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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

COORDENAÇÃO DE ARQUITECTURA E URBANISMO

DIAGNÓSTICO INTEGRAL URBANO

Grupo: 08
Trabalho apresentado no âmbito da
licenciatura em Arquitectura e Urbanismo
no Instituto Superior Politécnico Tocoísta,
como requisito de avaliação na disciplina
de Projeto Regional Urbano, sob
orientação do docente Pedro Isaac.
INTEGRANTES DO GRUPO

Abílio Tchalanga Soma Kutemeca

Armando Calunga

Baptista Pivani João

Gilberto Ernesto Conde

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Análise Regional

Localização

Palanca é um distrito urbano angolano que se localiza na província de Luanda,


pertencente ao município de Kuilamba Kuiaxi. O local de intervenção tem
aproximadamente 4,16 m² incluíndo uma parte do palanca 2 que veio a sugir anos
depois, contendo a administração do palanca e o mercado do palanca. Limitado e bem
identificado por estes três marcos (Bairro Popular a noroeste, Estradas do Catete a
nordeste e Sanatório a sudeste), a última fronteira do Palanca, a sudoeste, se encontra
um tanto quanto confusa nos limites do Bairro Golfe.

Fonte: google earth

Surgimento do bairro

O Bairro do Palanca, estimado em 70 mil habitantes em 1998 (DW, s/dA) era


um bairro semirural nos últimos anos do tempo colonial. Foi efetivamente ocupado com
a chegada dos ex-exilados do Congo a Luanda, principalmente a partir dos anos 1980.
Vizinho ao Bairro Popular, foi iniciado deste lado, se expandindo ao longo da Estrada
de Catete, fazendo seu limite com a Estrada do Sanatório, assim conhecida pelo hospital
ali mantido pela igreja católica.

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Com a chegada da independência, a urbanização do palanca não teve sucesso. O
povo que vivia noutras partes de Luanda foi para lá ocupar os terrenos e as casas
deixadas pelos portugueses. Daí, foram nascendo residências de construção precária e
cada uma a seu estilo. Ao meio de tantos desafios e poucos recursos humanos, o
governo não deu o devido olhar ao palanca, à semelhança dos outros bairros de Luanda.
O bairro foi crescendo de forma vertiginosa. A zona conheceu um crescimento
acelerado sem o acompanhamento das autoridades, “construiu-se sem respeitar as
normas urbanísticas, nem se teve presente um modelo ou plano diretor”.

Origem do bairro

Na área próxima ao Bairro Popular encontramos uma população um pouco mais


diversificada, com presença de pessoas de origem Ambundo, sobretudo da região de
Catete. O centro do bairro é marcadamente de população regressada, chegada nos anos
1980 e depois. À medida que o Palanca se estende em direção à Estrada do Sanatório
vamos encontrando famílias chegadas mais recentemente, nos anos 1990, inclusive
muitos zairenses, segundo os próprios moradores do bairro. O “sul” do bairro, na parte
oposta a estrada do Catete, é mais empobrecido e a população é ainda mais recente e
inclui gente vinda do centro-sul de Angola (Ovimbundu).

De fato, a forma de ocupação no bairro segue, como em outros bairros, uma lógica na
qual parente puxa parente, ou seja, há uma tendência de parentes morarem perto,
construindo suas casas próximas uns dos outros, um mesmo quintal pode abrigar duas
ou três casas nas quais moram famílias aparentadas, reproduzindo, por vezes, a forma de
moradia prevalecente na área rural.

Relação regional com zonas vizinhas

O palanca estabelece uma relação de comercio com as zonas ou bairros vizinhos,


as suas imensas lojas, e a famosa praça do palanca, são locais muito visitados por
aqueles que frequêntam a zona. Não só o comércio liga o bairro as outras zonas mas

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também as suas inúmeras igrejas ou seitas religiosas fazem do bairro um lugar muito
visitado e movimentado.

Análise Físico Ambiental

Clima

 Temperatura: tropical quente, o tempo é úmido e ao longo do ano em geral a


temperatura varia de 18 ºC a 30 ºC e raramente é inferior a 16 ºC ou superior a
33 ºC.

 Relevo: a área de intervenção encontra-se a 82 m acima do nível do mar.

 Pluviomentria: O local de intervenção apresenta um nível médio alto de


precipitação. Chuvas fortes e fracas são frequêntes na zona em tempos de
quentes.

 Ventos dominantes: os ventos dominantes da área de intervenção são


provenientes do sul (S) e do suldoeste (SSW), com cerca de 85% de ocorrência,
cerca de 60% do vento é do sul, a que se seguem os ventos de sudoeste com 25%
e sudeste com cerca de 10%. Ventos do quadrante norte ou a sua frequência é
muito reduzida.

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 Vegetação: a zona de intervenção não apresenta arborização, nem um projeto de
paisagismo existente, sendo a mesma zona muito exposta a radiação solar.

 Focos contaminosos: lixos depositados em terrenos baudios por falta de


coletores, falta de tratamento de águas pluviais faz com que existam ruas com
águas paradas, sendo o palanca uma zona ríca em argíla, por falta de asfaltos
algumas ruas se tornam intransicíveis.

 Áreas de ríscos de ocupação: podemos encontrar algumas construções bem no


limite das valas.

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