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Noções de Comércio Exterior

4º Aula

Protecionismo e barreiras
naturais

Caro(a) aluno(a), que tal conhecermos o “protecionismo” e as barreiras


nacionais?
Pois bem, nesta aula, você será convidado a construir conhecimentos
justamente sobre este tema. Vamos conhecer as barreiras necessárias, os entraves
ao comércio exterior, os novos entraves e as barreiras desleais.
É esperado, desse modo, que você já esteja familiarizado com os conteúdos
tratados nas aulas 01, 02 e 03. Assim, caso considere necessário, releia os
conteúdos anteriormente estudados e revise-os!
Vale ressaltar que esta aula tratará de um assunto que representa um dos
temas mais debatidos no mundo. Portanto, ela será mais extensa e irá exigir mais
de sua atenção e dedicação!
Contudo, seus esforços serão recompensados, pois vamos construir
conhecimentos sobre o protecionismo, entender quais as diferenças entre uma
proteção sadia ao mercado e uma proteção irregular, com prejuízos reais para o
mercado interno, conhecimentos que serão fundamentais para sua formação e
atuação profissional.
Aceite o desafio! Leia o material, pesquise, acesse o ambiente virtual e
continue fazendo parte dessa comunidade colaborativa de construção de
conhecimentos!
Boa aula!

Objetivos de aprendizagem

Ao final desta aula, vocês serão capazes de:

• apontar e interpretar algumas barreiras necessárias e entraves ao Comércio Exterior;


• reconhecer e analisar os novos entraves e as barreiras desleais.
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Seções de estudo ATENÇÃO!!!


É importante ressaltar que os mesmos fatores que servem para as
barreiras necessárias fazem parte dos entraves ao comex, tendo
1 - Conhecendo e Entendendo o Protecionismo e as como diferencial a racionalidade e a coerência da forma de usar, pois
Barreiras Naturais sabemos que tudo que é demais prejudica.
2 - Protecionismo I: Barreiras Necessárias X Entraves Ao
Comércio Exterior
3 - Protecionismo II: Novos Entraves e as Barreiras 1.2 - Protecionismo e Barreiras
Desleais Naturais
Observe atentamente a imagem a seguir e reflita sobre ela antes de
Observe atentamente a imagem a seguir e reflita sobre ela antes de
continuar Não se preocupe!
continuarseus
seusestudos! Ela tem
estudos! Elamuito
tem a muito
nos dizera sobre
nos odizer
protecionismo!
sobre o No decorrer desta e das demais seções que a ela pertence, você
Pense nisso e bons estudos!
protecionismo! Pense nisso e bons estudos!
terá a oportunidade de entender melhor e construir conhecimentos
Figura importantes sobre o protecionismo e as barreiras naturais. Desse
Figura4.1
4.1- Protecionismo
- Protecionismo
modo, para facilitar sua compreensão, vamos separar as informações
em três momentos: agora, o assunto será o protecionismo e as
barreiras naturais, na seção 2 trataremos sobre barreiras necessárias
x entraves ao comércio exterior. Finalmente, na seção 3 estudaremos
os novos entraves e as barreiras desleais.
Assim organizado, será mais fácil distinguir e conceituar as informações!
Contudo, sua dedicação e esforço ainda continuam sendo o diferencial
entre ler conteúdos ou construir conhecimentos imprescindíveis para
sua formação acadêmica e atuação profissional.
Pense nisso...

Dentre as barreiras consideradas naturais, podemos


incluir:
a) idioma;
Fonte:
Fonte: BBLOGSPOT.
LOGSP OT. HHomepage. Disponívelemem:
om epage. Disponível : <http://3.bp.blogspot.com/_
fOJD67rCP10/SNW1eANLN7I/AAAAAAAAL3Q/visKZg->.
<http:/ / 3 .bp.blogspot.com / _ b) alfabeto;
fOJD6 7 rCP 1 0 / SN W 1 eAN LN 7 I / AAA AAAAAL3 Q/ visK Zg-
0 0 / capitalism o. jpg>. Acesso em : 1 jul. 2 0 1 0 , às 1 7 horas. c) moeda;
d) pesos;
e) medidas;
1 - Conhecendo e Entendendo o f) legislação.
Protecionismo e as Barreiras Naturais
Note que sempre que dois ou mais países começam a
1.1- Introdução ao Assunto ter um tipo de relação comercial é necessária a comunicação.
Segundo alguns especialistas em comércio internacional, Isso significa que é impossível chegar a um denominador
todos os países do globo que têm algo a ofertar estarão inclusos comum sem estabelecer um diálogo, e isso deve ser feito por
nos acordos bilaterais e multilaterais; é um caminho sem volta! intermédio de um idioma em que ambos tenham domínio.
Se analisarmos com calma a atual situação, o que está Atualmente, o idioma mais comum no comércio
sendo debatido nos encontros internacionais, surge logo um internacional é o inglês (antes de qualquer reação veja o que
questionamento, o qual é apresentado, a seguir, para a sua está grifado); em seguida o espanhol e assim por diante.
reflexão e análise crítica: Atente-se para o fato de que aqui estamos nos referindo ao(s)
idioma(s) oficial(is) para o comércio [grifo nosso].
Sabemos que o idioma que tem o maior número de
Para Refletir falantes é o mandarim, um dos dialetos da China, devido à
Será que todos os países do mundo, que têm algo a ofertar, terão seu população que ultrapassa 1 bilhão de habitantes, entre outros
espaço garantido? países próximos. Depois vem o hindu (Índia) etc. Contudo,
nosso foco são as transações comerciais, uma vez que quando
empresas gigantes ou até o Estado começam a negociar
Após a conclusão de sua reflexão, vamos conhecer as com outros países, essas conversas são realizadas entre altos
barreiras ao comércio internacional, as quais foram segmentadas executivos e praticamente todos são bilíngues, triglotas ou
por Maia (2007): poliglotas. Por essa razão, o índice populacional não será
a) barreiras naturais; levado em consideração neste momento.
b) barreiras necessárias; É válido salientar que os idiomas locais são levados em
c) entraves ao comércio exterior (comex); consideração quando uma empresa de grande porte começa
d) novos entraves ao comex; a instalar uma unidade fabril ou comercial em determinada
e) barreirais desleais à concorrência. região.
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Figura 4.2 Atração do idioma comercial conta com cinquenta e três signatários, incluindo os principais
países industrializados.

