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 265

un m arc o p ara el estu d io en c u alq u ier d iscip lina ac ad ém ic a y to d as las áreas


d e la v id a.
Sería b u eno q u e el lid eraz g o d e la ig lesia lo c al reflexio n ara ac erc a d e si
su v isió n ed u c ac io n al, su estru c tu ra y p ro g ram as “ p erfec c io na a lo s san to s
p ara la o b ra d el m inisterio ” (Ef. 4 :1 2 ) en este c o n te x to m ás general. Estas q u i­
z á sean alg u nas p reg u ntas q u e su rjan c u and o se c o nsid ere la esfera m ás am ­
p lia d el m inisterio ed u c ac io nal d e la ig lesia:

• ¿ Está la esc u e la d o m in ic al y el c u rríc u lo d e la ig lesia e stru c tu rad o en u na


m an era q u e c a p a c ite y an im e a lo s alu m n o s a ap lic ar lo s p rin c ip io s b íb lic o s
en áre as c o m ú n m e n te e n se ñ ad as en las e sc u elas e le m en tal y se c u n d aria?
• ¿ C u ál es la re sp o n sab ilid ad d e la ig lesia lo c al h ac ia su s n iñ o s y jó v e n e s d e
la c o n g re g ac ió n q u e asiste n a esc u e las fo rm ale s?
• ¿ Se están d an d o p aso s esp e c ífic o s p a ra p re p arar a lo s n iñ o s q u e asiste n a
la esc u e la p rim aria o la esc u e la se c u n d aria sec u lare s p a ra id e n tific ar y re fu ­
ta r las falsas filo so fía s c o n las q u e se en c u e n tran d ía a d ía?
• ¿ H ay u n d e sarro llo c o rre sp o n d ie n te al c re c im ie n to d e lo s n iñ o s en el c o n ­
te n id o y niv el in te le c tu al d el c u rríc u lo d e la esc u e la d o m in ic al y d el p ro ­
g ram a p ara jó v e n e s? Es d e saf o rtu n ad o q u e m u c h o s ad o le sc e n te s c ristian o s
lu c hen c o n e stu d io s se rio s d e c á lc u lo , físic a , h isto ria u n iv ersal y lite ratu ra
d e lu ne s a v ierne s, p e ro su ig lesia tie n e u n p ro g ra m a p ara jó v e n e s q u e es
e x tre m ad am e n te d é b il en d e m an d as o d e safío ac ad é m ic o .
• ¿ Sie nte la ig lesia un llam ad o a o p e rar u n a esc u e la c ristia n a q u e p u d iera
o f re c e r u n a c o m p le ta e x p e rie n c ia e d u c a c io n a l alte rn ativ a a su s n iñ o s?
M ie n tra s u na ig lesia lo c al ind iv id u al p u e d e n o te n e r lo s re c u rso s p a ra o p e ­
ra r c o n efe c tiv id ad u n a esc u e la c ristian a, ¿ e x isten p o sib ilid ad e s d e u nirse c o n
o tra s ig lesias d el áre a c o n las q u e h ay a u n a id e n tific ac ió n te o ló g ic a p ara
a c o m e te r este tip o d e em p re sa?
• ¿ H ay u n a e stru c tu ra q u e o fre z c a re sp ald o a aq u e llo s p ad res q u e d e c id en
a c o m e te r p e rso n alm e n te la re sp o n sab ilid ad e d u c ac io n al a trav é s d e u n a es­
c u e la en c asa?
• ¿ C u ál es la re sp o n sab ilid ad d e la ig lesia h ac ia lo s jó v e n e s d e sp u és q u e se
g rad ú an d e la se c u n d aria? La in v ersió n e d u c ac io n al q u e p ad res e ig lesia han
h e c h o p a ra p ro v ee r a lo s jó v e n es u n só lid o f u n d am e n to b íb lic o p u ed e
p e rd e rse d u ran te el p e río d o d e tran sic ió n d e jo v e n a ad u lto . ¿ Q u é p aso s
p u ed en d arse p ara e q u ip arlo s p a ra e n f re n tar este re to an te s d e q u e lo s es tu ­
d ian te s salg an ?
• ¿ H asta q u é p u n to la ig lesia p ro m u e v e y re sp ald a a las u n iv ersid ad e s c ris­
tian as c o m o u na o p c ió n p ara su s jó v e n e s d esp u é s d e la sec u n d aria?

En la m ed id a q u e el lid eraz g o d e la ig lesia lo c al c o nsid ere esto s asu nto s,


se d e sarro llará una v isió n p ara el m ás am p lio alc anc e d e la resp o nsab ilid ad
ed u c ac io n al q u e D io s ha d ad o a la ig lesia.
266 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Calificaciones para los maestros

Habiendo bosquejado el propósito bíblico y la responsabilidad para el


proceso educacional en el desarrollo de niños y jóvenes creyentes, ahora
podemos considerar las calificaciones para y las características de profesores
efectivos. La Biblia fija demandas altas para quienes habrían de aceptar la
responsabilidad de ser maestros. Santiago 3:1 hace claro que Dios juzgará la
palabra de los maestros aún más estrictamente que la de otros. Una de las
razones para esta más alta expectativa para los maestros es que los alumnos
confían que ellos hablan la verdad. De hecho, el proceso educacional solo
puede funcionar con efectividad cuando existe esa confianza. Todo Santiago
3 describe el poderoso papel de la comunicación hablada en la vida de cada
persona y dice que es un instrumento para el bien y para el mal. Al maestro
se le cita como el ejemplo arquetípico de este principio. Un maestro piadoso,
entonces, debe tener un compromiso supremo a hablar siempre lo que es
verdad, lo que edifica y lo que es sabio.
Mientras las palabras de un maestro son un mecanismo de instrucción
primario para sus estudiantes, sus acciones inevitablemente tendrán un
efecto muy importante acerca de lo que los alumnos finalmente aprenderán.
El carácter y el comportamiento del maestro sirven como modelo para los
alumnos. Nuestro Señor hizo claro que “el discípulo no es superior a su
maestro; mas todo el que fuere perfeccionado, será como su maestro” (Lc.
6:40). Las compañías finalmente afectarán el carácter de un individuo, como
lo señala claramente 1 Corintios 15:33: “No erréis; las malas conversaciones
corrompen las buenas costumbres”. Se nos aconseja a no tener amistad con
un hombre iracundo (Pr. 22:24), para evitar la influencia de su carácter.
Al seleccionar a quién preparar para el ministerio de la enseñanza en la
iglesia de Éfeso, Timoteo recibió la orden de “encarga [lo que se le ha
enseñado] a hombres fieles que sean idóneos para enseñar también a otros”
(2 Ti. 2:2). Una importante cualidad del anciano (que incluía la capacidad de
enseñar) mencionada en 1 Timoteo se enfoca en el carácter. Pablo reconoció
la necesidad de que los maestros tuvieran la capacidad de una comunicación
efectiva, un compromiso a la verdad, y una vida que sirviera de modelo a
sus alumnos.
Mientras la consideración del carácter personal es un factor importante al
seleccionar a los maestros para la educación religiosa en la escuela dominical
o grupo de jóvenes, se da mucho menos importancia a este elemento en la
selección de profesores en un contexto educacional más general. ¿Hasta
dónde la mayoría de los padres cristianos dan pasos concretos para conocer
las cualidades del carácter del maestro en la sala de clases de su hijo o hija?
En el nivel educacional básico, sus hijos pasarán más tiempo siendo influen-
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 267

ciados por ese modelo que por cualquier otro adulto con la posible
excepción de los padres mismos.

Metodología educacional
Como la Biblia no fue escrita con el propósito primario de ser un manual de
entrenamiento de maestros, no provee claramente una lista de las diversas
técnicas de enseñanza para cuándo y cómo usar con efectividad cada una de
ellas. Sin embargo, toda vez que Dios diseñó la Biblia como un libro de
instrucción (2 Ti. 3:16), es posible identificar métodos de enseñanza efectivos
a través de examinar las técnicas y enfoques que Él incluyó en las Escrituras.
En su alcance más amplio, el proceso educacional se define como el
proceso de llevar al estudiante de ser un alumno dependiente a ser un
alumno independiente a ser un maestro (Esd. 7:10; 2 Ti. 2:2; He. 5:12 – 14).
Los dos ambientes primarios en los cuales tenía lugar el proceso educacional
formal en el contexto bíblico eran el hogar y la iglesia. Más allá de estos dos
ámbitos educacionales, la Biblia alude a varios ejemplos en el uso de
relaciones de discipulado (similares al aprendizaje) y escuelas organizadas
para realizar actividades educacionales. Samuel recibió instrucción de Elí (1
S. 1 — 2) para prepararlo para el ministerio profético. Eliseo sirvió bajo Elías
durante un tiempo antes de recibir el manto profético de su maestro (1 R.
19:19 – 2 R. 2:18). Pablo tomó responsabilidad personal para la instrucción de
una cantidad de jóvenes, incluyendo a Tito y Timoteo para prepararlos para
futuras funciones de liderazgo ministerial. La única referencia explícita a
una escuela es la “escuela de Tiranno” en Corinto (Hch. 19:9).
La esencia de la enseñanza es la comunicación de enseñanza, conceptos y
habilidades desde el maestro al alumno mediante el uso del lenguaje y el
ejemplo. El uso de instrucción verbal como un recurso educacional comenzó en
el día sexto de la existencia del mundo cuando nuestro Padre celestial dio
instrucciones a Adán sobre lo que podía y lo que no debía comer en el huerto
(Gn. 2:16 – 17). Sería razonable suponer que las caminatas de Adán y Eva con
Dios en el fresco de la tarde (Gn. 3:8) tuvieron, por lo menos en parte, un
propósito de instrucción. El Pentateuco podría considerarse el primer uso
bíblico de material escrito como metodología de instrucción. La Biblia contiene
muchos ejemplos del proceso enseñanza-aprendizaje realizada a través del uso
de materiales de instrucción escritos. Pareciera que al momento de escribirlos,
los autores de prácticamente todos los escritos del Nuevo Testamento tenían en
mente una meta para instruir. Los materiales escritos tienen ventaja sobre los
orales en que en los primeros hay una permanencia para la instrucción que
puede seguir usándose aun en la ausencia de un maestro.
268 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Las Escrituras nos dan varios ejemplos de enseñanza vía instrucción oral.
Cuando se trataba de grupos pequeños de alumnos, como cuando Jesús
enseñaba a sus discípulos, pareciera que el maestro usaba un estilo
didáctico, socrático, de preguntas y respuestas. Es importante notar una
distinción entre esta interacción socrática y lo que comúnmente se conoce
como método de discusión en grupo. En el método socrático, la
comunicación está enfocada por el maestro y es controlada por este. El
maestro presenta información y hace preguntas. Los alumnos dirigen sus
preguntas y respuestas al maestro. En una discusión o análisis, la
comunicación comienza con la pregunta del maestro pero luego fluye de un
alumno a otro. Hay pocos, si es que hay, casos en la Biblia de discusiones
que hayan sido usados como métodos de instrucción formal. Los ejemplos
bíblicos de enseñanza verbal en grupos pequeños están centrados en el
maestro. El uso de este método puede verse en el discurso de Jesús en el
Aposento Alto con sus discípulos, particularmente la sección registrada por
Juan en 13:31 – 14:31. A medida que los grupos aumentan en tamaño, la
instrucción verbal pasa más a una presentación estilo conferencia, con
menos intervención de los alumnos. Esto puede verse en el Sermón del
Monte (Mt. 5 – 7) y en el mensaje de Pedro el día de Pentecostés (Hch. 2:14 –
39).
El uso efectivo del lenguaje para involucrarse y una comunicación clara
está en el centro de toda buena metodología de enseñanza, sea verbal o es-
crita. Con Dios como el Autor del lenguaje y el Maestro por excelencia, la
Biblia nos da un ejemplo autoritativo sobre cómo puede usarse el lenguaje
para hacer de la enseñanza lo mejor posible. El Dr. Roy Zuck en Teaching as
Paul Taught [Enseñemos como lo hizo Pablo] nos da un interesante análisis
de cómo Pablo usó el lenguaje en sus cartas para lograr una enseñanza
efectiva. Algunos de los recursos lingüísticos citados incluyen:

Símil Humor
Metáforas Retruécanos
Personificaciones Alteraciones
Antropomorfismo Asonancias
Eufemismos Máximas
Hipérboles Sinónimos
Ironías Antítesis
Atenuaciones Listas
Sarcasmo Modismos
Paradojas Paralelismos1
Contradicciones

Otro recurso importante que debería notarse en los ejemplos de las


Escrituras de instrucción escrita y verbal es el uso efectivo de preguntas para
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 269

desafiar y dirigir al alumno. El Dr. Zuck dice que en sus cartas. Pablo usó
preguntas para los propósitos siguientes:

 Pedir información o recordar hechos.


 Atraer a las personas.
 Procurar afirmación o acuerdo.
 Promover el pensamiento o la reflexión.
 Estimular para una opinión.
 Aguijonear la conciencia.
 Presionar para la aplicación de la verdad.
 Señalar algo contrario a la realidad.
 Presionar para llegar a una conclusión.
 Difundir una emoción.
 Probar motivos6

Más allá del uso de la instrucción escrita y verbal, en las Escrituras se


encuentran varios otros métodos para promover un aprendizaje efectivo.
Dios usó un “ejercicio de aprendizaje mediante el descubrimiento” en el cual
puso a Adán a darles nombres a cada especie de animales que Él había
creado para demostrarle que todavía no había una compañera apropiada
para el (Gn. 2:18 – 21). En el mandato de Dios a los israelitas se ve
claramente la importancia de una práctica distribuida, repetición, sobre-
aprendizaje y ayudas visuales adecuadamente colocadas para promover el
aprendizaje efectivo:

Y estas palabras que yo te mando hoy, estarán sobre tu corazón; y las


repetirás a tus hijos, y hablarás de ellas estando en tu casa, y andando por el
camino, y al acostarte, y cuando te levantes. Y las atarás como una señal en
tu mano, y estarán como frontales entre tus ojos; y las escribirás en los postes
de tu casa, y en tus puertas.
– DEUTERONOMIO 6:6 – 9

Las Escrituras identifican el valor de usar ritmos y canciones para ayudar


en el proceso de memorización. Dios dijo a los israelitas: “Ahora pues,
escribíos este cántico, y enséñalo a los hijos de Israel; ponlo en boca de ellos,
para que este cántico me sea por testigo contra los hijos de Israel” (Dt. 31:19).
El libro más largo de las Escrituras es un himnario: el libro de los Salmos.

Pautas para un currículo educacional


Una última pregunta que consideraremos es: ¿Hasta dónde la Biblia
identifica áreas y temas que puedan ser requeridos o prohibidos
dentro de una experiencia educacional enfocada bíblicamente? Primero,
el término mismo educación enfocada bíblicamente implica que en el
currículo el estudio de la Biblia debe tener un énfasis central.
270 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Se pueden citar muchos pasajes de las Escrituras que apoyan este


principio. La importancia y beneficio personal de conocer la Palabra de Dios
es hecha abundantemente clara en el Salmo 119. 2 Timoteo 3:16 habla de la
naturaleza comprensiva y autoritativa de las Escrituras en cuanto a preparar
al hombre de Dios para toda buena obra. Pablo manda en forma directa a
Timoteo: “Procura con diligencia presentarte a Dios aprobado, como obrero
que no tiene de que avergonzarse, que usa bien la palabra de verdad” (2 Ti.
2:15).
Dentro del estudio de las Escrituras, la teología debería tener una posición
de importancia particular. Pablo, usando las palabras de un poeta griego,
dijo que en Dios “vivimos, y nos movemos, y somos” (Hch. 17:28). Juan
escribe que Cristo es la Palabra encarnada (Jn. 1:1 – 4, 14). Alguien podría
argumentar que al usar el término logos Juan está queriendo decir que Cristo
es el fundamento oculto para la existencia dentro del universo físico. Él es el
Creador de todo y el Dador de la vida. Él es lleno de verdad (Jn. 14:1) y es la
verdad (Jn. 14:6). En Cristo “están escondidos todos los tesoros de la
sabiduría y del conocimiento” (Col. 2:3).
En el otro extremo del currículo, hay algunas áreas específicas que están
explícitamente prohibidas de incluirse en una educación enfocada
bíblicamente. Pablo deseaba que los creyentes romanos fueran “sabios para
el bien, e ingenuos para el mal” (Ro. 16:19). Mientras que Filipenses 4:8
dirige a los cristianos a enfocar sus pensamientos en lo que es verdad,
también fija algunas cualidades adicionales que las áreas del pensamiento
deberían tener, como “honorable”, “justo”, “puro”, “amoroso”, “digno de
elogio”, “excelente” (o virtuoso) y “digno de alabanza”. La iglesia en Éfeso
no tenía que participar “en las obras infructuosas de las tinieblas, sino más
bien reprendedlas; porque vergonzoso es aun hablar de lo que ellos hacen en
secreto” (Ef. 5:11 – 12). Los maestros enfocados bíblicamente deberían
reconocer que hay áreas que, a pesar de ser verdaderas e históricas, son tan
vergonzosas que deberían evitarlas.
En su última carta a Timoteo, Pablo le dio una serie de pautas para el
ministerio pastoral de enseñanza que incluían exhortar a las personas a “que
no contiendan sobre palabras, lo cual para nada aprovecha, sino que es para
perdición de los oyentes" (2 Ti. 2:14); y agregaba: “evita profanas y vanas
palabrerías, porque conducirán más y más a la impiedad” (v. 16), y “desecha
las cuestiones necias e insensatas, sabiendo que engendran contiendas” (v.
23). El maestro cristiano necesita estar seguro de la selección del material
que hace para que su enseñanza sea con sustancia y peso, más que enfocarse
en temas especulativos y oscuros.
Hasta cierto punto, el principio que Pablo dio a los corintios es en
este sentido relevante. Enseñó que mientras para él todas las cosas
eran legítimas, no todas eran para provecho (1 Co. 6:12), algunas cosas
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 271

eran demasiado poderosas y parecían esclavizarlo (1 Co. 6:12), y algunas


cosas no edificaban (1 Co. 10:23). Para evitar estar cultivando
inadvertidamente algunos de esos posibles efectos negativos en la vida de
sus alumnos, los maestros deben ser muy cuidadosos en la selección de
temas para enseñar y también en la manera en que los temas seleccionados
se presentan. En muchos casos, al estudiante debe considerársele como el
hermano más débil de Romanos 14 y es la responsabilidad del maestro
hacerle el camino llano. El Señor enfatizó este principio cuando en la
enseñanza de los niños, dijo: “Cualquiera que haga tropezar a uno de estos
pequeñitos que creen en mí, mejor le fuera si se le atase una piedra de
molino al cuello, y se le arrojase en el mar” (Mr. 9:421.
Lo planteado más arriba, sin embargo, no debería tomarse como una
excusa para que un estudiante deba estudiar algunas áreas que le sean
personalmente objetables y con las cuales tenga desacuerdos filosóficos. En
su libro Christian Education: Its Mandate and Misión7 [Educación cristiana: su
mandato y misión], la facultad de la Universidad Bob Jones presenta un
interesante análisis sobre este asunto. Un capítulo en ese libro identifica los
siguientes siete tipos de elementos objetables: blasfemias, realismo
escatológico (referencias específicas al excremento), realismo erótico,
perversión sexual, violencia sensacionalista, ocultismo, religiones falsas o
presunciones filosóficas. El capítulo describe los puntos fuertes y los puntos
débiles de las tres más importantes estrategias asumidas por los cristianos
para censurar estas áreas (permisivismo, exclusivismo y pragmatismo) y
argumenta que la estrategia bíblica es completamente diferente a cualquiera
de ellas. Destaca que la Biblia incluye siete tipos de elementos de censura
para propósitos educacionales y recomienda que los tres criterios
bíblicamente derivados de gratuidad, claridad y tonalidad moral deben
analizarse cuidadosamente en cada caso de posible censura cuando se toman
decisiones curriculares.
Habiendo descrito brevemente estas áreas de estudio curriculares que
o son explícitamente ordenadas o prohibidas por las Escrituras, queda
un amplio terreno intermedio de asuntos y temas que el creyente es
libre de explorar. Hay muchas áreas dentro de esta categoría para las
cuales las Escrituras proveen aliento implícito para el estudio como
una manera de capacitar a los creyentes para una glorificación y un
servicio más efectivo a Dios. Por ejemplo, el estudio serio de la Palabra
de Dios requiere que la persona tenga una habilidad para la lectura
bien desarrollada con un vocabulario razonablemente amplio así como
habilidades de pensamiento fuertemente analítico y crítico. El mandato
de “estar siempre preparados para presentar defensa con mansedumbre
y reverencia ante todo el que os demande razón de la esperanza que hay
en vosotros” (1 P. 3:15) implica la necesidad de desarrollar la comunicación
272 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

hablada y habilidades retóricas. Se podría argumentar con razón que un


estudio cuidadoso de la historia y la filosofía es una parte necesaria en la
preparación para la guerra espiritual que capacite a los creyentes tanto a
evitar ser tomados cautivos por ”filosofías y huecas sutilezas, según las
tradiciones de los hombres, conforme a los rudimentos del mundo, y no
según Cristo” (2:8) y también para ”refutar argumentos, y toda altivez que
se levanta contra el conocimiento de Dios, y llevando cautivo todo
pensamiento a la obediencia de Cristo” (2 Co. 10:5). Para ver la perspectiva
de la facultad de un centro de estudios cristianos sobre la amplitud de
asuntos y habilidades que son importantes áreas de estudio en el contexto de
una experiencia educacional a nivel no graduado, el lector debería visitar la
sección programas académicos en la página de Internet del The Master's
College (www.masters.edu).
El ejemplo de figuras bíblicas también ofrece apoyo para un estudio
amplio de nuestra parte. Job y Salomón demostraron un profundo
conocimiento de la naturaleza. Se dice que Daniel y sus compañeros hebreos
recibieron amplio entrenamiento en “las letras y la lengua de los caldeos”
(Dn. 1:4) De hecho, Dios les dio una capacidad especial en este estudio de la
literatura pagana secular (Dn. 1:7) hasta el punto que “en todo asunto de
sabiduría e inteligencia que el rey les consultó, los halló diez veces mejores
que todos los magos y astrólogos que había en todo el reino” (Dn. 1:20). El
uso frecuente de la literatura griega secular que hace Pablo en sus mensajes
es una clara evidencia de que había estudiado estas materias a profundidad.
El estudio del arte y la música aparecen endosados a través de los ejemplos
bíblicos de Bezaleel (Éx. 31:1-5), David y Asaf.

ALIMENTO PARA EL PENSAMIENTO

Este capítulo ha destacado las diferencias entre un enfoque secular y bíblico


sobre el propósito, métodos y contenido de la educación. La meta mayor de
la educación debe ser consecuente con el más grande propósito de Dios:
Preparar a los individuos para una glorificación más efectiva a Dios
mediante la adoración y el servicio. Primero, la centralidad de las Escrituras
debe darse como prioridad dentro del currículo. Más allá de eso, la selección
del currículo debería estar centrada en los principios de las Escrituras para
preparar a los estudiantes en un contexto amplio, evitando algunas áreas
con temas destructivos y manejando otros contenidos con sensibilidad según
el grado de madurez de los alumnos. Dios espera maestros con un alto nivel
de responsabilidad en la selección de sus currículos, los métodos que usan y
los ejemplos personales que la vida de cada uno de ellos significa para los
estudiantes.
¿Educación cristiana o adoctrinamiento secular? 273

Padres, pastores y maestros deben pensar en las decisiones que hacen para
su propia educación, la educación de sus hijos y las estrategias
educacionales que pudieran recomendar a otros en su esfera de influencia.
Hoy día, en occidente, la educación pública en los niveles elemental,
secundario y preuniversitario es, en el mejor de los casos, indiferente a los
principios bíblicos de la educación y, más frecuentemente, contraria a ellos.
¿Qué pasos están dando los pastores y padres para contrarrestar los efectos
seculares de la educación pública en la vida de sus hijos, jóvenes y
universitarios? Los directores de las escuelas cristianas y decanos
académicos de universidades cristianas deben igualmente pensar en los
efectos que la enseñanza en la escuela pública ha tenido en las perspectivas y
métodos de muchos miembros de su facultad y cómo ellos pueden proveer
una efectiva reeducación en estas áreas. Si la iglesia va a proveer una
educación centrada en la Biblia para preparar a la próxima generación de
dirigentes y laicos cristianos, debe darse una respuesta seria y definitiva a
estos asuntos.

LECTURAS ADICIONALES

Horton, Ronald A., ed. Christian Education: Its Mandate and Mission [La
educación cristiana: Su misión y su mandato], Greenville, SC: Bob Jones
University Press, 1992.
Gaebelein, Frank and Derek J. Keenan, Christian Education in a Democracy [La
educación cristiana en una democracia], Colorado Springs: Association of
Christian Schools International, 1995.
Greene, Albert E. Reclaiming the Future of Christian Education: A Transforming
Vision [Cómo reclamar el futuro de la educación cristiana: Una visión
transformativa], Colorado Springs: Association of Christian Schools
International, 1998.
Holmes, Arthur F. The Idea of a Christian College [La idea de una universidad
cristiana], ed. rev. Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1999.
Moreland, J. P. Love Your God with All Your Mind: The Role of Reason in the Life
of the Soul [Amar a Dios con toda su mente: El papel de la razón en la vida
del alma], Colorado Springs: NavPress, 1997.
14

HONESTIDAD EN EL
TRATAMIENTO DE LA HISTORIA

CLYDE P. GREER, HIJO

Dios creó el tiempo y el espacio. Un Dios personal, supremo, trascendente,


autosuficiente y autoexistente surgió de la eternidad para inaugurar la
historia. Al sexto día de la historia. Dios creó a las personas. “Entonces dijo
Dios: Hagamos al hombre a nuestra imagen, conforme a nuestra semejanza;
y señoree...” (Gn. 1:26).
Dios creó a los seres humanos a su imagen con las facultades racionales
necesarias para ejercer dominio sobre su creación. Usando una mente
admirable aunque caída, el hombre ahora investiga el universo de tiempo y
espacio de Dios. Astrónomos, geógrafos y otros auscultan el sistema solar y
la tierra. Los historiadores estudian los acontecimientos en el tiempo.

¿QUÉ ES LA HISTORIA?

Historia es “más que fechas y gente muerta”.1 “Todo el mundo sabe,


por supuesto, que historia fue y es el estudio del pasado”.2 “Historia...
puede definirse como la reconstrucción literaria interpretada del pasado
humano significativo, basada en información de documentos estudiados
por métodos científicos”.3 Hay innumerables otras definiciones. La
etimología de la palabra historia, sin embargo, ilumina las dos formas
básicas en las que se usa la palabra. El griego historia se relaciona con
el conocimiento sobre el pasado, los registros escritos y la interpretación
basada sobre una investigación deliberada. El término alemán geschichte
tiene la connotación de acontecimientos del pasado. Así, el pasado
mismo es historia: cualquier cosa que alguna vez haya ocurrido (geschichte).
También se clasifican los relatos escritos de incidentes del pasado como
276 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

historia (historia).4 Este capítulo empleará ambos significados principales de


la palabra historia (el pasado mismo o el estudio del pasado); el contexto
habrá de indicar claramente cuál se ajusta mejor.
¿Cuánto del pasado estudian los historiadores? En una cartilla clásica
sobre la disciplina, un estudioso declaró, “La historia estudia todo lo que el
hombre ha sido o ha tratado de ser”.5 Una reciente evaluación comienza por
afirmar: “Todas las experiencias humanas caen dentro de la esfera de los
historiadores”.6 Obviamente, la historia comprende un campo vasto de
estudio. Agregado a eso, aumenta más cada día con el paso del tiempo.
Además, a menudo los cristianos tratamos de percibir la supervisión de Dios
de la historia.

¿POR QUÉ ESTUDIAR LA HISTORIA?

¿Por qué las escuelas requieren tradicionalmente que los jóvenes estudien
historia? A través de las edades, muchos estudiantes han tenido que
soportar clases de historia tediosas y poco imaginativas y apenas más
tolerables que sus livianos almuerzos de la cafetería. Estos estudiantes se
han preguntado por qué los oficiales de la escuela los obligan a estudiar
historia cuando eso parece no tener nada que ver con los gastos en los que
tienen que incurrir para pasar un buen fin de semana y actividades sociales.
¿Por qué estudiar historia?

Identidad, ciudadanía, sabiduría, placer

Las personas necesitan una memoria personal e histórica para seguir el


consejo de Sócrates: “Conócete a ti mismo”. De igual forma, el estudio de la
historia puede establecer identidades de grupo. Si la “historia es la memoria
de la humanidad”,7 entonces la amnesia histórica generalizada; es decir, la
ignorancia o el poco interés por la historia puede dar lugar a una crisis de
identidad colectiva, incluso en un nivel nacional. Los líderes políticos y
autoridades educacionales, por lo tanto, requieren que los estudiantes
estudien historia como parte del proceso de socialización política,
identificación con la nación y participación en su vida pública. Las personas
inteligentes buscan en la historia una guía moral y práctica. Individuos,
grupos, los estados y las naciones pueden obtener ideas acerca de las
decisiones que necesitan hacer en el presente para el futuro a través de
estudiar el pasado.
Más allá de estas racionales pragmáticas para el estudio de la historia,
muchas personas sencillas disfrutan de la historia. A juzgar por las figuras
presentes en películas históricas, museos y lugares patrimoniales tanto como
en material de lectura de gran venta, sitios en la red informática (Internet) y
membresía en sociedades históricas, hay un gran público ansioso de historia.
Honestidad en el tratamiento de la historia 277

Desdichadamente, con frecuencia ese apetito es saciado con comida chatarra;


es decir, docudramas y películas que mezclan a su antojo realidad y ficción.8
Las personas necesitan conocer la historia para evitar ser engañadas. Histo-
riadores profesionales bien podrían servir al público en estas situaciones de
confusión. Podrían “señalar tergiversaciones y falsificaciones y otros errores
y faltas en esto o esa clase de representación histórica... [porque] el propósito
de la historia es la disminución de lo falso”.9

Edificación

De todas las personas, los cristianos maduros deberíamos ser los que más
aprecien la historia. ¿Por qué? “Porque el cristianismo... es esencialmente
una religión histórica: una religión cuyos dogmas fundamentales están
basados en acontecimientos”.10 Muchos de los libros de la Biblia registran
hechos reales. Los personajes bíblicos vivieron en un tiempo real no como
figuras míticas o legendarias. La caída, el diluvio, el éxodo, la conquista, el
exilio, la encarnación, la crucifixión, la resurrección y la ascensión ocurrieron
en la historia real.
En las Escrituras, Dios amonestó a sus hijos a aprender de la historia.
“Acuérdate de los tiempos antiguos, considera los años de muchas genera-
ciones” (Dt. 32:7a). “Escucha, pueblo mío, mi ley; inclinad vuestros oídos a
las palabras de mi boca. Abriré mi boca en proverbios; hablaré cosas escon-
didas desde tiempos antiguos, las cuales hemos oído y entendido; que nues-
tros padres nos las contaron. No las encubriremos a sus hijos, contando a la
generación venidera...” (Sal. 78:l-4a). Repetidamente, la Palabra de Dios
repasa la historia de Israel (Dt. 1-3; Jos. 24:1-13; Sal. 105; 106; 136). Aun en el
Nuevo Testamento, el apóstol Pablo revisó algunos hechos históricos del
Antiguo Testamento (1 Co. 10:1-10). Luego dio una razón para estudiar di-
chos hechos históricos: “Y estas cosas les acontecieron como ejemplo, y están
escritas para amonestarnos a nosotros...” (v. 11a). En Hechos 7, Esteban dio
una larga conferencia histórica antes de que sus oyentes lo apedrearan hasta
darle muerte. (Los maestros modernos de historia deberían sentirse felices
de que sus oyentes no siguen la misma práctica.)
¿Por qué Dios habrá incluido tantas lecciones de historia (reflexiones
conscientes sobre el pasado) así como historia básica (relatos de lo que
sucedió) en su Palabra inerrante? La historia bíblica ayudó a reforzar la iden-
tidad especial del pueblo de Dios, pero más importante que eso, les recordó
la fidelidad de Dios. Él había obrado en el pasado con un brazo fuerte. Eso
pudo haberlos llevado a volver a asumir que, a pesar del castigo ocasional,
278 PI EN SE CO N FO RM E A LA BI BLI A

Él mantendría su pacto y cumpliría sus promesas para el presente y para el


futuro. Hoy día, los creyentes también nos bendecimos al leer esta historia.
Por supuesto, Dios no renuncia a seguir involucrándose en la historia des­
pués de los tiempos bíblicos. Él no dejó de actuar en la historia humana des­
pués del cierre del canon. Los cristianos deberíamos estudiar el quehacer de
Dios en su Iglesia a través de las edades, de acuerdo con Philip Schaff, cono­
cido como “el fundador de la disciplina de la historia de la iglesia en los
Estados Unidos”.

¿Cómo podríamos trabajar con algún resultado para construir la Iglesia, si


no vamos a través del conocimiento de su historia o dejar de comprenderla
desde el adecuado punto de observación? La historia está, y siempre debe
seguir estándolo, cerca de la Palabra de Dios, la más rica fuente de sabiduría,
y la guía más segura para toda actividad práctica exitosa."

Definitivamente, los cristianos tenemos muchas buenas razones para es­


tudiar historia: incremento de la fe, disfrute, lograr mayor sabiduría, entre­
namiento ciudadano y desarrollo de la identidad. La historia, como campo
de estudio, merece un status alto en la iglesia de Cristo.

H is t o r ia d e l a h is t o r ia

La historia tiene una historia. La “historiografía” es la “disciplina de escribir


historia”.12 Durante siglos se ha venido escribiendo acerca del pasado. Las
formas en las cuales los historiadores abordan el pasado, estudiado docu­
mentos, y escrito las historias de los hechos del pasado, sin embargo, han
cambiado con el paso del tiempo. “Debido a este elemento de subjetividad
en el proceso histórico, cualquier estudio del significado de la historia debería
incluir un estudio de cómo se ha escrito e interpretado la historia en otras
áreas”.13Las secciones siguientes resumen en forma sucinta algunas ideas, tra­
bajos y visiones del mundo de algunos de los más influyentes historiadores
que ha habido en el mundo occidental.

Historia premoderna
El término premoderna se refiere tanto a las eras antigua como medieval en
la civilización occidental. Tradicionalmente, los historiadores en occidente
han clasificado como “antigua” esa historia que va desde la creación a apro­
ximadamente el año 500 d.C., aproximadamente la fecha de la caída del
Imperio Romano y el subsiguiente final de la síntesis cultural de la antigüedad
clásica. El período medieval, o Edad Media, comprende el milenio que va des­
de 500 d.C. hasta aproximadamente el 1500 d.C. Después de la revolución
Honestidad en el tratamiento de la historia 279

científica y el Siglo de las luces cambió la mentalidad medieval y se transformó


en moderna.

H is t o r ia d o r e s a n t ig u o s

Como todos los pueblos antiguos, los antiguos hebreos y griegos hicieron his­
toria en el sentido geschichte. Participaron en hechos del pasado, pero
hicieron mucho más. Crearon historia en el sentido griego de historia, escri­
biendo intencionalmente interpretaciones significativas de hechos pasados.
Por contraste, la mayoría de las civilizaciones no occidentales en tiempos an­
tiguos y a veces continuando hasta el presente, han visto el pasado como una
serie de ciclos infinitos sin significado intrínseco y poco dignos de una refle­
xión seria.
Heródoto (ca. 484-420 a.C.), el historiador griego conocido como el
“padre de la historia” hizo la crónica de la guerra entre Grecia y Persia. A
pesar de que él era partidario de una buena historia, “distinguió claramente
en su historia entre lo que estaba basado en testimonios orales o rumores, y
lo que él había visto y oído personalmente o había logrado investigar”.14
Después de H eródoto, Tucídides describió la guerra del Peloponeso.
Tucídides, el “padre de la historia científica” (ca. 460-395 a.C.) desarrolló
modelos rigurosos para comprobar críticamente la confiabilidad de las
fuentes, rechazando completamente las explicaciones sobrenaturales. “La
ausencia del romance en mi historia disminuirá, supongo, algo de su interés,
pero si va a considerarse útil por aquellos investigadores que desean un cono­
cimiento exacto del pasado como una ayuda para la interpretación del fu­
turo... me sentiré satisfecho”.15 El y posteriores historiadores griegos
distinguieron claramente sus trabajos, que consideraban veraces, de poesía y
otras formas de literatura imaginativa.
La opinión griega de que la historia establece un “conocimiento exacto”
de “hechos particulares” prácticos sobre el pasado para guiar en el presente
y en el futuro proveería un fundamento firme para escribir la historia.
Después de los antiguos hebreos y griegos, “por los próximos dos mil años...
no hubo cambios realmente profundos en la naturaleza del pensamiento
histórico”.16

Los historiadores hebreos fueron los primeros en tener una verdadera


filosofía de la historia. Su desarrollo de un concepto de tiempo lineal más
bien que cíclico y su conciencia de la unidad de la raza [humana] bajo un
Dios abrieron el camino para tal filosofía. Ellos también, a diferencia de
otros pueblos antiguos, miraban a una futura época dorada bajo su Mesías
en lugar de a una era dorada ya pasada. Dios, así como el hombre está dan-
280 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

do forma a la historia de acuerdo con su visión. La historia es un


proceso que alcanzará un clímax significativo bajo la condición de
Dios. Este enfoque dio una nueva perspectiva e integridad a la
historia humana.17

“La conciencia judía mesiánica y escatológica fue el curso que siguieron


los cristianos”.18 Esa perspectiva lineal y universal dominó la historiografía
cristiana posmoderna llegando a constituir en el presente un componente
fundamental de cualquier visión bíblica de la historia.
En La ciudad de Dios. Agustín, el famoso padre de la iglesia (354-430 d.C.)
obispo de Hipona en el Norte de África, legó a la historia una teología de la
historia perdurable. La escribió en respuesta a las turbulencias del Imperio
Romano durante su decadencia. La ciudad de Dios ha ayudado a incontables
cristianos a reconciliar profundos acontecimientos perturbadores en las
ciudades del hombre con la providencia de Dios. La “Providencia divina”
envuelve la idea de que Dios guía soberanamente los asuntos humanos
¿Cómo podría un Padre celestial poderoso y bueno permitir que
sobrevengan desastres sobre sus hijos en la tierna? Agustín explica que la
ciudad de Dios y la ciudad del hombre coexisten sobre la tierra, pero que los
cristianos debemos confiar en Dios y mantener una perspectiva
escatolígica.19 Como el apóstol Pablo les recuerda a las hijos de Dios: “Mas
nuestra ciudadanía está en los cielos, de donde también esperamos al
Salvador, el Señor Jesucristo” Fil. 3:20). La perspectiva celestial sobre la
historia terrenal que articuló Agustín tuvo un profundo impacto sobre los
escritores de la historia medieval y, desde entonces, sobre la perspectiva
cristiana del mundo.

HISTORIADORES MEDIEVALES

A menudo monjes y sacerdotes de la Europa medieval, escribiendo en latín,


produjeron simplemente anales o crónicas. Típico entre ellos, Beda el
Venerable. (ca. 673—735 d.C.) descrito como “el padre de la historia inglesa”
intentó conscientemente distinguir entre hecho y rumor. Su Historia
eclesiástica del pueblo inglés, sin embargo, identifico la mano providencial de
Dios interviniendo repetidamente en la historia y a veces realizando
milagros “… lo que leemos en la historia de revelada de un „plan escrito por
Dios‟”.20

RESUMEN PREMODERNO

Para resumir moralizando la historiografía premoderna, los antiguos


historiadores griegos aplicaron facultades racionales a la investigación de toda
la vida, incluyendo el pasado. En otra parte, la historia griega y premoderna
Honestidadenel tratamiento de lahistoria 281

tendió a ser cíclica y pesimista. En el occidente cristiano medieval, sin em­


bargo, los historiadores adoptaron una perspectiva lineal yprovidencial hacia
la historia, laquedescribieroncomoverdadera ymoralmente útil. Aceptando
la autoridad de las Escrituras, enseñaron que la historia comenzó con la in­
vención que hizo Dios del tiempo en la creación. Los medievalistas enfa­
tizaron sus intervenciones en el tiempo tal como se revela en las Escrituras y
en la historia. Afirmaban que la historia habría de culminar en el futuro
cuando Dios cumpliera su promesa que el Salvador regresaría al final del
tiempo yespacioen la historia.
Historia moderna
Rev ol u c ió n c ient íf ic a e h is t o r ia d o r es de l a Il ust r a c ión
“Larevolucióncientífica”del siglodiecisieteysurelaciónconel siglodie­
ciocho, llamado “Siglo de las Luces” o Ilustración provocó una ruptura de­
cisiva con la visión premoderna del mundo. Un cambio de modelo
monumental de la visión del mundo ocurrió cuando los historiadores profe­
sionales tanto como otros intelectuales yeruditos de esa era trataron de usar
en sus técnicas el método científico. También percibieron progresoen el des­
plieguede la historia a través del uso de la razón yla ciencia del hombre, en
lugar de ser un resultado del trabajo de la Providencia divina.
Finalmente, esta Revolución Científicaengendró una independencia inte­
lectual de las Escrituras. Los filósofos de la llamada Ilustración aplicaron o
más biendejarondeaplicar los hallazgos de loscientíficos paracrear una nue­
va visión racional del mundo basada en el naturalismo. Intencionalmente, el
naturalismo excluye las realidades espirituales y basa su investigación de la
verdad únicamente en los fenómenos naturales yen explicaciones empíricas.
Desde la perspectiva del naturalismo de la Ilustración, se necesitaba senci­
llamente usar la razón yel método científico para reformar las sociedades y
alcanzar lagrandeza. “Ellos insistíanqueel progresoera posibledebidoaque
los humanos eran básicamente buenos yno fundamentalmente malos como
había venido enseñando el cristianismo”.21
La conjetura de la Ilustración podría también omitir a Dios del meca­
nismoqueopera enel universomediante nuevos descubrimientos deleyesna­
turales. El deísmo, que es la filosofía que retenía a Dios como Creador solo
como una fuerza histórica impersonal, se transformó en la religión de mu­
chos intelectuales. Como Voltaire (1694-1778 d.C.), “el padre de la Ilus­
tración”, intentó escribir historia, dijo: “Vamos a dejar... la parte divina en
las manos dequienes ha sidodepositada yconfinándonos nosotros solamente
a loqueeshistórico”22(cursivas añadidas). Los relatos históricos escritos du-
282 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

rante esta era por Voltaire y Edward Gibbon (1737 – 1794 d-C.)23 imaginaron
que el progreso venía a través de la razón humana, así es que desautorizaron
cualquier papel significativo de Dios en la historia. En las manos de deístas
furiosos, la historia ya no volvió a considerarse “Su historia”.

