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Keon ‘deri re Streedtasperieomar Coorderacte tort ‘oon Admit Angelo Ricardo de Souza ‘Andréa Barbosa Gouveia Tais Moura Tavares (Organizadores) cmp nhumas Potten eoueacon ARE POLITICAS EDUCACIONAIS Conceitos e Debates Averis Curitiba - PR 2016 Capitulo III _ O FINANCIAMENTO DA EDUCAGAO NO BRASIL E O DESAFIO DA SUPERACAO AS DESIGUALDADES Andréa Barbosa Gouveia “Brasilekro trabalha mais que americano @ argentino para pagar inpostos" (SAVARESE, 009). Esse é um exemplo muito comum de titulos de ‘atria veiculada na imprensa sobre ijustigas na carga tributéria brasileira a chamada expiitaumadiscussSoimportante,ostrabalhadores brasieios gam muitos impostos, pois a forma indireta como nosso sistema tributéio Jnode sobre o consumo e a produgao faz com que na maior parte do tempo, fp contribuinte ndo salba o que esta recolhendo para a constituigéo do fundo piblico, Por outro lado esse tipo de chamada esconde outro lado da questéo: Jegunda levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tibutiro, jonte ca reportagem acima mencionada, no Brasil os idados trabalham 147, tas para pagar imposto Iso & mals que os 202 dias dos amercanos, porér, menos que 0s 149 dos franceses e que os 185 dias dos suecos, (© que se esconde nesta discussio? 0 fato de que o pagamento de tr butos em paises como a Franca ea Suéciagarantiram historicamentecedist bugio de renda em forma de politics sociais universas, Nao é sem razio que oldie de Desenvolvimento Humano nesses paises é bastante diferenciado, lenquanto 0 IDH sueco alcanca 0,952 € 0 francés alcanga 0,956, 6 IDH bras Jeo € de 0,792.A mesma dferenca de condicdes de vida € perceptivel quando consideramosa distribvigio de renda nesses pases. Uma medida interessante para isso & 0 Coeficiente de Gini. Quanto mais préximo de zero anota do pais, ‘menos desiqualdade ha de renda, quanto maisprximo de 200, mais a concen tragio de renda ea exclusdo marcam a vida das pessoas. O Coeficiente de Git no Brasil & de 56,7, Franca é de 32,7 ena Suécia€ de 2° [80 significa que temos que discutir no apenas se pagames muito ou poucos impostos, mas ‘quem deve pagar e qual destino desses recursos. Esse é un debate fundamental para pensar ofinanciamento das plticas acai e em especial no caso da garantia do dieito & educagio, mais ainda, pois 0 nanclamento desta rea no Brasil tem como fonte principal a receta tle impostos. O sistema tributério brasileiro & composto por ws taibutos impostos,taxas e contribuigbes; desses apenas os impastos tem vinculacio Consttucionalabrigatéia com a educacao. As taxase contribuicBes tém des ‘Unagio expecta, jos impostos constituem um grande fund de financia- mento do canjunte da agdes do poder plc. Como jé se observou 0s impostos na Brasil sio, na maloria das veze Inditetos, ou seja, 0 contribuinte paga o imposto agregad. , to agregado ao prego das me cadoras, Esse € um dos motivos pelos quas a carga tributiia mo Bras & de qualmente dstribuida. Sequndo estudo do IPEA, Esses impostos so arrecadados pelos diferentes entes federados e 0 repartidos. A receitas de transferéncias decorrentes dacstibuigao dareceita fe impostos também consttuem receita para educagdo. Entre as principals transferéncias nacionais estéo os recursas do Funda de Participagso dos Estados (PE) € 0 Fundo de Participagio dos Municipios(FPM) que consistem fm soma da arecadagio do Il e do IR e sua redistribuiglo entre estados e municipios considerando a proporcéo de habitantes de cada localidade © de forma inversamente proporcional 3 renda de estados e municipios. Em cada) tum dos estados da federagio a principal reparticao de impostos &feita pela redistribviglo do ICMS, que éarrecadado pelo enteestadual eso%do recurso { repartido com 0 municipio que gerou a nota fiscal. As transferGncias si formas de enfrentar a desigualdade de desenvolvimento econmico do pais, entretanto ainda sioinsuficientes. Segundo