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‘arlindo Uguiing Nett: Lois Gustavo Barros: Yurt Lette Eloy = MEDICINA LEGAL. MEDICINA #8~ 2091.1 ARUNDO UGULINO NETTO LUIZ GUSTAVO C. BARROS + YURI LEITE ELOY MEDICINA —P8 - 2014.1 MEDICINA LEGAL Genival Veloso de, Medielna legal, 7" ed, Rio d sua * iia Médiea Judielal. 2° £3. Rio de Janeito: Gua 1000 perguntas de Medicina Legal, 10 die Janeiro: Ealvora ‘Aiindo Uguiino Nett; Lolz Gustavo Garros: Yuri Lost Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa~ 2011.1 sao Risobos 20 MED NETO, Arlindo Uguline. PERICIA MEDICO-LEGAL (Professor Ronivaldo Barros @ Luciana Trindade) A Meilicina Legal é uma especialidade médica & Juridica qué ulliza conhecimentos técnico-cientificos da Medicina ara o esctarecimento de falos do interesse da Justia. ‘Segunda o prépne Profassar Genival Velosa de Franga. © Medicina Logal “é a contribuigao da medicina e da tecnologia © ciéncias fins 4s questées do Direlto, na elaboracso das leis, na administragdo judiidva na consotidagao da douirina’. Para o Professor Ronivaldo Barros, a Medicina Legal ¢, simplesmente, ‘a Modicina a servico do Cireito™. Seu praticante # charnado f ‘do médica lagista ou simplosmanie legista. A sua principal forramonta de profissio @ a poricis médica-logal Por definigia, a pericia médicotagel consisie na aplicagio melidica « Imparcial dos conhecimentos médicos para esclarecer fatos de interesse de avioridade legiimada. Em utras palavras. defino-se a pericia médicodegal como um conjunto. de procedimentos meédicos 2 téenioos que tom camo finalidads 0 esclarecimanto de um fato de interesse da Justiga, Ela tem a finalidade ee auxilar ou interlene na decisho dé uma questie judicsria ligada a vida ou a sade do homem au que com ele tenha rolagdo. ‘O executor da pericia medicolegal 6 chamada de perite médico (médico legista ou, simplesmente, legis), que onsisie em um profissionat formade na érea médica que, conforme juiza de auioridade legiimada, detém os conhecimantes tecnicos @.08 abibulos morals necessénos para reakzacbe de uma perila, ‘A partir deates levantamenios conceiluais, wate Captiula tem por objetivo, albm de iniroduzir a dsciplina de Medicina Legal na graduacso em medicina, os seguinies: ¥ Demonstra as pecultaridades da Medicina Legal com relaguo as demats areas da medicina; ¥_Aprosontar © discutir 2 legislags0-que discipins a pericla médica na seara penal; ¥ Disculiros pontos geradoras de divides nas questbes legals relalvas & pericia médico-egal ‘A Medicina Legal Se dere, eri diverses pontos, das demais especialidades. Com © que foi exposlo até antéo, ddeverse ficar claro que a finalidace da pericia € produzit uma prova, © @ prova nba é ouira coisa sendo 0 elemento sdemonsirativo do fata. Portanio, $6 a vitima de uma agressia (soja fisica ou psicolégica) ¢ dinigida aa médica legisia para a.confeceo de uma perieis, 0 parito no tom a pretenséo de atsndé-o para curar ou cuidar da sua saide, mas sir, de aralisar 2 suposta a apressdo @ comunicar a0 Juiz ou depo solictante, por meio da pericia médicotegal, a existdncia sde um eventual dano & saiide da vitima, Por esta raz8o, nas mos de um médico-perito, a vitima detxa de ser paciente © se toma um periciando, caracterizando um objeto de andiise. Desta forma, a Medicina Legal 6 uma aspeciatidade médica peculiar — ola nao ee exerce para atender a0s interesses daquele que eid diante do perto (0 periciando}, mas para alander aos interesses de uma autoridade (um Juiz, por exemplo) que tem divides acerca de um fato de natureza médica, de caso concreto, e quer ter tal divide ‘desieita através de uma analise realizada por um perito habiitade para tal. ‘Come regra, segundo © proprio Codigo de Etica Medica, 0 médico em geral esta preso ao sigilo profssional, sengo ele abrigado 8 manter segredo quanto as intormagdes confidencials de que tiver canhecimento no desempenho sde suas lunges, Dilerontemente disg0. 0 médico legisla, de certo modo, foge a esa regra, wma vez que ele ¢ chamado para expor acerca do um fato. Partanto, « laudo médico-legal no # documento siailso; mas é uma pea publica. como © boletim de ocorréncia © 0 inqueétto policial no qual ele @ anexado. Apenas quando a autoridade polcial acrodita que sua divuigagso. pases projudicar 9 andamento de uma invastigagéo, solcita a um juiz que decrete segredo de Justiga sobre @ 6030. Entratanto, @ sigke médice pode ser mantido para aqueles casos de nalvreza médica que em nada somam u interteram na aplicacéa da Lei (como por exemplo, 30 0 pacionte 6 viima de agressao fisica, no interossa a sdiuigagso de sua provavel opcSo sexual, presenca de aventuais doencas saxvalmento transmissiveis, dados ou ‘doongas constrangedoras pars 6 periciando, #te). Por fim, & vido vessaltar que. diferentemenie de qualiuer outra especiaidade médica, em que o profssional ‘pa por qual atividade ele quer se dedicar dentro da medicina. o peritomnédico pode ser solictada a reaizar uma pericia ‘quando convocado por uma autoridade legal, sendo 0 médica, independente de sua especialidade, obrigada a aplicar 's8uS mais profundes conhecimenios em Medicina Legal para a reaiza30 de uma eventual periia, masmo que nao soja a tua Yorlade. Muito ombora, diga-se de passagem, o parte lowvade (escolhide ou ad hoc) no recabe nenhuma ‘ratificacdo financeira pra tal ato, Fortanto, em conclusito a0 que fol expasto alé agora, podemos destacar, pelo menos, trés aspectos que diferem 18 Medicina Legal das demais espociaidades médicas que constituem a Medicine Assistencialista: ‘Atindo Uguing Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Lito Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 (1) AMeicina Legal ndo se exerce para alender aos inleresses daquele quo eid diante do perito (@ periciando), ‘mas para atender aos inieresses de uma autoridade (um Juiz, por exemplo) que tem dvidas acerca te um fa do natureza médica, e quer ter tal divida desteita através de uma andlise reaiizada por um perito habiltado para tal anaiigo. Portanta, nSe existom pacientes para a Madicina Legal, mas sim, 0 pariciando, que naéa mals # que um instrumenta de andlise, ‘Nao hat siglo médica no que diz respelta 20 resultado da analise (pericia)realizada pelo peritomédico, até certo Ponto. Exle pont esta relaconado com aqueles fatos de natureza mécica que ndo tm relacéo com a divs da Auloridade solctante ou que ndo 80 nacessdrios para a aplicaglo da Lei. Estes falos podem sor mantides sob igs médico, (3) A pratica da Medicina Legal nfo @restta para médicos legistas destinados para ta fungi: qualcuer profissonal médico, Independente de sua especialiéade, pode ser lowvado para fazer uso dos conhecimentas em Modicina Legal coorcitiwamente, deste que nonieada por uma autaridado, soja no interesse dos procediments policiak Jusieitrios t9ja nas inquéntos polieal-miitares, 4) 3 achados linicas enconirados no ebjote de esiude médicoegal (represenindo pelo periiando) nd sto fencerados 300 uma perspectiva de tratamonto = 0 rédico-perto apenas ver e refere om um laudo 2 10880 fencontrada, sob 0 ponto de vista eticlégico,diagndstico @ progndstico, sem se preocupar com 0 iralamento, @ ‘OBS’: Embora o periciando com relagta ao perito nda goze de todas 03 direilos que tom um paciente com relagSo a um Médico, ale pode deter diraitos basicos, como a presenga de um acompanhante, a direlo da privacidade, atc. ‘Camo vimas anteriormente, a Medicina Legal corresponde ao uso da medicina servica do Direilo. Gontudo, Direito pode ser considerada como um campo dotado de varias areas de abrangdncia ~ ou, coma & chamado pelo prOptio Dirato, varios ramos: direite civil (garalmente relacionade com indenizagOes), direlo trabalhists, viceite milter, sr0ite penal (ou criminal, direito administratvo, ate, ‘A medicina contribui com 0 direito em todos estes diversos ramos. Muito embora, o Férum Penal sea o eseoihido para centralizacao do estudo poss, apenas neste ramo, o médico pode ser solicitado para a realizac3o de uma pericia do forma compulsdria, Em todos os Outras campos, © médien louvada pode apresontar uma escute (eu rojeigso) qualquer para nto realizar a pericia, Em face visso, @ prudent, a propésito da graduagio em Medicina, demonstrat ‘apenas os modelos de poricia determinadias pole Férum Penal, uma vez que cada pericia detarminada pelos ramos do direita @ regulada por uma norma especifica (@, desta forma, cada uma apresenta seu modelo © pacticularidades eapeciticos). PERICIAS MEDICAS QUANTO AO DESTINO: ‘Atindo Uguing Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Lit Eloy ~ MEGICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2091.1 ‘Nem foda autoridade @ compatenie, legalmente, pare ardenar a realizado de uma pericia. Por ei, apenas uma auitoridade legitimada tem 0 direto de solicitar a reakzagdo de uma peticia (0 que no inclu, por exemplo, Prefeitos. Prusidentet, Lidares Comunitarioe, Pagros, etc.) E dever desta autoridade, uma vaz solietads a parila, convocar um middico que dolenha conhecimenias (écnicos minimos © alibulos morais necesséros para realizagdo de uma peticia, Nic teria valor um laud elaborado por um médico com 0 name suo por acusagies coheretas ou sob suspeita, ‘No que diz respeito as Pericias Panais (regis pelo Forum Penal). que serao foco de nossa sbordagem 20 Jongo desta Disciphina, devemos entonder quais $40 as auloridades que assisiom ao divvita de convocar ov determinar a ‘ua realizagdo, Para isso, devams entender 6 qua eetd pautads, prineipalmente, na Cédigo dé Proceso Panal (CPP), ‘que é a legislagdo responsive por regula a perlcia penal CODIGO DE PROCESO PENAL DECRETO.LE! N*2.6e0, OE 3 OE OUTUBRO BE 4841 ‘Art. 156. A prova da alegago incumbird a quem a fizer. sendo, port, fecultado ao juz de offic: ("de offcio" Sinica em fane0 de er Peedonar, mesimo anos da nicoca a ao poral a producto ortocpada de proves coneidoradas urponosw rolevantas ‘cbsenvando’a necessidade, adaquaglo @ proporcionslidade da madd; [2 pericia 6, portato, um mao de pravar um TT earns curso de rc, cu ais de solettsetanc, a ekarto de gtndes pars desis sore Porter) lta foona us us Go Dh pou Someta atcoe co une poe [Art 6° Logo quo tor conhacmonto da pica daintrago penal. a autridagepobcial dover: \il= dotarminar, sa for caso, que se proceda a exarne do corpo da deli © a quasar cuts percias: [Autortiodo poco Delegado de Pollela Ch e do Pollela Federal a Poliaa Mar nso lem a lingo oe aurdede pobial pos, em agus ‘e0808. los S30 Simplosmente nameades, 0 so concursados} Af. 13.0 oncaregada co inqutt poa mia (PN) devera, para a femae0 dose: 1) datonmnar so fro aco gue se proceda a exame do ear de Uae @a qualquer oubos exomes opis. conser {ima owaeao 0 Present ou Entarmegad de Inqusite Potcial Militar JPR) fbi pad ceteranor a Yeakencso «ama pesca) ‘Af. 484, Sahoo caso de exam de como de deli, 0c ou autondade pola gar 6 percs requerio pelos partes, quando ‘do for neenssana ao esclargemonto da wards. foramen de compe do Bolts coma veremice male neha, 6 Koa! @ pari mec nm 08S: Para todos os ofetes, os amas “doterminar “ordonarignteam ‘mand fazer} FEDERAL DE 1988 ‘96 mARISTERIO PUBLICO “Ast. 128, So lunges insthucionais do Minstrio PUbiica (MP) ‘Vi expedi notiiearies nos proceckmonios scministwvos. de sua compoténeia, raquisitand Iformagies © documants ara instruc, na foerna da ai complementar respectva ‘Vil - roquititar digineins imesiguiéras @ 4 inetauragso do Kquénio pokes, neieados o& fundamonies juriiens de sus {0 lenmo ‘requistar’ ido fem o mesmo poder de ‘deleminar e-otvigar”povtanto, © Promoter ds shustipa ‘do MP) do pede erdenav a resizaeio do ums pericia, mas pode requistor ao Dalegsds de Police Ee Di se a F eneive SCS ROR NN CS HE LEI ORGANICA NACIONAL DO MINISTERIO PUBLICO: {LEI M8625, OE 42 DE FEVEREIRO OE 199% ‘Air. 28. No eercicio to euas fungbes. 