HISTORIADORES CIENTÍFICOS

Intencionadamente, los historiadores germanos aplicaron a la historia los


métodos científicos y durante el siglo dieciocho establecieron el primer
grado académico en historia. El programa de doctorado en historia
comprendía “la insistencia en fuentes „primarias‟,24 los requerimientos de
seminarios y disertaciones doctorales, monografías, bibliografías, notas y
periódicos profesionales”.25 La gran influencia del historiador germano
Leopold von Ranke (1795 – 1886 d.C.) definió el trabajo de los modernos
historiadores: reconstrucción de hechos del pasado “wie es eigentlich
gewesen”: “como realmente ocurrió”.26 El método para producir historia
científica fue más o menos así:

...a la información se debe llegar sin prejuicios; los hechos deben


diferenciarse claramente de las opiniones; debe aceptarse la evidencia
que provean únicamente testigos imparciales y a su debido tiempo
someterla a análisis crítico; debe mantenerse la objetividad y cualquier
prejuicio personal debe suprimirse en forma apropiada; y el
subsiguiente registro escrito debe ser escrupulosamente fidedigno.

Creyendo esto, como científicos, derivaron conocimiento a través de


información de los sentidos, considerándose algunos "empíricos". Aceptaron
la popularización que hizo John Locke (1632 – 1704 d.C.) de la doctrina de
Aristóteles (384 – 322 d.C.) según la cual "nada hay en el conocimiento que
primero no haya estado en los sentidos .28
Para algunos historiadores, el esfuerzo de “hacer historia científica se
originó en el Positivismo del sociólogo francés Auguste Comte (1798 – 1857).
El término Positivismo fue usado como contraste a los métodos fiables de la
ciencia natural con las especulaciones etéreas de los metafísicos”.29 Como lo
resumió otro erudito, “Central al modernismo fue la creencia que el uso
apropiado de la razón humana habría de garantizar el progreso. Tal creencia
surgió en la Ilustración y culminó con el positivismo del siglo XIX”.30 En
forma modificada, el ideal empírico, positivista y científico sigue guiando a
muchos historiadores cuando tratan de escribir sobre el pasado lo más
correctamente posible.
Honestidad en el tratamiento de la historia 283

EL HISTORICISMO

En lugar de estudiar la historia desde una posición estrictamente empírica y


positivista, unos pocos hombres ambiciosos escribieron historia especulativa
que intentó formular meta narraciones históricas; es decir, modelos
explicativos totalmente envolventes. Algunos operaban desde una posición
filosófica conocida como idealismo. Establecido sobre la tesis de Rene
Descartes (1596 – 1650 d.C.) según la cual la razón trato certidumbre,
Emmanuel Kant (1724 – 1804 d.C.) “vio la historia como el registro del
progreso humano hacia la racionalidad y la libertad”31 guiados por la
Naturaleza determinista. G. F. F Hegel (1770 – 1831 d.C.) “es probablemente
el más conocido de estos filósofos de la historia idealista, y es grandemente
influenciado por el totalitarismo del siglo veinte tanto de derecha como de
izquierda”.32
Como muchos modernistas, Hegel cimentó su superestructura histórica
sobre la idea del progreso que conducía “hacia el triunfo de la razón y la
libertad”.33 Imaginativamente, Hegel empleó varios términos para la fuerza
impersonal dirigiendo el avance de la historia: Espíritu del mundo. Razón,
Logos, el Absoluto e incluso Dios.34 El sistema de dialéctica de Hegel
proporcionó el patrón para la progresión histórica. Una tesis predominante
habría de chocar con su oponente, la antítesis. La resolución del conflicto
crearía una síntesis. Esta síntesis llegaría a ser una nueva tesis, que generaría
una nueva antítesis, y así por el estilo.
Carlos Marx (1818 – 1883 d.C.) se apropió de la dialéctica de Hegel en su
aún más famosa filosofía de la historia. Marx pretendió que el materialismo
dialéctico, basado sobre toda importante relación económica,35 determinó
decisivamente la historia humana. De acuerdo con sus palabras famosas en
El manifiesto comunista: “hasta ahora, la historia de toda sociedad existente es
la historia de la lucha de clases”.36 Las luchas socioeconómicas alentaron el
conflicto medieval entre nobles y siervos, seguido por la disputa de la era
industrial entre los capitalistas y el proletariado. Finalmente, la utopía
comunista sin clases soñada en el socialismo científico de Marx terminaría
con la dialéctica y el estado se debilitaría. Similar a la visión liberal del
progreso continúo, Marx pintaría un milenio secularizado de duración
indefinida.
En la metahistoria de Marx, el determinismo económico reemplazó a la
naturaleza y la razón o la libertad de los historicistas como la clave para
encontrar sentido o dirección en el proceso histórico. Aunque no fue un
historiado; Carlos Darwin (1809 – 1882 d.C.) aportó a la agitación intelectual
del siglo diecinueve su desconcertante teoría de la evolución. Con ella, alteró
profundamente los conceptos occidentales de tiempo con un proceso de
selección natural que habría tomado millones de años. Además, “al proveer
una solución al problema de los orígenes que había obstaculizado a los
284 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

primeros agnósticos y ateos, Darwin hizo posible el ateísmo”.37 Desde los


deístas y escépticos de la Ilustración, hasta los positivistas, hasta los
historiadores, hasta los naturalistas, hasta los comunistas ateos, la conclusión
llegó a ser inescapable: Los historiadores modernos habrían de excluir a Dios
de su cosmos.
Si los historiadores modernos destronaron a Dios, simultáneamente
entronaron y deshumanizaron al hombre. Al aceptar la antropología de
Darwin, los historiadores ignoraron que la especie humana era la corona de
la creación. A veces, los positivistas ven a las personas apenas como esta-
dísticas sociales o masas susceptibles de ser manipuladas. Los historiadores
especulativos, incluyendo a los deterministas económicos y ambientales
describían a los individuos como desventurados y actores impotentes
arrastrados por fuerzas impersonales supremas.
Pero la mayoría de los modernistas, creyendo que el hombre no es un
pecador innato, argumentan que la razón humana ayudada por la ciencia
inevitablemente generaría progreso, culminando finalmente en alguna
forma de utopía humanista. Las metanarraciones deterministas coexistieron
con este culto modernista al progreso. Mientras no se puede ignorar el gran
aporte de los historiadores modernos al conocimiento fundamental del
mundo, sus filosofías de la historia se desviaron de y rechazaron la primitiva
visión bíblica centrada en Dios. Esto, por supuesto, reflejó un crecimiento
gradual y un rechazo más generalizado de Dios y del cristianismo durante
toda la Era Moderna. En consecuencia, los cristianos pueden celebrar la
muerte de la Era Moderna. En algunas maneras, sin embargo, las
perspectivas posmodernas de la historia son peores que la moderna.

Historia Posmoderna

Los historiadores no pueden fijar con precisión el comienzo de una era


posmoderna y un correspondiente cambio en la visión del mundo.38
Persisten algunas características modernistas: investigación científica y
desarrollo de economías industriales, el crecimiento de la democracia,
urbanización y secularización. Por supuesto, los rasgos tradicionales del
período premoderno también continúan: agricultura, gobiernos autocráticos
y actividades religiosas. También en el campo de la historia siguen
coexistiendo con algunos cambios. Los historiadores, cristianos y seculares
por igual, investigan minuciosamente en polvorientos archivos para escribir
historia usando rigurosos modelos profesionales modernos antiguos (así
como nuevas técnicas computarizadas39). ¿Cómo ha cambiado la historia en
un tiempo posmoderno?
Como adjetivo, posmoderno implica apropiadamente un elemento temporal,
Honestidad en el tratamiento de la historia 285

después de la historia premoderna y moderna. Como sustantivo,


posmodernismo representa algo más bien casual, definido en varias maneras.
“…en el posmodernismo tenemos tanto la consumación del modernismo
como la reacción humana contra este. La consumación es evidente en el
secularismo del posmodernismo y la creencia en la autonomía humana. La
reacción es un resultado de la desilusión con el modernismo”.40 Las guerras
mundiales y las depresiones del siglo veinte socavaron el "culto al progreso"
modernista Al romper con el modernismo, la visión posmodernista del
mundo refleja una revolución intelectual e ideológica, comparable con el
giro desde la fe medieval posmoderna en Dios a la fe moderna en la razón,
la ciencia y el progreso humano.
Central al desafío posmodernista en su repudio a la epistemología tanto
premoderna como moderna, la teoría del conocimiento. Al crear una crisis
epistemológica, el posmodernismo cuestiona e incluso rechaza la posibilidad
de la verdad histórica o de otro tipo. Ya que el posmodernismo, como una
visión del mundo sirve de base a varias otras tendencias relacionadas en el
campo de la historia, popularmente (o impopularmente) conocidas como
“multiculturalismo”, “corrección política” y ”revisionismo”, estos tópicos se
tratarán junto con el posmodernismo.

RAÍCES DEL POSMODERNISMO

Por supuesto, las raíces filosóficas del posmodernismo se extienden


profundas en épocas pretéritas especialmente en el relativismo, el
existencialismo y la filología (lingüística) modernos que se desarrollaron
plenamente en el siglo veinte. Para una breve pero exhaustiva revisión del
desarrollo del posmodernismo, vea el capítulo 7 (“Como entender nuestro
mundo posmoderno”) Lo que sigue aquí es un intento por tratar el desafío
especial que el posmodernista plantea a la disciplina de la historia.41
El posmodernismo representa una forma extrema del relativismo.42 El
relativismo sostiene que las pautas para juzgar vanan según las personas, los
tiempos y las situaciones. Para los posmodernistas no existen los absolutos
universales (excepto para su afirmación dogmática que los absolutos
universales no existen). Algunos escritos históricos del Romanticismo
durante el siglo diecinueve exhibían afirmaciones relativistas. Además, los
historiadores científicos43 argumentaban que ellos estudiarían y evaluarían
todas las edades y culturas según sus propios criterios más que de acuerdo
con los valores de los historiadores contemporáneos. Sin embargo, ¿quién
podría decir que acciones del pasado fueron correctas o equivocadas si los
historiadores no invocaran las leyes de Dios? Los posmodernistas
responderían: “Nadie”.
286 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

La jactanciosa objetividad científica de los eruditos del siglo diecinueve


fue sometida a ataques. ¿Pueden los historiadores, cuando escogen asuntos y
fuentes para estudiar y luego escribir interpretaciones basadas en los hechos
seleccionados, escapar completamente de su perspectiva personal basada en
su propio pasado, sus prejuicios y clima de opinión prevaleciente? De
nuevo, los posmodernistas responderían negativamente. Las perspectivas
personales determinan las realidades posmodernistas.
Los existencialistas del siglo veinte, como los románticos del siglo
diecinueve presionan a los individuos y la responsabilidad individual para
crear sentido subjetivamente. El existencialista francés Jean-Paul Sartre (1905
– 1980) dijo que “El hombre no es más de lo que hace de sí mismo”.44 Para él,
el reino de la verdad objetiva era absurdo. “Mientras que el existencialismo
moderno enseña que el sentido es creado por el individuo, el existencialismo
posmoderno enseña que el sentido es creado por un grupo social y su
lenguaje”45 (énfasis en el original). Para los posmodernistas, la identidad de
un individuo se deriva y depende de la cultura de cada uno, transmitida y
aprehendida enteramente vía lenguaje.
Los teóricos lingüistas influyentes del siglo veinte “más y más han
cuestionado la validez de referirse a alguna realidad externa fuera del
lenguaje mismo”.46 Los pensadores post estructuralistas como Michel
Foucault (1926 – 1984 d.C.) y Jacques Derrida (1930- ) rechazaron el realismo
filosófico. El realismo sostiene que la realidad objetiva existe
independientemente de la mente y el lenguaje humanos. “Ya que el lenguaje
es una creación cultural, el sentido es, en última instancia... una construcción
social”.47 Foucault creía que “el recurso tradicional para construir una visión
amplia de la historia y para replantear el pasado como un desarrollo
paciente y continuo debería ser sistemáticamente desmantelado, y
finalmente desechado”.48
Una deconstrucción o análisis crítico de textos de lenguaje incluyendo los
históricos revela agendas ocultas. Estos sentidos ocultos en los documentos
históricos cuando son desenmascarados por los posmodernistas, de alguna
manera demuestran invariablemente que los hombres blancos, capitalistas y
heterosexuales oprimían y explotaban a varios grupos sociales marginados
tales como negros, obreros, homosexuales y mujeres. Sin duda el marxismo,
el feminismo y las perspectivas históricas poscoloniales desafían la supuesta
verdad de las historias metanarrativas tradicionales.49 Las categorías “raza-
clase-género” comprenden la cuadrícula que guía muchos de los escritos
históricos posmodernistas y amenaza con fragmentar las megahistorias en
discretas microhistorias.50
Honestidad en el tratamiento de la historia 287

HISTORIA Y “VERDAD” POSMODERNISTA

En relación con los asuntos epistemológicos, los posmodernistas han


rédefinido la historia en las líneas siguientes:

...la historia puede ser redescrita como un discurso que es


fundamentalmente retórico, y... representando el pasado tiene lugar a
través de la creación de imágenes poderosas y persuasivas que
pueden entenderse mejor como objetos creados, modelos, metáforas o
propuestas sobre la realidad.51

En la visión posmodernista, la historia difiere poco, si es que difiere, de la


poesía u otras formas de literatura. La historicidad actual comprende una
escala corrediza entre hecho y ficción que define su lugar en términos de
“realidad-ficción”.52 En la visión posmoderna del mundo, la historia ya no
cuenta historias verdaderas sobre el pasado.53
Volviendo a la pregunta: ¿Cómo ha cambiado la historia en el tiempo
posmoderno? El relativismo posmodernista, el escepticismo y el
deconstruccionismo socavaron en un principio los fundamentos filosóficos.
Después de los antiguos hebreos, los sistemas de creencias occidentales
premodernos descansaron en verdades fundamentalmente razonables sobre Dios;
los sistemas intelectuales modernos descansaron en los fundamentos
supuestamente inconmovibles de la ciencia empírica. Con el salmista, muchos
tradicionalistas ahora se lamentan: “Si fueren destruidos los fundamentos, ¿qué
ha de hacer el justo?” (Sal. 11:3). ¿Qué puede hacer el historiador cristiano justo
(¿o los historiadores seculares honestos?)54 sin las presuposiciones
fundamentales que den sustento a la realidad objetiva y a la verdad universal?

PROBLEMAS POSMODERNISTAS

Para reparar las ofensas contra los grupos oprimidos, los eruditos posmoder-
nistas escriben historias optimistas que también confirman las “identidades
políticas”. Algunos multiculturalistas radicales se apropian de la historia como
un arma ideológica, exponiendo “mentiras nobles” o mitos para crear entre los
grupos oprimidos una herencia alentadora.55

En los ambientes intelectuales, actualmente está en boga el rechazo de la


objetividad histórica a favor de una defensa de la erudición. Los
“eruditos revisionistas” hicieron villano a Cristóbal Colón y a otros
héroes americanos afirmando al hacer eso que la herencia americana no
es de libertad, sino de opresión. Desacreditan el sesgo de la erudición
“centroeuropea” y su currículo solo para sustituirlos agresivamente por
la erudición “centroafricana” y su currículo. Rescriben las historias...
según las agendas feminista y homosexual... Si el eurocentrismo es un
yerro, se podría pensar algo similar del afrocentrismo. Si el patriarcado
288 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

está en un error ¿por qué el matriarcado habría de ser mejor? Pero


esas argucias olvidan el punto de la erudición posmodernista. El
asunto no es la verdad. El asunto es el poder.56

Por otra parte, al abogar por tolerancia para todos los grupos sociales,
creando su propia igualdad válida, subjetiva, sus “verdades” de perspectiva
sobre la historia, irónicamente los posmodernistas abrieron la puerta para
que se escribiera cualquier cosa que promoviera una causa, incluso las
iliberales.57 Usando la lógica posmoderna, si es que tal cosa existe, nadie
podría condenar la mala historia escrita por alguien con todos sus errores de
hechos y morales. Todo depende de la perspectiva de la persona. ¿Quién
más que uno puede explicar los intentos revisionistas de negar la realidad
del Holocausto, un fenómeno lleno de testigos oculares, documentos y
elementos físicos? Este poderoso intento de establecer la verdad en la
historia premoderna y moderna ha sido puesta a un lado por irrelevante en
una extraña aplicación de la mentalidad posmoderna.58 Las personas que
piensan deberían desdeñar la deshonestidad en la historia, sea cual fuere la
meta o la motivación de los autores.
La perspectiva posmoderna del poder presenta un problema alarmante. A
través de su análisis del lenguaje, la moralidad y la política, el brillante
filósofo alemán Friedrich Nietzsche (1844-1900 d.C.) provocó un enorme
impacto sobre el posmodernismo. Los cristianos lo conocemos mejor por su
desafortunada frase: “Dios ha muerto”. Sin embargo, su frase “la voluntad al
poder” resume en una forma más concisa su explicación metanarrativa de la
conducta humana59 similar a la “lucha de clases” de Marx y al enfoque en “la
conciencia”, de Sigmund Freud (1856-1939 d.C.)60
Usando la declaración de Nietzsche según la cual el deseo por el poder
guía la conducta humana, muchos posmodernistas condenan a los hombres
blancos y burgueses que supuestamente han dominado las estructuras de
poder de occidente y usado el lenguaje para oprimir a los demás.61 Implícita
o abiertamente afirmada en muchos escritos posmodernistas está la meta de
los grupos oprimidos de sacudirse a los opresores. Si no existieran absolutos
morales para refrenar el abuso de poder, sin embargo, ¿podrían los
discípulos posmodernistas de Nietzsche, cuando estén en el poder, hacerlo
mejor que Adolfo Hitler en evitar las implicaciones totalitarias de una
filosofía que se basa en una voluntad de poder?62
A veces, los posmodernistas han alcanzado el poder en ciertos segmentos
de la academia americana. En estos lugares, su violación de la libre
expresión de los eruditos tradiciones y conservadores cuya oposición a las
versiones posmodernistas de la “corrección política” sirve como una fría
advertencia de lo que podría ocurrir si llegaran a ostentar el poder total. La
Honestidad en el tratamiento de la historia 289

opresión (de ancianos, blancos y hombres ostentando el poder) en el nombre de


la anti opresión (capacitando a personas anteriormente no capacitadas) nos hace
pensar en el doble lenguaje orweliano y no puede llevar a ninguna concepción
sana de la justicia. Además, si la verdad no existe, los que ostentan el poder
pueden mentir desvergonzadamente si llevan adelante su agenda y luego tratar
de usar lenguaje posmodernista para encubrirla. Todo “depende de la
definición que se maneje al respecto”.63

HISTORIA Y EPISTEMOLOGÍA BÍBLICA

Le dijo entonces Pilato: ¿Luego, eres tú rey ? Respondió Jesús: Tú dices que yo
soy rey. Yo para esto he nacido, y para esto he venido al mundo, para dar
testimonio a la verdad. Todo aquel que es de la verdad, oye mi voz. Le dijo Pilato:
¿Qué es la verdad?
JUAN 18:37 – 383

¿Qué es verdad? Una definición sencilla del diccionario dice que verdad es
“conformidad con hechos y realidad; axioma; genuinidad o existencia real”.
Jesús y los autores bíblicos hablaron repetidamente de la verdad como algo real
y vitalmente importante. Pilato, sin embargo, sonó un poco posmodernista en
tiempos premodernos. Dirigiéndose a otro hombre conocido por sus dudas,
Tomas, “Jesús le dijo, Yo soy el camino, la verdad, y la vida. Nadie vino al
Padre si no por mí” (Jn. 14:6). Cristo no solo habló verdad, sino que la encarnó.
También oró a Dios el Padre: “Santifícalos en tu verdad; tu palabra es verdad”
(Jn. 17:17). La Palabra de Dios es verdad. La verdad existe. La realidad no es
simplemente una construcción social percibida a través del lenguaje de la
cultura. Los historiadores pueden estudiar el pasado y hacer afirmaciones
veraces sobre ella aunque no la reconstruyan perfectamente.64
Los teóricos lingüistas estiman correctamente el lenguaje como algo de una
importancia extraordinaria. El Dios Todopoderoso trajo a existencia el mundo
mediante la palabra y se ha comunicado con sus hijos a través de su Palabra.
Dios no se manifiesta visiblemente, sino que generalmente usa el lenguaje como
un puente que permita a su pueblo entenderlo. Aunque el Espíritu Santo
también juega un papel de alguna manera inescrutable en la vida cristiana, los
cristianos son, primeramente, “personas del Libro”. Saben por la revelación
escrita que Dios, el universo físico y la verdad espiritual existen. Los cristianos
lo experimentan por fe pero la razón también confirma su realidad. A la
vez que rechazan el naturalismo, una fe en Dios premoderna y enérgica
unida a una fe limitada en la ciencia moderna65 pueden trabajar juntas
para reafirmar la realidad, pasada tanto como presente.66 Basada en una
290 P IE N S E C O N F O R M E A LA BIBL IA

r e a f i r m a c i ó n r a c i o n a l d e a s p e c to s h i s to r i o g r á f i c o s p r e m o d e r n o s y m o d e r n o s ,

l a d is c ip li n a d e la h i s to r i a s o b r e v i v ir á a l p o s m o d e r n i s m o . M á s i m p o r ta n te

q u e e s o , e l S e ñ o r d e l a h i s to r i a t r a e r á a s u f in e l d e s a r r o l l o d e l a h i s to r i a

c u a n d o to d o s s u s p r o p ó s i to s s e h a y a n a l c a n z a d o .

Un a f il o s o f ía b íb l ic a d e l a h is t o r ia

A l p r i n c i p io d e e s te c a p ítu l o d e c ía m o s q u e l o s c r i s ti a n o s d e b e r ía m o s e s tu d i a r

l a h i s to r i a , a d h e r i r a u n a v i s i ó n d e l a h i s to r i a l i n e a l y p ro v i d e n c i a l y u s a r l a s

c a p a c i d a d e s o to r g a d a s p o r D i o s p a r a e n te n d e r l a v e rd a d h i s tó r i c a , l a c u a l e s

r e a l y p a r c i a l m e n te c o n o c i b l e .

Historia lineal
L a B i b l i a c o n t i e n e y a c l a r a l a h i s to r i a . El c r i s ti a n o c o m p r e n d e la h i s to r i a n o

c o m o u n c i c l o , s i n o c o m o u n a l ín e a q u e c o m e n z ó e n la c r e a c i ó n , a l c a n z ó su

c l í m a x c o n C r i s to e n l a c ru z y s e c o n s u m a r á c u a n d o C r i s to r e g r e s e d e n u e v o

a l a ti e r r a .67 ¿ P o r q u é c o n s i d e r a m o s l o s c r i s ti a n o s l a c r u c i f i x i ó n e l p i n á c u l o

d e l a h i s to r i a ? C o m o d i jo u n p a s to r : “ L a c r u z e s e l ‘ c o r a z ó n d e l e v a n g e l i o ’ .

Su b a s e e s s o b r i a ; si e l r e l a to e s c i e r t o , e n to n c e s e s e l l u g a r d o n d e l a h i s to r i a

s e a r ti c u l a . Si n o , se t r a t a d e u n f r a u d e h i s tó r i c o ” .68

Si n e s ta a rti c u l a c i ó n h i s tó r i c a , l a h u m a n id a d s e g u ir ía d e s a m p a r a d a y d e s ­

e s p e r a n z a d a m e n te m u e r ta e n s u s d e li to s y p e c a d o s . “ P e r o c u a n d o v i n o e l

c u m p l i m i e n to d e l ti e m p o , D i o s e n v ió a s u H i jo ” ( G á . 4 : 4 a ) . A tr a v é s d e su

e n c a r n a c i ó n , d e l s a c r i f i c i o e x p i a t o r i o p o r e l p e c a d o y su r e s u r r e c c i ó n d e e n tr e

l o s m u e r to s Je s ú s c u m p l i ó e n l a h i s to r i a l a s p r o f e c ía s . L a l ín e a d e s d e la

c r e a c i ó n h a s ta e l ju i c i o f in a l s e c e n tr a e n C r i s to .

U n a f i l o s o f ía b íb l i c a d e la h i s to r i a r e c o n o c e ta m b i é n l a s o b e r a n ía d e D i o s .

“ Je h o v á d e l o s e jé r c i t o s ju r ó d i c i e n d o : C i e r t a m e n t e s e h a r á d e l a m a n e r a q u e

l o h e p e n s a d o , y s e r á c o n f i r m a d o c o m o l o h e d e te r m i n a d o ” ( Is . 1 4 : 2 4 ) . U n a

f il o s o f ía d e la h i s to r i a e s “ u n a i n te r p r e ta c i ó n s i s te m á ti c a d e l a h i s to r i a u n i ­

v e rs a l d e a c u e r d o c o n u n p r i n c i p i o p o r e l c u a l l o s a c o n te c i m i e n to s y l a s s u c e ­

s i o n e s h i s tó r i c o s e s tá n u n i f i c a d o s y d ir ig i d o s h a c ia u n s e n ti d o ú l t i m o ” .6’ E l

p ri n c i p i o e s e l c o n tr o l p r o v i d e n c i a l y s o b e r a n o q u e tie n e D i o s d e la h i s to r i a .

D i o s e s tá u n i f i c a n d o y d i r ig ie n d o l a f u e rz a d e l a h i s to r i a . E l p l a n b o n d a d o s o

y r e d e n to r d e D i o s d a e l s e n ti d o ú l ti m o a l a h i s to r i a . El f in m á s a l t o y la o b r a

f in a l d e l a h i s to r i a e s e l c u m p l i m i e n to d e l a v o lu n ta d d e D i o s p a r a s u g l o r i a .

E l s e r m ó n d e l a p ó s to l P a b l o e n e l A r e ó p a g o ( C o l i n a d e M a r te ) c o n ti e n e

l a e s e n c i a d e l a f il o s o f ía c r i s ti a n a d e l a h i s to r i a . C o m i e n z a c o n l a c r e a c i ó n :

“ E l D i o s q u e h i z o e l m u n d o y to d a s l a s c o s a s q u e e n é l h a y . . . ” ( H c h . 1 7 :2 4 a ) .

P a b l o i d e n ti f ic a a D i o s c o m o e l s u s te n ta d o r s o b e r a n o d e l a v i d a . “ . . . p u e s é l
Honestidad en el tratamiento de la historia 291

e s e l q u e d a a to d o s v i d a y a l i e n to y to d a s l a s c o s a s ” (v . 2 5 b ) ; “ p o r q u e e n é l

v i v i m o s , y n o s m o v e m o s , y s o m o s ” (v . 2 8 a ) . El e s e l D i o s d e to d o . “ Y d e u n a

s a n g r e h a h e c h o to d o e l l i n a je d e l o s h o m b r e s , p a r a q u e h a b i te n s o b r e to d a

l a f a z d e la t i e r r a ” (v . 2 6 a ) . P a b l o p r e d i c ó a u n C r i s to r e s u c i ta d o (v . 3 1 ) e h i z o

u n l l a m a d o p a r a q u e to d o s “ b u s q u e n a D i o s ” (v . 2 7 ) q u i e n “ m a n d a a to d o s

l o s h o m b r e s e n t o d o l u g a r a q u e s e a r r e p i e n t a n ” (v . 3 0 b ) “ p o r c u a n to h a e s t a ­

b l e c i d o u n d ía e n e l c u a l ju z g a r á a l m u n d o c o n ju s ti c i a ” (v . 3 1 a ) . D e s d e la

c r e a c i ó n a C r i s to a l ju i c i o f u tu r o , P a b l o d e s c r i b e a l D i o s s o b e r a n o d e l m u n ­

d o e n te r o a c tu a n d o e n u n a f o r m a l in e a l a tr a v é s d e la h i s to r i a .

“ En e l p r ó l o g o d e su E v a n g e l i o ” e l a u t o r d e H e c h o s , e l D r. L u c a s , e x p o n e

“ u n e x c e l e n te re s u m e n d e l p r o c e s o d e l e s tu d i o h i s tó r i c o ” .70

Puesto que ya muchos han tratado de poner en orden la historia de las


cosas que entre nosotros han sido ciertísimas, tal como nos lo enseñaron
los que desde el principio lo vieron con sus ojos, y fueron ministros de la
palabra, me ha parecido también a mí, después de haber investigado con
diligencia todas las cosas desde su origen, escribírtelas por orden, oh exce­
lentísimo Teófilo, para que conozcas bien la verdad de las cosas en las
cuales has sido instruido.
— L u c a s 1: 1- 4

U s a n d o f u e n te s f id e d i g n a s p r i m a r i a s y s e c u n d a r i a s , L u c a s h a c e u n a n a ­

r r a c i ó n h i s tó r i c a s o f i s ti c a d a y c r o n o l ó g i c a p a r a e x p o n e r c o n c e r te z a la v e r­

d a d a c e r c a d e Je s ú s . D e e s ta m a n e r a , “ e l m é d i c o a m a d o ” ( C o l . 4 : 1 4 ) p r a c ti c ó

c o n to d a h a b i l i d a d e l a r te d e la h i s to r i a . P o r s u p u e s to , c o m o o c u r r e c o n o t r o s

a u t o r e s d e l a s E s c r i tu r a s , L u c a s f u e ta m b i é n “ i n s p i r a d o p o r e l E s p ír i tu S a n ­

t o ” ( 2 P. 1 :2 1 b ) u n e x p e r i m e n ta d o h i s to r i a d o r n o h a b r ía te n i d o e x a c t a m e n te

l a m is m a m a n e r a d e s d e e l c i e r r e d e l c a n o n b íb l i c o .

Fe e historia
D e s d e L u c a s , E u s e b i o ( c a . 2 6 5 - 3 3 9 d . C .) , A g u s tín y Be d a l o s c r i s ti a n o s h a n

e s ta d o e s c r i b i e n d o h i s to r i a . H o y d ía , l o s h i s to r i a d o r e s c r i s ti a n o s p r a c ti c a n su

v o c a c i ó n e n u n a v a ri e d a d d e i n s ti tu c i o n e s y p e r te n e c e n a o r g a n i z a c i o n e s r e l a ­

c i o n a d a s c o n su c a m p o d e a c c i ó n . U n a d e ta l e s o r g a n i z a c i o n e s , l a C o n f e r e n c i a

d e f e e h i s to r i a , p r o d u c e u n p e r i ó d i c o ti tu l a d o Fides et Historia ( f e e h i s to ­

r i a ) . E n s u s p á g i n a s , e n l a s c o n f e r e n c i a s q u e l le v a n a c a b o c o m o e n o tro s

m e d i o s , l o s h i s to r i a d o r e s c r i s ti a n o s h a n a m e n u d o a n a l i z a d o y d e b a ti d o c ó m o

a f e c ta n l a s c o n v i c c i o n e s c r i s ti a n a s l o s e s c r i to s d e h i s to r i a / 1

L o s c r i s ti a n o s q u e le e n y e s c r i b e n h i s to r i a y q u e c o m p a r te n u n a a n t r o ­

p o l o g ía b íb l i c a s a b e n q u e “ E n g a ñ o s o e s e l c o r a z ó n m á s q u e to d a s l a s c o s a s ,
292 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

y perverso” (Jer. 17:9a). Los cristianos fácilmente disciernen la naturaleza


pecaminosa de la humanidad en los muchos ejemplos aterradores de “la
inhumanidad del hombre hacia el hombre”. Al comprender la depravación
de la naturaleza humana tanto en la Biblia como en la historia, los cristianos
debemos rechazar los esquemas humanistas y que dejan a Dios por fuera,
tales como la visión marxista de la utopía sin clases. Si Dios es
verdaderamente soberano, los cristianos debemos igualmente rechazar las
metanarrativas materialistas y determinativas.
La compasión cristiana puede hacer que las descripciones históricas
cristianas de los pueblos del pasado, afligidos por la naturaleza pecadora
sean más realistas y emotivas. “Sería de una gran ayuda en nuestro estudio
de los hombres y mujeres de la historia si pudiéramos mantener en mente el
cuadro bíblico de la humanidad creada a la imagen de Dios, dotada con el
poder y la responsabilidad de elección moral, caída pero redimible”.72 Al
mismo tiempo, todos los cristianos podemos evaluar también los pueblos
pasados y las políticas pasadas basados en las medidas inmutables de Dios
en lugar de en criterios humanos relativos.
Algunos no cristianos, sin embargo, pueden también demostrar empatía y
aplicar altos estándares morales cuando analizan asuntos humanos falibles
del estudio histórico. También pueden estudiar historia de la iglesia, área en
la cual los cristianos tenemos ventajas. Sin embargo, una visión bíblica del
mundo debería en realidad capacitar a las personas a desarrollar un sentido
que les permita discernir la importancia de la fe religiosa en la historia.73
Irónicamente, en forma inconsciente los multiculturalistas han dado a los
historiadores de la iglesia cristiana un argumento en el cual apoyar su
convicción de que, como parte de la iglesia, pueden analizar sus temas más
eficazmente que los que no pertenecen a ella. Algunos multiculturalistas
radicales afirman que una persona no puede escribir historia sobre un grupo
minoritario sin ser miembro de dicho grupo. Obviamente, al llevar esa
posición a su extremo lógico impediría entender a los demás, salvo a
aquellos en una situación idéntica. Pero si la pertenencia a un grupo provee
incluso una sensibilidad especial para entender mejor el grupo, entonces los
historiadores cristianos pueden legítimamente sostener que pueden escribir
acertadas historias de la iglesia. De hecho, las obras académicas exitosas de
talentosos historiadores de la iglesia cristiana en años recientes han devuelto
efectivamente factores religiosos a un panorama histórico recientemente
ampliado por asuntos de raza-clase-género.74
Honestidad en el tratamiento de la historia 293

H is to ria p r o v id e n c ia l

L a h is to r ia p r o v id e n c ia l e s u n p u n to d e p a r tid a p a r a lo s m á s a p a s io n a d o s d e ­

b a t e s e n t r e lo s c r i s t i a n o s q u e e s t u d ia n la h is t o r ia . L o s h o r r o r e s d e la P r im e r a

G u erra M u n d ia l d e s tr u y e r o n el m ito d el p ro g reso hum ano que p ro v e ía el

apoyo p a ra la m e ta n a r r a tiv a h is tó r ic a m o d e r n is ta . La o b ra p e s im is ta The


D eclin e o f th e W est7S |L a d e c a d e n c ia del m undo o c c id e n ta l] de O s w a ld

S p r e n g le r c o n s titu y ó u n s u s titu to in s u fic ie n te c o n su p u n t o d e v is ta c íc lic o

neopagano. L u e g o , la Segunda G u erra M u n d ia l v o lv ió a d e m o s tra r la ve­

ra c id a d d e P r o v e r b io s 1 6 : 1 8 : “ A n te s d e l q u e b r a n t a m ie n t o e s la s o b e r b ia , y

a n te s de la c a íd a la a ltiv e z d e e s p í r i t u ” . D is t in g u id o s h is to r ia d o r e s , c o m o

R e in h o ld N i e b u h r 76 y H e r b e r t B u t t e r f i e l d , 77 i n i c i a r o n e n el p e r ío d o d e p o s ­

g u e r r a u n a r e e v a lu a c ió n d e l p u n t o d e v is t a p r o v id e n c ia l p r e m o d e r n o d e la h is ­

t o r i a . C o m o p e r s o n a s a f e c t a d a s p o r lo s h o r r o r e s d e la g u e r r a m o d e r n a y la s

c o m p l e ji d a d e s d e la g u e r r a f r í a , “ N i e b u h r y B u t t e r f ie ld c r e í a n q u e la c r i s i s s e

d e b ía p a r t ic u la r m e n t e a u n a v i s i ó n o p t im is t a d e la h is t o r ia c o m p a r t id a p o r e l

l i b e r a l i s m o y e l m a r x i s m o ” . 78

E n la U n iv e r s i d a d d e C a m b r id g e , H e r b e r t B u tt e r f ie ld e x p lo r ó la id e a d e l

p r o v id e n c ia lis m o , a u n q u e a lc a n z ó r e n o m b r e e s c r ib ie n d o lo q u e é l lla m ó h is ­

t o r i a “ t é c n i c a ” ( e s d e c i r , c i e n t í f i c a m e n t e f a c t u a l 79) m á s q u e m e t a f í s i c a . A l o q u e

B u tt e r f ie ld lla m ó “ h is t o r ia t é c n i c a ” a lg u n o s e s t u d io s o s c o n t e m p o r á n e o s c a l i ­

fic a r o n de “ h is to r ia o r d in a r ia ” , es d e c ir , h is t o r ia lim ita d a a “ e v id e n c ia y

c a u s a s y e f e c t o s s o b r e c u y a e x is t e n c ia s e p o d ía c o n v e n c e r a c a s i t o d o e l m u n ­

d o ” . 80 B u t t e r f i e l d i l u s t r ó u n a f i l o s o f í a d e l a h i s t o r i a b í b l i c a y p r á c t i c a c o n u n a

p r e g u n t a h ip o t é t ic a h e c h a a a lg u ie n a l fin a l d e u n v ia je :

¿ P o r q u é e s tá u ste d a q u í a h o r a ? P o s ib le r e s p u e s ta : “ P o r q u e q u is e v e n ir ” ; o ,

“ P o r q u e u n tr e n m e t r a jo ” ; o , “ P o r q u e e s la v o lu n t a d d e D io s ” ; y to d a s e s t a s

c o s a s p o d r ía n s e r v e r d a d a l m is m o t i e m p o ... v e r d a d e s e n n iv e le s d ife r e n t e s .

L o m i s m o o c u r r e c o n l a h i s t o r i a . . . 81

L a lib r e v o lu n t a d h u m a n a , la s le y e s d e la n a t u r a le z a y la p r o v id e n c ia d e

D i o s p u e d e n a c t u a r j u n t a s d e m a n e r a s i m u l t á n e a a u n q u e m i s t e r i o s a m e n t e . 82

Al p rim e r e le m e n to h is tó r ic o B u tt e r f ie ld lla m ó “ b io g r á fic o ” , al se g u n d o ,

“ c i e n t í f i c o ” y a l t e r c e r o “ t e o l ó g i c o ” . 83 É l “ p o s t u l ó l a t o t a l c e n t r a l i d a d a l a h i s ­

t o r i a d e u n a id e a b í b lic a d e p r o v id e n c ia . A f ir m ó la r a c io n a lid a d d e l u n iv e r s o

c o m o s e e x p r e s a e n la s le y e s h is t ó r ic a s y c r e í a q u e ta le s le y e s e n r e a lid a d ilu ­

m i n a b a n l o s c a m i n o s a D i o s ” . 84 S u i d e n t i f i c a c i ó n e x p l í c i t a d e f o r m a s p r e c i s a s

e n la s c u a le s la m a n o d e D io s t r a b a jó e n la h is t o r ia , s in e m b a r g o , te n d ía a s e r

d e a lg u n a m a n e r a c a u te lo s a .

D e s p u é s d e e n tr e v is ta r a v a r io s b ie n c o n o c id o s h is to r ia d o r e s c r is tia n o s ,
PIENSE CONFORME A LA BIBLIA 294

un periodista dijo: “Una gran cantidad de historiadores quiere afirmar que Dios
actúa en la historia, pero prácticamente nadie quiere decir exactamente
cómo”.85 “De hecho, una doctrina de la providencia enseña que Dios actúa en
todo, tanto bueno como no tan bueno. Pero determinar lo que Dios se propone
con tal o cual acontecimiento es algo completamente diferente”.86 En otras
palabras, muchos historiadores son renuentes a responder: “Yo” cuando leen la
pregunta retórica de Pablo: “Porque ¿quién entendió lamente del Señor...?” (Ro.
11:34a). ¿Pueden los cristianos saber con precisión por qué Dios hizo que
ocurriera tal o cual cosa en la historia?87

LA PROVIDENCIA EN LOS TIEMPOS BÍBLICOS

Durante los tiempos bíblicos, ocasionalmente Dios explicó en forma explícita


sus acciones providenciales. Estas explicaciones pueden a veces proveer infor-
mación que es útil para entender su obra después del cierre del canon. Piense
en el relato que tiene que ver con el tiempo en que Israel es llevado a la cau-
tividad:

En el cuarto año del rey Ezequías... subió Salmanasar rey de los asirios contra
Samaría, y la sitió, y la tomaron al cabo de tres años. ..Y el rey de Asiria llevó
cautivo a Israel a Asiria, y los puso en Halah, en Habor junto al río Gozan, y en
las ciudades de los medos.
2 REYES 18:9, 10a – 11

¿Por qué Dios permitió providencialmente la derrota y deportación de su


pueblo escogido? La respuesta se encuentra en el siguiente versículo. Dios
permitió esto “por cuanto no habían atendido a la voz de Jehová su Dios, sino
que habían quebrantado su pacto; y todas las cosas que Moisés siervo de Jehová
había mandado, no las habían escuchado, ni puesto por obra” (v. 12). Siendo
que las Escrituras enseñan claramente que el pecado engendra sufrimiento, ¿es
el pecado el único factor causante de calamidades específicas que afligen a las
personas en un mundo caído?88
¿Proveen siempre los patrones bíblicos de siembra y cosecha explicaciones
sencillas y directas de causa-efecto para cada debacle humano en la historia?
Cuando las personas le preguntaron por qué Dios permitía que los romanos
dieran muerte a algunos galileos (Lc. 13:1-5) y por qué un hombre había nacido
ciego (Jn. 9:1-3) Jesús rechazó el uso excesivo de este esquema interpretativo. Él
predicó que los seres humanos enfrentan un desastre eterno mucho más
portentoso si no se arrepienten. También dijo que su Padre “hace salir su sol
sobre malos y buenos, y que hace llover sobre justos e injustos” (Mt. 5:45b).
¿Deben los historiadores recibir inspiración divina del Espíritu Santo para
Honestidad en el tratamiento de la historia 295

escribir historia providencial? Alternativamente, ¿puede la evidencia


circunstancial probar la acción de Dios en la historia? El apóstol Pablo aceptó
informes sobre la fe demostrada por los colosenses y los tesalonicenses sin
invocar una clara inspiración divina para reconocer la obra de Dios en la
vida de cada uno de ellos (Col. 1:1 – 9; 1 Ts. 2:13; 3:5; 2 Ts. 2:13 – 15). Jesús
dijo que las personas podían ver su impacto en la vida de los cristianos a
través de las acciones que eran evidentes: “En esto conocerán todos que son
mis discípulos, si tuviereis amor los unos por los otros” (Jn. 13:35). En
Egipto, el discernimiento de José sobre la providencia de Dios parecía
provenir por entender la evidencia circunstancial: “Así, pues, no me
enviasteis acá vosotros, sino Dios... Vosotros pensasteis mal contra mí, mas
Dios lo encaminó a bien, para hacer lo que vemos hoy, para mantener en
vida a mucho pueblo” (Gn. 45:8a; 50:20).89 Quizá trazar la forma en la que
Dios produce algo bueno de los fracasos humanos puede ser una manera de
enfoque para hacer la historia providencial creíble.

¿OPORTUNIDADES POSMODERNAS?