oartigo 212 da Consttugia Federal de 1988 a Unido deve aplicar anvalmente nunca menos de 18% da receita de impostos, inclusive tranafe ‘clas, na manutengo e 0 desenvolvimento do ensino (MDE) e Estados © Municiplos deve aplicay, pelo menos, 25% da recita de impostos em MOE. Observe-se que esta vincvlagio tem garantido certa estabildade de investimentos em educagio, pois independente das priordades de qualquer 528 mab pobres da pop tasla dest 38 da oscar pro pga dette evra pos oa Iman odrseximado ey Useaavoasomnmcars ‘etn raster ovina wetsuits con sees corms ins tng a Bt oma ted de at dl salir pagar 6.24 Sateneem {0 fants om ens soma de yocaasimies eae eo PEA, 2009, p. 4). ‘ 0 Quadro 3 apresenta o canjunto de impostos em vigor no Brasil e su incidéncia(éreta na renda ov propriedade) ov indeeta (no consumo de bens. serigos) ‘Gua 2-Composio da esta de mpostosno Bast Tesi ae rm overnante, a Srea da educagio tem recursos anuais para manvtengia da om Serer estruturaexistente, E mais que sso, esses recursos deve ser investidos et Facies intense Beer __tamente em MDE, ou se, no é qualquer aco educacional que pode ser finan Toto tere - iada com os recursos vineuladas, mas aquelas aces que est30 cobertas pela reset cee Ea abe ne defnigao de MDE explicitada nos artigos 70 e 73 da LDB 9394/96. 0 Quacro 2 abaixoreproduz.o dspasto nae, Tonic TO ‘Ouacko 3 Carcteriragio ds despests emmanutegio deserwoimento do ensino = = ea pitkarepmadan ae de mt lca ra me © acompanhamento e © controle socal sobre o uso dos recursos par educagio & um grande desafie para revertera cultura de que pagamos muita impostos e ndo sabemes em que tas recursos sio aplcads. Mas o controle Sobre o uso dos recursos ainda tem desafosreferentes a algumas omissBes oy imprecisées no émbito da lei exemplo disso sa despesas cam inativos¢ com hospitals univesitéris (OLIVEIRA, 2007; DAVIES, 2006). Alm dst, 0s 6rgdos responsiveis pela iscalizacio do uso dos recursos piblicos, 0s Tibunais de CContas, apresentam por vezesinterpretagdes diferenciadas sobre os termos, dale’. Daves em ample estudo sobre o papel desseérgi afrma: ‘Mutas sto as serepincas etre 8 CS sabre ee term, Um equvace de alguns TS ¢ conn a fungo Educagioe Cur dena Lt Federal 320, ue namatza 2 elaboragio dos gamete pies) om MDE or exept, a mererda ou quads de expres para ws a comunidad sn cascavs na ones 8 (Educa e Cura a admisvls como MOE (A erginca mar ene 0s TS, pla menos em temas de magne do eu, etn nclsdo ov do Aosintivos como MDE. ar line, mas nem por ee menos npr tants questo crucial ds aloes conederadoe apliados no eee ‘Amalia considera valores empennados oa sim de valores al ‘dos, ue pode store os daes reas, pisos empetos no pope ro exerco podem sr cancelador no ano segue ese em cere sobre o conte eas anclamentos ples TCS, embora ele fret fare (OAMES, 001 644-48). Esta forma de vincular 0s recursos para educagéo ainda que posi, snbém resulta em grande desigualdade de condigbes de investimento, uma ez que ha uma grande desigualdade na arecadacéo da receita de impostos pre os diferentes estados e municipios brasleros. A necessidade do enfren- Tomenta das desigualdades de condigées tibutéras e seus reflexos nas con ise de fnanciamento tem sido central na politica educacional desde 2 fmergéncia da politica de fundos (Funda de Manutengio DesenvoWimento id Ensino Fundamental eValorizacio do Magistério- FUNDEF 998 22006; fundo de Manutengio e Desenvolvimento da Educacao Bésica e de Valor aco dos Profisionals da Educacio FUNDEB ~ 2007 a 2020). Esses fundos jieda que no aumentem os recursos disponives para educac3o, redistribuem ts recursos dentro de cada estado da federacio. Entretanto, esta redistr bugio ainda se faz no limite dos recursos existentes sem uma defnigio de _quiis $30 05 recursos necessérios para educacio de qualidade. O aprofunda: mento desta discusséo exige uma apresentacdo mais detalhada sobre o fun tionamento desses fundos. 