Saber Mais
Amplie seus conhecimentos! Acesse o site da organização BIPM e
conheça um pouco mais sobre as atividades por ela realizadas: BIPM.
Homepage. Disponível em: <http://www.bipm.org/fr/home/>. Acesso
em 5 set. 2016.

A legislação é outro tema um tanto complexo, porque


cada país tem o seu regime de governo. Alguns países têm o
sistema presidencialista, outros são monárquicos, parlamentares
ou republicanos.
Fonte: acervo pessoal

Ao falarmos em idioma, temos que considerar também Curiosidade


o alfabeto, pois é necessário que exista um documento, Você tem a curiosidade de conhecer a legislação brasileira de forma
um contrato ou, até mesmo, a troca de e-mails, quando ampla e profunda? Acesse o site citado a seguir e conheça a Legislação
normalmente também é convencionado o inglês. em diferentes assuntos, consultas públicas, legislações históricas,
No caso das moedas, atualmente entram o dólar e o euro tratados internacionais etc.: BRASIL, Casa Civil. Legislação. Disponível
nas transações internacionais, sendo necessário, portanto, que em: <http://www4.planalto.gov.br/legislacao>. Acesso em: 30 out. 2011,
exista um fator de conversão entre as moedas locais e essas às 19 horas.
moedas.
A conversão sempre é definida pela política cambial de
Para que um país faça parte de uma convenção, de um
cada país devido às suas políticas macroeconômicas, sempre
tratado, além de participar das reuniões, em alguns casos,
relacionadas com as necessidades, e tudo acordado entre
como no Brasil, por exemplo, tem que passar pelo crivo dos
comprador e vendedor:
“representantes do povo”.
Figura4.3 - Moedasetransaçõesinternacionais Além do mais, os países são soberanos, ou seja, a legislação
de um país não tem validade em outro. Por exemplo: Brasil e
Rússia, ao negociarem, qual legislação terá validade?
O comércio internacional não tem fronteiras
tende a ser regulado por fontes não nacionais,
denominadas de LEX MERCATÓRIA,
que consagram o primado dos usos no
comércio internacional e se materializam
também por meio de contratos e cláusulas,
tipo, jurisprudência arbitral, regulamentações
profissionais elaboradas por suas associações
representativas e princípios gerais às legislações
Fonte: acervo pessoal
de países (BORTOTO et al., 2007, p. 382).
Os pesos e medidas também têm graduações diferentes
entre os países, seja por sua cultura, idioma, alfabeto, o que
Você Sabia
exige dos países os chamados sistemas de conversão, para
Que esses obstáculos iniciais ainda não são considerados como uma
que nenhum tenha dúvidas do que está sendo comprado ou
forma de protecionismo, e sim como cuidados iniciais para avaliar
vendido.
um novo mercado. A intenção é de alertar a organização sobre essas
situações, sendo obrigatório tanto os gestores quanto sua equipe
Nesta Aula, não iremos nos aprofundar no tema: moedas, conversão estarem preparados.
e transações internacionais, tendo em vista que as referidas questões
dependem das políticas macroeconômicas, as quais já foram
estudadas em outra disciplina do curso.
2 - Protecionismo I: Barreiras
Necessárias X Entraves Ao Comércio
Para isso existe o Bureau Internacional de Pesos e Exterior
Medidas (BIPM). A Convenção foi assinada em Paris,
em 1875, por dezessete Estados, sendo uma organização
intergovernamental sob a autoridade da Conferência Geral
Quais seriam os dois principais motivos de o Estado se utilizar das
de Pesos e Medidas (CGPM) e a supervisão do Comitê
barreiras?
Internacional de Pesos e Medidas (CIPM), com autoridade
Já tratamos sobre esta questão na Aula 3, você se lembra?
para agir no mundo da metrologia. Atualmente, o BIPM já
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você deve ter feito uma nova leitura na aula 03, creio que
Como esta resposta é fundamental para a construção dos podemos continuar, pois você já sabe diferenciar, de forma
conhecimentos nesta Seção, caso você se lembre dela, vamos ratificar conceitual, uma barreira que é necessária, de um entrave ao
seus conhecimentos e, caso tenha se esquecido, vamos recapitular! comércio exterior, certo?
Podemos avaliar as intervenções do Estado de duas formas:
• com o intuito de amparar a economia contra a agressão externa do
monopólio, estruturas oligopolistas e dumpings; Com o entendimento conceitual, vamos conhecer as ferramentas
• o que usualmente vem ocorrendo, uma forma irracional de utilizadas pelo Estado para fazer a proteção do mercado! Ah, caso
protecionismo, que pode prejudicar a sociedade. você tenha ficado com dúvidas sobre os temas estudados, acesse as
E esses tipos de impedimentos, na maioria dos casos, começa a ter ferramentas “fórum”, “quadro de avisos” ou “chat” e interaja com seus
caráter de entrave ao comércio internacional, com a aplicação de colegas de curso e com seu professor. Lembre-se de que é importante
barreiras disfarçadas de proteção. eliminar eventuais “pedras do caminho” para que sua aprendizagem
siga seu curso da melhor forma possível!

