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CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO Conjunto de normas e principios que regem a aluagdo da Administragao Publica (Odete Medavar, Direito Administrative Mademo, 5* edicio, 2001, editara Revista dos Tribunais, pag. 29) 41° PONTO: PRINCIPIOS BASICOS DA ADMINISTRAGAO PUBLICA PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS Saoeles PRINCIPIOS PREVISTOS NA LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 2 PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS Constam do art, 37, caput, da Constituigao da Republica, vejamos : “Art. 37 - A administra¢ao publica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios obedecera aos principios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia”. Sua principal caracteristica é serem de observancia obrigatéria a Unido, Estados, Distrito Federal e Municipio. Sao eles ; L EGALIDADE I MPESSOALIDADE MORALIDADE dica : LIMPE. P UBLIGIDADE E FICIENCIA Legalidade - determina a completa submisséo da Administragao Publica a lei ¢ a Direito. Desde 0 Presidente da Replica, Governador, Prefeito ao mais humilde dos servidores a0 agirem devem observar atengao especial a este p Na célebre frase de Hely Lopes Meirelles encontra-se toda a sua esséncia “na Administragao Pablica s6_¢ permitide fazer_o_que a_lei auteriza, enquanto nal Administragao privada é possivel fazer o que a lei nfo proibe.” G Impessoalidade - destina-se a quebrar o velho habito do agit em razéo do prestigio ou influéncia do administrado (particular) ou do agente (servidor). Decorre deste principio que © fim er_o do interesse piiblico. Considerar-se-4 desvio de finalidade a Administragao utlizar de sua competéncia para atingir fim diferente do interesse publico. a Moralidade - esta intimamente ligado aos conceito de probidade, de honestidade, do que for melhor e mais dtl pare o intoresse pablco, Por sais prncinlo« Adminiatracio 2 anu o d ° 6, Assim a atividade administrativa ‘deve obedecer nao apenas a lel, mas, também seguir principios. éticos. Nao se diga que se trata de principio indeterminado perante o qual nao se poderd invalidar um ato administrative. A prépria CF/88, no artigo 5°, inciso LXXIl, dispde que : “qualquer cidadao ¢ parte legitima para propor ado popular que vise anular ato lesivo a moralidade administrativa... & Publicidade - A administragao pdblica encontra-se obrigada a publicar sous atos para que o piblico deles tenham conhecimento, e, conseqiientemente, contesta-los . Por ‘exemplo : 0 ato de nomeagéo de um candidato aprovade em concurso piiblico, devera ser Publicado. nao somente para que © nomeado possa tomar conhecimento, mas para que os demais candidatos possam contestar(questionar administrativamente ou judicialmente, no caso da nomeagaia ndo obedecer rigorosamente a ordem de classificagao. @ Eficléncia - £ 0 mais novo dos principios. Passou a fazer parte da Constituigdo a partir da Emenda Constitucional n° 19, de 04.06.98. Exige que © exercicio da atividade administrativa (atuagdo dos servidores, prestagSo dos servigos) atenda requisitos de presteza, adequabilidade, perfeigao técnica, produtividade e qualidade a PRINCIPIOS PREVISTOS NA LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO A Lei n? 9.784, de 29.01.1999, art. 2°, prevé que A Administragdo Publica obedecerd, dentre outros, aos principios da ‘supremacia do interesse piiblico sobre o interesse particular indisponibilidade finalidade, motivagao, razoabilidade e proporcionalidade, ampla defesa ¢ contraditério, * seguran¢a juridica, * autotutela 3 PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PUBLICO Decorre deste principio pasigao de supremacia juridica da Administrago em face da supremacia do interesse publico sobre o interesse particular. A aplicagao desse principio nao significa o total desrespeito ao interesse particular, jé que a Administracao deve obediéncia ao direito adquirido e ao ato juridico perfeito, nos termos do art. 5°, inciso XXXVI, da CF/88. 2 PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE Os bens, direitos, interesses @ servicos piiblicos nao se acham a livre disposicao dos érgaos piblicos, ou do agente publico, mero gestor da coisa publica, a quem apenas cabe curd-los e aprimora-los para a finalidade publica a que estao vinculados, O detentor desta disponibilidade é 0 Estado. Por essa razao ha necessidade de lei para alienar bens, ‘autorgar a concessao de servigos piiblicas. "Serdo observados critérios de atendimento a fins de interesse geral, vedada a rentincia total ou parcial de poderes ou campeténcias, salvo autorizagdo em lei” (Lei 9.784/99, pardgrafo Unico, II). a PRINCIPIO DA FINALIDADE Impoe que © alvo a ser alcangado pela Administragao @ 0 atendimento ao interesse Pliblico, e nao se alcanca o interesse publico se for perseguido o interesse particular. Assim, 0 administrador ao manejar as competéncias. postas a seu encargo, deve atuar com rigorosa obediéncia a finalidade de cada qual. a PRINGIPIO DA AUTOTUTELA “A Administragao Publica deve anular seus proprios atos , quando eivados de vicio de. legalidade, e pode revoga-los por motive de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos" (Lei 9.784/99, art. 53). Assim a Administragao a) revoga os atos inconvenientes e inoportunos, por razes de mérito; b) anula os atos ilegais. a PRINCIPIO DA MOTIVAGAO Impde & Administragao Pablica o dever de indicar os pressupostos de fatoe de direito que determinarem uma decisiio tomada, @ PRINCIPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITORIO Trata-se de exigéncia constitucional, prevista no art. 5°, incioso LV, ; “aos litigantes, em processo judicial_ou_administrativo. e aos acusados_em_geral sio assegurados o contraditério ¢ ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes". + Contraditorio - ¢ 8 garantia que cada parte tem de se manifestar sobre todas as provas € alegagoes produzicias pola parte contraria. * Ampla defesa — éa garantia que a parte tem de usar todos os meios legais para provar a ‘sua inocéncia ou para defender as suas alegagées. 3 PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE Por este principio se determina a adequagéo. entre. meios_e fins, vedada a imposigaio de obrigacdes. resirices © sangdes em medida superior aquelas estritamente necessdrias a0 atendimento do interesse piblico. QUESTOES - PRINCIPIOS BASICOS DA ADMINISTRAGAO PUBLICA 1. (PFN/92-ESAF) O principio de legalidade consiste em que 8) € possivel fazer tudo aquilo que a lel nao proibe b) énecessdrio indicar nos atos administrativos a sua fundamentagao c) Ss permitido fazer o que a lei autoriza ou permite 4) a disciplina depende de lei @) presume-se legilimo todo ato administrative, enquanto nao for revogado ou dectarado nulo 2. (AFTNISO-ESAF) Na administracao paiticular licito fazer tudo que a lei nao probe, Na Administragao Publica s6 é permitido fazer o que a lei autoriza, regra esta que campée 0 principio basico da a) legalidade ‘b) moralidade ‘c) finalidade d) impessoalidade ¢) publicidade 03. (Oficial de Justiga Avaliador/TRT/ES-1999-FCC) A proibi¢fo de excesso que, em ultima andlise, objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrigdes desnecessarias ou abusivas por parle da Administracao Publica, com lesdes aos direitos fundamentais, refere-se ao principio da (A) razoabilidade. (B) legalidade. (C) moralidade, (O) eficiéncia (E) finatidade 4, (Técnico JudiciérioTRTVES-1989-FCC) Sao principios da Administragdo Publica, expressamente previstos na Constiluigao Federal, dentre outros (A) publicidade e a pessoalidade, (B) improbidade e o sigito. (C) eficiéncia e a pessoalidade. (D) legalidade ¢ a improbidade. (E) impessoalidade e a eficiéncia. 05. (Analista Judiciario - execugao de mandatos - TRF/RS-1999 - FCC}Em relagao aos principios basicos da Administragdo Publica, é INCORRETO afirmar que oda: (A) razoabilidade significa que 2 Administragao deve agit com bom senso e de modo proporcional (B) autotutela significa que a Administragao controla 05 seus préptios atos através da anulagdo eda revogacao. (C) indisponibitidade consiste no poder da Administrago de revogar ou anular seus alos itrequlares, inoportunos ou ilegais. (D) impessoalidade significa que a Administra¢do deve servir a todos, sem preferéncias ou avers6es pessoais ou partidarias. 2° PONTO — PODERES ADMINISTRATIVOS: ‘Os Poderes Administratives séo inerenles & Administragso Publica e possuem caréter instrumental, ou seja, sdo instrumentos. de trabalho essenciais para que a Administragéo possa desempenhar as suas funées atendendo o interesse piblico. Os poderes sao verdadeiras poderes-deveres, pois a Administragao nao apenas pode camo tem a obrigagdo de exereé-los, a CLASSIFIGAGAO DOS PODERES: + Poder Vineulado Poder Disericionario Poder Hierarquico: Poder Disciplinar Poder Regulamentar Poder de Policia @ PODER VINCULADO E 0 Poder que tem a Administraga Publica de praticar certos atos “sem qualquer margem de_fiberdade". A lei encarrega-se de prescrever, com detalhes, se, quando © como a Administragao deve agir, determinando os elementos e requisites necessérios, Ex :A pratica de ato (portaria) de aposentadoria de servidor piiblico. a PODER DISCRICIONARIO E aquele pelo qual a Administrago Pablica de modo explicito ou implicito, pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniéncia, oportunidade e conteudo, A discricionariedade ¢ a liberdade de escolha dentro de limites permitidos em lei, nao se confunde com arbitrariedade que 6 agao contraria ou excedente da lei. Ex: Autorizago para porte de arma; Exoneracao de um ocupante de cargo em comissao. 