1. Apolitica de fundos para a educacao basica © Fundo de Manutengio e Desenvolvimento do Ensino Fundamental € de olorizagio do Magistrio (FUNDEF) fo riado por meio da Emenda Cons- ‘itucional n® 24 (EC n? 34), emenda essa que estabeleceu uma sub-vinculacao de Got sobre o percentual de 2596 da receta dos seguintesimpostos:Imposto sabre Circulagio de Mercadorias (\CMS), Imposto sobre produtos industrial- tacbo para exportacio (IP-exportagic), Fundo de Participagso dos Municipios (FPN), Fundo de Participagso dos Estados (FPE) recursos da desoneragio das exportagbes (Lei Kandi) Esse Fundo constituiu-se como um mecanismo contabil, uma forma de redistribviro dinheiro dentro de cada estada da federacao, portanto, no Signficou aporte de recursos novos. Ofato do FUNDEF ter se consituido por receitas que jd eram compartihadas entre os entes federados, faciltou 0 fu ‘conamento automtico do mecanismo, poisindependente de qualquer forma de adesio, no processo de arrecadago os recursos eram destinados ao fundo 58 depois repartidos entre estado e municipios. O retorno de tals recurs {05 governos municipas eestadvais ficou condicionad ao nimero de alu ‘matriculados no ensino fundamental regular em cada rede piblica outro ponto polémica em relagio 20 FUNDEF diz respeito a idein de sto aluno. A Lei Federal n° 9424/96, que regulamentou o FUNDEF, esta- Maca que caberia 20 Presidente da Repdblica estabelecer anvalmente um sto minimo por aluno por ano, que se convencionav chamar “custo aluno. Hy gasto deve sero resultado da divisio entre os recursos disponvels no ano, ra todos 03 Fundos estadvais eo ndmero de matrculas no Brasil no ensino damental piblico regular 30 resulta em um "x" que &0 recurso disponivel wre se gasto por aluno naquele ano. Os estados nao podem aplicar menos gio. Agueles que néo tvessem recursos disponives para praticar 0 gasto ono-a'o minima teriam complementaao federal ‘principal ideia preconizada na EC n°34 era de redefnigo do papel Uniao na manutengio da educagio obrigatéra no pals. Iss0 levou, segund diferentes interpretagdes (DAVIES, 2006; PINTO, 2000; ARELARO; 2007), ‘uma secundarizaglo do papel do governo Federal no financiamento do ensin fundamental. Por que & possvelafrmar iso tio categoricamente? Antes EC n? a4, a Unido, Estados e Muncipis estavam obrigados, segundo a Cars tituigio Federal de 198, a destinar go9 dos recursos vinculados & educa para oensino fundamental e erradicagdo do analfabetismo. Coma Emenda ta dispostio foi redefnido nos sequintes termos 'Mesmo sendo essa a regra prevsta na le, 0 que prevalecey fo dela que ovalor seria fixado pelo Presidente, eno a regra que determina como faria a canta, Dessa forma, em 2997, primeiro ano de funcionamento do INDEF, ovalorestabelecido foi de Rs 300 para cada aluno de 2*a8%e para 2 ducagSo especial. Desconsiderando ainda que a Lei 9aa4/a996 estabelecey fue deveria haver diferenciagao entre os custos de 38a g de 5¥a Be de ucacao especial. Em ag98€ 1999, © valor fxado pelo Presidente fot de Rs iis, sem diferenciaglo. Em 2000, 0 custo aluno fi de Rs 333 para a3¥ a 4, {pelo primeira vez howe um diferencia, Rs 249,65 de 58 2 8°. Em 2003 0 ust ano foi fxado em Rs 446 paraa série iniciais do ensino fundamental {em Rs 468,30 para as séres finais, O grande problema desses valores e thos valores fads atd agora é que eles estdo sempre ababxo do previsto na propia lei do FUNDEF, 0 que tem significado poucoincremento de recursos para 0 ensino fundamental, Exclindse 05 estados que recebem comple: entacSo da Unido por nao terem disponbildade oramentaria para comprir fe minimo nacional zozinhos, que variam entre cinco e seis estados e si0 ev Bentemente os mais pobres do pas, 0 restante, via de regra, gasta mais do Nos dez pelos anes da promulgogo desta End, os Estados Dutta Federale o& Manip destnartonBo mence de Ssseta Cento dos recursos qu refers caput do artgn 282 da Cost Federal, & manitenso #30 desenvolvimento