Antes de apresentarmos quais são as barreiras comerciais


utilizadas pelos países para proteger o seu mercado, temos
que entender a diferença conceitual entre as barreiras que são Maia (2007, p. 174) chama essa proteção ao mercado, de
necessárias das barreiras consideradas entraves ao comércio barreiras.
exterior, já que as ferramentas são as mesmas.
Quando afirmamos que algo é necessário, com certeza
Você sabe quais são as principais formas de proteção utilizadas pelos
deve existir um motivo ou uma razão, para tal necessidade,
países?
concorda?
Pois bem, agora, retome os conhecimentos estudados
na aula 03, que versa sobre o Liberalismo Econômico e o
Liberalismo Moderno, e procure atentar-se aos conceitos Note que essas mesmas formas de proteger um mercado,
de cada um, pois aquela aula é fundamental para a sua quando não são aplicadas de forma coerente, com racionalidade
compreensão sobre a diferença entre barreiras necessárias e e planejamento, da noite para o dia podem se transformar em
barreiras consideradas entraves ao comex. entraves ao comércio exterior, trazendo prejuízos até maiores
Ainda na aula 03, procure rever o conceito das cinco para a sociedade. Essas barreiras podem ser através das:
estruturas de agressão ao mercado, monopólio, dumpings e as • Barreiras alfandegárias: O governo aumenta
estruturas oligopolistas, pois essas definições irão ajudá- lo(a) os impostos alfandegários. Não há proibição da
a entender melhor e saber diferenciar quando uma barreira é importação; elas tornam o produto estrangeiro
necessária e quando essa barreira representa um entrave ao proibitivo devido à elevação dos preços.
comércio exterior [grifo nosso]. • Quotas de importação: São implantadas
Vamos ajustar pequenos pontos para um melhor quando a indústria nacional produz em
entendimento: quantidade insuficiente para atender o
a) o liberalismo econômico prega que o Estado não deve consumo interno. Diante disso, o governo
permite importar somente o necessário para
intervir na economia;
compensar a falta do produto, sem, prejudicar
• antes disso, foram elaboradas as teorias (Adam Smith e a produção nacional.
David Ricardo) para a melhor condução do processo do livre • Taxa de câmbio: quando o governo mantém
comércio; controle do câmbio (monopólio cambial), eleva
• ao mesmo tempo em que são apresentadas as teorias do a taxa cambial para encarecer a mercadoria
livre mercado, que entram em choque com os pontos negativos importada, tornando-a proibitiva. Tem muita
e suas consequências devido a esse liberalismo puro, que semelhança com a barreira alfandegária.
resultam nas estruturas de agressão, que são os monopólios,
dumping e as estruturas oligopolistas; Além disso, existem os subsídios, que no caso de
b) em segundo plano aparece o liberalismo moderno, que importações, o Estado assume parte do custo de determinado
já admite uma intervenção do Estado na economia, mas de produto ou faz a doação de terrenos, infraestrutura ou a
forma racional e principalmente planejada, com o intuito de renúncia fiscal, dentre outras formas legais.
proteger o mercado das estruturas que denominamos no item
1.2 como sendo prejudicial à economia;
c) os países, sem nenhuma exceção, aproveitam essa
“brecha” e impõem essas mesmas barreiras de proteção ao seu Informação adicional: Os exemplos de renúncia fiscal, pode acontecer
mercado, mas de maneira desordenada e sem racionalidade, quando o governo, diminui ou zera a tributação, em casos de falta
causando essas brigas desproporcionais junto à Organização de produtos de primeira necessidade, que compõe a cesta básica
Mundial do Comércio (OMC), que hoje são denominadas do brasileiro, em casos de incentivo à cultura, geração de empregos,
como protecionismo. dentre outras situações que o Estado julgue necessário.