El impacto intimidatorio de la academia secular en los escritores de la historia


plantea un problema. Por lo general, la comunidad de eruditos ha reconocido la
excelencia de las obras de la historia común y técnica producidas por unos
pocos historiadores cristianos pioneros, tales como George Marsden,90 Nathan
Hatch,91 Mark NolL,92 y otros. ¿Se han ganado, estos intelectuales cristianos,
como Sir Herbert Butterfield antes que ellos, el derecho de ser oídos ahora si
quieren exponer más abiertamente, incluso en forma injuriosa, la historia
providencial que como lo harían normalmente? Quizá ha llegado el tiempo de
desafiar a la academia.
En una atmósfera afectada por el posmodernismo, cuando se acepta una
variedad de opiniones a la vez que los autores reconocen su perspectivalismo,
pareciera como que los bien establecidos eruditos cristianos necesitarían una
audiencia para discutir el providencialismo. Como el propio Butterfield dijo:
“La verdadera importancia de las preguntas no queda eliminada simplemente
con establecer sus límites”.93 ¿Por qué no aceptar una perspectiva cristiana y
luego combinar el mejor saber modernista con un providencialismo
premoderno modesto, incluso en áreas fuera de la historia de la iglesia?94 ¿Sería
esto un “escándalo de la mentalidad evangelicalista” o una iniciativa valiente y
urgentemente necesaria en un tiempo pivotal de la historia para influenciar una
inteligencia espiritualmente perdida en un estado de posmodernismo extremo?
¿Y qué podemos decir de los historiadores cristianos menos conocidos que
PIENSE CONFORME A LA BIBLIA 296

trabajan en instituciones más modestas, como las escuelas cristianas


preparatorias para la universidad? Como Pablo “les ha sido encomendado el
evangelio de la circuncisión” (Gá. 2:7b), algunos historiadores pueden servir a
Dios en la academia secular y otros pueden ministrar a la iglesia. Las personas
en el mundo y en la iglesia y tanto la academia como la iglesia se beneficiarían
al oír relatos sobre el poder de Dios recogidos en la historia. “Los historiadores
evangelicalistas han dado un importante paso adelante, estableciendo la validez
de los registros religiosos”. El segundo paso es vincular estos registros a algo
más, lo que apenas ha comenzado.95
Los cristianos pueden trabajar fructíferamente en la tarea de relacionar con
exactitud al cristianismo con la historia. Sin duda que tal tarea edifica a la
iglesia. Sin embargo, todo intento en materia de historia providencial debe
caracterizarse por una franca humildad y precaución. Como el soberano Señor
dijo: “Como son más altos los cielos que la tierra, así son mis caminos más altos
que vuestros caminos, y mis pensamientos más que vuestros pensamientos” (Is.
55:9). El reduccionismo simplista y el triunfalismo arrogante están excluidos del
esfuerzo por escribir historia providencial. Los cristianos tenemos que admitir
que “ahora vemos por espejo, oscuramente” (1 Co. 13:12a.). Pero con un espíritu
de modestia y mansedumbre, deberíamos tratar de ver lo que nos permiten ver
en la historia nuestras limitadas capacidades.

Revisionismo en la historia de los Estados Unidos

En años recientes, y en parte para evitar “papas calientes” en las políticas


relacionadas con asuntos iglesia-estado,96 los autores de libros de texto para el
preuniversitario han revisado sistemáticamente la historia para devaluar las
funciones del cristianismo en la historia de los Estados Unidos. En lo que a los
cristianos nos parece una táctica vinculada con la ideología liberal, los libros de
texto han incorporado también más de la historia social de las mujeres y grupos
minoritarios. Su maltrato y lucha en la historia de los Estados Unidos proyecta
una imagen embarazosa y generalmente negativa de lo que tradicionalmente
había sido una gran epopeya nacional en anteriores libros de texto.97
La nueva revisión multicultural “políticamente correcta” de la historia de los
Estados Unidos aflige y enfada a los estadounidenses que siguen creyendo que
el patriotismo que produce socialización política sigue siendo una meta para la
historia en la educación pública. En 1994, la controversial exposición de Lynne
V. Cheney ex presidente de la National Endowment for the Humananities sobre los
nuevos estándares nacionales multiculturales y altamente politizados para la
enseñanza de la historia provocó un encendido debate. Muchos estuvieron de
acuerdo con las críticas de los textos de historia que dedicaban más espacio a
Honestidad en el tratamiento de la historia 297

Harriet Tubman que a George Washington.98 Recientemente, el Congreso


reaccionó contra el énfasis desmedido en las identidades estadounidenses
extranjeras (afro-americanos, nativo-americanos, y más) y sobre los estudios
sociales que no destacan la historia y los distintivos estadounidenses a favor
de estudios globales99 y perspectivas interdependientes. El Congreso mandó
que el currículo de la escuela pública reforzara la historia política y los
componentes cívicos estadounidenses tradicionales. Los cristianos debemos
reflexionar con sinceridad sobre estos conflictos.
¿Debería la historia volver a su función tradicional de nutrir el concepto
de nacionalidad en los jóvenes? Durante una extensa lucha con el terrorismo,
un currículo sano debería ayudar a nuestra juventud a darse cuenta de que
la tolerancia religiosa, la libertad de expresión y de prensa, el sufragio
femenino y otros valores y prácticas democráticos son dignos de defenderse.
También se requiere que los programas de historia honestos admitan las
imperfecciones en la historia de Estados Unidos, las que podrían incluir
asuntos tales como la esclavitud, el maltrato a los aborígenes, la intolerancia
tanto racial como religiosa y otras manifestaciones de la naturaleza
pecadora. No obstante, las luchas para vencer estos defectos han producido
una nación que muchos de los pueblos del mundo admiran y envidian. La
historia no puede volver a descripciones que se enfoquen solamente en
potentados, presidentes y papas, todos blancos y varones. Por el contrario,
una historia balanceada prudentemente debe igualmente evitar una
fragmentación excesiva, un acercamiento negativo, destacar diferencias
raciales y diferencias de género y otros problemas, a menos que los
estadounidenses deseen emular a Yugoslavia en su desintegración en
diferentes facciones étnicas antagónicas.
Reescribir la historia tiene razones buenas y también desagradables. Por
ejemplo, unos cien años atrás eruditos seculares usaban la falta de información
histórica acerca de los antiguos hititas, fuera de las referencias bíblicas, como
parte de su “más alta crítica” para poner en duda la exactitud y autenticidad de
la Biblia. Luego, entre 1906 y 1908, los arqueólogos desenterraron la capital
hitita completa y con abundante material escrito así como numerosos objetos.
Se desarrolló entonces una instancia positiva de revisionismo histórico para
incluir en los nuevos libros de texto información sobre la civilización hitita.
El filósofo George Santayana un poco cínicamente dijo: “La historia siempre
está equivocada, por eso siempre alguien tiene que rescribirla”.100 Quizá la
revisión histórica, tanto para incluir los relatos de grupos minoritarios como
para reincluir material religioso, no siempre tiene el propósito de corregir lo
que está equivocado (aunque tal cosa debe ocurrir) como dar un cuadro más
298 P I E N SE CO N FO RM E A LA BI BLI A

c o m p l e t o y r i c o . H i s t o r i a s b i e n e sc r i t a s, b a l a n c e a d a s , e sc r u p u l o sa m e n t e e x a c ­
t a s , so b r e t o d a c la se d e p e r so n a s sa t i sfa c e la c u r i o si d a d , su m i n i st r a e je m p l o s
( t a n t o p o si t i v o s c o m o n e g a t i v o s) y fo r t a le c e l a i d e n t id a d n a c i o n a l.

¿H a c ia d ó n d e va la h ist o r ia ?

¿A d ó n d e v a la h i st o r i a ? A d o n d e D i o s q u i e r e q u e v a y a . A u n q u e e s t a a fir ­
m a c i ó n p o si b le m e n t e n o ge n e r e d e b a t e , l o s c r i st i a n o s g e n u i n o s d isi e n t e n d e
b u e n a fe so b r e el f u t u r o t a n t o c o m o so b r e e l p a s a d o . A l g u n o s h a n a n a l i z a d o
l a s in t e r a c c i o n e s p a s a d a s d e D i o s c o m o su p u e b lo m e d i a n t e e n fa t i z a r su s
p a c t o s: a d á m i c o , n o é i c o , a b r a h á m i c o , m o sa i c o , d a v í d i c o y e l n u e v o . O t r o s
c r i st i a n o s h a n d i v i d i d o la h i st o r i a e n d i sp e n sa c i o n e s; e s d e c ir , p e r í o d o s d e
t i e m p o e n “ la e c o n o m ía d e D i o s p a r a e l h o m b r e y e l m u n d o p a r a la e je c u c i ó n
d e l p r o p ó s i t o y la v o l u n t a d d e D i o s ” . 101 A v e c e s e s t o s h a n in c lu id o d i sp e n sa ­
c i o n e s d e in o c e n c ia , c o n c i e n c i a , g o b i e r n o h u m a n o , p r o m e sa , ley , g r a c i a y r e i ­
n o . T r á t e se o n o d e la ú lt im a d i sp e n sa c i ó n , e l r e i n o m i le n a r i o d e A p o c a l i p si s
2 0 c o n st i t u i r á lit e r a l y t e r r e n a l m e n t e u n a d ife r e n c i a d e c isi v a e n e l a n á l i si s d e
l a d ir e c c ió n fu t u r a d e la h i st o r i a d e sd e u n a p e r sp e c t i v a t e o ló g i c a .
¿A y u d a a e n t e n d e r e l m e d i o d e la h i st o r i a c o n o c e r e l fin a l ? Sa b e r q u e
Je s ú s v o lv e r á e n e l f u t u r o se g u r a m e n t e a n i m a a l o s v e r d a d e r o s c r e y e n t e s e n
e l p r e se n t e (c p . 1 T s . 4 :1 8 ) . L o s c r i st i a n o s se a d h i e r e n a u n a d e t r e s p r i n c i p a le s
p o s t u r a s so b r e e l fin a l d e la h i st o r i a . U s a n d o u n a v e r si ó n t e í st a o p t i m i st a d e
la m e t a n a r r a t i v a m o d e r n i st a d e l p r o g r e s o h u m a n o , l o s c r i st i a n o s c o n o c i d o s
c o m o p o sm i l e n i a r i st a s c r e e n q u e Je s ú s v o l v e r á después d e a v i v a m i e n t o s y r e ­
f o r m a s c r i st i a n a s e n u n a e r a m i le n a r i a d o r a d a . P o r el o t r o l a d o , l o s a m i le n i a -
r i st a s r e c h a z a n la n o c i ó n d e u n r e i n a d o li t e r a l d e m il a ñ o s d e C r i s t o e n la
t i e r r a . F i n a lm e n t e , l o s p r e m i le n i a r i st a s n o v e n u n p r o g r e s o m o r a l c o n se c u e n t e
a n t e s d e la se g u n d a v e n i d a d e C r i s t o . Su i n t e r p r e t a c i ó n e s p e s i m i s t a so b r e la
n a t u r a l e z a h u m a n a p e c a m i n o sa y l a s p o si b i l i d a d e s d e u t o p í a s t e r r e n a le s, p e r o
o p t i m i st a so b r e e l p o d e r d e D i o s p a r a r e g e n e r a r a l o s p e c a d o r e s y su s p la n e s
p a r a u n fu t u r o g l o r i o s o . 102 L o s p r e m i l e n i a r i st a s a fir m a n q u e a n t e s d e l r e g r e so
d e C r i s t o se p r o d u c i r á la d e c li n a c i ó n m o r a l , lo q u e o c u r r i r á an tes d e q u e e s t a ­
b l e z c a u n r e i n o m i le n a r i o lit e r a l so b r e e st a t i e r r a q u e e x p o n g a su t r i u n fo y
g l o r i a fin a l. C o m o a f i r m ó u n e r u d i t o a c e r c a d e la o b r a d e D i o s e n l a h i st o r i a :

. .. c u a n d o la s m ir a m o s d e sd e el p u n t o d e v ist a d e lo q u e D io s d a y h a c e p o r
el h o m b r e , v e m o s q u e c a d a e r a r e p r e se n t a u n a v a n c e so b r e la a n t e r i o r . E s
v e r d a d q u e e l h o m b r e p e c a d o r e st á fa ll a n d o sie m p r e ; p e r o d o n d e a b u n d ó el
p e c a d o , la g r a c i a a b u n d ó m u c h o m á s. D e m o d o q u e p a r a la a n t ig u a p r e ­
g u n t a : “ ¿E st á e l m u n d o m e jo r o p e o r ?” , d e sd e n u e st r o p r o p i o p u n t o d e v is-
H on est id ad en el t ratam ien to de la h istoria 299

t a p o d r í a m o s r e sp o n d e r : “ Se e st á p o n i e n d o p e o r , p e r o p o r la g r a c ia d e D i o s
el c u r so d e la h i st o r ia se e st á m o v ie n d o h a c ia d e la n t e ” . 103

Le c t u r a s a d ic io n a l e s

Lib ros
Bu t t e r fie ld , H e r b e r t , C h rist ian it y an d H ist o ry [El c r i st i a n ism o y la h ist o r ia ], Lo n d r e s:
C o l li n s B o o k s, 1 9 4 9 .
M a r sd e n , G e o r ge y F r a n k R o b e r t s, e d s. A C h rist ian V iew o f H ist o ry ? [¿U n a v ist a c r is ­
t i a n a d e la h ist o r i a ?] , G r a n d R a p id s, M I : W illiam B. E e r d m a n s, 1 9 7 5 .
M c l n t i r e , C . T ., e d . G o d , H ist o ry an d H ist o rian s: M o d e rn C h rist ian V iew s o f H ist o ry
[D io s, la h ist o r ia y lo s h i st o r ia d o r e s: V ist a s c r ist ia n a s m o d e r n a s d e la h ist o r ia ],
N u e v a Y o r k : O x fo r d U n iv e r sit y P r e ss, 1 9 7 7 .
M c l n t i r e , C . T . y R o n a l d A . W ells, e d s. H ist o ry a n d H ist o ric al U n d e rst an d in g [La h is­
t o r i a y el e n t e n d im ie n t o h ist ó r ic o ], G r a n d R a p id s, M I : W illiam B., E e r d m a n s,
1 9 8 4 .'
W e lls, R o n a ld A ., e d . H ist o ry an d t h e C h rist ian H ist o rian [L a h ist o r ia y e l h i st o r ia d o r
c r ist ia n o ] , G r a n d R a p id s, M I : W illia m B. E e r d m a n s, 1 9 9 8 .

Pu blicacion es
Fid e s e t H ist o ria, p u b lic a c ió n d e la C o n fe r e n c ia so b r e Fe e H ist o r ia , c o n t ie n e a m e n u d o
a r t í c u l o s so b r e el t e m a d e u n a v isió n b íb lic a d e la h ist o r ia . En X X X I V , N ° 1 (in ­
v i e r n o / p r im a v e r a 2 0 0 2 ) la s p r i m e r a s n u e v e se le c c io n e s so n t o d a s p e r t in e n t e s.
C h rist ian H ist o ry ]L a h ist o r ia c r ist ia n a ] X X , 4 (2 0 0 1 ) e s u n a in t r o d u c c ió n p a r t i c u ­
la r m e n t e b e lla a la h ist o r ia d e la igle sia p a r a a lgu ie n q u e e st á c o m e n z a n d o a e st u ­
d ia r e l t e m a .
15

D es a r r o l l o d e u n a v is ió n

BÍBLICA DE IG LESIA Y ESTA D O

Jo h n P. St e a d

lo largo de la historia de los Estados Unidos ha habido numerosos movi­


A mientos religiosos que han influenciado la vida y las políticas en el país.
Los más impactantes en el siglo veinte han incluido el movimiento abo li­
cionista, el movimiento de temperancia y el movimiento de derechos civiles.
Mientras la meta de estos movimientos fue cambiar las políticas públicas,
ninguno de ellos vio el gobierno como algo para capturar y controlar.
A través de gran parte del siglo veinte, mucho del movimiento evangélico
conservador se compro metió de lleno en el cumplimiento de la Gran
Comisión mediante la evangelización, el establecimiento de iglesias y las mi­
siones. No fue sino hasta la creciente secularización de la cultura y la hos­
tilidad de la élite cultural hacia el cristianismo conservador que se manifestó
básicamente en las universidades, los medios de comunicación y las artes, que
muchos cristianos conservadores llegaron a estar seriamente preocupados por
la dirección moral y social que estaba llevando la nación. En 1973, esta pre­
ocupación se vio aumentada ante la decisión de la Corte Suprema de legalizar
el aborto. A partir de entonces, los líderes cristianos de este sector de la igle­
sia comenzaron a analizar estrategias para tratar de liberar al gobierno de las
influencias liberales y seculares.
¿Por qué se concentraron en las instituciones del gobierno antes que co n­
frontar directamente a los grupos que estaban respaldando a “ la izquierda”
en su ataque contra los valores cristianos? La razón era bastante obvia: El ám­
bito del gobierno había cambiado radicalmente. Durante el siglo veinte,
habían ocurrido cuatro acontecimientos monumentales que habían hecho

Material protegido por derechos de autor


PIENSE CONFORME A LA BIBLIA 302

crecer el gobierno federal: dos guerras mundiales, una gran depresión y una
guerra fría que habían durado más de cuarenta años. Seguían teniendo lugar
grandes avances tecnológicos, especialmente en el campo de las
comunicaciones. El gobierno federal llegó a estar más y más centralizado y llegó
a verse por todos los grupos de interés especial, incluyendo los líderes
evangélicos conservadores, como el más grande proveedor de favores políticos,
sociales y económicos. El sistema bipartidista, que por décadas sirvió como el
vehículo moderador para individuos y grupos de interés, comenzó y continúa
declinando, como lo demuestran los cada vez más grupos de interés especial
junto con sus brazos para levantar fondos, los Comités de Acción Política
(CAPs). Como resultado de la declinación del sistema bipartidista los políticos
se han caracterizado como un choque entre intereses irreconciliables. Ahora, las
instituciones gubernamentales se ven como algo digno de capturarse y usar
para sus propios fines por un grupo de interés particular.
Con el surgimiento de intereses evangélicos poderosos tales como The Moral
Majority, The Christian Coalition, Focus on the Family [Enfoque a la familia], The
Family Research Council y Concerned Wornen for America, entre otros, los
evangelicalistas aparecen a los ojos de las personas de gobierno así como de sus
oponentes, como grupos de interés político con una agenda política
acompañados por “lobistas” que los representan en los pasillos del Congreso y
en la burocracia. Como resultado, esta ha llegado a ser para el poder político
una cuestión de vida o muerte. Los que simpatizan con ellos, ven a estos
cristianos como que están tratando de controlar el gobierno para bien, en
asuntos tales como la moralidad y los valores de la familia tradicionales. Los
que están en contra de ellos los ven como reaccionarios que a la vez que tratan
de mantener supuestamente estándares morales represivos, defienden a la libre
empresa, la que se dice que explota a los pobres y a grupos sin representación
como las minorías, las mujeres y los homosexuales.
Hay varios problemas con tratar de controlar la sociedad a través de este
acercamiento político. Debido a lo bien organizados que están los grupos o
facciones de interés pueden llevar a cabo sus planes a expensas de la vasta
mayoría que no está bien organizada. Los marcos de la Constitución estaban
extremadamente preocupados por la tiranía del poder mayoritario
irresponsable dentro de una democracia. Su gran desafío era establecer un
sistema que pudiera hacer responsable a la mayoría. El gran tamaño geográfico
de los Estados Unidos permitiría la existencia de un gran número de facciones,
cada uno tratando de interesar al gobierno en sus demandas e incluso
subvirtiendo la voluntad de la mayoría. Cada grupo en sí mismo era demasiado
pequeño como para alcanzar sus metas sin alterar sus demandas más extremas
para formar una coalición con otros grupos y así lograr una mayoría.
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 303

Este proceso de coalición o compromiso habría de moderar estas


demandas.1 Esto puede verse en cualquiera de los grupos cristianos
mencionados antes. Los asuntos teológicos y doctrinales han sido dejados de
lado para que la “agenda” pueda ser llevada adelante más enérgicamente
con un número más grande y un mayor respaldo financiero.
Mientras que James Madison (1751 – 1836) creía que el ímpetu para la
iniciación de la mayor parte de las facciones sería económico, también le
preocupaban las facciones religiosas. Él veía el faccionalismo religioso como
una fuerza positiva para el control de poderes mayoritarios irresponsables a
la vez que veía como perniciosa la religión monolítica sancionada por el
estado y el control de las instituciones gubernamentales.
Los impulsores de estas iniciativas compartían el rechazo del siglo
dieciocho contra el fanatismo y las tiranías religiosos.
Comenzando con el Edicto de Milán, 313 d.C. y a través de la Reforma del
siglo dieciséis, el registro histórico da fe del sofocamiento de la libertad religiosa
y guerras continuas. Madison creía que la fragmentación religiosa podría
impedir que otros grupos religiosos ejercieran poder sobre el gobierno. Ningún
grupo religioso solo podría por sí mismo lograr una mayoría nacional, para lo
cual necesitaría el proceso moderador de la coalición. El resultado sería la
protección nacional contra la opresión por las mayorías religiosas. Esta es la
forma diseñada por los ideólogos para trabajar. Una diversidad de grupos
religiosos garantizaría la libertad de todos los grupos religiosos sin una iglesia
nacional sancionada por el estado.
¿Cuán cercana estaba la postura de estos líderes en cuanto a la relación
iglesia-estado con la de la Biblia? En realidad, estaba mucho más cercana de lo
que se podría creer inicialmente. Ya que en su mayor parte estas personas eran
racionalistas teístas,2 fundamentaban su visión desde la perspectiva histórica y
pragmática.

HISTORIA DEL MOMENTO BÍBLICO HACIA LA SEPARACIÓN DE LA


IGLESIA Y EL ESTADO

A través de la historia, la relación entre lo sagrado y el estado fue un movi-


miento progresivo o, como lo expresó Leonard Verdium3, era un “movimiento
en progreso”4 desde el nacimiento de la nación de Israel hasta la formación de
la iglesia hasta el Edicto de Milán en el año 313 bajo Constantino.
Desde los tiempos primitivos, Israel fue una sociedad basada en el ritualismo,
desde la circuncisión hasta el sistema de sacrificios. Todo eso mantuvo a
la nación unida. Se nacía israelita, por lo que normalmente no se pensaba
304 PI ENSE C O N F O R M E A LA BI BLI A

e n lle g a r a s e r lo . E n e s te s e n tid o , e r a c o m o m u c h a s o t r a s n a c io n e s d el a n tig u o

C e r c a n o O r i e n t e . N o h a b í a u n s e n t id o o b v i o d e m is ió n . 5 N u n c a e x is t i ó u n

d e se o m a n ifie s to d e s a lir y h a c e r c o n v e r tid o s d e o t r a s tr ib u s o n a c io n e s .

C o n e l u n g im ie n t o d e S a ú l c o m o e l p r im e r r e y d e Is r a e l, c o m e n z ó a a p a r e ­

c e r u n a d iv i s i ó n e n t r e r e y y s a c e r d o t e . M i e n t r a s q u e e n 1 S a m u e l 8 e r a c l a r o

q u e D io s h a b ía v isto el d e s e o d e Is r a e l p o r te n e r u n re y c o m o u n r e c h a z o a

s u l i d e r a z g o , d e t o d o s m o d o s i n s t r u y ó a S a m u e l p a r a q u e d ie r a a l p u e b l o l o

q u e e s t e p e d ía . E s t o s ig n if ic a r ía q u e p o r p r im e r a v e z e n la h is t o r ia d e I s r a e l,

h a b r í a u n a s e p a r a c i ó n d e f u n c i o n e s . L a f u n c i ó n d e l r e y s e r ía l a p r o v i s i ó n d e

lo q u e se h a d a d o e n lla m a r gracia com ún o gracia d e conservación. E s d e c ir ,

la f u n c i ó n d e l r e y s e r í a p r e s e r v a r e l o r d e n i n t e r n a m e n t e y p r o t e g e r a l a n a c i ó n

d e la i n v a s ió n d e p u e b lo s e n e m i g o s . L a f u n c i ó n d e l s a c e r d o c i o s e g u i r í a s i e n d o

la d e r e p r e s e n ta r a la n a c ió n a n te D io s .

L a s e r ie d a d c o n la q u e D io s a s u m ió e s t a n u e v a r e la c ió n q u e d a e n e v i­

d e n c ia p o r s u r e a c c ió n a n t e la u s u r p a c ió n q u e h iz o S a ú l d e la f u n c ió n s a c e r ­

d o ta l a l o fr e c e r u n s a c r ific io a n te s d e s a lir a u n a b a ta lla . “ P o r q u e vi q u e el

p u e b lo se m e d e s e r ta b a , y q u e tú n o v e n ía s d e n tr o d e l p la z o s e ñ a la d o , y q u e

lo s f ilis t e o s e s t a b a n r e u n id o s e n M i c m a s . . . M e e s f o r c é , p u e s , y o f r e c í h o lo ­
c a u s t o ” (1 S . 1 3 : 1 1 - 1 2 ) .

S i se r e c o n o c e q u e u n o d e lo s p r o p ó s it o s d e l s is t e m a d e s a c r if ic io s e r a

p r o d u c ir u n a u n id a d c u lt u r a l, e n t o n c e s s e p o d r ía e n te n d e r f á c ilm e n t e p o r q u é

S a ú l r e c u r r ió p r a g m á tic a m e n te a a s u m ir la fu n c ió n s a c e r d o ta l y o fr e c e r u n

s a c r ific io . V e r d u in d e s c r ib e a s í el s e n tid o d e c ó m o D io s h a b r ía d e e x p r e s a r su

n u e v a r e la c ió n c o n su p u e b lo : “ M u y b ie n , te n g a n s u re y c o m o lo tie n e n o tr a s

n a c i o n e s , p e r o d e b o i n s is t ir q u e é l s e d e d i q u e ú n i c a m e n t e a l o q u e c o n c i e r n e

al regnum y q u e d e j e l a s f u n c i o n e s s a c e r d o t a l e s a u n a c l a s e d if e r e n t e d e s e r ­

v id o r e s m ío s ” .6
E l m i s m o d e s a g r a d o d e D i o s c a y ó s o b r e e l r e y U z í a s c u a n d o u s u r p ó la

fu n c ió n s a c e r d o ta l y c o m o c o n s e c u e n c ia m u r ió c o m o u n p r o s c r ito (2 C r. 2 6 ) .

E l a s u n to a q u í e s b ie n c la r o : T ie n e q u e h a b e r u n a d iv isió n d e t r a b a jo . U n a

p erson a n o p u e d e s e r a l m is m o tie m p o re y y s a c e r d o te . “ E l p r o b le m a e n
c u e s tió n e s e l p ro b le m a d e u n a g r a c ia p rim e ra y u n a g ra c ia p o s te r io r : u n a g r a ­

c ia q u e se e x p r e s a e n la r e la c ió n C r e a d o r -c r ia tu r a e n la c u a l el p e c a d o es

reprim ido y una g r a c ia q u e tie n e su e x p r e s ió n en la r e la c ió n R e d e n to r-

r e d im id o , e n la c u a l e l p e c a d o e s derrotado".7E s t a id e a se e x p r e s a p le n a m e n te

e n e l g r a n t r a ta d o q u e P a b lo e sc r ib e s o b r e el g o b ie r n o civ il e n R o m a n o s 1 3 ,

d o n d e h a c e c l a r o q u e e l p r o p ó s i t o d e la e s p a d a e s s u p r im ir e l m a l, n o r e d im ir

a la s p e r s o n a s n i ju z g a r la s h e r e jía s .
A l g u n o s a s p e c t o s a d i c i o n a l e s s o b r e la d i f e r e n c i a e n l a s f u n c i o n e s d e la

i g l e s ia y e l e s t a d o s e h a c e n e v i d e n t e s e n l o s m in i s t e r i o s d e J u a n e l B a u t i s t a y
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 305

e l p r o p io J e s ú s . J u a n c o m ie n z a su m in is t e r io lla m a n d o a la s p e r s o n a s a a r r e ­

p e n t ir s e “ p o r q u e e l r e in o d e lo s c ie lo s s e h a a c e r c a d o ” ( M t . 3 : 2 ) . E l h a c e e s t o

e n m e d io d e u n a s o c ie d a d r e n o v a d a y s a c r a . L la m a a u n g r u p o d e “ a r r e ­

p e n tid o s ” q u e d e b e ría n h a c e r e v id e n te su a r r e p e n tim ie n to m e d ia n te u n a se ñ a l

e x t e r io r , e l b a u t is m o . R e c u e r d e q u e lo s m ie m b r o s d e u n a s o c ie d a d s a c r a n o

t e n í a n q u e h a c e r n a d a y a q u e h a b í a n n a c id o d e n t r o d e e lla . J u a n , a h o r a , p o r

p r i m e r a v e z , i n t r o d u c e e n l a c u l t u r a j u d í a e l e l e m e n t o d e c is i ó n .

C r i s t o t a m b i é n r e f o r z ó e s t a s d o s g r a c i a s . E n s u e n s e ñ a n z a a c e r c a d e la

m o n e d a r o m a n a r e c u e r d a a t o d o s l o s q u e le p u e d e n o í r l a f u n c i ó n d e l g o ­

b i e r n o y c ó m o e s a f u n c i ó n e s d i f e r e n t e d e la f u n c i ó n s a g r a d a ( M t . 2 2 : 1 5 - 2 2 ) .

E s lla m a t iv o q u e J e s ú s n o h a y a t e n id o p r o b le m a s v iv ie n d o b a jo g o b e r n a n t e s

p a g a n o s . E n la p r e d i c a c i ó n d e l S e ñ o r q u e d a m u y c l a r o q u e a h o r a h a b r í a d o s

g r u p o s d e p e r s o n a s e n Is r a e l: lo s q u e se h a b ía n a r r e p e n tid o y lo s q u e n o .

C o n l a c r e a c i ó n d e l a i g le s ia e s t e m o v i m i e n t o p r o g r e s iv o c o n t i n u ó . P o r

d e f i n i c i ó n , la i g l e s i a e s la ecclesia, o lite r a lm e n te , “ lo s lla m a d o s fu e r a ” . E s to s

s e h a l l a b a n e n m e d i o d e u n a s o c i e d a d s a c r a . R o m a p r a c t i c a b a y e x i g í a la a d o ­

r a c i ó n d e l e m p e r a d o r j u n t o c o n la a d o r a c i ó n d e t o d o u n p a n t e ó n d e d e i d a d e s .

D e n t r o d e e s t a c u lt u r a , lo s c r is t ia n o s e r a n h e r e je s , “ h a c e d o r e s d e d e c is io n e s ”

p o r q u e h a b ía n d e cid id o a d o r a r a l ú n ic o v e r d a d e r o D io s . E l c o r a z ó n d el c o n ­

flic to c o n la s a u to r id a d e s r o m a n a s n o e r a q u e a d o r a r a n a l ú n ic o v e rd a d e r o

D io s , s in o q u e lo a d o r a b a n únicamente a É l. L a ú n ic a c o s a q u e u n a s o c ie d a d

s a c r a n o p u e d e t o le r a r e s a u n h e r e je .

L o s c r is t ia n o s d e l s ig lo p r im e r o s e v e í a n c o m o “ e l c u e r p o d e C r i s t o ” . A l

a rr e p e n tir s e d e su s p e c a d o s y p o n e r su fe e n C r is to c o m o S e ñ o r y S a lv a d o r ,

su c o n d ic ió n h a b í a c a m b i a d o ; e s d e c ir , e r a n r e d i m i d o s d e l p e c a d o y d e la

m u e rte . T a m b ié n e x p e r im e n ta r o n u n c a m b io d e c o n d ic ió n : e ra n n u e v a s c r e a ­

c i o n e s e n C r i s t o J e s ú s ( E f . 2 : 1 - 1 0 ) . E s t o q u i e r e d e c i r q u e a h o r a h a b í a d o s t ip o s

d e p e r s o n a s e n e l m u n d o : lo s r e d im id o s y lo s n o r e d im id o s . L a c u lt u r a y a n o

e r a m á s s a c r a ni u n ifo r m e , s in o q u e a h o r a e r a “ m ix t a ” .8 A sí e s c o m o se v e ían

lo s c r i s t ia n o s . E l b a u tis m o d e c r e y e n te s e r a u n te s t im o n io e x t e r i o r d e u n in ­
d iv i d u o r e d i m i d o q u e h a b í a t r a s c e n d i d o l a s o c i e d a d s a c r a . E r a u n t e s t i m o n i o

d e l a d e c is i ó n q u e la p e r s o n a h a b í a h e c h o .
L a p o s tu ra d el a p ó s to l P a b lo s o b r e e s to e s a b u n d a n te m e n te c la ra . L o s

c r i s t i a n o s t i e n e n la r e s p o n s a b i l i d a d d e j u z g a r y d i s c i p l i n a r a l o s q u e d i c e n s e r

c r e y e n t e s , p e r o d e b e n d e j a r a D i o s e l j u i c i o y la d i s c ip l i n a d e l o s n o c r e y e n t e s

( 1 C o . 5 : 9 - 1 2 ) . E n e l á r e a d e l a s r e l a c i o n e s i g l e s i a - e s t a d o a s í e r a c o m o la i g l e ­

s i a t e n í a q u e f u n c io n a r . L o s a p ó s t o l e s c r e í a n y e n s e ñ a b a n q u e l a s o c i e d a d s e r ía

s i e m p r e u n a s o c i e d a d “ m i x t a ” , c o n c r i s t i a n o s e n f r e n t a n d o g r a n p e r s e c u c ió n

y r e c h a z o h a s t a e l e s t a b l e c i m i e n t o d e la s o c i e d a d s a g r a d a b a j o e l r e i n o a u t o ­

r ita r io d e C r is t o Je s ú s c o m o P r o fe ta , S a c e r d o te y R ey .

rial proti
PIENSE CONFORME A LA BIBLIA 306

El retroceso a un sacralismo cristiano comenzó en el año 313 d.C. con el


Edicto de Milán de Constantino (ca. 274 – 337), el que hizo del cristianismo por
primera vez una religio licita; es decir, un culto permitido. Esto fue pronto
seguido por el Edicto de Tolerancia, en el cual el cristianismo fue elevado a la
posición de ser la única fe legítima. Así comenzó la fusión de iglesia y estado,
un retroceso del cristianismo del Nuevo Testamento. El resultado fue el
nacimiento del cristianismo propiamente tal. “El cambio constantiniano puso
fin a la membresía por decisión: desde entonces, toda las personas eran
cristianas sin ningún conflicto previo del alma, lo cual es imposible”.9
El Corpus Christi, el cuerpo de Cristo, dio paso al Corpus Christianum, el
cuerpo de la cristiandad. La predicación de la Palabra de Dios que requería una
decisión fue reemplazada por la pasividad sacramental de la masa y el
bautismo de niños, que no hizo otra cosa que tomar el lugar de la circuncisión.
A su nacimiento, todos entraban en la comunidad cristiana. Ya no había que
hacer una decisión personal. “El regnum y el sacretodium unieron sus manos
para asegurarse de que ninguno desertaría; en su dominio, el regnum hizo sin
duda obligatorio el bautismo de cada infante nacido”.10
Agustín (354 – 430), el “padre” de la teología reformada, dio su respaldo a la
sociedad sacra homogénea. No tuvo problemas en usar la espada para evitar
que las personas abandonaran la fe. Esto es diferente a la iglesia apostólica que
disciplinaba a los cristianos desobedientes “separándolos de la comunión de la
iglesia”, no exiliándolos o condenándolos a muerte. En el siglo cuarto, los
herejes eran enviados al exilio o ejecutados. En una cultura sacra obligatoria no
había mucho espacio para los disidentes.
Este movimiento regresivo de la iglesia habría de dar origen a una cantidad
de grupos disidentes tales como los donatistas del tiempo de Agustín, los
albigenses, los valdenses, los anabaptistas durante la Reforma y, en las colonias
americanas, los disidentes de Nueva Inglaterra. Aunque los elementos
marginales de estos grupos tenían teologías aberrantes, todos tenían una
creencia en común: que los verdaderos cristianos eran una minoría (Corpus
Christi) y eran llamados a vivir en medio de un mundo no regenerado.
Rechazaban la idea retrógrada de una cristiandad.
El donatismo fue una rebelión contra el cambio constantiniano, contra la
reintroducción del sacralismo donde las funciones de la iglesia y estado se
combinaban. “El donatista seguía pensando en la iglesia de Cristo como un
„pequeño cuerpo de salvados rodeados de una masa de no regenerados”‟.11
Ellos insistían en que la independencia de la iglesia respecto del emperador y
sus oficiales tenía que “mantenerse a todo costo”.12 Lo que los donatistas
intentaban hacer era retener la fe cristiana y la eclesiología del siglo primero.
Tomaban muy en serio la declaración “Jesús es Señor”. Para los donatistas,
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 307

la salvación significaba tanto un cambio de estado (arrepentimiento) como


un cambio de condición (santificación). El fruto del Espíritu y del
arrepentimiento tenía que ser evidente en la vida de una persona
verdaderamente regenerada. Esto implicaba un rechazo total al sacramento
del bautismo de infantes, el sacramento que sin que mediara una elección
ponía automáticamente a una persona en la cristiandad.
A los valdenses se les consideraba heréticos porque se atrevían a predicar
sobre la caída de la iglesia medieval y su corrupción desde el papa al
sacerdote. También estaban centrados en la Palabra. El abandono de la
Palabra por la iglesia era evidente:13

Los sacerdotes hacían que el pueblo pereciera de hambre y sed por oír
la Palabra de Dios... no solo rehusándose ellos mismos de oír y recibir
la Palabra de Dios sino... ellos, para que no se predicara, hicieron leyes
y mandatos a su gusto, todo lo cual obstruyó la predicación de la
Palabra. La ciudad de Sodoma sería perdonada antes que estos.14

Al florecer plenamente la Reforma en el siglo dieciséis con su énfasis en la


sola scriptura, la depravación total y la justificación solo por la fe, se podría
anticipar un retorno a la visión apostólica de la iglesia consecuente de los
“llamados aparte”. Pero esto no ocurrió. Lutero, Zwinglio y Calvino
continuaron dependiendo del recurso gubernamental para el exterminio y
destierro de los grupos heréticos. El bautismo de infantes también se
mantuvo en la sociedad sacra medieval. Las autoridades civiles seguirían
encarcelando o ejecutando a los que practicaran el bautismo de creyentes.
Para el tiempo cuando su ministerio había madurado, Lutero mantenía una
confortable cooperación con los príncipes alemanes. Emil Brunner dijo que el
anciano Lutero “dejó de intentar una reforma total. Se sintió satisfecho con
caminar mano a mano con el estado, quedándose atascado a mitad de camino
entre el catolicismo y la organización de la iglesia del Nuevo Testamento”.15
En relación con los que practicaban el bautismo de creyentes, Lutero escribió:
“Las autoridades seculares están en el deber de eliminar la blasfemia, la falsa
doctrina, la herejía. Deben infligir castigo físico a quienes apoyen tales
prácticas”.16 En otra carta a uno de sus colegas ministros, Lutero decía: “Por la
autoridad de y en nombre de, el muy serenísimo Príncipe, tenemos el derecho
de ahuyentar y amenazar con castigo y el exilio a todos los que son negligentes
en los asuntos religiosos y no asisten a los servicios”.17 En cuanto al bautismo,
Lutero dijo que el agua del bautismo era “agua divina de Dios; y que
había llegado a ser una agua piadosa, celestial, santa y bendecida en la
30 8 P IEN SE C O N F O R M E A LA BIBLIA

c u a l se a f ir m a b a la f e , u n a p re c io s a a g u a a z u c a ra d a , u n p e rfu m e , u n a d ro g a ;
a lg o e n lo c u a l D io s m is m o se h a b í a m e z c la d o , u n a v e rd a d e ra “ a g u a v iv a ” ,
q u e a le ja b a d e la m u e rte y d el in f ie rn o y q u e h a c ía v iv ir e te rn a m e n te ” . 18
T a m b ié n h a b ría q u e n o ta r q u e L u te ro n o a ta c ó a lo s ju d ío s p o r c u e s tió n
d e ra z a , s in o p o r su s p rá c tic a s re lig io s a s . P a ra é l, lo s ju d ío s e s ta b a n f u e ra d e
la so c ie d a d s a c r a , al ig u al q u e lo s a n a b a p tis ta s .
En Z u ri c h , el c lim a q u e re s p a ld a b a la u n ió n d e la c ru z y la b a n d e ra n o
e ra d if e re n te . C o m o L u te ro , Z w i n g l io te n ía s u s d u d a s ta n to a c e r c a d e si la
ig le sia y e l e s ta d o d e b e ría n e s ta r in v o lu c ra d o s ju n to s e n las c o s a s re lig io s a s .
In ic ia lm e n te , h a b ía d u d a d o s o b r e la v a lid e z d el b a u tis m o d e in f a n te s . P e ro
p a ra e l tie m p o d e l c a s o M a n tz , h a b í a a d o p ta d o la m is m a p o s tu ra q u e L u te ro .
Fé lix M a n tz f u e ju z g a d o y d e c la ra d o c u lp a b le d e in ic ia r y p a rti c ip a r e n el
b a u tis m o d e c re y e n te s.