9 PODER HIERARQUICO E aquele pelo qual a Administragao distribui e esealona as fungdes de seus Orgaos, ordena © rever a atuagao de seus agentes, estabelece a relagao de subordinagao entre os servidores. pUblicos de seu quadro de pessoal, No seu exercicio d4o-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca- se. 3 PODER DISCIPLINAR € aquele através do qual a lei permite a Administragao Publica aplicar penalidades as. infragées funcionais de seus servidores e demais pessoas ligadas a disciplina dos drgaos e servigos da Administragao. A aplicagao da punigao por parte do superior hierarquico é um poder- dever, se nda o fizer incorreré em crime contra Administragae Publica (Cédigo Penal, art. 320). Ex : Aplicago de pena de suspensie ao servidor puiblice. Poder disciplinar no se confunde com Poder Hierdrquico. No Poder hierarquico a administraco publica distribul e escalona as funcées de seus érgdos € de seus servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus servidores pelas fallas cometidas. 3 PODER REGULAMENTAR E aquele inerente aos Chefes dos Poderes Executives (Presidente, Governadores @ Prefeitos) para expedir decretos e regulamentos para complementar, explicitar(detalhar) a lei visando sua fiel execugdo. A CF/88 dispée que * Art, 84 - Compete privativamente ao Presidente da Republica: IV - sancioner, promulgar e fezer publicar as leis, bem como expedir decretos regulamentos para sua fiel execu¢ao”, fe ireito brasileiro ndo admite os chamados “decretos auténomos", ou soja aieles a) trazem matéria reservada a lei. PODER DE POLICIA “Considera-se poder de policia a atividade da administragao piiblica que, limitando o disciplinande direite, interesse ou liberdade, regula a pratica de ate ou abstengiio de fato, tazdo.de interesse publico...” (Cédigo Tributdria Nacional, art. 78, primeira parte)” Em resume : alravés do qual a Administragao Pablica tem a faculdade de condicionar ¢ rastringir © uso e gozo de bens. alividades @ direitos individuais, em beneficio do interesse. * Extenso do Poder de Policia - A extensio é bastante ampla, porque o interesse piblico & amplo. Segundo o CTN “Interesse puiblico é aquele concernente @ seguranga, a higiene, & ordem, aos costumes, 4 disciplina da produgdo e do mercado, ao exercicio de atividades ‘econdmicas dependentes de concessao ou autorizagéo do Poder Publico, ‘a trangiiilidade piiblica ou ac tespeito a propriedade e aos direitos individuals" (Cédigo Tributério Nacional, art, 78 segunda parte). + LIMITES DO PODER DE POLICIA Necessidade — a medida de politia 6 deve ser adotada para evitar ameagas reais ou provaveis de perturbagdes ao interesse publico; Proporcionalidade/razoabilidade ~¢ a relacdo entre a limitagae ao direito individual e o prejuizo a ser evilado; Eficacia - a medida deve ser adequada para impedir o dano a interesse piiblico. Para ser eficaz a Administracdo nao precisa recorrer ao Poder Judicidrio para executar as sua dacisées, é 0 que se chama de auto-executoriedade, QUESTOES — PODERES ADMINISTRATIVOS 01. (Analista Judiciério STJ/1999).Juigue ao itens, relatives aes poderes do administrador piblica (adapiada) | — poder de policia ¢ faculdade de que disnde @ administragao pata condicionar e restringir a uso @ 9 gozo de bens, atividades © direitos individuals, em beneticio da coletividade ou do prdprio Estado I~ pader disciplinar é 0 que dispde 0 gestor pliblico para distribuir e escalonar fungies de seus @rgaos, ordenar e raver a atuago de seus agentes, estabelecendo a relacao de subordinagao entre servidares do seu quadro de pessoal, Ill — poder regulamentar 6 a faculdade de explicar a lei para sua correla execugéo, ou de expedir decretos aulonomos sobre maléria de sua competéncia ainda néo isciplinada por lei; IV = poder hierarquico ¢ a faculdade de punir internamente as infragdes funcionais dos servidores ¢ demais pessoas Sujeitas 4 disciplina dos érgios ¢ sérvicos da Adiministracio; \V—poder vinculado ¢ aquele que a lei confere 4 Administracao Publica para a pralica de alo de sua compaténcia, determinando os elementos e requisitos necessérios 4 sua formalizaro, Esldo certos apenas 0s itens pil, WV, ev: e} ill, Wev. a) Ie i b) le lv: €) le 02. (Analista Judiciério - execupdo de mandades TRFIRS/1999 - FCC) No que se refere aos poderes administrativos, ¢ certa que (A) ndo ha hierarquia nes Poderes Judiciario © Legislativo, tanto nas fungdes constitucionais, como nas administrativas. (B) © termo policia judicidria tem o mesmo significado de palicta adeinistrativa. (C) © poder disciplinar confunde-se com o poder hierdrquico, (D) 0 poder discricionario nao se confunde com a arbitrariedade. (E) 0 poder seré vinculado quando o Administrador pade optar dentro de um juizo de ‘conveniéncia oportunidade. 63. (Oficial de Justia Avaliador TRTIES/1999 - FCC) Quando o Direito Positivo - a lei - confere & Administrag&o Publica, para a pratica de ato de sua competéncia, determinando os elementos € requisitos necessaries a sua formalizagao, estara presente o poder (A) de policia ou requlamentar. (B) discricionario ou regrado, (C) hierdrquico ou vincutade. (D) vinculado ou regrado. (E) regrado ou disciplinar. 04, (AFTN/1990/ESAF) Poder vinculado 6 aquele que o direito 4) alribui ao Poder Publico para aplicar penalidades as infracdes funcionais. de seus servidores ¢ demais pessoas sujeitas & disciplina dos orgdos e servicos da Administragao, b) confere ao Executivo para distribuir e escalonar as fungOes de seus Orgaos, ordenar e raver a aluagdo de seus agentes, eslabelecendo a relagdo de subordinag&o entre os servidores de ‘seu quadro de pessoal. ¢) confere & Administiagdo Pblica de mado explicito ou implicito, para a prética de atos -administrativos, com liberdade na escolha de sua conveniéncia, aportunidade e contetido. 4) positivo confere a Administragéo Publica para a prdlica de ato de sua compeléncia, determinande os elementos e requisites necessarios a sua formagao @} incumbe as autoridades administrativas para explicitar a lei na sua correta execucao. 05. (Dslegado ds Polis Ghat do DF/1008- CESPE-UnB). Suporha qua a Actinistragso do Ditto Federal (OF) determinou que feirantes, ocupantes de area publica, deveriam ser transferidos para outro local que thes fora destinado. A Administragdo fixou prazo para que se procedesse a transfaréncia. Expirados todas os prazos fixados, foi dada ordem para que a Policia Militar providenciasse a desocupagdo da area publica. Os ocupantes resistiram, usando paus ¢ pedras, as entativas de desccupacao. A palicia usou de forga para cumprir as ordens racebidas. Apés 0 confronto, dois Teirantes foram mortos @ varios sofreram lesies corporais graves provocadas por tires disparados pela policia. Em face dessa situacac hipotética, assinale a opcao correta : a) aatitude da policia deve ser considerada licita. A coercibilidade ¢ uma das caracteristicas do poder de policia; b) a atitude da policia seria considerada licita apenas se estivessem os policiais dando ‘cumprimento a ordem judicial: ¢) a Goercibilidade é caracteristica do poder de policia. Para ser licita, a atuagao da Administragao deveria, porém, ter obedecido ao principio da razcabilidade ou da proporcionalidade que, no ‘caso, fol violado: 4) 0 uso da forga pela policia seré sempre considerado como violador de direitos e garantias individuais; €} somente a policia judicial ¢ licito o uso da forga. 3° PONTO - ATOS ADMINISTRATIVOS. 