do esino fundamen orm o objetva de asequar a uversizaso de eu atendinetae reruneraioconcigna do magstre 56° A Unio apicaré na exaieacio do anafabetsmo ena manvtenso {esenolemert do amino funaental nls n compen ‘ques fee opargrafo 3 runearenca queoequent aint ene dos ectona que se refre o caput oo artgn 273 a Const Federal (BRASIL, CF de 1988, 90600 ADT) Pode-se observar que a Emenda avmentou 0 percentual sub-vinculad ‘0 ensino fundamental para estados e municipios, de 50% para 60% di recursos previstos para manutencéo e desenvolvimento do ensino, a0 mes ‘tempo em que diminviy a zub-vineulagia de racursos destinados ao ensino fundamental da parcela da Unio, de 50% para 30%. Esse é um dos motivs pare que possamas afirmar que hé uma boa ds: {incia entre os objetivos proclamados pela FUNDEF e o que elerealmente pre tendia e pode realizar. Se a primeira idela preconizada pelo governo federal era de tormar o ensina fundamental realmente priordade com a instituic do Fundo, quando comparamos o papel da Unido antes e depots do FUNDE, parece que antes, a priridade prevsta aa ensino fundamental era maior, que o minimo nacional Cutra questo importante do FUNDEF refere-se aos recursos que devem <0 empregados em pagamentode professores em efetivo exercicio no ensino fundamental. Lei 9424/96 estabeleceu que no minima 60% dos recursos do Fundo deveriam ser destinados a esse fm, portato, para pagar professores t especialistas.O secretirio de escola, a servente e a merendeira reformas, ompras de material # qualquer outra despesa de MDE devem ser pagos com Sagaaotan no maximo 4% dos recursos do funde, av com recursos que no Fosse oriundos do FUNDEF. possassem a dscriminaro que é e 0 que no & pago com o FUNDEF. 80 pos- Epita que as equipes das prOprias Secretaras de EducagSo possam controlar quanto de recursos est disponivel para educagio, o que & importante, pois hi Jentro da administragio publica ume tradicso de que apenas a Secretaria da Fazenda, ov 6rgio equivalente, domina a disposigio do orgamento public. ‘0 sequndo avango estinaideia do controle socal. conselhos de acom- panhamento e controle social do FUNDEF so, na sua maori, ainda muito Frigeis, pois no se trata de um érgdo fiscalizador que tem poder de barrar as contas, Os conselhos fazem os pareceres eo enviam para oTribunaldeContas, {que é quem realmente controla as contas piblicas. Mas, mesmo assim, coloca 32 possiblidade do controle pela sociedade sobre um pedaco dos recursos 42 Educaglo, queles vinculados a0 Fundo. desafo ness terreno &construir estratégias de Controle Social sobre © conjunto dos recursos para educacio fe, certamente, sobre o conjunta des recursos piblics. Ese qusermos tomar fesse desaio de forma mats substantva talvez, a questao estja também em tomar 0 conjunto da orcamento passvel de deliperacso publica via formas par tiipativas de elaboragio do orgamento, de defnigo das proridades anuais prineipalmente plrianvais. Em estudo sobre o FUNDEF no Parana, encontrou-se um municipig que entendeu que os gastos com pessoal docente com recursos do Fund sio de na méximo 60% e 0 Conselho de Acompanhamento e Controle Soci do FUNDEF passou a estabelecer em que o restante dos recursos devera se investido de forma a melhorar a rede de ensino fundamental. Em que pese ser uma iniciativa muito interessante, principalmente,considerando a poss lidade do conselho nde apenas acompanhar as contas, mas poder rediscutir ag prioridades, uma das promessas do FUNDEF é a valorieagio do magistério que deveriaimplicar em mais que a manutencéo da folha de pagamento existente antes do Funda, Cutra grande polémica em tora do pagamento de pessoal esté nas cha. madas sobras" do FUNDEF que geraram "ateios" aolongo, ov a0 inal do ang letivo, entre os professores do ensino fundamental & imprensa paranaense, por exemplo, noticiou em 2002 0 pagamenta de até 26° salrio decorrente desses rateios. Provavelmente 0 que ver acontecendo & que