0 Minitixio Plltten poder: ) raquisitar informapdes, exames pericials © documortos de autordades fadarais, estaduais @ municipals, bem como dos ‘rg © entidades da acminisiraao dita, indrola ou findacional, de qualquer dos Poderes da Unido, dos Estades, do Dstrte Federal » des Muripios; (COOIGO DE'PROCESSO PENAL DECRETO Le! W°3.698, DE 1.0E OUTUBRO DE Y8et ‘Art. 108. Em caso de lasts corpora, 3¢ 0 primi exame poricial tar sido incompeta, procedersse- a exama cornplamentar por ‘determinacdo da autoridade policial ou judiclaria, de offcia, cu a requerimento do Ministéria Publico, do ofendido ou do ‘a0usadd, Oude seu defensar. [este Aigo db CRP raiica 0 poder do Juiz de Dire e da Aufoncace Pict! em ordenar 8 reaizarso 1 paricia, enquanto que ao Promotor do Justifa, abe aponas requorer a wos) ‘Aiindo Uguiino Nett; Lolz Gustaro Garros: Yuri Lost Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Po~ 2091.1 Portanto, ert sltiha andlise, os seguintes agenles podem determiner (lia-se, obrigar) a realizagso de uma pericia penal «Juiz de Diroito Autoeidade Politial (no que diz respeito aa Daingade de Policia Civil e a0 Dalegado de Policia Federal) Presidente ou Enearregada de Inquérito Policia Miltar (IPM) Portanto, como rege a Lel, 0 Promotor de Justica, representante maior do Ministdrio Publice, no tem a ‘capacidade legal de ordenar a realizagio de uma pericia, mas tem o diraito de requerer a reaitzacio da mesma a6 autoridades competentes (Juiz de Direlto @ Autoridads Pelicial), as quais podem abragar a equa o insttuie a reatizagae da pericia come também podem negirla, quando achar a requerimento impertinente. Eniretanto, na realidade pratica, mullos legistas realizam a pericia sob comando do Ministerio Pablico (como 0 préprio Professor Ronivaldo Barros |ustiica esta tese: “Manda quam pode: obedace quem tom juizo") ‘Neste momento, © pefinente descrever © modo de como @ feria a pericia om Férum Penal. & partir daqui, sero ‘sstabelecidos alguns concaitos que demonstrarao quais s80 as principals necessidades que 0 Diteito tenta extrait da Medicina. Antes disso, alguns concsites no que diz respeita a terminclogia juridica devem ser exploradas para melhor ‘ontondimento das tras de Legislacio que serio apresentados nos préximos Wpicos: ‘+ Infragio ponat: todo tipo de atentado ov. contravengao ao Codigo de Proceso Penal seré considerate uma lnfragas penal + Gorpo de delita: conjunio de vestigios materiais deécorrentes de uma ago ciiminosa, ‘CORPO DE DELITO ‘Seja qual for o enfoque dado ao corpo da delto, ainda que diverso no seu campo conceitual, hi de se a admitir ‘como um elenco de lesdes, allorapdes Ou perturbagbes, @ dos elementos causadores desse dana, ém se tratando dos ferimes contra a vida @ contra a sadde do sar humano, sosde que possa isso contribulr para pravar a apo dalitosa. ps0 facto, corpe de deiito ¢ uma matstora, pols supbe que o rosultade do delito, considerade nos seus aspectos fisicos © psiquicos, registre um conjunto de materiais, mais ou menos intertigados, dos quais se compde e que thes constituem ‘uma reuni8o de proves au de vestigios da existéncia de um fato criminoso. Em outras palavras, © corpo de dalito corresponde a0 canjunto de vestipios materials. decorrentes da ago criminesa. Seria, temando come examplo um eime camatida pot arma de fogo, © canjunto eventual de todos 08 elementos que tem a ver com a praca deste crime e é vestigio material: compe da vilina na Gena do crime, arma utlizada no crime, eventuais manchas de sangue nas mfos ou nas roupas do criminoso, assim como os resquicios de ‘sangue a0 longo do trajeto da fuga do criminoso, etc. Todos estes elementos constituem a prova da prética do crime portanis, constitul » corpo de dolita, CODIGO DE PROCESSO PENAL DECRETO-LE! N° 3.689, DE 3:DE OUTUBRO DE 1941 ‘CAPITULO I - Do Exame do Corpo de Delite, ¢ das Pericias em Gera! Art. 158, Quando a infragdo deixar vestigios, ser indispensdvel @ axame de corpo de deli, dreto ou indireto, nd podenda suprita a confissSo do acusada. Portanto, para devido reconhecimento da verdade juridica qua se quer restabelecer a partir de um fato, 0 direito processual penal, em seu Artigo 158, s¢ vale do compo de delite para s formacSo da convicr8o do julgador: sempre que a Infrac30 deixar qualquer tipo de vestigio ou de provas, a realizacsa da anslise do corpo de delita (aireito ou indireto) ‘deverd ser procedida, como forma de materialdade da ofensa, Por asia razio, sempre qué hd um crime, a cena ¢ isolada @ mantida dé forma mais fal possivel, no intuito de evitar alieragdes no carpe de delit. A isalagdo da cena de crime e protego do corpo de delito & responsabilidade 0 orite criminal, « no do médico pesto. © perito criminal 6 respansiivel por recolher todos os vestigios do corpo de Selito @ lavantar as ovidéneias doe enyolvides com a infraglo, Todos o& materia coletadas devam ser anvindos para © Instituto de Policia Ciantifies, de onde partirae pata setores especificos (laboratories quimicas @ biolégicos, laboratérios de balistica forense, Instituto Médico Legal, alc, Todas estes selores possubido perites especificos que analisardo cada ‘vestigio separadamente ¢, a0 final be um prazo predeterminade. deverdo enviar laudos para andlise da autoridade inant. cece atehity Sune rw: S4) rio, indo: ei abides inn seNG Wie ee ambien oct #9 exame de corpo de delil. que néo ¢ responsabliiade apenas do médica, ‘Aiindo Uguiino Nett; Lolz Gustavo Garros: Yuri Lost Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA Fo~ 2011.1 O corpo de dalto pode ser elassificade, entBo, de duas formas da sua pericia: «Corpo de dalite dirata (Pericia porcipiandiy: 6 0 conjunto de vestigios materials decorrantas da agao eriminosa que podern ser “percabidos’, através da pericia, pelo proprio examinador. Quando este tipo de pericia é realizada, 0 documenta emitido ¢ chamado de laude paricial, Sic oxemplos: Corpo da pessoa ou entsa; % Instrumentas, utensilios, objetos, arma etc. ¥ Qutyos vestigios, influenciando também na forma de classificagao + Gorpo do delita indirato (Pericia decticenal): ooarre quando 4 impossivel a realizaco do exare-direlo, © que pode ocorrar, pelo menos, em trés situagoes: Par terem desaparecido (por apho.da naturez ou do tempo) ~ ver OBS"; ¥ Par terem sido perdidos (por aga do homer — culpa ou dato}; ¥ Por estarom inacessivets (natureza) ‘Desta forma. 0 corpo de deli indireto constitui-se na prava téstemunnal a documental, na Yorma de parcceres médico-egals (paricia deducendiy: manifestagao técnica acerca de falos suscitadas por melo de fichas.clinicas, prontaéries, atestadas, fotos, filmes, depoimentos, ec, (CODIGO DE PROCESSO PENAL DECRETO-LE! N* 3.689, DE 3. DE OUTUBRO DE 1941 ‘CAPITULO I -Do Exams do Coepo da Delito, das Pericias om Garal ‘Aft. $67. No sence ossivel 0 ¢xame de com de dalle, por Raverem desaparecie os vestigos, a prova testomanhal poet ‘upsets a fana, [E mporante rossatar que. iedopandent® do 80° Ld prowl Wstorenha! Ou NBO. oS BBS de provas, mo Ba, $e} fares, ov sa 0 fom do coma foram Aprosartadss as ora da vn crime Ado pasar no alTinagIO do cre, abo “hu deci ojstiicar 8s lenis das prov qu 0 feéra tomar ut orm eso prc) (088"; Exc um ao em Mana Load gu cr“ topo inmigo eo preva posi Quo mals 2 Sema par a reatzagd0 {2 una panca menos endincas soo Sapenivele. © caver. por aati quando ens em pusefage gasoes, pete fis ae ‘racers moras, ano ae oncusoos quo poder ser tae (G8! © Professor Geral elon de Panga, Glande eufos autores. alma bm quero crpo e delio dove ser eae: (Corpus crn ~a pessoa cua esa sete a qs ana exo una maraa © em goss posta ever @ apace Boll (2) Gapce nstumertane’~ 0 cosa mater com a qa se perpewou 6 ato cimnoso © ne Qua sudo aprecodas sus raters © | (3) Campus probaran ~ 9 elemersa Se cance” prove, vestige, rose anfeeagoes rosso Fl ft Galhmeo (ou sop o conjnto 8 toes as proves afeins de‘ um cra), Cosa tribém come (1) carer pernanerts (Sea {Srte pamanene, como uma penne 8 bla 2) passage ostea fete rence, coro wna epamose) DOCUMENTOS MEDICO-LEGAIS: Documenta @ toda anotagsa eserita que tom a finalidads de ropraduzit o ropreseniar uma manifestagao do pensamento. No campo médicotegel da prova, 80 exprassies oréficas, publicas ou privadas, que lém o carder representative de um fate a ser avaliada em julzo. Os documentos, de interesse da Justia, sAo: as notificagtes, 05 atestades, 0s relatorios @ 03 pareceres: ald destes, os esciarecimontos ndo escritos na Ambita dos tibunais, ‘constituem os depoimentos orale, Laude au auto, © Laudo @ 0 Auto sd0 documentos frutas da pericia percipiondi. © Laudo ¢ conteccionado quando 0 proprio perito radige suas impressdes: 0 Avio 6 confeccionado quando ola dita para que um escrivao redija. As partas dostes Socumentas (que 880 am comum com © parecer) £80: Y Preambulo: descreve quem determinou a pericia (autoridade fegitimada), quem a realizaré (perito), local onde ‘esta Sendo realizada (6rqio ou instiiuicdo) e:¢m quem serd realizada (periciando).. Quesitos: $30 perguntas pré-formuladas para cada tipo de pericia penal. Y Histories: deve ser cothida com © peviciandia ©, quando nao for possivel, colnida com tereeitas, Consiste no twlalo detalhade da infragde, Y Descrigdo: consista no relato em detathes do exame que est sendo realizado. Nesia etapa, podem existir varios lermos meédicos que deve ser explicades na discussao (para melhor entanckmento da autoridade), Constitui a parte mais-importante da Laude. Y Diseussso: espago reservado para prestagso de esclarecimentos. de tetmos médicos ¢ cienliicas que possam suscitar dividas para a autoridade logitimada. Isso importante, como por exemplo, para os casos de aborto ‘rindo Uguing Metta; Luiz Gustavo Barros: Yuri Lett Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PE 2011.1 que, pelo menos sob e ponlo de vista legal, no configura uma morte (pols @ que no nasceu, nie pode morrer), ¥ Conclusio: consiste- om um sumario, com tarmos claros @ diratos, do que fol relatade no histérico © da saserieao. Y Resposta aos quesitos. ‘085': Para evitar problemas legais durante a edicao do laudo médico. 0 perito pode citar que o reiato fol, de fato. feito pelo pericianda, ressaitando a fala contado pelo préprio pericianda (Ex: “conforme retata 0 periciando”, “como informa © Periciando”, ete.) Parecer médico-legal. © parecer médico-egal 6, pots, a definicao do vator ciantifco de determinado fato, dentro da mais oxigente © cefiteriosa técnica médico-egel, prncipaimente quanda esse parecer ests alicergado na autoridade © na competéncia de ‘quem a svbscreve, como capaz de esclarecer a divida consituiva ca consulta, Diferontemente do Laudo. «parecer midico-logal @ o documenta emitido no caso de um corpo de deli indreito, ‘quanda & impossivel a roalizap0 do examo direto. O parecer 6 constituido pelas mesmas partes do Laudo médico ~ contud, diferentemente deste, 9 Discusséo e ¢ Concluséo $80.05 pontos de maior importéncia {e ndo 8 Deseri¢ao), uma ‘vez que a coisa a ser estudada ndo se encantra disponivel, Portanio, compartihanda das mesmas partes do Laudo, Parecor @ constituide por: Preambul: ~ Discussto: Conelusio: -Raspostas aos quesios, wasn ‘Outros documentos médice-legals. ‘Quiros documentos muito uliizagos pola Medicina Legal o de grande importancia esto kstados logo a seguir. Devi a sua impatancia,o seu madele de edicio sed melhor delahhado em caplosfuttos ‘Atestado médico: documento que tem por objetivo fimmar a veracidade de um {alo ou @ exist@ncia de otorminade estado, ocorréncia ou ebsigapae, E uma declaraglo pura © simploe, por egerito, de um fate médico #2 5098 possiveis consequéncias, ¥ Declaragéo simples ¥ Declaracao de obita, PROVA PERICIAL ‘A Lel n® 11.680, de 9 junho de 2008 altera dispositivos do Decreto-Lei r® 8,688, de 3 de outubro de 1941 (Cédigo ‘de Proceso Renal), relativos a prava pericial, e da outras providéncias. Por esta razo, 0 wstudo do CRF feito a partir de ‘entio sara raalizada ja om face destas alteragbes. CODIGO DE PROCESSO PENAL DECRETO-LE! N? 3.689, DE DE OUTUBRO DE 1941 Art. 159.0 exame do corpo 40 delito [ou s6j0: 9 porieia médico-logal) @ outras poricias sera realizados por poito ‘oficial, pontador de diploma 4 curso suparior. {§ 1° Na fata da porto oficial, o exam seré realizado por 2 (dues) pessoas idineas (copaciadas}, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na aaa especifica, dentre as que tiverem habiltacso técrica relacionada com a natureza de exame. fom fungao do que esta escnta paste Pardgrafo, & possivel a outros profissionais da rea de sadde Formaves, coma Enfermoiros, realizado de um exame perial em dvea médica} '§.7" Os petitos nao offciais prestarao 0 Compromnisso de ber e flelmente desempenhar o encargo. 