3 CONCEITO E toda manifestagae unilateral da Administragao Publica que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigagées aos administradas ou a si propria (Hely Lopes Meirelles), ATO ADMINISTRATIVO x ATO JURIDICO ‘A diferenga essencial entre alo juridico @ ato administrative reside em que o alo administrative tem finalidade publica, Ato administrative @ uma espécie de alo juridico, ATO ADMINISTRATIVO x GONTRATO ADMINISTRATIVO Diferenga entre ato administrativo © contrato administrative - 0 contrato é bilateral (ha duas partes com abjetivas diversos) ; 0 ato administrativo é unilateral 4 ELEMENTOS (Requisitos de validade) do ATO ADMINISTRATIVO ‘Os ELEMENTOS ESSENCIAIS a formacao do ato administrative, constituem a sua infra~ estrututa, dai serem reconhecidos como REQUISITOS DE VALIDADE. As letra: jais formam a palavra COMFIFOR MOB, COM PETENCIA FI NALIDADE FOR MA dica : COM Fl FOR MOB M OTIVO OB JETO a COMPETENCIA E 0 poder atribuido ao agente (agente ¢ aquele que pratica o ato) para o desempenho especifico de suas fungées. ‘Ao estudarmos 0 género abuso de poder vimos que uma de suas espécies, o excesso de poder, acorre quando o agente publica excede os limites de sua competéncia. a FINALIDADE E 0 objetivo de interesse publice a atingir. A finalidade do ato ¢ aquela que a lei indica explicita ou implicitamente. Os atos sero nulos quando satisfizerem pretensbes descoincidentes do interesse publico, Ao estudarmos o género abuso de poder vimos que a alteragao da finalidade caraeteriza desvio de poder, conhecido também por desvio de finalidade. a FORMA E © revestimento exteriorizador do ato. Enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-se livremente, a da Administragao exige forma legal. A forma normal é a escrita. Excepcionalmente existem : (1) forma verbal : insirupdes momentaneas de um superior hierarquico; (2) sinais convencionais : sinalizacao de transito. a MOTIVO E a situagdo de fato ou de direito que determina ou autoriza a realizagao do ato administrativo. Pode vir expresso em lei como pode ser deixado ao eritério do administrador. Exemplo : dispensa de um servider ocupante de cargo em comisséo. A CF/88, diz que 0 cargo em comisso @ aquele declarado em lei de livre nomeacao e exoneragao. Portanto, nao ha necessidade de motivaao do alo exoneratério, mas, se forem externados os motivos, 0 ato sd sera vélido se os motivos forem verdaadeiros. 2 OBJETO E 0 contetido do ato. Todo ato administrativo produz um efeito juridico, ou seja, tem por objeto a criagéo, modificacdo ou comprovacdo de siluagées concementes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas a agao do Poder Publico. Exemplo : No ato de demissao do servidor 0 objeto 6 a quebra da relago funcional do servidor com a Administragao. a ANULAGAO, REVOGACAO E CONVALIDACAO DO ATO ADMINISTRATIVO a ANULAGAO E REVOGACAO, A lei 9.784, de 29.01.1999 dispde que : “A Administracio deve anular seus préprios atos, quando eivados de vicios de legalidade. pode revogi-los por motivo de conveniéncia ou _oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art. 53). °O direito da Administragao de anular os atos administrativas de que decorram efeitos favoraveis para os destinatarios decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada mé-fé" (art. 54) “Quando importem anulacdo, revogagao ou convalidacio de ato administrative os atos administrativos deverio ser motivados, com indicago. dos fatos e dos fundamentos juridicos * (art. 50, VIll,) JURISPRUDENCIA : Simula 473 do STF “A Administragao pode anular seus préprios atos, quando eivades de vicios que os tomem ilegais, porque deles nao se originam direitos; ou revogé-los, por motivo de conveniéncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciacao judicial” Principais ligdes ‘A Administragao com relacao aos seus atos administrativos pode : * ANULAR quando ILEGAIS. * REVOGAR quando INCOVENIENTES ou INOPORTUNOS ao interesse publico. O Judiciario com relagaa aos atos ad * ANULAR quando ILEGAIS. rativos pratieados pela Administracao pode : Assim: * Revogagdo - @ supressdo de um alo administrative legitimo e eficaz realizada pela Administragao - e somente por ela - por nao mais Ihe convir sua existancia. © Anulagao - invalidago de um ato ilegitimo e ilegal, realizada realizada pela Administragao ou pelo Judi Conclusao : + a administragao controla seus préprios atos em toda plenitude, isto é sob aspecios de legalidade, e de mérito (oportunidade e conveniéncia), ou seja, exerce a autotutela. * © controle judicial sobre 0 ato administrativos se restringe ao exame dos aspectos de legalidade. a EFEITOS DECORRENTES A revagagao gera efeitos - EX NUNC - ou seja, a partir da sua declaragao. Nao retroage. Aanulagao gera efeitos EX TUNE (retroage A data de inicio dos efeitos do ato). 2 ~CONVALIDAGAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS “A convalidagao ¢ 9 refazimento de modo valido e com efeitos retroativos do que fora produzido de modo invalido"(Celso Anténio Bandeira de Mello, 11° edicdo, editora Malhoramentos, 336), Allei 9.784, de 29.01.1999, dispde que = "Os atos que apresentem defeitos sandveis poderao ser convalidades pela propria io em decisao na qual se evidencie nao acarretarem lesao ao interesse publico nem prejuizo a terceiros * (art. 55), Assim = * $6 6 admissivel o instituto da convalida¢ao para a doutrina dualista, que aceita possam os atos administrativos. ser nulos ou anulaveis. * Os_vicios_sandveis_possibilitam_a_convalidagée, a0 passo que os_vicios_ insanaveis impedem o aproveitamento do ato.” © Os efeitos da convalidagao sd0-ex-tune (retroatives). a ATOS DE DIREITO PRIVADO PRATICADOS PELA ADMINISTRACAO A Administracdo Publica pode praticar certos atos ou celebrar contratos em regime de Direito Privado (Direite Civil ou Direito Comercial). Ao praticar tais atos a Administragdo Publica ela se nivela ao particular, @ ndo com supremacia de poder. E 0 que acorre, por exemplo, quando a Administrago emite um cheque ou assina uma escritura de compra e venda ou de doagdo, sujeitando-se em tudo as normas do Direite Privado. a CLASSIFICACAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS A classificagao dos atos administrativos sofre variagao em virtude da diversidade dos critérios adotados. Serdo apresentados abaixo os critérios mais adotados pelos concursos, Critério n? 1 — classificagao quanto a liberdade de ago + ATOS VINCULADOS - sao aqueles nos quais a lei estabelece os requi sua realizagdo. As imposigbes legais absorvem quase por completo a liberdade do administrador, pois a ago, para ser valida, fica restrita aos pressupostos estabelecidos pela norma legal * ATOS DISCRICIONARIOS - s3o aqueles que a administracao pode praticar com a liberdade de _escolha de seu contetido, de seu destinatario, de sua oportunidade e do modo de sua realizagao. ‘Ao praticar o ato administrative vineulade a auloridade esta presa a lei em todos 08 seus elementos - COMFIFORMOB- Ao praticar 0 ato discriciondrio a autoridade 6 livre - dentro das opgdes que a prépria lei prevé - quanto a escolha da conveniéncia e da oportunidade Nao se confunda ata discriciondrio com ato arbitrdrio. Arbitrério ¢ aquilo que & contririo a lei, Discricionario sao 0s meios e modos de administrar e nunca os fins atingir. Critério n° 2 - classificagao quanto ao modo de execugao * ATO AUTO-EXECUTORIO - possibilidade de ser executado pela propria Administragao. + ATO NAO AUTO-EXECUTORIO - depende de pronunciamento do Judicidrio. Este item j4 foi -estudado no t6pico atributes do ato administrative. a ESPECIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (estudo baseado em Gelso Anténio Bandeira de Mello) ‘Quanto as espécies devem os atos ser agrupados de um lado sob 0 aspecto farmal e de outro lado sob 0 aspacto material ( ou seu conteiido). A terminologia utilizada diverge bastante entre os autores, + Espécles de Atos quanto a forma de oxteriorizagao : Decretos — so editados pelos Chefes do Poder Executivo, Presidente, Governadores e Prefeitos para fiel execugao das leis (CF/88,art. 84, 1V); Resolugées — praticados pelos éraies colegiados em suas deliberagées administrativas a exemplo dos diversos , Tribunais (Tribunais Judiciarios, Tribunais de Contas ) e Conselhos (Conselhos de Contribuintes, Conselho Curador do FGTS, Conselho Nacional da Previdéncia Social) ; Instrugdes, Ordens de servigo, Avisos - utilizados para a Administragdo transmitir aos subordinados a maneira de conduzir determinado servico: Alvaras - utlizados para a expedigio de autorizagio e licenga, denotam aquiescéncia da Administrago no sentido de ser desenvolvida certa alividade pelo particular. Oficios - utilizados pelas autoridades administrativas para comunicarem-se entre si ou com terceiros. Séo as “cartas’ offcios, por melo delas expedem-se agradecimentos, encaminham-se papéis, documentos e informagSes em geral Pareceres - manifestam opinides ou pontos de vista sobre matéria submetida a apreciagao de 6rgaos consultivos. + Espécies de Atos quanto ao conteido dos mesmos : Admisséo ~ & 0 ato unilateral @ vinculado pelo qual a Administragao faculta a alguém a incluséo em estabelecimento governamental para o gozo de um servigo puiblico. Exemplo : ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno; o desfrute dos servicos de uma biblioteca publica como inserito entre seus usuarios. O ato de admissao nao pode ser negado aos que preencham as condicSes normativas requeridas. Aprovagae - é 0 ato unilateral ¢ discricionario pelo qual a Administracao faculta a pratica de ato juridice (aprovagao prévia) ou manifesta sua concordancia com ato juridico ja praticade (aprovac&o a posteriori). Licenga - é 0 ate unilateral e vinculade pelo qual a Administraco consente ao particular 0 exercicio de_uma_atividade. Exemplo : licenga para edificar que depende do alvara. Por ser ato vinculado, desde que cumpridas as exigéncias legais a Administracao ndo pode negé-la Autorizagao - ¢ 0 ato unilateral ¢ discricionario polo qual a Administragao, analisando aspectos de conveniéncia e oportunidade faculta ao particular o exercicio de atividade de cardter material. Numa segunda definicao 6 0 ato pelo qual a administrarao faculta ao particular 0 uso privativo de um bem piiblico. Exemplos : autorizagdo de parte de arma, autorizagao para exploragéo de jazida mineral (CF, art, 145, paragrafo Unico). A diferenga em relagao a Licenga € que a Administracao pode negar a autorizacao. 