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Resolução das questões aula 01

A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico


moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória
de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida
metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. (Adaptado de Gerd A. Bornheim,
Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)
A partir do texto, é correto afirmar que:
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do
pensamento filosófico moderno
D) Correta. A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos
do pensamento filosófico moderno.
O período moderno da filosofia se caracterizou por dois movimentos, a saber, a dúvida
e o método. A dúvida colocou em questão aquilo que se tinha por conhecimento – vale
ressaltar que a filosofia moderna tem seu início geralmente demarcado no século XVII
– e o método buscou reconstruir o conhecimento de modo que não se pudesse dele
duvidar. Porém, esta ausência de dúvida não significa dogmatismo, mas sim o esforço
da dedicação à filosofia, ao estudo da sabedoria, ao bem aplicar o espírito.

“Este é o método que segui, e que tu, se te aprouver, poderás utilizar. Pois não te
recomendo o meu, apenas o proponho. Contudo, qualquer que seja o método que
empregares, gostaria muito de recomendar-te a filosofia, isto é, o estudo da sabedoria,
por falta do qual todos sofremos recentemente muitos males”. (T. Hobbes. Do Corpo –
Cálculo ou Lógica. Campinas: Editora Unicamp, 2009, 15).

“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão
bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra
coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que todos se
enganem a tal respeito; mas isso antes testemunha que o poder de bem julgar e
distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom senso
ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade
de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros,
mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não
considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal
é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, e os que só
andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho
reto, do que aqueles que correm e dele se distanciam”. (R. Descartes. Discurso do
método. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 29).
2) (UEM) Aranha e Martins (2005) definem o senso comum como o “primeiro olhar
sobre o mundo, ainda não-crítico, a partir do qual as pessoas participam de uma
comunhão de ideias e realizam as expectativas de comportamento dos grupos sociais
a que pertencem. ” (ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª ed.
rev. São Paulo: Moderna, 2005, p.144).
Sobre o senso comum, assinale a alternativa correta.
d) Todos os homens, intelectuais e analfabetos, participam do senso comum, que
constrói a realidade epistemológica.

Resposta da questão 6:
 Gabarito Oficial: 08.

Quando olhamos para o horizonte, vemos apenas o plano. Quando olhamos o céu,
vemos apenas o sol se movimentar de um lado ao outro. Se não errarmos em algum
momento, iremos sempre dizer que a Terra é plana e o sol circula ao nosso redor. A
questão é: como poderíamos errar? Se nunca fizermos perguntas, nunca erraremos e
nunca sairemos do lugar. Se não fizermos perguntas, sempre veremos o sol circular a
Terra e sempre fixados neste mesmo centro nunca chegaremos ao final do horizonte
para perceber que na verdade o plano é apenas aparentemente plano. Temos de
perguntar sobre o movimento celeste para entendermos até quando podemos afirmar
que o sol circula a Terra, temos de perguntar o que há depois do horizonte para
sabermos se realmente ele é como nos aparenta ser. De modo geral, podemos dizer
que o senso comum é o resultado de uma experiência inadvertida sobre os limites
deste mesmo ato de experimentar, é o homem satisfeito com as respostas que possui
e com as perguntas que fez.  

3) Podemos dizer que a filosofia se constitui quando os seres humanos começam a


exigir provas e justificações racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas.
Por que racionais? Por três motivos: 1) porque racional significa argumentado,
debatido e compreendido; 2) porque racional significa que, ao argumentar e debater,
queremos conhecer as condições e os pressupostos de nossos pensamentos e os dos
outros e 3) porque racional significa respeitar certas regras de coerência do
pensamento para que um argumento ou um debate tenha sentido. Deste modo, é
possível chegar a conclusões que podem ser compreendidas, discutidas, aceitas e
respeitadas por outros.
De acordo com o texto, a filosofia se caracteriza por
a) uma forma de pensar acerca de certas questões e sua caraterística fundamental é o
uso de argumentos lógicos.

4) A atitude filosófica inicia-se dirigindo indagações ao mundo que nos rodeia e às


relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, porém, descobre que essas
questões se referem, afinal, à nossa capacidade de conhecer, à nossa capacidade de
pensar (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia, 1996, p. 14).
De acordo com o texto a filosofia pode ser compreendida

e) como forma consciente e crítica de compreender o mundo.


E) A filosofia é uma disciplina consciente e crítica que não nega a importância dos
valores que se originam do senso comum, afinal, esse também é base para o
raciocínio filosófico. Processos lógicos apontam para a coerência interna de um
discurso, fazendo com que a filosofia tenha como critério de verdade elementos
lógicos em seu discurso.
5) (UNICENTRO 2011) A prática filosófica exige do sujeito disposição para o
questionamento e a indagação. Desconfiar do óbvio é uma das exigências da reflexão
filosófica.
Com base nessa afirmativa e em seus conhecimentos filosóficos, é correto afirmar que
a prática filosófica
a) é necessária, pois promove a abertura mental, possibilitando mudanças na vida do
ser humano.
A questão exalta a importância da prática filosófica para a vida das pessoas.
Concebida, a partir do texto, como uma prática questionadora, sistemática e racional,
ela oferece novas possibilidades para aqueles que assim questionam o mundo.

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