Agora, após termos feito essa recapitulação e, com certeza,


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Essa ação feita pelo executivo tem como intenção não protegidas, sem a necessidade de o governo interferir.
deixar faltar o alimento, controlar o aumento dos preços No entanto, o que vemos são apenas medidas paliativas.
desses produtos, considerados como de primeira necessidade Com isso, as empresas ficam acomodadas, não investem no seu
e frear a inflação. Outro exemplo é a queda do IPI, no caso segmento e quem sempre sai prejudicada é a sociedade.
das montadoras de automóveis e eletrodomésticos da linha Essas barreiras, cada vez que são impostas sem nenhum
branca. planejamento, têm uma única intenção, que é a de frear o
Abrindo um parêntese, quando uma empresa se utiliza progresso e deixar as empresas acomodadas, pois com isso se
de subsídio para a exportação, pode ser caracterizado como inibe a livre concorrência e, com certeza, a sociedade será a
dumping internacional e pode ser punida de acordo com única a ser penalizada.
a regulamentação da Organização Mundial do Comércio Vejamos um exemplo:
(OMC) [grifo nosso].
Também existem as licenças de importação e exportação, Produtores de aço norte-americanos se
sentiram prejudicados com a importação da
cujo controle o Estado detém. Tal ação, porém, engessa
matéria-prima, pressionado o governo a elevar
a economia, burocratiza o processo e facilita a corrupção
a tarifa alfandegária, como consequência a
(MAIA, 2007). chapa de aço da indústria automobilística ficou
Veja que essas cinco formas são as principais ferramentas 40% mais cara, a partir daí o carro americano
utilizadas pelos gestores públicos para proteção do mercado. começou a perder espaço para o carro japonês
Recapitulando, temos: (MAIA, 1996).
a) As barreiras ou tarifas alfandegárias;
b) As quotas de importação; Observe que a ação focada em frear a importação foi
c) A taxa de câmbio; algo sem planejamento, adotada por pressão e com o tempo se
d) Os subsídios; reverteu contra o próprio mercado.
e) As licenças de importação e exportação. Observe que tanto as barreiras necessárias quanto
os entraves ao comércio exterior se utilizam das mesmas
Para que essas medidas de defesa utilizadas pelos gestores ferramentas, sendo que a principal diferença está [grifo nosso]:
públicos não se transformem em entraves ao comércio a) No planejamento;
internacional precisam ser bem estruturadas, ter prazos b) Na fiscalização;
determinados para iniciar e terminar e, durante a vigência, o c) Na racionalidade do executivo na aplicação dessas
executivo deve fiscalizar de forma coerente se realmente as medidas.
empresas do setor repassaram essa diferença ao consumidor
e estão procurando se adequar. Na indústria automobilística americana, por exemplo, o
governo usou de forma irracional uma das cinco ferramentas
(tarifa alfandegária) para inibir a importação de
Você Sabia
determinada matéria-prima. O objetivo foi alcançado, mas
Que “o arcabouço institucional no Brasil para investigação
devido à irracionalidade e à falta de um planejamento, tal
e acompanhamento de mecanismos de defesa comercial é
ação que no início foi usada como uma barreira que eles
estruturado através do Ministério do Desenvolvimento Indústria e
classificaram como “necessária”, acabou se tornando um
Comércio Exterior (MDIC), órgão da Administração competente para
entrave ao comércio exterior.
implementar os mecanismos de defesa comercial. Ligados ao MDIC
Assim, o resultado é esse que acompanhamos até hoje, em
estão a Secretaria de Comércio Exterior (‘Secex’) e o Departamento de
que as japonesas Toyota e Honda nadam de braçada diante das
Defesa Comercial (Decom). O Decom é responsável pelas atividades
gigantes Ford e GM.
relacionadas à proteção comercial, entre elas: propor a abertura e
conduzir a investigação para imposição de medidas antidumping,
medidas compensatórias e salvaguardas, auxiliar a defesa da
indústria doméstica nos procedimentos propostos por outros É muito importante que se dedique em aprender e acompanhar
países, bem como acompanhar e participar das negociações da OMC todos os conteúdos estudados nesta seção, uma vez que eles serão
sobre defesa comercial. Após o encerramento da investigação e a fundamentais para sua formação acadêmica e atuação profissional,
elaboração do parecer final que delibera acerca de imposição ou não além de serem objetos de referência para a realização de atividades e
dos mecanismos de proteção comercial, o Decom terá sua decisão avaliações.
apreciada pelo Grupo Técnico de Defesa Comercial no âmbito da Agora, vamos continuar nossa caminhada rumo ao saber!
Câmara de Comércio Exterior (‘Camex’), bem como pelo Conselho de Antes de continuar, é imprescindível que leia a reportagem O futuro
Ministros, órgão de deliberação superior da Camex” (CONJUR, 2011). fragmentado do comércio mundial, no campo “Material de aula
arquivos”, como um complemento desse assunto.