D e b i d o a q u e é l , e n c o n tr a d e l o r d e n y la c o s tu m b r e c r i s t i a n a , s e h a i n v o ­

lu c ra d o en r e b a u tis m o ... ha c o n fesad o h a b e r d ic h o q u e q u e rí a re u n i r a

q u ie n e s q u e rí a n a c e p ta r a C r i s to y s e g u i rl o y u n ir s e c o n e l l o s a tr a v é s d e l

b a u t i s m o . . . p o r l o q u e é l y s u s s e g u i d o r e s s e h a n s e p a r a d o d e la ig le s ia c r i s ­

ti a n a p a ra e s ta b l e c e r s u p r o p ia s e c t a . . . s ie n d o ta l d o c tr i n a d a ñ i n a a la u s a n z a
u n id a d e to d a la c r i s ti a n d a d y tie n d e a s e r o f e n s i v a , a p r o v o c a r la in s u ­

rr e c c i ó n y la s e d ic ió n c o n tr a e l g o b i e r n o . |y

E s te e s u n e je m p l o c l á s ic o d e c ó m o la ig le s ia y el e s ta d o e ra n v isto s e n
Z u ric h . N o h a b ía d if e re n c ia e n tre la le a lta d a l e s ta d o y la le a lta d a la ig le sia.
Fé lix M a n tz f u e e n to n c e s a t a d o d e p ie s y m a n o s , s u b id o a u n b o te y la n z a d o
al río L im m a t, q u e a tra v ie s a Z u ri c h . Y a q u e e n e l p a s a d o lo s h e re je s h a b ía n
sid o q u e m a d o s ( Jn . 1 5 : 6 ) , 20 Z w i n g l io c re y ó a p ro p ia d o q u e e s to s d isid e n te s
q u e c re ía n e n e l b a u tis m o p o r in m e rs ió n m u rie ra n d e la m is m a m a n e ra .21
L o q u e e ra v e rd ad e n A le m a n ia y Z u ric h lo e ra ta m b ié n e n G in e b r a .
C a lv in o n u n c a s e s e p a ró c o m p le ta m e n te d e la s o c ie d a d s a c ra d el c ris tia n is m o .
L o s m a g is tra d o s h a b ría n d e ju g a r u n p ap e l im p o rta n te e n a s e g u ra r q u e D io s
f u e ra a d o ra d o e n su s d o m in io s , lo q u e s ig n if ic a b a q u e te n ía n q u e e je r c e r su
re s p o n s a b ilid a d lle v a n d o a lo s “ h e re je s y b la s f e m o s ” a la m u e rte .22
L a e je c u c ió n d e Se rv e t re v e la p a l m a ria m e n te la p o s tu ra d e C a lv in o s o b re
e ste a s u n to . P o c o s h is to ria d o re s p o n e n e n d u d a q u e Se rv e t f u e ra u n h e re je .
El p ro b le m a e s e l tip o d e c a s ti g o q u e h a b ría d e im p o n é rse le . ¿ D e b e ría s e r e x ­
p u ls a d o d e G in e b r a o d e b e ría se r e je c u ta d o ? Fu e ju z g a d o e n u n trib u n a l c iv il
y c o n d e n a d o a la h o g u e ra . M e l a n c h to n , c o la b o ra d o r d e L u te ro d irig ió a
C a lv in o las sig u ie n te s p a la b ra s d e e n c o m io : “ P a ra u s te d , la ig le sia tie n e y te n ­
d rá s ie m p re u n a d e u d a d e g r a ti tu d ... e s to a f irm a q u e su s m a g is tra d o s h ic ie ro n
lo c o r r e c to al d a r m u e rte al b l a s f e m o ” .23
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 309

El n u e v o m u n d o
E n g ra n p a rte , lo s p rim e ro s c o lo n iz a d o re s d e N u e v a In g la te rra a p a rtir d e
1 6 2 0 f u e ro n lo s h ijo s d e la R e f o rm a y , m á s e s p e c íf ic a m e n te , d e C a l v in o . Jo h n
R o b in s o n f u e u n o d e lo s p a s to re s d e lo s “ s e p a r a tis ta s ” c o n o c i d o s c o m o P e re ­

g rin o s . A u n q u e e ra a lu m n o y a d m i ra d o r d e C a l v i n o , c re ía q u e e ra in s e n s a to
a is l a r a a lg u ie n d e la “ m a y o r lu z ” q u e las E s c ritu ra s p u d ie ra n re v e lar. E s ta b a
a b ie rto a u n a n á lis is m a y o r d el a s u n to re l a c io n e s ig le s ia - e s tad o . El o tro g ru ­

p o q u e se e s ta b le c ió e n la B a h ía d e M a s s a c h u s s e ts e n 1 9 6 4 f u e lo s “ n o c o n ­
f o rm is ta s ” c o n o c i d o s c o m o lo s “ p u ri ta n o s ” . E s to s a d h e ría n c o m p le ta m e n te
a la p o s tu ra se g ú n la c u a l lo s m a g is tra d o s y la ig le sia e ra n p a rte d e u n a m is­

m a e s tru c tu ra .
U n o d e lo s p a s to re s p u rita n o s , R o g e r W illia m s ( c a . 1 6 0 4 - 1 6 8 4 ) ju g ó u n

p ap e l c e n tra l e n e l re g re so d e las re la c io n e s ig le s ia - e s ta d o a la e ra a p o s tó lic a


e n la c u a l la re s p o n s a b ilid a d d e lo s m a g is tra d o s e ra la s u p re s ió n d e la m a l­

d a d , ta n to in te rn a c o m o e x te rn a m e n te , m e d ia n te la f u e rz a c iv il. W illia m s se
v io in v o lu c ra d o in m e d ia ta m e n te e n p r o b le m a s e n M a s s a c h u s s e ts d e sp u é s d e

h a b e r e s c rito u n d o c u m e n to titu la d o Christening M aketh Not Christians [El

b a u tis m o n o h a c e al c r is tia n o ] . Su p o sic ió n s o b r e e l b a u tis m o d e in f a n te s e s ­


ta b a e n to ta l v io la c i ó n d e la a u to rid a d c iv il e n M a s s a c h u s s e ts .

Se h a o r d e n a d o y a c o r d a d o q u e si u n a p e rs o n a o p e rs o n a s d e n tr o d e la ju r i s ­

d i c c i ó n c o n d e n e o s e o p o n g a a b i e r ta m e n te a l b a u ti s m o d e in f a n te s , s e d u z ­

can s e c r e ta m e n te a o tr o s a que se o p o n g an a la a p ro b a c ió n de e s ta

c o s tu m b r e o c o m p a r e z c a n e n la c o r t e d e l i b e r a d a u o b s ti n a d a m e n te p a ra

c o n ti n u a r e n esa p o s ic ió n y a c t i tu d ta l p e rs o n a o p e rs o n a s serán co n­

d e n a d a s a l d e s ti e r r o .24

L o s q u e d e s o b e d e c ie ra n n o s o lo s e ría n e x p u ls a d o s d e la ig le s ia , s in o ta m ­
b ié n d e la c o lo n ia . E n V irg in ia , q u e e ra a n g li c a n a , se a p r o b a ro n le y e s s im i­
lare s. Sin e m b a rg o , e n V irg in ia lo s p a d re s p a g a b a n u n a m u lta d e d o s m il lib ra s
d e ta b a c o si n o b a u tiz a b a n a su s h ijo s . In te re s a n te m e n te u n a p a r e ja a c u sa d a
d e f o r n ic a c i ó n e ra c o n d e n a d a a p a g a r q u in ie n ta s lib ra s d e ta b a c o , lo q u e
m u e stra c u á l v io la c ió n d e la ley se c o n s id e ra b a m á s se ria .
W illia m s ta m b ié n s o s te n ía y e n s e ñ a b a p ú b lic a m e n te q u e lo s m a g is tra d o s
n o te n ía n a u to rid a d s o b re el p rim e r m a n d a m ie n to d e la le y d e M o is é s . P o r
e sta c r e e n c ia , f u e h a lla d o c u lp a b le y d e s te rra d o ju n to c o n su e s p o s a y su h ijo
e n m e d io d el in v ie rn o . L o s s a lv ó d e m o r ir la b o n d a d d e lo s in d io s a q u ie n e s
h a b ía m in is tra d o y c u y a le n g u a h a b ía in te n ta d o ap re n d e r.
E s ta in te ra c c i ó n a p u n ta a o tr a d if e re n c ia e n tre las a u to rid a d e s d e M a s ­
s a c h u s s e ts y W i llia m s . E s te v e ía a lo s in d io s e n té rm in o s d e m is ió n , n o c o m o
310 P IEN SE C O N F O R M E A LA BIBLIA

p a g a n o s f u e ra d e lo s lím ite s d e la c ri s tia n d a d a q u ie n e s h a b ía q u e e x p lo ta r y


e lim in a r. L a p o s ic ió n p u rita n a e ra q u e la ig le s ia y e l e s ta d o , a u n q u e te n ía n
f u n c io n e s d if e re n te s , e s ta b a n re d u c id o s e x c lu s iv a m e n te p o r la e le c c i ó n v isi­
b le . A m b o s , p o r lo t a n to , tra b a ja b a n c o o rd in a d a m e n te . Si las p e rs o n a s e s ta ­
b a n f u e ra d e lo s lím ite s d e l e s ta d o c r is ti a n o , e s ta b a n f u e ra d el in te ré s d e

C ris to .
E n su s e rie d e d e b a te s c o n Jo h n C o tto n ( 1 5 9 5 - 1 6 5 2 ) , W illia m s e ñ a ló lo
p e rn ic io s a d e e sta te o lo g ía s a c r a . En re a lid a d , la a m a lg a m a d e ig le sia y e s ta d o ,
ju n to c o n su n a tu ra le z a a u to ri ta r ia , h a b ría d e s o f o c a r e l e je r c i c i o lib re y la
p ro p a g a c ió n d el e v a n g e lio . “ U n a u n ifo rm id a d d e re lig ió n o b lig a d a a tra v é s
d e la n a c ió n o e l e s ta d o c iv il c o n f u n d e lo c iv il y lo re lig io s o , n ie g a lo s p rin ­

c i p io s d el c ris tia n is m o y la c iv ilid a d q u e C r is to Je s ú s e s v e n id o e n c a r n e ” .25


L a p o s tu ra d e W illia m s o b r e e l g o b ie rn o c iv il e stu v o in f lu e n c ia d a p o r la
a n tig u a id e a ro m a n a d e p a x c i v ita ti s ; e s d e c ir, la p az d e la c iu d a d . Este
m a n d a to te n ía q u e s e r a c a t a d o p o r m a g is tra d o s c re y e n te s y n o c re y e n te s .26 Él
c o m p a ra b a a la ig le sia v isib le c o n c u a lq u ie r o tr o g ru p o o f a c c i ó n d e n tro d e

la c i u d a d .27

T o d o s lo s e s ta d o s c iv i le s , c o n s u s o f i c i a le s d e ju s ti c i a e n s u s r e s p e c ti v a s c o n s ­
ti tu c i o n e s y a d m i n i s tr a c i o n e s s o n p r o b a d a m e n te e s e n c i a l m e n te c iv il e s y , p o r
lo t a n t o , n o s o n n i ju e c e s , n i g o b e r n a d o r e s n i d e f e n s o r e s d e u n e s ta d o y a d o ­

r a c i ó n e s p ir itu a l o c r i s t i a n o . E s la v o l u n ta d y e l m a n d a to q u e s e a d m i ta a la
m a y o r ía d e lo s p a g a n o s , ju d ío s , tu r c o s o c o n c i e n c i a s y a d o r a c i o n e s a n ti c r is ­

ti a n a s d e to d o s lo s h o m b r e s e n to d a s la s n a c i o n e s y p a ís e s : y q u e s o l o s e le s

c o m b a t i r á c o n la e s p a d a la q u e s o l o e ll a e s c a p a z , e n m a te r i a d e l a l m a , d e

c o n q u i s ta r : a s a b e r , la e s p a d a d e l E s p ír itu d e D i o s , la P a l a b r a d e D i o s . 28

L a p o s ic ió n d e W illia m s e n c u a n to a la re la c ió n e n tre la m a g is tra tu ra y

la ig le s ia q u e d a m u c h o m á s c la ra e n lo q u e se h a lle g ad o a c o n o c e r c o m o la
“ shipletter" e s c rita d e sd e P ro v id e n c e , R h o d e Is la n d , p a ra re s p o n d e r a lo s c a r ­
g o s f a ls o s q u e le h a c ía e l lid e ra z g o p u rita n o d e M a s s a c h u s s e ts q u e n o te n ía
ju r is d ic c ió n e n R h o d e Is la n d . D a d a su im p o rta n c ia , se in c lu y e a q u í.

M u c h a s n a v e s h a n z a r p a d o , c o n v a ri o s c i e n to s d e a l m a s a b o r d o , to d a s m u y
c o n f o r t a b l e s , e n lo q u e p a r e c e u n c u a d r o a u t é n ti c o d e c o m u n i d a d , c o m b i ­

n a c i ó n h u m a n a o s o c i e d a d . A v e c e s s e h a n p r e s e n ta d o p r o b l e m a s , p o rq u e
p a p i s ta s , p r o te s ta n te s , ju d ío s y tu r c o s s e h a n e m b a r c a d o e n la m is m a n a v e ;

s o b r e l o c u a l a f i r m o q u e to d a la li b e rta d d e c o n c i e n c i a , p o r la q u e s ie m p r e
h e a b o g a d o , g ir a e n to r n o a e s to s d o s e je s : q u e n i lo s p a p i s ta s , n i l o s p r o te s ­

ta n te s , n i l o s ju d ío s , n i l o s tu r c o s s e a n o b l i g a d o s a a s i s ti r a la s o r a c i o n e s o
c u l to s d e a d o r a c i ó n , n i o b l i g a d o s p o r s u s p r o p ia s o r a c i o n e s y a d o r a c i ó n p a r ­

ti c u l a r , s i e s q u e ti e n e n a l g u n a . A g re g o , a d e m á s , q u e n u n c a n e g u é q u e n o
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 311

obstante esta libertad, el capitán de la nave debe encargarse del curso de


la embarcación, y no solamente eso, sino también imponer que tanto los
marineros como los pasajeros practiquen la justicia, la paz y la sobriedad.
Si cualquier miembro de la tripulación se niega a cumplir su servicio,
algún pasajero a pagar su pasaje... si alguien se niega a obedecer las leyes
y órdenes comunes de la nave que tienen que ver con la paz y
preservación comunes... si alguien predicare o escribiere que no debería
haber jefes u oficiales, ni leyes ni órdenes, ni correcciones ni castigos... el
capitán u otras autoridades deben juzgar, resistir, obligar y castigar a
tales transgresores de acuerdo con sus merecimientos y méritos.29

Las ideas de Roger Williams claramente son una resonancia de la era


apostólica y han dejado una marca indeleble en la historia subsiguiente. Los
Estados Unidos de América llegaron a ser la primera nación fuera de Europa en
rechazar la sociedad sacra. Las primeras dos cláusulas de la Primera Enmienda
ponen una banderilla en el corazón del cristianismo. En los Estados Unidos no
hay cristianismo. Las personas son libres de establecer sus propios modos de
adoración y son libres de adorar como les parezca mientras no se violen otras
condiciones constitucionales. Hablando bíblicamente, hay solo dos tipos de
personas, ninguna de las cuales tiene algo que ver con fronteras nacionales o
sacramentos. Están los salvos y los no salvos. Los salvos esperan con gran
expectación y dirigen su mirada al cielo esperando el día cuando el cristianismo
se establezca en la tierra, cuando el Rey de reyes exija y establezca su gobierno
en el corazón de los hombres así como sobre todos los reinos políticos de esta
tierra. Mientras tanto, ¿cuál debería ser la respuesta cristiana en la arena de la
actividad política?

EL CRISTIANO COMO CIUDADANO


Hoy día, el temor que resuena desde nuestros pulpitos es el temor de que el
gobierno más y más pase a manos y al control de los secularistas quienes son
también violentamente anticristianos. La decisión reciente (verano de 2002) por
el Noveno Circuito de la Corte de Apelaciones declarando el Voto de obe-
diencia como inconstitucional, debido a la frase “bajo Dios” podría ser un
primer ejemplo.
Demasiado frecuentemente, sin embargo, los cristianos suspiran por el
restablecimiento de la nación cristiana del pasado distante.30 Para muchos, el
mecanismo para lograr esto es el ejercicio del poder político. Aun hoy, subsiste
la impresión, predominante en el siglo diecinueve junto con el posmilenarismo,
que Dios tiene alguna clase de relación de pacto con los Estados
312 P IEN SE C O N F O R M E A LA BIBLIA

U n i d o s . 31 ¿ P e r o e s t á e s t e c a m i n o a l p o d e r p o l í t i c o c l a r a m e n t e m a r c a d o e n l a

B ib li a ?

E l a c t i v i s m o p o l í t i c o d e b e r í a se r m o d e r a d o a la lu z d e lo q u e la B ib li a

t ie n e q u e d e c ir a c e r c a d e la s in flu e n c ia s s a t á n i c a s e n l o s s a l o n e s d e l g o b i e r n o .

A u n q u e la d o m i n a c i ó n d e S a t a n á s fu e d e r r o t a d a e n la c r u z y e l g o b i e r n o n o s

e s d a d o p a r a b i e n , t a n t o c o m o p a r a l a s u p r e s i ó n d e l o s p e r v e r s o s ( R o . 1 3 :1 -

7 ), S a t a n á s sig u e a u n e x t r e m a d a m e n t e p o d e r o so e n el á r e a d e lo s a su n t o s d el

g o b i e r n o . P a s a je s t a l e s c o m o M a t e o 4 :8 - 9 , E f e s i o s 6 :1 1 - 1 2 y p o r c i o n e s d e

D a n i e l y E z e q u i e l t e s t i fi c a n d e l p o d e r d e S a t a n á s s o b r e l a s in s t i t u c i o n e s d e

g o b ie r n o .

N o d e b e m o s o l v i d a r q u e la lu c h a d e l c r ist ia n o e s c o n t r a p r in c ip a d o s,

c u y o p o d e r d a r e sp a ld o a la s in st it u c io n e s p o lít ic a s. E st o s p r in c ip a d o s u sa r á n

la s a r m a s d e l sist e m a m u n d a n o . C o m o e n c u a lq u ie r o t r a á r e a d e la v id a , el

a c t i v i s m o p o l í t i c o p o r e l c r i s t i a n o e x ig e q u e n o u se l a s a r m a s d e e st e m u n d o ,

s i n o l a s a r m a s e s p i r i t u a l e s q u e D i o s le h a p r o v i s t o (E f. 6 :1 1 - 2 0 ) .

N o s o t r o s e m p l e a m o s l a s a r m a s d e “ v e r d a d ” , “ ju s t i c i a ” , “ f e ” , “ s a l v a c i ó n ” ,
“ e l e v a n g e l i o d e l a p a z ” , “ o r a c i ó n ” , “ e l E sp í r i t u ” , “ p e r se v e r a n c i a ” , “ i n t e r ­
c e sió n ” y la “ P a la b r a d e D i o s " . A l h a c e r lo , “ e n c o n t r a m o s fu e r z a s ” e n el
Se ñ o r , e n s u “ e n o r m e p o d e r ” y “ n o s m a n t e n e m o s fir m e s c o n t r a l a s a s e ­
c h a n z a s d e l d i a b l o ” y “ r e s i st i r ” y “ m a n t e n e r n u e s t r a p o s i c i ó n ” c u a n d o la s
c o s a s se p o n e n m a l , p a r a c o m p l e t a r c a d a t a r e a y a u n r e s i st i r .12

L a v isió n a c t iv ist a d e lo s e v a n g é lic o s c o n se r v a d o r e s se r ía m á s m o d e r a d a

si se t o m a r a s e r ia m e n t e la e n s e ñ a n z a d e l N u e v o T e s t a m e n t o e n e l s e n t i d o q u e

n u e st r a c i u d a d a n í a e s t r a n s p o l í t i c a (F il. 3 :1 9 - 2 0 ; 1 P. 2 :9 - 1 7 ) . S o m o s c i u ­

d a d a n o s d e u n r e i n o t e r r e n a l ( R o . 1 3 :7 ) c o n r e s p o n s a b i l i d a d e s c i u d a d a n a s ;

p e r o se g u i m o s si e n d o e x t r a n je r o s y t r a n se ú n t e s e n u n c o s m o s a je n o y e x t r a ñ o .

E st e n o e s u n l l a m a d o a c e d e r , s i n o q u e e s u n a a m o n e s t a c i ó n p a r a e l u s o d e

la sa b i d u r í a y el d isc e r n im ie n t o . L o s é x it o s p o lí t ic o s , e s p e c ia lm e n t e e n una

d e m o c r a c i a s o n c o n fr e c u e n c ia p a s a je r o s y g e n e r a lm e n t e e l r e s u l t a d o d e u n

c o m p r o m iso . C ada c ic lo de e le c c io n e s p u e d e traer un r e su lt a d o c o m p le ­

t a m e n t e d ife r e n t e . G e n e r a l m e n t e g a n a e l p r a g m a t i s m o so b r e e l id e a l i sm o . L o s

c r i s t i a n o s n o h a n si d o l l a m a d o s a p r o fu n d iz a r su s r a íc e s e n la c u lt u r a p o lí t ic a

t a n t o q u e se a n c o n s u m i d a s p o r e lla .

El p o d er d el N uevo T e st a m e n t o e s r a d ic a lm e n t e d ife r e n t e d el poder

p o lí t ic o . E s e l p o d e r d e la c r u z . P a r a e l sist e m a d e l m u n d o la c r u z e s u n lu g a r

d e im p o t e n c ia , t o n t e r ía y d e r r o t a . E l c r ist ia n ism o r e c h a z a e l u so d e l p o d e r

p o lít ic o t r a d ic io n a l p a r a e x ig ir a c a t a m ie n t o . C a p a c it a a lo s c r ist ia n o s p a r a

i n v o l u c r a r s e e n l a g u e r r a e s p i r i t u a l a l o s p r i n c i p a d o s y p o t e s t a d e s ( 2 C o . 1 0 :3 -
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 313

5). Nos hace ir sobre nuestras rodillas, lo que produce un espíritu de


humildad y compasión, rechazando así la consecución de poder político en
el nombre de Cristo. Jacques Ellul lo dice de esta manera: “Cada vez que una
iglesia trata de actuar a través de recursos propagandísticos aceptados por
una época, la verdad y autenticidad del cristianismo se ven degradadas”.33
¿Qué opción podría ser más grande que los cristianos conservadores se
institucionalizaran dentro del proceso político de los Estados Unidos? Eso es
exactamente lo que los ideólogos deseaban y lo que Roger Williams temía,
que todos los grupos religiosos perdieron su “salinidad”34 junto con su voz
profética.
¿Debemos los cristianos dejarnos atrapar y ser asimilados por los sistemas
que desean cambiar? ¿Puede la voz profética del cristianismo conservador
ser aguda y clara? El curso a seguir dependerá de la visión de comunidad
del cristiano, su comprensión del propósito y función de la iglesia en
relación con el estado y la sociedad (es decir, un retorno a la cristiandad o a
la era apostólica), y su posición respecto de la ciudadanía cristiana.
Primero, la comunidad cristiana necesita verse a sí misma en humildad,
reafirmando la necesidad de la confesión, arrepentimiento y renovación. A
menudo, los líderes de los medios cristianos de comunicación muestran una
actitud de arrogancia e ignorancia sobre el tema político que embota su voz
profética y su ministerio. Nunca podrá haber suficiente cambio duradero en
nuestra nación mientras esta imagen no cambie.
Se necesita también un estudio renovado de la iglesia; ¿es el Corpus Christi
o el Corpus Christianum? Se requiere reafirmar la función de la iglesia en
cuanto a “[hacer] saber a gobernantes y autoridades... la multiforme
sabiduría de Dios... realizada en Cristo Jesús nuestro Señor... Este misterio es
que los gentiles son coherederos... en Cristo mediante el evangelio... para
capacitar a los santos para la obra del ministerio, para la edificación del
cuerpo de Cristo” (Ef. 3:6, 10 – 11; 4:12).
Debería haber un estudio y énfasis continuo sobre lo que la Biblia tiene que
decir acerca de la ciudadanía del cristiano. ¿Y qué podemos decir sobre el uso
del sistema judicial? ¿Y de la desobediencia a leyes “injustas”? ¿Deberíamos los
cristianos considerar el uso de la fuerza contra las autoridades gu-
bernamentales?
Los ciudadanos cristianos de esta democracia tenemos derechos
constitucionales, los cuales incluyen la participación política. ¿Pero qué tipo de
participación? Los cristianos debemos rechazar una de las presunciones básicas
asociadas con las políticas de grupos de interés; es decir, que las instituciones
gubernamentales son premios esperando para ser asignados y luego usados
314 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

para imponer sobre la comunidad el punto de vista de ese grupo sobre


justicia social con la fuerza de la ley detrás de él.
También hay necesidad de entender de que cuando un grupo es más
aceptado y legítimo (es decir, abre oficinas en Washington, ha pagado a sus
activistas (lobistas), tiene miembros propuestos para cargos en las
instituciones políticas), entonces pueden ocurrir muchas cosas. Primero,
consigue más control público y su liderazgo se institucionaliza.35 Segundo, el
grupo se burocratiza; es decir, se incluye en las instituciones que trata de
influenciar. Influir en las instituciones gubernamentales es una ilusión muy
seductora. Las instituciones y los poderes centrales terminarán por escoger a
los grupos que tratan de influenciarlos. La causa de Cristo nunca ha tenido
un florecer muy prolongado cuando la iglesia, “católica” o “protestante”, ha
dominado las instituciones políticas de esa nación. Tercero, la iglesia pierde
su visión original al desviarse en la búsqueda de más y más poder y al hacer
su propio interés y supervivencia la meta en lugar de producir cambios
redentores. Con cartas más apelativas y más encabezados, la organización
finalmente se reduce hasta transformarse en un fin en sí misma. A lo largo
de su vida, Malcolm Muggeridge observó cómo se aplicaba el poder impío
por parte de individuos, grupos y gobiernos. El resultado fue corrupción. Su
conclusión fue: “En la vida hay solo dos cosas, el amor y el poder, y nadie
puede tener ambas”.36
Los cristianos conservadores deberían rehusar involucrarse en una com-
petencia por el control de las instituciones políticas porque este es el modus
operandi del autoritarismo y el totalitarismo modernos. Entre el control de las
instituciones del gobierno y el control de no solo la vida pública de las per-
sonas, sino también de la vida privada hay solo un corto paso. Este control
podría ocurrir incluso si se hace en el nombre de Cristo.
Finalmente y quizá lo más importante, los cristianos deberían rechazar la
tentación de buscar el poder político para su propio beneficio en vista de lo fácil
que se extiende la capacidad del pecado del creyente. ¿Harán los “cristianos
piadosos” decisiones bíblicamente consistentes acerca de la moralidad y la
justicia social? Que esto haya ocurrido solo de vez en cuando a través de la
historia de la civilización occidental testifica de la validez cuestionable de esta
creencia. Los cristianos no podemos estar de acuerdo con muchos asuntos
morales y sociales por lo que debemos dejar que las instituciones guber-
namentales hagan su trabajo. Por ejemplo, ¿qué dice la Declaración de Derechos
en relación con las cláusulas del libre ejercicio y la libertad de expresión y de
prensa?37 Los creyentes debemos recordar que no puede haber un cambio
saludable y duradero de las estructuras sociales sin un cambio redentor en las
personas, que es por lo cual vino Cristo hace dos mil años.38
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 315

Los cristianos deberíamos pensar en cambiar el enfoque de la acción profética


de un nivel nacional a un nivel local. James Madison observó que la presencia y
el sentimiento religiosos eran más intensos en el nivel local. El fallecido
portavoz de la Casa de Representantes, Thomas R “Tip” O‟Neill (1912 – 1994)
destacó que “todos los políticos son locales”. Los cristianos deberíamos
aprender la lección dada por esta observación y enfocarnos en las
preocupaciones sociales, morales y políticas que surgen en nuestras propias
comunidades, las más próximas a nuestras congregaciones. Prácticamente, es
mucho más fácil preocuparse, construir y mantener la intensidad en el ámbito
local. Debido al crecimiento del gobierno nacional y a la influencia de los
medios de comunicación, a menudo los cristianos parecemos ir en la dirección
equivocada y estarnos dirigiendo a la audiencia que no nos corresponde.39
¿Cómo podría, entonces, articularse localmente una voz profética? Primero,
como ocurrió en la era apostólica, los cristianos deben ser un pueblo separado
dentro del cosmos. Debe haber realmente una evidente diferencia en valores y
práctica. Esta era se caracteriza por la indulgencia personal, el materialismo y
una búsqueda de seguridad temporal (Fil. 3:19; 1 Jn. 2:15 – 17). Demasiado a
menudo las iglesias solo miran hacia adentro, sin visión para sus comunidades,
sea en cuanto a la evangelización como en participar en las actividades de la
comunidad.
Segundo, la separación del mundo es el comienzo del redescubrimiento de la
comunidad cristiana, que es también esencial si la iglesia va a actuar claramente
y a actuar con decisión. El asunto no es volver a las formas estructurales del
siglo primero, sino al espíritu y valores de la iglesia primitiva como creyentes
obedientes a las Escrituras. Las formas de la comunidad eclesiástica reflejan
básicamente la época en la cual existe, y la iglesia en una comunidad agraria
ciertamente tendrá formas diferentes a una iglesia asentada en una comunidad
industrial, tecnológica o suburbana. Animar un retorno al espíritu y valores de
los tiempos primitivos, sin embargo, es otro asunto. El espíritu y los valores
trascienden las épocas y las culturas. El calor, la espontaneidad, la cercanía, el
compromiso y el dinamismo de la iglesia primitiva deberían ser parte de
cualquier iglesia en cualquier época. Un redescubrimiento de esta comunidad
podría proveer por lo menos tres cosas que cada creyente necesita.

De esta asociación recibiría su identidad y sentido de valor. De esta


identidad recibiría también una buena medida de su seguridad
emocional y algo de su seguridad material. Si la congregación es
verdaderamente una comunidad, un compañerismo de un compartir
genuino, voluntariamente asumirá una gran medida de la
responsabilidad para ayudar a sus miembros en enfermedad, adversidad
316 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

y ancianidad. El conocimiento de que se es parte de una comunidad que


respalda dará al individuo un mayor sentido de seguridad que la mera
confianza que hay una agencia del gobierno que provee cheques de
apoyo. Finalmente, la comunidad debería ayudar al individuo a
identificarse y mantener los valores por los cuales dirigirá su vida.
La comunidad cristiana dice a sus miembros que son criaturas de Dios,
hechos a su imagen, llamados para ser sus hijos, con privilegios,
responsabilidades y una herencia segura en el cielo.40

Esta clase de espíritu y valores deberían proveer un sólido fundamento para


el análisis y el volver a analizar los valores nacionales importantes como un
individualismo rudo, ética de trabajo secular, propio interés y autopreservación
a la luz de los imperativos bíblicos de la Gran Comisión, el buen samaritano y el
fruto del Espíritu en la comunidad cristiana.
Finalmente, debería entenderse que cuando una comunidad cristiana
purificada se concentra en asuntos políticos y morales, lo más probable es que
haya una fuerte oposición proveniente de la mayoría de la comunidad más
grande. Hablar y actuar proféticamente significa tomar el más duro camino de
la cruz; los cristianos debemos conocer el costo y que la obra de Dios siempre
será realizada por unos pocos fieles.
Lo que los Estados Unidos necesita, más que cualquier otra cosa, es una
iglesia evangelizadora que ejerza el poder de la cruz para cambiar la vida de las
personas. Como personas cuya ciudadanía primaria es el cielo y como
miembros del reino de Cristo, somos confrontados por un sistema mundano
preocupado por alcanzar poder político. La iglesia debe rechazar la tentación de
controlar las instituciones políticas mientras trata localmente de cambiar la vida
de los que la rodean. Por su palabra y su vida, los cristianos debemos demostrar
a hombres y mujeres que hay solo un camino para tener una correcta relación
con Dios, el camino de la cruz. Los creyentes en Cristo necesitamos estar firmes
tanto espiritual como intelectual, moral y políticamente en que somos la
alternativa vital, separada de un sistema mundano que glorifica el
materialismo, la autoindulgencia y el poder político.

LECTURAS ADICIONALES
Eberly, Don, ed. Building a Community of Citizens [Cómo construir una
comunidad de ciudadanos], Nueva York: University Press of America, 1994.
Kesler, Charles. The Federalist Papers [Los papeles federales] Clinton Rositter,
ed. Nueva York: Mentor Books, 1999.
Noli, Mark, Nathan Hatch y George Marsden. The Search for a Christian
America [La búsqueda para una Norteamérica cristiana], Wheaton, IL.:
Crossway Books, 1983.
Thomas, Cal y Ed Dobson, Blinded by Might [Ciego por el poder], Grand
Rapids, MI: Zondervan, 1999.
Desarrollo de una visión bíblica de iglesia y estado 317

Verduin, Leonard. The Anatomy of a Hybrid [La anatomía de un híbrido],


Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1976. Reimpr. Sarasota, FL: The
Christian Himnary Publishers, 1990.
____________. The First Amendment and the Remnant [La primera enmienda y
los verdaderos servidores de Jehová], Sarasota, FL: The Christian Himnary
Publishers, 1998.
____________. The Reformers and Their Stepchildren [Los reformadores y sus
hijastros],
Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 12964. Reimpresión, Sarasota, FL:
The Christian Himnary Publishers, 1996.
16

PROPUESTA PARA UN
ACERCAMIENTO BÍBLICO
A LA ECONOMÍA

R. W. MACKEY, II

Aunque la Biblia no es un texto de economía, sin duda que tiene referencias a


los componentes económicos de una visión del mundo. Más de setecientos
pasajes de las Escrituras tienen conceptos de riqueza sea en forma
directa o indirecta. El libro de Proverbios está lleno de exhortaciones acerca
de la prosperidad. Jesús habló de la administración de la riqueza más de lo
que habló del cielo o el infierno haciendo que se pregunte: “¿Por qué el
Salvador pone tanto énfasis en lo que parece, a primera vista, un asunto
mundano y temporal?” La respuesta a esta pregunta se centra en el enfoque de
la redención: el corazón humano. Cristo dijo directamente a sus seguidores:

No os hagáis tesoros en la tierra, donde la polilla y el orín corrompen, y donde


ladrones minan y hurtan; sino haceos tesoros en el cielo, donde ni la polilla ni el
orín corrompen, y donde ladrones no minan ni hurtan.
Porque donde esté vuestro tesoro allí estará también vuestro corazón.
— MATEO 6:19 – 21, énfasis añadido

La última frase de este pasaje resume el concepto de que la administración


individual de la riqueza es un indicador claro de la actitud del corazón. Dando
un paso más adelante, la naturaleza de la riqueza percibida como que existe
primariamente ya sea para uso inmediato (propósitos temporales) o para uso de
más largo plazo (propósitos eternos) revela claramente si la persona está
viviendo con una perspectiva terrenal o celestial. Como Pablo recuerda a los
creyentes que “nuestra ciudadanía está en el cielo” (Fil. 3:20) es mejor que
el creyente reserve la riqueza para el destino final, una eternidad con
Dios.
320 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Muchos caminos en el sur de California están flanqueados por personas


que buscan trabajo. Algunos de estos trabajadores han emigrado desde
México, América Central o América del Sur procurando encontrar oportu-
nidades de empleo mejores que las que le ofrecían la economía del país de
origen de cada uno de ellos. Cuando encuentran un trabajo, una pequeña
porción de lo que ganan la destinan a costear una forma de vida muy mo-
desta y a veces temporal en los Estados Unidos, mientras que la mayor parte
del salario se envía al país de origen para formar un fondo para usarlo en el
futuro. El envío de dinero a otros países es un gran negocio en el sur de
California porque la riqueza sigue a la ciudadanía. Es un poco extraño, en-
tonces, por qué la Biblia dedica tanta atención a los asuntos de economía
cuando la naturaleza misma del asunto revela tan claramente la condición
del corazón humano.

PENSAMIENTOS FUNDAMENTALES
Esencialmente, el estudio de la economía es un estudio de problemas hu-
manos que tienen sus raíces en la escasez. Ya que no hay suficientes servicios
y cosas para satisfacer todo lo que las personas quieren, se hace necesaria la
distribución, lo que origina sus propios problemas. La forma en la que se re-
suelven estos problemas de distribución es un tema importante en la Palabra
de Dios. Aunque la Biblia no ofrece fórmulas para estrategias de inversión o
reglas específicas para asuntos contables, las pautas morales derivadas de la
naturaleza santa de Dios revelada en las Escrituras son indicaciones claras y
comprensivas para la aplicación de decisiones económicas. En la Palabra de
Dios se puede aprender acerca de:
 El origen de la economía.
 La economía de la redención.
 La responsabilidad del administrador.
¿Qué mejor guía en estas materias que la que nos dado al Creador y Sus-
tentador de todo lo visible e invisible?

EL ORIGEN DE LA ECONOMÍA
¿Cuándo comenzó el concepto de economía? Algunos dicen que el comienzo
del pensamiento de la economía moderna tuvo su origen en un breve libro
escrito por el clérigo inglés Thomas Robert Malthus (1766-1864). En su obra
An Essay on the Principie of Population as It affects the Future
Improvement Of Society [Ensayo sobre el principio de población y cómo
afecta el futuro mejoramiento de la sociedad] (1798), predijo que la
población del mundo crecería aproximadamente a razón de tres por ciento
322 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

eficiencia es el subproducto del balance de factores de producción (tierra,


trabajo y equipo) en una manera que se complementen (o cooperen) entre sí
para producir poco o nada de desperdicio. En una economía ideal, el balance
también se hace en el medio ambiente como un todo a través de proveer
trabajo adecuado y con un fin determinado para las personas dentro de las
funciones que Dios les ha dado en una manera constante. Una economía
balanceada produce trabajo para todos los que necesitan y están en
capacidad de trabajar.
Es posible que surjan algunas preguntas acerca de esto. ¿Cuándo la raza
humana experimentó escasez por primera vez y por qué la escasez continúa
hasta hoy día? ¿Habla la Biblia del origen y persistencia de la escasez? ¿Por
qué los sistemas económicos tienen que vérselas con competencias y cosas
que no están balanceadas? Las respuestas a estas preguntas se encuentran en
Génesis 1 – 3. Por lo menos tres factores son evidentes y tienen gran
importancia en el pensamiento económico: abundancia, cooperación y
balance.

Abundancia
El relato de la creación es, inicialmente, un relato de abundancia: Dios ofre-
ció una gran cantidad para los habitantes de la tierra. Dios le dijo a Adán:

He aquí que os he dado toda planta que da semilla, que está sobre toda la
tierra, y todo árbol en que hay fruto y que da semilla; os serán para comer.
— GÉNESIS 2:19

Esta afirmación ocurrió después de que Dios hubo hecho la tierra habitable
para las plantas, los animales y la vida humana a través de introducir elementos
que sustentaran la vida, como la tierra, el agua, la atmósfera, la luz, el calor y las
estaciones del año. Todo lo que Adán y Eva necesitaban para vivir lo tenían a su
disposición. A la creación inicial la caracterizaba la palabra abundancia.

Cooperación
No solo la abundancia caracterizó a la creación inicial, sino que también estaba
presente la cooperación. Inicialmente, Adán fue creado para complementar a su
Creador, para someter, multiplicar y cultivar el reino creado. El comentario de
las Escrituras acerca de la segunda creación humana (la de la mujer) es:

Y dijo Jehová Dios: No es bueno que el hombre esté solo; le haré ayuda idónea
para él.
— GÉNESIS 2:18
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 323

La función que Dios le dio a Eva no fue competir con Adán, sino
complementarlo en el cuidado del huerto. Como complemento de Adán, Eva
aceptó su liderazgo familiar y se esforzó en ayudarlo a cumplir con el
mandato de Dios. Ella fue diseñada por Dios para asumir esta función por
un tiempo. Esta actividad complementaria fue una verdadera cooperación,
no en un contexto igualitario, sino en cumplimiento de las funciones
establecidas por Dios dentro de la creación. En este punto, por dos razones,
la competencia no era un problema en la historia humana:

1. Como los recursos de la tierra eran abundantes, había en


abundancia para todos por lo que no había razón para competir.
2. Como los motivos de Adán y Eva eran puros, cooperaban
perfectamente entre sí. Cada uno realizaba el papel que Dios le había
asignado lo que los hacía experimentar una eficiente homeóstasis.

Balance
Abundancia y cooperación existían en un ambiente de balance. Las
condiciones físicas de la tierra estaban en balance: oscuridad y luz, tierra y
agua, plantas y animales, humanos y animales, hombre y mujer. Este huerto,
creado magistralmente por el Padre maravilloso, fue el modelo de orden y,
en tal sentido, capaz de una existencia infinita (Gn. 3:22). No había
mutaciones, y no se consideraba para nada la “segunda ley de la
termodinámica”. Adán y Eva no necesitaban oír una conferencia acerca de
economía o sentarse a examinar las leyes de oferta y demanda. No existía
ningún ciclo comercial con su correspondiente tira y afloja. La competencia
por recursos difíciles de conseguir y las fluctuaciones ambientales eran
desconocidas.
Sin embargo, todo esto cambió. Las consideraciones económicas
comenzaron con los acontecimientos registrados en Génesis 3. Ese capítulo
describe cómo entró el pecado en el mundo y los resultados que
acompañaron el alejamiento de Dios. Las condiciones de abundancia,
cooperación y balance fueron dramáticamente afectadas por la caída.
Satanás se acercó a Eva en el huerto e inició con ella un proceso de
racionalización. Su tentativa culminó en una declaración a ella que resume la
esencia del pecado: El orgullo. Satanás dijo: “seréis como Dios” (Gn. 3:5). Antes
de ese encuentro, Adán y Eva no aspiraban a ser como Dios, sino que dis-
frutaban de los beneficios de confiar en la sabiduría y bondad de su Creador. La
bondad de Dios en la creación era de ellos para dirigir. Ahora se cuestionaba el
plan de Dios y Adán y Eva parecían haber encontrado una forma mejor de
324 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

hacer las cosas. Como no eran iguales a Dios, no tenían el conocimiento para
imaginarse las consecuencias de comer el fruto.
Una de las consecuencias del pecado fue la llegada de la escasez. Dios dijo
a Adán:

Por cuanto obedeciste a la voz de tu mujer, y comiste del árbol de que te


mandé, diciendo: No comerás de él: maldita será la tierra por tu causa; con
dolor comerás de ella todos los días de tu vida. Espinos y cardos te producirá
y comerás plantas del campo. Con el sudor de tu rostro comerás el pan hasta
que vuelvas a la tierra.
— GÉNESIS 3:17 – 19

La abundancia se transformó en escasez debido a la introducción de


“espinas y cardos”. Las cosas buenas se hicieron difíciles de cultivar
mientras que las cosas potencialmente productivas se deterioraron. La
empresa humana por la existencia llegó a ser una lucha con las
circunstancias que fueron activadas por el pecado. La escasez y el sudor
llegaron a ser uno. Conseguir y guardar lo suficiente llegó a ser un esfuerzo
lleno de ansiedades. Como el Dr. Herbert Hotchkiss, ex profesor de Los
Angeles Baptist College dijo a sus alumnos, la caída llevó a la humanidad
desde la seguridad a la inseguridad; por lo tanto, la humanidad habría de
pasar el resto de sus días buscando alimento y una casa donde vivir.3
La escasez terminó transformándose en una competencia y un desbalance.
Ahora, Adán podía competir con las condiciones dañinas de la tierra: espinos y
cardos. Estas maldiciones no establecieron equilibrio entre el grano y la maleza,
sino que iniciaron el dominio del perjuicio en la creación sin un esfuerzo
humano inteligente y constante. Adán también tendría que competir con su
esposa por el liderazgo de la familia, toda vez que Dios había dicho que su
“deseo [sería] para su marido” (Gn. 3:16). Más tarde, la competencia se hizo
más pronunciada entre las personas y llegó a transformarse en una corrupción
abyecta, tal como queda registrado en Génesis 6. Los que tenían atributos
superiores dominaban con malos propósitos a los menos capacitados,
desarrollándose algo así como la “supervivencia del más fuerte”. La fuente de
esta corrupción fue la falta de un balance genético; es decir, la falta de paridad o
balance en cuanto a habilidades innatas, aparejadas con depravación,
produciendo una cultura deplorable, tan deplorable que Dios la eliminó
mediante el diluvio universal.
Estas condiciones de escasez, competencia y la falta de un balance genético
entraron en acción cuando el pecado se hizo presente en el mundo, haciendo de
la economía una realidad. Los recursos se hicieron difíciles de obtener y más
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 325

difícil aun de mantener. La competencia se caracterizó por las interacciones


sociales. Se inició un movimiento de péndulo moviéndose hacia los extremos
en el curso de la actividad humana. Un importante indicador de hasta dónde
los efectos de la caída fueron revertidos mediante el proceso redentor fue la
forma en la que los individuos enfrentaron los desafíos de adquisición y
distribución.
Suficientemente interesante, cuando finalmente la redención culmine en la
habitación eterna del creyente con el Padre, la economía dejará de ser algo
que importe. El apóstol Juan escribió:

Y no habrá más maldición; y el trono de Dios y del Cordero estará en ella, y sus
siervos le servirán, y verán su rostro, y su nombre estará en sus frentes.
No habrá allí más noche; y no tienen necesidad de luz de lámpara, ni de luz del
sol, porque Dios el Señor los iluminará; y reinarán por los siglos de los siglos.
—APOCALIPSIS 22:3 – 5

La existencia eterna en el nuevo cielo y nueva tierra restaurará la abundancia,


la cooperación y el balance que se encuentran solo en la relación apropiada de
la humanidad con Dios. Los cristianos podemos esperar que esto suceda ya que
el Padre es totalmente suficiente y la vida con Él, por lo tanto, estará libre de
deseos. No deja de ser interesante, históricamente, que los creyentes que
sufrieron gran persecución pensaran a menudo en el cielo y vieran la muerte
como una liberación gozosa, mientras los creyentes opulentos se concentran
más en esta vida y ven la muerte como algo mucho más pavoroso. La forma de
ver la vida futura con Dios es un barómetro de cuánto se ama o se deja de amar
al mundo.