10 Homologagao — ¢ 0 ato unilateral ¢ vinculade de controle pelo qual a Administragao concorda com um alo jurigico, ou série de alos (procedimento), ja praticados verificando a consonancia deles com os requisitas legais condicionadores de sua valida emissao. QUESTOES - ATO ADMINISTRATIVO: REQUISITOS DE VALIDADE (01 - (Juiz de Direito DF/1998)Sa0 requisites de validade do ato administrative: a) forma, compeiéncia, finalidade, oportunidade e objeto: b) imperatvidade, competéncia, legitimidade, motivo e objeto; ¢) competéncia, conveniéncia, finalidade, motivo e objeto; @) forma, competéncia, finalidade, motivo e objeto. 2 - (AFTNI98)Entre os elementos sempre essenciais @ validade dos atos administrativos no se inelui oda a) condigao resolutiva: ) motivagdo ©) finatidade d) forma propria #8) autoridade compstente INVALIDACAO : REVOGAGAO, ANULAGAO, CONVALIDAGAO, EFEITOS 3. = (AFC/92) Com relagao ao. ato administrative, evade de vicio insandvel que o torne ilegal, assinale a afirmativa correta a) Pode ser anulado pela propria Administragao b} SO pode ser anulado pelo Poder Judiciario. ¢) Ségeraos direitos para os quals foi praduzido a) Corretas as opcodes das letras “a” 6 “b" supra @) Corretas as opgdes das letras “a", eb" e “c” supra 4, ~ (AFTNIB) 0 alo juridico perfeito e acabado, para o qual concorreram 08 elementos essencials de validade, a) pode ser anulado por interesse piiblico bj pode ser anulado por conveniéncia administrative ©) nao pode ser revogada par interesse publica d) 180 pode ser revogacio par conveniéncia administrative 2) pode ser revagado por conveniéncia administrativa, 5 - (INSSI93) A Administragao pode anutar os seus proprios atos, eivados de vicios insanavels que ‘08 tornem ilegais, ou também revogé-los por motivo de interesse piblica superveniente, mas ‘sempre com efeito ax nunc (adaptada), a) Correta e asseriiva. b) Incorreta a assertiva, porque @ AdministragZo nBo pode anular os seus atos, mesmo sendo ilegais. -¢) Incorreta, porque a Administragao pode anular seus alos, por motivo de interesse pablico, cam ‘feito ex nunc (doravante). 4) Incorreta, parque tanto a anulagéo coma a revogagao operam efeitos ex tunc (retroativamente). @) Incorreta, porque @ anulacdo opera ex tune @ a revogagao ex nunc 6 = (AGUI98) O ato administrativo. com vicio de ilegalidade insanavel. a) nao goza da pretrogativa de auto-executoriedade b) s6 pode ser anulado judicialmente ) deve ser revogado d) éconsiderado inexistente u a pode ser anulado, pela propria Administragao 7 + (Analista Judicidrio/FRFIRS - 2000- FCC) Ato administrative discricionario pelo qual a Administragho extingue um ato valido, por razdes de oportunidade © conveniéncia; € alo administrative pelo qual é supride 0 vicio existente em um ato legal, com efeitos retroativos & data em que-este foi praticado. Tais situages referem-se respectivamente a) A anuilagao e ao saneamento, b) Ao-saneamento € & anulagdo. c) A confirmagao e 4 revogagao. 4) A convalidagao e revogagao. 8) A revagacda @ a convalidagao. a) b) ry a) ®) 9 a) by c} a) ~ (TTNIS7) Assinate o elemento considerado discriciondrio, no ato adiministrativo de exoneragio de Servidor ocupante de cargo comissionado. forma: finalidade legalidade ‘sujeito ‘motivo = (Juiz de Direito DF/1999) O ato de exoneragaio de servidor ocupante de cargo em comissdo 6 discricionario quanto & competéncia; discriciondrio quanto a forma. discricionario quanto a0 motivo; totalmente vineulado. PONTO: PERSONALIDADE JURIDICA DO ESTADO ADMINISTRAGAO PUBLICA : + CARACTERISTICAS E MODO DE ATUAGAO ADMINISTRAGAO DIRETA E INDIRETA a Personalidade Juridica do Estado Ser pessoa é poder assumir direitos ¢ contrair obrigagoes. ‘© Cédigo Civil, no art. 13 afitma que as pessoas juridicas so de direito publico interno, ou extemo, @ de direilo privado. No art, 14, inciso |, dispée : So pessoas juridicas de direito publico interno : = AUniso; = Cada umdos Estados e 0 Distrito Federal; * Cada um dos Municipios legalmente constituidos. E bom lembrar que 0 Cadigo Civil esta se referinds ac Ambito interno. No Ambito extemo, a Constituicdo de 1988, art. 21, inciso |, diz que "compete 4 Unido manter relagdes com Estados estrangeiros ¢ participar de organizacdes internacionais". O que nos leva a concluséo, no Ambito internacional, a Repiblica Federativa do Brasil, representado pela Unido, é pessoa juridica de Direito Externo. No entanto, para Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 24° edigdo, pag. 55,0 Gentes cea heist de Diteite Filion, bean @ ainda “como: ente personaiizado, o Estado sempre sua ‘unica personalidade de Direlto PUblieo, pois a teoria da dupla personalidade do Estado acha-se definitivamente superada.” E ai coma cai no concurso ? Vejamos uma questo do TRF ~ 4° regio, vejase voce —_responde. (TRF — 4° regiao) E certa a afirmagao de que o Estado (a) Tem personalidade juridica especial, mas nao é pessoa juridica. tb) Tem dupla personalidade por atuar na area de direlo piblico e privado (c) E pessoa juridica de direito privado interno {d) E pessoa juridica de direito publica interno (e) E pessoa juridica publica ou privada, por ser entidade politica ADMINISTRAGAO PUBLICA A arganizagio politico-administrativa brasileira compreende a Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios, todos auténomos nas termos da Constituigao (CFI8B, art. 18, caput). A administragao Direta ¢ Indireta de qualquer dos Poderes da Unido dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios obedecerd aos principios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia....”(CF/88, art, 37, caput) Assim, em uma primeira classificago a Administragao Publica compreende a: Administracao Federal; Administracao Estadual, Administragao do Distrito Federal; e Administra Municipal. ‘Cada uma destas Administragdes se subdivide em : + Administracao Direta e + Administracae Indireta. @_ADMINISTRAGAO DIRETA * A Administragao Direta ¢ © conjunto dos orgaos integrados na estrutura da chefia do Executive e na estrutura dos. orgies auxiliares da chefia do Executive. Atengao : Ae falarmos da Administragao Direta 6 inevitavel citarmos os Argos piblicos, a UMA PALAVRA SOBRE OS ORGAOS PUBLICOS Para Hely Meirelles Grgaos publicos “saéo centros se competéncia instituides para o desempenho de fungées estatais, através de seus agentes, cuja atuacdo @ imputada a pessoa juridica a que pertencem”. Por isso mesmo, os érgios_nao_tém_personalidade Juridica nem vontade propria, que sio atributos do corpo @ nao das partes”. Sabemos que personalidade juridica significa a possibilidade de assumir direitos & obrigacdes. ‘Assim, 05 érgdos na drea de suas atribuigées e nos limites de sua compeléncia funcional ‘expressam nao a sua propria vontade, mas, a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por seus alos, manifestadas através de seus agentes (pessoas fisicas)". No entanto, e isto ¢ muito importante, embora ndo tenham personalidade juridica, os Grogs podem ter prerogativas funcionais préprias que, quando infringidas por dulfo éraao, admitem defesa até mesmo por mandado de seguranca. Essa prerrogativa @ denominada de capacidade judiclaria ou capacidade processual. B importante : essa_capacidade | processvial s¢_a tém__os_érados_independentes ¢ os. auténomos, visto que os demais — superiores @ subalternos -, em razao de sua hierarquizacao, nao podem demandar judicialmente, ‘uma_vez_que seus conflitos_de_atribuicoes serao resolvidos administrativamente pelas chefias a que estéo subordinados a Classificagéo dos érgaos piblicos Hely Meirelles classifica 0s drgaas pUblicos quanto 4 posigao estatal, ou seja, relativamente & posigo ccupada pelos mesmos na escala govemamental ou administrativa, em : independentes, auténomos, superiores e subalternos ‘ORGAOS INDEPENDENTES : sdo 05 origindrios da Constituigo, colocados no apice da pirmide governamental, sem qualquer subordinagao hierarquica au funcional, @ $6 sujeltos 03 coniroles constitucionais de um Poder pelo outro. S40 chamados de érgdas primarios do Estado, Esses érgaos detém e exercem as fungdes politicas, judiciais e quase-judiciais outorgadas diretamente pela Constituigdo, para serem desempenhadas diretamente pelos seus membros (agentes politicos, distinlos de seus servidores, que s&o agentes administrativas). Sao exemplos: * Casas legislativas - Congress Nacional, Camara dos Deputados, Senado Federal, Assembigias Legislativas, Camaras de Vereadores, * Chefias do Executives — Presidancia da Republica, Governadorias, Prefeituras, + Tribunais Judicidrios ¢ Juizes singulare: + Ministério Pablico - da Unido e dos Estados; Tribunais de Contas - da Unido, dos Estados, dos Municipios ORGAOS AUTONOMOS ": sto "0s locallzados na cipula da Administragao, imediatamente abaixo des érgaos independentes e diretamente subordinades a seus chefes. Tém ampla autonomia administraliva, financeira e técnica, caracterizando-se coma Srgaos diretivos com fungées precipuas de planejamento, supervise, coordenagao e controle das atividades que constituem sua area de competéncia. So exemplos * Ministérios, Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais. = Advocacia-Geral da Unido, Procuradorias dos Estados e Municipios. ‘ORGAOS SUPERIORES : no gozam de autonomia administrativa nem financeira, que so atribulos dos drges independentes e dos aut6nomos a que pertencem. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento @ solugdes técnicas, dentro de sua area de ‘competéncia, com responsabilidade pela execucao, geralmente a cargo de seus orgaos subalternos. Sao exemplos Gabinetes; Inspetorias-Gerais; Procuradorias Administrtivas Judiciais; Coordenadorias; Departamentos; Divisdes. ORGAOS SUBALTERNOS : destinam-se 4 realizagéo de servigos de rotina, tarefas de formalizacao de atos administrativas, com reduzido poder decisério e _predominancia de alribuicSes de execugdo, a exemplo das atividades-meios e atendimento ao piiblico. Sio exemplos . Portarias; Segdes de expediente E aicomo cai no concurso ? \Vejamos uma questao do TRF - 4° regido, veja se vocé responde. M4 (TRF ~ 4° regio) Os Tribunais Federais, a Advocacia-Geral da Unido e as Coordenadorias, quanto 8 posiedo estatal sdo considerados respeclivamente, 6rgd0s : (a) Superiores, politicos e administrativos (b) Independentes, auténomos e superiores (e) Autonomos, independentes e superiores (d) Superiores, independentes e auténomos (e) Independentes, superiores e auténomos a AGENTES PUBLICOS Sintese extraida do livro Direito Administrativo Brasileiro de Hely Lopes Meirelles, Para Hely agentes piblicos “so todas as pessoas fisicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercicio de alguma fungao estata Os agentes puiblicas, género que se reparte em cinco espécie ou categorias, classificam-se er AGENTES POLITICOS - so 0s companentes do Governo nos seus primeiros escalées para o exercicio de atribuigdes politicas, judiciais e¢ quase judiciais previstas na constituicao. Atuam com plena liberdade funcional suas prerrogativas ¢ responsabilidades esto estabelecidas na Constituicao e em leis especiais. Nesta categoria encontram-se = * Chefes de Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos), ¢ seus auxiliares imediatos (Ministros ¢ Secretarios de Estado ¢ Municipio); + Membros das Casas Legislativas (Senadores, Deputados, e Vereadores); [Membros do Poder Judiciario; bros. do Ministério Publica; | Membros dos Tribunais de Contas (Ministros do TCU e Conselheiros do TCE); | Representantes diplomaticos; | ATENGAO : estes quatro sé so considerados agentes politicos por Hely Lopes |Meiretles AGENTES ADMINISTRATIVOS — sao todos que se vinculam ao Estado por relagdes profissionais, sujeitos a hierarquia funcional e ao regime juridico determinado pela entidade estatal a que servem. N4o sdo membros de poder de Estado, nem o Fepresentam, nem exercem atribuigdes politicas au governamentais; so unieamente servidores publicos, com maior ou menor hierarquia, encargas e responsabilidades Profissionais dentro do érgao ou da entidade a que servem, conforme o cargo, emprego ‘ou fungao em que estejam investidos. Nesta categoria se encontram = * Servidores piblicos concursados (CF art. 37, tl); * Servidores publicos exercentes de cargos ou empregos em comissao (CF, art. 37, vy; * Servidores tempordrios contratados por tempo determinado para atender a nacessidade temporaria de excepcional interesse pablico (CF, art. 37, V) AGENTES HONORIFICOS — sao cidadaos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinados servigos ao Estado, em razao de sua condicao civica, de sua honorabilidade ou de sua netéria capacidade profissional, mas sem qualquer vinculo empregaticio ou estatutdria @, normaimente, sem remuneracao. Nao so servidores piblicos, mas normalmente exercem uma fungdo piiblica e, enquanto a desempenham, sujeitam-se a hierarquia e disciplina de érgao a que esto servindo, podendo perceber um pro labore @ contar 0 periodo de trabalho como de service piiblico. Recentemente foi editada a lei n® 9.608, de 18.2.98. dispondo sobre servigo voluntario. Nesta categoria se encontram Jurados do tribunal do juri; Is * Mesério eleitoral; © Membro de comissiio de estudo ou de julgamento, AGENTES DELEGADOS - sio particulares que recebem a incumbéncia da execugio de determinada atividade. obra ou servigo publico e realizam_em nome préprio, por sua contae_risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscaliza¢ao do delegante. Esses agentes néo sao servidores piblicos, nem honorificos, nem representantes do Estado, todavia constituem uma categoria a parte de colaboraderes do Poder Publico. Nesta categoria encontram-se Qs concessiondrios @ os permissionarios de obras ¢ servigos ptiblicos; Qs serventuarios de oficios ov cartérios nao estatizados; Os lellociros; Qs tradutores e intérpretes publicas. AGENTES CREDENCIADOS - sao os que recebem a incumbéncia da Administragao para representé-la em determinado ato ou praticar certa atividade especifica, mediante remuneragao do Poder Publico credenciante, E ai como cai no concurso ? \Vejamos uma questo do TRF - 4° ragido, veja se vocé responde. (TRF — 4° regio) Os membros do Poder Judiciéri, os jurados e os lelloeiros pertencem, fespectivamente, a espécie ou categoria dos agentes (a) Delegados, polices, @ administrativos. (0) Administrativos, crederctados e honarificos, (c) Politicos, honorlficos e delegados (@) Credenciados, administrativos ¢ delegados. (e) Politicos, delegados e credenciadas a ADMINISTRAGAO INDIRETA ‘4 Administracao Indireta se constitui das entidades dotadas de personalidade juridica propria e compreende as autarquias, as fundagdes piblicas, as empresas piiblicas e as Sociedades de economia mista. @ DESCONCENTRACAO E DESCENTRALIZACAO DescEntralizagdo ¢ a distribuisao de competéncias entre Entidades de uma_para_outra pessoa, ou seja, pressupde a existéncia de duas pessoas, entre as quais se repartem as competéncias, DeseOncentragiio @ a distribuigao de competéncias entre Orgies dentro da mesma. pessoa.juridica, para descongestionar, desconcentrar, um volume grande de atribuigdes, e permitir 0 seu mais adequado e racional desempenho. a CARACTERISTICAS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAGAO INDIRETA a AUTARQUIA + crlagdo por tei especifica : 16 CFI88, art. 37, com redagao dada pela EC n° 19, de 04.06.1998 XIX, : "somente por lei especifica podera ser_criada autarquia” ¢ autorizada a_instituicao de! empresa publica, de sociedade de economia mista e de fundacdo, cabendo a |ei complementar, neste tiltimo caso, definir as dreas de sua atuacdo; |XX - depende de autorizacdo legisiativa, em cada caso, @ criagdo de subsididrias das entidades | mencionadas no inciso anterior, assim como a participagaa:de qualquer delas em empresa privada, * pessoa Juridica de direite puiblico; * 0 sou pessoal 6 ocupante de cargo piiblico (estatutério), no entanto, apds a Emenda Constitucional n* 19/88, podera admitir pessoal no regime de emprego piblico; * regime tributario - imunidade de impostos no que se refere ao patriménio renda e servigos. relacionados a suas finalidades essenciais (CF/68, art. 150, VI, “a”, & §2°). + desempenha servigo piiblico descentralizado; a FUNDAGAO PUBLICA * criagdo autorizada por lel especifica ¢ lei complementar ird definir as areas de sua atuagao - CF/@B, art. 37, XIX, com redagao da EC n° 19, de 04.06.1998; * 6 pessoa juridiea de direito publico; * 0 seu pessoal ¢ ocupante de cargo piiblico (estatutério), no entanto, apés a Emenda Constitucional n® 19/98, podera admitir pessoal no regime de emprege piiblico; + regime tributario - imunidade de impostos no que se refere ao patriménio renda @ servigos relacionadas a suas finalidades essenciais (CF/88, art. 150, VI, "a", € §2°), a EMPRESA PUBLICA © tem sua criagao autorizada por lei especifica - CF/B8, art. 37, XIX, com redagao dada pela EC n° 19; * 6 pessoa juridica de direito privado - titular de direitos ¢ obrigagdes préprios distintos da pessoa que a instituiu Forma de organizagao societaria - qualquer das formas admitidas em direito; Composicao do capital - a titularidade do capital é pablica. No entanto, desde que a maioria do capital com direito a voto permanega de propriedade da Unido, admite-se a participagao de outras pessoas de direito pulblico interna a exemple de Estados @ Municipios, bem como de suas entidades da administracao indireta. Foro para solugao dos conflitos -justica federal (CF/88, art. 108.1) * 0 seu pessoal é ocupante de emprego piblico, e necessita realizar concurso publico para investidura. * oseu regime tributario ¢ 0 mesmo das empresas privadas (CFI88, art. 173, §1°, II, e §2°); * explora predominantemente atividade econdmica (art. 173, CF/88) ; embora também possa prestar servicos pUblicos (CF/89, art, 175); a SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA «tem sua criagao autorizada