Além disso, de forma paralela, é preciso elaborar um


plano de recuperação para as empresas mais abaladas. Após a leitura, veja se concorda com essa análise: todos
Não adianta adotar apenas essas ações de forma querem que o outro país reduza seu protecionismo, mas
remediativa, sempre que uma nova empresa tenta entrar. Essas ninguém quer abrir mão dele. Como você pode estar pensando,
ferramentas deveriam funcionar com frequência, como uma assim fica difícil chegar a um objetivo comum, mas vamos lá,
vacina. Em situações semelhantes, as empresas já estariam que uma hora vai dar certo!
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em normas internacionalmente aceitas ou, ainda, decorrentes
Está percebendo como os gestores públicos discutem essa questão: da adoção de procedimentos de avaliação da conformidade
todos querem que seja minimizado o protecionismo, mas somente do não-transparentes e/ou demasiadamente dispendiosos, bem
outro país! Ufa! E aí, está pronto para a última seção?! Fique tranquilo(a), como de inspeções excessivamente rigorosas (INMETRO,
já estamos terminando! 2017).
Por exemplo:
A tarifa estabelecida pelos Estados Unidos para a
3 - Protecionismo II: Novos Entraves e importação de abacaxi não constitui elemento impeditivo
as Barreiras Desleais à entrada do produto naquele país. Entretanto, só quem
produz abacaxi com o grau de acidez igual do Havaí (grande
Maia (2007, p. 219-21) menciona os novos entraves ao
fornecedor dessa fruta para o mercado dos Estados Unidos)
comércio internacional, apresentando exemplos hilariantes,
pode exportar para os Estados Unidos (SEIXAS, 1993 apud
porém não reais. Entretanto, como a vida imita a arte, certamente,
MAIA, 2007, p. 219):
países em desenvolvimento terão inúmeros problemas como
esses, até conseguirem encontrar o seu espaço. A UE, em 1994, criou uma barreira hilariante.
As bananas importadas deveriam ter, pelo
Figura 4.3 Festa da globalização menos 14 cm de comprimento e 2,7 cm de
largura. O periódico The Sun, ironizando
a medida, publicou um molde de papel do
tamanho da banana e colocou uma linha
telefônica exclusiva para quem achar um
exemplar fora das especificações (O ESTADO
DE SÃO PAULO, 22 set. 1994 apud MAIA,
p. 219).

No Japão, os carros importados são obrigados a passar


por uma vistoria anual que obriga a troca de peças. Em média,
essa troca atinge 35% das peças, mesmo que não tenham
sofrido desgaste algum. Os carros japoneses são dispensados
dessas vistorias (REVISTA VEJA, 17 maio 1995 apud MAIA,
p. 219).