LA ECONOMÍA DE LA REDENCIÓN

Escasez
El pueblo de Dios, trátese de la nación de Israel o de la iglesia, se ha encontrado
viviendo en un mundo caído y sujeto a condiciones económicas desafiantes.
Primero que todo, el creyente debe vencer la escasez mediante un esfuerzo
inteligente y sostenido. El tan citado pasaje que exalta el trabajo aborda este
punto:

Ve a la hormiga, oh perezoso, mira sus caminos, y sé sabio; la cual no teniendo


capitán, ni gobernador, ni señor, prepara en el verano su comida, y recoge en el
tiempo de la siega su mantenimiento.
— PROVERBIOS 6:6 – 8
326 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

La hormiga es el ejemplo de laboriosidad (trabajo). Esta laboriosidad es


simple, precavida, planificada, consecuente y automotivada. El pasaje dice
que sin esta iniciativa, se impondría la pobreza (cp. Pr. 6:10 – 11; 10:4 – 5).
Con las siguientes palabras, el apóstol Pablo exhortó a los efesios a que
trabajaran:

El que hurtaba, no hurte más, sino trabaje, haciendo con sus manos lo que es
bueno, para que tenga qué compartir con el que padece necesidad.
— EFESIOS 4:28

A los creyentes en Tesalónica, Pablo escribió:

...que procuréis tener tranquilidad, y ocuparos en vuestros negocios, y


trabajar con vuestras manos de la manera que os hemos mandado, a fin de
que os conduzcáis honradamente para con los de afuera, y no tengáis
necesidad de nada.
— 1 TESALONICENSES 4:11 – 12

TRABAJO
La norma bíblica para superar la pobreza y sobrevivir y dar es el trabajo
honesto y consecuente. Los principios bíblicos también se dan para
bosquejar el cuidado de aquellos incapacitados para trabajar. Este
mandamiento de las Escrituras para trabajar es tan fuerte que en el libro de
Proverbios a los que no trabajan se les llama holgazanes. Estos holgazanes
están pegados a sus camas (26:14), ofrecen pobres excusas para su flojera
(26:13), no terminan lo que empiezan (19:24) y son inútiles a aquellos que los
emplean (10:26; 18:9).4 Finalmente, estos individuos holgazanes encuentran
que han malgastado irremediablemente sus vidas (24:30-31). Pablo estaba
tan opuesto a la holgazanería que dice a los creyentes de Tesalónica cómo
tienen que tratar a los que pudiendo trabajar, no lo quieren hacer: ¡el que no
trabaja, no come!

Porque también cuando estábamos con vosotros, os ordenábamos esto: Si alguno


no quiere trabajar, tampoco coma. Porque oímos que algunos de entre vosotros
andan desordenadamente, no trabajando en nada, sino entreteniéndose en lo
ajeno. A los tales mandamos y exhortamos por nuestro Señor Jesucristo, que
trabajando sosegadamente, coman su propio pan.
— 2 TESALONICENSES 3:10 – 12

Pablo deja caer su mano dura especialmente sobre los hombres flojos que
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 327

tienen familia. Le dice a Timoteo que los que no proveen para sus propias
familias han negado la fe y son peores que los incrédulos (1 Ti. 5:8).
Bajo condiciones normales, la escasez es el problema y el trabajo honesto
la solución. Muchos activistas sociales creen que la solución de la mayoría de
las enfermedades culturales es la riqueza; creen que un importante grupo de
personas tiene problemas porque carecen de riquezas. A menudo, tales
individuos promueven programas que proveen recursos solo para descubrir
que los recursos han sido malgastados o se ha abusado con ellos. Las
Escrituras enseñan, sin embargo, que a menudo las personas con problemas
carecen de recursos porque son necios, no están dispuestos a trabajar duro y
no saben administrar bien lo que tienen (Pr. 24:30 – 34).

AHORRO
Las Escrituras enseñan también que una porción de lo que se gana debería
ahorrarse. Otra visita a la hormiga de Proverbios 6:6 – 9 y 30:25 demuestra este
principio. Las palabras clave para esta lección son verano e invierno. Estas
palabras demuestran la previsión de la hormiga al acumular provisiones
cuando hay (verano) contra el tiempo cuando escasean o sencillamente no hay
(invierno). Esta suerte de actividad se compara en principio con la planificación
y la provisión que hace José en Génesis 41. Ahorrar es sencillamente prepararse
para los tiempos difíciles que pudieran provocar circunstancias imprevisibles.
La palabra algo se usa porque en un mundo caído deben esperarse las
circunstancias difíciles; solo se desconoce el tiempo en que ocurran estas cir-
cunstancias (todo está en un estado de deterioro). Este parece ser el punto que
señala Salomón en Proverbios 21:20 cuando dice: “Tesoro precioso y aceite hay
en la casa del sabio; mas el hombre insensato todo lo disipa”. El “tesoro y el
aceite” se encuentran almacenados para necesidades futuras, pero el hombre
necio vive al día, como si circunstancias indeseadas nunca fueran a ocurrir, a
menudo listo para pedir prestado para enfrentar las emergencias.
En 2 Corintios 12:14 Pablo menciona el ahorro. Al recordar a los corintios su
relación con ellos, usa una metáfora de un padre y su hijo. Les dice que no será
una carga para ellos porque es la responsabilidad de los padres ahorrar para
sus hijos. Aunque no menciona el propósito para el cual se ahorra, ensalza la
actividad disciplinada de separar recursos para las necesidades futuras de la
descendencia.

DAR
El tercer antídoto para la escasez es dar. Dar alivia la escasez experimentada por
otros. Jesús alentó el dar cuando dijo: “Dad y se os dará; medida buena,
apretada, remecida y rebozando darán en vuestro regazo; porque con la misma
328 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

medida con que medís, os volverán a medir” (Lc. 6:38) La primera iglesia
estableció un estilo de dar semanalmente como parte de sus reuniones
dominicales (1 Co. 16:1 – 4). El dar estaba dirigido al avance de la obra del
Señor (2 Co. 9), a quienes estaban en necesidad (Gá. 6:10; Ef. 4:28), a los
pobres (Pr. 14:21; 1 Jn 3:17), a viudas calificadas (1 Ti. 5:3-16) y a todos los
que se dedicaran al liderazgo espiritual (Gá. 6:6; 1 Ti. 5:17 – 18).
Los cristianos primitivos, que sirven como ejemplos piadosos, daban
generosamente (2 Co. 8:2), con sacrificio (2 Co. 8:2-3), gozosamente (2 Co.
9:7), amorosamente (2 Co. 8:7) y con una actitud de adoración (2 Co. 8:5).
Algunas de tales contribuciones eran producto de ahorros. Este dar era
voluntario (2 Co. 8:4), sin ninguna obligación que mencionara la ley del
Antiguo Testamento. El Nuevo Testamento no dice nada en cuanto a las
leyes sobre dar del Antiguo Testamento. Si una persona fuera a adoptar el
diezmo esperado de los israelitas, el diezmo total sería aproximadamente el
veinticinco por ciento.5 Una cosa, sin embargo, se mantiene consecuente
entre ambos testamentos: Dar a Dios ha sido siempre una cuestión del
corazón (Éx. 25:1 – 2; 2 Co. 9:7).

Competencia
¿Pero encuentra su solución redentora el segundo problema económico, la
competencia? O, planteando la pregunta de manera diferente, ¿cómo podría el
creyente cooperar con el orden creado por Dios? El enfoque de esta pregunta
no está puesto inicialmente en la competencia entre las personas debido a
recursos escasos, lo cual es un tópico que vale la pena, sino sobre la
cooperación voluntaria del creyente con el diseño de Dios. Este diseño
contextualiza a los individuos dentro de la creación y por lo tanto, les
permite utilizar las mejores habilidades que les ha dado Dios de tal modo de
alinearse con la bendición de Dios (Stg. 1:25).
Inicialmente, Adán se encontró bajo la autoridad de Dios y Eva bajo el
liderazgo de Adán. El resto de la creación quedó sujeto a la humanidad (Gn.
1:26). Mientras la creación continuó dentro del orden establecido, persistió la
abundancia. Cuando el orden se rompió, comenzó la escasez. Hasta que el
bienestar económico quedó dependiendo de seguir el orden de Dios. Dios
recordó a la nación de Israel que seguir sus caminos resultaría en
prosperidad (Dt. 6). Teólogos medievales hablaron de la degradación de una
abundancia inherente. Cuando cada estrato de la creación de Dios fue
voluntariamente obediente a su función, la abundancia se vio como un
subproducto.
Perspicazmente, Hamish McCrae ha observado que la primera amenaza
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 329

a la prosperidad en Norte América es la muerte de la unidad de la familia,6


la que muchos cristianos creen que es el resultado de un movimiento lejos de
la cooperación con las estructuras ordenadas por Dios. Desde que el hogar es
el vehículo primario para la transmisión de valores dentro de la sociedad,
esta crisis familiar afecta a todos los sectores de la economía, incluyendo:
 Eficacia del sistema legal.
 Proliferación de leyes.
 Necesidad de más policías y prisiones.
 Ética de la fuerza de trabajo.
 Costos de seguros.
 Cargas impositivas para programas sociales.
 Preparación adecuada de la fuerza de trabajo.
 Actitudes hacia las deudas y el ahorro.
Siguiendo los patrones establecidos por Dios para el hogar (Dt. 6; Pr. 2; 31;
Ef. 5; Tit. 2) dispone a una familia y consecuentemente a la sociedad para la
prosperidad. ¿Es posible que la pobreza finalmente acompañe un fracaso en
cuanto a cooperar con el orden de Dios? ¿Es el estudio del alcance de un
esfuerzo exitoso en la historia humana en realidad un mapa del movimiento
soberano de Dios tanto geográfica como culturalmente porque su Espíritu
estimula a los corazones a la obediencia?

Falta de balance
La restauración del balance a la creación también ocurrirá cuando la
redención afecte la economía. La actual condición humana parece
caracterizarse por los extremos. Estos extremos son objeto de promoción
cuando los individuos abogan por los sistemas hechos por el hombre, sea el
socialismo exclusivamente o el capitalismo exclusivamente.

SOCIALISMO
Los que proponen el socialismo asumen que las personas pondrán a otros
antes que ellos y trabajarán por el bien común. Bienes y servicios serán de
propiedad corporativa y su distribución se hará sobre la base de la
necesidad, con alguna forma de planificación central para evaluar las
necesidades con anticipación. Los socialistas argumentan que:
 El socialismo es más noble que el capitalismo porque el socialismo
presupone que las personas son capaces de ser desinteresadas (es
decir, bondadosas).
 Si al capitalismo se le deja evolucionar libremente, los “tenemos”
tomarán una ventaja injusta sobre los “no tenemos” (el capitalismo no
330 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

es más que la “supervivencia del más fuerte”).


 Finalmente, los “no tenemos” (es decir, la clase trabajadora pobre) se
impondrá sobre los “tenemos” para restaurar la igualdad.
 El capitalismo simplemente complace el instinto básico de la codicia.
 El socialismo premia la compasión por los menos afortunados.
 El socialismo enfatiza la comunidad sobre la libertad autónoma.
Algunos cristianos han citado Hechos 2:44 – 45 como defensa para que en
la iglesia se practique un “socialismo santificado”. El uso de esta Escritura
para su defensa, sin embargo, no sirve por un número de razones. La iglesia
en Jerusalén practicó este acercamiento comunitario sobre la base de dar una
sola vez, voluntariamente, sin que lo precediera ni un mandamiento bíblico
ni apostólico. Ninguna mención de esta práctica como algo normativo para
las iglesias aparece en el resto de Hechos y en ningún otro libro del Nuevo
Testamento.7

CAPITALISMO
Para establecer y regular un precio equilibrado según lo dicten los
excedentes y las insuficiencias, el capitalismo, en una forma pura, descansa
solamente en la fuerza del mercado (compradores y vendedores). El libre
intercambio está gobernado por la oferta y la demanda, con los participantes
siendo dueños privadamente de lo que son capaces de acumular a través de
ese intercambio. Los proponentes del capitalismo argumentan que:
 El trabajo combate la depravación del hombre (autointerés).
 Permite que el equilibrio del mercado coordine a compradores y ven-
dedores, mientras que las intervenciones de fuera (externas) tienden
solo a causar problemas.
 Soluciona la naturaleza subjetiva de los precios.
 Es verdaderamente igualitario como lo propone Adan Smith y no está
basado en una “ganancia cero” (ambas partes participan en un
intercambio beneficioso).8
 Permite a sus participantes amasar grandes fortunas.
 Motiva (provee incentivo para) a los trabajadores porque pueden con-
servar o dar los frutos de su trabajo como les parece.
 Ha creado una clase pobre que está relativamente mejor comparados
con los pobres de otras partes del mundo (“una marejada creciente
eleva todos los botes”).
 Autocorrige las imperfecciones del mercado cuando se basa en un
intercambio libre (los errores causan pérdidas mientras que las
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 331

acciones correctivas producen ganancias).


 Tiene una antítesis, el socialismo, que ha fracasado (como lo demostró
el colapso de la Unión Soviética).

BALANCE
Pero de nuevo se requiere de un balance. La economía de Dios, tal como está
descrita en la teocracia de Israel, poseía ambos sistemas de distribución.
Había leyes que protegían la posesión de propiedades (Éx. 20:15; 22:1 – 5). Se
esperaba que diera el que amaba al Señor, lo cual implicaba posesión (se da
solo lo que se tiene). Sin embargo, el Año de jubileo se devolvían las pro-
piedades a sus dueños originales, una norma igualitaria o socialista (Lv.
25:10 – 16). La obra benéfica fue ordenada por la ley como queda evidente en
la práctica de la cosecha (Lv. 19:9 – 10), pero a la holgazanería se la dejó
seguir su curso sin una red de seguridad. Debido a que dar era un asunto de
cada uno, era posible diferenciar a los flojos de los verdaderamente
necesitados, lo cual resulta imposible cuando se trata de programas de
ayuda gubernamental que consideran a todos por igual. La forma de Dios de
manejar la economía nacional era balanceada.
Se podría pensar que un sistema económico proveniente de Dios debería
resolver los problemas de adquisición de riquezas y de distribución, pero
Israel cayó vez tras vez en la falta de balance. El problema no era el sistema,
sino el corazón de los que estaban dentro del sistema. En algunos sentidos,
John Kenneth Galbraith estuvo en la razón con su famoso aforismo: “Bajo el
capitalismo, el hombre explota al hombre; bajo el comunismo, es todo lo
contrario”.9 Los principios sobre economía son tan viables como lo es el
carácter moral de sus participantes. Ningún sistema funciona a menos que
todos estén empeñados en que funcione, y aun entonces deberá ser
reforzado mediante un sistema legal adecuado.
Corresponde al creyente individual restablecer también un balance re-
dentor. Este balance nunca debe restablecerse en el ámbito de una
macroeconomía, ya que la posibilidad que la iglesia afecte el ciclo de los
negocios parece bastante remota. Pero es ciertamente posible vivir en una
manera que los creyentes demuestren un vivir balanceado. En Efesios 4:1
Pablo exhorta al creyente a andar “dignamente” para lo cual usa una palabra
que en el griego clásico originalmente quiere decir “balanceado”. La
semejanza con Cristo debe resultar en un balance, ya que Él fue
perfectamente balanceado en su forma de abordar todas las cosas.10
Este balance se manifestará en una forma apropiada de trabajar, ahorrar y
dar. El trabajo no debe ser un fin en sí mismo, robándole al creyente el
332 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

tiempo que debe dedicar a la iglesia y a su familia. El ahorro no debe ser un


fin en sí mismo, pues puede transformarse en una acumulación y su
correspondiente falso sentido de seguridad. El dar no debe ser un fin en sí
mismo, con una familia descuidada y un orgullo religioso. El hijo de Dios
debe aprender a establecer un balance entre el disfrute de la creación de Dios
y un sentido de auto sacrificio. El creyente maduro está creciendo “en la
gracia y el conocimiento de nuestro Señor y Salvador Jesucristo” (2 P. 3:18)
quien estableció un balance perfecto en todas las facetas de su vida. El
creyente debería hacer lo mismo, ya que cada una de las tres actividades es
ordenada por Dios y descuidar cualquiera de ellas es un insulto a su orden.

LA RESPONSABILIDAD DEL MAYORDOMO


La palabra usada con frecuencia para describir la relación del creyente con la
riqueza es mayordomía. Y no es una mala selección. Un mayordomo es
“alguien que actúa como supervisor o administrador de las finanzas y
propiedades de otro u otros”.11 El asunto fundamental en este concepto es
propiedad o pertenencia. El mayordomo no es dueño de lo que administra.
Esta falta de propiedad limita la libertad del mayordomo. El museo
conservador no es dueño de las pinturas impresionistas que exhibe. Las
pinturas no pueden sacarse del museo y ponerse en la casa del conservador
simplemente porque las obras de arte hacen juego con su decorado interior.
El punto es, el mayordomo es responsable por el uso de la propiedad en la
manera y el tiempo designado por el propietario. Hacer algo distinto sería
violar los derechos de propiedad.
El salmista dice: “De Jehová es la tierra y su plenitud; el mundo, y los que
en él habitan” (Sal. 24:1). Pablo, cuando se dirige a su audiencia en Atenas,
les dice: “El Dios que hizo el mundo y todas las cosas que en él hay” y que
“es quien da a todos vida y aliento y todas las cosas” (Hch. 17:24 – 25) En
realidad, la tierra siempre ha pertenecido a Dios por derecho de creación, y
administrarla (dominio) ha sido la función de la humanidad desde el
principio (Gn. 1:28). La mayordomía, sin embargo, fue estropeada por la
caída, y la humanidad comenzó a ver el mundo material como que existía
para los propósitos humanos en lugar de ver la creación como de Dios, para
Dios y a Dios.
Una persona puede decir: “¡Gané este dinero con mi propio tiempo, ener-
gía y capacidad!” Surge, entonces, la pregunta: ¿Cuál es la fuente del tiempo
de esa persona y de su energía y de su capacidad? ¿Cómo las personas
pueden encontrarse por ellas mismas en el lugar correcto en el momento
correcto, permitiendo que las fuerzas del mercado produzcan riqueza?
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 333

Moisés le dijo a la nación de Israel: „„Acuérdate de Jehová tu Dios, porque él


te da el poder para hacer las riquezas” (Dt. 8:18a). En última instancia, toda
la riqueza viene de Dios.
La redención; es decir, la reversión de los efectos de la caída, se expresa
temporalmente por el creyente en sujeción al mundo creado en todas sus
facetas (tiempo, energía, capacidad, riqueza) para el solo propósito de la
gloria de Dios (1 Co. 10:31). El problema radica en la preocupación con lo
temporal (ambiciones de la humanidad) por sobre lo eterno (propósito de
Dios). Jesús dijo:

Si alguno quiere venir en pos de mí', niéguese a sí mismo, y tome su cruz, y sígame.
Porque todo el que quiere salvar su vida, la perderá; y todo el que pierda su vida por
causa de mí, la hallará. Porque ¿qué aprovechará el hombre, si ganare todo el
mundo, y perdiere su alma? ¿O qué recompensa dará el hombre por su alma?
—MATEO 16:24 – 26

La cruz era un instrumento de muerte. La vida del discipulado es una


vida de muerte, muerte del yo con sus ambiciones, pero vida a Dios a través
del Señor Jesucristo. Las personas muertas no tienen preocupación alguna
por sus negocios. ¿Significa esto, entonces, que los creyentes no tenemos que
preocuparnos por las cosas de este mundo? No, sino que significa que los ere
yentes debemos buscar primero el reino de Dios y su justicia; es cuestión de
prioridad (Mt. 6:33).
Una mañana, mientras este servidor se preparaba para enfrentar el día se
miraba al espejo en el cuarto de baño, se fijó en una tarjeta que su hijo mayor
había puesto allí. En la tarjeta estaban escritas las palabras de 2 Corintios
4:16 – 18:

Por lo tanto, no desmayamos; antes, aunque este nuestro hombre exterior se


va desgastando, el interior no obstante se renueva de día en día. Porque esta
leve tribulación momentánea produce en nosotros un cada vez más excelente
y eterno peso de gloria; no mirando nosotros las cosas que se ven, sino las que
no se ven; pues las cosas que se ven son temporales, pero las que no se ven
son eternas (cursivas añadidas).

El primer pensamiento de este servidor fue: Me imagino que ella ya se dio


cuenta de que también lo exterior se va desgastando. Mi segundo pensamiento,
sin embargo, fue bastante mejor: ¿Hasta dónde llega mi preocupación por lo
transitorio? Esta preocupación por lo material produce pesadumbre porque
334 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

o se va a causa de “la polilla... el orín... los ladrones” o se deja cuando se muere.


Preocupación por lo eterno, en la persona y los propósitos de Dios, produce
gran gozo en anticipación de lo mejor que aún está por venir.
La actitud del creyente hacia la riqueza (adquirir y usar lo temporal) es una
buena medida para saber si se camina por fe o por vista (2 Co. 5:7). Pablo
recuerda a los creyentes a “Poned la mira en las cosas de arriba, no en las de la
tierra. Porque habéis muerto, y vuestra vida está escondida con Cristo en Dios.
Cuando Cristo, vuestra vida, se manifieste, entonces vosotros también seréis
manifestados con él en gloria” (Col. 3:2 – 4, cursivas añadidas).
El divino producto de tener un corazón enfocado sobre lo eterno es un
espíritu de contentamiento. Cuando el creyente está concentrado en los pro-
pósitos eternos de Dios, la mano de Dios no solo se ve en las circunstancias
especiales, sino que cualquier “leve tribulación momentánea” empalidece a la
luz de “un eterno peso de gloria más allá de toda comparación” (2 Co. 4:17). El
apóstol Pablo testificó:

...he aprendido a contentarme, cualquiera que sea mi situación. Sé vivir


humildemente, y sé tener abundancia; en todo y por todo estoy enseñado, así
para estar saciado como para tener hambre, así para tener abundancia como para
padecer necesidad. Todo lo puedo en Cristo que me fortalece.
—FILIPENSES 4:11 – 13

Pablo también escribió a Timoteo, quien estaba sirviendo como pastor en la


iglesia de Éfeso, sobre las riquezas. Éfeso era una ciudad conocida por apreciar
las riquezas, los deportes y las diversiones, una especie de precursora en
miniatura de la actual cultura estadounidense. Al parecer, algunas personas de
Éfeso habían abrazado el cristianismo porque creían que era la forma de hacerse
ricas (precursoras en miniatura del “evangelio de la prosperidad”). Pablo le
dice que tales personas creían que “la piedad era una fuente de ganancia” (1 Ti.
6:5). En el versículo 6 Pablo usa un interesante proceso de pensamiento
relacionado con esta falsa idea. Él dice: “Gran ganancia es la piedad
acompañada de contentamiento”. Esta afirmación citada frecuentemente
resume bien ese sentimiento:

Muchos cristianos creen que: Dios + riqueza = contentamiento.


La Biblia enseña que: Dios + contentamiento = riqueza.

A veces, cristianos individualmente así como iglesias no viven según sus


ingresos. En muchos casos, las deudas no son más que un síntoma. La raíz de la
causa es una falta de contentamiento. El contentamiento viene cuando el
Propuestas para un acercamiento bíblico a la economía 335

creyente está descansando en la soberanía de Dios (permitiéndole a Él que lo


lleve a través de sus circunstancias) y es bien controlado por el Espíritu
Santo (un elemento virtuoso en el fruto del Espíritu es la “paciencia”). Un
espíritu de descontento provoca una interminable necesidad de más, lo que
se trata de satisfacer mediante mayor endeudamiento. Cuando los creyentes
están contentos, economizan pacientemente (dejando que el interés
compuesto traban para ellos) en lugar de correr a endeudarse (lo que hace
que el interés compuesto trabaje contra ellos).
Una de las funciones de la publicidad en el mundo es mantener a la
población en un estado perpetuo de descontento. El mundo, que vive para el
presente, desea lo más nuevo, lo más brillante, lo más grande, lo mejor, lo
más conveniente, lo más rápido, lo más entretenido, lo más lujoso y lo más
sabroso. Dios ofrece a sus hijos la oportunidad de abandonar ese camino y
descansar en Él. “No os conforméis a este siglo, sino transformaos por medio
de la renovación de vuestro entendimiento, para que comprobéis cuál sea la
buena voluntad de Dios, agradable y perfecta” (Ro. 12:2).
La fuente primaria del contentamiento se encuentra en tener la perspectiva de
Dios sobre la riqueza. Sabiendo lo que Dios aprecia, como está expresado en su
palabra, es un gran aliento para sus hijos para que se sientan que estén en el
mundo pero que no son del mundo. Según la Biblia, una cantidad de cosas tiene
más valor que el oro; es decir, las riquezas materiales. Estos tesoros incluyen:
 El alma de las personas (Mt. 16:26).
 La justicia (Pr. 16:8).
 La sabiduría y el entendimiento (Pr. 16:16).
 Un buen nombre (Pr. 22:1).
 La ley del Señor (Sal. 19:9-10).
 La integridad (Pr. 19:1).
 Una esposa excelente (Pr. 31:10).
 Hijos (Sal. 127:3, 5).
 Conocer a Cristo (Fil. 3:7 – 9).
 Conocer a Dios (Jer. 9:23 – 24).
El mundo ve la riqueza material como una fuente de felicidad, y un fin en sí
misma. No deja de sorprender que tantas personas se dediquen a acumular
riquezas percibiéndolas como la fuente primaria de felicidad en una existencia
finita. Dios ve las riquezas materiales como un medio de llevar a cabo sus
propósitos, y en muchas ocasiones una falta de riqueza material puede dar
origen y aun profundizar las cualidades que tienen más valor. Algunos en el
pueblo de Dios pueden poseer riquezas mientras que otros no. En cada caso, un
espíritu de contentamiento libera de una preocupación por la riqueza. El
336 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

creyente, entonces, acepta lo que un Dios amante y sabio le da como una


señal de su liderazgo. Esta actitud está hermosamente reflejada en la oración
de Agur (Pr. 30:7-9):

Dos cosas te he demandado; no me las niegues antes que muera: Vanidad y


palabra mentirosa aparta de mí; no me des pobreza ni riquezas; manténme del
pan necesario; no sea que me sacie, y te niegue, y diga: ¿Quién es Jehová? O
que siendo pobre, hurte, y blasfeme el nombre de mi Dios.

LA NECESIDAD DE TENER UNA ACTITUD


Cuando el mundo cayó en pecado, la abundancia fue suplantada por la
escasez, la cooperación fue reemplazada por la competencia, y la falta de
balance tomó el lugar del balance. Dios ha revelado su remedio para esta
parte material resultante del pecado: vencer la escasez mediante el trabajo, el
ahorro y el dar; cooperando con las estructuradas establecidas por Dios; y
balanceando posiciones que de otra forma serían extremas. Entre una parte
del emparedado: el ambiente perfecto de Dios (el huerto [Gn. 2] y la otra
parte, la nueva tierra [Ap. 21 – 22], los creyentes tenemos un indicador
poderoso de los afectos del corazón: “Nuestra actitud hacia las riquezas”.

LECTURAS ADICIONALES
Blue, Ron. Master Your Money [Dominar su dinero] Nashville: Thomas
Nelson, 1986. Ed. Rev. 1997.
Burkett, Larry. What the Bible Says About Money [Lo que la Biblia dice
acerca del dinero], Brentwood, TN: Wolgemuth y Hyatt, 1989.
Clouse, Robert G. Wealth and Poverty: Four Christian Views of Economics [La
riqueza y la pobreza: Cuatro puntos de vista cristianos de la economía],
Downers Grove, IL: rVP, 1984.
Getz, Gene A. A Biblical Theology of Material Possessions [Una teología
bíblica de las posesiones materiales], Chicago: Moody Press, 1990.
Gilder, George. Wealth & Poverty [Riqueza y pobreza], San Francisco:
Institute for Contemporary Studies, 1993.
MacArthur, John F. ¿A quién le pertenece el dinero?, Grand Rapids: Editorial
Portavoz, 2005.
Novak, Michael. The Spirit of Democratic Capitalism [El espíritu del
capitalismo democrático], Nueva York: Madison Books, 1982.
Stapleford, John E. Bulls, Bears & Golden Calves: Applying Christian Ethics in
Economics [Osos y becerros de oro: Cómo aplicar las éticas cristianas en la
economía], Downers Grove, EL: IVP, 2002.
17

DIOS ES GLORIFICADO EN
LA LITERATURA Y EN
LA CULTURA ARTÍSTICA

GRANT HORNER

Vivimos en un mundo caído. A menudo da la impresión de que sigue cayendo


en lugar de haber caído. La cultura humana parece ponerse peor cada día.
Verdaderos ejércitos de comentaristas, tanto políticos conservadores como
adherentes a la cultura judeocristiana inundan las estanterías, las páginas de las
revistas y las ondas del éter con mensajes culturales amorales amenazadores
diciendo que si no luchamos por preservar el centro moral de la cultura
occidental, seremos desbordados por la malignidad de los “ismos”. Tales
“ismos” puede usted completarlos con lo que más le guste: marxismo,
posmodernismo, feminismo, etcétera.
Irónicamente, es tan fácil y frecuente que los cristianos pongamos nuestra
vista al área de la vida llamada las humanidades: arte, cultura, literatura,
filosofía, para mencionar solo algunas e identificar estos logros humanos como
la fuente de mucho de lo malo que existe en el mundo. Pero quizá deberíamos
considerar la posibilidad de que estos logros culturales, así como todos los
“ismos”, sean de izquierda o de derecha, no sean simplemente fuentes, sino
reflexiones de la naturaleza básica de los humanos. Estas reflexiones deberían
interpretarse por un patrón basado en la Biblia y no determinado por la cultura.
Si los cristianos intentamos un acercamiento a la cultura: literatura, cine, las
artes y las filosofías de la humanidad desde una posición humana y cultural,
estaríamos actuando en desobediencia a Dios. El punto de referencia de la
cultura es relativo y siempre cambiante, mientras que la regla de Dios es
338 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

absoluta e inmutable.

EL EJEMPLO DE CALVINO
Aunque parezca un punto de partida poco usual, este ensayo lo
comenzaremos con un pasaje de uno de los pensadores cristianos más
importantes e influyentes de la historia, Juan Calvino (1509 – 1564). Su obra
más famosa, La institución de la religión cristiana, fue repetidamente revisada
entre 1536 y 1559 y es sorprendentemente amena. Fue tan difundida, que
entre 1557 y 1599 se produjeron no menos de treinta y nueve ediciones,
incluyendo versiones en latín, francés, español, holandés, alemán e italiano.1
La obra de Calvino, sea que esté usted de acuerdo o no con su posición
teológica, es un ejemplo preciso de discernimiento bíblico2 relativo a la
cultura. Es fascinante observar la forma en la que trata diversas ideas
humanas sobre este tema fundamental.

Sería una necedad pedir a los filósofos una definición de “alma”. De


ellos, ninguno, salvo Platón, ha afirmado correctamente su sustancia
inmortal. Sin duda, otros socráticos se han referido también a ella,
pero en una forma que muestra que nadie enseña claramente una cosa
de la cual no está convencido. La opinión de Platón es la más correcta
porque él percibe la imagen de Dios en el alma.3

Cuando Calvino analiza la naturaleza del alma humana, primero comienza


por examinar el pensamiento de los grandes filósofos a quienes ha estudiado
extensamente4 en su típica educación humanista del siglo dieciséis, clásica y
cristiana. Observa que Platón (ca. 429-347 a.C.), aunque un filósofo pagano,
tiene una posición de alguna manera precisa. Es “más correcto”. Esto implica
que hay un patrón final de juicio al que es posible acercarse o alejarse. Surge la
pregunta: “¿Más correcto que quién?” Más que correcto que los otros filósofos
que están en un error más profundo. ¿Cómo logra Calvino establecer esto? De
una forma muy sencilla: leyendo y analizando sus trabajos y comparándolos
con las Escrituras, el modelo supremo para la verdad. Calvino, entonces, sigue
diciendo:

Nos sentimos forzados a separar algo de esta forma de enseñanza porque


los filósofos, ignorantes de la corrupción de la naturaleza que se originó
en la pena por la defección del hombre, erróneamente confunden dos
muy diferentes estados del ser humano.5

Él observa que el error básico de los filósofos es su presuposición que la


Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 339

humanidad no está en un estado de depravación. Sin embargo, no se puede


entender la naturaleza del hombre sin entender su naturaleza caída y reconocer la
propia naturaleza caída de uno. Él entonces explica la visión bíblica del alma
humana:

...el alma humana consiste de dos facultades, entendimiento y voluntad.


El oficio del entendimiento es distinguir entre los objetos y determina
cuál es digno de aprobación y cuál de desaprobación; mientras que el de
la voluntad es seleccionar y seguir lo que el entendimiento dice que es
bueno, y rechazar y evitar lo que desaprueba. Que ninguna de estas
minucias de Aristóteles nos detengan, ya que la mente no tiene acción en
sí misma, sino que es movida por selección... No nos enreda en asuntos
inútiles, ya que es suficiente con que lo haga el entendimiento, como si
fuera el líder y gobernador del alma; y que la voluntad es siempre
cuidadosa de las órdenes del entendimiento y su propio deseo espera el
juicio del entendimiento.6

También menciona a Aristóteles (384 – 322 a.C.) quien fue alumno de Platón y
sostuvo ideas diferentes sobre la naturaleza del universo. Critica parcialmente
la concepción de Aristóteles de cómo trabaja la mente; e incluso llama a estas
ideas “minucias” (insignificancias) e “inútiles”.
El punto es la relación entre el entendimiento y la voluntad. El entendimiento
hace distinciones o juicios sobre lo que percibe. La voluntad sigue al
entendimiento y comprende la capacidad de aplicar acción a los juicios. Paso 1:
Veo un pedazo de pastel y decido que debe estar delicioso, entendimiento de la
naturaleza del chocolate alemán. Paso 2: Llevar el pastel del plato a mi boca: La
voluntad de comer.
El propósito para examinar este escrito de uno de los más grandes teólogos
de la iglesia es doble: Primero, muestra que estudiar y actuar con la cultura no
necesariamente corrompe a una persona. De hecho, la puede hacer más fuerte,
como ocurrió con Calvino. Segundo, según la Biblia, los creyentes tienen las
facilidades de entendimiento y voluntad que Calvino afirma en su escrito. Es en
esta relación crítica entre entendimiento y voluntad que se encuentra el mandato y
la necesidad de ejercer discernimiento.

DISCERNIMIENTO: EXPLORACIÓN, DESCUBRIMIENTO Y ELECCIÓN


Lo bueno y lo malo residen en el reino de la elección. Las esculturas, la música,
la poesía, la pintura, el cine son entidades abstractas sin una naturaleza moral
inherente. En lo abstracto, no tienen ni más ni menos naturaleza que un motor
V-8 o un par de aletas para nadar. La naturaleza moral es lo que creamos
cuando adornamos el contenido. Todas las creaciones humanas demuestran la
naturaleza caída de la humanidad y reflejan, sea que lo den a entender o no, lo
340 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

que Dios ha dicho acerca del hombre, que aunque está totalmente caído, aún
posee la imago dei, la imagen de Dios. Además, por el designio soberano de
Dios, los humanos caídos harán algunas observaciones esencialmente
precisas y luego crearán artefactos culturales (p. ej. Hamlet de Shakespeare,
Ion de Platón, o Sunset Boulevard de Billy Wilder) que en una buena medida
representan correctamente aspectos del universo. Debido a nuestra
naturaleza caída, estas observaciones y representaciones contendrán
siempre, no obstante, el error.
Alguien quizá diga: “¿A dónde quiere llegar con todo esto? Se trata solo
de entretenimiento o material educacional o simplemente cultura pop
irrelevante‟‟. Pero estas reacciones son muy simplistas y ninguna de ellas es
bíblica. De hecho, en la vida de un cristiano, nada es irrelevante. Si los
creyentes hemos sido comprados, no con cosas terrenales corruptibles, sino
con La incalculablemente preciosa sangre de Cristo (1 P. 1:18 – 19), entonces
cada acción y pensamiento debe estar debajo de su señorío (2 Co. 10:5). Una
respuesta de las Escrituras a la cultura literaria y artística no solo tiene valor
pragmático, sino que honra a Dios y es, en realidad, un acto de obediencia
directa. Ignorarlo o minimizarlo es, de hecho, desobediencia. Aislacionismo
y permisividad es igual a errores de oposición.
Piense en la actual moda entre los evangélicos conservadores por la ficción y
las películas “cristianas”. Sin considerar los méritos estéticos de esta tendencia,
podemos observar que muchos cristianos están consiguiendo una gran dosis de
su teología (especialmente escatología) de tales fuentes en lugar de ir
directamente a las Escrituras. En esta tendencia hay potencialmente un gran
peligro. La mejor película cristiana u obra de ficción nunca podrá tener el efecto
poderoso de la “sola” Escritura. Solo la Palabra puede discernir los
pensamientos y las intenciones del corazón, tanto de autores como de lectores
(He. 4:12) y solo ella es perfecta, que convierte el alma (Sal. 19:7).
Es muy importante entender que este capítulo no es una crítica a deter-
minados autores, géneros, estilos o incluso contenidos. Más bien provee una
serie de recursos y estrategias para bregar con un mundo lleno de decisiones.
Algunas de estas decisiones comprenden nuestra reacción a objetos culturales:
libros de varias clases, películas, música y así por el estilo. Es un acercamiento
que no solo es aplicable al área de estudio en literatura y cine de este autor, sino
que también es útil para aplicar en otras formas de expresiones artísticas y
culturales, desde los anuncios comerciales de la televisión hasta la ópera
italiana, desde Steinbeck a Camus, desde Seinfeld a Doonesbury. Cada día nos
encontramos con programas radiales, anuncios en revistas, programas
“educativos y de entretenimiento” que parecen asaltos agresivos de material
cultural. Sobre esto, estamos expuestos constantemente a una amplia variedad
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 341

de información que llega a nosotros con la etiqueta de “cristiana”: sermones,


cintas, libros, revistas, música, conferencias, foros de discusión en la
Internet. ¿Cómo podríamos procesar, clasificar y evaluar todo este material?
Con discernimiento bíblico:

Y todo aquel que participa de la leche es inexperto en la palabra de justicia,


porque es niño; pero el alimento sólido es para los que han alcanzado
madurez, para los que por el uso tienen los sentidos ejercitados en el
discernimiento del bien y del mal.
– HEBREOS 5:13 – 14

Un “experto” que simplemente dé una charla sobre “lo que sí y lo que no”
sobre asuntos estéticos no resultará en un verdadero crecimiento espiritual
del creyente. Enseñar el proceso de discernimiento, sin embargo, es como
sembrar la semilla que habrá de producir mucho fruto. El “experto” también
debe usar de discernimiento para llegar a conclusiones. Difícilmente podría
calificarse de enseñanza de discernimiento a un grupo de oyentes al simple
manejo de una lista de material aceptable. Pero el examen de los diferentes
elementos culturales que inevitablemente nos rodean y luego enseñar a los
estudiantes cómo discernir bíblicamente entre lo bueno y lo malo, entre lo
malo y lo peor, y entre lo bueno y lo mejor es la forma en la que las
estrategias para vivir como extranjeros y peregrinos en este mundo caído
pasan de una generación de creyentes a la que viene. El primer elemento en
este proceso es el discernimiento correcto de la condición humana. Si este
asunto crucial no se entiende apropiadamente, es muy difícil que se
produzca un discernimiento correcto sobre lo que sea.
El punto de partida definitivo en el compromiso cristiano con cualquier
aspecto de la cultura debe siempre ser antropológico bíblico. Se debe tener
un entendimiento de las Escrituras de lo humano, derivado de una doctrina
explícita y principios implícitos de las Escrituras. Por lo tanto, la pregunta
más importante es: ¿Qué dice Dios acerca de la naturaleza caída y nuestra
relación con una cultura humana caída? Desdichadamente, el asunto de la
cultura artística no se resuelve con simples pasajes bíblicos como “No verás
películas” o “No leerás a Montaigne ni a Lyotard ni nada de los romances o
comedias de Shakespeare antes de 1596”. Es necesario fijarse en principios
más importantes, teniendo siempre presente en todo análisis la doctrina
fundamental de la depravación del hombre.

ALGUNAS PREGUNTAS ÚTILES


342 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Hay varias áreas básicas que deben considerarse cuando se tratan de


analizar los elementos culturales desde una perspectiva bíblica:
 ¿Cuál es la aparente posición moral de la obra en cuestión? ¿Es lo bueno
representado como bueno y lo malo como malo? ¿Son estas categorías
confusas o incluso invertidas? ¿Se percibe la presencia de un sentido de
justicia en algún nivel? ¿Está el hombre representado como bueno, como
malo o ni bueno ni malo?
 ¿Cuál es la aparente visión que el autor tiene del mundo? ¿Hay un Dios en el
universo que la obra representa y si lo hay, qué clase de Dios es? ¿Es el
universo un lugar de libre voluntad o de determinismo fatalista? ¿Quién
gana al final, lo bueno o lo malo? ¿Es la vida algo con sentido o sin
sentido, fortuita o con un propósito? ¿Es el universo un lugar que tiene
sentido y que se dirige a alguna parte, o no?
 ¿Qué se puede aceptar; es decir, qué es verdad? ¿Qué partes de esta
representación están de acuerdo con la revelación bíblica y en qué grado?
 ¿Qué debe rechazarse por carente de verdad? ¿Qué está contra la revelación
bíblica y en qué grado?
 ¿Debería una persona retraerse de participar en cultura y hasta qué punto?
¿Cómo puede una persona glorificar a Dios a través de su experiencia
con los asuntos culturales?
 Las demás preguntas son más directamente personales y prácticas:
 ¿Puede la participación en la actividad cultural usarse para la gloria de Dios?
¿Es posible que la participación (ver una película, leer un libro) glo-
rifique a Dios a través de la obediencia? ¿Sería tal cosa edificante?
 ¿Puede ser la participación perjudicial para la vida espiritual de la persona?
¿Podría hacer que la persona pierda su sensibilidad hacia el pecado y la
situación desesperada de los perdidos? ¿Podría uno dejarse llevar por
filosofías mundanas presentadas en una forma positiva o negativa?
 ¿Es esta un área de problema personal? ¿Ha tenido la persona en el pasado
luchas en algunas de estas áreas (como la descripción negativa de una
situación en una novela como Madame Bovary, o la descripción positiva
del ateísmo materialista en una película contemporánea)? ¿Podría
alguien encontrar cualquiera de los materiales presentados tentador o
halagador en una forma pecaminosa? Si es así, ¿debería la persona
arriesgar su pureza mental usando de su libertad en Cristo como una
racionalización? ¿Se siente la conciencia de la persona molesta acerca de
participar en la actividad?
 ¿Se ha comprometido la obediencia de la persona al punto que no reconoce esta
como un área problemática? ¿Cuál es la motivación de la persona? ¿Hay un
deseo profundo de glorificar a Dios mediante la obediencia o está
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 343

actuando tontamente la persona al pensar que el pecado no es pecado


o que la tentación no es tentación? ¿Hay un entendimiento de una
verdadera antropología bíblica?