5. Serio facultadas ao Ministério Pablico, a0 axsistente de acueagse, a0 ofendido, ao querelante & a0 acusado a TormulagSo de quesitos e indicacdo de assistente técnico. {§ 4° O assistente técnica atuara a partir de sua admisaao pelo julz © apés a conclusso dos exames elaboragio 4p laudo poles peritos ofieiis, condo as partes iimadas desta deeieaa, bel) ‘lindo Uguing Neto; Luiz Gustave Barros: Yuri Leite Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 '§ 5° Duranto 0 curso do processo judicial, ¢ pormitido as partes, quania'a poricia — indies assistentes teenicos que poderio apresentar pareceres 6m prazo a ser fixado pelo julz ou ser uirides em audiéncla. [Pocanto, este assistento técnica, uma fungdo remunarada (diferentomente do perito fouvade ou ad foc), pode ser indicado por qualquer uma des partes para auxiliar no esclarecimanto ‘do proceso} § 7° Tratanda-se de pericia complexa que sbranja mais de uma érea de connecimento especializado, poder-se-8 designar a aluacéo de mais de um pesto oficial, a parte indicar mals de um assistanie Utcnico. (NR) {§.€* Havenda requerimento das partes, 0 material prabatdria que serviu de base & pericia send disponibilzado no ambiente do argo oficial, que mantera sempre sua quarda, ¢ na presenga de pevto oficial, para exame polos assistentes, salvo se for impossivel a sua conservagao. Portanlo, 0 Codigo de Processo Penal, agora com as corrigendas da Lei n° 11.690, de 9 junho de 2008, diz em seu Artino 159: 0 exame de corpa de delito © outs peticias poderBo ser realizados, preferencialmento, por perito ‘ffcial, portador de diploma de curso superior e concursado. Na falta de perito oficial, 0 exame sera realizado por dues 1pess08s idoneas, portadoras de diploma de curso superior preferenciaimente na area espectia (peritos ad hoc). ‘A auloridade que proside © inquérito poderd nomear, nas causas eximinais, dois pontos, Em se tratando de petios no ofitials, eles assinarBo um fermo de compromisso cuja aveltacdo & obrigatéria coma um “compromisso formal de’ bem e fielmente desempenharem a sua missti, deciarando como verdadeira © que encontrarem © sdescobrirem @ 0 que em suas conscincias.entenderom” ‘© mesmo diploma ainda assequra, como dever especial, que os peritos nomeados nip podem recusar a Indicate, a nto ser por escusa alendivel, ‘Além disso, como vimos. a propésito da legislagao rocém analisada, as partes so lives para indicar seus assistontes técnicos, quase sempre em nimero Unico e de acoitac’o espontanea (e que sora remunerado). Assim, assislan(e tacnico 6 © rétulo que a lel processual civil empresta 20 profissional espetializado em detarminada area, indicado ¢ contratade par uma das artes, no sentido de Ihe ajudar na elaboragdo da prova percial, Em tese, a3 periios f assisientes técnicos ttm 08 mesmos privlégies, como ouvi testemunhas, solictar documentos e obler as devides informacoes, a nio ser a questo de prazo, pois o do asstsiente técnica # de apenas 10 dias apés a entrega do laudo do pero. Entends-s0, por Ouro lode, que ne cate ao assistents tecnico a pradugte de prova pericial, tarofa esta do porta judicial. & ficaria a pergunta: Qual a fungdo do assisiente tecnico? Ao que nos parece, cabe-ihe fiscalizar 0 ‘laboracdo da prova € do laudo percial, conferindo a meios avaliatwos utiizados a verificagao do nexo causalidade, a uizagao dos moios subsidiaries procedentes, a possivet omissdo de detaines, alm de manifesier por eserto suas proprias conclusdes sobee 0 foto, PRAZO PARA ELABORAR O LAUDO Nas pericias de natureza penal, 0 perio aprasentard sau laudo no praze fhaado pelo jviz, alé 10 (doz) dine antos da audidncia de instrugdio de julgamonio. Os assisiontes técnicos entregarde seus pareceres 10 (dez) dias apés a ‘apresentago da laudo do perito, sem necassidade de intimagao. ‘CODIGO DE PROCESSO PENAL DECRETO-LEI N° 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 ‘Art. 460. 03 poritos elaborartio o faudo perical, onde descreverio minuciosamente 0 que examinarem, & responderdo ‘206 quesitos formutados. Pardgrafo iinica, O laud paticist seré alabarado no prazo maximo de 10 (dea) diag, poland este praz car provregado, em casos excepcionais, a raquerimente dos perios. (Redaptic dade #0 artigo pola Lei n* 8.862, do 28.03.1994) fo prazo para elaboracdo @ do, no miaximo 10 dias: ambora a let nd Soja élara quanto ao praza maximo para enirega do faudo, a jrigpnidéncio © @ dautrina adatam o termo “elaborar” como “entsogar’: muito ‘embora Seja possivel, ery face da complexidade da pericia, a promogagao do prazo de enfrega do faudo, desde ‘Que eaja aeeita pln aurondade) Art. 161. 0 exame de corpo de delito poderd ser feito em qualquer dia @ a quatquer hora, ‘lindo Uguing Meta; Lule Gustave Barros: Yuri Leite Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA PB 2098.1 PRAZO PARA REALIZAR A NECROPSIA, CODIGO DE PROGESSO PENAL NP2.699, DE 3 DE OUTUBRO OE 1941, ‘Art, 162. A autopsia serd feita pelo menos 6 (seis) horas depois do Obito, salvo se os peritos, pela evidéncia dos sinais ‘de morta, julgarem que possa ser feita antes daquole praza, o qua declararao no auto Pardgrafo unico, Nos casos de morte violenta, bastard o simplas exame extemo do cadaver, quando nao houver infragio penal que apurar, ou quando as lesées extemas pormitirem precisar a causa da morta © nda howver necessidade de exame intemo paraa verificagdo de alguma circunstancia relavante. Art, 163, Em caso de exumagio para exame cadavérica, a auloridade providenciaré para que, em dia @ hora previamente marcados, se realize a diigéncia, da qual se lavrard auto circunstanciado. \grafo Unico. O administrador de cemitério publico ou particular indicara o lugar da sepultura, sob pena de dosobediéncia. Ne caso de recusa ou de falta de quom indique a sepultura, ou de encontrar-se 0 cadaver am lugar ndo destinade a inumagges, a autoridade procoderd as pesquitas necussérias, o que tudo constard do auto, Art. 164, Os cadaveres sero sempre fotogratados na posi¢o em que farem encontrados, bem como, na medida possivol, todas as losdes axtornas @ vestigios deixados no local do erime. (Radagse dada 0 artigo pola Loi n® 8.862, do 28.03.1994) ‘Art. 165. Para representar as lesdes encontradas no cadaver, os peritos, quando possivel, juntardo ao laudo do exame provas folografieas, exquemas ou desenhos, davidamente rubricados, ‘Art. 166, Havendo duvide sobre a identidade do cadaver exumado, proceder-se-d ao reconhecimento pelo Instituto de fentiicagao e Estalistica ou reparticao conginere ou pela inquirgdo de teslemunhas. lavrandose auto de reconhecimente @ de identidade, no qual ee daseraverd © cadaver, com todos os inais @ indieagSes, rgrafo tinlco. Em qualquer caso, seria arrecadados @ aulenticades todos os objelos encontrades, que possam ser diets para a identificagéo do cadaver. EXAME COMPLEMENTAR ‘CODIGO DE PROGESSO PENAL DECRETO-LEI N° 3.689, DE SDE OUTUBRO DE 1941 ‘Art. 168, Em caso de lesées corporais, se 0 primelro exame pericia tiver sido Incompleto, procedersed a exame ‘complementar por determinaao da aulonidade palicial ou judicidria, de oficio, ou a requerimento do Ministerio Pablico, ido ofendido ou do acusada, ou de seu defansor. § 1° No exame complementar, os peritos lerdo presenle o auto de compo de delite, a fim de supriche a deficiéneia au retificé-o. § 7" Se 0 exame tivor por fim pracisar a ctassificagao do dalito no artiga 129. § 1°, 1, do Cédiga Penal [Presenca 1 lasso corporal que causa incapacisade para a8 conaigées habiluals de trabalho por mais de 30 dias’), deverd ‘ser feito logo que decorra a prazo de 30 ({rinta) dias, contada da data do crime. '§ 3° A falta de exame complementar pocerd se suprida pela prova testemunhal. ‘rtindo Uguino Meta; Luiz Gustavo Barros: Yuri Lette Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PO 2091.1 PERICIA CONTRADITORIA ‘COOIGO DE PROCESSO | PENAL DECRETO.LE! W899, BE 3 DE OUTUBRO DE 841 ‘Amt. 180. Se houver civeréncia enire 0s petios, seo 90 auto co exame as declaranons © rescosias de um ¢ de OULD. ‘u cada um redigié seperadamerte 0 360 laudo, © 3 ‘nomeari um terceire, se este diver de ambos, 8 autoridade poder mandar proceder a navo exame par outras pertas. VALOR Da FROVA CODIGO DE PROCESSO PENAL DECRETO:LEI W3689, DE 3 OF OUTUBRO DE tbat Jt. 155. O juiz formara sua comiego pola tre apreciagio da prova produzida em contradic judical, na podondo funcornontar ‘sua docisio exchasvamente nos elementos iferraatves chides na inuestgagso, ressalvadas as. provas caulelares, abo rapetivess © antacipads, Paragrato \inien. Somenie quanto-n0 oetnso das pessoas sore oboervardas as reskighes extabelecdas na ei xl ‘Art 182. 0 jz nia fear ents uo lus, podanda aceite eu jets, te ou wen part, ‘OBJETIVO DA PERICIA CODIGO DE PROCESSO PENAL ORGRETO-LE! W389, DE 3 HE OUTUBRO BE I8e1 Ark 484. Salve 0 caso de exame de compe da Helo, «juz ou a auleridade policial negard a pericia requeria elas partes, quand ‘do for necesséra so aselarecimanto ca verdads. bos PERITOS ‘O perio dave alviar da seguinte maneira: aponiar 0 observado no local do crime, nas amas, nas cbjelos criminal) @ no exame do cadaver © do vivo (médico-lepista). Ele nao julga, ndo defende & nem acusa = aponas vé 0 ‘efere (visuin of repertum) durante a descriese da laudo, sendo a ele proibide a realizacdo de algum juizo de valor. CONGO DE PROCESSO PENAL OHCHETO.LE) W388, DE 3.0L OUTUBRO bE 1041 Ar 275. © porto, ainda: quando nao ofdial. estara sujet a ciseipina judiciria, Auniianes eventuais da justia: Suspoigdes © ‘mpodimentos, Sangbes aisopinares @ legals, Suborsnadee: 0 autondade] AR 776. 2s parins no inervinds na nemeaso do pate. mas povlevto meienr assttentae teniens] ‘Art 277. 