3.2 - Barreiras Ecológicas


Fonte: acervo pessoal

Nas seções anteriores, apresentamos cinco ferramentas


que são utilizadas como barreiras necessárias e, de acordo São exigências que visam diminuir a agressão à natureza,
com a intenção e planejamento do país, tal medida pode se muitas das vezes essas barreiras são impostas sem as próprias
transformar em um entrave ao comércio exterior. empresas nacionais atenderem esses requisitos, o que configura
Já nesta seção, vamos conhecer as ferramentas barreiras protecionistas ou até mesmo políticas, como foi o
denominamos como entrave ao comex, pois a utilização desta caso da gasolina brasileira exportada aos Estados Unidos em
é com a única intenção de prejudicar o comércio dos produtos, 1996, veja a seguir:
sem nenhuma intenção de proteção do mercado contra as Para a defesa do meio ambiente, os Estados Unidos
estruturas tidas como prejudiciais [grifo nosso]. estabeleceram padrões muito rígidos para a importação de
Os novos entraves ao comex são: gasolina. Ocorre que a gasolina produzida pelas refinarias
a) Barreiras técnicas; americanas estava aquém desses padrões.
b) Barreiras ecológicas; Por esse motivo, o Brasil e a Venezuela, no início de
c) Barreiras burocráticas; 1996, apresentaram na Organização Mundial do Comércio
d) Barreiras sanitárias; (OMC), queixa quanto ao procedimento americano. A OMC
e) Barreiras contra as drogas. deu parecer favorável ao Brasil e à Venezuela (MAIA, 2007,
p. 220).
É importante que fique atento(a) à interpretação da ferramenta:
“barreiras contra as drogas”, a qual refletiremos mais adiante, ainda
3.3 - Barreiras Burocráticas
nesta Seção!
São imposições comprovatórias de exigências como
a de capacidade para produzir, ou de alegação do déficit da
Vejamos alguns exemplos que podem nos ajudar a indústria nacional, por exemplo:
entender melhor esses novos entraves ao comex. Em 1971, a Suécia proibiu a importação de calçados.
Alegavam motivos de segurança, porque a importação destruía
3.1- Barreiras Técnicas a indústria nacional.
São barreiras comerciais derivadas da utilização de normas Assim, se eventualmente a Suécia entrasse em guerra, seu
ou regulamentos técnicos não transparentes ou não embasados exército poderia não ter suprimentos de botina (REVISTA
VEJA, 24 mar. 1999 apud MAIA, p. 221).
Noções de Comércio Exterior 30
3.4 - Barreiras Sanitárias No caso da Etiqueta Social, o defensor da ideia foi
Peter Hansenne, na 85ª Conferência Geral da Organização
Seria a ausência de padrões sanitários internacionais que Internacional do Trabalho (OIT). Caracteriza-se pela utilização
propiciaria a adoção de medidas protecionistas, impedindo ou de um selo a ser fixado nos produtos originários dos países
dificultando o acesso de produtos importados, porém, é mais que respeitam um conjunto de normas trabalhistas como:
uma forma do Estado impedir a entrada desses produtos. Um liberdade de organização sindical, direito de o trabalhador
exemplo: O grupo Pão de Açúcar pressionou os burocratas do negociar coletivamente o seu contrato de trabalho, proibição do
Ministério da Saúde um ano inteiro até conseguir autorização trabalho forçado, proibição do trabalho infantil e inexistência
para importar sabão em pó. Você pode se perguntar: mas, de discriminação relativa a sexo, religião, cor e convicção
qual era o problema? política. Apesar de a ideia ser louvável, o Brasil se posicionou
Pois bem, a questão é que Brasília queria que o Pão de contra porque ela poderia ser um dumping social disfarçado.
Açúcar provasse que tinha instalações adequadas para vender Uma opção para resolver esse impasse, esse selo, ao invés de
sabão em pó (REVISTA VEJA, 2 nov. 1994 apud MAIA, p. se atribuir aos países, poderia ser dada às mercadorias, cuja
220). produção seguisse as normas pactuadas (MAIA, 2007, p. 222).
Mas, cadê a soberania de cada país?
3.5 - Barreiras Contra as Drogas
O café brasileiro na UE é taxado em 10%, enquanto o Para Refletir
café colombiano é beneficiado com alíquota zero. Robert B. Reish (Secretário do Trabalho dos EUA), em um artigo
O motivo dessa diferença é ajudar a Colômbia na luta publicado no Jornal O Estado de São Paulo (20/07/1994), pergunta: “Até
contra as drogas. Ocorre que o Brasil necessita combater o que ponto os padrões trabalhistas de um determinado país devem ser
narcotráfico, não se justificando, portanto, essa discriminação submetidos ao julgamento e fiscalização de outros países?” (MAIA, 2007,
(O ESTADO DE SÃO PAULO, 23 fev. 1999 apud MAIA, p. 222).
p. 221).