CRISTIANISMO Y ARTE A TRAVÉS DE LA HISTORIA


Muchos cristianos han usado relatos del Antiguo Testamento como
justificación bíblica para una separación total de la cultura. Por ejemplo, en
Éxodo 34:11 – 16, el Señor ordena a los israelitas que destruyan los altares
idolátricos de los paganos para evitar ser infectados por su maldad. Sin
embargo, usar este pasaje para justificar una actitud aplicable
universalmente a todos los cristianos no tiene garantía bíblica por varias
razones. Primero, la iglesia e Israel no son lo mismo (Ro. 11). Segundo, a los
cristianos no se les manda a pelear (en el sentido físico) por el reino de Dios
(Jn. 18:36). Tercero, el caso de Israel con los paganos fue básicamente
idolatría (Ex. 34:17), no cultural, per se. Aunque la idolatría es la raíz
contaminante que finalmente corrompe la cultura, el problema
esencialmente es con el pecado, no la cultura, la cual simplemente lleva las
marcas del pecado. La existencia de profetas que viven en pero que rechazan
y condenan el pecado de la sociedad es evidencia de esto. Dios ni juzga ni
redime las culturas que están corrompidas debido a los individuos que crean
las culturas. En cambio, El juzga a los individuos en su naturaleza pecadora.7

Principios de la Edad Media


Agustín (354 – 430), un distinguido pensador y líder de la iglesia, recibió entre-
namiento en retórica la cual, en el mundo antiguo, era una mezcla de filosofía y
literatura diseñada para hacer de la persona un comunicador poderoso. Agustín
parece haber sido dirigido, vía su estudio de filosofía, a buscar la sabiduría en
las Escrituras,8 y vio tanto la vanidad como la utilidad potencial de las artes. En
su libro On Christian Doctrine [Acerca de la doctrina cristiana],9 distingue entre
“usar” y “disfrutar”. Estamos rodeados de cosas que podemos “disfrutar”, pero
la cosa más importante que debemos hacer es “usar” cada cosa para que nos
acerque más a Dios, el verdadero objeto de “contentamiento”. Nuestra
tendencia de seres caídos es extraviarnos del verdadero disfrute (que se
encuentra únicamente en Dios) distrayéndonos con simple disfrute terrenal.
Tenemos que aprender a hacer decisiones correctas.
Por el otro lado, el padre de la iglesia Tertuliano (ca. 160 – 220), un separatista
estricto, denostaba de la filosofía y el entretenimiento. Sin embargo, su
observación muestra que fue educado en las enseñanzas clásicas, por lo menos
en sus años de juventud. En su Apología dedica un breve pero vehemente
capítulo a denunciar a los filósofos y a la filosofía desde un extremo del
344 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

espectro al lado.10
Estos dos pensadores representan el típico rango de puntos de vista de los
cristianos a través de las edades. O podemos hacer algún uso discriminado
de los elementos culturales que nos rodean o podemos separarnos
radicalmente de toda cultura. La primera opción es riesgosa; la segunda es
esencialmente imposible.

La Reforma
La mayoría de los cristianos se sorprenden de saber que la vasta mayoría de
los reformadores protestantes recibieron su educación en los clásicos
paganos. El período de la Reforma coincidió con el Renacimiento, un
renacimiento del interés en lo pagano clásico y la primitiva cultura cristiana
que ocurrió en Italia en los siglos quince y dieciséis y que se trasladó hacia el
norte a través de Europa, culminando en el Renacimiento Inglés de los siglos
dieciséis y diecisiete. Muchos evangélicos conservadores consideran el
Renacimiento un “período maligno” porque marcó el surgimiento de lo que
más tarde llegó a ser el humanismo secular. Sin embargo, también preparó el
camino para la Reforma. Martín Lutero (1483-1546) llamó la atención al
crecimiento paralelo del Renacimiento y la Reforma, diciendo que Dios
siempre prepara el camino para un gran mover de su mano levantando una
generación de eruditos del lenguaje, como tantos Juan el Bautista, haciendo
el camino recto y llano.11 Indudablemente, la Reforma no habría tenido lugar
sin el surgimiento de la imprenta, el estudio del griego y el examen crítico de
textos, todo lo cual lleva la marca del Renacimiento.

El Humanismo
El Humanismo comenzó como una teoría o sistema cultural y educacional.
El enfoque era recuperar el aprendizaje clásico a través del examen de an-
tiguos textos en latín y en griego. Mientras el latín era ampliamente usado
entre los eruditos a través de toda la Edad Media (500-1500), el griego era
prácticamente desconocido. Esto, sin embargo, comenzó a cambiar
lentamente en Italia durante la última parte del período medieval.
Todo lo que quedaba del pasado griego y romano eran ruinas y libros. Las
ruinas no hablan, pero sí los libros. Los nuevos eruditos llegaron a ser
conocidos como humanistas; es decir, “maestros” de aprendizaje clásico. De
esta palabra italiana se ha derivado nuestra palabra en español humanismo.
El Humanismo, entonces, no se refería originalmente a una filosofía humana
o centrada en el hombre, sino al proceso de aprender y enseñar idiomas en el
Renacimiento lo que pavimentó el camino para la Reforma. La mayoría de
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 345

los humanistas fueron en realidad teístas cristianos clásicos y el Humanismo


estaba fuertemente vinculado al Protestantismo. El más grande de los
humanistas, Desiderius Erasmo (1466 – 1536) produjo en 1516 la primera
edición crítica en griego del Nuevo Testamento. Esto se tradujo en que los
eruditos podrían estudiar el texto original del Nuevo Testamento, sin seguir
confinados a la Sacra Vulgata, la traducción del latín católica oficial de
Jerónimo (ca. 345 – 419). Lutero y los reformadores usaron esta nueva obra
erudita griega para lanzar sus ataques contra la iglesia católica medieval.
Literalmente, el Humanismo pavimentó el camino para la Reforma porque
los ideales que promovía llegaron a ser el modelo para la educación de
hombres como Lutero y Calvino. Los primeros protestantes ingleses como
John Colet (ca. 1467 – 1519, que fue el primer inglés en predicar del texto del
Nuevo Testamento griego) fueron casi todos humanistas clásicos, cuyo
entrenamiento los capacitó para leer cuidadosa y críticamente en las lenguas
antiguas. El Nuevo Testamento, escrito en koine o griego común, es un
documento comparablemente más corto (el autor hizo muy bien al ir
directamente al punto). Para facilitar el estudio del griego y también para
aprender del pasado. Los humanistas estudiaron cada texto antiguo que
pudieron obtener ya se tratara de filosofía, teología o literatura, fuera
cristiano o pagano. Sus habilidades necesariamente incluían más que la
lingüística; el lector cristiano efectivo y obediente necesitaba desarrollar
también la capacidad de discernimiento.

LUTERO
Lutero recibió una educación esencialmente clásica, de artes liberales,
humanista y renacentista. Hojeando sus trabajos encontramos esto por
doquier. Él fue, sin embargo, altamente crítico de los pensadores paganos a
los cuales había estudiado. Su obra famosa De Servo Arbitrio (La esclavitud de
la voluntad, 1525) la escribió en reacción al libro de su amigo Erasmo De Servo
Libero (Sobre la libertad de la voluntad). Erasmo sostenía que el hombre tiene la
capacidad moral para alcanzar y optar por la obediencia a Dios. Lutero era
vehemente en afirmar que el hombre es totalmente corrupto, que su
voluntad estaba cautiva a su naturaleza pecadora heredada de Adán. Ambos
hombres teman una rica experiencia educacional humanística, pero Lutero
manejó maravillosamente el mejor discernimiento sobre el humanismo de
Erasmo y usó una letanía de referencias a los textos paganos tanto como
bíblicos para demostrar a su amigo los compromisos que no estaban en las
Escrituras que estaba haciendo respecto de la naturaleza humana. En algo
así como una docena de páginas, Lutero hace alusiones a autores clásicos,
346 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

filósofos y retóricos como Horacio, Luciano, Epicuro, Virgilio, Quintiliano,


Boecio, Plinio, Aristóteles, Demóstenes y Cicerón. Estos están mezclados con
un flujo de referencias a textos bíblicos.
Lutero, en cuanto al manejo que hace Erasmo de las Escrituras (y por
extensión también sus fuentes paganas), increpa a los humanistas, diciendo:
“Vean cuán superficialmente examinan esos pasajes”.12 A pesar de su
excelencia como un erudito textual, Erasmo no leía ni estudiaba con
suficiente discernimiento. Simplemente mezclaba pensamientos paganos con
pensamientos bíblicos en lugar de juzgar el aprendizaje humano basado
únicamente en el modelo de la Palabra divina. La erudición de Lutero se
mantiene como ejemplo de discernimiento crítico-bíblico.

CALVINO
Calvino constituye un caso similar. Clásicamente entrenado en las
humanidades, especialmente leyes y teología, pero también en literatura y
filosofía, da fe del papel determinante que el discernimiento debe
desempeñar en todas las actividades intelectuales. En el primer tópico de
The Institutes of the Christian Religión [La institución de la religión cristiana]
Calvino se refiere a la alocución de Pablo a algunos filósofos atenienses, un
grupo de epicúreos y estoicos en el Areópago (es decir, la Colina de Marte).
En su análisis del conocimiento humano de Dios, Calvino cita las palabras
de Pablo: “en quien vivimos y nos movemos” (Hch. 17:28).13 Lo que es
fascinante notar aquí, como Calvino lo sugiere no tan sutilmente, es que esta
cita es en sí misma una cita. En este pasaje, el apóstol está citando a dos
poetas griegos clásicos paganos (probablemente Epiménedes y Arato).14 Lo
que Pablo quería demostrar a los griegos era que aun sus propios poetas,
separados del único verdadero Dios por su pecado, reconocían unas pocas
cosas básicas sobre su existencia. Lo que debería notarse sobre la cita de
Pablo, y la cita de Calvino de la cita de Pablo, es que Pablo había leído a los
poetas paganos y estaba dispuesto a usar sus propias palabras. Además,
Calvino había leído a los autores paganos que había leído Pablo y los
consideró un texto importante sobre teología en general y conocimiento
cultural en particular, que abrió su obra más grande con esto, a lo que se
refirió varias veces más tarde.15
¿Qué características tenían en común Pablo, Lutero y Calvino? El deseo y la
capacidad de leer y pensar con discernimiento. ¿Estaban de acuerdo en todo lo
que leían u oían? Por supuesto que no, y asentían o disentían a través de una
exposición cuidadosa y un pensamiento crítico y bíblicamente informado.
¿Podían distinguir entre la verdad y el error y usar esa distinción, ese
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 347

discernimiento para hacer decisiones correctas y servir a Dios y a su pueblo?


Definitivamente. Es muy fácil ver esto en la obra de Calvino. En casi cada
página de La institución de la religión cristiana y en muchas partes de sus otras
obras se encuentra alusiones y citas paganas. Inevitablemente, son
comparadas con las Escrituras. La mayoría de los paganos están
equivocados la mayor parte del tiempo, pero algunos de ellos hacen
observaciones correctas de vez en cuando. Este principio, conocido como la
doctrina de gracia común de Calvino, encuentra su fuente en las Escrituras en
Romanos 1:19-20. En cada mente humana se encuentran ciertas cualidades
básicas acerca de Dios y, por lo tanto, acerca del hombre. Esta información
puede llevar a veces a conclusiones correctas o incorrectas. Dios nos da este
conocimiento, sabiendo que lo rechazaremos a menos que su gracia nos lleve
a arrepentimos. Pero los que no se arrepienten no tienen excusa.

PURITANISMO
Actualmente, la imagen popular de los puritanos de los siglos dieciséis y
diecisiete que vinieron de Inglaterra a América es poco más que una
caricatura de hombres vestidos de negro dedicados al comercio; tercos,
infelices, en contra del sexo y obsesionados con ser “los elegidos de Dios”.
¡A menudo los ritualistas anglicanos criticaban a los puritanos por ser
demasiado alegres! Los puritanos eran muy serios en cuanto a su fe, pero su
enfoque estaba concentrado en la santidad, la majestad y la soberanía de
Dios, lo que los llevaba a una vida gozosa y no a una religión legalista.16
Por supuesto, los puritanos no eran un grupo monolítico, por lo que había
entre ellos una variedad de opiniones acerca del arte, la educación y la
cultura humana. Los puritanos estaban divididos en cuanto al arte, con unos
pocos argumentando contra toda manifestación artística, reaccionando
fuertemente contra la sensualidad católica. La mayoría sostenía que las obras
literarias y las artes en general eran una oportunidad para ejercitar el
discernimiento crítico-bíblico y la obediencia. El arte literario siempre
dependía de los conflictos, conflictos basados en una oposición entre alguna
forma de “bien” y otra de “mal”. La literatura representa la forma en la que
el mundo caído trabaja. Uno de los más grandes ejemplos de esto es el
excelente trabajo del puritano John Milton, particularmente su gran poema
épico El paraíso perdido (1674). Milton es el ejemplo supremo del humanismo
cristiano clásico. El paraíso perdido es un poema de 10.576 líneas que cuenta la
historia de la caída de Satanás y de la humanidad y que es modelado
después de los poemas épicos clásicos de Homero, Virgilio y Dante. Milton
alude a no menos de 1.500 autores, paganos y cristianos, a través de cada
348 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

asunto concebible. Lo que es realmente asombroso es el hecho que Milton


haya dictado el poema. Él era ciego y recordaba de memoria gracias a una
larga vida de aprendizaje. La forma en la que utilizó el discernimiento en el
más amplio espectro del aprendizaje humano para la gloria de Dios es un
ejemplo de humildad.
En The Sinfulness of Sin17 [La pecaminosidad del pecado] el puritano Ralph
Venning cita del poema épico mitológico Metamorfosis la obra central del
poeta clásico latino más importante, Oviedo, quien también se destacó por
ser el autor de los más vividos poemas eróticos jamás escritos, Amores y Arte
de amar. El texto de Venning rebosa con Escrituras aunque también muestra
su estudio de los paganos. ¿Significa esto que los cristianos deberíamos
empaparnos de material pagano? ¡No necesariamente! Lo que Venning hizo
fue criticar bíblicamente todo lo que había encontrado en su vida. En este
caso, había leído y hecho uso fértil de algo del material ovidiano en una
forma apropiada.

CRISTIANISMO CONTEMPORANEO
Algunos fundamentalistas del siglo veinte han sido fuertemente enemigos
del arte. Sin embargo, como una regla general, su verdadera preocupación
no ha sido el arte en sí mismo, sino la representación positiva de lo malo y lo
inmoral. El asunto central es cómo se representa lo malo, ¿negativa o
positivamente? El cine ha sido el primer blanco, debido al rápido
crecimiento de este medio durante el mismo período en el que surgió el
fundamentalismo. Sectores legalistas del cristianismo desacreditaron toda
película, literatura y cultura artística como inherentemente mala y digna de
ser evitada, puesto que los de mayor persuasión liberal tendían a moverse
excesivamente en la dirección de una amplia permisividad. Ninguna
posición es bíblica. Una exposición no crítica a todo lo que se ofrezca para
consumir es una necedad; pero el aislamiento extremo no es ni bíblico ni
posible.18

¿QUÉ DICEN LAS ESCRITURAS?


Como el asunto no siempre se resuelve simplemente con pasajes bíblicos
claros, es necesario buscar principios. Debido a que la Palabra es totalmente
suficiente y enteramente perfecta para todas las materias de fe y práctica y es
inerrante e infalible, estos principios proveen todo lo que se necesita para
interactuar efectivamente con la cultura. El Espíritu no toma de la mano al
creyente y le ofrece un simple sí o no a cada posible opción, pero sí provee
sabiduría para hacer decisiones correctas y una conciencia desasosegada
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 349

cuando se hace una decisión equivocada (Ro. 2:15).


Sin duda que la creatividad misma no es inherentemente mala. Dios es el
Creador de todo, incluyendo la creatividad. La habilidad creativa humana es
una reflexión directa de la imagen de Dios en el hombre (Gn. 1:26 – 27). Las
Escrituras en ninguna parte prohíben la creatividad, pero la adoración de
objetos creados por el hombre es claramente pecaminosa (Éx. 20:4 – 6).
Debido a la caída, la humanidad está ahora completamente corrompida. El
ser humano no puede hacer lo bueno aunque sabe qué es lo bueno (Ro. 1;
3:10 – 12) y no puede, sino hacer lo malo (Ef. 2:3). A veces, los hombres
parecen hacer lo bueno, pero aun esto es evidencia de la depravación
humana. Cuando una persona caída y no redimida hace una “obra buena” a
menudo detrás hay a lo menos algo de motivación egoísta y aun si
(teóricamente hablando) no la hay, el simple hecho de que la persona que
haga algo es inherentemente pecaminosa hace la obra corrupta a los ojos de
Dios (Pr. 21:4). Manos sucias haciendo obras buenas hacen sucias las obras
buenas. La santidad es pureza completa, no limpieza general.
Quizás el pasaje más popular y más usado cuando se piensa en la
respuesta cristiana a la cultura artística sea Filipenses 4:8. Esta es una lista
positiva de cualidades que caracterizan las cosas en las que los creyentes
deberían pensar, las cosas para mantener en la mente, las cosas con las
cuales llenar la vida. El versículo 8 está encerrado dentro de dos referencias
a la paz de Dios (vv. 7, 9); la paz de Dios lleva al cristiano a meditar en las
cosas que son buenas del versículo 8, y esa meditación lo llena aun más con
la paz de Dios. También habría que notar que este pasaje contiene una
presuposición general: Si los creyentes van a pensar en las cosas que Pablo
claramente enumera, entonces deben descubrir estas cosas.
Este, entonces, es un proceso de discernimiento, de ver lo que está ahí y
luego, deliberada y obedientemente, escoger lo bueno en lugar de lo malo y
hacerlo objeto de nuestra meditación. Esta exhortación no debe usarse como
una excusa para que nos expongamos a cosas que inflamen los deseos
sensuales, deshonren a Dios y contaminen la mente. El discernimiento debe
producir un rechazo inmediato y directo a explorar el objeto o idea, o puede
comunicar un sentido de libertad de conciencia para proseguir estudiando en
esa área. Filipenses 4:8 debería usarse siempre en armonía con 1 Tesalonicenses
5:21: “Examinadlo todo; retened lo bueno”. Desdichadamente, la carne quiere
leer eso como carte blanche para probar todo lo que se viene a la mano,
infundiendo una confianza falsa en el sentido que será cosa fácil mantener una
saludable distancia de cualquier material peligrosamente pecaminoso. Para
evitar esta línea de pensamiento, en el versículo 22 el apóstol inmediatamente
350 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

incluye esta admonición con un mandato preciso: “Absteneos de toda


especie de mal”. Otras versiones son aún más directas, cuando dicen:
“Absteneos de toda apariencia de mal”.
El principio es claro. En la duda, cabe la pregunta: ¿Aunque parezca malo?
A menudo, lo malo toma la apariencia de bueno, pero solo rara y
brevemente puede un cristiano con discernimiento ser engañado para llegar
a pensar que malo bueno es realmente bueno. Lo bueno es esencialmente
abierto y claro; no tiene nada escondido. Lo malo obra por mala dirección,
encubrimiento y engaño. De nuevo, la clave es discernimiento: Con
frecuencia en este mundo, Dios y el mal aparecen mezclados y resulta difícil
discernir, debido a nuestra condición de caídos y, por lo tanto, con nuestra
capacidad de percepción limitadas. Un poema, por ejemplo, nunca tendrá
todas las cualidades positivas de Filipenses 4:8. Puede ser “verdad”, pero no
“recomendable”; puede ser “amoroso” en un sentido estético, pero no
“justo”. Muchas veces un poema “hermoso” está opuesto radicalmente a
Dios y su justicia.
Otro pasaje clave es 2 Corintios 10:2 – 7. A menudo se oye la parte central
de este pasaje, los versículos 4 y 5, pero el contexto es especialmente
iluminador. Pablo hace una diferencia entre andar en la carne con andar
según la carne.19 Él dice que aunque tiene un cuerpo carnal normal y vive en
un mundo carnal lleno con oportunidades carnales que alimenten la carne
para desobediencia, él no andará bajo el poder o el control de la carne.
Además, los creyentes nunca deberían esperar pelear contra la carne con
armas carnales. Es solo por el poder que Dios provee que las armas de la
guerra espiritual son poderosas mediante Dios para derribar fortalezas.
El significado de la metáfora “fortalezas” ha sido motivo de discusión, pero
en el contexto se refiere a pensamientos carnales que caracterizan un mundo de
ideas, una cultura humana en enemistad hacia un Dios santo. Esta enemistad
es, en último término, idolatría, y Pablo lo ve en la forma de razonamiento,
imaginación e ideas que se exalten a sí mismas contra el conocimiento de Dios. La
tarea del creyente es traer todos estos razonamientos, pensamientos, teorías,
filosofías, obras literarias, creaciones artísticas, todo, la suma total del
pensamiento y la creatividad humanos, a un lugar de sujeción ante el
conocimiento de Dios. El conocimiento de Dios está localizado en un solo lugar:
las Escrituras. Pablo nos anima a que evaluemos todo, que midamos todo, que
sometamos todo al discernimiento con la medida de las Escrituras.
Alguien quizá pregunte: ¿Cómo podría mirarse un pasaje de la Biblia
mientras se ve una película, se hojea una revista o se lee un poema? No es
posible. Pero como lo explica Santiago 1:21, el creyente debe recibir “con
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 351

mansedumbre la palabra implantada, la cual puede salvar vuestras almas”


(cursivas añadidas). Otras versiones usan la expresión “injertada” y en el
griego significa “palabra enraizada”. Las Escrituras mandan al cristiano a
dejar que las Escrituras se enraícen en él a través de una lectura, meditación,
memorización y obediencia permanentes. La palabra implantada, injertada,
enraizada en nosotros rehace, reconstruye y renueva la mente,
conformándola a la mente de Cristo. Entonces, asuntos y situaciones pueden
juzgarse apropiadamente. Esto no da licencia para que el cristiano se
exponga a todo en igual medida. No hay que acercarse demasiado a la
pornografía o al salivazo de un tigre de Bengala para saber que ambos son
peligrosos. Discernir a la distancia es discernir y al hacerlo así, estamos
honrando a Dios.
Mientras más se practique el discernimiento crítico-bíblico más se desarrollarán
nuestras habilidades. Con la mente así armada y renovada (Ro. 12:2; 2 Co. 4:16;
Ef. 4:23; Col. 3:10; 1 R 2:2), un creyente puede encontrarse con lo que sea y hacer
un juicio correcto. Hebreos 5:11-14 dice que la mente debe estar saturada con las
Escrituras, la cual capacita para un discernimiento apropiado durante la
interacción diaria e inevitable dentro de la cultura. Los cristianos no hemos sido
llamados a saturar nuestra mente con cultura, la cual después tendrán que
tratar de limpiar con la Concordancia de Strong. Tener demasiada confianza en
la habilidad de discernimiento y autocontrol (Pr. 25:28) es, en sí mismo, un
discernimiento muy pobre. Proverbios 21:12 dice que el hombre justo considera
sabiamente la casa del impío. Es posible aprender de los ejemplos negativos. Sin
embargo, es importante tener cuidado con la tendencia humana (Pr. 23:17) a
dedicar demasiado tiempo a tales ejemplos con el riesgo de envidiar los
aparentes placeres del mal.

LAS TRES PREGUNTAS CRUCIALES


En algún momento, un cristiano con discernimiento tiene que hacer una serie
de decisiones. Piense en los siguientes tres asuntos centrales.
1. ¿Pueden los humanos hacer decisiones correctas tanto como observaciones y
representaciones?
Los humanos son completamente depravados en cada aspecto de su ser
y no pueden hacer decisiones correctas fuera de la asistencia de la gracia de
Dios. Aunque somos responsables ante Dios por nuestra vida, Él sigue
gobernando soberanamente sobre nosotros (Pr. 16:9). Esto incluye nuestras
decisiones, tanto las correctas como las equivocadas. Ningún humano puede
estar bien con Dios y hacer decisiones correctas sin la ayuda de la gracia
divina (Ro. 3:10), sea la gracia que es gracia salvadora o la gracia común no
salvadora dada a los hombres (Mt. 5:45). Por lo tanto, no deberíamos confiar en
352 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

nuestra propia sabiduría, sino temer a Dios y evitar el mal (Pr. 3:7). Los
cristianos están capacitados por el Espíritu de Cristo que vive en ellos para
vivir una vida llena con decisiones que agradan a Dios (Gá. 2:20). Pero aun
así, los creyentes aun luchan contra el pecado, contra el autoengaño y la
arrogancia (Col. 3:5 – 9). La única decisión más importante que un humano
puede hacer, que es someterse enteramente al plan de salvación de Dios en
Cristo mediante el arrepentimiento, no es algo que nosotros podamos hacer,
sino algo que Él hace (Jn. 15:16; Ef. 2:8 – 9)
2. ¿Existen cosas tales como sabiduría o verdad fuera de la esfera de Dios y su
Palabra?
Aquí, la definición de verdad es difícil. Obviamente, es posible una
observación y representación exacta (es decir, ajustada a la realidad).20
Alguien puede ver la fotografía de la mujer que lo trajo al mundo y que lo
crió y referirse a ella como su madre. Esta es una verdad y una afirmación
exacta. Puede, además, escribir una historia biográfica esencialmente exacta
sobre ella, un poema, una canción, hacer una escultura o una pintura. Todo
esto, más o menos, podría considerarse verdad o exacto. Sin embargo, si este
hombre comienza a producir un texto filosófico (o ficticio) que trate con la
naturaleza esencial de ella, y ese texto parta de principios bíblicos básicos;
por ejemplo, sugerir que ella es por naturaleza “una mujer buena”, se estaría
presentando un problema. Ya lo que dice no es verdad.
Aquí está la dificultad: Parte de la representación es “verdad” (ella es la mujer
que lo trajo al mundo y lo crió), y parte no lo es (que ella es por naturaleza
buena). La frase “toda verdad es verdad de Dios” es el cliché más fre-
cuentemente oído en esta clase de situaciones. De nuevo, es determinante la
definición de términos. Si “verdad” es la suma total de todo lo que concuerda
con la realidad del mundo que Dios ha hecho y que gobierna, desde el signi-
ficado sencillo de las Escrituras en Juan 3:16 a la forma en la que se dividen las
células, entonces el curso de toda verdad es la verdad de Dios. Pero debido a la
naturaleza completamente caída del hombre antes de la salvación y a la
naturaleza humana caída aún activa después de la salvación, nuestra tendencia
es ver algo para lo cual hay (o parece haber) evidencia y entonces decidir a la
ligera que es parte de la “verdad de Dios”. Pero nada puede probarse como
verdad solo porque es difícil argumentar en contra. Cada día, personas acerca
de las cuales la Biblia dice que son completamente depravadas hacen cosas que
parecen “buenas”.
¿Cómo pueden las personas malas hacer cosas buenas? Parte de la respuesta
la encontramos en un entendimiento bíblico apropiado de la naturaleza
humana caída y en la percepción. Si alguien reconoce autoridad en Charles
Darwin y su visión naturalista y mecanicista del universo, entonces encontrará
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 353

en el estudio de la naturaleza evidencias de la evolución. Si alguien decide


seguir los dictados de la teoría psicológica, encontrará allí evidencias de esa
teoría. Una persona que concede autoridad a los tabloides creerá que los
extraterrestres están recibiendo asesoría para invadirnos de Elvis Presley y
John F. Kennedy, quienes fueron raptados y reemplazados con cuerpos
muertos parecidos a ellos. De igual manera, una creencia cristiana en la
Biblia crea y afirma la visión del mundo de la persona que cree. Las
actitudes y presuposiciones que una persona hace sobre el mundo son una
influencia mayor en formar en tal persona sus concepciones del mundo.
Cierta clase de fe precede a cada clase de conocimiento; los cristianos estamos
dispuestos a admitir esto, mientras que muchos otros no.
De modo que la pregunta no es: ¿Hay sabiduría o verdad fuera de la
Palabra de Dios? Esa es una pregunta absurda. La única pregunta
importante es: ¿Están mis creencias y percepciones armonizadas con Dios o
con alguna otra cosa?
3. ¿Hay algún valor en estudiar la cultura humana, particularmente la cultura
artística?
Todo debe hacerse para la gloria de Dios (1 Co. 10:31),21 y ciertamente
estudiar o participar en la cultura humana debe hacerse en una proporción
cuidadosamente medida. Solo las Escrituras iluminan, convencen y cambian.
Shakespeare hace unas observaciones muy atinadas sobre la experiencia
humana, pero sus obras nunca han convertido a un pecador. Sin embargo,
no está fuera del reino de la posibilidad porque Dios soberana y
ocasionalmente puede usar una experiencia educacional cristiana,
incluyendo el estudio de Shakespeare para producir un crecimiento
espiritual genuino. Lo difícil, sin embargo, es entender que una lectura
cuidadosa de Hamlet no llevará, por sí misma, a un verdadero
discernimiento espiritual. Sí podrá producir un cambio la comparación con
discernimiento ferviente y meditada de lo que Shakespeare dice con lo que
las Escrituras dicen. Las Escrituras son el juez final de todo sobre la tierra. Al
leer una novela, escuchar una canción o estudiar un argumento filosófico a la
luz de las Escrituras estaremos haciendo varias cosas: Primero, obedeciendo a
Dios (si vamos a juzgar a los ángeles, ¿no seremos capaces de juzgar libros?
[1 Co. 6:3]), y, segundo, somos incapaces de deliberada e inteligentemente
protegernos a nosotros mismos contra la mundanalidad, la cual nos rodeará
al involucrarnos con la “cultura”, intencionalmente o no.
Los mismos cristianos que condenan a un creyente por estudiar “a ese
pagano de Shakespeare” o “a ese Platón, filósofo inspirado por el demonio”
están absorbiendo cada día y sin darse cuenta grandes dosis de platonismo y
354 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

humanismo secular al escuchar programas y música por radio, ver televisión


o ir al cine. Los pensamientos importantes de los más influyentes
intelectuales y artistas terminan por filtrarse desde los libros, universidades
y salas de clases en la mente de los que quizá nunca han hecho estudios
formales. Casi cada comercial de televisión comunica algo del platonismo o
del aristotelismo. Anuncios en Vogue acerca de zapatos italianos están tan
llenos de filosofía como de obras de Marco Aurelio y Descartes. Es solo una
clase diferente de entregar filosofía. Sería difícil encontrar a una sola persona
en el hemisferio occidental que no tenga alguna idea sobre “la mente
inconsciente” y la “formación de la psiquis en la niñez”. No es necesario
tomar un curso de psicología en la universidad para saber algo de Freud.
Las teorías psicológicas han literalmente creado nuestra cultura e incluso
han penetrado profundamente a la iglesia. Hace algunos años, durante una
conversación con el famoso historiador de Yale y principal biógrafo de
Freud, Peter Gay, le pregunté si Freud era “prescriptivo o descriptivo”, si
había descrito apropiadamente la mente humana o si simplemente había
producido una nueva manera de explicarnos nosotros a nosotros mismos.
Me respondió con pronta franqueza: “Ambos”. Freud, Jung y Piaget están en
los comerciales de yogurt y en los artículos de opinión de los periódicos;
Louis Althusser y los teóricos marxistas franceses han dado a los
conductores de camiones de Alabama “sus” opiniones sobre cómo la
sociedad “realmente” funciona. No hay una verdadera diferencia entre baja
cultura y alta cultura, excepto que las ideas básicas pueden expresarse en
una forma más sofisticada. ¿O será que las ideas más sofisticadas (2 Co. 2:11)
son aquellas capaces de entrar en el corazón sin que se las detecte?

EL MÁS GRANDE PLACER ESTÉTICO


Así, los cristianos son llamados a ser evaluadores crítico-bíblicos de la
cultura. ¿Pero cómo se puede juzgar cuando se está involucrado en un
momento experimental estético? Tener experiencias estéticas es claramente
un don de Dios, como todos los placeres piadosos lo son. En nuestro estado
caído, sin embargo, los buenos dones de Dios se pervierten y se transforman
en ídolos. En lugar de dar gracias a Dios por su graciosa provisión de todo,
incluyendo el placer, le damos las espaldas y nos volvemos a cualquier cosa,
como si quisiéramos sacar de nuestra mente todos los pensamientos
concernientes a Él (Ro. 1:21 – 23). Cualquier cosa llega a ser un ídolo, y un
placer estético no es diferente.
A los creyentes se les ha dado el privilegio de adorar al Dios Omnipotente
en la hermosura de su santidad (Sal. 96:9). Dios es, por lo tanto, el objeto su-
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 355

perior de belleza, el objeto superior de placer estético. Amar, servir y adorar


a Dios es placentero.22 Él es más digno de amar que cualquier pintura, más
satisfaciente que el manjar más delicioso y más exquisito que el más fino
concierto. Los cristianos deberían sentirse absolutamente embelesados por
su belleza inconmensurable. Él es el Creador de la belleza y el más fino
ejemplo de ella. La razón para vivir y la cosa más hermosa que se pueda
experimentar es “contemplar la hermosura de Jehová” (Sal. 27:4).
Por supuesto, se debe tener cuidado de que la belleza terrenal no nos ciegue
ante las feas realidades. Un aspecto exterior llamativo puede disimular un
corazón perverso. A menudo, los cristianos nos vemos envueltos en la
apreciación de la belleza solo para bajar la guardia y permitir la entrada de
malos pensamientos. Todo en la vida es una experiencia estética. Cada árbol
bajo el cual uno se cobija, cada brisa tibia que se siente, cada risa entre madre e
hija es una experiencia estética. Para disfrutarlos, se han creado expresamente
objetos estéticos: sonatas, poemas, obras dramáticas, novelas son todas cosas
muy parecidas aunque requieren, como todo en la vida, una actitud de
discernimiento. La risa de una madre puede no contener necesariamente una
visión del mundo, pero uno puede estar seguro que sí la tiene el Rey Lear, de
Shakespeare. Lo difícil es aprender a disfrutar las experiencias estéticas en una
manera que complazca y glorifique a Dios sin transformarlas en ídolos. Los
creyentes deben aprender a experimentar las cosas de la vida como “coram
Deo”; es decir, “ante Dios”, en su presencia. Cada momento de la vida es una
oportunidad para la obediencia. Debemos asirnos a lo que es bueno y persistir
en ello y resistir y rechazar lo malo, lo que está contra Dios, contra su Palabra y
contra su voluntad. Los cristianos deben “disfrutar”, como dice Agustín, pero el
objeto de disfrute debido es Dios. Solo es apropiado “disfrutar” todas las demás
cosas en el universo cuando se usa ese disfrute para disfrutarlo con Dios y
obedecerlo.
¿Pero cómo es posible disfrutar algo mientras al mismo tiempo se lo está
juzgando? Mientras escribo este ensayo un viernes por la tarde en mi estudio,
con una suave brisa del verano californiano corriendo a través de mi ventana
escucho la serenata N° 10 en Re bemol de Mozart. Es quizá la obra musical más
dulce que he oído jamás. Sin embargo, ni siquiera estoy pensando en la música.
Pienso en que tengo que terminar de escribir este trabajo. En realidad, no
necesito analizarla a través de una compleja visión del mundo. Si me vuelvo y
saco un libro del estante, es una historia diferente. Aun si el autor fuera un
cristiano a quien conozco personalmente, tengo que pensar bastante y comparar
el mensaje con las Escrituras. Este no es un trabajo fácil, aunque puede ser
complaciente, especialmente si en el cuarto se escucha la música de Mozart.
¿Pero cómo puede, el discernimiento crítico-bíblico; es decir, el juicio crítico
356 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

considerado cuidadosamente desde una perspectiva de las Escrituras, ser


placentero? Suena como escuchar una conferencia sobre el poema épico de
Beovulfo.
Antes de la caída el disfrute libre de todo en Dios era central para Adán y Eva.
Había solo una orden que obedecer y todo lo demás fue dejado para su disfrute
en Dios y su creación. Después de la caída, la actividad central en un mundo de
ambigüedades y tentación potencial llegó a ser la obediencia perspicaz. Pero en
los Estados Unidos, la del siglo veintiuno es una cultura de holganza, un jardín
simulado de deleites terrenales. Las personas trabajan duro pero se divierte más
duro. La ropa, las casas e incluso los vehículos están diseñados para la
“recreación”. La mayoría de los estadounidenses y, desdichadamente, muchos
cristianos se sientan como zombis ante el televisor, el cine, los monitores de las
computadoras en un estado como de modorra de ocio, renuentes (y quizás
incapaces) de siquiera tener un pensamiento genuino acerca de aquello con lo
que se están encontrando. Participación sin sentido crítico es simple absorción.
Cuando se expone a algo potencialmente destructivo la persona puede discernir
la forma en la que se pasa a través de ese elemento cultural y se sale al otro lado
con éxito. Por el otro lado, también una persona se puede exponer a algo con
solo una posibilidad marginal de error o tentación y resultar afectado
seriamente debido a su adormecimiento espiritual. Una de las razones por las
que hay tanto error en las iglesias evangélicas hoy día es porque los cristianos
no tienen tiempo para leer las Escrituras y mantenerse activos en su
entretenimiento favorito, ambas cosas al mismo tiempo. La Biblia para ellos, la
única herramienta que los ayudará a discernir en cuanto a la cultura, llega a ser
nada más que una bandeja de piel para su vaso de bebida o el control del
televisor.
De nuevo, surge la pregunta: “¿Entonces cómo me voy a entretener si estoy
ocupado analizando, criticando y teologizando?” Hay que entender varios
puntos críticos. Primero, los creyentes no están aquí para disfrutar el mundo o
amar el sistema de cultura del mundo. Segundo, los cristianos han sido
llamados, e incluso se les ha ordenado, a juzgar el mundo según los parámetros
bíblicos. Tercero, si se hace lo primero sin lo segundo, se estará siendo más y
más parecido al mundo y menos y menos como Cristo. Sin embargo, si los
cristianos hacen lo segundo, estarán participando bíblicamente en su cultura,
aprendiendo cómo disfrutar algunos de los planes de ser un humano mientras
se disfruta el más grande placer de todos, la obediencia a Dios (Sal. 119:35, 103).
El primero (participar en la cultura, incluyendo placeres estéticos) es un simple
subproducto de la obediencia a Dios y nunca debe transformarse en un ídolo.
Es simplemente una forma subsidiaria de la gracia de Dios, la que Él muestra
sobre todo. Igualmente, yo puedo disfrutar el placer de la belleza maravillosa
Dios es glorificado en la literatura y en la cultura artística 357

de mi esposa; y porque ella es un don de Dios para mí, lo apropiado es que


ame a Dios más que a ella. El resultado de esto es verdad, el gozo
matrimonial honrando a Dios.
Lo que los creyentes necesitan reconocer es que, como el mundo, ellos a
menudo buscan el placer en el lugar equivocado. Todos los placeres piadosos
están en Dios, en la obediencia a sus mandamientos, que no son difíciles de
obedecer. Yo creo firmemente que el placer estético más alto es el placer del
discernimiento crítico-bíblico. Esto no se debe simplemente a la interacción con
objetos hermosos o ideas estimulantes, sino que se debe a que la obediencia es
amorosa, preciosa y digna de disfrutarse. Los creyentes deberían estar en
capacidad de criticar, juzgar y disfrutar la cultura humana mejor que cualquier
otro. Los cristianos no deben abstenerse de la experiencia cultural: leer un libro,
escuchar una canción, admirar una pintura, teniendo en cuenta que son
experiencias temporales, breves, que pronto terminan. Al practicar la piedad y la
santidad fundamentadas en la Palabra, los cristianos obedientes que ejercen el
discernimiento han dejado una marca sobre la tierra. Cada momento, cada decisión en
nuestra vida tiene un impacto espiritual. Dios es glorificado en nuestra obediencia
tanto como en su clemencia cuando pecamos.
El juicio y el discernimiento son un privilegio y un placer que Dios ha dado a
sus hijos. Los creyentes tienen que probar todas las cosas: algunas por rechazo
total, algunas por simple exploración y algunas para un análisis profundo. Esta
habilidad se desarrolla con el tiempo mediante una práctica cuidadosa,
preferiblemente bajo la dirección y discernimiento de cristianos mayores y
siempre a la luz de los modelos bíblicos para la santidad. Los cristianos se hacen
más fuertes al practicar el discernimiento bíblico en formas prácticas, porque
aunque no pueden evitar toda tentación, no tienen que buscarla. La fortaleza
llega sola.
El placer estético es una creación de Dios, parte de nuestra facultad de juicio.
Placer y juicio no deben separarse. Si negamos nuestro sentido natural de
estética y lo vemos como pecaminoso, entonces estamos de hecho aplicando un
juicio, un error, en el cual inevitablemente experimentaremos placer. El juicio puede
ser un placer malo o un placer justo, dependiendo de nuestra actitud. No
debemos hacer del placer estético un ídolo (esteticismo); pero un peligro más
sutil es hacer del proceso de discernimiento un ídolo (apreciacionismo), ya sea
por sostener puntos de vista no bíblicos contra el arte y contra lo intelectual o
por una actitud peligrosamente permisiva (esteticismo, de nuevo). El
discernimiento de un creyente debe ser humilde reconociendo la tendencia a
equivocarse, a justificar el pecado y a involucrarse en autosuficiencia, pero
también manteniendo la esperanza preciosa de la belleza deslumbrante de Dios
y su bondad gloriosa como el modelo supremo.
358 PIENSE CONFORME A LA BIBLIA

Vivimos en un mundo caído, un mundo que pareciera estar cayendo en


lugar de haber ya caído. No podemos cambiar el curso de la cultura. La
cultura no es redimible porque no está perdida. Las que están perdidas son
las personas. Lo que los cristianos podemos hacer es vivir en el ahora
manteniendo siempre en nuestra mente la gloria eterna del Dios viviente.

