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Extremistas tentaram invadir


plenário da Câmara; assista
Os invasores do Congresso no 8 de Janeiro tentaram forçar a entrada no plenário da
Casa e foram contidos pela polícia

Reprodução/Câm

Extremistas tentam entrar no plenário da Câmara dos Deputados e são impedidos pela polícia legislativa

EMILLY BEHNKE
MATEUS MAIA
17.jan.2023 (terça-feira) - 14h11

Imagens do circuito interno de monitoramento da Câmara dos


Deputados e de equipamentos acoplados aos uniformes dos agentes da
Polícia Legislativa Federal mostram o momento em que extremistas de
direita tentam invadir o plenário da Casa Baixa. Eles estavam
aglomerados em frente a um cordão de isolamento feito por policiais até
que partiram para cima tentando a invasão.
Neste momento, são dispersados com bombas de efeito moral. Assista
(2min12s):

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concordo com os termos da LGPD.

Assista aqui todas as imagens já divulgadas pelo Congresso da invasão


do 8 de Janeiro.

A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo


governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela
manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam
mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a
invasão dos radicais na sede do Legislativo.

Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e


pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o
grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da
Praça dos Três Poderes.

Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos


Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.

O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve
impedimento para quem passasse caminhando.

Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres


que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla
de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco
era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.

Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em


frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também
realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de
Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a
polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.

SÁBADO PRÉ-INVASÃO (7.jan)

a chegada dos extremistas – ao menos 80 ônibus com apoiadores de


Bolsonaro chegam a Brasília. Eles se concentram em frente ao QG do
Exército, onde estão acampados os manifestantes que contestam o
resultado das eleições;

interdição da Esplanada – estava interditada para carros e pessoas no


sábado (7.jan). Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, Ibaneis
decidiu no sábado liberar a via para pedestres, não atendendo a
pedidos de Dino para que ela permanecesse fechada;

acampamento em Belo Horizonte – o ministro Alexandre de Moraes


emite decisão determinando a desobstrução de acampamento em
frente ao QG do Exército na cidade;

Força Nacional (19h) – Dino emite portaria autorizando o uso da Força


Nacional na Esplanada dos Ministérios em Brasília até 2ª feira (9.jan)

DOMINGO (8.jan)

tensão de manhã – Brasília amanhece sob tensão entre os radicais


acampados e a chegada da Força Nacional. Às 7h36, Dino publica no
perfil do Twitter que espera não haver atos violentos e que não seja
necessário a polícia atuar. O acampamento em frente ao QG do
Exército conta com mais pessoas. Já se sabia, pela manhã, que os
manifestantes planejavam caminhar até o Palácio do Planalto.
Extremistas convocam para o ato em frente ao Congresso;

Múcio do acampamento – ministro da Defesa vai ao acampamento


pela manhã e diz que o clima é “por enquanto, calmo”;

marcha ao Planalto (13h) – acampados começam a sair do QG do


Exército em direção à Esplanada. Um policial militar elogia a
manifestação e diz que vai “escoltá-los” para garantir a segurança dos
que marcham;

concentração (13h) – o Poder360 consta cerca de 100 pessoas


concentradas em frente ao Congresso, que são só revistadas.
Esperam o grupo maior e pessoas que caminham do QG do Exército
em direção ao local;

bloqueio é furado (15h) – extremistas rompem a barreira de proteção


policial;
invasão do Congresso (15h10) – radicais de direita invadem o
Congresso e começam a depredá-lo;

Flávio Bolsonaro tenta se distanciar (15h24) – o senador (PL-RJ)


envia mensagem a um grupo de colegas da Casa Alta tentando
afastar a responsabilidade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL), dos atos;

bombas de gás (15h30) – com um efetivo reduzido, a PM-DF tenta


conter os manifestantes com bombas;

Dino se manifesta (15h43) – ministro da Justiça classifica invasão


como absurda e diz que o governo do Distrito Federal prometeu
reforços;

invasão do Planalto (15h50) – extremistas avançam e invadem o


Palácio do Planalto, dando início à depredação e à destruição de obras
de arte e outros objetos;
invasão do STF (15h50 às 16h) – praticamente ao mesmo tempo, os
extremistas entram e vandalizam o Supremo Tribunal Federal;

Força Nacional chega à Esplanada (16h25) – convocada no dia


anterior pelo ministro da Justiça, a força chega quando as sedes dos
Três Poderes já haviam sido invadidas;

Aras pede investigação (16h25) – o procurador-geral da República


pede que a Procuradoria da República do Distrito Federal abra
investigação criminal;

demissão de Anderson Torres (17h08) – o governador do Distrito


Federal, Ibaneis Rocha (MDB), demite o secretário de Segurança
Pública, que está nos Estados Unidos;

Lula decreta intervenção (17h50) – o presidente, que está em


Araraquara (SP) para verificar estragos das chuvas, anuncia
intervenção federal na segurança pública de Brasília e diz que todos
serão punidos. Lula responsabiliza Bolsonaro pelos atos;

Valdemar: “Não representam Bolsonaro” (18h) – o presidente do PL


divulga um vídeo à imprensa dizendo que os atos não representam o
partido;

fogo no gramado (18h20) – extremistas colocam fogo no gramado do


Congresso Nacional;

prisão de extremistas (18h20) – polícia do Distrito Federal começa a


retomar prédios públicos e a prender radicais de direita;

AGU pede prisão de Torres (18h30) – a Advocacia Geral da União


pede ao STF a prisão em flagrante do ex-secretário da Segurança
Pública do Distrito Federal;

Ibaneis pede desculpas (19h) – governador do Distrito Federal (MDB)


pede desculpas a Lula, Rosa Weber, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco;

interventor vai à Esplanada (20h15) – Ricardo Capelli, nomeado para


ser interventor da segurança do Distrito Federal, vai à Esplanada
depois das invasões;

depois de 6h, Bolsonaro condena invasão (21h17) – o ex-presidente


posta nota em seu perfil do Twitter em que compara os atos com
manifestações de esquerda. Diz que repudia acusações de Lula sobre
ter responsabilidade nos atos;

PF instala gabinete de crise (21h40) – força cria grupo para coordenar


ações e identificar os autores de crimes na invasão;

Lula vistoria Planalto e STF (22h) – presidente está acompanhado dos


ministros Roberto Barroso, Rosa Weber e Dias Toffoli.