0 ports mmeado pela auloriada sere obrigado a acoiar 0 ancargp, sob pena da muita de cam a qunhonts milris, ‘sho causa atendlvel fo nto atualenrdo ds mond fomeu 8 muita Mexistenta) Paragrato unis. Inccrera na mama mulla 0 prea que, sam jusia causa, provads imeciataments 8) daar de acu 3 inémagdo ou an chamade da auteridads; ) nap comparecer no da ¢ local dasgnadis para’o ene €) ne der 6 lao, ou sonconer para que a peri no Saja feila, nos prmzoe estabelecdos. ‘Art 278, No.cass da nde-comparnoments do pate, em juska causa, a autordade padard daterminae @ sus eonugeo, ‘Aritpdo Uguiino Nett; Lolz Gustavo Garros: Yuri Lost Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA FO ~ 2091.1 Perites: suspeicdes. ‘CODIGO DE PROCESSO PENAL DECRETO-LE! N” 3.699, DE 3.DE OUTUBRO DE 1941 Art. 280, £ extensive aos perites, no que thes for aplicével, o dispesio sobre suspeigo dos juizes. Art. 284. © juz dar-se-a por suspoito, ©. se nao a fizer, poderd ser recusado por qualquer das partes: | 86 for amigo intime ou inimigo capital de qualquer del Ilsa cle, seu cénjuge. ascendente ou descendonte, ccujo carater criminaso haja controvérsia: Ill -s@ ole, seu cOnjuge, cu parente, consangdines, ou afi, até o terceire grau, Inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado. por qualquer das partes; IV-3e tiver aconsethado qualquer das partes; \V-+ 88 for eredor ou devedor, tutor ou curador. de qualquer das partes; I-80 for séeio, acionista ou administrador da soeiedade intoressada no.procosse, sliver respondendo a pracasso por fato andlogo, sobre Peritos: impedimentos. De uma forma geral, 0 perio pode ser impedido de realizer uma pericia quando ele apresenta um dos seguinies ¥ Incompatibiidade Incapacidade ‘CODIGO DE PROCESSO PENAL NP9.609, DE 3 DE OUTUBRO 0E 1941 Art. 279, Néo poderdo ser peritos | +03 que estiverem sujeitos a interdizdo de direito mencionada nos ns. | @ IV do art. 68 do Codigo Penal: [0 Ait, 69 do Cedtigo Ponal, 2 que se refere este ineiso J, fol ravagado com a vigéncia da nova parte goral do referkio estalute, preverndo-se 0 impadimanio agora como ponas restitiras de divellas, de intorelgao temportias do dluaitos (Art. 47, 40 I. CP) | +08 que tiverem presiado depoimento no processo Ou apinado anteriormente sobre 0 abjeto da pericia; I-08 analfabotes e os manatee de 21 anos. CODIGO PENAL DEGRETO-LEI No 2.848, DE 7 1DE DEZEMBRO DE 1940. Art. 47 - As penas de Interdigao:temporéria de direitos S80: | proibigdo da exe rcicio de cargo, fungdo au atividade patica. bem como de mandate eletiva; Il = proibigto da exercicio de profissio, atividade ou offcio que dependam de hablitocdo especial, de licenga ou autorizagao ¢o poder pablico: ‘lindo Uguiing Netto; Lule Gustave Barros: Yuri Leite Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA PB 2091.1 FALSAPERIGIA ‘A falsa pericia constitul um crime contra a administragio da Justica (Artigo 342). CODIGO DE PROGESSO PENAL NP2.699, DE 3 DE OUTUBRO OE 1941 Falso testemunho ou falsa pericia Art. 242. Fazer afirmagao falsa, ou nagar ou calar a vardada como testemunha, perito, contador, tradutor ou interprete ‘9m proceso judicial, oU adminstrativo, inquénito policia, ov em juizo arbiesl: Pena - rocissto, de um atrés anos, © multa, § 1° As penas aumentam-se da um sexto a um ter¢o, se 0 crime & praticado mediante suborno ou se cometide ‘com 0 fim de obter prova destinada a produzir efeito em proceso penal, ou am processo civil am que for parte ‘entidade da administragao publica direta ou indireta, § 2° O falo deixa de ser punivel se, antes da sontenga no proceso em que ocorreu 0 ilicite, o agente se retrata ou daclara a verdade. Art. 349, Dar, oferacer ou promoter dinheira ou qualquer outta vantagom a testemunha, perito, contador, tradutor ou iniéiprete, para fazer afirmagdo falsa, negar ou calar a verdade em depoimenta, pericia, cAleulos, iradugdo ou ragrafo Unies. As penas aumontam-se do um sexto a um Largo, ¢@ o erime & cometide eom a fim de obter Prova destinada a produzir feito em process penal ov om processo civil am qué for parte entidade da sireta ou indireta “A justica so concretiza « partir antes de tudo, ‘do conhecimonto da verdade” Tinos ne Penieias Mepreas Podem as pericias meédicas ser realizadas nos vives, nos cadéveres, nos esqueleios, nos animais @ nos ‘bjetivos. + Nos vives, visam 0 diagnéstico de: * Lesbes corporais (traumatolégiens): + Doangas profissionais © ackionte de + Determinagde de idade, saxo, grupo social: trabalho: = Crimes sexuais: + Embriaguez, * Determinagaa de materidade e patemidade: + Diagndstico de gravider, aborto, puerpério, Nos cadaveres, visam: + Diagndstica de causa da mort = Dingnostico de veneno em visceras: = Causa Juridica da morte; © Relirada de projétas. = Identficago do morta; Nos esqueletos, podemos proceder com a identificagaa do cadver e/ou da causa da morte, O estudo anirepoldgieo des ossos pode garantir Inormagdes sobre a raga, coxo @ idade da vitima, ‘Ao lango deste capitulo, podemes canciuir que a principal finalidade da poricia médico-logal & a eonstituigse de uma prava, A prava é um elemento da autenticidade ou da veracidade de um fala. Seu abjelive ¢ formar a canviegdo do Juiz sobre 05 elementos necessétios para a deciséo final da causa. Para que esta prava seja de boa qualidade, ¢ necessario que alguns crtérios sejam obedecidos: ‘Odjetivo: conviegso do juiz ‘Autenticidade ou veracidade de um fato. Imparcial e verdadeira, devendo a perito avitarjuizo de valor (visuin et repertum) ‘Boa qualidade da prova ‘Dano passaal (caracterizar, avaliar dane prévio). RK ‘lindo Uguing Nett; Lule Gustavo Barros: Yuri Leite Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PB 2091.1 NETO, Arindo Ugulino: CORREIA, Luiz Gustavo. ‘TRAUMATOLOGIA MEDICO-LEGAL (Professor Ronivaldo Barras) ‘A traumatologia médico-logal # a area temética veltada para reconhoci bem como 2 sua avaliagde completa. Alualmente, © médico generalista, ov o trauméticas o, idanificar a sua possivel causa, ‘Neste Capitulo, teceremos informardes para melhor recanhecimento de cada tipo de leséa e, ainda, avaliar earactaristicas que possam identifiear 0 mecanismo @ agente do trauma, © conhecinenta juridico basieo ¢ algo de extreima importincia apse o reconhecimente da passivel lesSo traumstica: o médico, na sua condiglo profissional, ‘assume, além do papel técnica, uma fungdo de aganie sosial. devenda informar ds autovidades campetentes, possiveis agress6es fisicas. No caso da crianga, 0 Conselno Tutelar, Delegado de Policia ou Vara da Infancia ¢ da Juventude ‘dovem sor informados. Os idosos, par sua vez, davam ser eneaminhades para o Juizado do Idosa ou para a propria Dalegacia de Policia, nto dos tipas de lastes traumsticas, pecialista, deve reconheter as lesSes ‘A madicins Toga lam, por fungile nesta acasife, astudar as lekBes produzidas por violincia ao corps humans. Nesta veriente, tits principals fatores dover ser avaliados: (1) etialogia, (2) diagnéstice e (3) progndslice, DBiforentemente de ovtras especialidades médicas, a medicina tegal no se responsabiliza peta tratamento das les6es traumaticas. No geral, as losdes traumaticas, sob a perspectiva juridica, podem causar implicagées legals om todas as esferas do Direito: penal, civis e tabalhistas, elc., 0 que nos denota a importincia do reconhecimente adequado das les6es. Entretanto, assim como fol enfatizado no capitulo anterior, a andlise feita neste capitulo vai ter foco a andlise na seara penal, Oe donos estudados pola traumatologia mécieolagal podem sar causades por véros tipos. de ene, ‘conform lisiadas abaino ~ Mecinica; ¥ Bioquimica: © Fisica: ¥ Biodinamic ~ Quimica; ¥ Mistas. ¥ Fisico-Quimica; ‘088: Em relagdo a0 mecanismo de lesdo ¢ importante conceltuar e saber diferenciar o “melo”. Em medicina legal, mais ‘especificamanie om traumatelogia, 0 tormo moio 6 utllzada para descrever o objeto utllizado para causar a lesa, ‘conforme citado acima, Tomando este conceito como referéncia 0 melo pode ser alive ov passiva, ative quando © meio atinge 0 corpe humano, ou seja, o meio estava.em movimento; passive quando © carpe humana estd em movimento.© o ‘objeto parado @ mista, quando ambos esta.em movimento. ‘A energia de ordem mecanica @ aquela capacitada em alterar o estado de movimento e de repouso de um carpa, Podem ser causadas por vérios objetos, que possuem um espectro variavel de mecanismos de apio, desde pressaa, ecompressio, descomprossio, porcussiie, ragso, torea0, explosso, deslizamonts, contrachoque, ald as les6es mistas. 0 mecanismo de ago, bem camo os lipos de lastes traumaticas podem ser avaliadas e descritas pelo médica perito, em ‘coniradigo ao agente causal, que, eventualmente, nfo pode ser identricado, © perito magico, na vigéncia da avaliacgo da lesd0 traumditiea, no possul subsidies suficientes para determinar qual © meio tesponsdvel pela testo, Assim sendo, ¢ praticamente Perfurante Punctiforme impossivel a identiicacéo que uma tasoura, numa situagéo hipaiéica, gor aNS eee {ol a agente causadora da lesdo. A tesoura, que é um instrumento s6lifo, podo provorar vanes bipas de les6os no individu, do Acard om a sua insergdo na pele, desde uma agéo contundente (quando peruTocentncente— Périwe-centusa se uillza 0 cabo), até pérturo-coranis (liza as lines). ‘Assim sendo, 9s lesbes causadas pela energia de ordem mectinica devem ser dlassifiadas de acoréo com o tipo de a¢30 (endo de acorda com o inttumento uilzado ou com 0 melo envohigo: a nao ser Que.@InstUmonto estaja inslatado no foco daleeo} 0, para cada tipo de 50, frms-201um ipa eepoeifico de arcs. 4 agdo da agressdo macinica pode ser clasifcada am sais pos: peruranle,cortante @ contundenle © suas combinarbes. (péruro-cortante, perfuro-contundente e coro-contundents). po ve ferida provocada por estes mecarismos de aga est20 resumidos na tabela anterior e,a parr da agora, cerdo vistas dotainadamente Parfuro-cortante Pérturo-conada ‘Artindo Uguing Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Lito Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 ‘AGA PERFURANTE ‘A a¢do perfurante & causada por objetos com extremidades finas (leie-se “pontiogudas"), sdidmetro transversa reduzido (finos), que: possvem maior comprimenta do que espessura (longos), j poftanio, #80 pentlagudas, finos & lengos. O principal Instrumenta, que eave coma protetipe, desta agéo, é a agulha, que mensura as lrés caracieristicas anteriormente dascrilas. Apesar disto, a ‘agulha também pode promaver outros tipos de ages, além da perfurante, tal como a cortante ‘As loses que 880 promovidas por abjetivos com aco cortante sito denominadas de tes6es ‘ou ferldas punctiformes, Si foridas que possuem, no seu orificio de enirada, uma lesio em forma de panto, bastante eetraito, eujo didmstro # manor do que © do malo causadar, Raramanta ‘Pouce, ¢ passuem um leajelo estreilo, com profundidede refacionada ‘da pressao de penetragdo. podenda terminar em fundo. cego, ‘estrutura, tam formato lregular. © seu diamatro 6 menor do que o da entrada, ‘OBS%; Leis de Fithos (Edouard Filhos). As feridas puntfornes, quando promavicas por abjelos perfurantes de média calibre Ietrck pl. eere,pve cage cn esis So. pk en aks roma px a ares. Nesie sent, Fins (2001) teu ‘Lt dos Fas na inereio de mela avlar a leidas pesos elaionads 28 obs primeira: © orficio de entrada parece tor sido produzida por insirumentos de dois cLmes, ov acta, tem aspecta de casa bot oo SS tr Fer Von Lang, Na coin de robes does e tis teins 9 exriade dati 9 Sata, 9-04 malo Ge quadraero, Como fo visto 0 formato de uma leeo perfurante do, mécko ‘caltxe, de acordo com a primeia Lel de Filos. tam o formato: de casa: de boldo. Enretanto quando a beso ocorre am regices de transicdo ente inhas de tensd0, pode adquit formas caracterésiicas dieenies, comma quadrtate, titnguia. etc. Imagem aumentida de lesbo punciforme na fossa antecubital por penetragdo por Jolca 14, demonstrado que © officio 6 pequono. mas a lesdo @ protunda, pouco ‘eangrante, Imagam de uma ferida cortante, de. aspecto ndo-puntifarme. promovida por agulna ‘durante pungio venosa para exame de sangue (hemoprama). Note que, apesar de tor sido provocada por uma agulia, a les80 fol da carster eortante, AGAG CORTANTE ‘A apie comtante & a que ¢ produzida por melos cortantes que possvem, no minimo, presenga de gume (bisel) afiado © que aluam por deslizamento, Séo exemplas de objatos que ‘cursam com a¢30 cortante: bist fro, faca peixeira (mais comumente ullizada em nosso melo), punt (dois gumes),faca,naveiha, As principals carmeteristias das frns cortadas <0: Forma linear ¢ bordas regulates (deve-se 20 ume mais ou menos afiado do lntrumento usado) ‘Margens obliquas (vertentes) Fundo regular ‘Austins de contusso na perifaria Hemoragia abundarte: na maioria das vezes 0 sangramenta & vulliase, devide @ facil seegdo dos vasos, que. nda softenda hemostasia traumdtica, deixam seus onificio aluraimente permeavers. Por isso. esses tipos de lesdes. podem sangrar mais que traumas contusos, pols nestas, goraimente ha uma maior Ibernpio de substaneins hemostaticas que reduzem 0 sangramento, SARK ‘Atindo Uguing Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Leite Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 ¥ Predominio do comprimento sobre a profundidade Presenga de cauda de escariagSo: o instrumento cartants, agindo por desiizamenio # seguinde uma diregaio em ‘semicurva condicionado pelo braca do agressor ov pela curvatura da regido ou segment atingido. deixa, no final do ferimento, © apanas na epidermo, uma cauda de scoriagao. Com isso, podemes dizer