Oídme todos, y entended: Nada hay fuera del hombre que entre en él, que le
pueda contaminar; pero lo que sale de él, eso es lo que contamina al hombre.
—MARCOS 7:14 – 15

LECTURAS ADICIONALES
Schaeffer, Francis A. The God Who is There: Speaking Historic Christianity
into the Twentieth Century [El Dios que está aquí: Hablemos del cristianismo
histórico en el siglo veinte], Chicago: IVP, 1968; también disponible en The
Complete Works of Francis A. Schaeffer [Las obras completas de Francis A.
Schaeffer], Vol. 1 (Wheaton, IL: Crossway Books, 1982).
Sire, James W. How to Read Slowly: A Christian Guide to Reading with the
Mind [Cómo leer despacio: Una guía cristiana de cómo leer con la mente],
Downers Grove, IL: IVP, 1978.
_______. The Universe Next Door: A Basic World View Catalog [El universo a su
lado: Un catálogo básico de la cosmovisión], 2a. ed. Downers Grove, IL: IVP,
1988.
NOTAS

PREFACIO

1. Para información adicional sobre esta dimensión de los estudios


acerca de la visión del mundo, vea Norman L. Geisler y William D.
Watkins, Worlds Apart: A Handbook on World Views, 2a. ed. (Grand
Rapids, MI: Baker, 1989); W. Andrew Hoffecker y Gary Scott Smith,
eds., Building a Christian Worldview, Vol. 1 (Phillipsburgh, NJ:
Presbyterian and Reformed, 1986); Ronald H. Nash, Worldviews in
Conflict: Choosing Christianity in a World of Ideas (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1992); David A. Noebel, Understanding the Times
(Manitou Springs, CO: Summit Press, 1991); James W. Sire, The
Universe Next Door, 2a. ed. (Downers Grove, IL: IVP, 1988); and R.
C. Sproul, Lifeviews: Understanding the Ideas That Shape Society Today
(Old Tappan, NJ: Fleming H. Revell, 1986).
2. Para más información vea Gordon H. Clark, A Christian View of
Men and Things (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1952;
reimp. Grand Rapids, Ml: Baker, 1981); Arthur F. Holmes, Contours
of a World View (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1983);
Gary North, ed., Foundations of Christian Scholarship (Vallecito, CA:
Ross House Books, 1979); W. Gary Phillips y William E. Brown,
Making Sense of Your World from a Biblical Viewpoint (Chicago:
Moody Press, 1991); Francis A. Schaeffer, How Should We Then Live?
(Old Tappan, NJ: Fleming H. Revell, 1976); and Herbert Schossberg
y Marvin Olasky, Turning Point: A Christian Worldview Declaration
(Wheaton, IL: Crossway Books, 1987).

INTRODUCCIÓN

1. Palabra alemana traducida como “visión del mundo”.


2. Ronald H. Nash, Faith and Reason (Grand Rapids, MI: Zondervan,
1988), 24.
3. W. Gary Phillips y William E. Brown, Making Sense of Your World
from a Biblical Viewpoint (Chicago: Moody Press, 1991), 29.
4. Carl F. H. Henry, God, Revelation and Authority, Vol. 1, God Who
Speaks and Shows (Waco, TX: Word, 1976), 212.
5. Carl F. H. Henry, “Fortunes of the Christian World View”, Trinity
Journal 19 (1988): 168.
6. Ibid., 166.
7. Nash, Faith and Reason, 47. Él da la misma respuesta en Worldviews
in Conflict (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1992), 52.
8. Para una breve historia de la visión cristiana del mundo en general
y el reciente clima espiritual en los Estados Unidos, vea Henry,
“Fortunes”, 163-176 y Carl F. H. Henry, “The Vagrancy of the
American Spirit” Faculty Dialogue 22 (otoño 1994): 5-18.
Históricamente hablando, James Orr es generalmente reconocido
como el primer teólogo moderno en organizar el pensamiento
cristiano en torno a la idea central de “visión del mundo”, en The
Christian View of God and the World (Edinburgh: A. Elliot, 1893;
reimpr., Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1948).
9. Esta sugestiva lista ha sido adaptada de James Sire, Discipleship of
the Mind (Downers Grove, IL: IVP, 1990), 30-31 y The Universe Next
Door, 2a. ed. (Downers Grove, IL: IVP, 1988), 18.
10. La visión cristiana exclusivista del mundo no permite las
convicciones pluralistas. Vea John MacArthur, ¿Por qué un único
camino? (Grand Rapids, Michigan: Editorial Portavoz, 2004).
11. Arthur F. Holmes, All Truth is God’s Truth (Grand Rapids, MI:
William B. Eerdmans, 1977), 37.
12. Henry, “Fortunes”, 175.
13. Recursos adicionales sobre una visión cristiana del mundo se
pueden encontrar en el sitio de Internet The Wilberforce Forum
(www.wilberforce.org).

CAPÍTULO 1

1. 1.6
2. H. C. Leupold, Exposition ofthe Psalms (Grand Rapids, MI: Baker,
1969), 182.
CAPÍTULO 2

1. La marca registrada del United Negro College Fund.


2. Una de las grandes tragedias espirituales e intelectuales de nuestro
tiempo involucra la visión mayoritaria de los eruditos cristianos
que Dios creó los cielos y la tierra a través de algunas otras formas
que ex nibilo, por divina autorización. Vea John MacArthur, La
batalla por el comienzo (Grand Rapids, Michigan: Editorial Portavoz,
2003) para una defensa estelar de una creación literal de seis días.
3. Tanto la idea del hebreo (Sal. 19:14) como del griego (He. 4:12)
detrás de “corazón” enfatiza frecuentemente la capacidad
intelectual y la función de una mente humana como en este pasaje
de Proverbios.
4. La mayoría de los científicos simplemente descarta la idea de que
los humanos usan menos que el diez por ciento de su mente como
un mito que se originó a finales del siglo diecinueve o principios
del veinte. Es posible que sea así. Pero aunque no se puede medir,
ciertamente la capacidad mental de la raza humana poscaída ha
sido seriamente disminuida en relación con la que teman Adán y
Eva antes de haber pecado. Esto es particularmente cierto en el
reino espiritual para entender a Dios, su mundo creado y su
voluntad para la raza humana.
5. El nombre griego empleado aquí es methodeia, que connota una
táctica estratégica para engañar mentalmente al oponente.
6. Note la frase “sabemos” (oidamen) con la que comienza cada
versículo en 1 Juan 5:18-20. Observe también el uso de ginoskómen
(“podemos saber”) en 5:20.
7. “Mente”, “pensar” y “conocimiento” son temas mayores en el NT.
Más de cuarenta diferentes palabras se usan para describir o
analizar la vida intelectual de la persona.
8. Esta valoración se hará abundantemente clara en el Capítulo 7
(“Nuestro mundo posmoderno”) y en el Capítulo 14 (“Honestidad
en la historia”) donde se analizan en detalle muchas escuelas de
filosofía humana y varios acercamientos seculares al entendimiento
de eventos pasados.
9. Harry Blamires. The Christian Mind (Londres: SPCK, 1963; reimp.
Ann Arbor, MI: Servant Books, 1978), 110 – 111.
10. Charles Colson. Against the Night (Ann Arbor, MI: Servant Books,
1989), 26-27.
11. La ilustración original es de John Owen, “The Grace and Duty of
Being Spiritually Minded”, en The Works of John Owen, ed. William
H. Goold, Vol. 7 (Edinburgh: Johnstone and Hunter, 1850-1853;
reimp. Edinburgh: Banner of Truth, 1965), 297-298. La versión
parafraseada más apropiada usada aquí es de John Owen, Thinking
Spiritually, ed. John Appleby (Londres: Grace Publication Trust,
1989), 21-22.
12. Ronald H. Nash, The Word ofGod and the Mind of Man (Grand
Rapids, MI: Zondervan, 1982), 14.
13. Richard Mayhue, Unmasking Satan [Desenmascaremos al diablo,
publicado en castellano por Editorial Portavoz] (Grand Rapids, MI:
Kregel, 2001), 21.
14. Methodeia y noéma.
15. Cp. 119:16,24, 35, 70, 77, 92, 97, 113, 127, 140, 143, 159, 163, 165, 167,
174.
16. El salmista piadosamente invita a Dios para que sea su maestro
(119:12, 26, 33, 64, 66, 68, 108, 124, 135) y clama por un
entendimiento divinamente concedido (119:27, 34, 73, 125, 144,
169).
17. Note la promesa del salmista de obedecer en 119:57,106, 129, 167 –
168.
18. Con toda perspicacia, Increase Mather observa, “...por ignorancia
es la madre (no de devoción sino) de Herejía”. A Discourse
Conceming the Danger of Apostasy (Boston: n.p., 1679), 92.
Específicamente tuvo en mente la ignorancia de las Escrituras, no
de la educación general.
19. Para una mayor elaboración sobre la naturaleza de las Escrituras,
vea Don Kistler, ed., Sola Scriptura!: The Protestant Position on the
Bible (Morgan, PA: Soli Deo Gloria, 1995), que analiza la autoridad
y suficiencia de la Biblia. Vea Normal L. Geisler, ed., Inerrancy
(Grand Rapids, MI: Zondervan, 1980) para el más fino volumen
jamás publicado sobre la inerrancia de las Escrituras, escrito como
resultado del Concilio Internacional sobre Inerrancia Bíblica (1978),
supervisado por el ya fallecido James Montgomery Boice.
20. Mark A. Noll, The Scandal of the Evangelical Mind (Grand Rapids,
MI: William B. Eerdmans, 1994), 6.
21. Ibid., 7.
22. Ibid., ix.
23. J. Gresham Machen, The New Testament, ed. W. John Cook
(Edinburgh: Banner of Truth, 1976), 374.
24. Blamires, The Christian Mind, 110.
25. Arthur F. Holmes, All Truth is God’s Truth (Grand Rapids, MI:
William B. Eerdmans, 1997), 130 – 131).
26. Ibid., 125.
27. Kate B. Wilkinson, “May the Mind of Christ, My Savior”, primera
estrofa.

CAPÍTULO 3

1. Este ensayo aparece en The Battle for the Beginning: The Bible on
Creation and the Fall of Adam (Nashville: W Publishing Group,
2001), 11-45 y es usado con permiso de los editores.
2. Michael Ruse es un evolucionista que testificó en los años de 1980
en el tristemente famoso juicio al creacionismo de Arkansas
(McLean vs. Arkansas). Durante el juicio, afirmó que el creacionismo
es una religión porque está fundamentado en presunciones
filosóficas no probadas. En cambio el darwinismo es una ciencia,
dijo, porque no requiere presuposiciones ni filosóficas ni religiosas.
Posteriormente, Ruse admitió que estaba equivocado, y ahora re-
conoce que la evolución “está basada en la metafísica”,
fundamentada en creencias no probadas que no son más
“científicas” que el juego de creencias sobre las que se basa en
creacionismo. Vea Tom Woodward, “Ruse Gives Away the Store:
Admits Evolution Is a Philosophy”. Búsquese en
http/www.origins.org/real/ri9404/ruse/html.
3. Carl Sagan, ABC News Nightline, Diciembre 4, 1996.
4. Carl Sagan, Pale Blue Dot (Nueva York: Random House, 1994), 9.
5. Thomas Huxley, “Evolution and Ethics”, The Romanes Lecture,
1893. Huxley, no obstante, trató de justificar la ética como un
resultado positivo de las más altas funciones racionales de la
humanidad y llamó a su audiencia ni a imitar “el proceso cósmico”
ni a huir de él, sino más bien a combatirlo para mantener alguna
semblanza de moralidad y ética. Pero lo que no pudo hacer, lo que
ni él ni otros filósofos de su era ni siquiera intentaron hacer fue
ofrecer una justificación por asumir la validez de la moralidad y
ética per se sobre principios completamente naturalistas. Huxley y
sus colegas naturalistas no pudieron ofrecer dirección más que sus
propias preferencias personales y de manera predecible sus filo-
sofías abrieron la puerta de par en par a una completa subjetividad
moral y, finalmente, a la amoralidad. 6 Stephen Jay Gould, Ever
Since Darwin (Nueva York: Norton, 1977), 26.
6. Meredith G. Kline, “Because It Had Not Rained”, Westminster
Theological Journal 20:2 (Mayo 1958): 146-157. También “Space and
Time in the Genesis Consmogony”, Perspectives on Science and
Christian Faith 48:1 (Marzo 1996): 2:15.
7. Edward J. Young, Studies in Genesis One (Phillipsburg, NJ:
Presbiterianos y Reformados, s.f.), 99.
8. Ibid.
9. Marvin L. Lubenow, Bones of Contention: A Creationist Assessment of
Human Fossils (Grand Rapids, MI: Baker, 1992), 188-189.
10. Douglas F. Kenny, Creation and Change (Fearn, Ross -shire, R.U.:
Christian Focus, 1997).
11. John Ankerberg y John Weldon, Darwin’s Leap of Faith (Eugene, OR:
Harvest House, 1998).
12. Phillip Johnson, Reason in the Balance: The Case against Naturalism in
Science, Law, and Education (Downers Grove, IL: IVP, 1995).
13. Henry Morris, The Genesis Record (Grand Rapids, MI: Baker, 1976).
14. Ken Ham, Creation Evangelism for the New Millennium (Green Forest,
AR: Master Books, 1999).
15. Ingrid Newkirk, citada en Katie McCabe, “Who Will Live and Who
Will Die?” The Washingtonian (agosto 1986), 114.
16. Ingrid Newkirk, citada en Chip Brown, “She‟s a Portrait of Zealotry
in Plastic Shoes”, Washington Post, 13 de noviembre de 1983, B-10.
17. Ibid.
18. Les U. Knight (seudónimo), “Voluntary Human Extinction”, Wild
Earth 1:2 (verano de 1991), 72.
19. Para hacer ver su postura que en su opinión el acto de comer
cualquier animal es el equivalente moral del canibalismo, ellos
“defienden" el canibalismo, por ejemplo, con la frase, “Coma gente,
no animales”.
20. El hecho de que podamos llevar a cabo este diálogo racional y los
animales no puedan es en sí una razón para creer que el hombre
está por sobre los animales, poseyendo sensibilidad y personalidad,
lo cual está totalmente ausente en el reino animal.
21. Jacques Monrod, Chance and Necessity (Nueva York: A. A. Knopf,
1971), 112 – 113, citado en Ankerberg y Weldon, Darwin‟w Leap of
Faith, 21.
22. Las Escrituras enseñan que tales “hechos fortuitos” son realmente
gobernados por la providencia soberana de Dios (Pr. 16:33). Dios
mismo en último término controla todos los factores que
determinan el vuelo de la moneda. Absolutamente nada ocurre por
“casualidad”.
23. George Wald, “The Origin of Life”, Scientific American (Mayo 1954):
46.
24. Ibid., 48.
25. Herbert Spencer, First Principles (Londres: Williams and Norgate,
1862), capítulo 3.
26. Spencer mantenía que la conciencia humana es una manifestación
de una energía cósmica infinita y eterna; por lo tanto, aun la
conciencia es, en última instancia, una realidad material en lugar de
espiritual. Muchos evolucionistas modernos aun sostienen tal
punto de vista.
27. La “solución” de Spencer a este dilema fue considerar la fuerza
como eterna.
28. Interesantemente, Spencer habló de una fuerza como ”lo máximo
de lo máximo” (Ibíd., párrafo 50).
29. Morris, The Genesis Record, 18.
30. Ankerberg y Weldon incluyen una larga sección documentando los
intentos evolucionistas por silenciar y marginar a sus colegas que
no siguen la línea naturalista. Vea Darwin's Leap, capítulo 6,
“Professional Objectivity and the Politics of Prejudice”, 93 – 111.
31. Kelly, Creation and Change, 15-16.
32. Ibid., 17.
CAPÍTULO 4

1. Este ensayo aparece en The Battle for the Beginning: The Bible on
Creation and the Fall of Adam [Publicado en castellano por Editorial
Portavoz] (Nashville: W Publishing Group, 2001), 195 – 212 y es
usado con el permiso de los editores.
2. G. K. Chesterton, Ortodoxy (Londres: Lane, 1909), 22. 3.
3. Edward J. Young, Genesis 3 (Edinburgh: Banner of Truth, 1966), 34-
35.

CAPÍTULO 5

1. Charles Spurgeon, “A Defensa of Calvinism”, eds. Susannah


Spurgeon and Joseph Harrald, The Autobiography of Charles H.
Spurgeon, Vol. 1 (4 volúmenes en serie” (Filadelfia: American
Baptist Publication Society, 1895), 177.

CAPÍTULO 6

1. Bob Goundward, Globalization and the Kingdom of God (Grand


Rapids, MI: Baker, 2001), 19-20.
2. Roger E. Hedlund, The Mission of the Church in the World: A Biblical
Theology (Grand Rapids, MI: Baker, 1991), 22.
3. Ibid., 29.
4. George W. Peters, A Biblical Theology of Missions (Chicago: Moody
Press, 1972), 85.
5. Bryant W. Hicks, “Old Testament Foundations for Missions” en
Missiology: An Introduction to the Foundations, History, and Strategies
of World Missions, eds. John Mark Terry, Ebbie C. Smith, and Justice
Anderson (Nashville: Broadman and Holman, 1998), 61.
6. John Piper, Let the Nations be Glad: The Supremacy of God in Missions
(Grand Rapids, MI: Baker, 1993), 183.
7. Michael A. Grisanti, “The Missing Mandate: Missions in the Old
Testament”, en Missions in a New Millennium, eds. W. Edward
Glenny y William H. Smallman (Grand Rapids, MI: Kregel, 2000),
49.
8. Walter C. Kaiser, Jr., Missions in the Old Testament: Israel as a Light to
the Nations (Grand Rapids, Ml: Raker, 2000), 63.
9. Ibid., 19.
10. Ron Blue, Evangelism and Missions: Strategies for Outreach in the 21 st
Century (Nashville: Word, 2001), 5.
11. Hedlund, The Mission of the Church in the World, 205.
12. Blue, Evangelism and Missions, 70.
13. Peters, A Biblical Theology of Missions, 133.
14. Ibid., 18.
15. W. Edward Glenny, “The Great Commission: A Mutidimensional
Perspective”, en Missions in a New Millennium, 107.
16. Kaiser, Jr., Missions in the Old Testament, 7.

CAPÍTULO 7

1. En un sentido técnico y limitado, Lyotard y Baudrillard están entre


los pocos posmodernos. Lacan, Lévi-Strauss, Althusser y Chomsky
son estructuralistas. Deleuze, Derrida y Foucault son
posestructuralistas. Saussure, Barthes y Eco son semioticianistas.
Adorno y Habremas son posmarxistas. Rorty es un neopragmático.
2. En la filosofía de Descartes, es Dios quien garantiza que nuestras
ideas claras y determinadas están unidas a la verdad.
3. The Anti-Christ, sección 7; en Friedrich Nietzsche, Twilight of the
Idols and the Anti-Christ, trad. R. J. Holligdale (reimpr.; Londres:
Penguin, 1990), 196-197. Énfasis original. Él subtituló el trabajo,
“Maldición sobre el cristianismo”.
4. Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions (Chicago:
University of Chicago Press, 1962). Sus últimos pensamientos están
en The Road Since Structure (Chicago: University of Chicago Press,
2000). Para un análisis más profundo, vea Paul Hoyningen-Hue-
ne. Reconstructing Scientific Revolutions: Thomas S. Kuhn’s Philosophy
of Science (Chicago: University of Chicago Press, 1993).
5. Kuhn estaba interesado en unidades grandes más que en teorías
sueltas. Hoyningen-Huene dijo que Kuhn posteriormente
consideró los paradigmas en el sentido más amplio como que “en
una comunidad científica dada todo está sujeto a consensos
profesionales” (Reconstructing Scientific Revolutions, 142, y cap. 4,
“The Paradigm Concept”). Para bien de la claridad, estoy usando
“teoría” y “paradigma” como sinónimos.
6. Michael Polanyi, Personal Knowledge (Chicago: University of
Chicago Press, 1958).
7. Steven Best y Douglas Kellner, Postmodern Theory: Critical
Interrogations (Nueva York: Guilford, 1991), 19.
8. Como miembro de segunda generación de la escuela Frankfort,
Habermas modificó notablemente su punto de vista de Marx y a
menudo se le considera como que solo se alejó del marxismo.
9. Entre los teóricos, Lyotard acepta una subjetividad más radical, en
tanto que Habermas y Rorty defienden una subjetividad más
limitada.
10. “[P]ostestructuralismo”, Christopher Norris, The Oxford Companion
to Philosophy, ed. Ted Honderich (Oxford: Oxford University Press,
1995), 708.
11. Brooke Noel Moore y Kenneth Bruder, Philosophy: The Power of
Ideas, 5a. ed. (Boston: McGraw Hill, 2002) 445.
12. Jerry Aline Flieger, “The Art of Being Taken by Surprise”, SCE
Reports 8, otoño 1980; citado en Millard Erickson, Truth or
Consequences: The Promises and Perils of Postmodernism (Downers
Grove, IL: IVP, 2001), 250.
13. “Postmodern”, Bernd Magnus, Cambridge Dictionary of Philosophy,
2a. ed. (Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press, 1999),
726.
14. Aunque se ha hecho un caso sobre cada uno de estos, no estoy
sugiriendo que cada caso habría de ser igualmente fuerte.
15. Para un tratamiento más detallado del posmodemismo y la
respuesta cristiana, vea Brian Morley, Pathways to God: Comparing
Apologetic Methods (Downers Grove, IL: IVP, se espera que el 2004).
También, al autor le gustaría agradecer a los colegas Joe Suzuki y
Grant Homer por sus aportes.

CAPÍTULO 8
1. Démostenos, “Speeches 51-61”,
http://www.perseus,tufts.edu/cgi-bin/ptext?doc=Perseus: text:
1000.01,0080&query=section 3.
2. Jo-Ann Shelton, As the Romans Did (Nueva York: Oxford
University Press, 1998), 37 – 55.
3. J. I. Packer, Knowing Man (Wheaton, IL: Crossway Books, 1979),
43.
4. Webster's New Collegiate Dictionary (1980), s.v. “masculino”.
5. John MacArthur, Different by Design [Publicado en castellano por
Editorial Portavoz] (Wheaton, IL: Victor, 1994), 44.
6. Werner Neuer, Man and Woman (Wheaton, IL: Crossway Books,
1991), 15-16.
7. Shulamith Firestone, The Dialectic of Sex: The Case for Feminist
Revolution (Nueva York: Bantam, 1971), 1 – 13.
8. Ibid., 223, 261 – 262.
9. Neuer, Man & Woman, 25, referencia a Werner P. Lersch, Vom
Wesen der Geschlecter (München-Basel: n.p. 1968), 126.
10. Ibid., 26 – 51.
11. John Benton, Gender Questions (Londres: Evangelical Press, 2000),
18.
12. A. B. Bruce, The Training of the Twelve (Grand Rapids, MI: Kregel,
1971), 38.
13. John M. Frame, The Doctrine of God (Phillipsburg, NJ: Presbyterian
and Reformed, 2002), 384 – 385.
14. Douglas Wilson, Future Men (Moscow, ID: Canon Press, 2001), 49.
15. Stuart W. Scott, The Exemplary Husband (Bemidji, MN: Focus
Publishing, 2000), 117 – 142.
16. Benton, Gender Questions, 43.
17. John Piper, What‟s the Difference? [Publicado en castellano por
Editorial CLIE] (Wheaton, IL: Crossway Books, 1990), 22.
18. MacArthur, Different by Design [Publicado en castellano por
Editorial Portavoz], 44.

CAPÍTULO 9
1. Porciones de este capítulo se han adaptado de Patricia Emnis y Lisa
Tatlock, Becoming a Woman WhoPleases God: A Guide to
Developing Your Biblical Potential (Chicago: Moody Press, 2003),
con permiso de los editores.
2. Random House Webster‟s College Dictionary, s.v. “feminidad”.
3. Elisabeth Elliot, “The Gift of Feminity”,
http://www.backtothebible.org/gateway/today/ 18731 (6 de
octubre de 1998).
4. Ibid.
5. Betty Friedan, The Feminine Mystique (Nueva York: Dell, 1963).
6. Piper y Wayne Grudem, Recovering Biblical Manhood and
Womanhood (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991), 33.
7. Vea Emmis y Tatlock, Becoming a Woman Who Pleases God para
más elaboración.
8. J. I. Packer, Knowing God (Downers Grove, IL: IVP, 1973), 68-72.
9. The New Bible Dictionary, eds. I. Howard Marshall, A. R. Millard,
J. I. Packer y Donald J. Wiseman (Downers Grove, IL: IVP, 1962),
s.v. “sabiduría”.
10. John MacArthur, The MacArthur Study Bible [La Biblia de estudio
MacArthur, publicada en castellano por Editorial Portavoz]
(Nashville: Word, 1997), 877.
11. Random House Webster‟s College Dictionary (1995), s.v.
“principio”.
12. Clovis Chappell, Feminine Faces: Sermons on Women of the Bible
(Grand Rapids, MI: Baker, 1974), 21.
13. Charles Hummel, Tyranny of the Urgent (Downers Grove, IL: IVP,
1967), 12 – 15.
14. MacArthur, The MacArthur Study Bible [La Biblia de estudio
MacArthur, publicada en cas¬tellano por Editorial Portavoz], 19.

CAPÍTULO 10

1. Oxford English Dictionary Online, 2a. ed., 1989, s.v. “adoración”.


2. Kenneth W. Osbeck, The Ministry of Music (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1971), 177.
3. Edwin Yamauchi, “XXXX (hawa)n, Theological Wordbook of the
Old Testament (TWOT), eds. R. Laird Harris, Gleason L. Archer, Jr.,
y Bruce K. Waltke, Vol. 1 (Chicago: Moody Press, 1980), 619,267-
269. Cp. Edwin Yamauchi, “XXXX (shaha)”, TWOT, Vol. 2,
2360,914 – 915.
4. W. E. Vine, Vine's Expository Dictionary of New Testament Words
[Publicado en castellano por Editorial CUE] (Old Tappan, NJ:
Fleming H. Revell, 1966), 236.
5. Ibid., 235.
6. Citado en Donald P. Hustad, True Worship: Reclaiming the Wonder
and Majesty (Wheaton, IE: Harold Show, 1998), 272.
7. Ibid.
8. “O God, What Offering Shall L Give to Thee?”, Hymns and Psalms
(Londres: Methodist Publishing House, 1983), 801.
9. Donald Hustad, Jubilate II (Carol Stream, IL: Hope, 1993), 124.
10. John MacArthur, The Ultimate Priority (Chicago: Moody Press,
1983), 16, 20.
11. Citado cn Philip Yancey, The Bible Jesus Read (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1999), 127.
12. John Piper, Let the Nations Be Glad! The Supremacy of God in Missions
(Grand Rapids, Ml: Baker, 1993), 11.
13. William Temple, “The Hope of a New World”, en Vernon M.
Whaley, Understanding Music and Worship in the Local Church
(Wheaton, IL: Evangelical Training Association, 1995), 10.
14. Robert Webber, Worship Is a Verb (Waco, TX: Word, 1985), 10.
15. Philip P. Bliss, “Jesus es la luz del mundo”, estrofa 1.
16. Gregory Nazianzen, “O Light That Knew No Dawn”, trad. John
Brownlie, primera estrofa.
17. Thomas O. Chisholm, “Grande es tu fidelidad”, primera estrofa.
18. Stuart K. Hiñe, “Cuán grande es Él”, estrofa 1.
19. Isaac Watts, “Yo canto al gran poder de Dios”, estrofa 1.
20. Walter Chalmers Smith, “Inmortal, invisible”, estrofa 1.
21. Merrill F. Unger, Unger’s Bible Handbook [Publicado en castellano
por Editorial Portavoz] (Chicago: Moody Press, 1966), 438.
22. Isaac Watts, “En la cruz”, primera estrofa.
23. Ronald B. Allen, The Wonder of Worship (Nashville: Word, 2001), 45.
24. Ken Bible, Wesley Hymns (Kansas City, KS: Lillenas, 1982), Prefacio.
25. John MacArthur, Joni Eareckson Tada y Robert y Bobbie
Wolgemuth, O Worship the King (Wheaton, IL: Crossway Books,
2000)
26. John MacArthur, Joni Eareckson Tada y Robert y Bobbie
Wolgemuth, O Come, All Ye Faithful (Wheaton, IL: Crossway Books,
2001).
27. John MacArthur, Joni Eareckson Tada y Robert y Bobbie
Wolgemuth, What Wondrous Love Is This (Wheaton, IL: Crossway
Books, 2002).
28. John MacArthur, Joni Eareckson Tada y Robert y Bobbie
Wolgemuth, When Morning Gilds the Skies (Wheaton, IL: Crossway
Books, 2002).
29. A. W. Tozer, Whatever Happened to Worship? (Camp Hill, PA:
Christian Publications, 1985), 13.
30. John MacArthur, La Biblia de estudio MacArthur (Grand Rapids:
Editorial Portavoz, 2004), 1852-1853.
31. Ibid.
32. Citado en Leen y Kathleen Ritmeyer, Worship and Ritual in Herod’s
Temple, Ritmeyer Archaeological Design, juego de transparencias
número 5 (Harrogate, England: Ritmeyer Archaeological Design,
1999), 6.
33. Tozer, Whatever Happened to Worship? [Publicado en castellano por
Editorial CLIE], 23, 122,125.
34. C. [Calvin] M. Johansson, notas de conferencia no publicadas en
“Church Music and Theology: Some Philosophical Bases for
Church Music” (Julio 1994), 5.
35. Osbeck, The Ministry of Music, 24, 26.
36. Ibid., 22.
37. A menudo, al piano se lo considera un buen instrumento para que
comience un niño. Representa tanto las claves de soprano como de
bajo y una coordinación de buena mano, ojo y oído y es básico para
muchos otros instrumentos.
38. Frank E. Gaebelein, The Christian, The Arts, and Truth (Portland:
Multnomah, 1985), 34.
39. Leonard R. Payton, “Congregational Singing and the Ministry of
the Word”, The Highway (julio de 1998), citado en John MacArthur,
“With Hearts, and Minds, and Voices”, CRI Journal (invierno 2000),
12.
40. Calvin M. Johansson, Discipling Mtisic Ministry (Peabody, M A:
Hendrickson, 1992), 136.
41. Douglas Bookman, notas de conferencia no publicadas, The
Master's College, 10 de abril de 2002.
42. MacArthur, “With Hearts, and Minds, and Voices”, 14-15.
43. The Works of John Wesley (Grand Rapids, MI: Zondervan, s.f.), 346,
citado en Osbeck, The Ministry of Music, 61.

CAPÍTULO 11

1. Para un análisis histórico de esta disputa jurisdiccional sobre quién


está calificado para dar consejo, el psiquiatra o el pastor, vea
Andrew Abbott, The System of Professions: An Essay on the División of
Expert Labor (Chicago: University of Chicago Press, 1988) y David
A. Powlison, Competent to Counsel? The History of a Conservative
Protestant Anti-psychia try Movement, disertación doctoral,
University of Pennsylvania, 1996. 2 Cp. Sal. 1:1-2; 119:50, 92; 2 Ti.
3:15-17; 2 P. 1:3,19 – 21.
2. Cp. Lc. 2:35; He. 4:12 – 13.
3. Cp. Sal. 73:25 – 28; Ro. 11:36; 1 Co. 10:31; 1 Jn. 1:3 – 4.
4. Alemán para una amplia visión del mundo.
5. Un axioma universal enseñó a estudiantes pastorales que a pesar
de la tradición psicológica del seminario ilustra la invasión
jurisdiccional de la agenda terapéutica: “La consejería pastoral es
solo para los problemas más básicos de la vida, como conflictos
interpersonales, consejería pre matrimonial. El pastor nunca
debería asumir la consejería en asuntos tan serios como las
„enfermedades mentales‟ (maníaco-depresión, el suicidio, ataques
de pánico, esquizofrenia, sadomasoquismo, personalidades
múltiples, deficiente atención, etcétera) para lo cual solo un
psiquiatra está calificado”. Este razonamiento está basado en la
suposición fundamental de que la Palabra de Dios no habla a la
sustancia de estos problemas y refiere a un “profesional” entrenado
los casos de la psiquis (es decir, psicología humanística).
6. Pocos se dan cuenta de que Ladd se estaba refiriendo al segundo
presidente de la Asociación Psicológica Americana antes del más
bien conocido William James.
7. Sigmund Koch, “Psychology Cannot be a Coherent Science”,
Psychology Today, Septiembre 1969, 66.
8. Los más comunes son el “Minnessota Multiphasic Personality
Inventory” (MMPI/MMPI-2) y el “Taylor-Johnson Temperament
Analysis (T-JTA).
9. John F. MacArthur y Wayne A. Mack, Introduction to Biblical
Counseling [Publicado en castellano por Editorial CLIE] (Dallas:
Word, 1994), 7.
10. Esta palabra aparece 101 veces en el Nuevo Testamento y más de
novecientos en la Septuaginta, más frecuentemente traduciendo el
hebreo nepesh (alma, aliento), aunque ocasionalmente léb (corazón,
hombre interior, 25 veces), hayyáh (vida, 5 veces), rüah (espíritu, 2
veces) y is (hombre, 1 vez, Lv. 17:4).
11. En el uso bíblico, el término logos significa “palabra” o “ley”
mientras que el clásico acentúa la disciplina o estudio humano,
ología. Vea también una distinción temprana de psych? (alma
inconsciente) y thymos (alma consciente) en Homero, litada, 11, 334.
12. Mateo 25:15; Marcos 5:30; Romanos 1:16; 1 Corintios 4:19-20;
Filipenses 3:10.
13. D.A. Carson, Exegetical Fallacies (Grand Rapids, MI: Baker, 1984),
32-33.
14. En la práctica, es la Biblia que termina suplementando la teoría
psicoterapéutica en la psicología cristiana, no viceversa.
15. Frank B. Minirth, Christian Psychiatry (Oíd Tappan, NJ: Fleming H.
Revell, 1977), 64 – 65.
16. Jay E. Adams, A Theology of Christian Counseling (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1979), 116.
17. Proverbios 30:5-6; cp. Deuteronomio 4:2; 12:32; Mateo 5:18-20;
Apocalipsis 22:18 – 19.
18. Robert C. Roberts, “A Christian Psychology View”, Psychology &
Christianity: Four Views, eds. Eric L. Johnson y Stanton L. Jones
(Downers Grove, IL: IVP, 2000), 159.
19. Ibíd.
20. Ibíd., 110. La Biblia no pretende ser un texto sobre biología,
química, física, astronomía ni sobre administración de empresas;
pero cuando habla en estas áreas, habla infalible y
autoritativamente. Sin embargo, la Biblia afirma ser el consejo de
Dios para el hombre.
21. Este es el término del Dr. David Powlison (instructor en la
Fundación de Educación y Consejería Cristiana y profesor del
Seminario Teológico Westminster, de Filadelfia).
22. Robert S. Feldman, Essentials of Understanding Psychology, 4a. cd.
(Boston: McCiraw Hill, 2000), 4.
23. Karl Pepper, “Science Theory of Falsifiability”, Perspectives in
Philosophy, ed. Robert N. Beck (Nueva York: Holt, Richart, Winston,
1975), 343.
24. Scott 0. Lilienfeld, “The Scientific Review of Mental Health Practice:
Our Raison d‟etre”, The Scientific Review of Mental Health Practice,
primavera-verano 2002, 5.
25. Vea el estudio clásico del psicólogo Harry Harlow: H. F. Harlow y
R. R. Zimmerman, “Affectional Responses in the Infant Monkey”,
Science (1959), 130, 421 – 432.
26. Edward T. Welch, Blame it on the Brain? (Phillipsburg, NJ:
Presbyterian & Reformed, 1998), 91.
27. David Powlison, “Critiquing Modern Integrationists”, The Journal of
Biblical Counseling, XI (Primavera 1993), 32.
28. Ibid., 33.
29. 1 Samuel 18:1; Mateo 22:37-40; Marcos 12:30-31; Efesios 5:28-29; vea
también Jay E. Adams, The Biblical View of Self-Esteem, Self-Love,
Self-Image (Eugene, OR: Harves House, 1986) y Paul Brownback,
The Danger of Self Love: Re -examining a Popular Myth (Chicago:
Moody Press, 1982).
30. Sanguíneo, flemático, melancólico y colérico tienen raíces latinas
que se refieren a los cuatro humores corporales, respectivamente:
sangre, flema, bilis negra y bilis amarilla. Los antiguos griegos
creían que una abundancia de cualquiera de estos humores en el
cuerpo determinaban las características de personalidad.
31. National Association of Nouthetic Counselors, 3600 W. 96,h St.,
Indianapolis, IN 46268- 2905, www.nanc.org.
32. Lawrence J. Crabb, Jr., Effective Biblical Counseling (Grand Rapids,
MI: Zondervan, 1977), 36 – 37.
33. Una frase acuñada por Jay Adams y oída personalmente por este
autor.
34. John H. Coe, “Why Biblical Counseling Is Unbiblical”, CAPS 1991,
documento para presentación de posición, 7,
www.students.biola.edujay/bcresponse.html.
35. Ronald Barclay Allen, Praise! A Matter of Life and Breath (Nashville:
Thomas Nelson, 1980), 140.
36. Ernst Jenni, Claus Westermann, Theological Lexicon of the Old
Testament, Vol. 3, trad. Mark E. Biddle (Peabody, MA: Hendrickson
Publishers, 1997), 1312-1317.
37. Un excelente tratado para instrucción de consejeros que soportan
sufrimientos injustos es 1 Pedro 2:13 – 4:19.
38. Juan Calvino, Institutes of the Christian Religion, Vol. 1, ed. John T.
McNeill, trad. Ford Lewis Battles (Filadelfia: The Westminster
Press, 1960), 72.

CAPÍTULO 12

1. Ronald H. Nash, Life’s Ultimate Questions (Grand Rapids, MI:


Zondervan, 1999), 14 – 17.
2. The American Heritage Dictionary, s.v. “ciencia”.
3. Del Ratzch, Science and Its Limitations (Downers Grove, IL: IVP,
2000).
4. Henry H. Bauer, Scientific Literacy and the Myth of the Scientific
Method (Urbana, IL: University of Illinois Press, 1992).
5. Isac Asimov, Asimov’s Biographical Encyclopedia of Science and
Technology, 2a. ed. (Garden City, NY: Doubleday, 1982), 100.
6. Aunque masa y peso no son sinónimos, están relacionados. Masa
es una medida de la cantidad de sustancia presente. Peso es una
medida de la atracción gravitacional de la tierra por un objeto. En
ciencia, los términos se usan indistintamente, aun cuando en el
laboratorio masa es siempre medida.
7. Para una lista de ciencias duras, vea
http://www.hardsciences.info/.
8. Para una indicación que esta es una perspectiva ampliamente
sostenida, vea http://www.columbia.edU/en21stC/issue-
l.l/soft.htm.
9. Una investigación en la Internet usando google.com produjo
223,000 respuestas para “método científico”.
10. Vea Thomas S. Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions, 3a. ed.
(Chicago: University of Chicago Press, 1996); John Losee, A
Historical Introduction to the Philosophy of Science, 4a. ed. (Nueva
York: Oxford University Press, 2001); Jeffery C. Leon, Science and
Philosophy in the West (Upper Saddle River, NJ: Prentice-Hall, 1999).
11. John Bartlett, Familiar Quotations (Boston: Little, Brown and
Company, 1968), 950a.
12. Elizabeth I.oftus, Memory (Reading, PA: Addison Wesley, 1980), 39.
13. Leon, Science and Philosophy in the West, 13.
14. SI es una abreviatura para Le Système International d‟Unités,
francés para el Systema Internacional de Unidades,
http://physics.nist.gov/cuu/Units(introduction.html.
15. Por ejemplo, la Confesión de Fe de Westminster (1647 d.C.) en cuanto
a los sesenta y seis libros de la Biblia: “Todos [de] cuales son dados
por inspiración de Dios para que sean la regla de fe y vida” (1,1).
16. Vea el Capítulo 1, “Autoridad y suficiencia de las Escrituras” para
una elaboración de este tema.
17. Arthur F. Holmes, All Truth is God’s Truth (Downers Grove, IL:
IVP, 1977).
18. Vea http://www.acesonline.org/Columnists/Jacobyarticle 21
dj.htm.
19. John MacArthur, The MacArthur Study Bible [Publicado en
castellano por Editorial Portavoz] (Nashville: Word, 1997), 693.
20. Para un excelente tratamiento de este tema vea John MacArthur, La
batalla por el comienzo (Grand Rapids, MI: Editorial Portavoz, 2003).
21. En John F. MacArthur y Wayne A. Mack, Introduction to Biblical
Counseling (Dallas: Word, 1994), 63 – 97.
22. El autor se ha tomado la libertad de llamar el “Rule Book” del Dr.
Bookman como el “Un libro” para poner esta perspectiva en
correcta perspectiva con la posición de los “Dos libros”.
23. James G. McCarthy, The Gospel According to Rome [Publicado en
castellano por Editorial Portavoz] (Eugene, OR: Harvest House,
1995), 11.
24. Vea, por ejemplo, http://www.talkorigins.org/faqs/faq-age-of-
earth.html.
25. MacArthur, Battle for the Beginning [Publicado en castellano por
Editorial Portavoz], 53 – 54.
26. Les Moments Poétiques d’Andre Marie Ampere, trad. Frederick N. Skiff
(Paris: Sodel, 1986).

CAPÍTULO 13

1. Aristóteles, The Politics, trad. T. A Sinclaire (Baltimore: Penguin


Books, 1972), 295 – 316.
2. Arthur F. Holmes, Building the Christian Academy (Grand Rapids,
MI: William B. Eerdmans, 2001), 9.
3. Alvin J. Schmidt, Under The Influence: How Chistianity Transformed
Civilization (Grand Rapids, MI: Zondervan, 2001), 173.
4. Ibid., 187.
5. Roy B. Zuck, Teaching as Paul Taught (Grand Rapids, MI: Baker,
1998), 198-240.
6. Ibid., 172.
7. A. Horton, ed., “A Biblical Approach to Objectionable Elements”,
Christian Education: Its Mandate and Mission (Greenville, SC: Bob
Jones University Press, 1992), 47-70. Este artículo está también
disponible en la página de Intenet de la Bob Jones University (www.
bj up.com/resources/articles).