2ª FEIRA (9.jan)

Moraes afasta Ibaneis Rocha (0h20) – ministro do STF determina


afastamento do governador do Distrito Federal (MDB) por 90 dias;

PM desocupa acampamento em Brasília – forças de segurança atuam


em frente ao QG do Exército para retirar pessoas que estavam
acampadas desde o final do 2º turno da eleição presidencial;

PF abre 3 inquéritos para apurar invasão aos Poderes – ministro da


Justiça, Flávio Dino, diz que cada inquérito investigará as
circunstâncias e a responsabilização sobre a invasão dos prédios do
Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo
Tribunal Federal);

financiadores de atos foram identificados em 10 Estados – ministro


da Justiça, Flávio Dino, não informa quais seriam os Estados e nem
detalha quantos foram os que contribuíram com dinheiro ou recursos
para as manifestações radicais;

Lula, ministros e governadores vão a prédio depredado do STF –


presidente e autoridades federativas fazem gesto de união e visitam a
Corte.

3ª FEIRA (10.jan)

intervenção na segurança do DF – Congresso valida em votação


simbólica o decreto de intervenção federal no DF até 31 de janeiro;

CPI depende de investigações, diz Jaques Wagner – líder do Governo


no Senado indica que CPI para investigar 8 de Janeiro só deve ser
convocada na próxima legislatura, em fevereiro;

Moraes manda prender ex-ministro Anderson Torres – ministro do


STF decreta a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de
Segurança Pública do DF. Em viagem aos EUA, Torres afirma que
retornará ao Brasil para se apresentar à Justiça.

4ª FEIRA (11.jan)

STF chancela decisões – a Corte dá parecer favorável ao afastamento


de Ibaneis e à prisão de Anderson Torres;

PF conclui perícia no STF e depoimentos de suspeitos – cerca de 50


profissionais finalizam a vistoria da Corte com prazo de liberação do
laudo em até 30 dias; PF também conclui depoimentos de 1.159
autuados;

Planalto sedia 1º evento após 8 de Janeiro – as ministras Anielle


Franco (Igualdade Racial) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) tomam
posse no 1º evento realizado no Palácio do Planalto depois das
invasões;

novos atos flopam – novas manifestações extremistas organizadas


pelo país têm baixa aderência.

5ª FEIRA (12.jan)

Justiça bloqueia R$ 6,5 mi de 59 financiadores – 52 pessoas e 7


empresas suspeitas de financiarem o fretamento de ônibus tiveram
R$ 6,5 milhões bloqueados pela Justiça do DF. Valores serão usados
para ressarcir os danos causados aos Três Poderes, segundo a
decisão;

PF encontra minuta para Bolsonaro mudar resultado de eleição –


agentes informam ter encontrado um documento na casa de
Anderson Torres para decretar Estado de Defesa na sede do TSE; ex-
ministro disse que minuta seria “descartada”.

6ª FEIRA (13.jan)

Moraes manda abrir inquérito sobre Ibaneis e Torres – ministro do


STF determina a instauração de investigação para apurar a conduta
das autoridades no dia dos atos extremistas; Moraes também
arquivou pedido para investigar Flávio Dino;

ministro também inclui Bolsonaro em inquérito – determinação


atende a pedido da PGR para incluir Bolsonaro nas investigações,
citando uma publicação em 10 de janeiro em que o ex-presidente
questionava o resultado das eleições; 

Ibaneis diz à PF que houve “sabotagem” na segurança do 8 de


Janeiro  – em depoimento voluntário à Polícia Federal, governador
afastado afirma ter sido alvo de “sabotagem” no planejamento de
segurança para o 8 de Janeiro no DF;

Dino enviou alerta a Ibaneis sobre atos – ministro da Justiça remeteu


ofício ao governo do Distrito Federal a respeito da chegada em Brasília
de “uma intensa movimentação de pessoas inconformadas com os
resultados das eleições”. Leia aqui;

Lula agradece funcionários por restaurar Planalto – o presidente se


reúne com funcionários responsáveis pela manutenção e limpeza do
Palácio do Planalto e agradece pelos trabalhos para restaurar o
prédios depois dos ataques.

SÁBADO (14.jan)

Torres é preso pela PF – ex-ministro chega de viagem dos Estados


Unidos e é preso pela PF no Aeroporto de Brasília; é encaminhado ao
4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, a 15km do centro de Brasília;

presos nos atos ficam em área separada da massa carcerária – as


1.395 pessoas presas pelas invasões são colocadas em áreas
separadas dos demais detentos nas penitenciárias do DF; ao menos
54 tinham concorrido a cargos em eleições;

Ibaneis a secretário no 8 de Janeiro: “Prenda o máximo possível” –


mensagens vazadas de conversa pelo aplicativo WhatsApp mostram
que Ibaneis ordenou ao secretário interino de Segurança Pública que
as forças de segurança da capital prendessem “o máximo” de
“vagabundos” possível durante as invasões.
o Poder360 integra o saiba mais

autores

Emilly Behnke
repórter enviar e-mail EmillyBehnke

Mateus Maia
repórter enviar e-mail mmaia_jor

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