Está vendo o quanto é complexo uma empresa buscar um


Oba! Ainda não acabou! novo mercado? Será que você imaginava todos esses percalços
Temos mais alguns entraves, um pouco mais difíceis de compreender no caminho?
que vêm com roupagem de proteção, disfarçada, na questão social. É importante saber que os grandes empresários que
Vamos conhecê-los? fazem o nome de nosso país são um exemplo, pois a luta pela
sobrevivência é grande e exige a reinvenção dos bens e serviços.
Nesse contexto, reinventar é estar sempre em busca de
Esses são chamados de dumping social e etiqueta
ofertar algo necessário, mas sempre apresentando de forma
social. Vamos conhecer essas novas modalidades [grifo
diferente!
nosso]! Em relação ao dumping social, países como China
Um exemplo claro é o celular, quando os brasileiros
e Índia estão sendo bastante pressionados. Como dispõem de
começaram a utilizar você lembra do modelo antigo, e
uma grande população economicamente ativa e uma política
atualmente, temos os chamados smartphones que funcionam
trabalhista defasada, conseguem baixo custo na mão de obra,
como minicomputadores. Isso é reinventar!
oque reduz muito os custos das empresas[grifo nosso].
E agora, será que terminou, finalizamos esse tema sobre
Isso está levando muitas empresas a migrarem com
protecionismo?
suas bases fabris para esses países. Por outro lado, os países
desenvolvidos os acusam de vender produtos mais baratos
à custa dos baixos salários e das péssimas condições de Acho que não! Mas não fique em pânico, estamos na reta final!
trabalho. Mas tal alegação é contraditória, pois o exemplo de Agora, vamos descobrir as chamadas barreiras desleais contra a
Joelmir Beting, publicado no Estado de S. Paulo, em 1992, concorrência, que são o contrabando e a pirataria, assuntos muito
lembra que: importantes para o alcance de nossos objetivos nesta disciplina! Vamos
começar [grifo nosso]?
[...] o presidente da Rhodia que, em meados
do século XVIII, um quilo de fio (têxtil) exigia
100 homens/hora de produção. Hoje, apenas
3.6 - Contrabando e Pirataria
0,2 homem/hora. Um salto de produtividade
Vamos iniciar estudando o contrabando!
de 500 vezes. Com isso, mão de obra deixou
de decidir o jogo do mercado (MAIA, 2007,
Segundo Marcelo Rehder, em artigo publicado em O
p. 221). Estado de S. Paulo (1995), citado por Maia (2007, p. 223):
[...] o país perdeu 5 mil postos de trabalho e
Cabe-nos lembrar que as indústrias do primeiro mundo
deixou de arrecadar mais de R$ 750 milhões
usam intensivamente na produção o robô e outras formas de
em tributos sonegados apenas com operações
alta tecnologia, o que reduz substancialmente os custos. fraudulentas de subfaturamento da importação
Deveria, sim, impor barreiras aos produtos dos países de brinquedos, em 2004. A estimativa é da
que detêm tecnologia, pois, com isso, aumenta o desemprego, Abrinq (Associação Brasileira de Fabricantes
enquanto que China e Índia geram empregos. de Brinquedo).
31
Continuando,
estão estragados antes mesmo de serem comprados.
Como consequência dessa fraude, os fabricantes Existem pessoas que justificam a comercialização de produtos
brasileiros não conseguiram competir, em pirateados com o desemprego, o que ocorre erroneamente, pois
preço, com os brinquedos importados. A maior como já dito anteriormente a pirataria é financiada por facções
fabricante brasileira de brinquedos, a Estrela, criminosas e o consumo de tais produtos é a contribuição indireta
chegou a ter falência requerida, quem se lembra
para a marginalidade que permeia o país. Há pessoas que discordam
dessa marca? De acordo com a Abrinq, a cada
dessa colocação, mas se não fosse verdade, que motivos teriam as
US$ 35 mil importados fecha-se uma vaga na
indústria brasileira. pessoas que comercializam pirateados de não terem um local fixo
para manter tal comércio? E, por que precisam fugir da polícia quando
O que você acha desses dados? esses se aproximam? A pirataria é crime e prevê pena de reclusão de
Grandes carregamentos de Pneus e de cigarro até quatro anos.
interceptados pelo Estado, que poderiam inundar a sociedade Normalmente os produtos pirateados são consumidos por causa
e além de não gerar divisas ao país, contribuiria para arrasar do seu baixo custo, cerca de 93% mais barato, porém tal consumo
as empresas locais, como consequência, um familiar ou, até ilegal traz um prejuízo aproximado de 30 bilhões de reais por ano.
mesmo, você poderá estar desempregado. A situação é séria, Além do prejuízo na arrecadação de impostos, a pirataria ainda gera
temos todos que agir de forma racional para que esse problema desemprego, problemas de saúde, rouba invenções e ideias de
não se vire contra nós. terceiros, pratica concorrência desleal e alimenta o crime organizado”
Já a Pirataria, não sendo aquela praticada em alto mar, (MUNDO EDUCAÇÃO, 2011).
como estamos vendo na mídia, os assaltos aos navios na costa
da Somália, mesmo sendo um fator muito importante que deve Mas você sabe por quê?
ser avaliado pelos países, principalmente com a questão dos
seguros, mas não é o foco. Figura 4.5 Pirataria

Figura 4.4 Pirataria

Fonte: E TRISTE VIVER DE HUMOR. Pirataria. Disponível em: <http://


etristeviverdehumor.blogspot.com>. Acesso em: 30 mar. 2017.

Fonte: IMPARCIAL. Piratas. Disponível em: <http://201.24.26.129/oimparcial/


imagens/piratas0.jpg>. Acesso em: 17 mar. 2017
A empresa séria deve seguir todos os regulamentos
determinados pelo fisco, se preocupar com o seu trabalhador,
Como você poderá observar, a pirataria que iremos
com a saúde do consumidor e de quem mora ao lado dela
analisar está relacionada aos produtos sem nenhuma garantia
(fábrica, montadora ou revenda), seguir padrões de qualidade,
de qualidade. Essa que prejudica as empresas, lesa o erário, o
ser autossustentável, recolher seus tributos, ou seja, fazer a sua
consumidor e a sociedade.
parte.
Enquanto isso, a pirataria lesa a economia de um país,
Saber Mais desmerece o consumidor que está comprando algo que
“Entende-se por pirataria a reprodução, venda e distribuição de produtos tem uma grande possibilidade de prejudicá-lo no bolso e,
sem a devida autorização e o pagamento dos direitos autorais. É uma principalmente, na saúde.
prática muito utilizada na atualidade que provoca grandes prejuízos à A sociedade perde em investimento, já que com o
economia do país. recolhimento dos tributos o Estado investiria em educação,
Os produtos pirateados, além de serem diversificados, são financiados segurança, saúde, ou pelo menos deveria fazê-lo, mas
por máfias estrangeiras implantadas no país. Esses produzem sem arrecadação não é possível ter esses gastos. Portanto,
sapatos, roupas, óculos, brinquedos, perfumes, relógios, livros, peças consciência ao comprar óculos, CD, DVDs entre outros
automobilísticas, instrumentos cirúrgicos e principalmente cigarros, objetos piratas no camelô. Você acha que está ganhando na
bebidas, cds e dvds. Apesar de serem de procedência duvidosa, tais diferença de preço, mas pode estar se prejudicando, e muito,
mercadorias podem ser produzidas de maneira a apresentar riscos à de forma direta ou indireta.
saúde. Existem mercadorias nas quais foram encontradas substâncias Rolli (2010) cita Folha de São Paulo (11/10/2010): “No
cancerígenas em sua composição, produtos ainda que não oferecem Brasil, o prejuízo com a pirataria é estimado em R$ 40 bilhões
resistência, como as peças de carro por exemplo, e ainda objetos que já por ano. Dois milhões de empregos deixam de ser criados por
ano, segundo calcula o governo”.
Noções de Comércio Exterior 32