CAPÍTULO 14

1. Stephen L. Mansfield, More Than Dates and Dead People: Recovering a


Christian View of History (Nashville: Cumberland House, 2000). Un
libro pequeño, de fácil lectura, gracioso que ayuda a los estudiantes
cristianos a apreciar la historia. Muchas notas de pie de página
comentan en forma concisa sobre las fuentes. Algunas notas
también contienen información importante y sustantiva no
completamente esencial a la narrativa del capítulo. “Si los
historiadores no pudieran citar, tendrían un desastroso
impedimento para comunicar el conocimiento del pasado”. J.H.
Hexter, “Historiography: The Rhetoric of History”, International
Encyclopedia of the Social Sciences, Vol. 6 (Nueva York: Macmilland
and Free Press, 1968), 385, citado en David L. Sills y Robert K.
Merton, eds., Social Science Quotations: Who said What, When, and
Where (New Brunswick, NJ: Transaction Publishers, 2000), 89.
2. Beverly Southgate, History: What and Why? Ancient, Modern, and
Postmodern Perspectives, 2a. ed. (Nueva York: Routledge, 2001), 13.
Una sofisticada cartilla sobre historia desde una perspectiva
posmoderna.
3. Earle E. Cairns, God and Man in Time: A Christian Approach to
Historiography (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1979), 15.
Una obra verdaderamente notable que debe ponerse al día y volver
a publicarse.
4. Earle E. Cairns, Christianity Through the Centuries: A History of the
Christian Church, 3a. ed. revisada y ampliada (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1996), 17. Una gran historia de la iglesia en un volumen
que cada cristiano debería leer.
5. Bernard Norling, Towards a Better Understanding of History (Notre
Dame, IN: University of Notre Dame Press, 1960), 10. Este libro es
tan bueno que deben haber numerosas reimpresiones sin revisión.
6. Elizabeth Fox-Genovese y Elisabeth Lasch-Quinn, eds.
Reconstructing History: The Emergence of a New Historical Society
(Nueva York: Routledge, 1999), xiii. Una antología excelente
publicada principalmente para explicar la formación de la Sociedad
Histórica, cuyos miembros rechazan las correcciones políticas del
posmodernismo.
7. John Lukács, A Student's Guide to the Study of History (Wilmington,
DE: ISI Books, 2000), 1. Una cartilla muy breve y fina.
8. Southgate, History, 2; Lukács, A Student's Guide to the Study of
History, 34.
9. John Lukács, “Popular and Professional History”, Historically
Speaking III, 4 (2002), 5. Vea también John Wilson, “The Decline of
Popular History?” y en el mismo número, Allan Megill, “Are We
Asking Too Much of History?”
10. Marc Bloch, The Historian's Craft, trad. Peter Putman (Nueva York:
Vintage Books, 1953), 31. Una obra clasica por un heroico autor
francés que no fue un cristiano evangélico.
11. Philip Schaff, What Is Church History? A Vindication of the Idea of
Historical Development (Filadelfia: J.B. Lippincott y Co., 1846), 5,
citado en Michael Bauman y Martin I. Klauber, Historians of the
Christian Tradition: Their Methodology and Influence on Western
Thought (Nasvhille: Broadman Sc Holman, 1995), 273, 279 (cita).
Extrañamente, mi edición en rústica del libro de Broadman Sc
Holman no tiene una tabla de contenido, una falla de importancia
en un libro de otra manera muy bueno.
12. Cairns, God & Man in Time, 11.
13. Ibid., 59.
14. Ibid., 64.
15. The Peloponnesian War: Book 1, caps. 1, 14 – 15. En The Complete
Writings of Thucydides: The Peloponnesian War (Nueva York: Modern
Library, 1951). Citado en Sills y Merton, Social Science Quotations,
230.
16. Lukacs, A Student's Guide, 12.
17. Cairns, God & Man in Time, 62.
18. Paul K. Conkin y Roland N. Stromberg, The Heritage and Challenge
of History (Nueva York: Dodd, Mead Sc Company, 1972), 6-7.
19. “El hecho de que Roma haya tenido su propósito a jugar en los
planes de Dios no significa que Roma es sagrada como resultado, o
que su caída haya tenido implicaciones negativas para la
comprensión cristiana de la providencia o el poder de Dios... hay
espacio para un cambio radical de fortunas [en la tierra] sin
necesidad de perder la esperanza... el hogar final [máximo] del
cristiano no es de este mundo”. Alister McGrath, “Augustine of
Hippo”, en Bauman y Klauber, Historians of the Christian Tradition,
90 (la cita aparece en palabras de McGrath sobre las ideas de
Agustín).
20. Southgate, History, 44. La frase “un libreto escrito por Dios” se le
atribuye a R. G. Collingwood, autor de obras clásicas de
historiografía: The idea de History (Oxford: Clarendon Press, 1946) y
Essays in the Philosophy of History (Nueva York: McGraw-Hill, 1965).
21. Joyce Appleby, Lynn Hunt y Margaret Jacob, Telling the Truth About
History (Nueva York: W. W. Norton Sc Company, 1994), 62. Un
libro poderoso y bien escrito por importantes historiadores que
“confrontan la incertidumbre sobre valores y búsqueda de la ver-
dad” levantada por el posmodernismo.
22. Citado en Southgate, History, 48.
23. Edward Gibbon, The History of the Decline and Fall of the Roman
Empire (Nueva York: AMS Press, 1974, reimp.) Los prejuicios
anticlericales de Gibbon lo hicieron llegar a conclusiones negativas
sobre que el cristianismo era una fuerza mayor en la muerte de
Roma.
24. “En historiografía, una fuente primaria se distingue de una
secundaria por el hecho de que la primera da las palabras de los
testigos o primer registro de un acontecimiento”. Jacques Barzun y
Henry F. Graff, The Modern Researcher, 4a. ed. (San Diego: Harcourt
Brace Jovanovich, 1985), 124. Una guía sin paralelo para investigar
y escribir, particularmente en historia.
25. Lukacs, A Student’s Guide, 19 – 20.
26. Ibid., 20.
27. Southgate, History, 13. Aunque el profesor Southgate rechaza la
posibilidad que los historiadores deriven verdad del método, lo
resume bien.
28. Frederika Oosterhoff, Ideas Have a History: Perspectives on the
Western Search for Truth (Lanham, MD: University Press of
America, Inc., 2001), 101. Un tratamiento erudito desde una
perspectiva cristiana.
29. Gordon H. Clark, Historiography: Secular and Religious (Nutley, NJ:
The Craig Press, 1971), 110.
30. Oosterhoff, Ideas Have a History, 193.
31. Ibid.,166.
32. Cairns, God & Man in Time, 120.
33. Oosterhoff, Ideas Have a History, 168.
34. Ibid.
35. En un discurso en la tumba de Karl Marx en 1883, su colega
Frederick Engels resumió esta idea marxista esencial: “Así como
Darwin descubrió la ley del desarrollo de la naturaleza orgánica,
Marx descubrió la ley del desarrollo de la historia humana: el
hecho simple, hasta ahora conciliado por un crecimiento excesivo
de ideología, es que la humanidad debe primero de todo comer,
beber, tener un techo y ropa antes de preocuparse de política, cien-
cia, arte, [y] religión”. Karl Marx and Frederick Engels: Selected Works,
Vol. 2 (Londres: Lawrence y Wishart, 1950), 153. Citado en Sills y
Merton, Social Science Quotations, 59.
36. Karl Marx y Frederick Engels, The Communist Manifesto (1848)
(Nueva York: Modern Reader, 1964), 37. Citado en Sills y Merton,
Social Science Quotations, 59.
37. Ibid., 195.
38. Aunque aún pudiera ser muy temprano para decirlo, el período de
turbulencias de los años de 1960 se ve como un buen candidato
para un punto de retorno. Como un articulado defensor de la
historia moderna señaló: “Los movimientos y sacudidas de este
movimiento [posmodernista] son las viejas multitudes de la Nueva
Izquierda de los años de 1960... tan adictas a las últimas modas
como lo fueron en los días de los hipies los adornos con abalorios y
pantalones acampanados”. Keith Windschuttle, The Killing of
History: How Literary Critics and Social Theorists Are Murdering Our
Past (San Francisco: Encounter Books, 1996), xiv.
39. Geoffrey Rudolph Elton: “La nueva historia „científica‟ o
„cliométrica‟, nacida del matrimonio entre los problemas históricos
y el análisis de estadísticas avanzado, con la teoría económica como
madrina de boda y el computador como el mejor amigo, ha hecho
un avance tremendo en la última generación”. Which Road to the
Past? Two Views of History (New Haven, CT: Yale University Press,
1983), 3. Citado en Sills y Merton, Social Sciences Quotations, 64. Para
anáfisis y ejemplos de historia cuantitativa desde una perspectiva
cristiana, vea los escritos de Robert P. Swierenga.
40. Oosterhoff, Ideas Have a History, 361.
41. El título de una excelente refutación a las amenazas de los
posmodernistas a la historia resume la escena bien: Keith
Windschuttle, The Killing of History: How Literary Critics and Social
Theorists Are Murdering Our Past.
42. Gene Edward Veith, Postmodern Times: A Christian Guide to
Contemporary Thought and Culture (Wheaton, II: Crossway Books,
1994), 19. Una extraordinariamente aguda y clara explicación del
posmodernismo del “Turning Point Christian Worldview Series”,
por Crossway Books.
43. “El término „historicismo‟ originado en el siglo diecinueve para
describir un acercamiento a los escritos históricos y al criticismo
literario que enfatizaba que cada era del pasado debería
interpretarse en términos de sus propios valores, perspectivas y
contexto, en lugar de por los del presente”. Windschuttle, The
Killing of History, 12. Karl Propper y otros han usado también el
término historicismo para describir metahistorias tales como las de
Hegel y Marx. En los años de 1980 las críticas literarias resucitaron
el sentido original.
44. Citado en Oosterhoff, Ideas Have a History, 245.
45. Veith, Postmodern Times, 48.
46. Southgate, History, 76.
47. Veith, Postmodern Times, 51.
48. Michel Foucault, “Nietzsche, Genealogy, History”, en Language,
Counter-Memory, Practique: Selected Essays and Interviews (1971)
(Ithaca, NY: Cornel University Press, 1977), 153-154. Citado en Sills
y Merton, Social Science Quotations, 65.
49. Southgate, History, cap. 5.
50. Lynn Hunt, presidente de la Asociación Histórica Americana como
por este escrito, agregó un capítulo tardío a un libro titulado
Encounters: Philosophy of History After Postmo- demism. Con mucho
discernimiento, comentó sobre las reflexiones del libro y luego
concluyó: “Es difícil encontrar ejemplos de historia escrita en el
espíritu posmodemo”. En Ewa Komanska, ed., Encounters:
Philosophy of History After Postmodernism (Charlottesville: University
of Virginia Press, 1998), 273. ¿Cómo pueden los eruditos
posmodemos que rechazan la narrativa tomar la investigación
histórica y escribir seriamente, si de todas maneras todo es falso?
Es parecido a “una historia contada por un idiota, llena de ruidos y
furia pero que no significa nada”. En el análisis final, el
posmodernismo realmente ha hecho mucho más daño que bien en
el campo de la historia y en otros campos. (En la cita de Macbeth,
acto 5, escena 4, líneas 26-28, el tema era la vida, pero se ajusta a
una visión posmodernista de la historia.)
51. Hans Kellner, “Introduction”, en A New Philosophy of History, eds.
Frank Ankersmit y Hans Kellner (Chicago: University of Chicago
Press, 1995), 2.
52. Ibid., 3.
53. Historiadores amplios de mente quieren aprender del criticismo.
Reconocen que los posmodernistas hicieron un punto válido al
criticar la incapacidad de la historia para lograr una objetividad
perfectamente neutral. Al hacerlo, sin embargo, construyeron un
hombre de paja para reconstruir. Es decir, a comienzos del siglo
veinte, los historiadores profesionales se habían dado simplemente
por vencidos ante la historia positivista. Ya estaban admitiendo
sinceramente que su perspectiva personal afectaba sus narrativas y
que teman que cuidarse ante la subjetividad excesiva. Luego, los
teóricos lingüistas demostraron correctamente el poder y la
volubilidad del lenguaje. Por supuesto, los historiadores hacía
tiempo que habían reconocido que su “ciencia” exhibía también
elementos de un “arte” literario lo que los hizo ser más cuidadosos
con sus escritos, evitando especialmente las terminologías
abiertamente sexistas y racistas. Historiadores jóvenes comenzaron
a escribir sobre la mujer, sobre las personas comunes y sobre los
grupos minoritarios en nuevas historias sociales y estudios cul-
turales, más que sobre los grandes hombres, antes de que los
extremistas posmodernistas pusieran el grito en el cielo ante la falta
de representación proporcional de tales grupos en relatos históricos
antiguos. Los posmodernistas han aguijoneado a los historiadores
para que dejen de proclamar imparcialidad total, que cuiden su
lenguaje y que escriban inclusivamente, cosas que habrían podido
ocurrir sin una crisis epistemológica. Poco más que eso ha sido la
contribución de los posmodernistas.
54. La comunidad de profesionales contribuye a la búsqueda de la
verdad histórica, “...la búsqueda del conocimiento implica una
lucha enérgica y contenciosa contra diversos grupos de buscadores
de la verdad... una comunidad de actos practicantes como
comprobación del historiador”. Appleby, Hunt, Jacobs, Telling the
Truth About History, 254, 161. Especialmente cuando reflexionan
honestamente sobre sus trasfondos, los historiadores pueden
ayudarse unos a otros a evitar las trampas de un subjetivismo
excesivo o el uso descuidado de evidencia, “...hay suficiente
claridad sobre nuestra situación para continuar haciendo nuestro
trabajo”. Shirley A. Mullen, “Between „Romance‟ and „True
History‟: Historical Narrative and Truth Telling in a Postmodern
Age”, en History and the Christian Historian, ed. Ronald A. Wells
(Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1998), 40. En su exitoso
esfuerzo de reclutamiento, la Sociedad Histórica articuló algunos
principios para los historiadores de hoy. “Todo lo que les pedimos
a los miembros es que formulen premisas razonables; que razonen
lógicamente; que apelen a la evidencia; y que respeten la integridad
de todos los que hacen lo mismo”. Eugene D. Genovese, “A New
Departure”, en Recorts- tructing History: The Emergence of a New
Historical Society, eds. Elizabeth Fox-Genovese y Elisabeth Lash-
Quinn, 8.
55. Arthur M. Schlesinger, J r., The Disuniting of America: Reflections on a
Multicultural Society (Nueva York: W. W. Norton &C Company,
1992) aun provee una de las mejores historias vulgares y
escandalosas escritas en el nombre del multiculturalismo, todas
muy incisivas por las bien conocidas simpatías liberales del autor.
56. Veith, Postmodern Times, 50, 57.
57. “Ellos [los posmodernistas] están felices de legitimizar una
multiplicidad de voces de personas que pertenecen a los grupos
izquierdistas que ellos aprueban. Sin embargo, al abandonar la
verdad y endosar la interpretación del pasado “como mejor nos
parezca”, tácitamente están proveyendo legitimidad a las
posiciones políticas que pudieran encontrar menos simpáticas, tales
como las de los neo-nazis, neostalinistas, supremacía de blancos y
negros, de los que niegan el Holocausto, de los que promueven la
pureza racial y cualquier otra variedad de depravación política”.
Windschuttle, The Killing of History, 320 – 321.
58. Los efectos del posmodernismo se extienden más allá de unos
pocos excéntricos de la academia. En 1994, un escritor reportó: “22
por ciento de todos los estadounidenses creen que es posible que el
Holocausto nunca haya ocurrido. Otro doce por ciento dicen que
no saben”. Citado en Southgate, History, 155.
59. “...el posmodernismo continúa el rechazo modernista de Dios. El
resultado de negar razón y fe es un nihilismo moral e intelectual y
llevó a Nietzsche a proclamar la voluntad de poder como la fuerza
que da la energía al hombre y al mundo. También es la fuerza que
da energía a la humanidad para el uso que hace del lenguaje”.
Oosterhoff, Ideas Have a History, 262.
60. Rousas J. Rushdoony, The Biblical Philosophy of History (Nutley, NJ:
Presbyterian y Reformed, 1977), 14. “Para el darwinista, la historia
es el producto de fuerzas biológicas impersonales, para el marxista,
las fuerzas son económicas, para el freudiano, son psicológicas e
inconscientes. Con estos criterios, no solo se despersonaliza la
historia, sino también el hombre”.
61. ¿Cómo puede un nihilista posmodernista que rechaza todos los
valores morales hacer más juicios morales al condenar la opresión?
¿Quién dice que la opresión es un error? El Dios de la Biblia lo dice,
pero el dios del posmodernismo no puede en forma consecuente
hacer tal afirmación moral absoluta.
62. Veith, Postmodem Times, 159.
63. Famosas palabras del entonces Presidente Bill Clinton tratando de
evadir la autoincriminación.
64. El excelente tratado de Richard J. Evans apropiadamente titulado
In Defense of History, concluye con lo siguiente:
65. “Soy optimista en que el conocimiento histórico objetivo es tanto
deseable como alcanzable. De modo que cuando... [el
posmodernista] Rolando Barthes anuncia que todo el texto del
mundo y Frank Ankersmit jura que nunca podremos conocer algo
completamente del pasado... y Keith Jenkins proclama que toda la
historia es solo ideología desnuda... miraré humildemente al
pasado y diré, a pesar de todos ellos: eso realmente ocurrió y noso-
tros de verdad podremos, si somos muy escrupulosos y cuidadosos
y autocríticos, saber cómo fue que ocurrió y llegar a algunas
conclusiones defendibles sobre lo que eso significa”. Evans, In
Defense of History (Nueva York: W. W. Norton 8c Company, 1997),
220.
66. En un intrigante artículo publicado en 1984, George Marsden
describió un redondel filosófico compartido por historiadores
cristianos y no cristianos tanto como por la mayor parte de las
personas fuera de la academia: el sentido común. Un escocés del
sigo dieciocho, Thomas Reid incluso elaboró una escuela de
filosofía de sentido común. En lugar de atenerse a las
especulaciones de los filósofos, “el conocimiento humano”,
argumentó Reid, “realmente permanece en un fundamento firme:
el sentido común de la humanidad... virtualmente todos son
forzados a creer en la existencia de la palabra externa, en la
continuidad del yo de un día al siguiente, en la conexión entre
pasado y presente, en la existencia de otras personas, en las
conexiones entre causas y efectos y (dadas las condiciones
apropiadas) en la confiabilidad de sus sentidos y de su
razonamiento”. Las personas comunes usan tales ideas de su
sentido común diariamente. Incluso los posmodernistas y los
místicos hindúes se hacen a un lado cuando un camión se aproxima
hacia donde están ellos. Cuando Thomas Kuhn y otros
cuestionaron la omnisciencia y la omnipotencia de la ciencia
moderna, las personas cuestionaron también el sentido común. No
debieron hacerlo. Los cristianos se dan cuenta de que Dios los
diseñó para que comprendieran su creación a través de sus
sentidos y con su mente. Los historiadores de todas clases deberían
usar su sentido común tanto como su adiestramiento profesional.
George Marsden, “Coramon Sense and the Spiritual Vision of
History”, en History and Historical Understanding, eds. C. T. Mclntire
y Ronald A. Wells (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1984),
57 (cita), 56-60 otras ideas.
67. Appleby, Hunt, Jacobs, Telling the Truth About History, 247-251.
Muchos historiadores que no comparten las premisas históricas
arriba señaladas de todos modos argumentan que los historiadores
pueden discernir algunas verdades sobre el pasado. En Telling the
Truth About History, tres distinguidores profesores de la UCLA,
Universidad de California en Los Ángeles, aconsejan la adopción
de un “realismo práctico” pragmático. Rechazan el positivismo
extremo del siglo diecinueve que proclama la verdad completa, y
reconocen los problemas de lenguaje. Sostienen, sin embargo, que
realmente existe una realidad objetiva fuera del yo y del lenguaje.
Finalmente, admiten la existencia de una brecha entre los eventos
del pasado y los relatos históricos que interpretan estos eventos,
mientras que simultáneamente afirman que es posible y necesaria
alguna correspondencia parcial.
68. John Warwick Montgomery, Where Is History Going? (Grand
Rapids, MI: Zondervan, 1969); el capítulo 1 provee una fina
elaboración del punto de vista lineal de la historia.
69. Max Lucado, No wonder They Call Him the Savior (Portland:
Multnomah, 1986), 13.
70. Karl Lowith, Meaning in History: The Theological Implications of the
Philosophy of History (Chicago: University of Chicago Press, 1950), 1.
71. Cairns, God & Man in Time, 10.
72. Para un resumen y análisis útil de artículos publicados durante
años, vea D.G. Hart, “History in Search of Meaning: The
Conference on Faith and History”, en History and the Christian
Historian, ed. Ronald. A. Wells (Grand Rapids, MI: William B.
Eerdmans, 1998), 68 – 87.
73. Roy Swanstrom, History in the Making: An Introduction to the Study of
the Past (Downers Grove, IL: IVP, 1978), 77. Una obra excelente
desde una perspectiva cristiana. Vea también el artículo de George
Marsden en History & Historical Understanding, ya citado, 64 – 65.
74. “En historia, hay una tendencia al reduccionismo, reducirlo todo a
alguna causa esencial [un] factor económico o social. Yo creo que es
valioso dar su mérito a los factores religiosos. Usted no necesita ser
una persona religiosa para hacerlo, pero sin duda que ayuda. La
mayoría de los historiadores estadounidenses sencillamente no
tienen ningún sentido que les permita reconocer esto”. George
Marsden, citado por Tim Stafford, “Whatever Happened to
Christian History?” Christianity Today, Abril 2, 2001, 48.
75. Ibid., 43-49.
76. Oswald Sprengler, The Decline of the West (Nueva York: A. A.
Knopf, 1939).
77. Reinhold Niebuhr, Faith and History: A Comparison of Christian and
Modem Views of History (Nueva York: Scribner‟s 1949).
78. Herbert Butterfield. Christianity and History (Londres: Collins,
1949), History and Human Relations (Londres: Collins, 1951),
Christianity in European History (Londres: Collins, 1952).
79. C. T. MacIntire, “Introduction: The Renewal of Christian View of
History in an Age of Catastrophe!, en C. T. Maclntire, ed., God,
History, and Historians: An Anthology of Modern Christian View of
History (Nueva York: Oxford University Press, 1977), 12.
80. C. T. McIntire, ed., Herbert Butterfield: Writings on Christianity
and History (Nueva York: Oxford University Press, 1979), 134.
Butterfield dijo, “Ahora yo, personalmente, nunca declararé una
cosa como “establecida históricamente”; es decir, como demostrada
genuinamente por la evidencia histórica, a menos que el caso para
eso pudiera hacerse en una manera coercitiva e ineludible para
quien sea que estudie el pasado, sea protestante o católico, cristiano
o no cristiano, francés o inglés y políticamente liberal o
conservador”.
81. Christianiy Today, 2 de abril de 2001, 45. La afirmación se le atribuye
a Mark Noll. En una introducción a un libro en términos generales
excelente sobre un tema fascinante, otro erudito explica el
acercamiento: “Escrito desde una perspectiva cristiana sobre la
naturaleza y destino de los humanos y su historia, esta obra es un
ejercicio excelente en historia... Yo escribo historia asumiendo que
estas fuerzas espirituales están trabajando en los acontecimientos
humanos, bien que en formas no fácilmente identificables. Sin
pretender ser un profeta inspirado, no obstante, estoy
absolutamente complacido en concentrarme en una causalidad
histórica ordinaria”. Joel Carpenter, Revive Us Again: The
Reawakening of American Fundamentalism (Nueva York: Oxford
University Press, 1997), xii.
82. McIntire, Butterfield, 195.
83. “En el fondo, la relación entre la providencia de Dios y la libertad
humana es un misterio. En teología, el término „concurrencia‟ se
usa para expresar la idea de que Dios está actuando en el universo,
al mismo tiempo que el hombre también lo hace. Dios hace que su
gobierno providencial pase a través de la agencia humana
verdadera”. R. C. Sproul, Tahletalk, Agosto 1989, vea 33, 34, 38.
84. McIntire, Butterfield, 199-200.
85. C. T. Mclntire, “Herbert Butterfield: Scientific and Christian”,
Christian History, XX, N" 4 (2001), 48.
86. Stafford, “Whatever Happened to Christian History?” Christianity
Today, 46.
87. Ibid. Aquí se está citando a D. G. Hart.
88. Hace poco, un historiador que se profesa cristiano de la
Universidad Yale publicó una biografía de George Whitefield sin
incorporar un análisis providencial de alguna acción sobrenatural
envuelta en el Gran Avivamiento. Harry S. Stout, The Divine
Dramatism: George Whitefield and the Rise of Modern Evangelism
(Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1991). Otro historiador
cristiano que ha escrito bien y extensamente sobre la historia de los
avivamientos se resintió por la ausencia de perspectivas
providenciales. Iain H. Murray, Jonathan Edwards: A New Biography
(Edinburg: Banner of Truth, 1987) y Revivals and Revivalism: The
Making and Marring of American Evangelicalismm, 1750-1858
(Edinburg: Banner of Truth, 1994). D. G. Hart, en History and the
Christian Historian, provee un breve sumario de este choque, 68-71,
85. En 2002, la revista Christian History publicó un interesante
contrapunto de contraste de las posiciones sobre el
providencialismo, entrevistando a George Marsden, proponente
altamente respetado de amortiguar el acercamiento al “com-
promiso de fe de trasfondo”, y a John Woodbridge, defendiendo
abiertamente un acercamiento providencial. Marsden elabora su
posición no-providencial en The Soul of the American University:
From Protestant Establishment to Established Nonbelief (Nueva York:
Oxford University Press, 1994) y The Outrageous Idea of Christian
Scholarship (Nueva York: Oxford University Press, 1997). El número
de invierno-primavera de Fides et Historia yuxtapone en forma
similar los papeles estimulantes y respuestas eruditas sobre el tema
de la erudición cristiana, también el tema de la reunión nacional de
octubre 2002 de la Conferencia de Fe e Historia. Mientras que el
análisis estimula a la reflexión sincera, conseguir un consenso
parece imposible.
89. Butterfield, Christianity and History, cap. 2, “Cataclysm and Tragic
Conflict”, ofrece un análisis brillante.
90. Las ideas en este párrafo vienen de un manuscrito no publicado
por el profesor Jim Owen, cuyo amplio y sabio consejo, aliento y
ayuda bibliográfica en la composición de este capítulo ha sido
considerable y muy apreciada. En años pasados Edmund Gruss,
Profesor Emérito fue también un gran mentor en cuanto al
entendimiento de una filosofía bíblica de la historia.
91. George M. Marsden, Fundamentalism and American Culture: The
Shaping of Twentieth- Century Evangelicalism 1870-1925 (Nueva York:
Oxford University Press, 1980). Reforming Fundamentalism: Fuller
Seminary and the New Evangelicalism (Grand Rapids: William B.
Eerdmans, 1987). Religion and American Culture (San Diego:
Harcourt Brace Jovanovich, 1990). Understanding Fundamentalism
and Evangelicalism (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1991).
92. Nathan O. Hatch, The Democratization of American Christianity (New
Haven, CT: Yale University Press, 1989).
93. Mark A. Noll, Nathan O. Hatch, George M. Marsden, The Search for
Christian America (Wheaton, IL: Crossway Books, 1983). Mark A.
Noll, Christian in the America Revolution (Grand Rapids, MI:
Christian University Press, 1977). One Nation Under God? Christian
Faith & Political Action (San Francisco: Harper &: Row, 1988). The
Scandal of the Evangelical Mind (Grand Rapids, MI: William B.
Eerdmans, 1994).
94. Citado en Donald A. Yerexa, “A Meaningful Past and the Limits of
History: Some Reflections Informed by the Science-and-Religion
Dialogue”, Fides et Historia (2002), 21.
95. Esta propuesta modesta fue influenciada por las ideas en lo
siguiente por los asuntos ya citados de Fides et Historia: Christopher
Shannon, “Between Outrage and Respectability: Taking Christian
History Beyond the Logic of Modernization”, 6, y Ronald A. Wells,
“Beyond „Religious History‟: The Calling of the Christian
Historian”, 46.
96. Stafford, “Whatever Happened to Christian History?” Christianity
Today, 49.
97. Muchos suponían que las batallas entre iglesia y estado emergen de
una forma diferente de entender la Primera Enmienda. Vea David
Barton, The Myth of Separation: What is the Correct Relationship
Between Church and State? A Revealing Look at What the Founders and
Early Courts Really Said (Aledo, TX: Wallb uilder Press, 1992).
98. Appleby, Hunt, Jacobs, Telling the Truth About History, 299.
99. Fox-Genovese y Lasch-Quinn, incluye una soberbia sección de
cuatro artículos resumiendo y comentando sobre la controversia
sobre estos parámetros nacionales para la enseñanza de la historia
comisionado por el NEH y el Departamento de Educación de los
Estados Unidos y preparado por el National Center for History in
the Schools en UCLA; Reconstructing History, 237 – 298.
100. Kay S. Hymowitz, “Anti-Social Studies”, The Weekly Standard,
Mayo 6, 2002, identifica y critica algunos de los problemas
inherentes en las maneras en las que el National Council for Social
Studies sobre enfatiza las perspectivas globales a expensas de las
perspectivas nacionales de U.S.
101. George Santayana, citado en Sills y Merton, Social Science
Quotations, 204.
102. Richard P. Belcher, A Comparison of Dispensationalism and
Covenant Theology (South- bridge, MA: Crowne Publications, 1986),
8. Un tratamiento bueno, balanceado y muy breve. Vea también
Renald Showers, There Really Is a Difference: A Comparison of
Covenant and Dispensational Theology (Bellmawr, NJ: The Friend of
Israel Gospel Ministry, 1990).
103. Cairns, God & Man in Time, cap. 7.
104. Alva J. McClain, The Greatness of the Kingdom: An Inductive
Study of the Kingdom of God (Winona Lake, IN: BMH Books, 1959),
529 – 530.

CAPÍTULO 15

1. Charles Kesler, The Federalist Papers, ed. Clinton Rossiter (Nueva


York: Mentor Books, 1999), nos. 10, 51.
2. Gregg Frazer, “Nature‟s God: The Political Theology of the
American Founding Fathers” (disertación doctoral, Claremont
Graduate University, 2002).
3. En este capítulo, me he atenido extensamente a los escritos de
Leonar Verduin en las áreas que tienen que ver con la historia
bíblica y de la iglesia. Lamentablemente estas obras no han recibido
una gran difusión. Verduin lee fácilmente todos los idiomas de la
Reforma, lo que le permite tener acceso a los escritos y documentos
originales. En mi opinión, su historiografía es de la más alta
calidad. Lo que Paul Johnson hizo por la historiografía al exponer
los esquemas utópicos del siglo veinte, Verduin lo hace en destacar
las grandes contribuciones de la disidencia desde el 313 d.C. hasta
la fundación de esta nación.
4. Leonard Verduim, The Anatomy of a Hybrid (Sarasota, FL: The
Christian Hymnarv Publishers, 1990), 29.
5. Ibid., 26.
6. Ibid., 30.
7. Ibid., 33.
8. Ibid., 85.
9. Ibid., 112.
10. Ibid., 118.
11. Leonarsdz Verduin, The Reformers and Their Stepchildren (Sarasota,
FL: The Christian Hymnary Publishers, 1991), 33.
12. Ibid.
13. Ibid., 143.
14. Ibid., 153.
15. Leonard Verduin, The First Amendment and the Remnant (Sarasota,
FL: The Christian Hymnary Publishers, 1998), 195.
16. Ibid., 199.
17. Ibid.
18. Ibid., 208.
19. Verduin, The Anatomy of a Hybrid, 170.
20. Este es el verso que la Inquisición usó para justificar la quema de
los herejes en la hoguera. Desafortunadamente, también lo hicieron
los Reformadores.
21. Verduin, The Anatomy of a Hybrid, 169.
22. Verduin, The First Amendment and the Remnant, 257.
23. Verduin, The Anatomy of a Hybrid, 208.
24. Verduin, The First Amendment and the Remnant, 327.
25. Alpheus T. Mason, Free Government in the Making, 3a. ed. (Nueva
York: Oxford University Press, 1965), 68.
26. Ibid., 66.
27. Ibid., 55.
28. Ibid., 66.
29. Roger Williams, The Complete Works of Roger Williams, Vol. II
(Nueva York: Russell & Russell, reimp. 1963), 278.
30. Mark Noll, Nathan Hatch, and George Marsden, The Search for a
Christian America (Wheaton, IL: Crossway Books, 1983), 128.
31. Time Magazine, Octubre 1, 1979, C.
32. James Wallis, Agenda for Biblical People (Nueva York: Harper 8c
Row, 1976), 105 – 106.
33. D. G. Kehl, “Peddling the Power and the Premises”, Christianity
Today, Marzo 21, 1980, 20.
34. Ibid.
35. Theodore J. Lowi, The End of Liberalism, 2a. ed. (Nueva York:
Norton, 1979), 60.
36. Ian Hunter, Malcolm Muggeridge, A Life (Nashville: Thomas Nelson,
1980).
37. Daniel J. B. Hofrenning, “Religious Lobbying and American
Politics”, In God We Trust?, ed. Corwin Smidt (Grand Rapids, MI:
Baker, 2001), 122.
38. Klaus Buhmuhl, “The Socialist Ideal, Some Soulsearching
Constraints”, Christianity Today, 23 de mayo de 1980, 56.
39. Jeff M. Sellers, “NAE goes to Washington”, Christianity Today, Junio
10, 2002, 17.
40. Harold O. J. Brown, The Reconstruction of the Republic (Nueva York:
Arlington House, 1976), 7, 177.

CAPÍTULO 16

1. Thomas Malthus, An Essay on the Principle of Population (Londres: J.


Johnson, 1798).
2. Roy J. Ruffin y Paul R. Gregory, Principles of Macroeconomics (Nueva
York: Addison Wesley, 2000), 32.
3. John Hotchkiss, Literature Professor, The Master’s College, Julio 25,
2002. Entrevista por el autor, Santa Clarita, CA.
4. Derek Kidner, Proverbs: An Introduction and Commentary (Downers
Grove, IL: IVP, 1964), 42.
5. John MacArthur, Whose Money Is It Anyway? (Nashville: Word,
2000), 113.
6. Hamish McRae, The World in 2020: Power, Culture and Prosperity
(Boston: Harvard Business School Press, 1994), 43.
7. Es posible que la liquidación de los activos de los miembros de la
iglesia haya sido un error, haciendo que la iglesia de Jerusalén
estuviera en constante necesidad de ayuda por parte de otras
iglesias (Hch. 11:29; Ro. 15:26; 1 Co. 16:1-4; 2 Co. 8:1-4). En otras
palabras, habiendo eliminado la forma de generar futuros ingresos,
la iglesia de Jerusalén se vio forzada a depender de las
comunidades más grandes de creyentes.
8. Adam Smith, An Inquiry into The Nature and Causes of the Wealth of
Nations, Vol. I (Indianapolis: Liberty Classics, 1981), 26.
9. “Capitalism”, Quote Project,
http://www.quoteproject.com/subject.asp?=subject=44, visitado
el 15 de agosto de 2002.
10. Earl E. Cairns, Christianity Through the Centuries (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1954), 50.
11. New World Dictionary (Nueva York: William Collins 8c World
Publishing, 1976), s.v. “mayordomo”, 1397.

CAPÍTULO 17

1. Esta es aproximadamente una nueva edición (no simplemente una


reimpresión) per year por cuarenta años. No incluye la primera
docena de ediciones desde 1536 a 1559. Esta clase de popularidad
es equivalente a la de los autores de ficción de tanto éxito y tan
populares en el mercado hoy día. Alister Mc Grath, A Life of John
Calvin (Oxford: Blackwell Publishers Ltd., 1990), 141 – 142.
2. Discernimiento es una de las habilidades más importantes para el
desarrollo de los cristianos, y probablemente el más escaso en el
evangelicalismo contemporáneo. El término en cuestión (diakrino)
aparece en varias formas diferentes en Mateo 16:3,1 Corintios 11:29
y 12:10 y Hebreos 5:14. En tales pasajes, el griego original conlleva
el sentido de separar, distinguir, juzgar, discernir o hacer un
estimado judicial (es decir, pesa los hechos y llega a una conclusión
apropiada).
3. John Calvin, Institutes of the Christian Religion (ICR), 1.15.8
4. Muchos evangelicalistas y fundamentalistas que habrían de
autodenominarse calvinistas y también sostener el punto de vista
según el cual los cristianos nunca deberíamos involucrarnos en
actividades culturales “contaminantes” como la filosofía y la
literatura quedan sorprendidos al leer algunos de los escritos
originales de Calvino. Al revés de la creencia popular, las obras de
Calvino son sencillas, directas y muy accesibles; pero lo que
realmente asusta a los que se encuentran con sus obras por primera
vez es su constante y reconocida referencia a las fuentes paganas
tanto como a las cristianas. No que Calvino cite a los paganos en
forma regular; más bien, fija normas para los cristianos en cuanto a
su estudio crítico y en su uso de la cultura que los rodea.
5. Calvino,JCR, 1.15.7.
6. Ibid.
7. Dios, por supuesto, ha juzgado culturas, grupos de personas y
naciones; la raíz, sin embargo, es siempre el pecado individual que
hace más grande el grupo cultural en contra de Dios. Puedo entrar
en un museo de egiptología y ver una estatua de Anubis (un ídolo
para los egipcios aunque no para mí, 1 Co. 8:4) y aprender sobre la
antigua mitología y cultura sin caer en la idolatría. El objeto
cultural idolátrico en sí mismo (una estatua de un tipo con cabeza
de chacal) no es el problema, es el resultado del problema, y este es
el pecado. El cristiano cuidadoso y saturado de las Escrituras puede
discernir el objeto cultural y juzgarlo. Esto no significa que todo
elemento cultural puede discernirse con seguridad al mismo nivel
de exposición. Puedo admirar una obra del artista Giorgione de la
Italia renacentista con alguna preocupación por la posibilidad de
corromperme mientras observo la misteriosa belleza de un cuadro
como La Tempestad. Leer un libro del teólogo existencialista Sören
Kierkegaar requiere considerablemente más cuidado y
discernimiento aunque es de algún valor para mí como alguien
interesado en la teología histórica. Mirar la pornografía, sin
embargo, carece de todo valor y lo único que puede hacer es
llevarme a pecar. Sé que está ahí; sé cuál es su contenido; sé que
deshonra a Dios, que degrada a las personas, que viola la belleza
del matrimonio y que destruye relaciones auténticas. No necesito
saber más.
8. En Confesiones 3.4, Agustín cuenta cómo fue inducido a la práctica
de la sabiduría por la lectura de Hortensias, de Cicerone. Describe la
forma en la que comenzó a modificar sus deseos de gloria para
buscar la inmortalitatem sapientiae, la inmortalidad de la sabiduría.
Agustín parece reconocer, sin embargo, que no se trataba de
haberse convertido a la filosofía pagana y cita Colosenses 2:8 para
recordarse que no tenía que dejarse arruinar por filosofías
humanas, en cambio reconoce que Dios en forma soberana usó su
experiencia con Cicerón
para pasar los pecados de Agustín a Él mismo. Concluye el capítulo
haciendo ver que ha aprendido la importancia del discernimiento:
Un libro, por muy “erudito, agradable y bien escrito” que sea si no
está centrado en el nombre de Cristo, él nunca podrá aprobarlo
completamente. De modo que leerá intensa pero cuidadosamente.
Irónicamente, el siguiente capítulo habría de servir para
advertirnos de confiar en nuestra capacidad de detectar y resistir el
error. Agustín dice cuán fácilmente fue atrapado por el error del
culto maniqueo.
9. Augustine, On Christian Doctrine, Libro I, capítulos 4-5.
10. Tertullian, Apologéticus, capítulo 46.
11. Lutero reconoce que la educación, especialmente la educación del
lenguaje, fue un componente absolutamente necesario para el éxito
de la Reforma. Vea Philip Schaff, History of the Christian Church,
Vol. 7 (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 1910), 512-515.
12. Martin Luther: Selections from His Writings, cd. John Dillenberger
(Nueva York: Anchor Books, 1961), 174.
13. Calvin, JCR, 1.1.1.
14. Esta es una evidencia admirable de la soberanía absoluta de Dios.
¡Exactamente las mismas palabras de poetas-filósofos paganos
terminan incorporadas en las Santas Escrituras, que son inspiradas
por Dios y perfectas, afirmadas eternamente en el cielo (Sal.
119:89)!
15. Más tarde, de nuevo Calvino analiza este pasaje en ICR, 1.5.3,
reconociendo a Arato como la probable fuente de la cita de Pablo
en Hechos 17.
16. Uno de los tratamientos más balanceados es el muy accesible
Worldly Saints (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1986).
17. Ralph Venning, The Sinfulness of Sin (Edinburg: Banner of Truth,
1997), 61.
18. Para un tratamiento práctico de por qué es preferible empeñarse en
el discernimiento (y en el caso de la crianza de los hijos, educarse
en el discernimiento) que el aislacionismo, vea de John MacArthur
Successful Christian Parenting [Publicado en castellano por Editorial
Portavoz], (Dallas: Word, 1998), 35-40. John Milton (y otros
puritanos) insistieron repetidamente en lo mismo:
...a la pureza que todas las cosas sean puras, no solo comidas
y bebidas, sino toda clase de conocimiento sea bueno o malo; el
conocimiento no puede contaminar ni en consecuencia los libros, si
la voluntad y la conciencia no están contaminadas... Lo bueno y lo
malo que conocemos en el terreno de este mundo crecen juntos y
casi inseparablemente; y el conocimiento de lo bueno está tan
entretejido con el conocimiento de lo malo al punto que en muchas
semejanzas difícilmente se puede decir cuál es cuál... el que puede
percibir y considerar el vicio, con todas sus trampas y aparentes
placeres y se abstiene, establece la diferencia y prefiere lo que en
verdad es mejor, es un verdadero guerrero cristiano. No puedo
alabar a un fugitivo que enclaustra la virtud, que no la ejerce ni la
respira, que nunca arranca ni ve a su adversario, sino que se
escabulle de la carrera, donde se corre por la corona inmortal, no
sin polvo y calor... (Areopagitica, 1644, en John Milton: Selected Prose
and Poetry, ed. C.A. Patrides [Columbia, MO: University of
Missouri Press, 1965], 211-213).
19. “Carne” (sarx) aquí quiere decir “los logros naturales de los
hombres” los que, por supuesto, están manchados por el pecado
(Vine’s Expository Dictionary of New Testament Words, Vol. 1
[Londres: Oliphants Ltd., 1940], 108.
20. Si las obras literarias, las películas u otras obras de arte ofrecen
verdaderas (es decir, exacta) representaciones del mundo, entonces
estarán en acuerdo con una visión bíblica del mundo (como
aquellas historias que presentan personajes malos que tienen
motivaciones malévolas y que son castigados justamente o lo serán
en algún momento; es decir, que se lo merecen, aunque al mismo
tiempo los “buenos” tienen sus propios defectos y debilidades, y
más). Por supuesto, jamás tales manifestaciones serán enteramente
“verdad”. Pero si un texto presenta al hombre como básicamente
bueno con motivaciones buenas, entonces el texto también
concuerda con la visión bíblica del mundo, porque el texto en sí,
como una expresión cultural humana, muestra la tendencia
depravada del hombre a presentarse como bueno. Un creyente con
discernimiento juzgará las cosas a través de las Escrituras. Una
mente saturada con las Escrituras puede edificarse con ambas
experiencias. La dificultad se presenta con la pregunta: ¿Qué ocurre
con los creyentes inmaduros que tienen un discernimiento muy
pobre? Y esta es, precisamente, la razón por qué los cristianos más
fuertes y maduros deben enseñar a los creyentes más jóvenes
discernimiento mediante el ejemplo y la práctica. Esta es una
necesidad suprema en la iglesia hoy día. Si tales creyentes no
pueden reconocer las visiones incorrectas del mundo en películas y
libros, ¿cómo lo van a combatir en la iglesia?
21. Como siempre, cuando se habla de la libertad que tenemos en
Cristo como en este pasaje, el Espíritu advierte al lector de no
volver la libertad en libertinaje. El siguiente versículo nos advierte
para no infligir ofensa en lo que hacemos.
22. Vea, por ejemplo, cualquiera de los libros de John Piper,
especialmente The Pleasures of God (Sisters, OR: Multnomah, 2000).
Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

You might also like