que cauda de eteoriaghe lesa que se restinge @ epiderme, relacionande-se com 0 alastamiento ou aproximaydo do Instrumento causador da tesa, Perfil de corte angular ou em bise! + Q sina de Chavigni 4 0 que descrove que quando duas foridas cottadas so cruzam, coaptando-ee as margens 2 uma das fercas, cond els a primeira que foi produzids, » outra no segue um trajeto em linha rata, As feridas promovidas pelos bisturis frios, durante © ato cirirgico. apesar de conceberem uma aco cortante, cas que Juperficiais nos dngulos (em dovem sor descritas camo feridas incisas, pois a sua profundidade do cuntio 4 igual a dos angulos. Ja as ‘cursam pela ago cortante, passuem prolundidade malor no centro, enquanta que 88 mi Fungo do mecanismo de gangorra), Almagem demonstra wm individuo vilima de a3 conante produzida por errata de ‘vidro quebrada. & tes8o lem borda regular, sangranta, e com formato linear. O perfil ‘do corte so ajusta ao estereatinado para o tipa de ago. que é @ formato em bisel Lestes cortantes muitiplas, pravavelmente ocasionadas com intengo de ocasionar sofrimenta @ tortura ao agredido. A imagem demonstra mdipias feridas cortantes, apresentando cauda de exconacao, que € uma escoriagaa restrta 30 estrato pidérmico rolaconada, principalmente, cam a saida de bisel. O padrdo mais ‘comum que ocorre nas le88e8 por agdio cortante € o predominio de comprimento sobre a profundidade. to examen ae ica po 9 gant pore fora) pode ser utzado nd. sono. de Caractaizar bs lesbos cortanias que expce os fans enakdnicos profundos 60 regda anterior nleroaleral do econo. expand a8 Vas adress lou vases profind. Ele pode eer por agi sata al mogem, poderes veusiear 0 nivis ti Steet tna ago ctr carat ceguytmert por ag hemesta agra presonga GaraTston) em ego. nr 8 tenga O mecansmo co mora & por ask (ote B pring sn -onpentsce eapore) ‘A mmagem emendira uma jovem dé 8 anos, vitima de ‘caso em Sepecia, o agente eausscor fol us foes, que fara 6 marilostov com uma ago connie 0, ora dalemminoy una possi assocada a agho ‘conan (aG30 cotto-conturdemta). ‘Atindo Uguing Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Leite Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2091.1 ‘08S No geri, pedemes wereneiar dagela © esgorjamenia quande @ leeks 80 lear pastarormants ma regio cardoal (no cao slaqunts) of artitomenin(caractenzans este), @ individuo expasto a0 lado fol vitima de tortura, corporal. que cursow com 3 decapitagao. [Professor Genial Velose de Franga deserove que, ‘este caso @sth mais ralacionado com a_agdo ‘corfanie, mas para 0 Professor Ronivaldo Barros (@011), trata-se de uma agao corto-contudente. Na imagem, podemos evidenciar individyo que fol vitma de esquartejamente obtido pela aga cnrto-contudenta de uma aes. Vale 8 pena frisar que, daterminades objetos, podem apresentar varies tipos de ‘ages de acondo com o seu manuseio. Alguns autores também citam que a esto se enquadra em esposiejamento (semelhante a um alropelamente ferrovisno). ‘AGAO CONTUNDENTE ‘A ag8o contundente # a que sccrre pelo cantato ante a corpo @ uma superticia sida, na msloria das vezes. Ha ainda a age contundenie pramovida par anda gascsa ou coluna liquide. As feridas contusas podem ser causadas por ‘vérhos tos de instrumentos, tais como martelo, explosbes, atropelamentos: terestres, cio de seguranca, acidenie ‘re0, ol. A agdo:contundente promove varios aspecios distinios de lesdes. Abaixo, s80 desotitos as principals lastes ~ ¥ Lunagdes: v ¥ Entorses ¥ Roturas de viseeras intermas v ~ Eneravamente ~ Bossa sanguinea ¥ Empalamento ~ Frawras ‘A ferida promovida pela agSo contundonte @ denominada de forida contusa, possuinde 2s seguintes caracteristicas: Forma esielada, sinuosa ou retilines Goniusiia na perifaria, Bordas liregulares Hemorragia escassa ¥ Margens irregularas (vertentes) Fundo iregular Pontes de tocide integro Retragie das bordas da feride ns ‘A imagem deiitonstre Uma ferida contundente, possuinda bordas itregulares. com ‘eontustio na periferia. Evidenciamas ainda que o seu funda 6 irregular, e pouco ‘sangrante. 6 ‘Ariipdo Uguiino Nett: Luiz Gustavo Garros: Yuri Lost Eloy ~ MEBICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa~ 2091.1 Podemas wisualzar uma ferida contundente na regido submentoniana, com a Preengs do contusto periférica, somethante a uma equimose pertesionsl, Goralmente, o metanisma de trauma € o de impacto entre 0 queino e a ragito séllda qualquer. Rubelacto. Sao as lesdes contundentes qua niio possuem alteragies anatomopatoidgicas. Por possuir uma duracdo passagoiea (leia-se “efémars’), dove sor avallada © mais rapidamante possivol. As foridas 630 manchas avermolhadas, ‘que ocorram por um mecanismo fisiopatoldgica de congestae vascular. podendo se assemelhar a0 tipo de objeto que 8 pprovocou (tal como @ palma da mio). A rubelagdo ¢ um tipo de lestio relalivamente comum em traumatismos fisicos romovidas pela: classe policial, por se tratar de uma lesSo que cursa cam um pesiado curto-de permanéncia.. Escoriagto. Relero-se 6 erosso epidérmica ov ainda » sua abiasso, Geralmente Se ajusta a gindmica do eventa, ou seja. possul um desenho simile ao que a provocou. A escoriagda tipica no campromete a derme, sem sangramento (pais ‘no compromele as papilas dérmicas), com no maximo a presenca de um exsudato seraso, nao cicalriza e regenera. Do onto de visia médico-legal, a escoriapo tipica @ um tipo de les80 corporal lave. Ja a escoria¢ao que curse com Fegenaragao 9, eventualmente, deformidades, pode ser considarada uma lesho corporal grave, cuja pana de raclusso & sde 12 anos. ‘A imagem retrata escoriagao, que somenie compromate 0 estrato epidérmico da pale, sem sangramento, Equimoso. ‘A equimota ocorre por conta de uma intitracia sanguinea nas malhas dos tecicos, por conta de uma ruptura d98 capllares. Quando 2 equimosa so localiza dentro de siquma viecera, passa a sar denominada do infitrado hemorragico. Possul um espectro amplo de apresentagio, desde a sugilegdo (que tem formato de gréo de arroz ou purpura}. potéquies (similes 85 cabesas de alfinetes), equimoma (quando atinge grandes propargées). até as vibices Kequimoses om forma de estrias. com formato linear, que ocorram nos traumas obtides pelos cassetetes policiais), ‘As equimoses possuem uma diversiicagso de coloragao, de acorda com o parfado de sua andlise. No 1° dia, 0 ‘Seu aspecto ¢ vermsino, somente desaparecendo, em toro do 15° dla, Neste sentido, Legrand Du Saulle, criow 0 espesira equimética, confanme segue absixo, ‘1° dia: vormaiha 2 aT dia: violsces 3° a 6 dia; azul Tao 10° dia: esverdeada 12 dia: amarelada 18° dia: desapareca acne OBS": Nao & incomum a tantativa de cringdio de cenas de toumatismo corporal, prineipalmente, na roalidade ente as mulheres seus maridos. Uma das principais oltemativas de se avaliar uma possivel equimose traumética & 3 ‘mensuracso de sua coloracao, atiado &s informagies ceciaradas pelo paciente. Supondo a presenca de equimose azul ‘om periciando to sexo feminino, que retata agressiio hai 12 horas. fiea fact de prever que, na realdade, a informag3o, ‘ido bale com o que foi declarado, possivelmente, séria uma difamagao ao seu companheiro. vn ‘Atindo Uguing Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Leite Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 ‘QBS’: A eauimose, sob 0 ponto de vista médice-tegal, possui uma capacidade de garar provas contra individuo agressor. Nao € incomum a presenga de equimoses com desenhos, tal como cépias, do objeto traumatica, Em atropelamentos extornos, a placa do carra pode desenvolver equimotas Idénticas a sua forma, ‘A imagem retrata lesSo do tipo equimose na regis mediat do brara, de coloragso avermethada, que suscita uma lesdo aguda, visla no 1° dia. A imagem evideneia equimase periorbital ou palpebral. Pedemas visualizar uma coloragdo violdcea pariorbital, camo Lambie uma antarelada proxime a superficie ‘anterior no nariz. Esta vatiedade de apresentagdes cromsticas determina 0 grou variawel, am relacdo ao aspecto temporal. das lesdes. A presenca da coloragao Invemonte amareto-otverdiada eugere que a lesse tem pelo mena macs de 28 3 dias. Atropelamento torrostro. Nesta ocasitia, podemos visualizer a eontusdo-tatuagem, que 4 quando se tom a presenga de partes do carro impressionando 0 ingividuo; além deta, as estrias pneuméticas de Simonin, que so marcas de pneus no corpe da vitima, {do atropetamento, podem também serem evidenciadas, Antigamente, a identiicagao do condutor, simplesmente pelos aspectos da lest ara algo rotinairo, vitio pala impresesio da volania no trax anteniar de Idividue. ‘A imagom demonstra individuo vitimna de atropelamento terresire, com lesdo extensa da parede tordcica @ polve, com exteriorizacao vigeoral Atropelamento ferroviario. © atiopetamento forravidrio cursa com uma redugae do corpo a diversos e lregulares fragmantos, termo conhecida por aspastejamento (despojos) Hematoma. 0 que ocorre por conta da rotura de vasos de maior calibre dos quo causam a¢ equimoses. cursanda com feloye-na pols. Quando. cologao do canque co faz danto dos teeldoe, o homatoma pasea 9 se chamar de cavtagao. © hematoma subdural, emibora seja uma colegdo de sangue dentro de uma cavidade, nao gera retevo na pete, ‘Bossa sanguinea. E a colegdo de sangue sobre & superficie 6skaa, tambsim danaminaisa de “galo’. Nas recém-nassides, em patos laboriosos, 0 caput secundum @ consiserads uma bossa sanguinea, pois, o sangue © © edema $8 formeram na inimidade dos tecidos. Eneravarnento. E a penetragdo de um meio sélido em qualquer parte do corpo, geraimente, © melo que causa @ BfS possul ‘uma ponta afiada e com grande eixo longitudinal, tal coma uma estaca, ocorenda am grandes traumatismos. 18 ‘Atindo Uguino Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Lito Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 Empalamento. E uma forma especial de encravamenio, na qual @ penetragéo do meia sélido ocorre pela regio perineal, Brus ov vagina, ‘AGAO PERFURO-CORTANTE (Os meios. pérturo-cortantes possuem gume cortante e ponta afiada. cujo maior representante ¢ a faca. Alguns autores também ullizam da Seguinte detinigao: “So aquelos qua além de perturar 0 organism axercem lateraimente uma aq3o de ‘ole Ae ferdas néfurecoradas so caracterizadas pelos sepuinles axpectos: Forma de botoeira (deve ser dferenciadas das lesbes perfurantes peta 2*\9i da fina) ‘Angulos, no lado do bist so mals agudas, Entrada maior que a Limina do instrumanto Bordas afastadas o regulares Cauda de Contusso provoeada pale cabo do inatrumento ‘Trojeto cases ‘Aimagem demonstra o mesmo paciente logo acima com uma {aca insorida na parte anterior do torax. Na avaliagso percial, podemos visualizar uma forida com aspecto enegrecido, por conta de seu festriamento pés-dbito. A fica de mesa possul ‘um gume de serra. pouco afiada. provocanda esta essa com aspecto du botoeira ‘A imagem demonstra ferida pérfuro-corlante, eujo biel, provavelmente, estava didgide para direila, Os angulas so distintos em cada uma das bares, o que {denota que fo! causada por instrumiento de um tinico-bisel (faca, por exemplo) ‘A imagem demansira uma ferida pérturo-cortada. possuindo uma cauda de escariagdo, possivelmente causada por faca peikeira (com a presenga do um ‘nico bisel). Observamos ainda uma contusso a5 radar da leso que foi causada pelo cabo da faca. (Obcervamos rnitigtas lesdes com forma do casa de bata er corso, walzadas por ayo ppérfurs-cortanta, tal eorna Uma fava. Podemes frmar que 2s lesbes sto pérfuro-cortanies (@ ndo s0 perfurantes) devido & segunda Lei de Fllhos: se as lesies fossem apenas pesturantes (causacas, por exemplp, por um perfurador de geo}, veriamos lesbes woanhas. {como a5 destacadas na figura) com o cou maior iro rotricado na mosma droqao (pols © ‘Sond o-oa0 eetara a Merced das knnas: de leneso da pele daquela ragiio} Contado, rote quo lesdes weznhas, no exemplo a0 lado, se mostrar am sentdes sleatérios (pois a bras @.as has foram cortadas) e. portanda, howe uma lesbo pérfuro-cortanie (de modo que o Senta do maior ero ¢ dotesrrinado pelo santo pelo qua! a meio fol inecurido}. 