esses muni cipia no ext3o conseguindo aplicar o minimo obxigatério em pagamento de. pessoal em efetivoexerciciona magistérioe 20 invés de rearganizara Plano de. Carreira para possibilitar uma valorizagao segura da magistéio, conseguem agradar 0s professores com esta divisia de sobras, Issa gera inimeros pro- blemas, entre eles cabe destaque a pela menos dois cri uma dsputa na ede. municipal pelas turmas no ensine fundamental, pos os professores que atvam na educacao infantil, mesmo pré-escola, nd podem receber tis recurso 0 abono recebido nao tem nenhuma vinculagSo com o saliio, prtanta, com o fim do FUNDEF® ou com a construgio de novas escolas na rede que gere novas contratagées de professores, acabam-se 0s rateios ea valrizagao dos professores vltaaser uma promessa Outro ponto em que pode se reconhecer avancos tazidos pea implan taco do FUNDEF esté no controle sobre as cantas puiblicas, em doi sentidos- Primero, internamente, a administragio publica que foiobrigadaa reorganiza as rotinas para que os documentos, balangos, demonstrativos de despesas 2. 0 fundo de manutengao e desenvolvimento da educacao basica Em 2007, 0 FUNDEF foi substituido por um nove fundo que mantém as principals earactersticas do primeiro. © FUNDES, agora em vigor, reistribu! recursos dentro de cada estado da federagio para alunos matrculados na {educagio basica a pati de um patamar minimo defnido nacionalmente; 0: sestados que ficam abaixo desse patamarrecebem recursos da Undo; acarac terizagao do gasto-aluno-minimo foi ampliada com previsio de diferenciagio ‘entre madalidades, etapas.e seqmentos de aferta da educacio bisica e ocon eto de controle socal foi um pouco mais dscplinado, '& ampliagio ds abrangéncia do fundo foi acompanhada. de uma amplacio dos recursos subvinculados e de um mecanisma de implantagio progressva entre 2007 € 2009, conforme apresentado no Quadro 3. A pro ‘rezsiva ampliagio dos impostos correspandey a uma progressiva ampliagso dag matriculasa serem computadas no fundo. Afra oensino fundamental cue | estava todo coberto pelo FUNDEF, as matriculas da educagio infantil e do ensino médio, além das modalidades, foram incorperadas em 3386no ano dell grificos~Oxgens dosreeusosdaFundeb 2007 20076 66% em 2008.A parti de 2009, 300% das matrculasda educagio basi So incorparadas a0 fundo seguindo as regrasprevistas na Lei 22.494/2007, eee (uno 5 Composi do FUNDEF edo FUNDER = = Tat a 2 re se ry a 5 me se 1a ona Feeds| uw aim ae faitariveld WansreneaNASRIOATRO: tera se ro om — Te cee re Soar Ses ‘grande qualidade do novo undo est na retomada do conceit de ed dato" | Wass | some | atiaee ‘agio basica tal qual esta fol defnida na LDB 9394/86, ou sej, abrangendo educa;io infantil ensino fundamental eo ensino médio, bem como suas liferentes modalidades (educacio de jovens ¢ adultos, educagio especial nso profesional). Enretanto, a ampliagd0 da abrangéncia se, por um lado, ssegura uma politica de valarizacio do conjunto da educagio bésica, por outro lado, dea divides quanto a suficigncia da ampliagéo de recursos para gatantir avancos na educagio brasileira, (© FUNDEF ern 2006 abrangia um total de 30,2 milhses de alunos matri- ‘alados no ensino fundamental piblico regular, com o FUNDEB @ abran- ‘génca do fundo chegou a 40,2 milhdes de alunos matriculados na educacio bisico, segundos dados consoldados pelo FNDE para 2008, oqve significa um aumento de aproximadamente 3096 dos alunos atendidos em 2 anos. ‘A ampliagdo dos impostos que compe o fundo no mudeu de forma sigifcativa 0 peso que as diferentes fonts tinham comparativamente a0 que _acontecia na vigéncia do FUNDEF. Os recursos maisimportantes parao finan ‘iamentoda educacio- para aredistribuigSo.em cada estada continua vindo do ICMS. Conforme dados do grfico 2, pode-se observar que esse imposto representou, erm 2007, 6486 dos recursos do fundo. Os recursos provenientes

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