por lei especifica - CF/B8, art. 37, XIX, com redacdo dada pela EC n° 19; * 6 pessoa juridica de direito privado - titular de direitos © obrigagdes préprios distintos da pessoa que a instituiu; Forma de organizagao societaria - unicamente sob a forma de sociedade andénima; ‘Composigao do capital - a titularidade do capital pode ser publica e privada; n * nao estao sujeitas a faléncia - mas os seus bens sdo penhordveis execulaveis, e a pessoa juridica que a controla responde. subsidiariamente, pelas suas obrigagées (Lei 6404/76, das sociedades anénimas, art. 242). * © seu pessoal é ocupante de emprego public, @ necessita realizar concurse publico para investidura, * 0 seu regime tributario ¢ 0 mesmo das empresas privadas (CF/88, art. 173, §1°, Il, §2%); + explora predominantemente atividade econémica (art. 173, CF/88) ; embora também possa prestar servigos publicos (CF/88, art. 175): PRINCIPAIS DIFERENCAS ENTRE SOCIE DE E EMPRESA PUBLICA «forma de organizacao societaria : a sociedade de economia mista 6 poderd ser Sociedade ‘Anénima. A empresa publica poderd estruturar-se sob qualquer das formas admitidas em direito (sociedade por cotas de responsabilidade limitada, sociedade andnima, etc). © composigao do capital : a sociedade de economia é constituida per capital publico © privado, A empresa publica é constituida apenas por capital publico. + foro judicial para solugdo dos conflilos da empresa piablica federal é a justiga federal; da ‘sociedade de economia mista ¢ a justica estadual (CF/88, art. 109, |). QUESTOES — ADMINISTRAGAO PUBLICA : ADMINISTRAGAO DIRETA E INDIRETA 01 - (AFTNIS8). A titulagao genérica de Administragao Publica, usada pelo legislador constituinte de 1988, ao tratar da Organizagao do Estado, para efeito de sujei¢do dos seus atos a obediéncia de determinados principios fundamentais e abservancia de outras exigéncias, restrigSes au limitagoes ali declinadas, abrange @ alcanga a) as 6rgaos dos Trés Poderes, quer os da Unido, dos Estados, do Distrito Federal como os dos Municipios b) 05 éraaos piblicos federais, estaduais e municipais, exceto dos Poderes Legislativo e Judiciario ©) 08 Grados dos Trés Poderes e as entidades descentralizadas, exceto os dos Poderes Legislative 8 Judiciario d) as érgaos piblicas, exceto os dos poderes legislativos e judiciario. 6) a8 aularquias, excetuanda as empresas pulblicas & Sociedade de economia mista 2 ~ (Juiz - TUISP- 2000) A autarquia, na organizacao administrativa, faz parte a) da administragao direta, b) do setor privacio da administragao. c) de um corpo a parte da administragao. d) da administragao indirata, 3. -(Exame OAB/SP-1999) Qual @ pessoa juridica de direito piiblico categorizada como Adminislragao Indireta? a) Empresa publica. b) Distrito Federal ©) Organizagiio social d) Autarquia, 4.» (AFTNI96). As seguintes afirmativas sobre argo pllblico sdo corretas, exceto: a} integra a estrutura de uma pessoa juridica b) possul patrimanio proprio c) pode expressar capacidade judiciaria d) no possui personalidade juridica 6) apresenta competéncia propria 5. - (ACEI98), Tratando-se de Administracao Publica, assinale a afirmativa falsa. a) A autarquia pode exercer poder de policia administrativa, b) A criagao de empresa publica depende de lei autorizativa, mas sua personalidade advém do registro competente. ) rgo piblico decorre do fendmeno da descentralizagdo. d) As fundagdes piblicas devem ter por objeto atividades de natureza social ou cientifica. €) Os bens das autarquias nao esto sujeitos a penhora. 6 (TTN.Sd/Manha). A criagdo de uma entidade, por meio de lel, com personalidade Juridica prépria, para o desempenho exctusivo de uma atividade administrativa, prépria do Poder Publico, ‘configura uma forma de a) delegacdo competéncia b) concessao ¢) coordenagao d) descancentragao €) descentralizagao 7. (TTNIG7). Nao constitu caracteristica das entidades descentralizadas a(o) a) submissdo de seus servidores ou empregados as regras de acumulagao de cargos, empregos fungées publicas b) capacidade de auto-administragao Cc) personalidade juridica prépria d) vinculo de subsrdinagéo a entitade politica que a instituiu 2) patrimdnio distinte daquele do ente instituider 8 - (MPU/93). A Administragao Poblica Federal Indireta, em face do Decreto-Lei 200/67, com as modificagdes posteriores, 6 constituida, no seu todo, pelas seguintes entidades autarquias e empresas piblicas autarquias, empresas ptiblicas e sociedade de economia mista as da letra °b” anterior, mais as fundaces publicas as letras “b” e “c” anteriores, mais os servicos sociais autOnomos as das letras “b’, °c” e “d” anteriores, mais as suas subsidiatrias. 09 - (AFC/97). Quanto as entidades da Administragao Publica Indireta ¢ correto afirmar: a) as sociedades de economia mista subordinam-se ao érgdo respectivo da entidade matriz b) a entidade administrativa descentralizada, com persanalkdade juridica de dircito publica, tem capacidade de legistar ©) patriménio da empresa publica ¢ insuscetivel de penhora d) a fundagao pode ter como objetivo estalutario precipuo o exercicia de atividade econdmica €) 98 alos da autoridade autdrquica tém natureza de.ato administrativo 10 = (INSS/93).A chamada Administracdo Indireta, na area federal, em face do Decreto-Lei 200/67 (Reforma Administrativa) ¢ legisiagao a ete supervenients € constituida pelas seguintes espécies de entidades, na sua total abrangéncia: a) pelas autarquias, exclusivamente b) apenas pelas autarquias, empresas publicas e sociedades de economia mista ©) pelas da letra “b” anterior mais as fundagdes poblicas d) 36 pelas empresas publicas e sociedade de economia mista €) pelas referidas nas letras "b" ec" anterior, mais 0s denominados servicos sociais auténomos 11 - (AFTN-marco/9d), As aularquias federais, pela sua natureza, sd0 consideradas pessoas a) politicas b) administrativas, com personalidade juridica de direite privado Cc) juridicas de diretto privado d) administrativas, sem personalidade juridica propria 2) juridicas de direito pabtico 12 ~ (AGUI96). As empresas pliblicas, na érea federal, S80 a) pessoas juridicas de direita privado b} pessoas juridicas de direito publica ¢). 6rg80s publicos auténomos d) sem personalidade juridica propria e) antidades que estae fora do Ambito da Administragao Publica 13 - (AGUI94). © Banco do Brasil € a) um drgao autonome integrante da Administragao Faderal Direta b)_um érgo aulénomo vinculado ao Pader Legisiativo c} uma Autarquia Federal d)_ uma Empresa Publica @} uma Sociedade de Economia Mista 5° PONTO — RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRACAO Esta responsabilidade se relaciona a reparagdo de danos causados a terceirs em decorréncia das atividades ou omiss6es do Estado, como por exemplo : acidente de transito provocado por veicule oficial, buracos em vias publicas. A doutrina atribui outros nomes a esta matéria tais como : tesponsabilidade extracontratual do Estado (Maria Syivia Zanelia di Pietro); responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado (Celso Antonio); fesponsabilidade civil do Estado (José dos Santos Carvalho Filho); 9 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO DIREITO BRASILEIRO Trata-se de responsabilidade objetiva ou sem culpa, com base na teoria do isco administrative. A Constituigdo da Republica Federativa do Brasil de 05/10/1988, no § 6° do art. 37 : * * As pessoas _juridicas de direito pu eas de direito privado prestadoras de servicos. piblicos responderao pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado diraite de ragresse contra a responsavel nos casos de dalo ou culpa” (grifel), A interprelagao desta regra permite vislumbrar duas responsabilidades * A das pessoas juridicas de direito piiblico : Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios, ai ‘compreendida a Administracao Direta, e as entidades integrantes da Administragao Indireta com personalidade de direita publica, tals como Autarquias e Fundagdes Publicas e seus delegados na prestagao de servicos publicos (concessionarios © permissionarios) perante a vitima do. dano - A do agente publico causador do dano, perante a Administragio ou porante o seu Empregador - responsabilidade subjetiva, baseada no dole ou na culpa. CAUSAS DE EXCLUSAQ TOTAL OU PARGIAL DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA * ocorréncia de forga maior- expressa em fatas da natureza, iresistiveis tals como : terremoto, -chuva de granizo, tornado, queda de raio, inundagao de rio; ‘culpa exclusiva da vitima; culpa de terceiros. QUESTOES -RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRACAO. 