19 ‘rindo Uguing Metta; Luiz Gustavo Barros: Yuri Ltt Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PE 2011.1 ‘AGAO PERFURO-CONTUNDENTE ‘As feridas pérfuro-contusas so produzidas por um mecanitma de agdo que perfura @ contunde, simultaneamante, Na matoria das vezes, e8se5 instrumentas sic mais perfurantes do que ‘contundentes. Esse ferimentos s80 produzidas quase sempre: por projéteis de arma de fogo (PAF), no entanio, podem estar ‘epreseniados por moios semothantes, como, por exomplo, a haste de ‘um guarda-chuva, ‘As armas de fogo sto a8 pegas constituldas de um ou dois ‘canos, aberto numa das extremidades © parciaimente fechados na parla de tris, por ande se coloca o projétil. 80 classificadas: Quanto # dimensBo: portateis, semiportatels e nBo portatels. ¥ Quanto ao mado de carregar: Antecarga ¢ Retiocarga. ¥ Quanto ao modo de percussio: Perdeneira w Espoleta ¥ Quanto a0 calibre © projétil destoca-se da arma gragas a combustéa da pélvora, quando ganha movimento de rolagto © prapulsio, ‘Aa atingir 0 alvo aluam par pressio, havendo afasiamento © rompimento das fibras. O alvo @ também alingido por ‘compressio de gases que acompantia 0 projétl. Lima fesao completa por projétil de arma de fogo # constituida de tres partes: (1) Ortlicio de entrada, (2) Trajeta e (3) Oniicio de said. ‘De tum mode goral, a5 lesdes causadas por PAF causam os sequintes sinais: ¥ Zona de Contusdo: Deve-se ao arrancamento da epiderme molivado pelo movimento rotalério do projétt anies ‘de penetrar no campo, pois sua aro é da inicio comtundente. Aidola Equimdtica: © representada por uma 20na superficial @ relativamante difuss da hemerragia ariunda da ruplura de pequenos vases localizados nas viinhangas do ferimento, ¥ Gria de Enxugo: E uma zona que se encontra nas proximidades do orificio, de cor quase sempre escura que 5e adapiou as faces da bala, impando-as dos residuos de polvors. ¥ Zona de Tatsagem: € mais ou menos arredondada, nos titos perpendiculares, ou do formas crosconios nos ‘obliques, E resullanie da impragnage de particulas do pélvora incombustas que alcangam o corpo, ¥ Zona de Estumagamento: E praduzida pelo depdsita de fuligem da palvora ao redor do oriicia de entrada. Zona de Chamuscamento ou Queimadura: Tem como responsdvel s acio super aquecida dos gases que atingem @ queimam 0 alvo. ¥ Zona de Comprassio de Gases: Vista apenas nos primeiras instantes no vive. € produzida gragas a agao mecdinica dos gases, que acompanha o projéll quando alingem a pele. Para 0 diagnostico das testes por instrumentos pérturo-contundente, devem-se estudar cuidadosamente os earacteres acima registrados, somando-s8 a0 eiame das vestes & objelos © carrelacionade com lesées do compe da vila, Ae cmctrecan drat om Mosk poten Foret due wire eeneiar # nalaezn de Sieh doe imentos, (0s ferimentos. peérfuro-contusos podem causar morte, perda da fungao de um membro ou Grado ou prejulzo da fungao © ou deformidade tacal. A concoqudncia vai depender: do tipo da arma, nimaro do tiros, 0 calibee, a wistaneia, dade e condigGes de sade prévia da vitima, do tempo decarrida entra 9 recebimento do tro ¢ os primeites sacorras. Orificio de entrada, ‘A depender da distancia entre a arma és fogo ¢ a vitima, podemos classificar otis da sqguinte mansira: ‘© Tiros encostados: 0s ferimentos ocasionados por tires encostades {8 quelma-roupa), com a boca da arma apoiada no alvo, {én forma imegular, denteada ou com entalties, devido & aco rasultante dos gases que Seecolam e dilaceram os lecidos, Em geral, nesses eases, no ha zona de taluagem nom de esfumagament pois todos oS clementos da carga penetra pelo orficio da bala @, por isto, suas Vertentes mostram-se enegrecidas ¢ desgarradas, com aspecto de cratera de mins (de Holtman). © didmetro dessas lesdes pode ser ‘maior do que a do projétl en) face da explosso dos tecidos pelo efeito “de mina”, @ suas bordas algumas vezes volladas para fora, am ducorrdnea do lovantamento dos teeitles pola axplosBo do gases, © Tiros a curta distancia: podem mostrarse de varias farmas: forma arredondada ou avatar. com orla de esfumacamento @ ofta de escoriacao, bordas Invertitas, halo de enxurga tatuagem, zona de queimadurs ardola equimética © 2ona de comprossio de gages. De determinago de um tira a curta distancia no ests relacionada com 9 distAncia ern sido “cana” da arma @ a vitima, mas sim, a& caracterlsticas das lesdes, © Forma: A forma dos fenmenios de enirada em ros cua distincia ¢ geralmenie amedondada ou ovalar, Sepenends ta India do rej. Quando mat 3 ncnagb do io see © ao, mak sorko-eeo noida 20 ‘Atindo Uguino Meta; Luiz Gustave Barros: Yuri Lit Eloy ~ MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2091.1 2 Orla de escortagio ou contusse: deve-s¢ a0 arancaments da epiderms mativado pelo movimento ratatisio: rcpt antes de penetrar no compo, Apresentase como uma ota escorada ou daseptekessa 40 redor do pon ae lempaete do projet, Boreas: 3 evemse @ aso Uaumiética de fora pare dentro sobre @ naturezs eldstica dn pelo. file os ereurpe (ane cs Chavet: # espeace pale pesagem co ped era¥Ee com econ, setae @ ‘conlundindo, impancio ndles suas imourazas. E concéico fos limos perpenciculares, cu mele-ua, nos obliquas. ‘2 Halo ou Zana de tatuagem: & mas ou menas aredondado nos ines perpendicuares, ou em forna de crescent, ‘nos obliquas. Essa laluagam varia de cor, forma, exiensio ¢ inlensidade conloane a polars. € resullanie da Arerereci co ton cn pits gum eon. 27P, ‘Ssfumagamente: ¢ decorrente 6 depostn. deixado pels tulgem que dreunsseve a fends d= entrada, sgymange pane taunt Eros u moans 6a poh combust, ° de quiemaddura: também chamada Ge zona Je chams ou de chamuscameyto, Yom como responstivel @ 9G seen ere arg a weramc 2 Aréola Equimética: & represeniada por uma zona supericial e relaivamante dilusa, decorente da sufusiio bhernamégica orunda da rolura de pequants vasos localzados nas vieithargais do formienio. © Twos a distancia: possuem um diamatra menar qua o do projélil, forma aredondada ou ovalar. ola de ‘scoring, halo-de enxurgo, aréola equimatiea © bordas revieadas para dente, oo Leste por PAF 4 quelms-roupa (encostads) na regis da front Lesao por PAF atonga. distancia. Leste por PAF A curta distancia 2 ‘Arindo Uguing Neto; Luiz Gustave Barros: Yuri Lett Eloy MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 Ferimento de Said ‘A lesBo de saida as feridas. produzidas por PAF tom forma irregular. bordas reviradas para fare, maior sangramonto e no aprosenta orla de escoriagia nem halo de emcurgo, nem mesmo a presenga dos alementas quimicos: regullantes da decomposigaa da pélvera. ‘Sua forma ¢ iregulat @ teen didrmeiro garalmente riaior que © do onificio de entrada. A deformidade se da pela resist6ncia encontrada nos diversos pianos e nunca conserva seu eixo longitudinal ‘As bordas 880 reviradas para fora, em vitude de aco do projélil se processar em sentido contrano ao de ‘entrada, ou soja, de dono para fora. Silo mais sangrantes polo maior didmetro, pela regularidade de sua forma e pela feverede das bordae, parmitinda, asim um male fluxe sanguings, Fermanto de saida por PAF. AGAO CORTO-CONTUNDENTE ‘Sia instumantos que possuem gum rombo, de corte ombatade © que aginda sabre 0 ezganismo, rompe a integridade da pale, produzindo feridas inegulares, ratraldas © com bordas muito taumatizadas. E mais Trequente no homicidia © no acidente, sendo raro no suicide, Os principais insirumentas $80 machado, foice, facto, enxada, moto-serra, rodas de trem etc. Agem por pretaiia # percusstio ou doslzamento. A lesio sa faz mais pelo proprio paso o intonsidade do manejo, do que pelo gume de que so dolados, ‘A forma das feridas varia conforme a regio comprometida, a intensidade de manejo, a Inctinagao, © peso @ o flo do insirumento. S80 em regra mullantes, abertas, grandes, fraturas, ‘contusOes nas bordas, perda de substincia e cicatrizam por segunda intengao. Em geral. 0 Drognestico 6 grave quanto 4 vida ou em hipdtese mais Denigna, quanto @ importincia da Um muRNrseare dano, incapacilands para o trabalho, deformando, inuilizando membre ete, Na pericia. 0 aspesto da escoriacao ¢ suficiente para indicar se 0 fesimento foi feito num individuo viva ou num ‘cadéver. Bermite também conclisBes quanto ao objeto usado © a natureza do alentado. As escoriagdos produzidas.no vivo formam eresta, No cadiver sto leas © multe temelhantet so aspecto de coura eu de pargaminhs ‘rindo Uguino Metta; Luiz Gustavo Barros: Yuri Lett Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA Pe 2011.1 a parte da Moctcina Legal ue Vata das asfaas, No Codigo Pera Bras, art. 1, inciso i, ewra“", az que 9 emprego da asfixia como meio de produzit a morte constitu circunstancia agravane do crime, pala crusidads de que ¢ reveste este recurso, O termo asfitia, significa nde pulsar, termo etnolegicamenle inadequado, deveida sua origem 4 antiga concepoto de que o pulsar das attérias produzia-se por efeito da ar neles introduzidas nos movimentos respirators. A melhor definicio de asfixia @ @ que se denola como a suspensio da funcao respiratoria por qualquer ‘causa que 8 opanha a troca Jasosa. nos pulmoes, entre o-sangue @ @ ar ambiente, ‘Sob © contexto etinico, podem apresentarse em dus fases; 1) dé innitagdo © 2) de esgotamento. Na fase de invitagaio, come dispnéia inspiratoria (1 minuio = eonselancia) @ dispnéia expiraldria (30 segundos = inconsciénecia e ‘conulsOes}. Na fase de esgotamanto, score a pausa {morte apareni) © 0 perlodo torminal (morte). ‘Os principais sinais relacionados a asfixia esto listados na tabela ao lado: ENFORCAMENTO E a asfikia macsnica em quo existe impedimento a livre ontrada @ saiga do ar no aparetho respiratorio por uma ‘eonstrigdo no pescoco leita por lago que ¢ acionado pelo peso da prépria vitima. Preso 0 lago no seu ponto de apoio passanda ao redor do pescogo da vitima e esta projelada no espaga, E mais comum nos suicidios, nodendo, no entanto, ter como otioiogia © acidente, 0 hamieidio @ a exeeugii judicsal Mecanismo de.agia, ¥ Nalureza do Iago: gravata, lengo. toalna, cinta, fio da arame, ramos de arvore (cip6), NO: pode faltar corredica,frouxo, situado aciante, airés ou em ambos 0s lados. Ponto de suspenedo: prego, batente da porta, porta entre aberta, camo de arvore. Modo de suspensio de laga: completa ¢ incomplela. Prognostico. ‘Aa longo de anfereamenta, alguns fendmenot esti prosentas: dor local, interrupglo da circulagda cerebral zumbido, calor na cabesa, sopros no ouvida, perda da consciéncia, O tempo necessério para morte varia de acorda com 'a3 condigbes de cada caso, em geral de § a 10 minutos. ¥ Fendmenos respiratérios (anoxemia. hipercapnéia, convulsdes) Parada respiratéria 0 cardiaea (morto) Losées externas. © Aspecto do cadaver: cabeca inciinada para 0 lado contrario do nd, rosto beanco ou ciandtico, boca e marina ‘com cogumelo da aspuma, lingua 8 olkos procedentes, No anforeamanto eampieto, os membros inferioras aso Suapenses, @.05 superiores, coladas a0 corpo, com os punhos cerrades mais ou menos fortemente, ‘© Lesdes oxternas: suico dnico au mais de um, com trajeto ascendenta qua se interrompe no iugar do nd. Este ‘sulco pode estar ausente am situacOes especials como nas suspansoes de curta diiragdo, nos lagos ‘exeessivamente moles ov quando @ inroduzide, entre 0 lage & 0 peEcago, um compo: mote. Nos sulcos dos ‘enforcadcs, também podemos evidenciar as sequintes sinais: Sinai de Ponsold: vores cadavéricos, em placas, por cima © por baixo das bordas dos suleos. Sinal de Thoinot: zona violdces 80 nivel das bordas do suleo; Y Sinal de Azerada Neves: livres puntiormies por cima e par baixo das bbordias do sulco: ¥ Sinat de Neyding: infitragdes hemorragicas puntiformes no fundo do ‘uleo: ‘Sinal dé Ambroise Pard: pele ennugada © escoriada