E aí, você se lembra da pergunta reflexiva feita no início desta Aula, na Vale a pena
introdução ao protecionismo?
Aposto que agora você acha bem mais fácil respondê-la de forma
crítica e autônoma, não é mesmo!
Parabéns! Você se esforçou, este mérito é seu!
Agora, vamos lá, estamos na reta final da disciplina, agora faltam
Vale a pena ler
apenas quatro aulas.
Desejo que continue tendo êxito em seus estudos!
BORTOTO, Artur César et al. Comércio e exterior: teoria e
gestão. São Paulo: Atlas, 2007.
Retomando a aula MAIA, Jayme M. Economia internacional e comércio exterior.
11. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
SEGRE, German (Org.) et al. Manual prático de comércio
exterior. São Paulo: Atlas, 2009.
SEMLER, Ricardo. Virando a própria mesa - uma história de
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar sucesso empresarial: made in Brazil. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.
essa aula, vamos recordar: SILVA, Givan F. da et al.; SILVA, José Ultemar da (Orgs.).
Gestão das relações econômicas internacionais e comércio exterior.
1 - Conhecendo e entendendo o protecionismo e as São Paulo: Cengage Learning, 2008.
Barreiras naturais VASCONCELOS, M. A. S. de; HENRIQUES
Na primeira seção da aula 04, tivemos a oportunidade GARCIA, M. Fundamentos de economia. 2. ed. São Paulo:
de introduzir e realizar as primeiras reflexões sobre o tema Saraiva, 2004.
protecionismo, bem como questões como o idioma, o alfabeto, a
moeda, os pesos, as medidas e a legislação, consideradas barreiras
naturais para a internacionalização ou como CAUTELAS que o
investidor precisa ter antes de iniciar esse processo.
Vimos, portanto, que é preciso que tenhamos um idioma Vale a pena acessar
oficial (primeiro o inglês e, depois, o espanhol) para o comércio,
independente do fato de ser ou não o idioma mais falado no BIPM. Homepage. Disponível em: <http://www.bipm.
mundo, já que o objetivo aqui é bem específico e direcionado org/fr/home/>.
ao comércio. BRASIL, Casa Civil. Legislação. Disponível em:
Entendemos, ainda, que essas questões precisam ser <http://www4.planalto.gov.br/legislacao>.
continuamente estudadas e compreendidas, uma vez que elas CONJUR. Existem 38 medidas de defesa comercial em
influem diretamente as relações comerciais entre os diferentes vigor no Brasil. Disponível em: <http://www.conjur.com.
países. br/2004dez09/existem_38_medidas_defesa_comercial_
vigor_brasil>.
2 - Protecionismo I: barreiras necessárias x
IMPARCIAL. Piratas. Disponível em: <http: // 201. 2
entraves ao comércio exterior
4.26. 129 /oimparcial/imagens/piratas0.jpg >.
Na seção 2, reconhecemos que precisam existir algumas
formas de proteger um mercado, tais como as barreiras MUNDO EDUCAÇÃO. Pirataria. Disponível
alfandegárias, as quotas de importação e as taxas de câmbio, em: <http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/a-
as quais são denominadas barreiras necessárias. pirataria-crime.htm>.
Contudo, percebemos também que é preciso assumi-las ROLLI, Claudia. Contrabando & pirataria - fronteiras
com muito cuidado, uma vez que, quando não são aplicadas de brasileiras têm 596 fiscais. Disponível em: <http://www.g21.
forma coerente, com racionalidade e planejamento, da noite com.br/materias/materia.asp?cod=31227&tipo=noticia>.
para o dia podem se transformar em entraves ao comércio
exterior, trazendo prejuízos até maiores para a sociedade.
3 - Protecionismo II: Novos entraves e as barreiras
Vale a pena assistir
desleais
Já a seção 3 nos ajudou a construir conhecimentos
sobre os entraves ao comex (barreiras técnicas, ecológicas, Via Legal - Pirataria 01. Disponível em: <https://www.
burocráticas, sanitárias e contra as drogas) e determinados youtube.com/watch?v=R8yz0fC17pU&NR=1>.
entraves dumping social e etiqueta social que vêm com Polícia apreende 50 milhões de produtos piratas no Centro de SP:
roupagem de proteção, disfarçada, na questão social. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=3-
Finalmente, compreendemos a importância de se rNoyUkBzA>.
evitar o contrabando e a pirataria como forma de garantir Entenda como funciona o esquema de Contrabando . Disponivel
um comércio sustentável, no sentido amplo, bem como a em: <https://www.youtube.com/watch?v=1kawrenIle0>.
utilização de produtos com padrões de qualidades adequados
ao consumo.

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