1 = (TTNIST), As pessoas juridicas de direito pdblico respondem pelos danos que seus agentes ‘causarem a terceiros, a) no cabendo acao regressiva b} inclusive se o paciente foi o culpado ¢) 86 quando provada a culpa deles d) mesmo se eles nao foram os cuipados e) 86 quando eles agirem dolosamente 2 - (AFC/92). A responsabilidade civil do Estado, pelos danos causados @ terceinos por seus ‘servidores, a) independe de culpa do agente b) depende de culpa do agente ¢) independe do nexo causal entre o acidente e o dano d) depende de prova da &nimo de causar 0 dano @) nao ¢ excluida pela culpa do paciente 3. = (AFTNIS1). Para efelto de responsabilidade patrimenial objetiva, por dano causado a terceiro, 0 ‘empregado de pessoa juridica de direito privadio, prestadora de servico publico a) @ considerado agente b) no é considerado agente c) @considerado érga0_ d) ndo € considerado argo 2) no responde regressivamente 6 PONTO - RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES PUBLICOS Encontra-se prevista na Constituigo bem como nos respectivos regimes. juridicos {estatutas) dos servidores publicos civis de cada pessoa politica : Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios. No caso da Unido 0 assunto-é previsto pela lei n° 6.112/90, em seus arts. 121.2 126. a TRATAMENTO DADO PELA CONSTITUIGAO FEDERAL CF/88, art. 37,§ 6° - "As pessoas juridicas de direito publico e as de direlto privado prestadoras de servigos piblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsavel nos casos de dolo ou culpa”. Da analise deste disposilivo, percebemos que : a) A responsabilidade das pessoas juridicas de direito piblico (Unido, Estados, Distrito Federal, Municipios, e suas respectivas Aularquias e Fundagdes Publicas) e das pessoas juridicas de direito privado prestadoras de servicos publicos (concessiondrias e permissiondrias) é objetiva. Responsabilidade objetiva é aquela que independe da verificagaio da ocorrancia de dole ou culpa b) A responsabilidade dos agentes publicos ¢ regressiva e subjetiva. E regressiva porque, primeiro, as pessoas juridicas indenizam os prejuizos causadas a lercsitos, depois, ingressam com agi judicial contra os agentes (servidores) se estes forem ou causadores do dano..£ subjetiva, porque, 0 servidor s6 indenizard prejuizos que tenha causado em caso de dolo ou de culpa G RESPONSABILIDADES DO SERVIDOR 0 servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercicio irregular das suas atribuigdes (art. 121, caput). @ RESPONSABILIDADE CIVIL ‘A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte prejuizo ao erario ou a terceiros (art. 122), ‘A obrigagdo de reparar 0 dano estende-se aos sucessores e contra éles serd executada, até 0 limite do valor da heranga recebida (art. 122, §3°). a RESPONSABILIDADE PENAL ‘A responsabilidade penal (criminal) abrange crimes e contravengées imputadas ao Servidor, nessa qualidade (art. 123). Os prazos de prescrigio previstos na lei penal aplicam-se as infragées disciplinares capituladas como crime (art, 142, §2°), Assim, se servidor cometer infracdo administrativa que configure também infragéo penal, ndo sera punido administrativamente se acorrer a prescri¢éo penal, a exemplo do emprego irregular de dinheiros pilblicos, no estatuto é infrago punivel com demissaa cuja prazo prescricional é de 5 anos (art. 132, VIll, c/cart. 142, I, do Estatuto), No entanto, se aplica © prazo de prescrigao da lei penal que é menor. a RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA ‘A responsabilidade administrativa resulta de ato comissivo ou omissivo praticado no desempenho do cargo ou func (art. 124). 4 CUMULATIVIDADE DAS SANCOES ‘As sangées civis, penais e-administralivas poderao cumularse, sendo independentes entre si (art. 125), 3 EXCLUSAO DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA ‘A responsabilidade administrativa do servidor sera afastada no caso de absolviczo penal que (art, 126); * negue a existéncia do fato ( fato nae existi * negue sua autoria (nao foi a servidor o autor do fato) . Observagao : a absolvicdo penal por insuficiéncia de provas nao alasta a responsabilidade administrativa do servidor. Assim, na hipdtese de insuficiéncia de provas, mantém-se a punicao administrativa. QUESTOES - RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES PUBLICOS 1 (Atandente Judiciério /TRT/ES/1999 - FCC) A responsabiliade civil dos servidores, por danos causados a terceiros no exercicio de suas atividades funcionais, em a¢4o regressiva promovida pela pessoa juridica de Direito Publico, depende da comprovagéo da existéncia de (A) dalo ou culpa. (8) nagligéncia ou omissio, somente. (C} imprudéncia manifesta, somente. (0) — impericia ou erro, somente. (E) dole, somente. 2 (TTN/@5). Na respansabilidade civil, penal ¢ administrativa do funcionario publico: a) as cominagdes civis, penais e administrativas poderao cumular-se, sendo independentes entre ‘si, bem como as respectivas inst4ncias by as cominagdes civis, penais ¢ administrativas nde poderdo cumular-se, sende dependentes ‘entre si, bem como as respectivas insiancias 2 cy a) a) by c) a) e) a) by sc) d) e by °) a) e) a) ) a ay b) c) a 2 poderao cumulat-se apenas a5 cominagdes civis é administrativas, sendo dependentes entre si, ‘bem como as respectivas instancias poderao cumularse apenas as cominagbes ci ‘como as respectivas instancias poderao cumular-se apenas as cominaces administrativas e penais, sendo dependentes entre si, bem como as respectivas instancias. e penais, sendo dependentes entre si, bem (TIN-92). Com relagdo as instancias administrativa, civil e penal, para apurar a tesponsabilidade do servidor, pelo irregular exercicio da fungao pliblica, pode-se afirmar, em ese, que a civil afasta as outras duas, sobrepondo-se a elas a.administrativa afasta e sobrepde-se as outras duas s80 independentes entre si ‘as duas ultimas (civil e penal) afastam a primeira (administrativa), sobrepondo-se a ela as duas primeiras (administrativa e civil) afastam a Ultima (penal), sabrepondo-se a ela (MPU/S3), Pel exercicio irregular das atribuigdes, @ servidor piblico respande civil, penal © administrativamente, sendo as sanges civis, penais e administrativas so inacumulaveis , entre si a responsabilidade administrative ndo fica elidida com a absolvigSo criminal, ainda mesmo que ‘esta Seja pela negativa do fato e da sua autoria a responsabilidade civil 86 fica afastada, no caso de ocorréncia de prescrigao da punibilidade no caso de dano causade a terceiros, a obrigagao de repard-los nao se entende aos herdairos e ‘sucessores do servider a responsabilidad administrativa do servidor fica afastada, com a sua absolviga0 criminal, se ‘negada a existéncia do fato ou da autoria (AFTNJ90). SangOes civis, penais e disciplinares au administrativas podem ser cumuladas, pois umas e outras. sdo independentes entre si, em decorréncia de natureza espacial de cada uma delas ‘ndo podem ser cumuladas, por haver ferimento aos principic “nan bis idem’, no diraito disciplinar nao podem ser cumuladas, pois umas e outras se sujeitas a disciplinamentos diversos podem ser cumuladas, pois umas € outras se inlerligam, néo possuindo, contudo, cada uma natureza especial, contribuindo, apenas para agravamento da pena ‘nao podem ser cumuiadas, pois umas e outras nda sao independante entre si (INSSI93), As instancias administrativas, civil e penal, a que se subordina © servidor publica, pelo exercicio irregular das suas atribuigdes, sdo independentes entre si, ‘mas nao padem ser cumulativas as suas sangdes mas inocentado na area administrativa, fica iidida a responsabilidad civil e penal afastando-se a responsabilidade administrativa e civil, sempre que deixar de haver condenagao ‘penal ‘ficando dlastada a responsabilidade administrativa, no caso de absolvigso criminal, mas 56 quando esta negar a existéncia do fato ou da sua autoria ficando afastada a responsabilidade administrativa, no caso de absalviglo criminal, qualquer que ‘sejaa'seu fundamento, inclusive por prescrigao (PFN/S2), Um servidor piblico responde, pela mesmo fato, a processo administrativa e criminal, vindo a ser demitido, no primeiro, ¢ absolvida no segundo, por falta de provas. Nese caso ‘servidor tem direito @ reintegrarao mantém-se a puni¢ao administrativa a Administragao s6 pode manter a pena se houver falta residual ‘pabe revisao do processo administrative ademissdo invalida-se automaticamente em decorréncia da decisdo judicial 8 (AFTN-margo/94). O servidor civil da Unido, que cometer infragaéo administrativa, que configure: ‘também infragao penal, no sera punido, disciplinarmente, se a) acorrer a prescrigao penal b) for absolvido do crime, por insuficiéncia de provas ¢) cumprir a pena criminal 4) vier a ser aposentado e) for primario 7° PONTO : REGIME JURIDICO DOS SERVIDORES CIVIS DA UNIAO. INTRODUGAO : O QUE E MESMO REGIME JURIDICO 7 opin buries dos sanvidores: pilings: 9-conjunes de neicipion = negres. terse: a A lei que retine estas fegas 6 danominada de Estatuto eo regime juridico passa a ser chamado de regime juridico Estatutario. No Ambito de cada pessoa politica - Unido, os Estados, 0 Distrito Federal ¢ os Municipios - hd um Estatuto. A lei 8.112/90, de 11/12/1990, com suas alteragies, é o regime juridico Estatutario aplicével aos Servidores Pablicos Civis da Unido, das autarquias e fundacdes publicas federais, ocupantes de cargos publicos. O REGIME JURDICO E UNICO ? Era, nao 6 mais. Como ja vimos, o Regime Juridico Unico existiu até o advento da Emenda Constitucional n® 19, de 04/06/98. A partir