do fundo do duleo; Sinal de Lesser: vesiculas sanguinolentas no funda do sulco: ‘Sinal de Bonnet: marcas da trama do Lago. AS ‘rlindo Uguing Netto; Lule Gustavo Barros: Yuri Leto Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA P8~ 2091.1 Losdes interns ‘+ Sinais locais: Lesdes da parte profunda da pole e da tela subcutdnea do pescogo (sufusdes hemorragicas © ‘squimoses, por exemp| ‘Lesdes dos vasos: Sinal de Amussat (secgo transversal da linia intima do artéria carétida comum 20 nivel de sua bifurcago}: Sinal de Etionne Martin (desgarramento da tinica extema): Sinal de Friedberg \Sufusao nemorragica da tinica extama da artéria carotid); ¥ Lesdo do Aparetho Laringes ({raturas da cartilagom tiredide @ da cricdide, bem coma do osso_hisidey ¥ Lesées da coluna vertebral (raturas ou luxagdes de vértebras cervieals). + Sinais dos planes profundos do pescoco ‘Musculares: infitragaia hemorrdgica dos miisculos cervicals (sinal de Mofimann-Haberda) e rotura transversal, ¢ hemorragia do miseulo treo-hisideo (Sinal de Lessor); Y Gartilagens e 0850s; fralura do corpo do hidide (sinal de Morgagni-Valsava-Orfla-Roemmes); ¥ Fratura das apéfises superiores: fratura do corpo (sinal de Helwig); © cricaide - fratura do corpe (sinal de ‘Morgagni-Valsava-Deprez): Ligamantes: ruptura dos ligamentas cricSideo # tiresidee (sinal de Bonnet) Y Vasculares: cardtida comum - ruplura da tunica [nlima em seniide transversal abaixo da bifurcagio (sinal ‘de Amussat-Divergie-Hotfmann):infitraaa hemorragica da Wnica adventicia (sinal de Friedberg). carctidas Intemas e externas - ruplura das tinicas adventicias (sinal da Lesser); jugulares intema e externa - uptura da tunica intarna (sinal de Ziemko). Neurolégicos: ruptura da bainha mislinica da bainha do vago (sinal de Dotto). Y Vertebrais: fratura da apétise odontdide do axis (sinal de Morgagni): Fratura do corpo de C1 e C2 (sinal de Morgagni);luxa¢ao da segunda vértebra cervical (sinal de Ambroise Paro). Y Faringoo: equimase retvotaringea (sinal de Brouardal-Vibart-Descoust), - Laringeo: ruptura das cordas vocais (sinal de Bonnet}, + Sinais & distancia: Sia sinals ancontrados nas asfixias om geral, coma congesto polivisceral, sangue fluido & ‘escuro, pulmbes distendidos, equimoses viscerais e espuma sanguinolenta na traquéla e brénqulos, Mecanismo da morte por enforcamanto, Hoffmann fundamenta a morte por anforcamento om 3 principios: 1) Morte por asfixia mecfinica; 2) Morte por obstrugio da circulagso: neste caso © mais imporlante sevia a obstrugio ao nivel das carétidas acarretando perturbagdes cerebrais pela anéxia: 3) Morte por inibigdo devido & compresséo dos elementos nervosos do pescogo: a ‘comprassao seria principalmente sobre 0 nervo vago ou © centro respiratéria do bulbo. Diagnéstico. © diagndstico ¢ feita principalmente na identiicagda do sulco caracteristico ao nivel do pescogo, identificagdo {dos fendmenos relacionadas com a asficia, bem como, da posieao da cadaver; somando-se a isto, convém estudar @ analisar a presenga das alterapdes extemas @ internas ja eitadss anteriormente. Prognéstica. ‘Periods iniciat: comega quando 6 corpo, abandanado @ sob a ago do seu proprio peso, ava, peta constricga0 do peseogo, & sansagao de calor, 2umbides, sensagées luminasas na visia e perda da consciéneia produzda ela intarrupelo da circulagde cerebral, © Segundo periode: caracteriza-se poles convulsies © excitacdo do corpo proveniente dos. fendmenos respiraterios. pela impossibilitade de entrada e saida de ar, diminuindo 0 oxigénio © aumentanda o gas carbnico; associa-se a estes fondmanos a prossia do feixe vasculo-nervosa do peseogo, comprimindo a nerve vage. ‘*Terceiro periodo: surgem os sinais de morte aparente, até o aparecimento da marte real. com cessaco da respiragso e da circulagao, BS": A equimose, sob o ponio de vista médico-tegal, possui uma capacidade de garar provas contra 0 individuo lagressor, Ha alguns que, ao sarem retirados ainda com vida, morrem depois sem vollar & conseiéncia devida ao grande sofrimanio corebral pela andxia; Outros que mesmo recobrande a consciéncia, tornam-se fatais algum tempo depois; Alguns sobravivem acompanhades de uma ou outta desordem, Estas rsanifestagses podem ser locals ou gorais: + Lacais: © sulco, tumefcite © violdce, escoriande ou lesanda profundamente a pele; dor, afasia © disfagia ‘eferente & compressao das érgaos cervicais @ congesto dos pulmdes. + Gerais: Roforentes aos fenémanos asfiticos a eirculatérios, levanda, a vezes, ao coma, amndsia, perturbagbes Psiquicas ligadas & confusde mental e A depressio; paralisia da bexiga, do reto @ da ure «Tempo necessario para a morte no enforcamento: A morte pode sar ripida por inibi¢ao eu demarar de 5 2 10 minutos. 24 ‘arindo Uguing Metta: Luiz Gustavo Barros: Yuri Lett Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PE 2011.1 Poricia. ‘A pericia busca inicisimente a identificagdo do individuo e a coleta de inlormagdes no que se relere a dotorminago do estado de morte, a hora da morte, identilicagso dos fatores que ajudem quanto a determinagao da natureza juridiea (aeidento, homicide eu suieldio), ESTRANGULAMENTO E 2 asfxia mecainica quo ocorre uma consticga do pescoga, que causa embarago a livre entrada de ar no spareiho respitatério, feito por meio de um lag azignada pola forea muscular da prépna vitima ou astranha. Ha ‘eorréncia da morte por vonia de duas aées: 1} pelo impedimenta da pensiragdo do ar nas vias aéreas; 2) par marie sireulatéria devido @ compressio dos grandes vas0s do pescoco, que conduzem para 0 obrebeo, © ainda, por morte nervosa por macanismo reflex (iibigaa vagal). Natureza juridica. ‘© Homicidio @ intanticidio. Como no caso do enforcamenio, 0 fator surpresa os demais fatores $80 importantes, + Acidente ou acidente do trahatho, © Suicidio, execuco judicidria, toruird. Quanto a esta time, cite-se 0 *garrote vil" ou tomiquete. A forma mais fudimentar # a que emprega uma corda que vai sendo torcida alé que eabrevenha a morte por asfixia. O suicidio 4 raro, mae pedo accrror, eoja por gareot0, por pegs amarrads num lagoe langado pola janela, au ainda qualquer artifieia imaginade pate suicida Losées externas. © © suleo @ 0 elemento capital da sintomatelogia extems. Tem sede, ‘2m geval, na laringe. Sua ditagho & tipicamente horizontal. Raramente '5e apergaminha, como acorre no enforcamente, pois, apds a morte ‘oessa em geral a forca constrictiva, que concorre para a escoriacdo a pale © 0 aparacimenta desse fondmend. Ese sulco 4 completo, abrangenda todo @ pescogo e repradu o numera de vollas que 0 lago deu, 8 presenga de nés, etc. Sua profundidade & uniforme © os bordos apresentam cor viokicea, que conirasta com # palider do fund. + A free dos violdces, A lingua geraimente faz salléncia exteriormente, sendo encontrada entre os dentes. A boca pode apeesentar espunia esbranquigada au brance-sanguinokenta, bein come as navinas, Equimoses de pequenas dimensdes na face, nas conjuntivas, pescogo e face anterior do torax. ‘Otorragia com ou som rupiura de membrana timpaniea, trangulados ¢ quase sempre tumefeita, vullesa © Lesées internas. ‘+ Infitragaa nemorragica em tela subcutdnoa e musculatura eubjacente aa éuleo. + Lesdes da laringe so excepcionais. + Lesbes das artérias cardtidas manifestam-sa, macroscopicamento. na tinica intima, pelos sinais de Amussat e Lesser (rupturas transversais) @, na tunica adventicia, pelos sinais. de Friedborg (infitragaio hemorrdigica) e do Etianne Martin (ruptura transversal). + Rupturas musculares. + Fraturas:e luxagbes de vértebras oervicais (V @ VI de preferéncia). Diagnéstico, ‘O diagndstico tem permanecido no plano macroscépico da necrdpsia através dos sinals gerais de asfixias em particular, do estudo do pescoro, O diagndstica orientawse pela presenca do sulco, impondo-se fazer dlagndstico siferencial com 0 suleo do enforcament. + Presenga do suse: Sua direrio, ndmeres de voltas, Profundidade, Aspecto, © Disposigao da hinostase. Diferen¢as com sulcos naturals dos obesos « fetos fnexisténeia te reagdo vital. Prognéstica. ‘Quando Um individue ¢ salvo de estrangulamanto, temos como complicagdo: congesilo © cianase da face, disfagia, dor cervical ¢ dificuldade de respirar, Além das perturbagées psiquicas, amnésias, canlusso mental elc. 25 ‘rindo Uguing Metta; Luiz Gustavo Barros: Yuri Lett Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Pa 2011.1 Poricia, ‘No caso do estrangulamenio, a pericia assume modatidade essencielmente penal. E feita normalmenie em cadiveres. & pericia segue a seguinte seqUéncia: 4. Identifieagaea do Motto. 2, Quantidade, tipo e sede das lesbes. No estrangulamento, normalmente, holese a presenga da ‘sulco, ‘ircundando 0 pescogo. Sulco que pede ser tinico ou parcialmente dupio. Aém disso, encontre-se outras marifestagSes decorrentes do mecanismo de leséo. A identificarao 6 feita seguindo-se a propedéutica ‘somioiogica contida no exarne necroscipico. Instruments ou meio que prosuzitam a lasio, Normalmente, utlies-8 um lago ou alga que o valha. Nexo causal ‘Tempo de morte. ESGANADURA E a constriccao da regio anterior do pescogo pelas milos, em que impede a passagem de ar aimosférico pelas vias respiratorias at@ 0s puimGes. £ sempre homicda. € impossivel a forma sulcida au acidental, Na esganadura, 0 mecanigmo 06 morte, $8 deve principalmente a astivia pela ebturagdo da glete, gragas @ projegao da base da lingus sobre a porgdo posterior da faring, E importante também os efeitos decorrentes da compressdo nervosa do pescora. levando ao fendmeno de inibicao. A obliteracdo vascular ¢ de interasse insignificante. Tudo faz crer que a asfixia ¢ 0 principal slemento responsavel pelo Gxilo tell. Os sintomas so desconhecidos, # vitima cal logo em estada de Incensooneia, morte am 15 a 20 minutos. A eagainadura suicida nao ¢ admitda como possivel, O Unico caso, de que hd referéncia, ¢ 0 de um alionada ¢, assim mesmo, 6 posto em divida. A farma de acidente também nao é tida como possivel. A esganadura ¢ sempre um homicido, © dai o granda Valor que adquire seu dlagndslico, permitindo alertar imediatamente as avtondades na busca so eriminoso. Losées externas. + Losdes Externas a distancia: cianose ou paliéez da face, congestiio das conjuntivas, as vezes com exoftalmia, patéquias na face & no pescaro, constituindo © pontihads escariatinfoeme de Lacassagni + Lesdes Externas Locals: 0s mais importantes 50.08 produzidas pela unha do agressor, teoricamente de forma, ‘semilunar, apergamninnadas, de tonalidade pardo- amareladas conhoeidas cam estigmas ou marcas unguaais. Pode também ter a forma de rastras ‘escorialivas, Se o critinese é destie, aparecem esses marcas em maior quantidade no lado ‘esquerdo do pescoco va vilima. Em alguns eases, podem surgit oseoringses de varias dimensées e sentidos, devido as reagdes da vitima 80 delenderse, Finalmente, as marces ungueais podem estar ausentes ce 0 agente eonduziu a constrigso do peseagn protegide por ‘objetos (vestes por exempla). Loses internas. + Losées internas locais: Y Infiteagbes hemorragicas das estrubutas profundas do pescogo. ¥ Lesbes do aparethe laringeo por fraturas da cartlagem tiredide e cricdide e do asso hidide. ¥ LesGes de vasos do pescogn (marcas de Franca). ‘+ Lesdes intornas & distincia: Aprosentam as mesmas caracteristicas das asfivias em geral Diagndstico. + Raalidade da asfixia - pesquisar os sinals comuns de asfixia, © em seguids observer a existéneia de lesdes ‘externas na face anlerior e laleral do pescogo tais como: lesdes deixadas pelos dedos do agressor, escoriagdes produzidas peles unhas, sinais de lute. e @ encontro de lesGes iniemas como: hemorragias na espessura dos masculos e tecidos Go pescogo, fratura da laringe, osso hidide, lesdes nas carotidas. jugulares ¢ nervos do pescogo, Observamos também a existincia de outros traumatiemas que podem eetar praganto no individuo, ‘como 08 erimas eexuais, Prova testemunhat Inexisténcia de outra causa morte Fendmenos inibitérios Elemontos para identificagao do autor ‘rindo Uguing Metta; Luiz Gustavo Barros: Yuri Lote Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PE 2011.1 Prognéstice. (© proundstico depende da tempo de asfixia © das lesbes das estruturas cervicais. A morte pode ser répida por Inibigso ou durar corca de 4 a § minutos pela andxia, No individuo que se satvou de uma esganadura, esto presentes. fequimatas « exeoriagSee produzisas pelt dedos © unhus do agraseer. Aparece ainda tumatagdo cervical, ciefonia, distagia e dificuldade de moviméntar © pescoge. Quando o individuo sobrevive, o progndstica ¢m geral & bom, Poricia. 