de entdio é possivel a admissao de pessoal ocupante de emprego publica, regido pela CLT, na Administragao federal direta, nas autarquias @ nas fundagSes publicas; por isto é que o regime nao é mais um 86, ou seja, nda € mais Unico, No Ambito federal, a Lei n° 9.962, de 22.02.2000, disciptina o regime de emprego publica do pessoal da Administragao federal direta, autarquica ¢ fundacional, dispondo : pessoal admitide para emprego piblico tera sua relagao de trabalho regida pela CLT (art. 4°, caput); Leis especificas disporao sobre a criagdo de empregos, bem como sobre a transformagao dos atuais cargos em empregos (§1°); Vedou que se submeta ao regime de emprego pilblico os cargos piiblicos de provimento em comissao, bem como os servidores regidos pela lei 8.112/90, as datas das respectivas publicagSes de tais leis especificas (§2"). CONCEITO DE CARGO PUBLICO Cargo piiblico ¢ o conjunto de atribuigées ¢ responsabilidades que devem ser cometidas. a_um servidor. Sao criados por lei, com denominagao propria pilblicos. para provimento.em carater efetivo ou em comissao (art. 3°, paragrafo Unico) E proibida a prestagao de servicos gratuites, salvo os casos previstos em lai (art. 4°), PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIENCIA as pessoas portadoras de deficiéncia para provimento de cargo cujas atribuigSes sejam compativeis com a deficiéncia de que so portadoras (art. 5*, §2°).. PROVIMENTO E preenchimento de cargo vago. © provimento dos cargos pulblicos far-se-4 mediante ato da autoridade competente de cada Poder (art. 6°). FORMAS DE PROVIMENTO (art. 8°) : Nomeacao Promogao Readaptagao Reversao Aproveitamento Reintegragdo Recondugao. Importante - as formas de provimento Ascenso ¢ Transferéneia nao existem mais, foram vogadas pela lei n° 9.527/97, antes mesmo, ja haviam sido declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal NOMEAGAO — ¢ 0 ato administrative pelo qual se atribui um cargo a alguém (dete Medauar). ‘A nomeagao dar-se-a (art, 9° e 10°) Em caréter efetivo quando se tratar de cargo isolado ou de carreira (cargos de carreira sia aqueles sdo estruturados em classes e que permitem crescimento profissional) depende de prévia habilitagao em concurso puiblico de provas ou de provas-e titulos Em comissio, deciarado em lei de livre nomeagiio e exoneragdio, para cargos de confianga. PROMOGAO — representa a progressio vertical na carreira, pasando de uma classe para outra (conceito doutrinario) READAPTACAQ - ¢ a investidura do servidor em cargo de atribuigdes ¢ responsabilidades compativeis com a limitagdo que tenha sofrido em sua capacidade fisica ou mental -verificada em inspecio médica iguais ou assemelhadas (art. 24). Se julgado incapaz para o Service pUblico o readptando serd aposentado(§1°, art. 24). REVERSAO - reversao é 0 retorno a atividade de servidor aposentado: (art. 25) | - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motives da. aposentadoria; Il-no interesse da administragao, desde que: (Redagao dada pela MP n° 2,088-38, de 27.3.2001) © servidor aposentado tenha solicitado a r a aposentadoria tenha sido voluntaria; estavel quando na atividade; a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores a solicitacao: haja cargo vago. Neste caso o servidor perceberd, em substituicde aos proventos da aposentadoria, a remuneragao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente & aposentadoria (§4°). Somente terd os. proventos ealculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menas cinco anos no ‘cargo (§5°). Nao podera reverter aposentado que ja tiver completado 70 (setenta) anos de idade (art. 27). APROVEITAMENTO- é 0 retorno a atividade do servidor estavel em disponibilidade em cargo de atribuigées e vencimentes compativeis com o anteriormente ocupando (art. 31). REINTEGRAGAO - retorno do servidor estavel_no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resullante de sua transformagao, quando invalidada_a_sua_demissdo_por_decisdo_ administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens (art. 28). RECONDUGAO - é o retorne do servidor estavel ao cargo anteriormente acupado ¢ decorrerd de : (art. 29) inabilitagao em estagio probatorio relativo a outro cargo; reintegragae do anterior ocupante VACANCIA. Ea situagao do carge que esta sem ocupante. FORMAS DE VACANCIA (art, 33) : Aposentadoria; Falecimento Demissao; Promoca Readaptagao; Exoneragao; Posse em outro cargo inacumulavel; APOSENTADORIA — é a desocupacao do cargo © ocorreré por invalidez permanente para o ‘servico piblico, compulsoriamente quando o servidor tiver completado 70 anos, ou por decis8o ‘voluntaria do servidor que cumprir 05 requisitos para a apasentadoria. FALECIMENTO — Trata-se de um fato a que 0 direito administrativo atribui repercussao, no caso, a ‘vacdincia do cargo. Nao é um ato, mas, 6 um fato administrativo DEMISSAO - trata-se de penalidade aplicada ao servidor, prevista no artigo 132, deste estatuto. PROMOCAO - representa a progressdo vertical na carreira, passando de uma classe para outra (conceito doutrinario). READAPTACAO - ¢ a investidura do servidor em cargo de atribuigdes e responsabilidades compativeis com a limitacdo que tenha sofrido em sua capacidade fisica ou mental verificada em inspegde médica iguais ou assemelhadas (art. 24), Se julgado incapaz para o servigo pUblico o readptando sera aposentado(§1°, art, 24), POSSE EM OUTRO CARGO PUBLICO INACUMULAVEL - O servidor federal quando ja estavel ‘em um cargo piiblico ¢ cbtiver aprovagao em concurso pilblice para outro cargo, paderd ‘optar por esta forma de vacancia em vez de pedir exoneragdo. Com esta providéncia, caso seja itado no estagio probatério para o nove cargo, poderd retomar ao cargo em que era -estavel, EXONERAGAO (art. 34) Aexoneracao de CARGO EFETIVO dar-se-a a pedido do servidor, ou de oficio quando 1 - quando, tendo tomado posse, o servidor nao entrar em exercicio ne prazo estabelecido (15 dias). |l- quando nao satisfeitas as condigaes do estagio probatério. Aexoneragao de CARGO EM COMISSAO dar-se-4 a.pedido do servidor, ou a juizo da autoridade competente. A RECONDUGAO - é 0 retorne do servidor estavel a0 cargo anteriormente acupado @ decorrerd de inabilitagso_em estagio probatério relativo a outro cargo, ou de reintegragao do anterior ‘ocupante (art. 29). 26 ATENGAO : embora nao conste expressamente do artigo 30, que elenca as hipdteses de vvacdncia, a recondugao tem side assim considerada nos eoncursos publicos, EM RESUMO : a promogio, a readaptagdo e a recondugao séo formas simultaneas (ao mesmo tempo) de provimente e de vaeancia, A POSSE EO EXERCICIO ‘A nomeagao por si 56 ndo basta para iniciar as atribuigdes do cargo 840 necessérios ainda a posse © o exercicio. APOSSE (aris. 13 © 14): A investidura em cargo pablico ocorrera com a posse (art. 7°), mediante assinatura do respectivo termo, no qual deverao constar as atribuigdes, os deveres, as responsabilidades ¢ 08 direitos inerentes ao cargo ocupado (art. 13, caput). Posse é a aceitagéo do cargo pelo servidor (Odete Medauar). TOPICOS SOBRE POSSE $6 haverd posse na hipdtese de provimento por nomeacao (§4°, art, 13), poderd ser mediante procuragao especifica (§3°, art. 13). A posse ocorrerd no prazo de 3t i contados da publicagdo do ato de provimento (nomeagae). Sera tornado sem efeito o ate de provimento $9 aposse nao ocorrer neste prazo (§§ 1° @ 6°, art. 13), A.posse dependera de prévia inspecdo médica oficial, sera empossado aquele que for julgado apte fisica ¢ mentalmente para o exercicio do cargo {art. 14). seu_patriménio e declaracao quanto ao exercicio ou nao de outro cargo, emprego ou fungao publica (§5°, art, 13). A lei 8.424192, exige a declaragao de bens ¢ valores do cénjuge ‘ou companheira © das demais pessoas que vivam sob sua dependéneia econdmica (Lei 8.429, art. 13, capute §1°). REQUISITOS BASICOS PARA INVESTIDURA (posse) EM CARGO PUBLICO (art. 5°) : |-a nacionalidade brasileira; _ ‘Os cargos piblicos so acessivels aos estrangeiros na forma da lei (CF/88, aert. 37, | . A lei n® 9.515/97 prevé que as universidades e instituicbes de pesquisa cientifica @ tecnoldgica federais poderae prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. Il- 0 gozo dos direitos politicos; Il - a quitacdo com as obrigagées militares @ eleitorais; IV-- o nivel de escolaridade oxigido para 0 exercicia do cargo; \ - a idade minima de dezoito anos; VI- aptidao fisica e mental ‘As atribuigdes do cargo podem justificar a exigancia de outros requisitos estabelecidos em lei (§ 1°, art. 5°). O EXERCICIO (arts. 15.20): Exercicio é 0 efetivo desempenho das atribuigées do cargo pliblico ou da fungao de confianga (art. 15), donde passa a contar o tempo de servico (Odete Medauar), E de 45 (quinze dias) o prazo para o servidor empossado em cargo publico entrar em exercicio, contados da dala da posse, se nao entrar em exercicio no prazos previste o servidor sera exenerado do cargo ou sera tornado sem efeito 0 ato de sua designagae para fungae de confianga, ($81? e 2°, art. 15).

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