'A pericia diante de Um caso de esganadura dave inicialmente fazer 0 diagnéstica de morte, a identiticagsio do Individuo @ am seguida procurar @ relalar os sinait ds asfnia, ae letSse extemas & intemas jf comertadas, Dave eer lembsada que a motte por esganadura nem sempre esté 88, podende vir acompanhada de outros tipos de traumalisinos, roubos e crimes sexuais, Como a esganadura ¢ sempre um homicidio, devesse estar atentos a elementos que possam igentificar © autor da violincia coma as marcas das unhas, imprassGes digitale, fragmentos de cabelos @ vestes. Por fim, dave ser lambrado que a eeganadura na adulte tem que Haver uma desproporgke de foreas entre o agressor @ a vitiwa, sendo por isso observada principalmente em criangas, mulheres ¢ velhas, AFOGAMENTO E a asfixia mecinica, produzida pela penetragso de um meio liquide nas vies respiratévias impedindo a passagem de ar até os pulmoes. © afogado pode ser vitima por acidente, svicidio, homicidio « raramente infanticiai, Havendo a submersdo, ocorre @ morte na seqhéncia das seguintes fases: ‘+ Fase de datesa: (a) Surpreca su inspiragso Inia, (b) Diepnéia de submersso ‘© Fase de rosisténcia: (a) Annéia (parada dos movimentos respiration): (b}Inspitacdo profunida ‘© Fase de exaustio: (2) Porda da Consciéncia; (b) Convuisdo: (c) Insensibildade; (4) Monte, Termina a rosisiéncia pela exaustho © comaga uma inspiracao profunds, inciando-se 0 processo de asf, Losdes oxtemas, Hipotermia, Pele anserina. Retragdo do mamilo, escroto « do-penis. Maceragao da epiderme. Tonalidade vermelha dos livores cadavéricos. Cogumelo de espuma, Erosdo dos dedos Premmct tacos extwios ct cutee, = A Equimoses da face e das conjuntivas i = Mancha verde de putrefagse (torsx) Lesées. post mortem produzides por snimais ‘aquiticas, Lesies internas. (TQUIRDSES DAE CORJUNTIVAS Presenca de liquidos nas vias respiratdrias. SOGUNELO BEEP Presenga de corpos estranhos no liquido das vias respieatdrias, Losses dos pulméas: aumentados, distendidos, enfisoma aqueso 0 equimotes. ‘Sinal de Brovatdel: enfisuma aquoso sub ploural (esponja molhada), Manchas de Tardieu = equimose sub pleural (raves). Manchas de Pauitaul = Hemorragias subpleurais (equimoses vermetino claro com em ou mais de cidmetr, sdovido a ruptura das paredes alveokares) ‘Diluigo do sangue (hidremia) Stioscopia: aumentada (agua doce) ¢ diminulda (éguia salgada) ‘Sinal de Wydles = presenca de espuma, tquido e sdlido no esiémago. ‘Sinal de Ailos = hamerragia temporal ‘Sinal de Vargas Alvarado = hemorragia etmbidal ‘Sinal de Etienne Martin = congestio hepatica Equimoses nos masculos e pescoca, ‘00 MAMIE. KR RRR KR KS ores RRR RK Dingnéstico. © diagndstica de sfogamento toma-se possivel pelo exame extemo « inismo do: cadaver ¢ nslos exames omplementares. A presenca de lesées “intravtam © “post mortem” concorrem para o diagnéstico cferenciol entre 0 afogade verdadaio @ a simulagao de afogamento assim como a causa juridica da morte ‘Aiindo Uguiino Nett; Lolz Gustavo Garros: Yuri Lost Eloy = MEDICINA LEGAL ~ MEDICINA Fo~ 2091.1 Poricia, ‘Quando se suspeita de morte par afagamento, varias questies devem ser esclarecidas: se houve o alogamento (causa jurigica da morte) ¢ determinag:ia do tempo de morte. OBS"; Putrefagie @ flutuagio dos alogados. Os alogados geralinenta se mostram am posigbes especificas, com a ‘cabera mais baixa que os pés. A depender do tempo de alogamenta, o cadaver pode se comportar da seguinte maneite: 1" fase: densidade do corpo maior que a do liquido de sunmersio > Cadaver afundaré 2 fase, Aparecimento dos gases de putretacio > Cadaver flutuara; 24 horas apos.a morte ou até § dias, 3° fae: rotura dos tecidos moles @ esvaziaments das gazes: Ceomre eagunisa imareso. 4" tase: Evolugdo para a adipacera; acorre segunda fluluagdo. KKK SOTERRAMENTO E a asfixia que 30 realiza pela permanéncia da inckviduo num mele sétido ou semistlide, de sorte que as substancias al contidas penotram na arvore respiratéra, impecindo 2 entrada de ar w pracuzindo a morte. Na morte, por lum processa de asfixia mecdnica, por mutianga do moio gasoso em sélido ou por confinamento. ha que considerar a Jnfusnela de siguns fatores importantes. Em primsiro lugar, 2 faeiiilade do melo om desagregar-so, de sorte 8 penetrar ‘som faciliéade alé a alvéolo respiralério, nas movimentes de inspiracdo. ‘Depois, a espessura da camada sob a qual a vitima ficou soterada. Em igualdade de condigées, ¢ obvia que, ‘quanto mais espesse a camada, maior 0 dano. Outro fator de monta ¢ 0 grau de porosidads do meio. Quanto mais porose, mais facil © acesso de ar 2, dal, menor 0 panigo. Em canoxdo cam esta porosivada, ost a espessura dos grdos SoneMAivOS do melo de soterramenio, Malores 0585, mas {Hel © ac0880 de a7. E ainda, inivindo ne porosidads, etd 0 ‘umidade: quanto mais mid 0 meio, mais difcimente permitira a passagem do ar. Finalmente, & fator que na pode ser sdesprezado 6 a natureza toxica to meio. O soterrament por subsléncias tOxicas como.a cal. por exemplo, em igualdade de condietes, sora muilo mals nociva do que esta taxleidada no exist. ‘A eaissa do marta no soterramento varia: donde, mais do que nunca, minucloso Cuidado sa faz necessAno NO ‘exame da vitima, para explicar 0 rmecanismo da morte. Pode ser em primeita lugar, pela penettaclo dos compos estranhios, em que ficou soterrada, na anvore respiratoria, produzindo, entéo, asfixia mecanics. por mudanca do meio 1929080. ©m sOlido. Outra medalidade de causa morts ost na astixia por eonfinamento, fieanda a vilima num espago estilo, com ar insuficiente, culo quimismo se transforms pela rospiraglo, 6, ainds, com axcesso de vapor de agua e Je war, Lesées externas. ‘Sia aquolas consequentes ao traumatisme wextorne toricies, de preferéncia, como sejam fraluras cosiais, hemorrapicas, compressies: pulmonares, cardiacas etc. Losses internas. Na necroscopia, as lesées que deve ser estudadas no sotarramento ‘380 aquelas ligadas a aco das substincias estranhas nas vias respiratorias ou de localiza¢io mais ou menos profunda ® praduzidas. em vida, naluraimonta, Depois, aqualas om rigor asfixieas, denotande © impediments. respiratério. Diagnéstico (© diagndstico se faz pola axistoncia da substancia pulverulonia nas vias respiraldrias, sando indispensavel fexelule 8 possibilidads de sua penstragio post martem, em autras causas de marie. Para isso, tem importancia & penelzacdo profunda das roferidas substincias nas vias respiratérias com indicios de raagao vital e, também, a sua enetracao nas vias tigestivas, nos movimentos de degiuticao. Natureza Juridica, oda sor acidenie, 0, com rolativa frequincia, acidente de trabalho: pade ser, também homicidio (praticado em eral em casas em que a vitima nao pode se defender ou em casas de infanticidio). O estudo de reagies vitals @ 0 grau de ponotragae profunda da substneta nas vias respiratdnias, fala a favor de soterramenta em vida. Perici ‘O diagndstica & frmado pola existBncia da substincia nociva nas vias respirairlas. com 6 complemento auxilar da sua perquiricao nas vias digestivas. As varias lesbes idOneas para caracterizar a espécie devem esclarecer a sua roalizagio om vida. € eenvenionte que a petite se lombre de: que nam sempre, na morte por solerramento, o éxlo se ‘devo a uma asfinia macdinica. Traumatisrios ovlros (Vraluras Gtsees, rupluras viscera, hemorragias, bloqweio candiaca), podem ser responsabilizadas. 28 ‘rindo Uguing Nett; Luiz Gustavo Barros: Yuri Lett Eloy = MEDICINA LEGAL - MEDICINA PE 2011.1 ‘CONFINAMENTO 2 asficia Causada. pola permandncia do indviduo num ambionto resto ou fechado, sem condigdes de renovagio 0 ar respivel, sonde eonsumido o oxigénia pouco a pauco « 0 gs carbdnice acumulade.qradatwamonte. ‘Geralmente tem éxito letal. Quando o individuo é salva lemos as mesmas complicagdes gerais da maioria das asfixias. 'Na resnlragda normal, exige-se um ambiente exiemo conendo ar respiréve. com oxigénio em quantidede aprorimada de 217%. Quanéa no ar atmostérico © orgéni atinge 7% surpem esturbos relatvamente graves. ‘No ‘confinamenta. ha uma diminulgdo progressiva_ do suptimento de oxigénia a0 organismo concomitanto aumanto do tear da anidro carsénico no sangue (hipercapnéia) simultancamonie, o ar saluraso de vapor digua, see a climinagle deste pelos pulmdes ¢ pela irarispiragao. 0 que cont/ibul consideravelmenie para que se instale aasinia, Loses oxtemas. ‘© Manchas de Hipéstases: S80 precoces, abundantes e de tonalidade escura: ‘© Cianese de Face: E o sinal mais frequento; + Equimose de Pele: Sao arvedondadas « de pequanas dimensdes, nie ullrapassando a uma lentitha, formando ‘agrupamenta em delerminadas régiées, principalmente na face, trax @ pescogo, tomando tanalidade mais ‘escura nas partes de declve, ‘+ Equimoses de Mucosas: So encontradas mais freqientemente na conjuntiva palpebral © ocular, nos labios © mais raramente na mucosa nasal. Les6es internas. Equimoses Viscerals (manchas de Tardieu) ‘Congestio Polivisceral Distansdo @ Evomas dos Pulmaos ‘Sangue: escuro ¢ liquide (Muidez) Diagndstico. E necessdrio que €8 entenda que nia existe nentim sinal que isoladamente, seja de capital importanda no iagndstico das asfiias mecinicas. Porlanto, deverse fer um crilétio baseada na somagao das lesdes estudadas associando-se sinais e o estudo das cireunsténcias do acontecimento.. Porick ‘No geral, a pericia nao encontra sinais caracteristicos nesta génaro de matte, Sé excepeionalmenta constatam- atl: Comme aindacte ion A nis bo Gites ne ir de ace © ereents Nose © suicl ‘SUPOCAGAQ DIRETA E @ modalidade de asfixia mectnica prottizida palo impedimento da passagem do ar respiratorio por meio dirato u indireta, Por sufocacao direta se entende os casos devido oclusdo das officios ou dos condutos respiratéras. Sulocaplo por oelusio da buce & das fossa nasols ou par oclusio dos onfcios ds faringe @ da lannge por compos eatranhos, A morte sobrevém pela fala de niio poder enirar ar pela boca ¢ narinas fou pelas vias respiratérias altas, Pode-se encontrar a presenca de marcas ungueais a0 redor dos orificios nasais nos casos de sufocacao poles ‘mos, fata, no entanto, quando 0 agressor usa objets moles. como, por exeinplo. lencdis. vestes, trvesseiras. aces plastieas, etc. Finalmente, poderd estar presente na drvore respiratéria © corpo estranno causador da sulocaro. ‘© pontinads escartalinforme apresenta-se na face @ ro pEEOGD, acompanhado dé cor violdces da face & congasIBS ocular Espuma da traquéia e da laringe, petéquias pulmonares internas e treqdentes, enfisema e congesto pulmonares, petequias do pericardio do pericranio, eongestéo das meninges @ do encéfalo. Natureza juridica. ‘Oclusio direta das narinas @da boca: ‘Y Acidental: ocorre om recém-nascidos que, dormindo com as mies, s80 sufocados por estas ou por panos que se encontram sobre 0 leito. Nos adultos, 0 acidente poderd resultar de alaques ‘opilépticos, sincopes, ambriaguez, ctc.. caindo a vitima sobre 0 lito, cam 0 rosta fortemente apolado ‘contra a travesseiro, ou contra panos que impecam a respirass0. ~ Criminosa: mais comum em tecém-nascides, mas pode ser encontrada também am adultos (por ‘aces plasticos, por exemplo). ¥ Suicida: © paciente coloca sobre o corpa e a cabega coberteres, panas, etc, att asfixiarso. 29

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